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    AULA 02: ELABORAO E ANLISE DE ARGUMENTOS

    SUMRIO PGINA1. Teoria: argumentao 01

    2. Resoluo de questes 27

    3. Lista das questes apresentadas na aula 112

    4. Gabarito 153

    Ol!

    Em nossa segunda aula, vamos entrar de uma vez nos dois primeiros tpicos

    do edital de Raciocnio Crtico: a Elaborao e a Anlise de argumentos. Espero que

    voc esteja conseguindo assimilar bem os conceitos at aqui.

    Tenha uma boa aula!

    1. TEORIA: ARGUMENTAO

    1.1 RECONHECIMENTO DA ESTRUTURA BSICA DE UM ARGUMENTO

    Como j esboamos na aula passada, um argumento formado por:

    - um conjunto de premissas encadeadas logicamente; e

    - uma concluso que, supostamente, derive daquelas premissas.

    As premissas, ou hipteses, tem a funo de fornecer evidncias que

    fundamentem a concluso obtida. A concluso, por sua vez, a ideia que se quer

    demonstrar ser correta, com base nas outras informaes fornecidas (premissas).

    Portanto, fica claro que utilizamos um argumento quando queremos defender

    uma ideia, apresentar um ponto de vista. Nisto um argumento difere-se

    fundamentalmente de uma mera proposio. Observe a condicional abaixo:

    Se chove, Jos no vai praia.

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    Isoladamente esta proposio no pode ser considerada um argumento, pois

    ela no est defendendo nenhuma ideia. Ela simplesmente apresenta uma

    informao. Por outro lado, esta mesma informao pode servir como premissa para

    um argumento. Veja o exemplo abaixo:

    Se chove, Jos no vai praia. Ontem choveu. Logo, posso afirmar que

    ontem Jos no foi praia.

    Aqui sim temos um argumento, pois o autor da fala acima pretendeu

    demonstrar uma ideia (que ele tem certeza de Jos no ter ido praia ontem) e,

    para isto, forneceu hipteses visando fundamentar esta concluso. Em resumo,

    temos o argumento:

    Premissa1: Se chove, Jos no vai praia.

    Premissa2: Ontem choveu.

    Concluso: Logo, posso afirmar que ontem Jos no foi praia.

    Em alguns casos, a concluso pode ser enunciada j no incio do argumento:

    O Brasil tem a melhor seleo de futebol do mundo, pois a nica que

    participou de todas as Copas e tambm a que possui o maior nmero de ttulos.

    Repare que foram fornecidas duas informaes (ter participado de todas as

    Copas, e ter o maior nmero de ttulos) que permitem inferir a concluso

    sustentada, isto , que o Brasil tem a melhor seleo. A estrutura do argumento

    seria, basicamente:

    Premissa1: A seleo brasileira a nica que participou de todas as Copas

    Premissa2: A seleo brasileira possui o maior nmero de ttulos

    Concluso: O Brasil tem a melhor seleo de futebol do mundo

    Neste momento no cabe entrarmos em discusses de mrito. Algumpoderia discordar do argumento acima, dizendo: O Brasil s participou de todas as

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    Copas porque ele est na Amrica do Sul. Se ele disputasse as eliminatrias na

    Europa, duvido que teria participado de todas as edies. Isto certamente

    enfraqueceria o argumento inicial mas, ainda que frgil, ele continua sendo um

    argumento, pois tem premissas e concluso.

    A concluso poderia ainda estar no meio do argumento. Observe:

    Os servios pblicos no Brasil so muito ruins, de modo que a tributao no

    Brasil injusta. Basta lembrar que temos uma das mais altas cargas tributrias do

    mundo.

    Qual a ideia defendida neste argumento? A tributao no Brasil injusta.

    Esta a concluso! E quais os dados fornecidos como suporte esta concluso?

    So as duas premissas:

    - Os servios pblicos no muito ruins

    - A carga tributria no Brasil uma das mais altas do mundo

    Em diversas questes ser essencial localizar a concluso e as premissas do

    argumento. S assim voc poder avali-lo corretamente. A principal forma de

    encontr-las lembrando das definies de premissas e concluso, como vimos

    acima. Entretanto, em muitos casos existem algumas palavras tpicas na introduo

    de uma premissa ou de uma concluso:

    - Indicadores de premissas: pois, porque, dado que, visto que, tanto que etc.

    - Indicadores de concluso: assim, logo, deste modo, podemos concluir, da,

    consequentemente, segue que etc.

    Observe ainda que algumas premissas podem ser apresentadas na forma de

    perguntas retricas:

    razovel a existncia de vrias pessoas que jamais frequentam a igreja mas,

    ainda assim, batizam os seus filhos. Popularmente o batismo visto como umaforma de proteo. Afinal, quem quer arriscar a vida do prprio filho?

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    Repare que a pergunta retrica (quem quer arriscar a vida do prprio filho?)

    uma das premissas, que poderia ser substituda pela afirmao Ningum quer

    arriscar a vida do prprio filho. Assim, teramos a estrutura:

    Premissa1: Ningum quer arriscar a vida do prprio filho.

    Premissa2: Popularmente o batismo visto como uma forma de proteo.

    Concluso: razovel a existncia de vrias pessoas que jamais frequentam a

    igreja mas, ainda assim, batizam os seus filhos.

    Observe essa questo, que aborda de uma maneira um pouco diferente a

    identificao de estrutura de um argumento.

    1. FGV CEAG-SP 2012) O envelhecimento da populao e a dificuldade de

    exportar produtos e servios para outras regies do mundo contribuem com o

    agravamento da crise econmica de alguns pases da Unio Europeia. A dificuldade

    desses pases para articular polticas pblicas de ajuste econmico com apoio

    popular intensifica esse fenmeno.

    Qual das alternativas abaixo mais se aproxima da lgica de argumentao

    apresentada no texto acima?

    A) A prtica de esportes e uma alimentao saudvel contribuem para a perda de

    peso. Entre os mais idosos, estes dois fatores contribuem, ainda, para a preveno

    de diversas doenas.

    B) A pesca em alto-mar, por ser uma atividade de risco, requer profissionais com

    experincia. Profissionais com experincia, por sua vez, so difceis de ser

    encontrados e exigem elevada remunerao. Este cenrio contribui para que o

    preo dos pescados continue em elevao.

    C) Diferenas geracionais, a maior utilizao de dispositivos eletrnicos e a menor

    preferncia por opes de carreira consideradas tradicionais ajudam a explicar o

    aumento da demanda de jovens por cursos superiores ligados ao desenvolvimento

    de novas tecnologias de comunicao.

    D) O fenmeno da inverso trmica em So Paulo provoca aumento no nmero de

    atendimentos de pronto-socorro nos hospitais, bem como prejudica a respirao de

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    parcela substancial da populao paulistana. Esse fenmeno causa, tambm,

    perdas financeiras ao Sistema nico de Sade.

    E) Nos ltimos anos, houve aumento no nmero de homens que se submeteram a

    procedimentos cirrgicos com finalidade esttica. Os homens buscam estes

    procedimentos principalmente para perder gordura localizada. Entre as mulheres, o

    procedimento mais frequente a colocao de implante de silicone nos seios.

    RESOLUO:

    A primeira frase do texto do enunciado nos diz que:

    - envelhecimento e dificuldade de exportar agravam a crise

    A segunda frase nos diz que:

    - dificuldade de articulao contribui para agravar a crise

    Em resumo, temos:

    - envelhecimento, dificuldade de exportar e dificuldade de articulao agravam a

    crise.

    Repare que o texto do enunciado no propriamente um argumento, mas

    uma mera enumerao de 3 causas (envelhecimento, dificuldade de exportar e de

    articulao) que geram 1 consequncia (agravar a crise).

    Dentre as alternativas fornecidas, apenas a alternativa C fornece algo

    parecido. Ela enumera 3 causas (diferenas geracionais, a maior utilizao de

    dispositivos eletrnicos e a menor preferncia por opes de carreira consideradas

    tradicionais) que levam a 1 consequncia (aumento da demanda por cursos

    superiores ligados ao desenvolvimento de novas tecnologias de comunicao).

    Note ainda que a alternativa D est errada pois apresenta uma nica causa

    (inverso trmica) que provoca 3 consequncias (aumento nos atendimentos,

    prejudica a respirao e gera perdas financeiras).

    Vale observar ainda que a alternativa A apresenta 2 causas (prtica de

    esportes e alimentao saudvel) e 2 consequncias (perda de peso e preveno

    de diversas doenas nos mais idosos).Resposta: C

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    1.2 ARGUMENTAO DEDUTIVA E INDUTIVA

    Normalmente dividimos os argumentos em Dedutivos e Indutivos. Reveja o

    exemplo que usamos na aula passada:

    Todo nordestino loiro. Jos nordestino. Logo, Jos loiro.

    Estes argumentos da lgica formal, que estudamos na aula passada, so os

    chamados argumentos dedutivos. Neles o autor da frase tem a clara pretenso de

    provar conclusivamente (sem margem para discusso) o seu ponto de vista. Veja

    que, se aceitarmos as premissas como verdadeiras, de fato no resta dvida que a

    concluso tem de ser verdadeira.

    Ainda como vimos na aula passada, os argumentos dedutivos podem ser

    avaliados como Vlidos ou Invlidos, Legtimos ou Ilegtimos. No h meio termo.

