PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE · 2020. 9. 4. · levado em consideração, para aplicação...

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1 PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE NOVO CORONAVÍRUS (COVID 19) Versão 1.0 São José, 2020

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PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE

NOVO CORONAVÍRUS (COVID 19)

Versão 1.0

São José, 2020

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

SECRETARIA DE SAÚDE

GABINETE DE GESTÃO DE CRISE PARA ENFRENTAMENTO AO NOVO

CORONAVÍRUS (COVID-19)

PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE

NOVO CORONAVÍRUS (COVID 19)

Versão 1.0

São José, 2020

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Chefe do Executivo

ADELIANA DAL PONT

Prefeita

NERI AMARAL

Vice-Prefeito

Secretaria Municipal de Saúde

SINARA REGINA LANDT SIMIONI

Secretária

JANE DAMÁSIO

Diretora Geral

Diretoria de Atenção Especializada

GEOVANA STEDILE

MARILIZ CABRAL BROERING

MARIA SIMONE BRAGA DE OLIVEIRA

Diretoria de Atenção Primária em Saúde

KATHERI MARIS ZAMPROGNA

FABRÍCIA MARTINS SILVA

FRANCISCO REIS TRISTÃO

JARDEL SCREMIN MAGAGNIN

SCHEILA MONTEIRO EVARISTO

ALICE BUSS CRUZ RIBEIRO

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

ISABEL C. DOS SANTOS OLIVEIRA

CRISTIANE P. CANELLA CIDRAL

DANIEL FERNANDO KHALIL FALAVIGNA

LIGIA CASTELLON FIGUEIREDO GRYNINGER

IULA LUANA BASTOS

Diretoria Geral de Vigilância em Saúde

MARLY PREVIATTI

Núcleo de Educação Permanente em Saúde

BRUNA TELEMBERG SELL

Diretoria Técnica

JULIANO MANOEL COELHO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 6

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 7

3. CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS

RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10) .................................................................................. 8

4. DIAGNÓSTICO ................................................................................................................. 9

4.1 Diagnóstico Clínico ou Situacional ............................................................................... 9

4.2 Diagnóstico Laboratorial .............................................................................................. 9

4.2.1 Biologia Molecular ................................................................................................. 9

4.2.2 Imunológico (Imunocromatográficos - Testes Rápidos, ELISA, CLIA e ECLIA) ... 10

4.2.3 Pesquisas de antígeno ........................................................................................ 10

4.2.4 Fluxograma de testagem do Paciente Sintomático Respiratório .......................... 11

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ........................................................................................... 12

6. DEFINIÇÕES OPERACIONAIS ...................................................................................... 14

6.1 Casos Suspeitos ........................................................................................................ 14

6.1.1 Definição 1: Síndrome Gripal (SG) ...................................................................... 14

6.1.2 Definição 2: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) .................................. 14

6.2 Exames Laboratoriais para Investigação ................................................................... 14

6.2.1 Biologia Molecular ............................................................................................... 14

6.2.2 Imunológico (Imunocromatográficos - Testes Rápidos, ELISA, CLIA e ECLIA) ... 15

6.2.3 Pesquisas de antígeno ........................................................................................ 15

7. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE ..................................................................................... 16

7.1 Unidade Básica de Saúde (UBS) ............................................................................... 16

7.2 Centro de atendimento para enfrentamento à COVID-19 .......................................... 17

7.3 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ..................................................................... 19

7.4. Central de coleta RT-PCR COVID ............................................................................ 21

7.5 Ligue Saúde São José............................................................................................... 22

7.6 Central de Monitoramento dos Sintomáticos Respiratórios ........................................ 22

7.6.1 Monitoramento e Rastreamento dos contatos intradomiciliares e próximos de

casos COVID 19 .......................................................................................................... 23

7.8 Vigilância epidemiológica .......................................................................................... 24

7.8.1 Notificação e registro .......................................................................................... 25

7.8.2 Rede de suprimento de testes ............................................................................. 26

7.9 Vigilância Sanitária .................................................................................................... 26

7.10 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ............................................................ 28

8. CONDUTA ...................................................................................................................... 29

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8.1 Conduta Preventiva ................................................................................................... 29

8.2 Tratamento Não Farmacológico ................................................................................ 33

8.3 Tratamento Farmacológico ........................................................................................ 34

8.3.1 Medicamentos ..................................................................................................... 34

8.4 Na ocorrência de profissional da PMSJ com sintoma respiratório ............................. 37

8.5 Na ocorrência de óbito ............................................................................................... 39

8.5.1 Manejo dos corpos .............................................................................................. 39

8.5.2 Confirmação e/ou descarte de óbito por covid-19 ............................................... 42

8.5.3. Emissão da declaração de óbito ........................................................................ 43

8.5.4. Orientações para funerárias ............................................................................... 45

8.5.5. Transporte do corpo ........................................................................................... 46

8.5.6 Instrução para funerais/velórios .......................................................................... 47

8.5.7 Orientação para crematório ................................................................................. 48

8.5.8 Emissão da certidão de óbito .............................................................................. 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 50

ANEXOS ............................................................................................................................. 52

Anexo 1: Modelo de Solicitação de RT-PCR SARS-COV-2 ............................................. 53

Anexo 2: Termo de Ciência e Consentimento – Médico .................................................. 54

Anexo 3: Termo de Ciência e Responsabilidade ............................................................. 56

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1. INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, surto

da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constituindo uma Emergência de

Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização,

conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a

COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.

No Brasil, o primeiro caso de infecção pela COVID-19 foi descrito em 26 de fevereiro

de 2020, em São Paulo. No entanto, a disseminação viral rápida levou o país até a

finalização deste protocolo (agosto de 2020), segundo dados do Ministério da Saúde, ao

número de casos confirmados já ultrapassando os 3.000.000 de casos e registrados mais

de 100.000 óbitos provocados pela COVID-19, caracterizando assim uma situação grave

vivenciada pela saúde pública e privada brasileira.

No município de São José em Santa Catarina, foram notificados os dois primeiros

casos em moradores no dia 20 de março de 2020. Diante do cenário instituído, que exigia

medidas de controle e prevenção com rapidez e agilidade, foi formado um grupo técnico

composto por participantes da rede de saúde municipal da atenção primária, atenção

especializada, vigilâncias epidemiológica e sanitária, núcleo de atenção permanente e

diretoria clínica.

A partir disso, várias diretrizes através de portarias, decretos e notas técnicas foram

sendo formalizadas com objetivo principal da adoção de estratégias de prevenção,

diagnóstico, cuidado com o doente e tentativa de diminuição da disseminação viral.

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2. JUSTIFICATIVA

Mediante a Pandemia de COVID 19 declarada pelo Ministério da Saúde, em 11 de

março de 2020, o Grupo de Enfrentamento ao COVID 19, observou a necessidade de

publicação deste Protocolo, a fim de oferecer orientações aos profissionais da saúde sobre

o manejo dos pacientes com suspeita ou confirmação de COVID 19 nos diversos pontos da

Rede de Atenção à Saúde, com foco em uma assistência qualificada e em tempo oportuno,

desde as pessoas assintomáticas até aquelas com apresentação de sintomas da doença.

Ao propor as rotinas, fluxos, tecnologias, insumos e medicamentos que contém este

protocolo, foi considerado além dos aspectos morais e éticos, os aspectos econômicos,

orçamentários e técnicos que confirmem evidência científica, expondo de forma clara e

transparente seu custo/benefício e custo/efetividade. Sendo assim, para elaboração deste

protocolo, foram utilizadas as melhores e mais recentes evidências, mas, pela dinâmica da

doença e produção do conhecimento associada a ela, atualizações poderão ser

necessárias.

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3. CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS

RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10)

CID B34.2 - infecção por coronavírus de localização não específica.

CID U07 – COVID-19, vírus identificado.

CID U07.2 – COVID-19, vírus não identificado, clínico epidemiológico.

CID U04.9 - Síndrome Respiratória Aguda Grave – SARS/SRAG.

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4. DIAGNÓSTICO

4.1 Diagnóstico Clínico ou Situacional

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2020), a transmissão do vírus ocorre entre

humanos, através do contato com gotículas respiratórias, provenientes da tosse, espirro,

catarro, saliva, de pessoas infectadas ou contato com superfícies contaminadas seguido de

contato com o nariz, olhos e boca. Sendo que o período de incubação da infecção por

COVID-19 varia de 1 a 14 dias, sendo a média de 5 dias.

Os sinais e sintomas da COVID- 19 são:

Febre (< 37,8°C);

Tosse;

Dispnéia;

Mialgia e fadiga;

Sintomas Respiratórios Superiores;

Sintomas gastrointestinais, como diarréia (mais raro);

Anosmia (queixa frequente entre os pacientes acometidos com a doença).

Entretanto, o quadro clínico típico de uma síndrome gripal pode variar desde

sintomas leves e assintomáticos, principalmente em jovens adultos e crianças, até sintomas

graves, como por exemplo, falência respiratória, pneumonia, Síndrome da Angustia

Respiratória Aguda (SARA). As complicações estão relacionadas às condições clínicas pré-

existentes: doença cardiovascular, diabetes, hipertensão, doença respiratória crônica,

câncer, ser idoso (BRASIL, 2020).

4.2 Diagnóstico Laboratorial

4.2.1 Biologia Molecular

Resultado DETECTÁVEL para SARS-CoV-2 realizado pelo método RT-PCR em

tempo real.

É considerado o teste “padrão ouro” para diagnóstico de COVID-19, pois é mais

assertivo e apresenta sensibilidade mais elevada desde os primeiros dias de infecção.

Sendo a coleta mais sensível entre o 3° e 8° dia de sintomas. O RT-PCR é capaz de

detectar a carga viral, a presença do material genético do vírus na secreção respiratória dos

pacientes. Para realização do exame é coletado material de secreção da naso/orofaringe

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conforme orientações do LACEN e por meio de técnicas de biologia molecular o material

genético do vírus na amostra do paciente é quantificado (BRASIL, 2020).

4.2.2 Imunológico (Imunocromatográficos - Testes Rápidos, ELISA, CLIA e ECLIA)

Resultado REAGENTE para IgM, IgA e/ou IgG.

São testes imunológicos capazes de detectar os níveis de anticorpos IgA, IgM e IgG

em amostra de sangue venoso do paciente, por imunoensaio automatizado. Devendo ser

levado em consideração, para aplicação deste teste, que no período de 7 a 10 dias de

infecção observa-se um aumento da produção de anticorpos. Em relação a sensibilidade do

teste, pode variar de acordo com o fabricante, estando entre 70% e 100% para IgM e 85% a

96% para IgG. Porém possui baixo valor preditivo negativo e, por isso, um resultado

negativo não exclui a presença da doença. Para definição de imunidade adquirida, na

identificação de anticorpos da classe IgG, ocorre melhor sensibilização após o 15° dia de

início dos sintomas. Considerando o exposto, na presença de resultado não reagente por

métodos sorológicos, não deve ser destacada a possibilidade de COVID-19, principalmente

nas fases iniciais da doença e não deve ser utilizada como única base para decisão

diagnóstica (BRASIL, 2020).

Interpretação diagnóstica:

Indivíduo sintomático ou assintomático que tiver teste sorológico para SARS-

CoV-2 IgM não reagente e IgG não reagente: Não é possível descartar o

caso.

Indivíduo sintomático ou assintomático com teste sorológico para SARS-

CoV-2 IgM não reagente e IgG reagente: condição de infecção prévia com

resposta imune.

Indivíduo sintomático ou assintomático com teste sorológico para SARS-

CoV-2 IgM reagente e IgG reagente ou não reagente: condição de

infecção recente.

4.2.3 Pesquisas de antígeno

Resultado REAGENTE para SARS-CoV-2 pelo método de Imunocromatografia

(teste rápido) para detecção de antígeno em secreções de naso e orofaringe (Detectado do

1º ao 7º dia de sintomas).

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4.2.4 Fluxograma de testagem do Paciente Sintomático Respiratório

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5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Para seguimento neste protocolo o usuário deverá se enquadrar em um dos critérios

estabelecidos abaixo:

Tabela 1: Definição de Casos

Casos suspeitos -

Definição 1

SÍNDROME GRIPAL (SG): indivíduo com quadro respiratório agudo,

caracterizado por sensação febril ou febre, mesmo que relatada,

acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade

respiratória.

