REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA …...um futuro optimista, de grande expansão e...

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA Departamento de Planeamento REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA Relatório de Avaliação Março 2003

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA

Departamento de Planeamento

REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA

Relatório de Avaliação

Março 2003

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 2 dp

ÍNDICE

Pág. Introdução .................................................................................................. Caracterização Sócio-demográfica............................................................. Caracterização Sócio-urbanística .............................................................. Caracterização Sócio-económica ...............................................................

- Indicadores macro-económicos.............................................................. - Apontamentos sobre agricultura............................................................. - Apontamentos sobre dinâmica económica............................................. - Perfil das actividades económicas nas zonas industriais ....................... - Deslocações pendulares........................................................................

Sistemas de infra-estruturas e equipamentos ............................................. - Saneamento básico................................................................................. - Rede eléctrica......................................................................................... - Rede de gás ........................................................................................... - Telecomunicações ................................................................................. - Rede viária e de acessibilidades ............................................................ - Equipamentos ........................................................................................ - Ensino (Carta Educativa do Concelho) ......................................... - Recreio, lazer e apoio social .......................................................... - Desportivos .....................................................................................

Ambiente .................................................................................................... - Lixeiras ...........................................................................................

Monitorização ............................................................................................. ANEXOS

Fórum Palmela – publicação ..................................................................... Património Natural do Concelho de Palmela - publicação........................... Sócio-demografia – publicação....................................................................

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02-04-2003 Introdução - 1 dp

De acordo com o estatuído no Decreto Lei 380/99 de 22 de Setembro, os Planos Municipais de Ordenamento de Território podem ser revistos sempre que a sua desadequação em relação ao quadro de vida social, cultural, ambiental e económico assim o determinarem. Para isso haverá que, não só fazer a avaliação da respectiva eficácia relativamente às múltiplas solicitações e problemas do quotidiano autárquico, auscultando e atentando sobre as diversas críticas e sugestões dos agentes do processo de planeamento territorial, desde o munícipe, individualmente considerado, até aos mais diversos grupos sociais intervenientes, como também fazer a avaliação do seu grau de concretização ao nível dos objectivos de partida, programas e acções e respectivos resultados.

Ainda assim e mesmo que estes aspectos e factores de avaliação se não revelem como

indiciando a necessidade de uma revisão, poderão os Planos Municipais de Ordenamento do Território vir a sê-lo, caso a “necessidade da sua adequação à prossecução dos interesses públicos” a tal os obriguem.

Desta forma, poderá qualquer um destes instrumentos urbanísticos ser revisto a meio do

transcurso da sua vigência. Contudo, e sempre que o interesse público não esteja em causa, ou seja, desde que não estejam em equação situações imprevistas e de relevante âmbito supra municipal, não o poderão ser antes de passados três anos da sua entrada em vigor, embora o tenham de ser sempre, obrigatoriamente, se decorridos mais de dez anos sobre esta última.

Tudo isto vem, como tal, determinado no já acima aludido diploma legal, no seu artigo 98º:

“Revisão dos Instrumentos de Planeamento Territorial e dos Instrumentos de Natureza Especial”. Entretanto, e no que ao Plano Director de Palmela diz respeito e está em vigor desde 1997,

parece-nos ser de ponderar duas ordens de razões que efectivamente recomendam o início do seu respectivo processo de revisão, e que de alguma forma decorrem e se enquadram nos pressupostos legais enunciados.

Em primeiro lugar, decorridos que são quase dois terços do tempo da sua vigência, constata-se

uma substancial diferença entre o quadro sócio-económico de então e a actualidade. Com efeito, na altura da conclusão do projecto de Plano estávamos em plena fase de negociação e contratualização da fábrica de automóveis da Auto-Europa, do início dos trabalhos da Expo-98, da nova ponte sobre o Tejo, da nova auto-estrada Lisboa/Setúbal e do início da ponderação da localização do novo aeroporto de Lisboa. Estávamos, enfim, ainda a viver no âmbito dos efeitos do 1º Quadro Comunitário de Apoio e da Operação Integrada do Distrito de Setúbal. Naturalmente, e pese embora se manter bem viva na nossa memória a então ainda recente terrível conjuntura dos anos oitenta, tudo indiciava, com efeito um futuro optimista, de grande expansão e crescimento económico e demográfico.

Contudo, infelizmente por um lado e felizmente por outro, tais prospectivas não se vieram, de

facto, a concretizar plenamente. Os ritmos de crescimento e desenvolvimento, se bem que notáveis, pontuaram-se sempre longe dos esperados e o aumento populacional global no concelho, e das suas áreas intra-concelhias, se bem que se tivesse verificado, foi muito contido, inclusive na proximidade da Auto-Europa onde se previa o maior incremento. Também os ritmos de crescimento e desenvolvimento económico, embora e uma vez mais, sejam inquestionáveis, não atingiram as plataformas que as expectativas mais optimistas faziam prever, sendo disso exemplo múltiplas áreas urbanas programadas para implantação de actividades económicas que se pautaram por níveis modestos de preenchimento ou até mesmo se quedaram sem qualquer nível de investimento ou transformação.

Em segundo lugar e pese embora a inquestionável conjuntura desfavorável que o País

atravessa é legítima a nossa expectativa de um desanuviamento a prazo, tendo em conta novos

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02-04-2003 Introdução - 2 dp

investimentos e projectos de grande importância programados para a região e para o distrito de Setúbal, com influência directa no mesmo – ferrovia de ‘velocidade alta’, conclusão do IC11 (Torres-Vedras, Marateca), previsão do IC33, desenvolvimento do porto de Sines, bem como dos de Lisboa e Setúbal com a indução de pólos de actividades logísticas e de intermodalidade ferroviária, nova travessia do Tejo, novo aeroporto internacional de Lisboa. Também hoje em dia os novos meios postos à disposição das técnicas de planeamento e ordenamento do território nos possibilitam alcançar um rigor cada vez maior na sua prática, quer através do recurso a instrumentos informáticos de suporte à integração de dados diversos, geográficos, alfanuméricos, fotogramétricos, como também através de novas e virtualmente mais eficazes regras de administração do território, em que os princípios da protecção e preservação ambiental, sustentabilidade e perequabilidade, na forma como programamos as nossas intervenções se encontram cada vez mais interiorizadas no ‘corpus’ social a que as mesmas se dirigem, como inclusive, se encontram, enquanto tal, inequivocamente expressas no mais recente quadro jurídico e normativo português.

Por outro lado ainda e de não somenos importância na contextualização dos pressupostos

para a revisão do Plano Director Municipal, serão de sublinhar a existência de alguns estudos e planos, uns já concluídos outros ainda em fase de conclusão, cuja temática aborda de forma substantiva e até mesmo programática – caso do PROT-AML – quadros de significativa mudança em termos das políticas e das estratégias a considerar para este território. Referimo-nos em primeiro lugar ao já citado PROT-AML, cuja publicação induziu inclusive, a necessidade da concertação dos PDM’s com aquele instrumento, através alteração, dos primeiros, em ‘regime simplificado’. Em segundo lugar, que não em subalternidade, referiríamos o PNDES – Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, o Plano Estratégico da Região de Lisboa e Vale do Tejo e ainda o PEDEPES – Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setúbal (em fase de conclusão), todos instrumentos de ‘nível superior’ a um Plano Director Municipal e seus enquadradores.

Com efeito poderemos citar, só a título de exemplo, alguns dos aspectos relevantes retirados

dos supra citados documentos, que se nos afiguram de especial significado no enquadramento do nosso território municipal:

PLANO ESTRATÉGICO DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO o Estratégia para a RLVT

Objectivo Central: Transformar Lisboa e Vale do Tejo

• Numa Região Euroatlântica de excelência, singular e competitiva no

sistema das regiões europeias • Num território de elevada qualidade ambiental e patrimonial • Numa plataforma de intermediação nacional e internacional, com

actividades de perfil tecnológico avançado • Numa terra de encontro, de tolerância e de igualdade de oportunidades

o Visão Prospectiva para a Região no Horizonte 2010

• Uma economia forte • Um território organizado

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02-04-2003 Introdução - 3 dp

• Uma sociedade coesa • Um sistema urbano moderno • O ambiente como factor de bem-estar e oportunidade • Uma região internacionalizada • Uma região bem ligada interna e externamente

PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO – ÁREA METROPOLITANA

DE LISBOA

o Linhas estratégicas de desenvolvimento: • Afirmar Lisboa como região de excelência para residir, trabalhar e visitar,

apostar na qualificação social, territorial, urbana e ambiental da área metropolitana;

• Potenciar as inter-relações regionais da AML; • Inserir a AML nas redes globais de cidades e regiões europeias atractivas

e competitivas; • Desenvolver e consolidar as actividades económicas com capacidade de

valorização e diferenciação funcional, ao nível nacional e internacional; • Promover a coesão social, através do incremento da equidade territorial,

da empregabilidade, do aprofundamento da cidadania e do desenvolvimento dos factores da igualdade de oportunidades;

• Potenciar as condições ambientais da AML.

o Medidas para concretização das linhas estratégicas de desenvolvimento:

• Qualificação do território, elegendo o ambiente e o património como factores de competitividade.

• Requalificação socio-urbanística de áreas degradadas. • Reforço das acessibilidades internas e externas (portos, aeroportos, redes

transeuropeias). • Qualificação dos serviços de saúde. • Promoção habitacional enquadrada em planos de ordenamento e padrões

construtivos qualificados, estimulando o repovoamento das áreas urbanas centrais.

• Integração urbana e social do grupo social e economicamente desfavorecido – combate à pobreza e à exclusão social.

• Qualificação dos sistemas de educação, formação e inserção profissional. • Incremento do lazer e do turismo. • Realização e promoção de eventos multiculturais e desportivos. • Reforço do sistema de produção e difusão científica e tecnológica. • Desenvolvimento de serviços avançados de nível internacional. • Desenvolvimento das indústrias de conteúdos.

PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

o Os 4 eixos estratégicos de desenvolvimento sustentado da Península de Setúbal • Promoção da qualidade do território regional • Promoção da coesão do tecido social da PS

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02-04-2003 Introdução - 4 dp

• Reforço da capacidade do tecido empresarial • Reforço do sistema regional de conhecimento

o Programas/Medidas de Carácter Estruturante

• ME1 – Programa de acessibilidades para a Península de Setúbal; • ME2 – Programa de saneamento básico integrado; • ME3 – Rede de gestão integrada dos espaços naturais; • ME4 – Programa de ordenamento do território; • ME5 – Loja da família; • ME6 – Loja da cidadania; • ME7 – CATS (Centros de Apoio à toxicodependênca); • ME8 – Fórum cultural da Península de Setúbal; • ME9 – Observatório regional do desporto e conselhos locais de desporto; • ME10 – Programa de reforço da capacidade do tecido empresarial; • ME11 – Programa escola e vida activa; • ME12 – Programa viver a escola; • ME13 – Programa de implementação tecnológica; • ME14 – Programa de controlo de qualidade e certificação

Pelo exposto e encontrando-se o Plano Director Municipal de Palmela, em vigor desde 9 de Julho de 1997, após a publicação em Diário da Republica (1.ª série B) através da Resolução de Concelho de Ministros n.º 115/97, que o aprovou, tendo em conta o já exposto, bem como :

• a localização de Palmela no seio da Área Metropolitana de Lisboa,

• as importantes acessibilidades regionais que se têm continuado a implementar no próprio

território;

• a dinâmica urbanística sentida nos últimos anos, com um crescimento populacional contido mas ainda assim superior à média da região em que se insere,

• o recente surto de novas áreas de génese ilegal,

• o conhecimento aprofundado das zonas urbanas e meio rural, fruto da elaboração de planos de ordem inferior,

• a necessidade de harmonização do ordenamento concelhio com o da Região, tendo como quadro de referência, nomeadamente, o PROT-AML,

• a necessidade de actualização de estratégias ao nível das infra-estruturas de saneamento básico, face à adesão ao sistema multimunicipal de águas residuais,

• a evidente desactualização das bases cartográficas que lhe serviram de base, que os actuais instrumentos de trabalho disponíveis permitem resolver com ganho qualitativo substancial (SIG),

• a necessidade de adaptação ao novo quadro legislativo,

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02-04-2003 Introdução - 5 dp

considera-se que o território de Palmela merece ser repensado no que respeita às linhas mestras orientadoras do seu desenvolvimento sustentável.

Assim, recomenda-se que se proceda à Revisão do PDM do concelho, por forma a servir o

município com maior eficácia e actualização no âmbito do actual quadro legislativo, regulamentar e socio-económico.

Para tanto e de acordo uma vez mais com o disposto no Decreto-Lei 380/99 de 17 de Abril,

alínea a) do n.º 1 do seu já supra citado, Artigo 98.º - “Revisão dos Instrumentos de Planeamento Territorial e dos Instrumentos de Natureza Especial” – ‘a revisão dos Pmot’s pode decorrer da necessidade d[a] [sua] adequação à evolução, a médio e longo prazo, das condições económicas, sociais, culturais e ambientais que determinam a respectiva elaboração, tendo em conta os relatórios de avaliação da execução dos mesmos.

É assim neste contexto que a seguir se integram, num único documento, os diversos relatórios

de avaliação do Plano Director Municipal entretanto elaborados, com o enquadramento do Departamento de Planeamento – OES, Gabinete do Observatório Económico e Social e DP(U), Divisão de Planeamento (Urbanístico) – por diversas outras unidades orgânicas da CMP – Divisão de Desporto, do Departamento de Cultura e Desporto (Dr. Eduardo Pereira), Divisão de Educação do Departamento de Educação e Acção Social, Gabinete do Ambiente (Eng.º Victor Canelas) –, bem como pelos organismos universitários de investigação – IDE, Instituto de Dinâmica do Espaço, do Departamento de Geografia e Planeamento Regional, da Universidade Nova de Lisboa, sob a coordenação da Prof. Doutora Margarida Pereira e do CESUR, Centro de Sistemas Urbanos e Regionais, Área Científica de Urbanismo, Dinâmicas Espaciais e Ambiente, da Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas, do Departamento de Engenharia Civil, do Instituto Superior Técnico, sob a coordenação do Professor Catedrático Eng.º Fernando Nunes da Silva e do Prof. Doutor, Eng.º Jorge Silva.

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02-04-2003 Introdução - 6 dp

REVISÃO PDM -

CALENDARIZAÇÇÃO - previsão Março

2003

ACÇÕES /2003 JAN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

PRC. relatório avaliação Comunicação entidades e

publicação aviso

Participação prévia Ponderação sugestões

elaboração do prog concurso e cad encargos

Abertura concurso público

internacional

prazo entrega propostas análise propostas

ACÇÕES /2004 JAN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

análise propostas/relatório juri

audiência prévia

deliberação/despacho adjudicação

assinatura contrato P

1

elaboração 1.ª fase análise /diagnostico

P2

análise intercalar elaboração 2.ª fase pré-

proposta P

3

análise intercalar ACÇÕES /2005 J F M A M J J A S O N D

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02-04-2003 Introdução - 7 dp

AN.

EV.

AR.

BR.

AI.

UN.

UL.

GO.

ET.

UT.

OV.

EZ.

elaboração 3.ª fase proposta

envio entidades

reuniões entidades parecer Cmista

Acompanhamento

preparação consulta pública

consulta pública

ACÇÕES /2006 JAN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

ponderação resultados adequação Plano

consertação entidades parecer final CMA

aprovação RC/ AM envio DGOT-DU

publicação/ registo ACÇÕES /2007 J

AN.

FEV.

MAR.

ABR.

MAI.

JUN.

JUL.

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

publicação/ registo

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02-04-2003 3 dp

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA

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02-04-2003 4 dp

Estudos de apoio à Revisão do

Plano Director Municipal de Palmela

Componente Sócio-demográfica

INTRODUÇÃO

ANÁLISE

Dinâmica e distribuição populacionais

Famílias

Alojamentos

Estruturas Demográficas

Sexo e Idade

Estado civil, nupcialidade e divórcios

Nível de instrução

População agrícola familiar

Produtores agrícolas singulares

População empregada no Concelho de Palmela

Sector público

Sector privado

Nível e qualidade de vida da população

Situação social e económica

Situação habitacional

COMPARAÇÃO DE DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS CONTIDOS NO PDM

Componente Sócio-demográfica do PDM

População prevista para os Perímetros Urbanos

DIAGNÓSTICO DOS RECURSOS DEMOGRÁFICOS DO CONCELHO DE PALMELA

Dinâmica e Distribuição Populacionais

Famílias e Alojamentos

Composição por Sexo e Idade

Estado Civil, Casamentos e Divórcios

Nível de Instrução

População Agrícola Familiar e Produtores Agrícolas Singulares

População Empregada no Concelho

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02-04-2003 5 dp

Nível e Qualidade de Vida da População

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE QUADROS

ANEXO (QUADROS)

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho são analisadas as principais mudanças na dinâmica e estrutura da população do

Concelho de Palmela, ocorridas durante a década de 90.

É apresentado, também, um diagnóstico sobre os recursos demográficos e suas repercussões no

desenvolvimento e ordenamento do território e que poderia servir de base para a revisão do Plano

Director Municipal.

A NUT III Península de Setúbal e a NUT II Lisboa e Vale do Tejo, sub-região e região onde está

inserido o concelho de Palmela, constituem as unidades territoriais de referência para a análise. As

principais fontes de dados são os Recenseamentos Gerais da População e da Habitação de 1991 e

20011, bem como os Recenseamentos Gerais Agrícolas de 1989 e 1999.

A análise apresenta como principal limitação o facto de não estarem disponíveis os dados censitários

sobre as características socio-económicas da população, em 2001. Consequentemente, para o sector

público foi utilizado o Levantamento sobre o Emprego – Base de Dados Belém - realizado pelo

Instituto Nacional de Estatística (INE), em 1999. Quanto ao emprego no sector público, o levantamento

foi feito pela Câmara Municipal, em 2002. Contudo, não é possível estabelecer comparações com o

Censos da População de 1991, já que esses levantamentos abrangeram todos os indivíduos

empregados no Concelho de Palmela, independentemente de serem ou não residentes. Por outro

lado, a análise desta informação permite quantificar o peso de Palmela como empregador na

Península de Setúbal.

ANÁLISE

Dinâmica e distribuição populacionais

Em 2001, o Concelho de Palmela contava com 53352 habitantes o que corresponde a 7,5% e 1,5% da

população da Península de Setúbal e da Região de Lisboa e Vale do Tejo, respectivamente (figura 1).2

1 Os dados dos Censos de 2001 são provisórios. 2 Todos os quadros encontram-se em anexo.

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02-04-2003 7 dp

Figura 1 – Enquadramento do Concelho de Palmela na Região de Lisboa e Vale do Tejo e na Península de Setúbal, com a respectiva população residente (2001)

Lisboa e Vale do Tejo

Península de SetúbalPalmela

Fonte: INE, Censos

2001, Dados Provisórios A densidade da população concelhia era de 114 habs./km2, consideravelmente abaixo da média da

Sub-região (470 habs/km2) e da Região (291 habs/km2), embora tenha vindo a aumentar na última

década (1991: 94 habs./km2) (quadro 6). A densidade, relativamente baixa,3 demonstra a importância

da componente rural, consagrada no PDM, que reservou 58% da área do Concelho para uso florestal

e 28% para uso agrícola.

A maior densidade populacional verificada na década de noventa é resultado de uma forte dinâmica

demográfica, uma vez que no último período intercensitário registou-se uma taxa de crescimento

populacional de 21,6% (correspondente a um acréscimo de 9495 residentes), o dobro da verificada na

Sub-região (11,6%), mas inferior à dos municípios vizinhos de Sesimbra (35,2%), Seixal (28,4%) e

Alcochete (26,2%). Importa salientar que o crescimento da população de Palmela acelerou nessa

década, uma vez que entre 1981 e 1991, a taxa foi de 18,7%, sendo que a mesma tendência se

verificou em toda a Península de Setúbal que havia registado uma taxa de 9,5%.4.

3 O valor de 100 hab/km é o limiar superior para classificar uma área como rural, entre outros critérios. 4 Recenseamentos da População de 1981 e 1991 - Resultados Definitivos.

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Hab. (1000)

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02-04-2003 8 dp

Nos anos 90, a Península de Setúbal continuou a ser um espaço de expansão demográfica,

principalmente devido ao peso do saldo migratório no crescimento total da população5. O concelho de

Palmela seguiu essa tendência, registando nesse período um saldo natural de 337 indivíduos (ou

0,8%) e um saldo migratório de 9158 indivíduos (20,9%)6 (quadro 1; figura 4). A supremacia do

crescimento migratório sobre o natural tem sido um traço constante da evolução demográfica do

Concelho e da Sub-região desde a década de setenta.7

É de ressaltar que o saldo natural ligeiramente positivo, verificado na última década, deve-se à retoma

do crescimento de nados-vivos a partir de 1996 e à estabilização dos óbitos (quadros 2 e 3; figura 2).

Esta evolução pode ser o resultado indirecto da entrada de pessoas no Concelho, principalmente na

primeira metade dos anos 90, uma vez que a maioria dos migrantes é população jovem ou jovem

adulta e, por isso, com maior capacidade de reprodução.

Figura 2 – Número de nados-vivos e óbitos no concelho de Palmela (1991-1999)

300

350

400

450

500

550

600

650

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

nados-vivos obitos

,

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991-2000

Esta tendência positiva da dinâmica populacional no período 1991-2001, não é, no entanto,

característica de todo o território concelhio. As freguesias de Pinhal Novo (20993 habitantes) e Quinta

do Anjo (8354 habitantes) apresentaram as maiores taxas de crescimento – 36,7% e 26,7%,

respectivamente, valores acima da média do concelho, enquanto que Palmela, com 16115 habitantes,

5 Este saldo foi de 10% enquanto que o crescimento efectivo foi de 11,6%. O saldo natural, foi, portanto, de 1,5%. 6 Recenseamento da População 2001 - Resultados Preliminares. 7 Plano Director Municipal de Palmela: Componente Sociodemográfica (PDM:1997).

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registou também uma variação positiva (16,1%), mas abaixo dessa média. Por outro lado, Marateca e

Poceirão, com 3586 e 4304 habitantes, diferenciaram-se, por terem sofrido um ligeiro decréscimo

da população (-1,6% e -2,0%, respectivamente) (figuras 3 e 4).

Figura 3 – População residente nas freguesias de Palmela (2001)

#

# #

##MARATECA

PALMELA

PINHAL NOVO

QUINTADO ANJO

POCEIRÃO

N.º habitantes

# 20993

# 16115

# 8354

# 4304

# 3586

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

O assinalável crescimento demográfico das freguesias de Palmela, Quinta do Anjo e, principalmente,

Pinhal Novo, assim como do Concelho, deveu-se principalmente à entrada de população, uma vez

que, nessas freguesias, com excepção de Pinhal Novo, o número de óbitos superou o de nados-vivos.

Por outro lado, Marateca e Poceirão perderam população, no caso da primeira, devido ao saldo

natural negativo, e, no caso da segunda, por saída da população, já que essa freguesia apresentou

um saldo natural ligeiramente positivo8 (quadros 1 a 5; figura 4).

8 A análise referente à natalidade, mortalidade, crescimento natural e migratório não está completa pois só há dados disponíveis sobre nados-vivos e óbitos, ao nível de freguesia, até 1999. Consequentemente, os valores dos saldos natural e migratório para o período entre 1991 e 2001 são aproximados.

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Figura 4 – Taxas de crescimento efectivo, natural e migratório da população do

concelho de Palmela e respectivas freguesias (1991-2001)

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991-2000

Esta dinâmica desigual das freguesias reflectiu-se na distribuição da população concelhia. Em 2001,

mais de dois terços da população concentrava-se em Pinhal Novo e Palmela (37108 habitantes)

(quadro 7; figura 3). Essas são, também, as freguesias que apresentaram maiores densidades

populacionais (376 e 214 hab/km2, respectivamente), seguidas de Quinta do Anjo (162 habs/km2). Por

outro lado, Marateca e Poceirão, têm densidades muito mais baixas: 27 e 28 hab/km2,

respectivamente, o que constitui um indicador do seu carácter rural (quadro 6; figura 5).

Figura 5 – Densidade populacional nas freguesias de Palmela (2001)

-5 0

5

10

15

20

25

30

35

40

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta doAnjo

Poceirão Total

Cresc. efectivo Cresc. natural Cresc. migratório

%

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 11 dp

Habitantes/Km225 - 30150 - 199200 - 250376

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

FAMÍLIAS

Em 2001, havia 18958 famílias clássicas no Concelho de Palmela. A sua repartição pelo

território seguia o padrão da população, ou seja, a grande maioria concentrava-se nas áreas

predominantemente urbanas de Pinhal Novo, Palmela e Quinta do Anjo, com destaque para a

primeira freguesia que, inclusive, aumentou o seu peso em relação a 1991, altura em que

englobava 35,2% das famílias do concelho (quadro 8; figura 6).

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02-04-2003 12 dp

Figura 6 – Famílias nas freguesias de Palmela (2001)

#

# #

##N.º famílias

# 7475

# 5681

# 3013

# 1486

# 1303

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

Na década de noventa, ocorreu um acréscimo de 4433 famílias, o que representou uma taxa de

variação de 30,5% em relação a 1991, significativamente maior do que a referente à população

(21,6%) e à registada na Península de Setúbal (23,6%) e Região de Lisboa e Vale do Tejo (15,6%)9

(quadro 10) .

À semelhança do crescimento populacional, há diferenças significativas entre as freguesias urbanas e

rurais. Assim, Pinhal Novo (46,2%) e Quinta do Anjo (37,1%) apresentaram uma forte dinâmica

positiva, enquanto que em Palmela o número de famílias cresceu (23,9%) mas abaixo dos valores

registados para todo o concelho (30,5%). Por outro lado, Marateca e Poceirão, que registaram perdas

9 O aumento mais acentuado do número de famílias do que da população deve-se à diminuição do tamanho da família, decorrente da sua nuclearização. As famílias mais numerosas, principalmente na área rural, deram origem a famílias de menores dimensões. Note-se também que as famílias que mudaram para o concelho são, na sua maioria, de dimensão reduzida, (vide na página seguinte a dimensão das famílias).

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02-04-2003 13 dp

populacionais, apresentaram valores muito abaixo dessa média (respectivamente 9% e 3,6%) (quadro

10).

Em 2001, as famílias com dois residentes correspondiam a quase um terço do total10 (5862), sendo as

mais representativas em todas as freguesias, logo seguidas daquelas com três residentes (quadro 9;

figura 7). A única excepção foi Pinhal Novo onde estas famílias11 tiveram uma proporção um pouco

maior do que as com dois residentes. As famílias de quatro residentes apareciam em terceiro lugar,

correspondendo a cerca de um quinto do total de famílias do concelho e de cada freguesia. Por último,

encontravam-se as famílias com um residente12.

Nos anos 90, as famílias com um, dois e quatro ou mais residentes tiveram uma variação positiva de

67,5%, 48,5% e 40,6%13, respectivamente, enquanto que as famílias de três residentes sofreram um

ligeiro decréscimo (-1,1%)14 (quadro 10).

Ao nível da freguesia não se registaram grandes variações. As famílias com um residente foram as

que tiveram maior crescimento no decénio considerado, seguidas daquelas com dois. Pinhal Novo

quase duplicou o número de famílias com um residente (96,4%), tendo, ao mesmo tempo, registado

também, crescimento nas outras classes. Por outro lado, nas restantes freguesias observou-se um

decréscimo das famílias com três residentes, sobretudo em Poceirão (-27,1%), superando a média

concelhia (-1,1%) (quadro 10).

10 A predominância da família com dois residentes está relacionada, por um lado, com o número cada vez maior de casais idosos sem filhos, em particular nas freguesias rurais e, por outro, principalmente nas freguesias urbanas, com a entrada de jovens casais sem filhos, parte importante da população em idade activa, mais propensa a migrar. 11 Provavelmente, jovens casais com um filho. 12 Grande parte destas famílias devem ser constituídas por viúvos, além dos separados ou divorciados (ver "estado civil" mais adiante no texto). 13 O crescimento das famílias desta dimensão deve-se ao peso das famílias com quatro residentes, uma vez que as de mais de quatro representavam em 2001 apenas 7,3% do total. 14 Essas famílias deviam ser, provavelmente, compostas por casais com filhos, que, durante esse período, constituíram as suas próprias famílias.

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02-04-2003 14 dp

Figura 7 – Famílias segundo a dimensão nas freguesias e no concelho de

Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

0

10

20

30

40

Mar

atec

a

Palm

ela

Pinh

al N

ovo

Qui

nta

do A

njo

Poce

irão

Con

celh

o de

Palm

ela

Pení

nsul

a de

Setú

bal

Lisb

oa e

Val

edo

Tej

o

%

C/ 1 C/ 2 C/ 3 C/ 4

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

COMO CONSEQUÊNCIA DESTA TENDÊNCIA, A DIMENSÃO MÉDIA DAS FAMÍLIAS DO CONCELHO APRESENTOU UM LIGEIRO DECRÉSCIMO NA DÉCADA DE NOVENTA, PASSANDO DE

3,0 PARA 2,8 RESIDENTES, NÃO HAVENDO DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS AO NÍVEL DAS FREGUESIAS (QUADRO 11).

ALOJAMENTOS Em 2001, havia 26195 alojamentos familiares no Concelho, maioritariamente localizados nas

freguesias predominantemente urbanas, apresentando, assim, um padrão de distribuição semelhante

ao da população e das famílias (quadro 12; figura 8). Na década passada, os alojamentos familiares

cresceram 6754 unidades (34,7%) (quadro 13). As maiores taxas registaram-se exactamente nas

freguesias com maior concentração de alojamentos, ou seja, em Pinhal Novo, com 3653 (56,4%), e

Quinta do Anjo, com 1610 novas unidades (45,6%). As outras freguesias tiveram um crescimento

abaixo da média concelhia. É de ressaltar a quase inexistência de barracas no Concelho, uma vez que

as mesmas não ultrapassavam 0,5% do total de alojamentos, em todas as freguesias.

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02-04-2003 15 dp

Figura 8 – Repartição dos alojamentos pelas freguesias de Palmela (2001)

6%

29%

38%

20%

7%

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

A maioria dos alojamentos constituía residência habitual para a população concelhia (18809 ou 71,8%)

(quadro 16). Contudo, os alojamentos para uso sazonal ou secundário e vagos, ou seja, os

potencialmente à venda no mercado imobiliário, cresceram 48,8%, valor substancialmente superior

aos de residência habitual que aumentaram 30,7%, ou seja, 4414 unidades, número semelhante ao

das famílias (4433) (quadro 15). Esta tendência verificou-se, também, ao nível das freguesias, Sub-

região e Região. Consequentemente, em 2001, a média concelhia de famílias por alojamento de

residência habitual era de 1,1.

Em 2001, havia 3962 alojamentos de uso sazonal ou secundário e 3424 vagos, correspondendo,

respectivamente, a 15,1% e 13,1% do total. A proporção de alojamentos de uso sazonal/secundário do

concelho era ligeiramente menor e a de vagos maior do que a verificada na Península de Setúbal

(quadro 14, 15 e 16).

Analisando a evolução destas categorias de alojamentos entre 1991-2001, é de salientar que os vagos

registaram uma taxa de crescimento menor no concelho de Palmela do que na Sub-região, enquanto

que com os de uso sazonal/secundário se verificou o oposto.

Nos anos Noventa, o ritmo de crescimento dos três tipos de alojamento não foi, todavia, semelhante

em todas as freguesias (quadro 15; figura 9). Nas freguesias de Marateca (100%), Quinta do Anjo

(63,5%) e, com menor intensidade, Poceirão (23%), os alojamentos para uso sazonal/secundário

foram os que mais aumentaram em número ou seja, em 97, 563 e 44 unidades respectivamente15. Em

Palmela, sobressaiu o crescimento dos alojamentos de residência habitual, enquanto que em Pinhal 15 Nas freguesias de Quinta do Anjo e Poceirão este crescimento está relacionado com a forte presença de loteamentos clandestinos.

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02-04-2003 16 dp

Novo os vagos (1546 em 2001) mais do que duplicaram (104,5%). Esta freguesia sofreu, também, um

aumento significativo dos dois outros tipos de alojamentos.

Figura 9 – Taxa de variação da forma de ocupação dos alojamentos familiares das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo

(1991-2001)

-15

0

15

30

45

60

75

90

105

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode

Palmela

Penínsulade

Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

Res. hab. Saz./sec. Vagos

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios Em 2001, a distribuição espacial dos alojamentos conforme o tipo de ocupação era, também, desigual

(quadro 14; figuras 10a, 10b e 10c). Assim, em Pinhal Novo, estavam concentrados mais de um terço

dos alojamentos para residência habitual e 45,2% dos alojamentos vagos, enquanto que em Quinta do

Anjo localizavam-se mais de um terço dos alojamentos para uso sazonal/secundário. Por outro lado, a

freguesia de Palmela, comportava por volta de um quarto dos alojamentos do Concelho nos três tipos

de ocupação. No período entre 1991 e 2001, a concentração de alojamentos em Pinhal Novo

aumentou, em especial os vagos (em 1991: 32,9%) (quadro 14).

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02-04-2003 17 dp

Figura 10a – Repartição de alojamentos familiares de residência habitual por

freguesias (2001)

7%

30%

39%

16%

8%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios Figura 10b – Repartição de alojamentos familiares de uso sazonal ou secundário por

freguesias (2001)

5%

24%

29%

36%

6%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

Figura 10c – Repartição de alojamentos vagos por freguesias (2001)

5%

27%

45%

20%3%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

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02-04-2003 18 dp

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

Após a análise dos alojamentos por forma de ocupação, pode-se concluir que, nos anos 90, a oferta

de habitação parece ter ocorrido mais em termos da procura expectante de alojamentos para

residência habitual do que da procura real. De facto, partindo do pressuposto que os 3424 alojamentos

vagos em 2001 seriam ocupados por famílias de dimensão média (2,8 residentes), seria necessária a

entrada de aproximadamente 9600 pessoas nos próximos anos, valor superior ao crescimento

demográfico absoluto registado no período 1991-2001 (9495).

ESTRUTURAS DEMOGRÁFICAS

SEXO E IDADE

Em 2001, havia um equilíbrio entre sexos na população concelhia, registando-se uma relação de

masculinidade um pouco abaixo de 100 (96), valor semelhante ao registado, tanto para as freguesias

como para a Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (quadro 17). Porém, durante os anos 90,

houve uma ligeira diminuição do número de homens em relação ao de mulheres nas freguesias

predominantemente rurais, particularmente em Marateca, enquanto que as predominantemente

urbanas registaram um pequeno aumento (figura 11). Esta tendência está relacionada com as

diferentes taxas de crescimento das populações masculina e feminina das freguesias: enquanto a

população masculina de Marateca e Poceirão diminuiu (-4,1% e -3%), a feminina estagnou (0,9% e -

1,1%) (quadro 18). Por outro lado, nas freguesias predominantemente urbanas, houve um aumento

tanto da população feminina como da masculina, mas a segunda registou taxas ligeiramente mais

elevadas do que a primeira. Essas diferenças na dinâmica populacional dos sexos deve-se ao

crescimento diferenciado das diversas faixas etárias16. Nas áreas rurais, aumentou significativamente

a população idosa, na qual predominam as mulheres17, e, nas urbanas, houve um crescimento

assinalável da população em idade activa e pré-activa, a qual apresenta um maior equilíbrio entre os

sexos.

16 Ver análise da composição etária da população. 17 Devido à mortalidade diferencial dos idosos, favorável às mulheres.

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02-04-2003 19 dp

Figura 11 – Relação de masculinidade das freguesias e do concelho de Palmela,

Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Em 2001, no Concelho de Palmela residiam 8593 crianças (menos de 14 anos), representando 16,1%

da população. Os idosos (com 65 e mais anos) quase as igualavam em número (8095 ou 15,2%),

enquanto que a percentagem de jovens (entre os 15 e 24 anos) era menor, ou seja, 13,3%,

correspondendo a 7106 indivíduos. A população adulta em idade activa (25 a 64 anos) contava com

29558 indivíduos, correspondendo a 55,4% da população total (quadro 19b). Em comparação com a

Península de Setúbal, a população do concelho de Palmela era mais idosa, enquanto que em relação

à Região de Lisboa e Vale do Tejo ocorria o contrário. Nos anos 90, diminuiu o peso de crianças e

jovens na população total, enquanto que o número de adultos em idade activa e o de idosos aumentou

(quadros 19a e 19b; figura 12). Os grandes grupos etários da população total das freguesias, bem

como da Sub-região e Região apresentaram tendências semelhantes.

0

20

40

60

80

100

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode

Palmela

Penínsulade

Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

1991 2001

%

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02-04-2003 20 dp

Figura 12 - Importância relativa dos grupos etários na população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991 e 2001)

0

10

20

30

40

50

60

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991

2001

%

0-14 15-24 25-64 65 e +

Marateca Palmela PinhalNovo

Quintado Anjo

Poceirão Concelhode Palmela

Pen. deSetúbal

Lisboa eV. Tejo

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Essa evolução reflecte-se no índice de envelhecimento da população, ou seja, na relação entre o

número de idosos e o número de crianças18. Apesar de, em 2001, o valor desse índice para o total do

Concelho ter sido menor do que 100 (94,2%), o mesmo aumentou significativamente, já que, em 1991,

era de apenas 63,3% (quadro 20). Notou-se a mesma tendência na Península de Setúbal e na Região

de Lisboa e Vale do Tejo, tendo a primeira um índice de envelhecimento ligeiramente inferior (93,7%)

ao total do Concelho e a segunda consideravelmente superior (109,9%).

Há que registar, também, diferenças assinaláveis no índice de envelhecimento da população ao nível

das freguesias (figura 13). Assim, Pinhal Novo tem o índice de envelhecimento mais baixo (76%),

seguida de Poceirão (94,7%), sendo, assim, as únicas freguesias em que o número de crianças era

18 Índice de envelhecimento = População ≥ 65 anos / População 0-14 anos x 100.

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02-04-2003 21 dp

superior ao de idosos. Por outro lado, Quinta do Anjo19, Palmela20 e Marateca têm a população

consideravelmente mais envelhecida do que a média concelhia. Nos anos 90 foram as freguesias de

Marateca, Poceirão e Palmela que registaram um maior acréscimo no índice de envelhecimento, o

qual foi menos significativo em Pinhal Novo.

Figura 13 – Índice de envelhecimento da população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

0

20

40

60

80

100

120

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode

Palmela

Penínsulade

Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

%

1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

O envelhecimento acelerado da população está directamente relacionado com as diferentes dinâmicas

de crescimento dos grandes grupos etários. Embora, no último período intercensitário, a população

total tenha aumentado significativamente, os grupos etários mais jovens cresceram a um ritmo muito

mais lento. Os contingentes de crianças e jovens apresentaram aumentos muito aquém dos valores

registados para o grupo da população adulta em idade activa. Por outro lado, a população idosa

registou um forte aumento. Na Península de Setúbal e na Região de Lisboa e Vale do Tejo, a evolução

19 O elevado índice de envelhecimento desta freguesia pode estar relacionado com o facto da mesma poder ter sido uma área de construção clandestina de segundas residências, que podem ter passado a residência habitual para a população em idade de reforma, facto que pode ter contribuído para o aumento do índice de envelhecimento. Por outro lado, ainda que durante o decénio analisado, Quinta do Anjo tenha apresentado uma das taxas de crescimento populacional mais elevadas (27,7%), apenas superado por Pinhal Novo, registou uma taxa de crescimento substancialmente menor de população com idade inferior a 14 anos (9,8%). Isto pode ter contribuído para que o índice de envelhecimento fosse elevado em 2001, já que esta faixa etária constitui o denominador da fórmula deste índice. A agravar este aspecto, Quinta do Anjo foi a freguesia que teve maior crescimento das famílias com 2 elementos, que tanto podem ser casais jovens, como idosos, sem filhos. 20 Esta freguesia tem um núcleo urbano antigo, ao qual está quase sempre associado a forte presença de população idosa.

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02-04-2003 22 dp

dos grupos etários foi ainda mais negativa, tendo o número de crianças e jovens chegado mesmo a

decrescer (quadro 21). Em paralelo com o incremento do número de idosos, devido, em parte, ao aumento da esperança

média de vida da população já residente no Concelho em 1991, a fixação de jovens adultos, vindos de

outros concelhos, deve ter sido o principal factor de crescimento da população em idade activa. No

futuro, estes indivíduos podem vir a contribuir para o aumento do número de crianças, pois constituem

as faixas etárias com maior capacidade de reprodução, apesar de não poder ser esquecido o facto de,

hoje, em Portugal o índice sintético de fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher) ser

muito baixo, rondando os 1,5. Essas tendências polarizantes do crescimento demográfico são ainda mais acentuadas ao nível da

freguesia (quadro 21; figura 14). Assim, em Marateca e Poceirão, que registaram uma ligeira perda de

população no período entre 1991 e 2001, houve a diminuição muito mais significativa do número de

crianças e jovens e um grande aumento do número de idosos, o que faz prever a continuação do forte

aumento do índice de envelhecimento se não forem revertidas essas tendências. A evolução da

estrutura etária da freguesia de Palmela é, também, preocupante uma vez que, apesar de ter havido

um crescimento demográfico de 16,1%, registou-se um decréscimo do número de crianças enquanto

que o número de jovens estagnou. Foi registada uma evolução inversa da população de Pinhal Novo,

que apresentou altas taxas de crescimento em todos os grupos etários, embora o número de crianças

e jovens tenha aumentado a um ritmo quase duas vezes mais lento do que o número de adultos em

idade activa e dos idosos. Quinta do Anjo, por sua vez, apresentou uma taxa de crescimento bastante

elevada (26,1%), devido ao incremento assinalável dos grupos etários com 25 ou mais anos,

principalmente dos idosos, uma vez que o aumento do número de crianças e jovens foi muito menor

(9,8% e 4,6%, respectivamente).

