MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

24
09034 CNPGL 1991 FL-09034 Abortamento em bovinos . 1991 FL - 09034 35270 -1 .,9 " MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) ISSN 0101 - 0581 - • • EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite Coronel Pacheco - MG "

Transcript of MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

Page 1: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

09034 CNPGL 1991

FL-09034

Abortamento em bovinos .

1991 FL - 09034

35270 - 1

.,9

"

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA)

ISSN 0101 - 0581

-• •

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite Coronel Pacheco - MG

"

Page 2: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

REPSBLICA FEVERATIVA VO BRASIL

P-u 6t.dqnte. F o CoUo"- de. ~qtt,o

~INIST~RIO VA AGRICULTURA E REFOR~A AGRARIA

Mt.t\t 6t .. o AA.t&Il(,O Ccz.b,,-1.JIL4. 1441\.0 F.t.lh..o ,

EMPRESA 8RASILEIRA VE PESQUISA AGROPECUARIA

E o 1441\.0t..t

Fuad

P . qnte. Xcz.u.t.t."- F.to"-U

de. Mo"-4U S4"-mqn~o To o

Ga t ta l S o bJlÂ.Aho •

CENTRO NACIONAL VE PESQUISA VE GAVO VE LEITE

Ch.c..4e. A.tbq,..U,o Vu..qu.e. POJ\tugcz..t

Ch..t,.4e. Adjunto Tf.ent,eo L" ;,'9 J. '" ..

Ch..f.4e. Adj d.e. Apo.t.o N6.poV. ~ CO-4ta

Page 3: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

DOCUMBNTOS NQ 49 ISSN 0101-0581 • •

AGOSTO, 1991

ABORTAMENTO EM VI OS

Wanderlei Ferreira de Sá Médico-Veterinário, D.S.

Riai.tério da A,riclltara e leforla Acríria - RAlA Klpre.a Irasileira de Pesquisa 'cropecuiria -Celtro laciolal 4e Pe •• uila 4e Cado 4e Leite - ClPCL

CoroDel Pacheco, BC

Page 4: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

COMIT8 LOCAL DB PUBLICAÇOBS Mário Luiz Martinez Maria Salete Martins Ademir de Moraes Ferreira Carlos Eugênio Martins Limirio de Almeida Carvalho Matheus Bressan

ARTB, COMPOSIÇAo B DIAGRAMAÇAO Mary Esmeralda Marinho da Silva

RBVISOBS Lingüística e Datilográfica

Newton Luís de Almeida •

Bibliográfica Maria Salete Martins

sA, W.P. de. Abort •• eDto e. boviDOS. Coronel Pacheco: EMBRAPA-CNPGL, 1991. 20p. (EMBRAPA- CNPGL. Documen­tos, 49).

1. Bovino - Aborto. I. BMBRAPA. Centro Nacional de de Pesquisa de Gado de Leite, Coronel Pacheco, MG. 11. Títu­lo. 111. Série.

CDD. 636.2089833 •

© EMBRAPA, 1991.

Page 5: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

SUMARIO

1. INTRODUÇXO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 05

2. CAUSA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 05

3. PATOGBNIA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 08

4. PLACBNTA • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 10

5. CONCLUSOBS B RBCOMBNDAÇOBS • • • • • • • • • • • • • • • • • • 16

6. RBPBR2NCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ . 17

• •

Page 6: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

5

1. INTRODUçl0

Segundo o comitê de nomenclatura em bovinos (Hubbert 1971), abortamento é a eliminação do feto no período entre 45 a 260 dias da gestação. O desaparecimento do produto da cobertura até 45 dias ap6s é denominado mortalidade embrionária, em que o embrião pode ser reabsorvido ou abortado. A eliminação do feto, entre 260 dias até a termo (270 - 280 dias , é chamada de parto prematuro. David et alo (1971 estimam que as perdas reprodutivas ocorrem em 37% na primeira cobertura, quando se trata de vacas e touros reconhecidamente de boa fertilidade. A maioria dessas perdas ocorre nos primeiros 45 dias da gestação. Quartorze a 20% dos 6vulos não são fertilizados, e a mortalidade embrionária pode atingir até 20% dos embriões (Roche et al., 1981). Aproximadamente 3 - 4% das vacas identificadas como gestantes, entre 30 e 50 dias ap6s cobertura, irão abortar ou ter parto prematuro. Quatro a 6% das gestações terão retenção de placenta e, dessas, 4 a 28% têm anomalias congênitas, 84% morrem, devido à asfixia, 9,1% apresentam infecção (Leipold 1978) •

2. CAUSA

A causa de aborto pode estar relacionada a fatores genéticos, fatores ambientais (nutrição, temperatura e toxinas), bem co.o a agentes infecciosos, tais como bactérias, vírus, parasitos e fungos.