• EM CRIANÇAS: considera-se também obstrução nasal, na ausência de

outro diagnóstico específico.

• EM IDOSOS: a febre pode estar ausente. Deve-se considerar também

critérios específicos de agravamento como síncope, confusão mental,

sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.

Casos suspeitos -

Definição 2

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG): Síndrome Gripal

que apresente: dispneia/desconforto respiratório OU pressão persistente no

tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração

azulada dos lábios ou rosto.

• EM CRIANÇAS: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa

de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

Casos confirmados

por critério

laboratorial: caso

suspeito de SG ou

SRAG com teste

de:

• Biologia molecular (RT-PCR em tempo real, detecção do vírus SARS-

CoV2):

● Doença pelo coronavírus 2019: com resultado detectável para SARS-

CoV2.

• Imunológico (teste rápido ou sorologia clássica para detecção de

anticorpos):

Doença pelo coronavírus 2019: com resultado positivo para anticorpos IgM

e/ou IgG. Em amostra coletada após o sétimo dia de início dos sintomas.

Por critério clínico

epidemiológico:

caso suspeito de

SG ou SRAG com:

Histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do

aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para

COVID-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial

específica.

Caso descartado

de doença pelo

Coronavírus 2019

(COVID-2019)

Caso suspeito de SG ou SRAG com resultado laboratorial negativo para

coronavírus (SARSCOV-2 não detectável pelo método de RT-PCR em

tempo real), considerando a oportunidade da coleta OU confirmação

laboratorial para outro agente etiológico.

Contato

intradomiciliar de

Pessoa que reside na mesma casa (domicilio) que o caso suspeito ou

confirmado.

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casos suspeitos ou

confirmados de

COVID-19

Contato próximo

de casos suspeitos

ou confirmados de

COVID-19

Pessoa que teve um contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos) com um caso confirmado; Pessoa que esteve a menos de um metro de distância, por um período mínimo de 15 minutos, com um caso confirmado, sem utilização de máscara; Profissional de saúde ou outra pessoa que prestou assistência ao caso de COVID-19 sem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), conforme preconizado, ou com EPIs danificados.

Fonte: BRASIL, 2020.

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6. DEFINIÇÕES OPERACIONAIS

6.1 Casos Suspeitos

6.1.1 Definição 1: Síndrome Gripal (SG)

Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos

seguintes sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça,

tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.

• EM CRIANÇAS: além dos itens anteriores considera-se também obstrução nasal,

na ausência de outro diagnóstico específico.

• EM IDOSOS: deve-se considerar também critérios específicos de agravamento

como sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.

OBS: Na suspeita de COVID-19, a febre pode não estar presente. Sintomas

gastrointestinais (diarreia) podem estar presentes.

6.1.2 Definição 2: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

Indivíduo com Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto respiratório OU

pressão persistente no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU

coloração azulada dos lábios ou rosto.

• EM CRIANÇAS: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz,

cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

6.2 Exames Laboratoriais para Investigação

6.2.1 Biologia Molecular

Método RT-PCR em tempo real que deve ser coletado entre o 3º e 8º dia de

sintomas.

Indicação: Paciente ser morador de São José ou Profissional da PMSJ.

Coleta será feita entre o 3° e 8º dia de apresentação de sintomatologia respiratória.

As coletas serão realizadas na Central de Testagem (Centro Multiuso) para os

pacientes que forem atendidos nas UBS, UPA e Centro de atendimento para enfrentamento

à COVID-19, mediante encaminhamento médico (ANEXO 1), que indique o tempo oportuno

de coleta, e ficha de notificação preenchida.

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A coleta deverá ser realizada por profissional da Saúde capacitado e seguir as

diretrizes do Manual de Orientações para coleta, acondicionamento e transporte de

amostras biológicas do LACEN.

Desfechos:

Se PCR positivo: Manter isolamento domiciliar por 10 dias a contar do início dos

sintomas podendo retornar as atividades de rotina após 24h sem febre (sem uso de

antitérmicos) e com melhora importante dos sintomas relatados no início do quadro;

Se PCR negativo: Retornar as atividades de rotina desde que esteja há 24h sem

febre (sem uso de antitermicos) e com melhora importante dos sintomas relatados no inicio

do quadro;

6.2.2 Imunológico (Imunocromatográficos - Testes Rápidos, ELISA, CLIA e ECLIA)

Deve ser indicado após o 8º dia de sintomas.

Indicação: Paciente morador de São José ou profissional da PMSJ que esteja com

Síndrome Gripal há oito dias ou mais.

As coletas dos pacientes serão realizadas nas UBS, UPA ou Centro de atendimento

para enfrentamento à COVID-19.

Desfechos:

Se positivo: manter isolamento domiciliar por 10 dias a contar do início dos

sintomas podendo retornar as atividades de rotina após 24h sem febre (sem uso de

antitérmicos) e com melhora importante dos sintomas relatados no início do quadro;

Se negativo: manter isolamento domiciliar por 10 dias a contar do início dos

sintomas podendo retornar as atividades de rotina após 24h sem febre (sem uso de

antitérmicos) e com melhora importante dos sintomas relatados no início do quadro;

6.2.3 Pesquisas de antígeno

Resultado REAGENTE para SARS-CoV-2 pelo método de Imunocromatografia

(teste rápido) para detecção de antígeno em secreções de naso e orofaringe deve ser

coletado preferencialmente entre o 3º e 7º dia de sintomas.

Indicação: Paciente ser morador de São José ou Profissional da PMSJ.

A coleta será feita entre o 3° e 8º dia de apresentação de sintomatologia respiratória.

As coletas serão realizadas na Central de Testagem (Centro Multiuso) para os

pacientes que forem atendidos nas UBS, UPA e Centro de atendimento para enfrentamento

à COVID-19, mediante encaminhamento médico (ANEXO 1), que indique o tempo oportuno

de coleta.

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7. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Neste item serão apresentados todos os pontos da rede de atenção à saúde em que

os pacientes que se enquadram nos critérios de inclusão deste protocolo poderão percorrer.

7.1 Unidade Básica de Saúde (UBS)

Mediante o contexto vivenciado frente à pandemia de COVID-19, algumas medidas

cautelares foram adotadas com a finalidade de preservar os profissionais que compõem a

força de trabalho dos serviços da rede de atenção primária à saúde de São José,

especialmente a partir do mês de Julho de 2020.

Ao encontro das orientações do Ministério da Saúde, os arranjos de acessibilidade

às unidades estão ocorrendo da seguinte forma nesse período:

Manutenção das consultas por meio de Demanda Espontânea, em que seja avaliada

a situação de saúde do paciente e a necessidade de atendimento no momento da procura

pela UBS. A população deve sempre ser orientada pelas equipes a realizarem,

primeiramente, contato telefônico a fim de evitarem deslocamento e exposição que nesse

momento tem-se mostrado prejudicial em razão da alta transmissibilidade viral.

No que se referem aos atendimentos odontológicos, as demandas agendadas estão

suspensas, cabendo apenas atendimentos de urgência conforme orientação da Anvisa,

Consel o ederal de Odontologia e Secretaria de Sa de do Estado de SC al medida

usti ica-se pois o atendimento odontológico apresenta um alto risco para a disseminação do

novo Coronav rus SARS-CoV-2) pela alta carga viral presente nas vias aéreas superiores

dos usuários infectados, mesmo que assintomáticos, pela grande possibilidade de

exposição aos materiais biológicos proporcionada pela geração de gotículas e aerossóis,

além da proximidade que a prática exige entre profissional e usuário.

Todas as ações coletivas em saúde, em ambientes fechados ou abertos, escolas ou

UBS também foram canceladas. Os atendimentos no CEO estão acontecendo somente

para atender os usuários classificados como vermelhos prioritários pelo Sistema de

Regulação.

Com base nos documentos da Anvisa, OMS, Ministério da Saúde e CFO, a

Coordenação de Saúde Bucal, juntamente com as Coordenações de Saúde Bucal dos

municípios vizinhos, elaborou um guia para os profissionais de saúde bucal da rede,

contendo informações importantes acerca da biossegurança e da atenção a saúde bucal em

tempos de Covid-19.

As equipes de Atenção Primária e de Estratégia de Saúde da Família devem estar

disponíveis para atendimento telefônico em seus locais de serviço, em caso de

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esclarecimentos aos munícipes que tiverem dúvidas acerca do fluxo a seguirem na rede de

saúde quando assim necessitarem de atendimento ou esclarecimento acerca de dúvidas no

que tange a área da saúde.

O agendamento de consultas para o acompanhamento de puericultura de crianças

até 01 ano de idade está mantido, solicitando priorizar o contato via telefônico para

agendamento. Em que pese às demais idades, mediante necessidade, a consulta será

realizada por meio de demanda espontânea, sendo primeiramente avaliado pela enfermeira

da UBS. Nessa seara, a manutenção do agendamento para o atendimento de pré-natal

também está mantida conforme o preconizado pelo protocolo de consultas ao pré-natal da

rede de atenção primária de saúde municipal.

Ações de imunização também estão mantidas conforme agendamento prévio na

UBS, ou via telefone, para evitar aglomerações de crianças em períodos concomitantes nos

setores da UBS, seguindo a mesma orientação à realização do teste do pezinho.

Ademais, cabe destacar que visitas domiciliares de rotina deverão ser avaliadas

pela equipe de Estratégia de Saúde da Família, considerando o estado de saúde do

paciente.

Demais situações como alterações de exames, necessidade de exame

citopatológico de colo de útero, consulta para acompanhamento de rotina, dentre outros

procedimentos de enfermagem devem ser avaliados pelos profissionais de saúde mediante

acolhimento por demanda espontânea na Unidade Básica de Saúde, priorizando que o

contato telefônico com a Unidade Básica de Saúde seja a primeira opção do munícipe,

evitando exposição viral.

As equipes de saúde deverão adequar o ambiente das unidades de saúde a fim de

evitar aglomerações e diminuir ao máximo a possibilidade de espaços compartilhados entre

pacientes com sintomas respiratórios e os assintomáticos respiratórios. Sugerem-se duas

portas de entrada distintas para estes grupos, bem como equipes de saúde diferentes para

atendimento e triagem na recepção da unidade para facilitar a divisão dos grupos.

7.2 Centro de atendimento para enfrentamento à COVID-19

O Centro de atendimento para enfrentamento à COVID-19 está localizado em

ambiente centralizado para melhor acessibilidade dos usuários, na estrutura do CATI. A

estrutura física foi adaptada conforme necessidade do serviço, equipada com materiais e

insumos específicos e, conta com equipe multiprofissional (médicos, enfermagem,

farmacêutico, administrativos, equipe de limpeza/higienizadores), capacitadas e treinadas

para a identificação dos sintomáticos respiratórios, manejo de casos suspeitos, atendimento

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de situações de urgência e emergência, esterilização/desinfecção e encaminhamentos

necessários.

O horário de funcionamento é das 07 às 19 horas, todos os dias da semana.

A implantação foi baseada na necessidade da oferta de atendimento

médico/enfermagem à população portadora de sintomas respiratórios leves a moderados,

apresentando ou não, quadro de "caso suspeito" da COVID-19. A centralização do serviço

de triagem viabiliza menor circulação de sintomáticos nas Unidades Básicas de Saúde e

demais pontos da rede, oferecendo assim, menor risco de transmissibilidade. Ainda, o

serviço CRSR visa reduzir a superlotação nos serviços de Urgência e Emergência -

Unidade de Pronto Atendimento e Emergência Hospitalar, das demandas que podem/deve

ser assistida na rede de Atenção Primária, favorecendo assim, o atendimento de demandas

que requerem serviço da média e alta complexidade.

Em relação ao fluxo de atendimento, o paciente é recebido na entrada por um

profissional enfermeiro devidamente paramentado, o qual realiza o acolhimento,

identificando queixas de sintomas respiratórios, viabiliza álcool 70% para higienização das

mãos e, máscara cirúrgica para que o paciente seja encaminhado à recepção, sendo

esta, limitada o acesso de dois pacientes. O técnico de enfermagem realiza triagem,

através do preenchimento de ficha de cadastro, verificação de sinais vitais (oximetria,

frequência cardíaca frequência respiratória, Pressão Arterial e temperatura) e coleta de

dados. Posteriormente, o paciente é acompanhado ao consultório médico.