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02-04-2003 23 dp

Figura 14 – Taxa de variação dos grupos etários da população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

60

70

Mar

atec

a

Palm

ela

Pinh

al N

ovo

Qui

nta

do A

njo

Poce

irão

Con

celh

o de

Palm

ela

Pení

nsul

a de

Setú

bal

Lisb

oa e

Val

e do

Tejo

%

0-14 15-24 25-64 65 e +

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Como resultado dos efeitos polarizantes do crescimento dos grupos etários, o índice de dependência

demográfica total, ou seja, a relação entre a população concelhia em idade pré e pós-activa e aquela

em idade activa21, não mudou significativamente na última década (1991: 45,1; 2001: 45,5), o que,

também, se verificou na Península de Setúbal e Região de Lisboa e Vale do Tejo (quadro 22). Pinhal

Novo, por sua vez, registou uma ligeira descida neste índice (de 46,1 para 44,8) e Quinta do Anjo e

Poceirão uma subida (de 46,6 para 49,2; de 44,1 para 48,6, respectivamente). No primeiro caso, esse

facto está relacionado com a entrada de um número considerável de pessoas em idade activa, durante

a última década e, no segundo caso, com o grande aumento do número de idosos.

Em conformidade com o acima exposto, em 2001, os índices de dependência demográfica dos

jovens22 (23,4) e idosos23 (22,1) eram bastante semelhantes. Ao nível das freguesias, destaca-se,

entre 1991 e 2001: (i) a considerável diminuição do índice de dependência dos jovens registada nas

freguesias de Marateca e Palmela; (ii) o significativo aumento do índice de dependência dos idosos

21 Índice de Dependência Demográfica Total = (População 0-14 + População ≥ 65 anos) / População 15-64 anos x 100. 22 Índice de Dependência Demográfica dos Jovens = População 0-14 anos / População 15-64 anos x 100 23 Índice de Dependência Demográfica dos Idosos = População ≥ 65 anos/ População 15-64 anos x 100.

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02-04-2003 24 dp

em todas as freguesias, com destaque para as freguesias predominantemente rurais de Marateca e

Poceirão (figuras 15 e 16). Tal deve-se ao facto de, no mesmo período, a população jovem ter

diminuído e a população idosa aumentado o seu peso em relação à população total, em todas as

escalas geográficas da análise.

Figura 15 – Índices de dependência de jovens nas freguesias e concelho de

Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

0

20

40

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode

Palmela

Penínsulade

Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

%

1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Figura 16 – Índices de dependência de idosos nas freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 25 dp

0

20

40

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode

Palmela

Penínsulade

Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

%

1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Quando a população masculina e feminina são analisadas separadamente, há alguma diferença na

distribuição dos grandes grupos etários (figura 17). Assim, a população feminina apresenta maior

percentagem de população idosa do que a população masculina, ocorrendo o contrário no caso da

população infantil e jovem. Por outro lado, as proporções dos adultos em idade activa são muito

semelhantes, ultrapassando mais da metade da população total, tanto masculina como feminina

(quadro 23).

Figura 17 – Importância relativa da população masculina e feminina do concelho de Palmela, por grupos etários (2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 26 dp

0 15 30 45 60

0-14

15-24

25-64

65 e +

%

Homens Mulheres

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

ESTADO CIVIL, NUPCIALIDADE E DIVÓRCIOS

Em 2001, quase metade da população concelhia era casada com registo, ao passo que mais de um

terço era solteira. Os indivíduos casados sem registo, em muito menor número, apareciam em terceiro

lugar (7,2%), à frente dos viúvos (5,9%) e separados/divorciados (2,9%). Contudo, quando se analisa

separadamente as populações feminina e masculina, verifica-se que o número de viúvas (2601) é

mais de quatro vezes superior ao número de viúvos (573), sendo esta a terceira categoria de estado

civil mais importante entre as mulheres24. Por outro lado, a proporção de homens solteiros (37,4%) é

maior do que a de mulheres (31,2%). O grupo dos separados/divorciados é mais numeroso entre as

mulheres (3,4%) do que entre os homens (2,3%), ocorrendo o contrário com os casados com registo25

(quadros 24a e 24b).

Não há grandes diferenças na distribuição da população pelas diversas categorias de estado civil, ao

nível das freguesias. Destaca-se, apenas, a maior proporção de casados sem registo nas freguesias

predominantemente rurais de Marateca (10,6%) e Poceirão (13%), em relação ao total do concelho

(7,2%).

24 Esta situação deve-se, em grande parte, à mortalidade diferencial, acentuada entre homens e mulheres de meia idade e idosos, favorável à população feminina. 25 Em comparação com a Sub-região e Região, pode-se dizer que os casados, com e sem registo, têm um peso ligeiramente maior no Concelho.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 27 dp

Nos anos noventa, os solteiros (34,3%) e separados/divorciados (2,9%) aumentaram a sua

participação na população total, seguidos pelos casados sem registo (7,2%) (em 1991: 20,9%, 2,0% e

5,9%, respectivamente) (quadro 25; figura 18) . Por sua vez, o peso dos casados com registo e viúvos

não mudou significativamente26.

Figura 18 – População residente, por categoria de estado civil, no concelho de Palmela (1991 e 2001)

0

10

20

30

40

50

60

70

Solt. Cas. c/ r. Cas. s/ r. Viúvo Sep./Div.

%

1991

2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Consequentemente, em 1999, a taxa bruta de nupcialidade da população do Concelho era quase igual

à registada no início da década (1991: 6,9%0; 1999: 6,3%0). Havia, porém, diferenças assinaláveis

entre as freguesias. Enquanto Pinhal Novo (6,8%0) e Palmela (6,0%0) tinham valores semelhantes,

Quinta do Anjo (5,8%0) e Marateca (5,02%0) apresentavam valores abaixo da média do Concelho e

Poceirão (7,5%0), por sua vez, acima. Por outro lado, a taxa bruta de divórcio da população concelhia

era de 2,5%0 (quadros 26 e 27) .

NÍVEL DE INSTRUÇÃO

No início desta década, o nível de instrução da população continuava a ser consideravelmente baixo.

De facto, a maioria (71,3%) dos habitantes tinha, no máximo até o ensino básico, completo ou

incompleto, salientando-se 16,9% sem nenhum nível de ensino27, quase um terço estava a frequentar

ou tinha completo ou incompleto o primeiro ciclo, um pouco mais de um décimo o segundo e outro

26 Não há dados disponíveis ao nível da freguesia sobre estado civil para 1991. 27 Deve-se lembrar que nesta categoria estão, também, incluídas as crianças em idade pré-escolar.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 28 dp

décimo o terceiro ciclo do ensino básico (quadros 30a e 30b, figura 19). Por outro lado, quase um

quinto tinha frequentado ou frequentava o ensino secundário e 9,3% o ensino médio ou superior. Em

comparação com os valores para a Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo, pode-se constatar

que a população do concelho de Palmela tinha um nível de instrução mais baixo, particularmente em

relação à população da Região.

Ao nível das freguesias, Pinhal Novo e, em especial, Palmela possuíam um nível de instrução

consideravelmente superior, ao passo que Marateca e Poceirão apresentavam um nível de instrução

consideravelmente inferior à média do Concelho (quadros 30a e 30b; figura 19). As categorias

extremas do nível de instrução, ou seja, os indivíduos sem nenhum nível de instrução ou com ensino

superior, tinham um peso ligeiramente superior na população de Quinta do Anjo, do que na do

Concelho. É importante assinalar que os indivíduos com ensino superior estavam concentrados

sobretudo em Palmela e aqueles com ensino secundário em Pinhal Novo (figuras 20 e 21).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 29 dp

Figura 19 – Repartição da população por nível de instrução, nas freguesias de

Palmela, no Concelho, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (2001)

0%

20%

40%

60%

80%

100%

M arateca Palmela P inhal Novo Quinta doAnjo

Poceirão Concelho dePalmela

Península deSetúbal

Lisboa e Valedo Tejo

Nenhum nível e ensino 1º ciclo ens. básico 2º ciclo ens. básico 3º ciclo ens. básico

Secundário Ens. M édio Ens. Superior

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

Figura 20 – Repartição da população com ensino secundário por freguesias (2001)

4%

33%

46%

13% 4%

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 30 dp

Figura 21 – Repartição da população com ensino superior ou médio por freguesias (2001)

2%

43%

36%

17% 2%

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios

Entre 1991 e 2001, o nível de instrução da população concelhia, das freguesias e da Sub-região e

Região melhorou consideravelmente (quadro 29 e figura 22). Assim, as percentagens de pessoas com

o ensino primário e com o anteriormente denominado ensino preparatório diminuíram. Por outro lado,

aumentou significativamente a proporção de pessoas com ensino secundário ou superior.28 Esses

progressos no nível de instrução da população foram ainda mais significativos se for levado em conta

que, no mesmo período, aumentou consideravelmente o peso da população idosa que, em geral, tem

um nível de instrução mais baixo do que os outros grupos etários. De facto, quando analisados os

totais do Concelho e suas freguesias, o crescimento da população com, pelo menos, o nível

secundário de ensino foi muito maior do que o da população jovem e adulta em idade activa, que

engloba a grande maioria dos indivíduos com esse nível de ensino.29

28 É de assinalar que, nos anos noventa, a percentagem da população com ensino médio, diminuiu, o que está relacionado com a inclusão desde 1986 (Lei de Bases do Sistema Educativo) do ensino politécnico no superior. 29 A população concelhia com ensino secundário cresceu 80,6%, enquanto que aquela com ensino médio ou superior mais que triplicou. Por outro lado, a população jovem e adulta em idade activa aumentou 7,4% e 25,2%, respectivamente.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 31 dp

Figura 22 – Distribuição da população por nível de instrução para o Concelho de

Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991 e 2001)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Ens. Superior

Ens. Médio

Secundário

3º ciclo ens. básico

2º ciclo ens. básico

1º ciclo ens. básico

Nenhum nível ensino

Concelho de Palmela Península de Setúbal Lisboa e Vale do Tejo

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

Quando se analisa o perfil educacional da população levando em conta o sexo, observa-se que, em

2001, os níveis extremos de instrução tinham maior peso na população feminina (quadro 30b). Assim,

a participação de, por um lado, indivíduos sem nenhum nível de ensino e, por outro, com nível de

ensino superior era maior entre as mulheres do que entre os homens. Isto aplica-se, também, às

outras escalas geográficas de análise, talvez pelo facto do maior empregador do Concelho ser a

indústria automóvel, que geralmente emprega mão-de-obra qualificada masculina, com o ensino

básico ou secundário30; ao passo que as actividades relacionadas com os equipamentos sociais, como

a educação, cultura e saúde, para as quais são, em alguns casos, exigidas qualificações de nível

superior, são, provavelmente, a principal fonte de emprego para a população feminina. Por outro lado,

a maior percentagem de mulheres sem nenhum nível de ensino em relação aos homens deve-se ao

facto das mulheres serem maioritárias na população idosa, aquela com menor nível de ensino.

Em 2001, 10004 indivíduos frequentavam algum nível de ensino, o que correspondia a 18,8% da

população total (quadro 31). As freguesias de Palmela (20,4%) e Pinhal Novo (19,2%) registavam

percentagens acima da média do Concelho. Contudo, se apenas fosse considerada a população com

30 Ver mais adiante no texto - População empregada no sector privado da economia do Concelho.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 32 dp

menos de 25 anos, o peso da população estudante aumentaria significativamente31 (quadro 32).

Assim, quase dois terços da população concelhia abaixo dessa idade seria estudante, chegando esse

segmento da população aos valores de 72,9% na freguesia de Palmela. É de realçar, também, que o

peso de estudantes é maior entre as mulheres do que entre os homens, quer no total do Concelho,

quer em todas as freguesias.

Em relação a 1991, registou-se um aumento de quase um quinto na população total a frequentar o

ensino, ao passo que na Península de Setúbal e na Região de Lisboa e Vale do Tejo houve apenas

um ligeiro acréscimo do contingente estudantil.

POPULAÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR

Em 1999, a população agrícola familiar concelhia abrangia 7536 pessoas, ou seja, 14,1% da

população total32, valor muito superior à média da sub-região agrícola da Península de Setúbal (2,2%)

(quadro 33). Contudo esse indicador variou bastante ao nível das freguesias. Assim, como seria de

esperar, Marateca e, principalmente, Poceirão apresentaram os valores mais elevados (25,9% e

47,7%, respectivamente). Nesta última freguesia residia o maior número de população agrícola

concelhia (27,2%), embora as freguesias predominantemente urbanas de Palmela e Pinhal Novo

concentrassem metade dessa população (quadro 34a e figura 23).

Figura 23 – Repartição da população agrícola familiar por freguesias (1999)

31 Parte-se do pressuposto que a grande maioria da população estudante pertence aos grupos etários de 5 a 14 e de 15 a 24 anos. Os dados sobre o nível de instrução por grupos etários só estarão disponíveis quando da divulgação dos Resultados Definitivos do Censo da População de 2001. 32 O peso da população agrícola no total em 1999 foi determinado com base na população constante no Censos 2001, uma vez que o valor estimado pelo INE nas “Estatísticas Demográficas” (49.320 habitantes) ficou abaixo do verificado, considerando o crescimento populacional intercensitário 1991-2001 (950 indivíduos/ano), facto que justifica a metodologia adoptada. Também no cálculo do peso da população agrícola no total em 1989 foi considerada a população constante nos Censos 1991.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 33 dp

12%

26%

24%

11%

27%Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura, 1999.

Embora o peso da população agrícola familiar ainda seja importante, esta diminuiu em mais de um

terço entre 1989 e 1999. As perdas foram mais significativas em Pinhal Novo (-54,3%), que nos anos

90 viu o seu peso decrescer no total da população agrícola concelhia. Ao nível do Concelho, o

decréscimo dessa população foi, no entanto, menor do que o da Sub-região e Região (figura 24).

Figura 24 – Taxa de variação da população agrícola familiar nas freguesias de

Palmela, no Concelho, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (1989-1999)

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0Marateca Palmela

PinhalNovo

Quinta doAnjo Poceirão

Concelhode Palmela

Penínsulade Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura 1989 e 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 34 dp

Em 1999, a população agrícola familiar do Concelho33 caracterizava-se maioritariamente por: (i) ter o

1º ciclo do ensino básico (67,9%) e formação profissional agrícola exclusivamente prática (80,9%); (ii)

dedicar-se à agricultura a tempo parcial (67,1%), mas não exercer actividade remunerada exterior à

exploração (63,8%). É de acrescentar que, de entre os agricultores que se dedicavam à agricultura a

tempo parcial, mais de metade ocupava menos de 25% do seu tempo de trabalho com essa

actividade. Isto permite deduzir que uma boa parte da população agrícola familiar devia ter algum

rendimento proveniente de outra fonte, provavelmente de pensões de reforma e não de uma

actividade remunerada, uma vez que a maioria dessa população era idosa.

No grupo minoritário (um terço) que se dedicava a alguma actividade fora da exploração, 76,1% eram

trabalhadores por conta de outrém e quase todos (95,7%) consideravam essa actividade a principal

fonte de rendimentos, sendo o sector terciário o mais representado (47,8%).

Produtores agrícolas singulares

Em 1999, os produtores singulares representavam um terço da população agrícola concelhia, ou seja,

2666 indivíduos. A sua repartição pelas freguesias não diferia muito da repartição da população

agrícola, ou seja, mais de 60% dos produtores estavam concentrados nas freguesias

predominantemente urbanas, apesar do maior número ter sido registado em Poceirão (quadro 34a).

Como no caso da população agrícola familiar, houve um decréscimo do número de produtores

singulares na década de noventa, o qual foi, no entanto, um pouco menos acentuado (população

agrícola: -37,8%; produtores: -33,1%) (quadro 35). Consequentemente, o peso dos produtores no total

da população agrícola aumentou ligeiramente (1989: 32,9%; 1999: 35,4%), o que se deve,

provavelmente, ao facto de nas explorações agrícolas viverem cada vez mais casais idosos sem

filhos.

Em 1999, a maioria dos produtores singulares eram homens (77,9%), embora a proporção de

mulheres tenha vindo a aumentar, o que está ligado à sua maior longevidade (quadro 36). De facto,

um terço dos produtores tinham 65 ou mais anos, tendo o seu peso no total aumentado

consideravelmente na década de noventa (16%), enquanto que o número dos de idade inferior a 55

anos diminuiu cerca de 50% (quadros 37a e 37b). Esta tendência denota a falta de renovação deste

grupo, ainda importante na população activa do Concelho.

33 INE, Recenseamento Agrícola de 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 35 dp

O nível de instrução e qualificação profissional dos produtores singulares era reduzido: mais de

metade tinha o primeiro ciclo do ensino básico, enquanto que quase um terço não tinha nenhum grau

de ensino. Os residentes nas freguesias de Palmela e Pinhal Novo tinham um nível de instrução acima

da média concelhia, ao contrário dos residentes das restantes freguesias (quadros 38a e 38b).

Quase todos os produtores singulares tinham uma formação agrícola exclusivamente prática (93,7%).

De facto, eram apenas 29 os produtores com ensino médio ou superior agrícola/florestal,

representando apenas 1,1% do total. Estes estavam presentes em todas as freguesias, com excepção

de Quinta do Anjo.

Deve-se acrescentar que os produtores singulares eram, na sua quase totalidade, autónomos (95%),

dirigindo as actividades na exploração agrícola (99,3%).

Em 1999, a grande maioria dos produtores singulares do Concelho praticava a agricultura a tempo

parcial (81%), sendo que um terço lhe dedicava apenas menos de 25% do seu tempo de trabalho.

Contudo, há diferenças significativas entre as freguesias (quadros 39a e 39b; figura 25). Em

Marateca, Poceirão e Palmela, os produtores que dedicavam menos de 50% de seu tempo à actividade agrícola eram maioritários, sendo que, entre eles, predominavam os pertencentes à

categoria 0-25%. Em Pinhal Novo e, principalmente, Quinta do Anjo, o maior número de produtores

estava nas categorias extremas de tempo de trabalho, ou seja, de 0-25% e mais de 75%.

Figura 25 – Produtores agrícolas singulares, segundo a categoria de tempo dedicado à agricultura nas freguesias de Palmela, no Concelho, na Península de

Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (1999)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 36 dp

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode Palmela

Penínsulade Setúbal

Lisboa eVale do

Tejo

Tempo completo

> 75 - < 100 %

> 50 - < 75 %

> 25 - < 50 %

> 0 - < 25 %

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura, 1999.

Na década de noventa, em todas as freguesias do Concelho, o número e a importância relativa de

produtores singulares com menos de 25% de tempo de trabalho e de produtores a tempo inteiro na

agricultura aumentou, enquanto que as categorias intermédias sofreram uma diminuição (quadros 39a

e 39b; figura 26). Esta tendência polarizante foi concomitante com a concentração das explorações, o

que levou ao aumento considerável da sua dimensão média (1989: 5,9 ha; 1999: 8,6 ha)34 (quadro 40).

Este processo ocorreu, também, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo. Em todas as

freguesias decresceu o número de explorações, tendo aumentado a SAU, com destaque para Pinhal

Novo que viu o seu número de explorações diminuir para a metade e a SAU quase duplicar (figura 27).

A única excepção foi Palmela onde houve um decréscimo, tanto do número de explorações, como da

SAU. Esses decréscimos verificaram-se, também, ao nível do concelho.

34 Ou seja, a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) dividida pelo número de explorações.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 37 dp

Figura 26 – Taxa de variação do número de produtores agrícolas singulares,

segundo a categoria de tempo dedicado à agricultura no concelho de Palmela e respectivas freguesias (1989-1999)

-100

-50

0

50

100

150

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta doAnjo

Poceirão Concelho dePalmela

%

> 0 - < 25 %> 25 - < 50 %> 50 - < 75 %> 75 - < 100 %Tempo completo

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura 1989 e 1999.

Figura 27 – Taxa de variação do número de explorações agrícolas e de Superfície Agrícola Útil (SAU) no concelho de Palmela e respectivas freguesias (1989-1999)

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

Marateca Palmela PinhalNovo

Quinta doAnjo

Poceirão Concelhode Palmela

%

N.º Explorações

Área

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 38 dp

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura 1989 e 1999. As tendências acima verificadas significam provavelmente que a agricultura familiar para

autoconsumo, em que a cultura da vinha se destaca, continua a ser importante, como complemento

dos rendimentos, em paralelo à crescente valorização da agricultura de mercado em maiores

explorações onde predominam os prados e pastagens permanentes ou temporárias. Essa dicotomia é

mais aparente em Pinhal Novo e Poceirão.

Em 1999, ao nível do Concelho, apesar da maioria (81%) dos produtores individuais se dedicar à

agricultura a tempo parcial, apenas 39,8% eram pluriactivos, ou seja, exerciam uma actividade externa

remunerada, repetindo-se, assim, a mesma situação da população agrícola familiar. A nível de

freguesia, apenas em Marateca (44,2%) e Poceirão (49,2%) o número de produtores que exercia

actividade fora da agricultura se aproximava da metade de todos os produtores. Eram estas, também,

as freguesias com maior porcentagem de agricultores a tempo parcial.

De entre a minoria constituída por produtores pluriactivos do Concelho, em 92,4% dos casos a sua

principal fonte de rendimentos provinha de actividade exterior remunerada (quadro 41). Os valores

registados para as freguesias não diferem muito da média concelhia, sendo a única excepção

Poceirão, cuja percentagem de produtores com actividade exterior remunerada como principal fonte

de rendimentos era um pouco menor (87,9%).

POPULAÇÃO EMPREGADA NO CONCELHO DE PALMELA35

Sector público

Em Setembro de 2002, estavam empregadas 1448 pessoas no sector público do Concelho (quadro

42; figura 28). As instituições do poder local empregavam 1022 pessoas, ou seja, 70,6% do total,

sendo que a grande maioria (926) trabalhava na Câmara Municipal. Seguem-se as instituições ligadas

à educação e saúde com, respectivamente, 10,5% e 9,9% do total de empregados no sector público.

Os restantes trabalhadores (130 ou 9,0%) estavam distribuídos por instituições representativas do

poder central, destacando-se a Guarda Nacional Republicana com 74 efectivos.

35 Os dados referentes ao emprego nos sectores público e privado não são comparáveis pois provêm de fontes diferentes e correspondem a anos diferentes.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 39 dp

Figura 28 - Emprego no sector público do concelho de Palmela (2002)

4%5%

10%

10%

2%4% 65%

Câmara Municipal Juntas de FreguesiaPalmela Desporto Estabelecimentos de ensinoCentro de Saúde Guarda Nacional RepublicanaOutros

Fonte: CMP, 2002

Sector privado36

Em 1999, a maioria dos 16686 empregados das sociedades sediadas no Concelho (51,2%)

concentrava-se no sector secundário da economia, seguido do sector terciário, com 17,5%. Por outro

lado, enquanto apenas 3% de pessoas estavam empregadas em sociedades do sector primário,

quase exclusivamente relativas à agricultura, a proporção de empresários em nome individual nas

actividades desse sector era consideravelmente maior, ou seja, 8,0%, num universo de 3868 pessoas.

Contudo, é no sector terciário que se concentrava a maioria desses empresários (64,9%) (quadro 43).

As actividades industriais davam trabalho a 7968 pessoas, ou seja, 83,1% do volume de emprego no

sector secundário, incluindo os empresários em nome individual. A fabricação de veículos automóveis,

reboques e semi-reboques abrangia 6022 postos de trabalho, ou seja, 75,6% do trabalho industrial e

29,3% do volume total de emprego.37 A produção alimentar e de bebidas ocupava o segundo lugar,

com 884 postos de trabalho, ou seja, 11,1% do emprego industrial.

36 Foram tratados 81,2% dos dados referentes ao número de empregados em sociedades, enquanto que os restantes não foram divulgados por serem confidenciais. Assim, apenas se obteve uma estimativa do volume e tipo de emprego nas sociedades sediadas no Concelho, no final dos anos 90. 37 A AutoEuropa, sediada em Quinta do Anjo, empregava 3838 pessoas o que correspondia a 48,1% dos postos de trabalho na indústria e 18,7% do total.

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02-04-2003 40 dp

A construção civil aparecia em segundo lugar (16,9%) no volume de trabalho do sector secundário,

empregando 1622 indivíduos. Porém, considerando apenas os empresários em nome individual, esse

ramo de actividade passava a ocupar o primeiro lugar, com 785 indivíduos, o que representava 74,7%

do total de empresários nesse sector.

O sector terciário empregava 5427 pessoas, o que correspondia a 26,4% dos postos de trabalho e era

dominado pelas actividades comerciais. Assim, o "comércio a retalho (25,6%) e por grosso (19,4%),

exceptuando veículos automóveis" ocupavam o primeiro e segundo lugares no volume total de

emprego nesse sector. Seguiam "outras actividades de serviços prestados principalmente às

empresas" (16,5%), "comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis" (11,3%),

"alojamento e restauração" (10,1%), bem como "transportes terrestres, por oleoduto ou gasodutos"

(6,8%). As sociedades ligadas à educação, saúde e cultura correspondiam apenas a 3,2% do volume

total de emprego.

Quando se separam os empresários em nome individual dos empregados nas sociedades sediadas no

Concelho, há algumas diferenças quanto ao grau de importância das diversas actividades terciárias.

Assim, entre os primeiros, o "comércio a retalho, exceptuando veículos automóveis" (43,7%)

continuava em primeiro lugar, seguido pela "restauração e alojamento" (14%) e o "comércio por grosso

exceptuando veículos automóveis" (11,7%). Por outro lado, no caso das sociedades, o "comércio por

grosso" passava a ocupar o primeiro lugar (26,0%), seguido por "outras actividades de serviços

prestados principalmente às empresas" (21,0%) e, de longe, pelo "comércio, manutenção e reparação

de veículos automóveis" (14,7%).

Quase três quartos dos empregados trabalhavam em sociedades constituídas entre 1994 e 1999,

enquanto que cerca de um quinto dos postos de trabalho estavam em sociedades que começaram a

funcionar entre 1989 e 1993. Contudo, em 12,5% dos casos, não foi possível determinar o ano de

constituição da sociedade (quadro 44).

Em 1999, 33,6% dos empregados trabalhava em sociedades anónimas, um quarto em sociedades por

quotas e 15,9% eram empresários em nome individual. As restantes formas jurídicas de sociedades

não estavam representadas ou estavam apenas residualmente (quadro 45).

A maioria das sociedades sediadas no Concelho eram micro-empresas, ou seja, não tinham

empregados (23% ou 252 unidades) ou pertenciam à classe 1-4 empregados (49,2% ou 540

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unidades), seguidas de 152 pequenas empresas, ou seja, que empregavam entre 5 e 9 indivíduos

(13,9%). Nas categorias das médias empresas, entre os 10 e 499 empregados, estavam incluídas 150

unidades que correspondiam a apenas 13,7% do total. As grandes empresas (500 ou mais

empregados) eram em número de três (0,3%) (quadro 46).

A maior parte das sociedades estavam localizadas nas freguesias de Palmela (37,7%) e Pinhal Novo

(33,5%). Contudo as diferenças entre freguesias eram assinaláveis quando se considera a dimensão

das sociedades (quadro 47; figuras 29a-d). Enquanto a maioria das micro e pequenas empresas

estavam quase igualmente repartidas entre aquelas duas freguesias (cada uma com cerca de um

terço do total), Palmela (44%), seguida de Quinta do Anjo, com 29,3%, concentravam o maior número

de médias empresas. Por outro lado, a freguesia de Quinta do Anjo destacava-se por concentrar três

grandes empresas, duas das quais com mais de 1000 empregados, incluindo a AutoEuropa. As

freguesias predominantemente rurais de Marateca e Poceirão tinham uma participação residual em

todas as dimensões de sociedades.

Figura 29a – Repartição de sociedades com menos de 5 pessoas ao serviço por freguesias (1999)

37%

16%

5% 6%

36%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Fonte: INE, “Base de Dados Belém”, 1999.

Figura 29b – Repartição de sociedades com 5-9 pessoas ao serviço por freguesias

(1999)

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30%

14%

5%11%

40%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Fonte: INE, “Base de Dados Belém”, 1999.

Figura 29c – Repartição de sociedades com 10-499 pessoas ao serviço por

freguesias (1999)

29%

21%

44%

1% 5%

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, “Base de Dados Belém”, 1999.

Figura 29d – Repartição de sociedades com 500 e mais pessoas ao serviço por

freguesias (1999)

0%0%

100%

0%

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Fonte: INE, “Base de Dados Belém”, 1999.

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02-04-2003 43 dp

Quanto às micro-empresas, em todas as freguesias predominavam as que foram constituídas a partir

de 1995, enquanto que as pequenas empresas foram implantadas em maior número na primeira

metade da década de noventa (quadros 49a-f). Nas freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do

Anjo, o peso de médias empresas criadas antes e durante os anos 90, eram bastante próximas,

enquanto que em Marateca a maioria, de um total de apenas sete sociedades, datava dos anos 80 ou

era anterior a esta data. Na freguesia de Poceirão, por sua vez, predominavam micro, pequenas e

médias sociedades (apenas duas) que foram constituídas na segunda metade da década de noventa.

As três grandes sociedades localizadas na freguesia de Quinta do Anjo foram, também, criadas nesse

período.

NÍVEL E QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO

SITUAÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA O quadro abaixo contém alguns indicadores referentes ao Concelho de Palmela,

comummente usados para avaliar a situação social e económica da população. Note-se que a

taxa de desemprego e a de mortalidade infantil , apresentavam valores inferiores ao passo

que o consumo doméstico de electricidade valores superiores aos registados para a

Península de Setúbal.

Indicador Concelho de Palmela Península de Setúbal Taxa de desemprego (%)

(2001)38

7,9 8,9

Taxa de mortalidade

infantil (óbitos por mil

nados vivos), (1996-

2000)39

3,0 5,0

Electricidade para uso

doméstico por

2,6 2,1

38 Fonte: INE – Censos 2001 – Resultados Definitivos. 39 Fonte: Retracto Territorial (http://www.ine.pt)

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02-04-2003 44 dp

consumidor (milhares de

kw) (2000)40

Por outro lado, em 2000, os valores referentes ao número de médicos (1,6) e de farmácias

(1,9) por 1000 habitantes, eram ligeiramente menores do que os registados para a Sub-

Região (2,2 médicos e 2 farmácias por 1000 habitantes), situação para a qual deve ter

contribuído o peso ainda considerável da população rural, maioritariamente idosa e dispersa

pelo Concelho o que dificulta a prestação desses serviços.

Um segmento da população que deveria merecer atenção especial por parte dos técnicos de

planeamento e decisores são os indivíduos com algum tipo de deficiência física ou mental, os

quais eram 3081 a viver no Concelho, em 200141, o que correspondia a 5,8% da população

total. De entre eles, os deficientes motores (782 ou 28,2%) ou visuais (716 ou 23,2%)

constituíam mais de metade, sendo também significativos os deficientes auditivos (402 ou

13,1%). Mais de um terço da população com alguma deficiência eram idosos (1118) e, entre

eles, os mais numerosos eram os deficientes motores (372 ou 33,3%). Este tipo de deficiência

predominava também na população adulta em idade activa (426 ou 26,9%), enquanto que

entre as populações mais jovens (0 a 24 anos) destacavam-se os indivíduos com deficiência

visual (136 ou 46,1%).

SITUAÇÃO HABITACIONAL Em 2001, a grande maioria dos alojamentos do Concelho era ocupada pelos seus proprietários

(83,5%), destacando-se a freguesia de Pinhal Novo, com valores de 92,2% (quadro 50).

Em 2001, os edifícios com apenas um alojamento, em número de 15292, constituíam uma larga

maioria (88,4%) no total dos 17308 edifícios localizados no Concelho (quadro 51). O peso dos edifícios

dessa dimensão era consideravelmente maior em Marateca (95,1%) e Poceirão (96,1%) e na

freguesia predominantemente urbana de Quinta do Anjo (93,5%) (figura 30). Os edifícios de dois a

seis alojamentos, que apareciam em segundo lugar, eram em muito menor número (1403) e estavam

concentrados em Pinhal Novo (553) e Palmela (438). Por outro lado, os edifícios com sete a doze

40 Fonte: Retracto Territorial (http://www.ine.pt) 41 INE – Censos 2001, Resultados Provisórios.

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alojamentos (543) apresentavam maiores percentagens nas freguesias de Palmela (132 unidades) e,

principalmente, Pinhal Novo (402 unidades), enquanto que os 70 edifícios com treze ou mais

alojamentos correspondiam a apenas 0,4% de todos os edifícios do Concelho, sendo encontrados

apenas nessas freguesias, principalmente na última (43 unidades).

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Figura 30 – Edifícios segundo o número de alojamentos, no concelho e nas

freguesias de Palmela (2001)

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000

Marateca

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

Poceirão

Concelho de Palmela

N.º de edifícios

1 2-6 7-12 13 ou +

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios.

Como consequência, a média de alojamentos por edifícios é de 1,5, tendo praticamente estagnado

nos anos 90 (1991: 1,3). De entre as freguesias, destacava-se Pinhal Novo com 2,2 alojamentos por

edifício, enquanto que nas outras freguesias esse valor era abaixo da média concelhia (quadro 52).

O número médio de edifícios construídos anualmente (400 unidades) foi maior nos anos 90 contra as

371 unidades anuais no período entre 1971 e 1990. Isto ocorreu nas freguesias urbanas uma vez que,

nas rurais, a maior intensidade de construção verificou-se nos anos 70 e 80 (quadro 53).

Em 2001, ao nível concelhio, mais de três quartos dos edifícios eram abrangidos por recolha de

resíduos sólidos. As freguesias melhor servidas eram Quinta do Anjo (87,6%) e Pinhal Novo (82,9%),

enquanto que Palmela (75,2%), Marateca (72,3%) e, principalmente, Poceirão (56,1%) estavam

abaixo da média do Concelho42.

42 Contudo, segundo dados fornecidos pela Câmara Municipal de Palmela, a população abrangida pela recolha de resíduos sólidos chega a atingir os 90%. Talvez a diferença nos valores registados pelo INE e pela CMP deve-se ao facto de, como já foi mencionado, uma larga maioria dos edifícios terem apenas um alojamento, principalmente nas freguesias rurais, enquanto que os edifícios com mais de um alojamento e por conseguinte, com um número maior de habitantes estão concentrados nas freguesias urbanas onde se realiza mais facilmente a recolha de resíduos sólidos.

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Praticamente todos os alojamentos do Concelho tinham electricidade (99,6%), água (97,5%) e esgotos

(97,4%),43 não havendo grandes variações entre as freguesias, excepto nas predominantemente rurais

de Marateca e Poceirão que apresentavam proporções um pouco inferiores: 93,8% e 94,7% (água) e

93,9% e 92,9% (esgotos), respectivamente (quadros 54, 55 e 56).

43 O Censo da População e Habitação de 2001 - Resultados Provisórios incluiu os sistemas de esgotos – privados (individuais ou colectivos) e públicos - numa mesma categoria geral (“esgotos”). De acordo com informação fornecida pela Câmara Municipal de Palmela, aproximadamente 50% da população é servida pela rede pública de esgotos, localizando-se esta sobretudo nas áreas urbanas do concelho.

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COMPARAÇÃO DE DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS CONTIDOS NO PDM

Componente Sócio-demográfica do PDM O quadro apresentado a seguir demonstra que os indicadores referentes à dimensão e crescimento populacionais, bem como ao número de alojamentos, contidos na "Componente Sócio-demográfica do PDM", calculados com base em fontes de dados anteriores a 1991, foram sobrestimados, quando comparados com os dados obtidos dos Censos da População e Habitação de 1991 e 2001. Componente Sócio-demográfica do PDM (Censos Anteriores a 1991)

Caracterização Sócio-demográfica (Censos da População e Habitação de 1991 e 2001)

População estimada para 2000: 68 000 População efectiva em 2001: 53 352 Crescimento estimado para 1990-2000: 37%

Crescimento efectivo da população 1991-2001: 21,6%

Acréscimo estimado de alojamentos familiares para 1990-2000: 7000

Crescimento dos alojamentos familiares 1991-2001: 4 414

POPULAÇÃO PREVISTA PARA OS PERÍMETROS URBANOS

O quadro abaixo compara a população estimada dos perímetros urbanos, especificados no PDM, em

pleno preenchimento da malha urbana, com a população das freguesias e do Concelho, no momento

do Recenseamento da População de 2001. Note-se que, entre 1991 e 2001, a população de Pinhal

Novo aumentou 36,7%, seguida de Quinta do Anjo (26,7%), e Palmela (16,2%). Em comparação, no

futuro, Pinhal Novo deveria mais do que duplicar e Quinta do Anjo e Palmela mais do que triplicar a

população para que fossem atingidos os valores estimados no PDM.44

44 É importante mencionar que a grande maioria da população agrícola, que em 1999 representava 14,1% da população total, reside fora dos perímetros urbanos. Assim, a partir de 2001, se fosse excluído esse segmento da população, os efectivos populacionais deveriam crescer a uma taxa ainda mais elevada, para que se atingisse a população estimada para os perímetros urbanos no PDM.

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Freguesias (1)

PDM - População prevista para os perímetros urbanos (2)

Censos da População 2001 (3)

Diferença (nº) (2-3)

Crescimento populacional 1991-2001 (%) (Censos)

Taxa de Crescimento populacional a partir de 2001** (%)

Marateca 5205 3586 1619 - 1,6 45,1 Palmela 65923 16115* 49808 16,2 309,1 Pinhal Novo 47293 20993* 26300 36,7 125,3 Qta. do Anjo 40591 8354 32237 26,7 385,9

Poceirão 3534 4304 -770 - 2,0 -17,9 CONCELHO 162546 53352 109194 21,6 204,7 Fonte: PDM Palmela; INE, Censos 1991 – Dados definitivos; INE, Censos 2001, Dados Provisórios. * A população prevista para o perímetro urbano Olhos d'Água/Lagoinha I e II/Vale de Touros foi dividida entre as freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo, já que uma parte do lugar de Olhos d'Água está localizada em Pinhal Novo e outra em Quinta do Anjo, ao passo que os outros lugares estão situados em Palmela. ** Corresponde à taxa de crescimento populacional prevista a partir de 2001, por forma a atingir a população prevista para os perímetros urbanos do PDM. Calculou-se da seguinte forma: [(População prevista nos perímetros urbanos do PDM - População recenseada no Censo de 2001) / População recenseada no Censo de 2001] x 100.

DIAGNÓSTICO DOS RECURSOS DEMOGRÁFICOS DO CONCELHO DE PALMELA

Dinâmica e Distribuição Populacionais

1. A massa demográfica é bastante significativa oferecendo boas

condições para o desenvolvimento de actividades que necessitam de mercado de consumidores e de mão-de-obra de consideráveis dimensões.

2. O crescimento demográfico assinalável, devido quase exclusivamente à

entrada de população, aliado ao número considerável de residentes temporários, potencial população permanente, demonstra a capacidade de fixação e atracção de efectivos, criando-se, assim, condições para um crescimento demográfico sustentável, uma vez que a entrada da população, maioritariamente adulta jovem, pode aumentar o saldo natural, pelo menos, a médio prazo, como já se verificou na segunda metade dos anos 90.

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3. A situação demográfica do Concelho continua a ser marcada pelas disparidades intraconcelhias em relação à dinâmica e distribuição populacionais. De facto, na Zona Oeste, as freguesias predominantemente urbanas de Pinhal Novo, Palmela e Quinta do Anjo - com áreas de loteamentos e construções ilegais, principalmente na última, onde é marcante a desagregação da estrutura fundiária - registaram acréscimos e maiores concentrações populacionais, basicamente devido à entrada de população para o Concelho. Por outro lado, na Zona Leste, as freguesias predominantemente rurais de Marateca e Poceirão, "marcadas pela estrutura agrária do latifúndio" (PDM, 1997) e por áreas de povoamento disperso, associadas a pequenas e médias propriedades sofreram um esvaziamento populacional, embora ainda incipiente. Não se deve esquecer, também, que a área dessas duas freguesias corresponde a 60,6% da superfície total do Concelho.

4. A pressão crescente exercida pela população nos recursos naturais,

principalmente no solo, resultante da necessidade de construção de novas habitações e equipamentos sociais, ocorre em paralelo com o perigo de esvaziamento das áreas rurais que já registam perdas ligeiras de população, o que pode vir a contribuir para a degradação da paisagem rural tradicional. É ainda mais agravante o facto de estarem localizados nas freguesias rurais os espaços naturais que segundo o PDM (1997) "reúnem melhor condições para o desenvolvimento turístico”.

Famílias e Alojamentos 5. A importância crescente da família nuclear, geralmente com três

membros requer o desenvolvimento de serviços de proximidade, incluindo investimentos em equipamentos de apoio a esse tipo de famílias.

6. Os alojamentos para residência habitual cresceram em harmonia com o

aumento das famílias.

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7. O crescimento de alojamentos para uso secundário foi forte, principalmente em Quinta do Anjo e Marateca, o que confirma a crescente importância do Concelho como lugar de preferência para a localização de segundas residências, ao que está associada a presença importante de residentes temporários cujas necessidades devem ser satisfeitas em termos de equipamentos sociais e, principalmente, de lazer e turismo. Daí ser importante conhecer melhor essa população que não faz parte da população residente e, assim, não é abrangida pelo recenseamento. Isto é consentâneo com o PDM (1997) que prevê para as freguesias de Quinta do Anjo e Marateca "espaços dedicados ao turismo residencial”, ou seja "parques residenciais também de utilização turística".

8. O número relativamente elevado de alojamentos vagos, concentrados

sobretudo em Pinhal Novo, denota a larga oferta de fogos para residência habitual na expectativa da continuação de entradas significativas de população para o Concelho e/ou redistribuição da população entre freguesias. Resta saber se essa oferta contempla, também a procura de residência secundária.