Page 7: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

6

a) Aborto de origem infecciosa:

A proporção de aborto atribuído aos agentes infecciosos não é inteiramente conhecida. No entanto, nos abortos em que a causa é determinada, aproximadamente 80 a 90% são devidos a causas infecciosas (Hubbert et aI., 1973); Jerret et aI., 1984). As principais causas infecciosas responsáveis por aborto estão listadas nas Tabelas 1,2 e 3, conforme Miller (1986).

Além do protozoário citado na Tabela 3, outros, como Ttrypanosoaa, Babesiae Sarcocystis podem causar aborto em bovinos ( Corner et aI. 1963; Ikede & Losos 1972; Sá & Lopes 1988). Sarcocystis cruzi é um protozoário que requer dois hospedeiros para completar o ciclo de vida e ocorre em bovinos numa prevalência acima de 90% no Brasil (Gomes & Lima 1982). Carnívoro, como o cão, funciona como hospedeiro definitivo e elimina formas infectantes (esporocistos) nas fezes. Os bovinos, hospedeiros intermediários, se contaminam através da ingestão dos esporocistos que, ap6s várias multiplicações, vão se instalar nos músculos estriados cardíacos e esqueléticos e no cérebro, na forma de cisto, servindo de contaminação para os carnívoros. No cão, o S.cruzi não causa nenhum sintoma (Dubey 1976), mas nos bovinos tem causado sérios problemas, como febre, anorexia, perda de peso, diarréia, queda de ,pêlo, aborto, etc. (Corner et al.,1963); Payer et aI., 1976; Sá & Lbpes 1988).

Jerret et aI. (1984), estudando as causas de aborto em bovinos na Austrália, verificaram que 5% das causas de aborto identificadas fora. devidas ao Sarcocystis. Neste trabalho, apenas 37% dos casos de aborto foram identificados. Na .aioria dos casos, formas em desenvolvimento do protozoário são encontradas nos tecidos somáticos dos fetos abortados ou neonatos, especialmente nos rins, fígado, pulmões e miocárdio (Munday & Black 1976;

Page 8: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

7

Kunde et ai., 1980). Entretanto, Hong et al.(1982) verificaram que diversas fases estavam largamente distribuídas nos tecid~s fetais e também no cérebro. Nesses órgãos, as fases de desenvolvimento do parasita são encontradas no interior de células endoteliais de pequenos vasos sangüíneos (Jolley et ai., 1983). Estas fases também já foram observadas em células endoteliais da placenta (Dubey & Bergeron 1982).

Recentemente no Brasil, em estudos histólógicos, com fetos abortados de vacas com infecção experimental pelo S. cruzi, não foram encontradas formas em desenvolvimento em nenhum órgão, incluindo cérebro e placenta (Sá & Lopes 1988).

.

Os agentes infecciosos podem causar aborto diretamente através de lesão na placenta ou morte fetal, ou, indiretamente, por causar distúrbios patológicos maternos acompanhados de febre alta, hipóxia hemoconcentração e acidose. Endotoxemia pode levar ao aborto diretamente por estimular a síntese de prostaglandina P (Skernes & Harper 1972), ou indiretamente, através de substâncias tais como serot~nina (Hinshak 1964; Parant & Chedid 1964). Endoxinas também induzem coagulação intravascular, que resulta em hipóxia fetal por interferir com a circulação da placenta (Morrison & Ulevitch 1987).

b) Aborto de origem não-infecciosa:

Dentre esses fatores abortivos podemos citar: origem aliment~r - quando há carência de vitamina A, ingestão de alimentos tóxicos, subalimentação, superalimentação, distúrbios metabólicos, ingestão de plantas tóxicss, etc.; manejo - "stress", traumatismos, longas caminhadas, acidentes, inseminação artificial de vacas gestantes com

Page 9: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

8

sinais de cio, ou infusão intra-uterina de substâncias bactericidas em vacas gestantes, manipulação incorreta do útero no diagnóstico precoce da gestação, etc.; medicamentos - aplicação de hormônios como estrógenos, PGP2 até 150 - 160 dias de gestação, corticosteróides, aplicações de purgativos drásticos, vermífugos ou vacinações em animais debilitados, doses excessivas de carrapaticidas com base tóxica e de substâncias que "". . . provocam contraçoes uter1nas, como oC1toc1na, arecolina e ergotomina; aborto provocado; extirpação manual do corpo lúteo, introdução de liquido esterilizante no útero, punção das membramas fetais, hormônios. Ainda podemos citar aqueles ocorridos por torção do útero e de predisposição hereditária.

