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¦ ¦-'.A '•" _r&____H_f ^_____________f Hi _______ ______ I ______! _______ bHUm íE ¦ _«^i -1 ¦ Mt > ii. BEDICÇÍO, iDMIHISTBIÇlO E OFFICINiS 16—Praça da Independência—17 LADO . DA AVENIDA l6 DS NOVEMBRO, SU BELSM TELEPHONE 433 ESTADO SO PARJf—ESTADBS UNIDOS BD BRASIL iSS.G_._-TU_.lS PARA A AMAZÔNIA Semestre iófooo Anno 30$ooo Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHI DO I0BTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ÍSSIGNITüRIS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre . . 20I000 Anno 38$ooo NUMERO AVULSO DO DIA NUMERO ATRASADO . . . 120 RS. 5O0 » Renunciado Presidente da Republica Demissão do chefe da Casa Militar SERVIÇO TELEGRAPHICO DA FOLHA Rio, 18 de Novembro— TJEGENTE. Está tomando extraor- dinario vulto em toda a ca- pitai o boato de que o dr. Prudente de Moraes, pre- sidente da Republica, re- Sig liará hoje mesmo o seu mandato. O coronel Mendes de Mo- raes, chefe da casa mili- tar < do Presidente, pediu sua demissão, facto este que confirma a instabi- lidade do dr. Prudente no cargo de chefe da nação. '¦tri:: em São .Paulo •Deslumbrante, a edição d'A Bohemia, de S. Paulo consagrada ao Pará, em tributo de reconhecimento d'aquelle Estado ao seu ir- m3o do Norte, pelo carinho que dispensou a Carlos Gomes, recebèndo-o moribundo nos .seus braços, até com elles o depor no seio da terra pátria, cercado de ineffavel affecto, aureplado de gloria. y A süa.i.» pagina contem bellissima allego- ria" da morte do genial campineiro, do cen- tro da qual emerge do leito mortuario o bus- . to do famoso maestro,'cópia'sublime da pri- .morosa phofogràphia Rembrandt de Felippe Fidanza, do Pará. As duas paginas do centro são exclusiva- mente dedicadas ao Pará, precedendo lin-, dissimos desenhos dos nossos principaes edi- fícios e monumentos, copias também de pfro- tographias de Fidanza, um bem executado rétratodo w. dr. Lauro Sodré. i, Ao centro, duas figuras symbolicas dos rios Amazonas e Tocantins, concretizam a Amà- zonia. Do seu bem elaborado texto, reproduzi- ' mos o seguinte: «Ao Pará terra da Amazônia o povo rendeu homenagens ao grande morto, que tanto o Brasil chora n'este instante... _ _. " - - Elle, nascido n'este torrão Jíéroico e glo- rioso, hoje, como em vida, carregado trium- phalmente, como os valentes que Voltam das ' victorias, entra em S. Paulo, onde vem re- pousar eternamente... A Bohemia, reconhecida ao Estado do Norte que com tanto desvelo cuidou do nosso compatriota, o famoso auetor d'essa monu- mental musica b Guarany, publica eu suà pagina central q retrato do preclaro Gover- nador do Pará, prestando-lhe assim, por S. Paulo, uma homenagem de gratidão.» Em nome do Pará, somos gratos á Bohe- mia pela gentileza com que o tratou na bri- lhante edição a -que nos reportamos. QÜINT1FEIR1,19 de Novembro de 1896 Revolta no Maranhão (1831) Anno ,Num. 324 Recebem-se publicações até as 8 horas da noite. ME_KE.I_.IK IT Casamento desmanchado! Gentil niòça desmanchou casamento por que o noivo teve uns darthros no rosto. Com o Unguento Niger estaria curado.— Deposito: Diogaria Nazareth de A. de Ma- galhães & O». E' sem duvida o grande negtts da Ethiopia um dos typos que mais notáveis se têm tor- nado no final d'este seeulo, presidindo á: transformação completa de um paiz, e crean-. do, assim pode-se dizer, uma nova naciona-, lidade. Ethiopia era um nome que desde a mais remota antigüidade designava vagamente, uma região africana da bacia cio alto Nilo, apenas conhecida, e mal, por vagas indica-i çOes dos geographos gregos e romanos. Sempre em. Iuctas políticas,. religiosas e ethnographicas permaneceram os povos mal estudados d'essa região, aggregando-se em; mal talhadas confederações tão depressa como sustentando entre si as mais encarniça- das Iuctas. Mais notável tornou-se depois um d'esses paizes: a Abyssinia, especialmente quando, na edade contemporânea, Kaffa, um chefe militar, tornou-se digno da attenção européa, pela sua intelligencia e indomita energia, coroando-se -negus sob o nome de Thèodorus, e oppondo-se tenazmente ás pretenções in-; glezas. Civilisado, professando como o melhor de seu povo a religião catholica, ainda que um: tanto adulterada, Thèodorus abrio para o seu paiz uma nova seuda em busca-daiilvi-' lisação e da independência. Em breve, porém, derrotado e ameaça- do pelos inglezes, levou-o seu desespero ao: suicídio, em 1868, deixando sua pátria presa de medonha anarchia. Johannes, nome que tomou o, chefe ou ras principal do Tigre, paiz dependente, foi o imperador que lhe suecedeo em 1872, e que lhe suecederia politicamente, se, em batalha contra os mahdistas do Sudão não perdesse a vida. Novas revoluções. Mangascha, o actual ras do Tigre, seu fi-, lho, ou Menelik, herdeiro do primeiro Me- nelik, rei do Chôa, paiz que da Abyssinia1 fora tributário, poderiam somente reunir òs povos desaggregados, e continuar a obra de Thèodorus. E foi o rei de Chôa, cujo pae se hou- vera imposto a Johannes, que, em 1889, proclamou-se rei da Ethiopia, fazendo-se coroar em Enttoto, a nova capital do reino, reunindo, como grandes membros de uma federação, a Abyssinia, o Chôa, o Tigre e ó paiz de Kaffa, os quaes nessa unidade politica, constituem um respeitável paiz de cerca de 450.000 k. quadrados e de mais de 3.500.000 habitantes. Intelligente, relativamente illustrado eau- daz, Menelik II comprehendeo cedo que a independência de seu povo corria imminen- te perigo, pois que, em paiz africano, não é bom ter por visinhos, nem francezes, nem inglezes, nem italianos . . . Negociou tratados com estes últimos, e, logo vendo que elles todos eram capeio- samente interpretados e publicados, o qué fazia considerar-se a Ethiopia como coi- locada sob o protectorado italiano, desde 1889, graças á ambigüidade dos mesmos convênios, o negus, ameaçado em sua in- dependência, denunciou esse3 tratados e rompeo audaciosamente com o governo ita- liano, embolsando-o immediatamente do em- prestimo que contrahira. .Bom político, manifestou ás potências européas sua completa e absoluta indepen- dencia; e, para firmar-se como soberano e como civilisado, procurou logo pertencer á União Postal; mandou cunhar moeda com a sua effigie e negociou embaixadas . . . Esses actos valeram-lhe a guerra que a Itália lhe fez..... ' O que ella foi, todos' nós o sabemos; os seus suecessos, deram nome e gloria a Me- nelik; revelaram a sua energia, o seu pátrio- tismo, a sua habilidade e habituaram a Europa a esperar d'elle mais alguma cousa. A victõfiàde Adua, qué enfraqueceo por completo a Itália em Africá, e levou-lhe in- dubitavelmente grande parte de seu presti- gio como potência e como nação colonisa- dora, firmou Menelik II no throno de um grande paiz africano, que, de futuro, virá a ser, talvez, um importante elemento de trans- formação e de civilisaçao no continente negro. As artes, as sciencias e as lettras vão a desenvolver-se; a riqueza natural é notável; o paiz é uma fortaleza e os seus filhos, des- tros e aguerridos, estão em circumstancias de exigir o respeito da Europa. A paz, honrosissima para o monarcha africano, acaba de ser firmada com a Itália; esta volta em África aos limites da Ery- thréa, anterior aos tratados de 1889, e reco- nhece a independência da Ethiopia. Não será isto um bom exemplo a futuras ambições ? Que lhe resta da aventurosa pretenção co- lonisadora ? Nada mais que alguns louros conquistados por filhos valentes e dedicados, que ella perdeo. E para a Abyssinia ? Para esta abrio-se incontestavelmente uma epocha de prosperidade e luz, luz que ha de illuminar o extremo norte da velha Ly- bia, jáquea das democracias hollandezas do sul, a cada momento se-offusca ao clarão avermelhado dos canhões inglezes. E. L. O QUE DIZEM DE NÓS Com o titulo—Imprensa, escreveu a Tri- buna do Povo, de Santos : «Recebemos hontem o numero de 20 de Setembro da Folha do Norte importante or- gam da imprensa paraense. •--'K__!'naiStta'prito"êir_r pagina úma bellissi- ma allegoria a Carlos Gomes, junto a um bello artigo firmado pela magistral penna do eminente poeta João de Deus do Rego e um soneto de Luiz Guimarães Júnior.» Em sua secção—Artes e letras, assim fala A Bohemia, distincto periódico illustrado de S. Paulo: «As folhas do Pará que nos chegam ás mãos trazem todas magníficas allegorias ao grande morto e illustre maestro paulista A. Carlos Gomes. Entre as melhores illustrações das folhas d'aquelle Estado destacamos a bellissima ai- legoria da Folha do Norte e o excellente re- trato publicado no Ordem . Progresso.» Na secção telegraphica de La Prensa de Buenos-Aires, de 17 de Outubro, lê-se o se- guinte despacho do Rio i «Los restos dei maestro Gomez Rio Janeiro, Octubre 16.—El cadáver de' maestro Carlos Gomez llegó esta manana> siendo recibido en ei muelle por lòs diputa" dos de Pará, periodistas y miembros delgo- bierno. Multitud 'de personas se agrupaban en torno del^ feretro, para rendir ai finado ei homenaje póstumo. Fué depositado provisoriamente en ei ar- sena), pronunciando una oracion en nombre dei Estado de Pará ei diputado Eneas Mar- tins, quien hizo solemne entrega dei cadáver ai periodismo fluminense, que se hizo cargo de él desde ese momento. EI periodista Pa- trocinio contesto ei discurso de Martins con frases conmovedoras. Veinte mil personas acompanaban ei ca- dáver hasta Ia iglesia de San Francisco. Se ha distribuído entre ei pueblo ei diário Folha do Norte, con Ia biografia y ei retrato dei maestro.» OS DISCURSADORES DA CÂMARA Luiz de L., brilhante chronista da Noticia, a elegante folha iluminense, escreveu sob esta epigraphe, na secção— Attjottr lejc-ur, o seguinte bello artigo de polemica humoris- tica, em que aprecia corn altíssimo elogio o chefe de redacção da Folha: No inquérito sobre eloqüência parlamen- tar que o sr. Agenor de Roure iniciou n'este'¦¦ jornal pareceu limitar-se exclusivamente a deputados e tratar dos oradores da Ca- mara. Nestes termos, por não ser pae (nem mãe) da pátria, por não conhecer o entrevistador ú'A Noticia, não tenho espe- rança de ser consultado. Como, entretanto, um prurido me veio de esclarecer os povos com a minha holophotica opinião, tomo a palavra e sem mais rodeios entro no quês- tionario. A propósito. Todo orador que se preza, quando sobe á tribuna a primeira cousa que reclama é o copo de água. Nestas condi- ções, o tal questionário devia ter também encerrado a seguinte pergunta: —Que liquido isgere Vossa Excellencia quando falia ás massas ?, A questão é menos tola do que parece. De facto, pela expressão «copo d'agua» de- signa-se uma quantidade variada de varia- das beberagens, que têm ás vezes pouco de commum com o puro. H 2 O pelo qual em- chimica se symbolisa o honrado liquido a que o vulgo ignaro chama água. E, afinal, deve haver uma certa correlação entre o que se bebe e. o oue se diz na tribuna. Um jor- nal francez demonstrou essa correlação para os oradores de lá. Lá, porém, a lista das drogas com que cada um molha a pala- vra é enorme: vae do absintho e da aguar- dente até ao champagne. Entre nós a varie- dade é menor. O çrupo dos freguezes da água com co- gnac e assucar é numeroso. Tão numeroso que segundo me dizem o buffet da câmara ministra-o ex-officio aos oradores sequiosos. Ha os que ingerem copazios.de leite Ettí vtmz discussão recente o sr. Belisario bebeu assim duas ou tres vaccas, á razão de um copo de cinco em cinco minutos. O sr. Me- deiros e Albuquerque arvora á sua fren- te um copazio de escura droga. houve Squem cuidasse que era exiellente.vinho vir- gem do Álto-Doüro. VeríÇcado, porém, o seu nativismo, veio a saber-se que era ape- nas mistura em partes iguaes de água e café.—Mas afinal, até ahi, nada de muito novo. Quem, entretanto, tem originalidade é o sr. Costa Machado, o velho deputado mi- neiro. Segundo me disseram, bebe água quente. Faz o tormento dos contínuos, que são obrigados a reformar-lhe o copo de quando em quando, de sorte que a água esteja sempre morna. Não cuidem, porém, que isso o amorne. Qual I E' fogoso, é levado da breca. Quan- do fallou sobre o divorcio—e fallou a favor —discursou tres dias a fio ! Na constituinte foi o paladino dos direitos da mulher: que- ria para ellas o direito de voto.—Que effeito lhe fará a água morna ? Mas, que o sr, Agenor não tratou d'isso, passemos adiante. Quer o entrevistador da Noticia saber o gênero de eloqüência que cada um dos seus entrevistados prefere—sé o da discurseira imaginosa e florida, se o da rhetorica severa, de argumentos. Diver- giram os votos; mas trataram antes quasi todos da conveniência de dar ou não uma fôrma imaginosa ás locubrações com que se salva a pátria. Quer me parecer, entretanto, que a questão não é essa. Duvida não pôde haver sobre a vantagem de pôr cada um nos seus discursos toda a belleza possivel. Evidentemente, a correcção de phrase im- põe-se tanto como a compostura de attitude. Se, porém, o quo se pergunta é se o orador prefere a argumentação cerrada, puramente de raciocínios, ou o apello aos sentimentos —o caso é outro. Na discussão dos protocollos aceusou-se muito certos oradores de «apaixonarem o de- bate». —Era um mal ?—Isso é que deviam res- ponder os entrevistados. E, a meu vêr, se respondessem que era, diriam tolice. Em uma assembléa deliberante imagina-se que quem fala—fala para provocar vptbs. Ora, de toda a evidencia, está provada em psychojogia que a única cousa que decide á acção é o sentimento e não as idéas. As idéas por si são incapazes de fazer agir, se nao se enxertam sobre um teireno emocional qualquer. A's vezes, em certas questões, nao se bem onde o sentimento possa metter-se. Psychologos subtis, e entre outros Ribot, mostraram, comtudo, como esse fundo emo- tivo existe sempre. E se a cousa fosse disenti- vel para qualquer indivíduo de per si, não o seria para uma multidão qualquer, seja ella composta como fôr. As multidões se levam pelo sentimento. O primeiro dever de um orador parlamentar é, pois, fatalmente o de «apaixonar os debates». —Ai de quem o nao fizer! Não consegue nada; perde tempo e palavras. A verdade, entretanto, é que isso nao o faz quem e quando quer. Nem mesmo é questão de ta- lento, mas antes de temperamento. Querem exemplos ? Ahi estão os srs. Enéas Martins e Alcindo Guanabara. O sr. Enéas Martins foi- talvez quem na questão dos protocollos esperdiçou mais ta- lento. Ninguém o excedeu em topete. Ao contrario do sr. Cincinato Braga, que ap- pellou para umas vagas conveniências de Estado, ao contrario do sr. Belisario de Sousa qne disse cousas bonitas mas não argumentou nada, elle foi direito aa fundo da questão. Atirou-se ao caso como um for- cado aos cornos de um touro, affrontarido o perigo—e emprehendeu provar por A—B que os protocollos não tinham as taes conveniências oceultas (que ninguém ainda hoje sabe quaes fossem), mas que eram cia- ramente vantajosissimos. E este paradoxo era amparado por uma série de raciocínios es- peciosos e falsos, mas apresentados com a rara habilidade e o grande talento que pos- sue o deputado paraense. —Porque, entretanto, não teve suecesso ? Na Câmara, a maioria que votava a favor dos protocollos, votava triste, acabrunhada, en- vergonhada. Nos corredores, alguns mais francos chegavam a confessal-o. Assim, se alguém pudesse fornecer-lhes o pretexto de que precisavam para assumirem posição ai- tiva, não deixariam de aproveitai-o. Maa.o. sr. Enéas Martins tem uma figura tão calma, uma dicção tão plácida, todo elle resumbra tanta serenidade, que é incapaz de levantar grandes emoções. Se elle entrasse espavo- rido no. Corpo de Bombeiros a declarar que pegaraf-bgo em qualquer casa, nâo digo que, attendendo ao seu volume, o recrutassem para pipa, mas é indiscutível que não se mo- veria um único soldado. Ficariam com im- menso prazer a ouvil-o narrar o incêndio, convictos aliás de que uma catastrophe con- tada tão placidamente não podia ter impor- tancia I E ahi está um orador que não apaixona debates, embora seja um dos mais bellos talentos e, mesmo dos mais temíveis argu- tnentadores de toda a Câmara. Pensem agora no sr. Alcindo Guanabara. E' feio, é magro, usa óculos, e não tem flores de rhetorica. Quando sobe á tribuna, perce- be-se logo que ell« não cuidou uma das suas phrases, que não levou a preoccupaçao do exordio florido e da peroração panachée. Queira ou não queira, porém, apaixona todos os debates em que entra. A paixão irradia d'elle, tanta é a convicção com que sempre parece falar. Empolga o auditório pela sin- ceridade de que mostra estar possuído. Falou ha dias sobre a liberdade de profis- são. Se a votação se tivesse seguido ao seu discurso, os bacharéis mais apegados ao re- spectivo canudo de folha tel-o-iam dado em holocausto. Havia alguns tão frenéticos ent applaudil-o que pareciam nunca ter pensado de outro modo. Na sessão de 94, respondendo ao sr. José Mariano, foi o seu melhor discurso em prol dos actos do marechal Floriano. A um audi- torio que ouvia uma falação de quatro horas, farto daquillo tudo, esgotado de forças, com- moveu até as lagrimas, fazendo-lhe, com um realismo pungente, a descripçâo dos horro- res praticados pelos federalistas. Mas ou n'esses ou em quaesquer outros assumptos elle apaixonará sempre os deba- tes. A questão não é das palavras que possa usar, da felicidade das expressões—que aliás é grande : é do temperamento, do modo de dizer. Ou acreditam nelle, ou vae tudo razo ! O sr. Serzedello, por exemplo, que é um bom orador, tem o séstro de cantar. Canta tudo. Diz—-Mil oilocentos e noventa e seis—tal qual como recitaria ao piano: « Minh'almaé triste corno a rola offlicla » ou « Vae alta a lua na mansão da morte». Ao passo que o sr. Guanabara é capaz de asseverar que 2 e 2 são 5, com tanta firmeza— ou vae, ou rachai —que a gente ou crê logo, por causa das du- vidas, ou vae vêr na arilhmetica. üs que responderam á peigunta do sr. Agenor de Rouie desviaram a questão. O primeiro dever da eloqüência parlamentar é apaixonar" os debates. Não se conduzem multidões com raciocínios; é com sentimen- tos, com emoções. A MewoHoBne é a melhor ohina conhecida pnra costura. ma- O voto popular O correspondente suisso de uma impor- tante folha parisiense, commenta da seguin- te forma o ultimo referendum havido na re- publica helvetica: « Pôde deplorar-se o voto dado um des- tes dias pelo povo suisso; mas não se pôde negar que este povo seja intelligente e con- seio do que faz. Eia elle chamado a pronun- ciar-se simultaneamente sobre tres leis sub- mettidas ao referendum. Acceitou uma por 50.000 votos de maioria, e regeitou as ou- trás duas, mas accentuando claramente o gráo de aversão qu» cada uma dellas lhe inspirava. Uma foi regeitada por 30.000 votos de maioria (tratava-se de medidas de regula- mentações do commercio de gados); a ou- tra foi litteralmente esmagada por uma maio- ria de mais de 230.000 suffragios; nenhum dos vinte e dois cantões lhe perdoou! Condemnando com este enthusiasmo quasi feroz a lei sobre as penas disciplinares rio exercito, quiz o povo suisso protestar uma vez mais contra o desenfreado espirito de . militarismo que se tem desenvolvido nas es- pheras governamentaeg efiue seencarna no coronel Frey, ehéfe do departamento imH^- tar. A lei que o soberbo coronel havia elabo- rado tendia abertamente a conferir ás aueto- ridades administrativas do exercito suisso o direito de inflingir, castigos aos militares, « mesmo na vida civil», em tudo que disse3- se respeito a seus deveres de serviço. E' preciso nao ter a menor noção do que é ainda, graças a Deus, o nosso soldado- cidadão, para ter esperado um momento que o povo suisso ratificasse uma lei tão con- traria a todas as suas tradições. Somente o interesse da defeza nacional exige, da ma- neira a mais instante, que se restabeleça a confiança e o accordo mutuo entre o povo e o funecionario civil collocado á te6ta do departamento militar; Para isso ha um meio: visto que o chefe do departamento militar nao quer mudar de attitude, é ur- gente mudar de chefe... E ha razões para esperar que esta solução nao tarde. A lei sobre a contabilidade das compa- nhias de caminhos de ferro é a única que, o povo acceitou no escrutínio de domingo. Esta consagração pelo voto popular é deve- ras lamentável, é um "passo para o resgate das linhas férreas suissas pelo . Estado. Istp não quer, aliás, dizerj que o resgate se faça, porque o preço da operação seria assás ele- vado para fazer reflectir um povo tão avisa- do como o nosso: diz-se que seria de mil milhões de francos. » O correspondente explica depois que o resultado desta ultima votação se deve at- tribuir principalmente á aversão que o povo tem, na Suissa como em toda a parte, ás companhias de caminhos de ferro. Machina de costura Atlanta Machina de costura Atlanta Machina de costura Atlanta Machina de costura Atlailta 30 °i„ DE ECONOMIA ÚNICOS IMPORTADORES NO BRASIL Silva, Kaulfuss&C.a 36—Rua Conselheiro João Alfredo—Pará Folhetim daFolha do Norte—19—11—96 MISSBRADDON (4e UM CRIME MYSTERIOSO XVIII TRÍPLICE suspeita (Continuação) Margarida contou em seguida o resumo da ultima conversação que tivera com seu pae, mostrou a Clemente a carta dirigida para a ilha de Norfolk, aquella carta, na qual o velho Sampson alludia ao império que seu irmão poderia exercer sobre o seu antigo amo. Contou egualmènte a Austin a maneira como Dunbar havia recusado recebei-a em Winchester e em Portland Place, e o assumpto do bilhete em que o banqueiro tentara comprar-lhe o silencio. —Desde Mjtacy açcrescçritou Margarida, tenho recebido duas cartas anonymas con- tendo duas notas de cem libras e estas palavras escriptas: «Da parte de um amigo verdadeiro.» Tenho reenviado os bilhetes, -por advínhar a proveniencia d'elles, diri- gidos ao sr. Henrique Dunbar, no escri- ptorio de Sainte-Gundolph Lane. Clemente ouviu-a com modo grave. Tudo parecia indicar a culpabilidade de Dunbar. Até ao presente nenhuma prova fizera re- cahir suspeitas sobre qualquer outra pes- soa, não obstante a policia haver-se mos- trado infatigavel nas buscas a que proce- dia, Austin guardou silencio durante alguns minutos, findos oa quags, disse tranquilla- mente: —Agradeço-lhe, Margarida, a prova de confiança que acaba de dar-me, e fique certa que estarei prompto a coadjuval-a sempre que os meus serviços possam ser- lhe uteis. Se quizer vir Umar chá com minha mae, amanhã ás 8 horas, eu esta- rei em casa e conversaremos seriamente acerca de tudo isso. Confia em minha mãe, nao é verdade ? —Oh! completamenteI —Verá que ella é sua verdadeira amiga. vinham de volta para casa e esta- vam n'este momeqto á porfà dp jardim. Clemente opertou a mão de Margarida, dizendo no mesmo tempo: —Boas noites, miss Wilmot. —Boa« noites. Margarida abriu a porta e entrou no jardim. Austin tomou lentamente o cami- nho da sua morada; o qual era ladeado por bonitas casas, escondidas no fundo de jardins e pretenciosas habitações acastella- das _ com as competentes torres e pórticos gothicos. As janellas illuminadas brilhavam na escuridão, n'uma e n'outra parte ou- via-se o som do piano, ou de uma voz feminina. A vista d'esta8 casas, onde reinava o bem estar e a alegria, suggeriu ao caixei- ro tristes reflexães sobre a sorte da orphã que elle acabava de deixar. . Mau a principal preoccupaçao de Aus- tin era do que soubera còm relação a Dunbar, e as provas que pareciam tornar culpado o rico banqueiro, augmentavam de importância á medida que elle pensa- .va n'ellas. Nao era um facto isolado que aceusava o millionario, mas grande nume- ro de circumstancias. O segredo de que Wilmot era senhor, e que elle, sem duvida, tinha querido ex piorar, a agitação de Dunbar, na cathe- dral, a recusa deste em receber a filha do assassinado, a tentsjtiva corrupção por meio de dinheiro: tudo isto constituía os pontos culminantes; e quando Clemente chegou a sua casa, como suecedera a Margarida e Lovell, suspeitava o millio- nario. Havia, pois, agora, tres pessoas que sup- punham Dunbar o assassino do seu antigo criado. XIX A DESIIXUSAO DK LAURA Arthur freqüentou assiduamente Mau- desley Abbey, Dunbar recebeu-o sempre bem, e o advogado não poude resistir á tentação. Uma força irresistível o arrastava para a sua perda, como a imprudente bor- boleta, que^ á noite adeja em volta da chamma até queimar as azas. Pasaava ho- ras inteiras na companhia de Laura, que mostrava apreciar muito a presença de Arthur. Durante os longos diálogos que ambos sustentavam, o joven advogado mostrava- se aflectuoso, dedicado, aflavel, como um irmão e nada mais: cumpria assim a pro- messa que fizera. Laura- estimava-o pela recordação de infância, era-lhe reconheci- da e estimava-o como o estimaria se elle fosse realmenlQ seu jrmSlo,- Os s,n.irneriíqs mais sérios, que podiam estar oceultos sob os seus modos alegres e francos, dormiam ainda no fundo do seu coração. Todos os dias, Arthur vinha :prestar cul- to á deusa da sua vida e sentia-se feliz, fatalmente feliz, ao lado de Laura. Esque- cia tudo, excepto o rosto seduetor qua lhe sorria, chegou até a esquecer as terríveis duvidas que concebera por occasião do as- sassinato de Winchester. E' possivel, que difficilmente se lhe dis- sipassem as suspeitas que se lhe haviam fixado no espirito depois da primeira en- trevista entre o banqueiro e sua filha, se elle tivesse visto amiudadas vezes Dunbar. Mas o senhor de Maudesley Abbey ra- ras vezes apparecia. O abastado banqueiro tomou posse dos aposentos que para elle haviam sido preparados, e de sahia para passear nas ensombradas avenidas do parque, ou para montar o magnífico ani- mal que escolhera entre os cavallos com- prados por Percival Dunbar. Este cavallo era um animal soberbo: raça de puro sangue, e reunia todas as qualidades que o árabe escolhe para o seu corcel fovorito. Dunbar tornara-se particularmente afiei- coado a este animal. Mandou construir expressamente para elle uma grande ca- vallarjça. tíwt. jardim particular pjoximQ ao seu gabinete de vestir.o qual, bem como todos os mais aposentos privativos do ban- queiro, era situado no pavimento térreo. No pavimento superior da cavallariça era' o quarto do groom de Dunbar, de ma- neira que homem e cavallo estavam á mão do banqueiro a toda hora da noite e do dia. Dunbar montava a cavallo, geralmente, pela manhã cedo, ou á noutihha, depois do jantar. Era altivo e insociavel. Quando chegou a Maudesley Abbey, e, por este motivo, a nobresa do condado veio com- primental-o, recebeu cortezmente todos os que o honraram por aquella forma, mas deixou sempre transparecer uns modos que afastavam a amisade em vez de a attrahi- rem. Algum tempo depois da sua chegada a Maudesley, deu um, grande jantar; mas quando choveram de tbdos* os lados con- vites para banquetes, recusou-se a acceitar todos, allegando que ,a sua saude, cruel- mente damnificada pela longa residência ¦ em Calcutá, lhe nao permittia acceitar con- vites de tal natureza. E, nao obstante, elle tinha apparencia de homem vigoroso. Alto, peito largo, ro- busto, difficilmente se encontrava em Dun- bar um symptoma de saude deteriorada, a pão ser o rosto constantemente pallido, (4 legttirj, O