9. O aumento da concentração de alojamentos em Pinhal Novo,

principalmente dos vagos, denota uma maior pressão nos recursos desse território, principalmente o solo.

Composição por Sexo e Idade 10. Ao nível do Concelho, há equilíbrio quantitativo entre os sexos e o

índice de envelhecimento da população é, ainda, relativamente baixo, embora haja comportamentos diferenciados entre freguesias.

11. Poceirão apresenta ainda uma estrutura etária favorável, com um

índice de envelhecimento abaixo de 100, embora este tenha vindo a crescer significativamente nos anos 90. Consequentemente, deve-se tentar fixar a população mais jovem para garantir a sustentabilidade demográfica desta freguesia rural.

12. Os índices relativamente baixos de dependência demográfica total

das freguesias são indicativos da ainda fraca pressão dos não activos

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sobre a população activa e demonstram, também, um equilíbrio quantitativo entre as populações infantil/ juvenil e idosa.

13. Os adultos em idade activa (25 a 64 anos), maioritários, requerem a

criação e/ou melhoria de equipamentos e serviços de lazer e culturais, dos quais são os maiores consumidores, o que pode alargar o leque de oportunidades de emprego nessas actividades de serviços.

14. O ritmo de envelhecimento da população acelerou consideravelmente nos anos 90 em paralelo com a estagnação das faixas etárias mais jovens, que chegaram a diminuir em Marateca, Poceirão e Palmela.

15. As disparidades espaciais na distribuição e crescimento dos grandes

grupos etários manifestam-se (i) numa maior concentração e num maior crescimento do número de crianças, jovens e adultos em idade activa em Pinhal Novo; (ii) no crescimento considerável do número de idosos em todas as freguesias, com destaque para Palmela e, principalmente, Quinta do Anjo. Isto faz com que haja necessidades específicas das freguesias, em termos de equipamentos sociais de apoio aos diferentes grupos etários.

Estado Civil, Casamentos e Divórcios 16. A taxa bruta de nupcialidade estabilizou nos anos 90 e continua a ser

sensivelmente maior do que a taxa de divórcio. 17. O número considerável de mulheres viúvas, provavelmente idosas a

viverem sozinhas e nas áreas rurais, requer crescente atenção ao nível de equipamentos e serviços de assistência social.

Nível de Instrução 18. O nível de instrução da população melhorou consideravelmente, a par

do crescimento significativo da população estudante nos anos 90, a qual representa uma importante base de recursos humanos a fixar e explorar. Estas tendências podem contribuir, a médio e longo prazo, para aumentar a capacidade do Concelho em atrair investimentos e criar ofertas mais diversificadas de emprego, ainda muito dependente da indústria automóvel.

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19. O número cada vez maior de mulheres com nível superior de

instrução representa um importante recurso que pode atrair empresas de tecnologia de ponta, principalmente nos serviços, diversificando assim a oferta de emprego.

20. O nível de instrução continua a ser baixo, agravado pelas

desigualdades na distribuição da população mais qualificada, que está concentrada em Palmela e Pinhal Novo. Isto pode, a curto prazo, tornar-se um factor limitador de atracção de investimentos.

População Agrícola Familiar e Produtores Agrícolas Singulares 21. A população agrícola familiar tem, ainda, um peso considerável na

população total. Mas, nos anos 90, diminuiu consideravelmente em número absolutos e relativos, principalmente em Pinhal Novo.

22. A população agrícola familiar, em geral, e os produtores singulares,

em particular: são maioritariamente compostos por homens; decresceram em número e envelheceram intensamente; têm baixo nível de instrução e formação agrícola exclusivamente prática; dedicam-se à agricultura a tempo parcial, mas não exercem actividade remunerada externa à exploração.

23. Todos esses indicadores mostram que a agricultura familiar se

tornou um complemento ao rendimento dos produtores singulares que devem ter nas pensões a sua principal fonte de rendimentos, não sendo a pluriactividade um traço marcante desse segmento da população do Concelho. Por outro lado, assistiu-se, na década de 90, à concentração das explorações agrícolas, aumentando consideravelmente a sua dimensão, como resultado da diminuição significativa do número de explorações e do aumento da SAU, com excepção da freguesia de Palmela. Pode deduzir-se, assim, que a actividade agrícola tornou-se, ao mesmo tempo, mais extensiva e mais voltada para o mercado. Por isso, a agricultura familiar começa a deixar de ser um elemento marcante da identidade da paisagem rural tradicional.

População Empregada no Concelho

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24. Ao contrário de muitos concelhos portugueses, o sector público ocupa apenas o quarto lugar em relação ao número de trabalhadores empregados, atrás do sector industrial, do comércio e da construção civil.

25. O poder local, principalmente a Câmara Municipal, destaca-se por ser

a maior entidade empregadora do sector público. 26. O sector industrial tem um peso muito grande como empregador,

mas depende fortemente da indústria automóvel. 27. Há polarização na distribuição dos postos de trabalho entre micro/

pequenas empresas e grandes empresas. 28. A iniciativa empresarial em nome individual está concentrada na

construção civil e no comércio a retalho. 29. É de destacar a relativa importância das actividades de serviços

prestados principalmente às empresas. 30. A relativa juventude das micro-empresas pode ser um sinal de

vitalidade da economia concelhia, mas por outro lado, pode demonstrar a instabilidade do emprego nessas empresas. No extremo oposto, as grandes empresas são também recentes, o que faz com que seja difícil fazer algum prognóstico sobre a sua estabilidade como fontes de emprego.

Nível e Qualidade de Vida da População

31. Pode-se dizer que, em geral, a população de Palmela parece estar

numa situação social e económica mais favorável do que a da Península de Setúbal. Contudo, urge melhorar a prestação de cuidados de saúde, especialmente aos residentes nas áreas rurais que ainda representam uma parcela considerável da população do Concelho.

32. A população com alguma deficiência, física ou mental, constitui um

segmento importante da população concelhia, sendo preocupante o facto de mais de um terço dos deficientes serem idosos. É, assim, necessário planear equipamentos adaptados às condições desse

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segmento da população, principalmente os deficientes motores e visuais.

33. A média de alojamentos por edifícios é de 1,5, seguindo-se, portanto,

os parâmetros estipulados no PDM, que privilegiava a construção de habitações unifamiliares na maior parte da área do Concelho.

34. A construção de edifícios para habitação intensificou-se nos anos 90

nas freguesias urbanas e diminuiu nas rurais. Isto pode ser já um reflexo da aplicação do PDM em relação às classes de espaços.

35. A grande maioria dos edifícios e alojamentos é servida por recolha de

resíduos sólidos, água e electricidade. No entanto, as freguesias rurais são as que têm maiores lacunas ao nível deste tipo de infra-estruturas, principalmente na rede pública de esgotos.

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Lista de figuras

Figura 1 Enquadramento do Concelho de Palmela na Região de Lisboa e Vale do Tejo e na Península de Setúbal, com a respectiva população residente (2001)

Figura 2 Número de nados-vivos e óbitos no concelho de Palmela (1991-1999)

Figura 3 População residente nas freguesias de Palmela (2001) Figura 4 Taxas de crescimento efectivo, natural e migratório da

população do concelho de Palmela e respectivas freguesias (1991-2001)

Figura 5 Densidade populacional nas freguesias de Palmela (2001) Figura 6 Famílias nas freguesias de Palmela (2001) Figura 7 Famílias segundo a dimensão nas freguesias e no concelho de

Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Figura 8 Repartição dos alojamentos pelas freguesias de Palmela (2001)

Figura 9 Taxa de variação da forma de ocupação dos alojamentos familiares das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

Figura 10a

Repartição de alojamentos familiares de residência habitual por freguesias (2001)

Figura 10b

Repartição de alojamentos familiares de uso sazonal ou secundário por freguesias (2001)

Figura 10c

Repartição de alojamentos vagos por freguesias (2001)

Figura 11 Relação de masculinidade das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

Figura 12 Importância relativa dos grupos etários na população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991 e 2001)

Figura 13 Índice de envelhecimento da população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Figura 14 Taxa de variação dos grupos etários da população das freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

Figura 15 Índices de dependência de jovens nas freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Figura 16 Índices de dependência de idosos nas freguesias e concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Figura 17 Importância relativa da população masculina e feminina do concelho de Palmela, por grupos etários (2001)

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Figura 18 População residente, por categoria de estado civil, no concelho de Palmela (1991 e 2001)

Figura 19 Repartição da população por nível de instrução, nas freguesias de Palmela, no Concelho, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Figura 20 Repartição da população com ensino secundário por freguesias (2001)

Figura 21 Repartição da população com ensino superior ou médio por freguesias (2001)

Figura 22 Distribuição da população por nível de instrução para o Concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991 e 2001)

Figura 23 Repartição da população agrícola familiar por freguesias (1999) Figura 24 Taxa de variação da população agrícola familiar nas freguesias

de Palmela, no Concelho, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (1989-1999)

Figura 25 Produtores agrícolas singulares, segundo a categoria de tempo dedicado à agricultura nas freguesias de Palmela, no Concelho, na Península de Setúbal e em Lisboa e Vale do Tejo (1999)

Figura 26 Taxa de variação do número de produtores agrícolas singulares, segundo a categoria de tempo dedicado à agricultura no concelho de Palmela e respectivas freguesias (1989-1999)

Figura 27 Taxa de variação do número de explorações agrícolas e de Superfície Agrícola Útil (SAU) no concelho de Palmela e respectivas freguesias (1989-1999)

Figura 28 Emprego no sector público do concelho de Palmela (2002) Figura 29a

Repartição de sociedades com menos de 5 pessoas ao serviço por freguesias (1999)

Figura 29b

Repartição de sociedades com 5 9 pessoas ao serviço por freguesias (1999)

Figura 29c

Repartição de sociedades com 10-499 pessoas ao serviço por freguesias (1999)

Figura 29d

Repartição de sociedades com 500 e mais pessoas ao serviço por freguesias (1999)

Figura 30 Edifícios segundo o número de alojamentos, no concelho e nas freguesias de Palmela (2001)

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Lista de Quadros em anexo

Quadro 1 Taxas de crescimento efectivo, natural e migratório da população das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Quadro 2 Número de nados-vivos nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

Quadro 3 Número de óbitos nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

Quadro 4 Crescimento natural da população das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

Quadro 5 Crescimento migratório da população das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

Quadro 6 Densidade populacional das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Quadro 7 Repartição da população residente, por freguesias (1991, 2001)

Quadro 8 Repartição de famílias clássicas, por freguesias (1991, 2001) Quadro 9 Repartição de famílias clássicas segundo a dimensão, por

freguesias (1991, 2001)

Quadro 10 Taxa de crescimento de famílias clássicas, segundo a dimensão, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001) (%)

Quadro 11 Dimensão média de famílias clássicas nas freguesias e no concelho de Palmela (1991, 2001)

Quadro 12 Repartição dos alojamentos familiares por tipo, por freguesias (1991, 2001)

Quadro 13 Taxa de crescimento de alojamentos familiares, por tipo, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Quadro 14 Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Quadro 15 Taxa de crescimento de alojamentos familiares, por forma de ocupação, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001)

Quadro 16 Alojamentos familiares, segundo a forma de ocupação, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

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Quadro 17 Relação de masculinidade da população residente das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001) (%)

Quadro 18 Taxa de crescimento da população feminina e masculina das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Quadro 19a Distribuição da população residente, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991)

Quadro 19b Distribuição da população residente, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Quadro 20 Índice de envelhecimento da população residente das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Quadro 21 Taxa de crescimento dos grupos etários das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Quadro 22 Índice de dependência demográfica total, índice de dependência de jovens e índice de dependência de idosos das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

Quadro 23 Distribuição da população masculina e da população feminina, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001) (%)

Quadro 24a Distribuição da população masculina e da população feminina, por estado civil, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Quadro 24b Distribuição da população masculina e da população feminina, por estado civil, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001) (%)

Quadro 25 Taxa de crescimento da população do concelho de Palmela, por categorias de estado civil (1991-2001) (%)

Quadro 26 Taxa bruta de nupcialidade das freguesias e do concelho de Palmela (1991, 1999)

Quadro 27 Taxa bruta de divórcio no concelho de Palmela (1999) Quadro 28 Repartição da população residente, por nível de instrução,

por freguesias (2001)

Quadro 29 Taxa de crescimento do nível de instrução da população, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Quadro 30a Nível de instrução da população residente, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

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Quadro 30b Nível de instrução da população residente, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (%) (2001)

Quadro 31 Importância relativa da população a frequentar o ensino no total da população residente, por sexos, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Quadro 32 Importância relativa da população a frequentar o ensino na população residente com menos de 25 anos, por sexos, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Quadro 33 Importância relativa da população agrícola familiar no total da população residente das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 34a Repartição da população agrícola familiar por freguesia (1989, 1999)

Quadro 34b Repartição dos produtores agrícolas familiares por freguesia (1989, 1999)

Quadro 35 Taxa de crescimento dos produtores agrícolas familiares das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989 1999) (%)

Quadro 36 Distribuição de produtores agrícolas familiares, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 37a Repartição de produtores agrícolas familiares, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 37b Repartição de produtores agrícolas familiares, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999) (%)

Quadro 38a Repartição de produtores agrícolas familiares, por nível de instrução, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 38b Repartição de produtores agrícolas familiares, por nível de instrução, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999) (%)

Quadro 39a Repartição de produtores agrícolas familiares, por tempo dedicado à agricultura, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 39b Repartição de produtores agrícolas familiares, por tempo dedicado à agricultura, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999) (%)

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Quadro 40 Superfície agrícola utilizada (SAU) por exploração agrícola, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 41 Distribuição de produtores agrícolas familiares, segundo a actividade exterior remunerada, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Quadro 42 Emprego no sector público do concelho de Palmela (2002) Quadro 43 Número de empregados em sociedades sediadas no

concelho de Palmela, por ramos de actividade (1999)

Quadro 44 Número de empregados em sociedades sediadas no concelho de Palmela, por ano de constituição da sociedade (1999)

Quadro 45 Número de empregados em sociedades sediadas no concelho de Palmela, por forma jurídica da sociedade (1999)

Quadro 46 Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela, segundo a dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

Quadro 47 Repartição de sociedades sediadas no concelho de Palmela, segundo a sua dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

Quadro 48a Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

Quadro 48b Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Marateca, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 48c Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Palmela, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 48d Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Pinhal Novo, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 48e Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Poceirão, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 48f Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Quinta do Anjo, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 49a Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

Quadro 49b Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Marateca, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

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Quadro 49c Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Palmela, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 49d Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Pinhal Novo, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 49e Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Poceirão, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 49f Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Quinta do Anjo, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

Quadro 50 Alojamentos clássicos, segundo o regime de ocupação, por freguesia (2001)

Quadro 51 Edifícios, segundo o número de alojamentos, por freguesia (2001)

Quadro 52 Número médio de alojamentos familiares por edifício, por freguesia (2001)

Quadro 53 Edifícios, segundo a época de construção, por freguesia (2001)

Quadro 54 Importância relativa dos alojamentos com electricidade no total de alojamentos familiares, por freguesia (2001)

Quadro 55 Importância relativa dos alojamentos com água no total de alojamentos familiares, por freguesia (2001)

Quadro 56 Importância relativa dos alojamentos com esgotos no total de alojamentos familiares, por freguesia (2001)

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Quadro 1 – Taxas de crescimento efectivo, natural e migratório da população das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Efectivo (1991-2001) Natural (1991-99)* Migratório (1991-99/2001)*Marateca -1,6 -2,1 0,5Palmela 16,2 -1,3 17,4Pinhal Novo 36,7 4,7 32,0Quinta do Anjo 26,7 -2,4 29,1Poceirão -2,0 0,5 -2,6Total 21,6 0,8 20,9

Península de Setúbal 11,6 1,5 10,0Lisboa e Vale do Tejo 5,4 0,3 5,0

FREGUESIATaxa de Crescimento

* Em % da população de 1991 Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000;

INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 2 – Número de nados-vivos nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 TOTALMarateca 30 36 28 28 23 20 35 25 27 252Palmela 135 134 133 109 129 137 140 163 174 1.254Pinhal Novo 187 200 208 231 240 240 271 293 308 2.178Quinta do Anjo 43 61 63 48 54 60 52 69 69 519Poceirão 50 47 35 46 39 46 57 48 45 413Total 445 478 467 462 485 503 555 598 623 4.616

Península de Setúbal 7.029 7.098 7.105 7.144 7.006 7.240 7.706 7.761 8.224 66.313Lisboa e Vale do Tejo 35.560 35.857 35.818 34.583 34.278 35.435 36.628 37.695 39.369 325.223

FREGUESIA Nados-vivos

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000.

Quadro 3 – Número de óbitos nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal

e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 TOTALMarateca 40 36 38 35 40 27 41 36 34 327Palmela 165 117 165 140 161 163 162 175 181 1.429Pinhal Novo 148 139 172 144 169 182 179 168 154 1.455Quinta do Anjo 75 62 76 77 74 70 61 88 95 678Poceirão 38 39 45 41 41 50 41 53 42 390Total 466 393 496 437 485 492 484 520 506 4.279

Península de Setúbal 5.933 5.741 6.152 5.727 6.305 6.577 6.555 6.781 6.785 56.556Lisboa e Vale do Tejo 34.206 33.031 35.174 33.103 34.826 36.137 35.345 36.230 36.477 314.529

FREGUESIA Óbitos

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000.

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Quadro 4 – Crescimento natural da população das freguesias e do concelho de Palmela,

Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999) FREGUESIA 1991-99

Marateca -75Palmela -175Pinhal Novo 723Quinta do Anjo -159Poceirão 23Total 337

Península de Setúbal 9.757Lisboa e Vale do Tejo 10.694

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000.

Quadro 5 – Crescimento migratório da população das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-1999)

Cresc. migratório Cresc. migratório1991-1999/2001 1991-1999/2001 (%)*

Marateca 17 0,5Palmela 2416 17,4Pinhal Novo 4917 32,0Quinta do Anjo 1921 29,1Poceirão -113 -2,6Total 9158 20,9

Península de Setúbal 64339 10,0Lisboa e Vale do Tejo 166067 5,0* Em % da população de 1991

FREGUESIA

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000; INE, Censos 1991,

Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 6 – Densidade populacional das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

1991 2001Marateca 27 27Palmela 180 209Pinhal Novo 284 389Quinta do Anjo 129 164Poceirão 30 29Total 95 115

Península de Setúbal 422 470Lisboa e Vale do Tejo 276 291

FREGUESIA Dens. pop. (Hab/Km2)

Fonte: CMP (área das freguesias); INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 7 – Repartição da população residente, por freguesias (1991, 2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 65 dp

n.º % n.º %Marateca 3644 8,3 3586 6,7Palmela 13874 31,6 16115 30,2Pinhal Novo 15353 35,0 20993 39,3Quinta do Anjo 6592 15,0 8354 15,7Poceirão 4394 10,0 4304 8,1Total 43857 100,0 53352 100,0

FREGUESIA 1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 8 - Repartição de famílias clássicas, por freguesias (1991, 2001)

n.º % n.º %Marateca 1195 8,2 1303 6,9Palmela 4585 31,6 5681 30,0Pinhal Novo 5112 35,2 7475 39,4Quinta do Anjo 2198 15,1 3013 15,9Poceirão 1435 9,9 1486 7,8Total 14525 100,0 18958 100,0

FREGUESIAFamílias clássicas

1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 9 - Repartição de famílias clássicas segundo a dimensão, por freguesias (1991, 2001)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 1.195 8,2 129 7,9 326 8,3 414 7,8 326 9,0 1.303 6,9 206 7,5 412 7,0 338 6,4 241 6,5 106 2,9Palmela 4.585 31,6 537 32,8 1.229 31,1 1.691 31,8 1.128 31,2 5.681 30,0 811 29,6 1.757 30,0 1.560 29,6 1.164 31,5 389 10,5Pinhal Novo 5.112 35,2 555 33,9 1.391 35,2 1.896 35,6 1.270 35,1 7.475 39,4 1.090 39,8 2.187 37,3 2.239 42,5 1.427 38,6 532 14,4Quinta do Anjo 2.198 15,1 267 16,3 649 16,4 762 14,3 520 14,4 3.013 15,9 454 16,6 1.036 17,7 721 13,7 579 15,7 223 6,0Poceirão 1.435 9,9 149 9,1 352 8,9 558 10,5 376 10,4 1.486 7,8 181 6,6 470 8,0 407 7,7 288 7,8 140 3,8Total 14.525 100,0 1.637 100,0 3.947 100,0 5.321 100,0 3.620 100,0 18.958 100,0 2.742 100,0 5.862 100,0 5.265 100,0 3.699 100,0 1.390 100,0

1991Total C/ 1 C/ 2 C/ 3 C/ 4 ou +FREGUESIA C/ 5 ou +

2001C/ 1 C/ 2 C/ 3 C/ 4Total

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 10 - Taxa de crescimento de famílias clássicas, segundo a dimensão, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

FREGUESIA Total C/ 1 C/ 2 C/ 3 C/ 4 ou +Marateca 9,0 59,7 26,4 -18,4 6,4Palmela 23,9 51,0 43,0 -7,7 37,7Pinhal Novo 46,2 96,4 57,2 18,1 54,3Quinta do Anjo 37,1 70,0 59,6 -5,4 54,2Poceirão 3,6 21,5 33,5 -27,1 13,8Total 30,5 67,5 48,5 -1,1 40,6

Península de Setúbal 23,6 73,4 45,8 20,4 -9,0Lisboa e Vale do Tejo 15,6 50,3 30,5 13,6 -12,3

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 11 - Dimensão média de famílias clássicas nas freguesias e no concelho de Palmela (1991, 2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 66 dp

FREGUESIA 1991 2001Marateca 3,0 2,8Palmela 3,0 2,8Pinhal Novo 3,0 2,8Quinta do Anjo 3,0 2,8Poceirão 3,1 2,9Total 3,0 2,8

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 67 dp

Quadro 12 – Repartição dos alojamentos familiares por tipo, por freguesias

(1991, 2001)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 1.484 7,6 1.474 7,6 6 16,7 4 8,3 1.653 6,3 1.639 6,3 7 33,3 7 9,0Palmela 6.258 32,2 6.229 32,2 14 38,9 15 31,3 7.466 28,5 7.435 28,5 5 23,8 26 33,3Pinhal Novo 6.477 33,3 6.456 33,4 5 13,9 16 33,3 10.130 38,7 10.100 38,7 7 33,3 23 29,5Quinta do Anjo 3.529 18,2 3.516 18,2 7 19,4 6 12,5 5.139 19,6 5.119 19,6 2 9,5 18 23,1Poceirão 1.693 8,7 1.682 8,7 4 11,1 7 14,6 1.807 6,9 1.803 6,9 0 0,0 4 5,1Total 19.441 100,0 19.357 100,0 36 100,0 48 100,0 26.195 100,0 26.096 100,0 21 100,0 78 100,0

ClássicosTotal1991 2001

OutrosBarracasFREGUESIA OutrosBarracasClássicosTotal

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 13 - Taxa de crescimento de alojamentos familiares, por tipo, nas freguesias e no

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Total Clássicos Outros*Marateca 11,4 11,2 40,0Palmela 19,3 19,4 6,9Pinhal Novo 56,4 56,4 42,9Quinta do Anjo 45,6 45,6 53,8Poceirão 6,7 7,2 -63,6Total 34,7 34,8 17,9

Península de Setúbal 26,4 26,0 104,8Lisboa e Vale do Tejo 19,2 19,6 -15,6* inclui as barracas

FREGUESIATaxa de crescimento de aloj. familiares,

por tipo (1991-2001)

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 14 – Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 1.474 7,6 1.184 8,2 97 3,6 193 8,4 1.653 6,3 1.289 6,9 194 4,9 170 5,0Palmela 6.229 32,2 4.533 31,5 873 32,8 823 35,8 7.466 28,5 5.601 29,8 945 23,9 920 26,9Pinhal Novo 6.456 33,4 5.085 35,3 615 23,1 756 32,9 10.130 38,7 7.445 39,6 1.139 28,7 1.546 45,2Quinta do Anjo 3.516 18,2 2.183 15,2 886 33,3 447 19,4 5.139 19,6 3.000 15,9 1.449 36,6 690 20,2Poceirão 1.682 8,7 1.410 9,8 191 7,2 81 3,5 1.807 6,9 1.474 7,8 235 5,9 98 2,9Total 19.357 100,0 14.395 100,0 2.662 100,0 2.300 100,0 26.195 100,0 18.809 100,0 3.962 100,0 3.424 100,0

2001Alojamentos familiares, segundo a forma de ocupação

VagosTotal TotalOcupados

Res. habitual Uso saz./secund.Vagos

FREGUESIA OcupadosRes. habitual Uso saz./secund.

1991

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 68 dp

Quadro 15 - Taxa de crescimento de alojamentos familiares, por forma de ocupação, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-

2001)

% nº % nº % nº % nºMarateca 12,1 179 8,9 105 100,0 97 -11,9 -23Palmela 19,9 1237 23,6 1068 8,2 72 11,8 97Pinhal Novo 56,9 3674 46,4 2360 85,2 524 104,5 790Quinta do Anjo 46,2 1623 37,4 817 63,5 563 54,4 243Poceirão 7,4 125 4,5 64 23,0 44 21,0 17Total 35,3 6838 30,7 4414 48,8 1300 48,9 1124

Península de Setúbal 26,9 76604 23,6 49426 25,0 12649 58,1 14529Lisboa e Vale do Tejo 20,6 292436 16,8 182606 27,1 52538 40,8 57292

segundo forma de ocupação 1991-2001

VagosSaz./sec.

OcupadosRes. hab.

Total

Taxa de cresc. de aloj. familiares,

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 16 - Alojamentos familiares, segundo a forma de ocupação, nas freguesias e no

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 1474 100,0 1184 80,3 97 6,6 193 13,1 1653 100,0 1289 78,0 194 11,7 170 10,3Palmela 6229 100,0 4533 72,8 873 14,0 823 13,2 7466 100,0 5601 75,0 945 12,7 920 12,3Pinhal Novo 6456 100,0 5085 78,8 615 9,5 756 11,7 10130 100,0 7445 73,5 1139 11,2 1546 15,3Quinta do Anjo 3516 100,0 2183 62,1 886 25,2 447 12,7 5139 100,0 3000 58,4 1449 28,2 690 13,4Poceirão 1682 100,0 1410 83,8 191 11,4 81 4,8 1807 100,0 1474 81,6 235 13,0 98 5,4Total 19357 100,0 14395 74,4 2662 13,8 2300 11,9 26195 100,0 18809 71,8 3962 15,1 3424 13,1

Península de Setúbal 284595 100,0 209060 73,5 50526 17,8 25009 8,8 361199 100,0 258486 71,6 63175 17,5 39538 10,9Lisboa e Vale do Tejo 1422198 100,0 1087814 76,5 193813 13,6 140571 9,9 1714634 100,0 1270420 74,1 246351 14,4 197863 11,5

2001Alojamentos familiares, segundo a forma de ocupação

VagosTotal Total OcupadosResidência habitual Uso saz. ou secund.

VagosOcupadosResidência habitual Uso saz. ou secund.

1991

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 17 - Relação de masculinidade da população residente das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001) (%)

FREGUESIA 1991 2001Marateca 101 96Palmela 95 97Pinhal Novo 95 95Quinta do Anjo 96 97Poceirão 99 97Total 96 96

Península de Setúbal 96 95Lisboa e Vale do Tejo 93 93

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 69 dp

Quadro 18 – Taxa de crescimento da população feminina e masculina das freguesias e do

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

Pop. Masc. Pop. Fem.Marateca -4,1 0,9Palmela 17,1 15,2Pinhal Novo 37,3 36,2Quinta do Anjo 27,2 26,3Poceirão -3,0 -1,1Total 21,8 21,5

Península de Setúbal 11,3 11,9Lisboa e Vale do Tejo 5,3 5,2

Tx. Cresc. 1991-2001

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 19a – Distribuição da população residente, por grupos etários, das freguesias e do

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 755 20,7 570 15,6 1904 52,3 415 11,4 3644 100,0Palmela 2559 18,4 2119 15,3 7582 54,6 1614 11,6 13874 100,0Pinhal Novo 3021 19,7 2271 14,8 8240 53,7 1821 11,9 15353 100,0Quinta do Anjo 1147 17,4 947 14,4 3551 53,9 947 14,4 6592 100,0Poceirão 863 19,6 711 16,2 2338 53,2 482 11,0 4394 100,0Total 8345 19,0 6618 15,1 23615 53,8 5279 12,0 43857 100,0

Pen. Setúbal 123605 19,3 101289 15,8 345800 54,0 69799 10,9 640493 100,0Lisboa e V.Tejo 595721 18,1 512586 15,5 1752293 53,2 436115 13,2 3296715 100,0

FREGUESIAPop. res. por grupos etários - 1991

0-14 15-24 25-64 65 e + Total

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos.

Quadro 19b – Distribuição da população residente, por grupos etários, das freguesias e do

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 563 15,7 484 13,5 1953 54,5 586 16,3 3586 100,0Palmela 2355 14,6 2164 13,4 9074 56,3 2522 15,7 16115 100,0Pinhal Novo 3693 17,6 2878 13,7 11616 55,3 2806 13,4 20993 100,0Quinta do Anjo 1259 15,1 991 11,9 4608 55,2 1496 17,9 8354 100,0Poceirão 723 16,8 589 13,7 2307 53,6 685 15,9 4304 100,0Total 8593 16,1 7106 13,3 29558 55,4 8095 15,2 53352 100,0

Pen. Setúbal 109933 15,4 100235 14,0 401365 56,2 103056 14,4 714589 100,0Lisboa e V.Tejo 517352 14,9 473137 13,6 1909635 55,1 568745 16,4 3468869 100,0

65 e + TotalPop. res. por grupos etários - 2001

25-6415-240-14FREGUESIA

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 20 – Índice de envelhecimento da população residente das freguesias e do concelho

de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 70 dp

1991 2001Marateca 55,0 104,1Palmela 63,1 107,1Pinhal Novo 60,3 76,0Quinta do Anjo 82,6 118,8Poceirão 55,9 94,7Total 63,3 94,2

Península de Setúbal 56,5 93,7Lisboa e Vale do Tejo 73,2 109,9

Índ. Envelhecimento

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 21 – Taxa de crescimento dos grupos etários das freguesias e do concelho de

Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991-2001) (%)

0-14 15-24 25-64 65 e +Marateca -25,4 -15,1 2,6 41,2Palmela -8,0 2,1 19,7 56,3Pinhal Novo 22,2 26,7 41,0 54,1Quinta do Anjo 9,8 4,6 29,8 58,0Poceirão -16,2 -17,2 -1,3 42,1Total 3,0 7,4 25,2 53,3

Península de Setúbal -11,1 -1,0 16,1 47,6Lisboa e Vale do Tejo -13,2 -7,7 9,0 30,4

FREGUESIA 1991-2001

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 22 – Índice de dependência demográfica total, índice de dependência de jovens e índice de dependência de idosos das freguesias e do concelho de Palmela, Península de

Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1991, 2001)

1991 2001 1991 2001 1991 2001Marateca 47,3 47,1 30,5 23,1 16,8 24,0Palmela 43,0 43,4 26,4 21,0 16,6 22,4Pinhal Novo 46,1 44,8 28,7 25,5 17,3 19,4Quinta do Anjo 46,6 49,2 25,5 22,5 21,1 26,7Poceirão 44,1 48,6 28,3 25,0 15,8 23,7Total 45,1 45,5 27,6 23,4 17,5 22,1

Península de Setúbal 43,3 42,5 27,6 21,9 15,6 20,5Lisboa e Vale do Tejo 45,6 45,6 26,3 21,7 19,3 23,9

FREGUESIA Índ. Dep. Total Índ. Dep. Jovens Índ. Dep. Idosos

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 23 – Distribuição da população masculina e da população feminina, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

(%)

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens MulheresMarateca 15,7 15,7 15,7 13,5 14,7 12,4 54,5 54,5 54,4 16,3 15,1 17,6Palmela 14,6 15,8 13,5 13,4 14,0 12,9 56,3 56,5 56,1 15,7 13,7 17,5Pinhal Novo 17,6 17,7 17,5 13,7 14,4 13,0 55,3 55,6 55,1 13,4 12,3 14,4Quinta do Anjo 15,1 15,3 14,8 11,9 12,1 11,6 55,2 55,7 54,6 17,9 16,8 19,0Poceirão 16,8 18,1 15,5 13,7 14,5 12,9 53,6 52,7 54,5 15,9 14,7 17,1Total 16,1 16,6 15,6 13,3 14,0 12,7 55,4 55,6 55,2 15,2 13,8 16,5

Península de Setúbal 15,4 16,2 14,6 14,0 14,6 13,5 56,2 56,4 56,0 14,4 12,8 16,0Lisboa e Vale do Tejo 14,9 15,9 14,0 13,6 14,4 12,9 55,1 55,6 54,5 16,4 14,1 18,5

65 e +0-14 15-24 25-64

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 71 dp

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 24a - Distribuição da população masculina e da população feminina, por estado civil, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H MMarateca 1190 651 539 1671 833 838 380 191 189 243 35 208 102 49 53 3586 1759 1827Palmela 5542 2998 2544 8213 4116 4097 849 425 424 1017 180 837 494 203 291 16115 7922 8193Pinhal Novo 7355 3869 3486 10352 5194 5158 1580 779 801 1109 193 916 597 215 382 20993 10250 10743Quinta do Anjo 2722 1461 1261 4389 2196 2193 451 225 226 534 120 414 258 116 142 8354 4118 4236Poceirão 1478 817 661 1923 964 959 558 276 282 271 45 226 74 22 52 4304 2124 2180Total 18287 9796 8491 26548 13303 13245 3818 1896 1922 3174 573 2601 1525 605 920 53352 26173 27179

Península de Setúbal 257877 136698 121179 344176 172658 171518 45702 22624 23078 41554 7046 34508 25280 9225 16055 714589 348251 366338Lisboa e Vale do Tejo 1272872 663620 609252 1651672 828424 823248 190299 94332 95967 226301 37274 189027 127725 44091 83634 3468869 1667741 1801128

Separado/Divorciado TotalSolteiro Casado com Registo Casado sem registo Viúvo

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 72 dp

Quadro 24b - Distribuição da população masculina e da população feminina, por estado civil,

das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001) (%)

HM H M HM H M HM H M HM H M HM H MMarateca 33,2 37,0 29,5 46,6 47,4 45,9 10,6 10,9 10,3 6,8 2,0 11,4 2,8 2,8 2,9Palmela 34,4 37,8 31,1 51,0 52,0 50,0 5,3 5,4 5,2 6,3 2,3 10,2 3,1 2,6 3,6Pinhal Novo 35,0 37,7 32,4 49,3 50,7 48,0 7,5 7,6 7,5 5,3 1,9 8,5 2,8 2,1 3,6Quinta do Anjo 32,6 35,5 29,8 52,5 53,3 51,8 5,4 5,5 5,3 6,4 2,9 9,8 3,1 2,8 3,4Poceirão 34,3 38,5 30,3 44,7 45,4 44,0 13,0 13,0 12,9 6,3 2,1 10,4 1,7 1,0 2,4Total 34,3 37,4 31,2 49,8 50,8 48,7 7,2 7,2 7,1 5,9 2,2 9,6 2,9 2,3 3,4

Península de Setúbal 36,1 39,3 33,1 48,2 49,6 46,8 6,4 6,5 6,3 5,8 2,0 9,4 3,5 2,6 4,4Lisboa e Vale do Tejo 36,7 39,8 33,8 47,6 49,7 45,7 5,5 5,7 5,3 6,5 2,2 10,5 3,7 2,6 4,6

Solteiro Separado/DivorciadoViúvoCasado sem registoCasado com Registo

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 25 – Taxa de crescimento da população do concelho de Palmela, por categorias de estado civil (1991-2001) (%)

Estado civil Tx. cresc. 1991-2001

Soleiro 99,1Cas. c/ registo 19,0Cas. s/ registo 46,5Viúvo 24,5Sep./Divorciado 69,6Total 42,1

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 26 – Taxa bruta de nupcialidade das freguesias e do concelho de Palmela (1991, 1999)

1991 1999Marateca 8,0 5,0Palmela 6,2 6,0Pinhal Novo 6,6 6,8Quinta do Anjo 7,0 5,8Poceirão 9,1 7,5Total 6,9 6,3

FREGUESIATx. nupcialidade (0/00)

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Estatísticas Demográficas, 1991 e 1999.

Quadro 27 – Taxa bruta de divórcio no concelho de Palmela (1999) Tx. divórcio1999 (0/00)

Palmela 2,5 Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Estatísticas Demográficas, 1991 e 1999.

