R E F O R M A ECONÓMICA E N L A UNIÓN SOVIÉTICA; L A " P E R E S T R O Y K A "

I S A B E L T U R R E N T

Queremos convertir a nuestro pa í s en un modelo de Estado altamente desarro­l lado, en una sociedad que v iva dentro de la m á s avanzada e c o n o m í a , la democra­cia m á s amplia y la moral idad m á s profunda y m á s humana, dentro de la cual cada trabajador se sienta d u e ñ o y pueda disfrutar los beneficios de la cultura material y espiri tual , donde el futuro de sus hijos es té asegurado y donde posea todo lo nece­sario para una vida rica y completa.

C O N E S T A S P A L A B R A S , M i k h a i l G o r b a c h o v , secretario general del Par­t i d o C o m u n i s t a de la U n i ó n S o v i é t i c a , r e s u m i ó — e n enero de 1 9 8 7 — los ob je t ivos de l p r o g r a m a de re formas que i n i c i ó al l legar al poder en 1 9 8 5 . N o es e x t r a ñ o que par t i c ipan tes y observadores hayan cal i f icado su g o b i e r n o como " i n i c i o de u n p e r i o d o de r á p i d o s c a m b i o s " , 1 u n a ta rea e n o r m e 2 o u n "g igantesco e x p e r i m e n t o " . 3

L a r e f o r m a in i c i ada en 1 9 8 5 no t iene , en efecto, precedentes en la h i s t o r i a de l a U n i ó n S o v i é t i c a . A b a r c a l a sociedad, la c u l t u r a , la p o l í ­t i ca y l a e c o n o m í a : pre tende c a m b i a r , en suma , el f unc ionamien to y el m o d o de v i d a de l sistema y la sociedad s o v i é t i c o s , moldeados p o r el l a r g o g o b i e r n o de S t a l i n desde el decenio de los t r e i n t a . A pesar de l a a m p l i t u d y l a p r o f u n d i d a d de la r e fo rma , no es difícil descubrir la chispa que l a g e n e r ó : la crisis de la e c o n o m í a s o v i é t i c a .

1 A m n a n Rona ld , " T h e Empire Strikes Back: T h e Interplay of Economic and Poli t ical Change in the Soviet U n i o n " , The World Today, 43 (1987), n u m . 8, 132.

2 G . Srnirnov, " T h e Revolut ionary Essence of Renewa l " , Pravda, 13 de marzo de 1987, en The Current Digest of the Soviet Press, 38 (1987), p . 16, y Michael Kaser, " T h e Energy Crisis and Soviet Economic Prospects 1986-1990", The World Today, 42 (1986), p. 92.

3 Bialer Seweryn, "Gorbachev 's M o v e " , Foreign Policy, n u m . 68, 1987, p. 59.

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L A H E R E N C I A E C O N Ó M I C A

L o s p rob lemas e c o n ó m i c o s de la U R S S abarcan todas las facetas de l a p a r a t o e c o n ó m i c o y se r e m o n t a n a sus fundamentos m i s m o s . A f i r m ó G o r b a c h o v :

L a s causas de esta s i t u a c i ó n se e n c u e n t r a n en el pasado y e s t á n en ra i zadas e n esa a t m ó s f e r a h i s t ó r i c a e s p e c í f i c a e n l a c u a l , d e b i d o a c i r c u n s t a n c i a s b i e n conocidas, l a d i s c u s i ó n y el p e n s a m i e n t o c rea t ivo desaparec ieron . . . y los j u i c i o s a u t o r i t a r i o s se c o n v i r t i e r o n en verdades i n d i s c u t i b l e s . . . L a s tesis de L e n i n sobre el soc ia l i smo se i n t e r p r e t a r o n de m a n e r a s u p e r s i m p l i -ficada [ en r e l a c i ó n c o n p r o b l e m a s ] claves c o m o l a p r o p i e d a d p ú b l i c a , las r e lac iones en t re clases y n a c i o n a l i d a d e s , l a m e d i c i ó n de l t r a b a j o y el c o n ­s u m o , las coopera t ivas , los m é t o d o s de a d m i n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a , l a l u c h a c o n t r a las abe r r ac iones b u r o c r á t i c a s . . . y las g a r a n t í a s q u e a s e g u r a b a n e l de sa r ro l lo s a ludab le de l a soc iedad y el p a r t i d o . 4

Para p r o m o v e r u n veloz c rec imien to i ndus t r i a l , S ta l in c o m e t i ó todos los errores enumerados po r G o r b a c h o v . E r i g i ó u n sistema b u r o c r á t i c o totalmente centralizado responsable de todas las decisiones e c o n ó m i c a s . Los p lanes qu inquena les e s t a b l e c í a n cuotas de p r o d u c c i ó n , d i s t r i b u c i ó n y prec ios de los p roduc tos . D e hecho, el sistema de p l a n i f i c a c i ó n cen t r a l s t a l in i s t a era m u y s imple : en l uga r de ganancias, el p r i n c i p a l c r i t e r i o p a r a juzgar el é x i t o de u n a empresa era la c an t i dad p r o d u c i d a . L a d e m a n d a fue susti tuida por los ó r g a n o s de p lan i f i cac ión central que deter­m i n a b a n las cuotas de acuerdo con los í n d i c e s de p r o d u c t i v i d a d del a ñ o a n t e r i o r . A u n q u e l a c o m p l e j i d a d del aparato e c o n ó m i c o o b l i g ó al g o b i e r n o a i n t r o d u c i r mat ices — c o m o el l l a m a d o sistema V A L 5 — no a l t e r ó b á s i c a m e n t e el f u n c i o n a m i e n t o de la e c o n o m í a .

E n 1953, S ta l in h e r e d ó a sus sucesores u n p a í s i n d u s t r i a l : l a segunda po t enc i a m i l i t a r de l m u n d o . Pero las cifras que i n d i c a b a n u n e x t r a o r d i ­n a r i o c r ec imien to de l a i n d u s t r i a 6 ocu l t aban ominosos p rob lemas : u n

4 " O n Res t ruc tur ing and the Party's Personnel P o l i c y " , Informe de M.!S. Cor ­bacho v, secretario general del C C del P C U S a la sesión plenaria del C C , 27 de enero 1987. Pravda e Izvestia, 28 de enero de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 4, 25 de febrero de 1987, p . 3.

3 Cuando se divers i f icó la industr ia sovié t ica , al insistir en el monto de lo produ­cido por peso, se d e s c u i d ó la p r o d u c c i ó n de m e r c a n c í a s m á s ligeras o m á s elaboradas. Se in t rodujo entonces la valovaia produktsiia o V A L , que m e d í a la p r o d u c c i ó n en rublos de acuerdo con su valor b ru to : Marsha l I . Go ldman , Economic Reform in the Age of High Technology. Gorbachev's Challenge, Nor ton and Co. , Londres, Nueva York , 1987, pp. 21-22.

0 A fines de ios a ñ o s t reinta el crecimiento industr ia l era impresionante: " t an to en vo lumen como en cal idad, los avances registrados en estos a ñ o s ayudaron a trans-

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apara to b u r o c r á t i c o excesivamente cen t ra l i zado de donde e m a n a b a n todas las decisiones e c o n ó m i c a s . L a c e n t r a l i z a c i ó n h a b í a dado p o r resul­t ado i nnumerab l e s cuellos de bote l la en l a d i s t r i b u c i ó n de i n sumos y p roduc tos terminados , u n sistema i r r ac iona l de precios, u n absoluto des­c u i d o p o r la demanda , que se reflejaba en l a b a j í s i m a cal idad de los p r o ­ductos indus t r ia les — c o n e x c e p c i ó n de los m i l i t a r e s — , el desabasteci­m i e n t o c r ó n i c o de bienes de c o n s u m o , el descuido de las v í a s de c o m u n i c a c i ó n y la fal ta de e s p í r i t u de i n n o v a c i ó n y de empresa ent re los adminis t radores y los obreros industr iales. E l financiamiento del nota­ble c r e c i m i e n t o i n d u s t r i a l de l a U n i ó n S o v i é t i c a entre 1931 y 1953 p r o ­v i n o b á s i c a m e n t e de dos fuentes: de l sacrif icio de l c o n s u m i d o r s o v i é t i c o ( l a i n d u s t r i a l i ge ra se c o n v i r t i ó en l a ú l t i m a p r i o r i d a d del p royec to de desa r ro l lo s tal inista) y del ag ro . L a p o l í t i c a a g r í c o l a de S ta l in fue u n a c a t á s t r o f e e c o n ó m i c a y h u m a n a . L a c o l e c t i v i z a c i ó n cos tó a l a U n i ó n S o v i é t i c a m á s de 10 mi l lones de v i d a s 7 y sus resultados e c o n ó m i c o s fue­r o n deplorables . E n 1953, en el t ranscurso de l p r i m e r p lano de l C o m i t é C e n t r a l ( C C ) d e s p u é s de la m u e r t e de S ta l in , N i k i t a Khrushchev demos­t r ó que l a p r o d u c c i ó n de granos era m e n o r que en los ú l t i m o s a ñ o s del z a r i s m o . 8 E l n i v e l de v i d a de los campesinos c a y ó ve r t ig inosamente : el v a l o r de l d í a de t rabajo, t an to en efectivo como en especie, era t a n r a q u í ­t i c o que n o p e r m i t í a a los campesinos colect ivizados c u b r i r n i s iqu ie ra sus necesidades b á s i c a s . L o s campesinos se r e fug i a ron en sus parcelas p r i v a d a s . A pesar de l a p o l í t i c a s ta l inis ta y de l a fal ta de e q u i p o , f e r t i l i ­zantes y for ra je , los k o l j o z n i k i se las a r r e g l a r o n pa ra lograr u n a l t í s i m o n i v e l de p r o d u c c i ó n en sus p e q u e ñ a s parcelas. E n 1938, de é s t a s proce­d í a no menos del 2 1 . 5 % del t o t a l de l a p r o d u c c i ó n a g r í c o l a , a u n q u e aba rcaban t an sólo el 3 . 8 % de l a superficie c u l t i v a d a . 9 Pero las conse­cuencias de l a c o l e c t i v i z a c i ó n f u e r o n m á s p rofundas de lo que sugieren las c ifras . E n el campo e m p e z ó a p r i v a r l a a p a t í a , p o r la fal ta de incen-

formar la indus t r ia y a d i sminu i r la dependencia de la U R S S respecto de los pa í ses extranjeros en re lac ión con bienes de c a p i t a l " . Alee Nove , Historia económica de la Unión Soviética, A l i anza , M a d r i d , 1973, p . 239. D e s p u é s de 1946, el producto industr ia l vo l ­v ió a aumentar en porcentajes m u y altos. Pronto se rebasaron los niveles de produc­c ión de preguerra. Por ejemplo, la cuenca del Donets s o b r e p a s ó en 1950 (94.6 millones de ton) la p r o d u c c i ó n de 1940 (94.3 mil lones) . Ibid., pp . 310-311. Lo mismo suced ió con la p r o d u c c i ó n s i d e r o m e t a l ú r g i c a de Uc ran i a .

7 Sobrecogedor recuento de la tragedia provocada por la colect ivización en Robert Conquest , Harvest of Sorrow. Soviet Collectivization and the Terror Famine, Oxford , Un ive r -sity Press, Nueva Y o r k , 1986.

8 Ibid., p . 340. 9 Ibid., p . 339.

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t i v o s , e l l ide razgo incompe ten te , la i n t r o m i s i ó n p o l í t i c a e i d e o l ó g i c a de l p a r t i d o en las decisiones sobre p r o d u c c i ó n y numerosos o b s t á c u l o s p r o ­d u c t o de l a i n t e r v e n c i ó n de los ignoran tes p lani f icadores centrales.

L a c o l e c t i v i z a c i ó n a l i m e n t ó t a m b i é n el s u r g i m i e n t o de l t e r ro r c o m o s i s tema de gob ie rno . P r o v o c ó " c a m b i o s p ro fundos en l a p s i c o l o g í a de aque l los comunis tas que h a b í a n p a r t i c i p a d o en la c a m p a ñ a — q u e , en l u g a r de volverse locos, se c o n v i r t i e r o n en b u r ó c r a t a s profesionales—, p a r a quienes el t e r ro r era u n m é t o d o n o r m a l de a d m i n i s t r a r y l o g r a r o b e d i e n c i a a las ó r d e n e s superiores; s í n t o m a de la p r o f u n d a deshuma­n i z a c i ó n de los func ionar ios del apara to s o v i é t i c o " . 1 0

L a s c a m p a ñ a s a g r í c o l a s , l a r e o r g a n i z a c i ó n del p a r t i d o , la g r a n d i l o ­c u e n c i a y el p o p u l i s m o de N i k i t a K h r u s h c h e v m o d i f i c a r o n apenas l a h e r e n c i a stal inista, pero h e r e d ó a sus sucesores tres lecciones f u n d a m e n ­tales . L a p r i m e r a , que cua lqu ie r r e f o r m a en l a U n i ó n S o v i é t i c a d e b í a l levarse a cabo de manera realista y g radua l . Las metas que K h r u s h c h e v se p ropuso alcanzar eran imposibles: predi jo que la e c o n o m í a de la U R S S s o b r e p a s a r í a a la no r t eamer icana en p r o d u c c i ó n per c á p i t a en 1970; cre­c e r í a 1 5 0 % en t an só lo 10 a ñ o s y 4 0 0 % en 2 0 . 1 1 Las medidas que se t o m a r o n p a r a conseguir estos obje t ivos fue ron inconsistentes y con t r a ­d i c t o r i a s . H a c i a 1964 el v ie jo l í d e r h a b í a conseguido solamente m e j o ­r a r l a s i t u a c i ó n de los campesinos y elevar el ingreso de los obreros, pero n o resolver los apremiantes p rob lemas del agro y l a i n d u s t r i a .

L a segunda l e c c i ó n que G o r b a c h o v debe t o m a r en cuenta son los r iesgos de i n t e n t a r t r a n s f o r m a r l a e c o n o m í a en con t ra de los intereses de l a burocracia . Khrushchev a p e l ó al pueblo para conseguir apoyo só l ido a sus p o l í t i c a s por enc ima del pa r t i do . E l popu l i smo khrushcheviano fra­c a s ó y el l í d e r d e b i ó entonces r e f o r m a r el apara to con u n solo i n s t r u ­m e n t o : los apparatchiki.12 Pero a fines de los sesenta cua lqu ie r i n t e n t o de c a m b i o p o r med io del p a r t i d o estaba condenado al fracaso. K h r u s h ­chev d e s c e n t r a l i z ó el poder , d i v i d i ó a l p a r t i d o de acuerdo con u n c r i t e ­r i o e c o n ó m i c o (una s e c c i ó n se e n c a r g a r í a de l d e s e m p e ñ o a g r í c o l a , o t r a d e l i n d u s t r i a l ) y , peor a ú n , p r e t e n d i ó m o d i f i c a r los estatutos de l P C U S p a r a ev i t a r l a p e r m a n e n c i a de los func ionar ios en sus cargos. F ren te a estas amenazas a sus p re r roga t ivas l a bu roc r a c i a c e r r ó filas y K h r u s h ­chev fue f á c i l m e n t e depuesto.

L a te rcera l e c c i ó n de K h r u s h c h e v es u n inva luab le precedente pa ra

1 0 Ibid., p . 343. 1 1 " I t ' s a Long W a y to C o m m u n i s m Under Gorbachev" , The Economist, 2 de

noviembre de 1985, p. 4 1 . 1 Z " N i k i t a ' s Ghos t " , The Economist, 8 de febrero de 1986, p . 50.

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G o r b a c h o v : 1 ' d e m o s t r ó que era posible r e p u d i a r l a herenc ia s ta l in is ta y m o r i r en l a c a m a " . 1 3

E n 1964, der rocado N i k i t a K h r u s h c h e v , el n u e v o l ide razgo s o v i é ­t ico encabezado p o r L e o n y d Brezhnev y A l e x e i K o s i g i n i n i c i ó , a su vez, u n t i b i o y e f í m e r o in ten to de r e fo rma e c o n ó m i c a . Pero Brezhnev y K o s i ­g i n abrevaron t an só lo en la segunda l e c c i ó n del l í d e r depuesto. Por el lo , su l a rgo pe r iodo de gob ie rno se c e n t r ó en p r o m o v e r la e s tab i l idad cor-pora t i s t a de los cuadros de l p a r t i d o , y el i n t e n t o de r e f o r m a r el apara to e c o n ó m i c o en los a ñ o s sesenta f r a c a s ó es t repi tosamente. V a l e l a pena v o l v e r a l t e m a p o r q u e es u n precedente d i r ec to , de sorprendente s i m i l i ­t u d con l a perestroyka, y p o r q u e m u r i ó a manos de los intereses que se o p o n e n , ahora t a m b i é n , a l a r e f o r m a de G o r b a c h o v .

C o m o \&perestroyka y l a causa de las re formas de los a ñ o s sesenta fue­r o n l a evidente i ncapac idad de l s is tema e c o n ó m i c o heredado de S t a l i n p a r a p r o m o v e r l a m o d e r n i z a c i ó n e c o n ó m i c a del p a í s , ) 4 y las p ropues­tas de p r o m i n e n t e s intelectuales sobre a l ternat ivas para m o d i f i c a r ese sistema. Basado en las ideas de Yevsei L i b e r m a n , A lexe i K o s i g i n , cabeza de l Conse jo de M i n i s t r o s , p ropuso en 1965 l a a p l i c a c i ó n de u n paque te de re formas , cuyas ideas p r inc ipa les e ran l a d e s c e n t r a l i z a c i ó n a d m i n i s ­t r a t i v a , l a s i m p l i f i c a c i ó n de l a p l a n i f i c a c i ó n cen t r a l , l a m e j o r a de l a p r o ­d u c t i v i d a d y l a ef ic iencia , l a s u s t i t u c i ó n de los objet ivos de c a n t i d a d en l a p r o d u c c i ó n p o r c r i te r ios de ca l idad , los precios y el uso de p r i n c i p i o s e c o n ó m i c o s tales como ganancias, incent ivos, bonos y c r éd i t o s a l a indus­t r i a . E n unos cuantos a ñ o s se o l v i d ó l a propues ta . L a p r i m e r a y m á s o b v i a causa del fracaso fue l a e r e c c i ó n de u n sistema p o l í t i c o p reocu­p a d o , antes que nada , p o r m a n t e n e r las p re r roga t ivas de los apparatchiki y l a e s t ab i l idad de los cuadros . L a ausencia de l " i n f l u j o de nuevas fuer­z a s " —dice G o r b a c h o v — l l e v ó " a l d e b i l i t a m i e n t o de la capac idad de t r a b a j o " de los ó r g a n o s de l p a r t i d o , del apara to a d m i n i s t r a t i v o y de l g o b i e r n o . 1 5 L a esclerosis del l iderazgo b rezhnev iano m a t ó todo e s p í r i t u

1 3 Theodore Draper , "Soviet Reformers: f rom L e n i n to Gorbachev" , Dissent, 1987, p . 293.

1 4 Entre las muchas cifras que diagnosticaban el problema pueden citarse las siguientes: la tasa de crecimiento e c o n ó m i c o h a b í a bajado de 8.2 % en 1956-1960 a 6% en 1961-1965. Los rendimientos de la invers ión descendieron en 50% entre 1958 y 1965 y el crecimiento promedio de la p roduct iv idad del trabajo ba jó de 8.2 a 4.6 por ciento entre 1961 y 1964. Estos datos se encuentran en Gabriela A r r o y o , " L a s reformas eco­n ó m i c a s de los sesentas", v e r s i ó n mimeografiada.

1 5 " O n Res t ruc tur ing and the Party's Personnel P o l i c y " , informe de M . S . Gor­bachov, secretario general del C C del PC U S ante la sesión plenaria del C C , 27 de enero de 1987, Pravda e Izvestia, 28 de enero de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 6, 11 de enero de 1987, p . 8.

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de i n n o v a c i ó n y m a n t u v o vigentes — c o m o veremos— las c a r a c t e r í s t i c a s p r i n c i p a l e s de l sistema stal inis ta . N o fue e x t r a ñ o , en consecuencia, que el i n t e n t o r e fo rmi s t a de los a ñ o s sesenta fracasara: el choque entre los o b j e t i v o s de l a r e fo rma , los mecanismos elegidos pa ra conseguir esas me ta s , y el m a r c o m a c r o e c o n ó m i c o , d i e r o n l u g a r a u n a s i t u a c i ó n kaf-k i a n a . L a r e f o r m a e x i g í a actuar en c o n t r a de todos aquellos mecanis­m o s , r e l iqu ias de l pasado, que Brezhnev no estaba dispuesto a cambia r .

E l p royec to re formis ta no d e s c e n t r a l i z ó l a t o m a de decisiones, y los apparatchiki regionales o b s t r u y e r o n s i s t e m á t i c a m e n t e l a l i be r t ad de las empresas p a r a hacer contratos ent re sí y e l i m i n a r o b s t á c u l o s t r ad i c io ­nales en l a d i s t r i b u c i ó n de insumos . Las empresas y asociaciones ten­d i e r o n a conver t i rse en unidades a u t á r q u i c a s . L a e s p e c i a l i z a c i ó n , ind is ­pensable en toda e c o n o m í a m o d e r n a , l a ca l idad y l a r e d u c c i ó n de los costos b r i l l a r o n po r su ausencia. L a in ter ferencia de las autoridades e v i t ó q u e las empresas fijaran sus metas de acuerdo con l a demanda del mer ­cado , lo que a n u l ó la posible va l idez de l c r i t e r i o " g a n a n c i a s " y l i m i t ó sus recursos; E l con t ro l cen t ra l l l egó a ex t remos r i d í c u l o s : las empresas, p o r e j e m p l o , j a m á s p u d i e r o n ajustar sus costos r educ iendo la m a n o de o b r a p o r q u e el Estado e x i g i ó a los admin i s t r adores industr ia les que a y u ­d a r a n en l a r e c o l e c c i ó n de las cosechas. Las indus t r i as fue ron obl igadas a segui r financiando u n a reserva de m a n o de o b r a excedente pa ra estas c o n t i n g e n c i a s . L a r e f o r m a no i n c l u y ó u n a r e v i s i ó n de los precios, que a d m i n i s t r a b a u n c o m i t é cen t ra l . Esto t u v o u n a consecuencia nefasta: e v i t ó l a i n t r o d u c c i ó n y d e r r a m a de t e c n o l o g í a nueva , y a fuera nac iona l o i m p o r t a d a . C o m o no p o d í a n aumen ta r los precios para c u b r i r el incre­m e n t o de costos y los riesgos de l a i n n o v a c i ó n t e c n o l ó g i c a , los a d m i n i s ­t r ado re s de las empresas no t e n í a n n i n g ú n e s t í m u l o pa ra p r o d u c i r b ie­nes nuevos o mejora r los . L a fal ta de e s p í r i t u de i n n o v a c i ó n se f o r t a l e c i ó m a n t e n i e n d o no só lo los planes — q u e s igu ie ron estableciendo las cuo­tas que las empresas d e b í a n p r o d u c i r — , sino otros viejos p r inc ip io s : los min i s te r ios s iguieron considerando cr i ter io clave al V A L , no las ganancias de las e m p r e s a s . 1 6

L a i n e r c i a del sistema e c o n ó m i c o heredado p o r S ta l in d io al traste c o n c u a l q u i e r p o s i b i l i d a d de é x i t o de las re formas en los a ñ o s sesenta. A p r i n c i p i o s de la s iguiente d é c a d a , s u s t i t u y ó el á n i m o re formis ta u n

1 6 V é a s e entre otros Michae l Kaser, " T h e Economy to 1977" , en Archie B r o w n y Michae l Kaser, eds., The Soviet Union unce the Fall of Khrushchev, The Macmi l l an Press, Londres , 1982, pp. 196-218; R . George y Kel ley , Soviet Poli tic s in the Brezhnev Era, Prae-ger, Nueva Y o r k , 1980, pp. 70-101; G . A r r o y o , op cit.; Go ldmann , Economic Reform. . ., pp . 48-58, y Sweryn Bialer, The Soviet Paradox. External Expansión, Internal Decline, Al f red A . K n o p f , Nueva Y o r k , 1986, pp. 41-81.

