PRINCIPIOS DA SUSTENTABILIDADE
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PRINCIPIOS DA SUSTENTABILIDADE
7. PREVENO A POLUIO
" A estratgia de reduo ou eliminao de resduos ou poluentes
na fonte geradora consiste no desenvolvimento de aes que promovam a
reduo de desperdcios, a conservao de recursos naturais, a reduo ou
eliminao de substncias txicas (presentes em matrias-primas ou produtos
auxiliares), a reduo da quantidade de resduos gerados por processos e
produtos, e conseqentemente, a reduo de poluentes lanados para o ar,
solo e guas.
Diversos termos, tais como: Produo mais Limpa (Cleaner
Production), Preveno Poluio (Pollution Prevention), Tecnologias Limpas
(Clean Technologies), Reduo na Fonte (50urce Reduction) e Minimizao de
resduos (Waste Minimization) tm sido utilizados, ao redor do mundo, para
definir este conceito. Algumas vezes, estes termos so considerados
sinnimos, e, s vezes, complementares, requerendo uma anlise aprofundada
das aes e das propostas inseridas dentro de cada contexto.
A CETESB utiliza os termos Preveno Poluio (P2) e Produo
mais Limpa (P+L). O primeiro j consagrado nos EUA (Estados Unidos da
Amrica) e foi disseminado pela EPA (Agncia Ambiental Americana), atravs
de um Decreto Lei promulgado pelo Governo Federal Americano, em 1990. O
segundo foi definido pelo UNEP (Organizao Ambiental das Naes Unidas)
durante o lanamento do Programa de Produo mais Limpa, em 1989.
O glossrio apresentado a seguir tem a finalidade de promover
uma uniformizao terminolgica relativo ao tema Preveno da Poluio e
Produo+Limpa, de modo a facilitar a compreenso deste assunto e ressaltar
que qualquer ao que promova a reduo Oll eliminao de poluentes na
fonte geradora deve sempre ser priorizada dentro da hierarquia de
gerenciamento ambiental.
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Definies
Minimizao de resduos: inclui qualquer prtica, ambientalmente
segura, de reduo na fonte, reuso, reciclagem e recuperao de materiais
e/ou do contedo energtico dos resduos, visando redu.zir a quantidade ou
volume dos resduos a serem tratados e adequadamente dispostos.
Produo mais limpa (P+L): a aplicao contnua de uma
estratgia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e servios
para aumentar a eco-eficincia e reduzir os riscos ao homem e ao meio
ambiente. Aplica-se a: Processos Produtivos: conservao de matriasprimas e
energia, eliminao de matrias-primas txicas e reduo da quantidade e
toxicidade dos resduos e emisses; Produtos: reduo dos impactos negativos
ao longo do ciclo de vida de um produto desde a extrao de matrias-primas
at a sua disposio final; Servios: incorporao das preocupaes ambientais
no planejamento e entrega selrvios.
Produo + Limpa requer mudanas de atitude, garantil de
gerenciamento ambiental responsvel, criao de polticas nacionais
direcionadas e avaliao de alternativas tecnolgicas. (Conferncia das
Amricas-199B)
Preveno Poluio (P2) ou Reduo na Fonte: Refere-se a
qualquer prtica, processo, tcnica ou tecnologia que vise a reduo ou
eliminao em volume, concentrao e/ou toxicidade dos resduos na fonte
geradora. Inclui modificaes nos equipamentos, nos processos ou
procedimentos, reformulao ou re planejamento de produtos, substituio de
matria-prima e melhorias nos gerenciamentos administrativos e tcnicos da
entidade/empresa, resultando em aumento de eficincia no uso dos insumos
(matrias-primas, energia, gua etc).
As prticas de reciclagem fora do processo, tratamento e
disposio dos resduos gerados, no so consideradas atividades de
Preveno Poluio, uma vez que no implicam na reduo da quantidade de
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resduos e/ou poluentes na fonte geradora, mas atuam de forma corretiva
sobre os efeitos e as conseqncias oriundas do resduo gerado. (U5EPA,1990)
Reuso: qualquer prtica ou tcnica que permite a reutilizao do
resduo, sem que o mesmo seja submetido a um tratamento que dltere as suas
caractersticas fsico-qumicas.