3. PATOGERIA

De acordo com Benirschke (1960) e (1961), as rotas mais prováveis, onde os infecciosos podem ser transmitidos da mãe feto, no útero, são as seguintes:

Via heaat6aena ou placent4ria

Blanc agentes para o

Provavelmente a mais importante, especialmente para aquelas doenças onde o agente circula na corrente sangUínea materna. Essa via é aplicada para a maioria das bactérias, vírus e para aqueles

• • • paras1tos que causam paras1tem1a • •

Via aubstancia do cordÃo uabilical

Parece ser menos importante do que a via hemat6gena. Ela pode ser usada por larvas de alauns helaintos que miaram através dos tecidos. Larvas de Tosacara cania (Werner 1782) já foram observadas no cordão umbilical de cães (Scothorn et aI. , 1965).

,

Page 10: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

9

Via ascedente

Este modo de transmissão ocorre principalmente nas infecções uterinas que comprometem a cérvix. A infecção fetal geralmente está associada com a ruptura prematura das membranas. A transmissão por essa via nas infecções parasitárias ainda não foi comprovada, porém, existe grande possibilidade de ser usada por protozoários que tªm hábi-t~ genital, como o Tritricho.onas foetus (Reidmuller 1928) Weinrich & Emerson (1933).

Via cavidade peritonial

o feto pode ser atingido tanto através das trompas, como diretamente, atravessando a parede uterina. Um agente infeccioso capaz de causar peritonite pode fazer uso dessa via. Isso pode ser a causa de morte fetal associada com Bnta.oeba histolítica (Schaudinn 1903), conforme citação de Czeizel et aI. (1966).

Além disso, muitos outros conceitos originados da imunologia reprodutiva básica são relevantes nas infecções intra-uterinas. A resposta imune é deprimida durante a gestação, por vários fatores, e, com isto, seria esperado o agravamento de certas infecções, por favorecer a transmissão transplacentária. Entretanto, existe evidªncia conclusiva de que a ontogenia de imunocompetªncia, no homem e talvez em outras espécies, desenvolve muito cedo, para que o feto no útero não seja inteiramente indefeso contra qualquer agente patogênico que possa vencer a barreira placentária.

Como indicado acima, a via transplacentária tem sido considerada a rota de maior importancia para a transmissão dos agentes infecciosos, tornando-se necessário estudar mais detalhadamente as características da placenta. Tal órgão pode ser relevante para esta transmissão.

Page 11: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

10

4. PLACBNTA

A placenta é um órgão de ligação entre a circulação da mãe e do feto e tem como principal função um papel de defesa, tanto por mecanismo passivo, através de números de camadas que a constitui, como por mecanismo ativo, através da capacidade de pinocitose e fagocitose. Bsta função da placenta pode ser atribuída principalmente à existência de uma camada de células epiteliais de origem fetal chamada trofoblasto (Boyd & Hamilton 1970).

A placenta, como um órgão convencional, apresenta uma grande variação estrutural entre os mamíferos. Esta diferença estrutural é atribuída ao número de camadas existentes entre o sangue da circulação fetal e o sangue nos sinus6ides uterino-maternais. Teoricamente, essas camadas podem ser representadas como mostra a Figura 1. Geralmente, é formada por seis camadas, porém, não estão incluídas as membranas basais existentes (Steven 1975).

Dependendo da presença ou ausência das camadas fetal e maternal, a placenta pode ser classificada em epitélio-coria!, sindesmo-corial, endotélio­cor ia 1 e hemocorial. As principais estruturas de cada uma delas estão listadas na Tabela 4, conforme determinação de Amoroso (1968). De acordo com a tabela, pode ser observado que a placenta do tipo hemocorial, existente no homem, não h' tecido materno e o c6rio é banhado diretamente pelo sangue materno que ' passa nos sinus6ides uterinos. Pode-se ainda classificar a placenta, quanto ao aspecto anatamico, em: difusa (suínos e eqüinos), cotiledonária (ruminantes), zoonária (cão e gato) e discoidal (primatas e roedores) .