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de quaesquer publicações, adiantado.

Absolutamente imparcial, a FOLHI DOI0BTE recebe e publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtantoque lançados em termos convenientes.

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Semestre . . 20I000Anno 38$ooo

NUMERO AVULSO DO DIANUMERO ATRASADO . . .

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Renunciado Presidente da Republica

Demissão do chefe da Casa Militar

SERVIÇO TELEGRAPHICO DA FOLHA

Rio, 18 de Novembro—TJEGENTE.

Está tomando extraor-dinario vulto em toda a ca-pitai o boato de que o dr.Prudente de Moraes, pre-sidente da Republica, re-Sig liará hoje mesmo o seumandato.

O coronel Mendes de Mo-raes, chefe da casa mili-tar < do Presidente, pediusua demissão, facto esteque confirma a instabi-lidade do dr. Prudente nocargo de chefe da nação.

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em São .Paulo

•Deslumbrante, a edição d'A Bohemia, deS. Paulo consagrada ao Pará, em tributo dereconhecimento d'aquelle Estado ao seu ir-m3o do Norte, pelo carinho que dispensoua Carlos Gomes, recebèndo-o moribundo nos

.seus braços, até com elles o depor no seioda terra pátria, cercado de ineffavel affecto,aureplado de gloria.

y A süa.i.» pagina contem bellissima allego-ria" da morte do genial campineiro, do cen-tro da qual emerge do leito mortuario o bus-

. to do famoso maestro,'cópia'sublime da pri-

.morosa phofogràphia Rembrandt de FelippeFidanza, do Pará.

As duas paginas do centro são exclusiva-mente dedicadas ao Pará, precedendo lin-,dissimos desenhos dos nossos principaes edi-fícios e monumentos, copias também de pfro-tographias de Fidanza, um bem executadorétratodo w. dr. Lauro Sodré.i, Ao centro, duas figuras symbolicas dos riosAmazonas e Tocantins, concretizam a Amà-zonia.

Do seu bem elaborado texto, reproduzi-' mos o seguinte:

«Ao ParáLá nà terra da Amazônia o povo rendeu

homenagens ao grande morto, que tanto oBrasil chora n'este instante... _ _.

" -- Elle, nascido n'este torrão Jíéroico e glo-rioso, hoje, como em vida, carregado trium-

phalmente, como os valentes que Voltam das' victorias, entra em S. Paulo, onde vem re-pousar eternamente...

A Bohemia, reconhecida ao Estado doNorte que com tanto desvelo cuidou do nossocompatriota, o famoso auetor d'essa monu-mental musica b Guarany, publica eu suàpagina central q retrato do preclaro Gover-nador do Pará, prestando-lhe assim, por S.Paulo, uma homenagem de gratidão.»

Em nome do Pará, somos gratos á Bohe-mia pela gentileza com que o tratou na bri-lhante edição a -que nos reportamos.

QÜINT1FEIR1,19 de Novembro de 1896Revolta no Maranhão (1831)

Anno Num. 324Recebem-se publicações até as 8 horas da noite.

ME_KE.I_.IK IT

Casamento desmanchado!

Gentil niòça desmanchou casamento porque o noivo teve uns darthros no rosto.

Com o Unguento Niger estaria curado.—Deposito: Diogaria Nazareth de A. de Ma-galhães & O».

E' sem duvida o grande negtts da Ethiopiaum dos typos que mais notáveis se têm tor-nado no final d'este seeulo, presidindo á:transformação completa de um paiz, e crean-.do, assim pode-se dizer, uma nova naciona-,lidade.

Ethiopia era um nome que desde a maisremota antigüidade designava vagamente,uma região africana da bacia cio alto Nilo,apenas conhecida, e mal, por vagas indica-içOes dos geographos gregos e romanos.

Sempre em. Iuctas políticas,. religiosas eethnographicas permaneceram os povos malestudados d'essa região, aggregando-se em;mal talhadas confederações tão depressacomo sustentando entre si as mais encarniça-das Iuctas.

Mais notável tornou-se depois um d'essespaizes: a Abyssinia, especialmente quando,já na edade contemporânea, Kaffa, um chefemilitar, tornou-se digno da attenção européa,pela sua intelligencia e indomita energia,coroando-se -negus sob o nome de Thèodorus,e oppondo-se tenazmente ás pretenções in-;glezas.

Civilisado, professando como o melhor deseu povo a religião catholica, ainda que um:tanto adulterada, Thèodorus abrio para oseu paiz uma nova seuda em busca-daiilvi-'lisação e da independência.

Em breve, porém, derrotado e ameaça-do pelos inglezes, levou-o seu desespero ao:suicídio, em 1868, deixando sua pátria presade medonha anarchia.

Johannes, nome que tomou o, chefe ou rasprincipal do Tigre, paiz dependente, foi oimperador que lhe suecedeo em 1872, e quelhe suecederia politicamente, se, em batalhacontra os mahdistas do Sudão não perdessea vida.

Novas revoluções.Mangascha, o actual ras do Tigre, seu fi-,

lho, ou Menelik, herdeiro do primeiro Me-nelik, rei do Chôa, paiz que da Abyssinia1fora tributário, poderiam somente reunir òspovos desaggregados, e continuar a obra deThèodorus.

E foi o rei de Chôa, cujo pae já se hou-vera imposto a Johannes, que, em 1889,proclamou-se rei da Ethiopia, fazendo-secoroar em Enttoto, a nova capital do reino,reunindo, como grandes membros de umafederação, a Abyssinia, o Chôa, o Tigre e ópaiz de Kaffa, os quaes nessa unidade politica,constituem um respeitável paiz de cerca de450.000 k. quadrados e de mais de 3.500.000habitantes.

Intelligente, relativamente illustrado eau-daz, Menelik II comprehendeo cedo que aindependência de seu povo corria imminen-te perigo, pois que, em paiz africano, não ébom ter por visinhos, nem francezes, neminglezes, nem italianos . . .

Negociou tratados com estes últimos, e,logo vendo que elles todos eram capeio-samente interpretados e publicados, o quéfazia já considerar-se a Ethiopia como coi-locada sob o protectorado italiano, desde1889, graças á ambigüidade dos mesmosconvênios, o negus, ameaçado em sua in-dependência, denunciou esse3 tratados erompeo audaciosamente com o governo ita-liano, embolsando-o immediatamente do em-prestimo que contrahira.

.Bom político, manifestou ás potências

européas sua completa e absoluta indepen-dencia; e, para firmar-se como soberanoe como civilisado, procurou logo pertencerá União Postal; mandou cunhar moeda coma sua effigie e negociou embaixadas . . .

Esses actos valeram-lhe a guerra que aItália lhe fez. ....' O que ella foi, todos' nós o sabemos; osseus suecessos, deram nome e gloria a Me-nelik; revelaram a sua energia, o seu pátrio-tismo, a sua habilidade e habituaram já aEuropa a esperar d'elle mais alguma cousa.

