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O O B B J J E E T T I I V V O O F F A A T T E E C C - - D D e e z z e e m m b b r r o o / / 2 2 0 0 0 0 6 6 B B I I O O L L O O G G I I A A / / Q Q U U Í Í M M I I C C A A O LIXO PRODUZIDO pelos grandes centros urbanos, como é o caso da cidade de São Paulo, representa um dos seus graves problemas e requer soluções a curto e médio prazos. Na maioria das vezes, o lixo urbano é colocado em aterros sanitários ou simplesmente des- pejado em lixões, causando um grande impacto no ambiente e na saúde humana. Dentre as possíveis soluções, programas ambientais alertam para a necessidade de reduzir a quantidade de resíduos e de aumentar a reutilização e a reciclagem dos materiais. Na natureza, também ocorre a contínua reciclagem de materiais promovida pelos ciclos biogeoquímicos. No ciclo do carbono, por exemplo, os átomos desse ele- mento são incorporados nos organismos através da fotossíntese e, após percorrerem a cadeia trófica, retor- nam à atmosfera. Muitos materiais descartados no lixo dos centros urbanos podem ser reciclados. A reciclagem do papel permite a con- fecção de diversos produtos a partir do reprocessamento de suas fibras de celulose. O plástico de embalagens de bebidas tipo PET, poli(etilenotereftalato), pode ser derretido e transformado em filmes úteis para outros tipos de emba- lagens ou em fibra de tecido. Em relação às embalagens de alumínio, a reciclagem é bastante simples e eficiente. A produção de uma tone- lada de alumínio reciclado consome somente 5% da energia necessária na obtenção da mesma massa desse metal quando obtido diretamente de seu minério, a bauxita. Este processo, por sua vez, requer muita energia por envolver a eletrólise ígnea do óxido de alu- mínio (Al 2 O 3 ), principal componente da bauxita. Já a matéria orgânica, pode ser degradada em tanques chamados biodigestores onde, sob a ação de certos microorganismos, é decomposta. Entre outros produ- tos, forma-se o gás metano (CH 4 ) que pode ser utiliza- do como combustível residencial e industrial. De modo geral, a reciclagem ainda apresenta um custo elevado em relação à utilização de matéria-prima virgem. Entretanto, esta deve ser incentivada, pois nesses custos não está contabilizada a degradação do ambiente.

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O LIXO PRODUZIDO pelos grandes centros urbanos,como é o caso da cidade de São Paulo, representa umdos seus graves problemas e requer soluções a curto emédio prazos. Na maioria das vezes, o lixo urbano écolocado em aterros sanitários ou simplesmente des-pejado em lixões, causando um grande impacto noambiente e na saúde humana.Dentre as possíveis soluções, programas ambientaisalertam para a necessidade de reduzir a quantidade deresíduos e de aumentar a reutilização e a reciclagemdos materiais.Na natureza, também ocorre a contínua reciclagem demateriais promovida pelos ciclos biogeoquímicos. Nociclo do carbono, por exemplo, os átomos desse ele-mento são incorporados nos organismos através dafotossíntese e, após percorrerem a cadeia trófica, retor-nam à atmosfera.Muitos materiais descartados no lixo dos centros urbanospodem ser reciclados. A reciclagem do papel permite a con-fecção de diversos produtos a partir do reprocessamentode suas fibras de celulose. O plástico de embalagens debebidas tipo PET, poli(etilenotereftalato), pode ser derretidoe transformado em filmes úteis para outros tipos de emba-lagens ou em fibra de tecido.Em relação às embalagens de alumínio, a reciclagem ébastante simples e eficiente. A produção de uma tone-lada de alumínio reciclado consome somente 5% daenergia necessária na obtenção da mesma massadesse metal quando obtido diretamente de seu minério,a bauxita. Este processo, por sua vez, requer muitaenergia por envolver a eletrólise ígnea do óxido de alu-mínio (Al2O3), principal componente da bauxita.

Já a matéria orgânica, pode ser degradada em tanqueschamados biodigestores onde, sob a ação de certosmicroorganismos, é decomposta. Entre outros produ-tos, forma-se o gás metano (CH4) que pode ser utiliza-do como combustível residencial e industrial.De modo geral, a reciclagem ainda apresenta um custoelevado em relação à utilização de matéria-prima virgem.Entretanto, esta deve ser incentivada, pois nesses custosnão está contabilizada a degradação do ambiente.

