Orquestra GulbenkianCorpus é dedicada ao Artur Pizarro, em memória de duas pessoas cuja...

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artur pizarro © sven arnstein 07 + 08 Abril 2016 quinta, 21:00h / sexta, 19:00h Grande Auditório Orquestra Gulbenkian Michał Nesterowicz Artur Pizarro 8 Abril 2016 sexta, 21:30h Grande Auditório Solistas da Orquestra Gulbenkian

Transcript of Orquestra GulbenkianCorpus é dedicada ao Artur Pizarro, em memória de duas pessoas cuja...

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07 + 08 Abril 2016quinta, 21:00h / sexta, 19:00hGrande Auditório

Orquestra GulbenkianMichał NesterowiczArtur Pizarro

8 Abril 2016sexta, 21:30h — Grande Auditório

Solistas da Orquestra Gulbenkian

MUSICA.GULBENKIAN.PT

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

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quinta 7 Abril 201621:00h — Grande Auditório

sexta 8 Abril 201619:00h — Grande Auditório

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Orquestra GulbenkianMichał Nesterowicz maestro

Artur Pizarro piano

Franz LisztLes Préludes, S. 97

José Júlio LopesCorpus *para orquestra e piano

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Fryderyk ChopinRondo à la Krakowiak,em Fá maior, op. 14

Modest Mussorgsky / Maurice RavelQuadros de uma exposição

PromenadeI. GnomusPromenadeII. Il vecchio castelloPromenadeIII. TuileriesIV. BydloPromenadeV. Ballet des petits poussins dans leurs coquesVI. Samuel Goldenberg et SchmuÿleVII. Limoges. Le marchéVIII. Catacombae. Sepulchrum RomanumCum mortuis in lingua mortuaIX. La cabane sur des pates de poule (Baba-Yaga)X. La Grande Porte de Kiev

Duração total prevista: c. 2hIntervalo de 20’ * Estreia mundial – Encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian

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sexta 8 Abril 201621:30h — Grande Auditório

Solistas da Orquestra GulbenkianJordi Rodriguez violino

Pedro Pacheco violino

Leonor Braga Santos viola

Levon Mouradian violoncelo

Ludwig van BeethovenQuarteto para Cordas n.º 4,em Dó menor, op. 18 n.º 4

Allegro ma non tantoScherzo: Andante scherzoso quasi allegrettoMenuetto: AllegrettoAllegro – Prestissimo

Wolfgang Amadeus MozartQuarteto para Cordas n.º 17, em Si bemol maior, K.458, A caça

Allegro vivace assaiMenuetto e Trio: ModeratoAdagioAllegro assai

Duração total prevista: c. 50’Concerto sem intervalo

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Franz Lisztraiding, 22 de outubro de 1811bayreuth, 31 de julho de 1886

Franz Liszt foi uma das figuras mais proeminentes do romantismo musical, tendo exercido uma influência notável enquanto pianista e compositor tanto na sua época como sobre as gerações subsequentes. Após a estrondosa carreira de virtuoso itinerante que desenvolveu entre 1839 e 1847, dando um contributo sem precedentes para o alargamento das possibilidades técnicas do piano, o ano de 1848 marcou um ponto de viragem na sua carreira, com o estabelecimento em Weimar e a concentração quase exclusiva no ensino e na composição. Nos 12 anos que se seguiriam estabeleceu assim a sua reputação enquanto compositor, assumindo-se como um dos principais representantes da Nova Escola Alemã.Entre as inovações concebidas neste período conta-se a invenção do poema sinfónico, para além das técnicas associadas ao nível da transformação temática, bem como da experimentação formal e harmónica. Desses anos datam 12 dos seus 13 poemas sinfónicos, nos quais explora temas variados extraídos da literatura romântica, da história, da mitologia ou da imaginação. O poema sinfónico Les