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i n t en to de r e o r g a n i z a c i ó n de l a e c o n o m í a que t a m b i é n f r a c a s ó estrepi­tosamente . D i e z a ñ o s d e s p u é s , a l a m u e r t e de L e o n y d B r e z h n e v , su legado e c o n ó m i c o era antes que nada u n a larga lista de problemas m u c h o m á s ab rumadores que en 1953, dada l a c o m p l e j i d a d del apara to e c o n ó ­m i c o en 1982.

Los ú n i c o s logros e c o n ó m i c o s de la era de Brezhnev se concent ra ­r o n en dos á r e a s : el f o r t a l ec imien to de l Estado benefactor y el i m p r e s i o ­nante c r ec imien to de l sector m i l i t a r . Es i n d u d a b l e que el n i v e l de v i d a del pueblo sovié t ico se e l evó notablemente entre 1964 y 1982. Los ingresos reales sub ie ron en p r o m e d i o 4 3 % 1 7 y el gob ie rno i n t e n t ó satisfacer l a d e m a n d a del c o n s u m i d o r m a n t e n i e n d o bajos los precios de los p r o d u c ­tos a l imen ta r io s y el t r anspor te , y dedicando sumas sin precedente en l a h i s t o r i a de l p a í s a las indus t r i as l ige ra y pesada que p r o d u c e n bienes de c o n s u m o . 1 8 A p r inc ip ios de los ochenta, el Estado sa t i s fac ía las nece­sidades de l a p o b l a c i ó n en servicios m é d i c o s , segur idad social , educa­c i ó n , t ransporte p ú b l i c o y r e c r e a c i ó n y c u l t u r a . 1 9 Esta po l í t i c a d io l uga r a l a c o n s o l i d a c i ó n de u n a a m p l i a clase m e d i a con b u e n n i v e l de educa­c i ó n y aspiraciones de consumo en a u m e n t o .

E l gob i e rno de B r e z h n e v d e d i c ó eno rme a t e n c i ó n al sector m i l i t a r . A d i fe renc ia de l a i n d u s t r i a c i v i l , l a m i l i t a r f u n c i o n ó con u n a g r a n ef i ­c iencia . E l l o , aunado a u n i n c r e m e n t o a n u a l de 4 % en los gastos de l sector m i l i t a r ( 1 4 % del P N B a p r i n c i p i o s de los ochenta , de acuerdo con c á l c u l o s occidentales) , d i o p o r resul tado u n camb io c u a l i t a t i v o en l a p r o d u c c i ó n b é l i c a en t é r m i n o s absolutos y en r e l a c i ó n c o n l a fuerza de sus a d v e r s a r i o s . 2 0

Estos logros y l a es tab i l idad social que p r e v a l e c i ó en l a era B r e z h ­nev o c u l t a r o n p o r unos a ñ o s los graves p rob lemas e c o n ó m i c o s a c u m u ­lados a p a r t i r de l fracaso de l a r e f o r m a de 1965-1966. Pero a p r i n c i p i o s de los ochenta sa l ie ron a l a l uz las d i f icul tades y las causas que las p r o ­vocaban , y l a U R S S e n t r ó en u n a aguda crisis e c o n ó m i c a .

E l p r o b l e m a de fondo es l a c e n t r a l i z a c i ó n de l a t o m a de decisiones a base de l í n e a s ver t icales de a u t o r i d a d que no e s t á n coord inadas ent re sí . B rezhnev h e r e d ó a sus sucesores u n sistema de c o n t r o l e c o n ó m i c o con tres l í n e a s de a u t o r i d a d que se sobreponen unas a otras en el á m b i t o

1 7 "Desea la U R S S sintonizar su e c o n o m í a a la del m u n d o : Geras imov" , Excél-sior, 13 de octubre de 1986, sección F, p. 1.

1 8 Jane P. Shapiro, "Soviet Consumer Policy in the 1970's: Plan and Perfor­mance" , en D . E . Kel ley , op. cit., p . 108.

1 9 Ibid., p . 123. 2 0 Bialer, The Soviet Paradox. . ., pp. 46-47. V é a s e t a m b i é n Andrew Cockburn, The

Threat: Inside the Soviet Military Machine, R a n d o m House, Nueva Y o r k , 1983, p. 533.

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n a c i o n a l y en cada u n a de las unidades regionales: los organismos de p l a n i f i c a c i ó n cen t r a l , los min i s te r ios y el apara to del p a r t i d o . L a red de c o n t r o l a d m i n i s t r a t i v o cent ra l emana de 64 m i n i s t e r i o s federales y 23 c o m i t é s estatales. Estas entidades operan 50 000 empresas y d o m i ­n a n a los s indicatos que a g r u p a n a 132 m i l l o n e s de empleados. L o s t e n t á c u l o s de l a p l a n e a c i ó n cen t ra l se d u p l i c a n en cada u n a de las 15 r e p ú b l i c a s de l a U n i ó n y de las 20 r e p ú b l i c a s a u t ó n o m a s , y descienden v e r t i c a l m e n t e a las p rov inc ia s (oblast) y a las un idades admin i s t r a t ivas locales (raion). Estos o rgan ismos y sus cont rapar tes par t id is tas estable­cen las d i rec t ivas fundamenta les de l a e c o n o m í a : cuotas de p r o d u c c i ó n , ó r d e n e s de d i s t r i b u c i ó n de insumos y productos te rminados , precios (que al ser de te rminados po r el Estado no ref lejan los costos reales de p ro ­d u c c i ó n ) y costos (que al ser establecidos a r t i f i c i a lmen te , no dependen de J a escasez de recursos mater ia les y h u m a n o s ) .

L o s planes de p r o d u c c i ó n se r i g e n p o r las metas establecidas a r r i b a /

y n o p o r l a d e m a n d a del c o n s u m i d o r . Exis te , dice M i k h a i l Go rbachov , ^ " u n a d ic tadura del p roduc to r sobre el consumidor . Esto, a su vez, genera u n dé f i c i t en l a e c o n o m í a nac iona l po rque l a p r o d u c c i ó n no e s t á subor­d i n a d a a los r eque r imien tos del c o n s u m i d o r , é s t e no t iene la o p c i ó n de e leg i r ent re diversos p roduc tos y t o m a lo que se le da . . . " 2 1 E n suma, l a p r o d u c c i ó n responde a ú n a cr i ter ios de c a n t i d a d y no de ca l idad , lo que obs tacu l iza l a i n n o v a c i ó n t e c n o l ó g i c a y resta c o m p e t i t i v i d a d in te r ­n a c i o n a l a los bienes que p roduce el p a í s . /

E l sistema e c o n ó m i c o heredado por Brezhnev ha sido calificado como 4 ' e x t e n s i v o " . E l adje t ivo i m p l i c a que se i n t en t a i n c r e m e n t a r l a p roduc­c i ó n a base de inf lu jos de m a n o de o b r a e i n v e r s i ó n , en l uga r de recu­r r i r a l a i n n o v a c i ó n t e c n o l ó g i c a . S i n e m b a r g o , p a r a l a d é c a d a de los setenta este sistema d e j ó de func ionar . L a m a n o de o b r a e m p e z ó a esca­sear: en t re 1970 y 1982 la p o b l a c i ó n en edad de t r aba ja r c r e c i ó en 2.2 m i l l o n e s anuales; entre 1982 y 1985 ese i n c r e m e n t o fue de sólo 460 000 a l a ñ o . L a i n v e r s i ó n neta de cap i t a l , que a ñ o s antes g e n e r ó tasas de cre­c i m i e n t o hasta del 8 % , de jó de hacerlo. L a tasa de a m o r t i z a c i ó n o depre­c i a c i ó n de los bienes de capi ta l e x c e d i ó a l a tasa de i n v e r s i ó n y la econo­m í a e m p e z ó a descapitalizarse. E ra evidente que , de mantener el modelo ex tens ivo de desar ro l lo , el gob ie rno s o v i é t i c o h i p o t e c a r í a el f u tu ro del

' 22 p a í s .

E n suma , dado que los indicadores b á s i c o s de cua lqu ie r sistema eco-

2 1 C i t a d o en " H a s t a ahora rio ha habido en la U R S S cambios económicos radi­cales 5 5, Excélsior, 2 de j u l i o de 1987, p. 26A.

2 2 "Gorbachev ' s Russia 5 5 , Business Week, 11 de noviembre de 1985, p. 114.

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n ó m i c o eficiente —precios , costos e i n v e r s i ó n , p o r e j e m p l o — no desem­p e ñ a n n i n g ú n papel en la e c o n o m í a , todo el proceso m a c r o e c o n ó m i c o de p l a n i f i c a c i ó n se rea l iza a espaldas del c o m p o r t a m i e n t o real de l a eco­n o m í a s o v i é t i c a . D e j a fuera los dos indicadores cruciales pa ra eva luar l a r e a l i d a d e c o n ó m i c a : l a ca l idad de los p roduc tos y la p r o d u c t i v i d a d del t r a b a j o . 2 3 E l resul tado es u n a oferta inadecuada de insumos y de p roduc tos t e rminados .

A l a deficiente p r o d u c c i ó n de insumos se s u m ó a p r inc ip io s de los a ñ o s ochenta el grave de ter ioro de los caminos , las carreteras y los fer ro­carr i les . Pa ra m e n c i o n a r só lo u n a c i f ra , el t r á f i c o de carga de los fe­r roca r r i l e s , que h a b í a crecido en 5 . 3 % entre 1965 y 1979, c a y ó 1.2% en el pe r iodo 1975 -1980 . 2 4 Los problemas de p r o d u c c i ó n y d i s t r i b u c i ó n de i n sumos genera ron graves cuellos de bo te l l a en todo el apara to eco­n ó m i c o . E l mercado s o v i é t i c o e m p e z ó a caracterizarse por la escasez de in sumos y p roduc tos t e rminados . A la a p a r i c i ó n de largas colas frente a las t iendas , que son casi u n m o d o de v i d a p a r a el sufr ido c o n s u m i d o r s o v i é t i c o , c o n t r i b u y e r o n otras c a r a c t e r í s t i c a s de l sistema e c o n ó m i c o en los a ñ o s de Brezhnev . L a l ista es larga: la escasez fue resultado, en par te , de l i n c r e m e n t o de l poder adqu i s i t i v o de la p o b l a c i ó n en general ( v é a s e el c u a d r o 1) y de l auge de las expectat ivas de consumo, p r o d u c t o de l a a p e r t u r a cada vez m a y o r al m o d o de v i d a occ identa l que a c o m p a ñ ó l a p o l í t i c a de detente b rezhnev iana . C o n t r i b u y e r o n t a m b i é n a m a n t e n e r v a c í o s los estantes de las t iendas estatales los precios de los p r o d u c ­tos b á s i c o s ar t i f ic ia lmente ba jos , 2 5 la oferta insuficiente de bienes de con­s u m o d u r a d e r o de buena ca l idad ( a r t í c u l o s e l e c t r o d o m é s t i c o s , a u t o m ó ­vi les , r opa ) y las ventajas der ivadas del Estado benefactor e r i g ido p o r B r e z h n e v (po r e j emplo , el b a j í s i m o prec io de l t ranspor te p ú b l i c o ) .

A m á s de escasez, h u b o exceso de l i q u i d e z . Ese c i rcu lan te se cana­l i zó hac ia el a h o r r o , lo que expl ica , en g r a n par te , las a l t í s i m a s tasas

2 3 Bialer, The Soviet Paradox. . . , p. 59. 2 4 Ibid., p . 63. 2 5 L a pol í t ica de precios h a b í a dependido por m á s de una d é c a d a de los dictados

del todopoderoso director del C o m i t é Estatal de Precios, N i k o l a i Glushkov, destituido por Gorbachov en octubre de 1986. En parte, con base en criterios pol í t icos —evitar estallidos de descontento de corte polaco— los precios se h a b í a n mantenido m u y por debajo de los costos reales. Glushkov elevó ligeramente los precios en 1982, y planeaba dejarlos fijos hasta 1991. Entre los a r t í cu los que a ú n en 1982 no sufrieron a l t e rac ión de precios estaban bienes bás icos como el pan, la carne, el a z ú c a r y el aceite, cuyos precios h a b í a n sido establecidos en 1953. El resultado es que los precios se mantienen por medio de enormes subsidios. T a n sólo el de la carne era, en 1986, de 20 000 mi l lo ­nes de rublos al a ñ o . "Requ ie re asistencia y hasta l incamientos capitalistas", Excélswr, 13 de octubre de 1986.

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de i n v e r s i ó n en sectores como el agro y la i n d u s t r i a m i l i t a r y hacia el c o n s u m o en el mercado negro . L a " e c o n o m í a g r i s " se c o n v i r t i ó a s í en u n a i m p o r t a n t e v á l v u l a de escape pa ra las presiones in f l ac iona r i a s : se ca lcu la que pa ra p r i n c i p i o s de este decenio, u n te rc io de l gasto f a m i l i a r se dest inaba a la segunda e c o n o m í a y ello sin i n c l u i r el gasto en los mer ­cados kol jozyanos, donde el consumidor encuentra , a precios m u y supe­r io res , los bienes que escasean en las t iendas es ta ta les . 2 6 E l mercado neg ro a l c a n z ó u n a m a g n i t u d sorprendente : l l e g ó a u n a c i f ra compara ­ble al 1 0 % del PNB de l a URSS.

L a d e m a n d a de bienes de c o n s u m o b á s i c o s excede con m u c h o a l a ofer ta deb ido t a m b i é n a l a baja p r o d u c c i ó n agropecuar ia . D u r a n t e el gob i e rno de Brezhnev h u b o u n g i ro notable en l a p o l í t i c a a g r í c o l a . E l c a m p o r e c i b i ó u n a a t e n c i ó n p r i o r i t a r i a : t a n só lo en los a ñ o s setenta, l a i n v e r s i ó n en el agro c r e c i ó 42 % , 2 7 hasta a lcanzar 3 1 % de la i n v e r s i ó n to t a l en l a e c o n o m í a du ran t e el d é c i m o p l a n q u i n q u e n a l entre 1976 y 1 9 8 0 . 2 8 Esta i n v e r s i ó n se d e s t i n ó a i nc remen ta r los ingresos de los cam­pesinos ( v é a s e el cuad ro 2 ) , a elevar las entregas de m a q u i n a r i a y f e r t i -

2 6 " B e n e f i c i a r í a entre 2 y 3 millones de personas, nueva ley soviét ica l a b o r a l " , Excélsior, 15 de dic iembre de 1986, p . 7.

2 7 Boris Rumer , "Reali t ies of Gorbachev's Economic P r o g r a m " , Problems of Com-munism, n ú m . 3, 1986, p . 22.

¿ 8 R o y D . L a i r d , " T h e Polí t ica! Economy of Soviet Agr icu l tu re under Brezhnev", en Rona ld R. Kel ley , op. cit., p . 6 1 .

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l izantes (cuadro 3) y a sostener u n a p o l í t i c a de subsidios, ca l i f icada p o r A l e e N o v e como el m á s gigantesco subsidio a g r í c o l a en l a h i s to r i a de l a h u m a n i d a d . 2 9 C o n este esfuerzo, l a p r o d u c c i ó n a g r í c o l a c r e c i ó con­s iderablemente . E n 1978 a l c a n z ó la cifra r é c o r d de 235 mil lones de tone­ladas de granos .

C U A D R O 2

I n c r e m e n t o de ingresos

En los koljozy, los pagos diarios se elevaron así:

1960 1965 1970 1974 1975

Rublos 1.40 2.68 3.90 4.50 4.60

Los sueldos crecieron en la siguiente forma:

1960 1970 1975

Promedio para la agricultura estatal (rublos al mes) 55.2 101.0 127.5

De los cuales: trabajadores de las granjas 51.9 98.5 126.0

Promedio para trabajadores y empleados en la industria 91.6 133.3 162.0

Fuente: Alee Nove, "Agriculture", en Brown y Kaser, eds., op. cit., pp. 6-7.

S i n embargo , la p r o d u c c i ó n a g r í c o l a de l a U R S S es insuficiente para satisfacer las necesidades de l a p o b l a c i ó n y depende a u n de los ciclos c l i m á t i c o s . E n par te , y a causa de los o t ros p rob lemas que afectan al agro , l a p r o d u c c i ó n a g r í c o l a fluctúa de acuerdo con la b o n d a d del c l i m a .

2 9 Alee Nove , " A g r i c u l t u r e . . . " , pp . 10-11.

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P o r e l lo , en 1984, a ñ o en que las condic iones m e t e o r o l ó g i c a s f u e r o n adversas a la p r o d u c c i ó n agropecuaria, l a cosecha se redujo a 173 mi l lones de toneladas y en 1985 se e l e v ó apenas a 192 mi l lones . C o m o en otras ocasiones, el g o b i e r n o t u v o que r e c u r r i r a Occ iden te y las i m p o r t a c i o ­nes de granos c rec ie ron para le lamente al descenso de l a p r o d u c c i ó n i n t e r n a ( v é a s e el cuad ro 4 ) . 3 0

E l r é g i m e n no h a p o d i d o p ro teger al agro de los caprichos de l c l i m a p o r q u e el c a m p o s o v i é t i c o sigue p lagado p o r u n a i n f i n i d a d de p rob l e ­m a s . E n p r i m e r l uga r , l a a g r i c u l t u r a padece las deficiencias globales de l a e c o n o m í a : a lmacenamiento inadecuado y problemas de transporte (cul ­pables de la p é r d i d a de hasta el 2 5 % de cada cosecha), ofer ta i n s u f i ­c i en te de m a q u i n a r i a a g r í c o l a y p roduc tos q u í m i c o s e in te r fe renc ia per­m a n e n t e de los ó r g a n o s de p l a n i f i c a c i ó n cen t ra l y de l p a r t i d o . S i n emba rgo , parece indudable que la r a z ó n de fondo es el sistema de tenencia de l a t i e r r a heredado de S ta l i n . L a d e s h u m a n i z a c i ó n de l t raba jo y l a

3 0 "Desalentadora cosecha de t r igo t e n d r á la U R S S " , Excélsior, 26 de septiembre de 1986, p . 2F, e " I n i c i a n en la U R S S una etapa de cambio en el á r e a a g r í c o l a " ; Excel­sior, 1 de octubre de 1985, sec. A , p . 1. T a n sólo en 1983 la U R S S c o m p r ó en el mer­cado norteamericano 21 000 millones de d ó l a r e s en granos y entre j u l i o de 1984 y j u n i o de 1985, c o m p r ó 52% m á s que el a ñ o anterior . " T a k i n g on the Bureaucracy" , Time, 25 de marzo de 1985, p . 18.

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i d e o l o g i z a c i ó n de l a p o l í t i c a a g r í c o l a — m o n t a d a en el d o g m a de l t r a ­ba jo co lec t ivo— p r o v o c a r o n l a c a t a s t r ó f i c a baja del 5 0 % en l a p r o d u c ­t i v i d a d de l t rabajo y p o r h e c t á r e a en el agro colect iv izado d u r a n t e l a era de B r e z h n e v . 3 1 E n contraste, la ag r i cu l tu ra p r i v a d a floreció: en 1977 las parcelas pr ivadas t e n í a n 2 7 % del t o t a l de l a p r o d u c c i ó n a g r í c o l a y e r a n fuente p r i m o r d i a l de ingreso p a r a los campesinos y de abasteci­m i e n t o de p roduc tos a l imen ta r ios p a r a las c i u d a d e s . 3 2

E n el á m b i t o i n t e r n o , esta comple j a p r o b l e m á t i c a e c o n ó m i c a t u v o , d ice M i k h a i l G o r b a c h o v :

. . . u n efecto n e g a t i v o en m u c h a s esferas de l a v i d a social . S i t o m a m o s l a p r o d u c c i ó n m a t e r i a l a l o l a r g o de los t res ú l t i m o s planes q u i n q u e n a l e s , e l c r e c i m i e n t o d e l ingreso n a c i o n a l d e c l i n ó p o r 5 0 % . . . los p lanes n o se h a n c u m p l i d o desde p r i n c i p i o s de los se tenta . L a e c o n o m í a se v o l v i ó p o c o r e c e p t i v a a las i n n o v a c i o n e s y l e n t a , l a c a l i d a d de u n a g ran pa r t e de l a p r o d u c c i ó n d e j ó de r e sponder a l a d e m a n d a y las d is tors iones y d e s e q u i l i ­b r i o s en l a p r o d u c c i ó n se exace rba ron . . . L a i n v e s t i g a c i ó n y el d i s e ñ o expe­r i m e n t a l d e j a r o n m u c h o q u e desear f ren te a los r e q u e r i m i e n t o s de l a e c o n o m í a . 3 3

E n lo ex te rno , las d i f icul tades heredadas de Brezhnev no f u e r o n menores . L a es t ruc tura del i n t e r c a m b i o comerc i a l sov ié t i co a d q u i r i ó c a r a c t e r í s t i c a s de u n a n a c i ó n subdesar ro l lada . L a U R S S se c o n v i r t i ó en el m a y o r i m p o r t a d o r m u n d i a l de granos y a l imentos y en u n g r a n c o m p r a d o r de m a q u i n a r i a , y sus expor tac iones son p r i m o r d i a l m e n t e ma te r i a s p r i m a s y minera les . D e hecho, só lo 3 % de las exportaciones totales de la U R S S al Occ iden te son p roduc tos manufac turados . Pa r a c o l m o de males, en la p r i m e r a m i t a d del decenio actual los t é r m i n o s de i n t e r c a m b i o evo luc ionaron nega t ivamente pa ra la U R S S . Has ta 1982 m a n t e n í a u n s u p e r á v i t creciente en su comerc io con Occ iden te , pe ro en 1983 el p rec io i n t e r n a c i o n a l de l p e t r ó l e o y el o ro , dos recursos n a t u ­rales c lave pa ra la U n i ó n S o v i é t i c a , e m p e z a r o n a descender. A ello se s u m ó u n a baja en l a p r o d u c c i ó n i n t e r n a de p e t r ó l e o de 3% en 1984 y u n c r e c i m i e n t o en las exportaciones de gas m u y por debajo de las expec­t a t i v a s . 3 4 E l resul tado d i r ec t amen te re lac ionado c o n el deficiente f u n -

3 1 B . R u m e r , art . c i t . , p. 22. 3 2 R . D . L a i r d , art . c i t . , p. 67. 3 3 " O n Restructuring. . . " , en CDSP, 39, n ú m . 4, 25 de febrero de 1987, pp. 4-5. 3 4 S. Bialer, The Soviet Paradox. . . , p . 66, " T a k i n g on the Bureaucracy", p . 12,

y Al ice E. G o r l i n , " T h e Soviet E c o n o m y " , Current History, 85 (1986), n ú m . 513, p . 326. S e g ú n la autora, las exportaciones de gas sovié t ico a Europa occidental no fueron altas porque ios pa í ses de la r e g i ó n firmaron recientemente un contrato con Noruega

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c i o n a m i e n t o de la e c o n o m í a nac iona l , fue que el s u p e r á v i t del comerc io c o n O c c i d e n t e en 1984 (2 174 m i l l o n e s de d ó l a r e s ) al a ñ o s iguiente se c o n v i r t i ó en u n déf ic i t de 611 m i l l o n e s de d ó l a r e s . 3 5

E n suma, l a e c o n o m í a heredada p o r Brezhnev se encont raba a p r i n ­c i p i o s de los ochenta s u m i d a en u n comple jo c í r c u l o v ic ioso . Grac ias a l a p l a n i f i c a c i ó n cen t r a l , los ox idados mecanismos de la e c o n o m í a n o s ó l o estaban p r o f u n d a m e n t e d is tors ionados , sino que q u e d a r o n l igados e n t r e sí de m a n e r a t an estrecha que d i f í c i l m e n t e p e r m i t e n i n t en t a r u n a r e f o r m a pa rc i a l o lenta : l a a l t e r a c i ó n de cua lqu ie r sector de la e c o n o m í a o fac tor de l a p r o d u c c i ó n p r o v o c a r í a de m a n e r a inev i tab le u n a r e a c c i ó n e n cadena en todo el apara to e c o n ó m i c o .