A victõfiàde Adua, qué enfraqueceo porcompleto a Itália em Africá, e levou-lhe in-dubitavelmente grande parte de seu presti-gio como potência e como nação colonisa-dora, firmou Menelik II no throno de umgrande paiz africano, que, de futuro, virá aser, talvez, um importante elemento de trans-formação e de civilisaçao no continentenegro.

As artes, as sciencias e as lettras vão adesenvolver-se; a riqueza natural é notável;o paiz é uma fortaleza e os seus filhos, des-tros e aguerridos, estão em circumstanciasde exigir o respeito da Europa.

A paz, honrosissima para o monarchaafricano, acaba de ser firmada com a Itália;esta volta em África aos limites da Ery-thréa, anterior aos tratados de 1889, e reco-nhece a independência da Ethiopia.

Não será isto um bom exemplo a futurasambições ?

Que lhe resta da aventurosa pretenção co-lonisadora ?

Nada mais que alguns louros conquistadospor filhos valentes e dedicados, que ellaperdeo.

E para a Abyssinia ?Para esta abrio-se incontestavelmente uma

epocha de prosperidade e dé luz, luz queha de illuminar o extremo norte da velha Ly-bia, jáquea das democracias hollandezasdo sul, a cada momento se-offusca ao clarãoavermelhado dos canhões inglezes.

E. L.

O QUE DIZEM DE NÓS

Com o titulo—Imprensa, escreveu a Tri-buna do Povo, de Santos :

«Recebemos hontem o numero de 20 deSetembro da Folha do Norte importante or-gam da imprensa paraense.•--'K__!'naiStta'prito"êir_r pagina úma bellissi-ma allegoria a Carlos Gomes, junto a umbello artigo firmado pela magistral penna doeminente poeta João de Deus do Rego e umsoneto de Luiz Guimarães Júnior.»

Em sua secção—Artes e letras, assim falaA Bohemia, distincto periódico illustrado deS. Paulo:

«As folhas do Pará que nos chegam ásmãos trazem todas magníficas allegorias aogrande morto e illustre maestro paulista A.Carlos Gomes.

Entre as melhores illustrações das folhasd'aquelle Estado destacamos a bellissima ai-legoria da Folha do Norte e o excellente re-trato publicado no Ordem . Progresso.»

Na secção telegraphica de La Prensa deBuenos-Aires, de 17 de Outubro, lê-se o se-guinte despacho do Rio i

«Los restos dei maestro GomezRio Janeiro, Octubre 16.—El cadáver de'

maestro Carlos Gomez llegó esta manana>siendo recibido en ei muelle por lòs diputa"dos de Pará, periodistas y miembros delgo-bierno. Multitud 'de

personas se agrupabanen torno del^ feretro, para rendir ai finado eihomenaje póstumo.

Fué depositado provisoriamente en ei ar-sena), pronunciando una oracion en nombredei Estado de Pará ei diputado Eneas Mar-tins, quien hizo solemne entrega dei cadáverai periodismo fluminense, que se hizo cargode él desde ese momento. EI periodista Pa-trocinio contesto ei discurso de Martins confrases conmovedoras.

Veinte mil personas acompanaban ei ca-dáver hasta Ia iglesia de San Francisco.

Se ha distribuído entre ei pueblo ei diárioFolha do Norte, con Ia biografia y ei retratodei maestro.»

OS DISCURSADORES DA CÂMARALuiz de L., brilhante chronista da Noticia,

a elegante folha iluminense, escreveu sobesta epigraphe, na secção— Attjottr lejc-ur, oseguinte bello artigo de polemica humoris-tica, em que aprecia corn altíssimo elogio ochefe de redacção da Folha:

No inquérito sobre eloqüência parlamen-tar que o sr. Agenor de Roure iniciou n'este'¦¦jornal pareceu limitar-se exclusivamente adeputados e só tratar dos oradores da Ca-mara. Nestes termos, já por não ser pae(nem mãe) da pátria, já por não conhecer oentrevistador ú'A Noticia, não tenho espe-rança de ser consultado. Como, entretanto,um prurido me veio de esclarecer os povoscom a minha holophotica opinião, tomo apalavra e sem mais rodeios entro no quês-tionario.

A propósito. Todo orador que se preza,quando sobe á tribuna a primeira cousa quereclama é o copo de água. Nestas condi-ções, o tal questionário devia ter tambémencerrado a seguinte pergunta:—Que liquido isgere Vossa Excellenciaquando falia ás massas ?,

A questão é menos tola do que parece.De facto, pela expressão «copo d'agua» de-signa-se uma quantidade variada de varia-das beberagens, que têm ás vezes pouco decommum com o puro. H 2 O pelo qual em-chimica se symbolisa o honrado liquido aque o vulgo ignaro chama água. E, afinal,deve haver uma certa correlação entre o quese bebe e. o oue se diz na tribuna. Um jor-nal francez já demonstrou essa correlaçãopara os oradores de lá. Lá, porém, a listadas drogas com que cada um molha a pala-vra é enorme: vae do absintho e da aguar-dente até ao champagne. Entre nós a varie-dade é menor.

O çrupo dos freguezes da água com co-gnac e assucar é numeroso. Tão numerosoque segundo me dizem o buffet da câmaraministra-o ex-officio aos oradores sequiosos.

Ha os que ingerem copazios.de leite Ettívtmz discussão recente o sr. Belisario bebeuassim duas ou tres vaccas, á razão de umcopo de cinco em cinco minutos. O sr. Me-deiros e Albuquerque arvora á sua fren-te um copazio de escura droga. Já houve

Squem cuidasse que era exiellente.vinho vir-

gem do Álto-Doüro. VeríÇcado, porém, oseu nativismo, veio a saber-se que era ape-nas mistura em partes iguaes de água ecafé.—Mas afinal, até ahi, nada de muitonovo.

Quem, entretanto, tem originalidade é osr. Costa Machado, o velho deputado mi-neiro. Segundo me disseram, só bebe águaquente. Faz o tormento dos contínuos, quesão obrigados a reformar-lhe o copo dequando em quando, de sorte que a águaesteja sempre morna.

Não cuidem, porém, que isso o amorne.Qual I E' fogoso, é levado da breca. Quan-do fallou sobre o divorcio—e fallou a favor—discursou tres dias a fio ! Na constituintefoi o paladino dos direitos da mulher: que-ria para ellas o direito de voto.—Que effeitolhe fará a água morna ?

Mas, já que o sr, Agenor não tratou d'isso,passemos adiante. Quer o entrevistador daNoticia saber o gênero de eloqüência quecada um dos seus entrevistados prefere—séo da discurseira imaginosa e florida, se o darhetorica severa, só de argumentos. Diver-giram os votos; mas trataram antes quasitodos da conveniência de dar ou não umafôrma imaginosa ás locubrações com que sesalva a pátria. Quer me parecer, entretanto,que a questão não é essa. Duvida não pôdehaver sobre a vantagem de pôr cada umnos seus discursos toda a belleza possivel.Evidentemente, a correcção de phrase im-põe-se tanto como a compostura de attitude.Se, porém, o quo se pergunta é se o oradorprefere a argumentação cerrada, puramentede raciocínios, ou o apello aos sentimentos—o caso é outro.

Na discussão dos protocollos aceusou-semuito certos oradores de «apaixonarem o de-bate».

—Era um mal ?—Isso é que deviam res-ponder os entrevistados. E, a meu vêr, serespondessem que era, diriam tolice.

Em uma assembléa deliberante imagina-seque quem fala—fala para provocar vptbs.Ora, de toda a evidencia, está provada em

psychojogia que a única cousa que decide áacção é o sentimento e não as idéas. As idéaspor si só são incapazes de fazer agir, se naose enxertam sobre um teireno emocionalqualquer.

A's vezes, em certas questões, nao se vêbem onde o sentimento possa metter-se.Psychologos subtis, e entre outros Ribot,mostraram, comtudo, como esse fundo emo-tivo existe sempre. E se a cousa fosse disenti-vel para qualquer indivíduo de per si, não oseria para uma multidão qualquer, sejaella composta como fôr. As multidões só selevam pelo sentimento. O primeiro dever deum orador parlamentar é, pois, fatalmente ode «apaixonar os debates».

—Ai de quem o nao fizer! Não conseguenada; perde tempo e palavras. A verdade,entretanto, é que isso nao o faz quem equando quer. Nem mesmo é questão de ta-lento, mas antes de temperamento. Queremexemplos ? Ahi estão os srs. Enéas Martinse Alcindo Guanabara.

O sr. Enéas Martins foi- talvez quem naquestão dos protocollos esperdiçou mais ta-lento. Ninguém o excedeu em topete. Aocontrario do sr. Cincinato Braga, que ap-pellou para umas vagas conveniências deEstado, ao contrario do sr. Belisario deSousa qne disse cousas bonitas mas nãoargumentou nada, elle foi direito aa fundoda questão. Atirou-se ao caso como um for-cado aos cornos de um touro, affrontarido operigo—e emprehendeu provar por A—Bque os protocollos não tinham só as taesconveniências oceultas (que ninguém aindahoje sabe quaes fossem), mas que eram cia-ramente vantajosissimos. E este paradoxo eraamparado por uma série de raciocínios es-peciosos e falsos, mas apresentados com arara habilidade e o grande talento que pos-sue o deputado paraense.—Porque, entretanto, não teve suecesso ?Na Câmara, a maioria que votava a favor dosprotocollos, votava triste, acabrunhada, en-vergonhada. Nos corredores, alguns maisfrancos chegavam a confessal-o. Assim, sealguém pudesse fornecer-lhes o pretexto deque precisavam para assumirem posição ai-tiva, não deixariam de aproveitai-o. Maa.o.sr. Enéas Martins tem uma figura tão calma,uma dicção tão plácida, todo elle resumbratanta serenidade, que é incapaz de levantargrandes emoções. Se elle entrasse espavo-rido no. Corpo de Bombeiros a declarar quepegaraf-bgo em qualquer casa, nâo digo que,attendendo ao seu volume, o recrutassempara pipa, mas é indiscutível que não se mo-veria um único soldado. Ficariam com im-menso prazer a ouvil-o narrar o incêndio,convictos aliás de que uma catastrophe con-tada tão placidamente não podia ter impor-tancia I

E ahi está um orador que não apaixonadebates, embora seja um dos mais bellostalentos e, mesmo dos mais temíveis argu-tnentadores de toda a Câmara.

Pensem agora no sr. Alcindo Guanabara.E' feio, é magro, usa óculos, e não tem floresde rhetorica. Quando sobe á tribuna, perce-be-se logo que ell« não cuidou uma só dassuas phrases, que não levou a preoccupaçaodo exordio florido e da peroração panachée.Queira ou não queira, porém, apaixona todosos debates em que entra. A paixão irradiad'elle, tanta é a convicção com que sempreparece falar. Empolga o auditório pela sin-ceridade de que mostra estar possuído.

Falou ha dias sobre a liberdade de profis-são. Se a votação se tivesse seguido ao seudiscurso, os bacharéis mais apegados ao re-spectivo canudo de folha tel-o-iam dado emholocausto. Havia alguns tão frenéticos entapplaudil-o que pareciam nunca ter pensadode outro modo.

Na sessão de 94, respondendo ao sr. JoséMariano, foi o seu melhor discurso em proldos actos do marechal Floriano. A um audi-torio que ouvia uma falação de quatro horas,farto daquillo tudo, esgotado de forças, com-moveu até as lagrimas, fazendo-lhe, com umrealismo pungente, a descripçâo dos horro-res praticados pelos federalistas.

Mas ou n'esses ou em quaesquer outrosassumptos elle apaixonará sempre os deba-tes. A questão não é das palavras que possausar, da felicidade das expressões—que aliásé grande : é do temperamento, do modo dedizer. Ou acreditam nelle, ou vae tudo razo !

O sr. Serzedello, por exemplo, que é umbom orador, tem o séstro de cantar. Cantatudo. Diz—-Mil oilocentos e noventa e seis—talqual como recitaria ao piano: « Minh'almaé

triste corno a rola offlicla » ou « Vae alta a luana mansão da morte». Ao passo que o sr.Guanabara é capaz de asseverar que 2 e 2são 5, com tanta firmeza— ou vae, ou rachai—que a gente ou crê logo, por causa das du-vidas, ou vae vêr na arilhmetica.

üs que responderam á peigunta do sr.Agenor de Rouie desviaram a questão. Oprimeiro dever da eloqüência parlamentaré apaixonar" os debates. Não se conduzemmultidões com raciocínios; é com sentimen-tos, com emoções.

A MewoHoBne é a melhorohina conhecida pnra costura.

ma-

O voto popular

O correspondente suisso de uma impor-tante folha parisiense, commenta da seguin-te forma o ultimo referendum havido na re-publica helvetica:

« Pôde deplorar-se o voto dado um des-tes dias pelo povo suisso; mas não se pôdenegar que este povo seja intelligente e con-seio do que faz. Eia elle chamado a pronun-ciar-se simultaneamente sobre tres leis sub-mettidas ao referendum. Acceitou uma por50.000 votos de maioria, e regeitou as ou-trás duas, mas accentuando claramente ográo de aversão qu» cada uma dellas lheinspirava.

Uma foi regeitada por 30.000 votos demaioria (tratava-se de medidas de regula-mentações do commercio de gados); a ou-tra foi litteralmente esmagada por uma maio-ria de mais de 230.000 suffragios; nenhumdos vinte e dois cantões lhe perdoou!Condemnando com este enthusiasmo quasiferoz a lei sobre as penas disciplinares rioexercito, quiz o povo suisso protestar umavez mais contra o desenfreado espirito de .militarismo que se tem desenvolvido nas es-pheras governamentaeg efiue seencarna nocoronel Frey, ehéfe do departamento imH^-tar.

A lei que o soberbo coronel havia elabo-rado tendia abertamente a conferir ás aueto-ridades administrativas do exercito suisso odireito de inflingir, castigos aos militares,« mesmo na vida civil», em tudo que disse3-se respeito a seus deveres de serviço.

E' preciso nao ter a menor noção do queé ainda, graças a Deus, o nosso soldado-cidadão, para ter esperado um momento queo povo suisso ratificasse uma lei tão con-traria a todas as suas tradições. Somente ointeresse da defeza nacional exige, da ma-neira a mais instante, que se restabeleça aconfiança e o accordo mutuo entre o povoe o funecionario civil collocado á te6ta dodepartamento militar; Para isso ha só ummeio: visto que o chefe do departamentomilitar nao quer mudar de attitude, é ur-gente mudar de chefe... E ha razões paraesperar que esta solução nao tarde.

A lei sobre a contabilidade das compa-nhias de caminhos de ferro é a única que, opovo acceitou no escrutínio de domingo.Esta consagração pelo voto popular é deve-ras lamentável, é um "passo

para o resgatedas linhas férreas suissas pelo . Estado. Istpnão quer, aliás, dizerj que o resgate se faça,porque o preço da operação seria assás ele-vado para fazer reflectir um povo tão avisa-do como o nosso: diz-se que seria de milmilhões de francos. »

O correspondente explica depois que oresultado desta ultima votação se deve at-tribuir principalmente á aversão que o povotem, na Suissa como em toda a parte, áscompanhias de caminhos de ferro.

Machina de costura AtlantaMachina de costura AtlantaMachina de costura AtlantaMachina de costura Atlailta

30 °i„ DE ECONOMIAÚNICOS IMPORTADORES NO BRASIL

Silva, Kaulfuss&C.a36—Rua Conselheiro João Alfredo—Pará

Folhetim daFolha do Norte—19—11—96

MISSBRADDON(4e

UM CRIME MYSTERIOSO

XVIII

TRÍPLICE suspeita

(Continuação)

Margarida contou em seguida o resumoda ultima conversação que tivera com seupae, mostrou a Clemente a carta dirigidapara a ilha de Norfolk, aquella carta, naqual o velho Sampson alludia ao impérioque seu irmão poderia exercer sobre o seuantigo amo. Contou egualmènte a Austina maneira como Dunbar havia recusadorecebei-a em Winchester e em PortlandPlace, e o assumpto do bilhete em que obanqueiro tentara comprar-lhe o silencio.—Desde Mjtacy açcrescçritou Margarida,

tenho recebido duas cartas anonymas con-tendo duas notas de cem libras e estaspalavras escriptas: «Da parte de um amigoverdadeiro.» Tenho reenviado os bilhetes,-por advínhar a proveniencia d'elles, diri-gidos ao sr. Henrique Dunbar, no escri-ptorio de Sainte-Gundolph Lane.

Clemente ouviu-a com modo grave. Tudoparecia indicar a culpabilidade de Dunbar.Até ao presente nenhuma prova fizera re-cahir suspeitas sobre qualquer outra pes-soa, não obstante a policia haver-se mos-trado infatigavel nas buscas a que proce-dia,

Austin guardou silencio durante algunsminutos, findos oa quags, disse tranquilla-mente:

—Agradeço-lhe, Margarida, a prova deconfiança que acaba de dar-me, e fiquecerta que estarei prompto a coadjuval-asempre que os meus serviços possam ser-lhe uteis. Se quizer vir Umar chá comminha mae, amanhã ás 8 horas, eu esta-rei em casa e conversaremos seriamenteacerca de tudo isso. Confia em minha mãe,nao é verdade ?

—Oh! completamenteI—Verá que ella é sua verdadeira amiga.Já vinham de volta para casa e esta-

vam n'este momeqto á porfà dp jardim.

Clemente opertou a mão de Margarida,dizendo no mesmo tempo:

—Boas noites, miss Wilmot.—Boa« noites.Margarida abriu a porta e entrou no

jardim. Austin tomou lentamente o cami-nho da sua morada; o qual era ladeadopor bonitas casas, escondidas no fundo dejardins e pretenciosas habitações acastella-das _ com as competentes torres e pórticosgothicos. As janellas illuminadas brilhavamna escuridão, n'uma e n'outra parte ou-via-se o som do piano, ou de uma vozfeminina.

A vista d'esta8 casas, onde reinava obem estar e a alegria, suggeriu ao caixei-ro tristes reflexães sobre a sorte da orphãque elle acabava de deixar.