    J os argumentos Indutivos no tem esta mesma pretenso. O autor

    apresenta algumas evidncias (premissas) que sugerem que a concluso est

    correta. O exemplo da seleo brasileira que vimos acima um argumento indutivo:

    O Brasil tem a melhor seleo de futebol do mundo, pois a nica que

    participou de todas as Copas e tambm a que possui o maior nmero de ttulos.

    Assim, os argumentos indutivos no podem ser avaliados conclusivamente

    como sendo vlidos ou invlidos. Cabe avali-los de maneira mais subjetiva,

    classificando-os em mais fortes ou mais frgeis. Este exemplo acima poderia ser

    tratado como um argumento frgil, pois, como j vimos, ele facilmente colocado

    em dvida. Note que o fato de ele ser frgil no significa, necessariamente, que a

    sua concluso est incorreta. Significa apenas que no foram levantadas premissas

    suficientemente fortes para suportar a tese defendida. Da mesma forma, o fato de

    um argumento indutivo ser considerado forte no significa que a sua concluso

    verdadeira, mas apenas que as hipteses levantadas do bom suporte concluso.

    Vale ainda ressaltar que no classificamos argumentos como Verdadeiros

    ou Falsos. Estes so atributos tpicos de proposies. Veja que podemos terargumentos vlidos contendo uma ou mais premissas claramente falsas:

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    Todo gato voa. Mingau um gato. Logo, Mingau voa.

    (lembrando que o argumento vlido pois, aceitando-se as premissas como verdadeiras, a

    concluso decorre naturalmente)

    Por outro lado, podemos ter argumentos invlidos contendo premissas

    claramente verdadeiras e concluso tambm verdadeira:

    Os gatos so mamferos. Os pombos so aves. Logo, os jacars so rpteis.

    (lembrando que o argumento invlido porque a concluso no deriva das premissas)

    Uma classificao adicional que podemos utilizar para os argumentosDedutivos a expresso argumento slido. Dizemos que um argumento dedutivo

    slido quando o mesmo VLIDO e as suas premissas so VERDADEIRAS

    (disto decorrendo, naturalmente, que a concluso tambm verdadeira). Veja um

    exemplo:

    O dia tem 24 horas. Cada hora tem 60 minutos. Logo, o dia tem 1440 minutos.

    1.3 CONCLUSES APROPRIADAS

    Em um dado argumento, dizemos que uma concluso apropriada quando

    a mesma puder ser sustentada pelas premissas apresentadas e procedimentos de

    raciocnio lgico. Vrias questes abordam este tema, apresentando diversas

    premissas em seu enunciado e pedindo que voc aponte a concluso mais

    adequada do argumento. Vejamos um exemplo:

    2. GMAT)Quando um teste no detector de mentiras considerado inconclusivo, isto

    no se deve propriamente a caracterstica da pessoa examinada. Na realidade, tal

    resultado significa que o teste no foi capaz de demonstrar se a pessoa foi

    verdadeira ou mentirosa. Ainda assim, empregadores vo, em alguns casos,

    recusar um candidato a vaga devido ao resultado inconclusivo do teste.

    Qual das seguintes concluses mais adequada informao acima?

    a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo so, de fato,

    mentirosas.

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    b) Testes em detectores de mentira no devem ser usados pelos empregadores

    para avaliar candidatos a vagas.

    c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras so, s vezes, injustamente

    usados contra os examinados.

    d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado mentiroso pode,

    s vezes, estar errado.

    e) Alguns empregadores tem evitado considerar resultados de detectores de mentira

    para a avaliao de candidatos.

    RESOLUO:

    Temos uma questo clssica sobre concluses apropriadas.

    Resumidamente, as premissas fornecidas no enunciado so:

    1 o teste inconclusivo no demonstra que a pessoa verdadeira nem que

    mentirosa

    2 empregadores vo recusar alguns candidatos com teste inconclusivo

    Vejamos as alternativas apresentadas, buscando a que mais naturalmente

    derivada das premissas acima:

    a) A maioria das pessoas examinadas com resultado inconclusivo so, de fato,

    mentirosas.

    No temos elementos para supor que normalmente o teste inconclusivo

    ocorre com pessoas mentirosas. A premissa 1 diz apenas que no possvel

    afirmar se esta pessoa verdadeira ou mentirosa.

    b) Testes em detectores de mentira no devem ser usados pelos empregadores

    para avaliar candidatos a vagas.

    Esta concluso no pode ser obtida diretamente do argumento. Seria preciso

    uma terceira premissa como: no processo de contratao de funcionrios, julgar

    como mentirosa uma pessoa que pode ser verdadeira altamente reprovvel. Mas

    esta outra verso poderia fortalecer a conduta dos empregadores que rejeitam

    pessoas com teste inconclusivo: na contratao de empregados preciso ser

    extremamente conservador para evitar contratar pessoas cujas mentiras podemgerar danos imagem da empresa.

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    c) Resultados inconclusivos no detector de mentiras so, s vezes, injustamente

    usados contra os examinados.

    CORRETO. A premissa 1 mostra que, em alguns casos, pessoas verdadeiras

    podem ter resultado inconclusivo. A premissa 2 mostra que algumas dessas

    pessoas verdadeiras (com resultado inconclusivo) podem ser recusadas. Se tal

    recusa se basear no fato de o resultado ter sido inconclusivo, esta pessoa estaria

    sendo injustiada.

    d) Um teste no detector de mentiras indicando que o examinado mentiroso pode,

    s vezes, estar errado.

    No temos informaes dentre as premissas para avaliar o grau de acerto do

    detector de mentiras, isto , saber se possvel que uma pessoa verdadeira

    obtenha o resultado mentiroso no teste.

    e) Alguns empregadores tem evitado considerar resultados de detectores de mentira

    para a avaliao de candidatos.

    No temos informaes para afirmar que os empregadores tm evitado usar

    o teste. Sabemos apenas que alguns deles tem utilizado o teste e, com isso,

    descartado pessoas com resultado inconclusivo.

    Resposta: C

    1.4 HIPTESES SUBJACENTES

    Ao analisar um argumento devemos nos atentar ao que foi dito e ao que no

    foi dito. Neste momento quero chamar a sua ateno para as informaes implcitas

    que, apesar de no comunicadas ostensivamente, desempenham importante papel

    na compreenso de um argumento. Existem 3 nveis de informaes implcitas:

    - pressupostos semnticos: so ideias contidas no significado das palavras. Um

    bom exemplo so as expresses idiomticas. Por exemplo: Este apartamento um

    ovo. O autor desta frase pressupe que voc conhea um significado alternativo

    para a palavra ovo, popularmente utilizado para designar algo apertado, pequeno.

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    - ideias subentendidas: algumas ideias no so verbalizadas pelo autor de um

    argumento simplesmente porque elas so consideradas subentendidas, devido a

    costumes da populao. Quando algum te pergunta Voc tem horas?, voc sabe

    que a resposta correta informar as horas (se voc tiver relgio), e no

    simplesmente dizer Sim.

    - hipteses subjacentes: dentre os 3 nveis de implcito, este o mais importante

    (no toa que foi cobrado expressamente no edital). Isto porque as hipteses

    subjacentes so premissas necessrias para a obteno da concluso de certo

    argumento mas que, normalmente, passam despercebidas para o indivduo

    desatento. Veja o seguinte argumento:

    medida que os pases emergentes se desenvolverem, mais e mais pessoas

    aumentaro o seu poder de consumo, o que levar a uma escassez de alimentos e

    recursos naturais.

    A estrutura bsica deste argumento :

    Premissa: medida que os pases emergentes se desenvolverem, mais e mais

    pessoas aumentaro o seu poder de consumo.

    Concluso: isto levar a uma escassez de alimentos e recursos naturais.

    Repare que h um salto entre premissas e concluso. Para a obteno

    daquela concluso faz-se necessrio considerar verdadeiras outras premissas que

    no foram ditas (as hipteses subjacentes). Por exemplo, preciso considerar que:

    - o aumento do poder de consumo leva necessariamente ao aumento do consumo

    propriamente dito (e no poupana, por exemplo);

    - a populao no desenvolver meios para aumentar a produtividade capazes de

    suprir o aumento na demanda por alimentos;

    - a populao no desenvolver meios renovveis de uso dos recursos naturais,

    como a energia solar ou elica.

    Logo, um argumento mais convincente seria aquele onde estas premissassubjacentes so explicitadas:

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    medida que os pases emergentes se desenvolverem, mais e mais pessoas

    aumentaro o seu poder de consumo. O aumento do poder de consumo gera maior

    necessidade de produo de alimentos e de extrao de recursos naturais para uso

    em bens e servios. Estudos prevem que a humanidade no conseguir

    desenvolver, ao menos no mdio prazo, meios para aumentar a produtividade no

    campo capazes de suprir o grande aumento previsto na demanda por alimentos.

    Alm disso, os tcnicos demonstram que o desenvolvimento de meios renovveis

    para o uso dos recursos naturais, como a energia elica ou solar, tem encontrado

    diversas dificuldades, e no ser capaz de evitar o consumo de recursos no-

    renovveis em propores cada vez maiores. Portanto, o desenvolvimento dos

    pases emergentes levar a uma escassez de alimentos e recursos naturais.