Las consecuencias del legado de Brezhnev v a n m u c h o m á s a l l á de l a e c o n o m í a , aunque afectan decis ivamente, a su vez, el d e s e m p e ñ o eco­n ó m i c o . L a " d e g e n e r a c i ó n de los cuadros y l a v i o l a c i ó n de l a l ega l idad s o c i a l i s t a " , 3 6 que G o r b a c h o v ha condenado repe t idamente desde 1985, se man i f e s t a ron , du ran t e el gob i e rno de Brezhnev , en c o r r u p c i ó n s in precedentes — c u y a cara e c o n ó m i c a es el mercado neg ro—, r e p r e s i ó n e i n m o v i l i d a d p o l í t i c a ; "consecuenc ia i n e v i t a b l e " fue u n descenso en e l i n t e r é s del pueb lo p o r los asuntos p ú b l i c o s , a p a t í a y " m a n i f e s t a c i o ­nes de v a c í o e sp i r i t ua l y e s c e p t i c i s m o " . 3 7

para la venta de 64 billones de d ó l a r e s de gas natural . C o m o resultado, se predice que las ganancias sovié t icas por exportaciones de gas a Europa occidental d e s c e n d e r á n de 10 000 millones de d ó l a r e s anuales a pr incipios de la d é c a d a , a 2 000 o 3 000 millones a mediados de la misma.

3 5 Ibid., p . 326. Otras porciones del comercio soviét ico han arrojado s u p e r á v i t , como el in tercambio con los miembros del C A M E . Pero aunque estos pa í ses - se han convert ido en una impor tante fuente de maquinar ia y t ecno log ía para la U R S S , los pagos se hacen en rublos y no en divisas duras que el pa ís necesita con urgencia.

3 6 " O n Reestructuring. . . " , p . 5. 3 7 Ibid., p . 5.

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U N A N U E V A G E N E R A C I Ó N E N E L P O D E R

U n a crisis e c o n ó m i c a no ga ran t i za u n a r e f o r m a . L a perestroika c r i s t a l i z ó gracias a u n a afor tunada coincidencia de eventos. E l p r i m e r o fue el n o m ­b r a m i e n t o del e n i g m á t i c o jefe de la K G B , Y u r i A n d r o p o v , c o m o secre­t a r i o general del P C U S a l a m u e r t e de L e o n y d Brezhnev . A n d r o p o v se r o d e ó de u n equ ipo de func ionar ios y asesores j ó v e n e s que empeza­r o n por elaborar u n certero d i a g n ó s t i c o de los males de la e c o n o m í a sov ié ­t ica . Esta nueva g e n e r a c i ó n en el poder —marcada por el discurso secreto de K h r u s h c h e v en 1956— , . menos ideo log izada y abier ta , m á s conven ­c ida de l a necesidad de cambios d r á s t i c o s para me jo r a r la s i t u a c i ó n de l p a í s , 3 8 h a b í a en tend ido desde los a ñ o s setenta la m a g n i t u d de l a crisis e c o n ó m i c a . M i k h a i l G o r b a c h o v , encargado de la ag r i cu l tu r a d e n t r o de l C C desde 1978, es el m e j o r e j emplo de este aprendizaje . G o r b a c h o v c o n o c í a b i e n los problemas del agro desde su infanc ia . Nac ido en l a r i ca p r o v i n c i a de S t av ropo l , h i j o de campesinos , y pos te r io rmente P r i m e r Secre tar io de su r e g i ó n na ta l , es tuvo en contac to con los p rob lemas de l agro s o v i é t i c o desde s iempre . A su t ras lado a M o s c ú , como m i e m b r o de l Secretariado del C C y del P o l i t b u r ó , debe haber quedado sorpren­d i d o —a j u z g a r p o r sus a f i rmaciones poster iores— por la p r o f u n d i d a d de los p rob lemas que p l agaban la i n d u s t r i a y otros sectores de l a econo­m í a . 3 9 E r a na tu ra l que esta nueva g e n e r a c i ó n apoyara abier tamente los cambios que A n d r o p o v pudo i n t r o d u c i r durante su breve gobierno. Estos, s in e m b a r g o , se conc re t a ron a c a m p a ñ a s d i sc ip l ina r ias con t ra aquel los que a b a n d o n a b a n sus centros de t raba jo y con t r a el a lcohol i smo, u n a de las mayores lacras de l a sociedad s o v i é t i c a .

A n d r o p o v no fue m á s lejos p o r q u e su sa lud se lo i m p i d i ó y p o r q u e , c o m o él m i s m o a f i r m ó , a u n q u e c o n o c í a los males de la e c o n o m í a , no t e n í a u n a estrategia pa ra so luc ionar los ; pero c o l o c ó , s in e m b a r g o , los c imientos de la re forma actual al fo rmar u n equipo de funcionarios h o m o ­g é n e o y preparado que compar te l a u rgenc ia de emprender u n a r e fo rma

3 8 Para u n excelente anál is is de la nueva g e n e r a c i ó n que gobierna a la U R S S , v é a s e M a r t i n Walker , The Waking Giant, Gorbachev's Russia, Pantheon Books, Nueva Y o r k 1986, pp . 24-38.

3 9 Por ejemplo, en su discurso de enero de este a ñ o ante el pleno del C C , Gorba­chov a d m i t i ó con franqueza que los problemas eran peores de lo que h a b í a imaginado:

. .la r e c o n s t r u c c i ó n ha resultado ser mucho m á s difícil, porque los problemas que se han acumulado. . . son m á s profundos de lo que se p e n s ó antes. Conforme profun­dizamos en el trabajo de r e c o n s t r u c c i ó n se aclara la magni tud y sentido de la herencia del pasado". Ci tado por Peter Frank, "Gorbachev and the Psychological Restructu-r i n g o f Soviet Society" , The World Today, n ú m . 5, 1987, p. 86.

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r a d i c a l en la U n i ó n S o v i é t i c a . E l t a m b i é n b r e v í s i m o gobie rno de K o n s -t a n t i n C h e m e n k o no pudo ya modi f ica r el r u m b o establecido por A n d r o ­p o v . E n m a r z o de 1985, cuando m u e r e C h e r n e n k o , el P o l i t b u r o enca­bezado po r el ú l t i m o representante de l a vie ja guard ia , A n d r e i G r o m y k o , en l a e l e c c i ó n m á s veloz de su h i s t o r i a n o m b r ó a M i k h a i l G o r b a c h o v secre tar io genera l del P C U S . E l n u e v o l í d e r o c u p ó sus p r imeros meses e n e l pode r en consol idar su g o b i e r n o 4 0 y en a n u n c i a r al pueb lo que l a e r a B r e z h n e v h a b í a l legado a su fin.

L a ava lancha de declaraciones, discursos y medidas entre m a r z o de 1985 y enero de 1986, cuando se r e u n i ó el p l eno de l C C , hizo patente q u e G o r b a c h o v no h a b í a l legado al pode r con u n a estrategia d é refor­m a s c l a r amen te establecidas. E l i n i c i o de l a perestroyka no fue u n a teo­r í a , s ino el sent ido c o m ú n y u n a v i s i ó n p r a g m á t i c a de l o que era nece­sa r io hacer p a r a re v i t a l i z a r la e c o n o m í a y l a sociedad s o v i é t i c a . 4 . 1

N u e v a m e n t e , como desde 1917, no h a b í a muchos ejemplos pa ra l a r e f o r m a pe ro e x i s t í a n u n in t en to para le lo — e l de l a R e p ú b l i c a P o p u l a r C h i n a — y u n precedente, H u n g r í a . Los p r i m e r o s pasos del gob ie rno de G o r b a c h o v fueron declarativos y dispersos. E l nuevo l í de r seña ló c u á l e s e r a n los pr inc ipa les males que se p r o p o n í a e r rad icar . E n el p r i m e r p leno de l C C , que e n c a b e z ó en abr i l de 1985, fust igó la b u r o c r a t i z a c i ó n , r e n o v ó las c a m p a ñ a s a n t i a l c o h ó l i c a s y d i s c i p l i n a r i a de A n d r o p o v e i n i c i ó u n a p o l í t i c a de r e n o v a c i ó n de los cuadros de l p a r t i d o , en cuya par te e c o n ó ­m i c a a d v e r t í a que ahora se r e c o m p e n s a r í a el esfuerzo y la i n i c i a t i v a per­sona l , en l uga r de o torgar u n reconoc imien to financiero a l a leal tad po l í ­t i c a y al status o f i c i a l . 4 2 L a de f in i c ión de u n a estrategia necesitaba nuevos t é r m i n o s que sus t i tuyeran los gastados slogans oficiales. G o r b a c h o v e m p e z ó a h a b l a r de novoye mishlenye ( n u e v a m a n e r a de pensar) , obnov-lenye ( r e n o v a c i ó n ) , prodnalog ( i m p u e s t o en especie que h a b í a sido esta­b l ec ido , s igni f ica t ivamente , du ran te el pe r iodo de la N u e v a P o l í t i c a Eco­n ó m i c a [ N E P ] en los a ñ o s ve in t e ) , khozraschet ( a u t o f i n a n c i a m i e n t o ) y ,

4 0 C o m o sus antecesores, la p r imera tarea de Gorbachov ha sido consolidar su poder y lo ha hecho con sorprendente velocidad. E n menos de u n a ñ o colocó en los puestos clave del gobierno y del part ido a funcionarios que tienen lealtad personal hacia el Secretario General y comparten su v is ión reformista. V é a n s e , entre otros: "Succe-sion in Moscow: the V i e w from the T o p " , The New York Times, 12 de marzo de 1985, p . 5; "Gorbachev: la poigne" , Le Point, n u m . 688, 1985; Thane Gustafson y D . M a n n , 1 'Gorbachev's First Year: Bui ld ing Power and A u t h o r i t y " , Problems of Communism, n u m . 3, 1986, pp . 1-19, y Ga i l W . Lapidus , "Gorbachev and the Reform of the Soviet Sys t em" , Daedalus, n u m . 2, 1987, pp . 1-29.

4 1 S. Bialer , "Gorbachev's M o v e . . . " , pp . 62-63. 4 2 E . A m a n n , op. cit., p . 134.

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l a pa labra que a c a b ó p o r iden t i f i ca r a su p r o g r a m a , perestroyka ( res t ruc­t u r a c i ó n ) . 4 3

L a m a g n i t u d de la tarea y l a i m p o s i b i l i d a d de que la r e f o r m a eco­n ó m i c a d ie ra f ru to de u n d í a a o t r o , l l e v a r o n a G o r b a c h o v a e x p a n d i r sus reformas pa ra crear u n a base de apoyo a su p r o g r a m a e c o n ó m i c o y r o m p e r la a p a t í a que p r e d o m i n a b a en el cuerpo social . E l Secretar io Genera l e m p r e n d i ó u n p o p u l i s m o a l a Khrushchev , apelando a l a pobla­c i ó n p o r e n c i m a de l a b u r o c r a c i a pa r t i d i s t a y g u b e r n a m e n t a l en busca de apoyo, e i n t e n t ó c u l t i v a r a elementos selectos de la d é b i l sociedad c i v i l . S u r g i ó a s í la glasnost ( a p e r t u r a o t ransparencia) que ha estableci­do u n a l i b e r t a d pa ra l a d i s c u s i ó n s in precedentes en l a prensa y p u b l i ­caciones s o v i é t i c a s (a m á s de da r l i b e r t a d al sector in t e l ec tua l , l a glasnost m a n t i e n e i n f o r m a d o al Secretar io G e n e r a l de l a r e a c c i ó n p o p u l a r a sus med idas , que de o t r a f o r m a se p e r d e r í a en l a m a r a ñ a b u r o c r á t i c a ) . L a a p e r t u r a ha i m p l i c a d o t a m b i é n l a a b o l i c i ó n de la censura, m a y o r i n ­f luenc ia de los obreros en el mane jo de las indus t r i as , y elecciones l ib res en las organizaciones p r i m a r i a s de l p a r t i d o . 4 4 C o m o par te de l a glas­nost, el gob ie rno sov ié t i co ha l ibe rado a muchos presos po l í t i cos — e l caso m á s no tab le es el de A n d r e i y su esposa— y relajado su p o l í t i c a c o n res­pecto a l a e m i g r a c i ó n .

E n ese c l i m a de ape r tu ra y cambios acelerados, l a perestroyka c o b r ó u n a i m a g e n m á s d e f i n i d a . E n oc tub re sa l ió a l a luz el N u e v o P r o g r a m a de l P a r t i d o , m u c h o m á s b reve y menos ambic ioso que el de K h r u s h ­chev . Es evidente que los func ionar ios que lo redac ta ron , y G o r b a c h o v que lo a p r o b ó , t i e n e n menos i lusiones respecto al f u t u r o . E l p r o g r a m a n o p ronos t i ca la i n s t a u r a c i ó n del c o m u n i s m o a cor to p lazo , sino de u n " s o c i a l i s m o " m a d u r o " . 4 5 E n su par te e c o n ó m i c a el p r o g r a m a t iene con t rad icc iones , s í n t o m a de l a c o n t i n u a p u g n a ent re conservadores y re formis tas en el seno del p a r t i d o . Por e j emplo , aunque e s t a b l e c i ó la necesidad de que los precios ref le jen los costos de p r o d u c c i ó n , p r o m e t e a l a vez elevar el pode r de c o m p r a del r u b l o , lo que i m p l i c a exactamente lo c o n t r a r i o . 4 6 A l m i s m o t i e m p o , el gob ie rno d i o a conocer los ob j e t i ­vos de l s iguiente p l a n q u i n q u e n a l e i n f o r m ó que ambos documen tos s e r í a n discutidos a pr inc ip ios de 1986, en el X X V I I Congreso del Par t ido .

4 3 S. Bialer , art. c i t . , p. 62, y Arch ie B r o w n , "Soviet Poli t ical Developments and Prospects", World Policy Journal, n ú m . 1, 1986-1987, p. 61 .

4 4 S. Bialer , art. c i t . , pp . 65-66. 4 5 " T h e Draf t P rogram o f the C o m m u n i s t Party o f the Soviet U n i o n " , Pravda e

Izvestia, 26 de octubre de 1985, en CDSP, 37, n ú m . 44, 27 de noviembre de 1985; Zho-res A . Medvedev, Gorbacheo, N o r t o n and C o . , Londres, 1986, pp. 219-221.

4 6 Ibid., p . 221 .

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D u r a n t e el Congreso , las p o l í t i c a s que f o r m a n la perestroyka se for­m u l a r o n c o m o u n c o n j u n t o de medidas que d e b í a n aplicarse s i m u l t á ­neamente . Dos discursos d o m i n a r o n las sesiones —el del Secretario Gene­r a l , que i n a u g u r ó l a r e u n i ó n el 25 de febrero , y el de l p r i m e r m i n i s t r o , N i k o l a i R y z h k o v — y u n t ema d o m i n ó esos discursos: la necesidad impe­r io sa de e m p r e n d e r l a m o d e r n i z a c i ó n t e c n o l ó g i c a de l a e c o n o m í a . E n pa labras de G o r b a c h o v , el fu tu ro de l a U n i ó n S o v i é t i c a depende de que su e c o n o m í a cambie a u n sistema " i n t e n s i v o " , que s igni f ique avances en l a c iencia y l a t e c n o l o g í a , y m a y o r p r o d u c t i v i d a d de l t r a b a j o . 4 7 E l p a í s debe da r el salto cua l i t a t i vo hac ia u n a e c o n o m í a pos indus t r i a l — i n a u g u r a d a en el Occ iden te por los avances t e c n o l ó g i c o s de los a ñ o s sesenta—, en l a cual lo fundamenta l es l a p r o d u c c i ó n de p l á s t i c o s , ener­g é t i c o s y , p o r supuesto, de microchips, m á s que de acero, h i e r r o y c e m e n t o . 4 8

E l 1 2 ° P l a n Q u i n q u e n a l ap robado en el Congreso se p r o p o n í a ata­car a la vez u n a g r a n can t idad de p rob lemas e c o n ó m i c o s . E n p r i m e r t é r m i n o l a n u e v a i n d u s t r i a l i z a c i ó n d e b í a e m p r e n d e r la r e c o n s t r u c c i ó n y m o d e r n i z a c i ó n de las empresas existences. L a r e n o v a c i ó n i n d u s t r i a l a b s o r b e r í a u n a a l t í s i m a p r o p o r c i ó n de la i n v e r s i ó n planeada: 5 0 % , frente a s ó l o 3 5 % en 1984. L a p r o d u c c i ó n de m a q u i n a r i a c r e c e r í a en u n 4 0 % e n t r e 1986 y 1990. Los medios para consegui r estos fines —esbozados p o r G o r b a c h o v y R y z h k o v — eran m e j o r a r la a d m i n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a e l i m i n a n d o los estratos b u r o c r á t i c o s i n t e r m e d i o s entre las empresas y los minis ter ios y otorgar m u c h o m a y o r l iber tad de dec i s i ón a las empresas. S u s t i t u i r l a b u r o c r a c i a i n t e r m e d i a p o r ó r g a n o s c u y a f u n c i ó n s e r í a no decisor ia s ino de s u p e r v i s i ó n en las p r inc ipa les á r e a s de l a ac t iv idad eco­n ó m i c a : l a i n d u s t r i a cons t ruc to ra de m a q u i n a r i a y los sectores e n e r g é ­t i c o y de t ranspor tes s e r í a n gobernados en el f u t u r o p o r superminis te -r i o s . E n l a a g r i c u l t u r a , ese o rgan i smo f u n c i o n a b a y a desde n o v i e m b r e de 1985. D a d a l a g ravedad de l a s i t u a c i ó n en el agro , el C C y el C o n -

M a r t i n Nicholson, "Gorbachev 's First Congress" , The World Today, n u m . 2, 1986, p . 23; " P l a y i t A g a i n , M i k h a i l " , The Economist, 11 de marzo de 1986, p . 43. E l énfasis de Gorbachov en la in tens i f icac ión retomaba ideas de prestigiados economis­tas que por a ñ o s h a b í a n subrayado la necesidad de un cambio e c o n ó m i c o cuali tat ivo. E n 1983, A b e l Abangebian , uno de los m á s influyentes asesores e c o n ó m i c o s de Gorba­chov, esc r ib ió u n a r t í c u l o en el que afirmaba: " N o sólo la tasa de crecimiento econó ­mico debe elevarse sustancialmente; el desarrollo debe tener t a m b i é n u n cambio cuali­tativo que impl ique la t ransformación revolucionaria en la p roducc ión socialista y aplique los pr incipios del crecimiento in tens ivo" , " T h e Strategy for Accelerat ing Socioecono­mic Deve lopmen t " , Soviet Law and Government, n u m . 2, 1986, pp . 25-41.

4 8 M . Walke r , op. cit., pp. 53-54.

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sejo de M i n i s t r o s h a b í a n aprobado — s i n esperar, c o m o es usual , l a con­firmación del Soviet Supremo (SS)— u n a r e s o l u c i ó n que reorganizaba la a d m i n i s t r a c i ó n de l a a g r i c u l t u r a . L a m a y o r í a de los min i s t e r i o s re lacio­nados con el agro (po r e j emplo , el de a g r i c u l t u r a , el de frutas y vegeta­les, c o n s t r u c c i ó n r u r a l , e tc . ) , s implemente se a b o l i e r o n y f u n d i e r o n en u n supermin is te r io , el C o m i t é Estatal A g r o i n d u s t r i a l (Gosagroprom). A u n los minis ter ios que producen para el campo, como el encargado de m a q u i ­n a r i a o fer t i l izantes , q u e d a r o n bajo las ó r d e n e s de l n u e v o o r g a n i s m o . 4 9

M i k h a i l G o r b a c h o v i n f o r m ó t a m b i é n a los delegados de l Congreso que el gob ie rno b u s c a r í a a m a l g a m a r diversas indus t r i a s , a s í c o m o faci­l i t a r l a r e l a c i ó n entre los centros de i n v e s t i g a c i ó n c i e n t í f i c a y las empre ­sas. E l obje to era p r o m o v e r t an to la i n n o v a c i ó n t e c n o l ó g i c a c o m o la d e r r a m a de n u e v a t e c n o l o g í a . Los ó r g a n o s superiores de p l a n i f i c a c i ó n cen t ra l d e j a r í a n de inmiscu i r se en el f u n c i o n a m i e n t o co t id i ano de las indus t r ias . E l G O S P L A N , l a poderosa agencia de p l a n i f i c a c i ó n cen t ra l , encabezada ahora p o r N i k o l a i T a l y s i n — h o m b r e leal a G o r b a c h o v — , d e b í a conver t i rse en u n a especie de a s e s o r í a e c o n ó m i c a ( u n M I T I s o v i é ­t i co) y preocuparse m á s p o r e laborar metas de desarrol lo a la rgo p lazo . E l p r o g r a m a esbozado p o r G o r b a c h o v afectaba t a m b i é n d i r ec tamente al G O S S N A B , o rgan i smo de d i s t r i b u c i ó n cent ra l . Si las empresas empe­zaban a f u n c i o n a r a base de sus ganancias, a pode r dec id i r c ó m o i nve r ­t i r sus fondos y a establecer relaciones hor izonta les con sus proveedores — c o m o imp l i caba el p r o g r a m a de Gorbachov y R y z h k o v — era obvio que el G O S S N A B d e j a r í a de tener u n a f u n c i ó n en l a nueva e c o n o m í a : E l Secretar io G e n e r a l a n u n c i ó t a m b i é n cambios en el sistema de c r é d i t o y financiamiento y en l a p o l í t i c a salar ia l : " . . .se a c a b ó el t i e m p o en que se d a b a n p r e m i o s a los t rabajadores y empresas y luego l a p r o d u c ­c i ó n iba a l a l m a c é n o quedaba s in uso — d i j o con f ranqueza G o r b a c h o v . A p a r t i r de h o y se r e c o m p e n s a r á a cada q u i e n s e g ú n sus m é r i t o s . " 5 0

Se a n u n c i ó que se a l t e r a r í a el sistema de precios , que d e b í a n consi­derarse a h o r a no só lo los costos sino t a m b i é n l a d e m a n d a ; la ef iciencia de u n a empresa se j u z g a r í a p o r sus ventas, no p o r su p r o d u c c i ó n . Por ú l t i m o , G o r b a c h o v se re f i r ió tangencialmente a dos temas entonces t a b ú : el desempleo y l a banca r ro t a . A u n q u e se p r o m e t i ó que los empleados despedidos n o q u e d a r í a n s in t raba jo , es dif íci l i m a g i n a r c ó m o lo encon­t r a r á n a u t o m á t i c a m e n t e los afectados p o r el p r o g r a m a de r e fo rma : los b u r ó c r a t a s de los o rgan i smos in t e rmed ios , los obreros que p e r d e r á n sus

4 9 " C r i t i c ó Gorbachov la inercia, la rigidez y el burocrat ismo en la U n i ó n Sovié ­t i c a " , La Jornada, 26 de febrero de 1986, p . 32.

5 0 Medvedev , op. cit., pp. 204-205.