préludes, o n.º 3 – cujo título se refere a umaOde das Nouvelles méditations poétiques (1823), de Alphonse de Lamartine –, foi trabalhadoa partir de material de uma abertura que Liszt havia composto em 1848 para o seu ciclo coral Les quatre éléments (1844-45). Nele o compositor faz uso da forma cíclica a que recorre amiúde nas obras da maturidade: um motivo básico de três notas passará por transformações contínuas em termos melódicos, rítmicos, harmónicos, tímbricos e dinâmicos, constituindo-se como o fator unificador da variedade de ambientes em presença – do meditativo ao dramático, do pastoral ao triunfante. Dois acordes em pizzicato nas cordas abrem uma breve introdução, em que os violinos enunciam o motivo primordial do qual o compositor faz derivar todos os temas da obra. Numa primeira secção surge uma importante e fluente melodia nos segundos violinos e nos violoncelos. A segunda secção inicia-se de forma tempestuosa, mas acaba por desvanecer-se numa atmosfera pastoral. Por fim, a secção culminante transforma os dois temas líricos em toques de batalha, encerrando a obra de modo triunfante.

luís miguel santos

Les Préludes, S. 97

composição: 1854estreia: weimar, 23 de fevereiro de 1854duração: c. 15’

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José Júlio Lopeslisboa, 9 de março de 1957

Tanto quanto se pode dizer de uma peça musical que ela tem um assunto ou um tema, Corpus é sobre morte e vida, sobre existir –sem mistificações: são inquietações humanas. Neste sentido – e evitando sobre a criação musical a tentação romântica da descrição figurativa –, a peça revela (um) pensamento, antagonismos, revolta, tensão dramática.Corpus tem como princípio criativo a ideia de movimento. É a ignição de um “motor harmónico” que gera a sua construção.É um movimento contínuo, através do qual corpos harmónicos (entidades intervalares) são sucessivamente usados e desagregados e, mais à frente, reagrupados noutro corpo harmónico. Sucessivamente. Compondoe descompondo. Até ao infinito.Não sendo um concerto para piano (na designação convencional), o piano é o protagonista: é o piano o portador deste processo de contágio e de transformação.A escrita do piano é por isso predominantemente horizontal e “pontiaguda”, entrando umas vezes em choque com a resistência vertical

do discurso harmónico da orquestra, para perfurar e transformar; outras vezes coexistindo ensimesmada, presa no gesto e na evocação de uma música interior. Nesta peça, ideia de fragmento (o grande fragmento) corresponde à ideia de ruína, ou seja a sedimentação de material de uma história sonora comum. Esse material surge em camadas sobrepostas, em discursos que se amontoam. A peça inicia-se, de resto, pela evocação de uma memória musical não muito longínqua que ecoa (o grande gesto pianístico), num processo reiterado de reverberações e reconhecimentos partilhados, e desliza por entre muitas das referências que ecoam na memória – de que também fazem parte irreprimíveis ruínas do contemporâneo omnipresente –, num processo de abstratização crescente e imparável.A esperança faz acreditar que este processo sucessivo seria infinito.Corpus é dedicada ao Artur Pizarro, em memória de duas pessoas cuja existênciaé realmente infinita. josé júlio lopes

Corpuspara orquestra e piano

composição: 2016estreia: lisboa, fundação calouste gulbenkian, 7 de abril de 2016duração: c. 25’

Em memória de Berta Pizarroe de Júlio Alberto Lopes,para o Artur

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Fryderyk Chopinzelazowa wola, 1 de março de 1810paris, 17 de outubro de 1849

Fryderyk Chopin alcançou uma posição de destaque na história da música devido à sensibilidade do seu estilo melódico e harmónico, bem como à sua exploração das características técnicas e expressivas do piano, o seu instrumento de eleição. A sua produção concentra-se quase exclusivamente na música para esse instrumento, tendo em vários géneros fornecido contributos relevantes para o repertório. Ao nível da música para piano e orquestra, Chopin foi autor de seis obras, todas anteriores a 1831, data do seu estabelecimento em Paris. Constituindo a sua terceira experiência neste domínio, o Rondo à la Krakowiak, em Fá maior, op. 14, foi composto ainda em Varsóvia, em 1828, já depois das Variações sobre “Là ci darem la mano”, op. 2 (1827) e da Fantasia sobre árias polacas, op. 13 (1828). Trata-se de uma peça de bravura, que coloca em evidência a sua exigência técnica, baseada na krakowiak, uma dança rápida e sincopada da região de Cracóvia (tal como faria mais tarde no 3.º andamento do Concerto n.º 1), dança que por essa altura conquistava popularidade nos salões de baile de Viena e Paris, a par da