. Mau a principal preoccupaçao de Aus-tin era do que soubera còm relação aDunbar, e as provas que pareciam tornarculpado o rico banqueiro, augmentavamde importância á medida que elle pensa-.va n'ellas. Nao era um facto isolado queaceusava o millionario, mas grande nume-ro de circumstancias.

O segredo de que Wilmot era senhor, eque elle, sem duvida, tinha querido expiorar, a agitação de Dunbar, na cathe-dral, a recusa deste em receber a filha doassassinado, a tentsjtiva d« corrupção por

meio de dinheiro: tudo isto constituía ospontos culminantes; e quando Clementechegou a sua casa, já como suecedera aMargarida e Lovell, suspeitava o millio-nario.

Havia, pois, agora, tres pessoas que sup-punham Dunbar o assassino do seu antigocriado.

XIX

A DESIIXUSAO DK LAURA

Arthur freqüentou assiduamente Mau-desley Abbey, Dunbar recebeu-o semprebem, e o advogado não poude resistir átentação. Uma força irresistível o arrastavapara a sua perda, como a imprudente bor-boleta, que^ á noite adeja em volta dachamma até queimar as azas. Pasaava ho-ras inteiras na companhia de Laura, quemostrava apreciar muito a presença deArthur.

Durante os longos diálogos que ambossustentavam, o joven advogado mostrava-se aflectuoso, dedicado, aflavel, como umirmão e nada mais: cumpria assim a pro-messa que fizera. Laura- estimava-o pelarecordação de infância, era-lhe reconheci-da e estimava-o como o estimaria se ellefosse realmenlQ seu jrmSlo,- Os s,n.irneriíqs

mais sérios, que podiam estar oceultos sobos seus modos alegres e francos, dormiamainda no fundo do seu coração.

Todos os dias, Arthur vinha :prestar cul-to á deusa da sua vida e sentia-se feliz,fatalmente feliz, ao lado de Laura. Esque-cia tudo, excepto o rosto seduetor qua lhesorria, chegou até a esquecer as terríveisduvidas que concebera por occasião do as-sassinato de Winchester.

E' possivel, que difficilmente se lhe dis-sipassem as suspeitas que se lhe haviamfixado no espirito depois da primeira en-trevista entre o banqueiro e sua filha, seelle tivesse visto amiudadas vezes Dunbar.

Mas o senhor de Maudesley Abbey ra-ras vezes apparecia. O abastado banqueirotomou posse dos aposentos que para ellehaviam sido preparados, e só de lá sahiapara passear nas ensombradas avenidas doparque, ou para montar o magnífico ani-mal que escolhera entre os cavallos com-prados por Percival Dunbar.

Este cavallo era um animal soberbo:raça de puro sangue, e reunia todas asqualidades que o árabe escolhe para o seucorcel fovorito.

Dunbar tornara-se particularmente afiei-coado a este animal. Mandou construirexpressamente para elle uma grande ca-vallarjça. tíwt. jardim particular pjoximQ ao

seu gabinete de vestir.o qual, bem comotodos os mais aposentos privativos do ban-queiro, era situado no pavimento térreo.No pavimento superior da cavallariça era'o quarto do groom de Dunbar, de ma-neira que homem e cavallo estavam á mãodo banqueiro a toda hora da noite e dodia.

Dunbar montava a cavallo, geralmente,pela manhã cedo, ou á noutihha, depoisdo jantar. Era altivo e insociavel. Quandochegou a Maudesley Abbey, e, por estemotivo, a nobresa do condado veio com-primental-o, recebeu cortezmente todos osque o honraram por aquella forma, masdeixou sempre transparecer uns modos queafastavam a amisade em vez de a attrahi-rem. Algum tempo depois da sua chegadaa Maudesley, deu um, grande jantar; masquando choveram de tbdos* os lados con-vites para banquetes, recusou-se a acceitartodos, allegando que ,a sua saude, cruel-mente damnificada pela longa residência ¦em Calcutá, lhe nao permittia acceitar con-vites de tal natureza.

E, nao obstante, elle tinha apparenciade homem vigoroso. Alto, peito largo, ro-busto, difficilmente se encontrava em Dun-bar um symptoma de saude deteriorada, apão ser o rosto constantemente pallido,

(4 legttirj,

O

a Folha do Horte-19 de Novembro de 1896

jossos telegrainiíiasNoticias do paiz

leio, 18 de IVovembro.O chefe de policia do Districto Fe-

deral continua a insistir no pedido dedemissão que fez ao dr. Manoel Victo-rino.

O dr. Manoel Victorino concedeoa demissão solicitada pelo coronelMendes Moraes, chefe da casa militardo presidente da Kepublica,

Foi nomeado terceiro escripturarioda alfândega dç Pará, Manoel Fer-natu.es Leal Castilhos.

Na sessão de hoje do Senado, o ge-neral Almeida Barreto,' o deportadode Cucuhy, accusou o dr. Lauro Sodréde ter usado da força publica paravencer as eleiçõas ahi realisadas a 15do corrente.

Na sessão de hoje da Câmara, odeputado dt*. José Marianno justificouum projecto de lei adiando as eleiçõesfederaes para o dia 1." de março de1897.

Foram nomeados: primeiro escri-pturario da alfândega do Pará, JoãoFlorencio Nogueira, e segundo, Auto-nio José Duarte.

Sobre a nova organisação ministé-rial, e para preenchimento das vagasexistentes, corre que serão feitas asseguintes nomeações:

Fazenda—dr. RamiroBarcellos, se-nador pelo P.io Grande do Sul, ou odr. Eangel Pestana.

Industria, Viação e Obras Publicas—Victorino de Paula Ramos ouLau-ro Severiano Müller, deputados porSanta Catharina ou o senador porMatto Grosso, Joaquim Murtinho.

Marinha—Contra-ai mirantes Car-los de Noronha, João Proença, JoséCândido Guilhobel ou Alves Barbosa.

Revista de jornaesDIÁRIO DENOTICÍAS.—Qxxex no edi-

toiial como nos demais artigos que figuramn'essa secçao, sao as eleiçOes de 15 o as-sumpto favorito do confrade, que expande-se em fortes invectivas contra o governo econtra o partido republicano, procurandopor todos os me:os justificar a sua derrota*.

Abre mais uma secçao denominada—fustigando—; assigna-a Rosa das Brisas.

Registra pezaroso o fallecimento da exm •sr.» d. Idalia Fcrnaades de Sousa Castro,dilecta filha do exm. sr. barão de Ana".'i.;insqie a costumeira secçao de despachostelegraphicos transcriptos e dá larga copiade noticias locaes e do exterior.

Quanto a umas lérias a nós allusivas nas-Notas do dia, fazemos ao contemporâneo ajustiça de o nao tomar a sério.

A REPUBLICA— Abre com o resulta-do das eleições de 15, após o qual seguemnoticias de factos occorridos em Caraparu,por occa.iao do ultimo pleito.

Vem depois o fornal dos jornaes e a no-ticia das festas patrióticas de 15 e 16 docorrente.

Transcreve do 77 Secolo de Milão altose honrosos conceitos referentes ao nossoimmortal Carlos Gomes.

Muitas noticias de factos locaes, actos dogoverno, expedientes de repartições publi-cas etc.

ave-

Para os pobres da FOLHi

A illustre commissao promotora dos fes-tejos de 15 e 16 de novembro na rua Con-selheiro João Alfredo, composta dos srs.Luiz Travassos da Rosa, João de AmorimLima, Manoel Augusto Marques, JoaquimGomes de Freitas e João Moreira Costa,envi.iu-nos para ser distribuída pelos po-bres da Folha do Norte, a importância de35S000, sobra das quantias arrecadadas paraos mesmos festejos.

Vam::.. fazer a distribuição.

jomalzinho da modaOlentes flores ennastram hoje a frontesi-

nha intelligente do travesso Renato, dilectofilho do nosso mui presado e illustre amigo,o sr. dr. Henrique Santa Rosa, que sente re-jubilado o seu coração de pae, pelo anniver-sario natalicio d'esse entesinho querido.Parabéns.

NOTAS MEDICO-VETERINARIAS

A commissao de fazenda da Cama-ra Federal.reunir-se-tt sexta feira pro--—-xima, para decidir sobre o projecto delei pedido pelo governo, autorisando a

.encampação da, euii_.ão dos bancos eo arrendamento das ferro-vias da,União. £

camuio :

A taxa cambial que vigorou nosbancos, hoje, foi de 8 1[1G d., firme.

Noticias do extrangeirolês©, 18 dc Mo veinbro.Communicam de New-York que o

celebre electricista Edison acaba dedescobrir um meio de dar vista aoscegos.

Communicam de Madrid que têm•chegado de Manüha noticias trans-mittidas pelas autoridades hespanho-

- Ias, dando como quasi geral no archi-pelago das Philippinas, o movimentorevolucionário contra a metrópole.

Annunciam de Madrid que o go-verno hespanhol prepara 10.000 ho-mens para serem enviados ás ilhasPhilippinas, em virtude de serem ver-dadeiramente alarmantes aa ultimasnoticias recebidas de Manilha sobre omovimento insurreccional.

De Barcelona noticiam a explosãosuecedida em uma grande fabrica dedynamite, da qual resultou morreremduas pessoas, e ficarem muitas feri-das.

Produzio conternaçuo geral o tristeacontecimento.

Loteria da Bahia20:000$000

i

Corre hoje na capital do Estado da Bahiaa 43.*' loteria do mimoso plano da sortegrande de _o:o_?ooo custando dezenas debilhetes inteiros 508000 e bilhetes inteiros5S000!

Sabbado} 21, vae correr a W. 5 a loteria dacapital federal doseduetorpremiode 100:0008por i_Çooo.

Além deste enorme prêmio destribue mui-tos outros'menores e compõe-se unicamentede 4 mil rlt-zur as !

Na popular agencia de Moura Ferro &C", estao expo.tpsá venda esplendidos nu-mfiro..

Também já estão á venda os bilhetes dagranei, loteria do natal do soberbo prêmiode 500:0008000, por 36S000 cuja extracçaoé no dia 24 de Dezembro.

Leite fresco, contendo osmelhores agentes de nutrição. ""***.

Vende-se no

Estaminet

Sem pretenções, e a convite do illustradodirector da Folha do Norte, encetamos hojeesta secçao, com o único fim de prestar ai-gum serviço, insignificante embora, ao povoparaense em gera!, é em espraiai -á classedos lavradores'e creadòres de gado, á qüaKpertencem homens intelligentes, illustradose dispostos a trabalhar em prol da industriapastoril deste prospero Estado.

Nao serão novidades scientificas o quediremos neste logar; nem a nossa compe-tencia, profissional no-Pas auetorisaria, nema Índole do jornal nos permittiria extensase complexas dissertações, próprias de umjornal de especialidade. Sem plano nem me-thodo, e sem ares cathedraticos, que naonos é licito tomar, sempre que dispozermosde algum tempo oecupar-nos-hemos dosanimaes domésticos, sua zootechnia ou me-Ihor utilisaçao, sua hygiene ou melhor con-servaçao, e sua medicina ou melhor thera-peutica.

Antes, porém, de nos oecuparmos de qual-quer dos variados assumptos que tanto inte-ressam á economia e á salubridade, seja-nospermittido dizer duas palavras acerca daimportância da medicina veterinária; naoque as classes illustradas do Pará desconhe-çam os progressos da sciencia, tao brilhan-temente acompanhados nos seus difierentesdomínios neste prospero torrão brasileiro,mas para que todos se convençam de que amedicina é só uma, e que assim a medicinahumana como a medicina veterinária naosao mais do que partes do mesmo todo, ra-mos parallelos da grande arvore da mediei-na geral. Da igualdade de composição e or-ganisaçSo intima forçoso é concluir a igual-dade funccional, ou se manifeste segando oseu rhythmo ordinário, normal, ou se desviedo seu curso regular, traduzindo-se era sym-ptomas correlativos de alterações orgânicas.De uma maneira vulgar se pôde dizer que,nos seus fundamentos, a medicina é só uma,porque só uma é também a carne, chimica-mente e histol gicamente.

Fazendo nós parte da classe dos médicos-veterinários e fazendo parte como um dosseus mais obscuros obreiros, receiamos defazer, com justiça, a nossa própria apresen-taçaoj outro juizo insuspeito, porém, passa-mos a apresentar aos nossos leitores, e este;dVm sábio consagrado, honra e gloria damedicina portugueza. E' o dr. Souza Mar-tins, a primeira figura medica de Portugal eo mais brilhante ornamento da escola me-dica de Lisboa, quem, no seu primoroso pre-facio ao livro—a tuberculose pecuáriae a h.giene PunLicA—do illustre profes-sor veterinário Paula Nogueira, por esta for-ma se refere á medicina veterinária e aosmedices-veterinarios:

«... Sem pathol gia comparada, n3o ha« medicina humana que valha.

«... Se na pathologia vivida os exempla-« res fossem cemo os da mesma edição d'um« livro, em tudo idênticos, bem iria a e<ses« incivilisaveis clínicos. Em tendo visto e« decorado um caso, por e*_emp!o de Jeora,« ficariam saturados da respectiva sabedo-« ria. Sendo, porém, as modalidades de cada« doença mais volúveis do que os feitios das« nuvens, o trabalho clinico pede esforço su-« perior ao de meras reminiscencias visuaes.

« ... E porque nao haja pathologia geral«sem pathologia comparada, nao haverá« medicina humana sem medicina veterina-« ria.

« Unificar nao direi as duos medicinas,« pois que uma só existe, mas as duas fra-« cções de Medicina—a humana e a ani-« mal - foi um dos mais bellos trabalhos e« nao a maissomenos das glorias do profes-« sor Boulcy,—o veterinário illustrissimo,« que Pasteur considerava seu braço direito.« As formosíssimas lições de Pathologia com-«parada, feitas no Museu da Historia Na-« tural, regorgitam de argumentos em prol« da these capital do grande professor : a« identidade das duas m-dicinas. D'essa argu-« mentaçao cerrada e abundante destaca-se,« pelo seu grandíssimo alcance philosophico,« a parte em que Bouley delinêa os contor-«nos de uma sçjçncia nova, a psychakçia

« comparada, que é por assim dizer o golpe« de misericórdia no agonisante espirituá-« lismo. Em reforço á doutrina tao cloquen-'¦¦¦ temente upostplada pola palavra elegante« e persuasiva de Bouley, tem vindo depois• um alluviao de novus factos experimen-« taes, que a tornam hoje inexpugnável; e« na colheita d'esses factos novos, nascidos« os mais d'elles no oceano vastíssimo da« bacteriologia, teem revelado ardor igual e« igual competência médicos e veterinários.« Os nomes gloriosos de Chauveuu. de De-« lafoud, de Toussaint, de Ari. ing, de No-« lard e de Cadiot, para tle outr. _ nolabi-« lissimos veterinários nao fallar, crnpare-« haiu dignamente com os gloriosos nomes« de Villemin, Verneuil, Koch; Roux. Straus,« Chantemcsse, etc. Se alguma distineçaò« houver a fazer entre elles, nao será pela« espécie loologica dos seus clientes, senão« pelo valor inliinseco dos seus trabalhos.

« Porque assim é, .ninguém se oecupa já« de destrinçar proéminencias scientificas« entre veterinários e:medicos, como ninguém« se deleita hoje na pesquisa um tanto pa-« leontologica da hierarchia relativa de me-« dicos e cirurgiões. I

«... Ainda assim, nao vou jurar que nos« arraiaes da medicina deixe de haver um« ou outro pichosò,; incapaz de acceitar« equivalência scientifica de médicos« terinarios. Se os ha, impossível me pare« ce fazer chegai-os á sa razão. Quem até« agora, dado o actual esplendor da medi-« cina veterinária e a sua luminosa e ínces-« sante collaboraçao nos progressos da me-« dicina humana, se nao houver deixado« convencer, morrerá impenitente....

« As únicas confraternisações que os ve-« terinarios devem desejar, as dos homens^ de sao critério e de innegavel saber, já as« teem de ha muito, nao só no estrangeiro

« como no paiz.. « E' vêr o modo franco pelo qual os re-« presentantes da. classe veterinária foram

« acolhidos e a justiça com que foram fes-« tejados no Congresso Nacional de Tuber-« culose, que em Coimbra se reunio ha perto« de um anno. Ninguém lhes perguntou de« onde vinham, para só lhes perguntarem o< que traziam. A' primeira questão, teriam« respondido : Do estudo.

« A' segunda, responderam : Sabedoria.« Sabedoria positiva; nao phantastica. Da« que se firma em factos bem apurados; nao« da que tenha por alicerce único sonhos ou« delírios.

« Já entre 'nós era condignamente apre-« ciada essa pleiade de valiosos homens de« sciencia, que, sem favor, hombreavam com« os mais valiosos da classe medica pro-« priamente dita. A verdade, porém, é que« os seus créditos se. firmaram de vez no« alludido congresso, nao porque ahi se re-« vellassem maiores do que eram, mas por-« que só de ahi o paiz os poude vêr a toda« a luz, da publicidade. »

Assim apresentados,—lisonjeiramente, écerto —, mais desafogadamente entraremosno capitulo que propomos escrever, confia-dos na benevola tolerância dos nossos leito-res da especialidade ás insufficiencias scien-tificas individuaes.

Este justo elogio tecido á caixa geral•das famílias, pelo sr. T. Sanchez, actual di-rector-geral da «New-York», e cuja compe-tencia é indiscutível, dá-lhe tanto motivo deorgulho quanto honra o seu autor, pela im-parcialidade e critério com que procedeu.

