Patologias Ligadas Ao Sistema Nervoso

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    Sumário

    Introdução ________________________________________  pág. 3

    Esclerose Múltipla__________________________________ pág. 4

    Sintomas

    Prevenção

    Diagnóstico

    Tratamento

    Epilepsia __________________________________________ pág. 7

    Causas

    Diagnóstico

    Complicações

    Tratamentos

    Mal de Alzheimer ____________________________________ pág. 10

    Sintomas

    Causas

    Diagnóstico

    Tratamentos

    Parkinson __________________________________________ pág. 13

    Sintomas

    CausasDiagnóstico

    Tratamentos

    Conclusão __________________________________________ pág. 15

    Referências Bibliográficas _____________________________ pág. 16

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    Introdução

    Esse projeto tem por objetivo abordar alguns aspectos que se diz respeito às

    Patologias Ligadas ao Sistema Nervoso Central.

    Embora haja vários tipos de doenças ligadas ao Sistema Nervoso Central,

    separamos algumas que são comuns como a Esclerose Múltipla, Epilepsia, Mal de

    Alzheimer e Doença de Parkinson. 

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    Esclerose Múltipla

    É uma doença onde há destruição da mielina

    por autoanticorpos. Essa mielina é um envoltório

    dos axônios que recobrem e isolam as fibras

    nervosas e responsáveis em fazer com que o

    impulso nervoso corra em alta velocidade. Por

    causa da destruição da mielina, o impulso nervoso

    corre vagarosamente alterando a função cerebral e

    dos nervos.

    A Esclerose múltipla é uma doença crônica

    que ataca principalmente adultos e jovens na idade

    de 21 a 40 anos.

    O sistema imunológico das pessoas que sofrem de esclerose múltipla não

    reconhece a mielina como sendo um tecido da própria pessoa, mas como sendo um

    corpo estranho, motivo pelo qual o sistema imunológico ataca e destrói como ele

    faria com qualquer bactéria.

    As regiões afetadas do sistema nervoso central são a medula espinhal e océrebro.

    A figura abaixo exemplifica como funciona a Esclerose Múltipla, nesse caso

    com o nervo danificado.

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    Sintomas

    •  Fala inarticulada;

    •  Perda súbita da visão;

    •  Tremores de uma mão;

    •  Sensação de fadiga;

    •  Perda de sensibilidade;

    •  Sensação de peso nos braços ou nas pernas;

    •  Fraqueza;

    •  Perda de coordenação;

    •  Visão borrada ou dupla;

    •  Instabilidade do corpo, especialmente de um lado;

    •  Sintomas faciais, incluindo perda da sensibilidade.

    Prevenção

    A ciência ainda não descobriu a real causa da doença, só se sabe que na

    doença há um reação auto imune do organismo, por isso não há como prevenir a

    esclerose múltipla. Se o pai ou a mãe de uma determinada pessoa tiver esclerose

    múltipla, o risco de seu filho desenvolver a doença será multiplicado por 20 a 50.

    Diagnóstico

    Alguns sintomas mencionados anteriormente tendem a desaparecer em

    poucos dias ou semanas.Podem-se obter o diagnóstico através do exame físico, estudos laboratoriais e

    diagnósticos por imagem.

    Exame Físico Observa-se no paciente a desatenção, euforia, choro súbito, atrofia

    do nervo óptico entre outros sintomas.

    Exames Laboratoriais  O estudo eletrocerebral da resposta evocada por estimulo

    monocular visual mostra diminuição da propagação neuronal ao nível do tronco

    cerebral, nervo óptico e suas vias. São realizados exames tais como, Hemograma,Linfócitos, Proteínas do Líquido Cefalorraquidiano e Eletroforese das Proteínas.

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    Exames Radiológicos  Ressonância Magnética da

    Cabeça e Ressonância Magnética da Coluna a fim de

    evidenciar lesão ou cicatrização.

    Tratamento

    Visto que não há cura para a Esclerose Múltipla, o tratamento busca o retornodas funções após um ataque e evita novos ataques prevenindo assim a

    incapacitação.