polonaise e da mazurka. O papel da orquestra é aqui bastante diminuto, tendo o próprio compositor elaborado também uma versão a solo. Concebida em duas partes, a obra inicia-se com um idílico Andantino, quasi allegretto, uma introdução pacífica e comum certo toque exótico conferido pelo perfil pentatónico da melodia com que o piano solista se apresenta delicadamente sobrea trompa e as cordas. Uma passagem de um brilhantismo inesperado opera a transição para o Rondó propriamente dito, Allegro non troppo, cabendo à orquestra anunciar o ritmo da krakowiak. O piano apresenta o 1.º tema,em Fá maior, marcado pelo seu caráter rítmico e ebuliente. Na extensa passagem de bravura que se segue, o sabor polaco desvanece-se por instantes, apesar de a música nunca perder em vivacidade e brilhantismo, até que emerge um divertido tema de dança, em Ré menor, novamente evocativo dos salões de baile de Cracóvia. O pianismo virtuosístico impõe-se mais uma vez, conduzindo desta feita a uma secção mais branda. A colorida música de dança regressa e é elaborada com imaginação até ao final.

Rondo à la Krakowiak,em Fá maior, op. 14

composição: 1828duração: c. 15’

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Modest Mussorgsky

Maurice Ravel

karevo, 21 de março de 1839são petersburgo, 28 de março de 1881

ciboure, 7 de março de 1875paris, 28 de dezembro de 1937

Modest Mussorgsky foi um dos mais notáveis compositores russos de finais do século XIX, cuja orientação inovadora, em particular no domínio da ópera e da canção, exerceria uma influência determinante no imaginário da geração modernista de Debussy e Ravel. Integrado no chamado “Grupo dos Cinco”, revelou uma preocupação especial com a procura de uma identidade musical russa, inspirando-se para o efeito na história, no folclore e em outros temas nacionalistas.É nesse âmbito que se inserem algumas das suas obras mais célebres, entre as quais os Quadros de uma exposição, uma suite para piano composta em 1874 em memória do falecido artista Victor Hartmann, procurando descrever a experiência da visita a uma exposição. A obra viria a tornar-se popular sobretudo na notável versão orquestral de Ravel, elaborada em 1922.A suite abre com uma decidida Promenade em Si bemol maior, que descreve a passagem pela exposição com o seu compasso originalmente de 11/4 e as assimetrias rítmicas e métricas que marcam a melodia. Segue-se O Gnomo, em Mi bemol menor, cujos tempos contrastantes

sugerem a figura bizarra desse ser. Um plácido interlúdio em Lá bemol maior retoma o tema da Promenade, introduzindo O Velho Castelo, em Sol sustenido menor, que representa um trovador cantando diante de um castelo medieval. Novo interlúdio em Si maior, um pouco mais extrovertido, conduz a O Jardim das Tulherias, na mesma tonalidade, música caprichosa que descreve brincadeiras de crianças. Em Bydlo (Sol sustenido menor),o crescendo inicial e o longo diminuendo final sugerem a aproximação e afastamento do carro de bois. Um tranquilo interlúdio em Ré menor introduz O bailado dos pintainhos nas suas cascas, um vivo Scherzino em Fá maior. Em Samuel Goldenberg e Schmuÿle (Si bemol menor) são descritos os retratos do judeu rico e do judeu pobre, seguindo-se O mercado de Limoges, em Mi bemol maior, com a sua vozearia. Em Catacombae (Si menor) é evocada a grandiosidade das catacumbas romanas e em Baba-Yaga (Dó menor) é descrita uma bruxa maléfica do folclore russo. Por fim, A Grande Porta de Kiev, em Mi bemol maior, retoma o tema da Promenade para encerrara obra com um clímax magnificente.