Reciclagem: qualquer tcnica ou tecnologia que permite o
reaproveitamento de um resduo, aps o mesmo ter sido ~submetid~:> a um
tratamento que altere as suas caractersticas fsico-qumicas. A reciclagem
pode ser classificada como:
Reciclagem dentro do processo: permite o reaproveitamento do
resduo como insumo no processo que causou a sua gerao. Exemplo:
reaproveitamento de gua tratada no processamento industrial.
Reciclagem fora do processo: permite o reaproveitamento do
r~sduo como insumo em um processo diferente daquele que causou a sua
gerao. Exemplo: reaproveitamento de cacos de vidro, de difer'entes
origens,
na produo
de novas embalagens
Figura -Hierarquia de gerenciamento ambiental de resduo
fUl)IDAS {
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CONTaOlE :,~
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INI IZAiO Oi aE
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aes de P2, outras medidc:ls de minimizao de resduos, tais como
reciclagem e reuso fora do processo, devem ser consideradas, pois promovem
a conservao de recursos naturais e reduzem os impactos ambientais
causados pelo armazenamento, tratamento e disposio final de resduos.
Finalmente, medidas adequadas de controle ambiental devem ser
consideradas para o tratamento e disposio final ambientalmente segura dos
resduos e/ou poluentes remanescentes.
A escolha da melhor opo para uma determinada situao
depender de um estudo prvio de viabilidade tcnica e econmica a ser
realizado pela organizao, bem como da avaliao dos benefcios ambientais
e econmicos resultantes das medidas a serem implementadas.
Quem pode implementar aes de P+L/P2?
Qualquer pessoa / organizao que:
visa otimizar o uso de insumos / recursos disponveis (gua,
energia, matrias-primas, etc.)
visa reduzir a gerao de resduos ou o uso de substncias
perigosas em suas atividades ou processos produtivos- deseja melhorar a
qualidade ambiental local e global
visa o bem estar da comunidade e das futuras geraes
visa operar de forma ambientalmente segura e responsvel
deseja alcanar um estgio superior ao de seus cClncorrentEfs em
relao melhoria da qualidade ambiental
visa reduzir os custos envolvidos no tratamento de resduos, na
compra de matrias-primas e nos processos produtivos.
Qualquer pessoa pode implementar aes de P+L/P2, adotando
simples atitudes no seu dia-a-dia, tais como: otimizar o uso de gua, energia e
demais recursos, evitando o desperdcio; dar preferncia compra de
materiais que causem menor impacto ambiental; deixar o carro pJprio na
garagem, reutilizar embalagens; separar materiais reciclveis e enviar para um
centro de coleta seletiva.
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A implementao de aes de P+L/P2 por uma organizao implica
no desenvolvimento de um Programa de P2. A metodologia sugerida pela
CETESB obedece a seguinte seqncia:
comprometimento da direo da empresa
definio da equipe de P2
elaborao da Declarao de Irltenes
estabelecimento de prioridades objetivos e metas
elaborao de cronograma de atividades
disseminao de informaes sobre P2
levantamento de dados
definio de indicadores de desempenho
identificao de oportunidades de P2
levantamento de tecnologias
avaliao econmica
seleo das oportunidades de P2
implementao das medidas de P2
aval iao dos resultados
manuteno do programa
Quais os benefcios?
A implementao de aes de P+L/P2 resulta em:
melhor qualidade de vida e melhoria da conscientizao ambiental
melhoria da qualidade ambientallocal e global
economia de consumo de gua e energia
reduo do uso de matrias-primas txicas
reduo da gerao de resduos
aumento da segurana no ambiente de trabalho, com conseqente
reduo de afastamentos por acidentes
reduo ou eliminao de resduos, com conseqente reduo dos
gastos relativos ao gerenciamento dos mesmos
minimizao da transferncia de poluentes de um meio para o
outro
melhoria do desempenho ambiental
reduo ou mesmo eliminao de conflitos junto aos rgos de
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fiscalizao
melhoria da motivao dos funcionrios
melhoria da imagem pblica da empresa
reduo de possveis conflitos com a comunidade circunvizinha
melhoria da competitividade da empresa e da qualidade do
produto"
8. PRINCIPIOS DA SUSTENTABILIDADE
"A Ecologia no trata apenas das ljuestes lf/adas ao verde ou s
espcIes em extlno.