O illustrado sr. Barão de Ourem, tendosido nomeado pelo governo brasileiro pararepresen tal-o era Paris no «Congresso Scien-lifico Universal das Instituições de Providen-cia», dirigiu aquelle um longo relatório, ondeIe se á pagina 114 :

«Entre os seguros mútuos figura a caixageral das famílias; a base principal dasoperações desta companhia é o seguro em'caso de morte e suas difierentes combina-ções, assim o seguro cm caso de accidentes;ella comprehende emfim, a operação de íen-das vitalícias immediatas, e de rendas e cá-pitaes difieiidos. Da maneira porque os seusestatutos tem organisado o seguro era casode morte, em mutualidade, esta companhiapôde pôr se a par das «Mutual Life Ofilces, daInglaterra», e deve aspirar a um suecesso taolegitimo como o das companhias britannicas.»

Estes conceitos,|manifestados no momentoem que eram analysadas e julgadas todas asSociedades de seguro existentes no mundo, cabal-mente provam as sólidas bases e sãos prin-cipios da

LIVROS E REVISTAS

O talentoso paraense, dr. Samuel da Ga-ma Costa Mac-Dowell, que ainda ha poucofez brilhante concurso para a cadeira da i.asecçao da faculdade de direito do Recife,sendo approvado por unanimidade de votos',acaba de inscrever-se em novo concurso,para a cadeira da 6.» secçao, da mesma facul-dade, no cadente mez.

Devemos á sua obiequiosa 1 ifãrta um cx-emplar da sua Dissertação e proposições, ver-sando aquella sobre moratória, cm face doDec. n. 917 de 1890, na qual o j .ven j iristaaprecia com critério notável e vusio coiiliè-cimento da matéria este importante institutojurídico da nossa legislação commercial.

Muito agradecemos a ofierta do lúcidoopusculo.

Congresso anti-maçoníco

CAIXA GERAL DAS FAMÍLIAS

(27

Prospectos e informações no Pará,Hotel Central, com o

Inspector geral—J. NEP0MUCEN0.'

Por um deverE' com grande prazer que faço a se-

guinte declaração:.Padecendo ha dois mezes de uma tosse

terrivel, que nao me deixava dormir, con-sultei diversos clínicos, que me , diagnosti-caram uma tuberculose incipiente.

Farto de tomar medicamentos sem pro-veito, recorri ao Peitoral de Cambará, deSouza Soares, e com o uso apenas de 6frascos fiquei radicalmente curado.—Fran-cisco José1 de Barcellos, pharmaceutico. (Fir-ma reconhecida). U

A BBewr-Home é a machina paracostara mais perfeita, mais segura e mais

CORRÊA MENDES.

«O EQUADOR EO CAFÉ BEIRÃO«No estabelecimento pharmacoutíco dos srs. Maiciano Beirão & C\, na capital _'__to Estado, se mani-

pula _ ao -onde ura anodyno denominado—Licor doCalo Beir..o—que é um poderoso antídoto, único o in-fallivel.gat. hoje conhecido para combater toda ospo-cie de ferbes interruittentes, maleitas ou sezões.«E por isao chamamos a attençâo dos nossos conci-dad.os para esso maravilhoso licor quo tem feito rapi.das e radicaes curas, attrahindo uma popular fama emtodos os pontos d'esto Estado, visto'ser um preserva.hVo milagroso, a tal ponto que' fez esquecer o já nâ«so fala no on_arao/ie pululas, quo por ahi andam '':

som importância alguma, que só serviram em falta dóreme dio melhor.«Mas hojo ha cousa superior, temos a salvação com-

pleta, a cura radical do quem, affloctado do febres domáo caracter, biliosas remittontes e typhicas om qual-quer grau que ellas se achem, serio infallivelmontodebelladas, tomando-se o licor de «Café Beirão».

Portanto, é esto o primeiro o único remédio paracurar as sesSes antigas, complicadas de inflammaçaoanemia, tanto mais que, ainda tem elle uma excollen-te virtudo que é—do ovitar as recahidas.

«Equador» de 18 do Maio de 1890. n

eoonoimoa.

JORNAL DOS ESTADOS

PERNAMBUCO ;

Wm. -Etiegcr, Frankfurts/ Main

é a fabrica mais importante da Allemanha emSABÕES E PERFUMARIAS FINAS

tanto como emSABONETES MEDICINAES.

Caixa Geral das FamíliasSociedade nacional de seguros sobre a vida

Autorisada polo decreto n.° 7.985 de 5de Fevereiro de 1881

Installa.a em 28 de Novembro do mesmo anno14 ANNOS DA MAIS HONESTA, PROVEITOSA

E REGULAR EXISTÊNCIAEscriptorio central-Rna do Hospício n. 1§

RIO DE JANEIRO

Reservas cm prédios, apólices e era moedaDIRECTORIA

Presidende—Dr. innocencio SerzéDel*LO GORREA.

Thesoureiro—joao leo.oldino tií.Xèi-RA BASTOS.

Secreta'io-gereute— carlos Leite UtBEi-RO.

Consultor technico- commEndafiou joXoDE SOUSA MOREIRA.

A caixa geral das FÃ.ijl.iAS, a mais an-tiga das S' ciedades nacionaes, offerece aosseus segurados as seguintes vantagens :

Sendo em.mutualidade, todos os lucros per-lencem aos próprios segurados;Suas deliberaç.-s s.o immediatas;O segurado nunca perde o seu seguro des-

de que pague 3 annuidades;E' administrada e fiscalisada pelos pro-

prios segurados, segundo o voto da maioria.

TESTEMUNHOS VALIOSOSO sr. J. Sanchez, actual director-geral da

«New-Yoik Life Insmance Company», sen-do interpeliado sobre o conceito que forma-va da caixa geral das famílias, poz delado o facto de tratar-se de uma competido-ra e com toda justiça escreveu o seguinte :

«De todas as instituições brasileiras, cujomecanismo procuramos estudar, «. incontesta-velmenle a CAIXA GERAL DAS FAMÍLIAS a uni-ca que tem os seus cbIcuIms assentados sobrebases matematicamente indiscutíveis, adaptadase seguidas pelas melhores e mais sólidas institui-ções extrangeiras deste gênero, off.recendo ella,portanto, ao publico--

A MAIS COMPLETA GABANTIA,pois que aos verdadeiros princípios do segu-ro reúne a integridade e honradez de seu-administradores».

_. Cateta de Noticias, a de Agosto de 188],

No dia áo do passado, o trem n. 14 dalinha do' Limoeiro, 'que descia de Tim-bauba para o Recife, ao passar pelo corte n.2-, kilometro 54 a 55, no lugar chamado Ca-choeira, esmagou um homem pardo, de 55 a60 annos de idade, qee se achava deitado aolado do leito da estrada.

O facto foi casual, pois além da descida hauma grande curva e uma barreira de 5 a 6metros de altura difficultando a vista do lei-to da linha.

A policia tomou conhecimento e proseguiana forma da lei.—Foi esmagado por um trem da Compa-

nhia do Caxuigá, o indivíduo Manoel Ro-drigues da Silva. • j

O facto deu-se entre as estações de SantaAnna e Parnamerim e sobre ella corriam di-versas versOes, nao estando ainda apuradadevidimente a verdade.

A autoridade do districto tomou conheci-mento do f.icto.

—Falleceram: na capital, dona CândidaJovina Benedicta da Silva Acauã, viuva dodr. Benedicto Marques da Silva Acauã, so-gra do sr. desembargador Joaquim da CostaRibeiro, e avó do sr. dr. Costa Filho, e emTigipió, o maj >r Antônio Pereira da CâmaraLima, proprietário do engenho Bella-Vistado municipio de J.b -atao, onde gosava degrande prestigio,

s. PAULO:

No dia 20 do passado, ás 6 horas da ma-nhã, no bairro da Luz, deu-se um horrorosocrime. Miguel Sant'Anna Leão, próximo áporteira da Estrada Ingleza, encontrando-secom Cezar Ventura, empregado de Figuei-joa & C.a, vibrou-lhe uma punhalada noco-ração, prostrando-o morto. Puuco adianteencontrou-se com o italiano Cesari Antônio,que também assassinou com uma punhaladanas costas, atravessando-lhe o pulmão es-querdo. Em seguida o assassino foi preso portrez soldados de policia. No caminho do pos-,to policial de S. Caetano, o criminoso, ser-*vindo-se da mesma, arma ferio gravementeduas praçjs, deixando-as cahidas. Outra pra-ça ficou levemente ferida com uma punha-lada no peito.

Fugindo pela rua dos Immigrantes, o cri-minoso ferio a José Mendes e Joio Araujo,que em companhia de suas famílias iam to-mar o trem de Cantareira.

Quando tentava assassinar uma criança,foi disparado por um transeunte um tiro derevolver, fugindo o criminoso, sempre perse-guido pelo povo. Beirando o rio Tietê, o as-sassino atravessou um charco; depois, a nado,dirigio-se á outra margem do rio, indo refu-giar-se no matto, que é cercado por um bra-ço do rio Tietê o pela drenagem da commis-s3o de Seneamento. Soldados de policia, emnumero de dez, commandados por um alfe-r1S| d*"j.mdo-se para alli, por meio de ca-noas, effectuaram a prisão do criminoso, quefoi remettido ao posto policial de Santa Ephi-genia e d'ahi á repartição central da policia.O assassino é hespanhol, de estatura bai-xa, construcção franzina e tem 27 annos deidade.

Achava-se mal vestido: calça e paletot dealgodão, camisa de meia e descalço.

Apresentava-se calmo, e, interrogado peloquarto delegado Godoy, declarou ter chega-do de Santos no dia 19 onde foro procuiaremprego e que se achava desesperado pornao comer ha tres dias..'-

Quanto aos crimes, disse cynicamente naorecordar-se de cousa alguma.

O assassino apresenta também diversos fe-riraentos de bala e pedradas, sem gravidade.Depois de medicado, foi recolhido á enfer-maria da cadêa.

E' gravíssimo o estado das duas praças,nao havendo esperanças de salval-as.O crime produzio enorme impressão na ci-

dade. Quando o assassino era conduzido doposto policial de Sante Ephigenia para a re-partição central da policia, escapou de serlynchado.

Trento, a encantadora cidade italiana si-tuada nas margens do Adige, foi escolhidapelos clericaes para centro de debates de umcongresso dirigido contra a sociedade univer-sal da franco-maçonaria. Que tomem, pois,cautella os adeptos da seita franco-maçoni-ca, cuja origem é mais antiga do que a Igre-ja Catholica Romana, pois que remonta aostempos de Salomão. O seu fundador, segun-do se diz, foi o próprio Hiram, architecto dofamoso templo.

De todos os pontos da Áustria e da Italiaaccorreram os adversários da franco- maçona-ria; um trem especial transportou de Romaalgumas dúzias de prelados, de membros deordens religiosas e de veneraveis coneg.s.Ficaram todos maravilhados do quadro, querdizer, do panorama italiano. E' a alta torrequadrada de Sao Pedro, que domina ummundo de tectos encarnados com telhas cur-vas, segundo o estylo italiano, depois ences-tas carregadas de vides, horizontes de mon-tanhas, e o Adige que murmura. Por sobreas suas águas, que as recentes chuva3 tinhamtoldado, íluetuavam de quando em quandoenormes jangadas que desciam de Botzen ede Naders, cheias de gado e n">.o raro depassageiros, que tinham mais tempo do quedinhei» para perder na viagem.

Como iamos dizendo: o Congresso Anti-franço-maçonico reunio-se em Trento sob apresidência do Príncipe de Lowenstein e avice-presidência do Conde Pavanuzzi.

Aos congressistas foram distribuídos im-pressos illustrados, onde se via o diabo emconciliabulo nocturno com um franco-ma-çon.

Isto deve dar uma idéa do espirito, quereinava na assembléa.Assistiram á abertura perto de quinhentosmembros, entre os quaes se notavam o Prin-

cipe Gonzaga, o Conde Consola lé, o Princi-pe Lichtenstein, e... adivinhem quem... e Ta-xile o antigo e jovial homem de letras, queficou velho, e tem um medo do diaba que sepella.

A abertura realizou-se na igreja do Semi-nano, estando o presidente e vice-presidenteno coro, e as senhoras n;is galerias.

Cantou-se o Ve- i Crènior.O Príncipe arcê.ispo Vfíríüz.i, da diocese

de Trento, proferio o di.curso deabertutaem língua italiana, e implorou* a benção doceo para os trabalhos do Congresso, que de-via ser tao proveitoso á Igreja como o ceie-bre Concilio Tridentino., O sr. AUiata, presidente do ..•./V/romano,trouxe a benção de Roma, pelo que os assis-tentes gritaram tres vezes: «Viva o Papa e oImperador Francisco José!» Tudo isto emitaliano.

Depois elegeram-se o presidente e o vice-presidente definitivos, que deviam reunir-separa debates, que tiveram lugar no Semina-rio, ao passo que as assembléas geraes doscongressistas se reuniam na igreja.

A assembléa ouvio depois a leitura deuma philippicá violenta contra a franco-ma-çonaria.

_ As sessOes nada tiveram de extraordina-rio, a n3o ser que fossem menos as sessOesde um congresso, do que uma reunião de sa-cerdotes, em que dominava o elemento ita-liano.

A população de Trento assistio curiosaaquelle concilio singular de um novo gênero,que só teve para ella a vantagem de encheros hotéis e animar as ruas.

Mas, depois d'elle, por força que a maço-naria está perdida...

Ora os padres I

Para a navegação de Curuçá e rios Lagu-na, Anajás, Mocoões, Cururú e Carumbêforam acceitas as propostas da Companhiado Amazonas para a primeira e de Freitas& C.a para a segunda, devendo ser incluídosna de Lagunas e Alto Anajás os portos:Bocea do Carré, Anajás, Prado, no rio Ca-rambé, devendo ainda os emprezarios orga-nisar as respectivas tabellas dos preços depassagens e fretes.

O governo, por officio de 17 do correntedirigido ao coronel commandante do regi-mento militar, louvar os officiaes e praças doregimento pelo gráo de disciplina e instru-cçao que revelaram por occasiao das festasde 15 e 16 do corrente.

Foram das obras publicas ao governo paraassignar os titulos das terras de Antônio Ma-noel de Araujo, denominadas Vieirinha emMacapá, e das de Antônio Guedes da Silva,sitas á Estrada de Ferro de Bragança, noCastanhal sendo o primeiro titulo de legiti-maçío e o segundo definitivo.

Os talhos do Io districto, foram visitadoshontem, pelo guarda sanitário d'esse distri-cto que encontrou a carne em bom estado.

'' ¦ ¦ *' ' %wúHontem, foi mandado retirar do talho n.°

41 á rua do Riachuelo, 29 kilos de carneverde, pelo guarda sanitário do 30 districto,por nao estar esta em estado de ser expostaá venda.

Realizaram-se ante-hontem e hontem osexames do 2a e 30 anno da escola de pilotosd este Estado, dando o seguinte resultado:2a anno—Approvados plenamente nosexames de manobra e navegação : 'Antônio de Mattos Bentes, Augusto Leão,

e Arthur Porto Alegre de Almeida.3o anno—Approvado plenamente nos exa-mes de derrota e machina:Marcos Portilho Bentes, que concluiu com

estes exames o curso da referida escola. - •

EStaminet. Único que podeser freqüentado pelas Exms famílias.

ECHOS E NOTICIAS

Sobre matéria medico-veterinaria, o sr. A.Corrêa Mendes, habilissimo profissional queallia á indiscutível competência para o as-sumpto, talento nao vulgar de escriptor, ini-cia hoje na Folha a sua proveitosa collabora-çâo, que assás interessa ao meio paraense,especialmente aos fazendeiros d'este Esta-do, que muito terão a lucrar com a leiturados artigos do illustre veterinário.

Apresentando, pois, o auetor das Notasmedico veterinárias, a quem agradecemos agentileza com que acquiesceu ao convite quelhe fizemos para nos prestar a sua útil colla-boraçao, resta-nos chamar a attençâo de to-dos os interessados para os seus excellentesartigos. -. r-*..

Os vapores «Maranh(Ho» e «Rio Afluá»transferiram as viagens de hontem para hoje,aquelle para o Sul da Republica, e este paraa linha de Chaves, recebendo as malas noCorreio ás 3 horas da tarde.

nnT,m„ 9 Vasconcellos do EstaminetBRINDE****4 *«a-«b*>indo um bello brin-- de para o Natal. (24

TRIBUNAL CORRECCIONAL !Hontem, compareceram 6 vogaes, foi jul-

gado o íéo Francisco Cavalcanti de Meue-zes, aceusado do crime de furto.

Foram soiteados para o conselho julgadoros srs. Augusto Baptista de Miranda e Olu-do Gomes do Rego Barros.O réo foi defendido pelo solicitador Au-

gusto Thiago de Sousa.Condemnaram o réo a _ meies e 10 dias

de prisão.*

Entrou também em julgamento a ré Mar-garida de tal, aceusada do crime de injuriasverbaes.

Serviram n'este julgamento os srs. ManoelPio de S.usa Tavares e Olindo Gomes doRego Barros.

A ré foi absolvida. *<Continuam multados em 100S000 iéis to-doi oj vojucs qqe tem faltado,

E um original, um rátao, o André Crillo.Em geral os individuas que golam mais

do que devem dao para fazer assuadas, con-tar bravuras ou então para desfazer-se emruidosas expansões de alegria.

O Crillo, porem, nao é assim.Mal a caxaça trepa-lhe á cabeça, o ho-

memzinho dá para chorar que é uma cala-rnidade.

E alem de chorar copiosamente, o Crillolastima a sua sorte em altas vozes, n'umberreiro insupportavel, como aconteceu àn-te-hontem á noite, sendo preciso que, paracalmar-lhe as magoas o subprefeito Rochao recolhesse em santa paz ao senaculo da ruaNova* - I '>*_-•».. -n

Expediente do Thesouro do Estado, hon-tem:

Petições.—D. Eufrosina Emilia do Amaral.—A' contadoria para os devidos fins.—Antônio Franco de Sá.—Como requer,—Manoel Mancos da Silva Villaça.—Cer-tifique-se.

—Dr. João Baptista Duarte, José Francis- "co de Lima Moura (bacharel).—A' conta-doria.

—Eduardo Seabra de Mirandai—Informeo sr. contador.