Quadro 28 – Repartição da população residente, por nível de instrução, por freguesias (2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 73 dp

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 897 9,9 1323 7,8 529 9,1 360 5,8 369 3,5 4 2,0 104 2,2 3586 6,7Palmela 2317 25,7 4941 29,2 1517 26,2 1785 28,6 3438 33,1 99 49,0 2018 42,5 16115 30,2Pinhal Novo 3287 36,4 6178 36,4 2244 38,7 2619 42,0 4866 46,8 76 37,6 1723 36,3 20993 39,3Qta. do Anjo 1480 16,4 2847 16,8 866 14,9 1006 16,1 1326 12,8 19 9,4 810 17,1 8354 15,7Poceirão 1037 11,5 1661 9,8 640 11,0 471 7,5 398 3,8 4 2,0 93 2,0 4304 8,1Total 9018 100,0 16950 100,0 5796 100,0 6241 100,0 10397 100,0 202 100,0 4748 100,0 53352 100,0

Secundário Ens. Médio Ens. Superior TotalNenhum 1º ciclo e. básico 2º ciclo ens. básico 3º ciclo ens. básicoFREGUESIA

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 29 – Taxa de crescimento do nível de instrução da população, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo

(1991-2001) (%)

Total H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total H MMarateca 16,2 15,9 16,4 -19,6 -19,3 -19,9 14,3 4,8 27,7 67,6 72,6 62,7 390,9 400,0 384,6 7,5 4,8 10,1Palmela 54,6 81,7 39,3 -12,8 -14,3 -11,3 1,5 6,6 -4,1 48,1 52,5 43,6 203,3 190,9 215,2 25,1 27,0 23,3Pinhal Novo 94,5 156,5 67,9 -1,1 -3,2 1,0 23,1 19,6 27,5 103,2 103,0 103,4 199,3 195,1 202,7 49,4 49,5 49,4Quinta do Anjo 60,2 78,1 49,8 -9,3 -9,7 -8,9 18,0 16,2 20,2 99,8 104,9 94,6 283,8 266,7 300,0 35,2 35,4 34,9Poceirão 10,7 25,3 2,6 -16,8 -19,1 -14,1 -3,3 -8,0 2,3 115,6 112,3 119,4 185,3 193,3 178,9 6,7 5,7 7,8Total 54,9 81,0 41,1 -9,3 -10,9 -7,7 12,0 10,5 13,8 80,6 83,2 77,8 215,1 205,8 223,3 31,8 32,0 31,6

Pen. Setúbal 10,0 14,8 6,8 -16,1 -17,0 -15,3 -0,6 -2,9 2,1 38,8 40,4 37,0 110,0 92,6 126,9 13,1 12,9 13,2Lisboa e V.Tejo 4,8 11,7 0,4 -19,3 -19,9 -18,7 -0,9 -2,7 1,2 28,0 30,3 25,7 71,6 57,4 85,9 6,9 7,1 6,7

Taxa de crescimento do nível de instrução 1991-2001Analfabetos Primário Preparatório Ens. Secund. Outro Total

Fonte: INE, Censos 1991, Resultados definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 30a – Nível de instrução da população residente, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

Total H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total H MMarateca 897 343 554 1323 715 608 529 285 244 360 193 167 369 178 191 4 2 2 104 43 61Palmela 2317 981 1336 4941 2376 2565 1517 845 672 1785 959 826 3438 1766 1672 99 47 52 2018 948 1070Pinhal Novo 3287 1303 1984 6178 3046 3132 2244 1204 1040 2619 1404 1215 4866 2505 2361 76 49 27 1723 739 984Qta. do Anjo 1480 602 878 2847 1442 1405 866 474 392 1006 555 451 1326 660 666 19 13 6 810 372 438Poceirão 1037 416 621 1661 881 780 640 333 307 471 271 200 398 179 219 4 4 0 93 40 53Total 9018 3645 5373 16950 8460 8490 5796 3141 2655 6241 3382 2859 10397 5288 5109 202 115 87 4748 2142 2606Pen. Setúbal 93455 39056 54399 213743 101076 112667 71663 38712 32951 83003 44207 38796 164338 85244 79094 5258 3077 2181 83129 36879 46250Lisboa e V.Tejo 443350 183827 259523 1051020 490677 560343 356359 189024 167335 382629 200156 182473 708975 361118 347857 33334 16928 16406 493202 226011 267191

3º ciclo ens. básico Secundário Ens. Médio Ens. SuperiorNenhum nív. ensino 1º ciclo ens. básico 2º ciclo ens. básico

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 30b – Nível de instrução da população residente, por sexos, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (%) (2001)

Total H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total H M Total H MMarateca 25,0 19,5 30,3 36,9 40,6 33,3 14,8 16,2 13,4 10,0 11,0 9,1 10,3 10,1 10,5 0,1 0,1 0,1 2,9 2,4 3,3Palmela 14,4 12,4 16,3 30,7 30,0 31,3 9,4 10,7 8,2 11,1 12,1 10,1 21,3 22,3 20,4 0,6 0,6 0,6 12,5 12,0 13,1Pinhal Novo 15,7 12,7 18,5 29,4 29,7 29,2 10,7 11,7 9,7 12,5 13,7 11,3 23,2 24,4 22,0 0,4 0,5 0,3 8,2 7,2 9,2Qta. do Anjo 17,7 14,6 20,7 34,1 35,0 33,2 10,4 11,5 9,3 12,0 13,5 10,6 15,9 16,0 15,7 0,2 0,3 0,1 9,7 9,0 10,3Poceirão 24,1 19,6 28,5 38,6 41,5 35,8 14,9 15,7 14,1 10,9 12,8 9,2 9,2 8,4 10,0 0,1 0,2 0,0 2,2 1,9 2,4Total 16,9 13,9 19,8 31,8 32,3 31,2 10,9 12,0 9,8 11,7 12,9 10,5 19,5 20,2 18,8 0,4 0,4 0,3 8,9 8,2 9,6Pen. Setúbal 13,1 11,2 14,8 29,9 29,0 30,8 10,0 11,1 9,0 11,6 12,7 10,6 23,0 24,5 21,6 0,7 0,9 0,6 11,6 10,6 12,6Lisboa e V.Tejo 12,8 11,0 14,4 30,3 29,4 31,1 10,3 11,3 9,3 11,0 12,0 10,1 20,4 21,7 19,3 1,0 1,0 0,9 14,2 13,6 14,8

Nenhum nív. ensino 1º ciclo ens. básico 2º ciclo ens. básico 3º ciclo ens. básico Secundário Ens. Médio Ens. Superior

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 31 – Importância relativa da população a frequentar o ensino no total da população residente, por sexos, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa

e Vale do Tejo (2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 74 dp

HM H M HM H M HM H MMarateca 3586 1759 1827 534 269 265 14,9 15,3 14,5Palmela 16115 7922 8193 3295 1678 1617 20,4 21,2 19,7Pinhal Novo 20993 10250 10743 4029 1955 2074 19,2 19,1 19,3Quinta do Anjo 8354 4118 4236 1447 696 751 17,3 16,9 17,7Poceirão 4304 2124 2180 699 328 371 16,2 15,4 17,0Total 53352 26173 27179 10004 4926 5078 18,8 18,8 18,7

Península de Setúbal 714589 348251 366338 143958 70904 73054 20,1 20,4 19,9Lisboa e Vale do Tejo 3468869 1667741 1801128 699213 344288 354925 20,2 20,6 19,7

Pop Res Pop a freq. ensino2001

Pop a freq. ensino (%)

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 32 – Importância relativa da população a frequentar o ensino na população residente com menos de 25 anos, por sexos, nas freguesias e no concelho de Palmela, Península de

Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (2001)

HM H M HM H M HM H MMarateca 1047 535 512 534 269 265 51,0 50,3 51,8Palmela 4519 2361 2158 3295 1678 1617 72,9 71,1 74,9Pinhal Novo 6571 3292 3279 4029 1955 2074 61,3 59,4 63,3Quinta do Anjo 2250 1131 1119 1447 696 751 64,3 61,5 67,1Poceirão 1312 692 620 699 328 371 53,3 47,4 59,8Total 15699 8011 7688 10004 4926 5078 63,7 61,5 66,1

Península de Setúbal 210168 107269 102899 143958 70904 73054 68,5 66,1 71,0Lisboa e Vale do Tejo 990489 504637 485852 699213 344288 354925 70,6 68,2 73,1

Pop < 25 anos freq. ensino (%)2001

Pop Res < 25 anos Pop a freq ensino

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 33 – Importância relativa da população agrícola familiar no total da população residente das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e

Vale do Tejo (1989, 1999)

1989 1999 1991 2001 1989/1991 1999/2001Marateca 1235 930 3644 3586 33,9 25,9Palmela 2804 1960 13874 16115 20,2 12,2Pinhal Novo 3933 1799 15353 20993 25,6 8,6Quinta do Anjo 1149 794 6592 8354 17,4 9,5Poceirão 2987 2053 4394 4304 68,0 47,7Total 12108 7536 43857 53352 27,6 14,1Península de Setúbal 27255 15825 640493 714589 4,3 2,2Lisboa e Vale do Tejo 291594 170116 3292108 3468869 8,9 4,9

Pop. residente Pop. agrícola (%)Pop. agrícola

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999; INE, Censos 1991, Resultados

definitivos; INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 34a – Repartição da população agrícola familiar por freguesia (1989, 1999)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 75 dp

n.º % n.º %Marateca 1235 10,2 930 12,3Palmela 2804 23,2 1960 26,0Pinhal Novo 3933 32,5 1799 23,9Quinta do Anjo 1149 9,5 794 10,5Poceirão 2987 24,7 2053 27,2Total 12108 100,0 7536 100,0

FREGUESIAPop. agrícola

1989 1999

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 34b – Repartição dos produtores agrícolas familiares por freguesia (1989, 1999)

n.º % n.º %Marateca 414 10,4 326 12,2Palmela 950 23,9 682 25,6Pinhal Novo 1284 32,2 668 25,1Quinta do Anjo 408 10,2 283 10,6Poceirão 927 23,3 707 26,5Total 3983 100,0 2666 100,0

FREGUESIAProdutores agrícolas singulares

1989 1999

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 76 dp

Quadro 35 – Taxa de crescimento dos produtores agrícolas familiares das freguesias e do

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989-1999) (%) Taxa de crescimento

1989 1999 prod. agríc. sing. 1989-1999Marateca 414 326 -21,3Palmela 950 682 -28,2Pinhal Novo 1284 668 -48,0Quinta do Anjo 408 283 -30,6Poceirão 927 707 -23,7Total 3983 2666 -33,1

Península de Setúbal 8942 5678 -36,5Lisboa e Vale do Tejo 96882 59944 -38,1

Unidade Geográfica Produtores agríc. sing.

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 36 – Distribuição de produtores agrícolas familiares, por sexos, das freguesias e do

concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

n.º % n.º % n.º % n.º % n.º % n.º %Marateca 414 100,0 329 79,5 85 20,5 326 100,0 253 77,6 73 22,4Palmela 950 100,0 792 83,4 158 16,6 682 100,0 542 79,5 140 20,5Pinhal Novo 1284 100,0 1013 78,9 271 21,1 668 100,0 526 78,7 142 21,3Quinta do Anjo 408 100,0 356 87,3 52 12,7 283 100,0 235 83,0 48 17,0Poceirão 927 100,0 721 77,8 206 22,2 707 100,0 521 73,7 186 26,3Total 3983 100,0 3211 80,6 772 19,4 2666 100,0 2077 77,9 589 22,1

Península de Setúbal 8942 100,0 7409 82,9 1533 17,1 5678 100,0 4575 80,6 1103 19,4Lisboa e Vale do Tejo 96882 100,0 87606 90,4 9276 9,6 59944 100,0 51358 85,7 8586 14,3

Unidade Geográfica

Produtores agrícolas singulares1989 1999

HM H M HM H M

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 37a – Repartição de produtores agrícolas familiares, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 3 3 28 15 67 46 128 54 128 106 60 102 414 326Palmela 8 2 42 19 132 55 271 134 290 213 207 259 950 682Pinhal Novo 12 7 63 17 211 51 369 131 372 223 257 239 1284 668Quinta do Anjo 4 5 20 11 44 24 102 42 115 92 123 109 408 283Poceirão 17 7 76 43 174 88 289 167 241 211 129 191 926 707Total 44 24 229 105 628 264 1159 528 1146 845 776 900 3982 2666

Península de Setúbal 75 34 439 191 1245 530 2334 1112 2719 1715 2129 2096 8941 5678Lisboa e Vale do Tejo 733 299 4771 2227 12885 6108 23131 11532 29043 17131 26316 22647 96879 59944

45-54 Total55-64 65 e +Unidade GeográficaProdutores singulares por grupos etários

15-24 25-34 35-44

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 37b – Repartição de produtores agrícolas familiares, por grupos etários, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999) (%)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 77 dp

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 0,7 0,9 6,8 4,6 16,2 14,1 30,9 16,6 30,9 32,5 14,5 31,3 100,0 100,0Palmela 0,8 0,3 4,4 2,8 13,9 8,1 28,5 19,6 30,5 31,2 21,8 38,0 100,0 100,0Pinhal Novo 0,9 1,0 4,9 2,5 16,4 7,6 28,7 19,6 29,0 33,4 20,0 35,8 100,0 100,0Quinta do Anjo 1,0 1,8 4,9 3,9 10,8 8,5 25,0 14,8 28,2 32,5 30,1 38,5 100,0 100,0Poceirão 1,8 1,0 8,2 6,1 18,8 12,4 31,2 23,6 26,0 29,8 13,9 27,0 100,0 100,0Total 1,1 0,9 5,8 3,9 15,8 9,9 29,1 19,8 28,8 31,7 19,5 33,8 100,0 100,0

Península de Setúbal 0,8 0,6 4,9 3,4 13,9 9,3 26,1 19,6 30,4 30,2 23,8 36,9 100,0 100,0Lisboa e Vale do Tejo 0,8 0,5 4,9 3,7 13,3 10,2 23,9 19,2 30,0 28,6 27,2 37,8 100,0 100,0

45-54 55-64 65 e +Unidade Geográfica 15-24 25-34 35-44 TotalProdutores singulares por grupos etários

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 38a – Repartição de produtores agrícolas familiares, por nível de instrução, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989,

1999)

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 108 59 71 43 196 168 25 29 x 8 x 6 x 9 x ... x ... 400 322Palmela 200 124 127 79 468 319 57 59 x 53 x ... x 21 x 8 x 18 852 681Pinhal Novo 310 128 254 92 579 345 61 46 x 30 x ... x 12 x 4 x 10 1204 667Quinta do Anjo 102 47 50 30 200 145 25 17 x 34 x - x 4 x - x 6 377 283Poceirão 251 124 142 76 455 385 48 69 x 23 x 3 x 14 x 4 x 9 896 707Total 971 482 644 320 1898 1362 216 220 x 148 x 11 x 60 x 18 x 45 3729 2666

Pen. Setúbal 2334 960 1350 709 4146 2910 494 414 x 332 x 25 x 150 x 46 x 132 8324 5678Lisboa e V.Tejo 21768 8773 19716 8935 46338 32260 4371 4169 x 2621 x 192 x 1516 x 386 x 1092 92193 59944

Não sabe ler nem escrever

Sabe ler e escrever

1º ciclo ou 4ª classe 2º ciclo ou 6º ano 3º ciclo ou 9º ano

Ensino secundário

agrícola/florest

Ensino secundário não

agrícola/não

Politécnico/ superior

agrícola/florest

Politécnico/ superior não agrícola/não

Prod. agrícolas

Total

x Dado não disponível ... Dado confidencial - Resultado nulo

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 38b – Repartição de produtores agrícolas familiares, por nível de instrução, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989,

1999) (%)

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 27,0 18,3 17,8 13,4 49,0 52,2 6,3 9,0 x 2,5 x 1,9 x 2,8 x ... x ...Palmela 23,5 18,2 14,9 11,6 54,9 46,8 6,7 8,7 x 7,8 x ... x 3,1 x 1,2 x 2,6Pinhal Novo 25,7 19,2 21,1 13,8 48,1 51,7 5,1 6,9 x 4,5 x ... x 1,8 x 0,6 x 1,5Quinta do Anjo 27,1 16,6 13,3 10,6 53,1 51,2 6,6 6,0 x 12,0 x - x 1,4 x - x 2,1Poceirão 28,0 17,5 15,8 10,7 50,8 54,5 5,4 9,8 x 3,3 x 0,4 x 2,0 x 0,6 x 1,3Total 26,0 18,1 17,3 12,0 50,9 51,1 5,8 8,3 x 5,6 x 0,4 x 2,3 x 0,7 x 1,7

Pen. Setúbal 28,0 16,9 16,2 12,5 49,8 51,3 5,9 7,3 x 5,8 x 0,4 x 2,6 x 0,8 x 2,3Lisboa e V.Tejo 23,6 14,6 21,4 14,9 50,3 53,8 4,7 7,0 x 4,4 x 0,3 x 2,5 x 0,6 x 1,8

Não sabe ler nem escrever

Sabe ler e escrever

1º ciclo ou 4ª classe 2º ciclo ou 6º ano 3º ciclo ou 9º ano

Ensino secundário

agrícola/florest

Ensino secundário não

agrícola/não

Politécnico/ superior

agrícola/florest

Politécnico/ superior não agrícola/não

x Dado não disponível ... Dado confidencial - Resultado nulo

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 39a – Repartição de produtores agrícolas familiares, por tempo dedicado à agricultura, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989,

1999)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 78 dp

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 90 136 131 65 104 41 65 52 24 32 414 326Palmela 179 243 317 166 237 65 158 99 59 109 950 682Pinhal Novo 170 171 345 124 409 113 274 137 86 123 1284 668Quinta do Anjo 75 77 88 48 92 23 101 18 52 117 408 283Poceirão 174 266 285 170 243 91 111 55 114 125 927 707Total 688 893 1166 573 1085 333 709 361 335 506 3983 2666

Península de Setúbal 1810 1588 2565 1304 2279 669 1453 1023 835 1094 8942 5678Lisboa e Vale do Tejo 25726 19777 26870 13882 16224 7414 11315 9276 16747 9595 96882 59944

Unidade GeográficaProdutores singulares, segundo o tempo dedicado à actividade agrícola

Total> 0 - < 25 % > 25 - < 50 % > 50 - < 75 % > 75 - < 100 % Tempo completo

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 79 dp

Quadro 39b – Repartição de produtores agrícolas familiares, por tempo dedicado à agricultura, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989,

1999) (%)

1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999 1989 1999Marateca 21,7 41,7 31,6 19,9 25,1 12,6 15,7 16,0 5,8 9,8 100,0 100,0Palmela 18,8 35,6 33,4 24,3 24,9 9,5 16,6 14,5 6,2 16,0 100,0 100,0Pinhal Novo 13,2 25,6 26,9 18,6 31,9 16,9 21,3 20,5 6,7 18,4 100,0 100,0Quinta do Anjo 18,4 27,2 21,6 17,0 22,5 8,1 24,8 6,4 12,7 41,3 100,0 100,0Poceirão 18,8 37,6 30,7 24,0 26,2 12,9 12,0 7,8 12,3 17,7 100,0 100,0Total 17,3 33,5 29,3 21,5 27,2 12,5 17,8 13,5 8,4 19,0 100,0 100,0

Península de Setúbal 20,2 28,0 28,7 23,0 25,5 11,8 16,2 18,0 9,3 19,3 100,0 100,0Lisboa e Vale do Tejo 26,6 33,0 27,7 23,2 16,7 12,4 11,7 15,5 17,3 16,0 100,0 100,0

Unidade GeográficaProdutores singulares, segundo o tempo dedicado à actividade agrícola (%)

> 0 - < 25 % > 25 - < 50 % > 50 - < 75 % > 75 - < 100 % Tempo completo Total

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 40 – Superfície agrícola utilizada (SAU) por exploração agrícola, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo (1989, 1999)

Nº expl. Área (ha) Nº explorações Área (ha) 1989 1999Marateca 423 5298,0 339 5730,3 12,5 16,9Palmela 966 8505,0 697 4097,2 8,8 5,9Pinhal Novo 1277 2971,2 672 5660,2 2,3 8,4Quinta do Anjo 404 1530,2 267 1670,8 3,8 6,3Poceirão 924 5181,8 725 6145,0 5,6 8,5Total 3994 23486,2 2700 23303,4 5,9 8,6

Península de Setúbal 9055 48954,2 5800 56105,7 5,4 9,7Lisboa e Vale do Tejo 97002 445602,2 60545 447853,2 4,6 7,4

Superfície Agrícola Utilizada (SAU) Dimensão média de exploração agrícola1989 1999FREGUESIA

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

Quadro 41 – Distribuição de produtores agrícolas familiares, segundo a actividade exterior remunerada, das freguesias e do concelho de Palmela, Península de Setúbal e Lisboa e Vale

do Tejo (1989, 1999)

n.º % n.º % n.º %Marateca 144 100,0 133 92,4 11 7,6Palmela 269 100,0 257 95,5 12 4,5Pinhal Novo 219 100,0 209 95,4 10 4,6Quinta do Anjo 82 100,0 76 92,7 6 7,3Poceirão 348 100,0 306 87,9 42 12,1Total 1062 100,0 981 92,4 81 7,6

Península de Setúbal 2031 100,0 1931 95,1 100 4,9Lisboa e Vale do Tejo 22570 100,0 21183 93,9 1387 6,1

Prod. agrícolas, segundo a actividade exterior remuneradaUnidade Geográfica Total Principal Secundária

Fonte: INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1989; INE, Recenseamento Geral Agrícola, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 80 dp

Quadro 42 - Emprego no sector público do concelho de Palmela (2002)

Nº %Câmara Municipal 926 64,0Juntas de Freguesia 62 4,3Palmela Desporto 34 2,3Estabelecimentos de ensino** 152 10,5Centro de Saúde 144 9,9Guarda Nacional Republicana 74 5,1Outros 56 3,9Total 1.448 100,0

Empregados*Entidade

* Integra o nº de trabalhadores do quadro e contratados a termo certo. ** Os dados dos estabelecimentos de ensino referem-se ao ano lectivo de 2001/2002. Fonte: CMP, 2002

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 81 dp

Quadro 43 – Número de empregados em sociedades sediadas no concelho de Palmela, por ramos de actividade (1999)

N.º % N.º % N.º %TOTAL 3.868 100,0 16.686 71,7 20.554 77,0

01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos 274 7,1 482 2,9 756 3,702 Silvicultura, exploração florestal e actividades dos se 28 0,7 19 0,1 47 0,205 Pesca, aquacultura e actividades dos serviços relaci 6 0,2 0 0,0 6 0,014 Outras indústrias extractivas 0 0,0 … … 0 0,015 Indústrias alimentares e das bebidas 44 1,1 840 5,0 884 4,317 Fabricação de textêis 14 0,4 … … 14 0,118 Indústria do vestuário; preparação, tingimento e fabri 23 0,6 137 0,8 160 0,819 Curtimenta e acabamento de peles sem pelo ... 1 0,0 … … 1 0,020 Indústria da madeira e da cortiça e suas obras ... 29 0,7 12 0,1 41 0,221 Fabricação de pasta de papel ... 0 0,0 … … 0 0,022 Edição, impressão e reprodução de suportes de info 14 0,4 … … 14 0,124 Fabricação de produtos químicos... 0 0,0 … … 0 0,025 Fabricação de artigos de borracha ... 0 0,0 … … 0 0,026 Fabricação de outros produtos minerais ... 8 0,2 28 0,2 36 0,227 Indústrias metalúrgicas de base 2 0,1 … … 2 0,028 Fabricação de produtos metálicos ... 91 2,4 471 2,8 562 2,729 Fabricação de máquinas e equipamentos 13 0,3 180 1,1 193 0,931 Fabricação de máquinas e aparelhos eléctricos 6 0,2 … … 6 0,032 Fabricação de equipamento e aparelhos de rádio ... 1 0,0 … … 1 0,033 Fabricação de instrumentos médico-cirúrgicos ... 2 0,1 0 0,0 0,034 Fabricação de veículos automóveis ... 0 0,0 6.022 36,1 6.022 29,335 Fabricação de outro material de transporte ... 0 0,0 … … 0 0,036 Indústri da mobiliário ... 18 0,5 14 0,1 32 0,237 Reciclagem 0 0,0 … … 0 0,040 Produção e distribuição de elctricidade ... 0 0,0 … … 0 0,041 Captação, tratamento e distribuição de água 0 0,0 … … 0 0,045 Construção 785 20,3 837 5,0 1.622 7,950 Comércio, manutenção e reparação de veículos auto 183 4,7 428 2,6 611 3,051 Comércio por grosso, excepto de veículos automóve 293 7,6 758 4,5 1.051 5,152 Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis 1.097 28,4 295 1,8 1.392 6,855 Alojamento e restauração ... 352 9,1 196 1,2 548 2,760 Transportes terrestres ... 29 0,7 338 2,0 367 1,863 Actividades anexas e auxiliares dos transportes 6 0,2 97 0,6 103 0,564 Correios e telecomunicações 0 0,0 … … 0 0,065 Intermediação financeira, excepto seguros ... 0 0,0 … … 0 0,067 Actividades auxiliares de intermediação financeira 99 2,6 … … 99 0,570 Actividades imobiliárias 9 0,2 52 0,3 61 0,371 Aluguer de máquinas e equipamentos sem pessoal 7 0,2 … … 7 0,072 Actividades informáticas e conexas 5 0,1 … … 5 0,073 Investigação e desenvolvimento 0 0,0 … … 0 0,074 Outras actividades de serviços prestados principalm 282 7,3 612 3,7 894 4,380 Educação 11 0,3 35 0,2 46 0,285 Saúde e acção social 6 0,2 86 0,5 92 0,490 Saneamento, higiene pública e actividades similares 0 0,0 … … 0 0,092 Actividades recreativas, culturais e desportivas 18 0,5 18 0,1 36 0,293 Outras actividades de serviços 112 2,9 3 0,0 115 0,6

… Dado confidencial

Vol. EmpregoEmp. N. Ind. Sociedades Total

Fonte: INE, Serviço de Ficheiros Gerais de Unidades Estatísticas, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 82 dp

Quadro 44 – Número de empregados em sociedades sediadas no concelho de Palmela, por ano de constituição da sociedade (1999)

n.º %Total Geral 16686Indefinido 2081 12,5

1920 … -1936 … -1944 … -1948 … -1952 … -1955 163 1,01957 … -1959 … -1961 … -1962 … -1964 26 0,21966 … -1967 … -1968 5 0,01969 … -1970 110 0,71972 … -1973 260 1,61974 114 0,71975 122 0,71976 210 1,31977 501 3,01978 30 0,21979 16 0,11980 23 0,11981 73 0,41982 336 2,01983 26 0,21984 134 0,81985 105 0,61986 201 1,21987 111 0,71988 352 2,11989 668 4,01990 581 3,51991 354 2,11992 834 5,01993 723 4,31994 348 2,11995 8399 50,31996 650 3,91997 333 2,01998 2202 13,21999 0 0,0

… Dado confidencial

Ano de Constituição N.º empregados

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 83 dp

Quadro 45 – Número de empregados em sociedades sediadas no concelho de Palmela, por forma jurídica da sociedade (1999) Forma jurídicada sociedade n.º %

Empresário em nome individual 3.868 15,9Sociedade irregular 39 0,2Sociedade em nome colectivo 9 0,0Sociedade anónima 8.201 33,6Sociedade por quotas 6.177 25,3Sociedade unipessoal por quotas 25 0,1Sociedade cooperativa 140 0,6Sociedade civil sob forma comercial … -Agrupamento europeu de inter. econ. comercial … -Entidade equiparada a pessoa colectiva estrangeira … -Total sociedades 16.686 68,4Total geral 24.392… Dado confidencial

N.º empregados

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 46 – Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela,

segundo a dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 11 15,7 35 50,0 17 24,3 7 10,0 0 0,0 70 100,0Palmela 98 23,7 190 45,9 60 14,5 66 15,9 0 0,0 414 100,0Pinhal Novo 82 22,3 209 56,8 46 12,5 31 8,4 0 0,0 368 100,0Quinta do Anjo 43 22,2 82 42,3 22 11,3 44 22,7 3 1,5 194 100,0Poceirão 18 35,3 24 47,1 7 13,7 2 3,9 0 0,0 51 100,0Total 252 23,0 540 49,2 152 13,9 150 13,7 3 0,3 1097 100,0

10-499 Total500 e +N.º de pessoas ao serviço

FREGUESIA 0 1-4 5-9

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 47 – Repartição de sociedades sediadas no concelho de Palmela, segundo a sua

dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 11 4,4 35 6,5 17 11,2 7 4,7 0 0,0 70 6,4Palmela 98 38,9 190 35,2 60 39,5 66 44,0 0 0,0 414 37,7Pinhal Novo 82 32,5 209 38,7 46 30,3 31 20,7 0 0,0 368 33,5Quinta do Anjo 43 17,1 82 15,2 22 14,5 44 29,3 3 100,0 194 17,7Poceirão 18 7,1 24 4,4 7 4,6 2 1,3 0 0,0 51 4,6Total 252 100,0 540 100,0 152 100,0 150 100,0 3 100,0 1097 100,0

N.º de pessoas ao serviço0 1-4 5-9 10-499 500 e + TotalFREGUESIA

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 84 dp

Quadro 48a – Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela,

segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 2 2,9 3 4,3 63 90,0 1 1,4 0 0,0 1 1,4 70 100,0Palmela 15 3,6 25 6,0 359 86,7 8 1,9 6 1,4 1 0,2 414 100,0Pinhal Novo 16 4,3 7 1,9 327 88,9 12 3,3 3 0,8 3 0,8 368 100,0Quinta do Anjo 7 3,6 19 9,8 158 81,4 5 2,6 1 0,5 4 2,1 194 100,0Poceirão 6 11,8 1 2,0 40 78,4 1 2,0 2 3,9 1 2,0 51 100,0Total 46 4,2 55 5,0 947 86,3 27 2,5 12 1,1 10 0,9 1097 100,0

TotalOutrasSoc. cooperativaFREGUESIA

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 48b – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Marateca,

segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 0 0,0 0 0,0 10 90,9 1 9,1 0 0,0 0 0,0 11 1001-4 2 5,7 0 0,0 33 94,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 35 1005-9 0 0,0 1 5,9 16 94,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 17 10010-499 0 0,0 2 28,6 4 57,1 0 0,0 0 0,0 1 14,3 7 100500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 2 2,9 3 4,3 63 90,0 1 1,4 0 0,0 1 1,4 70 100

N.º pessoas ao serviço

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Soc. cooperativa Outras Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 48c – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Palmela,

segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 11 11,2 6 6,1 75 76,5 3 3,1 3 3,1 0 0,0 98 100,01-4 4 2,1 5 2,6 176 92,6 3 1,6 1 0,5 1 0,5 190 100,05-9 0 0,0 1 1,7 57 95,0 2 3,3 0 0,0 0 0,0 60 100,010-499 0 0,0 13 19,7 51 77,3 0 0,0 2 3,0 0 0,0 66 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 15 3,6 25 6,0 359 86,7 8 1,9 6 1,4 1 0,2 414 100,0

N.º pessoas ao serviço

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Soc. cooperativa Outras Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 48d – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Pinhal Novo,

segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 12 14,6 2 2,4 60 73,2 7 8,5 0 0,0 1 1,2 82 100,01-4 4 1,9 1 0,5 197 94,3 5 2,4 1 0,5 1 0,5 209 100,05-9 0 0,0 0 0,0 45 97,8 0 0,0 0 0,0 1 2,2 46 100,010-499 0 0,0 4 12,9 25 80,6 0 0,0 2 6,5 0 0,0 31 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 16 4,3 7 1,9 327 88,9 12 3,3 3 0,8 3 0,8 368 100,0

N.º pessoas ao serviço

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Soc. cooperativa Outras Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 85 dp

Quadro 48e – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Poceirão,

segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 3 16,7 0 0,0 14 77,8 0 0,0 1 5,6 0 0,0 18 100,01-4 3 12,5 0 0,0 18 75,0 1 4,2 1 4,2 1 4,2 24 100,05-9 0 0,0 0 0,0 7 100,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 7 100,010-499 0 0,0 1 50,0 1 50,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 6 11,8 1 2,0 40 78,4 1 2,0 2 3,9 1 2,0 51 100,0

N.º pessoas ao serviço

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Soc. cooperativa Outras Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 48f – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Quinta do Anjo, segundo a sua forma jurídica, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 5 11,6 2 4,7 35 81,4 1 2,3 0 0,0 0 0,0 43 100,01-4 2 2,4 3 3,7 71 86,6 4 4,9 1 1,2 1 1,2 82 100,05-9 0 0,0 1 4,5 21 95,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 22 100,010-499 0 0,0 11 25,0 31 70,5 0 0,0 0 0,0 2 4,5 44 100,0500 e + 0 0,0 2 66,7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 33,3 3 100,0Total 7 3,6 19 9,8 158 81,4 5 2,6 1 0,5 4 2,1 194 100,0

N.º pessoas ao serviço

Soc. Irregular Soc. anónima Soc. por quotas

S. unipessoal por quotas

Soc. cooperativa Outras Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 49a – Distribuição do número de sociedades sediadas no concelho de Palmela,

segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço), por freguesias (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 11 15,7 11 15,7 20 28,6 24 34,3 3 4,3 1 1,4 70 100,0Palmela 43 10,4 64 15,5 108 26,1 178 43,0 15 3,6 6 1,4 414 100,0Pinhal Novo 18 4,9 66 17,9 120 32,6 144 39,1 15 4,1 5 1,4 368 100,0Quinta do Anjo 31 16,0 23 11,9 53 27,3 72 37,1 6 3,1 9 4,6 194 100,0Poceirão 2 3,9 5 9,8 9 17,6 30 58,8 3 5,9 2 3,9 51 100,0Total 105 9,6 169 15,4 310 28,3 448 40,8 42 3,8 23 2,1 1097 100,0

TotalFREGUESIA

ND2000 e +< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 49b – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Marateca, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço)

(1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 0 0,0 0 0,0 4 36,4 4 36,4 3 27,3 0 0,0 11 100,01-4 4 11,4 7 20,0 9 25,7 14 40,0 0 0,0 1 2,9 35 100,05-9 3 17,6 2 11,8 7 41,2 5 29,4 0 0,0 0 0,0 17 100,010-499 4 57,1 2 28,6 0 0,0 1 14,3 0 0,0 0 0,0 7 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 11 15,7 11 15,7 20 28,6 24 34,3 3 4,3 1 1,4 70 100,0

N.º pessoas ao serviço

< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000 e + ND Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 86 dp

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 87 dp

Quadro 49c – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Palmela, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço)

(1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 5 5,1 1 1,0 18 18,4 54 55,1 15 15,3 5 5,1 98 100,01-4 16 8,4 37 19,5 45 23,7 91 47,9 0 0,0 1 0,5 190 100,05-9 5 8,3 12 20,0 25 41,7 18 30,0 0 0,0 0 0,0 60 100,010-499 17 25,8 14 21,2 20 30,3 15 22,7 0 0,0 0 0,0 66 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 43 10,4 64 15,5 108 26,1 178 43,0 15 3,6 6 1,4 414 100,0

N.º pessoas ao serviço

< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000 e + ND Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 49d – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Pinhal Novo,

segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 1 1,2 7 8,5 15 18,3 41 50,0 15 18,3 3 3,7 82 100,01-4 5 2,4 42 20,1 78 37,3 83 39,7 0 0,0 1 0,5 209 100,05-9 4 8,7 9 19,6 19 41,3 13 28,3 0 0,0 1 2,2 46 100,010-499 8 25,8 8 25,8 8 25,8 7 22,6 0 0,0 0 0,0 31 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 18 4,9 66 17,9 120 32,6 144 39,1 15 4,1 5 1,4 368 100,0

N.º pessoas ao serviço

< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000 e + ND Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 49e – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Poceirão, segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço)

(1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 0 0,0 0 0,0 2 11,1 12 66,7 3 16,7 1 5,6 18 100,01-4 2 8,3 4 16,7 5 20,8 12 50,0 0 0,0 1 4,2 24 100,05-9 0 0,0 1 14,3 1 14,3 5 71,4 0 0,0 0 0,0 7 100,010-499 0 0,0 0 0,0 1 50,0 1 50,0 0 0,0 0 0,0 2 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Total 2 3,9 5 9,8 9 17,6 30 58,8 3 5,9 2 3,9 51 100,0

N.º pessoas ao serviço

< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000 e + ND Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

Quadro 49f – Distribuição do número de sociedades sediadas na freguesia de Quinta do Anjo,

segundo o ano de constituição, por classe de dimensão (número de pessoas ao serviço) (1999)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %0 1 2,3 1 2,3 7 16,3 25 58,1 5 11,6 4 9,3 43 100,01-4 11 13,4 10 12,2 20 24,4 38 46,3 0 0,0 3 3,7 82 100,05-9 8 36,4 0 0,0 10 45,5 4 18,2 0 0,0 0 0,0 22 100,010-499 11 25,0 12 27,3 16 36,4 4 9,1 0 0,0 1 2,3 44 100,0500 e + 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 33,3 1 33,3 1 33,3 3 100,0Total 31 16,0 23 11,9 53 27,3 72 37,1 6 3,1 9 4,6 194 100,0

N.º pessoas ao serviço

< 1985 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000 e + ND Total

Fonte: INE, Base de Dados Belém, 1999.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 88 dp

Quadro 50 – Alojamentos clássicos, segundo o regime de ocupação, por freguesia (2001)

N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 960 75,3 186 14,6 129 10,1 1275 100,0Palmela 4445 79,8 942 16,9 183 3,3 5570 100,0Pinhal Novo 6388 86,1 845 11,4 182 2,5 7415 100,0Quinta do Anjo 2468 82,8 435 14,6 77 2,6 2980 100,0Poceirão 1355 92,2 55 3,7 60 4,1 1470 100,0Total 15616 83,5 2463 13,2 631 3,4 18710 100,0

Outros TotalRegime de ocupação de alojamentos clássicos

FREGUESIA Proprietários Arrend./Subarrend.

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 51 – Edifícios, segundo o número de alojamentos, por freguesia (2001)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 1453 95,1 74 4,8 1 0,1 0 0,0 1528 100,0Palmela 4616 88,5 438 8,4 132 2,5 27 0,5 5213 100,0Pinhal Novo 3587 78,2 553 12,1 402 8,8 43 0,9 4585 100,0Quinta do Anjo 3996 93,5 271 6,3 8 0,2 0 0,0 4275 100,0Poceirão 1640 96,1 67 3,9 0 0,0 0 0,0 1707 100,0Total 15292 88,4 1403 8,1 543 3,1 70 0,4 17308 100,0

FREGUESIAEdifícios segundo o número de alojamentos

Com 1 Com 2 a 6 Com 7 a 12 Com 13 ou mais Total

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 52 – Número médio de alojamentos familiares por edifício, por freguesia (2001)

N.º médio aloj.por edifício

Marateca 1528 1653 1,1Palmela 5213 7466 1,4Pinhal Novo 4585 10130 2,2Quinta do Anjo 4275 5139 1,2Poceirão 1707 1807 1,1Total 17308 26195 1,5

FREGUESIA Edifícios Alojamentos

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 53 – Edifícios, segundo a época de construção, por freguesia (2001)

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 31 2,0 142 9,3 467 30,6 593 38,8 295 19,3 1528 100,0Palmela 170 3,3 259 5,0 1250 24,0 2223 42,6 1311 25,1 5213 100,0Pinhal Novo 91 2,0 410 8,9 1368 29,8 1734 37,8 982 21,4 4585 100,0Quinta do Anjo 136 3,2 248 5,8 923 21,6 1846 43,2 1122 26,2 4275 100,0Poceirão 6 0,4 94 5,5 648 38,0 668 39,1 291 17,0 1707 100,0Total 434 2,5 1153 6,7 4656 26,9 7064 40,8 4001 23,1 17308 100,0

1991 a 2001Edifícios segundo a época de construção

FREGUESIA antes 1919 1919 a 1945 1946 a 1970 1971 a 1990 Total

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 89 dp

Quadro 54 – Importância relativa dos alojamentos com electricidade no total de alojamentos

familiares, por freguesia (2001) Aloj. c/

Total C/ electr. electricidade (%)Marateca 1289 1276 99,0Palmela 5601 5589 99,8Pinhal Novo 7445 7427 99,8Quinta do Anjo 3000 2975 99,2Poceirão 1474 1465 99,4Total 18809 18732 99,6

Aloj.fam.resid. habitualFREGUESIA

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 55 – Importância relativa dos alojamentos com água no total de alojamentos familiares,

por freguesia (2001) Aloj. c/

Total C/ água água (%)Marateca 1289 1209 93,8Palmela 5601 5480 97,8Pinhal Novo 7445 7349 98,7Quinta do Anjo 3000 2907 96,9Poceirão 1474 1396 94,7Total 18809 18341 97,5

Aloj.fam.resid. habitualFREGUESIA

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

Quadro 56 – Importância relativa dos alojamentos com esgotos no total de alojamentos

familiares, por freguesia (2001) Aloj. c/

Total C/ esgotos esgotos (%)Marateca 1289 1210 93,9Palmela 5601 5500 98,2Pinhal Novo 7445 7324 98,4Quinta do Anjo 3000 2924 97,5Poceirão 1474 1370 92,9Total 18809 18328 97,4

Aloj.fam.resid. habitualFREGUESIA

Fonte: INE, Censos 2001, Resultados provisórios.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 90 dp

Caracterização Sócio-urbanística

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 91 dp

Dinâmica urbanística do Município de Palmela Estudos de apoio à Revisão do

Plano Director Municipal

Índice

1. INTRODUÇÃO 1.1 Avaliação do PDM como fundamento para a sua revisão do PDM 1.2 Planeamento territorial em Palmela – antecedentes e situação actual 2. PALMELA – UM TERRITÓRIO EM TRANSFORMAÇÃO 2.1 Palmela no eixo Setúbal-Montijo 2.2 Dinâmica e diferenciação interna 2.3 Factores de mudança 3. PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA 3.1 Objectivos gerais 3.2 Modelo territorial 3.3 Perímetros urbanos 3.3.1 Aglomerados da rede urbana principal e secundária 3.3.2 Linhas de orientação para as áreas urbanizáveis 3.3.3 Dimensão e capacidade 4. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS ÁREAS URBANIZÁVEIS 4.1 Metodologia de análise 4.1.1 Aspectos gerais 4.1.2 Fontes de informação 4.1.3 Limitações 4.1.4 Recomendações para aperfeiçoamento da informação 4.2 Áreas urbanizáveis 4.3 Loteamentos urbanos 4.3.1 Características gerais 4.3.2 Loteamentos de uso habitacional dominante 4.3.3 Áreas urbanas de génese ilegal 4.4 Dinâmica construtiva 4.4.1 Licenças de construção por freguesias (1990-2001) 4.4.2 Evolução dos fogos licenciados (1990-2001) 4.4.3 Distribuição dos novos fogos por perímetro urbano 4.4.4 Dimensão dos lotes segundo a tipologia dos edifícios 4.4.5 Fogos por classes de dimensão do lote 4.5 Execução das áreas urbanizáveis 5. CONCLUSÕES Índice de Quadros Índice de Figuras

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 92 dp

1. INTRODUÇÃO

1.1. Avaliação do PDM como fundamento para a sua revisão Em Portugal o planeamento municipal, através da figura de Plano Director Municipal (PDM),

teve enquadramento legal em 1982 (DL 208/82, de 26 de Maio), mas apenas sofreu um forte

impulso com a legislação de 1990 (DL 69/90, de 2 de Março), tendo-se assistido à elaboração

e ratificação da maior parte dos PDM no decurso dessa década. A adesão então verificada

esteve associada à simplificação do processo de elaboração pelo novo diploma e à exigência

de instrumentos de planeamento eficazes como requisito em candidatura a financiamentos

especiais (fundos comunitários, contratos-programa).

A Lei de Bases do Ordenamento do Território e Urbanismo (Lei 48/98, de 11 de Agosto) e,

posteriormente, os Instrumentos de Gestão Territorial (DL 380/99, de 22 de Setembro), deram

corpo ao regime em vigor para o planeamento municipal. Das alterações introduzidas,

relevam-se aqui as respeitantes à revisão dos planos, já que esta pressupõe uma justificação

fundamentada.

Numa breve referência ao processo de planeamento, importa enquadrar e explicitar a fase de

revisão.

Figura 1 – Etapas do processo de planeamento

Decisão Iniciar o Processo

ELABORAÇÃO

DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS CARACTERIZAÇÃO DIAGNÓSTICO PROSPECTIVO DEFINIÇÃO E AVALIAÇÃO DE CENÁRIOS DESENVOLVIMENTO DO CENÁRIO ADOPTADOPROJECTO DE PLANO

IMPLEMENTAÇÃO

t 1 t 3 ... t n Horizonte do Plano

AVALIAÇÃO [[AA ppoosstteerriioorrii]]

t 2

REVISÃO

FFOORRMMAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDOO PPLLAANNOO((PPuubb.. JJoorrnnaall OOffiicciiaall))

MMOONNIITTOORRIIZZAAÇÇÃÃOO [[AAvvaalliiaaççããoo iinn ccoonnttiinnuuuumm]]

PARTICIPAÇÃO PÚBLICA

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 93 dp

A elaboração do plano é, comummente, a fase mais destacada do processo de planeamento.

Aí se integra a decisão de iniciar o processo, a definição de objectivos, a análise e diagnóstico

do território sujeito a intervenção, a discussão e escolha do cenário de evolução a privilegiar

e, por fim, o desenvolvimento das soluções à luz da alternativa tida como mais capaz, no

contexto de referência, para potenciar os objectivos de partida. Uma vez ultrapassados

(vencidos) os requisitos de valização da proposta, o plano ganha valor jurídico e legitimidade

para assumir-se como guião das transformações do território intervencionado.

Iniciada a execução do plano, as dinâmicas de mudança dos sistemas sócio-económico e

territorial exigem um acompanhamento próximo da implementação, como garantia de uma

adequada aderência do plano à realidade sobre a qual se pretende intervir. A validação das

soluções, confrontando-as com os objectivos, deve ser permanente, evitando os riscos

dessas soluções cristalizarem com o próprio plano, impedindo a sua natural evolução. O

conceito de "validação dinâmica" ganha acuidade, como forma de acompanhamento da

implementação, sendo fundamental dissociar os ajustamentos inerentes ao conteúdo

estrutural do plano (absorvidos nesse processo) das alterações estruturais exteriores aos

objectivos programáticos (que exigem uma revisão). Dada a evolução do sistema, por força

de factores endógenos (alguns por impacte do próprio plano) e exógenos (sobre os quais a

capacidade de intervenção é escassa ou mesmo nula) é natural o aparecimento precoce de

desajustamentos entre o plano e o sistema sobre o qual intervém. Por esta razão a execução

deve ser monitorizada, no sentido de corrigir (e implementar) soluções e regras em tempo útil.

Todavia, em Portugal, esta prática é pouco comum, aguardando as entidades responsáveis

pela revisão do Plano para proceder às correcções tidas como necessárias.