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Com base nos seus conhecimentos de Química e

Biologia responda às questões:

1. No ciclo biogeoquímico mencionado no texto, comoocorre a restituição do carbono para a atmosfera? Osátomos de carbono do metano (CH4) produzido nosbiodigestores podem ser reintegrados diretamentena biomassa? Justifique.

2. As células apresentam um eficiente sistema de reci-clagem. Componentes celulares desgastados sãodigeridos e seu material reutilizado. Indique e carac-terize a organela membranosa responsável peladigestão celular e que está envolvida nesse proces-so.

3. Cite as funções presentes no polímero celulose e nopoli(etilenotereftalato). Indique o tipo de interaçãointermolecular que ocorre em cada uma dessassubstâncias.

4. A celulose é fonte de energia para diversos animais,embora nem sempre estes sejam capazes de hidro-lisá-la e utilizar a glicose como fonte de energia. Porexemplo, cupins de madeira são incapazes de digerira celulose que ingerem, o que é feito por microorga-nismos que vivem obrigatoriamente em seu tubodigestivo. Assim, os cupins obtêm energia a partir daglicose derivada da celulose. Identifique e caracterizea relação ecológica existente entre cupins e essesmicroorganismos.

5. Equacione a reação da eletrólise ígnea do óxido dealumínio (Al2O3). Indique os produtos obtidos nocátodo (pólo –) e no ânodo (pólo +) da cuba eletrolíti-ca. Determine a massa de alumínio produzida emuma cuba eletrolítica com corrente constante de 1 x105 A durante 80 horas (2,88 x 105 s).Dados:

Considere a constante de Faraday = 9,6 x 104 C.mol–1

Q (carga, C) = i (corrente, A) x ∆t (tempo, s)

Al = 27,0 g.mol ; O = 16,0 g.mol

6. Determine a relação entre a massa de alumínio obti-da por reciclagem e a obtida por eletrólise ígnea doóxido de alumínio empregando-se a mesma quanti-dade de energia.

Resolução Comentada

Questão 1

Durante o ciclo biogeoquímico do carbono, esse ele-mento é devolvido ao ambiente por meio dos seguin-

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tes processos biológicos: respiração celular aeróbica,fermentação e decomposição. A combustão tam-bém é responsável pela incorporação de carbono naatmosfera.Os átomos de carbono presentes nas moléculas demetano, produzido pelos biodigestores, não podemser integrados diretamente à biomassa. Esse ele-mento químico somente pode ser fixado pelos orga-nismos autótrofos na forma de CO2.

Questão 2

As organelas membranosas responsáveis pela diges-tão intracelular são os lisossomos. Essas estruturascitoplasmáticas são vesículas membranosas quecontêm enzimas hidrolisantes capazes de digerirorganelas em desuso.Nesse caso, os lisossomos realizam a autofagia, pro-cesso importante na renovação das estruturas celu-lares.

Questão 3

Celulose – funções presentes: álcool e éter.Interação intermolecular: ligação de hidrogênio.PET – função: éster.Interação intermolecular: força de van der Waalsentre dipolos.

Questão 4

Os cupins obtêm glicose a partir da digestão da ce-lulose realizada por enzimas produzidas por microor-ganismos flagelados que vivem no intestino deles.Os protistas flagelados (Triconinfas) vivem protegi-dos e alimentados no interior do tubo digestório doscupins.A relação ecológica estabelecida entre os insetos eos protistas unicelulares é interespecífica, harmônicae necessária à sobrevivência de ambos. Trata-se,portanto, de um caso de mutualismo.

Questão 5

fusãoDissociação iônica: Al2O3(s) → 2Al3+(l) + 3O2–(l)

Pólo @, cátodo: 2Al3+(l) + 6e– → 2Al0(l)

Pólo !, ânodo: 3O2–(l) → O2(g) + 6e–

Carga elétrica em coulomb:Q = i . ∆t = 1 . 105A . 2,88 . 105s = 2,88 . 1010C

Para formar 1 mol de Al (27g), são necessários 3 . 9,6 . 104C (3 mol de e–)27g –––––––––– 3 . 9,6 . 104Cx –––––––––– 2,88 . 1010C

x = = 2,7 . 106g

2,7 toneladas de alumínio.Questão 6

A reciclagem consome 5% da energia envolvida naobtenção da mesma massa do alumínio por eletróliseígnea.