—Dr. Francisco Xavier Soares Monte-negro, Joaquim Marinho de Vasconcellos.-*-Junte à petição anterior, diga o dr. procura-dor fiscal. ¦•¦••....• ¦

O/Jicios.—Ko collector de Guamá.-^De-clarando, em resposta ao seu ofncio de 12do corrente, que para poder ser attendido asua solicitação, deve enviar conta demoh-strativa, a qual deve ser organisàda de ac-cordo com o modelo anhexo aportaria d'es-te thesouro n. 356 de 17 de Dezembro doanno passado.

Informações.—Foi informada ao governo apetição da Sociedade Jockey-Club Paraense.

Sao convidados a comparecer hoje áEs-cola Normal, para prestarem exame oral osalumnos de francez, i.P.anno, ás 8 horas damanha:

2.a TURMA

DD. Joanna P. de Figueiredo, JoannaSantos, Luna Graça Fortunato, Maria A. daSilveira Trindade, I-hilomena SimOes, Ray-munda Ernestina Franco, Raymunda Philo-mena Maia, Rita O. d'01iveira Vianna c osr. Maximino J. do Valle Filho.

TURMA SUPPLEMENTARDD. Rosa M. Salazar, Tertuliana Montei-

ro, Thereza P. d'Almeida e UmbelinadeAlmeida.

Historia Universal , ,3.0 anno, ás 2 horas da tarde : np ..jrr.kDD. Amélia H. C. de Macedo, Antonia

Coimbra Cordeiro, Balbina Leal PimentaBueno, Deolinda Pereira Duarte, Isabel Mi-randa, Joaquina F. de Jesus, Joaquina de,'S.Barbosa, Lucilia Rocha, Thereza Braga oMiguel L. de Moraes.

I-*i"1'Sempre o ciúme em scena, elle, a causa desuicídios, assassinatos, incêndios, naufrágios,etc. • - •"¦

Maria Luiza e Custodia Clara sSp duas ça-fuzas mais ou menos sympathlcas è espertascomo um rato.

Eram amigas tao intimas, que uma H3o co»mia uma banana sem que ao menos um pe-daço não desse á outra.

Vestiam da mesma loja e calçavam do .mesmo sapateiro.

Ha um mez mais ou menos Maria Luizaentendeu levar para mais longe os limites detal amizade, começando a enfaceirar-se como camarada de Custodia Clara.

Emquanto esta de nada sabia, as cpuiasi?m correndo muito bem e a sociedade p_3e-guia sem perigo. "•

Hontem,. porem, uma inimiga de MariaLuiza chamou Custodia Claià e pôl-a ao cor-rente^ da infidelidade da amiga, fazendo, jáse vê, quanto poude, a maior carga á su.»desaffecta.

Custodia Clara, rimando os dentes, tendouma como nuvem á escurecer-lhe os olhos,ouvio toda a delação, ponto por ponto, e emseguida dirigiu-se para a casa de Luiza, dis-posta a reduzil-a a papa, se possivel fosse.

Cem passos nao havia dado, quando de-para-se-lhe a rival, desusando nos bicos deesguia chinellinha, paletot rendado e umramo de jasmins fincado na carapinha.

Sem mais preâmbulos, Custodia Clara vaoaos fagotes da infiel amiga; esta recua, defen-dendo-se. aquella investe, aggredindo.

Após alguns segundos, consegue Custodiatrincar os beiços de Maria Luiza, que pôz abocea no mundo pedindo soecorro. -Compareceu o terrivel capitão Mattos, esciente da3 origens do facto, elle, para quemo ciúme é nm mytho, porque nunca ò amor -

se acastellou no seu coração, mais frio doque a lamina de uma espada, fez immedia-tamente conduzir para a aprazível gaiola daestação as duas rabinas,

A scena deu-se »q Rçdondo,'"''jtaSÍrr

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. y*i_^_:Folha do Norte—19 de Novembro de 1895

Eurico de tal, sócio solidário da fitmaGoladas &• Roelos esteve, hontem, á ordemdo dr. chefe de segurança fazendo a sua es-cripta nò elegante escriptorio da travessa deS, Matheus.

Hoje ás8 ij2 horas da noite, realisar-se-áuma sessão de assembléa geral, na Associa-ção Dramática, Recreativa e Beneficente,para tratar de assumptos de grande inte-resse social e muito especialmente da con-strucção do Velodromo.

y Na casa n. 36, á rua do Rosário, falle-ceu repentinamente ás 5 i[2 horas da ma-nha de hontem Alexandrina Maria da Con-ceiçao, de 40 annos de idade, maranhen-se, preta, solteira.

Na oecasião de dar-se o óbito achava-se presente a hespanhola Maria dos San-tos,-qúé reside na casa fronteira.

A fallecida vivia em companhia de Pau-lino Antonio de Moraes Rego.

.O'facto foi commuicado ao subprefeitoCapitão Cândido e ao delegado sanitáriod'aquelle districto.

.Continuam em tratamento na enfermariada cadeia de S. José 4 doentes.

Durante a noite de ante-hontem policia-ram a cidade 113 praças dos corpos de in-fanteria e 38 do de cavallaria. •

Hoje haverá sessão na Junta Commercial,á hora do costume.

Esteve hontem de permanência na esta-çãó policial o sr. dr. 2.0 prefeito.

Tirou hontem passaporte na repartiçãode segurança p cidadão Ovidio Lobato,que segue para a Europa.

Estão annunciados para hoje os seguintesleilões:

. De moveis, jóias de ouro de lei com bri-lhantes e pedras preciosas, no prédio juntoao de n. 42, á estrada de S. Jeronymo, á 1hora da tarde;.-. De estivas, no armazém de M. M. No-gueira & C", ao meio dia;

Idem, idem, no armazém de Grumbacher& C.a, ás 8 horas da manha;

De estivas, no armazém de Gonçalves deBrito & C.a, ao meio dia; e

Idem, idem, no armazém de Castro Mar-ques & C.a, ás 8 horas da manhã.

Hoje, ás 6 horas da manha, na igreja deNazareth, serão celebrados suffragios poralma do capitão Manoel Saturnino Amazo-nas.

Por decreto de ante-hontem, o governousando da auetorisação concedida nas dis-posiçOes geraes da lei do orçamento do pre-sente exercicio. 96-97, artigo 24, letra A, re-solve abrir o credito supplementar de réis500:0008000 ao § 9.0 do artigo 8." do refe-rido exercicio para oceorrer ás despezas comintrodução de immigrantes e colonisação na-

.cional até o encerramento do dito exercicio.

¦ Consta que serão promovidos no Regi-mento militer do Estado:

Corpo de cavallaria — A Tenente-coronelcommandante, o major do. *.° corpo de in-fanteria, Paulo Albuquerque;

. Aima de infanteria—A major fiscal do_.° corpo, o capitão-ajudante do i.°, CalixtoMalaquias Mendes:

A capitão do i.° corpo, o tenente Mi-guel Francisco Fontelles;

A tenentes, os alferes Clementino d'01i-veira Coutinho e Felicíssimo Egydio doValle;

A alferes t-ffectivos, os em commissão,José Moreira de Carvalho e Silva e Severia-no Ribeiro Pampolha;

A alferes em commissão, os sargentos Joãode Araujo Freitas e Arthur Claudino deBarros.

. Realisar-se-á hoje á noite, no «CollegioPerseverança», dirigido pela professora d.Carlota Pistacchini da Costa, a solemnedistribuição de prêmios aos alumnos que-'mais se distinguiram durante o anno,

O cidadão Francisco Simões de Resendefoi nomeado para substituir o amanauenseda secretaria de segurança publica Frederi-co Augusto de Moura Falha, que se acha li-cenciado.

Os commerciantès de nossa praça, Cher-mont, Vasconcellos & C.a, Carvalho, Silva &C." e Rocha Silva & Ca, tiveram licençapara despachar pólvora vinda no vapor inglez«Theresina» para consumo da nossa praça.

Foram approvados pelo Governo os pa-peis concernentes.á turma de immigranteshespanhoes, introduzida neste Estado pelocontractante Emílio A. C. Martins.

Para servir interinamente o cargo de ama-' nuense na secretaria de segurança publicafoi nomeado o cidadão Frederico Alfredo' de Gusmão, por aeto de hontem.

De accordo com as informações do The-souro, o governo mandou que este pagasseao cidadão Lourenço Antonio Lopes de Aze-vedo os vencimentos a que este tem direitode sua fallecida esposa, d. Raymunda Ma-ria dos Reis, como professora da escola deIgarapé-miry.

O Correio d'este Estada expedirá tu srgtllntos ua-| I»-51 -

HOJSfeio vapor nacional «Rio formoso;?, para Catnccim,

' á» 8 horas da tnauhs.j,-. -r!«Pdo vapor «taes do Carvalho, para Manáos, is

3 horas da tarde.—Pelo vapor nacional «Rio Affu4», para Ponta de

Pedras, Oelrai, Curralinho, Bagre, Breves, Alfuá eChaves, à» 3 horas da Urde,

—Pelo vapor inglez «Therezinr», para o Ceará, ás5 horas da tarde,

AMANHÃ:Feio vapor inglez «Obidense», para Europa, ds 8

horas da manha.

Rendas PublicasALFÂNDEGA

Até o dl» 17 do corrente . , . 835:388)867Hoje . •¦- '. 61:7871750

Total v-. ',-. 8g8ri76f6i7

Bm igual período de 1895, ... %

Diflerenç» para nais neste exercido. f

NOTAS SPORTIVAS

A ultima corrida IiipplcaPor um amável convite da directoria do

Jockey-Club, resolvi, rontra ineos hábitos,assistir ás grandes con idas de 16 do corren-te, dedicadas, como muitas cutras festas, acommemorar o advento da Republica Bra-sileira. ' , ¦

Apezar da amabilidade do convite, do cn-sejo que tive de achar-me no meio de umasociedade escolhida, como era a que ornavaas archibancadas do nosso hipodromo, con-fesso que vim, mais resolvido que nunca, alá nao voltar mais, por vários motivos, cadaqual mais poderoso. A difficuldade no tran-sporte, a agglomeraçao nos bonds, o calorasphixiante, a falta de água, e principalmentea maneira pela qual s3o ali disputadas ascorridas, sSo razOes mais que poderosas,para determinar a resolução que tomei.

Assisti ao i.° pareô; depois do 2°, desciao encilhamento; logo á entrada, depareicom um rapaz, vestindo uma roupa de jockey,que com as lagrimas nos olhos, queixava-sede que um outro jockey, além de o atrapa-lhar durante o percurso da corrida do 2.0pareô, chicoteou-o fazendo-lhe uma grandeescoriação na face, produzida pelo chicote;indaguei a razão de ter elle soffrido aquellaaggressao, -e disse-me que o jockey Maga-'lhaes, pois assim se chamava o aggressor,tem por costume, quando vê que outro jo-ckey lhe pode ganhar, recorrer a esse meio,para evitar a derrota.

Ora, realmente é uma boa maneira de ga-rantir corridas!

Mas como cui ioso e leigo que sou na ma-tsria, pergunto, o que cumpre á directoriafazer ao jockey que assim procede, maximequando fui informado de que o tal jockeyMagalhães, tem por habito assim proceder,pelo que já nas corridas de 15 de agosto p.p., foi preso. No código de corridas devemhaver penas para esses delictos.

Sem incidente correoo 3.0 pareô, que pou-ca impoitancia oflereceo, pois tod.is aguar-davam a realisaçao do 4 °, no qual ia dispu-tar-se o grande piemio estado no para, nadistancia de 2.140 metros, com o prêmio de3:0008000.

Finalmente, a sineta deo o signal da saidados cavallos para a raia.

Eram elles, « S. Jacques », « Recuerdo » e« Abril». A chegada de cada animal na fren-te das archibancadas era recebida com sal-vas de palmas.

Depois de curta demora no alinhamentode saida, o juiz deo a voz de partida. Sairamos tres animaes quasi que juntos, um poucona frente «Recuerdo», lego atraz «Abril» eporultimo «S. Jacques». Pela velocidade da saidapresumio-se logo uma dessas luetas, que fa-ria lembrar os antigos combates nos circosda velha Grécia.

Na passagem pelas archibancadas o pu-blico em delírio, saudava os combatentes;era impossível prever a victoria, ora jun-clavam-se, ora separavam-se para de novose reunirem; finalmente «Abril» afroxou, lu-ctaram então «S. Jacques» e «Recuerdo»:um momento houve em qne «S. Jacques»conseguio a ponta, para pouco depois ce-del-a de novo a «Recuerdo»; eil-os final-mente na recta de chegada, «Recuerdo»apparece meio corpo na frente de «S. Ta-cques», de repente vê-se que «Recuerdo»corre de pescoço voltado completamentepara o lado em que corre «S. Jacques»; talposição não era natural, mas qual não foia minha indignação, quando percebo que ojockey de «S. Jacques», segurava tenazmen-te a rédea do cavallo «Recuerdo», não con-sentindo que o valente animal, desen-volvesse toda a velocidade que poderia dis-por; comludo, por um esforço supremo con-segue o jockey de «Recuerdo» desvencilhar-se, de tao infiel competidor, e chegar aoposte bencedor com um avanço de pes-coco.

Não quiz por mais um momento assis-tir a outros pareôs, e furioso pelo que aca-bava de assistir quiz interrogar a directo-ria, saber que pena merece um homem,que esquécendo-se do respeito que deve aopublico, procurando de uma maneira tãovergonhosa, arriscar a vida de um outrojockey, que procurava com tanta lisura le-var seo cavallo á victoria; indaguei do nomedo jockey que montava «S. Jacques», e qualnão foi a minha estupefacção, quando denovo ouço que era o mesmo Magalhães,que no 2° pareô já tinha chicoteado ojockey de que acima faltei. Terá por ven-tura aquelle jcckey algum privilegio parafazer os desatinos que entender, sem quecom isso soífra castigo ? Porque razão con-sentio a directoria, que tendo Magalhãescommettido õ delicto que commetteo no2" pareô, e do qual teve sciencia, conti-nuasse a tomar parte nos outros pareôs quese seguiram ? Nao teria porventura a dire-ctoria do Jockey-Club, attribuiçOes para osuspender? Não creio que assim fosse. Oque é facto, é que, a continuar como vãoos destinos d'essa sympathica sociedade,auguro-lhe muito curta duração, o que élamentável, pois que o sport hípico, em todaa parte onde existe, revela progresso adian-tado.

Comtudo, espero que a directoria, eviteo declínio de tao sympathica sociedade.

MAX.

PROVEMEm salada ou em peixe o azeite da casa

Mourisca: só se vende noLEÃO DA AMERICA (ii

_ It^ima lew-Home bô ae yondeno 0ENTR0 00MMBR0IAL PARAENSE'de Moreira doa Santos & Comp., ÚNICOSageniea, rua 15 de Novembro, n. 8.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

SPORTTendo causado espanto ao publico que

assistio á: corrida de 16 de Novembro (4.0pareô) o esciupulo do Deiby-miry, escrúpuloque o proprietário do cavallo «Recuerdo»não teve, não tem e nunca terá nos dias dasua vida, escrúpulo completamente negativoem J. Watkifs.

Pois mais espanto causará ainda quandosouber-se que o proprietário do cavallo «Re-cuerdo», costuma mascarar-se com a mas-cara Derby-miry sobre a qual collocou ago-ra a de J. Watkifs, não para esconder a ver-melhidao dos envergonhados, mas para es-conder a pallidez esverdeada dos corridos.

Os caracteres, porém, do proprietário docavallo «Recuerdo» e do signatário d'estas li-nhas que sejam julgados por quem os co-nhecer.

O resto... á sorte.Quem assistio á corrida de 16 de Novembro

e conhece a difierençaque ha entre «St.Ja-cques» e «Recuerdo» e conhecer também asqualidades dos respectivos proprietários, sa-be, vio e avaliou quem foi o deliquente naporfiado4° pareô em que tomaram parte osalludidos animaes, montados por Magalhãese Manoel Archanjo.

O propósito do proprietário de «Recuerdo»já era calculado com alguns dias de antece-dencia e, tanto assim, que pessoa que me-rece todo o conceito e que á amiga do ditoproprietário, me garantio que Manoel Ar-chanjo ia correr no pareô armado de faca.

Agora para terminar esta justificação pe-rante a minha consciência e perante o pu-blico que assistio á corrida, só tenho a dizerque o jockey que primeiro lançou mao darédea do cavallo do competidor foi ManoelArchanjo e por esta affirmativa que venhode fazer eu hypolheco. a minha palavra dehonra e o desejo da minha felicidade' e detodos que me são caros.

Esta é a verdade que nem Jaymes, nemDerbies, nem Watkifs seiao capazes, combrio e honra, de desmentirem.

Pará, 18 de Novembro de i8g6.B. Joaquim Godinho.

R. do Riachuelo n. 27.

T_yceu«le Artes, e Officios«Benjamiii Çonstant»

. EXAME DA AULA DE CONTADILIDADE

Havendo os alumnos srs. Joaquim Tava-res Rodrigues, José Louzada e Álvaro In-nocencio obtido merecidas notas de distin-cç3o, nos exames de 13 do fluente mez, assuas provas-pratico-escriptas acham-se mo-destamente expostas no Bazar da Industria,rua do conselheiro João Alfredo, canto datravessa 7 de Setembro. E constam ellas,nomeadamente, do seguinte:

a) Um Diário em continuação, resumos,balancetes, fecho do balanço; etc. e Razão.

b) Um Diário com abertura e fecho daescripta, lançamentos de diflerenças de cam-bio; idem dito.

c) DefiniçOes, modelos de lançamentosde l.a, 2.11 e 3.a forma passados para a 4.";regras geraes de abertura e fecho de escri-pta com tres hypotheses e lançamentos cor-reclivos, preliminares efinaes.

d) Exercícios (9) de contas correntes, pornúmeros directos, pretos e promíscuos; comsimplificações uteis e originaes.