A ecologia significa um novo paradigma, quer dizer, uma nova
forma de organizar o conjunto de relaes dos seres humanos entre si, com a
natureza e com o seu sentido neste universo"
E importante estabelecer os princpios do gerenciamento ambiental
que nortearo as polticas e estratgias a serem propostas neste processo,
envolvendo negociaes com as diversas partes interessadas. Estes princpios
so:
8.1. Princpio da Preveno
Quase sempre mais barato prevenir a degradao e a poluio,
pois, quase sempre, impossvel remover completamente a poluio: o ar, a
gua, o solo podem ficar permanentemente degradados. Por exemplo,
sempre melhor reduzir as emisses de uma chamin pela modificao do
processo do que colocando filtros. O controle ambiental deve ser integrado s
outras atividades da comunidade, de forma que situaes potencialmente
perigosas possam ser logo reconhecidas e evitadas.
Quando h dvidas sobre as conseqncias ambientais de uma
ao, deve-se operar com cautela; continuar uma atividade cujo impacto
ambiental desconhecido, enquanto espera-se a prova cientfica de sua
periculosidade, uma imprudncia. Mesmo quando no h uma relao
cientificamente provada entre causa e efeito, se existem dvidas sobre a
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origem do problema, justifica-se uma ao preventiva, especialmente quando
h riscos para a sade.
Assim, as decises tanto pblicas quanto privadas devem se guiar
por uma avaliao cuidadosa para evitar, quando possvel, danos srios ou
irreparveis ao meio ambiente.
8.2. Princpio Poluidor-pagador
O princpio do poluidor-pagador j est em uso h muitos an~s. O
responsvel pela poluio deve se responsabilizar pelos custos de remediar o
estrago causado. Mas para este princpio funcionar de forma sustentvel
necessrio atentar para alguns fatos. Por exemplo, cortar uma floresta no
causa poluio direta mas degrada o meio ambiente, portanto devem ser
exigidas medidas compensatrias. O responsvel por uma atividade
potencialmente poluidora no pode, aps pagar ao governo uma soma
calculada como suficiente para reparar os estragos, continuar suas atividades
poluidoras. Ou aps receber uma multa, ou multas repetidas, no necessar.as,
para sanar definitivamente o problema.
Transferir a poluio de um meio para outro no compatvel iCom
a sustentabilidade. O nus de mudar processos e mtodos para reduzir a
poluio ao mnimo, deve ser assumido no somente pela empresa, mas
tambm pela sociedade. Esta deve questionar- a necessidade e evitar o
consumo de produtos de uma indstr'ia altamente poluidora. Isto leva ao
debate sobre quem o poluidor. E fcil apontar uma fbrica como poluidora,
mas ela no existiria se no houvesse demanda por seus produtos:.
Assim, o consumidor tambm pode ser visto como uma das causas
da poluio, e esta justificativa ser usada para repassar os custos das medidas
anti-poluio ao produto final. Mas devemos lembrar
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Todas as pessoas afetadas pelo resultado do planejamento
ambiental devem estar envolvidas na formulao dos planos. Os problemas
ambientais no tm limites geogrficos ou burocrticos. A cooperao de todos
no planejamento e implementao de aes ambientais pode facilitar o
caminho.
O conceito de ecossistemas urbanos no novo. Qualquer sistema
pode ser avaliado em termos de inputs e outputs. Os sistemas naturais so
fechados e neles tudo se recicla. Os sistemas urbanos so abertos, importando
matria-prima de outras reas e gerando lixo. Para trabalhar de forma
sustentvel, preciso fechar o ciclo, transformando refugos em matria-prima.
Este um conceito simples, difcil de ser posto em prtica. Existem muitas
relaes entre causas e efeitos e necessrio flexibilidade no gerenciamento
ambiental, para ajustar as aes de forma a antecipar possveis efeitos
negativos.