    Para se tratar a esclerose múltipla recomenda-se fisioterapia, psicoterapia e o

    uso de antivirais afim de às vezes melhorar os sintomas causados pela doença.

    Fisioterapia Esse tratamento tem como objetivo ajudar o paciente a realizar as

    atividades da vida diária de uma maneira tão fácil quanto possível e assim melhorar

    sua qualidade de vida. Visto que a esclerose aumenta o nível de incapacidade, ficacomo tarefa para o fisioterapeuta maximizar a capacidade funcional do paciente.

    Psicoterapia À medida que o paciente vai sentindo os sintomas causados pela

    doença, é de extrema importância que se associe a psicoterapia para minimizar os

    efeitos psicológicos trazidos pela incapacidade progressiva.

    Antivirais Podem ser por Imunomodulação, onde se usam medicamentos a fim

    de ajustar o nosso sistema imunológico, diminuindo a ação da doença no organismo,

    ou por Imunossupressão, onde se usam medicamentos corticóides, quimioterápicosou outros que geralmente são aplicados através de pulsoterapia. Esses são

    encarregados de diminuir drasticamente o funcionamento do sistema imunológico.

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    Epilepsia

    É uma alteração na atividade elétrica no cérebro que produz manifestações

    motoras, sensitivas, psíquicas ou neurovegetativas.

    A epilepsia também é conhecida como convulsão.

    Uma pessoa é considerada epilética quando o

    mesmo apresenta alguma alteração cerebral que o

    predispõe a desenvolver periodicamente crises

    convulsivas, sem que haja alguma agressão ao

    cérebro para desencadeá-la.

    A Epilepsia pode ser dividida em dois grupos; crises parciais e crises

    generalizadas.

    Crises Parciais  Disfunção temporária de uma pequena parte do cérebro. Ocorre

    quando os impulsos elétricos ficam restritos a apenas uma região do cérebro. Pode

    ser crise parcial simples no qual ocorre sem alteração do nível de consciência do

    paciente, e pode ser crise parcial complexa onde o paciente normalmente apresenta

    comportamentos e movimentos repetidos como andar em círculos, ficar puxando a

    roupa, virar a cabeça de um lado para o outro. As crises costumam durar em média1 minuto.

    Crises Generalizadas  Disfunção envolvendo os dois hemisférios do cérebro. A

    crise convulsiva mais comum, que também é conhecido como ataque epilético, é a

    crise Tônico Clônica, aonde a pessoa apresenta rapidamente uma súbita rigidez dos

    músculos e cai inconscientemente, a partir daí segue-se uma sequência de

    movimentos rítmicos e rápidos dos membros além do mesmo salivar podendo até

    mesmo morder a língua durante a crise.

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    Causas

    As causas para epilepsia podem ser várias visto que vários fatores podem

    lesar os neurônios, ou células nervosas através de um traumatismo craniano que

    provoca cicatrizes cerebrais, drogas e/ou tóxicos, problemas cardiovasculares,

    tumores ou doenças infecciosas.

    As crises podem se desencadear através de alguns dos fatores a seguir;

    •  Ingestão alcoólica;

    •  Ansiedade;

    •  Cansaço;

    •  Verminose como neurocisticercose;

    •  Nervosismo;

    •  Mudanças súbitas da intensidade luminosa;

    •  Privação do sono.

    Diagnóstico

    Através de exames de imagem como

    a Tomografia Computadorizada pode se

    identificar lesões no cérebro. Há também o

    Eletroencefalograma que ajuda no

    diagnóstico, mas deve ser feito

    preferencialmente durante a crise.

    Complicações

    Se o paciente não buscar tratamento adequado para epilepsia, poderá ter as

    seguintes complicações com o passar do tempo;

    •  Hipotensão arterial;

    •  Hipoglicemia;

    •  Acidose metabólica;•  Falência renal (Mioglobinúria, Hipóxia e Hipotensão)

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    •  Edema Cerebral

    Tratamentos

    O tratamento para o epilético deve ser medicamentoso, com o objetivo de

    controlar a atividade anormal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais

    anormais. Talvez com o uso de diversas medicações não sejam suficientes para se

    controlar essa atividade anormal dos neurônios, nesse caso é indicada ao paciente

    uma cirurgia que consiste na retirada da parte da lesão ou das conexões cerebrais

    que levam a propagação das descargas anormais.