Finalmente, também:c) Os áttestados particulares de habilita-

çao, expedidos pelo professor e rubricadospelos srs. examinadores—Sabino H. da Luze José C. de Figueiredo.

Pará, 17 de Novembro de 1896.Roberto A. Moreira. (2

Leucorrhéa ou Flores Brancas

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ABREU SOBRINHOHoje são geralmente reconhecidas por

todo o mundo medico as vantagens do em-prego do Xarope de Sambayba como o maiseíBcaz medicamento na cura das flores bran-cas ou leucorrhéa.

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É ESPANTOSO!...Para o tratamento de qualquer doença tor-

na-sé sempre difficil a escolha do medica-mento, porque os organismos sao todos dif-ferentes e, o que faz bem a uns, pôde fazermal a outros. Por isso é espantoso não haveruma só pessoa que use o DERMOL que logoem seguida lhe não faça os maiores elogios.E' que estes elogios são realmente mereci-dos, porque nas doenças de que elle é o uni-co especifico, como são os dartros, herpes eempigens, consegue-se uma cura immediatasem o perigo de recolher a doença, evitandoassim um .longo soffrimento e grandes despe-zas com muitos depurativos.

Além dos dartros e todas as manifestaçõesherpeticas, com ou sem inflammação, o DER-MOL tira rapidamente as dores e inflamma-(Ses dos callos e as dores de dentes,.coxa golpes,txcofiações, picadas venenosas, queimaduras eulceras antigas.

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- Moléstias suspeitasVALE MAIS PREVENIR...

Quasi todo3 os vapores que estão chegan-do do interior, trazem noticias de fallecimen-tos de muitos passageiros e tripulantes, queforam rapidamente atacados de febres, a quesuecúmbiram em poucos dias. Deu-se porémo facto bem notável, de nao ter sido atacadonenhum.dos que estavam prevenidos com—pílulas de sAo raymundo; e todos os queas tomaram voltaram de perfeita saúde.

E' por isto que os pedidos destas pílulasaugmentam constantemente e já com difficul-dade a fabricação chega para o consumo.

As pílulas de sXo raymundo sao, pois,inquestionavelmente, o melhor remedio con-tra febres palustres e inflammações do figa-do e do baço. .

A' venda nas principaes pharmacias e dro-garias.

Depositários, srs. B. A. Antunes & C*. .Henrique E. N. sANTOB, pharmaceutico.

SUFFOCADOSofrendo de má digestão, e com tanta gravidade

que ficava suffocado depois de cada rofolção, fii usode muitas receitas dos melhores medicos d'esta cidade,sem resultado algum, pois minha doença continuavacada vez mais nmargurando-mo a vida. Desanimadorosolvi experimentar as Pílulas Antidyspepticas do dr.Heinzelmann e desdo as primeiras pílulas colhi excel-lentos effeitos. Segui tomando todos os dias uma pilu-Ia i/ã hora antes do j-ntar o já tra meses que estourestabelecido.

Attesto que soffrí dessa doença a annos, padecendohorrores, prejudicando meus negócios e gastando ex-traordinaiia quanüdade de dinheiro em medicos e bo-Hca. Quem Ior esto attestado poderá julgar quanto sougrato as Filulas Antidyspepticas do dr. Kcinzelmann,

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———I ¦ ¦ ¦¦«———AFECCION DEL HIGADO, INTESTINODEBILIDADE DO ESTÔMAGO, ACCU-

MULAÇÂO DE GAZESDeclaro que tomei as «Pilulas Antidyspepticas», do

dr. Heinzelmann para curar-me do enxaqueca prove-niente do debilidade do estômago e grande accumula-ção de gazes que muito me andava. Por ser verdadee estar muito agradecida e maravilhada com o effeitodas «Filulas Antidyspepticas», do dr. Heinzelmann,faço oxpontancamente esta declaração.

Sofia Soenes de Mello, senhora do sr. Alberto P.de Mello. (4

——¦» m s ¦____—Surprehendente!

Pinheiro, 20 de Fevereiro de 1896 —ILLM". CIDA-DÃO SR. ELP1D.O DA COSTA.—Cumprimento-vos res-peitosamente desejando vos, e á exm,* familia, os me-lhores bens da vida.

Permitti-me a liberdade que tomo em dirigir-vos apresente, que tem por fim nãn só patentear-vos a gra-tidão de ^ue me acho possuído pelos vossos serviçoscuidadosamente dispensados a meu innocente filhinhoJosé, durante quatro dias que guardou o leito, acabrn-nhado pela forte febre e tympaidte de que foi accom-mettido; como também para attestar-vos que o vossoLicor aVEüctlyptos E-puiio, ó, incontestavelmente, umprompto debeliador de tão temível mal,

Acceitae os meus cordiaes agradecimentos e dispon-de de quem com satisfação aVslgaa-sé vosso amigo res-peitador agradecido.—José Agostinho Pereira Daltro.—(Está reconhecida a assignatura pelo tabelliao Gama).

Cura iiiflammaçílo«Silvana Maria Moreira da Purificação, residente ç

rua do Ecpirito-Santo, na casa da professora publicaD. Luíza Generosa d'OHveira, soffrendo de febres einflamação curou-so perfeitamente com um só vidro do«Cafó Beirão»; a febre pertinaz, assim como a infla-mação do fígado o do baço não cederam durante tresmezes de tratamento com diversos remédios e depoisque usei o verdadeiro jcCafó Beirão» nenhum destesincommodos se tornou a manifestar.»

7—p

Peitoral de CambaráINPORTANTES CURAS DE ASTHMA

Martyrisado durante 17 annos por terri-veis soíírimentos asthmaticos, o Sr. IgnacioTeixeira. Machado usou em 1887 o Peitoralde Cambará, de Sousa Soares, e bastaramoito frascos para ficar radicalmente curado.

—Uma distineta senhora da familia doSr. José Carneiro da Silva Rego, que soffriaha 5 annos de uma acabrunhadora brónchiteasthmatica, curou-se apenas com seis fras-eos.

—Duas filhinhas do Sr. Miguel Augustodos Santos, occommettidas seguidamente dehorríveis accessos asthmaticos, depois queusaram o Peitoral de Cambará, nunca maisforam assaltadas pelo terrível flagello.

—A esposa e um filhinho do Sr. JoséFrancisco do Rego Rangel, atacados de des-esperadora tosse asthmatica, só conseguiramcarar-se com o uso do precioso remedio.

—Inteiramente desenganado do uso deremédios, o Sr. coronel reformado FernandoJosé da Gama Lobo, que soffria ha muitosannos de asthma, tomou, por conselho deum amigo, o Peitoral de Cambará e em bre-ve tempo ficou radicalmente curado.

, —Com o uso apenas de cinco frascos, ocommerciante Sr. Manoel Cavalcanti de Al-buquerque curou-se completamente de umatosse asthmatica que o afHigia havia 4 an-nos.

Os agentes,

Rodrigues, Vidigal èf O. (2

Tosses! Broiichítes! Escarros de sangue!XAROPE PEITORAL DE HUTAMBA

COMPOSTOApprovado pela Inspectoria Gorai de Hygiene do Rio do Janeiro

PKKPAHADO PELO PHARMACEUTICO

João TIctal de MattosFormado pela Escola de Medica Ja Bahia

A MUTAMBA, planta do Brasil, que porseus effeitos imponentes e miraculosos sobreas affecçües dos puIinOes, é conhecida desdeo Norte até o Sul, usada desde os temposmais remotos nunca deixou de produzir osseus benéficos resultados aos doentes que aella teem recorrido. O nosso xarope de mu-tamda, reúne todas as propriedades balsa-micas e peitoraes da famosa planta. Faz ces-sar com admirável rapidez accessos de tos-sos por mais violentos que sejam. Actua so-bre as mucosas dos bronchios e pulmões, pro-duzindo a expectoraçao e eliminação dessasmatérias que de tenazes e viscosas que eramtornam-se fluidas. Cura brónchite asthmatica,coqueluche, resfriamento da garganta, rou-quidao, é um preservativo para as pessoasque sofrem de hemoptyse e congestão pul-monar.Deposito em todas as Pharmacias eDrogarias

1>© PARÍY CATARRO DEL ESTÔMAGO

Certifico que despues de recurrir a muchos reme-dios y consejos medicos para curarmo de crueles su-frimientos dei higado, intestinos y estômago me so-meti á tratamiento com Ias pildoras Antidispéticas deidr. Heinzelmann. La dígestion arruinada hacia afíosse hizo normal desde Ias primeras pildoras que tomo.A los 20 dias de tratamiente com Ias pildoras dei dr.Heinzelmann estaba completamente curado y mi di-gestion mejor que nunca asi ei higado y estômago.Agradecido me suscribo.

Capitan Ernesto José Leivas. (z¦— ¦ m ir-——

E' o melhor remédio até hoje conheiedofpara a enra rápida das febres e sezões

Srs. Rodrigues Vidigal & C.a, Pará . .Accuso a remessa que me fizeram do seuafamado Licor Paraense e é com o maiorprazer que lhes agradeço tão benéfica lem-branca, pois que esse maravilhoso remedioé o mais radical e infallivel de todos os me-dicamentos até hoje conhecidos para curarrapidamente as sezOes e febres palustres.Aqui, em Ponta de Pedras, onde nao hamedicos nem pharmacias e o doente é obri-gado a lançar mao de preparados annun-ciados eu tenho aconselhado aos que sof-frem de febres e sezões o Licor Paraense etodos recuperam a saúde rapidamente semque fiquem com inflammações e outros en-commodos, como suecede com os mais re-médios applicados para o mesmo fim. Es-pero que me remettam nova remessa e au-ctoriso-os a fazerem o uso que lhes convierdesta carta para tornar publico os maravi-lhosos effeitos do Licor Paraense e salvar as-sim a humanidade soffredora de terríveismoléstias ...

Ponta de Pedras, 1 de Janeiro de 1896.—AntoniJoséLuts da Silva, commerciante. (Fir-ma reconhecida).

EDITAES1." e ultima praça

O dr. Alfredo Raposo Barradas, juiz de direito da Pro-vedoria e Resíduos da cara arca de Belem, etc, etc.Faço saber aos que o presente edital virem que no

dia 20 do corrento (6.* feira), ás dez horas da manhãdepois da audiência deste Juizo, na sala da 3/ vara,no palacete do Estado, irá sob pregão de arremataçãopelo porteiro dos auditórios Bernardo Antônio Cor-deiro, os bens seguintes:

BENS DE RAIZx terreno e puchada sem numero sito A travessa 9

de Janeiro, contendo sala, alcova, varanda, 2 quartos,cosinha, assoalhada de madeira branca snmente até ol.° quarto, o mais de chão, paredes de enchimento eares de caibros o ripas, Coberta de telhas, com quin-tal e poço de tijollos, confinando por um lado com odr. Vicente Chermont do Miranda e por outro com Si-pião Raymuado Lopes e pelos fundos com os herdei-ros de Bernardino rte Senna Lameira, medindo 6m, 60de frente e 66mi. de fundos, avaliado por 2:500(0000.

Um terreno á dita travessa ao lado da casa acimadescripta. medindo 6", 60 de frente e 66ra. de fundos,avaliado por 300S000,

Os immoveis acima forâo deixados pela finada Ma*ria da Trindade e acham se inventariados neste juiso,sendo inventariai!t1) Anna Maiia da Conceição, os quaessetão vendidos, em virtude de iequetimento do procu*rador da dita inventariante a fim de faci itar a parti*lha e satisfaser o imposto devido d Fazenda, despesasdo processo de inventario e outros, impreterivelmenten'aquelle dia a quem mais der ou maior lance oífere-cer e se por qualquer circum&tancia não houver audi-onda no dia designado, ficará para ai.' que se seguir,a arrematação.

O arrematante é obrigado a pagar á banca o preçoda a-rematação ou dar fiador idôneo na forma da lei,assim como todos os direitos por inteiro e as custas.

E para que chegue ao conhecimento de todos, man-dei passar o presente que será publicado pela Imprensa,aflixado no logar do costume e junto aos autos, Belem,14 de Movembro de 1896. Eu Odorico Epaminondasde Lima, escrivão que o escrevi e subscrevi assignado—Alfredo Barradas, estava sellado, (s

uLCIlU—1 « conimento», das mucosas, re-centes ou chronlcos. no* homens ou nas senhoras.

ProclamasO dr. Geraldo de Sousa Paes de Andrade, juiz de

dliuito do segundo diatricto civel e dos casamentos,da com-rea de Belem do Fará, etc.Faço sabor que ptetendem casar-se Raymundo Sil-

va Jardim de Oliveira o d. Donatilla Arcilla deSousa.

O nubtnte é solteiro, de aa annos de idade, empre-gado publico, natural deste Estado, residente nestacidade, filho de José Francisco da Silva e de d. Ma-ria Victoria de Oliveira, ia Ulecidos.

A nubente ó solteira, de 22 annos de idade, natu-ral deste Ebtado, residente nesta cidade, filha legitt-ma de Joaquim Sabino de Sousa e d. Joanna BaptU*ta Monteiro de Sovai, esta J.l fallccida e aquelleresidente nesta cidade.

Os nubentes apresentaram os documentos legacs.Quem souber de algum impedimento queira decla-

rar em juizo.E para constar mandei passar o presente, que será

affixado no lugar do costume e publicado pela im-prensa, Belem, 14 de Novembro de 1896. Eu, Ju-vendo Tavares Sarmento e Slva, Escrivão o escrevi.—G.raldo de Sfium Paes de Andrade.

Boletim io Clü18 de Novembro de 1896.

Mercado «lo cambioO mercado abrio no Rio a 8 bancaiio,

dando os bancos mais tarde 8 1132, e 8 i]8a como fechou firme.

Aqui vigoraram as taxas de 8 a 8 ij8 paraletras bancarias, e 8 3116 a 8 114 para papelparticular.

SorrachaEntraram mais hoje 198 toneladas das

Ilhas, Xingu e Cametá.Esteve o mercado debaixo de foite pres-sao das taxas altas de cambio e assim foi quede 7S900 e 38900 foram até 78700 e 38700 os

preços pagos durante o dia, fechando o mer-cado com alguns compradores retirados.

Hovimeiito da BolsaDia iS até ds 3 horas da tarde.

Corretor Antônio Souza.vendas:

110 acçOes da Sociedade de Credito Popu-lar a 1028.

Corretor Oliveira.VENDAS:

10 acçOes do Banco de Belem, 1* emissãoa 102S.

Cotação de titulosUltimasvendas até 10 de Novembro de 96AcçSes do Banco Commercial 1308000c da 3." emissão com 60 °i0. 85^000c do Banco do Pará . . 137I000« do dito, 4.* emissSo 40 %,

de entrada 5% . . 778000« do Banco Norte do Brasil 1028000« do Banco de Belem. . 1018000« da S. de Credito Popular 1018000c da C." de Seguros Paraense 8ootdbo« da C* de Seg. Comm. de 10081258000« da C." de Seg. Gram-Pará 2608000« da C* de Seg. Segurança. 1088000t da C.a de Seg. Amasonia 948000« da C» de Seg. Lealdade. 708000c da C.» Pastoril, de 508000 528000» da C* Jockey-Club. . 508000» da Fabrica de papel . 608000

Letras hypothecarias, juro de 7 °io 1008000Letras hypothecarias, juro de 5 0i„ 868000Apólices da divida geral, 5 °j„ 9808000Ditas da divida do Estado, 5 °i0 9808000Ditas da divida do Estado 6 «% 1:0058000

Compradores VendedoresBanco Commercial do Pará is8| 130$

S." emissão, 6o "|, 85$ 86|Banco do Pará ,J7| ,40j

c do Pará 4." emissBo, q 40 •[. 65$ ,67$c de Bolem ioi| Í05Jc Norte do Brazil ioiJ iojf

Sociedade de Credito Popular 100$ 102$Companhia de Seguros Paraense de ioof 140$ 160$

c de Seguros Comm. do 100$ iao$ 125It de Seguros Gram-Pará 285! 300Jc de Seguros Segurança xoo$ xo8$c de Seguros Amazônia 94) 95Jc de Seguros.Lealdade 68$ 70$« Urbana do K. F. Paraen» 55? 75fc Pastoril 5o| 52fe Joc-ey-CInb Paraense 45} 50Jc Fabrica de papel 58)

Debentures 7 •[, 99$ 100$Letras hypothecarias de 7 •:, ggf xoo$

« « dfl 5 •;. 85Í —Apjiices da rllvida publica geral 5 •[. 970$ 975$

c t do Estado 5 970J 975J« « « 6 1. 1.000J 1,010$

Banco do ParáCapital 5.000.ooojoooFundo do reserva 500 ooofooo

Boletim da semana de 17021 de Novembro d» 1806DESCONTOS DE LETRAS

Ató 4 mezes 9 °U ao annoDe 4 a io 'j, » «De 6 a 8 li•.'•_•'» «

DINHEIRO A PRÊMIOPor 6 meies 3 1. ao asnoF°f s* « 4 •,. < «

CONTAS CORRENTESCom rotiradas livres ....,» •> ao anno

CRÉDITOSAbro créditos em conta corrente, sob cauçílo de

letras da praça, acçOes de Bancos e Companhias, detítulos da divida publica geral e do Estado, gênerosdepositados na Alfândega ou armazéns alfandegados« sob garantia de hypotheca em prédios urbanos si-brados nesta Cidade,

SAQUESSaca sobre Londres, Paris, Hamburgo, Lisboa, Porta

e todas as cidades e villas de Portugal, Hespanha,Italia, Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará, Pernambucoe New-York.

Emitte contas do credito sobre as praças acima, as*sim como eíTectua pagamentos por telegramma*Compra e vende apólices geraes e do Estado,

Directores da serviço,Manoel Augusto MarqueiJúlio Lambert Perei*at

O secretario,Manoel Augusls Marques.

Banco do 3?aráBOLETIM DE CAMBIO

Pará, iS de'Novembro dt i8g6.