Todo recurso ambiental tem uma "capacidade de suporte" - a
velocidade mxima na qual possvel explorar o recursos sem esgot-Io I ou
us-Io para absorver ou limpar poluentes sem destru-Io. Para algumas
substncias, no existe "capacidade de suporte". Nenhum processo natural
pode quebr-Ias ou torn-Ias incuas. E o caso, por exemplo, dos metais
pesados. Sustentabilidade criar polticas que mantenham o desenvolvimento
dentro dos limites da "capacidade de suporte", isto , no aumentar nossas
demandas indefinidamente.
8.5. Igualdade Intra e Entre Geraes
A igualdade se refere justia, ou seja, oportunidade e acesso a
uma ampla gama de reas da vida. Descreve uma relao entre pessoas e no
um padro mnimo. Para assegurar a igualdade, precisamos lidar com questes
de desvantagens econmicas, sociais e fsiccts. A igUl:lldade intra geraes
deve ser tratada como um objetivo tal como a eficincia econmica ou a
integridade ambienta!. Alcanar a justia social requer, sem dvida, solues
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inovadoras e muito mais ateno do que vem recebendo.
E importante que a justia social seja um dos princpios sob os
quais basearemos nossas decises. Para assegurar a igualdade entre
ger1aes, a gerao atual deve assegurar que a sade, a diversidadE~ e a
produtividade do meio ambiente, sejam mantidas ou melhoradas em benefcio
das geraes futuras.
8.6. Compromisso com a Melhoria Contnua
Alcanar um objetivo de longo prazo requer o compromisso de
progresso contnuo nesta direo. E relativamente fcil gerar um surto inicial
de entusiasmo e atividade, mas necessrio um compromisso com o
progresso contnuo, para manter o esforo ao longo do tempo.
Comprometer-se a fazer progresso contnuo em direo
sustentabilidade requer que o impacto potencial de todas as atividades,
mesmo as aparentemente triviais, seja avaliado e que as mudanas sejam
implementadas num ritmo adequado. Quanto maior a velocidade da mudana,
mais difcil e onerosa se torna a transio. Por exemplo, mais fcil melhorar
aos poucos a eficincia no uso da gua, durante anos, do que alcanar uma
melhora de 20"0 em, apenas, um ano.
8.7. Responsabilidade
Os governos locais so responsveis perante s comunidades' que
dirigem. Devem manter as pessoas informadas de forma compreensvel, no
apenas sobre as decises que esto sendo tomadas, mas tambm sobre as
implicaes destas decises na consecuo da sustentabilidade. Tambm
devem oferecer oportunidades para que a comunidade possa opinar sobre as
polticas e princpios que guiam o processo decisrio. Outros princpios podem
ser levados em considerao:
Ningum deve ficar em situao pior do que a atual. Quando
necessrio deve haver compensao financeira, alternativas para meio de
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sobrevivncia, etc.;
Os acordos nacionais e internacionais devem ser respeitados;
Devem se manter as opes sempre em aberto em busca de novas
alternativas;
Monitorar a implementao das decises;
A consulta pblica deve contar com representao eqitativa;
O cronograma deve ser ctaro e razovel, com um limite de tempo
estabelecido;
Apresentar viabilidade econmica;
No causar impactos irreversveis
IIIE'YDLVIIENTO ECO~QQ\t.\\t\\ sumNl~'&
FINS FUNDAMENTAIS (felicidade,re izao,iluminao)
9.MINIMIZAAO E CONTROLE DE RESIDUOS
9.1 Conceitos de Minimizao de Resduos
Os resduos lquidos, slidos e gasosos podem ser gerados durante
a fabricao de diversos produtos. Os principais problemas ambientais
causados pelos resduos so as perdas de materiais e energia no processo
produtivo. Alm do mais eles necessitam de significante investimento e boas
prticas de controle.
O tratamento de resduos industriais tem sido visto como processo
final, oferecendo pequena oportunidade de recuperar o material residual. Em
situaes mais agravantes tcnicas de lIfim-detuboll, onde no se elimina o
resduo, mas simplesmente o transfere de um lugar para outro, freqentem
ente numa forma mais diluda vem sendo utilizada por diversas indstrias.