Para a mesma quantidade de energia, a massa pro-duzida será:Via reciclagem: mVia eletrólise: 0,05mRelação entre as massas

2,88 . 1010C . 27g–––––––––––––––––––

3 . 9,6 . 104C

3––2

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= 20

FFFFÍÍÍÍSSSS IIIICCCCAAAA //// MMMMAAAATTTTEEEEMMMMÁÁÁÁTTTT IIIICCCCAAAA

SÃO PAULO: CAPITAL DA VELOCIDADE

Diversos títulos foram sendo atribuídos à cidade de SãoPaulo durante seus mais de 500 anos de fundação,como, por exemplo, “A cidade que não pode parar”, “Acapital da gastronomia” ou “O paraíso dos imigrantes”.Recentemente São Paulo passou a receber também otítulo de “Capital da velocidade” por ser a única cidadeda América Latina a sediar uma etapa da mais consa-grada competição de automobilismo: a Fórmula 1. Mas,para que isso pudesse ocorrer, a cidade precisou sepreparar. O tradicional autódromo “José Carlos Pace”, maisconhecido por autódromo de Interlagos, passou em1990 por uma reforma que redesenhou o circuito entãoexistente, reduzindo a extensão do antigo percurso de7,8 km para os atuais 4,3 km, além de alterar sensivel-mente o traçado de algumas retas e curvas (figuras 1 e2). O número de voltas que um carro executa no circui-to numa prova de Fórmula 1 é determinado pela dis-tância total a ser percorrida, que, de acordo com asnovas regras fixadas para 2006, é de 305 km, desdeque não seja ultrapassado o tempo total previsto que éde 2 horas.A velocidade e a aceleração dos carros variam bastantede trecho para trecho do circuito, dependendo do com-primento da reta ou do raio da curva. Para se ter umaidéia, observando a figura 2, um carro posicionado noinício do grid consegue na largada da prova deInterlagos, em (A), na reta dos boxes, partir do repousoe atingir 216 km/h em 8 segundos. Em seguida, inicia afreada em (B), a uma distância de 125 metros do ponto(C), para entrar, então, na curva ao final da reta dosboxes a 108 km/h. Nessa curva, representada na figu-ra 2 pelo arco CD de medida igual à quarta parte de umacircunferência de diâmetro 200 m, o piloto mantémconstante o valor de 108 km/h para a velocidade docarro até completá-la totalmente.Todas as etapas de aceleração, freada e retomada ser-vem para compor a velocidade média do automóvel, deaproximadamente 200 km/h em cada volta do circuito.

m––––––0,05m

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BRIGA DE GENTE GRANDE

Muitos são os interesses envolvidos nas competiçõesda Fórmula 1, uma vez que as vitórias servem para apromoção das marcas de fabricantes de pneus, decombustível utilizado, dos patrocinadores que regis-tram seus logotipos nos carros etc. Para quem, noentanto, acompanha apenas o resultado das provas,interessa, principalmente, a colocação final de cadapiloto.Na tabela 1 estão registradas as freqüências das colo-cações obtidas por 4 pilotos em todas as provas datemporada 2006, incluindo a de Interlagos, enquanto natabela 2 estão registrados os pontos atribuídos a cadapiloto de acordo com sua colocação em cada prova.Tabela 1 • Frequência das classificações obtidas nas provas

Colocação 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Fernando Alonso 7 7 0 0 2 0 0 0

Michael Schumacher 7 4 1 1 1 1 0 1

Kimi Raikkonen 0 2 4 1 5 0 0 0

Felipe Massa 2 3 2 2 3 0 1 0

Tabela 2 • Pontos por colocação na prova

1º lugar 10 2º lugar 8

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3º lugar 6 4º lugar 5 5º lugar 4 6º lugar 3 7º lugar 2 8º lugar 1

INSTRUÇÕES:

Nas respostas lembre-se de deixar os processos deresolução claramente expostos.Não basta escrever apenas o resultado final. É neces-sário registrar os cálculos e/ou o raciocínio utilizado.Sempre que necessário, utilize aceleração da gravi-

dade: g = 10 m/s2; π = 3

Nas questões seguintes, eventualmente, você precisa-rá de dados numéricos contidos no texto. Procure-oscom atenção.

