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RETA FINAL PGM/CONTAGEM Material degustação PLANO DE METAS S EMANA 1 coordenadores: Bruno Betti Costa

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RETA FINAL

PGM/CONTAGEM Material degustação

PLANO DE METAS SEMANA 1

coordenadores:

Bruno Betti Costa

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Sumário

DIA 1. DIREITO CONSTITUCIONAL – PODER EXECUTIVO. PODER LEGISLATIVO- .................................................................. 3

DIA 2. DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ....................................................................... 34

DIA 3. DIREITO URBANÍSTICO: ESTATUTO DA CIDADE ....................................................... Erro! Indicador não definido.

DIA 4. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: PRINCÍPIOS. COMPETÊNCIA. DISSÍDIO INDIVIDUAL ..............Erro! Indicador não

definido.

DIA 5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL: PROCESSO DE CONHECIMENTO ( ATÉ PROVAS) ................ Erro! Indicador não definido.

DIA 6. DIREITO CIVIL: CONTRATOS ............................................................................... Erro! Indicador não definido.

Dia 7. Constituição Federal. Lei Orgânica. .............................................................. Erro! Indicador não definido.

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DIA 1. DIREITO CONSTITUCIONAL – PODER EXECUTIVO. PODER LEGISLATIVO- DIA 18/04

10. Organização dos Poderes: 10.1. Poder Legislativo: organização e atribuições; Congresso Nacional; Câmara

dos Deputados; Senado Federal; processo legislativo; fi scalização contábil, fi nanceira e orçamentária; Tribu-

nais de Contas. 10.2. Poder Executivo: organização e atribuições; responsabilidade do Presidente da República;

Ministros de Estado; Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional..

Atenção! Foram destinados dois dias ao estudo do tema, em razão da sua extensão e importância. Por isso, a meta será

repetida no momento oportuno. Se você conseguir concluir a meta em apenas um dia, pode adiantar outras metas,

resolver pendências ou resolver mais questões do que a quantidade recomendada.

COMO ESTUDAR?

Estudar os temas pelos materiais de apoio

Poder Executivo: estudar (grifar, marcar, anotar) os artigos 76 a 91 da Constituição Federal.

Poder Legislativo: estudar (grifar, marcar, anotar) os artigos 44 a 69 da Constituição Federal.

Estudar a jurisprudência indicada abaixou ou pelo Dizer o Direito

Resolver, pelo menos, 20 questões.

O QUE É IMPORTANTE?

Poder Executivo

Atenção: para fins de concurso, o conteúdo cobrado é eminentemente legal e jurisprudencial.

Presidencialismo x parlamentarismo;

Poder Executivo no âmbito dos Estados, Municípios, DF e Territórios;

Atribuições do Presidente da República:

o Rol exemplificativo (art. 84 da CF);

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o Atribuições passíveis de delegação;

o Poder regulamentar;

Condições de elegibilidade do Presidente da República;

Impedimento e vacância dos cargos de Presidente e Vice:

o Ordem de substituição: Presidente da Câmara dos Deputados -> Presidente do Senado

-> Presidente do STF;

o Eleição direta e indireta.

o Dupla vacância: eleição direta se ocorrer nos dois primeiros anos de mandato;

indireta, se ocorrer nos dois últimos:

Eleições DIRETAS em 90 dias: Eleições INDIRETAS, feitas pelo Congresso

Nacional, em 30 dias:

As eleições diretas para os cargos de Presi-

dente e Vice-Presidente da República ocor-

rerão se a dupla vacância referida ocorrer

nos 02 PRIMEIROS ANOS do mandato presi-

dencial. Nesta hipótese, os eleitores de todo

o Brasil serão convocados para retornar às

urnas para escolher o novo Presidente e

Vice-Presidente da República, os quais ape-

nas irão cumprir o tempo restante do man-

dato presidencial (não haverá um novo man-

dato com mais 04 anos)

As eleições indiretas ocorrerão se a dupla va-

cância referida ocorrer nos 02 ÚLTIMOS

ANOS do mandato presidencial. Neste caso,

apenas os membros do Congresso Nacional

(deputados federais e senadores) serão con-

vocados para que votem no novo Presidente

e Vice-Presidente da Repúblicas, os quais

irão cumprir o tempo restante do mandato

presidencial (não haverá um novo mandato

de 04 anos)

o Quanto aos Estados, o STF, seguindo o disposto no art. 11 do ADCT, firmou

entendimento de que se deve adotar o princípio da simetria, estendendo-se às

Constituições Estaduais as mesmas regras consagradas na CF/88. Obviamente, nos

Estados-membros da Federação, a linha sucessória deverá ser ocupada em primeiro

lugar pelo Presidente da Assembleia Legislativa e, depois, o Presidente do Tribunal de

Justiça Estadual;

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o Todavia, o STF pacificou, já em 1995, ano do julgamento da ADI 687, que a sucessão e

substituição do Prefeito e do Vice-Prefeito NÃO obedecerá ao princípio da simetria,

cabendo ao próprio Município estabelecer em sua Lei Orgânica as regras que

orientaram o deslinde do quadro de dupla vacância configurado no próprio Município.

Vale sublinhar, por fim, que esta decisão do STF rechaçou a possibilidade de o juiz

estadual da Comarca substituir o Prefeito e o Vice-Prefeito, haja vista que a autoridade

judiciária, além de não pertencer aos quadros de agentes políticos do Município, não

foi submetida a processo eleitoral para sua investidura no cargo.

Ausência do país Presidente e Vice e necessidade de autorização do Congresso Nacional – é

preceito de reprodução obrigatória;

Impeachment: importantíssimo o conhecimento acerca da jurisprudência do STF firmada no

caso Dilma (informativo 812);

Ministros de Estado:

o Requisitos para a investidura;

o Atribuições;

o Hipóteses em que cometem crime de responsabilidade;

o Foro competente.

Conselho da República:

o Composição;

o Competência;

Conselho de Defesa Nacional:

o Composição;

o Competência;

Crimes de Responsabilidade:

o Rito procedimental;

o Hipóteses constitucionais. Lei nº 1.079/50;

Crimes comuns:

o Rito procedimental;

Imunidade presidencial (imunidade penal relativa):

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o Prisão do Presidente da República e impossibilidade de extensão dessas regras aos

demais chefes do Poder Executivo por ausência de previsão constitucional;

o Prerrogativa de Chefe de Estado: impossibilidade de extensão para os governadores

em Constituições Estaduais.

Foro por prerrogativa de função.

PODER LEGISLATIVO

Estrutura dos Poderes Legislativos Federal, Estadual, Municipal e Distrital:

o Bicameralismo federativo no Poder Legislativo Federal: Senado Federal, na representação

de Estados e DF; e Câmara de Deputados, na representação do povo;

o Conceitos de bicameralismo: simétrico x assimétrico; congruente x incongruente. Aprender

qual a classificação do brasileiro.

Atribuições do Congresso Nacional;

o Matérias que dependem da sanção do Presidente da República (art. 48 da CF). Instrumento

normativo: lei;

o Competência exclusiva (art. 49). Instrumento normativo: decreto legislativo;

Câmara dos Deputados:

o Aspectos gerais: Composição, mandato, eleição pelo princípio proporcional, número de

deputados federais;

o Requisitos para a candidatura;

o Competência privativa (art. 51 da CF)1. Instrumento normativo: resolução.

Senado Federal

o Aspectos gerais: Composição, mandato, eleição pelo princípio majoritário, número de

senadores;

o Requisitos para a candidatura;

1 A doutrina defende que se trata, na verdade, de competência exclusiva

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o Competência privativa (art. 52 da CF)2. Instrumento normativo: resolução.

Reuniões:

o Sessão extraordinária. Hipóteses de convocação extraordinária;

o Convocação extraordinária: quem convoca e em quais hipóteses? Proibição de

pagamento de verbas indenizatórias nas convocações extraordinárias (ADI 4587);

o Sessão conjunta: hipóteses constitucionais.

Comissões:

o Temática ou em razão da matéria. São permanentes;

o Especial (prevista nos regimentos internos). São temporárias;

o Mista;

o Representativa (durante o recesso parlamentar);

o CPI:

Comissão temporária (pode haver prorrogação, mas não pode ultrapassar a

legislatura) para apuração de fato certo e determinado (pode haver aditamento de

fato)

Criação: 1/3 da CD ou 1/3 do SF ou 1/3 do Congresso Nacional;

“Direito subjetivo das minorias”: Ofenderá a CF a decisão do plenário da Câmara dos

Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão

parlamentar de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de

requerimento de um terço dos membros da referida casa legislativa (MS 26.441);

É permitido: quebra de sigilo fiscal; de sigilo bancário; de sigilo de dados telefônicos

(não confunda: dados telefônicos x interceptação telefônica); obter informação de

documentos sigilosos;

NÃO é permitido: interceptação telefônica; busca domiciliar; ordem de prisão, salvo

por falso testemunho; indisponibilidade de bens;

CPI estadual pode quebrar sigilo bancário. CPI municipal NÃO pode quebrar sigilo

bancário;

2 A doutrina defende que se trata, na verdade, de competência exclusiva

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Comparar os poderes da CPI com os do TCU.