Nos consultórios médicos são mantidas precauções de distanciamento, higienização

e uso de EPIs necessários. Todos os pacientes que se enquadrem como caso suspeito,

segundo as orientações do Ministério da Saúde, são notificados e encaminhados em tempo

oportuno de coleta de swab de naso e/ou Testagem Rápida.

Como estratégia de coibir a circulação do paciente suspeito da COVID-19, nos

demais pontos de saúde, disponibilizou-se uma Farmácia dentro do Centro de Referência,

na qual o paciente recebe os medicamentos prescritos na consulta médica, bem como,

orientações para o tratamento e isolamento social, por profissional farmacêutico membro da

equipe.

Caso o profissional médico prescreva o uso de medicamentos ambulatorial e/ou

controle de sinais vitais, sem suporte de oxigênio, criou-se a sala de observação 1, sendo

esta, composta por dez poltronas. Porém, se o paciente apresenta desconforto respiratório,

prescrição de oxigenoterapia e monitoramento contínuo da equipe de saúde, esse é

encaminhado a sala de observação 2, a qual é composta por quatro macas. Ambas as salas

estão munidas de insumos e equipamentos, para prestar o atendimento necessário.

Em situações as quais teremos que realizar procedimentos que podem gerar

aerossóis, como por exemplo, intubação ou aspiração traqueal, as precauções para

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gotículas devem ser substituídas pelas precauções para aerossóis, assim o paciente é

encaminhado, para a Sala Crítica, a qual tem como objetivo a estabilização prévia de

pacientes graves/agudos, antes da transferência para o hospital de referência. E ao início

de cada plantão, é nomeada a "Equipe de resposta rápida", a qual é a responsável para

atuar em situação de urgência naquele plantão. É importante salientar que não é objetivo do

Centro de Referência o atendimento de pacientes graves, porém analisando a exacerbação

rápida de alguns sintomas na realidade de atendimentos a pessoas com COVID-19 e

pensando na sobrevida dos mesmos esta sala foi criada.

Além da sala de estabilização, o serviço dispõe de uma ambulância branca,

equipada, com motorista treinado para a remoção e transporte de pacientes, quando

necessário.

7.3 Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

Enquanto perdurar a pandemia a UPA irá promover a separação dos pacientes

através da organização que segue: a área física do andar térreo será exclusivamente

destinada ao atendimento dos pacientes sintomáticos respiratórios, sejam eles adultos ou

pediátricos, estes pacientes devem utilizar privativamente o elevador da UPA, enquanto o

espaço físico do 1º andar será exclusivamente destinado ao atendimento de todos os

pacientes não sintomáticos respiratórios, sejam eles adulto ou infantil.

Fluxo do paciente Sintomático Respiratório

Todo paciente que chegar na UPA, ao iniciar a abertura da ficha de atendimento na

recepção se posiciona em local apropriado com distância de 1m do posto da recepção

conforme sinalização de faixa vermelha no chão, será questionado quanto à presença de

sintomas respiratórios (qualquer sintoma respiratório: tosse, coriza, espirros, febre, dor de

garganta, falta de ar), e caso a resposta seja SIM, a recepcionista orienta a higienização

das mãos com álcool gel 70% e fornece máscara cirúrgica para proteção facial (nariz-boca).

Todo sintomático respiratório será sinalizado pela recepcionista em prontuário eletrônico

com a tar a “sintomático respiratório”;

Os acompanhantes devem ser orientados pela recepcionista e também através de

cartazes distribuídos na recepção a não permanecerem no espaço interno da unidade para

sua própria segurança, bem como assinar a declaração de que foi orientado sobre tal ação.

Os acompanhantes serão direcionados até as longarinas de cadeiras disponibilizadas na

área externa da unidade;

O consultório de classificação de risco 1 será o espaço destinado a atender

exclusivamente os pacientes sintomáticos respiratórios;

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O enfermeiro da classificação de risco orienta ao paciente que se posicione no local

indicado, mantendo 1 (um) metro de distância da mesa do enfermeiro, conforme sinalização

da faixa vermelha fixada no chão;

Os enfermeiros da classificação de risco devem seguir o protocolo de verificação de

sinais vitais mantendo o mínimo contato com o paciente, já paramentados com os

equipamentos de proteção individual adequado (avental, máscara cirúrgica, gorro, luvas e

óculos de proteção individual). A cada paciente classificado o enfermeiro deve proceder

com a higienização dos materiais utilizados no atendimento, bem como higienização da

cadeira e mesa de apoio com álcool 70%;

Durante a classificação de risco o enfermeiro deve realizar o encaminhamento para

as respectivas filas de atendimento médico, seguindo o protocolo de classificação de risco e

a denominação de atendimento “Sintomático respiratório adulto”, e “sintomático respiratória

criança”;

Os pacientes classificados como ”sintomáticos respiratórios” adulto e criança) serão

encaminhados até a sala de espera no saguão principal da unidade para aguardar a

chamada do médico para atendimento;

A sala de estabilização 1 do térreo será destinada ao atendimento exclusivo de

pacientes graves que apresentem sinais de alarme associados à sintomas respiratórios.

Está contraindicado o uso de ressuscitador manual com pressão positiva (ambú),

devido ao risco elevado de contaminação por geração de aerossol, para tanto deve-se

seguir a recomendação indicada em protocolo de via aérea;

A sala de estabilização 2 será destinada à procedimentos geradores de aerossol,

lembrando que nebulização está contraindicada e deve-se avaliar o custo x benefício, caso

opte-se pela nebulização esta deverá ser realizada com 1 paciente de cada vez, a sala deve

estar com a porta fechada, e o profissional deve estar devidamente paramentado com EPIs

para aerossóis com limpeza terminal posterior ao uso;

Separação das portas de entrada e comunicação ao SAMU

Os pacientes que chegarem na unidade através do Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência, Corpo de Bombeiros, ou apenados sob custódia, se apresentarem histórico de

sintomas respiratórios deverão dar entrada pela porta de ambulância nos fundos da UPA;

se não apresentarem sintomas respiratórios deverão dar entrada através da porta da frente

da unidade e serão direcionados à sala de observação do 1º andar utilizando

exclusivamente o elevador da Policlínica. A alteração do fluxo será comunicada ao SAMU

pela direção da UPA.

Realização de exames de RX e laboratoriais

1 Após realização de RX de paciente “sintomático respiratório” deve-se realizar

limpeza da sala da radiologia e das áreas afins;

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Após a coleta de exames laboratoriais o motoboy que transporta as amostras de

exames até o laboratório não entrará na UPA para recolher tais amostras, será realizada a

troca da caixa térmica na área externa da UPA.

Solicitação e realização de exames SARS-COV-2

Os pacientes que consultam e se encontram a partir do oitavo dia de sintomas

realizam teste rápido IGM/IGG no momento do atendimento, e logo já recebem a orientação

conforme resultado de exame. Aqueles que se encontram até oitavo dia de sintomas após o

atendimento são direcionados por livre demanda ao Drive-thru da SMS- SJ, localizado no

Centro Multiuso para coleta de RT-PCR SARS-COV-2.

7.4. Central de coleta RT-PCR COVID

É o local de referência para realização da coleta de RT-PCR COVID-19, montado

pela secretaria de saúde para realizar de maneira dinâmica e prática as testagens para os

casos suspeitos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde, Unidade de Pronto

Atendimento (UPA) e Centro de atendimento para enfrentamento à COVID-19. A estrutura

do serviço está montada junto ao Centro Multiuso.

O serviço funciona de segunda à segunda das 08h00 às 17h00. As coletas são

realizadas por profissional de saúde capacitado que realiza as coletas em livre demanda, no

esquema Drive-trhu, sem agendamento prévio. Para coleta o paciente deverá ser morador

de São José ou servidor da PMSJ, apresentar documento com foto, Cartão Nacional de

Saúde, comprovante de residência, solicitação médica exclusiva da rede pública de saúde e

deverá estar no período oportuno para coleta (3° a 8° dia de sintoma), indicado na

solicitação médica.

A coleta adequada de amostras é a etapa mais importante no diagnóstico

laboratorial de doenças infecciosas. Uma amostra que não é coletada corretamente pode

levar a resultados de testes falsamente negativos.

A coleta de amostra com swab (nasal) deverá ser realizada até o 8° dia dos

primeiros sintomas, preferencialmente entre o 3° e 5° dia.

O profissional que realizar a coleta de amostras deve utilizar medidas de precaução

para aerossóis (higienização das mãos, luvas, avental, máscara N95/PFF2, óculos ou

protetor facial, gorro, além de descontaminação de superfícies).

Amostras clínicas indicadas para o diagnóstico do SARS-CoV-2: Coletar no mínimo

um swab (nas duas narinas). Inserir o swab até encontrar resistência ou a distância

equivalente à do ouvido até a narina do paciente, indicando contato com a nasofaringe. O

swab deve atingir profundidade igual à distância entre as narinas e a abertura externa da

orelha. Esfregue e role delicadamente deixando o swab no local por alguns segundos para

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absorver secreções. Remova lentamente o swab enquanto o gira. As amostras devem ser

processadas dentro de 48 a 72 horas da coleta. Após esse período, recomenda-se congelar

as amostras a -70°C, em gelo seco, até o envio ao laboratório, evitando o descongelamento

da amostra.

Após a coleta do RT-PCR, as amostras são encaminhadas ao LACEN ou outro

laboratório conveniado, para análise das amostras. Todos os pacientes que realizarem a

coleta deverão ser incluídos nos instrumentos fornecidos pela VIEP.

Figura 2: Coleta naso/orofaríngea

Neste serviço também é realizada a testagem rápida dos servidores que tiveram

contato com profissional da PMSJ positivo para coleta, mediante comunicação prévia do

responsável pelo serviço ao Gabinete da Saúde.

7.5 Ligue Saúde São José

Serviço de Call Center implantado em São José para atender toda a população do

município gratuitamente através do número 0800-5803610, de segunda à segunda das

07h00 às 19h00.

O Ligue Saúde São José é realizado por profissionais de saúde por meio de

atendimento telefônico das demandas relacionadas ao Novo Coronavírus – COVID-19, para

o esclarecimento de dúvidas da população josefense. Este serviço tem por objetivo orientar,

avaliar e monitorar casos de pacientes sintomáticos respiratórios suspeitos de infecção por

coronavírus – à distância – garantindo assim a manutenção da estratégia de distanciamento

social.

7.6 Central de Monitoramento dos Sintomáticos Respiratórios

Para efetiva monitorização dos pacientes suspeitos e confirmados de COVID-19 foi

criada a Central de Monitoramento de São José, localizada no Centro Educacional

Municipal Maria Iracema Martins de Andrade (Barreirão).

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O serviço tem a função de entrar em contato, via telefone, com os pacientes

suspeitos da COVID-19 em isolamento domiciliar após avaliação médica na rede pública de

saúde municipal e que foram submetidos à coleta de exame laboratorial RT-PCR COVID

19.

Ao entrar em contato com casos suspeitos a equipe monitora a evolução dos

sintomas através da aplicação de um questionário clínico pré-estabelecido que busca

identificar sinais de agravamento do quadro, orientando a reavaliação médica quando

necessário.

O encerramento do seguimento é feito quando exame RT-PCR COVID 19 resulta

negativo ou quando exame positivo até completar 10 dias do início dos sintomas ou 24h

assintomático.

A equipe de monitoramento durante o monitoramento do caso orienta os contatos

domiciliares que estiverem com sintomas compatíveis com COVID 19 a procurar avaliação

médica (UBS, CATI e UPA).

A equipe também é responsável por agendamento nas UBSs dos testes rápidos

sorológicos dos contatos intradomiciliares assintomáticos dos casos que apresentaram

PCR-COVID 19 ou testes rápidos positivos coletados no CATI, UPA e Central de testagens

(Multiuso), permitindo assim um monitoramento epidemiológico que pode auxiliar na

avaliação da disseminação do vírus no município.

7.6.1 Monitoramento e Rastreamento dos contatos intradomiciliares e próximos de casos

COVID 19

O rastreamento de contatos é uma medida de saúde pública que visa diminuir a

propagação de doenças infectocontagiosas a partir da identificação de novas infecções

resultantes da exposição a um caso conhecido. Dessa forma, é possível isolar novos casos

e prevenir o surgimento de uma próxima geração de infecções a partir de um caso índice.