    Algumas questes de sua prova podem apresentar um argumento e

    perguntar qual das alternativas de resposta representa uma hiptese subjacente

    daquele argumento. Vejamos um exemplo:

    3. GMAT)Nos ltimos anos vrios marceneiros tem sido aclamados como artistas.

    Mas, como moblias devem ser teis, marceneiros devem exercer seu ofcio com

    olhos voltados para a utilidade prtica do produto. Por este motivo, marcenaria no

    arte.

    Qual das seguintes alternativas uma premissa que suporta a obteno da

    concluso acima a partir do motivo mencionado naquela concluso?

    a) Algumas moblias so feitas para ser colocadas em museus, onde no sero

    usadas por ningum.

    b) Alguns marceneiros so mais preocupados do que outros com a utilidade prtica

    dos produtos que fabricam.

    c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prtica dos seus produtos

    do que eles tem feito atualmente.

    d) Um objeto no um objeto de arte se o seu criador preocupa-se com a utilidade

    prtica.

    e) Artistas no esto preocupados com o valor monetrio dos seus produtos.

    RESOLUO:Temos aqui o seguinte argumento:

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    Premissa: Como moblias devem ser teis, marceneiros devem exercer seu ofcio

    com olhos voltados para a utilidade prtica do produto.

    Concluso: Por este motivo, marcenaria no arte.

    solicitada a premissa subjacente que permitiu que o argumento saltasse da

    premissa explicitada para a concluso obtida. Observe que a alternativa D fornece a

    ligao entre a premissa e a concluso. Considerando-a, teramos o seguinte

    argumento:

    Premissa 1: Como moblias devem ser teis, marceneiros devem exercer seu ofcio

    com olhos voltados para a utilidade prtica do produto.

    Premissa 2: Um objeto no um objeto de arte se o seu criador preocupa-se com a

    utilidade prtica.

    Concluso: Por este motivo, marcenaria no arte.

    A premissa 2 mostra que o fato de os marceneiros se preocuparem com a

    utilidade prtica (como afirmado na premissa 1) faz com que seus objetos no

    sejam objetos de arte, permitindo afirmar a concluso marcenaria no arte.

    As demais opes de resposta no fornecem elementos para afirmarmos

    que a marcenaria no arte. Vejamos:

    a) Algumas moblias so feitas para ser colocadas em museus, onde no sero

    usadas por ningum.

    Aqui temos a sugesto de que algumas moblias poderiam ser obras de arte

    (por ficarem em museus), e no o contrrio.

    b) Alguns marceneiros so mais preocupados do que outros com a utilidade prtica

    dos produtos que fabricam.

    O fato de alguns serem mais preocupados com a utilidade no implica que a

    marcenaria, como um todo, no arte.

    c) Marceneiros deveriam se concentrar mais na utilidade prtica dos seus produtosdo que eles tem feito atualmente.

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    Mais uma informao que no permite inferir que a marcenaria no seja arte.

    e) Artistas no esto preocupados com o valor monetrio dos seus produtos.

    As questes financeiras no foram tratadas por este argumento.

    Resposta: D

    1.5 HIPTESES EXPLICATIVAS FUNDAMENTADAS

    As hipteses ou premissas explicativas so aquelas contidas no corpo do

    argumento, servindo de base para a obteno da concluso. J tratamos sobre elas

    ao visualizar a estrutura de um argumento. Vamos aproveitar este momento para

    resolver um exerccio que permita visualizar como este tpico do edital pode ser

    cobrado em sua prova:

    4. GMAT)No ltimo ano, um nmero recorde de novos empregos foi criado. Este

    ano trar um novo recorde? Bem, um novo emprego criado em empresas j

    existentes ou pelo surgimento de novas empresas. Dentre as empresas existentes,

    a taxa de novos empregos criados tem sido bem menor este ano do que no ano

    passado. Ao mesmo tempo, h evidncia considervel de que o nmero de novas

    empresas abertas este ano no ser maior do que no ano passado, e certamente as

    empresas abertas neste ano no vo criar mais empregos por empresa do que

    aquelas abertas no ano passado. Claramente, pode ser concludo que o nmero

    de novos empregos criados este ano ser menor do que o recorde do ano

    passado.

    No argumento dado, as duas partes em negrito desempenham quais dos seguintes

    papis?

    a) A primeira uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a

    concluso principal do argumento; a segunda a principal concluso.

    b) A primeira uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a principal

    concluso do argumento; a segunda uma concluso obtida para dar suporte

    principal concluso.

    c) A primeira uma objeo que o argumento rejeita; a segunda a principal

    concluso do argumento.

    d) A primeira uma objeo que o argumento rejeita; a segunda apresenta umaconcluso que pode ser obtida se a objeo fosse mantida.

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    e) A primeira uma afirmao que suporta a posio qual o argumento se ope; a

    segunda uma afirmao que suporta a principal concluso do argumento.

    RESOLUO:

    Temos o seguinte argumento:

    Premissa1: Um novo emprego criado em empresas j existentes ou pelo

    surgimento de novas empresas

    Premissa 2: Dentre as empresas existentes, a taxa de novos empregos criados tem

    sido bem menor este ano do que no ano passado

    Premissa 3: H evidncia considervel de que o nmero de novas empresas

    abertas este ano no ser maior do que no ano passado

    Premissa 4: as empresas abertas neste ano no vo criar mais empregos por

    empresa do que aquelas abertas no ano passado.

    Concluso: o nmero de novos empregos criados este ano ser menor do que

    o recorde do ano passado.

    Portanto, a alternativa A descreve corretamente os papis das partes em

    negrito:

    a) A primeira uma premissa que, se verdadeira, forneceria suporte para a

    concluso principal do argumento; a segunda a principal concluso.

    Resposta: A

    1.6 ANALOGIA ENTRE ARGUMENTOS COM ESTRUTURAS SEMELHANTES

    Como voc j deve ter percebido, muitos argumentos da lgica informal no

    tem a inteno de provar a verdade de suas concluses, mas apenas apresentam

    essas concluses como sendo provavelmente verdadeiras. A argumentao por

    analogia uma grande ferramenta quando a inteno esta.

    Temos uma argumentao por analogia quando ressaltamos as

    caractersticas em comum entre duas ou mais coisas para concluir que o mesmo

    resultado obtido para algumas delas tambm deve ser vlido para as restantes. No

    h dependncia entre essas coisas. Veja abaixo um exemplo de analogia entre a

    crise econmica de 1929 e a crise econmica atual:

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    A crise de 1929 provocou forte retrao na economia, e os seus efeitos foram

    sentidos pelos Estados Unidos ao longo de mais de uma dcada. Da mesma forma,

    a atual crise econmica est provocando uma profunda recesso, em especial nos

    pases europeus, que deve durar vrios anos. Assim como os americanos

    conseguiram superar a crise de 29, os europeus tambm podero sobreviver atual

    situao.

    Repare que o autor do argumento acima no est oferecendo razes lgicas

    que demonstrem a capacidade de a Europa se reerguer da crise atual. Ele apenas

    faz uma analogia com a crise de 29, para inferir que a sua concluso (a Europa

    deve se reerguer) provavelmente verdadeira.

    Um argumento analgico, por ser parte da lgica informal, no classificado

    em Vlido ou Invlido. Podemos apenas compar-lo com outros e, assim, classific-

    lo como mais verossmil ou menos verossmil, mais convincente ou menos

    convincente.

    Alguns fatores que os auxiliam a avaliar analogias so:

    1 - nmero de entidades entre as quais se afirmam as analogias. Observe estes

    dois argumentos:

    No compre carro desta marca. Eu tive um carro desta fabricante que deu vrios

    defeitos.

    No compre carro desta marca. Conheo 5 pessoas que tiveram carros deste

    fabricante e todos experimentaram vrios defeitos.

    Ambos argumentos so analgicos, porm o segundo mais forte que o

    primeiro. No primeiro caso, eu posso ter dado o azar de comprar um carro com

    defeitos, o que ocorre mesmo com os melhores fabricantes. No segundo caso, h

    uma probabilidade maior de que aquele fabricante realmente tenha problemas

    maiores no controle de qualidade de seus produtos, vendendo produtos com defeito.

    A diferena de convencimento entre os dois argumentos reside no nmero de

    fatos/entidades apresentados.

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    Lembre-se apenas que estamos avaliando os argumentos qualitativamente

    apenas. No cometa o erro de dizer que o segundo argumento 5 vezes mais forte

    que o primeiro.

    2 - nmero de caractersticas em comum. Veja a diferena entre esses dois

    argumentos:

    Devo gostar deste meu tnis novo, pois ele da mesma loja onde comprei os tnis

    que mais gosto.

    Devo gostar deste meu tnis novo, pois ele da mesma marca, tem o mesmo

    tamanho e tipo de estofado interno dos tnis que mais gosto.

    O segundo argumento claramente mais forte que o primeiro, pois se baseia

    em um nmero maior de caractersticas para estabelecer a analogia.

    3 - existncia de desanalogias, ou diferenas.Voltemos a este argumento:

    No compre carro desta marca. Conheo 5 pessoas que tiveram carros deste

    fabricante e todos experimentaram vrios defeitos.