QUESTÕES

1. Qual foi a redução percentual do antigo percurso deuma volta do autódromo de Interlagos para quefosse obtido o comprimento do circuito atual?Escreva a resposta com uma casa decimal.

2. Desenhe um gráfico cartesiano para representar avariação da velocidade (em m/s) em função dotempo (em s) de um competidor de Fórmula 1 emInterlagos, desde a largada, em (A), até o momentoem que completa a curva ao final da reta dos boxes,em (D). Para isso, utilize a região quadriculada nafolha de respostas, registrando claramente os valo-res de velocidade e tempo correspondentes aos ins-tantes de alteração de movimento. Considere cons-tante o módulo da aceleração em cada etapa.

3. Calcule o coeficiente de atrito entre os pneus docarro e o piso da pista enquanto o carro executa acurva representada pelo arco CD na figura 2.Suponha que a velocidade desenvolvida pelo carronesse momento corresponda ao máximo valor paraque não ocorra derrapagem lateral.

4. Considere uma matriz A, de ordem 4x8, formadapelos valores das freqüências da tabela 1, e outramatriz B, de ordem 8x1, formada pelos valores dospontos por colocação da tabela 2. Em seguida, cal-cule a matriz C = AxB, e descreva o significado deseus elementos em relação à temporada de 2006 daFórmula 1.

5. Ao entrar na reta oposta, o competidor (1) emparelhaseu carro de 4,50 m de comprimento com o carro docompetidor (2), de mesmo comprimento. Suponhaque neste instante os carros de (1) e (2) tenham amesma velocidade, de módulo igual a 162 km/h eestejam sujeitos a acelerações constantes de módu-los respectivamente iguais a 4,76 m/s2 e 4,67 m/s2.Calcule a distância que o competidor (1) percorrerádesde o instante em que emparelha com (2) até omomento em que completa a ultrapassagem.

Resolução Comentada

Questão 1

Sendo p a redução percentual do antigo percurso de

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uma volta do autódromo de Interlagos (7,8 km), para ocomprimento do circuito atual (4,3 km), temos:

(1 – p) . 7,8 = 4,3 ⇔ p = 0,449 ⇔ p = 44,9%

Questão 2

1) Cálculo do intervalo de tempo no trecho BC. Admi-tindo-se que a aceleração escalar durante a freadaseja constante, temos:

=

V1 = 216 = (m/s) = 60m/s

V2 = 108 = (m/s) = 30m/s

=

∆t = (s) ≅ 2,8s

2) Cálculo do intervalo de tempo no trecho circular:

V = = =

∆t2 = = (s)

Questão 3

Na situação em que a velocidade é a máxima possívelcom o carro na iminência de derrapar, a força de atritoserá a máxima possível (igual à força de atrito de des-taque) e fará o papel de resultante centrípeta:Fatmáx

= Fcp

µE mg = ⇒ µE =

µE = = 900

–––––1000

(30) 2

––––––––10 . 100

V2máx

––––––––g R

m V2máx

––––––––R

∆t2 = 5,0s

3 . 100––––––––

2 . 30

πR–––––

2V

πR–––––2∆t2

πR/2–––––

∆t2

∆s––––∆t

250––––90

60 + 30–––––––

2

125––––∆t1

108––––3,6

km–––h

216––––3,6

km–––h

V1 + V2–––––––2

∆s–––∆t

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Questão 4

Se A = e B =

e C = AxB, então

C = . =

= =

=

Os elementos da matriz C permitem concluir que, ter-minada a temporada de 2006, a pontuação final foi:

Permite, ainda, concluir que Fernando Alonso obteveclassificação melhor que Michael Schumacher, estemelhor que Felipe Massa e por sua vez melhor queKimi Raikkonem. Se o número total de provas for 16,então Alonso foi o campeão e Schumacher o vice.Obs.: O número máximo de pontos que um outro pilo-to poderia conseguir, se o número total de provas for16, é 89 se chegasse 9 vezes em 3o lugar e 7 vezes em4o lugar.