A revisão surge, pois, justificada pelo carácter cíclico do processo de planeamento e pela

dinâmica do sistema sobre o qual se actua, podendo ser pertinente antes do horizonte do

plano, por razões imputáveis ao próprio sistema (alterações estruturais inesperadas, que

tornam obsoletos os objectivos e/ou as soluções em vigor), ao contexto territorial onde se

insere ou à conjuntura económica, política e social.

Mas a revisão do plano pressupõe um processo de planeamento em andamento e, por isso,

não pode ignorar a prática anterior. De facto, é indispensável compreender o comportamento

do sistema (o território e os seus actores) perante um documento orientador das suas acções,

os resultados do plano face aos objectivos de partida, bem como o eventual aparecimento de

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 94 dp

efeitos não ponderados. Assim, o seu início deve ser antecedido de uma avaliação dos

resultados alcançados com o Plano até então vigente. Esta fase deve ser equacionada de

forma cuidada. O processo a reiniciar tem antecedentes que podem ser determinantes na

futura condução do mesmo. A situação de referência é diferente, em parte por indução do

próprio plano, o contexto de intervenção é marcado por outra conjuntura económica, política e

social, as novas orientações políticas são, também, influenciadas pelos dados anteriores e

todas concorrem para a redefinição de objectivos.

Os primeiros diplomas do PDM não colocavam particular exigência na justificação da revisão

dos planos. Todavia, o contexto alterou-se na sequência do DL 380/99, o que se compreende,

dado que à data da sua publicação a quase totalidade dos municípios tinham o respectivo

PDM e para muitos era já possível dar início à sua revisão.

No actual enquadramento legal a revisão do plano pode decorrer (artº 98º do DL 380/99):

- da necessidade de adequação à evolução das condições económicas, sociais, culturais e

ambientais que determinaram a respectiva elaboração (só três anos sobre a entrada em

vigor do plano);

- de situação de suspensão do plano;

- de obrigatoriedade, decorridos 10 anos após a entrada em vigor ou após a sua última

revisão.

A revisão do PDM de Palmela insere-se no primeiro dos requisitos atrás enunciados e,

segundo o diploma referido, a fundamentação terá de apoiar-se nos relatórios de avaliação de

execução do mesmo. Esta envolve um expectro alargado de temáticas, dada a natureza do

plano. Contudo, a presente análise está circunscrita à dinâmica urbanística do município.

1.2. Planeamento territorial em Palmela – antecedentes e situação actual Nos finais da década de 70 a Câmara Municipal de Palmela (CMP) dá início à elaboração de

um conjunto de instrumentos de planeamento territorial. Embora a primeira lei das atribuições

e competências das autarquias (Lei 79/77, de 25 de Outubro) fizesse referência à figura do

“plano director municipal” como instrumento privilegiado da gestão municipal, o

enquadramento legal para a intervenção municipal apontava apenas para planos com

incidência em aglomerados urbanos (DL 560/71 e DL 561/71, de 17 de Dezembro). É neste

contexto que são promovidos Planos Gerais de Urbanização (PGU) para os principais

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 95 dp

aglomerados (Pinhal Novo, Quinta do Anjo/Cabanas e Palmela) que abrangiam a área mais

urbanizada do concelho. Também foi efectuado um plano parcial (zonas Poente e Nascente)

e um primeiro estudo de reconversão de clandestinos (Barra Cheia/Quinta do Anjo).

A elaboração de Planos de Urbanização prosseguiu nos anos 80, tendo sido contemplados

Aires/Volta da Pedra, Brejos do Assa, Águas de Moura e Poceirão, e ainda lançada a revisão

do PGU do Pinhal Novo.

Em 1986 foram apresentadas as normas provisórias para as áreas clandestinas do Pinhal das

Formas e da Quinta das Marquesas.

No início da década de 90 a autarquia promoveu planos de ordenamento para as principais

áreas de actividades económicas: o Plano Municipal de Ordenamento da Zona Poente do

Concelho, o Plano Municipal do Eixo Industrial da EN 252 e o Plano Municipal de

Ordenamento de Ocupação Turística.

Na sequência da criação e da regulamentação da figura de Plano Director Municipal, em

1982, a Assembleia Municipal aprovou o seu lançamento em Junho de 1985. Os Estudos

Sumários de Planeamento foram aprovados ainda em 1985 e o Programa Preliminar em

198845.

O plano foi iniciado em 1990, aprovado pela Assembleia Municipal em 28 de Março de 1996 e

ratificado por Resolução de Conselho de Ministros em 1997.

Assim, o PDM de Palmela tem seis anos de execução. Neste período ocorreram alterações

estruturais na Península de Setúbal, algumas com reflexos directos no município de Palmela,

condição suficiente para repensar a estratégia de planeamento municipal.

Com vista à revisão do Plano Director Municipal, a Câmara Municipal de Palmela promoveu

estudos de suporte, caracterizando a actual situação de referência, o nível de concretização

do plano e a sistematização dos principais desvios, a fim de reequacionar de forma

sustentada os objectivos de ordenamento para o futuro. Este procedimento tem dupla

justificação:

- cumprimento do fixado pelo DL 380/99 no que concerne aos requisitos de lançamento do

processo de revisão;

45 De notar que, à luz do enquadramento legal então em vigor, a elaboração do PDM era antecedida de dois instrumentos: os Estudos Sumários de Planeamento (documento de carácter técnico) tinham como objectivo uma caracterização sumária do município e o levantamento dos seus principais problemas; o Programa Preliminar (documento com carácter político) apontava os objectivos a perseguir com o plano, constituindo um guião para a fase subsequente.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 96 dp

- necessidade do conhecimento rigoroso das dinâmicas territoriais que afectaram o

município nos últimos anos e da avaliação da capacidade de resposta do planeamento

municipal.

A transformação do uso do solo e a pressão construtiva constituem os aspectos relevantes

dessa dinâmica, sendo a matéria central do presente relatório.

Assim, os objectivos que se pretendem atingir são:

- apresentar o modelo territorial ratificado no PDM para o município e o papel aí

desempenhado pelas áreas urbanas;

- caracterizar a dinâmica urbana face aos objectivos consignados no PDM, quer no conjunto

da rede urbana (principal e secundária), quer para cada aglomerado (a construção em

espaço rural fica, neste contexto, prejudicada);

- confrontar a execução das áreas urbanizáveis no que respeita à área loteada e a fogos

construídos.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 97 dp

2. PALMELA – UM TERRITÓRIO EM TRANSFORMAÇÃO

A evidência empírica mostra acentuadas mudanças territoriais no concelho de Palmela nos

últimos anos. Neste relatório importa relevar as associadas com a dinâmica urbana e

construtiva, ponderadas e diferenciadas no contexto interno (do próprio município) e no

externo (posicionamento de Palmela face aos municípios envolventes).

Assim, começa por se referenciar Palmela no eixo Setúbal-Montijo, onde se incluem os

municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal (fig.2). Por um lado, atendeu-se à

evolução dos edifícios e dos alojamentos, bem como à forma de ocupação dos alojamentos

familiares no período inter-censitário 1991-2001, identificando a dinâmica de crescimento do

parque habitacional e a sua repartição no território. Por outro, recorreu-se à informação do

INE (disponível mas não publicada) relativa a licenças de construção e fogos segundo o tipo

de obra para o período 1994-1999, que permitiram posicionar Palmela face aos concelhos do

eixo referido.

Figura 2 – Inserção de Palmela no eixo Setúbal-Montijo

Lisboa e Vale do Tejo

Península de SetúbalPalmela

2.1. Palmela no eixo Setúbal-Montijo

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 98 dp

Dos municípios do eixo Setúbal-Montijo, Palmela foi o mais dinâmico no período 1991-2001

no que respeita ao número de edifícios, com um crescimento superior (21%) à média do eixo

(12,7%) (quadro 1). Esta tendência persistiu também na evolução dos alojamentos, onde

ocupou a segunda posição, com uma taxa de variação de 34,6%.

O Censo 2001 registou 26.195 alojamentos em Palmela, número que lhe conferiu a terceira

posição no conjunto dos cinco concelhos, com 19% do total, aproximadamente metade de

Setúbal (40%), mas próximo da Moita (22,2%).

Quadro 1 – Evolução dos edifícios e dos alojamentos no eixo Setúbal-Montijo (1991-2001)

Tx variação Tx variação1991-2001 1991-2001

Alcochete 3.232 3.558 10,1 4.447 6.203 39,5Moita 9.962 10.616 6,6 26.407 30.525 15,6Montijo 10.651 11.104 4,3 16.246 19.624 20,8Palmela 14.554 17.608 21,0 19.467 26.195 34,6Setúbal 18.030 20.732 15,0 43.091 55.132 27,9Total do Eixo 56.429 63.618 12,7 109.658 137.679 25,6

Edifícios Alojamentos

1991 2001 1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios.

O número de alojamentos por edifício aumentou nos últimos dez anos, tendência comum a

todos os concelhos (quadro 2). Os valores mais baixos de Palmela (1,3 e 1,5,

respectivamente em 1991 e 2001) traduzem a importância da tipologia unifamiliar no parque

habitacional do concelho.

Quadro 2 – Número de alojamentos por edifício no eixo Setúbal-Montijo (1991-2001)

1991 2001Alcochete 1,4 1,7Moita 2,7 2,9Montijo 1,5 1,8Palmela 1,3 1,5Setúbal 2,4 2,7Total do Eixo 1,9 2,2

N.º médio aloj./edif.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 99 dp

Fonte: INE, Censos 1991, Dados Definitivos e Censos 2001, Dados Provisórios.

Relativamente à forma de ocupação dos alojamentos familiares, Palmela tem o maior peso de

habitação sazonal, acentuando-se em 2001; Montijo e Palmela são os concelhos com maior

presença de fogos vagos, sendo esta posição relativa idêntica em 1991 e 2001, embora os

valores tenham sofrido um ligeiro agravamento (quadro 3A e 3B).

Quadro 3A – Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação no eixo Setúbal-Montijo (1991)

N.º % N.º % N.º % N.º %Alcochete 3.393 76,3 407 9,2 191 4,3 454 10,2 4.445Moita 20.864 79,4 1.271 4,8 1.278 4,9 2.864 10,9 26.277Montijo 12.285 76,1 827 5,1 557 3,4 2.479 15,4 16.148Palmela 14.395 74,4 1.985 10,3 677 3,5 2.300 11,9 19.357Setúbal 33.611 80,7 3.005 7,2 611 1,5 4.434 10,6 41.661Total do Eixo 84.548 78,4 7.495 6,9 3.314 3,1 12.531 11,6 107.888

TotalOcupante ausente VagosUso sazonalResidência habitual

Ocupados

Fonte: INE, Censos 1991, Dados Definitivos.

Quadro 3B – Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação no eixo Setúbal-Montijo (2001)

N.º % N.º % N.º %Alcochete 4.809 77,5 746 12,0 648 10,4 6.203Moita 23.723 77,7 3.601 11,8 3.201 10,5 30.525Montijo 14.496 73,9 1.889 9,6 3.239 16,5 19.624Palmela 18.809 71,8 3.962 15,1 3.424 13,1 26.195Setúbal 41.486 75,2 6.705 12,2 6.941 12,6 55.132Total do Eixo 103.323 75,0 16.903 12,3 17.453 12,7 137.679

Vagos TotalOcupados

Residência habitual Uso sazonal/secund.

Fonte: INE, Censos 2001, Dados Provisórios.

A percepção mais detalhada da dinâmica construtiva apoiou-se na análise das licenças de

construção e dos fogos licenciados segundo o tipo de obra entre 1994 e1999 (INE, Dados

Disponíveis não Publicados).

Nos cinco concelhos do eixo foram emitidas 7.940 licenças, 91% relativas a novas

construções, 5,1% a ampliações e 3% a transformações/restaurações. Palmela comportou

cerca de 30% das licenças de novas construções, detendo, com Setúbal, aproximadamente 2/3 do seu total. As demolições não têm expressão no conjunto (0,8%) (quadro 4). Esta

repartição é comum a todos os concelhos e a tendência persiste ao longo dos anos.

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02-04-2003 100 dp

Quadro 4 – Licenças camarárias segundo o tipo de obra por concelho (1994-1999)

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %Alcochete 72 6,0 63 5,8 106 9,6 144 11,3 147 9,8 145 8,2 677 8,5Construção Nova 58 5,5 54 5,7 97 9,8 125 10,8 128 9,1 132 8,0 594 8,2Ampliação 7 8,2 3 3,8 4 5,8 8 11,8 3 5,9 4 7,4 29 7,1Transformação 5 13,2 1 3,6 3 8,8 3 12,0 9 39,1 3 15,0 24 14,3Restauração 0 0,0 1 4,5 0 0,0 2 20,0 0 0,0 1 10,0 4 5,3Demolição 2 66,7 4 80,0 2 40,0 6 60,0 7 46,7 5 17,9 26 39,4Moita 188 15,7 174 16,1 160 14,4 159 12,5 176 11,7 195 11,0 1052 13,2Construção Nova 159 15,0 157 16,6 150 15,1 151 13,0 171 12,2 188 11,3 976 13,5Ampliação 17 20,0 8 10,0 7 10,1 7 10,3 5 9,8 4 7,4 48 11,8Transformação 11 28,9 9 32,1 1 2,9 1 4,0 0 0,0 3 15,0 25 14,9Restauração 1 6,7 0 0,0 2 22,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 3,9Demolição 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Montijo 142 11,8 108 10,0 128 11,6 135 10,6 221 14,7 225 12,7 959 12,1Construção Nova 110 10,4 103 10,9 116 11,7 123 10,6 206 14,7 209 12,6 867 12,0Ampliação 13 15,3 4 5,0 3 4,3 7 10,3 8 15,7 6 11,1 41 10,1Transformação 16 42,1 1 3,6 5 14,7 2 8,0 3 13,0 2 10,0 29 17,3Restauração 3 20,0 0 0,0 1 11,1 1 10,0 1 10,0 2 20,0 8 10,5Demolição 0 0,0 0 0,0 3 60,0 2 20,0 3 20,0 6 21,4 14 21,2Palmela 361 30,1 355 32,8 300 27,1 355 27,9 381 25,3 545 30,8 2297 28,9Construção Nova 340 32,1 322 34,0 269 27,1 339 29,2 373 26,5 510 30,8 2153 29,8Ampliação 20 23,5 31 38,8 26 37,7 14 20,6 7 13,7 22 40,7 120 29,5Transformação 0 0,0 1 3,6 5 14,7 2 8,0 1 4,3 0 0,0 9 5,4Restauração 1 6,7 1 4,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 2,6Demolição 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 13 46,4 13 19,7Setúbal 438 36,5 383 35,4 414 37,4 481 37,8 580 38,5 659 37,3 2955 37,2Construção Nova 393 37,1 312 32,9 359 36,2 423 36,4 528 37,6 618 37,3 2633 36,5Ampliação 28 32,9 34 42,5 29 42,0 32 47,1 28 54,9 18 33,3 169 41,5Transformação 6 15,8 16 57,1 20 58,8 17 68,0 10 43,5 12 60,0 81 48,2Restauração 10 66,7 20 90,9 6 66,7 7 70,0 9 90,0 7 70,0 59 77,6Demolição 1 33,3 1 20,0 0 0,0 2 20,0 5 33,3 4 14,3 13 19,7TOTAL 1201 100 1083 100 1108 100 1274 100 1505 100 1769 100 7940 100Construção Nova 1060 100 948 100 991 100 1161 100 1406 100 1657 100 7223 100Ampliação 85 100 80 100 69 100 68 100 51 100 54 100 407 100Transformação 38 100 28 100 34 100 25 100 23 100 20 100 168 100Restauração 15 100 22 100 9 100 10 100 10 100 10 100 76 100Demolição 3 100 5 100 5 100 10 100 15 100 28 100 66 100

1994 1995 1996 1997 1998 1999 TOTAL

Fonte: INE, Pressão construtiva, Dados disponíveis não publicados.

Relativamente aos fogos licenciados segundo o tipo de obra no mesmo período verifica-se

que (quadro 5):

- a quase totalidade dos 19.227 fogos licenciados (99,4%) corresponde a novas construções

e as ampliações e transformações têm valor residual (0,6%), tendência comum aos cinco

concelhos;

- os novos fogos licenciados foram 19.117, crescendo o seu número todos os anos

(exceptuando uma ligeira quebra em 1995);

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02-04-2003 101 dp

- Setúbal liderou sempre, e de forma inequívoca, a produção de novos fogos (46,7%); a

segunda posição de Palmela foi permanente (20,7%); a Moita também manteve o terceiro

lugar, com 15,1%;

- em termos evolutivos, sublinha-se o facto de as novas construções no concelho, nos dois

últimos anos do período, equivalerem a 52,8% do total dos novos fogos, aspecto

particularmente visível em Montijo e Alcochete.

Embora este último aspecto seja apenas visível em termos relativos, mantendo-se a liderança

numérica de Setúbal e Palmela, parece traduzir uma inversão da tendência que, a persistir,

terá repercussões no mercado de habitação daqueles municípios. De facto, após a abertura

da Ponte Vasco da Gama e respectivos acessos e consequente reforço da acessibilidade do

Montijo e de Alcochete a Lisboa, o mercado de solos, em particular para habitação, sofreu

uma inusitada procura. No presente, aqueles municípios dispõem de excesso de oferta de

habitação face à procura e abundante oferta de solo urbanizável já infra-estruturado,

confirmando uma realidade emergente que o quadro já deixa transparecer.

O investimento em grandes projectos comerciais no Montijo (centro comercial) e em

Alcochete (parque de lazer) constitui mais um elemento a enfatizar o reposicionamento destes

municípios no contexto metropolitano.

A par destas mudanças estruturais, é oportuno lembrar a actual conjuntura no financiamento à

aquisição de habitação, afectado pela subida das taxas de juro e o desaparecimento do

crédito bonificado (em 30 de Setembro de 2002).

Este cenário, marcado quer pela elevada oferta de habitação em municípios contíguos a

Palmela, quer pela retracção da procura, tende a afectar o mercado de habitação a

curto/médio prazo no município. Pinhal Novo, com uma oferta similar à que surge agora em

grande crescimento no Montijo e em Alcochete (tipologia plurifamiliar), poderá sofrer um

abrandamento na procura. Todavia, esta poderá afectar em menor escala as áreas

habitacionais com dominante de tipologia habitacional.

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02-04-2003 102 dp

Quadro 5 – Fogos licenciados segundo o tipo de obra por concelho (1994-1999)

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %Alcochete 197 6,5 128 4,5 253 7,8 347 8,3 442 7,4 1.367 7,1Construção Nova 195 6,6 127 4,5 249 7,8 346 8,3 440 7,4 1.357 7,1Ampliação 1 2,3 1 6,3 3 17,6 0 0,0 0 0,0 5 5,5Transformação 1 0,0 0 0,0 1 33,3 1 25,0 2 40,0 5 26,3Moita 568 18,8 578 20,2 436 13,5 664 15,9 673 11,3 2.919 15,2Construção Nova 555 18,7 575 20,2 430 13,4 661 15,9 671 11,3 2.892 15,1Ampliação 10 22,7 3 18,8 6 35,3 3 42,9 1 14,3 23 25,3Transformação 3 50,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 20,0 4 21,1Montijo 181 6,0 227 7,9 260 8,1 484 11,6 861 14,5 2.013 10,5Construção Nova 176 5,9 226 7,9 256 8,0 479 11,5 858 14,5 1.995 10,4Ampliação 3 6,8 1 6,3 4 23,5 2 28,6 1 14,3 11 12,1Transformação 2 33,3 0 0,0 0 0,0 3 75,0 2 40,0 7 36,8Palmela 693 23,0 655 22,9 548 17,0 716 17,1 1.356 22,8 3.968 20,6Construção Nova 685 23,1 647 22,7 548 17,1 716 17,2 1.354 22,8 3.950 20,7Ampliação 8 18,2 8 50,0 0 0,0 0 0,0 2 28,6 18 19,8Transformação 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0Setúbal 1.380 45,7 1.273 44,5 1.732 53,6 1.967 47,1 2.608 43,9 8.960 46,6Construção Nova 1.358 45,7 1.269 44,6 1.726 53,8 1.965 47,2 2.605 43,9 8.923 46,7Ampliação 22 50,0 3 18,8 4 23,5 2 28,6 3 42,9 34 37,4Transformação 0 0,0 1 100,0 2 66,7 0 0,0 0 0,0 3 15,8TOTAL 3.019 100 2.861 100 3.229 100 4.178 100 5.940 100 19.227 100Construção Nova 2.969 100 2.844 100 3.209 100 4.167 100 5.928 100 19.117 100Ampliação 44 100 16 100 17 100 7 100 7 100 91 100Transformação 6 100 1 100 3 100 4 100 5 100 19 100

TOTAL19991998199719951994

Fonte: INE, Pressão construtiva, Dados disponíveis não publicados.

2.2 Dinâmica e diferenciação interna Integrado na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e fazendo parte da Península de Setúbal

(PS), o concelho de Palmela sofreu um notório crescimento económico e demográfico nos

anos 90. Com uma superfície de 461,82 km2 (segundo o Atlas do Ambiente46), a

heterogeneidade do seu território traduz-se na coexistência de áreas funcionalmente diversas:

urbanas; de povoamento disperso, associado à pequena e média propriedade ("foros");

marcadas pela estrutura agrária do latifúndio; de utilização mista, com forte incidência de

loteamentos e construções ilegais e de ocupação industrial.

Espacialmente, o concelho tem duas configurações distintas: a ocidente, nas freguesias de

Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo, com maior acessibilidade aos principais centros

urbanos da margem sul e a Lisboa, tem-se vindo a consolidar um tecido urbano-industrial,

quer em redor do Pinhal Novo, quer do eixo Aires/Palmela/Quinta do Anjo; a oriente, nas

freguesias de Poceirão e da Marateca, as actividades agrícola, florestal e pecuária continuam 46 SEARN (1988) – Portugal – Atlas do Ambiente – Notícia Explicativa da Carta Administrativa, Lisboa, Secretaria de Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais.

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02-04-2003 103 dp

a ser preponderantes. Águas de Moura e Poceirão, com menor dinamismo económico,

tendem a constituir um eixo de desenvolvimento para o nordeste do município.

Outro elemento relevante do concelho é a extensão das Áreas Urbanas de Génese Ilegal

(AUGI). A produção ilegal de solo no município, iniciada nos anos 60, teve o seu maior

crescimento entre 1975 e 1984. Embora a sua dispersão atinja todas as freguesias, as

manchas mais expressivas ocorrem em Quinta do Anjo. Esta situação, que esconde

realidades muito diversas ao nível do parcelamento, ocupação, uso e ritmo de construção,

constitui um constrangimento pesado e fortemente limitador de uma estratégia de

desenvolvimento. O crescimento das áreas clandestinas foi travado em 1984 (na sequência

do DL 400/84, de 31 de Dezembro), embora depois de 1994 tenham surgido novos casos, já

muito expressivos quer em número, quer em área loteada (por força do novo enquadramento

legal do loteamento urbano).

Ao nível da rede urbana, assiste-se à progressiva afirmação de Pinhal Novo como principal

centro económico e populacional, relegando a sede administrativa do concelho para segundo

plano (penalizada pela localização excêntrica relativamente aos principais eixos rodo e

ferroviários e condições topográficas inibidoras de uma expansão em continuidade).

A expansão industrial nos anos 90 é outro aspecto fundamental a sublinhar, incrementada

com a instalação do projecto Auto-Europa.

A dinâmica construtiva no município durante a última década é evidenciada pelas taxas de

crescimento do número de edifícios (20,2%) e de alojamentos (34,6%), ainda que muito

diferenciadas internamente.

A média de alojamentos por edifício passou de 1,3 para 1,5 entre 1991 e 2001 (quadro 6).

Esta variação é, por si só, reveladora das transformações que marcaram Palmela no último

período inter-censitário. As taxas mais acentuadas ocorreram em Pinhal Novo e Quinta do

Anjo, a primeira freguesia liderando no crescimento de alojamentos (56,1%) e a segunda no

aumento do número de edifícios (35,5%). Esta troca de posições está associada à maior

concentração da tipologia plurifamiliar em Pinhal Novo, bem expressa no número médio de

alojamentos por edifício (2,2 e 1,2, respectivamente no Pinhal Novo e em Quinta do Anjo)

(quadro 7). Nas freguesias rurais, a Marateca revela uma dinâmica de crescimento superior

ao Poceirão.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 104 dp

À data do Censo 2001, a repartição dos alojamentos por freguesia destacava Pinhal Novo

(38,7%) e Palmela (28,5%), que concentravam mais de metade do parque habitacional

concelhio.

Quadro 6 – Evolução dos edifícios e dos alojamentos, por freguesias (1991-2001)

Tx variação Tx variação1991-2001 1991-2001

Marateca 1.351 1.530 13,2 1.485 1.653 11,3Palmela 4.580 5.228 14,1 6.269 7.466 19,1Pinhal Novo 3.754 4.624 23,2 6.488 10.130 56,1Quinta do Anjo 3.277 4.375 33,5 3.532 5.139 45,5Poceirão 1.592 1.739 9,2 1.693 1.810 6,9Total 14.554 17.496 20,2 19.467 26.198 34,6

AlojamentosEdifíciosFREGUESIA 1991 2001 1991 2001

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados definitivos

Quadro 7 – Número médio de alojamentos familiares por edifício, por freguesias (1991-2001)

1991 2001Marateca 1,1 1,1Palmela 1,4 1,4Pinhal Novo 1,7 2,2Quinta do Anjo 1,1 1,2Poceirão 1,1 1,0Total 1,3 1,5

N.º médio aloj./edif.FREGUESIA

Fonte: INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados definitivos

O acentuado crescimento do parque habitacional e a sua diferenciação intramunicipal tiveram

correspondência em termos populacionais, como ficou patente no Relatório “Estudos de Apoio

à Revisão do Plano Director Municipal de Palmela – componente sociodemográfica”.

2.3 Factores de mudança A dinâmica recente do concelho foi sobretudo influenciada por dois factores: melhoria da

acessibilidade no contexto metropolitano e crescimento da actividade industrial, na sequência

da instalação da “Auto-Europa”.

O reforço da acessibilidade recentrou Palmela na Península de Setúbal e na Área

Metropolitana, e aproximou-a do sul do país, sendo de referir:

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- as auto-estradas, A2 e A12, que ligam Lisboa a Setúbal e ao Sul do país (no nó da

Marateca, nos limites do concelho, a A2 entronca com a A6 que serve o Alentejo Central);

- a ligação ferroviária suburbana entre Setúbal e Barreiro, com ligação fluvial a Lisboa; o nó

do Pinhal Novo, considerado estratégico neste modo de transporte, serve de

entroncamento entre as linhas do Sul (via Sado) e as do Alentejo e também de

origem/destino de muitas ligações suburbanas;

- a A12 e a travessia rodoviária do Tejo na Ponte Vasco da Gama permitiram carreiras

regulares de transporte colectivo entre a área ocidental do concelho e Lisboa (interface da

Gare do Oriente);

- o atravessamento ferroviário do Rio Tejo, na Ponte 25 de Abril, com a criação do

transporte suburbano que liga Lisboa ao Fogueteiro. -

As condições de acessibilidade serão ainda reforçadas com a conclusão das seguintes obras:

- anel regional de Coina (IC13) que, contornando exteriormente o concelho na direcção

Oeste/Norte, potencializará a ligação deste - sobretudo da sua parte ocidental – a alguns

concelhos da margem esquerda do Tejo (Barreiro, Moita e Montijo);

- prolongamento e electrificação da linha ferroviária desde o Pragal até ao Pinhal Novo, no

âmbito da conclusão do eixo ferroviário Norte -Sul.

No desenvolvimento industrial do concelho, foi inegável a influência decisiva desempenhada

pela instalação da Auto-Europa. É verdade que na selecção dessa localização foram

determinantes as sinergias esperadas pela presença de unidades industriais existentes,

nomeadamente a Ford Electrónica. Contudo, a Auto-Europa teve o mérito de desencadear o

aparecimento de uma série de empresas no município e na Península de Setúbal, muitas das

quais ganharam autonomia e foram geradoras de dinâmicas específicas.

O acréscimo de postos de trabalho (directos e indirectos) induzidos pelo reforço da actividade

industrial teve reflexos não só no crescimento do parque habitacional, como na alteração do

produto imobiliário (indução de parques residenciais na envolvente, alguns dos quais no

concelho, dirigidos ao emprego mais qualificado).

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3. PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA

3.1 Objectivos gerais

O Plano Director Municipal, de 1997, permitiu sistematizar informação sobre os seguintes

domínios:

- objectivos gerais e específicos (por aglomerado);

- estratégia de desenvolvimento e ordenamento;

- perímetros urbanos propostos, respectiva dimensão (ha) e capacidade (número de fogos e

de habitantes);

- quantificação das áreas urbanizáveis relativamente à dimensão (ha) e capacidade

(número de fogos) pelas cinco categorias de espaços habitacionais consideradas (H3, H2,

H1, B2 e B1, a que correspondem, respectivamente, as densidades de 65, 50, 30, 10 e 4

fogos/ha).

O PDM aponta dois tipos de objectivos estratégicos: os gerais, orientados para a política de

desenvolvimento municipal, e os específicos, aplicados à intervenção em cada aglomerado. A

estratégia de desenvolvimento e ordenamento pretende:

- contrariar a tendência de abandono da actividade agrícola;

- apoiar e enquadrar a instalação de novas actividades industriais;

- apoiar e enquadrar a instalação de actividades, equipamentos e infra-estruturas

indispensáveis à qualidade de vida das populações;

- diversificar e qualificar a oferta de habitação;

- promover o turismo.

3.2 Modelo territorial

A estratégia de ordenamento distingue seis domínios prioritários: ordenamento urbano,

ordenamento industrial, ordenamento turístico, recuperação/reconversão das Áreas Urbanas

de Génese Ilegal, contenção do fraccionamento da propriedade rural e salvaguarda dos

recursos ecológicos e agrícolas. A organização espacial das diferentes actividades, em

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02-04-2003 107 dp

articulação com a estrutura de condicionantes físicas e legais à ocupação do território,

conduziram ao desenho de um modelo territorial que de seguida se sintetiza.

A rede urbana é estruturada em principal e secundária, integrando todos os perímetros

urbanos.

Na primeira sobressai Pinhal Novo como principal aglomerado do concelho, potenciando o

reforço da sua centralidade na Península de Setúbal e, em particular, no eixo Setúbal-Montijo;

o desenvolvimento do sistema Palmela-Aires-Quinta do Anjo-Cabanas, reorientando o

crescimento para Aires e Quinta do Anjo e promovendo a requalificação urbana de Palmela; a

valorização do eixo Águas de Moura-Poceirão.

Para a rede urbana secundária a estratégia assenta na definição de perímetros urbanos para

os aglomerados de menor dimensão, alguns associados ao povoamento rural, outros a

loteamentos de génese ilegal, a fim de lhes conferir coesão, estrutura interna e equipamentos

básicos, como garantia de verdadeiro estatuto urbano.

No domínio da habitação, as orientações são no sentido de potenciar uma oferta diversificada

para responder aos diferentes segmentos da procura e garantir a articulação com as políticas

de equipamentos e de infra-estruturas. Os equipamentos (educação, saúde, desporto, cultura

e lazer, segurança, comunicações e transportes) e a oferta comercial (qualidade e

diversidade) devem ajustar-se à dimensão populacional e à sua importância na hierarquia

urbana.

Para diversificar a base económica do concelho e potenciar os recursos locais, são propostos

alguns espaços de vocação turística, a Oeste de Quinta do Anjo, bem como a Sul e Sudeste

de Águas de Moura.

Os principais espaços industriais localizam-se a Sul do Poceirão, ao longo da EN 10, a

Nordeste de Águas de Moura, a Sul do Pinhal Novo, a Este de Aires, a Oeste de Cabanas e a

Sul da Barra Cheia.

Os espaços agrícolas estão dispersos por todo o território, situando-se os principais a Norte

de Cabanas e de Quinta do Anjo, a Sul de Palmela, a Este e Oeste de Pinhal Novo, a Norte

de Asseiceira, Lagameças e ao longo da ribeira da Marateca.

Os espaços naturais e culturais integram as áreas do município abrangidas pelo Parque

Natural da Arrábida (PNA) e pela Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES).

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02-04-2003 108 dp

3.3 Perímetros urbanos O conceito de perímetro urbano tem subjacente a contenção da urbanização num espaço

delimitado, tendo em vista, por um lado, evitar a dispersão do edificado e, por outro, promover

a utilização racional dos equipamentos colectivos e infra-estruturas. Sendo um conceito de

ordenamento, constitui a unidade mínima de referenciação espacial na análise da dinâmica

urbanística para uma correspondência com os perímetros integrados na rede urbana principal

e secundária. Todavia, a informação disponibilizada pela autarquia tinha referenciação

espacial diversa. Por exemplo, os dados relativos a licenças de construção estão

referenciados ao lugar. Este facto exigiu um tratamento específico de toda a informação, no

sentido da sua integração no perímetro correspondente. Dada a frequente utilização

indiferenciada de conceitos como “lugar”, “aglomerado urbano” e “perímetro urbano”;

explicitam-se os mesmos de seguida, recorrendo às definições do Instituto Nacional de

Estatística47 e da Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano48:

Lugar

− “Conjunto de edifícios contíguos ou próximos, com 10 ou mais alojamentos, a que

corresponde uma designação. O conceito abrange, a nível espacial, a área envolvente

onde se encontrem serviços de apoio” (INE). Igual definição é apresentada pela

DGOTDU.

Aglomerado urbano

− “O núcleo de edificações autorizadas e respectiva área envolvente, possuindo vias

públicas e pavimentadas e que seja servido por rede de abastecimento domiciliário de

água e drenagem de esgotos, sendo o seu perímetro definido pelos pontos

distanciados 50 metros das vias públicas onde terminam aquelas infra-estruturas

urbanísticas (DL 794/76). Para efeitos fiscais, além dos situados dentro do perímetro

legalmente fixado, consideram-se também os núcleos com um mínimo de 10 fogos

servidos por arruamentos de utilização pública, sendo o seu perímetro delimitado por

pontos distanciados 50 metros dos eixos dos arruamentos medidos no sentido

47 INE (1993) – Metodologia e Conceitos para dos Dados Definitivos dos Censos – 91, INE, Lisboa 48 Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (2000) – Vocabulário do Ordenamento do Território.

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02-04-2003 109 dp

transversal, e 20 metros da última edificação no sentido dos arruamentos (DL 442-

C/88, Contribuição Autárquica) (DGOTDU).

Zona diferenciada do aglomerado urbano

− “Conjunto de edificações autorizadas em terrenos contíguos marginados por vias

públicas urbanas pavimentadas, que não disponham de todas as infra-estruturas

urbanísticas do aglomerado (DL 794/76, de 5 de Novembro) (DGOTDU).

Perímetro urbano

− “Demarcação do conjunto das áreas urbanas e de expansão urbana no espaço físico

dos aglomerados” (DGOTDU).

3.3.1. Aglomerados da rede urbana principal e secundária

De acordo com o PDM, os aglomerados constituem as unidades de base fundamentais da

estrutura urbana do Concelho.

As propostas para a rede urbana municipal foram condicionadas por:

- rede urbana existente;

- estrutura urbana de cada centro e seus ritmos de preenchimento nas áreas urbanizadas e

urbanizáveis;

- condicionantes fisiográficas do território municipal;

- estrutura de povoamento e grau de equipamento de cada um dos seus centros;

- funções instaladas e acréscimo induzido de novas actividades económicas a elas ligadas e

o consequente incremento e movimentação populacional;

- conceitos filiados na teoria dos lugares centrais;

- acessibilidade aos centros, decorrente do traçado de novas vias que servem e servirão o

território municipal (PDMP, Volume III).

A rede urbana principal é constituída por “aglomerados que assumem um papel diferenciado

na rede urbana do concelho pela sua tradição urbana, pela sua localização estratégica ou

pelas pressões de urbanização do seu solo” (PDMP, Volume III) (quadro 8).

A rede urbana secundária integra “aglomerados embrionários resultantes da transformação

ilegal do solo, mas que poderão ocupar um lugar na hierarquia da rede urbana, atendendo à

possibilidade de constituírem consistência urbana e integrarem-se em acções de

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02-04-2003 110 dp

planeamento, consolidando a definição de uma rede urbana coerente” (PDMP, Volume III)

(quadro 8) (fig. 3).

Quadro 8 – Aglomerados da rede urbana primária e secundária no município de

Palmela

REDE URBANA PRINCIPAL

REDE URBANA SECUNDÁRIA

Palmela Abreu Grande/Carregueira Pinhal Novo Agualva de Cima Aires Fonte da Vaca Quinta do Anjo Asseiceira Cabanas Fernando Pó Venda do Alcaide Fonte Barreiro Brejos do Assa Lagoa do Calvo Poceirão Lagoa da Palha e Vale da Vila Águas de Moura Barra Cheia

Olhos de Água/Lagoinha I e II/Vale de Touros

Fonte: PDM Palmela, vol. III

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02-04-2003 111 dp

Figura 3 – Perímetros urbanos do município de Palmela

Quinta do Anjo

Fonte da VacaLagoa da Palha

Vale da VilaVenda de Alcaide

O. de Água/Lagoinha/V. de Touros

Palmela

Lagoa do CalvoAsseiceira

Poceirão

Fonte Barreira

Fernando Pó

Agualva de Cima

Águas de Moura

Abreu Grande/Carregueira

Barra Cheia

Cabanas

Brejos do Assa

Pinhal Novo

Aires

Aires

LegendaRede Urbana Principal

Rede Urbana Secundária

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02-04-2003 112 dp

3.3.2 Linhas de orientação para as áreas urbanizáveis

O PDM apontou objectivos específicos para cada um dos 19 aglomerados urbanos (9

pertencentes à rede urbana principal e 10 à secundária).

No presente contexto, sintetizam-se as orientações para as áreas urbanizáveis. No âmbito da

rede urbana principal as diferenças entre perímetros são notórias:

- Palmela – sede de concelho, é apontado como o centro cultural e turístico da Península de

Setúbal; as condições topográficas da vila geram um espaço urbano com grandes

descontinuidades espaciais entre o núcleo histórico e as áreas baixas de expansão; os

objectivos preconizados são a requalificação urbana do centro histórico, sendo propostas

áreas urbanizáveis de baixa densidade na periferia;

- Pinhal Novo – consolidação do estatuto de maior aglomerado populacional do concelho e

reforço da densidade;

- Aires/Volta da Pedra e Baixa de Palmela – propostas áreas de expansão, maioritariamente

em baixa densidade;

- Quinta do Anjo – defendida a intensificação do seu carácter urbano, como alternativa às

pressões existentes sobre a periferia de Palmela;

- Cabanas – manutenção das suas características de baixa densidade;

- Venda do Alcaide – apesar de sujeito a grande pressão, dada a proximidade a Pinhal

Novo, a sua inserção numa área de grande dispersão do povoamento justificam a

proposta de uma expansão em baixa densidade;

- Brejos do Assa (a Este de Palmela) – com situações urbanísticas muito diversificadas

(loteamentos formais e informais), é proposta uma ocupação em baixa densidade, dada a

grande dimensão média dos lotes;

- Poceirão e Águas de Moura – inseridos em áreas de grande dispersão do habitat e com

baixo dinamismo urbanístico e económico, pretende-se que venham a constituir um eixo

de desenvolvimento no nordeste do concelho; os perímetros propostos apoiam-se na

expectativa do aumento da pressão urbanística, quer pela melhoria da acessibilidade

(Poceirão), quer pelas potencialidades turísticas, associadas à qualidade paisagística e

ambiental (Marateca).

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02-04-2003 113 dp

Para os aglomerados da rede urbana secundária, os perímetros urbanos definidos visam a

estruturação dos tecidos urbanos em baixa densidade.

3.3.3 Dimensão e capacidade

O PDM afectou aos perímetros urbanos 2.580,4 ha, dos quais 1.050,5 ha de área urbana

consolidada (40,7%) e 1.529,9 ha de área urbanizável (59,3 %). Os aglomerados da rede

urbana principal contribuíam com 63,9% desta área, e os da rede secundária com 36,1%

(quadro 9).

As áreas urbanizáveis subdividem-se em cinco categorias de espaços habitacionais, em

função da densidade (H3, H2 e H1, e, ainda, B1 e B2). As áreas de baixa densidade dominam

no conjunto das áreas urbanizáveis B1 (42,7%), B2 (25%) e H1 (17,9%). A diferenciação do

uso habitacional nas áreas urbanizáveis dos perímetros da rede urbana principal e da

secundária é notória: nestes, a categoria B1 representa 71,9% do total da área urbanizável e

a categoria B2 16,8% (quadro 9); nos perímetros da rede urbana principal as categorias H1,

B2 e B1 têm importância equivalente, oscilando entre os 23,4% e os 29,7%; as áreas de alta

densidade apenas estão aqui presentes. Esta primeira apreciação permite concluir que se

trata de um modelo urbano em extensão, de baixa densidade. Embora na rede urbana

secundária esta seja particularmente marcante, também domina nos perímetros da rede

urbana principal, afirmando-se apenas a excepção do Pinhal Novo.

Quadro 9 – Área urbana e urbanizável no município de Palmela CLASSES

ESPAÇO HAB.