Portanto, tem-se apenas a transferncia dos resduos no meio ambiente (ar,
gua, terra), sem a sua real eliminao. A menos que sejam impostas
restries a essa prtica, os resduos e seus custos de tratamento iro
aumentar continuamente ao longo do tempo.
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A minimizao de resduos deve ser vista como um conceito que
auxilia as empresas a adequarem-se s exigncias ambientais e na reduo de
seus custos operacionais. Uma estratgia de minimizao de resduos o
componente mais importante no sistema de gerenciamento ambiental.
9.2 Definies e Sinnimos
Nos processos industriais os resduos representam perdas de
matrias-primas, intermedirios, subprodutos ou produtos principais, os quais
requerem tempo, mo-de-obra e dinheiro para serem processados. A Agencia
Americana de Meio Ambiente (EPA), formalmente define resduo como
qualquer substncia que constitui resto de material ou efluente, ou outra
substncia no desejada originada no processo de produo e qualquer
substncia ou mercadoria que requer disposio por estar quebrada, usada,
estragada, contaminada ou danificado. A definio acima engloba:
Resduos lquidos ou slidos do processo;
Materiais contaminados;
Produtos sem especificao;
Fluidos de vazamentos acidentais e materiais de limpeza
associados;
Resduos de mquinas;
Emisses atmosfricas e;
Descarga de gases.
Por sua vez, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT)
define resduo slido como:
''Resduos no estado slido e semi-slido, que resultam das
atividades de origem industrial- domstica, hospitalar, comercialagrcola, de
servios e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes
de estaes de sistemas de tratamento de (gua, aqueles gerados em
equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados
lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede
pblica de esgotos ou corpos d'gua, ou eXIjam, para isso, solues tcnica e
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economicamente invivel e'H1 seu lanamento na rede em face da melhor
tecnologia disponvel'~
A periculosidade de um resduo, segundo a ABNT, definida como:
"Caracterstica apresentada por um resduo~ que~ em funo de
suas propriedades fsicas~ qumicas ou infecto-contagiosas~ pode
apresentar'~'
Risco sade pb/ica~ provocando ou acentuando~ de forma
significativa~ um aumento de morta/idade ou incidncia de doenas~ e/ou;
Riscos ao meio ambiente, quando o resduo manuseado ou
destinado de forma inadequada. /I
Os resduos so classificados quanto periculosidade conforme
mostra a tabela 1.
Tabela 9.1. Classificao quanto periculosidade (NBR 10004)
Resdu
os Classe I
Apresentam risco sade pblica
ou aoPerigos
os
meio ambiente, caracterizando-se
por ter
uma ou mais das seguintespropriedades:
inflamabilidade, corrosividade,
reatividade,toxicidade e
patogenicidade.Resduos
Classe II - odem er
propried
ades omoNo-
inertes
combus
tibilidade,
b
iodegradab i li dade usolubilidade, porm no se
enquadram comoresduo
I ou III.Resduos
Classe III -
No tem nenhum dos seus
constituintes
Inertessolubilizados em concentraes
superioresaos padres ~otabilidade
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de guas.
A minimizao de resduos envolve qualquer tcnica, processo ou
atividade que permite evitar, eliminar ou reduzir o resduo na sua fonte, reusar
ou reciclar os resduos para vrios propsitos. Alguns sinnimos de
minimizao encontrados na literatura CEPA) so Reduo de resduos;
Tecnologia limpa, Engenharia limpa, Processo limpo; Preveno e reduo da
poluio; Tecnologias ambientais e Tecnologia de no gerao de resduos.
Para novos processos melhor usar as etapas de pr'ojeto, pesquisa
e desenvolvimento, para evitar a gerao de resduos na fonte. Uma avaliao
prvia do projeto e processo permite uma rpida identificao dos problemas
de gerao de resduos e propostas alternativas de mmlmlzaao.