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empleos para r e d u c i r costos y elevar l a eficiencia de las empresas y , p o r supues to , los que se o p o n g a n a Xa perestroyka y que , de acuerdo con M i k -h a i l G o r b a c h o v , deben ' 'hacerse a u n lado y dejar de ser u n obs­t á c u l o " . 5 1

E n cuanto a las empresas que l a b o r a n con n ú m e r o s rojos , el Secre­t a r i o Gene ra l a d v i r t i ó que " s o n to t a lmen te responsables de operar s in p é r d i d a s y el Estado no t e n d r á n i n g u n a responsab i l idad po r sus d e u d a s " . 5 2

Estos p r i n c i p i o s d e b í a n empezar a r eg i r en el apara to i n d u s t r i a l a fines de este decenio; en el agro, las reformas d e b í a n aplicarse con m a y o r p r i s a . L a m a g n i t u d y la can t idad de las propuestas de G o r b a c h o v y R y z h k o v antes y duran te el Congreso , eran resultado d i rec to de la catas­t r ó f i c a s i t u a c i ó n a g r í c o l a de l a U R S S y de u n a i m p o r t a n t e considera­c i ó n p o l í t i c a que l igaba la p r o d u c c i ó n a g r í c o l a al é x i t o de l a perestroyka: l a r e f o r m a de l agro p o d í a da r resultados en u n p lazo m u c h o m á s cor to q u e l a r e c o n s t r u c c i ó n i n d u s t r i a l . G o r b a c h o v necesita que su p r o g r a m a a r r o j e frutos lo m á s r á p i d a m e n t e posible pa ra fortalecer y a m p l i a r su base de apoyo y convencer al pueblo sov ié t i co — c o n abundanc ia de p ro ­ductos a l i m e n t a r i o s — q u e vale la pena t rabajar de acuerdo con las reglas de l a perestroyka.

E n su i n f o r m e al Congreso el Secretario G e n e r a l s u b r a y ó l a i m p o r ­t a n c i a que o t o r g a a l a a g r i c u l t u r a . T o d a u n a s e c c i ó n , " R e s o l v e r el p r o ­b l e m a a l imen ta r io , la tarea m á s i m p o r t a n t e " , estaba dedicada al campo . G o r b a c h o v e s t a b l e c i ó que los p r i n c i p i o s propuestos pa ra me jo ra r el f u n ­c i o n a m i e n t o de todo el aparato e c o n ó m i c o d e b í a n extenderse al agro: " L a verdadera con tab i l idad e c o n ó m i c a , la dependencia del ingreso a g r í ­co la de los resultados finales [deben] convert i rse en la n o r m a del desem­p e ñ o del comple jo a g r o i n d u s t r i a l . " 5 3

A p a r t i r de 1986, el Estado fijó cuotas de p r o d u c c i ó n fijas pa ra cada q u i n q u e n i o y los campesinos p o d í a n disponer de todo el excedente, " d e acuerdo c o n su p r o p i o c r i t e r i o " . 5 4 Es claro que G o r b a c h o v buscaba crear condic iones propic ias para e x p a n d i r las ac t iv idades pr ivadas de los campesinos: dada la p r o d u c t i v i d a d de las parcelas p r ivadas , e ran el m e d i o i d ó n e o p a r a elevar ve lozmente la oferta de p roduc tos a g r í c o l a s e n las c iudades . L o s koljozniki p o d r í a n d isponer a d e m á s de m á s p roduc-

5 1 C i t ado en Nicholson, op. cit., p . 23. 5 2 C i t ado en Walke r , op. cit., p . 52. 5 3 C i t ado en V . P . Gagnon, J r . , "Gorbachev and the Collective Contract B r i ­

gade" , Soviet Studies, n ú m . 1, 1987, p. 8. 5 4 Gustafson y M a n n , art. c i t . , p. 15.

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tos pa ra l a ven ta d i rec ta al consumido r po rque , de acuerdo con el Secre­t a r i o G e n e r a l , p o d r í a n c u b r i r par te de sus cuotas con u n impues to o prodnalog. A l usar esta pa labra , G o r b a c h o v c r u z ó a d e m á s u n a f ron te ra s i m b ó l i c a : hasta entonces h a b í a ev i tado referirse p ú b l i c a m e n t e a l a N E P . 5 5 Pero el c o r a z ó n de l a r e f o r m a a g r í c o l a era extender el sistema de t r aba jo basado en las l igas (zveno) o cont ra tos colect ivos, br igadas o equipos progresistas, como se le ha l l a m a d o al sistema en diversas p u b l i ­caciones s o v i é t i c a s . T o d o s estos t é r m i n o s se re f ie ren a u n a o rgan iza ­c i ó n l a b o r a l en donde se paga a los campesinos de acuerdo con los cos­tos de p r o d u c c i ó n y el p roduc to final de su t r aba jo . E n esencia, las b r igadas i m p l i c a n u n cambio rad ica l de l sistema de t rabajo heredado de S t a l i n en los koljozy y sovkjozy donde se paga de acuerdo con tareas e s p e c í f i c a s y con u n sistema de e s t í m u l o s . 5 6

Las br igadas se f o r m a n v o l u n t a r i a m e n t e y el g rupo de campesinos recibe t i e r r a , semillas e i m p l e m e n t o s a g r í c o l a s pertenecientes al koljoz o al sovkjoz. L a b r i g a d a c u l t i v a la t i e r r a de acuerdo con su p r o p i o cr i te ­r i o , t o m a sus propias decisiones, cubre sus costos (ap l icando el khozra-chet o con tab i l idad e c o n ó m i c a ) y recibe su paga s e g ú n la p r o d u c c i ó n final. L a b r i g a d a es, po r supuesto, responsable de eva luar el t rabajo de cada u n o de sus m i e m b r o s y de dec id i r c u á n t o deben r ec ib i r de acuerdo con el esfuerzo y l a ca l idad del t raba jo i n d i v i d u a l . 5 7

E n consecuencia, las br igadas buscan resolver los problemas inhe­rentes al ac tua l sistema de t rabajo a g r í c o l a en l a U R S S : m o t i v a r a los campesinos a rea l izar su m e j o r esfuerzo, asegurar el uso eficiente de los recursos, r e d u c i r l a in te r fe renc ia b u r o c r á t i c a en el t rabajo a g r í c o l a y h u m a n i z a r l o al crear en los campesinos l a i l u s i ó n de p r o p i e d a d ; el p e r i o d o en que pueden t rabajar u n pedazo de t i e r r a puede extenderse hasta 15 a ñ o s .

M i k h a i l G o r b a c h o v h a b í a t en ido exper i enc ia d i rec ta c o n el sistema de br igadas como P r i m e r Secretario del kraikom de Stavropol , donde con­firmó l a ine f ic ienc ia del m o d o t r a d i c i o n a l de p r o d u c i r y los excelentes

5 5 Ibid., p . 15. 5 6 Ejemplo de c ó m o funciona el sistema, tomemos el caso de un tractorista: " . . .se

le paga por el n ú m e r o de h e c t á r e a s que ara. Recibe una boni f icac ión si ahorra combus­t ible y cuida el equipo. Dada esta estructura de e s t í m u l o s , el tractorista a r a r á r á p i d a ­mente la superficie de la t ierra y r ec ib i rá el mismo salario sin impor ta r la calidad de su trabajo, y si ara superficialmente a h o r r a r á combustible y m a n t e n d r á la maquinar ia en mejor estado. N o tiene, en consecuencia, u n incent ivo material para interesarse en el producto final" y preocuparse de que la t ierra que t r aba jó no esté en buen estado para la s iembra (Gagnon, art . c i t . , p . 2) .

5 7 Ibid., p . 2.

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resul tados que se o b t e n í a n con el sistema de br igadas . N o fue e x t r a ñ o , e n consecuencia, que aprovechara el foro de l Congreso pa ra subraya r l a i m p o r t a n c i a de alentar ese sistema e i nco rpo ra r a las br igadas las l igas f a m i l i a r e s (br igadas formadas por los m i e m b r o s de u n a o var ias f a m i ­l i a s ) . L a r e s o l u c i ó n del Congreso e s t a b l e c i ó que " e r a necesario o to rga r especial a t e n c i ó n en todas partes. . . al desarrol lo de los contra tos colec­t i v o s basados en u n sistema de c o n t a b i l i d a d g e n u i n o " . 5 8

Por ú l t i m o , el p r i m e r m i n i s t r o R y z h k o v e s b o z ó las tareas que d e b í a c u m p l i r el sector ex te rno para asegurar el é x i t o de laperestroyka: se i n t e n ­s i f i c a r í a el i n t e r c a m b i o con los p a í s e s del C A M E , especialmente en tec­n o l o g í a , y se b u s c a r í a p r o m o v e r l a e x p o r t a c i ó n de p roduc tos manufac ­tu rados . R y z h k o v l a n z ó u n sorprendente l l amado a l a i ndus t r i a s o v i é t i c a " p a r a que a r m o n i c e sus intereses con l a d e m a n d a del m e r c a d o in te r ­n a c i o n a l " . 5 9

E l gob ie rno a p r o v e c h ó el Congreso pa ra de l inear las pautas funda­menta les de IR perestroyka. M e n c i o n ó apenas los enormes p rob lemas que i m p l i c a r í a ap l ica r l a r e fo rma , se g u a r d ó las medidas que le d a r í a n con­t e n i d o y no especi f icó c u á n d o o c u r r i r í a el cambio def in i t ivo entre la t e o r í a y l a p r á c t i c a . S i n e m b a r g o , desde antes del Congreso fue ev idente el r iesgo que representaba la r e s t r u c t u r a c i ó n pa ra los b u r ó c r a t a s medios y altos que se o p o n í a n a el la . U n a m i r í a d a de func ionar ios fue ron susti­t u i d o s por h o m b r e s de n u e v a g e n e r a c i ó n que c o m p a r t e n l a v i s i ó n de M i k h a i l G o r b a c h o v . 6 0

L A P O L É M I C A E C O N Ó M I C A

E l Congreso i n a u g u r ó u n a é p o c a de debates t a n in tensa como aque l la q u e h a b í a a c o m p a ñ a d o muchos a ñ o s antes el l a n z a m i e n t o de l a N E P . A p a r t i r de la glasnosty l a prensa y las publ icaciones s o v i é t i c a s re f le ja ron

5 8 Ibid., p . 9. 5 9 Ci tado en Kaser, " T h e Energy Crisis. . . " , p. 92. 6 0 Aunque Gorbachov no logró deshacerse de todos los remanentes de la era Brezh­

nev — V . Shcherbitksy conse rvó su puesto de primer secretario de la R e p ú b l i c a de Ucra­nia , y Kunaev el de p r imer secretario de Kazakhstan ( " T w o who S tay" , The Economist, 15 de febrero de 1986, p . 491), lo que demostraba que su poder, aunque grande, estaba a ú n l imi tado , sí logró in t roduc i r a la c ú p u l a gobernante a muchos nuevos funcionarios. Aleksander Vlasov s u s t i t u y ó a Fedorchuk en el i m p o r t a n t í s i m o M i n i s t e r i o del In te r io r y Ta íyz in e n t r ó al G O S P L A N , ' 'Gorbachov Fast Start Accomplishes a Thorough Shake-u p of Leadership" , The New York Times, 24 de febrero de 1986, p . 7, e Izvestia, 26 de enero de 1986, p . 1, en CDSP, 38, n u m . 4, 26 de febrero de 1986, P . 10.

600 I S A B E L T U R R E N T FI X X V I I I - 4

u n j u e g o m u c h o m á s p l u r a l de intereses e c o n ó m i c o s . E l debate m u l t i ­p l i c ó el n ú m e r o de lectores de p e r i ó d i c o s y revistas; se empeza ron a for­m a r largas colas pa ra a d q u i r i r las publ icac iones antes llenas de p ropa ­ganda y ob i tua r ios .

L a p o l é m i c a e m p e z ó a resquebrajar el oblomovismo que amenazaba p a r a l i z a r la sociedad s o v i é t i c a hasta c o n v e r t i r l a —dice R o n a l d A m a n n en u n " i m p e r i o de l a i n e r c i a " . 6 1 A l a vez, los debates m o s t r a r o n en t o d a su m a g n i t u d los p rob lemas que enf ren taba el p r o g r a m a de G o r b a -c h o v . L o s objet ivos inmed ia tos y de l a r g o p lazo p a r e c í a n con t r ad i c to ­r ios : acelerar a cor to plazo el c rec imien to e c o n ó m i c o chocaba con el p ro ­p ó s i t o de p r o m o v e r l a i n n o v a c i ó n y l a r e c o n s t r u c c i ó n . Los min i s t e r io s y las empresas r ec ib i e ron s e ñ a l e s encont radas : c u m p l i r con las cuotas de p r o d u c c i ó n y s i m u l t á n e a m e n t e i n n o v a r l a p l an ta i ndus t r i a l . P o r o t r a pa r t e , el p r o g r a m a de m o d e r n i z a c i ó n t e c n o l ó g i c a i b a en con t ra , p o r lo menos en breve plazo, de u n i n c r e m e n t o de l consumo. L a t e c n o l o g í a n u e v a en cua lqu ie r i n d u s t r i a i m p l i c a u n descenso i n m e d i a t o de l a p r o ­d u c c i ó n , m ien t r a s las empresas se acop lan a l a i n n o v a c i ó n t e c n o l ó g i c a . P o r lo d e m á s , u n a g r a n par te de l a i n v e r s i ó n se dest inaba a la i n d u s t r i a que p r o d u c e m a q u i n a r i a , lo que h a c í a dif íci l e levar a la vez la p r o d u c ­c i ó n de bienes de consumo d is t in tos de los a l i m e n t o s . 6 2

M i k h a i l G o r b a c h o v ha mos t rado enorme i n t e r é s en acelerar el desa­r r o l l o de l e x t r e m o or ien te s o v i é t i c o , u n a i m p o r t a n t e fuente de mate r ias p r i m a s , e n e r g í a e h i d r o c a r b u r o s . 6 3 S i n embargo , la estrategia de inve r ­s i ó n establecida po r el 1 2 ° p l a n a g u d i z a r í a , de aplicarse intacta , la pola­r i d a d t e r r i t o r i a l de los sectores e c o n ó m i c o s en l a U R S S . U n a p r o p o r ­c i ó n m u y al ta de la i n v e r s i ó n e s t á des t inada a m o d e r n i z a r las empresas existentes, lo que impl i ca poner énfas is en las regiones occidentales, donde se loca l i za la g r a n m a y o r í a de la i n d u s t r i a . A d e m á s , es precisamente en esas zonas donde se h a n sobreexplo tado los recursos naturales . Po r o t r a par te , la p lan ta i ndus t r i a l e s t á en general t a n envejecida que moder ­n i z a r l a i m p l i c a u n a r e n o v a c i ó n sustancial de instalaciones y equ ipo no p rev i s t a en el p l a n . 6 4

6 1 R . A m a n n , art. c i t . , p. 132. 6 2 Gustafson y M a n n , art. c i t . , p . 12. 6 3 " V o l c a r á la U R S S su esfuerzo e c o n ó m i c o a la zona siberiana", Excélsior, 7 de

febrero de 1986, p. 264. 6 4 B . R u m e r , art . c i t . , p. 27.

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E L P R O B L E M A D E L A D E S C E N T R A L I Z A C I Ó N

M i e n t r a s los observadores occidentales s e ñ a l a b a n estas contradicciones , el deba te en la U n i ó n S o v i é t i c a se c e n t r ó en asuntos m á s concretos: ¿ l a r e f o r m a d e b í a empezar a aplicarse desde a r r i b a : p r i v a r a los organis ­m o s centrales de sus p re r roga t ivas p a r a i n t e r f e r i r en el f u n c i o n a m i e n t o de l a e c o n o m í a ? ; ¿ d e b í a iniciarse desde la base, a lentando a las e m p r e ­sas a ac tuar s in considerar los l i n c a m i e n t o s de l a bu roc rac i a cent ra l? ; ¿ h a s t a d ó n d e d e b í a pe rmi t i r se que el " m e r c a d o " regulara el d e s e m p e ñ o e c o n ó m i c o ? ; ¿ d e b í a descentralizarse l a a u t o r i d a d en favor de los ó r g a ­nos r eg iona les? 6 5

E n m e d i o de esta p o l é m i c a se l l e v ó a cabo u n a r e u n i ó n de l C C en j u n i o de 1986. E l tono de M i k h a i l G o r b a c h o v hizo evidente que se avan­zaba con l e n t i t u d . A pesar de que a n u n c i ó que los í n d i c e s de c rec imien to e c o n ó m i c o p a r a los p r i m e r o s seis meses del a ñ o eran posi t ivos ( l a p r o ­d u c c i ó n i n d u s t r i a l se e l e v ó 5 . 6 % frente al m i s m o per iodo en 1985 y l a p r o d u c t i v i d a d del t rabajo 5 . 2 % ) , G o r b a c h o v d e c l a r ó : " E s i n g e n u o y p e r j u d i c i a l suponer que deb ido a l a m e j o r a de los indicadores e c o n ó m i ­cos, el esfuerzo para remodelar nuestro trabajo ya c o m e n z ó fo rma lmen te y e s t á avanzando a toda m a r c h a en todas pa r t e s . " Por el con t r a r i o , con­t i n u ó , " l a ca l idad y la ef ic iencia y el r e to rno hacia los nuevos m é t o d o s de a d m i n i s t r a c i ó n e s t á n p rogresando a duras penas y con d i f i c u l t a d " . L a responsable fundamen ta l era la bu roc rac i a "pesada" , " i n e f i c i e n t e " y " f o s i l i z a d a " que b loqueaba la m o d e r n i z a c i ó n . 6 6 S in e m b a r g o G o r ­b a c h o v no se r e f i r i ó a la o t r a cara de l p r o b l e m a : la incapac idad del g o b i e r n o pa ra de ta l la r las medidas que d a r í a n con ten ido real a la peres­troyka. . . y aplicarlas. E l l í d e r h a b í a c a í d o en u n c í r c u l o vicioso: la p u r g a de func ionar ios era insuf ic ien te p a r a m i n a r l a resistencia b u r o c r á t i c a a l c a m b i o . G o r b a c h o v só lo l o g r a r í a con t ro la r a la bu roc rac ia r o m p i e n d o las l igas ver t icales y j e r á r q u i c a s de a u t o r i d a d p o r m e d i o de tres m e d i ­das fundamentales : a) r e d u c i r el t a m a ñ o de los organismos in t e rmed ios , b ) r e s t r i n g i r la a u t o r i d a d de los superiores , y c) apl icar la perestroyka en empresas y asociaciones indus t r ia les de base.

6 5 V é a s e , entre otros, " M a n a g e i n the New Sty le" , Pravda, 2 de septiembre de 1986, en CDSP, 38, n ú m . 38, 22 de octubre de 1986, pp. 22-23; " W e invi te you to a Discussion: Price is a Lever of M a n a g e m e n t " , Ekonomicheskaya gazeta, n ú m . 16, en CDSP, 38, n ú m . 21 , 25 de j u n i o de 1986, pp. 12-13; L . A b a l k i n , "Questions o f T h e o r y : F u l l Economic A c c o u n t a b i l i t y " , Pravda, 12 de diciembre de 1986, en CDSP, 38, n ú m . 5 1 , 21 de enero de 1987, pp. 11-12; " E a r n e d Pay" , Izvestia, 26 de septiembre de 1986, en CDSP, 38, n ú m . 39, 29 de octubre de 1986, pp. 1-4.

6 6 C i t ado en " E n f r e n t a r á Gorbachev problemas polí t icos si su plan no da resul­t a d o " , Excélsior, 8 de agosto de 1986, p . 22A.

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E n consecuencia, a p a r t i r de j u n i o el gob ie rno e m p e z ó a d e f i n i r a t o d a p r i sa y a i n c o r p o r a r al cuerpo legal las p o l í t i c a s concretas de l a r e f o r m a e c o n ó m i c a . E n j u l i o , el C C y el Consejo de M i n i s t r o s ap roba­r o n u n a r e s o l u c i ó n para m e j o r a r l a ca l idad de los productos . Se i n s t r u y ó a min i s t e r i o s y agencias sobre la necesidad de fac i l i ta r l a d e r r a m a de t e c n o l o g í a con m e j o r i n f o r m a c i ó n y c o m u n i c a c i ó n entre las diversas r amas de la e c o n o m í a . Para r o m p e r los cuellos de bote l la en la d i s t r i b u ­c i ó n de insumos , la r e s o l u c i ó n o t o r g ó al con t ra t i s ta el derecho a cance­l a r u n i l a t e r a l m e n t e cua lqu ie r acuerdo en donde el p roveedor su r t i e r a p r o d u c t o s de baja ca l idad . Este t e n d r í a l a o b l i g a c i ó n de r embolsa r al con t r a t an t e las p é r d i d a s en que h u b i e r a i n c u r r i d o o s e r í a d e m a n d a d o l ega lmen te . Se a n u n c i ó la c r e a c i ó n de u n c o m i t é encargado de s u p e r v i ­sar, desde enero de 1987, la ca l idad de la p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l y de bienes de consumo. L a r e s o l u c i ó n o r d e n ó i gua lmen te a las asociaciones y empresas que adop ta ran el sistema de br igadas pa ra elevar la c a l i dad de l a p r o d u c c i ó n . 6 7 Los grupos de obreros que p rodu je r an m á s y m e j o r r e c i b i r í a n u n e s t í m u l o m o n e t a r i o ; p o r el c o n t r a r i o , no se c o n c e d e r í a n los bonos y e s t í m u l o s a las empresas que p r o d u j e r a n bienes defectuosos o de m a l a c a l i d a d . 6 8

E n oc tubre de 1986 el gob ie rno d i o a conocer otros dos sorprenden­tes proyectos de ley. E l p r i m e r o , buscaba l e g i t i m a r la re forma o to rgando a l p u e b l o el derecho de o p i n a r en debates y referenda. E l segundo, g o l ­peaba u n o de los pi lares del sistema, la nomenklatura —sistema de n o m ­b r a m i e n t o que depende de los ó r g a n o s centrales del p a r t i d o — , pues pre­v e í a l a e l e c c i ó n l i b r e de los admin i s t r ado res de las empresas . 6 9 P o r

6 7 Las brigadas como forma de trabajo se h a b í a n introducido en industrias impor ­tantes, por ejemplo, en la planta de Frunze, donde se fabrica equipo para la indus t r ia q u í m i c a , petrolera y gasera. L a indust r ia se rige por las ganancias, y aunque los obre­ros tienen u n sueldo base, los m á s eficientes pueden incrementarlo hasta en 40 % ; aquellos organizados en, brigadas pueden reducir las gratificaciones de sus c o m p a ñ e r o s que retra­san la p r o d u c c i ó n por pereza o embriaguez ( "Permi te M o s c ú que la ganancia regule la v ida de las empresas", Excélsior, 19 de marzo de 1987, p. 1). Sin embargo, el destino de las reformas de los años sesenta e n s e ñ ó al l iderazgo sovié t ico que la ap l icac ión selec­t iva de las reformas es g a r a n t í a de su fracaso: es necesario aplicarlas en el conjunto del aparato e c o n ó m i c o .

u o De hecho, algunos trabajadores h a b í a n soportado ya reducciones de salarios por ineficiencia. U n o de los casos m á s conocidos es el de los obreros de la planta automo­t r iz de Odessa, a los que desde enero de 1986 se d e s c o n t ó 5% de su salario por la mala calidad de la p r o d u c c i ó n . De no mejorar , se les a m e n a z ó con una reducc ión de 30% para 1990. "Sorprende en la U R S S el nuevo sistema de e s t ímu los y sanciones para las indus t r i a s" , Excélsior, 18 de marzo de 1986, p . 26.

6 9 "Avances en la r e s t r u c t u r a c i ó n radical de la sociedad s o v i é t i c a " , Excelsior, 7 de octubre de 1986, p . 3A.

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ú l t i m o , en d i c i e m b r e sa l ió a la luz l a n u e v a ley sobre la empresa p r i ­v a d a . E l decreto legal izaba 29 t ipos de t rabajo p r i v a d o : costura, clases de m ú s i c a , i d i o m a s , t r a d u c c i ó n de textos , consul ta m é d i c a , e t c . 7 0 D e a c u e r d o c o n I . G l a d k y , cabeza de l C o m i t é de l T r a b a j o y Cuest iones Sociales , el ob je t ivo p ú b l i c o de la n u e v a ley era a y u d a r " a resolver el p r o b l e m a de l a escasez de bienes y servicios. . . por m e d i o de la i n i c i a ­t i v a p r i v a d a " . 7 1 L a meta ocu l ta era , p o r supuesto, deb i l i t a r la econo­m í a gr is l ega l izando par te de sus ac t iv idades .