Urbanizável (Ha) TOTAL

PERÍMETRO URBANO

Urbano Cons. (Ha)

H3 H2 H1 B2 B1 Total Ha % RU Principal 673 65 138,3 228,1 290 254 975,4 1.648,4 63,9 RU Secundária 377,5 - 17,5 45 93 399 554,5 932 36,1 TOTAL CONCELHO 1.050,5 65 155,8 273,1 383 653 1.529,9 2.580,4 100,0

RU Principal (%) 6,6 14,2 23,4 29,7 26,1 100,0 RU Secundária (%) - 3,2 8,1 16,8 71,9 100,0 TOTAL CONCELHO (%) 40,7 4,2 10,2 17,9 25,0 42,7 100,0 Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria

A análise detalhada dos perímetros urbanos da rede urbana principal (quadro 10), mostra

que:

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02-04-2003 114 dp

- todos os perímetros têm áreas urbanizáveis que, em regra, duplicam, pelo menos, as

respectivas áreas consolidadas (exceptuando Aires, Quinta do Anjo e Cabanas, onde os

acréscimos propostos se situam na casa dos 40%);

- Pinhal Novo fica com o maior perímetro urbano (404 ha), na sequência do acréscimo

proposto (+ 66,8% da área face ao tecido urbano consolidado); seguem-se Aires (323,2

ha) e Palmela (277 ha);

- Poceirão, o perímetro com menor área urbana consolidada (9,7 ha), teve, em termos

relativos, o maior acréscimo de área urbanizável (90,8%);

- Pinhal Novo tem o exclusivo das áreas habitacionais de alta densidade e a maior parte das

áreas de média densidade49;

- a expansão da sede de concelho privilegia as baixas densidades.

Quadro 10 – Área urbana e urbanizável nos aglomerados da rede urbana principal do

município de Palmela CLASSES

ESPAÇO HAB.

Urbanizável (Ha) TOTAL

PERÍMETRO URBANO

Urbano Cons. (Ha)

H3 H2 H1 B2 B1 Total Ha % Pinhal Novo 134 65 54 42 31 78 270 404 24,5 Palmela 115,5 - 43,5 60,5 37,5 20 161,5 277 16,8 Aires 173,7 - 16 61 23,5 49 149,5 323,2 19,6 Quinta do Anjo 69,5 - 22 9,5 21 12,5 65 134,5 8,2 Cabanas 104,5 - - 38 49 - 87 191,5 11,6 Venda do Alcaide 28,3 - 2,8 3 49,5 - 55,3 83,6 5,1 Brejos do Assa 17,5 - - 7 49 - 56 73,5 4,4 Poceirão 9,7 - - 3,6 23 70 96,6 106,3 6,5 Águas de Moura 20,3 - - 3,5 6,5 24,5 34,5 54,8 3,3 TOTAL 673 65 138,3 228,1 290 254 975,4 1.648,4 100.0

40,8 6,6 14,2 23,4 29,7 26,1 59,2 100,0 Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria.

Nos aglomerados da rede urbana secundária, a expansão habitacional assenta no modelo de

muito baixa densidade (4 fogos/ha). A excepção ocorre na Barra Cheia, onde as áreas

urbanizáveis de média densidade (30 fogos/ha) representam 17,5% do total da área

urbanizável (quadro 11). As expansões dos lugares de Olhos de Água/Lagoinha/Vale de

Touros e de Lagoa da Palha/Vale da Vila absorvem 57% da área urbanizável.

49 Por lapso, os dados constantes do volume III do PDM não incluíram em Palmela uma área de alta densidade (constante na Planta de Ordenamento e no Regulamento). Todavia, dado o carácter residual da mesma, para efeitos de quantificação das propostas das áreas urbanizáveis adoptou-se a informação constante no Relatório referido.

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02-04-2003 115 dp

Quadro 11 – Área urbana e urbanizável nos aglomerados da rede urbana secundária do município de Palmela

CLASSES

ESPAÇO HAB.

Urbanizável (Ha) TOTAL

PERÍMETRO URBANO

Urb. Cons. (Ha)

H3 H2 H1 B2 B1 Total Ha % Abreu Grande/Carreg. 13,8 - - - - 75,5 75,5 89,3 9,6 Agualva Cima 5,7 - - 3 14 13,5 30,5 36,2 3,9 Fonte Vaca 3,5 - - - - 17,5 17,5 21 2,3 Asseiceira 2,5 - - - - 10,5 10,5 13 1,4 Fernando Pó 7,5 - - - - 28,5 28,5 36 3,9 Fonte Barreira 2 - - - - 12 12 14 1,5 Lagoa do Calvo 2 - - - 3,5 12,5 16 18 1,9 Lagoa da Palha/Vale Vila 66,5 - - - - 190 190 256,5 27,5 Barra Cheia 92 - 17,5 14 16,5 - 48 140 15,0 Olhos Água/ Lag./Vale Touros 182 - - 28 59 39 126 308 33,0 TOTAL 377,5 - 17,5 45 93 399 554,5 932 100,0

40,5 3,2 8,1 16,8 71,9 59,5 100,0 Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria

A capacidade dos perímetros urbanos com pleno preenchimento é de 54.287 fogos, dos quais

49,1% a integrar nas áreas urbanizáveis (quadro 12).

Na rede urbana principal a capacidade de ocupação é de 43.654 fogos, repartidos pelo

urbano consolidado (21.755 fogos, correspondentes a 49,8%) e pelas áreas urbanizáveis

(21.899 fogos, correspondentes a 50,2%) (quadro 12). Para este valor total o principal

contributo é dado pelo Pinhal Novo, para o qual se estima uma capacidade de ~15.000 fogos

(45.000 habitantes), mais que duplicando a população existente. Aires e Palmela surgem na

segunda posição, com um total de fogos equivalente (7.715 e 7.808, respectivamente)

(quadro 13).

Quadro 12 – Capacidade (existente e proposta) dos perímetros urbanos segundo o PDM

Área Fogos Habitantes LUGARES Exist. Prop. Total Exist. Prop. Total Exist. Prop. Total RU Principal 673 975,4 1.648,4 21.755 21.899 43.654 65.265 65.697 130.962 RU Secundária 377,5 554,5 932 5.882 4.751 10.633 17.646 14.253 31.899 TOTAL CONC. 1.050,5 1.529,9 2.580,4 27.637 26.650 54.287 82.911 79.950 162.861

Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria

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02-04-2003 116 dp

Quadro 13 – Capacidade das áreas urbanizáveis da rede urbana principal Acréscimo

Ocupação (pleno preenchimento) Área urbana Fogos LUGARES

Área (ha) Fogos Habit. Ha % Nº %

Urb. consolid. 134 6.186 18.558 Urbanizável 270 8.807 26.421 270 66,8 8.807 58,7 Pinhal

Novo Total 404 14.993 44.979 Urb. consolid. 115,5 3.270 9.810 Urbanizável 161,5 4.445 13.335 161,5 58,3 4.445 57,6 Palmela Total 277 7.715 23.145 Urb. consolid. 173,7 4.747 14.241 Urbanizável 149,5 3.061 9.183 149,5 46,3 3.061 39,2 Aires Total 323,2 7.808 23.424 Urb. consolid. 69,5 2.780 8.340 Urbanizável 65 1.645 4.935 65 48,3 1,645 37,2 Quinta do

Anjo Total 134,5 4.425 13.275 Urb. consolid. 104,5 2.090 6.270 Urbanizável 87 1.630 4.890 87 45,4 1.630 43,8 Cabanas Total 191,5 3.720 11.160 Urb. consolid. 28,3 1.132 3.396 Urbanizável 55,3 725 2.175 55,3 66,1 725 39,0 Venda do

Alcaide Total 83,6 1.857 5.571 Urb. consolid. 17,5 350 1.050 Urbanizável 56 700 2.100 56 76,2 700 66,7 Brejos do

Assa Total 73,5 1.050 3.150 Urb. consolid. 9,7 388 1.164 Urbanizável 96,6 618 1.854 96,6 90,9 618 61,4 Poceirão Total 106,3 1.006 3.018 Urb. consolid. 20,3 812 2.436 Urbanizável 34,5 268 804 34,5 63,0 268 24,8 Águas

Moura Total 54,8 1.080 3.240

Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria.

Os aglomerados da rede urbana secundária têm uma capacidade de ocupação

de 10.633 fogos, repartidos pelo urbano consolidado (55,3%) e pela área

urbanizável (44,7%) (quadro 12). O principal contributo para este valor é dado

por dois perímetros – Olhos de Água/Lagoinha/Vale de Touros (39,3%) e Barra

Cheia (34,4%) – que, em conjunto, absorvem 64% da capacidade da área

urbanizável da rede urbana secundária. A área dos perímetros sofre um

acréscimo de 554,5 h, a fim de integrar e dar coerência urbana a múltiplos

pequenos núcleos dispersos (quadro 14).

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02-04-2003 117 dp

Quadro 14 – Capacidade das áreas urbanizáveis da rede urbana secundária Acréscimo

Ocupação (pleno preenchimento) Área urbana Fogos LUGARES

Área (ha) Fogos Habitantes Ha % Nº %

Urb. Consolidado 13,8 138 414 Urbanizável 75,5 302 906 75,5 84,5 302 68,6

Abreu Grande/ Carreg. Total 89,3 440 1.320

Urb. Consolidado 5,7 114 342 Urbanizável 30,5 284 852 30,5 84,3 284 71,4 Agualva de

Cima Total 36,2 398 1.194 Urb. Consolidado 3,5 35 105 Urbanizável 17,5 70 210 17,5 83,3 70 66,7 Fonte da

Vaca Total 21 105 315 Urb. Consolidado 2,5 25 75 Urbanizável 10,5 42 126 10,5 80,0 42 62,7 Asseiceira Total 13 67 201 Urb. Consolidado 7,5 75 225 Urbanizável 28,5 114 342 28,5 79,2 114 60,3 Fernando

Pó Total 36 189 567 Urb. Consolidado 2 20 60 Urbanizável 12 48 144 12 85,7 48 70,6 Fonte

Barreira Total 14 68 204 Urb. Consolidado 2 20 60 Urbanizável 16 85 255 16 88,9 85 81,0 Lagoa do

Calvo Total 18 105 315 Urb. Consolidado 66,5 665 1.995 Urbanizável 190 760 2.280 190 74,1 760 53,3 Lagoa Pal./

Vale Vila Total 256,5 1.425 4.275 Urb. Consolidado 92 2.200 6.600 Urbanizável 48 1.460 4.380 48 34,3 1460 39,9 Barra

Cheia Total 140 3.660 10.980 Urb. Consolidado 182 2.590 7.770 Urbanizável 126 1.586 4.758 126 40,9 1586 38,0

Olhos de Água/Lag/ V. Touros Total 308 4.176 12.528

Fonte: PDM Palmela, vol. III, elaboração própria. Como síntese conclusiva, importa destacar:

- a capacidade existente e proposta dos perímetros urbanos do município de

Palmela é de 54.287 fogos, cabendo 80% aos aglomerados da rede urbana

principal;

- o Pinhal Novo vê reforçada a sua posição de principal aglomerado

populacional do concelho; - os perímetros urbanos de Olhos de Água/Lagoinha/V. Touros e de Barra

Cheia detêm a maior parte da capacidade habitacional da rede urbana

secundária.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 118 dp

4. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS ÁREAS URBANIZÁVEIS

4.1 Metodologia de análise

4.1.1 Aspectos gerais

A metodologia adoptada para dar cumprimento aos objectivos expressos teve por base os

seguintes princípios (figura 4):

- cada perímetro urbano constituiu a unidade mínima de referenciação espacial;

- cada perímetro foi avaliado individualmente e no contexto da rede urbana (principal e

secundária) em que se insere;

- dentro de cada perímetro urbano, apenas a área urbanizável foi subdividida em

categorias de espaços habitacionais;

- a avaliação da execução apoiou-se nos loteamentos habitacionais ao nível de cada

perímetro urbano;

- a dinâmica construtiva teve por base as licenças de construção de fogos ao nível da

freguesia e, em alguns casos, ao lugar;

- o período em análise é superior ao de vigência do PDM.

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02-04-2003 119 dp

Figura 4 – Avaliação da dinâmica de transformação do uso do solo – esquema metodológico

Área de expansão

habitacional

Rede Urbana Principal RUP

Rede Urbana Secundára

RUS

PERÍMETRO URBANO

Loteamentos

habitacionais

Áreas

Urbanas de

Li

LUGAR

PERÍMETRO URBANO

Evolução temporal

Dinâmica espacial

CONCRETIZAÇÃO POR PERÍMETRO URBANO

RUP RUS

Área l

Fogos

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 120 dp

4.1.2 Fontes de informação

A avaliação da execução das áreas urbanizáveis apoiou-se em três tipos de informação, em

formato digital, disponibilizados pela CMP, de seguida sucintamente descritos, bem como as

respectivas fontes.

- Carta de Ordenamento (ESRI Shapefile – shp), base para a medição de cada perímetro

urbano, das respectivas áreas urbanizáveis e das subclasses habitacionais

correspondentes;

- Base de dados dos Loteamentos (ESRI Shapefile – shp) (BDL), a partir da qual se

procedeu à medição dos loteamentos por perímetro urbano, bem como das diferentes

áreas habitacionais que os integram; os loteamentos exteriores aos perímetros urbanos

foram agregados num só item, com a designação de “fora de perímetros urbanos”. Os

loteamentos foram classificados do seguinte modo: aprovados com alvará, aprovados

sem alvará e com informação prévia aceite.

- Base de Dados das AUGI (ESRI Shapefile – shp), tendo-se procedido a uma

desagregação dos dados segundo clandestinos de primeira geração e novas áreas

fraccionadas em avos (clandestinos de segunda geração).

- Base de Dados de Edificações (BDE) (Excel – xls).

Tendo em conta o objectivo do estudo, a avaliação da execução das áreas urbanizáveis no

município apoiou-se em três elementos:

- perímetros urbanos;

- loteamentos habitacionais;

- pressão construtiva.

PERÍMETROS URBANOS

Os perímetros urbanos são os constantes no Plano Director Municipal e repartem-se pela

Rede Urbana Principal e Rede Urbana Secundária. Todos integram áreas consolidadas e

áreas urbanizáveis. Foram caracterizados no que concerne à localização, dimensionamento

(ha), sub-divisão por categorias de espaços e respectiva capacidade construtiva (figura 5).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 121 dp

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02-04-2003 122 dp

Figura 5 – Perímetros Urbanos do concelho de Palmela – caracterização

A diferença de legendas entre esta Carta e a Carta de Ordenamento do PDM obrigou à sua

compatibilização, conforme expressa no quadro.

PERÍMETROS URBANOS

Espaço Urbano consolidado

Espaço Urbanizável - Habitação - Indústria - Verde recreio e lazer - Verde livre urbana

Quantificação / Categorias de espaço habitacionalCapacidade (ha, n.º fogos)

Plano Director Municipal

PERÍMETRO URBANO

Área Consolidada

Área Urbanizável

Quantificação / Categorias de espaço Capacidade (ha, n.º fogos)

Planta de Ordenamento digitalizada

DIV

ERG

ÊNC

IAS

Rede Urbana Principal Rede Urbana Secundária

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 123 dp

Quadro 15 – Matriz de conversão/compatibilização das legendas da Carta de Ordenamento do PDM e da Carta

de Ordenamento digitalizada

Classes/categorias de espaços

CARTA DE ORDENAMENTO – PDM

Carta de ordenamento digitalizada

ESPAÇOS URBANOS

Tec urb cons h3c Tec urb cons h2c Tec urb cons h1c Tec urb cons b2c Tec urb cons b1c

ESPAÇOS URBANIZÁVEIS - Habitacionais Alta densidade Média densidade Baixa densidade - Industriais Existentes Previstos

Área exp alta dens h3 Área exp med dens h2 Área exp med dens h1 Área exp baixa dens b2 Área exp baixa dens b1 Espaços industriais existentes Espaços industriais previstos

Verde de recreio e lazer Área verde recreio lazer

Área verde livre urbana Área verde livre urb

A avaliação da execução das áreas urbanizáveis apoiou-se na Carta de Ordenamento

digitalizada. O dimensionamento das áreas baseou-se neste documento gráfico, a partir do

qual se procedeu à medição dos perímetros urbanos, áreas urbanizáveis e diferentes áreas

habitacionais. Contudo, alerta-se para as discrepâncias detectadas entre as dimensões

apontadas no PDM (PDMP, Volume III) e as obtidas por medição (tendo por base a Carta de

Ordenamento Digitalizada) (quadro 16). Destas, considera-se mais importante destacar:

- a área de expansão total, obtida por medição, bem como das diversas categorias, é

sempre superior aos valores constantes do Relatório do PDM (a única excepção

respeita à área H2 no conjunto dos aglomerados da rede urbana principal);

- nos aglomerados da rede urbana principal o acréscimo é de 89 ha e nos aglomerados

da rede urbana secundária é de 70 ha; -

- a área habitacional H3, apenas existente na área urbanizável do Pinhal Novo, segundo

o volume III do PDM; contudo, surge também em Palmela, quer na Planta de

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02-04-2003 124 dp

Ordenamento em formato analógico e correspondente Regulamento, quer na Carta de

Ordenamento Digitalizada.

Quadro 16 – Comparação das áreas de expansão dos perímetros urbanos consoante a fonte de informação

Alta dens h3

Med dens h2

Med dens h1

Baixa dens b2

Baixa dens b1 Total Alta dens

h3Med dens

h2Med dens

h1Baixa

dens b2Baixa

dens b1 Total

Águas de Moura - - 7,4 10,1 35,3 52,9 - - 3,5 6,5 24,5 34,5Aires - 18,2 60,7 36,2 75,6 190,7 - 16 61 23,5 49 149,5Brejos do Assa - - 9,2 54,3 - 63,4 - - 7 49 - 56Cabanas - - 30,0 45,3 - 75,4 - - 38 49 - 87Palmela 3,2 15,5 58,0 38,6 51,6 166,8 - 43,5 60,5 37,5 20 12Pinhal Novo 84,4 43,7 52,1 15,7 88,5 284,4 65 54 42 31 78 16Poceirão - - 5,1 28,0 79,6 112,7 - - 3,6 23 70 190Quinta do Anjo - 21,6 11,2 23,7 15,5 72,0 - 22 9,5 21 12,5 48Venda de Alcaide - 2,1 4,1 39,6 - 45,8 - 2,8 3 49,5 - 126Sub-total 87,6 101,0 237,7 291,4 346,2 1064,0 65 138,3 228,1 290 254 719

Alta dens h3

Med dens h2

Med dens h1

Baixa dens b2

Baixa dens b1 Total Alta dens

h3Med dens

h2Med dens

h1Baixa

dens b2Baixa

dens b1 Total

Abreu Grande/Carregueira - - - - 46,1 46,1 - - - - 75,5 75,5Agualva de Cima - - 2,6 18,3 17,9 38,8 - - 3 14 13,5 30,5Asseiceira - - - - 13,3 13,3 - - - - 10,5 10,5Barra Cheia - 17,7 16,5 18,6 - 52,8 - 17,5 14 16,5 - 48Fernando Pó - - - - 33,0 33,0 - - - - 28,5 28,5Fonte Barreira - - - - 15,8 15,8 - - - - 12 75,5Fonte da Vaca - - - - 21,5 21,5 - - - - 17,5 30,5Lagoa da Palha/Vale Vila - - - - 207,3 207,3 - - - - 190 17,5Lagoa do Calvo - - - 3,1 33,0 36,2 - - - 3,5 12,5 10,5O. de Água/Lag./V. Touros - - 37,6 74,8 47,9 160,3 - - 28 59 39 28,5Sub-total 0,0 17,7 56,7 114,7 435,8 625,0 0 17,5 45 93 399 355,5

TOTAL 87,6 118,7 294,4 406,2 782,1 1689,0 65 155,8 273,1 383 653 1074,5

Rede Urbana PrincipalCarta de Ordenamento digitalizada PDM Palmela, vol. III

Rede Urbana Secundária

Carta de Ordenamento digitalizada PDM Palmela, vol. III

Fonte: CMP, Carta de Ordenamento digitalizada, PDM Palmela, vol. III

LOTEAMENTOS HABITACIONAIS

A caracterização dos loteamentos tem por base a informação facultada pela CMP e consta de

dois tipos de elementos:

- cartografia digital dos loteamentos registados na CMP desde 1990, ainda em apreciação

ou já com alvará (este registo não abrange o universo dos loteamentos, embora a amostra

seja considerada representativa pela autarquia), a partir da qual é possível identificar a sua

localização, configuração, área e posição relativa face aos perímetros urbanos;

- Base de Dados dos Loteamentos, contendo um conjunto de variáveis de caracterização,

constante no quadro 17;

- Base de Dados de Edificações com Alvará.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 125 dp

Quadro 17 – Elementos de caracterização da Base de Dados de Loteamentos fornecida pela Câmara Municipal

- CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO DO REGISTO * - NOME - SECÇÃO - ARTIGO - FREGUESIA - PROCESSO - ALVARA - LOTE - AREA LOTE - AREA IMPLANTAÇÃO - USO - PISOS - FOGOS - SUPERFÍCIE TOTAL DE PAVIMENTO - HABITAÇÃO - SUPERFÍCIE TOTAL DE PAVIMENTO – CONSTRUÇÃO - SUPERFÍCIE TOTAL DE PAVIMENTO - ESTACIONAMENTO - OBSERVAÇÕES - LOCALIDADE - SUPERFÍCIE DE UTILIZAÇÃO PRIMÁRIA - DATA ALVARA - CONTRIBUINTE - AREA ARRUAMENTO - AREA VERDE - N.º CONSERVATÓRIA - LIVRO FINANÇAS - AREA EQUIPAMENTO - AREA ARTIGO - PRIVADO CMP - DESCRIÇÃO - ENTRADA_DE

* Campo de controlo com a função de contar registos. Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

PRESSÃO CONSTRUTIVA

A análise da pressão construtiva apoiou-se na Base de Dados “Edificações 1990-2001”, da

CMP, que contém registos relativos a 4.873 licenças de construção de edificações, emitidas

entre Janeiro de 1990 e Dezembro de 2001. Esta base não representa o universo das

licenças emitidas anualmente pela autarquia, mas apenas uma amostra (3.857), que no

período de referência corresponde a 79% do total, mas com ligeiras variações anuais (quadro

18).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 126 dp

Quadro 18 – Licenças de construção emitidas pela Câmara Municipal de

Palmela entre 1990 e 2001 – amostra anual

AMOSTRA ANO

N.º LICENÇAS DE

CONSTRUÇÃO EMITIDAS N.º %

1990 453 340 75,0 1991 430 335 78,0 1992 322 252 78,0 1993 395 330 83,5 1994 429 358 83,5 1995 416 331 79,5 1996 346 275 79,0 1997 379 315 83,0 1998 413 344 83,0 1999 424 329 78,0 2000 421 311 74,0 2001 434 337 78,0

Fonte: Câmara Municipal de Palmela

(Observação: a discrepância entre as estatísticas do INE e da CMP poderá estar relacionada com alguma desconformidade de critérios)

As licenças incluídas na base de dados referem-se a construções novas e/ou construções

legalizadas (moradias, garagens, arrecadações, etc.) e a licenças de ampliação e alteração

de edifícios. A base não inclui licenças relativas à construção de muros, telheiros, cabines

eléctricas, piscinas e alteração de fachadas.

4.1.3 Limitações

As limitações encontradas estão associadas às fontes de informação disponíveis e são de

seguida referidas, já que condicionaram a análise dos dados.

Apesar da diversidade de variáveis constantes na BDL, que permitiriam uma

caracterização detalhada dos loteamentos urbanos, a maior parte dos campos

não se encontra preenchida, ou apenas o está parcialmente (apenas a

informação referente a aspectos administrativos está preenchida de forma

sistemática), o que condiciona a análise da dinâmica urbana do concelho. Os

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 127 dp

dados relativos ao número de fogos apenas tem relevância nos loteamentos

com alvará. Ainda em relação à BDL releva-se o facto de alguns dos loteamentos terem sido

incorrectamente classificados, o que levou a uma confirmação com os serviços da autarquia a

situação de alguns polígonos.

A respeito da cartografia dos loteamentos urbanos, verificou-se a presença de polígonos que

não correspondiam a loteamentos, sendo necessário proceder à sua remoção, por forma a

não comprometer o tratamento numérico baseado na dimensão de áreas, nomeadamente

polígonos correspondente a instalações industriais

Quanto à BDE, a principal limitação está associada à utilização indiscriminada de critérios

descritivos, isto é, são utilizados conceitos diferentes para descrever realidades equivalentes,

o que torna a análise mais morosa e passível de incorrecções, sobretudo pelo elevado volume

de informação em causa.

Detectaram-se ainda desajustamentos entre a Base de Dados dos Loteamentos e a Base de

Dados das Edificações relativamente a processos que fazem parte das duas bases.

relativamente a processos que constam nas duas bases, mas que comportam características

diferentes em cada uma delas.

As bases cartográficas utilizadas comportavam erros de digitalização, consubstanciados na

sobreposição ou desajustamento na junção de polígonos contíguos, com repercussões ao

nível de incorrecções nas dimensões das áreas.

4.1.4 Recomendações para aperfeiçoamento da informação

A avaliação da execução do PDM exige informação actualizada e pormenorizada sobre os

elementos que caracterizam a dinâmica territorial. A entidade que produz essa informação é a

própria autarquia, embora, em geral, não se encontre estruturada, o que lhe retira valor.

Tendo em vista o presente estudo, a CMP fez um esforço meritório para sistematizar um

conjunto de informação num curto período de tempo. Este trabalho, que apraz sublinhar, e

sem o qual esta análise ficaria muito prejudicada, deve ser mantido e aperfeiçoado, alargando

as amostras aos respectivos universos e procedendo, sempre que possível, ao

preenchimento de todas as variáveis para cada registo. Esta prática continuada permitirá

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 128 dp

reunir um corpo de informação rigoroso e sempre actualizado, indispensável para apoiar a

monitorização do plano.

Tendo em conta as deficiências detectadas, recomendam-se os seguintes procedimentos:

- aperfeiçoamento das bases cartográficas, garantindo maior rigor, quer no próprio processo

de digitalização, quer na introdução dos dados alfanuméricos que caracterizam os

objectos gráficos;

- aperfeiçoamento das bases de dados alfanuméricas, não só ao nível da amostra, mas

também ao nível do preenchimento sistemático dos critérios descritivos e da uniformização

dos conceitos utilizados. Para salvaguardar este último aspecto, sugere-se a elaboração

de um Manual de Apoio, onde são explicitados os conceitos e os critérios de

preenchimento a adoptar.

É ainda de realçar a necessidade de salvaguardar a compatibilização de todas as fontes de

informação. Neste sentido, a estruturação das bases de dados, bem como a sua edição

devem ter em consideração a possibilidade de comparação de dados de origens e naturezas

diversas, aspecto que se reveste de especial acuidade na compreensão das dinâmicas

territoriais.

4.2 Áreas urbanizáveis

Tendo por base a Carta de Ordenamento digitalizada procedeu-se à medição das classes de

espaço dos perímetros urbanos constantes no quadro 19.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 129 dp

Quadro 19 – Classes de espaço das áreas urbanizáveis, por perímetro urbano

(Ha)

Rede Urbana PrincipalÁrea

Perím. Urbano

Tec urb

cons h3c

Tec urb

cons h2c

Tec urb

cons h1c

Tec urb

cons b2c

Tec urb

cons b1c

Área exp alta dens h3

Área exp med dens h2

Área exp med dens h1

Área exp

baixa dens b2

Área exp

baixa dens b1

Esp. indust. exist.

Esp. indust. prev.

Esp. verde

recreio lazer

Zona verde de recreio e

lazer

Área verde

livre urb

Total de "classes"

Águas de Moura 101 0 0 0 0 0 0 0 7 10 35 0 0 0 0 18 71Aires 539 0 73 0 1 4 0 18 61 36 76 0 0 0 0 48 316Brejos do Assa 87 0 0 0 0 0 0 0 9 54 0 0 0 0 0 1 64Cabanas 194 0 0 0 0 0 0 0 30 45 0 0 0 1 0 9 85Palmela 340 10 28 68 14 0 3 15 58 39 52 0 0 0 1 47 334Pinhal Novo 643 116 30 5 32 0 84 44 52 16 88 0 0 0 34 49 550Poceirão 167 0 0 0 0 0 0 0 5 28 80 0 0 0 0 10 123Quinta do Anjo 173 0 42 0 0 0 0 22 11 24 16 0 0 0 0 8 123Venda de Alcaide 87 0 40 0 0 0 0 2 4 40 0 0 0 0 0 3 89Sub-total 2332 126 213 73 47 4 88 101 238 291 346 0 0 1 35 193 1755

Rede Urbana SecundáriaÁrea

Perím. Urbano

Tec urb

cons h3c

Tec urb

cons h2c

Tec urb

cons h1c

Tec urb

cons b2c

Tec urb

cons b1c

Área exp alta dens h3

Área exp med dens h2

Área exp med dens h1

Área exp

baixa dens b2

Área exp

baixa dens b1

Esp. indust. exist.

Esp. indust. prev.

Esp. verde

recreio lazer

Zona verde de recreio e

lazer

Área verde

livre urb

Total de "classes"

Abreu Grande/Carregueira 61 0 0 0 1 0 0 0 0 0 46 0 0 0 0 0 47Agualva de Cima 51 0 0 0 0 0 0 0 3 18 18 0 0 0 0 7 46Asseiceira 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 13Barra Cheia 164 0 0 0 0 0 0 18 17 19 0 0 0 0 0 15 68Fernando Pó 42 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33 0 0 0 0 0 33Fonte Barreira 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 16Fonte da Vaca 26 0 0 0 4 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 26Lagoa da Palha/V. Vila 286 0 0 0 78 0 0 0 0 0 207 0 0 0 0 0 285Lagoa do Calvo 38 0 0 0 0 0 0 0 0 3 33 0 0 0 0 0 36O. Água/Lag./V. Touros 398 0 0 85 117 0 0 0 38 75 48 0 0 0 0 17 379Sub-total 1101 0 0 85 200 0 0 18 57 115 436 0 0 0 0 39 950

Total 3433 126 213 158 247 4 88 119 294 406 782 0 0 1 35 233 2705

Fonte: Carta de Ordenamento digitalizada.

Atendendo aos objectivos do estudo, a atenção centrar-se-á nas áreas de expansão

habitacional, em função da densidade de ocupação.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 130 dp

Figura 6 - Tecido urbano consolidado, por perímetro urbano, no município de Palmela

Figura 7 - Áreas urbanizáveis do município de Palmela

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 131 dp

Area exp alta dens h3Area exp med dens h2, h1Area exp baixa dens b2, b1

Legenda

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 132 dp

Quadro 20 – Peso relativo da área urbanizável, por perímetro urbano (%)

Alta dens h3 Med dens h2 Med dens h1Baixa dens

b2Baixa dens

b1 TotalÁguas de Moura 100,6 0,0 0,0 7,4 10,1 35,3 52,9 52,5Aires 538,6 0,0 18,2 60,7 36,2 75,6 190,7 35,4Brejos do Assa 87,3 0,0 0,0 9,2 54,3 0,0 63,4 72,7Cabanas 194,3 0,0 0,0 30,0 45,3 0,0 75,4 38,8Palmela 340,4 3,2 15,5 58,0 38,6 51,6 166,8 49,0Pinhal Novo 642,9 84,4 43,7 52,1 15,7 88,5 284,4 44,2Poceirão 167,4 0,0 0,0 5,1 28,0 79,6 112,7 67,3Quinta do Anjo 173,6 0,0 21,6 11,2 23,7 15,5 72,0 41,4Venda de Alcaide 87,4 0,0 2,1 4,1 39,6 0,0 45,8 52,4Sub-total 2332,5 87,6 101,0 237,7 291,4 346,2 1064,0 45,6

Alta dens h3 Med dens h2 Med dens h1Baixa dens

b2Baixa dens

b1 TotalAbreu Grande/Carregueira 61,5 0,0 0,0 0,0 0,0 46,1 46,1 74,9Agualva de Cima 51,1 0,0 0,0 2,6 18,3 17,9 38,8 75,9Asseiceira 15,6 0,0 0,0 0,0 0,0 13,3 13,3 85,5Barra Cheia 164,1 0,0 17,7 16,5 18,6 0,0 52,8 32,2Fernando Pó 41,6 0,0 0,0 0,0 0,0 33,0 33,0 79,3Fonte Barreira 18,7 0,0 0,0 0,0 0,0 15,8 15,8 84,3Fonte da Vaca 25,8 0,0 0,0 0,0 0,0 21,5 21,5 83,5Lagoa Palha/V. Vila 286,0 0,0 0,0 0,0 0,0 207,3 207,3 72,5Lagoa do Calvo 38,1 0,0 0,0 0,0 3,1 33,0 36,2 94,9O. de Água/Lagoinha/V. Touros 398,2 0,0 0,0 37,6 74,8 47,9 160,3 40,3Sub-total 1100,7 0,0 17,7 56,7 114,7 435,8 625,0 56,8

TOTAL 3433,2 87,6 118,7 294,4 406,2 782,1 1689,0 102,4

Área de expansão (ha) Área urbanizável

(%)Rede Urbana Principal Área total

(ha)

Rede Urbana Secundária Área total (ha)

Área de expansão (ha) Área urbanizável

(%)

Fonte: Carta de Ordenamento digitalizada

Os resultados obtidos permitem concluir (quadro 20):

- os nove perímetros urbanos da rede urbana principal envolvem 2.332,5 ha, sendo os de

Pinhal Novo (642,9 ha) e Aires (538,6 ha) os de maior dimensão em termos de área;

- Brejos do Assa, Poceirão, Águas de Moura e Venda do Alcaide foram os perímetros com

maior alargamento relativo (respectivamente 72,7%, 67,3%, 52,5% e 52,4%), em parte

influenciado pela ocupação existente (forte dispersão do povoamento em Poceirão e

Águas de Moura, presença de loteamentos ilegais nos outros aglomerados) e pela

intenção de implementar uma ocupação de baixa densidade;

- Pinhal Novo é o aglomerado com maiores áreas de alta (H3) e média (H2) densidade.

Os dez aglomerados da rede urbana secundária absorvem 32,1% da área urbana do

concelho, abrangendo 1.101 ha. Alguns aglomerados surgiram a partir de loteamentos de

génese ilegal, quase sempre afectando áreas extensas. Em muitos casos, a área urbanizável

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02-04-2003 133 dp

ultrapassa os 75% do respectivo perímetro urbano. Este facto decorre de dois tipos de

situações: estruturação de áreas de povoamento disperso e integração de AUGI.

4.3 Loteamentos urbanos

4.3.1 Características gerais

A BDL compreende 335 loteamentos, abrangendo 1.859 ha, que foram

classificados segundo o uso dominante (quadro 21). A afectação do uso dos

loteamentos foi feita de forma empírica, em reunião de trabalho com os técnicos

da autarquia, pois a BDL é omissa nesta variável. Assim, individualizam-se três

tipos: habitacional, industrial e turístico e. Os loteamentos respeitantes a AUGI

(também de dominante residencial) foram autonomizados, dado não

corresponderem a transformações recentes do uso do solo, mas à legalização

de áreas já loteadas ilegalmente.

Os loteamentos predominantemente habitacionais dominam em número

(73,1%), decrescendo de importância quando a área é tomada como referência

(32%). As AUGI representam 25,1% do número de loteamentos, mas 42,4% da

área total afectada. A área média dos loteamentos põe em evidência a

discrepância da dimensão dos loteamentos habitacionais legais (ha) e dos

ilegais (ha).

Quadro 21 – Caracterização dos loteamentos urbanos segundo o uso dominante

Nº % ha %Habitacional 245 73,1 594 32,0Habitacional (clandestinos) 84 25,1 789 42,4Industrial 3 0,9 244 13,1Turístico 3 0,9 232 12,5Total 335 100 1.859 100

Uso dominante Loteamentos Área

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 134 dp

A distribuição espacial dos loteamentos, segundo o uso dominante, (figura 8) mostra que as

freguesias de Palmela e Pinhal Novo reúnem a maior parte dos loteamentos habitacionais,

logo seguida de Quinta do Anjo. As AUGI têm a sua maior expressão em Quinta do Anjo (em

número e área), tendo também alguma presença em Palmela e Marateca, dado o número de

pequenas unidades.

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02-04-2003 135 dp

Figura 8 – Distribuição espacial dos loteamentos urbanos, segundo o uso dominante

USO DOMINANTE

ClandestinosIndustrialTurístico

Habitacional

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02-04-2003 136 dp

Para uma análise mais detalhada apenas vão ser considerados os loteamentos

de uso habitacional predominante (594 ha), bem como os correspondentes a

AUGI (789 ha).

4.3.2 Loteamentos de uso habitacional dominante A amostra integra 245 loteamentos de uso habitacional dominante. Destes, 72,2% têm alvará

e 9,8% estão aprovados (mas ainda sem alvará emitido). Os loteamentos com informação

prévia aceite representam 18%, traduzindo expectativas de urbanização já formalizadas

(quadro 22).

Quadro 22 – Loteamentos de uso habitacional dominante

Nº % Área (ha) %Loteamentos com alvará 177 72,2 422 71,0Loteamentos aprovados sem alvará 24 9,8 116 19,5Loteamentos com informação prévia aceite 44 18,0 56 9,4Total 245 100 594 100

Tipo Loteamentos

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

Estes loteamentos têm uma distribuição espacial muito diferenciada por freguesias. Em

número de unidades Palmela sobressai (40,8%), seguida do Pinhal Novo (28,6%); a posição

relativa inverte-se quando é ponderada como referência a área afectada (34,5% e 29,8%,

respectivamente para Pinhal Novo e Palmela). O Poceirão destaca-se da Marateca nas duas

variáveis (quadro 23). Nos loteamentos com informação prévia (correspondentes a

perspectivas de urbanização) destaca-se Quinta do Anjo e Palmela pelo número de

processos; quando a referência é a área, Quinta do Anjo mantêm o primeiro lugar, passando

Pinhal Novo para a segunda posição.

Quadro 23 - Loteamentos habitacionais, por freguesia, no município de Palmela

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02-04-2003 137 dp

Nº % Nº % Nº % Nº % ha % ha % ha % ha %Marateca 7 4,0 1 4,2 1 2,2 9 3,7 55,0 13,0 2,4 2,1 0,5 0,8 58 9,7Palmela 77 43,5 7 29,2 16 35,6 100 40,8 133,8 31,7 30,3 26,1 13,1 23,2 177 29,8Pinhal Novo 51 28,8 9 37,5 10 22,2 70 28,6 153,4 36,3 31,5 27,2 19,9 35,4 205 34,5Quinta do Anjo 2 1,1 7 29,2 17 40,0 26 10,6 3,9 0,9 51,7 44,6 22,7 40,5 78 13,2Poceirão 40 22,6 0 0 0 0 40 16,3 75,9 18,0 0,0 0 0 0 76 12,8Total 177 100 24 100 44 100 245 100,0 422,0 100 116,0 100 56,1 100 594 100,0

LoteamentosFreguesia c/ alvará s/ alvará TOTAL c/ alvará s/ alvará TOTALc/ inf. prévia c/ inf. prévia

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

Nota: O processo L34/94 encontra-se dividido por duas freguesias: Pinhal Novo e Quinta do Anjo, tendo sido incluído na primeira, dado grande parte da sua área 45.028m2 de 45.054m2 (99,9%) aí se encontrar.

Dos 245 loteamentos habitacionais em análise, apenas 72, ou seja, cerca de 26,2%, possuem

informação relativa ao número de fogos, perfazendo um total de 3378 fogos. Nestes

loteamentos, 48,6% têm até 9 fogos (e, dentro destes, dominam os que têm entre 1 e 4 fogos)

e 20,8% entre 10 e 19 fogos. Os loteamentos entre os 100 e 600 fogos correspondem a 9,7%

(quadro 24).

Quadro 24 – Loteamentos de uso habitacional dominante, segundo classes do número de fogos

Nº %1-4 19 26,45-9 16 22,210-19 15 20,820-49 10 13,950-99 5 6,9100-600 7 9,7Sub-total 72 100,0

ND 173 70,6Total 245

LoteamentosNº fogos

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 138 dp

Quadro 25 - Loteamentos aprovados com alvará, segundo classes do número de fogos

Nº %1-4 19 27,55-9 15 21,710-19 15 21,720-49 9 13,050-99 5 7,2100-600 6 8,7Sub-total 69 100,0

ND 108 61,0Total 177

Nº fogos Loteamentos

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

Nota: A CMP não disponibilizou informação relativa ao número de fogos para os loteamentos de Pinhal Novo e para os restantes loteamentos a coluna referente ao número de fogos não está preenchida de forma sistemática. Também para os loteamentos aprovados sem alvará e loteamentos com informação prévia, o número de registos com informação relativa aos fogos é muito reduzida, pelo que só foram analisados os que têm alvará. A data de entrada dos processos de loteamento de uso habitacional dominante

foi outra variável analisada. Os processos dos anos 80 correspondem a 35,1%.