    Vamos acrescentar a seguinte informao: as 5 pessoas citadas acima

    compraram esses carros usados, enquanto voc pretende comprar um exemplar

    zero quilmetro. Esta diferena reduz substancialmente a fora do argumento. E

    se, alm disso, voc pretenda comprar um automvel de luxo da marca, enquanto

    as 5 pessoas haviam comprado automveis populares (cujo controle de qualidade

    costuma ser pior)? O argumento fica ainda mais fraco. Portanto, muito importante

    avaliar se existem diferenas considerveis entre os casos anteriores e o caso atual,

    sobre o qual se pretende estabelecer uma concluso.

    4 relevncia dos critrios de comparao.Voltemos ao exemplo dos tnis:

    Devo gostar deste meu tnis novo, pois ele da mesma loja onde comprei os tnisque mais gosto.

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    Devo gostar deste meu tnis novo, pois ele da mesma marca, tem o mesmo

    tamanho e tipo de estofado interno dos tnis que mais gosto.

    Alm do segundo argumento comparar um maior nmero de caractersticas,

    ele compara caractersticas mais relevantes. O fato de dois tnis serem comprados

    na mesma loja bem menos relevante para a concluso (gostar ou no do tnis) do

    que eles terem a mesma marca, tamanho e estofado.

    Por fim, no campo da lgica formal podemos definir que duas proposies

    (ou dois argumentos) so anlogas quando possuem estrutura lgica similar.

    Vejamos uma questo sobre isso:

    5. FUNIVERSA CFM 2012)Considere as duas proposies a seguir.

    P: No conjunto dos nmeros inteiros, mltiplo de trs todo nmero cuja soma dos

    valores absolutos de seus algarismos igual a um mltiplo de trs.

    Q: No conjunto dos nmeros inteiros, mltiplo de nove todo nmero cuja soma dos

    valores absolutos de seus algarismos igual a um mltiplo de nove.

    Em relao a essas duas proposies, correto afirmar que:

    a) P e Q so anlogas

    b) P e Q apresentam concluses idnticas

    c) Q uma deduo que se faz a partir de P

    d) P uma inferncia que se faz a partir de Q

    e) Q uma inferncia que se faz a partir de P

    RESOLUO:

    Repare que a proposio P (critrio de divisibilidade por 3) e a proposio Q

    (critrio de divisibilidade por 9), so similares do ponto de vista lgico, entretanto

    uma no concluso nem premissa da outra. Ambas tem essa estrutura:

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    No conjunto dos nmeros inteiros, mltiplo de X todo nmero cuja soma

    dos valores absolutos de seus algarismos igual a um mltiplo de X.

    Portanto, podemos afirmar apenas que P e Q so anlogas.

    Resposta: A

    1.7 FATORES QUE REFORAM OU ENFRAQUECEM UMA ARGUMENTAO.

    ERROS DE RACIOCNIO.

    Na aula passada comeamos a tratar sobre Falcias ou Sofismas, que so

    erros de raciocnio. Podemos chamar de falcia qualquer argumento equivocado.

    Alguns raciocnios so to equivocados que no enganam ningum. Veja este:

    Todas as pessoas que morreram este ano beberam gua. Logo, beber gua faz mal

    sade.

    Assim, no estudo da nossa matria trataremos com falcias os argumentos

    incorretos com aparncia de corretos, ou seja, aqueles que poderiam enganar um

    ouvinte/leitor perspicaz. Normalmente o engano ocorre devido ao apelo persuasivo,

    em regra psicolgico, daquela linha de argumentao.

    O erro de raciocnio pode localizar-se na forma ou no contedo do

    argumento. Os argumentos formalmente errados so aqueles onde a concluso no

    deriva das premissas, ou seja, so os argumentos invlidos que estudamos na aula

    passada. Neste momento, portanto, nos concentraremos nos erros de raciocnio

    no-formais, que esto relacionados com o contedo do argumento.

    Podemos cometer um equvoco no-formal basicamente de duas maneiras:

    - apresentarmos premissas que so irrelevantes, ou pouco relevantes, para a

    obteno da concluso;

    - utilizarmos palavras ou expresses vagas, com mais de um significado, que

    possam levar a interpretaes distintas.

    No primeiro caso acima, estamos diante das falcias de relevncia, enquanto

    no segundo estamos tratando das falcias de ambiguidade. Nos prximos

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    pargrafos conheceremos as principais falcias. No se preocupe em gravar os

    seus nomes, mas sim em entender o seu significado. As suas questes de prova

    vo pedir para que voc identifique o erro em um determinado argumento, e no

    que voc d nomes em latim para aqueles erros. Por isso, vamos sempre trabalhar

    com exemplos. Observe esta tentativa de corromper um fiscal:

    Sonegador: Caro fiscal, voc no deveria lavrar este Auto de Infrao. Voc ainda

    est em estgio probatrio, e eu tenho amigos no governo.

    Alm das questes criminais envolvidas, o erro na argumentao do

    sonegador apresentar premissas irrelevantes (estgio probatrio e amigos no

    governo) para a concluso que ele pretende demonstrar (descabimento da lavratura

    do Auto). Estamos diante de uma falcia de relevncia. Mais do que isto, este um

    caso particular, onde o argumentador utiliza-se da fora (fsica ou psicolgica a

    ameaa, no caso) para demonstrar o seu ponto de vista. Costumamos chamar

    esta falcia de recurso fora.

    Tente agora identificar o erro lgico deste argumento, proferido por um aluno

    universitrio:

    Professor, voc precisa anular algumas faltas minhas. Se eu tiver mais uma falta de

    agora at o final do ano vou estourar o limite, e assim precisarei de mais um ano

    para concluir a faculdade!

    Temos mais um caso onde as premissas (estourar o limite, ficar mais 1 ano)

    so irrelevantes para se demonstrar a concluso (que o professor deveria anular as

    faltas). Ao invs de tentar justificar as suas faltas (ex.: tive duas faltas devido

    alteraes na grade horria que no foram avisadas com antecedncia), ele leva a

    discusso para um lado puramente emocional, clamando pela piedade do professor.

    Chamamos esta falcia de apelo piedade. Em alguns casos ela funciona!

    Vejamos agora este argumento:

    Voc deveria baixar o livro pirata, pois o livro original muito caro. Ou voc gosta de

    jogar dinheiro fora?

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    Ser que o mero fato de um livro ser caro uma premissa relevante para

    justificar a pirataria? Alguns diriam: No em uma civilizao que preze pela

    honestidade, o respeito aos direitos autorais e livre iniciativa. Voc pode at

    entender que a pirataria uma prtica legtima, mas para isto precisa levantar uma

    premissa mais relevante. Repare na pergunta colocada ao final deste argumento. O

    autor deste argumento sabe que o seu ouvinte no gosta de gastar dinheiro (quem

    gosta?), e apela para esta circunstncia para tornar o seu argumento mais

    convincente. Isto porque ns, seres humanos, temos a tendncia de questionar

    menos aquelas coisas que nos so favorveis. A explorao desta tendenciosidade

    humana certamente deixa o argumento mais protegido de crticas, mas no retira

    sua natureza falaciosa. Estamos diante de uma falcia conhecida como apelo

    circunstancial.

    O prximo exemplo retrata um discurso de um poltico em comcio:

    Meu povo, vocs devem votar em mim. Ou vocs querem manter no poder esta

    filosofia neoliberalista da classe dominante?

    Repare que o uso de expresses como neoliberalista e classe dominante

    tornam este argumento mais aceitvel pelas pessoas, apesar de no propriamente

    trazerem crticas especficas poltica que se encontra no poder. Este uso de

    chaves que estimulam a receptividade do grande pblico conhecido como apelo

    popular.

    Passemos a mais um caso importante. Veja estes dois argumentos:

    Veta a lei dos royalties do petrleo, Dilma!

    A atriz principal da novela das 8 defende isto.

    claro que voc deveria aceitar a que a velocidade da luz um limite mximo.

    Einstein entendia desta forma!

    Temos dois argumentos onde o autor pretende convencer o seu ouvinte da

    concluso (vetar ou aceitar a tese da velocidade da luz) utilizando, como premissa,

    o fato de que determinada autoridade pensava assim, ou defendia tal ideia. Trata-seda falcia denominada apelo autoridade. No primeiro caso, a menos que a atriz

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    seja uma grande entendida do assunto, a sua opinio no deveria valer mais do que

    a de um leigo qualquer. Mas a verdade que este recurso persuasivo surte grandes

    efeitos, sendo bastante explorado em comerciais de xampu, refrigerante etc. O

    segundo caso deve ser avaliado com um pouco mais de cuidado. Em uma

    discusso entre leigos, dizer que Einstein defendia aquela ideia certamente refora

    a argumentao (embora no seja uma prova propriamente dita), pois trata-se de

    uma verdadeira autoridade no assunto em pauta. Mas este mesmo argumento seria

    totalmente descabido em uma discusso entre tcnicos, em um seminrio de Fsica,

    onde apenas aspectos essencialmente tcnicos deveriam ser levantados.

    Existe uma espcie de inverso do apelo autoridade. Veja este exemplo:

    Voc no deveria usar este perfume. O cantor Jos Man o utiliza!

    Note que aqui a concluso (no usar o perfume) suportada pela

    depreciao de algum (no caso, o Jos Man). Ao invs de apresentar uma

    premissa mais relevante, o autor deste argumento apela para a m reputao do

    cantor Jos Man (provavelmente por outros motivos, e no pela sua capacidade de

    escolher perfumes) para persuadir o ouvinte. Temos o chamado apelo pessoal, ou

    apelo contra o homem.