E n l a a g r i c u l t u r a , el a f á n legis lador se c e n t r ó en p r o m o v e r el sis­t e m a de br igadas: no se p o d í a hacer m á s a cor to plazo " m i e n t r a s la reor­g a n i z a c i ó n de salarios y t raba jo n o fuera u n i v e r s a l " . 7 2 E n m a r z o de 1986 , u n a r e s o l u c i ó n del C C o r d e n ó al Gosagroprom y a sus dependen­cias locales "o rgan i za r inmedia tamente la t r a n s i c i ó n de las unidades p ro ­d u c t i v a s en el agro. . . al sistema de contra tos colectivos y c o n t a b i l i d a d e c o n ó m i c a " . 7 3

P o r ú l t i m o , G o r b a c h o v se c o n c e n t r ó en l a pieza que complemen ta ­r í a l a perestroyka: el ex te r io r . U n n u e v o l e m a s u r g i ó respecto al O c c i ­d e n t e capi ta l i s ta : " s i no puedes c o n t r a é l , ú n e t e l e " . 7 4 Para en t ra r al m e r c a d o de eurobonos y favorecer el comerc io de bienes y t e c n o l o g í a , M o s c ú s a l d ó po r fin las viejas deudas zaristas con G r a n B r e t a ñ a , ha bus­c a d o u n acercamiento con Estados U n i d o s , E u r o p a y J a p ó n y p i d i ó ser acep tado c o m o observador en el G A T T c o n vistas a su posible ingreso . S i n e m b a r g o , lo verdaderamente novedoso fue l a d e c i s i ó n del gob ie rno , e n sept iembre , de lanzar a las empresas sov ié t i ca s a compet i r en la arena i n t e r n a c i o n a l . Se p r o m u l g ó la c r e a c i ó n de u n a N u e v a C o m i s i ó n de C o m e r c i o E x t e r i o r para supervisar el i n t e r c a m b i o entre las indus t r ias y el ex t e r io r , y los ant iguos ó r g a n o s que c o n t r o l a b a n el comerc io per­d i e r o n sus funciones: ahora t r a b a j a r á n bajo c o m i s i ó n pa ra las empresas s o v i é t i c a s que deseen e x p o r t a r o i m p o r t a r bienes de cap i ta l . L a compe­t enc ia in te rnac iona l d e b í a poner a p rueba la c o m p e t i t i v i d a d de las indus-

' ' C o m m u n i q u e o f Meetings of the U S S R Supreme Sovie t" , Izvestia, 18 de no­v iembre de 1986, en CDSP 38, n u m . 46, 17 de diciembre de 1986, p. 8.

7 1 " M e e t i n g s o f the U S S R Supreme Soviet: O n the Darf t USSR Law on I n d i v i ­d u a l Ente rpr i se" . In forme de 1.1. Gladky , Pravda e Izvestia, 20 de noviembre de 1986, en CDSP, 38, n u m . 46, 17 de diciembre de 1986, p . 4.

7 2 T . Zaslavskaya, " A Social Resource" , Sovetskaya Rossia, 7 de enero de 1986, en CDSP, 38, n ú m . 12, 1986, p . 2.

7 3 C i t ado en Gagnon, art . c i t . , p . 9. 7 4 C o n estas palabras explicó Gennadi Gerasimov, portavoz del gobierno, la nueva

po l í t i c a para " s i n t o n i z a r " la e c o n o m í a sov ié t ica al mundo : "Desea la U R S S sintoni­zar. . . " , p . F l .

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t r i a s , f a c i l i t a r í a el es tab lec imiento de u n sistema r ac iona l de costos al i n t r o d u c i r insumos i m p o r t a d o s en l a p r o d u c c i ó n , e l e v a r í a l a c a l i dad de los productos sovié t icos , o b l i g a r í a a las empresas a modern iza r sus plantas y d e b í a m o d i f i c a r los t é r m i n o s de i n t e r c a m b i o , al c o n v e r t i r a l p a í s en e x p o r t a d o r neto de p roduc tos manufac tu rados . L a r e s o l u c i ó n de l C C y del SS d e j ó pocos hi los sueltos: los min i s t e r io s , las organizac iones y las indus t r i as p o d r í a n efectuar d i rec tamente contratos de c o m p r a v e n t a c o n empresas extranjeras; el Estado c r e a r í a u n fondo de divisas pa ra financiar sus p r imeras act iv idades; pos te r io rmente las indus t r i a s crea­r í a n de sus ganancias sus p rop ios fondos para a d q u i r i r bienes i m p o r t a ­dos. Se o t o r g ó a empresas y asociaciones el derecho de so l ic i ta r c r é d i t o s e n divisas del Banco de C o m e r c i o E x t e r i o r de la U R S S y se e s p e c i f i c ó " q u e los ingresos po r ganancias q u e d a r á n en manos de las empresas. . . y p o d r á n ser u t i l i zados p o r organizaciones s u p e r i o r e s " . 7 5 Po r ú l t i m o , l a r e s o l u c i ó n a p r o b ó l a c o o p e r a c i ó n con p a í s e s del C A M E y de O c c i ­den te p o r m e d i o de empresas conjuntas de p r o p i e d a d m i x t a , ya fuera e n l a U R S S o en el ex t ran je ro , con p a r t i c i p a c i ó n s o v i é t i c a . Estas indus ­t r ias c o n t a r í a n " c o n a m p l i o s derechos en la esfera de la e x p o r t a c i ó n e i m p o r t a c i ó n pa ra establecer precios , firmar acuerdos, e t c é t e r a " . 7 6

S i n e m b a r g o , l a m a n o de Pedro el G r a n d e se h izo presente en la r e s o l u c i ó n : M o s c ú no i b a a esperar a que las empresas se z a m b u l l e r a n vo lun ta r i amen te en el mercado in te rnac iona l . Por decreto, u n a larga lista de indus t r i as e m p e z a r í a n a c o m e r c i a r con el ex te r io r bajo las nuevas reglas, al comenzar 1 9 8 7 . 7 7

1 9 8 7 : L A P O L Í T I C A Y L A E C O N O M Í A

L a c o m p l e j i d a d de l a perestroyka q u e d ó de mani f ies to a fines de 1986 c u a n d o el Soviet S u p r e m o a n a l i z ó el balance e c o n ó m i c o de los p r i m e ­ros 10 meses de gob ie rno de M i k h a i l G o r b a c h o v . L a m a y o r í a de los ind icadores e c o n ó m i c o s se e levaron (cuadros 6 y 7): el ingreso nac iona l

7 5 " O n Measures to Fundamentally Improve Foreign Economic A c t i v i t y " , Pravda, 24 de septiembre de 1987, en CDSP, 38, n ú m . 38, p, 15.

7 6 Ibid., p . 15. 7 7 S e g ú n fuentes occidentales, la lista de industrias que d e b e r á n comerciar con

Occidente a par t i r de enero incluye a: la planta de excavadoras de K i e v , la de relojes K i r o v de M o s c ú , la Asoc i ac ión Ar t í s t i ca de V i d r i o de Leningrado, todas las plantas que producen autos y camiones, y las de productos q u í m i c o s ; en el sector m é d i c o , el complejo de M i c r o c i r u g í a Ocu la r de M o s c ú y el Centro Cient í f ico Nacional para la I n v e s t i g a c i ó n Cardiaca ( " L i b r e comercio exterior de empresas y revisiones implanta M o s c ú " , Excélsior, 12 de diciembre de 1986, p . 6F).

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c r e c i ó 4.3 % , l a p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l 5 . 1 % y la a g r í c o l a 9 % respecto al q u i n q u e n i o an te r io r ; la cosecha de cereales a l c a n z ó la cifra de 210.1 m i l l o n e s de t o n e l a d a s . 7 8 S i n embargo , m u y poco se d e b í a a l a apl ica­c i ó n de la r e f o r m a e c o n ó m i c a . L a m a y o r í a de los logros e ran resul tado d e l c r e c i m i e n t o de las inversiones -—polí t ica heredada de l a era B r e z h -n e v , que h a b í a demos t rado y a su inef ic ienc ia— y de u n i n c r e m e n t o de 4 . 8 % en la p r o d u c t i v i d a d del t rabajo . T a n só lo en la i n d u s t r i a , el 9 5 % d e l c r ec imien to de l a p r o d u c c i ó n se h a b í a sustentado en u n a m e j o r p r o ­d u c t i v i d a d del t r a b a j o . 7 9 E l f e n ó m e n o t ampoco era nuevo : h a b í a sido u n a de las c a r a c t e r í s t i c a s de l breve gobie rno de Y u r i A n d r o p o v . I n d i ­caba tan só lo que la ú n i c a m e d i d a del p r o g r a m a de G o r b a c h o v que t u v o u n c laro efecto e c o n ó m i c o en 1986 era la c a m p a ñ a de d i s c ip l i na en el t r aba jo . D e hecho, l a m a y o r í a de las p o l í t i c a s para l a r e s t r u c t u r a c i ó n del apara to e c o n ó m i c o se h a b í a n quedado en el papel y se h a b í a n apl icado t a n sólo unas cuantas en f o r m a dispersa y a m b i g u a . E n l a i n d u s t r i a se i n t r o d u j o caba lmente u n a sola m e d i d a de m a n e r a t an selectiva que recordaba m á s las reformas de los a ñ o s sesenta que el e s p í r i t u de l&peres­troyka, se e s t a b l e c i ó l a " a c e p t a c i ó n de productos del E s t a d o " —que t e ó ­r i camen te d e b í a asegurar al to n i v e l de ca l idad pa ra t oda l a p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l — en 1 500 empresas. E l resul tado a fines de 1986 fue que s ó l o 15% de la p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l alcanzaba los r eque r imien tos de ca l i dad establecidos por el E s t a d o . 8 0

E l resto de la i n d u s t r i a s i g u i ó plagada con los p rob lemas de s iem­p r e . L a e n u m e r a c i ó n de las d i f icul tades en el i n f o r m e sobre el c u m p l i ­m i e n t o del p l a n era l a rga : " l a s tasas planeadas de m o d e r n i z a c i ó n en l a i n d u s t r i a no se c u m p l i e r o n " , " l a cuar ta par te de las empresas v io l a ­r o n sus con t ra tos" , " las posibilidades de las nuevas condiciones de a d m i ­n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a no fue ron comprend idas en el comple jo que p ro ­duce m a q u i n a r i a ' ' , " e n la m a y o r í a de los min i s t e r io s el c u m p l i m i e n t o de c o m p r o m i s o s contractuales e m p e o r ó en r e l a c i ó n con 1 9 8 5 " , " n o se l o g r ó superar la d i s p e r s i ó n de las inversiones de c a p i t a l " , e t c é t e r a . 8 1

78 " O n the State Plan for Econornic and Social Development of the U S S R in 1987 and Progress in the Fulfillment of the Plan for 1986", informe de N . V . Talyz in , jefe del Comi té Estatal de Plañe ación de la U R S S , Pravda e Izvestia, 18 de noviembre de 1986, en CDSP, 38, n ú m . 47, 24 de diciembre de 1986, p. 10, y "Positivo balance eco­n ó m i c o de la U R S S " , Excélsior, 23 de enero de 1987.

7 9 " O n the state plan. . . " , p. 10. 8 0 "Report on the U S S R Central Statistical Administraron: Quality and Pace of

the Five Y e a r Plan. O n the results of the fuífillment of the State Pían for Econornic and Social Development in the U S S R in 1986", Pravda e Izvestia, 18-19 de enero de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 4, 25 de febrero de 1987, p. 14.

8 3 Ibid., pp. 14-16.

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E n l a a g r i c u l t u r a el re ta rdo en l a a p l i c a c i ó n de l a perestroyka era m á s no tab le p o r q u e G o r b a c h o v h a b í a empujado l a a p r o b a c i ó n de l a r e fo rma en el agro con especial i n t e r é s y r ecomendado su a p l i c a c i ó n i n m e d i a t a . C o m o resu l tado , el n ú m e r o de campesinos organizados en br igadas se e l e v ó no tab lemente : de cerca de u n m i l l ó n en 1982 a m á s de 11 m i l l o ­nes en 1 9 8 6 . 8 2 .

E l l í d e r s o v i é t i c o c o n v o c ó en enero a u n a r e u n i ó n u rgen te sobre l a s i t u a c i ó n a g r í c o l a . E n el la , N i k o n o v , secretario de l C C , i n f o r m ó sobre las causas de los p rob lemas en el agro . A pesar de l a e x p a n s i ó n de l sis­t e m a de br igadas y contra tos fami l ia res , los p rob lemas del agro n o se r e s o l v e r í a n hasta que l a perestroyka se ap l ica ra to t a lmen te . E n 1986, el compl icado engranaje que une todas las unidades e c o n ó m i c a s de la U R S S gracias a l a p l a n i f i c a c i ó n cent ra l p r o v o c ó l a " d e s i n t e g r a c i ó n de las b r i ­gadas d u r a n t e la t emporada de t r a b a j o " : los campesinos p a r e c í a n haber p e r d i d o l a fe " e n la eficiencia del t rabajo colect ivo y en u n a mejor r e m u ­n e r a c i ó n " , p o r q u e los granos, mater ia les y e q u i p o no fueron sur t idos c o n a n t i c i p a c i ó n , e r an de baja ca l idad y los salarios no se c u b r i e r o n a t i e m p o . 8 3

G o r b a c h o v d e b i ó preguntarse en p r i v a d o lo que e x p r e s ó p ú b l i c a ­m e n t e en r e l a c i ó n con la a g r i c u l t u r a : ¿ c ó m o ap l ica r l a reforma? " ¿ C o n q u é debemos a rmarnos , q u é hay que rechazar decis ivamente y q u é es l o que h a y que s u p e r a r ? " A p r i n c i p i o s de enero e n c o n t r ó la respuesta en l a pa r te p o l í t i c a de su p r o g r a m a . E l p l eno de enero de 1987 g i r ó en t o r n o a dos cuestiones fundamenta les : la " r e v o l u c i ó n p s i c o l ó g i c a ' ' y el pape l de l p a r t i d o .

E l ú n i c o c a m i n o pa ra hacer i r revers ib le l a perestroyka era " l a demo­c r a t i z a c i ó n de l a sociedad s o v i é t i c a " . Laglasnost no r e s q u e b r a j ó en 1986 n i l a o p o s i c i ó n a l a r e f o r m a n i l a a p a t í a de l p u e b l o . G o r b a c h o v necesi­t aba m o d i f i c a r de u n a m a n e r a m á s r á p i d a y eficaz los h á b i t o s de con­d u c t a colect ivos , las pautas de c o m p o r t a m i e n t o de l a p o b l a c i ó n , acos­t u m b r a d a desde siempre a la obediencia ciega y a la seguridad del empleo y el salar io: " S ó l o el en r iquec imien to de l a conc ienc ia p ú b l i c a — e x p l i c ó el l í d e r s o v i é t i c o du ran t e el p l e n o — , cambios p rofundos en la psicolo-

8 2 "Conference i n the C P S U Central C o m m i t t e e " , Pravda, 25 de enero de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 4, 25 de febrero de 1987, p . 11.

8 3 Ibid., p . 11 . E n otra r e u n i ó n del C C se dio a conocer que 40% del grano entre­gado a las granjas colectivas y estatales era de tercera calidad —de acuerdo con las nor­mas s o v i é t i c a s — y sólo 12% de calidad superior. E n esa misma r e u n i ó n A . Budyka fue nombrado min i s t ro de Productos Cerealeros, " I n the C P S U CC's Party Con t ro l C o m m i t t e e " , Pravda, 1 de abr i l de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 14, 6 de mayo de 1987, p . 18.

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g í a colect iva y en l a f o r m a de pensar de l pueb lo , pueden asegurar el é x i t o " de la r e f o r m a . 8 4

Dec id i r las medidas para impulsar la p a r t i c i p a c i ó n popular en la peres­troyka y alentar en l a gente u n sent ido de responsabi l idad o t o r g á n d o l e c i e r t o c o n t r o l en l a a p l i c a c i ó n de l a r e f o r m a , i m p l i c ó • — s e g ú n G o r ­b a c h o v — u n a p r o l o n g a d a y t o rmen tosa n e g o c i a c i ó n en el seno de l P o l i t b u r ó . 8 5 L a o p o s i c i ó n a las propuestas , a u n den t ro de l a é l i t e , es expl icable po r sus repercusiones. G o r b a c h o v propuso en p r i m e r t é r m i n o " e l fo r t a l ec imien to de l a democrac ia i n t r a p a r t i d i s t a " (que las bases de l P C U S , a t r a v é s del v o t o secreto, e l i j an a los func ionar ios del p a r t i d o ) . L a d e m o c r a t i z a c i ó n de l pa r t ido " a s e g u r a r í a la c o n t i n u i d a d del l iderazgo y e l i n f lu jo de fuerzas n u e v a s " y e v i t a r í a que el p a r t i d o v o l v i e r a a asu­m i r funciones que no le corresponden " a l usurpar el t rabajo de las agen­cias e c o n ó m i c a s y ejercer u n a tutela t r i v i a l sobre e l l a s " . 8 6 L a propuesta de G o r b a c h o v q u e d ó enra izada en u n concepto sui generis de democra ­c i a . E l l o era resul tado del c o m p r o m i s o que a r r o j ó l a n e g o c i a c i ó n p r e v i a a l p l eno , de l a v o l u n t a d del l í d e r s o v i é t i c o ( q u i e n no ha demos t rado l a m e n o r i n t e n c i ó n de r o m p e r el m o n o p o l i o p o l í t i c o de l P C U S ) y , p o r supuesto , del o b j e t i v o cen t ra l de su propues ta d e m o c r á t i c a , que es m á s

8 4 " O n Reestructuring and the Party's Personnel Po l icy" , informe de M . S . Gor­bachov, secretario general del C C del P C U S en la sesión plenaria del C C el 27 de enero de 1987, Pravda e Izvestia, p . 6.

8 5 "Res t ruc tu r ing is a V i t a l Affa i r o f the People", discurso de M . S . Gorbachov en el X V I I I Congreso de los sindicatos de la U R S S , Pravda e Izvestia, 26 de febrero de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 8. En su discurso, Gorbachov expl icó que la p r e p a r a c i ó n de l pleno h a b í a resultado " u n a tarea difícil. Es suficiente decir que tuvimos que pospo­ne r el inicio de la ses ión . . . tres veces, ya que no p o d í a m o s avanzar sin tener claras las cuestiones bás i ca s . . . T e n í a m o s que contestar la pregunta que preocupaba a todos: c ó m o hacer irreversible la r e s t r u c t u r a c i ó n , c ó m o conseguir que los errores pasados no vo lv ie ran a repetirse". Posteriormente, observadores externos aseguraron que Gorba­chov h a b í a amenazado a sus colegas con renunciar si no se aceptaban sus propuestas; v é a s e , por ejemplo, Peter Reddaway, "Gorbachev the B o l d " , The New York Review of Books, 28 de marzo de 1987, p . 23. Aunque el r u m o r fue desmentido ( N . T c h i k o v i t c h , redactor en jefe de Noticias de Moscú, entre otros, a f i rmó que " j a m á s Gorbachov tuvo la i n t enc ión de r enunc ia r " : " Ine ludib les las reformas estructurales: Gorbachov" , La Jornada, 21 de febrero de 1987, p. 19), la pos ic ión de Ligachov —entonces el segundo funcionario m á s impor tan te del P o l i t b u r ó — en contra del voto secreto y en favor del f ác i lmen te manipulable voto abierto, da una idea de la resistencia a las propuestas de Gorbachov. M i c h e l T a t ú , " F o r Gorbachev the Real Challenges are Yet to C o m e " , International Herald Tribune, 27 de febrero de 1987, p. 6.

8 6 " O n Res t ruc tur ing and the Party's Personnel P o l i c y " , informes de M . S . Gor­bachov al C C el 27 de enero de 1987, Pravda e Izvestia, 28 de enero de 1987, en CDSP, 39, n u m . 6, p. 8.

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e c o n ó m i c o ( " a p o y a r " , " d e f e n d e r " , " d e s a r r o l l a r " y " a v a n z a r la res­t r u c t u r a c i ó n " ) que p o l í t i c o . L a " d e m o c r a c i a " que G o r b a c h o v propuso en el p l eno es el reverso de l a v i s i ó n anglosajona. C o n t i e n e la p o s i b i l i ­d a d de elecciones entre varios candidatos en la base del sistema — i n c l u y e t a m b i é n , por supuesto, a los admin is t radores de las empresas y , ta l vez, a los l í d e r e s sindicales. Es u n a democrac i a r e s t r i n g i d a al " n i v e l m i c r o -s o c i a l " . E n el " m a c r o i n s t i t u c i o n a l " , los p lan teamien tos de G o r b a c h o v n o p r e v é n patrones d e m o c r á t i c o s de c o m p o r t a m i e n t o dent ro del Estado n i de l p a r t i d o . 8 7 S i n d u d a es u n a estrategia in te l igen te a l a lu.z_de_lp.s ob je t ivos del l í d e r s o v i é t i c o : de tener é x i t o m o v i l i z a r í a la sociedad. L e d a r í a , al menos , la i l u s i ó n de u n a p a r t i c i p a c i ó n efectiva pa ra i n c o r p o ­r a r l a ac t ivamen te en la r e f o r m a sin amenazar n i p o r asomo el m o n o p o ­l i o de l p a r t i d o . Pero la propues ta es a la vez m u y riesgosa: corre el pe l i ­g ro de d i v i d i r al P C U S h o r i z o n t a l m e n t e , en t re aquellos que s e g u i r á n gozando de la es tabi l idad de cuadros en las esferas superiores y los que p u e d e n pe rde r su puesto, si los votantes a s í lo dec iden , en los niveles infer iores de l P C U S . A d e m á s , estos funcionar ios menores no saben a u n ahora q u é se espera de ellos, po rque G o r b a c h o v no ha esbozado s iquiera c u á l es el papel del p a r t i d o en l a perestroyka. D u r a n t e el p leno d e j ó ent re­ver que los apparatchiki no t ienen n i n g u n a f u n c i ó n puramente e c o n ó m i c a : deben dedicar su a t e n c i ó n " a cuestiones po l í t i c a s y f e n ó m e n o s de i m p o r ­t a n c i a social en la e c o n o m í a y en l a v i d a social y e s p i r i t u a l " . 8 8 L a v a g u e d a d de estos p lan teamien tos ha dejado claro t an sólo c u á l no es el pape l de l p a r t i d o . Esto se debe — c o m o ha s e ñ a l a d o Bia ie r— a que el P C U S es par te de l p r o b l e m a , pero no de l a s o l u c i ó n de G o r b a c h o v . P a r a o t o r g a r al p a r t i d o u n papel de v a n g u a r d i a , hay que m o v i l i z a r l o pa ra l e l amen te a la p o b l a c i ó n , pero l a resistencia de los cuadros medios e in fe r io res a la r e f o r m a l l e v ó al Secretar io G e n e r a l a saltar sobre él y apelar a l pueb lo , con m á s fuerza a ú n , desde el p leno de enero.