Objetivos: Identificar e monitorar os contatos próximos de casos confirmados de

COVID-19; Identificar oportunamente possíveis casos em indivíduos assintomáticos;

Interromper as cadeias de transmissão, diminuindo o número de casos novos de COVID-19.

Monitoramento de contatos:

O monitoramento de contatos é uma estratégia que deve ser conduzida para os

contatos domiciliares e próximos identificados de casos confirmados por qualquer um dos

critérios (clínico, clínico epidemiológico, clínico-imagem ou clínico-laboratorial) para COVID-

19.

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Uma vez identificados, os contatos devem ser monitorados diariamente quanto ao

aparecimento de sinais e sintomas compatíveis da COVID-19 por um período de até 14 dias

após a data do último contato com o caso confirmado para COVID-19.

Os contatos que desenvolverem sinais ou sintomas sugestivos de COVID-19

(sintomáticos) durante o período de monitoramento, serão considerados como casos

suspeitos de COVID-19, sendo orientados a procurar um serviço de saúde mais próximo,

para avaliação clínica e realização de testagem.

Caso durante o monitoramento se identifique que o indivíduo apresente sinais de

agravamento, como dispneia ou dor torácica, deverá ser orientado a procurar

imediatamente o serviço de saúde mais próximo, conforme fluxo estabelecido pelo território.

Se durante o monitoramento um caso assintomático tiver confirmação laboratorial

para COVID-19 (resultado detectável pelo método RT-PCR), deve-se manter o isolamento e

monitoramento de sinais e sintomas, suspendendo-o após 10 dias da data de coleta da

amostra caso.

Quando o nível local verificar que a curva epidêmica está em redução, a rápida

identificação de casos, o rastreamento e monitoramento de contatos se farão ainda mais

necessários, a fim de identificar e interromper, oportunamente, as possíveis cadeias de

transmissão, prevenindo a ocorrência de uma nova onda de casos.

Orientações para contatos domiciliares assintomáticos de casos confirmados:

Os contatos domiciliares assintomáticos deverão ficar em isolamento por 14 dias a

contar do inicio dos sintomas do caso positivo. O termo de isolamento dos contatos

domiciliares deverão ser entregues pelas coordenações das unidades básicas de saúde

correspondentes a residência do caso confirmado. Para a retirada deste termo de

isolamento deverão levar: atestado médico do afastamento do caso confirmado com data do

inicio dos sintomas, resultado do exame do caso sintomático RT-PCR COVID 19

DETECTADO e comprovante de residência.

Para dados epidemiológicos e monitoramento da evolução da pandemia no

município, será realizado teste rápido dos contatos domiciliares assintomáticos dos casos

confirmados de COVID 19 por RT-PCR .Os testes serão realizados na unidade básica de

saúde após agendamento prévio feito pela equipe de monitoramento.

7.8 Vigilância epidemiológica

A ação de vigilância epidemiológica compreende as informações, investigações e

levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de controle de

doenças e de situações de agravos à saúde. Tem como objetivo orientar a vigilância em

saúde e a rede de serviços de atenção a saúde para atuação na identificação, notificação,

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registro, coleta de amostras, investigação laboratorial, manejo e medidas de prevenção e

controle durante o período de circulação do Coronavírus 2019.

Dentre os objetivos específicos da vigilância epidemiológica, vale destacar:

• Identi icar precocemente a ocorrência de casos de doença pelo coronav rus 2019,

em crianças menores de 5 (cinco) anos de idade;

• Identi icar precocemente a ocorrência de casos de doença pelo coronav rus 2019

em pessoas com mais de 5 (cinco) anos de idade;

• Estabelecer critérios para a noti icação e registro de casos suspeitos em serviços

de saúde, públicos e privados;

• Estabelecer os procedimentos para investigação laboratorial;

• Monitorar e descrever o padrão de morbidade e mortalidade por doença pelo

coronavírus 2019;

• Monitorar as caracter sticas cl nicas e epidemiológicas do coronav rus 2019;

• Estabelecer as medidas de prevenção e controle da doença;

• Realizar a comunicação oportuna e transparente, através da publicação de boletins

semanais, da situação epidemiológica no município de São José/SC.

7.8.1 Notificação e registro

O que notificar? Casos de SG e de SRAG hospitalizado ou óbito por SRAG,

independente da hospitalização, que atendam a definição de caso.

Quem deve notificar? Profissionais e instituições de saúde do setor público ou

privado, segundo legislação vigente.

Quando notificar? Devem ser notificados dentro do prazo de 24 horas a partir da

suspeita inicial do caso ou óbito.

Como notificar? Nas unidades públicas (atenção primária, unidade de pronto

atendimento, centro de referência de sintomáticos respiratórios, centro de referência de

testagem, central de monitoramento, vigilância epidemiológica, hospitais) e unidades

privadas (clínicas, consultórios etc).

Casos de SG devem ser notificados por meio do sistema FormSUS

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=58283.

Observação: nas unidades públicas, está sendo implantado UM NOVO SISTEMA

DE INFORMAÇÃO GS. Quando estiver em funcionamento, aqueles que utilizam o sistema

poderão realizar a notificação diretamente no sistema que irá gerar a notificação. A

Secretaria Municipal de Saúde irá informar o momento que o sistema passa a ser a porta de

entrada para as notificações.

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7.8.2 Rede de suprimento de testes

Do acondicionamento e Estabilidade dos testes

Os testes rápidos deverão ser acondicionados conforme especificações do

fabricante. Recomenda-se ambiente climatizado com controle de temperatura.

Dessa maneira o recomendado é que os produtos sejam acondicionados em sala

com temperatura controlada, na faixa de 2° a 30° C ou em caixas térmicas a fim de

assegurar que a temperatura permaneça dentro da faixa estabelecida.

Obs: O acondicionamento dos kits de teste rápido para COVID 19 devem ser em

sala climatizada com temperatura ambiente (2-30o C).

A integridade dos componentes dos testes poderá ser comprovada na prática

através da observação do surgimento da linha controle do teste.

Do fluxo para pedido de kits de testes rápidos pelas unidades de saúde

Todos os pedidos kits de teste rápido através do link do FormSUS, os mesmos são

encaminhados à Vigilância Epidemiológica do município que fará posteriormente a

distribuição dos Kits de testes rápidos.

Tabela 2: Kits de Teste Rápido

TESTE RÁPIDO PROCEDIMENTO

Polpa digital:

● Coletar 20 ul de sangue total (até a marca preta do tubo

capilar do Kit) e colocar no poço;

● Adicionar 2-3 gotas de tampão no poço;

● Aguardar por 5-10 minutos.

OBS: Não ultrapassar 10 minutos

7.9 Vigilância Sanitária

Compete a Vigilância Sanitária Municipal o desenvolvimento de ações que visem dar

respostas às emergências em Saúde Pública, atualmente no que se refere à - SARS-Cov-2

– COVID19. Destaca-se que, para melhor desfecho das ações, é de suma importância a

integração das atividades entre a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária, bem

como com as demais esferas municipais.

Sendo que, em relação às ações, a principal é a atuação consciente e permanente

das medidas protetivas, como, por exemplo: 1 - Lavar as mãos frequentemente com água e

sabão por pelo menos 20 segundos; 2 - Se não houver água e sabão, usar um antisséptico

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para as mãos à base de álcool, por exemplo, o álcool gel 70%; 3 - Evitar tocar nos olhos,

nariz e boca com as mãos não lavadas; 4 - Usar máscara cobrindo boca e nariz quando

tiver que sair de casa; 5 - Manter distanciamento social de pelo menos 1,5m (um metro e

meio) de distância entre uma pessoa e outra; 6 - Evitar contato próximo com pessoas

doentes; 7 - Ficar em casa quando estiver doente; 8 - Cobrir boca e nariz ao tossir ou

espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; 9 - Limpar e desinfetar objetos e superfícies

tocados com requência com um produto qu mico à base de “água sanitária” ou

“desin etante de uso geral”; 10 - intensificar a rotina de limpeza dos ambientes.

Em termos operacionais, compete a Vigilância Sanitária:

Participar ativamente da elaboração de Decretos, Portarias e Normas Técnicas,

municipais e intermunicipais, para fins de garantir a inserção de dispositivos de regulação

que permitam fiscalizar a execução das ações de resposta ao enfrentamento da crise;

Manter equipes de fiscalização de segunda à sexta, das 7h00 às 19h00, para pronto

atendimento de:

a) denúncias e reclamações covid-19, registradas na ouvidoria saúde;

b) denúncias e reclamações covid-19, registradas no sistema de informação

PHAROS;

c) denúncias e requisições covid-19, do Ministério Público, inclusive o do Trabalho;

d) verificar as condições físicas, higiênico-sanitárias, técnico-operacionais, de

licenciamento e de atendimento aos regramentos estabelecidos pela legislação, para fins de

evitar a disseminação do novo coronavírus, por parte dos estabelecimentos de saúde e de

interesse da saúde, fornecedores de serviços e produtos para a população;

Compete ainda à Vigilância Sanitária o planejamento de condutas no que se refere:

a) desenvolver ações intersetoriais em interlocução com escolas, associação de

moradores, Instituições de Longa Permanência (ILPI), entre outros, que tenham relevância

na comunidade;

b) garantir a elaboração e execução das ações pactuadas-Plano de Ação/CIB, para

enfrentar a emergência em Saúde Pública;

c) avaliar e difundir as informações sobre as ações relacionadas ao COVID-19

executadas em todos os estabelecimentos, de saúde e/ou de interesse da saúde:

verificação da existência e cumprimento do protocolo e do processo de Higienização das

mãos nos serviços de saúde; verificar em inspeção se há disponibilidade contínua de

insumos para a correta higiene das mãos; verificar em inspeção se o serviço de saúde está

instituindo os protocolos de isolamento de pacientes suspeitos e confirmados desde a

triagem até a internação e transferência em caso de necessidade; verificar a disponibilidade

de Equipamento de Proteção Individual (EPI); verificar a implementação dos protocolos e

processos de limpeza e desinfecção de Ambientes; limpeza e desinfecção de superfícies,

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processamento de roupas e produtos para a saúde; orientar sobre a frequente higienização

das mãos; orientar etiqueta respiratória: utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir

nariz e boca quando espirrar ou tossir utilizando lenço descartável e/ou com a parte interna

da dobra do braço na altura do cotovelo, evitar tocar as mucosas dos olhos, boca e nariz,

higienizar as mãos após tossir e espirrar; orientar os profissionais de saúde com relação a

utilização dos EPIs, estes devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto,

enfermaria ou áreas de isolamento; evitar tocar superfícies com luvas, mãos e/ou outro EPI

contaminado.

7.10 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

1. Usuário entra em contato com a central de regulação do SAMU através do

telefone 192.

2. médico regulador ouve o usuário e decide o envio ou não da unidade de suporte

Básico de acordo com os sintomas e suposta Gravidade do Caso, podendo ainda acionar

suporte avançado se necessário.

3. Unidade de Suporte Básico sendo acionada, profissionais se paramentam com a

utilização de macacão descartável, luvas, touca, máscara, óculos ou face schild.

4. Assumem a unidade COVID (ambulância reserva que foi adaptada apenas para

atendimento de sintomáticos respiratórios), optamos por este modelo, pois acelera o

processo de retorno da equipe ao trem de socorro após atendimento.

5. Paciente atendido, é regulado com a central onde o médico decide transporte até

unidade COVID com condições de receber o doente ou medicação mais observação e

liberação no local e nos casos mais leves apenas orientação no local.

6. Unidade retorna para Base e se foi realizado transporte do doente esta passa por

um rigoroso processo de sanitização interno.

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8. CONDUTA

8.1 Conduta Preventiva

Com o avanço da pandemia pela COVID-19, e considerando que a transmissão do

coronavírus ocorre principalmente por gotículas e contato, inclusive por pessoas com

poucos sintomas, o uso de máscaras de tecido associado à higienização de mãos e

medidas de prevenção comunitária (como distanciamento social), podem auxiliar na

proteção da população em geral.

O Ministério da Saúde (BRASIL, 2020) aponta como recomendações de prevenção à

COVID 19 a adoção de novos hábitos sociais e de higiene, tais como:

Uso de máscara: Utilizar máscara de tecido em todos os ambientes, para servir de

barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.

Exceto profissionais da saúde que deverão utilizar máscara cirúrgica ou N95/PF2 quando

em exercício laboral.