Page 12: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

11

... •• $i

-.

5

6

PIGURA 1 - Representação te6rica das camadas de tecidos existentes entre o sangue da circulação fetal e o sangue nos sinus6ides uterino-maternais. 1. capilar do Endométrio fetal: 2. mesênquima da vilosidade cori&nica: 3. trofoblasto: 4. epitélio uterino: 5. mesênquima uterino: 6. vaso sangüíneo do endométrio uterino (Steven 1975).

Page 13: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

12

TABELA 1 - Principais causas bacterianas responsáveis por aborto em bovinos (Miller 1986. modificado).

IoU;1

Incdole InctlJa dtrt.

Cllpilohcte- _l_cte, • teta rtOU

Iept",in .-a. ,.

I.,tol,irol' irrlit, ,. _iceh, ,. 1fÍIpIt"...

Lilteriol'

Local iu;io 40 Aeute

'eto lbortado, flaldol Iterilol, placeltl e leite.

Criptll do pllil e fÓnlil do pre-

• • plelO.

!cu OI co.ida eo.tllillU pela viII d. lIillil lil"ltr'l •• lilO. OI 'acal ilf,ctlul

$obrnin I" feltl por 2 alOI, pro'lIa n lillltll .e ,. alto.

lpoca litodol de 'rolD6ltico Aborto Dia(l6ltico

IIOlllfltO 10 leite, llta tlll de , I , .IU placeotl e cooteúdo t1fenlidlde

'ltOIlCII do f.to. lIioril dOI T'lte d. loro 1110- Ilillil lbor-

• • tlll;IO COlO t.lt. ti DI ,ti •

d. • • • ICrtt111l •

ClltVI • tllIf fi 'uor"el. '1-, a I .IU ellpo elcoro do co.- el eOI,alelcelte

teido tltoucal. ruilte à n-'elqlila de alticor- ilfec;io. pol.

Clltaral e teate de •• ti- lafemude Geral.ate lO eorpol fllOrelc'lt'l 10 C_ ap6a o 'ltilO tri.ltr, f,to abortado. T.lt. d. aborto.

aclltiaa;jo .icrolc6picl lO loro do rebll.o.

,il.1 do 61tilO IIOII.ltO lO ftto OI 'ode r,petir tri.ltre ,Iaeeltl. .olll •• tt.

Page 14: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

13

TABBLA 2 - Principais causas viróticas responsáveis por aborto em bovinos (Hiller 1986, modificado).

IoUII

lilotn,ulte ilfmioll '01 bo,ilOl

limiil bo,i .. I ,lr1l

LI .... 1111

lerptl-,Im bnilO I

limlm

'Im

Loca li IlIÃo '0

"uu

lIi .. il ilfectl'ol OI co. tltalo

• • ,olltno.

",iIOI ilfectadol jlltOI 101 Ildiol

WIi.i_ Ipp. i,fecta'ol e. bo-

• • nlOl t "1101; In.. ilfeet"o.

lpoel lborto

TerlO fi .. 1 -'e &flUIIO

roie ocorr.r Iti aOl 4 lelfl.

Jari"el

BitodOl de rrop6ltieo till16ltico

T'lte de alticorpol fllOrlleeltel lO ri. -fetll; lelo.1 lO fl- 'ari',el. &a'o e &11"111 adre-uI do feto.

elltlrl d. ,Im ri 'ari',el. bi6plil Iteri ...

II0lllelto '0 ,Im DO feto OI Illpe di

• 'lei; IIt1eor,ol lO loro fetal •

Jari"e\.

Page 15: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

14

TABELA 3 - Principais causas infecciosas por protozoário, fungo c1amídia, responsáveis por aborto em bovinos. (Mi11er 1986, modificado).

tonça

Trie_aOle

upu,ilm

CI .. ijim

I'ritridl.eu f.tu

u,.rriUu .p.

Loealiuçio do ',nu

$hn de tOlm entlliudo ••

li.peno 11

Iltuua

'mánl: carrapato. e rodoru.

tpGea Aborto

CoIOI DI prileira • IItade ta ,e.taçao;

pode oeorrer até , IUU.

