Negocio Plugado nro 1

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June 2016 - Issue 01

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Primeira edição da série de ebooks que tem como conteúdo uma visão do Music Businnes, com valiosas dicas para quem pretende montar uma banda ou seguir uma carreira musical.

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02 Definindo ObjetivosExame de Consciência

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Negócio Plugado No.01 2016

Capítulos

Próximos capítulos

01 Mercado FonográficoUma visão do terreno

30 Planejamento e Plano de Negócios

31 Projeto executivo/cultural Projeto musical

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Perfil - RoadiePorque este profissional é indispensável

Bonus Tracks

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Mercado Fonográfico

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Uma simples leitura do mercado já pode indicar a melhor direção a ser seguida para quem pretende iniciar a carreira

Dizem que se conselho fosse bom não se dava, se vendia. Pois esse que vou dar agora é bom e é de graça, então aproveite!

Não pule de cabeça em piscina sem saber a profundidade e sem se certificar que ela está cheia d’agua.

Sabendo disto, fica mais fácil explicar o que vem a seguir.

Traduzindo o texto acima para o mundo empresarial, quer dizer que você antes de entrar em qualquer tipo de negócio deve conhecer bem o ambiente e ter certeza de que conseguirá sair dele sem prejuízos.No mercado fonográfico não é diferente, aliás nada diferente, aliás muito pior até. Esse mercado é movido pelas leis

do entretenimento, que hora são vazias, horas são saturadas, horas são muito selvagens e cruéis, mas sempre estão vigentes.

De acordo com a ABPD – Assossiação Brasileira de Produtores de Discos, o total do mercado brasileiro de música gravada em 2014 é composto por vendas físicas de CDs e DVDs (R$ 236,5 milhões), receitas com música digital (R$ 218 milhões), direitos de execução pública (R$ 122,7 milhões) e de Sincronização (R$ 4,5 milhões), totalizando R$ 581,7 milhões, comparados a R$ 570,4 milhões de 2013 (+2%).Lembrando que essa quantia representa o que foi vendido legalmente, não sendo considerado o volume pirateado.

72% repertório brasileiro, 25% a conteúdo internacional e 3% de música clássica.

Segundo Paulo Rosa, presidente da ABPD, com algumas variações, o mercado de música gravada no Brasil e no mundo segue a mesma tendência dos

últimos anos, com o crescimento consistente nas receitas da área digital. O mercado digital em si já apresenta novidades e tendências que não eram detectadas há alguns anos atrás. O mercado de downloads pela Internet continua em alta no Brasil, tendo crescido 13% em 2014. Entretanto, a bola da vez no mundo e no Brasil parece ser os serviços de subscrição para acesso à música por streaming, sem dúvida a grande aposta da indústria para os próximos anos. Já se encontram em operação no Brasil os principais operadores mundiais do mercado de streaming +on demand+, como Spotify, Deezer, Rdio, Napster e Google Play. Espera-se para breve o lançamento de serviços similares de grande porte, como os do Youtube e o da Apple. A sinergia entre o mercado de streaming, as operadoras de telefonia móvel e o uso crescente de smartphones com acesso à Internet, criam condições mais do que favoráveis para que este setor continue crescendo significativamente.

Anál i se de Mercado

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Fonte: ABPD

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Os dados refletem uma tendência do mercado, que ao meu ponto de vista são extremamente valiosos e determinantes na hora de montar o planejamento de carreira de um artista ou banda.

Os artistas então criam a suas canções, capricham na letra, nos arranjos melódicos e harmônicos, uma bateria matadora, solos incríveis e vocais impecáveis. O próximo passo é juntar uma grana para ensaiar o máximo possível e entrar num home stúdio para gravar tudo em algumas apertadas horas. Saem de lá felizes com um pendrive no bolso e correm pra torrar o que sobrou replicando 1000 cópias de Cds dos quais 800 ficarão empoeiradas debaixo da cama.