A pesar de sus lagunas, la estrategia que p r e s e n t ó Gorbachov en la r e u n i ó n es t ransparente : desar ro l la r l a d i m e n s i ó n p o l í t i c a de la peres­troyka, indispensable a p r i n c i p i o s de 1987, cuando el l iderazgo planeaba i n i c i a r l a a p l i c a c i ó n to ta l de su p r o g r a m a — 2 3 % de las granjas colect i ­vas y estatales e m p e z a r í a n a f u n c i o n a r en 1987 de acuerdo con los p r i n ­c ip ios de l a perestroyka y para 1989 todo el aparato i n d u s t r i a l d e b í a ser r e f o r m a d o . 8 9 L a " d e m o c r a t i z a c i ó n " , p o r r e s t r i n g i d a que fuera, for ta -

S. Biaier, "Gorbachev 's M o v e " , p . 64. 8 8 " O n Rest ructur ing. . . " , p. 8. 8 9 " O n the USSR State Budget for 1987 and the Fulf i l lment of the USSR State

Budget for 1985" , informe de B . I . Gostev. min is t ro de Finanzas, Frauda e Izvestìa, 18

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l e c e r í a en p r i m e r l uga r l a l e g i t i m i d a d de l gob ie rno en el difícil pe r iodo de t r a n s i c i ó n , cuando las expectativas de consumo no s e r í a n satisfechas p a r a d a r l uga r a m a y o r i n v e r s i ó n en l a i n d u s t r i a dedicada a la a l ta tec­n o l o g í a ; en segundo t é r m i n o — c o m o lo d e m o s t r ó el N u e v o R u m b o en H u n g r í a — la r e f o r m a p o l í t i c a era indispensable para l o g r a r l a descen­t r a l i z a c i ó n e c o n ó m i c a : " . . .de o t r a f o r m a , los admin is t radores que se v e n sometidos a la p r e s i ó n de las fuerzas de l mercado p i d e n a y u d a a sus viejos contactos p o l í t i c o s en el apara to cent ra l pa ra que los saquen de sus d i f icu l tades . N o se puede l l eva r a cabo n i n g u n a r e o r i e n t a c i ó n p s i c o l ó g i c a y la a d m i n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a centra l izada se restablece p o r l a p u e r t a t r a s e r a . " 9 0

E l p leno de enero l e v a n t ó u n a o la de l i b e r a l i z a c i ó n y c r e a t i v i d a d , r e m i n i s c e n c i a de los mejores a ñ o s de l " d e s h i e l o " . G o r b a c h o v deseaba c i m b r a r la a p a t í a que l a sociedad a r ras t raba desde h a c í a d é c a d a s y p a r a med iados de 1987 p a r e c í a haberlo conseguido. E n j u n i o calificó los logros de l a glasnost como " u n a e x p l o s i ó n de a c t i v i d a d e s p i r i t u a l " , u n a " o l a q u e h a b í a r e m o v i d o el agua estancada". Pero la l i b e r a l i z a c i ó n puso t a m ­b i é n de manif ies to la na tura leza con t r ad i c to r i a y comple ja de l a restruc­t u r a c i ó n , el choque " e n t r e las demandas de r e n o v a c i ó n , c r ea t i v idad e i n i c i a t i v a , p o r u n a pa r te , y el conse rvadur i smo , l a ine rc i a y los in te re ­ses e g o í s t a s , po r o t r a " y l a resistencia del sistema b u r o c r á t i c o , que ame­n a z a b a con para l i za r l a perestroyka. L o s organismos centrales y u n con­s iderable n ú m e r o de organizac iones par t id is tas se "es taban q u e d a n d o a t r á s de los procesos d i n á m i c o s que se desar ro l lan en la s o c i e d a d " . 9 1

E l espejo donde se ref le jaban con m a y o r c l a r i dad estos p rob lemas era e l eje de la perestroyka: l a e c o n o m í a . E l 13 de j u n i o , se r e u n i ó en el C C l a p l ana m a y o r del gob ie rno s o v i é t i c o con m i n i s t r o s , admin i s t r ado res de empresas, c i en t í f i co s y oficiales del p a r t i d o para d i scu t i r el avance de la re forma e c o n ó m i c a . Los resultados fueron desalentadores. E n luga r de avanzar en la o la l ibe ra l i zadora , la e c o n o m í a se h a b í a quedado a t r á s . C o m o respuesta a la p r egun ta de G o r b a c h o v , ¿ c ó m o e s t á evo luc ionando l a re forma? , los pa r t i c ipan tes r e spond ie ron con u n a la rga l i s ta de obs­t á c u l o s , p rob lemas y re t rocesos . 9 2

de noviembre de 1986, CDSP, 38, n ú m . 48, 31 de diciembre de 1986, p. 20. y "Confe ­rence i n the C P S U C C " , p . 12.

9 0 R. A mann , op. cit., p . 135. 9 1 " O n the Party's Task in the Fundamental Rest ructur ing of Economic M a n a ­

gemen t " , informe de M . S . Gorbachov a la sesión plenaria del C C el 25 de j u n i o de 1987, Pravda e Izvestia, 26 de j u n i o de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 29, j u l i o de 1987, pp. 3 y 6.

9 - " T h e Fundamental Quest ion of Res t ruc tu r ing" , conferencia en el C C del

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H a b i e n d o sentado las bases p o l í t i c a s de l a r e f o r m a y ante el atraso e c o n ó m i c o , fue n a t u r a l que el p l eno del C C de fines de j u n i o es tuv ie ra dedicado casi por completo al p r o g r a m a de reformas e c o n ó m i c a s . E l docu­m e n t o presentado p o r G o r b a c h o v , " P r i n c i p i o s centrales para l a reor­g a n i z a c i ó n fundamenta l de l a a d m i n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a ' ' , p r o p o n í a u n s is tema nuevo . E l me jo r ca l i f i ca t ivo pa ra l a p ropues ta s e r í a el de "eco ­n o m í a m i x t a " ; fortalecer l a i ndependenc ia de las empresas y de l a i n i ­c i a t i va p r ivada ; en febrero se d e c i d i ó impu l sa r el establecimiento de coo­pera t ivas pr ivadas , p e q u e ñ a s empresas cuyos m i e m b r o s son socios y no p o r fuerza f a m i l i a r e s 9 3 y dejar t a n só lo a las indus t r ias e s t r a t é g i c a s bajo el c o n t r o l de los ó r g a n o s de p l a n i f i c a c i ó n cen t ra l . A con t racor r i en te de l a l ó g i c a del sistema —que i n v i t a a i n i c i a r la r e s t r u c t u r a c i ó n desde l a p u n t a de la p i r á m i d e e c o n ó m i c a — Gorbachov d e c i d i ó emprenderla desde l a base y o b v i a r l a resistencia b u r o c r á t i c a . " E m p e z a r e m o s — d i j o — con las empresas y asociaciones, el e s l a b ó n p r i n c i p a l de l a cadena e c o n ó ­m i c a . " D e s p u é s de i n t r o d u c i r cambios fundamentales en su d e s e m p e ñ o , " t r a n s f o r m a r e m o s l a f u n c i ó n de los estadios superiores de l a a d m i n i s ­t r a c i ó n e c o n ó m i c a " . 9 4 E l papel de los o rgan i smos centrales se conf ina ­r í a a l a ' . u p e r v i s i ó n " : " p l a n e a r . . . el desarrol lo social y e c o n ó m i c o a l a r g o p lazo , en per iodos de 15 a ñ o s " . 9 5 L a a c t i v i d a d de las empresas e s t a r í a r eg ida p o r los p r i n c i p i o s que G o r b a c h o v e n u n c i ó desde 1986: c o n t a b i l i d a d , a u t o f i n a n c i a m i e n t o y solvencia e c o n ó m i c a .

E l n u e v o papel de las indus t r i as fue deta l lado en la L e y sobre las Empresas (y asociaciones) que h a b í a empezado a discutirse desde m a r z o . L a ley establece medidas que r e q u e r i r á n u n a c o m b i n a c i ó n de perseve­r a n c i a , fuerza y , p o r supuesto, suerte, p a r a ser aplicadas con é x i t o . L o s subsidios —que de acuerdo c o n el l í d e r s o v i é t i c o a lcanzaban en j u n i o de 1987 l a a s t r o n ó m i c a c i f ra de 73 bi l lones de rublos anua les 9 6 — s e r á n e l iminados gradualmente . Las empresas e l a b o r a r á n y a p l i c a r á n sus planes de acuerdo con los pedidos de otras empresas, l a d e m a n d a del consu­m i d o r y los l i ncamien tos generales establecidos p o r el gobierno . E n con-

P C U S , Frauda e Izvestia, 13 de jun io de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 24, 15 de j u l i o de 1987, pp . 1-5.

9 3 " G r a n d S l a m " , Eastern Europe Newsletter, 1 de j u l i o de 1987, p . 3. 9 4 M i k h a i l Gorbachov, Perestroyka, New Thinking for Our Country and the World, Ha r ­

per and R o w , Nueva Y o r k , 1987, pp . 84-85. 9 5 . " O n the Party's Tasks i n the Fundamental Restructuring of Economic M a n a ­

gemen t" , in forme de M . S . Gorbachov a la ses ión plenaria del C G del Partido C o m u ­nista el 25 de j u n i o de 1987, Frauda e Izvestia, 26 de j u n i o de 1987, en CDSP, 39, n u m . 26, 19 de j u l i o de 1987, p . 14.

9 6 Ibid., p . 14.

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t r a p o s i c i ó n a l m o d o t r ad ic iona l de t r aba jo , los l i ncamien tos de los orga­n i s m o s centrales no t e n d r á n c a r á c t e r de ó r d e n e s de p r o d u c c i ó n , sino q u e s e r á n u n factor m á s para e labora r los planes de p r o d u c c i ó n de las empresas ; las transacciones ent re é s t a s t e n d r á n u n c a r á c t e r comerc i a l , p a r a elevar l a eficiencia.

A u n q u e en el pleno Gorbachov no m e n c i o n ó la pa labra " m e r c a d o " , en l a r e u n i ó n de l 13 de j u n i o e s t a b l e c i ó con c l a r i d a d que t e n í a en men te u n " m e r c a d o r e g u l a d o " , " u n mercado bajo el s o c i a l i s m o " , y c r i t i c ó i m p l í c i t a m e n t e a los que daban a l a pa l ab ra u n a c o n n o t a c i ó n peyora ­t i v a . 9 7 L o s salarios de los t rabajadores se p a g a r á n de las ganancias de las empresas, d e s p u é s de deduc i r el costo de los mater ia les , el pago de impues tos y los intereses. Gorbachov ins i s t ió en que los salarios " d e b í a n d e p e n d e r d i r ec tamente de la c o n t r i b u c i ó n al resul tado final del t raba jo y n o estar l i m i t a d o s po r a l g ú n t i p o de tope s a l a r i a l " . 9 8

E n r e l a c i ó n con el financiamiento de las indus t r i a s , G o r b a c h o v se r e f i r i ó a l a necesidad de u n a r e f o r m a financiera y c red i t i c i a . S e ñ a l ó que el " r u b l o no c u m p l e su f u n c i ó n c o m o m e d i o de c o n t r o l financiero sobre la e c o n o m í a . . . y el c r é d i t o ha pe rd ido su f u n c i ó n al erosionarse la f ron ­t e r a que lo separa del financiamiento g r a t u i t o " . 9 9 H a b r í a , en conse­cuenc i a , u n nuevo sistema banca r io p a r a financiar l a a c t i v idad de las empresas. E l 29 de j u n i o , en su i n f o r m e al SS, el p remie r R y z h k o v s e ñ a l ó q u e se p laneaba establecer seis bancos: el de l Estado se c o n c e n t r a r í a en o r g a n i z a r el sistema c red i t i c io y m o n e t a r i o y en l a e m i s i ó n y el resto ( e l banco p a r a la ac t iv idad e c o n ó m i c a con el ex te r ior , el agro i n d u s t r i a l , e l banco p a r a l a c o n s t r u c c i ó n y servicios mun ic ipa l e s , etc.) o t o r g a r í a c r é d i t o s a cada r a m a e c o n ó m i c a de acuerdo con su d e s e m p e ñ o e c o n ó ­m i c o . P o r ú l t i m o , el Secretario G e n e r a l r e c o n o c i ó que l a perestroyka n o a v a n z a r á sin u n a reforma radical del sistema de precios, porque "aquellos q u e p roducen bienes cuyos precios se m a n t i e n e n injust if icadamente bajos n o t i enen e s t í m u l o para a u m e n t a r su p r o d u c c i ó n , y aquellos que ob t i e ­n e n ganancias superavi tar ias como ' r e su l t ado de precios inflados no t ie ­n e n t a m p o c o incen t ivo pa ra ajustar su p r o d u c c i ó n y r e d u c i r costos. E n esta s i t u a c i ó n — c o n c l u y ó G o r b a c h o v — es impos ib l e establecer re lac io­nes e c o n ó m i c a s sanas. . . " 1 0 °

E n el agro , las propuestas se c e n t r a r o n en el fo r t a l ec imien to y l a e x t e n s i ó n de l sistema de br igadas —que se h a b í a e x p a n d i d o m u y

9 7 " T h e Fundamental Quest ion. . . " , p. 6. En su l ib ro sobre la peres troika, Gor­bachov vo lv ió a ut i l izar el t é r m i n o " m e r c a d o " ; véase la p . 90.

9 8 " O n the Party 's . . . " , p . 16. 9 9 Ibid., p . 15.

1 0 0 Ibid., p . 14. •

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lentamente-— y en la necesidad de v o l v e r p roduc t ivas las propiedades abandonadas . H a b í a , i n f o r m ó el Secretar io G e n e r a l , 800 000 casas en ese estado, rodeadas de t i e r r a descuidada, que b i e n p o d í a n a y u d a r a elevar l a oferta de frutas y comestibles en las c i u d a d e s . 1 0 1

V i s t o en su c o n j u n t o , el p r o g r a m a , m á s r ad ica l que c u a l q u i e r a de las propuestas formuladas hasta entonces, era s í n t o m a del deseo de ace­le ra r l a perestroyka y aprovechar l a o la de m o v i l i z a c i ó n que se h a b í a i n i ­c iado en 1987. S i n emba rgo , las propuestas de ja ron muchos cabos suel­tos, que se h a n conve r t i do en u n pesado lastre pa ra l a perestroyka.

A T A D U R A S I D E O L Ó G I C A S

D e s p u é s del p leno de j u n i o , M i k h a i l G o r b a c h o v d e s a p a r e c i ó del esce­n a r i o p ú b l i c o p o r 53 d í a s . C u a n d o v o l v i ó a t o m a r las r iendas a p r i n c i ­pios de sep t iembre , el t o n o de l a r e f o r m a c a m b i ó . A l parecer , el Secre­t a r i o G e n e r a l h a b í a dec id ido dar u n paso a t r á s y l a perestroyka a d o p t ó u n t o n o de m o d e r a c i ó n . D u r a n t e y d e s p u é s de l a ausencia de G o r b a ­chov la glasnost d i o l u g a r a expresiones de descontento que desbo rda ron los l í m i t e s que seguramente sus arqui tec tos t e n í a n en men te . L a l i b e r a ­c i ó n a b r i ó las puer tas a grupos nacional is tas: los t á r t a r o s de C r i m e a , que fueron expulsados violentamente en 1944 de su t ie r ra natal y enviados a l C e n t r o de A s i a , o r g a n i z a r o n manifestaciones en M o s c ú pa ra p e d i r que se les p e r m i t i e r a r e t o r n a r a C r i m e a . E n agosto, grupos de letones, estonios y l i tuanos protes taron ruidosamente cont ra el pacto H i t l e r - S t a l i n que p e r m i t i ó l a a n e x i ó n de sus r e p ú b l i c a s a l a U R S S . L a glasnost p e r m i ­t i ó t a m b i é n l a e x p r e s i ó n de grupos disidentes: aparec ie ron pub l i cac io ­nes c o m o Glasnost, ed i tada p o r el d i s idente Sergei G r i g o r y a n s , o g rupos c o m o la " U n i ó n O b r e r a I n d e p e n d i e n t e " y el " C o n s e j o p a r a la Eco lo ­g í a y la C u l t u r a " . A u n q u e no todos estos grupos son disfuncionales pa ra l a perestroyka, l a p o s i b i l i d a d de que sur jan , p o r e jemplo , organizaciones obreras independ ien tes , debe haber p rovocado (con el recuerdo del s in­d ica to po laco S o l i d a r i d a d a ú n t a n fresco) los peores temores en las au to­r idades . A d e m á s , a lgunos de estos p e q u e ñ o s grupos que h a n crec ido a l a s o m b r a de l a glasnost expresan las vetas m á s oscuras de la c u l t u r a p o l í t i c a rusa: l a xeno fob i a y el a n t i s e m i t i s m o . Este es el caso de Pamyat ( M e m o r i a ) . 1 0 2

1 0 1 Ibid., p . 8. 1 0 2 " C r i m e a n Tatars voice Demands Open ly . Tass r epo r t " , Pravda, 24 de ju l io

de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 30, 26 de agosto de 1987, pp. 1-3; " T h e Reader C o n t i -

A B R - J U N 8 8 R E F O R M A E C O N Ó M I C A : L A - P E R E S T R O Y K A " 6 1 5

L a r e a c c i ó n del gob ie rno s ign i f icó u n retroceso t e m p o r a l en l a l i be ­

r a l i z a c i ó n . C o n t r a estos "e lementos extremis tas y antisocialistas que se

a p r o v e c h a n de l proceso de d e m o c r a t i z a c i ó n pa ra ennegrecer nuestro or­

d e n a m i e n t o s o c i a l " — s e g ú n d e c l a r ó en n o v i e m b r e G o r b a c h o v — 1 0 3 el

g o b i e r n o r e p r i m i ó manifestaciones (en R i g a ) e n c a r c e l ó (a G r i g o r y a n s

y T i f o m e y e v , o t ro edi tor de Glasnost)104 y d e s e m p o l v ó u n a r e t ó r i c a con­

d e n a t o r i a m á s p r o p i a del es ta l in ismo que de l a perestroyka.105

A l resquebrajamiento de los l ími tes t ác i tos de la l i be r a l i z ac ión se s u m ó

u n grave en f r en tamien to en la c ú p u l a , que s a c ó a l a superficie las dife­

renc ias ent re G o r b a c h o v y Y e g o r L i g a c h o v en r e l a c i ó n con la r e f o r m a ,

y l a de p o l í t i c o s situados a l a i z q u i e r d a de l Secretar io Gene ra l que ame­

nazaban con radical izar el p roceso . 1 0 6 E l ilaffaire Y e l t s i n " puso de m a n i ­

fiesto que , a u n q u e G o r b a c h o v f o r t a l e c i ó su g r u p o de apoyo en el p leno

de j u n i o , 1 0 7 estaba m u y lejos de haber conseguido u n consenso pa ra

a p l i c a r l a perestroyka.

n ú e s the Discussion. W h a t M e m o r y has Forgo t t en" , Komsomolskaya Pravda, 24 de j u n i o de 1987, en ibid., pp. 5-8; "Ofrece Gorbachov una l iber tad que desconocen", Der Spie-gel en Excélsior, 17 de noviembre de 1987, p . 47A.

1 0 3 C i t ado en " S i n cambio, h a b í a riesgo de a n a r q u í a " , Excélsior, 18 de noviem­bre de 1987, p . 41A.

1 0 4 U n mes antes, otros dos colaboradores de la p e q u e ñ a revista h a b í a n sido arres­tados brevemente y 50 ejemplares mecanografiados de Glasnost les fueron recogidos: ' ' Soviets said to Arrest 2 Editors of Magaz ines" , The Washington Post, 31 de octubre de 1987, p. A 17.

1 0 5 E l 18 de ju l io , Pravda (CDSP, 39, n ú m . 29, pp. 8 y 13) pub l i có u n deplorable a r t í c u l o ( " L e a r n Democracy" ) de Fyodor Burla tsky, uno de los intelectuales aparente­mente m á s cercanos a Gorbachov. Burlatsky aseguraba que nadie en la U R S S q u e r í a " u n derecho i l imi t ado para manifestarse". Colocaba en el mismo casillero a "nacio­nalistas locales, extremistas de Pamyat. . . y a los llamados refuseniks"', y explicaba su descontento en palabras dignas de la época de las purgas: "Tenemos la suficiente expe­r iencia para entender que el nacionalismo localista y el chovinismo, el antisemitismo y el sionismo se nut ren uno del otro y al hacerlo se a l imentan de la misma fuente de a n a r q u í a , desorden y una cul tura pol í t ica distorsionada y ma l entendida ."

1 0 6 El 30 de octubre, la prensa occidental dio a conocer que Boris Yel ts in , cabeza del part ido en M o s c ú (considerado hasta entonces como un funcionario modelo), h a b í a cri t icado en una r e u n i ó n del C C el d í a 21 , la " l e n t i t u d con que se aplicaba la re forma" . H a b í a culpado de ello a Yegor Ligachov, de quien se dice no concuerda con la. glasnost, y , para su desgracia, h a b í a extendido su cr í t ica al propio Gorbachov al s eña l a r que se estaba creando u n nuevo culto a la personalidad alrededor del Secretario General. D a d a la c e r c a n í a entre los dos, destituir a Yel ts in d e b i ó ser u n golpe polí t ico y personal para Gorbachov. " S p l i t i n Poli tburo Breaks O p e n " , The Washington Post, 31 de octu­bre de 1987, p . 1, y "Chal lenge to Gorbachev is L i n k e d to S u m m i t D e l a y " , The New York Times, 30 de octubre de 1987, pp. 1 y 4.

1 0 7 Antes y d e s p u é s de la r e u n i ó n , Gorbachov l o g r ó por fin hacer d i m i t i r a Guei -

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E n l a esfera p o l í t i c a , el efecto m o d e r a d o r de estos sucesos c r i s t a l i z ó en el discurso de M i k h a i l G o r b a c h o v d u r a n t e el 70 an iversa r io de l a r e v o l u c i ó n b o l c h e v i q u e . 1 0 8 E n la e c o n o m í a , se ref le jó en l a L e y de las Empresas —aprobada p o r fin en j u l i o — y en las a taduras i d e o l ó g i c a s que h a n i m p e d i d o apl icar a fondo medidas indispensables p a r a el l og ro cabal de l a r e f o r m a . L o s que apoyan l a perestroyka y los que c r i t i c a n su t ib ieza concue rdan en que es necesario m o d i f i c a r a fondo el sistema de precios. E l avance de la perestroyka depende de ella. S in una reforma global de l sistema de precios s e r á impos ib l e establecer en las empresas u n sis­t e m a de c o n t a b i l i d a d (khozrachet) eficiente que mues t re los costos reales de la p r o d u c c i ó n y el desarrol lo del comercio al m a y o reo entre las empre­sas, lo que p e r p e t u a r á los p rob lemas en la d i s t r i b u c i ó n , o b s t a c u l i z a r á el f u n c i o n a m i e n t o independ ien te de las indus t r i a s e i m p e d i r á que é s t a s f unc ionen de acuerdo con el c r i t e r i o de ganancias y que el c o n s u m i d o r — l a d e m a n d a — de t e rmine l a p r o d u c c i ó n . E l uso eficiente de los recur­sos y l a ca l idad s e g u i r á n b r i l l a n d o po r su ausencia, p o r q u e , como ha establecido u n o de los c r í t i c o s del p r o g r a m a de G o r b a c h o v , " p o r cen­tu r i a s la h u m a n i d a d no ha encont rado o t ro c r i t e r i o pa ra hacer al t r a ­bajo eficiente m á s que l a ganancia . S ó l o ella une los aspectos cua l i t a t i ­vos y cuant i ta t ivos de la ac t i v idad e c o n ó m i c a y abre l a pos ib i l i dad de. . . c o m p a r a r los costos y los resultados de la p r o d u c c i ó n . " 1 0 9

S i n u n a r e f o r m a de l sistema de precios s e r í a t a m b i é n m u y dif íci l conver t i r el r u b l o en el ex ter ior y elevar la ca l idad de los productos sov ié ­ticos hasta hacerlos compe t i t i vos en el mercado i n t e r n a c i o n a l . L a m e t a

dar A ü e v como p r imer secretario del par t ido en Azerdbai jan ( "Re leva Gorbachov a A l i e v , hombre de la era Brezhnev del P C U S " , Excélsior, 22 de octubre de 1987, p. 3A) y logró in t roduci r al P o l i t b u r ó a N iko l a i Slyunkov, V i k t o r N i k o n o v y Alexander Yakov-lev, autor intelectual de la glasnost, cuya nueva preeminencia amenaza con desplazar a Yegor Ligachev de su puesto de segundo en el partido: " N o t just another pretty face", Time, 13 de j u l i o de 1987, p . 25; "Biographies of New P o l i t b u r ó M e m b e r s " , CDSP, 39, n ú m . 26, 29 de j u l i o de 1987, p . 5.