Questão 5

Quando os carros emparelharem, estarão lado a lado,conforme mostra a figura.

Tomando-se o carro (2) como referencial (suposto para-

Ponto

1341216580

Piloto

Fernando AlonsoMichael Schumacher

Kimi RaikkonemFelipe Massa

21341216580

12

70 + 56 + 0 + 0 + 8 + 0 + 0 + 070 + 32 + 6 + 5 + 4 + 3 + 0 + 1

0 + 16 + 24 + 5 + 20 + 0 + 0 + 020 + 24 + 12 + 10 + 12 + 0 + 2 + 0

1

2108654321

127702

7423

0142

0112

2153

0100

0001

0100

1

2108654321

127702

7423

0142

0112

2153

0100

0001

0100

1

µE = 0,90

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do), teremos:V0rel

= V1 – V2 = 0

γrel = γ1 – γ2 = 4,76 – 4,67 (m/s2) = 0,09m/s2

A distância percorrida, no movimento relativo, será ocomprimento do carro 1

∆srel = V0relt + t 2

4,50 = 0 + T2

T 2 = = 100 ⇒

A distância percorrida pelo carro 1, durante a ultrapas-sagem, em relação ao solo terrestre, é dada por:

∆s1 = V1 T + T2

∆s1 = 45 . 10,0 + (10,0) 2 (m)

∆s1 = 450 + 238 (m) ⇒

RRRREEEEDDDDAAAAÇÇÇÇÃÃÃÃOOOO

Você tem duas opções para fazer sua redação.Escolhauma delas e siga as orientações para elaborar o seutexto.

Opção 1 – Narração

Imagine a seguinte situação: um dia alguém (persona-gem criado por você) tem a oportunidade de conversarlongamente com um destes moradores que estão aquirepresentados e resolve escrever a história da vidadele, expondo os motivos que o levaram a se isolar detudo e de todos para viver num canto de uma rua qual-quer. Crie um texto narrativo e dê a ele um final sur-preendente. Dê um título ao seu texto.

Opção 2 – Dissertação

A partir das informações disponibilizadas aqui, construaum texto dissertativo procurando argumentos para ten-tar solucionar esse problema social: o morador de rua.Algumas autoridades defendem a chamada “operaçãolimpeza”; outras preferem ações voltadas para a cida-dania. Como você se posiciona? Crie um título adequa-do ao desenvolvimento que der ao tema.

∆s1 = 688m

4,76––––

2

γ1–––2

T = 10,0s9,00––––0,09

0,09––––

2

γrel ––––

2

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Espalhados pelos canteiros dacidade,moradores de rua formamuma massa silenciosa e invisível –“um elemento da paisagem urba-na do qual a sociedade se acostu-mou a desviar o olhar”.

(Veja, 30 nov. 2005)

Na invisibilidade que a grande maioria deles vive, algunsse destacam e surgem como personagens (escritores,detetive espacial, Lampião), criam um mundo paralelo,tornam-se visíveis e ocupam a mídia.

Segundo o Censo do Instituto de Pesquisas Econô-micas – Fipe – 2003, é considerado morador de rua osegmento de baixíssima renda que, por contingênciatemporária ou de forma permanente, pernoita noslogradouros da cidade.

A área urbana da cidade deSão Paulo é de aproximada-mente 1.500 km2. Abrigavaem 2003 uma populaçãode quase 10,7 milhões e,desses habitantes, 6.405eram moradores de rua(2.834 viviam na ruas e3.571pernoitavam emalbergues). Ainda segundoa mesma pesquisa, predo-minavam pessoas do sexomasculino (83,60%), em

idade ativa (18 a 55 anos, 70,06%) e residindo na rua háaté um ano. Esses dados aumentaram em torno de30% desde a última pesquisa feita em 2001 pelomesmo instituto.Muitos desses moradores de rua não possuem famíliae muitos consomem álcool e drogas. O mais interes-sante apontado por essa pesquisa é que 20% dessesmoradores possuem nível superior.