A gerao, o transporte e a disposio de resduos, em todbs as
formas, normalmente devem ser os elementos chaves para a avaliao e
controle ambiental do processo. Neste estudo, o termo resduo ser associado
como todas as emisses de materiais no ar, gua e terra, assim como, o
consumo de energia que podem ser includas nos programas de minimizao
de resduos. Uma das tcnicas usadas na minimizao de resduos praticadas
na Comunidade Europia com grande intensidade a reciclagem dos
materiais. A reciclagelT\ de materiais engloba processos de tratamento de
resduos slidos urbanos e industriais.
O presente material tem como objetivo apresentar de maaeira
geral os princpios, as boas prticas, os programas de minimizto de resduos
e de forma mais especfica as tcnicas de tratamjnto.
9.3. Objetivos do Programa de Minimizao de Resduos
Os principais objetivos almejados do programa de mmlmlzao
englobam a reduo da quantidade de material e energia desperdiados, a
reduo de resduos na unidade produtiva e, a reduo do lanamento dos
resduos no meio ambiente.
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A) A reduo da quantidade de material e energia desperdiados,
engloba:
A reduo de custos financeiros;
o atendimento s legislaes ambientais;
A reduo de impacto ambiental e;
A reduo de periculosidade.
B) A reduo de resduos dentro da unidade de produo e no
apenas no final do processo engloba:
A otimizao do processo;
A substituio dos materiais utilizados;
O redimensionamento do processo e do produto e;
A reciclagem de materiais e energia.
C) Finalmente, a reduo do despejo de resduos no meio
ambiente inclui a gua, o solo e o ar.
9.4 Benefcios da Minimizao de Resduos
A minimizao de resduos pode gerar benefcios de duas
maneiras:
Cumprindo as exigncias legais;
Pode gerar oportunidades para a empresa melhorar seu
desempenho econmico e ambiental atravs das seguintes aes:
Reduzir a dependncia com fornecedores de matria-prima;
Promover uma imagem pblica positiva em relao ao meio
ambiente;
Melhorar a sade e segurana dos empregados;
Aumentar a eficincia da operao e reduzir custos de produo.
Os projetos de minimizao de resduos devem ser avaliados da
mesma maneira que uma oportunidade de negcio. A implantao de um
projeto de minimizao de resduos poder originar benefcios econmicos,
ambientais e reduo de riscos, conforme citado anteriormente. De maneira
geral, podemos classificar os benefcios da minimizao de resduos em
econmicos, ambientais e de reduo de riscos, conforme mostrado abaixo:
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Reduo de custos no manejo, pr-tratamento e transporte de
resduos descartados fora da empresa;
Reduo de espao de armazenamento de resduos, criando
portanto maior espao para operaes produtivas;
Reduo de custos administrativos associados disposio dos
resduos;
Reduo de custos de produo, incluindo reduo de matria-
prima, energia e exigncias de utilidades e;
Melhoria da eficincia operacional.
Minimizao do impacto ambiental associado a gerao de
resduos;
Atendimento s exigncias legais municipais, estaduais e federais;
Conservao de recursos naturais e;
Melhoria da imagem da empresa perante os acionistas, os
empregados e a comunidade.
9.5 Reduo de Riscos
Reduo de riscos na manipulao de materiais perigosos;
Reduo de riscos a sade e segurana dos empregados;
Reduo de riscos ao meio ambiente e;
Reduo de riscos a no obteno de licenas e autorizaes dos
rgos fiscalizadores locais.
9.6 Comprometimento e Poltica da Empresa
De maneira similar, a implantao de programas de gesto de
qualidade, essencial para o sucesso do programa de minimizao de
resduos, o comprometimento da alta administrao na liderarlJa do projeto
para assegurar:
10. ANLISE PARTICIPA TIVA COM O EDPO
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Apresentamos a seguir um instrumento de anlise participativa,
que poder ser aplicado associado a uma das formas de coleta de idias ou
realizado atravs do trabalho em pequenos grupos alt,~rnado co~ sesses
plenrias.
O EDPO por princpio um instrumento de anlise que como tal
poder ser associado a um seminrio de Planejamento, de avaliao e reflexo,
de capacitao ou mesmo de consultoria.