    Prossigamos:

    Sempre que vai chover pesado as folhas do carvalho ficam onduladas. Logo, so

    elas que trazem a chuva.

    A argumentao acima falha ao atribuir uma falsa causa chuva. As falsas

    causas so muito comuns em fenmenos como este, que tem alguma relao entre

    si: quando a umidade aumenta muito, o que normalmente ocorre quando est

    prestes a chover, as folhas do carvalho absorvem muita gua e ficam onduladas.

    A nossa tendenciosidade nos faz deixar de detectar possveis falsas causas.

    Veja este outro exemplo:

    O divrcio muito prejudicial criana. Quando os pais se divorciam, h boa

    chance dos filhos terem futuros problemas de relacionamento.

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    Se voc contrrio ao divrcio, talvez no veja falhas nesta frase. Mas

    alguns podem entender esta frase como falaciosa, dizendo: pais que se divorciam

    geralmente brigam vrias vezes na frente das crianas, gerando traumas que

    podero trazer futuros problemas de relacionamento.

    Intimamente ligados falsa causa esto dois outros erros de raciocnio: o

    acidente e a generalizao apressada. Eles ocorrem quando tratamos como regra

    geral o que ocorreu em um ou alguns casos particulares. Exemplos:

    Joo bebeu gua, foi dirigir e se acidentou. Logo, devemos evitar beber gua

    antes de dirigir.

    Jos corrupto, pois ele poltico e, recentemente, a mdia mostrou vrios

    polticos envolvidos em escndalos de corrupo.

    Vamos prosseguir? Veja esta frase:

    Existe vida aps a morte, pois nunca foi provado que aps a morte no h

    mais nada.

    Nesta frase o autor tenta convencer que a sua concluso verdadeira (existe

    vida aps a morte) porque nunca foi provado o contrrio. O erro aqui entender que

    a no-comprovao do contrrio faz prova conclusiva da verdade afirmada.

    diferente dizer:

    Pode existir vida aps a morte, pois nunca foi provado que aps a morte no

    h mais nada.

    Nesta ltima frase o autor no tem a pretenso de tratar a no-comprovao

    como prova conclusiva, mas apenas como uma sugesto para o seu ponto de vista.

    Ainda assim, trata-se de um ponto de vista tendencioso, pois algum poderia dizer,

    com o mesmo nvel de certeza:

    Pode no existir vida aps a morte, pois nunca foi provado que aps a morteh alguma coisa.

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    Nos trs exemplos acima estamos tratando de argumentos cuja falha o

    apelo ignorncia.

    Passemos anlise desta argumentao de CARRAHER:

    Nossa equipe a mais destacada do torneioporque tem os melhores jogadores

    e o melhor treinador. Sabemos que possui os melhores jogadores e o melhor

    treinador; por conseguinte, bvio, vai ganhar o ttulo. E ganhar o ttulo pois

    merece conquist-lo. claro, merece ganhar o ttulo porque a melhor equipe do

    torneio.

    Observe as duas partes em negrito. A primeira uma das premissas, a

    segunda a concluso. Repare que, na verdade, o argumento conclui algo que j

    havia sido dado como verdadeiro na premissa. Chamamos este tipo de falcia de

    petio do princpio.

    Avanando mais um pouco, responda seguinte pergunta com SIM ou

    NO:

    Voc deixou de trair o seu namorado (ou sua namorada)?

    Repare que esta pergunta traioeira. Qualquer resposta pode levar a uma

    concluso no necessariamente verdadeira. O SIM nos dir que voc traa seu

    parceiro, mas agora no faz mais isso. O NO nos indicar que voc no s o traa,

    como continua nesta prtica. Chamamos este erro de falcia da pergunta complexa,

    pois na verdade temos 2 perguntas em 1:

    - Antigamente voc traa o seu namorado?

    - E hoje, voc trai o seu namorado?

    Como voc pode perceber, a soluo para sair de uma pergunta como esta

    dividir a sua resposta em duas partes. Ex.: Eu no traa minha namorada econtinuo no a traindo.

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    Vejamos ainda este ltimo exemplo:

    O homem o nico ser vivo capaz de amar. Joana mulher. Logo, Joana

    no capaz de amar.

    O erro deste argumento chamado de falcia de ambiguidade. Isto se deve

    ao duplo sentido que a palavra homem pode assumir (ser humano do sexo

    masculino, ou ser humano em geral). Assim, muita ateno: o uso de termos vagos

    ou com duplo sentido costuma ser uma grande fonte de erros de raciocnio.

    Concluindo este tpico sobre Erros de Raciocnio, perceba que o importante

    para resolver questes de raciocnio crtico estar muito atento e questionar a

    argumentao proposta. Perguntas como Esta pessoa especialista neste assunto

    para dar tal opinio?, ou Qual a importncia desta informao para provar o seu

    ponto de vista?, Especifique melhor este aspecto so as suas grandes

    ferramentas!

    Antes de prosseguir, vejamos duas questes sobre fatores que reforam ou

    enfraquecem um dado argumento. Este um tipo de questo muito comum nas

    provas da FGV e do GMAT, havendo boa chance de ser cobrado pela FCC em sua

    prova:

    6. FGV CEAGSP 2012) comum, em pesquisas de marketing, serem

    elaborados experimentos para mensurar a influncia de determinados tratamentos

    (como, por exemplo, o efeito de um comercial) sobre variveis de interesse (como,

    por exemplo, atitudes de consumidores). Em um desses experimentos, exibiu-se um

    vdeo contendo opinies contrrias sobre o aborto para uma amostra de 500

    indivduos e, ao final, pediu-se que cada um deles respondesse a um questionrio.

    Outros 500 questionrios foram preenchidos por uma amostra de pessoas que no

    viram o vdeo. Depois de analisados os dados coletados, constatou-se que

    respondentes do gnero feminino e de baixa escolaridade que tinham visto o vdeo

    declararam-se fortemente contra o aborto, e que pessoas com elevado nvel de

    escolaridade declararam-se a favor do aborto, independentemente de ter visto ovdeo. Os pesquisadores explicaram os resultados afirmando que, em relao aos

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    homens, as mulheres, por se identificarem mais fortemente com a experincia da

    gravidez e com a ideia da maternidade, so mais sensveis aos estmulos do vdeo

    e, por isso, tiveram sua atitude influenciada contra o aborto.

    Se verdadeira, qual das afirmaes abaixo mais enfraquece a explicao oferecida

    pelos pesquisadores na ltima frase do texto?

    A) No havia, nas amostras, pessoas com elevado nvel de escolaridade que

    declararam ser contra o aborto.

    B) A amostra de 500 pessoas que viram o vdeo era composta predominantemente

    por mulheres.

    C) A proporo de homens e mulheres, bem como de pessoas de alta e baixa

    escolaridade, entre as duas amostras, era diferente.

    D) A atitude perante o aborto determinada nica e exclusivamente pela

    escolaridade, no pelo gnero.

    E) No h qualquer relao de dependncia entre gnero e nvel de escolaridade.

    RESOLUO:

    O argumento dos pesquisadores pode ser esquematizado assim:

    Premissa1: Mulheres de baixa escolaridade que viram o vdeo declararam-se

    fortemente contra o aborto

    Premissa2: Pessoas de alta escolaridade declararam-se a favor do aborto

    Concluso: Em relao aos homens, as mulheres tiveram sua atitude influenciada

    contra o aborto

    Observe que a premissa 2 d margem para entendermos que homens E

    MULHERES de alta escolaridade so favorveis ao aborto, tendo ou no visto o

    vdeo. Nada sabemos sobre os homens de baixa escolaridade. Vejamos qual das

    afirmativas auxilia a derrubar a concluso acima:

    A) No havia, nas amostras, pessoas com elevado nvel de escolaridade que

    declararam ser contra o aborto.

    Esta afirmativa foge da questo central, que verificar se as MULHERES so

    ou no influenciadas pelo vdeo.

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    B) A amostra de 500 pessoas que viram o vdeo era composta predominantemente

    por mulheres.

    Se isso fosse verdade, a concluso ainda poderia estar correta, pois no

    seria possvel efetuar a comparao entre homens e mulheres de modo a

    refutar/enfraquecer a concluso.

    C) A proporo de homens e mulheres, bem como de pessoas de alta e baixa

    escolaridade, entre as duas amostras, era diferente.

    Idem ao anterior. Isto tornaria ainda mais difcil chegar a qualquer concluso.

    A concluso dada poderia ainda estar correta.

    D) A atitude perante o aborto determinada nica e exclusivamente pela

    escolaridade, no pelo gnero.

    Este o nosso gabarito. Se for verdade que a atitude perante o aborto

    depende s da escolaridade, enfraqueceramos substancialmente a concluso de

    que as mulheres tiveram a sua atitude influenciada. O correto seria dizer As

    pessoas de baixa escolaridade tiveram a sua atitude influenciada contra o aborto.

    E) No h qualquer relao de dependncia entre gnero e nvel de escolaridade.

    Mais uma alternativa que no ataca o ponto central, que determinar se o

    gnero influencia a posio em relao ao aborto.

    Resposta: D

    Chega de teoria por hoje! Na prxima seo temos uma bateria de exerccios

    para voc praticar bastante a nossa disciplina.