Censo 2003 - FIPE

No meio (ilha) da Av. Pedroso de Moraes, bairro nobreda cidade, mora Raimundo Arruda Sobrinho, 68 anos.Seu último jornal leu em junho de 1976, e ainda conse-gue se recordar dos donos do poder daquela época: ospresidentes da França e dos Estados Unidos, do Brasil,o governador e o prefeito de São Paulo. Na cabeça,uma coroa de plástico – uma garrafa cortada ao meiocom papelão e metais colados nela.O saco de lixo preto que atou com um nó no seu pes-coço ele usa como capa. Passa seus dias escrevendo.Curvado, ele se dedica aos seus diários, pilhas defolhas soltas guardadas num caderno de papelão. Aolado, as notas dos anos passados, atadas por um cor-dão e embrulhadas em sacos de plásticos transparen-tes. "O diário de uma mente escravizada" ele as chamae então lê: "Dormi bem, acordei cedo, o tempo estábom, falei com gente na rua..."

Texto : Thomas Milz. Disponível em<http://www.caiman.de/brasil/raimundopt.shtml>

Foto: Edison Russo

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Na Radial Leste, uma dasmaiores avenidas de SãoPaulo, podemos encontraro Luciano: com uma fita nacabeça segurando umosso na vertical de suatesta, o corpo revestidopor saquinhos de plástico,remetendo quase que auma espécie de traje espa-cial. Quando lhe pergunta-mos a respeito de seuestranho equipamento, elediz que é feito para viajar:proteção antibombas, pois

espera a nave que irá levá-lo para os Estados Unidos.O traje de Luciano constitui uma espécie de aparelha-gem corporal, como um equipamento de sobrevivência,num mundo onde as explosões ameaçam.Os diversos pesos pendurados ao seu corpo dão a seusmovimentos a lentidão dos gestos de um astronauta.Os saquinhos pendurados em seus braços e suas per-nas estão recheados com cartelas da Mega Sena.

Texto adaptado parafins de vestibular. Disponível em

<http://www.unicamp.br/unicamp/hoje/julho2006/ju330pag12.html>

Importante: Passe a limpo, a tinta, sua redação, noespaço a ela destinado. O rascunho não será conside-rado. Seu trabalho será avaliado de acordo com osseguintes critérios: Narração – adequação ao tema e às característicasespecíficas do gênero narrativo. Título compatível como texto produzido.Dissertação – espírito crítico; padrão culto da língua;adequação de título e texto ao desenvolvimento dotema; estrutura textual compatível com o tipo de textoproposto.

Comentário à Proposta de Redação

Apresentaram-se duas opções para o texto a serredigido pelo candidato: dissertação ou narração.

Na proposta dissertativa, solicitou-se que, a partirdas informações oferecidas pela Banca Examinadora, ocandidato construísse uma redação, “procurando argu-mentos para tentar solucionar esse problema social: omorador de rua”.

Caberia, para tanto, reconhecer não apenas a com-plexidade dessa questão, por si só desafiadora, mastambém o caráter polêmico de que se revestem as pro-postas feitas por autoridades e cidadãos em geral – oque deve ter levado o vestibulando a analisar detida-mente os textos e imagens oferecidos como base parareflexão, a fim de se posicionar em relação ao assunto.

Caso apostasse na “operação limpeza” como formade retirar os indigentes das ruas, o candidato poderiachamar a atenção para o aumento desse contingentena maior metrópole do país, o que vem contribuindopara o aumento da sujeira tanto nas vias públicas quan-to nas calçadas de condomínios residenciais e comer-

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ciais, enfeiando a paisagem urbana e atrapalhando,quando não constrangendo, os demais habitantes dacidade, que pagam impostos para usufruírem de umacidade limpa e organizada.

Se preferisse, porém, defender “ações voltadas paraa cidadania”, o candidato poderia mencionar o descasocom que esses seres “invisíveis” são tratados pelasociedade, só recebendo atenção da mídia aqueles quese destacam como personagens - “escritores, detetiveespacial, Lampião” . Como forma de se tentar reinseri-los socialmente, seria necessário o trabalho de assis-tentes sociais e de outros cidadãos voluntários, que nãoapenas providenciassem abrigo e alimentação para taismoradores, mas também tratamentos médicos e psi-quiátricos, além de avaliarem o potencial que apresen-tassem para exercer atividades profissionais que lhesgarantissem dignidade.

O candidato que optou por fazer uma narração deve-ria ter, além de imaginação, domínio da técnica narrati-va, criando um enredo cativante que contemplasse per-sonagens, cenários, tempo etc.