O que significa EDPO?
o mtodo EDPO uma abreviatura de quatro focos de anlise:
A
Exitos: Objetivos alcanados, aspectos fortes, benefcios,
satisfao, etc.
Deficincias: Dificuldades, fracassos, aspectos fracos,
descontentamento, etc.
Potenciais: Capacidades sem explorar, idias de rnelhoram nto, etc.
Obstculos: Contexto adverso, oposio, resistncias con~a
mudana, etc.
o que podemos obter com a anlise atravs do EDPO?
o EDPO alm de ser um instrumento que incentiva a recolha db
idias sobre um determinado tema, nos permite orden-Ias segundo 2 eixos:
Tempo
Valorizao
Tempo
Retrospectiva (o que passou).
Projeo - viso de futuro (o que podemos esperar do futuro)
Valorizao Positivo. Negativo.
EDPO- Este instrumento pode ser visto como uma janela,
compo~to por quatro campos de anlise ordenados segundo os dois eixos ~e
referncia.
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~o
XITOS
N E C3 A.
-.-
I "\/
C>
o EDPO foi estruturado para ser analisado nesta seqncia:
...
Exitos,
Deficincias Potenciais
Obstculos
ATENO- Iniciar pelos aspectos positivos uma boa estrat9ia
para motivar as pessoas.
,
CARACTERISTICAS DO EDPO
O EDPO um instrumento muito verstil, que poder ser aplic~do
isoladamente ou acoplado a outros instrumentos de trabalho com grupos.
,
E desenhado para ser realizado em um trabalho participativo com
grupos.
Possui um simplicidade lgica, fcil de ser entendido.
E intercultural, de fcil adaptao.
Provoca a participao, pois (o que vivenciamos).
I trabalha com o contexto do dia a dia
So necessrios poucos materiais e de fcil manuseio.
Possui uma grande rea de aplicao: preparao dE~ uma I
planejamento, monitoria e avaliao de um projeto, capacitao,
consultoria, etc., sendo muito varivel segundo as necessidad~s da situao.
A WAZU, L.A.M. 1990. A gesto dos riscos de acidentes ambientais.
Revista Engenharia Ambiental, So Paulo, 3, n. 9, jan/1990, p. 20-22.
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BRASIL. Presidncia da Repblica. O desafio do desenvolvimento
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que sigla esta? So Paulo: SVMA, 1996. 117 p. (Srie cadernos ambientais da
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CURSO DE DIREITO AMBIENT AL BRASILEIRO - Celso Antonio
Pacheco Fiorillo 4Q EDIO - Editora: Saraiva: Brasil, 2003.
CURSO DE GESTO AMBIENTAL-Arlindo Philippi Jr, Gilda Collet
Bruna, Marcelo de Andrade Romro -. Editora: Manole. Brasil, 2004.
DANO AMBIENTAL -Jos Rubens Morato Leite Editora: Revista dos
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QUALIDADE AMBIENTAL ISO 14000 (REVISTA E AMPLIADA) Cyro
Eyer Do Valle- Editora: Senac. Brasil, 2003.
EPOCAESTAGI
OATITUDES
ANTES
DOS ANOS 70
RECON
HECIMENTO
Saneamento
bsico
Pouco
conhecimento relativo a
impactos ambientais e
resduos perigosos.Existncia
limitada de requisitos e
padres ambientais.
ANOS 70
CONTR
OLE
(Remed
iao)
Controle
da Poluio industrial
(gua, ar, rudo) Gesto
reativa Filosofia de
controle pontual (endl-of-pipe).
-
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21/21
ANOS 80
PLANEJ
AMENTO(Preven
o)
Estudos de
Impactos Ambientais
Gerenciamento de
resduos slidos. Controle
da poluio do Solo.
Minimizao de resduos
ANOS 90
SISTEM
A DE CONCEITOS
(sustent
abilidade)
Atuao
responsvel
Gerenciamento
Integrado (meio
ambiente + Segurana
+ Sade)
Auditoria
Ambiental
Avaliaodo Ciclo de Vida do
Produto Sistema de
Gerenciamento
Ambiental