Quadros de uma exposição

composição: 1874 / 1922 (orq.)duração: c. 30’

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Ludwig van Beethovenbona, 17 de dezembro de 1770viena, 26 de março de 1827

A obra de Ludwig van Beethoven tem sido consensualmente dividida em três grandes períodos criativos. Assim, depois da fase de juventude passada em Bona, o compositor viveu um primeiro período em Viena, entre c. 1793 e c. 1802, no qual demonstrou o seu domínio da tradição clássica vienense herdada de Mozart e Haydn, afirmando a sua individualidade nesse contexto. De facto, as obras desta fase, que se destacam já pela qualidade intelectual do seu material musical, demonstram como procurou adaptar-se aos padrões do gosto vienense, revelando igualmente, desde cedo, a sua propensão para a ambição ao nível da formae do discurso musical. Compostos entre 1798 e 1800, por encomenda do príncipe Lobkowitz, os seis Quartetos para Cordasop. 18 foram alvo de um trabalho meticuloso, demonstrando o conhecimento que Beethoven possuía da rica tradição queo precedia nesse género.O Quarteto para cordas n.º 4, em Dó menor, op. 18 n.º 4, na realidade o último a ser composto, destaca-se por ser o único nesse opus em tonalidade menor, ainda para mais naquela que o compositor

normalmente reservava para as suas obras mais dramáticas. O 1.º andamento, Allegro ma non tanto, concebido numa forma-sonata, abre com um tema atormentado, sobre um acompanhamento agitado, conduzindo a uma série de acordes incisivos. Surge então um2.º tema em Mi bemol maior, derivadodo precedente. A exposição encerra com uma singular sequência de acordes.O desenvolvimento tenso leva a ansiedade a um ponto culminante e a conclusão vem enfatizar o ambiente trágico. Segue-se não o habitual andamento lírico, mas antes um Scherzo: Andante scherzoso quasi allegretto, uma música despreocupada e caprichosa em Dó maior em que se destaca a pequena fuga elaborada na exposição e o desenvolvimento polifónico a que o material temático é sujeito na secção central. No Menuetto: Allegretto regressa Dó menor e a intensidade dramática, abundando os cromatismos e as síncopas.Por fim, o Allegro – Prestissimo é um apimentado rondó que constitui uma das raras incursões do compositor no estilo húngaro. O nervoso tema principal alterna com episódios mais líricos, até que numa excitante coda, o drama e a ferocidade acabam por ceder ao humor.

Quarteto para cordas n.º 4, em Dó menor, op. 18 n.º 4

composição: 1798-1800duração: c. 25’

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WolfgangAmadeus Mozartsalzburgo, 27 de janeiro de 1756viena, 5 de dezembro de 1791

Wolfgang Amadeus Mozart é considerado um dos representantes máximos do chamado classicismo vienense, tendo desenvolvido um estilo bastante pessoal, produto da confluência entre o lirismo da ópera italiana e a tradição instrumental germânica, no qual sobressai a sua beleza melódica, a sua elegância formal, bem como a sua riqueza a nível harmónico e textural. Autor de uma obra vasta e variada, nela é possível constatar que o compositor dominou todos os géneros sobre os quais se debruçou. O seu estabelecimento definitivo em Viena, em 1781, deu início à fase mais produtiva do seu percurso, na ânsia de alcançar o reconhecimento público enquanto pianista e compositor. Estilisticamente, a extravagância dos últimos anos de Salzburgo dava agora lugar a um novo interesse pela clareza das texturas, pelo contraponto, pelo cromatismo, por detalhes ao nível do ritmo e da articulação, bem como por uma nova exploração da relação entre os instrumentos. Estes aspetos estão bem patentes, por exemplo, nos seis quartetos dedicados a J. Haydn, que Mozart fez publicar em Viena em 1785 e nos quais trabalhava desde 1782, estimulado pelo estudo que havia feito dos

seis quartetos op. 33 daquele compositor, publicados em 1781. Os chamados “Quartetos Haydn” (n.os 14 a 19) constituem, de facto, um marco, representando o ponto máximo da escrita para quarteto de cordas no Classicismo e incluindo alguns dos mais refinados momentos mozartianos. É nessa série que se inclui o Quarteto para cordas n.º 17, em Si bemol maior, K. 458, A caça, concluído em 1784. O 1.º andamento, Allegro vivace assai, decorrendo num ambiente sempre otimista, abre com desenvoltura com um motivo que recorda o toque da trompa de caça (do qual deriva o título do quarteto) e que fornece todo o material temático explorado. Segue-se um Menuetto e Trio: Moderato, andamento brevede caráter delicado com um trio de uma elegância dançante. Já o Adagio, em Mi bemol maior, emocionalmente bastante intenso,é dominado pela longa melodia do 1.º violino, bem como pela eloquência do diálogo entre violino e violoncelo. Finalmente, o Allegro assai, recuperando a boa disposição do início, é um rápido e fogoso rondó que encerra o quartetoao estilo despreocupado da opera buffa. notas de luís miguel santos