Higienização das mãos: lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos,

com água e sabão, ou higienizar com álcool/álcool em gel 70%. Essa frequência deve ser

ampliada sempre que em ambientes públicos, como por exemplo, ambiente de trabalho,

prédios e instalações comerciais, transporte coletivo e ao tocar objetos e superfícies de uso

compartilhado ou quando tocar nos olhos, nariz, boca e máscara. Evitar tocar olhos, nariz,

boca ou a máscara de proteção fácil com as mãos não higienizadas.

Etiqueta da tosse: Ao tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com lenço ou com a

parte interna do cotovelo;

Distanciamento Social: Manter a distância mínima de 1 (um) metro entre pessoas

em lugares públicos e de convívio social. Evitar abraços, beijos, apertos de mãos e contato

físico em geral. Evitar a circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings,

shows, cinemas e igrejas. Se estiver doente evite contato próximo com outras pessoas,

principalmente idosos e doentes crônicos.

Ambientes e objetos: Manter os ambientes limpos e bem ventilados. Intensificar a

higienização de superfícies de contato público. Higienizar com frequência celular, aparelhos

telefônicos, brinquedos e outros objetos frequentemente utilizados e compartilhados. Evitar

compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.

No caso dos profissionais de saúde, além destas medidas, é imprescindível a

utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), durante as suas atividades

laborais, respeitando suas indicações, cuidados com a paramentação, utilização,

desparamentação e descarte.

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Máscara cirúrgica: As máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação

da boca e nariz do profissional (Fígura 1) por gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar

a uma distância inferior a 1 metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo novo

coronavírus. A máscara deve ser confeccionada de material tecido-não tecido (TNT),

possuir no mínimo uma camada interna e uma camada externa e obrigatoriamente um

elemento filtrante, conforme especificações da Nota Técnica 04/2020 da ANVISA. Ao utilizar

a máscara o profissional deverá seguir os seguintes cuidados: colocar a máscara

cuidadosamente de forma a cobrir o nariz e a boca, ajustando o clipe nasal com segurança

para minimizar os espaços entre a face e a máscara; enquanto estiver em uso, evitar tocar

na parte da frente da máscara; remover a máscara pelas tiras laterais, sem tocar na parte

da frente da máscara; realizar a higiene das mãos sempre que tocar na parte da frente ou

remover a máscara; substituir a máscara por uma limpa e seca assim que a antiga estiver

suja ou úmida; não reutilizar ou tentar limpar máscara descartável (ANVISA, 2020).

Atenção: Para a covid-19, em situações onde não houver procedimentos geradores

de aerossóis, deve-se utilizar máscara cirúrgica para o paciente suspeito e/ou confirmado e

para o profissional que o assiste, além das demais medidas de precaução necessárias.

Nestes casos não é recomendado o uso de máscaras n95 (Nota Técnica Secretaria do

Estado de Santa Catarina, 2020).

Tabela 3. Situações de utilização de Máscara Cirúrgica aos Profissionais da Rede de Atenção à

Saúde da PMSJ em tempos de Covid-19:

Coleta de Teste Rápido IgG/IgM para diagnóstico Covid-19

Atendimento às consultas eletivas nos serviços de saúde

Atendimento aos casos suspeitos/confirmados de Covid-19

Atendimento às Demandas Espontâneas dos Serviços de Saúde

Procedimentos de enfermagem que não gerem aerossóis (Teste do pezinho, realização de curativo,

aferição de sinais vitais, dentre outros).

Figura 3: Modo de utilização da máscara cirúrgica cobrindo boca e nariz.

Fonte: Google imagens (2020).

Máscara de Proteção Respiratória: Deve ser utilizada quando o profissional

realizar procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com suspeita ou

confirmação de coronavírus, como por exemplo: intubação ou aspiração orotraqueal,

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ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da

intubação, coletas de secreções nasotraqueais, broncoscopias, procedimentos

odontológicos. A máscara de Proteção Respiratória deverá ter eficácia mínima de 95% de

partículas de até 0,3μ, podendo ser do tipo: N95, N99, N100N PFF2 ou PFF3. A máscara

de proteção respiratória deve ser apropriadamente ajustada à face e nunca deve ser

compartilhada com outros profissionais. A máscara de proteção respiratória poderá ser

reutilizada pelo mesmo profissional, desde que cumpridos os passos obrigatórios para a

retirada da máscara sem a contaminação de seu interior. Como forma de evitar a

contaminação da máscara de proteção respiratória poderá ser usado um protetor facial

sobreposto a máscara N95. Nunca usar a máscara cirúrgica abaixo da N95, pois impede a

adequada vedação ao rosto. Não usar maquiagens ou barba que causam a contaminação

aparente ou dificultam a vedação adequada da máscara. Lembrando que a Máscara N95 e

PFF2 são de uso exclusivo dos profissionais da saúde na assistência a pacientes com

indicação de precaução por aerossol ou durante procedimentos geradores de aerossóis. Se

a máscara apresentar falha na vedação ou estiver úmida, suja ou com dobras e vincos

inadequados, o profissional deverá trocá-la por outra nova. As máscaras N95 e PFF2 são

de uso individual, não devendo ser compartilhada, podem ser reutilizadas pelo período

máximo de 15 dias, se bem acondicionada, limpa, seca e com sua vedação funcional

(SANTA CATARINA, 2020). Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando

cuidado para não tocar na superfície interna e acondicione em um saco ou envelope de

papel com os elásticos para fora, para facilitar a retira da máscara. Nunca coloque a

máscara em um saco plástico, pois ela poderá ficar úmida e potencialmente contaminada

(ANVISA, 2020).

Tabela 4: Situações indicadas para uso da Máscara de Proteção Respiratória

Coleta de Exame Diagnóstico de Covid-19 por meio de Swab Nasal (PCR)

Procedimentos odontológicos

Intubação endotraqueal ou aspiração orotraqueal

Procedimento que gere aerossol

Ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação,

coletas de secreções nasotraqueais, broncoscopias.

Fonte: SANTA CATARINA, 2020.

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Figura 4: Modo de utilização da máscara N95/PF2 cobrindo boca e nariz.

Fonte: Google imagens (2020).

Como colocar máscara de proteção respiratória:

1-Colocar a máscara na palma da mão com os elásticos caídos livremente;

2- Adaptar a máscara a face;

3- Coloque o elástico superior por trás da cabeça;

4- Coloque o elástico inferior ao redor do pescoço, abaixo da orelha; e

5- Ajustar a pinça nasal realize o teste de inspiração e expiração para ajustar

vazamentos, ao inspirar a máscara deverá retrair em direção ao rosto e ao

expirar a máscara deverá insuflar ficando abaulada, não deve haver escape de

ar ao redor da máscara.

Figura 5: Colocação da Máscara N95.

Fonte: Nota Técnica 002/2020 Estado de Santa Catarina.

Luvas: as luvas de procedimento não cirúrgico devem ser utilizadas em qualquer

contato com o paciente ou seu entorno. Quando o procedimento a ser realizado no paciente

exigir técnica asséptica, deve se utilizado luva estéril (de procedimento cirúrgico). As luvas

devem ser colocadas antes de adentrar a área em que o paciente está; devem ser

removidas dentro da área em que o paciente está e descartadas como resíduo infectante;

Não tocar desnecessariamente superfícies e materiais (telefones, maçanetas, portas)

quando estiver com luvas; não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas; o uso das

luvas não substitui a higienização das mãos; não utilizar duas luvas para atendimento ao

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paciente, esta ação não garante mais segurança à assistência; realizar a higienização das

mãos imediatamente após a retirada das luvas; observar a técnica correta de retirada das

luvas, a fim de evitar contaminação: retirar as luvas puxando a primeira pelo lado externo do

punho com os dedos da mão oposta, segurar a luva removida com a outra mão enluvada,

tocar a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luva) e

retirar a outra luva (ANVISA, 2020).

Protetor ocular ou protetor de face: Devem ser utilizados quando identificado o

risco de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções corporais e excreções.

Os protetores faciais devem cobrir a frente e os lados do rosto. São de uso exclusivo de

cada profissional e deve sofrer limpeza com detergente/sabão e desinfecção com álcool

líquido 70% ou hipoclorito de sódio após o uso (ANVISA, 2020).

Avental/Capote: Com gramatura mínima de 30g/m2 deve ser utilizado para evitar a

contaminação da pele e roupa do profissional. Com estrutura impermeável e gramatura

mínima de 50g/m2 deve ser utilizado considerando o quadro clínico do paciente (vômitos,

diarreia, hipersecreção orotraqueal, sangramento, etc). O capote/avental deve ser de

manga longa, punho de malha ou elástico, abertura posterior, atóxico,

hidro/hemorrepelente, hipoalérgico, com baixo desprendimento de partículas e resistente,

proporcionar barreira antimicrobiana efetiva e permitir a execução de atividades com

conforto. Para retirar o capote o profissional deverá soltar as tiras ou amarras, empurrar

pelo pescoço e ombros, tocando apenas a parte interna do avental, retirar o avental pelo

avesso, dobrar ou enrolar em uma trouxa e descartar em lixo infectante, proceder a higiene

das mãos com álcool 70% ou água e sabão para evitar a transmissão do vírus (ANVISA,

2020). Orienta-se que os profissionais de saúde em atendimento na rede da PMSJ, estejam

utilizando Jaleco ou Pijama Hospitalar abaixo do avental/capote.

Gorro: É indicado para proteção da cabeça e cabelos dos profissionais durante a

realização de procedimentos que podem gerar aerossóis. Deve ser descartado e removido

após o uso (ANVISA, 2020).

8.2 Tratamento Não Farmacológico

Considera-se que, num cenário de poucas certezas e recursos limitados, deve-se

investir nas medidas que têm demonstrado resultados na redução da transmissão e

sucesso no controle da pandemia.

A Secretaria Municipal de Saúde tem recomendado o Protocolo de Manejo Clínico

do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde (Versão 9) do Ministério da

Saúde (MS) e o Guia Orientador para o Enfrentamento da Pandemia Covid-19 na Rede de

Atenção à Saúde do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

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Adicionalmente, acompanhamos o serviço do MS - Informe Diário de Evidências COVID-19,

que atualiza evidências descritas na literatura internacional sobre diagnóstico e tratamento

de coronavírus (COVID-19).

Diante do exposto orienta-se:

Os casos suspeitos com clínica leve podem ser atendidos na Atenção Primária à

Saúde em Serviços Básicos de Saúde e casos com maior gravidade que necessitem de

internação hospitalar serão referenciados para a Rede de Urgência e Emergência;

Não há vacina ou medicamento específico disponível, sendo o tratamento de suporte

inespecífico, visando o alívio dos sintomas da Covid-19;

Orienta-se no manejo clínico dos casos leves:

Prescrição do tratamento (sintomático + oseltamivir para grupos de risco);

Notificação e isolamento domiciliar para os usuários com SG e seus contatantes

intra-domiciliares

8.3 Tratamento Farmacológico

O tratamento sintomático compreende opções para o controle da febre, dor, tosse

seca e náusea. Dessa forma, sugere-se a utilização de antipiréticos, analgésicos,

antitussígenos/expectorantes e antieméticos, sempre que haja indicação clínica,

respeitando o quadro do paciente e as contraindicações adjacentes.

No caso específico da analgesia e controle da febre, recomenda-se,

preferencialmente paracetamol ou dipirona.

O oseltamivir deve ser utilizado para os casos de síndrome gripal que tenham

situações de risco para complicações, independentemente da situação vacinal do paciente,

iniciando idealmente até 48 horas após o início dos sintomas.

8.3.1 Medicamentos

1) Paracetamol: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde, faz

parte da RENAME e é disponibilizado através do Componente Básico da Assistência

Farmacêutica (CBAF) nas Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é descentralizada e

de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde. O paracetamol é um

medicamento analgésico e antipirético está indicado para aliviar dores leves ou moderadas

e para reduzir a febre. Produz analgesia e antipirese por mecanismo semelhante aos

salicilatos, inibindo a cicloxigenase no sistema nervoso central. O paracetamol é

rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, mas sua absorção é diminuída com

alimentos. Início de ação em 10 a 30 minutos com pico de 30 minutos a 2 horas; duração de

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ação de 3 a 4 horas; metabolizado no fígado e excretado pelos rins. Pacientes com

insuficiência renal podem acumular metabólitos de paracetamol. Principal alerta é para

doença hepática, onde a meia-vida pode ser aumentada duas vezes ou mais.