Se a galera da banda for chata até os porteiros, cobradores de ônibus, professores e a tia da cantina irão ganhar um Cd e depois com um sorriso amarelado irão dizer que gostaram mesmo sem ouvir. Aí então irão sobrar uns 500. Tem sido assim desde quando os home stúdios surgiram e popularizaram a produção musical. A grande maioria dos músicos mergulha de cabeça nessa piscina raza e vazia, sem nenhum conhecimento de como sobreviver nesse ambiente, sem nenhuma bóia (plano B) para evitar o afogamento e assim acabam matando seus sonhos e sua arte. Pior ainda, jogam no ralo todos os esforços e recursos que conseguiram juntar para invetir.

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“A grande maioria dos músicos mergulha de cabeça nessa piscina raza”

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diam

Anote essa palavra: Convergência

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Os homestudios são uma boa opção para pré-produções

Alguns bandas inda buscam editoras independentes para tentar distribuir o material, porém sem recursos para investir acabam assinando os contratos onde a editora abocanha a maior parte do lucro.

As editoras independentes são para muitos artistas aquelas boiazinhas de ombro e conseguem se manter com a cabeça e para fora d’agua por algum tempo, mas que raramente te tiram de lá. Muitos artistas famosos se rebelaram e partiram para essa opção.

A razão para isso é bem lógica, editora nenhuma vai investir numa obra que não tenha lastro para se pagar, e se investirem vão distribuir uma quantidade mínima para sentir como será o retorno e cobrar um percentual bem maior do que o habitual. Ou seja, ninguém joga pra perder, no mínimo a aposta é limitada até o empate.

Você e sua banda podem ter o selo de uma grande gravadora em seu trabalho, basta apenas pagar por isso. Conheci uma banda que foi convidada

a gravar um àlbum numa das maiores gravadoras do país e depois foram surpreendidos com a informação de que custava X mil para eles distribuírem com o selo. A banda adesafinou e cabou pouco tempo depois.

Felizmente, o mercado está a seu favor e o modelo de negócios agora é outro. Qualquer um pode ser o seu próprio editor e comer pelas beiradas do caldeirão do entretenimento.

Basta que você entenda que os números acima demonstram que o caminho do entretenimento está convergindo para as mídias digitais, para o universo de streaming e smartphones. Não se preoculpe, ao final da leitura deste material completo você terá condições de compreender e usufruir de tudo o que está sendo apresentado.

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Não

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Certifique-se de que o seu objetivo está de acordo com o conceito do seu trabalho, isso por que absolutamente

tudo na vida precisa partir desse ponto, e se o seu objetivo e metas não estiverem em conformidade com isso você fatalmente andará em circulos.

A exemplo da Rockscola, pensei no conceito de que seria uma banda composta por

crianças tocando Rock’n Roll, com influência de bandas consagradas e clássicas do rock. Esse seria e o contraponto e o grande diferencial de mercado que imageinei ser capaz de atrair as atenções de todas as faixas etárias mas principalmente dos adolescentes. Até agora tem dado muito certo.

Sem um bom conceito seu trabalho cai na caixa das coisas iguais, no senso comum,

Para quem não sabe onde quer chegarnenhum caminho é bom!

Negócio Plugado

Definindo Objetivos

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Bonus TrackPerfil - Roadie Porque esse profissional é indispensável.