Quarteto para cordas n.º 17, em Si bemol maior, K. 458, A caça

composição: 1784duração: c. 28’

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Coleção de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ( 17)

Jorge Varanda (Luanda, 1953 – Lisboa, 2008)Sem Título, 1990Tinta acrílica sobre madeira20 x 21 x 2,5 cmInv. 12P1658

Esta obra pode ser vista na exposição “As Casas na Coleção do CAM” até 29 de agosto de 2016, no Centro de Arte Moderna

Jorge Varanda desenvolveu um percurso marginal muito particular em que espaços e personagens se identificam em ambientes crus, vazios, envolvendo a própria matéria arquitetónica. Na exposição As Casas na Coleção do CAM são apresentadas

uma série de tabuinhas de madeira em torno do quotidiano da casa, de espaços isolados, onde é visível uma ausência-presença humana que reflete uma época que inesperadamente viu crescer estas personagens – os anos de 1980.

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maestroMichał Nesterowicz

O maestro polaco Michał Nesterowicz estudou com Marek Pijarowski na Academia de Música de Wrocław, onde se diplomou em 1974. Dois anos mais tarde, figurou entre os vencedores do 6.º Concurso Internacional de Direção de Orquestra Grzegorz Fitelborg, em Katowice. Dirigiu então as principais orquestras polacas e em 2004 foi nomeado Diretor Artístico da Orquestra Filarmónica Polaca do Báltico, em Gdansk, tendo partilhado o palco com solistas como Ewa Podles, Angela Marambio, Gwendolyn Bradley, Shlomo Mintz, Rachel Barton Pine, Ivan Monighetti, ou Javier Perianes. Em 2008, depois de vencer o Concurso Europeu da Orquestra de Cadaqués, a sua carreira internacionalizou-se definitivamente. Dirigiu muitas da principais orquestras europeias e, entre 2008 e 2011, foi Maestro Principal da Orquestra Sinfónica Nacional do Chile.A programação da quarta temporada de Michał Nesterowicz como Diretor Artístico

da Orquestra Sinfónica de Tenerife inclui a conclusão dos ciclos dedicados às Sinfoniasde Brahms, Schumann e Mahler, para alémde uma forte incidência no repertório sinfónico de Chostakovitch, Mussorgskye Rachmaninov.Em 2016, para além da Orquestra Gulbenkian, Michał Nesterowicz estreia-se também à frente da Deutsches Symphonie-Orchester Berlin e dirige pela primeira vez no Concertgebouw de Amesterdão (Noord Nederlands Orkest). No seguimento dos sucessos obtidos nos últimos anos, os seus compromissos na presente temporada incluem ainda a direção da Filarmónica de Buffalo, da Residentie Orkest (Haia), da Filarmónica de Copenhaga, da NDR Sinfonieorchester Hamburg, da Orquestra Nacional de Lille, da Filarmónica de Nice, da Orquesta Ciudad de Granada, da Sinfónica de Barcelona (incluindo uma digressão a França) e da Sinfónica de Basileia.

Notas Biográficas

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pianoArtur Pizarro

Artur Pizarro nasceu em Lisboa em 1968. Foi a sua avó materna, a pianista Berta da Nóbrega, quem primeiro lhe despertou o gosto pelo piano, no que foi secundada pelo seu companheiro de duo de piano, Campos Coelho, aluno de Vianna da Mota, Ricardo Viñes e Isidor Philipp. Entre 1974 e 1990, estudou com Sequeira Costa, que fora também aluno de Vianna da Motta e de Mark Hamburg, Edwin Fischer, Marguerite Long e Jacques Février. Esta distinta herança imergiu-o na Idade de Ouro do piano e forneceu-lhe um profundo conhecimento das escolas alemã e francesa e dos seus repertórios. Depois dos seus estudos iniciais em Lisboa, mudou-se para Lawrence, Kansas (E.U.A), onde continuou a trabalhar com Sequeira Costa. Durante uma breve interrupção do seu aperfeiçoamento artístico nos Estados Unidos da América, trabalhou também com Jorge Moyano, em Lisboa, e com Aldo Ciccolini, Géry Moutier e Bruno Rigutto, em Paris.Artur Pizarro venceu o Concurso Vianna da Motta de 1987, a edição de 1988 do Greater Palm Beach Symphony Competition e o