9o drv ViaU

Londres 8 7 7l8Paris 1192 1204Lisboa Porto e Braga 512Provincias .... 516New-York .... 6320Hamburgo .... 1474 I48gItalia 1200Hespanha .... 1150

sr*í2

Imi''&

O LICÍÍR PARItEiSE é o mim infallínüf na mr® úmm imhmm m mmx&mmy.

" ."* *•'S:tí-

Folha tio Norte -19 de Novembro dè 3896

MARÍTIMOS

Company, Limitei!MERCIOf o vasilhame paiapor cada um 2^000

IQUITOSjü.Io Alfredo», scguo para Iqui-

«jcala, no dia 23 do corrente ás

. nlfandega ató o dia 20 o do terraondas o passagens ató ris 3 horas daE da sahida,'•Novembro de 1896»

Declarações e avisosBanco Commercial domará

APÓLICES FEDERAES DO EMPRÉSTIMO DE 189S

Convidamos os possuidores das apólices federaes doomprestimo de 1895, que entregaram a este banco ascautelas provisórias, afim do serem enviada* ao res-gato, a virem receber os titulos definitivos das mes-mas apólices.

^ Fará, 3 de Ovtubro de 1896—O director-socrota-rio, Manoel P, reira Vias.

Banco Commercial do Pará3." EMISSÃO

6." CHAMADA DE 20 °[0

Convido os srs. accionistas a realisarem a 6. '

en-trada do 20 «|. sobro suas acçOes do hoje até 30 deDezembro próximo futuro.

Pari, 31 d9 Agosto de 1896.. O director secretario,Manoel Pereira Dias

INFORMAÇÕES ÚTEIS

MA. INTRÉPIDA.AVEGAÇAO . ARA AS ILHAS

Irá na noito dc 21 do corroa'c para a Cidade.ftuá, tocando nos portos do cestume, menos nos

Portol, Anaptü o Pacajá.Áocobo carga no trapicho Contrai ató 20.Kxpodíento, passagens o encommendas, na tarde do

di* da sahida, 110 escriptoiio do Solheíros, Marques& Ccmp.

L. Solhe» o &- C

^««•MíIBkVC*9

Banco Morte do SSrnsilENTRADA DE CAPITAL

Convidamos os srs. accionistas da 2." omissão a reali-sarem a 6." entrada do 10 •]„ sobro o valor do suasacçõrs, até o dia 25 do corrento.

l'ará, 5 do Novembro de 1896.Francisco Leite Chermont.

João B. de Britto Pereira.

RIO PURÚSSahirá na noite do 21 dt corrente pava o Rio Ma-

deira, ató Santo Antônio, recebendo lambera carga paraManáos até dia 19, no trapicho Central, onde será dadoo expediente,

Passagans ató ás 5 horas da tardo do dia da sahidano escriptorio dos consignatarios

A. Berneaúd í* C.

Ijiuha de Cajary

ELIAS¦Sahitá na noite de sr do corrento recebendo cargaató o dia 20 no trapicho Central onde serí dado o ex-pediente.

Passagens ató ás 5 horas da tarde do dia da sahidano escriptorio dos consignatarios

A. Berneaúd ô* C\

Companhia de Seguros "Amazônia"Os srs. accionistas da Companhia do Seguros Ama-

zonia, são convidados, nos termos da legislação emvigor, para uma sessão d'as-omblóa geral, quo so ef-fectuará no dia 26 do corrente mez, ás 2 horas dalarde, na sede social ao Boulevard da Republica n.39 (;° andar), cuja reun:ão tem por fim tomar co>nhecimento da proposta da directoria para a reformados e.t.itutos sócia*si

Pará, 12 dc Novembro de 1896.Os diretores,

Joaquim Antônio d*Amorim.Antônio Alves dos Santos. (9

MÉDICOSDR. FIRMO BRAGA, medico especialista om par-tos e moléstias da mulher. Residência—rua de Santo

Antônio, 6o. Telephone 270. Consultas das 9 ij2 ásxoija na Pharmacia Minerva.DR. SILVA ROSADO, medico o operador. RusUencia — tr. de Sao Matheus, n. 177. Teloplume 1522

DR. HENRIQUE MENDES co,„ pranJaTUpitai» de Paris, Viotuiafe Berlim.—especialista demoléstias do olhos, nariz, garganta c ouvúlba.

Chamados por esciipto.Telophone 1582. Consultas das 3 ás 5 horas datarde (altos da pharmacia Minerva).Residência—-Estrada do Nazareth. n. 37.

DRijÓSÉ RIBEIRO—Módico o Fhannacoutico—Consclla_'4òdos os dipa, úteis das ro ás 12, na Phar-da Maravilha—i travessa 7 do setembro, canto darua r3 de maio—Residência: rua dos Martyres n." 7

DR. PEREIRA DE BARROS, medico e oporadorEspedalidado : partos o moléstias das vias gonito-uri-najia». Dá constdtas na Pharmacia SanfAnna, dai 7.it 8 horas do dia o em sua residência, do melo diaá 1 hora da tarde, ondo receie chamado, a qualquerhora. Teluphone n. tia,

Associação D. R. e BeneficenteASSKMDLÉA GERAL EXTRAORDINÁRIA

2.a CONVOCAÇÃONíió se tendo effectuada a sessão convocada parao dia 8, por falta do numero, do novo convido aos srs.

associados a reunirem-se om sessão d'Assemblóa Ge.ral. no e.iiCcio social, quinta-feita 19 do corrento, ás8 horas da noite, afim de tratar-se dos assumptes jámem lanados na primeira convocação.

Bcloin, 15 de Novembro de 1896.Paulino G. da Rocha,

1." secretario, (1

DR. I.UCIANO CASTRO, medico e operador.—Especialidade — Partos o moléstias de senhoras.—Con-sultorio — Rua de Santo Àutonio, n.* 31, 1. andar,daa a ás 3 horas.—Residência —Rua r3 de Maio n."62.— Chrunadoa por esçripto*

DR. CLEMENTE SOARES, módico e operadorConsultas: pharmacia SanfAnna, das 11 ao meio dia.Residência, travessada Estralla, num. 11. Chamado»por esçripto.

DR. BAPTISTA DUÀRTB—Medico o Oporador—Especialista era mole.ttas do croanças, affocçfles eu-tanoas e syphilis.—Consultas n pharmacia Serafim doAlmeida á Avenida 16 do Novembro.— Residência—Travessa do S. Maüious B B.

ADVOGADOSAiFREBO SOUSA tom a sua banca de advoga-do no escriptorio da redaceâo d'esta folha, á praça daIndependência n*. r6, onde pode ser procurado dai8 horas da manha ás 5 da larde.

ELADIO LIMA. —escriptorio á rua 13 do Maion.' 76, nos altos do cartório do sr. tabollião Gama,das 9 horas da manha ás 4 da tarde.

rafara!

C2&W&J&, 3E»37oaaü.isLcaLa,Esta sublime cerveja, que até hoje tem sido a preferida en-tre todas as congêneres, quer na capital quer no interior deste Es-tado e do Amazonas,'acaba deobter"um grande triumpho em vir-tude das suas propriedades tonifi cantes e sabor agradabilissimo. A

Junta de Hygiene desde Estado verificou pela analyse a que sub-metteu a CERVEJA PREMIADA, que os seus componentes saoüe superior qualidade e attesta-o bem claramente a maneira comoa classificou a CERVE/rA PREMIADA, É uma bebida de su-PE1U0R QUALIDADE.. ^ Apresentamos Cm seguida a analyse quantitativa da infinita-vel CERVEfA PREMIADA, em vista da qual os seus aprecis do-res ficarão mais uma vez convencidos de que, apar de ser uma be-bida de agradável sabor, reúne também as propriedades de sr umimportante reconstituinte das forças physicas, visto ter uma acçaoeminentemente tônica e confortante.

« O Director do Laboratório de Analyses certifica que ii amos-£a de CERVEJA PREMIADA, apresentada pelos srs. AlfredoBarros & C.*, contem:

H-ESZXotÕESS

DensidadeÁlcool em volume. . . ,Ext. 100Assucar exp. em glucose. .Gomma e dextrina .... <1 Matérias albuminoides ... *Aridez total exp. em ácido sulph «Matérias mineraes «Relação do ext. ao álcool em peso «Matéria corante

pnr litro.

1.012' 5-u551-35 gr.5-86

31-5961.6701.127i.goo

1.16natural

HOJEDe xarque o café

Por ordem dos s-s Leonardo Josó da Silva St C;*o preposto do agento Oliveira venderá em leilão.nótrapicho do Lloyd Brasileiro os gimoios acima men-cionados viudo no vapor «Alagoas».A's*8 horas.

I>e gêneros dó .sulO agente Antônio Sousa, faiá leilão, no trapiche doLloyd Brasileiro, por conta o or em des srs. Fache-co Borges & C.*, do assucar, cafó e xarque.

A's 8 horas.

Pará, 6 de Junho de 1896".—O Directot-interino, dr. /. Godinho*.

A CERVEfA PREMIADA vende-se em todos os botequins earmazéns de estivasdesta cidade.Concessionários para o Norte do Brasil, Perrt e Bolívia

ESTEPHANIO BARROSO continua a advogar—Escriptorio: rua da Cadeia, 84.—Telephono n. 44.

Theatro ia Paz'companhia"lyríca

italianaEmpreza J. Franco

Maestro concettador e diiector dorcheslraCavalheiro Enrico Bernardi

Hoje—Quinta-feira 19 dc Novembro—HojeEstréa do distineto tenor A. NANETTI

7." RECITA DE ASSIGMTUR1cora a bellissima opera

Somnambulaprimeira vez representada na presente es-taçao, em que tomam parte os distinetos ar-tistas

Banco do ParáQUARTA EMISSÃO

Scicntifica so aos srs. accionistas da 4" omissão d'es-to Banco, que, conforme a resolução tomada em ses-sBo do assembléa geral de 16 de maio do anno cor-rente, lhes è facultada a integralisaçáo de suas ac-cõos até ao dia 3r de dezembro pioximo, cabendoaos que o fizerem o direito ao dividendo de i" se-mestre do 1897.

As entradas nao realisadas até ao referido dia, só-mente se chamarão quando a directoiia e julgue con-veniente.

Tara, 14 do Novembro do 1897,Manoel Augusto Marques,

Director-secretario,

O DR. TIMOTHEO TEIXEIRA—Mudou seu es-cnptorio de advogado para a rua 15 de Novembron.° 87, onde póie sor procurado para os misteres desua profissão, bom como o seusolioilador, Toao Evan-geiis:a Ferreira da Motta.

GAMA MALCHER.—Escriptorio'* rua Joio AI-frodo, n. 78—(Entrada pela Alfaiataria), telophone n.a6a.

DR. GUILHERME MELLO, oncarroga-sc de toduos assumptos relativos a tua profissão—Residência áFttça da Republica n, 6.

PEDRO RAIOL.—Escriptqrio rua Conselheiro JoãoAlfrodo, n.- 78, i.» andar, entrada pela alfaiataria. E'encontrado das 9 horas da manhâás 4 da tarde.

ALFREDO BARROS & COMP.Rua Quinze de Novembro, n.° 89—VAMÁ (28

HOMENAGEM¦:¦-¦-¦ j

A

CARLOS CS- O IStTGEANDIOSA MARCHA FÚNEBRE

COMPOSTA POR

Meneleu. Campos7.° Niilista do Conservatório de Musica do Milão

A venda unicamente na casa de instrumentos de musica de—ManoelJoxc Pereira leite Júnior—-Rua do Conselheiro Joüo Alfredo, n.° 18

PARÍ (I0

ALONSO MAGDÁ

Real Sociedade Portugueza BeneficenteDe ordem do sr, presidente da directoria faço pu-blico, para conhecimento dos srs sócios d'esta Real

Sociedade, quo, a contar da presente data, todo aquelloquo solicitar guia do admissão do Hospital D. Luiz r,na qualidade in pensionista da sociedade, deverá acom-panhar esto pedido de um requerimento que será apre-sentado na secretaria; e bem assim, que nao se accei-tam responsabilidades de p ssoas qae estejam em di-vida com os cofres sociaes.

Pará, 17 de Novembro de 1896.O i.# secretario,

Ângelo Amador Leite, (a

Sociedade de Credito PopularConvida-se os srs. mutuários que se achim atrarados

a virem reformar ou resgatar suas cautellas até o fimdeste mez, visto estar-se approzimando o ttmpo doleilão em quo serSo vendidos os penhores nao refor-madoa ou resgatados, (xi

O TENENTE-CORONEL DINIZ BOTELHO, habllitada, polo Supremo' Tribunal do Justiça, para ad-rogar nas comarcas de Cintra, Curuçá e Vigia, eo-carrega-se do qualquer causa, tanto eivo! como crimi-nal, e acceita convitoi para ieso na Cidade de Ma-rapanlm, ondo reaido.

O DESEMBARGADOR ERNESTO CHAVES, oo DR .AMÉRICO CHAVES têminstallsdo sou escripta.rio de advocacia á rua íj de Maio. n. 35. r. andar

DR. ARTHUR PORTO, escriptorio á rua JoioAlfredo n. 78. (Entrada pela alfaiataris), Telophone sói

A. NANETTIE. SERBOLLINI

Bilhete3 á venda na agencia theatral—BOUQUET PARAENSE de Peret & C.»

RUA PADRK PRUDENCIO N.° 5(antiga da Trindade)

Mezas ElásticasDe 4, 6, 8 c 10 taboas: elásticas inglezas,

feitas em cedro, a preços commodos.Vendem-se na

CADEIRA DOURADA

Trav Campos Sailes (Passiuho) n. 22Camas

De ferro, com colchão elástico para cre-ancas, solteiros e casados. Despachou a

TravBssa Campos Salles (Passinlio. n. 23

CI.UB EUTEBP£Participa-se aos srs. dignos sócios d'este Club. queo baile commemorativo do annivcr.ario d'esta sorieda-

de, terá logar em a noite de 5 de Dezembro vindcu'o;convites até o dia as do corrente, impieterivdmente

Recommenda-so aos dignos sócios a disposição doart,° 14 e § 3o dos nossos estatutes.Rufino Godinko,

Director, servindo de secretario. (5:

os genuínosA. J. HENRIQUES, o maior viticultorda

Beira Alta e Beiia Baixa, (Portugal) já tem. á venda no seu armazém á rua 15 de No-vembro, n." 81, onde foi M. M. Nogueira &C", vinhos das suas vastas propriedades èmuito especialmente da sua Quinta d'Avel-leira, como sejam:

Vinho Collares Alimentar.Vinho Collares simples.O puro vinho Extra-fino.O puro vinho Reina Victoria, e muitas ou-

trai marcas, que se tornam recommendavuispela sua pureza, pelo que chama a attençiodos srs. consumidores.

. Para viagemCadeiras de lona; tapete e palhinha, seis modelos •

preços diversos na cadeira DOURADA, á travessa

GLORIFI CAÇÃODE

CÀlSIiOJS GOMESEsplendido trabalho artístico de Wiegandt;

quadro com linda moldura a 158000.Só na CADEIRA DOURADA

Travessa'Campos Salles (Passinho) n. 22

Obras de vimeCarrinhos para creanças, com toldo, feitios elegan-

tos, xarScs para roupa, ditos para p. o e frueta, cestaid'arco e balaios para padarias, taboleiros para hotéis« restaurantes, roupeiros para solteiro o para famílias,Na CADEIRA DOURADA, 1 travessa Campos SailesPaulinho, a*.

Bom avisoOs srs. proprietários de sítios e terrenos pantanosos.Infamados do febres paludosas, podem em ponco tem,

po tornal-os saudáveis e aprariveis, mediante a pe*quena quantia do 4$ooo, preço de um pacute de se-mentes de EÜCALYPTÜS GLÓBULOS, que íe ven-de na Cadeira Dourada, a travessa Campos SallesPassinho), n. ».

Está reconhecido pela «ciência que, com uma pias-açáo de zoo pés de oucalyptus, se cerca s unificauma área de mil metros quadrados, tornando a saiu.bre • habitavol.Tudo Uto pot 4$ooo I

AMA »E IíEITEOfferece-se uma dando as melhores refe-

rendas; pode ser procurada á travessa S.Matheus, n.° 157.

Sementes de hortaAipo—Biingella—Repolho— Couve—Saboya—Tron-

chuda—Salsa —Coentro —Cebolinhas —Cenourai—M e-lüo—PimoutlUj—Pepinos—Nabos—Rabanetes e Feijãode Vagem. Na Çaaeira Dourada, A travos» CamposSalles (PaMlnha), n. 3J, r

Para casallindas camas, de fabrico europeu, para casal, comesplendidas telas de metal galvanisado: despacharam-

se, e estão expostas nos saiões da CADEIRA DOU-RADA. travessa Campos Salles, ia.

LIÇÕESO professor Vilhena Alves propõe-

se a leccionar Portuguez e 1." anno deFrancez, em casas particulares, ou nacasa de sua residência á travessa Dousde Dezembro n." 72; assim como ocurso primário, completo.

BOA PINGAO melhor vinho de meza que vem ao

mercado vende-se em casa de thomé devilhena & c,«, á rua 15 de Novembro n. 51,em barris, meios barris e em caixas, a preçoreduzido.

PARA VIAGEM '

Cadeiras de lona o que há de mais com»modo pela facilidade de transporte..

Despachou e vende a preços razoáveis aCadeira de Prata de

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Tintura de salsa, caroba e manacá e Pilulas purgatiras depuratíias de íelaminapreparadas sob fórmula do mesmo autor, o pharmaceuticoEUGÊNIO MAEQUES DE HOLLANDAObservações—O tratamento de qualquer daa moléstias aqui mencio-

nadas pela Tintura de Salsa, Caroba e Manacá, não reclama a menor dieta,quer em relação á alimentação e costumes, quer em referencia ás intempériesdas estações, sol, chuva e trabalhos dè campo.

A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo de uzal-o etudomais quanto possa convir ao doente.

Os jornaes de maior circulação da Eepublica indicam os lugares em quese os vendeXiaboratorio da Flor Brasileira

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