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    2. RESOLUO DE QUESTES

    Hoje trabalharemos questes de 3 fontes: GMAT, ANPAD e FGV. Aproveite

    para observar o estilo de cobrana de cada uma dessas instituies. Voc ver que

    o GMAT e a ANPAD se aproximam mais, enquanto vrias questes da FGV so

    muito parecidas com aquelas encontradas em provas de interpretao de textos.

    Deixo aqui outra dica importantssima: antes de ler o texto longo que a

    maioria dessas questes tem, vale a pena passar o olho na pergunta propriamente

    dita, para j ler o texto sabendo a que se atentar. Nas primeiras questes eu vou

    deixar essas perguntas propositalmente em negrito.

    7. GMAT)Mquinas de fazer neve funcionam pulverizando uma nvoa que congela

    imediatamente em contato com o ar frio. Como este sbito congelamento mata

    bactrias, a empresa QuickFreeze est planejando vender um sistema de

    purificao de gua que utiliza o mesmo princpio. O processo funciona apenas

    quando as temperaturas esto baixas, de modo que os municpios que vierem a

    usar este sistema tambm precisaro manter um sistema convencional.

    Qual das seguintes informaes, se verdadeira, oferece suporte mais slido

    para a previso de que municpios vo comprar o sistema de purificao da

    QuickFreeze, mesmo tendo que manter um sistema convencional?

    a) Bactrias no so as nicas impurezas que precisam ser removidas da gua

    b) Vrios municpios tm sistemas de purificao antigos que precisam ser

    substitudos.

    c) Os sistemas convencionais de purificao de gua no tem tido grande xito na

    eliminao de bactrias em baixas temperaturas

    d) Durante perodos de clima quente, quando no est em uso, o sistema de

    purificao da QuickFreeze requer baixa manuteno

    e) Lugares onde os invernos so frios raramente tm problema de falta de gua.

    RESOLUO:

    Precisamos buscar, dentre as alternativas de resposta, uma que fornea uma

    explicao razovel para os municpios adquirirem sistema QuickFreeze mesmo

    tendo que manter o sistema convencional. Vejamos:

    a) Bactrias no so as nicas impurezas que precisam ser removidas da gua

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    Esta informao seria til para demonstrar que os municpios ainda precisam

    manter o sistema convencional MESMO QUE adquiram o sistema QuickFreeze,

    para remover as demais impurezas da gua (alm das bactrias). Mas no fornece

    um motivo razovel para adquirir o QuickFreeze.

    b) Vrios municpios tm sistemas de purificao antigos que precisam ser

    substitudos.

    Se esta informao for verdadeira, ser preciso substituir os sistemas atuais.

    Mas esta substituio poderia ser, em tese, por novos sistemas do modelo

    convencional e no necessariamente envolveria a aquisio do QuickFreeze.

    c) Os sistemas convencionais de purificao de gua no tem tido grande xito na

    eliminao de bactrias em baixas temperaturas

    CORRETO. Aqui temos uma justificativa para que os municpios adquiram o

    QuickFreeze, mesmo tendo que manter os sistemas convencionais: durante os

    perodos frios, o QuickFreeze far o papel de eliminao de bactrias, que hoje

    mal desempenhado pelos sistemas convencionais.

    d) Durante perodos de clima quente, quando no est em uso, o sistema de

    purificao da QuickFreeze requer baixa manuteno

    Esta afirmao no fornece uma razo para adquirir o QuickFreeze. Por

    menor que seja o seu custo de manuteno, os municpios j tero que arcar com o

    custo de manuteno dos sistemas convencionais (que precisaro continuar em

    operao, como diz o enunciado), e s faz sentido adicionar um novo sistema se ele

    trouxer algum benefcio adicional.

    e) Lugares onde os invernos so frios raramente tm problema de falta de gua.

    Mais uma vez no temos uma justificativa para os municpios, alm de

    manterem o sistema convencional de tratamento de gua, adquirirem tambm o

    QuickFreeze.

    Resposta: C

    8. GMAT) Suncorp, uma nova empresa com recursos limitados, tem desmatadograndes reas da floresta amaznica para criao de gado. Esta prtica continua

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    apesar de que lucros ainda maiores poderiam ser obtidos da extrao de borracha,

    que no destri a floresta, do que com a criao de gado, que destri a floresta.

    Qual das seguintes informaes, se verdadeira, mais ajuda a explicar por que

    a Suncorp tem insistido na menos rentvel das duas atividades mencionadas

    acima?

    a) O solo da floresta amaznica muito rico em nutrientes que so importantes para

    o desenvolvimento do pasto.

    b) A criao de gado em climas tropicais mais rentvel do que a criao de gado

    em locais de clima frio.

    c) Em certos municpios, lucros obtidos na criao de gado so mais tributados do

    que lucros obtidos em qualquer outra indstria.

    d) Parte do gado criado nos pastos abertos na Amaznia so mortos por onas.

    e) A quantidade de dinheiro necessria para comear um negcio de extrao de

    borracha o dobro da necessria para comear a criao de gado.

    RESOLUO:

    Precisamos de uma explicao para a Suncorp continuar operando na

    criao de gado, que menos rentvel, ao invs de investir na borracha. Vejamos

    as opes:

    a) O solo da floresta amaznica muito rico em nutrientes que so importantes para

    o desenvolvimento do pasto.

    Esta informao nos leva a entender que a criao de gado atrativa, mas

    no explica o porqu da Suncorp no migrar para uma atividade ainda mais rentvel

    (borracha).

    b) A criao de gado em climas tropicais mais rentvel do que a criao de gado

    em locais de clima frio.

    O foco da questo que, NA AMAZNIA, a criao de gado menos

    rentvel que a extrao de borracha.

    c) Em certos municpios, lucros obtidos na criao de gado so mais tributados do

    que lucros obtidos em qualquer outra indstria.

    Se os lucros da criao de gado so mais tributados, isto seria um motivo a

    mais para a Suncorp sentir-se atrada pela extrao de borracha.

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    d) Parte do gado criado nos pastos abertos na Amaznia so mortos por onas.

    Este seria mais um motivo para a Suncorp sentir-se desestimulada a

    prosseguir na criao de gado, e migrar para a extrao de borracha.

    e) A quantidade de dinheiro necessria para comear um negcio de extrao de

    borracha o dobro da necessria para comear a criao de gado.

    CORRETO. Aqui temos um motivo plausvel para que, mesmo a extrao de

    borracha sendo mais rentvel, a Suncorp insista na criao de gado: ela uma

    empresa com recursos limitados, por isso foi forada a optar pela atividade que

    exige menos dinheiro para comear (criao de gado).

    Resposta: E

    9. GMAT) A populao de jacars de Parland tem decrescido nos ltimos anos,

    principalmente devido caa. A principal presa dos jacars uma espcie de peixe

    de gua doce que possui alto valor como alimento para moradores de Parland, os

    quais tem torcido para que o declnio na populao de jacars leve a um aumento

    na quantidade de peixes disponveis para consumo humano. Entretanto, a

    populao destes peixes tem diminudo, mesmo no havendo crescimento na

    quantidade de peixes capturada anualmente para consumo humano.

    Qual das seguintes informaes, se verdadeira, mais ajuda a explicar a queda

    na populao destes peixes?

    a) A queda na populao de jacars fez com que pescadores pudessem trabalhar

    em partes dos lagos e rios que antes eram considerados perigosos.

    b) Ao longo dos ltimos anos, as empresas de comrcio de peixe de Parland

    aumentaram o nmero de barcos utilizados na atividade.

    c) O principal predador destes peixes outra espcie de peixe que tambm uma

    presa dos jacars.

    d) Vrios moradores de Parland que caam jacars o fazem devido ao alto preo de

    mercado do seu couro, e no pelo fato de que os jacars so uma ameaa para a

    populao de peixes.

    e) Em pases vizinhos, nos quais o rio de Parland tambm passa, jacars esto sob

    risco de extino como resultado da intensa caa.

    RESOLUO:

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    A populao da espcie de peixes que servia de alimento para os moradores

    de Parland e tambm para o jacar tem diminudo, mesmo com a reduo da

    populao de jacars. Vejamos qual alternativa fornece a explicao mais razovel

    para a queda na populao de peixes:

    a) A queda na populao de jacars fez com que pescadores pudessem trabalhar

    em partes dos lagos e rios que antes eram considerados perigosos.

    O enunciado disse que no houve crescimento na quantidade de peixes

    capturada para consumo humano, o que torna esta alternativa invlida para explicar

    a reduo na populao de peixes.

    b) Ao longo dos ltimos anos, as empresas de comrcio de peixe de Parland

    aumentaram o nmero de barcos utilizados na atividade.

    Como disse acima, no houve crescimento na quantidade de peixes

    capturada para consumo humano.

    c) O principal predador destes peixes outra espcie de peixe que tambm uma

    presa dos jacars.

    CORRETO. Se os jacars tambm se alimentavam do principal predador

    destes peixes apreciados pela populao de Parland, a reduo na populao de

    jacars fez proliferar a populao do predador e, com isso, reduzir a populao dos

    peixes.

    d) Vrios moradores de Parland que caam jacars o fazem devido ao alto preo de

    mercado do seu couro, e no pelo fato de que os jacars so uma ameaa para a

    populao de peixes.