• partir do 49 111 de Iutaçio.

OltilO trileltre

IIétodol de tiall6atieo

're.elça do aleate aa delearla ,teriaa, líq,idol plaeeatá" rio. o, eOlte'do utouul.

Rieo.e tlpiea la plaeelta; fualO PO" de eatar pre.elte eoateído e.t ... eal.

Le.Õt. eoa.i.teate. el 'real loealizadal; IcC fetal ele,ada.

Pro(llóltieo

la fllea é boi, podeado reiafee" tar a perda da i_idade.

luundo, is 'uu eOI ute" rilidade peru" lI,te.

Iorulleatt aborta 1IIl 'u.

Page 16: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

15

TABELA 4 - Classificação de diferentes tipos de placenta c6rio­alant6ide. de acordo com o número de camadas materna e fetal existentes (Amoroso 1968).

T.cido, llatfnol T.cidol Petli I

Tipo d. pllt'ltl Ipittlio ~rio Teeilo Iaclottlio 11'11'10' cOljllti,o It.rilo • • cOIJlltno

Ipitllio-corill p p p p p p a.li .... lallOl

SiMUIO-corill p p p p p llaioril do, fIIillst.1

Ildotllio-corill p A p p p llaioril 101 clnl,orOl

I'IP-corial 1 1 p p p I ..... ,ri .. tl •• rot4or'l

p - Prtm~I; 1 - lllfacil.

Page 17: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

16

5. CORCLUSOBS B RBCOMBRDAÇOBS

Abor~ámento é um problema comum ~ra&ileiras e a maioria dos nossos dio a importância devida.

nas condições criadores não

Quando ocorre num rebanho, o produtor perde indiretamente com a cria que deixa de nascer, ou indiretamente, com o leite que deixa de ser produzido na lactação seguinte. Outro ponto ainda mais importante é quando se trata de aborto infeccioso, trazendo o risco de trasmissão de doenças para as companheiras de rebanho e para o homem. Sendo assim, devemos ficar al~rtas para o problema e conscientizar os nossos criadores para tal. Devemos ainda orientá-los quanto ao controle das doenças de alto risco, através de exames sorol6gicos semestrais e eliminação de animais positivos para o abate. Recomendá-los a adquirirem somente animais de rebanhos livres de doenças infecto-contagiosas. Animais com titulação

sorol6gica negativa, oriundos de rebanhos infectados têm grande chance de também ser infectados.

Em caso de abortamento, isolar o animal e colher sangue, feto e porções da placenta para exames laboratoriais. Juntar este animal às companheiras de rebanho, somente ap6s a conformação negativa da doença.

Desinfectar o local manter as companheiras de

onde ocorreu o aborto rebanho em observação.

e

Page 18: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

,

17

6. RBPBRANCIAS

AMOROSO, E.C. The evolut10n of Proceedings Royal Society, v. 61, p. 1968.

BENIRSCHKE, K. Routes and types of infestation in the foetus and newborn. Aaerican Journal Disease Child., v. 99, p. 714-721, 1960.

BLANC, W.A. Pathways of foetal and early infection. Journal Pediatrics., v. 59, 496, 1961.

neonatal p. 473-

BOYD, J.D.; HAMILTON, W.J. "The huaan placenta". Cambridge, Heifers & Sons, 1970. 326p.

CORNER, A.H.; MITCHELL, D.; MEADS, E.B. Dalmeny disease. An infection of cattle plesumed to be caused by and unidentified protozoan. Canadian Veterinary Journal, v. 4, p. 252-264, 1963.

CZEIZEL, E.; HANCOCK, PALKOVICH, I.; JANKO, M.;ZOLTAI, N. Possible relation between foetal death and E. histolytica infection of the mother. Aaerican Journal Obstetrics Gynaecology, v. 96, p. 264-266, 1966.

DAVID, J.S.!.: BISHOP, M.W.H.: Reproductive expectancy and cattle. Veterinary record, v. 1971.

C!MBROWICZ, H.J. infertility in

89, p. 181-185,

DUBEY, J.P. A review of Sarcocystis of domestic animaIs and of other coccidia of cats and dogs. Journal Aaerican MedicaI Association, v. 169, p .

1061-1078, 1978.