Imunidades Parlamentares:

o Material ou inviolabilidade;

Opiniões, palavras e ofensas emitidas DENTRO do parlamento: a imunidade é

absoluta, ou seja, protege o parlamentar mesmo que a manifestação não tenha

relação direta com o exercício do seu mandato. Emitidas FORA do parlamento: a

imunidade é relativa, ou seja, protege o parlamentar apenas se a manifestação se

relacionar com o exercício do seu mandato (jurisprudência tradicional do STF).

Todavia, decidiu o STF no caso “Jair Bolsonaro”: a imunidade parlamentar material

(art. 53 da CF/88) protege os Deputados Federais e Senadores, qualquer que seja o

âmbito espacial (local) em que exerçam a liberdade de opinião. No entanto, para isso

é necessário que as suas declarações tenham conexão (relação) com o desempenho

da função legislativa ou tenham sido proferidas em razão dela.

o Formal ou processual:

Para a prisão (“incoercibilidade pessoal relativa” ou freedom from arrest):

Prisão pena: possibilidade de prisão em caso de condenação com processo

judicial transitado em julgado;

Inadimplência de pensão alimentícia: divergência na doutrina sobre a

possibilidade de o Deputado ou Senador ser preso por conta de atraso no

pagamento da pensão alimentícia (prisão civil). Admitem: Uadi Bulos e

Marcelo Novelino. Não admitem: Pedro Lenza e Bernardo Fernandes. Não há

precedente do STF sobre o tema;

Medidas cautelares diversas da prisão (caso “Aécio Neves”): O Poder

Judiciário possui competência para impor aos parlamentares, por autoridade

própria, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, seja em

substituição de prisão em flagrante delito por crime inafiançável, por

constituírem medidas individuais e específicas menos gravosas; seja

autonomamente, em circunstâncias de excepcional gravidade. A decisão

judicial que estabelecer medidas cautelares que impossibilitem, direta ou

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indiretamente, o pleno e regular exercício do mandato parlamentar e de suas

funções legislativas, será remetida, dentro de 24 horas, a Casa respectiva, nos

termos do §2º do art. 53 da CF/88, para que, pelo voto nominal e aberto da

maioria de seus membros, resolva sobre a medida cautelar. Superação da

jurisprudência do STF estabelecida no caso “Eduardo Cunha”.

Para o processo;

o Prerrogativa de foro. Entendimento atual do STF: o foro só se justifica se os fatos tiverem

relação com o exercício do mandato;

o Sigilo da fonte (art. 53, §6º da CF);

o Incorporação às Forças Armadas;

o Não se estende a suplentes;

o Imunidades na vigência de estado de sítio e de defesa;

o Parlamentares estaduais e municipais:

Limites territoriais. Distinções e semelhanças entre as imunidades de parlamentares

federais, estaduais e municipais;

o Perda do mandato em razão de sentença penal condenatória e jurisprudência do STF.

Incompatibilidades e impedimentos;

Perda do mandato:

o Cassação do mandato;

o Extinção do mandato;

o Hipóteses em que não há perda (art. 56 da CF);

o Necessidade ou desnecessidade de deliberação da casa legislativa em caso de

condenação criminal pelo STF: distinção a partir da pena aplicada (informativo 863 do

STF).

Fases do processo legislativo:

o Iniciativa:

Concorrente;

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Exclusiva (atenção! A jurisprudência do STF é rica em casos de violação à

competência do Chefe do Poder Executivo notadamente para cuidar de temas

relacionados a servidor público e sua remuneração);

Popular;

o Constitutiva:

Deliberação parlamentar – discussão e votação;

Deliberação executiva – sanção e veto:

Espécies normativas não sujeitas: emenda constitucional, decreto legislativo,

lei delegada, medida provisória e resolução;

Inexistência de veto tácito: o silêncio importa sanção;

Veto parcial: apenas pode incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo,

inciso ou alínea;

Sanção NÃO convalida vício de iniciativa;

o Complementar:

Promulgação;

Publicação;

ATENÇÃO: Os temas aqui listados são muito importantes e há grande incidência em provas objetivas e discursivas, com

destaque para os temas CPI, perda de mandato e prerrogativa de foro.

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SÚMULAS SOBRE O ASSUNTO:

Súmula Vinculante n. 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das

respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da

União.

Súmula 397-STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso

de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em

flagrante do acusado e a realização do inquérito.

INFORMATIVOS IMPORTANTES SOBRE O ASSUNTO:

PODER EXECUTIVO:

Informativo 878: Imagine que foi formulada denúncia contra o Presidente da República por

infrações penais comuns. O STF deverá encaminhar esta denúncia para a Câmara dos

Deputados exercer o seu juízo político. É possível que, antes desse envio, o STF analise questões

jurídicas a respeito desta denúncia, como a validade dos elementos informativos (“provas”) que

a embasaram? NÃO. Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou

matéria defensiva suscitada pelo Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara

dos Deputados. O juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos Deputados

precede a análise jurídica pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou matéria

defensiva suscitada pelo denunciado. A discussão sobre o valor probatório dos elementos de

convicção (“provas”), ou mesmo a respeito da validade desses elementos que eventualmente

embasarem a denúncia, constitui matéria relacionada com a chamada “justa causa”, uma das

condições da ação penal, cuja constatação ou não se dará por ocasião do juízo de

admissibilidade, a ser levado a efeito pelo Plenário do STF após eventual autorização da Câmara

dos Deputados. STF. Plenário.Inq 4483 QO/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 20 e

21/9/2017 (Info 878).

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Informativo 863:Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que

o STJ receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado, por crime

comum. Em outras palavras, não há necessidade de prévia autorização da ALE para que o

Governador do Estado seja processado por crime comum. Se a Constituição Estadual exigir

autorização da ALE para que o Governador seja processado criminalmente, essa previsão é

considerada inconstitucional. Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que

condicionem a instauração de ação penal contra Governador por crime comum à previa

autorização da Casa Legislativa. Se o STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o

Governador, ele ficará automaticamente suspenso de suas funções no Poder Executivo

estadual? NÃO. O afastamento do cargo não se dá de forma automática. O STJ, no ato de

recebimento da denúncia ou queixa, irá decidir, de forma fundamentada, se há necessidade

de o Governador do Estado ser ou não afastado do cargo. Vale ressaltar que, além do

afastamento do cargo, o STJ poderá aplicar qualquer uma das medidas cautelares penais (exs:

prisão preventiva, proibição de ausentar-se da comarca, fiança, monitoração eletrônica etc.).

STF. Plenário. ADI 4777/BA, ADI 4674/RS, ADI 4362/DF, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o

acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 9/8/2017 (Info 872). STF. Plenário. ADI 5540/MG,

Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017 (Info 863). STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI

4797/MT e ADI 4798/PI, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgados

em 4/5/2017 (Info 863).

Informativo 850: Os substitutos eventuais do Presidente da República a que se refere o art. 80

da CF/88, caso ostentem a posição de réus criminais perante o STF, ficarão impossibilitados de

exercer o ofício de Presidente da República. No entanto, mesmo sendo réus, podem continuar

na chefia do Poder por eles titularizados. Ex: o Presidente do Senado Renan Calheiros tornou-

se réu em um processo criminal; logo, ele não poderá assumir a Presidência da República na

forma do art. 80 da CF/88; porém, ele pode continuar normalmente como Presidente do

Senado, não precisando ser afastado deste cargo. STF. Plenário. ADPF 402 MC-REF/DF, Rel. Min.

Marco Aurélio, julgado em 7/12/2016 (Info 850– Fonte: Dizer o direito).

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Informativo 821: Caso o Presidente da República seja "acusado" de ter praticado um crime de

responsabilidade, a Câmara dos Deputados é que irá decidir se autoriza ou não a instauração

de processo, nos termos do art. 51, I, da CF/88. O art. 187, § 4º do Regimento da Câmara dos

Deputados prevê que, na votação que autoriza ou não a instauração de processo, cada

Deputado Federal será chamado nominalmente e deverá responder "sim" ou "não". Ainda

segundo este § 4º, a chamada dos Deputados Federais para votar deverá ocorrer,

"alternadamente, do norte para o sul e vice-versa". Segundo decidiu o STF, não existe nenhuma

inconstitucionalidade nesta previsão, não havendo ofensa aos princípios do contraditório, da

ampla defesa, da impessoalidade, da moralidade e da República. Qualquer tipo de votação

nominal, independentemente do critério adotado, jamais poderá afastar a possibilidade de

"efeito cascata". O STF afirmou, ainda, que não se pode exigir isenção e imparcialidade dos

membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na realidade, o “impeachment” é

uma questão política que deve de ser resolvida com critérios políticos. A garantia da

imparcialidade está no alto quórum exigido para a votação. STF. Plenário. ADI 5498 MC/DF, rel.

orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 14/4/2016 (Info

821). STF. Plenário. MS 34127 MC/DF, MS 34128 MC/DF, Rel. orig. Min. Roberto Barroso, red.

p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, julgados em 14/4/2016 (Info 821 - Fonte: Dizer o direito).

Informativo 816: Não é possível aplicar o art. 86, § 4º, da CF/88 para o Presidente da Câmara

dos Deputados, considerando que a garantia prevista neste dispositivo é destinada

expressamente ao chefe do Poder Executivo da União (Presidente da República). Desse modo,

por se tratar de um dispositivo de natureza restritiva, não é possível qualquer interpretação que

amplie a sua incidência a outras autoridades, notadamente do Poder Legislativo. STF. Plenário.

Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816 - Fonte: Dizer o

direito).

Informativo 812:

1) Não há direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara.

2) É possível a aplicação subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que

tratam sobre o impeachment, desde que sejam compatíveis com os preceitos legais e

constitucionais pertinentes.

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3) Após o início do processo de impeachment, durante a instrução probatória, a defesa

tem o direito de se manifestar após a acusação.

4) O interrogatório deve ser o ato final da instrução probatória.

5) O recebimento da denúncia no processo de “impeachment” ocorre apenas após a

decisão do Plenário do Senado Federal. Assim, a Câmara dos Deputados somente atua no

âmbito pré- processual, não valendo a sua autorização como um recebimento da denúncia, em

sentido técnico. Compete ao Senado decidir se deve receber ou não a denúncia cujo

prosseguimento foi autorizado pela Câmara. O Senado não está vinculado à decisão da Câmara.

6) A decisão do Senado que delibera se instaura ou não o processo se dá pelo voto da

maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros.

7) É possível a aplicação analógica dos arts. 44, 45, 46, 47, 48 e 49 da Lei 1.079/1950 —

os quais determinam o rito do processo de “impeachment” contra Ministros do STF e o PGR —

ao processamento no Senado Federal de crime de responsabilidade contra o Presidente da

República.

8) Não é possível que sejam aplicadas, para o processo de impeachment, as hipóteses de

impedimento do CPP. Assim, não se pode invocar o impedimento do Presidente da Câmara para

participar do processo de impeachment com base em dispositivos do CPP.

9) A eleição da comissão especial do impeachment deve ser feita por indicação dos

líderes e voto aberto do Plenário. Os representantes dos partidos políticos ou blocos

parlamentares que irão compor a chapa da comissão especial da Câmara dos Deputados

deverão ser indicados pelos líderes, na forma do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Assim, não é possível a apresentação de candidaturas ou chapas avulsas para a formação da

comissão especial. STF. Plenário. ADPF 378/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 16, 17 e

18/12/2015 (Info 812 - Fonte: Dizer o direito).

Informativo 774: I — O Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade,

ainda que seja na Constituição estadual. Isso porque a competência para legislar sobre crime

de responsabilidade é privativa da União, nos termos do art. 22, I, e art. 85 da CF/88. II — As

Constituições estaduais não podem prever que os Governadores serão julgados pela

Assembleia Legislativa em caso de crimes de responsabilidade. Isso porque o art. 78, § 3º da Lei

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1.079/50 afirma que a competência para julgar os Governadores de Estado em caso de crimes

de responsabilidade é de um “Tribunal Especial”, composto especialmente para julgar o fato e

que será formado por 5 Deputados Estaduais e 5 Desembargadores, sob a presidência do

Presidente do Tribunal de Justiça. III — É constitucional norma prevista em Constituição

estadual que preveja a necessidade de autorização prévia de 2/3 dos membros da Assembleia

Legislativa para que sejam iniciadas ações por crimes comuns e de responsabilidade

eventualmente dirigidas contra o Governador de Estado. Durante a fase inicial de tramitação de

processo instaurado contra Governador, a Constituição estadual deve obedecer à sistemática

disposta na legislação federal. Isso porque não há nada que impeça que as Constituições

estaduais estendam aos Governadores, por simetria, essa prerrogativa assegurada ao

Presidente da República no art. 51, I, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4791/PR, Rel. Min. Teori

Zavascki; ADI 4800/RO e ADI 4792/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgados em 12/2/2015 (Info 774

- Fonte: Dizer o direito).

PODER LEGISLATIVO

A condenação criminal transitada em julgado é suficiente, por si só, para acarretar a perda

automática do mandato eletivo de Deputado Federal ou de Senador?Se o STF condenar

criminalmente um Deputado Federal ou Senador, haverá a perda automática do mandato ou

isso ainda dependerá de uma deliberação (decisão) da Câmara ou do Senado,

respectivamente?A condenação criminal transitada em julgado é suficiente, por si só, para

acarretar a perda automática do mandato eletivo de Deputado Federal ou de Senador? 1ª

Turma do STF: DEPENDE. • Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em

regime fechado: a perda do cargo será uma consequência lógica da condenação. Neste caso,

caberá à Mesa da Câmara ou do Senado apenas declarar que houve a perda (sem poder

discordar da decisão do STF), nos termos do art. 55, III e § 3º da CF/88. • Se o Deputado ou

Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto: a condenação criminal

não gera a perda automática do cargo. O Plenário da Câmara ou do Senado irá deliberar, nos

termos do art. 55, § 2º, da CF/88, se o condenado deverá ou não perder o mandato. STF. 1ª

Turma. AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 2/5/2017 (Info 863). STF. 1ª Turma. AP

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968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/5/2018 (Info 903). 2ª Turma do STF: NÃO. A perda não

é automática. A Casa é que irá deliberar. O STF apenas comunica, por meio de ofício, à Mesa da

Câmara dos Deputados ou do Senado Federal informando sobre a condenação do parlamentar.

A Mesa da Câmara ou do Senado irá, então, deliberar (decidir) como entender de direito (como

quiser) se o parlamentar irá perder ou não o mandato eletivo, conforme prevê o art. 55, VI, §

2º, da CF/88. Assim, mesmo com a condenação criminal, quem decide se haverá a perda do

mandato é a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal. STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min.

Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904) (obs: o Relator Edson Fachin ficou vencido neste

ponto).

Parlamentar, mesmo sem a aprovação da Mesa Diretora, pode, na condição de cidadão, ter

acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo dos órgãos públicos. O parlamentar, na

condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito fundamental de acesso a

informações de interesse pessoal ou coletivo, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da

Constituição Federal e das normas de regência desse direito. O parlamentar, na qualidade de

cidadão, não pode ter cerceado o exercício do seu direito de acesso, via requerimento

administrativo ou judicial, a documentos e informações sobre a gestão pública, desde que não

estejam, excepcionalmente, sob regime de sigilo ou sujeitos à aprovação de CPI. O fato de as

casas legislativas, em determinadas situações, agirem de forma colegiada, por intermédio de

seus órgãos, não afasta, tampouco restringe, os direitos inerentes ao parlamentar como

indivíduo. STF. Plenário. RE 865401/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/4/2018

(repercussão geral) (Info 899).

Possibilidade de juiz afastar vereador da função que ocupa. É possível que o Juiz de primeiro

grau, fundamentadamente, imponha a parlamentares municipais as medidas cautelares de

afastamento de suas funções legislativas sem necessidade de remessa à Casa respectiva para

deliberação. STJ. 5ª Turma. RHC 88804-RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em

07/11/2017 (Info 617).

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Judiciário pode impor aos parlamentares as medidas cautelares do art. 319 do CPP, no

entanto, a respectiva Casa legislativa pode rejeitá-las (caso Aécio Neves). O Poder Judiciário

possui competência para impor aos parlamentares, por autoridade própria, as medidas

cautelares previstas no art. 319 do CPP, seja em substituição de prisão em flagrante delito por

crime inafiançável, por constituírem medidas individuais e específicas menos gravosas; seja

autonomamente, em circunstâncias de excepcional gravidade. Obs: no caso de Deputados

Federais e Senadores, a competência para impor tais medidas cautelares é do STF (art. 102, I,

“b”, da CF/88). Importante, contudo, fazer uma ressalva: se a medida cautelar imposta pelo STF

impossibilitar, direta ou indiretamente, que o Deputado Federal ou Senador exerça o seu

mandato, então, neste caso, o Supremo deverá encaminhar a sua decisão, no prazo de 24 horas,

à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal para que a respectiva Casa delibere se a medida

cautelar imposta pela Corte deverá ou não ser mantida. Assim, o STF pode impor a Deputado

Federal ou Senador qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP. No entanto,

se a medida imposta impedir, direta ou indiretamente, que esse Deputado ou Senador exerça

seu mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá rejeitar (“derrubar”) a medida

cautelar que havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por analogia, a regra do §2º do

art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF. Plenário. ADI

5526/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em

11/10/2017 (Info 881).

Deputado que, em entrevista à imprensa, afirma que determinada Deputada "não merece ser

estuprada" deve pagar indenização por danos morais. O Deputado Federal Jair Bolsonaro

(PSC-RJ) afirmou que a também Deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS), “não merece ser

estuprada por ser muito ruim, muito feia, não faz meu gênero”. E acrescentou que, se fosse

estuprador, "não iria estuprá-la porque ela não merece". O STJ entendeu que a conduta do

parlamentar não está abrangida pela imunidade parlamentar e que, portanto, ele deveria ser

condenado a pagar indenização por danos morais em favor da Deputada. Decidiu o Tribunal: As

opiniões ofensivas proferidas por deputados federais e veiculadas por meio da imprensa, em

manifestações que não guardam nenhuma relação com o exercício do mandato, não estão

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abarcadas pela imunidade material prevista no art. 53 da CF/88 e são aptas a gerar dano moral.

STJ. 3ª Turma.REsp 1642310-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/8/2017 (Info 609).