Quadro 26 – Data dos processos de loteamento habitacionais

Nº % Ha % Nº % Ha % Nº % Ha % Nº % Ha %1964-69 6 3,4 11,0 2,6 - - - - - - - - 6 2,4 19,5 1,71970-79 31 17,5 68,4 16,2 - - - - - - - - 31 12,7 112,1 10,01980-89 83 46,9 193,7 45,9 3 12,5 37,5 32,3 - - - - 86 35,1 352,3 31,41990-93 24 13,6 33,0 7,8 1 4,2 5,7 4,9 17 38,6 24,9 44,4 42 17,1 306,0 27,31994-99 31 17,5 112,1 26,6 15 62,5 49,9 43,0 22 50 27,1 48,3 68 27,8 284,8 25,42000-02 - - - - 5 20,8 23,0 19,8 5 11,4 4,1 7,3 10 4,1 41,2 3,7nd 2 1,1 3,8 0,9 - - - - - - - - 2 0,8 6,6 0,6Total 177 100 422,0 100 24 100 116,0 100 44 100 56,1 100 245 100 1122,4 100

Data do processo

Totalaprovados com alvará aprovados sem alvará com informação prévia

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 139 dp

Quadro 27 – Loteamentos habitacionais em área urbana consolidada, por perímetro urbano

Designação Área total (ha) Nº % m2 % nº % m2 % Nº

Águas de Moura 101 8 4,8 23.507 1,5 1 5,9 237 0,1 1Aires 539 31 18,7 497.966 31,3 5 29,4 12.286 5,6 1Brejos do Assa 87 4 2,4 15.890 1,0 - - - - -Cabanas 194 13 7,8 46.619 2,9 - - - - 11Palmela 340 24 14,5 124.477 7,8 2 11,8 39.094 17,8 5Pinhal Novo 643 51 30,7 485.273 30,5 6 35,3 8.946 4,1 2Poceirão 167 - - - - - - - - -Quinta do Anjo 173 12 7,2 189.266 11,9 - - - - 6Venda de Alcaide 87 12 7,2 68.879 4,3 - - - - 2Sub-total 2331 155 93,4 1.451.877 91,2 14 82,4 60.563 27,5 28

Designação Área total (ha) Nº % m2 % nº % m2 % Nº

Abreu Grande/Carregueira 61 1 0,6 20.687 1,3 - - - - 1Agualva de Cima 51 - - - - - - - - -Asseiceira 16 - - - - - - - - -Barra Cheia 164 6 3,6 25.252 1,6 2 11,8 149.528 68,0 3Fernando Pó 42 2 1,2 7.203 0,5 - - - - -Fonte Barreira 19 - - - - - - - - -Fonte da Vaca 26 - - - - - - - - -Lagoa Palha/V. Vila 286 1 0,6 64 0,0 - - - - -Lagoa do Calvo 38 - - - - - - - - -O. de Água/Lagoinha/V. de Touros 398 1 0,6 86.333 5,4 1 5,9 9.763 4,4 1Sub-total 1101 11 6,6 139.539 8,8 3 17,6 159.291 72,5 5

TOTAL 3432 166 100 1.591.416 100 17 100 219.854 100 33

Perímetro Urbano

Perímetro UrbanoRede Urbana Secundária

Loteamentos em área urbana consolidada

Loteamentos em área urbana consolidadaaprovados com alvará aprovados sem alvara

aprovados com alvará aprovados sem alvara

Rede Urbana Principal

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

Nota: O perímetro de Quinta do Anjo encontra-se mal digitalizado, ainda que a configuração do mesmo já tenha sido alterada segundo indicações da CMP. No entanto, salienta-se que o mesmo “corta” o tecido urbano consolidado e o loteamento L-16/78.

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02-04-2003 140 dp

A distribuição dos loteamentos com alvarás por

categorias do espaço urbanizável apoia-se apenas em

informação relativa a 113 loteamentos.

Os loteamentos com altas e médias densidades são

preponderantes no conjunto (quadro 28).

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02-04-2003 141 dp

Quadro 28 – Distribuição dos loteamentos habitacionais por categorias do espaço urbanizável

Categorias nº % ha % nº % ha % nº % ha % nºAlta dens h3 12 10,6 67 48,9 2 6,3 9 14,5 1 2,4 0 1,2 15Média dens h2 20 17,7 16 11,8 6 18,8 13 21,9 4 9,5 12 32,7 30Média dens h1 44 38,9 28 20,5 8 25,0 7 11,7 16 38,1 11 29,1 68Baixa dens b2 27 23,9 18 12,8 8 25,0 20 32,9 15 35,7 6 17,0 50Baixa dens b1 10 8,8 8 6,0 8 25,0 11 19,0 6 14,3 7 20,0 24Total 113 100 138 100 32 100 60 100 42 100 37 100 187

Espaço Urbanizável Loteamentos habitacionaisaprovados com alvará aprovados sem alvará com informação prévia

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 142 dp

4.3.3 As Áreas Urbanas de Génese Ilegal

O concelho de Palmela sofreu um forte pressão de fraccionamento por quotas ou "avos"

indivisos de prédios rústicos.

A situação foi travada na sequência do DL 400/84, de 31 de Dezembro. A revogação deste

diploma, com o DL 448/91, de 29 de Novembro, despoletou o ressurgimento dos loteamentos

ilegais, dado que as medidas tendentes a contrariar a venda em "avos" desapareceram.

A Planta de Ordenamento do PDM classificou como Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI),

ao abrigo da Lei 91/95, de 2 de Setembro.

A análise relativamente a estas áreas, de seguida apresentada, utiliza a designação de

clandestinos de primeira geração para as AUGI e clandestinos de segunda geração para as

áreas fraccionadas em avos posteriormente a 1991.

Quadro 29 – Repartição das AUGI e de novas áreas fraccionadas em avos por freguesia

ha % ha % ha %Marateca 0 0 39,2 17,1 39,2 5,0Palmela 0 0 64,0 28,0 64,0 8,1Pinhal Novo 6,7 1,2 2,7 1,2 9,4 1,2Quinta do Anjo 554,4 98,8 38,7 16,9 593,1 75,1Poceirão 0 0 84,2 36,8 84,2 10,7Total 561,1 100 228,8 100 789,9 100

Clandestinos 1ª geração 2ª geração TotalFREGUESIA

Fonte: CMP (DP/GRAGI)

As áreas urbanas associadas a fraccionamento ilegal afectam 789,9ha, sendo 561,1ha (71%)

AUGI e 228,8ha (29%) novas áreas fraccionadas em avos. Globalmente Quinta do Anjo é a

freguesia que reúne a maior parte da área loteada (75,1%).

Uma análise mais detalhada mostra que as AUGI estão concentradas na freguesia de Quinta

do Anjo (98,8%); as novas áreas fraccionadas em avos têm uma repartição mais difusa: todas

as freguesias registam esta nova situação (embora residual no Pinhal Novo). Poceirão

(36,8%) e Palmela (28%) reúnem mais de metade da área afectada do município.

Apenas uma reduzida percentagem do total das áreas loteadas/fraccionadas ilegalmente

(14,2%) está integrada em perímetros urbanos. Todavia, é notória a diferença de expressão

entre os clandestinos de primeira e de segunda geração: os primeiros têm maior expressão

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02-04-2003 143 dp

dentro dos perímetros urbanos (19,1%), decorrente da política do PDM. A área afecta a

clandestinos de segunda geração no interior dos perímetros é residual (5 ha) (quadro 30).

Quadro 30 - Peso das AUGI e novas áreas fraccionadas dentro de perímetros urbanos

ha % 1ª geração 561,1 106,9 19,1 2ª geração 228,8 5,0 2,2Total 789,9 112,0 14,2

Área

Total (ha) dentro de P.U.

Fonte: CMP (DP/GRAGI)

A rede urbana secundária absorve 92% dos 112ha integrados em perímetros urbanos, a

esmagadora maioria reparte-se pela rede urbana secundária (quadro 31).

Quadro 31 - Peso das AUGI e novas áreas fraccionadas nas redes urbanas principal e secundária

ha % ha % ha %Rede Urbana Principal 6,7 6,3 2,3 45,1 9,0 8,0Rede Urbana Secundária 100,2 93,7 2,8 54,9 102,9 92,0Total 106,9 100,0 5,0 100,0 112,0 100,0

Clandestinos 1ª geração 2ª geração Total

Fonte: CMP (DP/GRAGI)

A diferenciação por perímetro urbano mostra que o perímetro de Pinhal Novo reúne algumas

AUGI, embora afectando uma área insignificante no conjunto do perímetro urbano (1%). Nos

clandestinos de segunda geração identificam-se situações em Palmela (1,2ha), Aires (0,9ha)

e Cabanas (0,2ha).

Na rede urbana secundária o grande destaque vai para a importância das AUGI em

Barracheia e Olhos de Água/Lagoinha/Vale de Touros; na segunda geração este último

perímetro é o mais expressivo, seguido de Abreu Grande/Carregueira (quadro 32).

Quadro 32 - AUGI e novas áreas fraccionadas em avos em perímetros urbanos

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02-04-2003 144 dp

ha % ha %Águas de Moura 101 0 0,0 0 0,0Aires 539 0 0,0 0,9 0,2Brejos do Assa 87 0 0,0 0 0,0Cabanas 194 0 0,0 0,2 0,1Palmela 340 0 0,0 1,2 0,4Pinhal Novo 643 6,7 1,0 0 0,0Poceirão 167 0 0,0 0 0,0Quinta do Anjo 173 0 0,0 0 0,0Venda de Alcaide 87 0 0,0 0 0,0Sub-total 2332 6,7 0,3 2,3 0,1

ha % ha %Abreu Grande/Carregueira 61 0 0,0 0,6 0,9Agualva de Cima 51 0 0,0 0 0,0Asseiceira 16 0 0,0 0 0,0Barra Cheia 164 63,9 38,9 0 0,0Fernando Pó 42 0 0,0 0 0,0Fonte Barreira 19 0 0,0 0 0,0Fonte da Vaca 26 0 0,0 0 0,0Lagoa Palha/V. Vila 286 0 0,0 0 0,0Lagoa do Calvo 38 0 0,0 0 0,0O. de Água/Lagoinha/V. Touros 398 36,3 9,1 2,2 0,5Sub-total 1101 100,2 9,1 2,8 0,3

TOTAL 3433 106,9 3,1 5,0 0,1

Rede Urbana Secundária Área total (ha)

Clandestinos 1ª geração 2ª geração

Rede Urbana Principal Área total (ha)

Clandestinos 1ª geração 2ª geração

Fonte: CMP (DP/GRAGI)

Nota: Existem pelo menos duas sobreposições de loteamentos clandestinos na freguesia de Quinta do Anjo (12m2 e 5197m2). O quadro 33 sistematiza alguns indicadores relativamente às Áreas Urbanas de Génese

Ilegal, bem como o ponto da situação relativamente ao processo de legalização.

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02-04-2003 145 dp

Quadro 33 – Áreas urbanas de génese ilegal

Identificação Processo Local Classificação no PDM

(Todos Cartografados como AUGI)

Área terreno

(m2) N.º de lotes

N.º fogos

Habitantes Previstos*

Quinta da Marquesa I e III

L-25/00 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

986.290,00 ? 1879 6200/5.261 Projecto 21.11.20águas e

Quinta da Marquesa II (1ª fase)

L-23/87 Perímetro Urbano de Barra Cheia.

Tecido Urbano Consolidado (H1c: 30 fogos/ha)

153.000,00 ? 232 765/650 Aprovadurbanizaloteamen

Quinta da Marquesa II (2ª fase)

L-35/87 Perímetro Urbano de Barra Cheia

Tecido Urbano Consolidado (H2c: 30 fogos/ha)

545.000,00 ? 872 2.877/2.442 Aguardaloteamen

Quinta da Marquesa IV

L-28/96 RecenteComissãprocessodo projec

Quinta da Carrasqueira

L-18/86 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

83.425,00 ? 106 349/977 Projecto

Bairro 8 de Março L-51/89 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística; espaço Agro-Florestal (categoria I); Espaço natural (REN)

? ? ? ? Definida mas o Ptoda aconsiderTambémcadastraque no tNaturaisalteraçãorevisão d

Quintas 2,3,4 e 5, Bairro Novo de Palmela

L-38/01 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

? 541 ? 1785/1.515 Entreguese entreelectricid

Quinta 9, Bairro Novo de Palmela

L-45/98 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

? 86 ? 283/241 Aprovadreconveranálise. análise.

Pinheiro Ramudo L-38/98 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos e áreas fraccionadas em 0,5 ha)

917.368,00 1.082 1.119 3.692/3.133 Projecto 13.12.20apreciaç

Pinhal das Formas L-18/01 Pinhal das Formas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

? - 122 402/342 Processo

Bairro Sousa Cintra – Bº Alentejano

L-09/92 Perímetro Urbano da Barra Cheia

Tecido Urbano Consolidado (H1c: 30 fogos/ha)

56.250 - 122 402/342 Loteameda AUAguarda

Bº Flor da Amizade L-10/87 Olhos de Águas

Espaço de Recuperação e Reconversão Urbanística (constituído em avos)

? - ? ? Aguarda

Bº Assunção Piedade

L-15/84 Perímetro Urbano de Barra Cheia

Tecido Urbano Consolidado (H1c: 30 fogos/ha)

21.000,00 27 ? 89/77 LoteameProjectos7.03.198infraestrubásico custear dNecessidreconvereventual

António Maria da Silva

L-20/94 Perímetro Urbano de Barra Cheia

Tecido Urbano Consolidado (H1c: 30 fogos/ha)

1.173,00 4 ? 13/11 Aguardapara rein

Cooperativa de Habitação de Olhos de Água

L-28/85 Olhos de Água/Quinta do Anjo.

Espaço de Recuperação e Reconversão urbanística (constituída em avos)

260.325,50 ? ? 648/605 LoteameaprovadoprestaçõmunicipaAlvará de

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 146 dp

Identificação Processo Local Classificação no PDM

(Todos Cartografados como AUGI)

Área terreno

(m2) N.º de lotes

N.º fogos

Habitantes Previstos*

Quinta do Extremo Norte de Palmela – Bela Vista

L-35/95 Zona Norte da freguesia de Quinta do Anjo

Espaço de Recuperação e Reconversão urbanística (constituída em avos)

110.886,18 m2

220 ? 726/616 AprovadProjectos

Pinheiro da Légua L-7701 ProcessoMonte Lagarto L18/00 Em curs

Englobade Vale de

Quinta 63 L-44/01 Espaços Naturais (REN) Projecto DRAOT-

Monte Lagarto L8/89 ProcessoPP de OTouros.

Pegarias de Baixo L14/85 Adjudicacurso.

Quinta das Oliveiras L13/94 AUGI inLagoinhaconclusã

Brejos de Carreteiros

L34/87 Emissãocurto pra

Quinta das Flores L49/82 Possui divisão d

Quinta da Carrasqueira

L18/86 Projecto

* 2,8 ind./família

Fonte: CMP (DP/GRAGI

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 147 dp

4.4 Dinâmica construtiva

4.4.1 Licenças de construção por freguesia (1990-2001)

A amostra é representada por 4.873 licenças de construção emitidas entre 1990 e 2001,

sendo a maior parte (3.364) relativa a fogos (novos ou legalizados) (69%) (figura 9). Esta

circunstância ocorre em todas as freguesias, embora na Marateca e no Poceirão as licenças

para outros usos tenham maior peso relativo, o que está associado ao seu cariz rural e à

importância das construções de apoio à actividade agrícola.

Na sua repartição por freguesias destaca-se Palmela (39,7%), a que se segue o Pinhal Novo

(27,2%) e Quinta do Anjo (23,4%). O menor número de licenças para edifícios habitacionais

em Pinhal Novo decorre da dominância da construção em edifícios plurifamiliares nesta

freguesia.

Quadro 34 – Número de licenças de construção

segundo o uso dominante emitidas no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

N.º % N.º % N.º %Marateca 147 4,4 88 5,8 235 4,8Palmela 1345 40,0 590 39,1 1935 39,7Pinhal Novo 952 28,3 372 24,7 1324 27,2Quinta do Anjo 778 23,1 362 24,0 1140 23,4Poceirão 125 3,7 68 4,5 193 4,0ND 17 0,5 29 1,9 46 0,9Total 3364 100,0 1509 100,0 4873 100,0

TotalLicenças

Uso habitacional OutrasFREGUESIA

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 148 dp

Figura 9 – Número de licenças de construção segundo o uso dominante no

concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta doAnjo

Poceirão ND

N.º licenças

Usohabitacional

Outras

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

4.4.2 Evolução dos fogos licenciados (1990-2001)

Importa agora centrar a atenção nas licenças de construção envolvendo apenas edificações

para habitação. As 3.364 nessas circunstâncias referem-se a 7.898 fogos, correspondendo a

uma média anual de 658 no concelho, para a qual o Pinhal Novo tem o maior contributo – 348

fogos (quadro 35).

Quadro 35 – Média anual de licenças de construção de novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

Amostra Total EstimadoMarateca 13 16Palmela 170 215Pinhal Novo 348 437Quinta do Anjo 115 144Poceirão 11 14ND 2 2Total 658 828

Média anual 1990-2001FREGUESIA

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 149 dp

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

A evolução ao longo dos 12 anos em análise coloca

Palmela e Pinhal Novo como as freguesias com maior

dinâmica construtiva, correspondente a mais de ¾ do

total do concelho, salientando-se, contudo, o

abrandamento do ritmo de construção, sobretudo nesta

última, a partir de 1999 (quadro 36).

O maior crescimento do número de licenças de

construção para novos fogos registou-se em Quinta do

Anjo, sobretudo a partir de 1998, tendo passado de 51

fogos em 1990 para 296 em 2001, (figura 10). Pinhal Novo destaca-se na repartição dos novos fogos por freguesia, com 52,8% do total

(5.246 fogos); Palmela surge em segunda posição, com 25,9% e Quinta do Anjo em terceira

(17,4%). Marateca e Poceirão têm peso equivalente e residual no conjunto (quadro 36).

A segunda metade do período (1996-2001) contribuiu com 52% de licenças de construção

para novos fogos. O número de licenças não obteve grandes alterações nos dois quinquénios

para o conjunto das freguesias, à excepção de Quinta do Anjo, em que 71,8% foram emitidas

entre 1996-2001.

Quadro 36 – Novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias, segundo o ano da licença

de construção (1990-2001) (total estimado) *

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 150 dp

N. %Marateca 23 21 6 14 14 10 8 26 19 18 16 14 190 1,9Palmela 225 157 144 154 234 296 184 213 185 281 237 268 2.578 25,9Pinhal Novo 328 413 383 680 468 523 473 242 379 753 472 133 5.246 52,8Quinta do Anjo 51 59 36 49 128 143 118 155 297 294 100 296 1.726 17,4Poceirão 23 24 19 2 17 15 13 20 6 18 5 10 173 1,7ND 4 1 1 1 11 3 1 0 2 1 0 0 26 0,3Total 652 675 590 902 872 990 796 657 888 1.365 831 722 9.940 100,0

Total20011990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000FREGUESIA

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 10 – Evolução anual do número de novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

0

100

200

300

400

500

600

700

800

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

N.º fogos

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Segundo o INE, em 2001 existiam no concelho 26.236 alojamentos, tendo-se registado uma

taxa de crescimento de 34,6% no período 1991-2001. Se aos alojamentos recenseados no

município em 1991 forem adicionados os fogos estimados com base em licenças de

construção emitidas entre 1992-2001, o valor ascende a 28.058, traduzindo-se num

acréscimo de 44,1%. A diferença obtida de ~1.881 pode corresponder, em grande parte, aos

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 151 dp

fogos ainda não colocados no mercado, já que para este cálculo foram utilizadas licenças de

construção e não de habitação (quadro 37).

Quadro 37 – Estimativa de fogos potenciais no mercado no concelho de Palmela, por

freguesias

Tx variação* Tx variação1991-2001 1991-2001

Marateca 1.485 1.653 11,3 1.631 9,8 -21Palmela 6.269 7.466 19,1 8.465 35,0 +999Pinhal Novo 6.488 10.130 56,1 10.993 69,4 +863Quinta do Anjo 3.532 5.139 45,5 5.149 45,8 +10Poceirão 1.693 1.810 6,9 1.819 7,5 +9Total 19.467 26.198 34,6 28.058 44,1 +1881* INE, Censos 1991, Dados definitivos e Censos 2001, Dados definitivos** - Correspondem à soma dos alojamentos de 1991 (INE) com os fogos estimados a partir das licenças de construção emitidas entre 1992 e 2001 (BDE).

Fogos **

20011991* 2001*

AlojamentosFogos potenciaisFREGUESIA

As licenças de construção envolvem maioritariamente

fogos novos que constituem a esmagadora maioria

(94,9%), tendo os legalizados (2,6%) e as

remodelações/ampliações (2,5%) uma representação

insignificante no conjunto (quadro 38).

Se a atenção se centrar apenas nas legalizações,

importa reter (figura 11):

- A insipiência dos fogos legalizados face ao universo

está associada quer ao desinteresse dos

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 152 dp

proprietários, quer a dificuldades financeiras para

suportar os custos associados à infra-estruturação;

- a maior percentagem de legalizações ocorreu na

Marateca (9%) e no Poceirão (8,5%), dado o número

reduzido de fogos novos; em termos absolutos, mais

de metade dos fogos legalizados localizavam-se em

Palmela (86) e no Pinhal Novo (78).

Os fogos remodelados concentram-se em Palmela

(38,8%) e no Pinhal Novo (37,8%). O baixo valor

registado na sede do município não vai ao encontro do

objectivo de requalificação do centro histórico,

preconizado no PDM para aquele perímetro urbano.

Quadro 38 – Fogos legalizados, remodelados e novos, por freguesia (1990-2001)

N.º % N.º % N.º % N.º %Marateca 19 7,0 6 2,5 184 1,9 209 2,0Palmela 86 31,6 98 38,8 2.477 25,5 2.661 26,0Pinhal Novo 78 28,8 96 37,8 5.164 53,2 5.338 52,2Quinta do Anjo 69 25,6 45 17,9 1.690 17,4 1.805 17,6Poceirão 16 6,0 5 2,0 168 1,7 189 1,8ND 3 0,9 3 1,0 24 0,2 29 0,3Total 271 100,0 253 100,0 9.706 100,0 10.231 100,0

FREGUESIAFogos (1990-2001)

Legalizados Remodelados Novos Total

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 11 – Fogos legalizados, remodelados e novos no concelho de Palmela, por freguesias

(1990-2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 153 dp

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

N.º fogos

Legalizados

Remodelados

Novos

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

4.4.3 Distribuição dos novos fogos por perímetro urbano

A BDE localiza, por lugar, os fogos construídos no concelho. Estes concentram-se nos

perímetros urbanos, quer nas áreas urbanizáveis, quer nos tecidos urbanos consolidados

(ocupação de lotes livres, operações de renovação urbana), mas a construção de fogos

ocorre também em espaço rural.

Na identificação dos perímetros urbanos com maior dinâmica construtiva foram ponderadas

duas variáveis – regularidade da construção e número de fogos/ano. Assim, numa primeira

fase, foram individualizados os lugares que registaram, pelo menos uma vez, anualmente, 5

ou mais fogos licenciados; os fogos remanescentes integraram o item “outros”. Numa

segunda fase, procedeu-se à integração dos aglomerados identificados nos perímetros

urbanos.

Não se efectuou uma extrapolação da amostra para o universo, dado que o aumento da

desagregação tem influência directa na margem de erro.

Marateca registou 151 novos fogos entre 1990 e 2001, o que corresponde a uma média anual

de 12,6 fogos (quadro 39). Na repartição espacial é de sublinhar:

- o lugar de Cajados com maior número de fogos construídos (58), seguido por Águas de

Moura (42), a sede de freguesia;

- os 40 fogos do item “outros” (26,5%), sinónimo de dispersão da construção.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 154 dp

Quadro 39 – Novos fogos por lugares da freguesia da Marateca, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

LUGARES 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalAgualva de Cima 1 0 0 0 1 0 0 2 6 0 1 0 11Águas de Moura 10 5 0 7 4 1 2 6 3 0 2 2 42Cajados 4 8 3 5 5 1 3 4 2 11 8 4 58Outros 2 3 2 0 2 6 1 10 5 3 1 5 40Total Freguesia 17 16 5 12 12 8 6 22 16 14 12 11 151

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001” Palmela registou 2.042 fogos, o que corresponde a uma média anual de 170

fogos (quadro 40). Na repartição por lugares sobressai Aires, com 701 fogos

(34,3%); relegando Palmela para plano secundário (407 fogos). Os restantes

lugares têm importância muito diferenciada: Lagoinha é o único com mais de

uma centena de fogos no período analisado; Algeruz, Cabeço Velhinho,

Pegarias, Vale de Touros, Brejos do Assa e Serra Grande constituem outro

grupo. O item “outros lugares” representa 203 fogos (9,9%). Dos 21 lugares autonomizados, apenas Aires e Palmela registaram sempre 5 ou mais fogos

anuais. Lagoinha foi o aglomerado que esteve mais próximo de cumprir este requisito (em

1991, teve apenas 4 novos fogos).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 155 dp

Quadro 40 – Novos fogos por lugares da freguesia de Palmela, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

PALMELA 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalAires 62 22 35 55 41 104 56 83 61 82 57 43 701Algeruz 6 3 2 4 3 4 4 12 9 10 10 13 80Barris 1 1 0 1 2 1 5 1 4 7 3 1 27Batudes 2 1 1 2 1 0 1 0 2 0 8 0 18Brejos do Assa 6 2 3 2 4 0 4 4 3 10 6 5 49Cabeço Velhinho 4 7 3 8 5 4 19 5 5 1 3 0 64Cajados 0 0 1 0 5 0 1 4 0 0 0 0 11Lagoinha 5 4 16 8 10 8 5 11 11 9 7 20 114Lau 1 4 3 1 3 2 1 3 1 5 1 3 28Miraventos 3 3 5 3 3 0 2 1 0 0 0 0 20Outeiro 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 30 33Padre Nabeto 2 0 0 0 0 1 0 0 1 5 4 0 13Palmela 33 51 22 21 66 65 34 12 46 30 5 22 407Pegarias 1 1 3 4 9 3 6 6 5 6 5 1 50Quinta de Aires 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 12Serra do Louro 1 0 1 1 14 1 0 1 1 0 0 0 20Serra Grande 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 20 45Serralheira 0 0 0 0 0 10 0 0 0 2 1 3 16Serrinha 0 1 4 1 0 0 0 0 0 15 12 7 40Vale de Touros 6 5 2 6 3 3 3 0 1 3 13 4 49Venda do Alcaide 7 1 2 2 3 3 1 0 0 11 4 8 42Outros 29 16 10 10 23 25 4 33 4 22 11 16 203Total Freguesia 169 122 113 129 195 236 146 177 154 218 175 208 2042

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

A freguesia de Pinhal Novo registou 4.179 novos fogos,

correspondendo a uma média anual de 348,2 fogos

(quadro 41). Pinhal Novo é o lugar que sobressai por

várias razões:

- pela concentração dos fogos (75,5% dos fogos

construídos na freguesia);

- pela regularidade da construção ao longo dos anos

(apenas aqui verificada, no total dos 12 lugares

identificados), embora sejam de realçar oscilações

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 156 dp

significativas – 2001 correspondeu ao ano com menor

crescimento (84 fogos) e 1999 ao mais elevado

número de fogos (487).

Dos restantes lugares merecem referência Salgueirinha

(5,3%), Monte Novo (4,4%), Cascalheira (4,0%) e

Venda do Alcaide (3,6%). O item “outros” tem aqui

pouca expressão (1,8%).

Quadro 41 – Novos fogos por lugares da freguesia de Pinhal Novo, segundo o

ano da licença de construção (1990-2001) LUGARES 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalCarregueira 5 1 3 1 3 5 2 2 2 2 6 4 36Cascalheira 1 2 2 72 34 4 3 33 8 2 6 0 167Fonte da Vaca 31 8 19 4 5 6 1 1 1 0 1 1 78Lagoa da Palha 4 5 4 2 4 2 8 8 2 2 1 0 42Monte Novo 1 0 0 0 17 142 0 21 0 1 0 0 182Montinhoso 0 0 1 1 8 0 2 0 0 0 0 0 12Palhota 4 0 1 2 0 2 7 0 2 0 4 0 22Pinhal Novo 148 268 178 468 220 254 334 118 279 487 318 84 3156Salgueirinha 43 23 63 0 91 0 0 0 0 0 0 0 220Terrim 3 3 10 3 3 2 2 4 3 2 1 3 39Venda do Alcaide 4 5 16 8 2 2 12 5 14 76 3 4 151Outros 2 7 3 7 3 5 5 9 5 12 9 7 74Total Freguesia 246 322 300 568 390 424 376 201 316 584 349 103 4179

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Na freguesia de Quinta do Anjo foram construídos 1.368

novos fogos, correspondendo a uma média de 114

fogos/ano. Apesar dos 9 lugares individualizados, dois

(Quinta do Anjo e Cabanas) concentram a maior parte

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 157 dp

(1.151) dos fogos. Este crescimento é justificado por

dois tipos de factores: aumento da segunda residência

(com grande tradição em Cabanas) e desenvolvimento

do projecto da AutoEuropa. Os fogos em “outros”

representam 4,2% (quadro 42).

Quadro 42 – Novos fogos por lugares da freguesia de Quinta do Anjo, segundo

o ano da licença de construção (1990-2001) LUGARES 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Total

Areias 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 17 19Bairro Alentejano 0 1 2 1 2 1 2 3 3 3 18Bairro dos Marinheiros 1 0 1 0 3 5 0 3 0 2 0 2 17Barracheia 4 0 1 1 1 2 1 2 9 15 2 1 39Cabanas 14 10 12 8 20 37 16 17 30 50 17 34 265Olhos d'Água 2 1 0 1 0 4 1 5 2 2 1 2 21Qtª da Torre 2 2 1 0 0 2 0 1 1 5 12 10 36Quinta do Anjo 9 30 7 30 79 49 70 88 200 138 34 152 886Vale de Alhos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 10Outros 6 2 4 1 3 4 5 11 2 6 4 9 57Total Freguesia 38 46 28 41 107 106 94 129 247 228 74 230 1368

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Poceirão registou 137 fogos, que se traduzem numa média anual de 11 fogos. Apenas se

individualizaram três lugares – a sede de freguesia, Lagameças e Agualva de Cima. O item

“outros” lugares é o que reúne maior número de fogos (38,7%), o que atesta a dispersão da

construção (quadro 43).

Quadro 43 – Novos fogos por lugares da freguesia de Poceirão, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

LUGARES 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalAgualva de Cima 2 1 2 0 1 0 1 0 1 2 0 1 11Lagameças 6 4 0 2 1 3 2 1 1 3 0 2 25Poceirão 2 6 8 0 7 2 4 14 1 2 0 2 48Outros 7 8 5 0 5 7 3 2 2 7 4 3 53Total Freguesia 17 19 15 2 14 12 10 17 5 14 4 8 137

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 158 dp

Em síntese (quadros 44, 45 e 46):

- a rede urbana principal concentrou 85,5% dos fogos construídos no período 1990-2001;

- a construção fora dos perímetros urbanos (8,7%) superou a registada no total dos

perímetros da rede urbana secundária (5,8%);

- quatro perímetros urbanos da rede urbana principal do concelho (Pinhal Novo, Quinta

do Anjo, Aires e Palmela) concentraram 6.025 dos novos fogos (76,5%) construídos

entre 1990 e 2001;

- o Pinhal Novo contribuiu com mais de 3.700 fogos, o que representa 47,3% do

crescimento registado no concelho;

- Aires e Quinta do Anjo posicionam-se num outro “patamar” de crescimento, com 10,3%

e 11,6% dos fogos, respectivamente;

- Palmela apenas absorveu 7,3% dos novos fogos construídos;

- os fogos construídos no conjunto dos perímetros da rede urbana secundária

representam apenas 4,3% do total do concelho;

- olhos d’Água/Lagoinha/V. Touros concentra 40,2% dos fogos construídos na rede

urbana secundária, seguindo-se Fonte da Vaca (17%) e Barracheia (16,2%).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 159 dp

Quadro 44 – Novos fogos em perímetros urbanos do município de Palmela, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Rede Urbana Principal 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalÁguas de Moura 10 5 0 7 4 1 2 6 3 0 2 2 42Aires 71 32 43 66 49 109 77 89 67 88 64 55 810Brejos do Assa 12 5 5 6 7 4 8 16 12 20 16 18 129Cabanas 14 10 12 8 20 37 16 17 30 50 17 34 265Palmela 34 53 29 26 75 70 40 19 51 51 47 80 575Pinhal Novo 193 293 243 540 362 400 337 172 287 490 324 84 3725Poceirão 2 6 8 0 7 2 4 14 1 2 0 2 48Quinta do Anjo 9 30 7 30 79 50 70 88 200 148 35 169 915Venda de Alcaide 13 7 20 13 14 5 16 5 16 87 15 12 223Sub-total 358 441 367 696 617 678 570 426 667 936 520 456 6732

Rede Urbana Secundária 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 TotalAbreu Grande/Carregueira 5 1 3 1 3 5 2 2 2 2 6 4 36Agualva de Cima 3 1 2 0 2 0 1 2 7 2 1 1 22Asseiceira 0Barra Cheia 5 1 4 1 5 9 2 7 12 17 5 6 74Fernando Pó 0Fonte Barreira 0Fonte da Vaca 31 8 19 4 5 6 1 1 1 0 1 1 78Lagoa da Palha/V. Vila 8 5 5 4 4 4 15 8 4 2 5 0 64Lagoa do Calvo 0O. Água/Lag./V. Touros 13 10 18 15 13 15 9 16 14 14 21 26 184Sub-total 65 26 51 25 32 39 30 36 40 37 39 38 458

Total Perímetros Urbanos 423 467 418 721 649 717 600 462 707 973 559 494 7190

Outros 64 58 43 31 69 69 32 84 31 85 55 66 687

TOTAL 487 525 461 752 718 786 632 546 738 1058 614 560 7877

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 45 – Fogos construídos nos perímetros urbanos da rede urbana

principal e secundária do município de Palmela (1990-2001) N.º %

Rede Urbana Principal 6732 85,5Rede Urbana Secundária 458 5,8

Outros 687 8,7

TOTAL 7877 100,0

Fogos

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 46 – Perímetros urbanos do município de Palmela com maior acréscimo

do parque habitacional entre 1990 e 2001 Perímetros urbanos N.º de novos fogos Peso de novos fogos no

total do concelho (%)

Aires 810 10,3

Palmela 575 7,3

Pinhal Novo 3725 47,3

Quinta do Anjo 915 11,6

Total - Concelho 7877 -

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 160 dp

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001” Quadro 47 – População residente por perímetro urbano do concelho de Palmela

(2001) (dados estimados)

N.º %Águas de Moura 942 1,8Aires 4.741 9,2Brejos do Assa 855 1,7Cabanas 2.147 4,2Palmela 6.128 11,9Pinhal Novo 15.329 29,8Poceirão 232 0,5Quinta do Anjo 3.102 6,0Venda de Alcaide 1.986 3,9Sub-total 35.462 68,9

N.º %Abreu Grande/Carregueira 936 1,8Agualva de Cima 608 1,2Asseiceira 651 1,3Barra Cheia 1.636 3,2Fernando Pó 118 0,2Fonte Barreira 117 0,2Fonte da Vaca 299 0,6Lagoa da Palha/V. Vila 1.005 2,0Lagoa do Calvo 347 0,7O. Água/Lag./V. Touros 1.925 3,7Sub-total 7.642 14,90,0Total Perímetros Urbanos 43.104 83,8

Outros Lugares 8.344 16,2

TOTAL 51.448 100,0

Rede Urbana Secundária

Rede Urbana Principal Pop. Residente

Pop. Residente

Fonte: INE, Censos 2001 - Resultados Preliminares.

Nota: O cálculo da população por perímetro urbano teve por base a população por lugar do INE em 2001. Assim, foram identificados os lugares dentro de cada perímetro urbano, sem a preocupação de verificar se as secções e subsecções da BGRI (INE) coincidiam inteiramente com o respectivo perímetro.

4.4.4 Dimensão dos lotes segundo a tipologia dos edifícios

A análise da dimensão dos lotes por tipologia do edifício é relativa a 98,9% das

licenças, repartidos pelas tipologias unifamiliar (77,7%), bifamiliar (2,6%) e

plurifamiliar (19,3%) (quadros 47 e 48). A diversidade da dimensão dos lotes é muito elevada na tipologia unifamiliar, dominando os

lotes entre os 250 e 499 m2 (27,1%) e as propriedades entre 5.000 e 9.999m2 (16,5%). Na

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 161 dp

tipologia plurifamiliar os lotes inferiores a 250m2 e entre 250 e 499 m2 reúnem a maior parte

das licenças emitidas (figura 12).

Quadro 48 – Número licenças de construção por tipologia do edifício segundo a

classe de dimensão dos lotes no concelho Palmela < 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + ND

Unifamiliar 229 709 263 335 432 227 31 389 2615Bifamiliar 2 14 5 25 14 9 2 15 86Plurifamiliar 229 230 46 31 4 7 1 101 649Outra/ND 0 1 1 4 1 1 0 6 14Total 460 954 315 395 451 244 34 511 3364

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001” Quadro 49 – Licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe

de dimensão dos lotes no concelho Palmela (%) < 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + ND

Unifamiliar 8,8 27,1 10,1 12,8 16,5 8,7 1,2 14,9 100,0Bifamiliar 2,3 16,3 5,8 29,1 16,3 10,5 2,3 17,4 100,0Plurifamiliar 35,3 35,4 7,1 4,8 0,6 1,1 0,2 15,6 100,0Outra 0,0 7,1 7,1 28,6 7,1 7,1 0,0 42,9 100,0Total 13,7 28,4 9,4 11,7 13,4 7,3 1,0 15,2 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 49,8 74,3 83,5 84,8 95,8 93,0 91,2 76,1 77,7Bifamiliar 0,4 1,5 1,6 6,3 3,1 3,7 5,9 2,9 2,6Plurifamiliar 49,8 24,1 14,6 7,8 0,9 2,9 2,9 19,8 19,3Outra 0,0 0,1 0,3 1,0 0,2 0,4 0,0 1,2 0,4Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001” Figura 12 – Número de licenças por tipologia do edifício no concelho Palmela

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 162 dp

78%

3%

19%0%

UnifamiliarBifamiliarPlurifamiliarOutra/ND

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

A diferenciação por freguesias permite identificar como situações mais relevantes:

- na Marateca e no Poceirão domina a tipologia unifamiliar, com particular expressão em

propriedades de grande dimensão;

- em Pinhal Novo os edifícios plurifamiliares representam 43,3% e os unifamiliares 54,4%;

no primeiro caso, dominam os lotes inferiores a 250 m2 (41%) e de 250-499 m2 (28,6%);

- a área dos lotes dos edifícios plurifamiliares tende a ser menor em Pinhal Novo do que

em Palmela e Quinta do Anjo ;

- em Palmela e Quinta do Anjo, os lotes entre os 250-499 m2 absorvem a percentagem

mais significativa dos edifícios unifamiliares.

Quadro 50 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Marateca

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 3 8 10 11 41 37 6 19 135Bifamiliar 0 3 0 0 0 1 1 1 6Plurifamiliar 0 3 1 0 0 0 0 1 5Outra/ND 0 0 0 0 0 0 0 1 1Total 3 14 11 11 41 38 7 22 147

Área do lote / prédio (m2) TOTALTipologia do edifício

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 163 dp

Quadro 51 – Número de licenças de construção segundo a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Marateca (%)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 2,2 5,9 7,4 8,1 30,4 27,4 4,4 14,1 100,0Bifamiliar 0,0 50,0 0,0 0,0 0,0 16,7 16,7 16,7 100,0Plurifamiliar 0,0 60,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,0 100,0Outra 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 100,0Total 2,0 9,5 7,5 7,5 27,9 25,9 4,8 15,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 100,0 57,1 90,9 100,0 100,0 97,4 85,7 86,4 91,8Bifamiliar 0,0 21,4 0,0 0,0 0,0 2,6 14,3 4,5 4,1Plurifamiliar 0,0 21,4 9,1 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 3,4Outra 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 0,7Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 13 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Marateca

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

< 250 250-499

500-999

1.000-4.999

5.000-9.999

10.000-49.999

50.000e +

ND

N.º fogos

Outra/ND

Plurifamiliar

Bifamiliar

Unifamiliar

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 164 dp

Quadro 52 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 101 383 133 154 170 92 12 163 1208Bifamiliar 0 3 1 6 6 4 1 6 27Plurifamiliar 29 41 6 4 0 3 0 21 104Outra/ND 0 0 1 1 1 1 0 2 6Total 130 427 141 165 177 100 13 192 1345

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 53 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela (%) < 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + ND

Unifamiliar 8,4 31,7 11,0 12,7 14,1 7,6 1,0 13,5 100,0Bifamiliar 0,0 11,1 3,7 22,2 22,2 14,8 3,7 22,2 100,0Plurifamiliar 27,9 39,4 5,8 3,8 0,0 2,9 0,0 20,2 100,0Outra 0,0 0,0 16,7 16,7 16,7 16,7 0,0 33,3 100,0Total 9,7 31,7 10,5 12,3 13,2 7,4 1,0 14,3 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 77,7 89,7 94,3 93,3 96,0 92,0 92,3 84,9 89,8Bifamiliar 0,0 0,7 0,7 3,6 3,4 4,0 7,7 3,1 2,0Plurifamiliar 22,3 9,6 4,3 2,4 0,0 3,0 0,0 10,9 7,7Outra 0,0 0,0 0,7 0,6 0,6 1,0 0,0 1,0 0,4Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 14 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela

0

100

200

300

400

500

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999

5.000-9.999

10.000-49.999

50.000 e+

ND

N.º fogos

Outra/ND

Plurifamiliar

Bifamiliar

Unifamiliar

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 165 dp

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 54 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 47 121 51 44 119 45 5 86 518Bifamiliar 2 3 0 1 6 2 0 3 17Plurifamiliar 169 118 36 20 2 4 1 62 412Outra/ND 0 1 0 1 0 0 0 3 5Total 218 243 87 66 127 51 6 154 952

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 55 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo (%)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 9,1 23,4 9,8 8,5 23,0 8,7 1,0 16,6 100,0Bifamiliar 11,8 17,6 0,0 5,9 35,3 11,8 0,0 17,6 100,0Plurifamiliar 41,0 28,6 8,7 4,9 0,5 1,0 0,2 15,0 100,0Outra 0,0 20,0 0,0 20,0 0,0 0,0 0,0 60,0 100,0Total 22,9 25,5 9,1 6,9 13,3 5,4 0,6 16,2 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 21,6 49,8 58,6 66,7 93,7 88,2 83,3 55,8 54,4Bifamiliar 0,9 1,2 0,0 1,5 4,7 3,9 0,0 1,9 1,8Plurifamiliar 77,5 48,6 41,4 30,3 1,6 7,8 16,7 40,3 43,3Outra 0,0 0,4 0,0 1,5 0,0 0,0 0,0 1,9 0,5Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 166 dp

Figura 15 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo

0

100

200

300

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999

5.000-9.999

10.000-49.999

50.000 e+

ND

N.º fogos

Outra/ND

Plurifamiliar

Bifamiliar

Unifamiliar

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 56 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício

e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 75 188 65 119 65 20 3 87 622Bifamiliar 0 3 4 18 2 2 0 4 33Plurifamiliar 31 63 2 7 2 0 0 16 121Outra/ND 0 0 0 2 0 0 0 0 2Total 106 254 71 146 69 22 3 107 778

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 57 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo (%)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + ND

Unifamiliar 12,1 30,2 10,5 19,1 10,5 3,2 0,5 14,0 100,0Bifamiliar 0,0 9,1 12,1 54,5 6,1 6,1 0,0 12,1 100,0Plurifamiliar 25,6 52,1 1,7 5,8 1,7 0,0 0,0 13,2 100,0Outra 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0Total 13,6 32,6 9,1 18,8 8,9 2,8 0,4 13,8 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + ND

Unifamiliar 70,8 74,0 91,5 81,5 94,2 90,9 100,0 81,3 79,9Bifamiliar 0,0 1,2 5,6 12,3 2,9 9,1 0,0 3,7 4,2Plurifamiliar 29,2 24,8 2,8 4,8 2,9 0,0 0,0 15,0 15,6Outra 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 167 dp

Figura 16 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo

0

100

200

300

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999

5.000-9.999

10.000-49.999

50.000 e+

ND

N.º fogos

Outra/ND

Plurifamiliar

Bifamiliar

Unifamiliar,

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 58 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 2 9 3 6 36 33 5 22 116Bifamiliar 0 2 0 0 0 0 0 1 3Plurifamiliar 0 5 1 0 0 0 0 0 6Outra/ND 0 0 0 0 0 0 0 0 0Total 2 16 4 6 36 33 5 23 125

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 59 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão (%)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 1,7 7,8 2,6 5,2 31,0 28,4 4,3 19,0 100,0Bifamiliar 0,0 66,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 100,0Plurifamiliar 0,0 83,3 16,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0Outra 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Total 1,6 12,8 3,2 4,8 28,8 26,4 4,0 18,4 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDUnifamiliar 100,0 56,3 75,0 100,0 100,0 100,0 100,0 95,7 92,8Bifamiliar 0,0 12,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 2,4Plurifamiliar 0,0 31,3 25,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,8Outra 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipologia do edifício

Área do lote / prédio (m2) TOTAL

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 168 dp

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 17 – Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e

a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão

0

10

20

30

40

50

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999

5.000-9.999

10.000-49.999

50.000 e+

ND

N.º fogos

Outra/ND

Plurifamiliar

Bifamiliar

Unifamiliar,

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001” 4.4.5 Fogos por classes de dimensão do lote

A análise do número de fogos por classes de dimensão do lote mostra que a classe dos 250

aos 499 m2 concentra 30,2% dos fogos, seguida da classe abaixo dos 250 m2, com 22,1%

dos fogos. O número de fogos varia na proporção inversa à dimensão dos lotes. Os fogos

construídos em propriedades rústicas (com 5.000 m2 ou superior) correspondem a 10,7% do

total. A ausência de informação na Base de Dados não permitiu referenciar a dimensão dos

lotes para 1.323 fogos (16,3% do total).