Concurso Internacional de Piano de Leeds de 1990, o que marcou o início da sua carreira internacional. Apresenta-se regularmente em recitais a solo e de música de câmara e com grandes orquestras e maestros como Simon Rattle, Philippe Entremont, Yan Pascal Tortelier, Andrew Davies, Esa-Pekka Salonen, Yuri Temirkanov, Vladimir Fedoseyev, Ilan Volkov, Franz Welser-Möst, Tugan Sokhiev, Yakov Kreizberg, Yannick Nézet-Séguin, Libor Pešek, Vladimir Jurowski, Ion Marin, John Wilson e Charles Mackerras.Artur Pizarro estreou-se com a Orquestra Gulbenkian aos treze anos de idade e, desde então, tem-se apresentado com regularidade no Grande Auditório, em concertos e recitais. Nas duas últimas temporadas apresentou um ciclo único de recitais dedicados à interpretação integral das obras para piano solo de Rachmaninov. Ao longo da sua brilhante carreira, gravou uma extensa discografia para as editoras Collins Classics, Hyperion Records, Linn Records, Brilliant Classics, Klara, Naxos, Danacord, Odradek Records e Phoenix Edition.

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compositorJosé Júlio Lopes

José Júlio Lopes nasceu em 1957. Estudou piano com Teresa Menéres e Nuno Vieira de Almeida e composição com Fernando Lopes-Graça e Christopher Bochmann. Participou em master-classes e seminários de composição de Emmanuel Nunes na Fundação Calouste Gulbenkian e de Franco Donatoni na Royal Academy of Music, em Londres. Paralelamente, completou um mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa e concluiu um doutoramento sobre o tema “nova música, novos dramas, novos media: a ópera do futuro”. É professor e investigador no CESEM (UNL). Foi cofundador e Diretor Artístico da OrchestrUtopica. José Júlio Lopes começou por compor música de cena e, desde 1979, colaborou em inúmeras produções de teatro. Na sequência desse trabalho inicial, interessou-se pela ópera e por projetos de teatro musical. Em 1986 apresentou Averroes, teatro musical multimédia a partir de um

conto de Jorge Luis Borges. Em 2000 compôs a ópera Nefertiti (Teatro da Trindade) e em 2007 a ópera W (Culturgest). Entre as suas obras mais relevantes incluem-se: Pyr, para orquestra de câmara (Centro Cultural de Belém, 2003); Magma (Casa da Música, 2005); SpaceCtrl, para orquestra de câmara (Dresdner Musik Festspiele, 2005); Dazibao, para percussão e ensemble (Culturgest, 2006); Verschwinden I, para quinteto, eletrónica ao vivo, vídeo e guitarra eletrónica (CCB, 2009); Verschwinden II (Culturgest, 2009); X-Acto, para orquestra e recitante (CCB, 2009). Mais recentemente apresentou as seguintes obras: Undo (Teatro Talia, ensems - Festival Internacional de Música Contemporânea de Valencia, 2010); SpaceCtrl II (2010); Utos, para orquestra (2011), Dark Times Quintet (Casa da Música, 2013); Verbingung (Vilamoura, 2015). Os seus projetos futuros incluem a estreia da ópera Sniper e da peça Lumen, para ensemble, eletrónica e coro misto.