Quando a condenação do Deputado Federal ou Senador ultrapassar 120 dias em regime

fechado, a perda do mandato é consequência lógica. Se o STF condenar um parlamentar

federal e decidir que ele deverá perder o cargo, isso acontece imediatamente ou depende de

uma deliberação da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal respectivamente? • Se o

Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado: a perda do cargo

será uma consequência lógica da condenação. Neste caso, caberá à Mesa da Câmara ou do

Senado apenas declarar que houve a perda (sem poder discordar da decisão do STF), nos

termos do art. 55, III e § 3º da CF/88. • Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena

em regime aberto ou semiaberto: a condenação criminal não gera a perda automática do cargo.

O Plenário da Câmara ou do Senado irá deliberar, nos termos do art. 55, § 2º, se o condenado

deverá ou não perder o mandato. STF. 1ª Turma. AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em

2/5/2017 (Info 863). STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2017

(Info 866). Obs: existem decisões em sentido diverso (AP 565/RO - Info 714 e AP 470/MG - Info

692), mas penso que, para fins de concurso, deve-se adotar o entendimento acima explicado

(AP 694/MT).

Processo de cassação de mandato parlamentar e autocontenção do Poder Judiciário. O ex-

Deputado Federal Eduardo Cunha impetrou mandado de segurança no STF pedindo a

suspensão do processo de cassação que tramitava contra ele na Câmara dos Deputados por

quebra de decoro parlamentar. O pedido do impetrante foi negado. O STF só pode interferir em

procedimentos legislativos (ex: processo de cassação) em uma das seguintes hipóteses: a) para

assegurar o cumprimento da Constituição Federal; b) para proteger direitos fundamentais; ou

c) para resguardar os pressupostos de funcionamento da democracia e das instituições

republicanas. Exemplo típico na jurisprudência é a preservação dos direitos das minorias, onde

o Supremo poderá intervir. No caso concreto, o STF entendeu que nenhuma dessas situações

estava presente. Em se tratando de processos de cunho acentuadamente político, como é o

caso da cassação de mandato parlamentar, o STF deve se pautar pela deferência (respeito) às

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decisões do Legislativo e pela autocontenção, somente intervindo em casos excepcionalíssimos.

Dessa forma, neste caso, o STF optou pela técnica da autocontenção (judicial self-restraint), que

é o oposto do chamado ativismo judicial. Na autocontenção, o Poder Judiciário deixa de atuar

(interferir) em questões consideradas estritamente políticas. STF. Plenário. MS 34.327/DF, Rel.

Min. Roberto Barroso, julgado em 8/9/2016 (Info 838).

Imunidade parlamentar e "Caso Bolsonaro". A imunidade parlamentar material (art. 53 da

CF/88) protege os Deputados Federais e Senadores, qualquer que seja o âmbito espacial

(local) em que exerçam a liberdade de opinião. No entanto, para isso é necessário que as suas

declarações tenham conexão (relação) com o desempenho da função legislativa ou tenham sido

proferidas em razão dela. Para que as afirmações feitas pelo parlamentar possam ser

consideradas como "relacionadas ao exercício do mandato", elas devem ter, ainda de forma

mínima, um teor político. Exemplos de afirmações relacionadas com o mandato: declarações

sobre fatos que estejam sendo debatidos pela sociedade; discursos sobre fatos que estão sendo

investigados por CPI ou pelos órgãos de persecução penal (Polícia, MP); opiniões sobre temas

que sejam de interesse de setores da sociedade, do eleitorado, de organizações ou grupos

representados no parlamento etc. Palavras e opiniões meramente pessoais, sem relação com o

debate democrático de fatos ou ideias não possuem vínculo com o exercício das funções de um

parlamentar e, portanto, não estão protegidos pela imunidade material. No caso concreto, as

palavras do Deputado Federal dizendo que a parlamentar não merecia ser estuprada porque

seria muito feia não são declarações que possuem relação com o exercício do mandato e, por

essa razão, não estão amparadas pela imunidade material. STF. 1ª Turma. Inq 3932/DF e Pet

5243/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 21/6/2016 (Info 831).

Afastamento de Deputado Federal do cargo por decisão judicial. O STF entendeu que a

manutenção de Eduardo Cunha na função de parlamentar e de Presidente da Câmara dos

Deputados representaria risco para as investigações penais instauradas contra ele e, por essa

razão, determinou a suspensão do exercício do seu mandato de Deputado Federal e, por

consequência, da função de Presidente da Câmara dos Deputados que era por ele ocupada. A

decisão foi baseada na medida cautelar prevista no art. 319, VI, do CPP. Esse inciso VI do art.

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319 do CPP pode ser utilizado como fundamento para se afastar do cargo Deputados Federais

e Senadores. Os §§ 2º e 3º do art. 55 da CF/88 outorgam às Casas Legislativas do Congresso

Nacional a competência para decidir a respeito da perda do mandato político. Isso não significa,

no entanto, que o Poder Judiciário não possa suspender o exercício do mandato parlamentar. A

legitimidade do deferimento das medidas cautelares de persecução criminal contra Deputados

e Senadores encontra abrigo no princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da

CF/88) e no fato de que as imunidades parlamentares não são absolutas, podendo ser

relativizadas quando o cargo não for exercido segundo os fins constitucionalmente previstos.

Vale ressaltar que os membros do Poder Judiciário e até o chefe do Poder Executivo podem ser

suspensos de suas atribuições quando estejam sendo acusados de crime. Desse modo, não há

razão para conferir tratamento diferenciado apenas aos Parlamentares, livrando-osde qualquer

intervenção preventiva no exercício do mandato por ordem judicial. STF. Plenário. AC 4070/DF,

Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 5/5/2016 (Info 824).

Imunidade material. A imunidade parlamentar é uma proteção adicional ao direito

fundamental de todas as pessoas à liberdade de expressão, previsto no art. 5º, IV e IX, da CF/88.

Assim, mesmo quando desbordem e se enquadrem em tipos penais, as palavras dos

congressistas, desde que guardem alguma pertinência com suas funções parlamentares,

estarão cobertas pela imunidade material do art. 53, “caput”, da CF/88. STF. 1ª Turma. Inq

4088/DF e Inq 4097/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 1º/12/2015 (Info 810).

Perda do mandato por infidelidade partidária não se aplica a cargos eletivos majoritários. Se

o titular do mandato eletivo, sem justa causa, decidir sair do partido político no qual foi eleito,

ele perderá o cargo que ocupa? a) Se for um cargo eletivo MAJORITÁRIO: NÃO A perda do

mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema

majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. No

sistema majoritário, o candidato escolhido é aquele que obteve mais votos, não importando o

quociente eleitoral nem o quociente partidário. Nos pleitos dessa natureza, os eleitores votam

no candidato e não no seu partido político. Desse modo, no sistema majoritário, a imposição

da perda do mandato por infidelidade partidária é antagônica (contrária) à soberania popular.

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b) Se for um cargo eletivo PROPORCIONAL: SIM O mandato parlamentar conquistado no sistema

eleitoral proporcional pertence ao partido político. Assim, se o parlamentar eleito decidir

mudar de partido político, ele sofrerá um processo na Justiça Eleitoral que poderá resultar na

perda do seu mandato. Neste processo, com contraditório e ampla defesa, será analisado se

havia justa causa para essa mudança. O assunto está disciplinado na Resolução 22.610/2007 do

TSE, que elenca, inclusive, as hipóteses consideradas como “justa causa”. STF. Plenário. ADI

5081/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/5/2015 (Info 787).

Imunidade material dos Vereadores. Durante sessão da Câmara Municipal, após discussão

sobre uma representação contra o Prefeito, um Vereador passou a proferir pesadas ofensas

contra outro Parlamentar. O Vereador ofendido ajuizou ação de indenização por danos morais

contra o ofensor. A questão chegou até o STF que, julgando o tema sob a sistemática da

repercussão geral, declarou que o Vereador não deveria ser condenado porque agiu sob o

manto da imunidade material. Na oportunidade, o STF definiu a seguinte tese que deverá ser

aplicada aos casos semelhantes: Nos limites da circunscrição do Município e havendo

pertinência com o exercício do mandato, garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF

aos vereadores. STF. Plenário. RE 600063/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão

Min. Roberto Barroso, julgado em 25/2/2015 (repercussão geral) (Info 775).

Inconstitucionalidade de lei que determina a apresentação de declaração de bens à ALE.

Determinada Lei estadual, de iniciativa parlamentar, obrigava que alguns agentes públicos

estaduais (Magistrados, membros do MP, Deputados, Procuradores do Estado, Defensores

Públicos, Delegados etc.) apresentassem, anualmente, a declaração de todos os seus bens à

ALE. O STF entendeu que a referida lei é inconstitucional já que essa competência de fiscalização

conferida pela lei à Assembleia Legislativa não tem amparo na CF/88, que não previu

semelhante atribuição ao Congresso Nacional no âmbito federal. Não poderia a Assembleia

Legislativa outorgar-se a si mesma competência que não encontra previsão na Carta Federal.

Os Ministros consideraram que a Lei somente seria válida quanto aos servidores do próprio

Poder Legislativo que administrem ou sejam responsáveis por bens e valores, sendo

constitucional que se exija que estes apresentem sua declaração de bens à ALE por se tratar de

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uma forma de controle administrativo interno. STF. Plenário. ADI 4203/RJ e ADI 4232/RJ, Rel.

Min. Dias Toffoli, julgados em 30/10/2014 (Info 765).