Page 19: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

18

• DUBEY, J.P.; BERGERON, J.A. Sarcocyst1s of placentitis and abortion in cows. Patho1ogy, v. 19, p. 315-318, 1982.

as a cause Veterinary

PAYER, R.; JOHNSON, A.J.; LUNDE, M.N. Abortion and other signs of disease in cows experimenta11y infected with Sarcocystis fusifor.is from dogs. Journal Infection Disease, v. 134, p. 624-628, 1976.

GOMES, A.G.; LIMA, J.D. Sarcocystis Lankester, 1982 em bovinos de Minas Gerais; ocorrência e métodos de diagn6sticos. Arquiyo Escola Veterinária UPMG, v. 34, p. 83-93, 1982. .

HINSHAW, L.B. The release of vasoactive agents by endotoxina. In: BACTERIAL endoxina. Rutgers: The State Univ., 1964. p. 118-125.

HONG, G.B.; GILES, R.C.; NEWMAN, L.E.; PAYER, R. Sarcocystosis in an aborted bovine fetus. Journal A.erican Veterinary ical Association, v. 181, p. 585-588, 1982.

HUBBERT, W.T. Recommendations for bovine reprodutive terms. Cornell 62, p. 216-237, 1971.

standardizing Veterinary, v.

HUBBERT, W.T., BOOTH, G.D.; BOLTON, W.D.; DUNNE, H.W.; McENTEE, K; SMITH, R.E.; TOURTELLOTTE, M.E. Bovine abortions in five northeastern states 1960-1970. Evaluating of diagnostic 1aboratory data. Cornell Veterinary, v. 63, p. 291-316, 1973.

IKEDE, B.O.; LOSOS, G.J. Hereditary transmission of Trypanoso.a yiyax in sheep. British Veterinary Journal, v. 128, p. 1-2, 1972.

Page 20: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

19

JERRET, I.V.; McORIST, S.; WADDINGTON, J.; BROWNING, J.W.; MALECKI, J.C.; McCAUSLAND, I.P. Diagnostic studies of the fetus, placenta and maternal blood from 265 bovine abortions. Cornell Veterinary, v. 74, p. 8-20, 1984.

JOLLEY, B. L • calf. 44, p.

W.R.; JENSEN, R.; HANCOCK, H.A.; SWIPT, Encephalitic sarcocystosis in a newborn Aaerican Journal Veterinary Research, v. 1908-1911, 1983.

KUNDE, J.M., JONES, L.P.; CRAIG, T.M. encephalitis in a bovine fetus. Veterinary, v. 33, p. 231-232, 1980.

Protozoal Southewest

LEIPOLD, H.W. Genetics and disease in catlle. In: ANN. PROC. AM. ASSOC. BOV. PRACT., 11., [s.l.], 1978. p. 18-31.

MILLER, R.B. Bovine abortion. In: MORROW, D.A. Current therapy in theriosenolosy. Philadelphia, W.B. Sauders, Philadelphia, 1966. 1143p.

MORRISON, D.C., ULEVITCH, R. The effects of bacterial endotoxins on host mediation systems. A review. Aaerican Journal Patholosy, v. 93, p. 527-618, 1978.

MUNDAY, B.L.; infections Zeitschrift 132, 1976.

BLACK, H. Suspected of the bovine placenta far Parazitenkunde, v.

• Sarcocystl.S and foetus. 51, p. 129-

PARANT, M.; CHEDID, L. Protective effect of chlorpromazine against endotocin-induced abortion. Proceedings Society Bxperiaental Biology Medicine, p. 906-908, 1964.

Page 21: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

20

ROCHE, J.P.; BOLAND, M.P.; McGEADY, T.A.; IRELAND, J.J. Reproductiv~ wastage following artificial insemination of heifers. Veterinary Record, v. 109, p. 401-404, 1981.

sA, W.P. de; LOPES, C.W.G. Sarcocistose bovina: Aborto e outras alterações clínicas em vacas mestiças leiteiras infectadas experimentalmente com Sarcocystis cruzi (HASSELMAN 1926) WENYON 1926. (Apicomplexa: Sarcocystidae). Arquiyo Plu.inense Medicina Veterin'ria, 1988.

SCOTHORN, M.W.; KOUTS, P.R.; GROVES, H.F. Prenatal tozocara canis infections in pups. Journal A.erican Veterinary Medicine Ass~ciation, v. 146, p. 45-48, 1965.

SKARNES, R.C.; HARPER, M.J.K. Re1ationship between endotoxina inducced abortion and the systhesis of prostaglandin. P.. Prostaglandins, v. 1., p. 191. 1971.