108 D u r a n t e su discurso, Gorbachov hizo una t ibia r ev i s ión h i s tó r ica , r ehab i l i tó relativamente a B u k h a r i n , T ro t sky y Khrushchev, pero a p o y ó la colec t iv ización estali-nista y la " b á s i c a m e n t e correcta lucha contra los ku laks" . Su condena a los errores de Stalin fue t ib ia , no sólo frente a esos "e r rores" , sino en c o m p a r a c i ó n con los ante­riores planteamientos del propio Gorbachov. Reducir a " m i l e s " los millones de víct i­mas del estalinismo es hablar de espaldas a la historia que el Secretario General se ha e m p e ñ a d o en aclarar: "Revolu t ion ' s Road from 1917 to now: the Leader Takes Stock", resumen del discurso de Gorbachov en The New York Times, 3 de noviembre de 1987, PP- 5 " 7

q -N i k o l a i Shmelev, ' 'Avansy i d o l g i " (Novy Mir, junio de 1987), resumen pre­

parado por el C o m i t é norteamericano sobre las relaciones E U - U n i ó n Soviét ica (mimeo.) .

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d e l gob ie rno de p a r t i c i p a r m á s ac t ivamente en el comerc io m u n d i a l , financiar las importaciones de t e c n o l o g í a , indispensables a l a U R S S para establecer empresas conjuntas con inversionis tas extranjeros y aprove­c h a r los efectos b e n é f i c o s de u n a ape r tu ra comerc i a l , se v o l v e r á i n a l ­canzable . E n suma, se c e r r a r á l a pue r t a a u n a de las a l ternat ivas que h a n apoyado con m á s fuerza los " m i l a g r o s e c o n ó m i c o s " de posguerra : l a e x p o r t a c i ó n . Es u t ó p i c o p roponer que la U n i ó n S o v i é t i c a se convie r ta e n u n nuevo J a p ó n , pero G o r b a c h o v busca conseguir precisamente u n " m i l a g r o e c o n ó m i c o " y no puede perder de v is ta que los é x i t o s e c o n ó ­m i c o s de la R F A , J a p ó n , Corea , y hasta de Bras i l y H u n g r í a se sostie­n e n en u n no tab le c rec imien to de sus ventas al ex t e r io r .

Y , sin e m b a r g o , las medidas pa ra r e f o r m a r el sistema de precios h a n sido t ib i a s , peor a u n , con t rad ic tor ias . A pesar de la p e r s u a s i ó n en f a v o r de u n a r e f o r m a r ad i ca l , el p leno de j u n i o no se d e c i d i ó a favor de u n a l i b e r a c i ó n de los precios; el C o m i t é Estatal de Precios d e c i d i r í a l a m a y o r í a y las empresas n e g o c i a r í a n el resto p o r m e d i o del comer­c i o . 1 1 0 L a f ron te ra entre los derechos de las empresas y los de los orga­n i smos centrales es confusa y d a r á lugar a que l a bu roc rac i a , i m p u l s a d a p o r el h á b i t o t r a d i c i o n a l de i n t e r v e n i r en toda l a a c t i v i d a d e c o n ó m i c a , r eduzca p a u l a t i n a m e n t e l a independenc ia de las empresas. Ese d i l e m a n o se l i m i t a a los precios, sino que abarca el resto de las actividades indus­t r ia les , c o m o lo m u e s t r a n todos los apartados de la L e y de las E m p r e ­sas. D a d a su vaguedad , " l a c o m b i n a c i ó n de l a a d m i n i s t r a c i ó n cen t ra l i ­zada y la independenc ia de las e m p r e s a s " 1 1 1 en el es tablec imiento de salarios, c o m p r a de insumos , e l e c c i ó n de los admin i s t r adores y fijación de precios, b i e n puede f luc tua r nuevamente a favor de los organismos centrales.

S in e m b a r g o , G o r b a c h o v i n s i s t i ó , a p a r t i r de o c t u b r e , en la necesi­d a d de r e f o r m a r el sistema de precios. Pero cuando d e s p u é s de u n m u l -t i c i t a d o discurso en la c i u d a d de M u r m a n s k el I o de oc tubre , en el cual el Secretario G e n e r a l a n u n c i ó que los precios de los p roduc tos b á s i c o s s u b i r í a n escalonadamente y d e s p u é s de u n debate nacional , la gente in ic ió u n a oleada de compras de p á n i c o , el gob ie rno d i o m a r c h a a t r á s . E l 29 de oc tubre , Pravda h izo u n l l a m a d o al pueb lo en su p r i m e r a p lana pa ra

3 1 0 "Grand Slarn", pp. 2-3, y ' Alcanzan las reformas a las empresas soviét icas", Excélstor, 8 de septiembre de 1987, p. 26A.

1 1 1 " L a w of the Soviet Socialist Republics on the State Enterprise", Frauda e Izves-tia, 1 de julio de 1987, en CDSP, 39, n ú m . 30, 26 de agosto de 1987, p. 8. E l mismo resultado puede tener el apego estricto a la legislación que propone Gorbachov con las siguientes palabras: "todo lo que la ley no prohibe es permisible", " O n the Party's Tasks . . . " , p. 17.

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que de ja ra de c o m p r a r en exceso y a s e g u r ó que l a e l e v a c i ó n de los pre­cios " n o era i n m i n e n t e " . 1 1 2 E l 24 de n o v i e m b r e , en med io de u n a i n u ­si tada o la de protestas p ú b l i c a s p o r la d e s t i t u c i ó n de Bor i s Y e l t s i n , se a n u n c i ó l a e l i m i n a c i ó n de los subsidios a g r í c o l a s (los precios de c o m p r a de p roduc tos a g r í c o l a s a u m e n t a r á n en 30 000 mi l lones de rub los ) y la consecuente alza de precios en a r t í c u l o s de p r i m e r a n e c e s i d a d . 1 1 3

Esta p r i m e r a m e d i d a para r e fo rmar el sistema de precios es el me jo r e jemplo de c ó m o no debe aplicarse la perestroyka. E l m o m e n t o p o l í t i c o fue equ ivocado y las declaraciones encontradas del gob ie rno no pueden m á s que restar la l e g i t i m i d a d ganada con t an to t rabajo p o r G o r b a c h o v en dos a ñ o s y m e d i o . C o n crisis y c a m b i o e s t ruc tu ra l , l a c r e d i b i l i d a d del gob i e rno es f u n d a m e n t a l , " l a pa l ab ra de l Estado —dice N i k o l a i S h m e l e v — es m á s cara que el d i n e r o , m á s i m p o r t a n t e que cua lqu ie r c o s a " . 1 1 4

L a a m b i g ü e d a d es t a m b i é n de la p o l í t i c a a g r í c o l a : desde j u n i o se a b r i ó u n a brecha no tab le entre la r e t ó r i c a y la p rax i s . G o r b a c h o v ha seguido a p u n t a l a n d o l a e x p a n s i ó n del sistema de br igadas y contra tos f ami l i a re s , pero el Gosagroprom amenaza conver t i r se en u n nuevo mons­t r u o b u r o c r á t i c o —dest ino prev is ib le pa ra los otros organismos parale­los establecidos rec ientemente en d is t in tas esferas de la e c o n o m í a — y l a r e t ó r i c a ha acabado p o r fortalecer el v ie jo o r d e n en el c ampo . T a n t o en su discurso del 2 de n o v i e m b r e , c o m o en su best setter, G o r b a c h o v defiende aca loradamente la c o l e c t i v i z a c i ó n c o m o " u n g ran acto h i s t ó ­r i c o . E l m á s i m p o r t a n t e c a m b i o social desde 1 9 1 7 " . 1 1 5

¿ C ó m o expl ica r estas contradicciones que v u l n e r a n la perestroyka y de s l eg i t iman l a pa l ab ra de Gorbachov? Par te de l a e x p l i c a c i ó n e s t á en

1 1 2 Ci tado en "Russians, Fearing price Rises, are H o a r d i n g F o o d " , The New York Times, 30 de octubre de 1987, p. 5.

1 1 3 " E l i m i n a n subsidios en la U R S S y repuntan los precios" , Excélswr, 25 de noviembre de 1987, p. 3A.

1 1 4 N . Shmelev, op. cit., p. 8. 1 1 5 M . Gorbachov, Perestroyka. . ., p . 40. En su discurso de noviembre Gorbachov

d e s c r i b i ó así la co lec t iv izac ión : " . . . significó u n cambio radical en el modo de vida de la m a y o r í a de la pob l ac ión del pa ís hacia u n modelo socialista. C r e ó la base social para modernizar el sector agrario. . . hizo posible u n alza considerable en la product i ­v idad del trabajo y dejó l ibre una importante p r o p o r c i ó n de mano de obra para otras á r e a s de la c o n s t r u c c i ó n socialista". Cal if icó al genocidio de campesinos que se llevó a cabo en aras de la lucha de clases como " l a pol í t ica b á s i c a m e n t e correcta de luchar contra los k u l a k s " . L a r e p r e s i ó n , los asesinatos y las matanzas se redujeron en el dis­curso de Gorbachov a "violaciones flagrantes de los principios de la colec t iv izac ión , excesos que no pudie ron ser evitados en la lucha contra los ku laks" ; y la hambruna que s iguió a la colec t iv izac ión, a "cuotas arbitrarias establecidas desde a r r iba" ( "Revo-lu t ion ' s R o a d . . . " , p. 6) .

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l a imper iosa necesidad de r o m p e r l a resistencia b u r o c r á t i c a , cediendo i d e o l ó g i c a m e n t e ante las reservas de los altos func ionar ios y de todos aque l los que creen que la r e f o r m a erosiona al social ismo. L a defensa d e l a c o l e c t i v i z a c i ó n , del c r ec imien to i n d u s t r i a l en los a ñ o s t r e i n t a , de l fe t iche del p l eno empleo y el reciente e n d u r e c i m i e n t o de l a glasnost,116

s o n resul tado pa rc ia l de esa n e g o c i a c i ó n i d e o l ó g i c a . Segunda causa de las cont radicc iones de los ú l t i m o s meses es, p o r supuesto, el c a r á c t e r e x p e r i m e n t a l de l a perestroyka; M i k h a i l G o r b a c h o v ha declarado con h u m i l d a d que " s e g u i r á a p r e n d i e n d o " . E n este e s p í r i t u v e r á , p r ev i s i -b lemente con c lar idad, que la f rontera entre los derechos de la g ran b u r o ­c rac i a y la naciente independencia empresar ia l d e b e r á n establecerse con p r e c i s i ó n y que probablemente sea necesario, m á s que fortalecer los gran­des conglomerados indust r ia les — c o m o lo establece la n u e v a L e y de las Empresas— i m p u l s a r la c r e a c i ó n de p e q u e ñ a s indus t r ias m u c h o m á s l ib res : las ú n i c a s capaces —dice convincentemente M a r s h a l l G o l d m a n — de emprende r innovac iones t e c n o l ó g i c a s . 1 1 7

U l t i m a e x p l i c a c i ó n son los temores que G o r b a c h o v h e r e d ó de sus antecesores; miedo a que el pa r t ido p ierda el monopo l io del poder a causa de la l i b e r a l i z a c i ó n . D e a q u í la novedosa u rgenc ia con que G o r b a c h o v e m p e z ó a referirse al par t ido desde su r e a p a r i c i ó n : " E l pa r t ido es el m o t o r y el garante de l a perestroyka'' y d e b e r á e laborar " l a estrategia y t á c t i c a de nuestro d e s a r r o l l o " . D e no hacer lo , c o n c l u y ó c r í p t i c a m e n t e , "es ine­v i t a b l e que surja u n a l u c h a " . 1 1 8 E l l í d e r s o v i é t i c o a b r i g a t a m b i é n el t e m o r ancestral —que choca ab ie r t amente con los obje t ivos de la glasnost— a u n m o v i m i e n t o e s p o n t á n e o de masas. L a a m b i g ü e d a d y la

1 1 6 V é a s e , por ejemplo, ibid., pp. 5-6. 1 1 7 Alcanzar a Occidente en la p r o d u c c i ó n de alta t ecno log ía es el pr inc ipal reto

que enfrenta la U R S S en este decenio. Diversos estudiosos han considerado que es pre­cisamente este problema lo que hace cualitativamente diferente la reforma actual de la de los a ñ o s sesenta, cuando hubiera sido mucho m á s fácil cerrar la brecha tecnoló­gica con Occidente. L a insistencia en formar grandes conglomerados industriales no parece ser el mejor camino para desarrollar alta t ecno log ía en la U R S S ; en Occidente, su ca rac te r í s t i ca fundamental es la velocidad con que se vuelve obsoleta. El lo impone una relación estrecha entre los centros de inves t igac ión y los de p r o d u c c i ó n y un manejo ági l de las empresas. Dice Go ldman que investigaciones recientes demostraron que las industrias m á s ágiles en este campo son las m á s p e q u e ñ a s y, en general, las industrias nuevas (éste es el caso, por ejemplo, de Da ta General , fundada en 1968, o de D ig i t a l Equipment , creada en 1957). E n suma, mientras m á s antigua y grande es una empresa, m á s difícil es que las decisiones se tomen r á p i d a m e n t e , lo cual dif icul ta su capacidad para competir . Produci r alta t ecno log ía impl ica a d e m á s grandes riesgos y mucha inno­v a c i ó n o algo desconocido para las industrias soviét icas .

1 1 8 Ci tado en " S i n cambio h a b í a riesgo. . p. 41 A .

620 C O M E N T A R I O S FI xxvm -4

c o n t r a d i c c i ó n en l a r e f o r m a de los precios y l a insis tencia en m a n t e n e r

el p leno empleo , se exp l i can p o r el t e m o r de que sur jan organizaciones

t ipo S o l i d a r i d a d o d e s ó r d e n e s c o m o los que a c o m p a ñ a r o n — u n a y

o t r a vez— el alza de precios de p roduc tos b á s i c o s en Po lon ia . A dife­

rencia de sus antecesores, Gorbachov no teme a la c r í t i c a , 1 1 9 pero, como

ellos, parece sentir u n enorme t e m o r ante l a p o s i b i l i d a d de d e s ó r d e n e s

sociales. Y sin emba rgo d e b e r á vencer los miedos y las ataduras i d e o l ó ­

gicas si qu ie re r e s t ruc tu ra r en u n q u i n q u e n i o el m o d o de v i d a y de t r a ­

bajo en l a U n i ó n S o v i é t i c a . " L a p o l í t i c a —dice en su l i b r o — es el arte

de lo p o s i b l e . " 1 2 0 E n l a U n i ó n S o v i é t i c a ac tua l , como en la R u s i a de

Pedro el G r a n d e , los l í m i t e s de lo posible t i enen que ampl iarse hasta

rozar las fronteras de lo impos ib l e p a r a que el p a í s entre al siglo X X I

c o m o u n a g r a n potencia m á s p r ó s p e r a y m á s l i b r e .

Comentarios

M e parece c o n v e n i e n t e i n i c i a r l a p r e s e n t a c i ó n de m i c o m e n t a r i o con u n a des­c r i p c i ó n , e n t é r m i n o s generales, de l a i m p o r t a n c i a q u e desde m i p u n t o de v i s t a r ev i s t e e l t r a b a j o de I sabe l T u r r e n t . H a s t a d o n d e sé n o se h a p resen tado en n i n g ú n t r a b a j o en e s p a ñ o l u n a v i s i ó n t a n c o m p l e t a y de t a l l ada , n i t a n b i e n f u n d a m e n t a d a , de las t r a n s f o r m a c i o n e s p o l í t i c a s y e c o n ó m i c a s l levadas a cabo e n los ú l t i m o s a ñ o s d e n t r o de l a U n i ó n S o v i é t i c a . Pa r t e de l a r e l evanc i a de l t r aba jo de Isabel T u r r e n t r ad i ca en la i n c o r p o r a c i ó n de datos d i f í c i l m e n t e encon-t r ab l e s e n los i n f o r m e s p e r i o d í s t i c o s a los q u e n o r m a l m e n t e t enemos acceso.

A h o r a b i e n , e l ensayo q u e c o m e n t a m o s n o t a n s ó l o t iene estas venta jas y v i r t u d e s s ino que t a m b i é n c o n t r i b u y e a r e sa l t a r las def ic ienc ias de los t r a b a ­j o s de d i v u l g a c i ó n p e r i o d í s t i c a q u e t i e n d e n a s i m p l i f i c a r los comple jos p r o b l e ­m a s s o v i é t i c o s p o r no presen ta r a n á l i s i s b i e n f u n d a m e n t a d o s y e q u i l i b r a d o s c o m o e l a c a d é m i c a m e n t e b i e n l o g r a d o t r a b a j o de T u r r e n t . Desde esta pers­p e c t i v a , este t r a b a j o puede o r g u l l o s a m e n t e presentarse c o m o u n o de los m e j o ­res e s tud ios de s o v i e t o l o g í a hechos e n M é x i c o .

L o s c o m e n t a r i o s e s p e c í f i c o s a los p u n t o s concre tos q u e deseo d e s a r r o l l a r e n m i e x p o s i c i ó n n o v a n d i r i g i d o s a t o c a r p u n t o s especia l izados de i n f o r m a ­c i ó n , pues l a s o v i e t o l o g í a n o es m i á r e a de i n v e s t i g a c i ó n y y o n o p o d r í a c o m -

1 1 9 M . Gorbachov, op. ai., pp. 78-80. 1 2 0 Ibid., p . 65.

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pe t i r n i hacer cualquier apor t ac ión de datos informativos estando en una mesa a c o m p a ñ a d o de sovietólogos tan eminentes como son, entre otros, Archie Brown e Isabel Turrent . M e parece m á s apropiado, por ello, circunscribirme a tratar de extraer algunas de las implicaciones teóricas generales del trabajo de T u r r e n t y verlas a la luz, tanto de la t r ad ic ión de algunas corrientes de filoso­fía política con temporánea , como de la política comparada y el diagnóstico socio­lógico sobre los problemas de la burocra t izac ión y la central ización en el mundo moderno. Trataremos de esbozar así los l ímites generales que se presentan a cualquier proyecto de apertura y descentral ización, pero t ambién esto será enfo­cado tomando en cuenta el panorama general que se p resen tó en esta mesa con respecto a los cambios ocurridos en la U n i ó n Soviética en los úl t imos años . Por ello, buscaremos seña la r las posibilidades objetivas y limitaciones estruc­turales que pueden presentarse al tipo de reformas que se han intentado llevar a cabo con el programa de apertura, transparencia y restructuración en la U n i ó n Sovié t ica , bajo la di rección y liderazgo de M i j a i l Gorbachov.

Los elementos teóricos que pueden extraerse en t é rminos generales de las aportaciones del ensayo de Isabel Tur ren t es ta r ían delimitados por dos ele­mentos fácticos fundamentales: por un lado, a lo largo de todo el ensayo se nos presenta una visión p a n o r á m i c a , ilustrada con antecedentes his tór icos que se remontan al movimiento revolucionario de 1917 en la U n i ó n Soviét ica, de c u á l e s son los cons t r eñ imien tos estructurales que tradicionalmente se han pre­sentado a los programas de reforma y apertura en ese pa ís ; y, por otro lado, precisamente ese contexto de fracasos relativos por parte de varios gobiernos soviét icos intermedios entre las primeras d é c a d a s del siglo X X y el inicio de la d é c a d a de los ochenta para reformar una organ izac ión buroc rá t i ca sumamente fé r rea y centralizada, nos permite sopesar, con gran claridad, la enverga­d u r a del reto y enormes dificultades que se presentan a los intentos de reforma propuestos recientemente por Gorbachov.

A partir de estos dos elementos fácticos, fundamentados con gran detalle en el trabajo de Isabel Tur ren t , se plantean algunas interrogantes teór icas de enorme importancia. En pr imer lugar, ¿has t a qué punto los cons t r eñ imien to s estructurales de una o rgan izac ión b u r o c r á t i c a centralizada, determinan una reducc ión de las posibilidades objetivas de reforma y t ransformación o, incluso, c ierran definitivamente las posibilidades de un cambio basado en el elemento voluntarista de proyectos de decisión polí t ica encaminados a transformar las situaciones aparentemente m á s f é r r eamen te estructuradas? En segundo lugar nos p o d r í a m o s preguntar m á s concretamente, ¿cuál es la posibilidad objetiva para efectuar una adecuada res t ruc tu rac ión social, polí t ica, e c o n ó m i c a y cul­t u r a l orientada hacia medidas de descen t ra l i zac ión y d e m o c r a t i z a c i ó n , en un contexto dado de predominio organizativo bu roc rá t i co centralizado? Y , por ú l t i m o , como corolario de la in t e r rogac ión anterior, nos p r e g u n t a r í a m o s tam­b i é n ¿cuáles son los l ímites para poder llevar a cabo programas de descentrali­z a c i ó n y reforma polí t ica, que no se queden en una mera exposic ión re tór ica y que realmente incidan en una au t én t i ca t r ans fo rmac ión de una o rgan i zac ión social determinada?

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T o d a s estas cuest iones t i e n e n u n a l a r g a t r a d i c i ó n de d i s c u s i ó n en m u c h o s t ex tos c l á s i c o s de filosofía p o l í t i c a , de t e o r í a de l a h i s t o r i a , de p o l í t i c a c o m p a ­r a d a y de t e o r í a s o c i o l ó g i c a . Puede parecer e x t r a ñ o , en u n congreso de sovie-t o l o g í a , hacer referencia a A l e x i s de T o c q u e v i l l e , pues é s t e es u n a u t o r de l s iglo X I X q u e n o se o c u p ó de R u s i a m á s q u e en a lgunas observac iones p e r i f é r i c a s y c o y u n t u r a l e s pe ro q u e , no obs t an t e , t r a t ó e s p e c í f i c a m e n t e el p r o b l e m a de los l í m i t e s a los p royec tos de r e f o r m a y d e s c e n t r a l i z a c i ó n en u n b r i l l a n t e es tu­d i o de s o c i o l o g í a p o l í t i c a a p a r e n t e m e n t e c i r c u n s c r i t o de m a n e r a e x c l u s i v a a l á m b i t o e s t adun idense , p e r o que c o n t i e n e re f lex iones t e ó r i c a s c o n p o s i b i l i d a ­des de extenderse a l a a p l i c a c i ó n de m u c h o s o t ros casos de desa r ro l lo p o l í t i c o e n l a e ra m o d e r n a . A s í , c u a n d o T o c q u e v i l l e t e r m i n ó l a segunda pa r t e de La democracia en América en 1840, h a b í a encon t r ado que el g r a n pe l ig ro para el f u t u r o de las nac iones m o d e r n a s n o era t a n t o el d e s p o t i s m o de u n solo h o m b r e s ino e l de u n Es t ado cen t r a l i z ado y b u r o c r á t i c o . A l i g u a l de t e ó r i c o s poster iores q u e , c o m o M a x W e b e r , a n a l i z a r í a n l a i r r e v e r s i b i l i d a d de las creaciones de es t ruc­t u r a s b u r o c r á t i c a s en las s i tuaciones de m o d e r n i d a d , T o c q u e v i l l e t a m b i é n c o n ­s ideraba que el Estado m o d e r n o t i ende hac ia l a c e n t r a l i z a c i ó n b u r o c r á t i c a c o m o consecuenc ia de l p rogreso de la i g u a l d a d de las cond ic iones sociales y de l desa­r r o l l o de factores e c o n ó m i c o s , l o c u a l l o c o n v e r t i r í a a l a l a r g a en el g r a n p r o ­p i e t a r i o i n d u s t r i a l . T o c q u e v i l l e d e c í a , en consecuenc ia , q u e " p o d e m o s d i s c u ­t i r acerca de q u i é n m a n e j a el i n s t r u m e n t o de l a t i r a n í a , pero el i n s t r u m e n t o s e g u i r á s iendo el m i s m o ' ' .