e por isso não terá o apelo comercial necessário para seguir por muito tempo.Digamos que a indústria de Axé Music seja a prova do que estou dizendo. Foram feitas tantas coisas seguindo a mesma fórmula que o mercado saturou. Não estou dizendo que não há espaço para novos talentos, apenas que é muito pouco provável aguém chegar surpreendendo com algo inovador. Vejam o exemplo da banda 4795 dos filhos de Bell Marques, eles não escapam da comparação com o trabalho do pai. É claro que quem ainda investe no Axé sabe disso, mas é, ou deveria ser bem calculado.Então procure desconstruir o seu conceito sobre o que você tem para apresentar, jogue ele na parede, bata bastante e com toda força, se ele ainda assim resistir depois dessa sova e sobrar algum caco, então reúna as melhores partes e elabore um conceito mais fortalecido, com bases mais bem fundamentadas e em conformidade com a expectativa do mercado.A propaganda da IBM na página anterior mudou por completo o meu pensamento de empreendedor por que trás uma mensagem que é a melhor tradução para quem pretende empreender nesse novo modelo de mercado de entretenimento. Avalie-a com atenção.Com essa grande sacada de marketing fica a dica para repensar se o seu produto musical é de fato inovador, quem se interessaria por ele, onde e como entregá-lo com eficiência pelo menor custo. Lembrando que um produto musical é apenas uma parte do produto, ainda existe a parte visual do artista ou banda.Existe uma outra coisa muito simples porém importante que deve ser conhecida antes de seguir em frente, um artista ou uma banda precisa de produção. Músicos fazem música, produtores fazem músicos.Sob o ponto de vista de produto, a figura do produtor é talvez a mais importante depois do artista, e a produção costuma ser a parte mais negligenciada por quem está começando. Pergunte a um artista consagrado se ele abre mão do produtor. Duvido.Ao produtor competem muitas atribuições, e a depender do tamanho do projeto as vezes vários são necessários, um para cada área específica. O produtor é a pessoa que irá fazer com que tudo dê certo na hora em que der tudo errado. Quem vai se preocupar com todos os detalhes enquanto o artista se preocupa em compor, cantar e tocar. Enfim o produtor é o quinto Beatle, então não saia de casa sem um.Na área de produção temos a executiva, musical, figurino e camarim e palco.Outra figura que precisa ser bem

O carregamento de equipamentos, montagem e desmontagem de palco, afinação de instrumentos, suporte durante o show. Essas atribuições parecem de pouca importância pra você? Pois essas ações são fundamentais para o artista. Um bom Roadie profission-al deve ser praticamente invisível e por isso muitas vezes passam despercebidos.

Muitos produtores acabam fazendo estes papéis sem se dar conta de que estão fora das suas atribuições. Hoje existem cursos profissionalizantes nesta área e o número de profissionais capac-itados tem aumentado bastante. Mas na hora de escolher vale a pena a banda dar uma conversada com o candidato, conhecer suas referências e sua experiência.

Que tal começar com o teste do ensaio? funciona assim, os músi-cos deixam seus instrumentos desafinados fora do estúdio e ele deverá montá-los e deixar tudo pronto. Vale marcar o tempo e observar de longe o cara trabalhando. Lembrando que no palco ele deve estar todo de preto para não aparecer mais do que os músicos.

compreendida é o empresário. Como o nome já diz ele é a empresa que representa o artista ou banda comercialmente e é responsável por administrar a carreira e comercializar shows e discos e dvds.Geralmente é quem investe financeiramente no projeto, exceto quando existe o intermédio de uma gravadora é ele quem assume o maior risco e por isso possui uma grande parte do negócio. De maneira mais simples, o artista ou banda é um produto e o empresário é o sócio detentor de uma parte dos lucros de toda arrecadação gerada por ele. Geralmente a maior parte.Pense que 100% de 0 é igual a 0, e que 10% de 100 é 10. E aí, você prefere qual resultado? É uma conta simples de entender, então quando você tiver a oportunidade de ter alguém pensando em te empresariar considere todos os fatores, como risco, tempo de contrato, e principalmente o valor ou esforços que será investido em você.

Creio que o início de uma boa negociação é definir o valor total do investimento, como, quando, de que forma acontecerá? Assim, quando for estipulado o percentual para cada parte, ficará tudo mais claro.E como existem muitas questões legais de direitos e deveres por ambas as partes, um advogado deverá ser consultado.E se uma gravadora quizer assinar um contrato diretamente sem o intermédio de um empresário? Bem, o seu advogado deverá estar ao seu lado, portanto não assine nada sem o consentimento dele. Lembre-se de que quando o milagre é grande o santo desconfia, e o inimigo do bom é o ótimo. Sacou?

Bem por enquanto é isso. No próximo capítulo iremos discutir sobre planejamento, que é a raiz do negócio, ou seja, a parte mais importante de uma carreira.

Portanto fique ligado e não perca. Abraços

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MAGAZIO

Por Flávio Guaraná