Imunidade material e manifestações proferidas fora do parlamento. A imunidade material de

parlamentar (art. 53, “caput”, da CF/88) quanto a crimes contra a honra só alcança as supostas

ofensas irrogadas fora do Parlamento quando guardarem conexão com o exercício da atividade

parlamentar. No caso concreto, determinado Deputado Federal afirmou, em seu blog pessoal,

que certo Delegado de Polícia teria praticado fato definido como prevaricação. A 1ª Turma do

STF recebeu a denúncia formulada contra o Deputado por entender que, no caso concreto,

deveria ser afastada a tese de imunidade parlamentar apresentada pela defesa. A Min. Rel. Rosa

Weber ressaltou que a imunidade parlamentar material (art. 53 da CF/88) só é absoluta quando

as afirmações de um parlamentar sobre qualquer assunto ocorrem dentro do Congresso

Nacional. No entendimento da Ministra, fora do parlamento é necessário que as afirmações

tenham relação direta com o exercício do mandato. Na hipótese, o STF entendeu que as

declarações do Deputado não tinham relação direta com o exercício de seu mandato. STF. 1ª

Turma. Inq 3672/RJ, Rel.Min. Rosa Weber, julgado em 14/10/2014 (Info 763).

Vedação ao pagamento de qualquer valor a parlamentar por participação em sessão

extraordinária. É INCONSTITUCIONAL o pagamento de remuneração a parlamentares (federais,

estaduais ou municipais) em virtude de convocação de sessão extraordinária. STF. Plenário. ADI

4587/GO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 22/5/2014 (Info 747).

Inconstitucionalidade de vinculação de remuneração dos Deputados Estaduais ao subsídio

dos Federais. É inconstitucional lei estadual que estabelece que a remuneração dos Deputados

Estaduais será um percentual sobre o subsídio dos Deputados Federais. Tal lei viola o princípio

da autonomia dos entes federativos. STF. Plenário. ADI 3461/ES, Rel. Min. Gilmar Mendes,

julgado em 22/5/2014 (Info 747).

É inconstitucional lei estadual que estabelece que a remuneração dos Deputados Estaduais

será um percentual sobre o subsídio dos Deputados Federais. Tal lei viola o princípio da

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autonomia dos entes federativos. STF. Plenário. ADI 3461/ES, Rel. Min. Gilmar Mendes,

julgado em 22/5/2014 (Info 747). O § 2º do art. 53 da CF/88 veda apenas a prisão penal cautelar

(provisória) do parlamentar, ou seja, não proíbe a prisão decorrente da sentença transitada em

julgado, como no caso de Deputado Federal condenado definitivamente pelo STF. STF. Plenário.

AP 396 QO/RO, AP 396 ED-ED/RO, Rel.Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/6/2013 (Info 712).

PROCESSO LEGISLATIVO

É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa popular para a propositura de

emenda à Constituição Estadual. A iniciativa popular de emenda à Constituição Estadual é

compatível com a Constituição Federal, encontrando fundamento no art. 1º, parágrafo único,

no art. 14, II e III e no art. 49, XV, da CF/88. Embora a Constituição Federal não autorize proposta

de iniciativa popular para emendas ao próprio texto, mas apenas para normas

infraconstitucionais, não há impedimento para que as Constituições Estaduais prevejam a

possibilidade, ampliando a competência constante da Carta Federal. STF. Plenário. ADI 825/AP,

Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/10/2018 (Info 921).

É inconstitucional lei estadual que exige prévia autorização da ALE para que os órgãos do

SISNAMA possam celebrar instrumentos de cooperação no Estado. É inconstitucional, por

violar o princípio da separação dos poderes, lei estadual que exige autorização prévia do Poder

Legislativo estadual (Assembleia Legislativa) para que sejam firmados instrumentos de

cooperação pelos órgãos componentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA.

Também é inconstitucional lei estadual que afirme que Fundação estadual de proteção do meio

ambiente só poderá transferir responsabilidades ou atribuições para outros órgãos

componentes do SISNAMA se houver aprovação prévia da Assembleia Legislativa. STF.

Plenário.ADI 4348/RR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/10/2018 (Info 919).

É possível editar medidas provisórias sobre meio ambiente? É possível a edição de medidas

provisórias tratando sobre matéria ambiental, mas sempre veiculando normas favoráveis ao

meio ambiente. Normas que importem diminuição da proteção ao meio ambiente equilibrado

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só podem ser editadas por meio de lei formal, com amplo debate parlamentar e participação

da sociedade civil e dos órgão e instituições de proteção ambiental, como forma de assegurar

o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Dessa forma, é

inconstitucional a edição de MP que importe em diminuição da proteção ao meio ambiente

equilibrado, especialmente em se tratando de diminuição ou supressão de unidades de

conservação, com consequências potencialmente danosas e graves ao ecossistema protegido.

A proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória,

ainda que não conste expressamente do elenco das limitações previstas no art. 62, § 1º, da

CF/88. STF. Plenário.ADI 4717/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018 (Info 896).

O § 11 do art. 62 da CF/88 deve ser interpretado com cautela, não se podendo protrair

indefinidamente a vigência de medidas provisórias rejeitadas ou não apreciadas.

Determinada medida provisória foi editada criando a possibilidade de que empresas

instalassem Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (CLIA), desde que autorizados pela

Receita Federal. Diversas empresas fizeram o requerimento pedindo a instalação desses

Centros. Ocorre que, antes que a Receita examinasse todos os pedidos, a MP foi rejeitada pelo

Senado. O Congresso Nacional não editou decreto legislativo disciplinando as situações

ocorridas durante o período em que a MP vigorou (§ 3º do art. 62 da CF/88). Diante disso, as

empresas defendiam a tese de que os requerimentos formulados deveriam ser apreciados pela

Receita Federal com base no § 11 do art. 62: “§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se

refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as

relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-

se-ão por ela regidas.” O STF não concordou e afirmou que os pedidos formulados pelos

interessados durante a vigência da MP 320/2006 não foram sequer examinados. Logo, não se

pode dizer que havia ato jurídico perfeito. O simples fato de ter sido feito o requerimento não

significa “relação jurídica constituída”, de sorte que não se pode invocar o § 11 para justificar a

aplicação da medida provisória rejeitada. O mero protocolo do pedido não constitui uma

“relação jurídica constituída” de que trata o § 11. STF. Plenário.ADPF 216/DF, Rel. Min. Cámen

Lúcia, julgado em 14/3/2018 (Info 894).

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O trancamento da pauta por conta de MPs não votadas no prazo de 45 dias só alcança

projetos de lei que versem sobre temas passíveis de serem tratados por MP. O art. 62, § 6º da

CF/88 afirma que “se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias

contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma

das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as

demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando”. Apesar de o dispositivo

falar em “todas as demais deliberações”, o STF, ao interpretar esse § 6º, não adotou uma

exegese literal e afirmou que ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as votações de projetos

de leis ordinárias que versem sobre temas que possam ser tratados por medida provisória.

Assim, por exemplo, mesmo havendo medida provisória trancando a pauta pelo fato de não ter

sido apreciada no prazo de 45 dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o Senado poderão

votar normalmente propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar,

projetos de resolução, projetos de decreto legislativoe até mesmo projetos de lei ordinária que

tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da CF/88. Isso porque a MP somente pode tratar

sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde que não incida em nenhuma das proibições do

art. 62, § 1º. STF. Plenário.MS 27931/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 29/6/2017 (Info

870).

Emenda parlamentar em medida provisória e contrabando legislativo. Durante a tramitação

de uma medida provisória no Congresso Nacional, os parlamentares poderão apresentar

emendas? SIM, no entanto, tais emendas deverão ter relação de pertinência temática com a

medida provisória que está sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter relação

com o assunto tratado na medida provisória. Desse modo, é incompatível com a Constituição a

apresentação de emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória

submetida à sua apreciação. STF. Plenário. ADI 5127/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o

acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 15/10/2015 (Info 803). STF. Plenário. ADI 5012/DF, Rel.

Min. Rosa Weber, julgado em 16/3/2017 (Info 857).

Análise dos requisitos constitucionais de relevância e urgência e MP que trate sobre situação

tipicamente financeira e tributária. O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República

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somente poderá editar medidas provisórias em caso de relevância e urgência. A definição do

que seja relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias consiste, em regra, em

um juízo político (escolha política/discricionária) de competência do Presidente da República,

controlado pelo Congresso Nacional. Desse modo, salvo em caso de notório abuso, o Poder

Judiciário não deve se imiscuir na análise dos requisitos da MP. No caso de MP que trate sobre

situação tipicamente financeira e tributária, deve prevalecer, em regra, o juízo do administrador

público, não devendo o STF declarar a norma inconstitucional por afronta ao art. 62 da CF/88.

STF. Plenário. ADI 1055/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2016 (Info 851).

Disciplina sobre a extinção de empresa estatal deverá ser tratada em lei de iniciativa do Poder

Executivo. É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que: • determina o destino

que o Poder Executivo deverá dar aos bens de empresa estatal que está sendo extinta; •

disciplina as consequências jurídicas das relações mantidas pelo Poder Executivo com

particulares; • cria conselho de acompanhamento dentro da estrutura do Poder Executivo. STF.

Plenário. ADI 2295/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/6/2016 (Info 830).

