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Resenha crítica informativa da conferencia proferida por Maria Helena Helena de Souza Patto na abertura da XII Seminário Nacional do Uno e o Diverso na educação escolar O XII Seminário Nacional do Uno e o Diverso na educação escolar que aconteceu na Universidade Federal de Uberlândia no período de 11 a 14 de novembro de 2013 teve por objetivos: Estimular a discussão sobre saberes e práticas educativas com profissionais da educação e docentes e discentes dos Cursos de graduação e de Pós- Graduação em Educação, promover um espaço de troca de experiências sobre o exercício da docência e da pesquisa, seus desafios e suas possibilidades, contribuir para o processo de formação inicial e continuada de profissionais da educação e áreas afins e consolidar os grupos de pesquisa do PPGED e o intercâmbio científico com os outros grupos da UFU e dos demais Programas de Pós-Graduação do país, fortalecendo a interdisciplinaridade e incentivando a formação de redes e grupos interinstitucionais; contou com a participação ilustre de Maria Helena Souza Pato a qual possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1965), mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1970) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1981). Atualmente é professora titular da Universidade de São Paulo, membro da comissão editorial da revista Educação

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Resenha crítica informativa da conferencia proferida por Maria Helena

Helena de Souza Patto na abertura da XII Seminário Nacional do Uno e o

Diverso na educação escolar

O XII Seminário Nacional do Uno e o Diverso na educação escolar que aconteceu

na Universidade Federal de Uberlândia no período de 11 a 14 de novembro de 2013

teve por objetivos: Estimular a discussão sobre saberes e práticas educativas com

profissionais da educação e docentes e discentes dos Cursos de graduação e de Pós-

Graduação em Educação, promover um espaço de troca de experiências sobre o

exercício da docência e da pesquisa, seus desafios e suas possibilidades, contribuir para

o processo de formação inicial e continuada de profissionais da educação e áreas afins e

consolidar os grupos de pesquisa do PPGED e o intercâmbio científico com os outros

grupos da UFU e dos demais Programas de Pós-Graduação do país, fortalecendo a

interdisciplinaridade e incentivando a formação de redes e grupos interinstitucionais;

contou com a participação ilustre de Maria Helena Souza Pato a qual possui graduação

em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1965), mestrado em Psicologia Escolar

e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1970) e doutorado em

Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo

(1981). Atualmente é professora titular da Universidade de São Paulo, membro da

comissão editorial da revista Educação e Sociedade da Universidade Estadual de

Campinas e consultora ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São

Paulo. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Ensino e da

Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, fracasso escolar,

psicologia, psicologia escolar e pobreza. A qual nos apresentou a conferencia cujo tema

foi " Exclusão Escolar, Social e Fracasso Escolar".Tema que segundo a autora,

comporta vários debates e questionamentos gerando uma certa polêmica pois como ela

mesma disse "Fracasso escolar de quem?Escolas ,professores ,alunos ou políticas

educacionais?"

O fracasso escolar há muito tempo foi tomado por pura incapacidade dos alunos ou

mesmo deficiência,fenômeno que segundo a autora é visto de norte a sul do

país,pautada por uma psicologia na qual o individuo é tomado como causa e não

consequência das desigualdades sociais e/ou educacionais existentes em nossa

sociedade. Que lugar ocupa uma psicologia no pais capitalista em que vivemos? A

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psicologia acaba desenvolvendo um papel de exclusão social. , que ao invés de verificar

causas e suas consequências quer tratar os seus sintomas de modo supérfluo.Colocando

toda culpa na simples explicação de que as crianças que não aprendem têm baixo

QI,mas o meio social e familiar que essa criança vive deve constar nessa analise ou ao

contrario do que se deseja atingir; nenhuma política educacional irá encontrar êxito.

A conferencista ressaltou também a questão da exclusão social,pois segundo ela o

uso epidêmico da palavra inclusão ocorre em um momento que o capitalismo cresce.

As consequências são excedente mão de obra, num processo de seleção para preencher

vagas no mercado de trabalho leva-se em conta a questão da cor de pele, a escolaridade

que não tem necessidade para um trabalho ela cita o sociólogo Luis Pereira que diz que

não há acumulação de capital sem marginalidade, o trabalho é explorado, carga horária

maior. A inclusão escolar passa também por problemas, a maioria das crianças tem

acesso a escola, mas não terminam o ensino médio ou estudam ate o fundamental sem

saber ler e escrever e sem saber fazer as quatro operações. O tecnicismo tomou conta da

política educacional, o educador é reduzido a um peão, mero executor de comandos. No

bojo da nova desigualdade a função da escola publica mudou radicalmente,nesse ponto

a autora nos faz uma ótima reflexão do que representa hoje a escola pois a função da

escola passa a ter um caráter assistencialista deixando muitas vezes de lado sua meta

educacional.A autora nos fala do lema de de Paulo Maluf: “escolas cheias, cadeias

vazias.” – meta do governo na verdade é formar cidadãos mais submissos. Projeto

político partidário e não social. Programas de promoção social que não promovem

apenas fingem. A saída será a revisão radical desses profissionais que trabalham com

pessoas e não objetos. Tem uma tendência de tratar os pobres como coisas. Tem que

haver uma relação por igualdade ente indivíduos. O fracasso escolar não é do aluno, é

preciso uma resignificação da escola, ter um acolhimento e respeito com os alunos. Os

valores humanistas precisam ser resgatados pelos profissionais (psicólogos e

pedagogos).

Foi uma conferencia bastante enriquecedora para todos nós estudantes da graduação

de Pedagogia,ou outras graduações e pedagogos que já estão atuando que estiveram lá

nesse dia, as palavras ditas por esta eximia pesquisadora nos traz fortes reflexões sobre

o ato de ensinar e nos faz buscar entender sobre as relações sociais degradantes que as

crianças estão expostas e que trazem a elas esses "fracassos"escolares como ser incluído

no processo de sucesso escolar se ao chegar a escola a criança já faz parte de um

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sistema de exclusão social vivendo a margem da sociedade,vivendo a miséria e além

disso ser caracterizada por muitos psicólogos como inferior.essa conferencia foi voltada

a todos aqueles que tem interesse de pensar de forma crítica a atual realidade

educacional brasileira.

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