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Leia os textos e veja as imagens, observando as

datas e os momentos históricos a que se referem:

“Em 1872 São Paulo conseguiu tornar-se importante nóde estrada de ferro, beneficiando assim sobremaneira oseu comércio. (...) Esse ano (...) não trouxe só isso paraSão Paulo. A cidade foi beneficiada com iluminação agás (...) e o tráfego de bondes a burros (...), com umaúnica linha do largo do Carmo à Estação da Luz. Os car-ros de aluguel aparecem, os esgotos começam.Chegam, mais volumosas, as levas de imigrantes. Alavoura cafeeira prospera”.

Eurípedes Simões de Paula. “Contribuiçãomonográfica para o estudo da segunda

fundação de São Paulo”, in Revista de História.São Paulo, n° 17, 1954, p. 170-173

“O cavalo e a carroça Estavam atravancados no trilhoE como o motorneiro seimpacientassePorque levava os advogados para osescritóriosDesatravancaram o veículoE o animal disparouMas o lesto carroceiroTrepou na boléia

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E castigou o fugitivo atreladoCom um grandioso chicote”

Oswald de Andrade. “Pobre Alimária”. Pau-Brasil(1925). São Paulo, Globo, 1990, p. 115

“Poucas vezes na história do urbanismo terá ocorridoum fenômeno semelhante (...). Há um século [em1880], a cidade contava com trinta mil habitantes e, apartir do momento em que a ferrovia chegou às novasterras produtoras de café, a cidade conheceu um cres-cimento incontrolado. Crises econômicas, revoluções,guerras, nada conseguiu infletir a curva de crescimentoda cidade. Com os imigrantes vieram novas técnicas deconstruir e a cidade foi reconstruída integralmente,disso resultando uma nova imagem: a metrópole docafé. (...) Até a Segunda Grande Guerra a cidade con-servou sua imagem de metrópole do café. A partir deentão, os grandes empreendimentos imobiliários vie-ram destruir, um a um, os documentos arquitetônicosda cidade. Os poderes públicos sempre ficaram paratrás da iniciativa privada e um código de obras anacrô-nico permitiu um uso abusivo do solo”.

Benedito Lima de Toledo. São Paulo: três cidadesem um século. São Paulo: Duas Cidades, 1983, p. 141

“Embora os moradores e cientistas sociais ainda con-cebam e discutam a cidade em termos da polarizaçãocentro-periferia que dominou a expansão da cidade dosanos 1940 aos anos 1980, uma terceira forma vem seconfigurando desde os anos 1980 e mudando conside-ravelmente a cidade e sua região metropolitana (...) Astransformações recentes estão gerando espaços nosquais os diferentes grupos estão muitas vezes próxi-mos, mas estão separados por muros e tecnologias desegurança, e tendem a não circular ou interagir emáreas comuns”.Teresa Pires do Rio Caldeira. Cidade de muros: crime, segregação e

cidadania em São Paulo. São Paulo: 34/Edusp, 2000, p. 211

Redija um texto dissertativo que utilize, sem reproduzir,o material apresentado nesta proposta e que apresentee analise:– As mudanças ocorridas na cidade de São Paulo entre

o final do século XIX e o início do século XX (imigra-ção, modernização e mudanças econômicas).

– O perfil da cidade da década de 1970 em diante e asformas de segregação urbana.

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1. Condomínio de luxo no Morumbi, ao lado da favelaParaisópolis.Tuca Vieira. Folha Imagem, 2004. In: CAMPOS, Cândido M. e outros(orgs.). São Paulo: metrópole em trânsito. São Paulo: SENAC, 2004,

p. 198.

2. Vista aérea do centro, década de 1950. Anônimo. In : GERODETTI, João E. e outro. Lembranças de São

Paulo. São Paulo: Studio Flash, 1999, p. 35.

3. Esquina da Rua Direita com Rua São Bento, décadade 1920

Anônimo. In: MUSA, João Luiz e outros.

São Paulo, anos 20: andar, vagar, perder-se.

São Paulo: Melhoramentos. 2003, p. 131.

Resolução Comentada

A expansão da cafeicultura no Oeste Paulista acen-tuou-se a partir de 1870, com a implantação e cresci-mento acelerado de uma malha ferroviária que escoava,pelo porto de Santos, a produção das áreas de “terraroxa”; essa mesma malha, no sentido inverso, impul-sionou o povoamento do interior da província de SãoPaulo.