Constitucionalidade da EC 74/2013, que conferiu autonomia à DPU e à DPDF. É possível que

emenda à Constituição Federal proposta por iniciativa parlamentar trate sobre as matérias

previstas no art. 61, § 1º da CF/88. As regras de reserva de iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da

CF/88 não são aplicáveis ao processo de emenda à Constituição Federal, que é disciplinado em

seu art. 60. STF. Plenário. ADI 5296 MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/5/2016 (Info

826).

Requisitos para emenda parlamentar a projetos de lei de outros poderes. É possível que haja

emendas parlamentares em projetos de lei de iniciativa dos Poderes Executivo e Judiciário,

desde que cumpram dois requisitos: a) guardem pertinência temática com a proposta original

(tratem sobre o mesmo assunto); b) não acarretem em aumento de despesas. STF. Plenário. ADI

5087 MC/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/8/2014 (Info 756). STF. Plenário. ADI

1333/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 29/10/2014 (Info 765). STF. Plenário. ADI 3942/DF,

Rel. Min. Cármen Lúcia, jugado em 5/2/2015 (Info 773). STF. Plenário. ADI 2810/RS, Rel. Min.

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Roberto Barroso, julgado em 20/4/2016 (Info 822). Exemplo: O Governador de Santa Catarina

enviou projeto de lei instituindo regime de subsídio para os Procuradores do Estado. Durante a

tramitação do projeto, um Deputado apresentou emenda criando uma gratificação para os

servidores da PGE. O projeto foi aprovado e sancionado, convertendo-se em lei. O STF julgou

essa lei inconstitucional por vício formal de iniciativa, pois a proposta de aumento de

remuneração, tema de iniciativa privativa do Poder Executivo (art. 61, § 2º, II, “b”, da CF/88), foi

incluída durante a tramitação na Assembleia Legislativa, desrespeitando o princípio da

independência dos poderes, prevista no art. 2º da CF/88. A relatora observou ainda a falta de

pertinência temática, pois a criação da gratificação aos servidores do Poder Executivo estadual

foi incluída por meio de emenda parlamentar em medida provisória destinada a estabelecer o

subsídio mensal como forma de remuneração da carreira de procurador do estado. STF.

Plenário. ADI 4433/SC, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/6/2015 (Info 790).

Emenda parlamentar e projeto de iniciativa do Tribunal de Contas. A iniciativa de projetos de

lei que tratem sobre a organização e o funcionamento dos Tribunais de Contas é reservada

privativamente ao próprio Tribunal (arts. 73 e 96, II, “b”, da CF/88). É possível que haja emendas

parlamentares em projetos de lei de iniciativa do Tribunal de Contas, desde que respeitados

dois requisitos: a) guardem pertinência temática com a proposta original (tratem sobre o

mesmo assunto); b) não acarretem em aumento de despesas. STF. Plenário. ADI 5442 MC/DF e

ADI 5453 MC/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/3/2016 (Info 818).

COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS?

1) Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018

- MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto

São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República, na dicção do art. 85 da CR/88, EX-

CETO:

A que atentem contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

B que atentem contra a lei orçamentária.

C que atentem contra os partidos políticos.

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D que atentem contra a existência da União.

02. ( FCC/ PGE AP/ 2018) A Assembleia Legislativa de certo Estado instaurou comissão parlamentar

de inquérito para apurar eventual irregularidade no pagamento de precatórios judiciais, decorrente

de atos supostamente praticados em conjunto por magistrados e procuradores do estado, tendo a

comissão determinado (i) a quebra de sigilo bancário de autoridades suspeitas de prática de corrup-

ção; (ii) a busca e apreensão de documentos nas residências dessas autoridades e (iii) a indisponibi-

lidade de seus bens. À luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,

o objeto da comissão parlamentar de inquérito

A) contraria o texto constitucional, uma vez que envolve a investigação de atos praticados por mem-

bros do Poder Judiciário, que devem ser julgados pelo Tribunal de Justiça, embora a comissão tenha

poderes para determinar a quebra de sigilo bancário, a busca e apreensão domiciliar e a indisponibi-

lidade de bens.

B) não contraria o texto constitucional, mas a comissão não poderia ter determinado a quebra de

sigilo bancário, nem a busca e apreensão domiciliar e a indisponibilidade de bens, por se tratar de

atos todos sujeitos à reserva de jurisdição.

C) não contraria o texto constitucional, mas a comissão não poderia ter determinado a quebra de

sigilo bancário, nem a indisponibilidade de bens, por se tratar de atos sujeitos à reserva de jurisdição,

embora a comissão tenha competência para determinar a busca e apreensão de documentos.

D) não contraria o texto constitucional, mas a comissão não poderia ter determinado a quebra de

sigilo bancário, por se tratar de ato sujeito à reserva de jurisdição, embora a comissão tenha compe-

tência para determinar a indisponibilidade de bens e a busca e apreensão de documentos.

E) não contraria o texto constitucional, mas a comissão não poderia ter determinado a indisponibili-

dade de bens, nem a busca e apreensão de documentos, por se tratar de atos sujeitos à reserva de

jurisdição, embora a comissão tenha competência para determinar a quebra de sigilo bancário.

03. (FCC/ PGE TO/ 2018) Suponha que em 31 de dezembro de 2017 foi editada lei de iniciativa do

Tribunal de Contas da União aumentando a remuneração dos respectivos servidores, embora tenha

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sido constatado que o projeto de lei não estava amparado em prévia dotação orçamentária suficiente

para arcar com a vantagem remuneratória no exercício de 2018. A falta de previsão de dotação or-

çamentária para fazer frente às despesas criadas pela lei fundamentou o ajuizamento de ação direta

de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal contra o referido ato normativo fede-

ral. Nessa situação, considerando o disposto na Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal, a lei federal mostra-se

A) compatível formal e materialmente com a Constituição Federal, não sendo exigível a prévia dota-

ção orçamentária para que a lei seja aplicada no exercício de 2018.

B) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia dotação orçamentária

suficiente, o que, embora não autorize sua declaração de inconstitucionalidade em sede de ação

direta, impede que seja aplicada em 2018.

C) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente inconstitucional,

uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa privativa de uma das Casas do Congresso

Nacional.

D) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente inconstitucional,

uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República.

E) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia dotação orçamentária

suficiente, devendo ser declarada inconstitucional por esse motivo.

04. (FCC/ PGE TO/ 2018) Constituição de certo Estado, ao disciplinar a responsabilidade do Chefe do

Poder Executivo,

I. estabeleceu a possibilidade de o Governador perder o cargo por prática de crime de responsabili-

dade previsto exclusivamente na Constituição do Estado.

II. atribuiu ao Tribunal de Justiça a competência para o processo e julgamento do Governador por

prática de crime comum.

III. condicionou a instauração de processo judicial por prática de crime comum cometido pelo Gover-

nador à licença prévia da Assembleia Legislativa.

IV. permitiu ao Governador permanecer no exercício de suas funções após o recebimento de denún-

cia ou queixa-crime pelo Tribunal competente, por entender o constituinte estadual que cabe ao

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Poder Judiciário decidir sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive sobre eventual

afastamento do cargo.

São compatíveis com a Constituição Federal e com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a(s)

norma(s) referida(s) APENAS em

A) IV.

B) II e III.

C) I.

D) I e IV.

E) III.

05. (FCC/ PGE MA/ 2016) Deputado Estadual de certo Estado é suspeito da prática de homicídio do-

loso, cometido após a diplomação. A Constituição desse Estado prevê ser o Órgão Especial do Tribu-

nal de Justiça competente para julgar, originariamente, os Deputados Estaduais pela prática de cri-

mes comuns. Na hipótese de o Deputado vir a ser denunciado pelo cometimento do crime, será com-

petente para julgá-lo o

A) Órgão Especial do Tribunal de Justiça, cuja competência, nesse caso, prevalece sobre a competên-

cia genérica do Tribunal do Júri, podendo a Assembleia Legislativa sustar o andamento do processo,

tal como previsto pela Constituição Federal em favor dos Deputados Federais.

B) Tribunal do Júri, cuja competência, nesse caso, prevalece sobre o foro por prerrogativa de função

estabelecido pela Constituição Estadual, não podendo a Assembleia Legislativa sustar o andamento

do processo, já que aos Deputados Estaduais não se aplicam as imunidades processuais previstas na

Constituição Federal em favor dos Deputados Federais.

C) Tribunal do Júri, cuja competência, nesse caso, prevalece sobre o foro por prerrogativa de função

estabelecido pela Constituição Estadual, não podendo a Assembleia Legislativa sustar o andamento

do processo, já que aos Deputados Estaduais não se aplicam as imunidades materiais previstas pela

Constituição Federal em favor dos Deputados Federais.

D) Tribunal do Júri, cuja competência, nesse caso, prevalece sobre o foro por prerrogativa de função

estabelecido pela Constituição Estadual, podendo a Assembleia Legislativa sustar o andamento do

processo, tal como previsto pela Constituição Federal em favor dos Deputados Federais.

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E) Órgão Especial do Tribunal de Justiça, cuja competência, nesse caso, prevalece sobre a competên-

cia genérica do Tribunal do Júri, não podendo a Assembleia Legislativa sustar o andamento do pro-

cesso, já que aos Deputados Estaduais não se aplicam as imunidades processuais previstas pela Cons-

tituição Federal em favor dos Deputados Federais.