Esquema de administração: Paracetamol (200 mg/ml ou 500 mg/comprimido), a

cada 4 horas ou a cada 6 horas a depender da frequência de febre ou dor.

Crianças: 10-15 mg/kg/dose (máximo de 5 doses ao dia)

Adultos: 500-1000 mg/dose (máximo de 3000 mg/dia)

2) Dipirona: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde, faz parte da

RENAME e é disponibilizado através do Componente Básico da Assistência Farmacêutica

(CBAF) nas Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é descentralizada e de

responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde. É um medicamento analgésico e

antipirético que está indicado para aliviar dores leves ou moderadas e para reduzir a febre.

O mecanismo de ação da dipirona é via inibição da síntese de prostaglandina. Os efeitos

analgésicos e antipiréticos podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração

e podem durar até 04 horas. A ação do medicamento pode ser tanto central como periférica.

Há evidências de que a ação central da dipirona no hipotálamo seja responsável pela

redução da febre. A dipirona é indicada em segundo lugar na escolha dos profissionais

quando se trata febre e dores.

Esquema de administração: Dipirona (solução gotas 500 mg/ml ou 500

mg/comprimido) em caso de dor ou febre, de 6/6 horas.

Crianças > 3 meses: (lactentes 10 mg/kg/dose; pré-escolares: 15 mg/kg/dose)

Adultos: 500-1000 mg VO (dose máxima no adulto 4000 mg).

3) Oseltamivir: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde, faz parte

da RENAME, é um medicamento antiviral usado na prevenção e tratamento de gripe por

Influenzavirus A e Influenzavirus B, é disponibilizado através do Componente Estratégico

da Assistência Farmacêutica (CESAF) nas Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é de

responsabilidade do Ministério da Saúde (Nota: o medicamento oseltamivir não tem ação

contra o SARS-CoV-2, devendo ser revisto se o teste para influenza for negativo).

Disponível nas apresentações de 30, 45 e 75 mg.

Esquema de administração:

Adultos: 75mg de 12 em 12 horas por 5 dias

Criança maior de 1 ano:

≤15 kg 30 mg, 12/12 , 5 dias

15 kg a 23 kg 45 mg, 12/12h, 5 dias

23 kg a 40 kg 60 mg, 12/12h, 5 dias

40 kg 75 mg, 12/12h, 5 dias

Criança menor de 1 ano de idade:

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0 a 8 meses 3 mg/Kg, 12/12h, 5 dias

9 a 11 meses 3,5 mg/kg, 12/12h, 5 dias

A Secretaria Municipal de Saúde da PMSJ não adota como política pública

protocolos de medicamentos específicos de tratamento para uso precoce na COVID-19 que

não estejam autorizados pelos órgãos reguladores (uso off-label). Contudo entendemos que

a prescrição de todo e qualquer medicamento é prerrogativa médica.

Alguns medicamentos que têm sido recomendados como tratamento experimental

nessa condição de emergência de saúde pública de importância nacional (ESPIN) diferem

em seu financiamento e disponibilização nos vários níveis de assistência, conforme

descrição a abaixo:

1) Cloroquina 150 mg: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde,

faz parte da BRASIL (2019), e é indicado para o tratamento da Malária através do

Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF). O medicamento está

sendo disponibilizado pelo Ministério da Saúde e distribuído aos Estados que, por sua vez,

distribui aos municípios e hospitais com leitos para tratamento de COVID-19, tanto públicos

quanto privados. A distribuição da cloroquina também foi ampliada para as Secretarias de

Saúde Municipais para disponibilização na Atenção Primária.

2) Hidroxicloroquina 400 mg: O medicamento está padronizado pelo Ministério da

Saúde, faz parte da RENAME, e é indicado para o tratamento de Artrite Reumatóide, Lúpus

Eritematoso Sistêmico e Dermatomiosite e Polimiosite através do Componente

Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), tendo, portanto seu uso restrito e não

sendo, até o momento, disponibilizada pelo Ministério da Saúde especificamente para

tratamento da COVID-19.

3) Azitromicina 500 mg: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde,

faz parte da RENAME, é um antimicrobiano de amplo espectro e é disponibilizado através

do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) nas Unidades Básicas de

Saúde, cuja aquisição é descentralizada e de responsabilidade das Secretarias Municipais

de Saúde. O medicamento também é citado em manuais para uso experimental associado

a outros medicamentos.

4) Ivermectina 6 mg: O medicamento está padronizado pelo Ministério da Saúde, faz

parte da RENAME, é um antiparasitário e é disponibilizado através do Componente Básico

da Assistência Farmacêutica (CBAF) nas Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é

descentralizada e de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde. O

medicamento também é citado em manuais para uso experimental.

5) Heparina sódica 5000 UI/0,25mL solução injetável: O medicamento está

padronizado pelo Ministério da Saúde, faz parte da RENAME, é um anticoagulante utilizado

no município exclusivamente para o tratamento de gestantes de alto risco e é

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disponibilizado através do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) nas

Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é descentralizada e de responsabilidade das

Secretarias Municipais de Saúde. O medicamento também é citado em manuais para uso

experimental.

6) Enoxaparina sódica 40 mg/0,4mL solução injetável: O medicamento está

padronizado pelo Ministério da Saúde, faz parte da RENAME, e é indicado para o

tratamento Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia através do

Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), tendo, portanto seu uso

restrito e não sendo, até o momento, disponibilizada pelo Ministério da Saúde

especificamente para tratamento da COVID-19.

7) Polivitamínico e sais minerais em comprimido e solução oral: O composto

vitamínico é padronizado pelo município através do Componente Básico da Assistência

Farmacêutica (CBAF) disponível nas Unidades Básicas de Saúde, cuja aquisição é

descentralizada e de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde. O tratamento

com vitaminas e minerais também é citado em manuais para uso experimental.

ATENÇÃO: Quando realizada a prescrição na rede municipal de saúde, de

cloroquina/hidroxicloroquina em associação a azitromicina para COVID-19, o médico deverá

preencher e assinar o Termo de Ciência e Consentimento, bem como fazer todas as

orientações aos pacientes ou responsáveis e coletar a assinatura do termo (ANEXO 2). A

dispensação nas Farmácias Básicas de Referência dos medicamentos

cloroquina/hidroxicloroquina também é realizada pelo farmacêutico mediante a orientação

do tratamento medicamentoso, aplicação e coleta de assinatura do Termo de Ciência e

Responsabilidade (ANEXO 3), o qual deverá ser preenchido em duas vias, sendo que uma

via deverá ser entregue ao(à) paciente e a outra ficará sob a guarda do farmacêutico (Nota

Informativa 01/2020 SES/COSEMS/SC).

8.4 Na ocorrência de profissional da PMSJ com sintoma respiratório

Os servidores vinculados à Prefeitura Municipal de São José (PMSJ) deverão

respeitar o Decreto Municipal n° 13220 de 30 de março de 2020 e a Portaria n° 001 de 30

de abril de 2020, bem como as demais publicações que normatizam as atividades

realizadas pelos servidores públicos no enfrentamento e contenção do contágio da

pandemia COVID-19.

Todo servidor vinculado à PMSJ ao apresentar sintomas para COVID19 deverá ser

afastado, imediatamente, de suas funções laborais e procurar atendimento no Centro de

Referência para Sintomáticos Respiratórios, localizado no CATI – Avenida Acioni Souza

Filho, S.N - Beira Mar de São José-SC, para consulta médica, testagem e atestado médico.

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Enquanto perdurar a pandemia o servidor da PMSJ que possuir atestado médico

acima de 1 (um) dia deve em até 48 horas, após a emissão do atestado, encaminhá-lo para

avaliação da Junta Médica através do endereço eletrônico: [email protected]

Mediante testagem positiva para COVID-19 em servidor da PMSJ, o servidor deverá

imediatamente comunicar a chefia imediata que deverá cessar o funcionamento do serviço

e acionar equipe de higienização para limpeza e desinfecção de todas as áreas físicas

acessadas pelo servidor, assim como todas as superfícies (mesas, cadeiras, balcões, pias,

torneiras, computadores, outros), banheiros e vestiários. Os demais servidores ficam

condicionados a retornarem ao serviço no dia posterior à realização da higienização. O

responsável pelo serviço deverá fixar cartaz explicativo que informe aos munícipes sobre a

necessidade de cessar o serviço naquele período e indicar dia e horário da retomada das

atividades.

O responsável pela pasta, na qual o servidor é lotado, deverá enviar ao Gabinete da

Secretaria de Saúde a relação de servidores que tiver contato com o caso índice até dois

dias antes do início dos sintomas. Com o objetivo de avaliar a evolução dos casos

confirmados no município, incluindo os indivíduos assintomáticos, a Vigilância

Epidemiológica orientará a testagem rápida dos servidores assintomáticos, conforme

disponibilidade em estoque. A coleta do teste será realizada na Central de Testagem,

localizada no Centro Multiuso, na Beira Mar de São José.

Na ocorrência de servidor positivo para COVID 19 lotado em unidade de saúde, a

testagem deverá ser realizada pelo enfermeiro do serviço, após comunicação imediata à

Vigilância Epidemiológica e Supervisores de Distrito.

Interpretação diagnóstica:

Indivíduo assintomático que tiver teste sorológico para SARS-CoV-2 IgM não

reagente e IgG não reagente: Não é possível descartar o caso.

Indivíduo assintomático com teste sorológico para SARS-CoV-2 IgM não

reagente e IgG reagente: condição de infecção prévia com resposta imune.

Indivíduo assintomático com teste sorológico para SARS-CoV-2 IgM

reagente e IgG reagente ou não reagente: condição de infecção recente.

Vale ressaltar que independe do resultado do teste acima (positivo ou negativo), o

servidor assintomático não necessita ser afastado, pois o tipo do teste não deve ser

utilizado para indicar infecção ativa em assintomáticos, sendo relevante apenas para

inquérito epidemiológico.

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8.5 Na ocorrência de óbito

8.5.1 Manejo dos corpos

No contexto atual, decorrente da pandemia por COVID-19 é sabido que a

transmissão do vírus ocorre por contato, gotículas e aerossóis, sendo assim, é fundamental

que os profissionais sejam protegidos da exposição a sangue, secreções, fluidos corporais,

objetos ou outras superfícies ambientais.

Os profissionais de saúde e demais profissionais que têm contato com o cadáver

devem seguir as precauções padrão, para controle de infecção pela COVID-19, tais como:

precauções de contato, precauções para aerossóis e proteção ocular/facial, conforme a

função exercida pelo profissional e os procedimentos que realiza.

ATENÇÃO: Recomenda-se que não enviem casos suspeitos ou confirmados de

covid-19 para o serviço de verificação de óbito (SVO). Caso a coleta de material biológico

não tenha sido realizada em vida, deve-se proceder a coleta post-mortem no serviço (em

até 12 horas), por meio de swab na cavidade nasal e de orofaringe, para posterior

investigação. Diante da necessidade do envio de corpos ao SVO, deve ser realizada a

comunicação prévia ao gestor do serviço do SVO para certificação de capacidade para o

recebimento (COJUR, 2020).

a) Ocorrência Hospitalar:

Durante os cuidados com corpos de casos suspeitos ou confirmados da COVID-19,

devem estar presentes no quarto ou qualquer outra área apenas os profissionais

estritamente necessários (todos com equipamentos de proteção individual).

Os princípios das precauções padrão de controle de infecção e precauções

baseadas na transmissão devem continuar sendo aplicados no manuseio do corpo.

Os tubos, drenos e cateteres devem ser removidos do corpo, tendo cuidado especial

com a remoção de cateteres intravenosos, outros dispositivos cortantes e do tubo

endotraqueal.

Sempre fazer uso de N95, PFF2, ou equivalente, quando for necessário realizar

procedimentos que geram aerossol, como extubação.

Descartar imediatamente os resíduos perfurocortantes em recipientes rígidos, à

prova de perfuração e vazamento, e com o símbolo de resíduo infectante, Grupo A1 (RDC

222/18), conforme orientações da Nota Técnica N° 006/2020 DIVS/DIVE/SUV/SES/SC.

Todos os resíduos provenientes de procedimentos que envolvam cadáveres

suspeitos ou confirmados de óbito pela COVID-19 devem ser descartados e ter seu

gerenciamento (segregação, coleta, transporte, tratamento e destino final) como resíduos

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infectantes, Grupo A1, (RDC 222/18), conforme orientações da Nota Técnica N° 006/2020

DIVS/DIVE/SUV/SES/SC.