    O motivo pelo qual as pessoas caam jacars irrelevante para a anlise

    sobre a reduo da populao de peixes.

    e) Em pases vizinhos, nos quais o rio de Parland tambm passa, jacars esto sob

    risco de extino como resultado da intensa caa.

    Aqui tambm no temos uma explicao para a reduo da populao de

    peixes.

    Resposta: C

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    10. GMAT)O design da fabricante de automveis Maxilux para o seu novo modelo

    de luxo, o Max 100, inclui um modelo especial de pneus que visa complementar a

    imagem do veculo. A oferta vencedora para fornecer estes pneus foi apresentada

    pela Rubco. Analistas concluram que o negcio iria apenas cobrir os custos da

    Rubco com os pneus, mas executivos da Rubco alegam que ter vencido a disputa

    pode gerar lucro para a empresa.

    Qual das seguintes informaes, se verdadeira, mais fortemente justifica a

    alegao feita pelos executivos da Rubco?

    a) Em qualquer modelo da Maxilux, o pneu reserva tem exatamente o mesmo

    modelo e fabricante dos pneus que so montados nas rodas.

    b) A Rubco possui contratos de exclusividade para fornecer Maxilux pneus para

    outros vrios modelos de automveis.

    c) A fbrica do Max 100 e aquela dos pneus fornecidos pela Rubco so muito

    prximas uma da outra.

    d) Quando as pessoas que compraram cuidadosamente um automvel de luxo

    precisam substituir um componente desgastado, elas quase sempre substituem com

    um componente do mesmo tipo e fabricante.

    e) Quando a Maxilux fechou o contrato de pneus com a Rubco, o nico critrio no

    qual a proposta da Rubco estava claramente frente das demais era o preo.

    RESOLUO:

    Os executivos da Rubco entendem que, mesmo sabendo que ao faturamento

    pela venda de pneus para equipar os veculos novos Max 100 somente cobre os

    custos, o negcio pode ser lucrativo para a empresa. Vejamos qual alternativa

    fornece uma razo para acreditarmos que o negcio pode ser mesmo lucrativo:

    a) Em qualquer modelo da Maxilux, o pneu reserva tem exatamente o mesmo

    modelo e fabricante dos pneus que so montados nas rodas.

    Esta informao certamente j foi considerada pelos executivos ao fazer os

    seus clculos, que consideraram 5 pneus por veculo novo, e no somente 4.

    b) A Rubco possui contratos de exclusividade para fornecer Maxilux pneus para

    outros vrios modelos de automveis.

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    A existncia de outros contratos em vigor no justifica o porqu de este

    contrato para o Max 100 ser lucrativo, dado que as vendas de pneus novos para

    estes veculos vo apenas cobrir os custos.

    c) A fbrica do Max 100 e aquela dos pneus fornecidos pela Rubco so muito

    prximas uma da outra.

    A proximidade das fbricas j foi considerada pela Rubco para calcular o

    custos do fornecimento dos pneus.

    d) Quando as pessoas que compraram cuidadosamente um automvel de luxo

    precisam substituir um componente desgastado, elas quase sempre substituem com

    um componente do mesmo tipo e fabricante.

    CORRETO. Aqui temos um motivo forte para acreditar que o negcio pode

    ser lucrativo: ao se tornar o fabricante dos pneus originais, a Rubco cria para si um

    grande mercado, que o mercado de reposio de pneus, pois a maioria das

    pessoas prefere adquirir pneus do mesmo fabricante original.

    e) Quando a Maxilux fechou o contrato de pneus com a Rubco, o nico critrio no

    qual a proposta da Rubco estava claramente frente das demais era o preo.

    Mais um item onde falta uma explicao razovel para o negcio ser lucrativo

    para a Rubco.

    Resposta: D

    11. GMAT)Qual das seguintes alternativas completa a passagem de maneira mais

    lgica?

    A maioria dos capacetes de bicicleta oferecem boa proteo para a parte de cima e

    de trs da cabea, mas pouca ou nenhuma proteo para a regio temporal, nas

    laterais da cabea. Um estudo sobre traumas na cabea resultantes de acidentes de

    bicicleta demonstrou que uma grande proporo deles foi causada por pancadas na

    regio temporal. Portanto, se os capacetes de bicicleta protegessem esta rea, o

    risco de srios traumas cranianos em acidentes de bicicleta seria bem reduzido,

    especialmente porque...

    a) entre os ciclistas includos no estudo sobre traumas na cabea, apenas umapequena proporo estavam usando capacete no momento do acidente

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    b) mesmo aqueles ciclistas que regularmente utilizam capacetes tem baixo

    entendimento sobre o nvel e tipo de proteo que os capacetes geram

    c) um capacete que tivesse proteo para a tmpora teria que ser bem maior e mais

    pesado que os atuais capacetes

    d) o osso da regio temporal relativamente fino, e impactos nesta rea so,

    portanto, muito propensos a causar danos cerebrais

    e) ciclistas geralmente caem sobre o brao ou o ombro em quedas para os lados, o

    que reduz a probabilidade de impactos graves na lateral da cabea

    RESOLUO:

    Precisamos encontrar uma explicao (porque...) para fortalecer a

    concluso de que, se os capacetes protegessem a regio temporal, o risco de

    traumas cranianos em acidentes de bicicleta seria bem reduzido. Vejamos:

    a) entre os ciclistas includos no estudo sobre traumas na cabea, apenas uma

    pequena proporo estavam usando capacete no momento do acidente.

    Se poucos ciclistas pesquisados estivessem usando capacete durante o

    acidente, no seria possvel chegar concluso do estudo, pois no sabemos quais

    teriam sido os traumas se estas pessoas estivessem de capacete.

    b) mesmo aqueles ciclistas que regularmente utilizam capacetes tem baixo

    entendimento sobre o nvel e tipo de proteo que os capacetes geram.

    O nvel de entendimento sobre a proteo do capacete irrelevante para o

    estudo, bastando que as pessoas o utilizem.

    c) um capacete que tivesse proteo para a tmpora teria que ser bem maior e mais

    pesado que os atuais capacetes.

    Esta informao nos d uma caracterstica negativa dos capacetes com

    proteo para a tmpora, mas no explica porque o risco de traumas cranianos

    seria reduzido com seu uso.

    d) o osso da regio temporal relativamente fino, e impactos nesta rea so,

    portanto, muito propensos a causar danos cerebrais.

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    CORRETO. Se a tmpora frgil e impactos nesta rea facilmente causam

    danos cerebrais, proteg-la com capacetes especiais reduziria bastante o risco de

    traumas cranianos em acidentes de bicicleta.

    e) ciclistas geralmente caem sobre o brao ou o ombro em quedas para os lados, o

    que reduz a probabilidade de impactos graves na lateral da cabea.

    O prprio enunciado j afirmou que grande parte dos traumas ocorreu devido

    a pancadas na regio temporal, o que invalida a tese esboada nesta alternativa.

    Resposta: D

    12. GMAT)Fumaa de madeira contm toxinas perigosas que causam alteraes

    nas clulas humanas. Como a fumaa de madeira apresenta alto risco para a

    sade, necessria uma legislao para regular o uso de queimas ao ar livre e de

    fornos a lenha.

    Qual das seguintes alternativas, se verdadeira, oferece maior suporte para o

    argumento acima?

    a) A quantidade de toxinas perigosas contidas na fumaa de madeira muito menor

    do que a quantidade contida em um volume igual de gases provenientes da

    exausto de automveis.

    b) Dentro da jurisdio coberta pela legislao proposta, a maior parte do

    aquecimento e cozimento feita utilizando leo ou gs natural.

    c) Fumaa produzida pela queima de carvo significativamente mais txica do que

    a fumaa produzida pela queima de madeira.

    d) Nenhum efeito benfico significativo na qualidade do ar poderia resultar se as

    queimas ao ar livre fossem banidas na jurisdio coberta pela legislao proposta.

    e) Em vales onde madeira usada como o principal combustvel para aquecimento,

    a concentrao de fumaa resulta em baixa qualidade do ar.

    RESOLUO:

    A concluso do argumento acima : necessria uma legislao para

    regular o uso de queimas ao ar livre e de fornos a lenha. Precisamos encontrar

    uma alternativa que suporte esta concluso, ou seja, uma premissa deste

    argumento. Vejamos:

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    a) A quantidade de toxinas perigosas contidas na fumaa de madeira muito menor

    do que a quantidade contida em um volume igual de gases provenientes da

    exausto de automveis.

    O fato de a quantidade de toxinas dos automveis ser ainda maior pode levar

    algum a pensar: ento devemos nos preocupar com regulamentar os

    automveis. Isto no refora a necessidade de regulamentar a queima de madeira.

    b) Dentro da jurisdio coberta pela legislao proposta, a maior parte do

    aquecimento e cozimento feita utilizando leo ou gs natural.

    Isto no refora a necessidade de regulamentar a queima da madeira pelo

    contrrio, esta afirmativa sugere que pouca madeira queimada na regio onde a

    legislao est sob discusso.

    c) Fumaa produzida pela queima de carvo significativamente mais txica do que

    a fumaa produzida pela queima de madeira.

    Mais uma afirmativa que no refora a necessidade de regulamentar a

    madeira, mas sim desvia o foco para a necessidade de regulamentar a queima do

    carvo.

    d) Nenhum efeito benfico significativo na qualidade do ar poderia resultar se as

    queimas ao ar livre fossem banidas na jurisdio coberta pela legislao proposta.