06. (FCC/ PGM São Luís/ 2016) De acordo com a Constituição Federal, compete ao Senado Federal:

A) estabelecer limites individuais e globais para o montante da dívida mobiliária e consolidada dos

Municípios.

B) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, o pagamento de valores

referentes a operações externas de natureza financeira de interesse do Município.

C) analisar e autorizar operações de financiamento internacional, de interesse dos Municípios, exceto

quando se tratar de débito de pequeno valor, assim definido em Resolução do Senado Federal.

D) fixar limites globais para o montante da dívida consolidada dos Municípios, por proposta do Pre-

sidente da República.

E) fixar limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo

e interno de interesse dos Municípios, desde que os limites e condições tenham sido propostos pelo

Presidente da República.

7) Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: TCE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018

- TCE-MG - Auditor - Conselheiro Substituto

A respeito do veto a projeto de lei, é correto afirmar:

A Ao vetar um projeto de lei, o presidente da República deve apontar a inconstitucionalidade que justi-

fica o veto.

B O veto deve ser apreciado em cada uma das Casas do Congresso Nacional, só podendo ser rejeitado

pelo voto de dois terços dos deputados e senadores.

C O veto parcial a projeto de lei somente é válido se abranger texto completo de artigo.

D O veto pode ocorrer de modo expresso ou tácito.

E Se o veto não for apreciado no prazo de trinta dias, a contar de seu recebimento, ocorrerá o sobresta-

mento das demais proposições, até a votação final do veto.

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Gabarito: 1 –C 2. E/ 3. B/ 4.A/ 5.A/ 6. D/ 7.E

ANOTAÇÕES3:

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3 Após a exposição de cada ponto do edital, foi reservado um espaço para anotação de informações importantes, que precisam ser memorizadas pouco antes da prova. Portanto, recomenda-se, fortemente, que o aluno imprima os calen-dários de metas, organizando-os como “cadernos de revisão”.

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DIA 2. DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

16. Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado. Fundamentos e características. Evolução da respon-

sabilidade do Estado por atos administrativos. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade. Repa-

ração do dano. Ação regressiva. Responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais. Excludentes da res-

ponsabilidade do Estado.

COMO ESTUDAR?

Estudar o material de apoio referente ao tema;

Estudar arts. 37, §§5º e 6º da CF/88.

Estudar a jurisprudência indicada abaixo ou pelo Dizer o Direito.

Resolver, pelo menos, 20 questões

O QUE É IMPORTANTE?

Fundamentos da responsabilidade civil do Estado: aplicação da teoria do risco administrativo

e da teoria da repartição dos encargos sociais.

Pressupostos da responsabilidade civil do Estado: conduta, dano e nexo causal.

Causas excludentes (fato da vítima, fato de terceiro, caso fortuito ou força maior) ou atenu-

antes da responsabilidade civil.

Responsabilidade por omissão ou comissão: distinções em relação à necessidade de demons-

tração de culpa.

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Estado na posição de garantidor: caso de morte de detentos em presídios e acidentes em

escolas (responsabilidade objetiva). Abrange o caso de suicídio, desde que tenha sido o

evento previsível e não repentino (julgado relatado pelo Min. Fux).

Compreender a evolução das teorias sobre responsabilidade civil do Estado: irresponsabili-

dade, responsabilidade subjetiva (teoria da culpa individual e teoria da culpa anônima) e res-

ponsabilidade objetiva.

Teoria do risco administrativo e teoria do risco integral.

Responsabilidade civil extracontratual e contratual. Muita atenção para não confundir. Vide

art. Art. 70 da Lei n.º 8.666/93 e 25 da Lei 8.987/95 (responsabilidade contratual).

Responsabilidade civil por ato ilícito e ato lícito (princípio da solidariedade social).

Responsabilidade civil por atos das concessionárias e permissionárias de serviços públicos.

Abrangência: usuários ou não usuários do serviço público – incidência do art. 37, §6º, da CF/88

e não do CDC (Celso Antônio Bandeira de Mello, Sérgio Cavalieri Filho e posição atual do STF).

Caiu na PGE/SP 2018.

Responsabilidade civil das empresas estatais.

Responsabilidade civil das entidades do terceiro setor.

Responsabilidade civil dos tabeliães e registrados por atos notariais e registros. estudar o art.

22 da Lei 8.935/1994, alterado pela Lei 13.286/2016.

Prescrição quinquenal de pretensões indenizatórias opostas ao Estado.

Responsabilidade civil por ato legislativo: omissão legislativa, lei de efeito concreto que gere

prejuízo e lei inconstitucional que gere prejuízo.

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Responsabilidade civil por ato judicial: erro judiciário e prisão além do tempo fixado na sen-

tença; compreender a discussão envolvendo prisão cautelar e posterior absolvição. Vide art.

125 do CPC.

Responsabilidade civil por danos causados por obras públicas. Diferenciar execução direta e

indireta (José dos Santos Carvalho Filho).

Responsabilidade civil por ato de multidões.

Teorias do nexo de causalidade (equivalência das condições, causalidade adequada e causali-

dade direta e imediata): adoção, pelo Brasil, da teoria da interrupção do nexo causal ou da

causalidade direta e imediata (art. 403 do CC).

Discussão sobre a possibilidade de se ajuizar ação de ressarcimento direto contra o agente

estatal causador do dano: STF (dupla garantia) X STJ (direito de ação). Hoje ainda prevalece a

teoria da dupla garantia (STF), devendo ser assinalada como correta em regra, ressalvada

eventual cobrança da posição do STJ.

Discussão sobre a obrigatoriedade/possibilidade de denunciação à lide de servidor em casos

de responsabilização objetiva do Estado. Embora aparentem contradição, para fins de prova

objetiva, assinalar como corretas as seguintes as assertivas:

o Para ser ressarcido o Estado, não é obrigatória (ou “é facultativa”) a denunciação à

lide do servidor que cometeu o ilícito justificador da indenização, uma vez que o di-

reito de regresso independe da referida intervenção de terceiros.

o Não é possível a denunciação à lide de servidores em ações de responsabilidade civil

objetiva contra o Estado, uma vez que, dessa forma, se estaria inserindo elemento

novo (culpa do servidor) na demanda, o que ampliaria a cognição e retardaria o pro-

cesso, em prejuízo do autor (caiu na 2ª fase da AGU/2012/CESPE). Para aprofundar o

tema, clique no link a seguir: https://www.vorne.com.br/blog/denunciacao-lide-ser-

vidores-casos-responsabilidade-objetiva-estado-distinguishing-relacao-jurispruden-

cia-12.html

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Prescrição da ação de regresso em caso de ilícito civil praticado pelo servidor (NÃO é impres-

critível, cuidado!). Muita atenção à posição do STF firmada em regime de repercussão geral

no RE 669.069 (info 813).

INFORMATIVOS IMPORTANTES SOBRE O ASSUNTO:

Concessionária de rodovia não responde civilmente por roubo e sequestro. Concessionária de

rodovia não responde por roubo e sequestro ocorridos nas dependências de estabelecimento

por ela mantido para a utilização de usuários. A segurança que a concessionária deve fornecer

aos usuários diz respeito ao bom estado de conservação e sinalização da rodovia. Não tem,

contudo, como a concessionária garantir segurança privada ao longo da estrada, mesmo que

seja em postos de pedágio ou de atendimento ao usuário. O roubo com emprego de arma de

fogo é considerado um fato de terceiro equiparável a força maior, que exclui o dever de

indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, assim, gera uma impossibilidade absoluta

de não ocorrência do dano. STJ. 3ª Turma. REsp 1749941-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado

em 04/12/2018 (Info 640). Cuidado. O STF já reconheceu a responsabilidade civil da

concessionária que administra a rodovia por FURTO ocorrido em seu pátio: STF. 1ª Turma. RE

598356/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (Info 901).

Responsabilidade civil da concessionária que administra a rodovia por furto ocorrido em seu

pátio. A pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público possui

responsabilidade civil em razão de dano decorrente de crime de furto praticado em suas

dependências, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88. Caso concreto: o caminhão de uma

empresa transportadora foi parado na balança de pesagem na Rodovia Anhanguera (SP),

quando se constatou excesso de peso. Os agentes da concessionária determinaram que o

condutor estacionasse o veículo no pátio da concessionária e, em seguida, conduziram-no até

o escritório para ser autuado. Aproximadamente 10 minutos depois, ao retornar da autuação

para o caminhão, o condutor observou que o veículo havia sido furtado. O STF condenou a

Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, empresa concessionária responsável pela rodovia a

indenizar a transportadora. O Supremo reconheceu a responsabilidade civil da prestadora de

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serviço público, ao considerar que houve omissão no dever de vigilância e falha na prestação e

organização do serviço. STF. 1ª Turma. RE 598356/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em

8/5/2018 (Info 901).