É recomendado desinfetar e tapar/bloquear os orifícios de drenagem de feridas e

punção de cateter com cobertura impermeável, preferencialmente na instituição/serviço

onde o paciente foi a óbito.

Devem-se limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com compressas,

preferencialmente na instituição/serviço onde o paciente foi a óbito.

É necessário tapar/bloquear orifícios naturais do cadáver (oral, nasal, retal) para

evitar extravasamento de fluidos corporais, preferencialmente na instituição/serviço onde o

paciente foi a óbito.

Identificar adequadamente no corpo do cadáver o nome, número do prontuário,

número do Cartão Nacional de Saúde (CNS), data de nascimento, nome da mãe e CPF,

utilizando esparadrapo, com letras legíveis, fixado na região torácica.

É essencial descrever no prontuário dados acerca de todos os sinais externos e

marcas de nascença/tatuagens, órteses, próteses que possam identificar o corpo.

O corpo precisa ser acondicionado em saco impermeável à prova de vazamento e

selado, que deve ocorrer no local de ocorrência do óbito, manipular o corpo o mínimo

possível, evitando procedimentos que gerem gases ou extravasamento de fluidos

corpóreos.

Quando possível, a embalagem do corpo deve seguir três camadas:

1º enrolar o corpo com lençóis;

2º colocar o corpo em saco impermeável próprio (esse deve impedir que haja

vazamento de fluidos corpóreos); e

3° colocar o corpo em um segundo saco (externo) e desinfetar com álcool a 70%,

solução clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa, compatível com o

material do saco (colocar etiqueta com identificação do falecido).

Identificar o saco externo de transporte com informação relativa ao risco biológico:

COVID-19, agente biológico classe de risco 3. (Preferencialmente o saco deve ser

resistente até cerca de 150 Kg, tamanho aproximadamente de 80/220 cm, uma face

impermeável plastificada no interior, com lençol protetor absorvente, com fecho éclair

central, longitudinal, com abertura de cima para baixo e etiquetas de identificação).

Usar luvas descartáveis nitrílicas ao manusear o saco de acondicionamento do

cadáver.

O serviço funerário/transporte deve ser informado de que o óbito se trata de vítima

suspeita ou confirmada da COVID-19, agente biológico classe de risco 3.

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O corpo deverá ser transportado até o Necrotério do Hospital, devendo tomar todas

as precauções de biossegurança durante o caminho, utilizando novos EPIs não

contaminados: luvas, máscara cirúrgica e avental.

A maca de transporte de cadáveres deve ser utilizada apenas para esse fim e ser de

fácil limpeza e desinfecção.

Após a guarda do corpo no Necrotério, retirar os EPIs e rouparias descartando

imediatamente em local adequado dentro do Necrotério.

Higienizar as mãos antes e após o manuseio do corpo, com água e sabão.

RECONHECIMENTO DO CORPO: Limitar a um único familiar/responsável o

reconhecimento do corpo NO MOMENTO DA ENTREGA À FUNERÁRIA. Lembrar que o

cadáver está dentro do saco impermeável e a urna será lacrada; este é provavelmente o

único momento para o familiar/responsável reconhecer o corpo.

IMPORTANTE: Nos procedimentos de limpeza recomenda-se NÃO utilizar ar

comprimido ou água sob pressão, ou qualquer outro método que possa gerar respingos ou

aerossóis (SANTA CATARINA, 2020).

b) Ocorrência Domiciliar e Instituições de Moradia:

Os familiares/responsável ou gestão das instituições de longa permanência que

reportarem o óbito deverão receber orientações para não manipularem os corpos e evitarem

o contato direto.

Imediatamente após a informação do óbito, em se tratando de caso suspeito da

COVID-19, o médico atestante deve notificar a equipe de vigilância em saúde, através do

telefone: (48) 98469-8465. Essa deverá proceder a investigação do caso:

1º Verificar a necessidade de coleta de amostras para o estabelecimento da causa

do óbito (caso o paciente seja caso suspeito);

2º Em ocorrência domiciliar, fornecimento do kit de Declaração de Óbito (via branca

retorna para a vigilância epidemiológica, via amarela segue com o familiar/responsável para

registro em cartório e via rosa fica com a instituição responsável pelo preenchimento da

declaração de óbito) (BRASIL, 2009).

IMPORTANTE: O procedimento de fornecimento, preenchimento e recebimento de

Declaração de Óbito, deverá seguir as normas de biossegurança constantes na Nota

Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020.

A funerária é responsável por acondicionar o corpo em saco impermeável à prova de

vazamento e selado, e seguir as mesmas orientações para acondicionamento do corpo,

identificação, resíduos, entre outros pertinentes descritos para o ambiente hospitalar.

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Proceder a higienização de todos os ambientes (residencial ou ILP) com água e

sabão e posteriormente desinfecção com solução de hipoclorito de sódio a 0,5 a 1% ou

álcool líquido a 70% (BRASIL, 2020).

c) Ocorrências em Espaço Público:

As autoridades locais informadas deverão dar orientações para que ninguém realize

manipulação/contato com os corpos (BRASIL, 2020).

O manejo deverá seguir as recomendações referentes à ocorrência dos óbitos em

domicílio.

IMPORTANTE: A elucidação dos casos de morte decorrentes de causas externas é

de competência dos Institutos Médicos Legais (IML) (BRASIL, 2009).

d) No Serviço de Verificação de Óbito (SVO):

Recomenda-se que os serviços de saúde públicos e privados NÃO enviem casos

suspeitos ou confirmados da COVID-19 para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

Caso a coleta de material biológico não tenha sido realizada em vida, deverá ser

coleta post-mortem (até 12 horas) no serviço de saúde e/ou do óbito, por meio de SWAB

nasal/orofaringe, para posterior investigação pela equipe de vigilância local.

Diante da necessidade do envio de corpos ao SVO, deve ser realizada a

comunicação prévia ao gestor do serviço para certificação de capacidade para o

recebimento.

Os procedimentos de biossegurança no SVO, em caso suspeito da COVID-19,

devem ser os mesmos adotados para quaisquer outras doenças infecciosas de

biossegurança 3. Para isso, salientamos a observação das recomendações estabelecidas

na NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020 atualizada em 21.03.2020, ou

outra que venha a substituí-la.

IMPORTANTE: Deve ser evitadas as autópsias em cadáveres de pessoas que

morrem com doenças causadas por patógenos das categorias de risco biológicos 2 ou 3,

devido a exposição da equipe a riscos adicionais (SANTA CATARINA, 2020).

8.5.2 Confirmação e/ou descarte de óbito por covid-19

Todo óbito confirmado para COVID-19 pelo Serviço de Vigilância do Óbito deve ser

notificado imediatamente ao sistema de vigilância local.

O sistema de vigilância epidemiológica local também deve tomar conhecimento

quando a causa da morte for inconclusiva ou descartada para COVID-19 (BRASIL, 2020).

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8.5.3. Emissão da declaração de óbito

A DO é um ato médico, devendo ser preenchida com letra legível, caneta

esferográfica, não havendo emendas ou rasuras, constando minimamente com as seguintes

informações: 1º Nome do falecido; 2º Data e hora do óbito; 3º Naturalidade; 4º Nome da

mãe; 5º Data de nascimento; 6º Sexo; 7º Raça/Cor; 8º Situação conjugal; 9º Escolaridade;

10º Ocupação habitual; 11º Endereço de residência; 12º Endereço de ocorrência; 13º

Causa (s); 14º Tempo aproximado do início da doença e a morte; 15º Nome do médico; 16º

CRM; 17º Meio de contato; 18º Data do atestado; e 19º Assinatura do médico (BRASIL,

2011).

Quando houver emissão da Declaração de Óbito/DO de pessoa não identificada,

deve o médico, na medida das suas possibilidades, anotar na declaração a estatura ou

medida do corpo, cor da pele, sinais aparentes, idade presumida, vestuário e qualquer outra

indicação que possa auxiliar de futuro o seu reconhecimento, além de providenciar, também

se for possível, fotografia da face e impressão datiloscópica do polegar que deverão ser

anexadas à Declaração de Óbito e arquivada no estabelecimento de saúde, juntamente

com o prontuário (COJUR, 2020).

A declaração de óbito (DO) deve ser atestada exclusivamente por profissional

médico, conforme local de ocorrência:

1 - Óbitos Hospitalares: DO atestada pelo médico que atendeu o paciente ou o

médico plantonista;

2 - Óbitos Domiciliares: DO atestada pelo médico que constatou o óbito na

residência;

3 - Óbitos em Instituições de Moradia: DO atestada pelo médico responsável pela

instituição; e

4 - Óbitos em Espaço Público: Avaliar a possibilidade de causas externas:

- Se morte natural: DO atestada pelo médico que constatou o óbito;

- Se sinais de morte violenta ou morte suspeita: IML.

IMPORTANTE: Nos casos em que a causa do óbito tenha sido esclarecida no SVO,

a DO fica a cargo do médico patologista (BRASIL, 2011).

A Coordenação Geral de Informações e Análises Epidemiológicas

(CGIAE/DASNT/SVS/MS), gestora do SIM em nível nacional, informa que o código B34.2

(Infecção por Coronavírus de localização não especificada) da CID-10 deve ser utilizado

para a notificação de todos os óbitos por COVID-19.

Para os óbitos ocorridos por doença respiratória aguda devido à COVID-19, deve ser

utilizado também, como marcador, o código U04.9 (Síndrome Respiratória Aguda Grave –

SARS).

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso do código de emergência

U07.1 para COVID-19 CONFIRMADO e U07.2 para COVID-19 SUSPEITO (exames não

realizados, aguardando resultados de exames e investigação inconclusiva), da 10ª Revisão

da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a

Saúde (CID-10).

Na mesma linha em que for mencionado o B34.2 (Infecção pelo Coronavírus de

localização não especificada) deve constar também o código marcador U07.1 (confirmado)

ou U07.2 (suspeito) (BRASIL, 2020).

Considerando que a informação sobre o óbito confirmado ou suspeito por COVID-19

é uma prioridade na situação de emergência de saúde pública de importância nacional

(ESPIN), a SES/SC fixa o prazo de 24 horas para a digitação da DO após sua expedição

(SANTA CATARINA, 2020).

Orientações para a codificação das causas de morte relacionadas com a COVID 19:

1 – Caso Confirmado:

✔ Preenchimento da DO como óbito BEM DEFINIDO;

✔ Sempre incluir as comorbidades na PARTE II do Bloco V.

Quando no atestado de morte houver uma sequência de eventos que se inicia com

COVID-19 ou constar apenas que o óbito ocorreu por COVID-19, o codificador deverá

alocar os CIDs B34.2 (Infecção por Coronavírus de localização não especificada) e U07.1

(Síndrome respiratória aguda grave) na mesma linha do atestado.

No caso de óbito confirmado que o médico mencionar na Declaração de Óbito

“S ndrome Respiratória Aguda Grave – SARS”, ou “Doença Respiratória Aguda” devido ao

COVID-19, deverá incluir além de B34.2 U07.1 (na mesma linha) o CID - U04.9 (em linha

superior).

2 – Caso Suspeito:

✔ Casos com síndrome respiratória aguda grave sem diagnóstico etiológico;

✔ Qualquer caso suspeito da COVID-19 sem confirmação.

CHECK-LIST

✔ Checar se há exame da COVID-19 em andamento;

✔ Se não houver: Coletar SWAB nasal/orofaríngeo post mortem (até 12 horas);

✔ Preencher a DO com as informações coletadas do quadro sindrômico da

anamnese ou da autópsia verbal. Alocar com os códigos B34.2 (Infecção pelo Coronavírus

de localização não especificada) e U07.2 (suspeito COVID-19) na mesma linha.

✔ Sempre incluir as comorbidades na PARTE II do Bloco V.

Quando no atestado de morte houver uma sequência de eventos que inicia com

SUSPEITA de COVID-19 ou constar apenas que o óbito ocorreu por SUSPEITA de COVID-

19, alocar os códigos B34.2 (Infecção por Coronavírus de localização não especificada) o

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marcador U07.2 (COVID-19, vírus não identificado ou critério clínico epidemiológico) na

mesma linha do atestado:

- Se exame laboratorial positivo: substituir o marcador U07.2 por U07.1, mantendo o

B34.2.