    O tratamento pode ser feito com medicamentos tais como;Hidantal Ácido orgânico fraco pouco solúvel. Interfere no transporte de sódio

    através da membrana neuronal.

    Carbamazepina (Tegretol) Bloqueia os canais de sódio a nível pré e pós

    sináptico.

    Valproato de sódio  Interfere na condutância de sódio e aumenta a inibição

    neuronal.

    Fenobarbital (Gardenal) Induz os enzimas do citocromo.Clonazepam Inibição leve das funções do sistema nervoso central permitindo

    ação anticonvulsivante.

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    Mal de Alzheimer

    É uma doença neurológica degenerativa, irreversível e progressiva que

    começa de maneira insidiosa que se caracteriza por perdas graduais da função

    cognitiva, diminuição das atividades mentais em especial da memória e distúrbios no

    comportamento afetivo.

    O Alzheimer é uma forma de demência, um transtorno cerebral complexo

    causado por uma combinação de diversos fatores.

    Áreas do cérebro afetadas pelo Mal de Alzheimer:

    A doença de Alzheimer pode ser divida em três estágios:

    •  Leve;

    •  Moderada;

    •  Grave.

    A lesão neuronal acontece principalmente no córtex cerebral e resulta em

    tamanho cerebral diminuído. Muitos fatores contribuem para a doença de Alzheimer

    como ambiental, nutricional e inflamatória, embora o avanço da idade muitas vezes

    seja o maior risco para a doença.

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    Estágio Leve

    •  Esquecimento de eventos recentes; 

    •  Comprometimento de novas informações; 

    •  Relação de tempo levemente alterado; 

    •  Orientação espacial prejudicada; 

    •  Necessidade de ser lembrado sobre os cuidados pessoais. 

    Estágio Moderado

    •  Esquecimento do nome e identidade de familiares e amigos; 

    •  Dificuldade para encontrar palavras certas; 

    •  Incapacidade de lidar com dinheiro; 

    •  Incontinência urinária e fecal; 

    •  Irritabilidade. 

    Estágio Grave

    •  Perda da memória de longo prazo; 

    •  Dificuldade em terminar uma frase; 

    •  Torna-se dependente do outro; 

    •  Aparência fragilizada. 

    Sintomas

    O sintoma mais comum é a perda de

    memória. O Mal de Alzheimer afeta as áreas

    associadas à aprendizagem, coordenação

    motora e memória. À medida que a doença

    avança o paciente apresenta novos sintomas

    como irritabilidade, agressividade, falhas na

    linguagem, confusão mental e alterações dehumor.

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    Causas

    Estudos apontam como fatores de risco a predisposição genética é

    considerado fator de risco predominante, não necessariamente hereditário,

    traumatismo craniano, alcoolismo, acidente vascular cerebral, estresse psicológico,

    depressão, hipotensão e hipertensão arterial.

    Diagnóstico

    A fazer um exame físico e através de perguntas ao paciente ou familiar pode-se

    diagnosticar o Alzheimer por causa dos sintomas. Mas também há exameslaboratoriais que ajudam no diagnóstico, como análise do sangue, urina ou liquido

    cefalorraquidiano além de outros tais como Eletroencefalograma, Cisternografia

    Isotópica e Biópsia Cerebral.

    Tratamento

    São usados os inibidores de acetil-colinesterase que são medicamentos que inibema ação da enzima responsável pela degradação da acetilcolina, aumentando de

    forma indireta a concentração dessa substância a nível sináptico. O tratamento e

    feito com o objetivo de melhorar a cognição que é o processo de conhecer, tratar os

    sintomas e as alterações de comportamento e retardar o curso natural da

    enfermidade.

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    Parkinson

    É um distúrbio neurológico do movimento com

    progressão lenta, que leva a incapacidade. O

    Parkinson mais comum é a forma degenerativa. 

    A doença geralmente afeta mais os homens do

    que as mulheres com idade acima de 65 anos. Ocorre

    pela perda de neurônios do sistema nervoso central

    em uma região conhecida como substancia negra e

    corpo estriado.