Qual é a responsabilidade civil do Estado em caso de suicídio do preso? O STF decidiu que a

responsabilização objetiva do Estado em caso de morte de detento somente ocorre quando

houver inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da

Constituição Federal (RE 841526/RS). Não haverá responsabilidade civil do Estado se o Tribunal

de origem, com base nas provas apresentadas, decide que não se comprovou que a morte do

detento foi decorrente da omissão do Poder Público e que o Estado não tinha como montar

vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida. Tendo o acórdão do Tribunal

de origem consignado expressamente que ficou comprovada causa impeditiva da atuação

estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de causalidade entre a suposta omissão do

Poder Público e o resultado danoso. STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell

Marques, julgado em 08/02/2018

Estado deve indenizar preso que se encontre em situação degradante. Considerando que é

dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões

mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos

termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais,

comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das

condições legais de encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki,

red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).

Demora injustificada da Administração em analisar o requerimento de aposentadoria do

servidor. A demora injustificada da Administração em analisar o pedido de aposentadoria do

servidor público gera o dever de indenizá-lo, considerando que, por causa disso, ele foi obrigado

a continuar exercendo suas funções por mais tempo do que o necessário. Exemplo de demora

excessiva: mais de 1 ano. STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1469301/SC, Rel. Min. Assusete

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Magalhães, julgado em 21/10/2014. STJ. 1ª Turma. AgInt no AREsp 483398/PR, Rel. Min.

Benedito Gonçalves, julgado em 11/10/2016.

Responsabilidade civil do Estado em caso de morte de detento. Em caso de inobservância de

seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é

responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em

30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819).

Ações contra pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público. É de 5 anos o

prazo prescricional para que a vítima de um acidente de trânsito proponha ação de indenização

contra concessionária de serviço público de transporte coletivo (empresa de ônibus). O

fundamento legal para esse prazo está no art. 1º-C da Lei 9.494/97 e também no art. 27 do CDC.

STJ. 3ª Turma. REsp 1277724-PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 26/5/2015 (Info

563).

União não tem legitimidade passiva em demanda que envolve erro médico e SUS. A União

não tem legitimidade passiva em ação de indenização por danos decorrentes de erro médico

ocorrido em hospital da rede privada durante atendimento custeado pelo Sistema Único de

Saúde (SUS). De acordo com a Lei 8.080/90, a responsabilidade pela fiscalização dos hospitais

credenciados ao SUS é do Município, a quem compete responder em tais casos. STJ. 1ª Seção.

EREsp 1388822-RN, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/5/2015 (Info 563).

Termo inicial da prescrição de pretensão indenizatória decorrente de tortura e morte de

preso. Determinada pessoa foi presa e torturada por policiais. Foi instaurado inquérito policial

para apurar o ocorrido. Qual será o termo de início da prescrição da ação de indenização por

danos morais? • Se tiver sido ajuizada ação penal contra os autores do crime: o termo inicial da

prescrição será o trânsito em julgado da sentença penal. • Se o inquérito policial tiver sido

arquivado (não foi ajuizada ação penal): o termo inicial da prescrição da ação de indenização é

a data do arquivamento do inquérito policial. STJ. 2ª Turma. REsp 1443038-MS, Rel. Ministro

Humberto Martins, julgado em 12/2/2015 (Info 556).

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Lei estadual e pensão para cônjuges de falecidos por crimes hediondos:

inconstitucionalidade. É inconstitucional lei estadual (distrital) que preveja o pagamento de

pensão especial a ser concedida pelo Governo do Estado (Distrito Federal) em benefício dos

cônjuges de pessoas vítimas de crimes hediondos, independentemente de o autor do crime ser

ou não agente do Estado. Tal lei amplia, de modo desmesurado (irrazoável), a responsabilidade

civil do Estado prevista no art. 37, § 6º, da CF/88. STF. Plenário. ADI 1358/DF, Rel. Min. Gilmar

Mendes, julgado em 4/2/2015 (Info 773).

Existência de cadáver em decomposição em reservatório de água. Foi encontrado um cadáver

humano em decomposição em um dos reservatórios de água que abastece uma cidade.

Determinado consumidor ajuizou ação de indenização contra a empresa pública concessionária

do serviço de água e o STJ entendeu que ela deveria ser condenada a reparar os danos morais

sofridos pelo cliente. Ficou configurada a responsabilidade subjetiva por omissão da

concessionária decorrente de falha do dever de efetiva vigilância do reservatório de água. Além

disso, restou caracterizada a falha na prestação do serviço, indenizável por dano moral, quando

a Companhia não garantiu a qualidade da água distribuída à população. O dano moral, no caso,

é in re ipsa, ou seja, o resultado danoso é presumido. STJ. 2ª Turma. REsp 1492710-MG, Rel.

Min. Humberto Martins, julgado em 16/12/2014 (Info 553).

Servidor obrigado a pedir exoneração por conta de interpretação equivocada de acumulação

ilícita tem direito à indenização. No caso em que o servidor público foi impedido

irregularmente de acumular dois cargos públicos em razão de interpretação equivocada da

Administração Pública, o Estado deverá ser condenado e, na fixação do valor da indenização,

não se deve aplicar o critério referente à teoria da perda da chance, e sim o da efetiva extensão

do dano causado, conforme o art. 944 do CC. STJ. 2ª Turma. REsp 1308719-MG, Rel. Min. Mauro

Campbell Marques, julgado em 25/6/2013 (Info 530).

Danos morais decorrentes de tortura no regime militar: imprescritíveis. As ações de

indenização por danos morais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o Regime

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Militar de exceção são imprescritíveis. Não se aplica o prazo prescricional de 5 anos previsto no

art. 1º do Decreto 20.910/1932. STJ. 2ª Turma. REsp 1374376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin,

julgado em 25/6/2013 (Info 523).

COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS?

1) Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: TCE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018

- TCE-MG - Auditor - Conselheiro Substituto

Avalie a proposição (1) e a razão (2) a seguir.

1. A responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado deixará de existir quando a conduta estatal não for a causa do dano, ou será atenuada quando tal conduta não for a causa única,

PORQUE

2. a existência do nexo de causalidade entre a conduta do Estado e o dano é o fundamento da responsa-bilidade patrimonial extracontratual do Estado.

Assinale a alternativa CORRETA.

A A proposição e a razão são verdadeiras, e a razão justifica a proposição.

B A proposição e a razão são verdadeiras, mas a razão não justifica a proposição.

C A proposição é verdadeira, mas a razão é falsa.

D A proposição é falsa, mas a razão é verdadeira.

E A proposição e a razão são falsas.

02. (FCC/ PGE TO/ 2018) O Tribunal de Justiça de determinado Estado celebrou contrato com em-

presa especializada, para prestar serviço educacional nas modalidades de creche e pré-escola, em

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estabelecimento escolar mantido pelo Tribunal, dedicado ao atendimento de filhos de seus servido-

res. Durante a prestação do serviço, um dos alunos empurrou o colega do alto de um escorregador,

causando-lhe ferimentos graves e gerando sequelas para a criança acidentada. Nessa situação, no

tocante à responsabilidade civil,

A) trata-se de hipótese em que o ente estatal não será responsabilizado, visto que se trata de ato de

terceiro, a excluir o nexo causal entre a atividade estatal e o dano.

B) há responsabilidade objetiva da empresa contratada, sendo que não haverá responsabilização es-

tatal, visto que o serviço era prestado em benefício de terceiros.

C) haverá responsabilização civil dos pais do causador direto do dano, pois este é menor e civilmente

irresponsável.

D) é cabível a responsabilização estatal, com base na teoria da culpa do serviço, em vista do funcio-

namento deficiente do serviço público.

E) não haverá responsabilização do ente estatal, visto que a situação não se enquadra entre as hipó-

teses de responsabilização por atos praticados pelo Poder Judiciário.

03. (FCC/ PGE MA/ 2016) Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave

de matrícula brasileira, operada por empresa brasileira de transporte aéreo público, causando mor-

tes e ferimentos em diversos passageiros. Esclareça-se que a aeronave decolou de aeroporto brasi-

leiro e a explosão ocorreu por ocasião da chegada ao destino, em solo norte-americano, sendo que

diversas vítimas haviam embarcado em escala no México. Em vista de tal situação e nos termos da

legislação brasileira,

A) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora do serviço de trans-

porte aéreo público, somente havendo responsabilidade estatal em caráter subsidiário.

B) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no território

nacional são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos serviços públicos.

C) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que embarcaram em

solo brasileiro, caracterizada, no caso, a responsabilidade subjetiva por culpa do serviço, em razão

da falha na prestação do serviço de segurança aeroportuária.

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D) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito, circunstância excludente de

responsabilidade, haja vista a inexistência de nexo causal entre o evento danoso e a conduta das

autoridades estatais.

E) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que tenham sofrido

danos corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência do atentado.

4) Ano: 2012 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: CEMIG - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) -

2012 - CEMIG - MG - Técnico de Sistema Elétrico Campo I

Dirigindo, em serviço, veículo da empresa privada concessionária de serviço público municipal, Paulo, que exerce a função de motorista, causa, por negligência, acidente de trânsito, que resulta em prejuízo material para terceiro,

Na hipótese, é CORRETO afirmar que

A apenas Paulo responderá pelo dano causado

B a concessionária e Paulo respondem subjetivamente pelo dano causado.

C a concessionária responde objetivamente perante o terceiro lesado.

D apenas o Município responde pelos danos causados a terceiro.

Gabarito: 1. A/ 2. D/ 3. E/ 4.C

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ANOTAÇÕES:

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Trata-se de um arquivo degustação. Portanto, é

apenas uma amostragem do que iremos apresentar

durante todo o curo.

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