E n u n con tex to t a l de c e n t r a l i z a c i ó n b u r o c r á t i c a , no p o d r á florecer la d e m o ­c r a c i a e n t e n d i d a c o m o el a u t o g o b i e r n o y el d e s a r r o l l o p a r t i c i p a t i v o de las v i r ­t u d e s c í v i c a s , pues , s e g ú n T o c q u e v i l l e , e l c i u d a d a n o se v u e l v e a p á t i c o e i n m o ­r a l y , p o r l o m i s m o , c u a n d o u n E s t a d o c e n t r a l i z a d o r e q u i e r a l a c o o p e r a c i ó n de sus c i u d a d a n o s se t o p a r á c o n l a i n d i f e r e n c i a e i n c a p a c i d a d de é s t o s . L a s ó r d e n e s cen t r a l i zadas i n h i b i r á n l a c a p a c i d a d de p a r t i c i p a c i ó n a u t ó n o m a de los c iudadanos y el Estado les d i r á : " O b r a r é i s c o m o y o qu i e r a , en t an to que q u i e r a , y p r e c i s a m e n t e en el s en t ido q u e q u i e r a . O s e n c a r g a r é i s de esos detal les s in a s p i r a r a d i r i g i r el c o n j u n t o ; t r a b a j a r é i s en las t i n i e b l a s y j u z g a r é i s m á s t a r d e m i o b r a p o r sus r e s u l t a d o s . " 1

E n o p o s i c i ó n a u n a s i t u a c i ó n a s í , T o c q u e v i l l e v e í a en las ins t i tuciones locales v igorosas el f u n d a m e n t o p a r a for ta lecer las v i r t u d e s c í v i c a s d e m o c r á t i c a s y par -t i c i p a t i v a s . U n a d e s c e n t r a l i z a c i ó n p o l í t i c a y a d m i n i s t r a t i v a c r e a r í a las c o n d i ­ciones p r o p i c i a s p a r a el desa r ro l lo de las i n s t i t u c i o n e s locales y l a p a r t i c i p a c i ó n c i u d a d a n a ; é s t a e ra l a g r a n v e n t a j a de l a d e s c e n t r a l i z a c i ó n es tadunidense y u n a de las causas f u n d a m e n t a l e s a las que d e b í a su p r o s p e r i d a d y c u l t u r a c í v i c a . N o obs t an t e , T o c q u e v i l l e c o n s i d e r a b a que n o e ra necesar io tener l a v e n t a j a n a t u r a l de l a d e s c e n t r a l i z a c i ó n o r i g i n a l de los Estados U n i d o s pa ra poder a lcan­za r las v i r t u d e s de u n a o r g a n i z a c i ó n d e m o c r á t i c a .

1 Tocquevi l le , La democracia en América, Fondo de Cu l tu ra E c o n ó m i c a , M é x i c o , 1957, p . 83.

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L a d e s c e n t r a l i z a c i ó n o r i g i n a l , a f i r m a T o c q u e v i l l e , n o es a lgo que p u e d a ser c r e a d o desde a r r i b a , s ino a lgo que e n los mejores casos exis te de m a n e r a n a t u r a l y e s p o n t á n e a y no es suscept ible de crearse f á c i l m e n t e m e d i a n t e u n p r o g r a m a de g o b i e r n o u n a vez que u n E s t a d o y a se e n c u e n t r a c e n t r a l i z a d o . L a e x p e r i e n c i a eu ropea , nos dice T o c q u e v i l l e , d e m u e s t r a que " s i e m p r e es fáci l c e n t r a l i z a r la a d m i n i s t r a c i ó n y casi i m p o s i b l e de scen t r a l i z a r l a a u n q u e parezca f á c i l " . E l i n t e n t o de l l evar a cabo u n a d e s c e n t r a l i z a c i ó n desde a r r i b a se encuen­t r a c o n l a c o n t r a d i c c i ó n de que eso afecta l a e s t a b i l i d a d p o l í t i c a de u n o r d e n e s t a t a l d e t e r m i n a d o y , p o r e l lo , T o c q u e v i l l e a d v i e r t e : " . . . c o m o casi todas las cosas d a ñ i n a s de este m u n d o , l a c e n t r a l i z a c i ó n a d m i n i s t r a t i v a es fáci l de e s t ab lece r y , u n a vez c o n s t i t u i d a , es m u y d i f í c i l de d e s t r u i r c o m o n o sea p o r el c u e r p o socia l m i s m o " ; T o c q u e v i l l e agrega , p a r e c i e n d o a n u n c i a r p r o f é t i c a -m e n t e el a c t u a l p r e d i c a m e n t o en el q u e se e n c u e n t r a el p r o g r a m a de l a peres -troyka de G o r b a c h o v , l o s igu ien te :

C u a n d o e l l eg i s l ador e m p r e n d e l a t a rea de d i v i d i r esta fuerza a d m i n i s t r a ­t i v a q u e h a c o n c e n t r a d o en u n p u n t o , n o sabe p o r d ó n d e e m p e z a r p o r q u e n o p u e d e q u i t a r u n a sola p ieza d e l i n g e n i o s in d e s o r d e n a r t o d o el c o n ­j u n t o . A cada m o m e n t o a d v i e r t e que es necesar io c a m b i a r l o t odo o n a d a ; p e r o ¿ q u é m a n o t e n d r á el a t r e v i m i e n t o necesar io c o m o pa ra r o m p e r de u n solo go lpe l a m á q u i n a a d m i n i s t r a t i v a de u n g r a n pueb lo? E l i n t e n t a r l o e q u i v a l d r í a a q u e r e r i n t r o d u c i r el d e s o r d e n y l a c o n f u s i ó n en el E s t a d o . 2

N o o b s t a n t e este p e s i m i s m o a p a r e n t e , T o c q u e v i l l e c r e í a que era pos ib le r e m e d i a r los excesos de l c e n t r a l i s m o b u r o c r á t i c o y c o n f i a b a en que se p u d i e ­r a n es tab lecer i n s t i t uc iones p o l í t i c a s d e m o c r á t i c a s , a u n c u a n d o u n p u e b l o n o t u v i e r a u n a e s t r u c t u r a o r i g i n a l m e n t e descen t r a l i zada , pues las i n s t i t u c i o n e s d e m o c r á t i c a s n o d e b í a n confund i r se c o n las estadunidenses o c o n otras de a l g ú n E s t a d o o n a c i ó n e s p e c í f i c o s , y p o r eso e r a fac t ib le i m a g i n a r el de sa r ro l lo y el f o r t a l e c i m i e n t o de l a d e m o c r a c i a en p a í s e s q u e n o c o n t a r a n c o n las venta jas n a t u r a l e s y o r g a n i z a t i v a s de u n a soc iedad c o m o l a n o r t e a m e r i c a n a . T o c q u e v i ­l l e i n s i s t í a en q u e l a ú l t i m a b a r r e r a c o n t r a el d e s p o t i s m o de l Es tado b u r o c r á ­t i c o c e n t r a l i z a d o se e n c u e n t r a en las o p i n i o n e s y mores de u n p u e b l o y en el i n t e n t o de d e s p a r r a m a r u n p o d e r d e s c e n t r a l i z a d o sobre t o d a l a soc iedad a t r a ­v é s de l d e s a r r o l l o de las l i be r t ades locales , l a l i b e r t a d de a s o c i a c i ó n , l a l i b e r t a d d e p rensa , e l p o d e r j u d i c i a l i n d e p e n d i e n t e y los derechos c iv i l e s y p o l í t i c o s d e l i n d i v i d u o .

A p r i n c i p i o s de l s iglo X X , M a x W e b e r r e t o m a r í a l a c u e s t i ó n de c u á l e s s o n las p o s i b i l i d a d e s ob je t ivas p a r a l i m i t a r los efectos n e g a t i v o s de u n E s t a d o c e n t r a l i z a d o y b u r o c r a t i z a d o . A d i f e r e n c i a de T o c q u e v i l l e , W e b e r c o n s i d e r a b a q u e lo s a l u d a b l e p a r a el m a n t e n i m i e n t o de p r á c t i c a s d e m o c r á t i c a s n o es t a n t o e l tamaño de las i n s t i t u c i o n e s p a r t i c i p a t i v a s c o m o el pluralismo de las e s t ruc tu ra s

2 " Y a l e Tocquevil le Manuscripts Co lec t i on" , citados en J . T . Schleifer, Cómo nació "La democracia en América" de Tocqueville, FC E , M é x i c o , 1984, pp. 160-161.

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b u r o c r á t i c a s , si se acepta que éstas caracterizan de modo inevitable la forma moderna de organizac ión . Esto no le i m p e d í a ver al sociólogo a l e m á n las ven­tajas relativas de la descent ra l izac ión para mantener una sociedad pluralista. En su estudio sobre La ciudad, Weber hab ía observado cómo la diferencia estruc­tura l esencial entre Occidente y otras culturas procedía del surgimiento de una b u r g u e s í a creativa y a u t ó n o m a , proveniente de las instituciones municipales de las ciudades medievales. Estas ciudades se h a b í a n desarrollado gracias a las característ icas de la descentral ización feudal europea donde las grandes con­figuraciones de poder de ese momento, constituidas por el Papa y el Empera­dor, no hab ían podido dominar y controlar el desarrollo de la au tonomía urbana burguesa. Gracias a esa relativa a u t o n o m í a , la bu rgues í a desarrol ló institucio­nes municipales fuertes y un derecho formalizado que a y u d ó , a su vez, a racio­nalizar la formalización de la e c o n o m í a capitalista de Occidente. Todo esto cons t i t uyó eventualmente el fundamento para la apar ic ión y el desarrollo de los valores humanistas del Renacimiento, con los cuales se consol idó el valor de la l ibertad individual . Este desarrollo his tór ico no ocurr ió en civilizaciones como la de China o el Islam, porque en ellas predominaron estructuras de domi­n a c i ó n centralizadas (tradicionales, patrimoniales o sultanistas) que obstaculi­zaron el progreso de movimientos políticos hacia la a u t o n o m í a urbana. Lo deci­sivo en esta diferencia entre Oriente y Occidente fue la existencia en un caso y la ausencia en el otro de un poder centralizado que inhibiera el desarrollo a u t ó n o m o de los intereses políticos y económicos de la b u r g u e s í a . 3

De manera aná loga , en el mundo c o n t e m p o r á n e o lo decisivo es evitar que una burocracia monolít ica y centralizada extermine el margen relativo a la auto­n o m í a ind iv idua l , lo que sólo puede lograrse por medio del fortalecimiento de u n pluralismo de configuraciones de poder bu roc rá t i co que, con el fortaleci­miento de las instituciones parlamentarias, favorezcan el pluralismo de posi­ciones políticas y con ello se garantice el proceso democrát ico . Es decir, lo impor­tante para salvaguardar la democracia en el mundo moderno es la combinac ión del parlamentarismo con la existencia de varios centros de poder bu roc rá t i co y no tanto el ejemplo o la ene rg ía creativa que pueda provenir de las inst i tu­ciones locales vigorosas como creía Tocquevil le .

Todas estas consideraciones me parecen sumamente revelantes para refle­xionar sobre los puntos específicos de información que Isabel Turrent fue expo­niendo, a lo largo de su ponencia, sobre los l ímites reales a los que se enfren­tan los proyectos de descentra l ización, apertura y democra t izac ión en la U n i ó n Sovié t ica .

M a x Weber af i rmó varias veces que una vez creada una estructura buro­c rá t i ca centralizada y monol í t i ca , ésta es p r á c t i c a m e n t e indestructible, y por eso d i r í a actualmente, de cara a los esfuerzos de Gorbachov, que qu izá a lo m á x i m o que puede aspirarse, en una s i tuac ión como la soviética, es a l imi ta r el crecimiento y la expans ión del proceso buroc rá t i co , pero que sería muy inge­nuo pensar en su posible reversibilidad o des t rucc ión . Es decir, dentro de los

3 Weber , Economía y sociedad, pp . 938-1047.

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l ími t e s de un d iagnós t ico sociológico fundamentado en elementos de "posibi­l idad obje t iva" , no tiene cabida la idea o esperanza de lograr una radical des­cent ra l izac ión , porque ésta podr ía llevar, especialmente en el caso de un Estado mul t inacional como el soviético, a la socavación de la integridad de la organi­z a c i ó n estatal constituida. U n a vez que ya existe una estructura estatal buro-cratizada m o n o l í t i c a m e n t e , a lo m á s que puede aspirarse es a tratar de gene­rar a l g ú n tipo de contrapesos y balanzas, necesariamente de índole t a m b i é n b u r o c r á t i c a , frente a la estructura central establecida. Esta sería la forma de t ra tar de recuperar, dentro de una visión realista de "posibi l idad obje t iva" , elementos considerables de una organ izac ión pluralista de poder en el contexto de u n Estado socialista centralizado, donde el contrapeso de las organizacio­nes b u r o c r á t i c a s privadas ha desaparecido. En una s i tuación como la sovié­tica, donde se cent ra l izó todo el poder en el punto ún ico de la burocracia esta­ta l , lo ún ico que puede hacerse es tratar de combatir el mal burocrá t i co con sus propios medios y crear así una pural idad de estructuras burocrá t i cas con intereses contrapuestos para que se equilibren y vigi len entre sí, y el individuo pueda maniobrar y alcanzar un mayor margen de a u t o n o m í a al contraponer entre sí a grandes configuraciones buroc rá t i cas de poder.

Cuando Isabel Tur ren t menciona, al final de su ponencia, que las tenden­cias naturales del proceso de buroc ra t i zac ión en la U n i ó n Soviét ica regresan una y otra vez por la puerta trasera, que la posibilidad de renovar cuadros dentro de la o rgan izac ión partidista fracasa porque los nuevos miembros adop­tan en poco t iempo los háb i tos y vicios bu roc rá t i cos de los funcionarios despla­zados, pero que t a m b i é n existe la posibilidad de crear una si tuación de hor i ­zontalidad entre dos grupos burocráticos establecidos, uno que sería incambiable y o t ro rotat ivo, en todas estas observaciones T u r r e n t parece confirmar el diag­nóst ico weberiano de la indestructibilidad de la organización burocrát ica , donde la ú n i c a posibil idad objetiva de l imi tac ión a sus excesos parece radicar en la c reac ión de estructuras organizativas contrapuestas. Desde el punto de vista de u n d iagnós t ico realista, basado en un anális is de posibilidad objetiva, este ú l t i m o aspecto de la posibilidad de generac ión de una plural idad de configura­ciones burocrá t icas , no debe despreciarse o subvalorarse a pesar de que parezca ser u n logro m u y exiguo. U n a pluralidad de estructuras buroc rá t i cas , equil i­bradas y contrapuestas, ser ía la base para crear marcos alternativos de racio­nal idad e c o n ó m i c a y de racionalidad cul tural y social.

Q u i z á este horizonte no es muy halagador ni optimista. Q u i z á suene incluso hasta abiertamente pesimista con respecto a la potencialidad creadora de la voluntad pol í t ica de un fuerte liderazgo. Pero si la polí t ica, según el propio Gorbachov, "debe basarse en realidades", entonces u n diagnós t ico como el que a q u í se presenta, por lo menos logra evitar algunas de las desilusiones y desencantos a los que p o d r í a llevar una posic ión que cubra el horizonte con el velo de la u t o p í a . A final de cuentas, lo que se descubre de t r á s de la ideoló­gicamente l lamada "cor t ina de h ie r ro" por tantos a ñ o s , no es algo muy dis­t in to a lo que Weber d e n o m i n ó la " jau la de h ie r ro ' ' o " l a caja de acero" (ein stahlhartes Gehäuse), para referirse, entre otras cosas, a las estructuras bu roc rá -

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ticas modernas donde es imposible eliminarlas o revertir sus carac ter í s t icas esenciales.

Es interesante hacer notar que si la ca tegor ía de "posibi l idad ob je t iva" , desarrollada por Weber, es la que nos ha llevado a dar un diagnós t ico parcial­mente pesimista con respecto al posible destino de las medidas propuestas en la perestroyka, es justamente esa ca tegor ía la que lleva a filósofos polít icos con­t e m p o r á n e o s de la Universidad de Oxfo rd , como Isaiah Berl in, a desarrollar posiciones mucho m á s optimistas con respecto al papel que puede ejercer una vigorosa voluntad polít ica frente a los acontecimientos históricos.

En un famoso debate sostenido con el célebre historiador de la U n i ó n Sovié­tica, Edward H . Carr , en torno a la cues t ión del determinismo y la l ibertad en la historia, Berl in defendió su posición afirmando la alternativa de evitar anál is is deterministas en la historia, justamente mediante la ca tegor ía de posi­bi l idad objetiva. En su po lémica frente a Carr , Berl in sostenía así que la ú n i c a posibil idad para adjudicar responsabilidad a los distintos proyectos polí t icos y poderlos evaluar por ello moralmente, consiste precisamente en considerar las alternativas abiertas a la acción en una instancia his tór ica determinada, puesto que incluso aquellas construcciones sociales aparentemente m á s deter­minadas en su indestructibilidad e irreversibilidad son susceptibles de poder abordarse con una propos ic ión contrafactual, delimitada por los factores esta­blecidos en un análisis de posibilidad objetiva, con el fin de poder sopesar la responsabilidad y el valor moral que tuvo una decisión específica, en una ins­tancia his tór ica determinada, en lugar de alguna otra posible decis ión imagi­nada contrafactualmente. De este modo, Len in es digno de ser admirado por audaces decisiones tomadas en coyunturas específicas que condicionaron el éxito de sus objetivos revolucionarios, y no p o d r í a ser admirado si se considerara que la dialéct ica his tór ica de todos modos lo ten ía predestinado al éxi to , o que és te se hubiera alcanzado por medio de cualquier otro individuo que hubiera ocupado la "pos i c ión estructural" de Lenin en el momento de tomar las cru­ciales decisiones his tór icas . A n á l o g a m e n t e no t endr í a sentido "responsabili­za r " a H i t l e r por sus c r í m e n e s , si se adoptara la posición de que las decisiones que t o m ó eran las únicas que pod ía haber tomado, dadas las contradicciones del capitalismo a l emán de su época , o dado el determinismo de sus traumas psicológicos. Para Berl in , siempre es posible pensar y detectar decisiones alter­nativas en una coyuntura his tórica mediante proposiciones contrafactuales deli­mitadas por un análisis de posibilidad objetiva. Este es tanto el medio de evi­tar un determinismo paralizante en el anál is is h is tór ico , como el medio de adjudicar responsabilidades a los actores his tór icos y evaluar la creatividad de su voluntad polí t ica.

Con estos elementos podemos evaluar, consecuentemente, el mér i t o de la propuesta de la perestroyka por Gorbachov. Esta propuesta ocas ionará cierta­mente importantes transformaciones en la sociedad soviética, pues es altamente posible que genere un nuevo tipo de pluralismo en la configuración de las fuerzas b u r o c r á t i c a s de la U n i ó n Soviét ica. Por ello, este pluralismo no será del tipo de pluralismos conocidos en Occidente, sino que será un pluralismo suigeneris,

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cuyos rasgos m á s notables nos fueron anunciados por el profesor Brown en sus escritos recientes y en la ponencia de hoy en la m a ñ a n a . Con todo este reconocimiento a los mér i tos indiscutibles de la propuesta de Gorbachov, sería u n grave error no ver sus claros l ímites dentro de un d iagnós t ico basado en la de l imi t ac ión de la posibilidad objetiva, y creo que este t ipo de anál is is es esencialmente compatible con la frase planteada por la profesora Tur ren t , al final de su ponencia, donde nos dice que la polít ica es el arte de lo posible. H a y que admirar la voluntad polít ica y adjudicar su justa responsabilidad a las decisiones emanadas de ella, pero t a m b i é n hay que entender la naturaleza de los cons t r eñ imien tos estructurales que genera una o rgan izac ión b u r o c r á ­tica de la magni tud de la soviética, así como hay que estar conscientes de los claros l ímites implíc i tos en los proyectos de descen t ra l izac ión donde n i n g ú n l íder polít ico que tenga la in tu ic ión polít ica esencial va a tratar de socavar la s o b e r a n í a y la integridad de un Es t ado -nac ión , particularmente si se trata m á s bien de un Estado mult inacional como lo es el soviético. Estos son los l ímites de la posibilidad objetiva y, dentro de ellos, el pesimismo relativo de Weber sigue teniendo vigencia.

N o obstante esto, es posible extraer un balance optimista del trabajo de la profesora T u r r e n t si consideramos que t a m b i é n hay elementos de posibili­dad objetiva para una t r ans fo rmac ión orientada hacia un proyecto que genere nuevas construcciones organizativas con un sello y destino propios, no sola­mente de ca rác te r personal, sino t a m b i é n para todo un Estado que es, al mismo t iempo, una gran potencia mundia l . De esta forma, el pesimismo relativo del d iagnós t ico weberiano parece transformarse en un optimismo relativo con res­pecto a las posibilidades de creación voluntarista en situaciones de enormes c o n s t r e ñ i m i e n t o s estructurales buroc rá t i cos y en la c o m b i n a c i ó n de estas dos posiciones complementarias es donde yo veo cifradas las implicaciones teóri­cas y realistas m á s relevantes que es posible extraer del valioso trabajo de Isa­bel Tur ren t .

F R A N C I S C O G I L V I L L E G A S

E n la parte inic ia l de su ponencia, la profesora Tur ren t se refiere al ca rác te r " to ta l i zador" de la reforma de Gorbachev, que abarca todos los aspectos de la vida en la U n i ó n Soviét ica: el cul tural , el polí t ico y el e c o n ó m i c o . A l final, Tur ren t menciona otro aspecto de las reformas: su ca rác t e r experimental.

En lo que se refiere al ca rác te r totalizador, hay que tomar en cuenta no solamente la cues t ión de tipo económico interno, sino t a m b i é n la internacio­nal . Creo que toda la polí t ica de cambio de Gorbachov es tá í n t i m a m e n t e rela­cionada con la b ú s q u e d a de una nueva d is tens ión , para aligerar el peso econó­mico que conlleva la carrera armamentista. En este ca rác te r totalizador hay que tomar en cuenta t a m b i é n que la U n i ó n Soviét ica desea participar en las

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organizaciones comerciales y en las fundaciones financieras internacionales, para obtener tecnología y financiamiento. Por otra parte, es tán cambiando las relaciones de la U n i ó n Soviét ica con los países miembros del C A M E . Tome­mos por ejemplo la escaramuza entre Cuba y la URSS de hace poco, cuando u n observador polí t ico soviético cri t icó la ineficiencia cubana, crí t ica que fue ené rg i camen te contestada por el segundo de a bordo en Cuba, Carlos Rafael R o d r í g u e z . En este contexto, la c reac ión de empresas mixtas con los países del C A M E guarda re lac ión directa con el ca rác te r totalizador de la reforma.

El carác ter experimental proviene de que, aunque se habla de planes hasta la década de los años noventa, no se han previsto medidas concretas para alcan­zar muchos objetivos. N o sabemos hasta d ó n d e , n i exactamente c ó m o pueda resultar lo que se es tá proponiendo, y este carác te r experimental produce lo que la profesora Tur ren t hace notar en su ponencia: indecisiones, contradic­ciones en el caso de los precios, vaguedad en los planteamientos de Gorbachov referentes al Partido, e incluso una escaramuza entre conservadores y progre­sistas en el seno del partido. Y o estudio la Perestroyka desde el punto de vista j u r íd i co y he encontrado a m b i g ü e d a d e s respecto a las empresas mixtas. Cabe preguntar t a m b i é n q u é p a s a r á con el monopolio estatal del comercio exterior. Por otra parte, si la Revo luc ión Rusa fue obra de los trabajadores, es decir, se hizo desde abajo, ¿qué pasa con la perestroyka que está haciéndose desde arriba?

M A N U E L B E C E R R A