    Sintomas

    Os primeiros sinais pode ser uma sensação de cansaço ou mal estar no fim

    do dia. A fala pode se tornar mais monótona e menos articulada, o paciente torna-se

    deprimido sem motivo aparente, ocorrem lapsos de memória, dificuldade de

    concentração e irritabilidade, dores musculares são

    comuns na região lombar.Com o tempo aparecem os sintomas

    clássicos que são tremores, rigidez, bradicinésia,

    alteração de equilíbrio, artralgia, depressão e déficit

    cognitivo.

    Causas

    Os sintomas da doença devem-se à degeneração dos neurônios da

    substancia negra, no entanto na maioria das vezes é desconhecido o motivo pelo

    qual leva a essa degeneração. Algumas das causas da doença são:

    •  Fator genético que pode influenciar na propensão da doença;

    •  Uso exagerado e contínuo de medicamentos;

      Isquemia cerebral;•  Freqüentar ambientes tóxicos (ex. indústrias de manganês)

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    •  Trauma craniano repetitivo;

    •  Aterosclerose;

    •  Acumulo excessivo de radicais livres de oxigênio;

    •  Infecções virais.

    Diagnóstico

    A doença é diagnosticada a nível clinico a partir da historia do paciente e da

    presença de duas das três manifestações cardeais. E através de uma tomografia

    pode-se notar uma diferença cerebral conforme exemplificado pela figura.  

    Tratamento

    O tratamento para a doença de Parkinson pode ser em medidas não

    farmacológicas, farmacológicas e tratamento cirúrgico de acordo com a gravidade e

    o estagio em que se encontra a doença.

    Não farmacológicas  Através de educação, tratamento de suporte, exercícios e

    nutrição.

    Farmacológicas Selegilina, Amantadina, Anticolinérgicos, Levodopa e Agonistas

    dopaminérgicos.

    Cirúrgico Técnicas lesionais, estimulação cerebral e transplantes.

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    Conclusão

    A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica com causa ainda

    desconhecida no qual ocorre à destruição das bainhas de mielina. O tratamento

    pode ser feito através de fisioterapia, psicoterapia e antivirais.

    A Epilepsia é um conjunto de sintomas relacionados com a hiperatividade

    súbita e temporária das células do córtex. Pode ser tratado com medicamentos com

    o objetivo de controlar a atividade anormal dos neurônios.

    O Mal de Alzheimer se manifesta clinicamente inicialmente pela perda de

    memória, agitação, lentidão no raciocínio, depressão alternada com agitação entreoutros sintomas. Trata-se essa doença usando medicamentos que inibem a ação da

    enzima que degrada a acetilcolina.

    O Parkinson aparece entre os 45 e os 65 anos, embora evolua de maneira

    lenta, apresenta sintomas característicos tais como tremores involuntários,

    instabilidade na postura e dificuldade no andar. O tratamento para Parkinson pode

    ser por meio de educação, exercícios e nutrição que é conhecido como tratamento

    não farmacológico, por meio de Levodopa, dopaminérgicos entre outros que éconhecido como tratamento farmacológico e transplantes e técnicas lesionais que é

    o tratamento cirúrgico.

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    Referências Bibliográficas

    1. ATLAS – Anatomia Radiológica e Patologia Edição 1998 – Revinter.

    2. Universidade Castelo Branco – Intervenção de Enfermagem na saúde do

    adulto idoso. 

    3. Patologia Estrutural e Funcional Segunda Edição 2000 – Cotran, Kumar e

    Robbins.

    4. OSVALDO ALMEIDA – Tratamento da doença de Alzheimer 1998, vol. 56páginas 688-696.

    5. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia Geral – Guanabara Koogan,

    2006 página 916-918.

    6. MOACIR ALVES BORGES: Epidemiologia das epilepsias no Brasil –

    Zanetta 2002.

    7. WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre (www.wikipedia.com.br)

    8. Universidade de São Paulo

    (www.unifesp.br/dneuro/neurociencias/vol12_4/esclerosemultipla.htm)