STEVEN, ' D. Anato.y of the placental barrir. In: "Comparative p1acentation. Essays in structure and function". London: Academic Press, 1975, p. 25-57.

Page 22: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

ERRA TA

I IDOCUMENTOS, 49 I

I ,

I I I

I Pág./L iM8 I allde se le I lria-se I

I I Sarcocystis cruz ; I Sarcocystis cruz; • 06 / 14 I

I 06 / 29 I tt alo, 1963) ; I tt alo. 1963; I

I 07 I 25 I Endoxinas I EndotoJl.inas I

I 08 / 05 I PCf2 I PCf 2a I

I 09 / 09 I (Reiânuller 1928) I (Reiânuller 1928; I I 09 / lO I Emerson (1933 l- I (Emerson 1933). I

I 16 / 06 I 1nd; retamente I diret~ntt I I 16 / 26 I conformação I con1 i mação I I I I I

6. REfERtIIC I AS

AMOROSO, E.C. The evolution 01 viviparity. Proc •• dings Royal Society, v. 61, p. 1188,1200, 1968.

BENIRSCH(E, K. Routes and types of infestat i on in the fattus and newborn. A.erican Journal Disease thild., v. 99, p. 714,721, 1960.

BLANC, 496,

W.A . Pathways of faetal and early necnatal infection. Journal Pediatrics., v. S9, p. 473-•

1961.

BOYD, J.D.; HAMILTON, W.J. "The huaon placenta". Cambridge, Heilers & Sons, 1970. 326p.

CORNER, A.H.; HITCHELL, D.; HEADS, LB. D.lmeny dise.se. An inl.ction 01 canle presumed to be caused by an unidentilied protozoan. tanadian Yeterinary Journol, v. 4, p. 252'264, 1963.

CZEIZEL, L; HANCOCK, PALKOVICH, 1.; JANKO, H.; ZOLTAI, N. Possible relation between loetal de.th and E. histolytica infectio~ of the mother. A_erican Journal Obstetrics Gynaecology, v. 96, p. 264,266, 1966.

DAVID, J.S.E.; BISHOP, H.W.H.; CEMBROI/ICZ, H.L Reproductive expectancy and inlertility in cattle. Veterinary record, v. 89, p. 181,185, 1971.

DUBEY, J.P. A rt'view of Sarcocystis of domestic animals and of othtr coccid i a of cats 8nd dogs. 169, p. 1061'1078, 1976.

OUBEY, J.P.; BERCERON, J.A. Sarcocystis as a cause 01 placentitis and abonion Yeterinary Pathology, v. 19, p. 315,318, 1982.

• 'n c ows .

fAYER, R.; JOHNSON, A.J.; LUNDE, H.N. Abortion and other signs 01 disease in cows experimentally inlected with Sarcocystis fusifor.is Irom dogs. Journal Infection Disease, v. 134, p. 624,628, 1976.

COMES, A.G.; L1HA, J.O. métodos de diagnósticos.

Sarcocystis Lankester, 1982 em bovinos de Minas Arquivo Escola Veterinária UfMC, v. 34, p. 83,93, 1982.

Gerais; • • ocorrenCla e

HINSHAII, L.B. The release 01 vasoactive agents by endotoxina. In: BACTERIAL ENDOTOXINA. Rutgers: The State Univ., 1964. p. 118·125.

HONC, G.B.; GILES, R.C.; NEI/HAN, L.E.; FAYER, R. Sarcocystosis in an aborted bovine fetus. Journal Alerican Veterinary MedicaI Association, v. 181, p. 585,588, 1982.

MUBBERT. \l.T. Recommendations for standardizing bovine reprodutive terms. Cornell Veterinarian, v. 62, p. 216,237, 1972.

1

Page 23: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

HJ5SERf, w.·.; loor t,on$

IlEOE. S.C.; I.OS ~ S. G • ~ •

Veterlnary .t.ournat. v. 1 ,. --.

. . . ' -.. .. ' . '. . . . . . . --. ., - - 'l ,..~ -~ . .... . .. .. "" '" " ~.

• ç . ... . - .' . . . ... ~ . ... . .. • _ . _ ' . 1 .. . .. :> C , . -~ . • ... .... " . ". " . ,... .... .. ~ _ .. •• .., ", ... .. • .... 1 • ., .

"e~ed· ta·\

. I I , C'-p . . ' . " . ....