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Jordi Rodriguez Cayuelas concluiu o Curso Superior de Violino no Conservatório de Música de Múrcia. Estudou posteriormente na Escuela Superior de Música Reina Sofia, em Madrid, com Vicente Huerta Faubel e José Luis García Asensio, na Universität für Musik und darstellende Kunst, em Graz, e na Robert Schumann Hochschule de Düsseldorf. Frequentou também os cursos de aperfeiçoamento de Mikhail Kopelman, Yair Kless, Sergey Girshenko, Joseph Silverstein, Walter Levin e Rainer Schmidt. Foi bolseiro da Fundação Yehudi Menuhin e da Fundação Carl Dörken. Jordi Rodriguez recebeu primeiros prémios no Concurso de Violino do Festival Internacional de Orquestras Juvenis de Múrcia, no Concurso Nacional de Jovens Intérpretes de Xàtiva (Valência), no Concurso de Interpretação Musical Villa de Cox (Alicante) e no Concurso de Música de Câmara Schmolz-Bickenbach, em Düsseldorf. Apresenta-se regularmente como solista ou integrado em formações de música de câmara. Como violinista de concerto, colaborou com várias orquestra e atuou em vários países da Europa. No domínio da música de câmara, partilhou os palcos com artistas como Jürgen Kussmaul, Matthias Buchholz, Ida Bieler, ou Vicente Huerta. Atualmente, é 1.º solista no naipe dos segundos violinos da Orquestra Gulbenkian.

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Pedro Pacheco dos Santos nasceu em Lisboa em 1966 e começou a estudar violino aos cinco anos de idade com o seu pai. Frequentou a Academia de Música de Santa Cecília nas classes de violino de Vasco Barbosa e Alberto Nunes, professores com quem continuaria a sua formação até ingressar no Conservatório Nacional de Lisboa.Foi membro fundador de duas orquestras de câmara e ainda membro da Orquestra Sinfónica Juvenil, com a qual realizou numerosos concertos como solista. Frequentou durante esse período os cursos de aperfeiçoamento artístico de Tibor Varga, Alberto Lisy e Gerardo Ribeiro.Concluiu o Curso Superior de Violino no Conservatório Nacional em 1984, iniciando nesse ano o Curso de Relações Internacionais do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou em Paris com Veda Reynolds durante quatro anos, tendo sido também apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura. Durante esse período, deu vários recitais na Bélgica, em Inglaterra e em França. É membro da Orquestra Gulbenkian desde 1990 e atuou como solista em várias ocasiões. Colabora com agrupamentos de música de câmara e apresentou-se como solista nos festivais de música do Algarve, de Sintra e de Leiria e deu vários recitais nos Açores. É professor de violino na Academia de Música de Santa Cecília.

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Leonor Braga Santos terminou o Curso Superior de Violino aos dezoito anos, com Leonor Prado, no Conservatório Nacional de Música. Obteve então uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar em Gstaad, com Alberto Lysy. Dois anos mais tarde, optou pela viola de arco e regressou a Lisboa, preparando-se com François Bross para o concurso de admissão à Escola Superior de Música de Colónia, onde se diplomou com alta classificação em 1987, tendo sido aluna de Rainer Moog em viola e do Quarteto Amadeus em música de câmara.No âmbito do Festival de Pommersfelden apresentou, em primeira audição na Alemanha, a Aria a Tre com Variazioni, de Joly Braga Santos, peça que já estreara em Lisboa. Participou no Festival de Sion, sob a direção de Tibor Varga, e percorreu vários países da Europa com o Ensemble Cologne, do qual fez parte até ao seu regresso definitivo a Portugal.Na sua primeira apresentação como solista com a Orquestra Gulbenkian interpretou o Concerto para Viola em Sol maior de G. P. Telemann. É membro da Orquestra Gulbenkian desde 1988. Gravou em CD o Sexteto para Cordas e o Quarteto com Piano de Joly Braga Santos. É frequentemente solicitada a integrar agrupamentos de música de câmara.

viola

Leonor Braga Santos

Levon Mouradian nasceu em Yerevan, na Arménia, e aos seis anos de idade ingressou numa escola especial para crianças dotadas, em Yerevan. Continuou os seus estudos no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo,na classe de M. Khomitser. Em 1985 recebeua Medalha de Prata no Concurso Internacional de Violoncelo Pablo Casals e em 1986 foi premiado no Concurso Internacional Tchaikovsky, em Moscovo. Em 1997 foi 1.º Prémio de Violoncelo no Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona, na Covilhã. Apresentou-se com as mais importantes orquestras da Rússia e tocou também com a Filarmónica de Budapeste, a Sinfónica de Timisoara,a Filarmónica da Arménia, a Filarmónicada Geórgia e a Orquestra Nacional do Porto.Gravou várias obras de J. S. Bach, Beethoven, Dvorák, Debussy e Chostakovitch, entre outros compositores, para a RDP-Antena 2 e para a editora Melody. Destaque para um recente CD que inclui um trio deA. Babadjanian e sete peças para trio de Komitas – Aslamazian, que foi dedicado ao 1700.º aniversário da proclamação do Cristianismo como religião oficial da Arménia. Desde 1999, é titular da classe de violoncelo no Departamento de Artes da Universidade de Évora. Integra o naipe de violoncelos da Orquestra Gulbenkian e toca um violoncelo veneziano do séc. XVIII.