- Se exame não realizado OU investigação inconclusiva: manter o B34.2 com o

marcador U07.2.

- Se resultado de exame laboratorial negativo: excluir o B34.2 e o marcador U07.2,

descartar COVID 19 e seguir a codificação para as outras causas de morte.

3 – Caso da COVID-19 que não foi causa básica:

✔ Qualquer caso com confirmação para COVID-19 onde a causa básica não

seja decorrente desta;

✔ Preencher COVID-19 “CID B34 2 U07 1” na PAR E II do Bloco V

IMPORTANTE: Casos aguardando resultado de exames, serão posteriormente

concluídos pelas SMS através dos Resultados dos Exames Coletados.

IMPORTANTE: Casos em que há suspeita de morte violenta/causas externas como

causa de óbito deverão ser encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) (BRASIL, 2009).

Ao manusear a DO para o preenchimento, transporte e codificação, considerar as

medidas de biossegurança constantes na Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº

04/2020.

A entrega da via amarela da DO aos familiares/responsáveis e via branca a

vigilância epidemiológica deverá atender às normas de biossegurança: 1º Entrega dos

documentos apenas a um familiar/responsável, profissional da vigilância epidemiológica, de

forma rápida e sem contato físico; 2º Uso de salas arejadas, quando possível; 3º

Disponibilização de álcool em gel a 70%, água, sabão e papel toalha para higienização das

mãos de todos os frequentadores do ambiente; e 4º O profissional que manuseará

prontuários e laudos de necropsia deverá usar máscara e luvas.

8.5.4. Orientações para funerárias

Fica vedada a realização de procedimentos de somatoconservação (formolização e

embalsamamento) nos óbitos confirmados pela COVID-19, conforme o Art. 95 da Portaria

SES N° 167/2018.

Limita-se ao mínimo possível a manipulação do corpo assim, evitando

procedimentos que gerem gases ou extravasamento de fluídos corpóreos.

De preferência, cremar os cadáveres, embora não seja obrigatório fazê-lo.

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Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descartados como resíduos

enquadrados na RDC 222/2018, ou seja, Grupo A1, conforme orientações da Nota Técnica

N° 006/2020 DIVS/DIVE/SUV/SES/SC.

É vedada a realização de procedimentos de tanatopraxia (emprego de técnicas

através da aplicação de cosméticos com a finalidade de deixar a aparência o mais próximo

daquela que tinha em vida ao cadáver).

A remoção de fluídos corporais/secreções que por ventura entrarem em contato com

superfícies/equipamentos deve ser realizada com papel absorvente, o qual deve ser

descartado como resíduo infectante do Grupo A1 (RDC 222/18). Após, limpar os

equipamentos e/ou superfícies com água e sabão e álcool 70% ou solução de hipoclorito de

sódio de 0,5 a 1%.

Os estabelecimentos devem possuir área de embarque e desembarque de carro

funerário, devendo ter acesso privativo distinto do acesso ao público.

A sala de procedimento deve dispor de lavatório ou pia com água corrente, sabonete

líquido, toalha descartável, álcool a 70% e lixeira provida de sistema de abertura sem

contato manual, devendo ser exclusiva para higienização das mãos dos trabalhadores. A

higienização das mãos deve ser realizada antes e após o preparo do corpo.

A higienização da mesa de procedimento deve ser realizada a cada procedimento,

devendo ser seguido o disposto no Manual da ANVISA “Segurança do paciente em serviços

de sa de: limpeza e desin ecção de super cies”

A higienização da sala de procedimentos deve ser realizada sempre que necessário

ou no mínimo ao final do dia.

Os profissionais devem seguir as recomendações e precauções padrão no seu

cuidado, utilizando EPI’s gorro, óculos, máscara cir rgica, aventais e luvas descartáveis)

em todas as etapas do preparo.

O corpo deve ser acomodado em urna (caixão) a ser lacrada antes da entrega aos

familiares/responsáveis. Realizando a limpeza externa depois de lacrado com álcool líquido

a 70% ou solução de hipoclorito de sódio a 0,5% antes de levá-lo para ao velório. Depois de

lacrada, a urna (caixão) não deverá ser aberta.

Os profissionais que transportarão o corpo para o caixão devem equipar-se com

luvas, avental impermeável e máscara cirúrgica. Remover adequadamente o EPI após

transportar o corpo e higienizar as mãos com água e sabonete líquido imediatamente após

remover o EPI.

Não há contraindicação quanto ao material utilizado na confecção do caixão

(BRASIL, 2020).

8.5.5. Transporte do corpo

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O veículo destinado ao transporte deve ser exclusivo para cadáveres humanos: 1º

O carro funerário deve dispor de compartimentos separados para o cadáver e para o

motorista; 2º O carro funerário deverá ser submetido a limpeza e desinfecção após o uso,

segundo os procedimentos de rotina; e 3º Não há necessidade de uso de EPI por parte dos

motoristas dos veículos que transportarão o caixão com o corpo (desde que não haja

contato com o corpo) (SANTA CATARINA, 2018).

No transporte do corpo, de pessoa que faleceu em caso suspeito ou confirmado da

COVID-19, os profissionais que atuam no transporte, guarda do corpo e colocação do corpo

no caixão devem utilizar EPIs de precaução de contato (gorro, óculos, máscara cirúrgica,

aventais e luvas descartáveis) durante qualquer manipulação do cadáver ou na realização

dos procedimentos (SANTA CATARINA, 2020)

Após a manipulação do cadáver, retirar e descartar as luvas, máscara e avental

como resíduo infectante do Grupo A1 (RDC 222/18), conforme Nota Técnica N° 006/2020

DIVS/DIVE/SUV/SES/SC.

8.5.6 Instrução para funerais/velórios

Não são recomendados os velórios e funerais de pacientes suspeitos ou

confirmados da COVID-19, porém se ocorrerem, o sepultamento precisa ser realizado no

mesmo dia. Deve haver com o menor número possível de pessoas, assim, minimizando a

probabilidade de contágio da COVID-19.

Caso seja realizado, recomenda-se:

1º Manter a urna (caixão) funerária fechada durante todo o velório e funeral,

evitando qualquer contato (toque/beijo) com o corpo do falecido em qualquer momento post-

mortem;

2º Disponibilizar água, sabão, papel toalha e álcool em gel a 70% para higienização

das mãos durante todo o velório;

3º Devem ser evitados apertos de mão e outros tipos de contato físico entre os

participantes do funeral;

4º Evitar, especialmente, a presença de pessoas que pertencem ao grupo de risco

para agravamento da COVID-19: idade igual ou superior a 60 anos, crianças, gestante,

lactantes, portadores de doenças crônicas e pessoas com imunossupressão, bem como,

pessoas com sintomas respiratórios, caso seja imprescindível, elas devem permanecer o

mínimo possível no local;

5º Não permitir a disponibilização de alimentos;

6º Para bebidas, devem-se observar as medidas de não compartilhamento de copos;

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7º Estão suspensos os cultos ecumênicos e cortejos fúnebres para velórios;

8º Os velórios devem ser realizados preferencialmente em capelas mortuárias;

9º Não é recomendado o velório em residências;

10º Manter sempre os ambientes ventilados;

11º Intensificar a frequência de higienização: das salas, copas, banheiros,

maçanetas, mesas, balcões, cadeiras, entre outros;

12º As capelas mortuárias devem ser totalmente higienizadas a cada velório; e

13º A cerimônia de sepultamento deve contar com o menor número possível de

pessoas (recomenda-se no máximo 10 pessoas), evitando aglomeração, respeitando a

distância mínima de, pelo menos, dois metros entre elas, bem como outras medidas de

isolamento social e de etiqueta respiratória.

IMPORTANTE: Os falecidos devido à COVID-19 podem ser enterrados ou cremados

(SANTA CATARINA, 2020).

8.5.7 Orientação para crematório

Deverá prover de câmara fria com área mínima de 8,00 M², ou dimensionada para a

quantidade de cadáveres que ficarão acondicionados, não sendo permitida a acumulação

de cadáveres.

Os cadáveres devem ser cremados individualmente, podendo no caso de óbito de

gestante, incluir o feto ou natimorto no mesmo processo.

As cadeiras para os usuários devem obedecer ao distanciamento de dois metros

(SANTA CATARINA, 2018).

Manter sempre os ambientes ventilados.

Intensificar a frequência de higienização: das salas, copas, banheiros, maçanetas,

mesas, balcões, cadeiras, entre outros ambientes.

Os restos mortais humanos (cinzas) após cremação poderão ser entregues aos

familiares (SANTA CATARINA, 2020).

Atentar-se as demais orientações repassadas nos itens de 4 (orientação para

funerárias), 5 (transporte do corpo) e 6 (orientação para funerais/transporte).

8.5.8 Emissão da certidão de óbito

A Certidão de Óbito deve ser emitida no prazo máximo de até 15 dias a partir da

data do óbito, podendo ser emitida no Cartório de Registro Civil mais próximo da residência

do paciente ou no cartório mais próximo do hospital.

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Documentos importantes do paciente para apresentar para emissão da Certidão: 1º

Declaração de Óbito (guia amarela); 2º Certidão de nascimento ou casamento (em caso de

divorciados e viúvos, deve constar a anotação na certidão); 3º Documento de identidade; 4º

Documento contendo o número do CPF; e 5º Título de eleitor (HU/UFSC, 2020).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Regulamenta a coleta de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sistemas de Informações em Saúde sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde. Fevereiro 2009. COJUR. Informativo Jurídico 92/2020. Relatório. Normas editadas pelos entes federados para combate ao Coronavírus. Declaração de óbito. Comparativo. Abril 2020. HU/UFSC. Hospital Universitário de Santa Catarina. Orientação pós óbito de pacientes com infecção suspeita ou confirmada pelo novo Coronavírus (SARS-COV-2). Versão 3. Maio 2020.

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MEDICALSYSTEM. Kit de teste de anticorpos combinado (IgM/IgG) da doença Coronavírus. Manual de instruções de uso. 2019. SANTA CATARINA. SES/MS. PORTARIA SES N° 167, fevereiro 2018. SANTA CATARINA. SES/MS. Nota técnica conjunta 025/2020. Orientação paa prevenção de contágio pelo novo Coronavírus (COVID-19) pós-óbito para atividades de necrotérios, funerárias, cremação, serviço de verificação de óbito, transladação de cadáveres e velórios no estado de Santa Catarina. Março 2020. SANTA CATARINA. SES/MS. PORTARIA SES Nº 239 DE 09/04/2020 Determina prazo para a inserção de dados nos Sistemas de Informação em Saúde, relacionada ao Coronavírus. Abril 2020. SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. Nota Informativa Nº 01/2020 SES/COSEMS/SC 24 de Junho de 2020 pela Secretaria do Estado de Saúde de SC. Acesso em de Julho de 2020. Disponível em: http://www.saude.sc.gov.br/coronavirus/arquivos/Nota%20Informativa%20n%C2%BA%20001-2020%20-%20SES-COSEMS-SC.pdf SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina. Nota Técnica Nº.02/2020 – CESP/SUV emitida em 20 de Abril de 2020 pela Secretaria do Estado de Saúde de SC. Acesso em 23 de Julho de 2020. Disponível em: http://www.saude.sc.gov.br/coronavirus/arquivos/Nota_Tecnica_n_002_2020_CESP_SUV_SES_SC.pdf

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ANEXOS

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Anexo 1: Modelo de Solicitação de RT-PCR SARS-COV-2

SOLICITAÇÃO DE RT PCR SARS-COV-2

CENTRO MULTIUSO DE SÃO JOSÉ (exclusivo para moradores de São José. Moradores de outros

municípios devem contatar a VIEP de seu município).

Endereço: Av. Acioni Souza Filho, s/nº, Campinas, São José/SC. CEP: 88101-040.

Solicito RT PCR SARS-COV-2 para o Sr(a) _________________________

__________________________________________________________

Período de coleta entre: _______________ e _______________.

____________________________________

Nome e Carimbo do Médico Solicitante

Av. Acioni Souza Filho, s/nº, Centro, São José/SC. CEP: 88.103-790

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Anexo 2: Termo de Ciência e Consentimento – Médico

Conforme nota informativa n°09/2020-SE/GAB/SE/MS.

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Anexo 3: Termo de Ciência e Responsabilidade

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