-. - lrypano~oRla viva .. Ir.

. , -. . Et c .. ''''0:-

Cornell Vete

Br,llst:

JERAET. ! . V . ·; McO~ : S·. 5.; .aco:" G~:' ~ . oi .; G;:",~I~":' .

Ol.gnos:~c S':""..lles. t"f tne fe':us, p l a:e"',:,} a:"l: l'Iol,:e""';;, '

V~t~rinad __ ••. 74. p. 8-l0, 19&:..

. W • ,j. " J . ~.; Hc CA~Sl ANO . , t . p.

bClv 'r"Il' dOOr::, on:.. Corne I t

JCllEY, W.R.; H_SE_.

c. l f. ~rican Jour""l

a .; HA"':~~~, H ••• ; S\o :; ',

Vrleri~ry IC5carch. v. ~- ; .

(~ .. 'E, J .... ,; JOJIIIES, l.C . ; eRlle, T.,.. . V~t"rinary, "'. 33. p. 21"<3:. ~Ç80.

a . ~ . I n a newb o r ,.

lEtPOLO, H .. W. úene:ic~ ar.d .:ti50eaçc in ca!l ~ ('. i~ : ... ",. . F-~:)':. AfI!. I.SS:)':. BOV. ~RA~ T .• 11., (s.1.:. 1Ç~8. p. 18-3~.

MI L!.. ER, R"a. Ilov l ne aoor~ IOr.. In: ~O~=lJ •• : . :.. . Current lhcrapy in thcriogcnolo9Y. pnlladr ! ph1a.

1.00. " .. 3p.

MOiIUSO~. O.C.; UlEvtrCH. R. lhe e"fr:-::s ~ .. clctel"la . enQ ·'t oal"' S on ho~t mCQla'::lon syt:,tp.ms. revlew. -",..;can Journ.ll Pothology, 'I. 93, ~. 5~:O · :>le. ~97e.

MUNO.Y, B.l.;. 81.A::k, H. Suspected Sarcocyslis i"'~e:: l ons o~ tF'lr bO'l1ne p ~ a:en::a and fo~:.u!. .

Z~itsehrift fúr Parazit_ude, •. 51, ~ . ~ 2; ·· 3:. ~970.

PAêAN", M.;

Procecding~

C"IEOIO. l. P~ot<!c:ive t'.e=~ o· ::".crprorl:·"e- a::Ll· ... ! :

Soc:iety E .. peri.c:.lltal 8iology t&cdi:u"lC. t. Qúe ' ; :':, 100-..

RC:,..E, J.F.; iOLAH;), ~.~.; M:':'EAO'1', LA.; I~~ • .:.",:..

Insenuna:lcn of "eders,. Vctcrinary Record. 'I. ~C;. p. 4C·-.J., 19ê1.

cn:;: ;)tO .lln · l"' ~uc(.'d abe:-t I":,,, .

$':', \I.F. oe; LOPES, C. w.ú. Sarcocistose bov1na: Aborte t out!'a~ alteraçõe s cl i n Icas em vacas rr, ~stiça5 \e ; tC lr as. Inft':tadols expe rlmenta i mel"l,:e com Sarcicystis cruzi (HASSELJII;"t., \926) 'JEN'!O .. 1926. (Ap ~ c.,*z(·le .. a: Sarcocystic~~). Ar"",ivos fh.ii"'Ief\Çc de lIIcdicin.1 Yeterin-iria. 19S!.

- • SCOTHORo. ".\0.; KOUTS, F.R.; GROVES, H.F. P·.r.atal to.ocara ~rican Vetcrinory Medical Assoeiation, v. 1':'0, 1=. 45·':'8, 19!>5.

caniS ;nf~ct ior:s ,,, pups. Journal

SkARNES, R.C .. ; HARPER, M.J.K. Rflationsl':.ip tlet..,een enoo:o,in ind~cced abortion and the sY5th~sis

of prostas1a: 'odin F_ Prostaglandins ••. 1., p. 191. 19~2.

STEVEN, D. Anato.y of the placental barrier. In: "Com:lar.tiv .. p lacfntation. Essays and fur>c:ior. ... london: Academic Pr~ss. 1975, p. 25-57.

FllE:ERAAT~9.WS5

DATE:FEv/07/9Z • HE"S

2

• In structurt

Page 24: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA (MARA) .,9

1976

, ..'--