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Orquestra Gulbenkian

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora interior.Em cada temporada, a orquestra realiza

uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.Paul McCreesh é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna Mälkki a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado Maestro Emérito.

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primeiros violinosCristian Chivu Concertino principal *Bin Chao 2º Concertino AuxiliarPaula Carneiro 2º Concertino Auxiliar *Pedro Meireles 2º Concertino AuxiliarAntónio José MirandaAntónio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WanhonAna Beatriz ManzanillaElena RyabovaMaria BalbiMaria José LaginhaZofia Pajak *João Castro * segundos violinosAlexandra Mendes 1º SolistaJordi Rodriguez 1º SolistaCecília Branco 2º SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuStefan SchreiberOtto PereiraCatarina Silva Bastos *Miguel Simões * violasSamuel Barsegian 1º SolistaLu Zheng 1º SolistaIsabel Pimentel 2º SolistaAndré CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia KouznetsovaBárbara Pires *Augusta Romaskeviciute *Nuno Soares *

violoncelosVaroujan Bartikian 1º SolistaMarco Pereira 1º SolistaMartin Henneken 2º SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel ReisFernando Costa *Ana Carolina Ferreira * contrabaixosMarc Ramirez 1º SolistaPedro Vares de Azevedo 1º SolistaManuel Rêgo 2º SolistaMarine TrioletMaja PlüdemannAlexandre Santos *Romeu Santos * flautasSophie Perrier 1º SolistaCristina Ánchel 1º Solista AuxiliarAmália Tortajada 2º Solista oboésPedro Ribeiro 1º SolistaNelson Alves 1º Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2º Solista Corne inglês clarinetesEsther Georgie 1º SolistaJosé María Mosqueda 2º Solista Clarinete baixo fagotesRicardo Ramos 1º SolistaVera Dias 1º Solista AuxiliarJosé Coronado 2º Solista Contrafagote trompasGabriele Amarù 1º SolistaKenneth Best 1º SolistaEric Murphy 2º SolistaDarcy Edmundson-Andrade 2º SolistaGabriel Correia 2º Solista *

trompetesStephen Mason 1º SolistaPaulo Carmo 1º Solista *David Burt 2º Solista trombonesJordi Rico 1º SolistaAndré Conde 1º Solista *Rui Fernandes 2º SolistaPedro Canhoto 2º Solista tubaAmilcar Gameiro 1º Solista timbalesRui Sul Gomes 1º Solista percussãoAbel Cardoso 2º SolistaMaria de Fátima Pinto 2º Solista *Francisco Sequeira 2º Solista *Miguel Herrera Cota da Silva2º Solista *Laura Ilardia de Miguel 2º Solista * saxofone altoJosé Massarrão 1º Solista * celestaKarina Aksenova 1º Solista * harpaCoral Tinoco Rodriguez 1º Solista *

* Instrumentistas Convidados

Paul McCreesh maestro titularSusanna Mälkki maestrina convidada principalJoana Carneiro maestrina convidadaPedro Neves maestro convidadoLawrence Foster maestro eméritoClaudio Scimone maestro honorário

coordenaçãoAntónio Lopes Gonçalves

produçãoAmérico MartinsMarta AndradeInês RosárioFrancisco Tavares

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21 Abrilquinta, 21:00h — M/6

musica.gulbenkian.pt

FunDação CalouSte GulbenKian

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

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PatriciaPetibon

Frédéric Chaslin

OrquestraGulbenkian

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6 Maiosexta, 21:00h — M/6

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Estreia Mundial

Victor Gama

3milRIOSmúsicas do mundo

Ópera multimédia jaim

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direção criativaIan Andersondesign e direção de arteThe Designers Republicdesign gráficoAh–hA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentração dos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem600 exemplares

Lisboa, Abril 2016

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FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN