Pedro Completo
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8/6/2019 Pedro Completo
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Escola Bblica Dominical
Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
Igreja Batista Vitria Rgia 1
Ensinos nas Cartas de Pedro
Igreja Batista Vitria RgiaFalar de Jesus Cristo. Obedecendo a Deus!
Compilao e argumentos: Ronaldo Pontes Moura
Maio e junho de 2011
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
Igreja Batista Vitria Rgia 2
Estudo I: Introduo s cartas de Pedro
Objetivo: Situar os alunos no contexto em que as cartas de Pedro foram escritas e quanto ao contedo
doutrinrio e eclesiolgico nela contidos.
Autoria: as cartas foram escritas por Simo
Pedro, apstolo e seguidor de Jesus que
experimentou a converso e o quebrantamento
necessrios aos lderes no final da vida de Cristo.
Pedro tinha o temperamento impulsivo e
inconstante, mas foi chamado por Jesus para
apascentar suas ovelhas. (Lc 22:31-32; Jo 21:15-
19).
Simo Pedro o nico dos apstolos que a bbliaindica ser casado (Mt 8:14).
Pedro e Andr, seu irmo, eram da cidade de
Betsaida, que se traduz do hebraico por casa da
pesca. Era um povoado de pescadores, prximo
a Jerusalm. Alm de Pedro e Andr, Filipe
tambm era natural dessa vila.
A carta foi escrita j no final da vida do apstolo.
Data e lugar: no se pode precisar o local onde a
carta foi escrita e o perodo exato. Acredita-se
que tenha sido escrita em Roma. Em I Pe 5:13, o
apstolo envia saudaes da igreja que se
encontra em Babilnia, mas costumava-se fazer
referncias a Roma como sendo Babilnia, em
razo do estmulo vida pecaminosa e idlatra
semelhante ao reino de Nabucodonosor.
Destinatrios: os eleitos espalhados atravs da
sia Menor. Provavelmente a todo o corpo decristos dessa regio, tanto judeus como
gentios.
Pedro escreve especialmente s igrejas fundadas
por Paulo (I Pe 1:1) em suas viagens missionrias.
Ele faz questo de instruir, admoestar e exortar
os cristos, fortalecendo o seu nimo e a sua f
em Cristo. Tornando-se exemplo para cristos
que eram perseguidos por exercerem sua f.
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
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Propsito: Pedro obedece nessas cartas a duas
ordens especficas dadas por Jesus:
a) Animar e fortalecer os cristos: Lc 22:23
b) Alimentar o rebanho de Deus: Jo 21:15-
17.
Para Thopson a palavra-chave da carta era
Sofrimento, pois ela ocorre 15 vezes ou mais
naquela carta. Mas a chave desse texto bem pode
ser sede sbrios, expresso que ocorre apenas
duas vezes mas que exerce grande poder de
sntese da mensagem que ela anuncia (I Pe 1:13;
5:8).
O tema principal, tambm segundo Thompson
a vitria sobre o sofrimento.
Glossrio
Doutrinrio: que se refere doutrina, ao ensino
proposto atravs do contedo bblico.
Eclesiologia: estudo das questes referentes
igreja. sf (gr ekklesa+logo+ia1) 1 Tratado, histriada Igreja. Estudo das doutrinas de uma ou mais
igrejas.
Dicas para os professores
Deixe que seus alunos descubram o contexto da
carta de Pedro. Divida sua turma em pequenas
equipes e entregue a eles um papel escrito
apenas com os tpicos da lio: autor,
destinatrio, propsito e palavra-chave.
Em seguida pea que cada grupo pesquise:
1. Quem era Pedro, onde nasceu, quais as
caractersticas de seu temperamento.
2. Para quem Pedro escreveu essas cartas,
qual a origem da f deles, eram judeus
convertidos ou gregos evangelizados?
3. Qual o propsito dessas cartas, qual a
principal mensagem que ela carrega?
4. Qual a palavra ou expresso que define o
contedo da carta de I Pedro?
Deixe que os grupos pesquisem por
aproximadamente 25 minutos, para depoiscomparar suas respostas e debater o contexto da
carta de Pedro.
Lies a serem enfatizadas:
1. O crente dos dias atuais deve aprender a
pesquisar na bblia e usar materiais de
apoio para compreender as lies da
palavra de Deus para a sua vida.
2. Devemos aprender com Pedro, Paulo e osdemais autores bblicos a oferecer
palavras de nimo, revogirao e
estmulo ao crescimento espiritual de
nossos irmos em Cristo. Isso deve ser
feito sempre a tempo e fora de tempo,
no apenas quando as pessoas nos
procuram.
3. No h dificuldade nesta vida que no
possa ser superada em Cristo. Os cristos
eram perseguidos e mortos, muitas vezes
por suas prprias famlias. Mesmo assim
seguiam a Jesus.
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
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Estudo II: A vida do apstolo Pedro
Objetivo: Apresentar aos alunos o estudo biogrfico de Pedro, com base nas pistas deixadas pela Palavra de
Deus.
I Pedro era um pescador e foi chamado por Jesus para o seguir (Mt 4:18-19). Ele e
seu irmo Andr andaram prximos de Jesus e acompanharam o seu batismo e
tiveram a oportunidade de ouvir a voz de Deus testemunhando sobre a alegria que
sua alma tinha em Jesus (II Pe 1:17-18).
II Pedro conhecido por seu mpeto e curiosidade, no era homem de segurar seus
prprios pensamentos, sempre falando o que lhe vinha mente, fosse isso bom ou
ruim, isso nos deu algumas informaes muito importantes sobre Jesus, a vida crist
e a igreja. Contribuies que veremos a seguir:
1. Quando anda sobre o mar com Jesus, Pedro
nos d uma dica sobre o poder da f e o
contra-poder provocado pelo medo e pela
falta de confiana no Senhor. Quem de ns
poderia repetir aquela maravilhosa
experincia? Qual outro apstolo se atreveu a
tentar? Apenas Pedro foi curioso o bastante
para experimentar o poder de sua confiana
em Jesus (Mt 14:29-30).
2. Quando Jesus entra em Cafarnaum, oscobradores de impostos questionam a Pedro
sobre o comportamento de Jesus, se ele iria
ou no pagar o pedgio para entrar na cidade.
E foi com Pedro que Jesus respondeu a
questo, mandando que ele pescasse o peixe
e retirasse dele a moeda. Da surgiu a clebre
frase da a Csar o que de Csar e a Deus o
que de Deus. (Mt 17:24-27).
3. Durante a ltima ceia, quando Jesus lava os
ps dos discpulos, a confuso provocada na
cabea de Pedro nos deu uma importante
revelao da misso de todo o crente em
cuidar dos seus irmos. Foi ali que
entendemos que estamos lavados de nossos
pecados, mas precisamos que um cuide dos
ps do outro, para que no precisemos ser
lavados de novo (Jo 13:6-7).
4. Pedro esteve com Jesus no Getsmani e viu o
seu sofrimento, mas foi de Pedro que Jesuschamou a ateno porque estavam dormindo.
Parece que Jesus tinha uma confiana especial
nesse apstolo, de que ele saberia ser mais
forte, cuidando e protegendo os demais (Mt
26:37-41). Dali surgiu tambm uma fala
conhecida: o esprito est pronto, mas a carne
fraca. Essa frase tem sido deturpada em
nossos dias, ela na verdade representa a
compreenso que Jesus tinha das limitaes
humanas de seus discpulos.
5. Um pouco antes do Getsmani, quando disseque seria trado, foi Pedro quem disse a Jesus
que no abandonaria, mas foi ele quem
escutou que ainda naquela noite negaria a
Jesus (Mt 26-33-35).
6. Pedro negou mesmo a Jesus (Jo 13:6-7),
arrependeu-se (Mt 26:5). Mas aps a morte
do Mestre, ele foi chamado por Maria
Madalena para ir ao sepulcro vazio, mais uma
demonstrao de que era tido como o lder
mais forte e dinmico do grupo. (Jo 20:1-8).
7. Aps a ressurreio Jesus tem uma conversa
especial com Pedro e pede que agora ele
apascente o seu rebanho (Jo 21:3-7).
Depois da morte de Jesus Pedro experimentou a
priso vrias vezes e deu grandes testemunhos
de seu conhecimento acerca da histria e da lei
judaica. Em Atos 2 vemos a transformao do
lder braal em pastor de ovelhas. dele oprimeiro discurso registrado aps a descida do
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Esprito e dessa pregao resultaram trs mil
almas (At 2:41).
Tambm Pedro quem comeou a curar
enfermos, para ele eram trazidos os doentes, e
eles eram curados (At 3:1-6).
do discurso de Pedro que tiramos uma de
nossas principais referncias doutrinrias,
registrada em Atos 4:12: Por que nenhum outro
nome h, dado entre os homens, pelo qual
importa que sejamos salvos.
Antes do registro da converso de Saulo, a bblia
registra a primeira viagem missionria dos
apstolos. Pedro e Joo foram a Samaria
completar a obra que estava sendo iniciadanaquele lugar (At 8:14-25). Pedro fez, pelo menos
mais duas viagens missionrias, passando por
Lida, Jope e Cesaria na segunda e Antioquia na
terceira (At 9:32 a 11:2; At 15:1-14 e Gl 2:11).
importante ressaltar que judeus no falavam
com samaritanos, mas Pedro foi l anunciar a
vinda de Jesus para eles. Tambm em Atos 10 a
bblia registra a luta que Pedro travou com Deus,
para que compreendesse que a salvao era para
todos os povos, no apenas para os judeus.Mesmo assim os apstolos (e Pedro
principalmente) tiveram problemas em entender
esse propsito divino.
Foi necessrio que se fizesse um conclio i dos
apstolos em Jerusalm para que todos
entendessem que o evangelho era, sim, para ser
pregado a toda a criatura (At 15) e foi pelo
depoimento de Pedro e pela palavra de Tiago que
o conclio ficou resolvido.
Pedro e Paulo, porm tiveram ainda um
desentendimento por causa dessa questo, isso
ficou registrado no captulo 2 de Glatas, onde
Paulo relata a vez em que repreendeu Pedro na
cidade de Antioquia, por constranger-se a pregar
o evangelho para os no-judeus.
Consideraes finais
O carter e a humanidade de Pedro so bem
ressaltados na bblia, porm a sua liderana e
atitude consciente em seguir ao Senhor tambm
so bem caracterizadas na palavra de Deus.Pedro tinha muitas limitaes, assim como ns.
Alguns tradutores relatam que suas cartas eram
escritas em um grego rude, quase de analfabeto,
diferente das cartas de Paulo, mas o contedo
espiritual que suas falas e escritos expressam
refletem o carter jenuno de quem andou com
Jesus.
Podemos aprender com Pedro que nossas
deficincias sero superadas pela medida e
intensidade que nos aproximamos do Senhor.
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Estudo III: Salvao gloriosa
Objetivo: Entender na exposio do contedo da primeira carta de Pedro o conceito e a profundidade da
salvao provida por Cristo.
I A nossa esperana viva e est centralizada
na ressurreio de Cristo (I Pe 1:3).
-- Deus bendito e nos gerou, segundo a sua
misericrdia, pela ressurreio de Jesus Cristo.
importante termos convico de que no foi a
morte sacrificial de Jesus que nos deu a
Salvao, mas sua ressurreio gloriosa. Foi ali
que a obre de Deus se completou. Quando
Jesus venceu a morte.
II Por causa da salvao dada por Jesus, temos
uma herana incorruptvel e imarcescvel (ver
glossrio), que herana seria essa? (v. 4)
A vida eterna com Deus no murchar, no se
desmanchar, no ser destruda nem retirada
de nossas mos. Ela nos foi dada por Jesus e o
nosso principal valor.III A salvao nos dada mediante a f (v.5). a
nossa f a contrapartida que podemos dar a Deus
pela graa que nos foi concedida. E por causa
dessa f que estamos guardados na virtude de
Deus.
Uma coisa maravilhosa do evangelho a
transformao dada por Deus em nossos
coraes. Quando somos capazes de entregar
totalmente nossa vida a Jesus ele nos transforma
e nos preserva, nos alegra e nos consola (v. 6).
Tudo isso nos leva a outra questo, no to
agradvel, mas muito necessria: somos
provados no
fogo, da mesma
maneira que o
ouro. (v. 7).
Tambm pelo
poder de Deus e
pela graa da
salvao que podemos amar a Jesus, mesmo sem
nunca t-lo visto (v.8).
A finalidade de nossa f a salvao (v. 9). No
adianta buscarmos a f apenas para recebermos
coisas, bens, bnos deste mundo. Essa no
uma f empenhada em um Cristo (salvador), mas
em um deus deste sculo, apenas provedor de
bens, recursos e poderes. Temos f em Jesus
Cristo, primeiramente, para alcanarmos a
salvao. Isso deve estar bem claro para ns,
como estava para Pedro.
IV Pedro nos lembra que os profetas
questionaram a Deus sobre essas coisas e
revelaram cuidadosamente as coisas que
estavam por vir e que se manifestaram em Jesus
Cristo. Isso para que ningum tivesse dvidas
quando o messias fosse revelado ao mundo. (Is
52:14-15; 53:; Dn 12:2-4; Mq 5:1-4).
V Por causa dessas coisas (a salvao, a
predio, a f, as provaes e a misericrdia do
Senhor) devemos buscar entendimento da
salvao em Cristo (v. 13), ser obedientes a Deus
e inconformados com este mundo (v. 14; Rm
12:1-2), ser santos, porque Deus santo (v. 15 e
16; Lv 19:2).
Pedro tambm nos exorta a andar em temor,
porque Deus no faz acepo de pessoas (v. 17)
Figura 1: extrada de opentecoste.blogspot.com
O ouro retirado da terra emestado bruto. Sua aparncia no
agradvel, porque encontra-semisturado a outros minerais.
Mas o ouro derretido no fogo.Ento ele separado da sujeira e
pode assumir o formato e obrilho desejados pelo ourives.
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julgando nossas aes pelo que representam de
certo ou errado.
VI Pedro nos alerta, ainda, a comprendermos
que no somos salvos por coisas corruptveis, ou
seja, por coisas que se acabam (V. 18). No so
nossos bens, conhecimento, aes de graas e
caridade que nos conduzem ao cu, mas o
precioso sangue de Cristo (v. 19) que foi
derramado por ns.
VII No final desta lio, deixamos a mensagem
de Pedro, que reconhece que a salvao foi
predita ainda antes da fundao do mundo (v.
20) e se revelou em nosso tempo (v. 21) por amor
de cada um de ns.A obra de salvao provida por Cristo foi
prometida por Deus ainda quando o diabo caiu
do cu, por causa de seu pecado (Lc 10:18). Ou
seja, mesmo Deus tendo criado o mundo sem
corrupo, sabia que Satans corromperia a
natureza e nossas vidas e traria o pecado para
ns.
O que acontece no cu, a razo de termos sido
criados e o motivo do pecado ter entrado no
mundo so assuntos desconhecidos para ns,vemos em espelho (I Co 13:12) e so mistrios
que pertencem a Deus, mas Deus resolveu nos
manifestar um mistrio ainda melhor, Cristo em
ns, e nesse mistrio revelado que devemos
confiar para nossa redeno (Cl 1:26-27)
Consideraes finais
O maior valor dado por Deus para a humanidade
foi a salvao por meio de Cristo, temos que
aprender a valorizar esta salvao e reconhecer a
importncia de sermos transformados por Cristo.
Pedro , para ns, um grande exemplo do que
Deus pode fazer atravs de um cristo
convertido. Ele no tinha muito conhecimento,
no era um homem letrado, no tinha a cultura
de Paulo, mas o corao transformado pelo
sangue de Jesus o transformou em um grande
lder, capaz de nos ensinar lies preciosas e nos
falar com muita competncia sobre o valor da
salvao.
Glossrio
Incorruptvel: algo que no estraga, no
deteriora, no se acaba com o tempo.
Imarcessvel: indestrutvel, indelvel.
Santo: separado, purificado ou destacado para
servir a Deus.
Dicas para professores
Nesta lio voc pode dividir sua turma em
grupos e pedir que explorem outros textos que
reforcem o contedo apresentado por Pedro.
Faa isso por tpicos.
Voc pode pedir a seus alunos que dem seu
testemunho de converso. interessante
sabermos falar da forma como Deus nos
alcanou, transformou e garantiu a paz.
Ou, voc pode sugerir um debate sobre aimportncia e conhecimento da salvao em
Jesus Cristo para a igreja
do sculo XXI, bem como
as suas implicaes para
nossa vida em comunho.
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Estudo IV: A vida do salvo por Jesus
Objetivo: Desafiar os crentes em Jesus a viverem uma vida digna da salvao concedida.
I A vida do crente deve ser purificada e regenerada (I Pe 1:22-
25):
Pedro estabelece que a condio para um viver correto j ter sido
purificado pelo sangue de Jesus, tambm pr-requisito para o
crente que tenha uma vida de obedincia verdade. Dessa
maneira viveremos em amor fraternal no fingido.
Pedro nos convida a amar ardentemente uns aos outros e ainda
refora de corao.
Esse amor s pode acontecer quando formos
regenerados de forma integral pela Palavra deDeus (v. 23), que viva e permanente.
A riqueza desses dois versculos poderia ser
explorada longamente. Em poucas palavras Pedro
nos confronta com a nossa certeza de salvao e
com a exigncia de frutos compatveis com a
regenerao provocada pelo Esprito Santo que
passou a habitar em ns. Tambm nos desafia a
conhecer a palavra de Deus profundamente, no
apenas intelectualmente, mas deixando que ela
promova mudanas em nossa maneira de agir.Ento Pedro nos lembra que somos mortais e
corruptos (v. 24) e que a eternidade existente em
ns est ligada Palavra, que permanece para
sempre.
II Em seguida Pedro nos convida a deixar para
trs toda a impureza, malcia, engano,
fingimento, invejas e maledicncias (I Pe 2:1). Ele
nos chama para um procedimento ntegro,
especialmente no que diz respeito s nossas
relaes humanas.
Este Pedro que escreve aqui parece ser um
profundo conhecedor da natureza humana e de
suas mazelas e deixa bem claro os defeitos
corriqueiros na vida em igreja.
Mas no se tira a muleta do aleijado sem que ele
aprenda a andar j dizia o sbio pastor,
necessrio substituir o pecado por uma graa
abundante, ento Pedro nos ensina que devemosdesejar ardentemente o puro leite espiritual (v. 2)
para podermos crescer, porque j nascemos de
novo em Cristo Jesus.Esse crescimento nos tornar pedras vivas, casa
espiritual, fortaleza do Esprito Santo de forma
que possamos interceder pelos outros, no
apenas por ns mesmos, e tenhamos a certeza de
que fomos ouvidos e atendidos por Deus (v. 5).
Retornando figura de Cristo, Pedro nos adverte
que esse evangelho e essa pureza de vida
preciosa para quem foi transformado, mas para
aquele que no cr a nossa vida uma pedra de
tropeo. Paulo j advertia que temos cheiro demorte (II Co 2:16).
III - Todas essas consideraes nos levam a
entender que a vida do crente deve ser:
a) Santa: (v. 9-10): somos uma gerao
escolhida pelo Senhor para levarmos a
salvao, comunicarmos o poder
transformador do sangue de Jesus,
transformarmos a sociedade e o contexto
familiar em que vivemos. Em Cristo
passamos a ser uma nova nao, vivendo
neste mundo sem pertencer a ele, com a
finalidade de anunciar as grandezas
daquele que nos chamou das trevas para
a luz (v. 9).
b) Peregrina (v. 11): sabendo que nossa
estadia aqui curta e passageira,
devemos viver desde agora como
cidados do cu, nos afastando dos
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desejos da carne, porque a carne
combate contra nossa alma.
c) Civil e socialmente responsvel (v. 12-
17): nosso procedimento perante a
sociedade, os no-crentes, as autoridades
e os governantes deve ser simples,
honesto e submisso. Devemos ser
exemplo em nosso procedimento, para
que as pessoas desejem conhecer a esse
Cristo que nos transformou.
A recomendao do versculo 17 resume
toda a prtica de responsabilidade social
defendida por Pedro: honrar a todos,
amar os irmos, temer a Deus e honrar orei.
d) Bom empregado (v. 18): como servos
devemos respeito a quem nos contrata e
paga nosso salrio. A qualquer que esteja
sobre ns, seja ele bom ou mau.
Na dvida quanto a isso, devemos olhar
para o exemplo de Cristo, que padeceu
com firmeza, suportando o nosso castigo
para completar a sua obra (v. 20-25).
e) Boa esposa (I Pe 3:1-6): a esposatransformada pelo Esprito ter uma
grande oportunidade de conquistar a
alma de seu marido se proceder com
bondade, respeito e submisso.
A boa esposa se adorna no apenas
exteriormente, mas pelo esprito manso
e tranqilo, que precioso diante de
Deus (v.4).
f) Bom marido (v. 7): o bom marido deve
saber honrar sua esposa, ajud-la em
suas fraquezas, reconhecer seu esforo,
trabalho e dignidade.
Pedro chama a ateno para a questo
espiritual do casamento, o marido que
no sabe reconhecer sua esposa como
herdeira com ele da Salvao terminar
por impedir que suas prprias oraes
sejam ouvidas. (v. 7).
g) Bom irmo (v. 8-12): os cristos devemsaber conviver em amor e comunho, ter
misericrdia, compreender as limitaes
uns dos outros, no se tornarem
vingativos.
Consideraes finais
A transformao promovida por Jesus em ns
deve ser completa, no apenas interna, mas deve
estar refletida em nossos relacionamentos.
Relacionamentos sinceros, profundos e firmados
no amor e na comunho so a marca do
verdadeiro cristianismo, por isso devem ser
cultivados. No podemos esquecer o segundo
grande mandamento: ama o teu prximo como a
ti mesmo (Mc 12:33).A busca da santificao e de uma vida exemplar
deve ser um processo automtico na vida do
crente, mesmo vivendo em um mundo
turbulento e entregue ao maligno, nossa alma
anseia ardentemente por Deus e por andar de
maneira que o agrade, por isso no h sofrimento
em querer a santificao, mesmo que haja muita
luta para que a conquistemos.
O crente convertido sabe exatamente o que
fazer, porque o Esprito ensina o caminho dapurificao e da preservao da santidade, o que
acontece conosco que o tempo e as questes
deste mundo tendem a esconder a presena de
Deus e, se no tomarmos cuidado, perdemos a
perspectiva da santidade e da vida de exemplo
que devemos ter.
Dicas para os professores
Convide seus alunos a falarem sobre o
procedimento do crente. Em seguida convide-os
para identificarem situaes onde essas coisas
foram esquecidas.
Ressalte ao final que o bom procedimento do
cristo no acontecer pela fora ou por
seguirmos uma lista de boas prticas, mas pela
capacidade que tivermos de reconhecer e dar
lugar transformao dada por Jesus a cada umde ns.
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Estudo V: O cristo e o sofrimento
Objetivo: Compreender a relao entre o consolo dado por Deus e a vida gloriosa futura com as
dificuldades que todos ns enfrentamos em nossa vida secular.
Vivemos um sculo no qual as pessoas fazem de tudo para evitar o sofrimento,
a era da anestesia e do torpor. Evitamos as dores de parto, as dores de dentes,
as dores da alma e as dores do relacionamento, na maioria das vezes com
algum tipo de auxiliar qumico para nos ajudar em nossos combates.
As consequncias desse pensamento que domina o mundo so
relacionamentos frgeis, construdos para no durar, menor despertamento de
vocacionados em nossas igrejas, pouca disponibilidade para sofrer pela causa
do evangelho e crentes que estudam muito e se esforam muito para no
depender do poder de Deus.
Pedro nos ensina algo diferente sobre o sofrimento, so lies que no podemficar presas no tempo, mas devem ser usadas para reflexo em nossas vidas e
mudar a maneira pela qual vivemos e educamos nossos filhos.
I O sofrimento por causa da justia: Pedro nos
desafia com uma pergunta bastante simples:
quem que vos far mal, se fordes zelosos do
bem? (I Pe 3:13). Mas complementa nos dando
conscincia de que existe essa possibilidade (v.
14), se mesmo fazendo o bem formos pagos com
o mal, devemos nos alegrar por causa da justia.(Justia?).
Sim, Pedro nos aponta para um sentimento de
justia dentro da injustia, ele nos faz perceber
que mesmo que os homens sejam maus e
paguem com maldade o bem que fazemos, Deus
fiel e justo (I Jo 1:9). E se Deus justo,
tenhamos pacincia, porque receberemos
pagamento justo pelo bem produzido.
Nesse raciocnio, Pedro nos ensina que devemos
eleger Cristo como Senhor, ou seja, nosso
proprietrio, e nos exorta a estar sempre
preparados para responder a todos a razo de
nossa f (v. 15).
E voc pode imaginar a cena em sua prpria vida,
as pessoas esto atacando voc, falando mal de
voc, querendo a sua morte e voc est
trabalhando para o bem delas. E Pedro nos
afirma que quando fizermos isso, deixamos
confusos os que nos atacam (v. 16).
Isso suficiente para voc? Talvez seja pouco
para os padres deste mundo, mas imagine a
expresso e o sentimento de Adolph Hitler, por
exemplo, quando o negro americano Jesse
Owens correu mais rpido do que todos os
brancos alemes dentro do estdio de Berlim.
Pedro encerra este pensamento afirmando que,se vamos mesmo sofrer, melhor sofrermos
praticando o bem, para cumprir a vontade de
Deus (v. 17).
II O exemplo de Cristo: Pedro cita o exemplo de
Cristo mediante o sofrimento (v. 18-22). Ele
sofreu injustamente, pagando pelos nossos
pecados. L na cruz ele no se justificou nem
clamou por justia, antes padeceu a dor que ns
merecamos sofrer e com isso ele nos deu acesso
ao Pai.
Pedro nos revela um mistrio ao afirmar que ao
morrer na carne, Jesus foi vivificado em Esprito e
foi em Esprito que ele realizou a sua obra de
salvao, longe dos olhos dos homens, longe do
poder da carne.
Ao compreendermos que Cristo agiu em Esprito,
no nos cabe especular sobre o que ele fez, nem
para onde ele foi aps a sua morte, basta que
saibamos que foi quando liberto da carne queJesus agiu em nosso favor.
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
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Pedro tambm nos apresenta o batismo como
representao desse fato (v. 21) e ele nos revela
aqui outro mistrio quando afirma que o batismo
no o despojamento da imundcia da carne,
mas a indagao de uma boa conscincia para
com Deus, por meio da ressurreio de Cristo
Jesus. Com isso Pedro nos ensina que o batismo
nos ensina a buscar a Jesus para purificao de
nossos pecados.
III Ao nos chamar a ateno para o sofrimento,
Pedro deixa claro que o cristo no est isento de
sofrer. No devemos ficar pesquisando na vida
dos irmos os motivos de seus sofrimentos, no
assim que as coisas funcionam. Cristo nosensinou que Deus manda chuva para todos,
justos ou injustos (Mt 5:45).
Mas os cristos do sculo XXI acreditam que
esto imunes do sofrimento por causa de sua
fidelidade em dzimos e ofertas, ou por sua
frequncia assdua aos cultos, no assim,
estamos em um mundo que descansa na
iniquidade (I Jo 5:19), somos pecadores (Rm 3:23)
e no temos direitos no reino.
Por outro lado sabemos que no mundopassaremos por aflies (Jo 16:33), isso
assegurado por Jesus.
Mas tambm Jesus nos assegura que no
devemos fugir das dificuldades porque teremos
um consolador (Jo 16:7), porque seremos
recompensados na glria (Mt 5:12).
Em todos os lugares a bblia nos ensina que os
sofrimentos sempre estaro presentes em nossa
vida, mas que teremos a companhia do Senhor.
Por isso no cabe a ns julgar o irmo, acusando-
o de sofrer por pecado, como fizeram os amigos
de J, nem mesmo cabe ao crente exigir de Deus
uma proteo especial, como quem foge do
sofrimento da pregao do evangelho, antes
temos que nos dispor a andar com Ele para
experimentarmos a sua boa, perfeita e agradvel
vontade (Rm 12:2).
Consideraes finais
Pedro no escreveu diretamente aos crentes do
Sculo XXI. Ele escreveu para pessoas que tinham
coragem de ser perseguidas at morte por
amor do evangelho.
Pedro no escreveu para crentes que s
adoravam a Deus se o clima estivesse fresco, se a
roupa estivesse limpa, se a iluminao estivesse
adequada.
Pedro falava para cristos que poderiam ser
mortos por se identificarem. Que poderiam ser
levado misria. Que poderiam ser humilhados
em praa pblica, jogados aos lees ou
envergonhados em suas famlias. Para esses
Pedro ensinou a necessidade de suportar osofrimento.
Essas pessoas no tinham mdico, nem centro
cirrgico, nem gua encanada, asfalto na rua ou
drogas qumicas que aliviassem sua dor, tinham
apenas a confiana e a esperana dada pela
ressurreio de Cristo.
Ao pensarmos sobre isso, fiquemos com as
palavras de Paulo: eu sei em quem tenho crido (I
Tm 1:12), e no desanimemos de servir a Cristo.
Dicas para professores
Comece questionando com sua turma o que cada
um faz para escapar do sofrimento: escolhe a
melhor casa, tomar analgsicos, estuda muito
para ficar bem empregado, atravessa a rua para
no dar de frente com um bbado, tranca-se em
casa.
Desafie a sua turma a pensar no que deixa de
fazer pelo reino de Deus por causa da auto-
proteo: nada de sair ao sol para evangelizar,
nada de estudar a bblia mais que os livros da
faculdade, nada de estimular amigos e filhos a
servirem a Cristo, nada de se preparar para
explicar a razo de sua f?
Estudem juntos a lio de Pedro sobre o
sofrimento e leve sua turma a orar, para que
possamos obter maior confiana no poder de
Deus.
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8/6/2019 Pedro Completo
12/18
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
Igreja Batista Vitria Rgia 12
Estudo V: O cristo e os tesouros de Pedro
Objetivo: Sintetizar os ensinos de I Pe, fazendo uma reviso de tudo o que foi ensinado at aqui.
Nesta lio conversaremos sobre alguns tpicos especiais que podem
ser extrados da primeira carta de Pedro, esses tpicos sero divididos
em dois temas: o Cristo de Pedro e os tesouros de Pedro.
No primeiro tpico veremos qual a viso que o apstolo apresenta
para as igrejas a respeito de Jesus.
No segundo veremos sete tesouros preciosos que Pedro nos
apresenta.
IO Cristo de Pedro
1. O Cristo de Pedro fonte de esperana (I Pe1:3): Pedro nos fala que Deus bendito e que
atravs de Cristo nos gerou novamente para uma
viva esperana.
Pedro fala com naturalidade de questes que so
improvveis para um mundo materialista como o
nosso, primeiro ele nos diz que Cristo nos gerou
novamente, e essa fala do apstolo nos remete
para a conversa entre Jesus e Nicodemus,
registrada em Joo 3. Naquele momento Jesus
ensina a todos ns que necessrio renascer, sergerado novamente, para alcanar o reino de
Deus.
Essa obra maravilhosa nos concede esperana de
vida eterna, de alcanarmos valores celestiais
impossveis para este mundo.
2. O Cristo de Pedro o Cordeiro do sacrifcio
(1:19): Pedro nos apresenta ao Cordeiro, o animal
sacrificado no momento mais importante da vida
de um judeu. O sacrifcio capaz de expiar nossos
pecados e tambm de libertar toda a nao
santa, conforme se v no livro de xodo.
3. Cristo a pedra angular (2:6): crer nessa
pedra, a principal do fundamento, garantir
firmeza ao cristo.
Pedro nos ensina isso, que aquele que crer em
Jesus nunca ser confundido e h duas vertentes
para essa palavra. O crente no ser confundido
com o incrdulo, suas aes e modo de viver
sero diferentes e logo ele ser identificado poraquilo em que cr. Tambm o crente no ser
enganado por ensinamentos falsos, ningum ser
capaz de confundi-lo, porque ele receber oensinamento diretamente do Esprito Santo de
Deus (Jo 16:13).
4. Cristo o exemplo perfeito (2:21): Jesus nos
deixou exemplo de sofrimento. Isso no quer
dizer que seremos salvos medida que
sofrermos, como alguns pensam, mas que
devemos viver neste mundo sem grandes
expectativas de realizaes, devemos aprender a
aceitar a vida e suas dificuldades, mantendo
firme o nosso propsito de servir a Deus, esse oexemplo de Cristo, difcil de se seguir, mas
necessrio para o bom cristo.
5. Sofreu pelo ideal (2:23): Quantas pessoas voc
conhece que so capazes de atravessar uma rua
por aquilo que conhecem? Pois Cristo nos
ensinou a confiar em Deus mesmo diante da
injustia e esperar nele a sua exaltao.
6. Levou o nosso pecado (2:24): este versculo
no apenas retrata o que j sabemos, que Jesus
Cristo morreu por nossos pecados, mas tambm
faz questo de destacar que ele foi morto no
madeiro, que significava maldio para o judeu
(Dt 21:22-23). Ele levou sobre si a nossa
maldio.
Devemos ter conscincia de que somos
abominao para Deus, mas pelo seu amor e pelo
seu sacrifcio, recebemos o poder de sermos
chamados filhos de Deus (Jo 1:12).
7. Cristo o pastor de nossas almas (2:25): porcausa disso no andamos mais desgarrados,
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8/6/2019 Pedro Completo
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passamos a ser conhecidos como ovelhas do seu
pasto (Sl 95:7).
8. Cristo o Senhor exaltado (3:22): Cristo est
no lado forte de Deus e com Ele governa para
sempre. (I Tm 3:16).
II Sete tesouros preciosos de Pedro
1. As provas severas (1:7): as dificuldades deste
mundo so para ns uma prova. Ao final de nossa
jornada devemos nos apresentar aprovados,
mesmo que seja impossvel para ns chegarmos
diante do Senhor totalmente purificados, mas se
nos tornarmos uma boa prova, Ele mesmo nos
purificar e nos dar um corpo perfeito na glria
eterna (I Co 15:44).2. O sangue de Cristo (1:19): o sangue de Cristo
o tesouro maravilho de Deus, que nos purifica de
todo o pecado.
3. A pedra viva (2:4): Cristo no apenas a pedra
angular e a pedra de tropeo, tambm a pedra
viva, que sente, que sorri conosco, que se
entristece por ns, que nos conforta, corrige e
fortalece. Cristo tudo em todos (Cl 3:11).
4. Cristo um tesouro precioso (2:6): Cristo
uma pedra preciosa, diz o versculo. Nesse pontoquero que paremos para refletir qual o valor que
Cristo tem tido em nossa vida. Ns o temos por
precioso, angular e verdadeiro, ou apenas o
consideramos uma desculpa para vivermos na
sociedade como membros de uma igreja?
Se Cristo precioso para ns, devemos dar a ele
importncia e valor, nossos atos demonstram o
quanto valorizamos a presena de Cristo em
nossa vida.
5. O esprito manso e tranqilo (3:4): Pedro nos
chama a ateno para que tenhamos o esprito
manso e tranquilo que Deus valoriza.(Mt 5:5).
6. A f do Crente (2 Pe 1:1): a f do crente
preciosa para Deus. Nossa f, no entanto, no
est apenas voltada para a obteno de bens e a
prosperidade material, nossa f aponta para a
certeza da salvao e a segurana que temos no
viver com Cristo.
7. As promessas divinas (2 Pe 1:4): as promessas
divinas nos tornam participantes da natureza
divina. Que viso maravilhosa que o apstolo nos
d!
Tambm so essas promessas que nos ajudam a
escapar da corrupo que nos cerca neste
mundo. (Sl 28:7; Is 12:2).
Consideraes finais
Os tpicos deste estudo obedecem chave
bblica de Thompson. As descobertas dentro do
contedo das cartas de Pedro, no entanto, so
maravilhosas e capazes de enlevar o nosso
esprito.Conhecer mais profundamente a Jesus Cristo
atravs do olhar de Pedro um grande estmulo
nossa f, nos torna mais apaixonados por sua
vida em ns.
J os tesouros destacados por Thompson, levam
em conta a quantidade de vezes que o apstolo
usa palavras como valioso, precioso e seus
sinnimos em sua carta.
Devemos aprender tanto a conhecer melhor o
nosso redentor, quanto a dar valor eimportncias s coisas espirituais, assim como
Pedro fez.
Dicas para professores
Estimule seus alunos a falarem sobre o que tm
real importncia na sua vida. Desafie-os atravs
de situaes a pensar como reagiriam em
situaes crticas de perigo e medo, ou com
relao s tentaes, angstias e presses deste
mundo.
Aps a fala de sua turma, apresente o Cristo
verdadeiro pelo olhar de Pedro e os valores
importantes destacados nesta lio.
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8/6/2019 Pedro Completo
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
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Estudo VII: A vida espiritual
Objetivo: Levar os crentes compreenso de que a vida espiritual preciosa e nos conduz perfeio de
Cristo.
Esta lio est fundamentada no livro de II Pedro, provavelmente escrito
entre os anos 60 e 70 d.C..
O livro trata especialmente dos falsos mestres e seus ensinamentos capazes
de desvirtuar o pensamento dos crentes menos experientes. Mas em sua
introduo Pedro nos traz ensinos preciosos sobre o cuidado com nossa vida
espiritual.
A segunda carta de Pedro, em alguns momentos se assemelha a II Tm, de
Paulo e esse ensino paralelo salutar, pois demonstra a unidade de
pensamento e a coeso existente entre os apstolos.
I O chamado vida espiritual (II Pe 1:3): Cristo
nos chamou para sua glria e virtude.
Para o que voc considera que foi chamado?
Fomos chamados para participar da glria e da
virtude de Cristo. O que seria a glria? O que
seria a virtude?
A glria de Cristo consiste em participarmos com
ele de sua vitria, de sua coroao nos altos cus,
da vida eterna conquistada a preo de sangue.
A virtude de Cristo consiste em vivermosconforme ele deseja, em lutarmos contra nossa
natureza de pecado e confiarmos nossas
ansiedades em seu altar.
Cristo nos tem dado tudo o que diz respeito
vida e piedade. Devemos rever nossa prtica
de vida crist. Devemos aprender a olhar para o
nosso prximo com os olhos de Deus. Devemos
oferecer vida aos que no a tem, mas tambm a
misericrdia e o amor com o qual fomos um dia
amados.
II A vida espiritual garantida pelas promessas
preciosas de Cristo (v. 4): pelas promessas de
Cristo escapamos da corrupo deste mundo e,
mais especial ainda, nos tornamos participantes
da natureza divina.
Qual o significado disso para ns? Ser que essa
natureza divina no est sendo sufocada pelos
espinheiros deste mundo? (Mt 13:7).
muito difcil para ns a vida neste mundo.Diante do pecado e da corrupo que nos cerca
somos como plantas que no tm mos para se
defender. Precisamos clamar para que o
semeador cuide de ns, regue nosso ser com sua
gua viva (Jo 4:14), separe de nossas razes as
razes de joio que tentam nos impedir de
alimentar com a palavra de Deus (Mt 13:25).
III Oito passos para o desenvolvimento e
frutificao espiritual (vv. 5-8):Diligncia, f, virtude, cincia, domnio prprio,
perseverana, piedade, fraternidade e amor.
Os trs primeiros passos (Diligncia, f e virtude)
so aspectos de carter, questes que devem se
formar na vida do crente, internamente.
O carter do cristo deve ser responsvel e
dedicado (diligente), no se pode fazer a
obra do Senhor com preguia e desleixo (Jr.
48:10).
O carter do cristo deve ser fervoroso em
sua confiana no Senhor, sob pena de
envolver-se com as falcias deste tempo.
O carter do cristo deve ser virtuoso, para
que sirva de exemplo de conduta para este
mundo to envolvido com o pecado.
Os dois aspectos seguintes, domnio prprio e
perseverana, so localizados na nossa relao
com o mundo e as dificuldades que enfrentamos.
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8/6/2019 Pedro Completo
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Estudos nas cartas de I e II Pedro (maio-junho/2011)
Igreja Batista Vitria Rgia 15
Passamos muitas aflies quando moramos nesta
terra, mas devemos insistir em nossa f, sem nos
abatermos com essas presses.
J o domnio prprio ferramenta essencial para
quem est cercado pelo pecado e pelos apelos do
pecado por todos os lados. Por onde andamos
ouvimos os cantos de sereias que nos convidam
para caminhos de morte. o domnio prprio que
nos confere a firmeza e a resistncia contra esses
apelos.
J os trs ltimos aspectos (piedade, fraternidade
e amor) nos conduzem a uma ao focada em
nosso prximo.Nossa conduta espiritual deve nos induzir a
prticas de beneficncia, misericrdia,
compaixo. No podemos nos contentar com o
alimento no prato, sabendo que muitos passam
fome, nem com nossas crianas em boas escolas,
enquanto o mundo nossa volta perece por falta
de conhecimento.
O mais maravilhoso dessa lista de Pedro que ela
pode ser lida tambm de trs para a frente, pois a
prtica do amor fraterno pode nos ajudarenfrentar as dificuldades deste mundo e
fortalecer nosso carter cristo.
IV A origem das Escrituras (vv 19-21): Pedro nos
ensina, ainda, que apesar de ter ouvido a voz de
Deus com clareza, estando no monte com Jesus,
entende que a palavra escrita constitui-se em
revelao divina e deve ser considerada como
base de nossa f.
Pedro nos chama a ateno para a necessidade
de conhecer o que foi escrito por meio dos
profetas, pois esse ensino como uma luz que
alumia em lugar escuro at que o dia amanhea.
A comparao perfeita! Pedro nos conclama a
crer na Palavra de Deus, pois por ela que
receberemos uma fresta de luz divina at que
cheguemos nos cus e possamos ser iluminados
diretamente pela luz divina.
Ainda nesse tema, Pedro nos d uma dica
importante: nenhuma profecia da Escritura de
particular interpretao.
Com isso compreendemos que a bblia deve ser
interpretada pela comparao entre os textos e
tambm por meio da orao e do dilogo com os
santos.
No se deve confiar em profetas modernos,
detentores de novas verdades que no tmfundamento na pureza da palavra de Deus.
Em nosso tempo a pregao tem sido muito mais
sobre prticas de vida crist do que sobre nosso
relacionamento e entrega ao poderio de Deus. E
essa mensagem tem corrompido a muitos.
Dicas para professores
Pergunte inicialmente aos seus alunos a respeitodo que vem a ser vida crist.
Desafie-os a comparar o que acreditam, luz da
escritura, sobre como deve ser a vida do crente
com o que as pessoas tm visto e praticado.
Aps o debate, leve seus alunos a compreender a
profundidade e a maravilha de viver confirme o
propsito de Deus, deixando-se transformar no
carter, no enfrentamento do pecado e na
prtica de vida crist.
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8/6/2019 Pedro Completo
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Estudo VIII: Os falsos mestres
Objetivo: conscientizar a igreja dos perigos dos falsos ensinos, do quanto a doutrina confusa de falsos
mestres pode nos desviar do caminho perfeito.
Falsos mestres so aqueles que, em nome de Deus, terminam por ensinar as
doutrinas de demnios. Ao estudarmos sobre essa questo, no entanto, devemos
compreender primeiramente que as pessoas que se envolvem com falsos ensinos
esto, na maioria das vezes, iludidas pelas artimanhas do inimigo. Por essa razo
devemos aprender a combater idias, atentar para a correo do ensino e,
especialmente amar o nosso inimigo (Mt 5:44).
O caminho para se tornar um falso mestre muito longo. Nesse rumo esto
pessoas decepcionadas com a prtica de vida dos cristos, pessoas que se deixaram
seduzir pelo ensino da cincia deste sculo, pelo humanismo e pela idolatria,
pessoas que foram ensinadas desde pequenas a rejeitar a f e pessoas que iludidas em histrias de sucessopessoal, passaram a acreditar que possuem uma revelao divina mais inspirada do que a palavra de Deus.
I A negao de Cristo (2 Pe 2:1): Pedro alerta os
crentes que esses mestres negaro a Cristo e que
se apresentaro diante da igreja como
doutores, ou seja, pessoas que dizem possuir
profundo conhecimento da verdade.
Essas pessoas introduziro encobertamente
suas heresias de perdio. Vamos analisar isso
tudo com muita calma:a) Introduzir encobertamente: Jesus j nos
alerta para tomar cuidado com o
fermento dos fariseus (Mt 16:6), porque
ele bem pouquinho, mas capaz de
levedar toda a massa.
O falso ensinamento muitas vezes entra
assim em nossas igrejas, um pequeno
desvio, uma pequena alterao na
interpretao bblica e pronto, toda a
oferta de salvao fica comprometida.
b) Heresia: a idia contrria doutrina. Foi
com uma heresia que o diabo iludiu Eva e
Ado dizendo: certamente no morrereis
(Gn 3:4). Mas Deus disse que morreriam
e o diabo sabia que morreriam
espiritualmente, mas no morreriam na
carne imediatamente, como pensavam
que seria. Ento com uma pequena
mentira encoberta na verdade a serpenteconduziu toda a humanidade perdio.
II Popularidade, influncia perversa, avareza e
hipocrisia (2 Pe 2:2-3): esses versos parecem ter
sido escritos para nosso tempo. No incomum
vermos os lderes espirituais de nosso tempo
envolvidos em escndalos sexuais, morais,
financeiros. Tramando falcatruas e envolvidos em
corrupo. Mas Pedro j advertia que muitos
seguiro as dissolues desses mestres eblasfemaro o caminho da verdade (v. 2).
Tambm a bblia nos alerta para algo terrvel:
faro de vs negcio (v. 3). Quantas pessoas
tem sido vendidas dentro de templos pseudo-
cristos? Quantas pessoas tm procurado
negociar bnos de Deus com recursos
materiais? Quantas pessoas tm oferecido sua
alma como refm da satisfao do corpo?
Vivemos em uma poca assim, mas no devemos
desanimar, porque a Palavra de Deus j anunciou
h muito tempo que isso aconteceria, como
tambm anunciou o castigo que Deus aplicar a
essas pessoas.
III Os juzos de Deus (2 Pe 2:4-9): quando virmos
pessoas com aparente sucesso por pregarem
heresias e um novo evangelho diferente do que
est escrito na palavra de Deus, tomemos
cuidado, porque a bblia nos adverte que se Deusno poupou nem mesmo os anjos, que esto
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8/6/2019 Pedro Completo
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Igreja Batista Vitria Rgia 17
mais prximos e so mais fortes do que o
homem, o que no far contra aqueles que
conduzem inocentes perdio eterna?
Deus no castigar com prazer a esses falsos
mestres, mas o far com justia, por causa da
maldade que disseminaram neste mundo.
Os justos sero poupados, como L e No, posto
que mesmo tendo sido atribulados, resistiram na
justia divina, sendo atribulados mas no
derrotados pelo falso ensino.
Pedro nos avisa, ainda, que o Senhor livrar os
piedosos da tentao. Isso maravilhoso!
IV Outras caractersticas desses falsos mestres(v. 10 -22):
a) So imorais e seguem sem freio aos
desejos da prpria carne.
b) Desprezam a autoridade: essa uma
marca muito comum e fcil de identificar.
Geralmente esses lderes surgem
fugidos de alguma denominao,
agridem a outros homens de Deus e so
insubmissos.
c) So atrevidos: voc j viu algum querermandar em Deus? Existe atrevimento
maior que esse?
d) Arrogantes: se acham superiores aos
outros, s eles detm a verdade.
e) No receiam blasfemar das autoridades:
esse tpico merece um destaque
especial. Pedro assinala que nem mesmo
os anjos fazem isso (v. 11). Fico pensando
em quantos lderes temos visto irem a
pblico blasfemar (falar mal, atacar,
combater) contra outros lderes cristos,
cometendo um ato que nem mesmo os
anjos tm coragem de cometer. Deus
trar isso a juzo!
f) Existe ainda uma lista grande de pecados
cometidos por esses falsos lderes que
pode se resumir em uma palavra:
rebeldia contra o ensinamento de Deus
(v. 12-22).Pedro adverte que seria melhor que
essas pessoas no tivessem conhecido o
caminho da salvao, porque
conheceram e terminaram se rebelando
contra Deus.
V Chamado firmeza doutrinria e espiritual
(Cap. 3): Pedro refora o motivo de escrever a
sua carta e volta a advertir a igreja contra o que
ele chama de escarnecedores, pessoas que
andam segundo os seus prprios desejos e
zombam daqueles que procuram a salvao em
Jesus.
Essa uma outra classe pessoas que nos cercam,
so aqueles que duvidam do poder, da presena
e at da existncia de Deus.Pessoas que dizem acreditar em Deus e na sua
palavra, mas que contestam a promessa de sua
vinda.
Para essas pessoas Pedro adverte que se
lembrem do que Deus j fez, de como destruiu a
terra pela gua e agora a reserva para o fogo.
Sabendo que o fim est prximo e que o dia final
chegar sem aviso, devemos andar em santidade
e piedade, aguardando e desejando
ardentemente a vinda do Senhor.Para os santos est prometida a vida eterna em
um novo cu e uma nova terra. Por isso, devemos
guardar o nosso corao, para no cairmos pela
influncia de falsos mestres.
Concluso: Todo o ensino de Pedro nos conduz a
um caminho de santificao e pureza, de busca
pelo aprofundamento no conhecimento da
palavra e da aproximao com o nosso Deus.
Pedro tambm nos esclarece todo o perigo que
corremos quando rejeitamos o ensino do Senhor.
Uma coisa, porm, est implcita nessa palavra e
o propsito de Pedro ter escrito essas cartas,
no conseguiremos seguir a Cristo sozinhos,
precisamos da companhia, exortao, apoio,
orao e ensino uns dos outros, para que
possamos suportar a presso que o pecado e este
mundo fazem sobre ns.
Em Cristo.
Ronaldo Pontes Moura
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8/6/2019 Pedro Completo
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Referncias Bibliogrficas
COLEMAN, William L. Manual dos tempos e
costumes bblicos. Belo Horizonte-MG: Betnia,
1991.
[]. Dicionrioweb. Disponvel em:
.
GEOGRAFIA BBLICA. Disponvel em:
RONIS, Osvaldo. Geografia bblica: sob o enfoque
histrico e tnico. Rio de Janeiro: Juerp, 2006.
THOMPSON, Fank Charles. Bblia Thompson de
referncia com versculos em cadeia. So Paulo:Vida, 1995.
iUm conclio uma reunio de autoridadeseclesisticas com o objetivo de discutir e deliberarsobre questes pastorais, de doutrina, f e costumes