    Outra alternativa que no refora a necessidade de regulamentar a queima

    da madeira ao ar livre.

    e) Em vales onde madeira usada como o principal combustvel para aquecimento,

    a concentrao de fumaa resulta em baixa qualidade do ar.

    CORRETO. Aqui temos uma posio favorvel regulamentao da queima

    da madeira, pois esta afirmativa mostra o efeito danoso desta queima em vales,

    onde a fumaa fica concentrada e leva reduo da qualidade do ar.

    Resposta: E

    13. GMAT) Caador: Vrias pessoas culpam somente os caadores pelo

    declnio na populao de veados do Greenrock National Forest nos ltimosdez anos. Claramente os ursos tm um papel importante neste declnio. Nos dez

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    ltimos anos, a populao protegida desta espcie aumentou nitidamente, e exames

    em ursos encontrados mortos na floresta durante a estao de caa ao veado

    mostrou que boa parte deles tinha recentemente se alimentado de veados.

    No argumento do caador, a parte em negrito desempenha qual dos seguintes

    papis?

    a) a principal concluso do argumento

    b) uma evidncia que o argumento tenta explicar

    c) uma explicao que o argumento conclui ser correta

    d) Fornece evidncia que suporta a principal concluso do argumento.

    e) Introduz a opinio qual o argumento se ope.

    RESOLUO:

    Observe que o caador dedica o seu argumento a demonstrar que a

    afirmao em negrito (culpa dos caadores pela reduo da populao de veados)

    falha. Para isso ele levanta premissas que apontam a culpa para outra causa (os

    ursos). Veja a estrutura do argumento:

    Premissa 1: Nos dez ltimos anos, a populao protegida de ursos aumentou

    nitidamente

    Premissa 2: Exames em ursos encontrados mortos na floresta durante a estao de

    caa ao veado mostrou que boa parte deles tinha recentemente se alimentado de

    veados.

    Concluso: Claramente os ursos tm um papel importante no declnio da populao

    de veados.

    Assim, nos resta marcar a alternativa E.

    Resposta: E

    14. GMAT)Uma grande empresa de jornalismo sentiu uma queda na audincia na

    semana seguinte apresentao de uma matria controversa sobre economia. A

    empresa tambm recebeu um grande nmero de reclamaes sobre a reportagem.

    A empresa, entretanto, sustenta que reaes negativas reportagem no tm

    relao com a queda da audincia.

    Qual das seguintes afirmaes, se verdadeira, mais contribui para sustentar aposio da organizao?

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    a) Outras grandes empresas de jornalismo sentiram reduo similar na audincia

    durante a mesma semana.

    b) Os telespectadores que registraram reclamaes faziam parte da audincia

    regular dos programas da organizao.

    c) As principais empresas de jornalismo atribuem publicamente a queda na

    audincia s suas prprias reportagens apenas quando recebem reclamaes sobre

    estas matrias.

    d) Esta no foi a primeira vez que esta empresa levou ao ar uma reportagem

    polmica sobre economia que motivou reclamaes de telespectadores.

    e) A maioria dos telespectadores de redes de jornalismo tem, nas notcias

    difundidas por estas empresas, a principal fonte de informao sobre economia.

    RESOLUO:

    Precisamos encontrar uma alternativa que reforce a seguinte afirmao:

    reaes negativas reportagem no tm relao com a queda da audincia.

    Portanto, preciso que a queda de audincia possa ter outra explicao. Vejamos

    as alternativas:

    a) Outras grandes empresas de jornalismo sentiram reduo similar na audincia

    durante a mesma semana.

    CORRETO. O fato de que outras empresas tambm experimentaram

    reduo na audincia no mesmo perodo levanta dvidas quanto real causa da

    queda de audincia. Talvez algum fator externo (ex.: a semana coincidiu com um

    grande feriado nacional, quando as pessoas viajam e assistem menos televiso)

    possa explicar a queda na audincia das empresas. Isso sustenta a posio da

    empresa, no sentido de que as reaes negativas reportagem no tm relao

    com a queda da audincia.

    b) Os telespectadores que registraram reclamaes faziam parte da audincia

    regular dos programas da organizao.

    O fato de os reclamantes serem espectadores usuais da rede no relevante

    para explicar a queda da audincia.

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    c) As principais empresas de jornalismo atribuem publicamente a queda na

    audincia s suas prprias reportagens apenas quando recebem reclamaes sobre

    estas matrias.

    Ao contrrio do que diz essa afirmao, a empresa recebeu reclamaes e,

    ainda assim, no atribuiu publicamente a queda na audincia reportagem.

    d) Esta no foi a primeira vez que esta empresa levou ao ar uma reportagem

    polmica sobre economia que motivou reclamaes de telespectadores.

    O fato de no ser a primeira reportagem polmica tambm no relevante

    para explicar a queda na audincia. Ainda mais quando comparamos esta

    alternativa com a letra A, que prov uma justificativa muito mais slida.

    e) A maioria dos telespectadores de redes de jornalismo tem, nas notcias

    difundidas por estas empresas, a principal fonte de informao sobre economia.

    Mais uma informao irrelevante para explicar a queda na audincia.

    Resposta: A

    15. GMAT) Mdico: O hormnio melatonina tem gerado expectativas como um

    possvel remdio para distrbios do sono, quando tomado em forma sinttica.

    Entretanto, como os efeitos colaterais de longo prazo da melatonina ainda so

    desconhecidos, eu no posso recomendar o seu uso neste momento.

    Paciente: Sua posio inconsistente com a sua prtica usual. Voc receita vrios

    medicamentos que sabe terem srios efeitos colaterais. Logo, preocupaes sobre

    efeitos colaterais no devem ser a verdadeira razo pela qual voc no vai

    prescrever a melatonina.

    O argumento do paciente falho porque ele deixa de considerar que:

    a) os efeitos colaterais da melatonina sinttica podem ser diferentes daqueles da

    melatonina produzida naturalmente.

    b) possvel que o mdico no acredite que a melatonina tenha provado

    conclusivamente ser efetiva

    c) distrbios do sono, se no tratados, podem levar a srias complicaes mdicas

    d) os efeitos colaterais de um remdio podem levar algum tempo para se

    manifestarem

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    e) riscos conhecidos podem ser ponderados em relao aos benefcios conhecidos,

    mas riscos desconhecidos no.

    RESOLUO:

    Pelo dilogo acima podemos depreender que o mdico no pretende receitar

    o hormnio porque desconhece os seus efeitos colaterais. J o paciente alega que o

    mdico receita vrios medicamentos que sabe terem efeitos colaterais graves, o que

    tornaria a prtica do mdico inconsistente. Repare que a preocupao do mdico se

    deve ao fato de ele desconhecer os efeitos colaterais daquele novo remdio, e no

    do fato de os efeitos conhecidos serem mais ou menos graves. Esta a falha

    cometida pelo paciente.

    Veja que a alternativa E reproduz essa falha cometida pelo paciente:

    e) riscos conhecidos podem ser ponderados em relao aos benefcios conhecidos,

    mas riscos desconhecidos no.

    Como o mdico desconhece os efeitos de longo prazo do hormnio

    melatonina, ele no tem condies de compar-los aos benefcios que este

    medicamento traria ao paciente. J em remdios onde o efeito de longo prazo

    conhecido, o mdico pode fazer esta comparao entre os efeitos danosos e os

    benefcios conhecidos do medicamento, decidindo por receitar ou no ao paciente.

    Resposta: E

    16. GMAT) Pssaros machos da espcie bowerbird constroem ninhos com

    decorao elaborada, os bowers. Sabendo que populaes de bowerbirds de

    diferentes locais constroem bowersque exibem diferentes estilos de construo e

    decorao, pesquisadores concluram que os estilos de construo destes pssaros

    so adquiridos culturalmente, e no transmitidos geneticamente.

    Qual das seguintes alternativas, se verdadeira, mais fortalece a concluso dos

    pesquisadores?

    a) Existem mais caractersticas comuns do que diferenas entre os estilos de

    construo de ninhos da populao local de bowerbirds que foi estudada mais

    exaustivamente.

    b) Jovens machos da espcie so incapazes de construir ninhos e aparentemente

    passam vrios anos assistindo os mais velhos antes de se tornarem experientes noestilo de construo local.

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    c) Os ninhos de uma populao de bowerbirdsno tm as torres e a ornamentao

    caractersticas dos ninhos da maioria dos outros bowerbirds.

    d) Bowerbirdsso encontrados apenas na Nova Guin e Austrlia, onde populaes

    locais de pssaros raramente tm contato umas com as outras.

    e) bem conhecido que os dialetos musicais de alguns pssaros so aprendidos,

    ao invs de transmitidos geneticamente.

    RESOLUO:

    Precisamos de uma afirmao que reforce a ideia de que os bowerbirds

    aprendem a construir seus ninhos com o seu grupo, ou seja, esta no uma

    habilidade transmitida geneticamente.

    a) Existem mais caractersticas comuns do que diferenas entre os estilos de

    construo de ninhos da populao local de bowerbirds que foi estudada mais

    exaustivamente.

    Isto mostra apenas que, em uma mesma populao destes pssaros, o estilo

    de construo