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Apesar de constituir, no sentido estrito, uma ativida-de econômica tipicamente interiorana, o cultivo do caférepercutiu enormemente na cidade de São Paulo, esti-mulando seu progresso a passos gigantescos.

A influência da cafeicultura no crescimento econô-mico e urbano de São Paulo inclui aspectos variados, asaber: os fazendeiros do Oeste Paulista aplicaram partede seus lucros no setor industrial paulistano; muitosimigrantes italianos, inicialmente direcionados para asplantações, refluíram para a capital, onde instalarampequenos negócios ou passaram a trabalhar na indús-tria nascente ou na construção civil; o crescimentodemográfico da cidade trouxe consigo o desenvolvi-mento comercial e do setor terciário como um todo; e,coroando todas essas transformações, houve o cresci-mento urbano.

No final do século XIX, a construção do Viaduto doChá ligou o “Centro Velho” às novas áreas urbanizadasalém do Anhangabaú. Bairros aristocráticos(Higienópolis, Campos Elíseos) surgiram, simultanea-mente com bairros operários (Brás, Bexiga, BarraFunda) e outros de classe média (Mooca, Vila Mariana).

No início do século XX, outros contingentes de imi-grantes vieram adensar a população paulistana: ale-mães, espanhóis, árabes, judeus e — continuando umfluxo jamais interrompido — portugueses.

A urbanização de São Paulo acompanhou com difi-culdade seu crescimento demográfico e alargamentoespacial. O processo modernizador e urbanístico irra-diou-se a partir do centro, mas sempre retardatário emrelação aos bairros que surgiam na periferia.

Apesar de tudo, São Paulo se consolidou comometrópole nacional. A Crise de 29 abalou a cafeicultura,mas a vitalidade do comércio e da indústria paulistanoscompensou aquele problema setorial.

Na década de 1970, o processo de urbanização nacidade de São Paulo já estava consolidado. Esse pro-cesso, que se intensificara a partir da década de 1940,ocorreu de forma rápida e desordenada, sem planeja-mento e associada à industrialização, que se constituiuem foco de atração de imigrantes do campo – êxodorural – e de outras regiões, sobretudo da regiãoNordeste.

Criou-se, nessa lógica capitalista, uma dinâmica quevem sendo constante ao longo da história da cidade,estimulando um processo de construção e de recons-trução contínuo que perdura até os dias atuais.

Nesse processo capitalista, vê-se uma sucessão deformas de apropriação, alterando funções urbanas. Aatividade industrial, uma das molas-mestras da econo-mia paulistana nos anos precedentes, é abandonadaem função de novas atividades como as do setor ter-ciário, nas quais se torna cada vez mais evidente o pro-cesso de segregação espacial.

Nesse processo de segregação espacial, surgemduas formas de ocupação. As áreas de melhor infra-estrutura, geralmente bairros contíguos à área central,foram apropriadas pelas classes mais abastadas, crian-do, por exemplo, condomínios fechados, enquanto asáreas menos valorizadas (como as várzeas inundáveis,as encostas íngremes, a longínqua periferia e as proxi-midades dos lixões) foram relegadas à população debaixa renda. Essa população se organiza das formasmais originais possíveis, criando favelas, ocupando

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áreas de mananciais, construções clandestinas em bair-ros populares. Essas formas de ocupação são conco-mitantes e dinâmicas, e a distinção entre elas é econô-mica, o que evidencia o processo de segregação espa-cial.

A cidade não tem uma identidade própria. Identifica-se, na verdade, com as necessidades do capital que lheconfere dinamismo. As políticas públicas procuraramdinamizar a sua economia, otimizando os sistemas deinfra-estrutura e o zoneamento urbano, mantendo emplano inferior as demandas sociais.

Outra característica de São Paulo é a capacidade depolarização que uma cidade desse porte cria em funçãodas suas atividades econômicas. A cidade evoluiu,mesmo sem equacionar devidamente as necessidadesde sua crescente população. Atingiu âmbito de metró-pole nacional na década de 1970, evoluiu para a cate-goria de cidade global em princípios do século XXI echegou à condição de megacidade.

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