Quadro 60 – Número de fogos por classes de dimensão da área do lote, por

freguesias (1990-2001)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDMarateca 3 21 16 11 41 39 9 26 166Palmela 285 714 244 185 183 129 14 356 2110Pinhal Novo 1260 1135 554 335 158 83 10 698 4233Quinta do Anjo 243 539 87 234 100 24 5 199 1431Poceirão 2 38 5 6 36 33 5 25 150ND 1 0 1 1 1 0 0 19 23Total 1794 2447 907 772 519 308 43 1323 8113

N.º de fogos por área do lote / prédio (m2) TOTALFREGUESIA

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 169 dp

Quadro 61 – Número de fogos por classes de dimensão da área do lote, por

freguesias (1990-2001) (%)

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDMarateca 1,8 12,7 9,6 6,6 24,7 23,5 5,4 15,7 100,0Palmela 13,5 33,8 11,6 8,8 8,7 6,1 0,7 16,9 100,0Pinhal Novo 29,8 26,8 13,1 7,9 3,7 2,0 0,2 16,5 100,0Quinta do Anjo 17,0 37,7 6,1 16,4 7,0 1,7 0,3 13,9 100,0Poceirão 1,3 25,3 3,3 4,0 24,0 22,0 3,3 16,7 100,0ND 4,3 0,0 4,3 4,3 4,3 0,0 0,0 82,6 100,0Total 22,1 30,2 11,2 9,5 6,4 3,8 0,5 16,3 100,0

FREGUESIA N.º de fogos por área do lote / prédio (m2) TOTAL

< 250 250-499 500-999 1.000-4.999 5.000-9.999 10.000-49.999 50.000 e + NDMarateca 0,2 0,9 1,8 1,4 7,9 12,7 20,9 2,0 2,0Palmela 15,9 29,2 26,9 24,0 35,3 41,9 32,6 26,9 26,0Pinhal Novo 70,2 46,4 61,1 43,4 30,4 26,9 23,3 52,8 52,2Quinta do Anjo 13,5 22,0 9,6 30,3 19,3 7,8 11,6 15,0 17,6Poceirão 0,1 1,6 0,6 0,8 6,9 10,7 11,6 1,9 1,8ND 0,1 0,0 0,1 0,1 0,2 0,0 0,0 1,4 0,3Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

FREGUESIA N.º de fogos por área do lote / prédio (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Tendo em conta o número de fogos por classes de dimensão, no concelho domina a classe

dos 75 aos 100 m2, onde se concentram 21,7% do total de fogos construídos. As três classes

seguintes – 100-125 m2, 125-150 m2 e 150-200 m2 têm expressão equivalente, embora a

última sobressaia no conjunto (quadro 64).

Este indicador apresenta diferenciações por freguesia – no Pinhal Novo a classe dos 75-100

m2 destaca-se, com 36,5% dos fogos da freguesia; ao contrário, em Palmela os fogos

apresentam maiores dimensões, com relevo para as classes dos 150-200 m2 e dos 200-250

m2, respectivamente, com 24% e 15,1% dos fogos. Em Quinta do Anjo, é também evidente a

tendência para a maior dimensão dos fogos já que quase metade do parque habitacional

construído neste período se situa nas classes dos 150-200 m2 (27,8%) e dos 125-150 m2

(21,1%). Nas freguesias com cariz rural, Marateca destaca-se com fogos de maiores

dimensões (quadros 62 e 63).

Quadro 62 – Número de fogos por classes de dimensão, por freguesias (1990-2001)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 170 dp

< 20 20-50 50-75 75-100 100-125 125-150 150-200 200-250 250-300 300-500 500-1000 >=1000 NDMarateca 1 6 14 18 29 27 21 12 16 16 3 0 3 166Palmela 28 40 54 117 232 218 507 318 217 277 28 2 72 2.110Pinhal Novo 21 75 113 1.543 777 645 508 219 109 49 11 2 161 4.233Quinta do Anjo 3 15 13 37 127 302 398 170 201 62 10 0 93 1.431Poceirão 1 6 4 42 16 23 33 8 11 6 0 0 0 150ND 0 1 1 1 2 8 2 4 1 0 0 0 3 23Total 54 143 199 1.758 1.183 1.223 1.469 731 555 410 52 4 332 8.113

Freguesias Área média dos fogos (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 63 – Número de fogos por classes de dimensão, por freguesias (1990-2001) (%)

< 20 20-50 50-75 75-100 100-125 125-150 150-200 200-250 250-300 300-500 500-1000 >=1000 NDMarateca 0,6 3,6 8,4 10,8 17,5 16,3 12,7 7,2 9,6 9,6 1,8 0,0 1,8 100Palmela 1,3 1,9 2,6 5,5 11,0 10,3 24,0 15,1 10,3 13,1 1,3 0,1 3,4 100Pinhal Novo 0,5 1,8 2,7 36,5 18,4 15,2 12,0 5,2 2,6 1,2 0,3 0,0 3,8 100Quinta do Anjo 0,2 1,0 0,9 2,6 8,9 21,1 27,8 11,9 14,0 4,3 0,7 0,0 6,5 100Poceirão 0,7 4,0 2,7 28,0 10,7 15,3 22,0 5,3 7,3 4,0 0,0 0,0 0,0 100ND 0,0 4,3 4,3 4,3 8,7 34,8 8,7 17,4 4,3 0,0 0,0 0,0 13,0 100Total 0,7 1,8 2,5 21,7 14,6 15,1 18,1 9,0 6,8 5,1 0,6 0,0 4,1 100

Freguesias Área média dos fogos (m2) TOTAL

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Figura 18 – Dimensão média dos fogos, por freguesias (1990-2001)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

< 20 20-50 50-75 75-100 100-125 125-150 150-200 200-250 250-300 300-500 500-1000

>=1000 NDÁrea média dos fogos (m2)

%

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 171 dp

.5 Execução das áreas urbanizáveis Os 476 loteamentos analisados envolvem 594 ha, 87,6% dos quais (520 ha)

integrados em perímetros urbanos (quadro 64). A informação disponível não

permite saber o número de fogos correspondente. A área loteada fora de perímetros urbanos representa 12,4%. Esta situação resulta, por um

lado, de loteamentos que são interceptados por perímetros urbanos, por vezes devido à

configuração da propriedade, e, por outro, de loteamentos exteriores em espaço rural,

decorrentes de erros e/ou imprecisões do PDM50.

Quadro 64 – Loteamentos nos Perímetros Urbanos

Total(ha) (ha) (%)594 520 87,6

Loteamentos UrbanosInseridos em Perímetros Urbanos

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

A análise espacial dos loteamentos em articulação com os perímetros urbanos e as

respectivas áreas urbanizáveis constantes na Carta de Ordenamento digitalizada, permite

verificar que (quadro 65):

- dos 594 ha loteados, 79,1% inserem-se em perímetros da rede urbana principal e 20,9%

em perímetros da rede urbana secundária;

- o peso da área loteada nos perímetros urbanos é de 17,6% e 9,9%, respectivamente para

a rede urbana principal e rede urbana secundária; estes valores sobem para 38,6% e

17,4%, quando aquela é referenciada à área urbanizável;

- na rede urbana principal o maior preenchimento da área urbanizável ocorre em Pinhal

Novo (65,6%), Quinta do Anjo (59,1%) e Aires (50,9%); Poceirão não apresenta

loteamentos urbanos;

50 Por exemplo o processo L51/82, já existente à data de elaboração do PDM, que não foi integrado no perímetro urbano por

lapso.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 172 dp

- na rede urbana secundária as maiores execuções ocorreram nos perímetros da Barra

Cheia e de Olhos de Água/Lagoinha/Vale de Touros (~47%).

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001”

Quadro 65 – Execução das áreas urbanizáveis – área loteada

Perímetro Urbano

ha % ha %Águas de Moura 101 14,5 14,4 53 27,4Aires 539 97,0 18,0 191 50,9Brejos do Assa 87 3,3 3,8 63 5,2Cabanas 194 12,8 6,6 75 17,0Palmela 340 40,8 12,0 167 24,5Pinhal Novo 643 186,5 29,0 284 65,6Poceirão 167 - - 113 -Quinta do Anjo 173 42,5 24,6 72 59,1Venda de Alcaide 87 13,8 15,9 46 30,2Sub-total 2331 411,2 17,6 1064 38,6

Perímetro Urbano

ha % ha %Abreu Grande/Carregueira 61 3,9 6,4 46 8,5Agualva de Cima 51 - - 39 -Asseiceira 16 - - 13 -Barra Cheia 164 25,0 15,2 53 47,3Fernando Pó 42 1,0 2,4 33 3,0Fonte Barreira 19 - - 16 -Fonte da Vaca 26 2,1 8,1 22 9,8Lagoa Palha/V. Vila 286 1,1 0,4 207 0,5Lagoa do Calvo 38 - - 36 -O. de Água/Lagoinha/V. de Touros 398 75,7 19,0 160 47,2Sub-total 1101 108,8 9,9 625 17,4

TOTAL 3432 520,0 15,2 1689 30,8

Rede Urbana Principal

Rede Urbana Secundária

Peso de loteamentos em relação à área urbanizável

Peso de loteamentos em relação à área urbanizável

Área total (ha)

Área total (ha)

Área urbanizável

Área urbanizável

Área de Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros

Área de Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 173 dp

Quadro 66 - Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros urbanos

com alvará

sem alvará

com inf. Prévia TOTAL com

alvarásem

alvarácom inf. Prévia TOTAL

Águas de Moura 101 11,6 2,4 0,5 14,5 80,0 16,6 3,4 100,0Aires 539 69,4 26,0 1,6 97,0 71,5 26,8 1,6 100,0Brejos do Assa 87 3,0 - 0,3 3,3 90,9 - 9,1 100,0Cabanas 194 8,4 - 4,4 12,8 65,6 - 34,4 100,0Palmela 340 32,3 4,0 4,5 40,8 79,2 9,8 11,0 100,0Pinhal Novo 643 144,9 31,5 10,1 186,5 77,7 16,9 5,4 100,0Poceirão 167 - - - - - - - -Quinta do Anjo 173 29,6 0,5 12,4 42,5 69,6 1,2 29,2 100,0Venda de Alcaide 87 12,2 - 1,6 13,8 88,4 - 11,6 100,0Sub-total 2331 311,4 64,4 35,4 411,2 75,7 15,7 8,6 100,0

com alvará

sem alvará

com inf. Prévia TOTAL com

alvarásem

alvarácom inf. Prévia TOTAL

Abreu Grande/Carregueira 61 2,1 - 1,8 3,9 53,8 - 46,2 100,0Agualva de Cima 51 - - - - - - - -Asseiceira 16 - - - - - - - -Barra Cheia 164 4,0 19,1 1,9 25,0 16,0 76,4 7,6 100,0Fernando Pó 42 1,0 - - 1,0 100,0 - - 100,0Fonte Barreira 19 - - - - - - - -Fonte da Vaca 26 - - 2,1 2,1 - - 100,0 100,0Lagoa Palha/V. Vila 286 1,1 - - 1,1 100,0 - - 100,0Lagoa do Calvo 38 - - - - - - - -O. de Água/Lagoinha/V. de 398 35,4 28,5 11,8 75,7 46,8 37,6 15,6 100,0Sub-total 1101 43,6 47,6 17,6 108,8 40,1 43,8 16,2 100,0TOTAL 3432 355,0 112,0 53,0 520,0 68,3 21,5 10,2 100,0

Perímetro UrbanoRede Urbana Principal Área de Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros Urbanos

ha %

Designação Área total (ha)

ha %

Designação Área total (ha)

Perímetro Urbano Área de Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros UrbanosRede Urbana Secundária

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

Centrando a atenção na diferenciação das categorias de espaços dos loteamentos

habitacionais em perímetros urbanos verifica-se que a área habitacional de alta densidade

(H3) é a mais expressiva (37,3%), seguindo-se as áreas de baixa densidade (H1) (19,9%). As

áreas de média densidade representam 14% (quadro 67).

As diferenças por freguesia são marcadas, aliás, em conformidade com as orientações do

PDM:

- no Pinhal Novo, 73,6% da área habitacional loteada é de alta densidade; as áreas B1

constituem 10,2% e as áreas H2 8,2%;

- em Palmela sobressaem as áreas H1 (41,3%) e B2 (29,4%);

- em Quinta do Anjo as áreas habitacionais de média densidade (H2) têm maior expressão,

a que se seguem as áreas H1 e B2, com dimensão equivalente;

- nas freguesias rurais dominam as áreas B1, embora de forma esmagadora no Poceirão.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 174 dp

Quadro 67 – Diferenciação das áreas habitacionais dos loteamentos em perímetros urbanos, por freguesia

Alta dens h3

Med dens h2

Med dens h1

Baixa dens b2

Baixa dens b1 Total

Marateca 0 0 4 3 6 13Palmela 3 22 65 46 21 157Pinhal Novo 188 21 15 6 26 256Quinta do Anjo 0 28 19 19 8 75Poceirão 0 0 0 0 11 11ND 0 0 0 1 0 1Total 191 72 102 75 72 512

Alta dens h3

Med dens h2

Med dens h1

Baixa dens b2

Baixa dens b1 Total

Marateca 0,0 0,0 28,1 23,9 48,0 100Palmela 1,6 14,3 41,3 29,4 13,4 100Pinhal Novo 73,6 8,2 5,8 2,3 10,2 100Quinta do Anjo 0,0 38,0 25,5 25,6 10,8 100Poceirão 0,0 0,0 0,0 1,3 98,7 100ND 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0 100Total 37,3 14,0 19,9 14,7 14,1 100

Alta dens h3

Med dens h2

Med dens h1

Baixa dens b2

Baixa dens b1 Total

Marateca 0,0 0,0 3,5 4,1 8,5 2,5Palmela 1,3 31,3 63,4 61,3 29,0 30,6Pinhal Novo 98,7 29,2 14,4 7,9 35,9 50,0Quinta do Anjo 0,0 39,5 18,7 25,5 11,1 14,6Poceirão 0,0 0,0 0,0 0,2 15,5 2,2ND 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,1Total 100 100 100 100 100 100

FREGUESIAÁrea de expansão (ha)

FREGUESIAÁrea de expansão (%)

FREGUESIAÁrea de expansão (%)

Fonte: CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

A análise anterior pode ainda ser reportada a cada perímetro urbano.

Cruzando as áreas loteadas com as áreas urbanizáveis é possível concluir que as maiores

execuções ocorreram nas áreas de alta e média densidade. Duas razões justificam esta

circunstância:

- a menor dimensão das áreas afectas a estas densidades;

- a forma de promoção da urbanização.

A avaliação da execução das áreas urbanizáveis com base nos fogos construídos compara o

número de fogos construídos com a capacidade das áreas urbanizáveis (segundo indicação

do PDM). A percentagem de execução é, agora, de 38,8% e 12,2%, respectivamente, para a

rede urbana principal e na rede urbana secundária.

Quanto à rede principal, destacam-se Quinta do Anjo (70,1%), seguida de Pinhal Novo

(53,3%) e de Venda do Alcaide (38,8%). Enquanto que Aires regista apenas uma execução

de 33,4% (quadro 68).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 175 dp

Na rede urbana secundária a execução é muito baixa, só ultrapassada em 10% por quatro

perímetros. O grau de execução de Fonte da Vaca (superior a 100%) está associada à

generalização da designação Fonte da Vaca para locais que são exteriores ao seu perímetro.

Como síntese final, importa comparar o grau de execução das áreas urbanizáveis, atendendo

à área loteada e aos fogos construídos. Sobressaem como aspectos mais relevantes:

− globalmente, a execução das áreas urbanizáveis em termos da área loteada (30,8%) é

ligeiramente inferior à execução atendendo ao número de fogos construídos (34%) mas

na rede urbana principal aqueles valores são mais próximos do que na rede urbana

secundária, respectivamente de 38,6% e 38,8% e de 17,4% e 12,2%. Assim, no

primeiro caso, significa que as áreas loteadas têm vindo a ser construídas; no segundo

caso, alguns loteamentos correspondem a legalizações de áreas urbanas de génese

ilegal, não tendo havido uma dinâmica construtiva correspondente.

− Em cinco perímetros da rede urbana principal a execução da área loteada é superior à

dos fogos construídos (Pinhal Novo, Palmela, Aires e Águas de Moura), enquanto nos

restantes aglomerados ocorre a situação inversa.

− Apenas em dois perímetros da rede urbana secundária – Barracheia e Olhos de

Água/Lagoinha/Vale de Touros a execução da área urbanizável é expressiva, mas sem

equivalente no número de fogos construídos.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 176 dp

Quadro 68 – Execução das áreas urbanizáveis – fogos construídos

Amostra Universo estimadoCapacidade de

ocupação em pleno preenchimento - PDM

Grau de execução (%)

Águas de Moura 42 53 268 19,8Aires 810 1.021 3.061 33,4Brejos do Assa 129 163 700 23,2Cabanas 265 334 1.630 20,5Palmela 575 725 4.445 16,3Pinhal Novo 3.725 4.697 8.807 53,3Poceirão 48 61 618 9,8Quinta do Anjo 915 1.154 1.645 70,1Venda de Alcaide 223 281 725 38,8Sub-total 6.732 8.489 21.899 38,8

Amostra Universo estimadoCapacidade de

ocupação em pleno preenchimento - PDM

Grau de execução (%)

Abreu Grande/Carregueir 36 45 302 15,0Agualva de Cima 22 28 284 9,8Asseiceira 0 0 42 0,0Barra Cheia 74 93 1.460 6,4Fernando Pó 0 0 114 0,0Fonte Barreira 0 0 48 0,0Fonte da Vaca 78 98 70 140,5Lagoa da Palha/V. Vila 64 81 760 10,6Lagoa do Calvo 0 0 85 0,0O. Água/Lag./V. Touros 184 232 1.586 14,6Sub-total 458 578 4.751 12,2

Total Perímetros Urban 7.190 9.067 26.650 34,0

FOGOS

Rede Urbana Principal

FOGOS

Rede Urbana Secundária

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001; CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 177 dp

Quadro 69 – Execução das áreas urbanizáveis – comparação entre a área loteada e os fogos construídos

Área loteada Fogos construídos

Águas de Moura 27,4 19,8Aires 50,9 33,4Brejos do Assa 5,2 23,2Cabanas 17,0 20,5Palmela 24,5 16,3Pinhal Novo 65,6 53,3Poceirão - 9,8Quinta do Anjo 59,1 70,1Venda de Alcaide 30,2 38,8Sub-total 38,6 38,8

Área loteada Fogos construídos

Abreu Grande/Carregueira 8,5 15,0Agualva de Cima - 9,8Asseiceira - 0,0Barra Cheia 47,3 6,4Fernando Pó 3,0 0,0Fonte Barreira - 0,0Fonte da Vaca 9,8 140,5Lagoa da Palha/V. Vila 0,5 10,6Lagoa do Calvo - 0,0O. Água/Lag./V. Touros 47,2 14,6Sub-total 17,4 12,2Total Perímetros Urbanos 30,8 34,0

Rede Urbana Principal/ Perímetros Urbanos

Rede Urbana Secundária/ Perímetros Urbanos

Grau de execução (%)

Grau de execução (%)

Fonte: CMP (2002) Base de Dados “Edificações 1990-2001; CMP (2002) - Base de Dados de Loteamentos

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02-04-2003 178 dp

5. CONCLUSÕES

1. O PDM de Palmela foi elaborado ao abrigo de legislação já revogada (DL 69/90). Este

plano não constituiu o primeiro instrumento orientador da transformação do uso do solo no

concelho, já que anteriormente a autarquia tinha dotado os principais aglomerados com

Planos de Urbanização (embora nem todos tenham sido ratificados) e definido orientações

para a construção nas Áreas Urbanas de Génese Ilegal.

2. A estratégia de ordenamento do PDM alicerça-se num modelo de ocupação extensivo em

baixa densidade, sendo Pinhal Novo o único perímetro com uma expressiva mancha

habitacional de alta densidade. Ao nível da rede urbana principal aposta na consolidação do

Pinhal Novo como principal concentração populacional do concelho (persistindo no modelo

urbano já assumido no Plano Geral de Urbanização e na sua revisão); na requalificação

urbanística da sede de concelho e no reforço do crescimento de Aires e de Quinta do Anjo. A

rede urbana secundária integra 10 perímetros sendo os mais expressivos em áreas de Olhos

de Água/Lagoinha/Vale de Touros, Lagoa da Palha/Vale da Vila e Barracheia.

3. Segundo o PDM a capacidade estimada dos perímetros urbanos é de 54287 fogos, dos

quais 49,1% (26650) a integrar nas áreas urbanizáveis. A rede urbana principal absorve

80,4% do total de fogos (43654) e 82,2% dos fogos propostos (21899). Na rede urbana

secundária os fogos propostos são inferiores aos existentes (4751 e 5882, respectivamente),

mas a área dos perímetros regista um acréscimo significativo.

4. As áreas urbanizáveis dos perímetros da rede urbana principal e da rede urbana

secundária apresentam diferenças quanto ao grau de execução. O cruzamento da dimensão

(em área) dos loteamentos habitacionais com a dimensão das áreas urbanizáveis de cada

perímetro urbano mostra uma execução de 38,6% na rede urbana principal, embora muito

superior em Pinhal Novo (65,6%), Quinta do Anjo (59,1%) e Aires (50,9%). Na rede urbana

secundária, a execução das áreas urbanizáveis é bastante inferior (17,4%), exceptuando em

Barracheia e Olhos de Água/Lagoinha (aproximadamente 47%). Este destaque está

associado a processos de legalização de áreas de génese ilegal e não a novos loteamentos.

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02-04-2003 179 dp

5. As áreas urbanas associadas a fraccionamentos ilegais representam 789,9 ha, sendo 562

ha (71%) correspondentes a AUGI e 229 ha (29%) a novas áreas fraccionadas em avos.

Quinta do Anjo concentra a maior parte de AUGI (98,8%), enquanto os clandestinos de

segunda geração surgem em todas as freguesias com alguma expressão (exceptuando no

Pinhal Novo), embora sobressaiam Poceirão e Palmela.

6. Segundo a amostra em análise, quase 70% das licenças de construção emitidas entre

1990-2001 envolvem edifícios habitacionais, correspondendo a uma média anual de 660

fogos no concelho, sendo o principal contributo da freguesia do Pinhal Novo. A maior parte

das licenças respeitam a novas construções (94,9%), sendo diminutas quer as legalizações

(2,6%) quer as recuperações ( 2,5%) de fogos.

6. A distribuição dos fogos pelos perímetros urbanos mostra conformidade entre a dinâmica

de crescimento do parque habitacional e o consumo de solo urbanizável. Todavia, mais uma

vez existem diferenças entre os perímetros da rede urbana principal e secundária. Na

primeira, quatro aglomerados apresentam um grau de execução em área loteada superior à

execução em número de fogos (Pinhal Novo, Palmela, Aires e Águas de Moura); situação

inversa ocorre em Brejos do Assa, Cabanas, Quinta do Anjo e Venda do Alcaide, que em

regra decorre da ocupação de lotes em tecido urbano classificado em PDM como

consolidado, mas que detinha ainda uma grande capacidade de edificação.

7. A rede urbana principal concentrou 85,5% dos fogos construídos entre 1990 e 2001. A

construção fora dos perímetros urbanos (8,7%) superou a registada no total dos perímetros

da rede urbana secundária (5,8%). Pinhal Novo concentrou a maior parte dos novos fogos do

município (47,3%) enquanto a sede do concelho não foi além dos 7,3%. Quinta do Anjo e

Aires ocupam a segunda e terceira posições, com valores entre os 10 e 11%,

respectivamente. Olhos de Água/Lagoinha/Vale de Touros concentram 42% dos fogos

construídos na rede urbana secundária. Quatro perímetros urbanos do concelho (Pinhal

Novo, Quinta do Anjo, Aires e Palmela) absorveram 76,5% dos fogos construídos entre 1990-

2001.

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02-04-2003 180 dp

8. A área loteada exterior a perímetros urbanos engloba 74 ha, que representam 12,4% do

total dos loteamentos. Para tal concorrem essencialmente dois tipos de situações: os

loteamentos interceptados por perímetros urbanos, por vezes devido à configuração da

propriedade, e os loteamentos fora de perímetros urbanos, decorrentes em parte de erros ou

imprecisões do PDM.

9. Confrontando os objectivos específicos para cada perímetro urbano definidos no PDM com

os resultados alcançados três aspectos merecem destaque, nomeadamente, a confirmação

do reforço do Pinhal Novo como principal concentração populacional do município e da

reorientação da urbanização para Quinta do Anjo e Aires, diminuindo a pressão urbanística

sobre a sede do concelho. Todavia, o objectivo de requalificação urbana defendido para o

centro histórico de Palmela não teve eco ao nível do parque habitacional, dado o número

diminuto de fogos que sofreram remodelações.

Recomendações para a revisão do PDM

As conclusões atrás expressas permitem apontar algumas recomendações para a revisão do

PDM, nomeadamente:

forte restrição ao alargamento dos perímetros urbanos da rede urbana principal,

dada a existência de muitos hectares de área urbanizável ainda não ocupados;

não alargamento dos perímetros da rede urbana secundária;

criar instrumentos direccionados para imprimir uma nova dinâmica urbana nos

perímetros de Poceirão e Marateca, por forma a relançar o sector oriental do

concelho;

esforço de contenção da construção fora dos perímetros urbanos;

manutenção da requalificação urbana de Palmela como objectivo prioritário,

para o que deverão ser expressamente previstos os instrumentos e as acções

que lhe deverão dar corpo;

aposta na reconversão urbanística mais célere dos perímetros urbanos de rede

urbana principal e secundária que integram áreas urbanas de génese ilegal,

como forma de estimular a sua ocupação;

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 181 dp

contenção do ritmo de crescimento de Pinhal Novo, Quinta do Anjo e Aires;

não integração em perímetros urbanas das novas áreas fraccionadas em avos,

como forma de não incentivar novas iniciativas.

Se à data de elaboração do PDM a situação de referência justificou a adopção do modelo

expansionista em baixa densidade, os dados de execução evidenciaram o excesso de oferta

de solo urbanizável face à real procura. Por isso, à luz dos princípios de sustentabilidade, o

solo tem de ser visto como um recurso escasso e gerido de forma criteriosa. Assim, defende-

se que a requalificação urbana nas suas múltiplas vertentes deve ser o objectivo estratégico

para a revisão do PDM.

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02-04-2003 182 dp

Índice de Quadros

Quadro 1 Evolução dos edifícios e dos alojamentos no eixo Setúbal-Montijo (1991-2001)

Quadro 2 Número de alojamentos por edifício no eixo Setúbal-Montijo

(1991-2001)

Quadro 3A Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação no eixo Setúbal-Montijo (1991)

Quadro 3B Alojamentos familiares segundo a forma de ocupação no eixo Setúbal-Montijo (2001)

Quadro 4

Licenças camarárias segundo o tipo de obra por concelho (1994-1999)

Quadro 5 Fogos licenciados segundo o tipo de obra por concelho 1994-1999 Quadro 6 Evolução dos edifícios e dos alojamentos, por freguesias (1991-2001) Quadro 7 Número médio de alojamentos familiares por edifício, por freguesias

(1991-2001)

Quadro 8 Aglomerados da rede urbana primária e secundária no município de Palmela

Quadro 9

Área urbana e urbanizável no município de Palmela

Quadro 10

Área urbana e urbanizável nos aglomerados da rede urbana principal do município de Palmela

Quadro 11 Área urbana e urbanizável nos aglomerados da rede urbana secundária do município de Palmela

Quadro 12 Capacidade (existente e proposta) dos perímetros urbanos segundo o PDM

Quadro 13 Capacidade das áreas urbanizáveis da rede urbana principal Quadro 14 Capacidade das áreas urbanizáveis da rede urbana secundária Quadro 15 Matriz de conversão/compatibilização das legendas da Carta de

Ordenamento do PDM e da Carta de Ordenamento digitalizada

Quadro 16 Comparação das áreas de expansão dos perímetros urbanos consoante a fonte de informação

Quadro 17 Elementos de caracterização da Base de Dados de Loteamentos fornecida pela Câmara Municipal

Quadro 18 Licenças de construção emitidas pela Câmara Municipal de Palmela entre 1990 e 2001 – amostra anual

Quadro 19 Classes de espaço das áreas urbanizáveis, por perímetro urbano (Ha) Quadro 20 Peso relativo da área urbanizável, por perímetro urbano (%) Quadro 21 Caracterização dos loteamentos urbanos segundo o uso dominante Quadro 22 Loteamentos de uso habitacional dominante Quadro 23

Loteamentos habitacionais, por freguesia, no município de Palmela

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02-04-2003 183 dp

Quadro 24 Loteamentos de uso habitacional dominante, segundo classes do número de fogos

Quadro 25 Loteamentos aprovados com alvará, segundo classes do número de fogos

Quadro 26 Data dos processos de loteamento habitacionais Quadro 27 Loteamentos habitacionais em área urbana consolidada, por

perímetro urbano

Quadro 28 Distribuição dos loteamentos habitacionais por categorias do espaço urbanizável

Quadro 29 Repartição das AUGI e de novas áreas fraccionadas em avos por freguesia

Quadro 30 Peso das AUGI e novas áreas fraccionadas dentro de perímetros urbanos

Quadro 31 Peso das AUGI e novas áreas fraccionadas nas redes urbanas principal e secundária

Quadro 32 AUGI e novas áreas fraccionadas em avos em perímetros urbanos Quadro 33 Áreas urbanas de génese ilegal Quadro 34 Número de licenças de construção segundo o uso dominante emitidas

no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

Quadro 35 Média anual de licenças de construção de novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

Quadro 36 Novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias, segundo o ano da licença de construção (1990-2001) (total estimado)

Quadro 37 Estimativa de fogos disponíveis no mercado no concelho de Palmela, por freguesias

Quadro 38 Fogos legalizados, remodelados e novos, por freguesia (1990 2001) Quadro 39 Novos fogos por lugares da freguesia da Marateca, segundo o ano da

licença de construção (1990-2001)

Quadro 40 Novos fogos por lugares da freguesia de Palmela, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Quadro 41 Novos fogos por lugares da freguesia de Pinhal Novo, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Quadro 42 Novos fogos por lugares da freguesia de Quinta do Anjo, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Quadro 43 Novos fogos por lugares da freguesia de Poceirão, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Quadro 44 Novos fogos em perímetros urbanos do município de Palmela, segundo o ano da licença de construção (1990-2001)

Quadro 45 Fogos construídos nos perímetros urbanos da rede urbana principal e secundária do município de Palmela (1990-2001)

Quadro 46 Perímetros urbanos do município de Palmela com maior acréscimo do parque habitacional entre 1990 e 2001

Quadro 47 População residente por perímetro urbano do concelho de Palmela (2001) (dados estimados)

Quadro 48 Número licenças de construção por tipologia do edifício segundo a classe de dimensão dos lotes no concelho Palmela

Quadro 49 Licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes no concelho Palmela (%)

Quadro 50 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a

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02-04-2003 184 dp

classe de dimensão dos lotes na freguesia de Marateca Quadro 51 Número de licenças de construção segundo a classe de dimensão

dos lotes na freguesia de Marateca (%)

Quadro 52 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela

Quadro 53 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela (%)

Quadro 54 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo

Quadro 55 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo (%)

Quadro 56 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo

Quadro 57 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo (%)

Quadro 58 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão

Quadro 59 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão (%)

Quadro 60 Número de fogos por classes de dimensão da área do lote, por freguesias (1990-2001)

Quadro 61 Número de fogos por classes de dimensão da área do lote, por freguesias (1990-2001) (%)

Quadro 62 Número de fogos por classes de dimensão, por freguesias (1990-2001)

Quadro 63 Número de fogos por classes de dimensão, por freguesias (1990-2001) (%)

Quadro 64 Loteamentos nos Perímetros Urbanos Quadro 65 Execução das áreas urbanizáveis – área loteada Quadro 66 Loteamentos Urbanos inseridos em Perímetros urbanos Quadro 67 Diferenciação das áreas habitacionais dos loteamentos em perímetros

urbanos, por freguesia

Quadro 68

Execução das áreas urbanizáveis – fogos construídos

Quadro 69 Execução das áreas urbanizáveis – comparação entre a área loteada e os fogos construídos

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02-04-2003 185 dp

Índice de Figuras

Figura 1 Etapas do processo de planeamento Figura 2 Inserção de Palmela no eixo Setúbal-Montijo Figura 3 Perímetros urbanos do município de Palmela Figura 4 Avaliação da dinâmica de transformação do uso do solo – esquema

metodológico

Figura 5 Perímetros Urbanos do concelho de Palmela – caracterização Figura 6 Tecido urbano consolidado, por perímetro urbano, no município de

Palmela

Figura 7 Áreas urbanizáveis do município de Palmela Figura 8 Distribuição espacial dos loteamentos urbanos, segundo o uso

dominante

Figura 9 Número de licenças de construção segundo o uso dominante no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

Figura 10 Evolução anual do número de novos fogos no concelho de Palmela, por freguesias, segundo o ano da licença de construção (1990 2001)

Figura 11 Fogos legalizados, remodelados e novos no concelho de Palmela, por freguesias (1990-2001)

Figura 12 Número de licenças por tipologia do edifício no concelho Palmela Figura 13 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a

classe de dimensão dos lotes na freguesia de Marateca

Figura 14 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Palmela

Figura 15 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Pinhal Novo

Figura 16 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Quinta do Anjo

Figura 17 Número de licenças de construção segundo a tipologia do edifício e a classe de dimensão dos lotes na freguesia de Poceirão

Figura 18 Dimensão média dos fogos, por freguesias (1990-2001)

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Caracterização Sócio-económica

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Dos Indicadores Macro-económicos

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02-04-2003 188 dp

Referências metodológicas

Genericamente, os dados aqui apresentados assentam nos conceitos e princípios do SEC 95 (Sistema

Europeu de Contas Economicamente Integradas) e têm uma incidência regional (Nuts II e III). Sempre

que os indicadores estejam disponíveis ao nível do concelho, procede-se a uma análise comparativa.

Em relação à determinação do VAB por ramo de actividade, e segundo o sistema acima referido, é

avaliado a preços de base, significando tal que o seu valor comporta os impostos líquidos de subsídios

ligados à produção, mas não os impostos (e subsídios) sobre os produtos.

O Produto Interno bruto por Região (PIBR) “é o equivalente regional do PIB ... (e) é avaliado a preços

de mercado adicionando-se os impostos regionalizados, líquidos de subsídios, aos produtos e à

importação aos valores acrescentados, por região, a preços de base. A soma dos PIRB a preços de

mercado por região, incluindo o PIBR do território extra-regional, é igual ao PIB a preços de

mercado.51”

Entre as várias fontes previstas, para tratamento das contas regionais destaca-se o Inquérito Anual às

Empresas, realizado pelo INE.

Na análise económica comparada entre regiões, de entre vários indicadores existentes, o PIB per

capita constitui um dos privilegiados, no entanto, a sua conjugação com outros indicadores de

produtividade como o VAB/emprego, dá-nos a oportunidade de tirar algumas conclusões mais

concretas e objectivas.

Apesar das sua potencialidades, o indicador PIB não está disponível a nível concelhio, uma vez que

este “é o resultado último de uma complexa cadeia de produção estatística, para o qual concorrem

múltiplas informações provenientes das mais diversas fontes, muitas das quais não existem ou não

têm significado a nível concelhio.”52

51 INE – síntese metodológica (Contas Regionais), 2003. 52 RAMOS, Pedro Nogueira, “Estimativas do PIB per capita para os concelhos e continente português” in Revista de Estatística, INE, 3º quadrimestre, 1998.

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02-04-2003 189 dp

Alguns dos principais indicadores

Assim, no que se refere ao PIB por habitante ou per capita, e sem a preocupação de fornecer uma

definição rigorosa, pode dizer-se que corresponde ao valor acrescentado pelas unidades de produção

num certo espaço geográfico, ou aproximadamente ao rendimento gerado nesse espaço geográfico.

Numa perspectiva simplificada, dizemos que resulta da divisão do PIBR pelo número de habitantes

(população média residente).

Por conseguinte, faremos referência às NUTS II e parcialmente às NUTS III (no espaço da RLVT). A

tabela 1 demonstra que no período entre 1995 e 1999 Lisboa e Vale do Tejo é a região com os

índices de PIB per capita mais elevados, atingindo o seu máximo em 1998 com 134%. Além da

RLVT, apenas a Região Autónoma da Madeira ultrapassa a média nacional.

O maior PIB per capita da RLVT, e principalmente da Grande Lisboa, poderá ser explicado, por um

lado, por esta ser uma região relativamente especializada em ramos de actividade económica que,

pela sua natureza, possuem uma maior produtividade; por outro lado, o facto das deslocações

pendulares constituírem um factor decisivo, pois a RLVT beneficia do contributo das populações

residentes noutros concelhos que para aí se deslocam para trabalhar, contribuindo dessa forma para o

PIB de outra unidade territorial que não a sua original.

TABELA 1

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

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02-04-2003 190 dp

Entre as sub-regiões da RLVT (tabela 2), a Grande Lisboa é a única que ultrapassa a média nacional,

com o índice mais alto em 1999 de 172%. A Península de Setúbal aparece com índices entre os 86 e

os 90%, que não sendo os mais baixos da RLVT (o Oeste tem os mais baixos), são, porém, inferiores

aos do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo.

O PIB per capita é um indicador bastante sensível às deslocações pendulares motivadas pelo

trabalho, factor que ajuda a explicar a amplitude das disparidades regionais, particularmente

evidentes no seio da RLVT. Neste sentido, a sua importância deve ser relativizada e

conjugada com o VAB por pessoa empregada, uma vez que o primeiro subvaloriza a

produtividade de territórios exportadores de mão-de-obra (como sucede com a Península

de Setúbal), dado que a composição do indicador distribui a riqueza gerada num dado

espaço geográfico pela população residente no mesmo, enquanto o segundo se atém ao

valor acrescentado gerado por cada trabalhador num dado território.

Percebe-se assim, que o PIB per capita possa conter desvios tanto mais significativos

quanto maior for a escala de análise.

TABELA 2

Região: RLVT

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

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02-04-2003 191 dp

Relativamente ao indicador VAB (Valor Acrescentado Bruto) e também de uma forma simplificada,

pode dizer-se que é “a diferença, para um produtor, entre o valor da produção avaliada ao preços de

mercado e o seu consumo intermédio”53

O indicador VAB por pessoa empregada segundo as NUTS II (Tabela 3), demonstra que são as

regiões da RLVT, da Madeira e do Algarve, que possuem os índices superiores a 100%, ou seja,

índices de produtividade superiores à média nacional. TABELA 3

Fonte: INE, Instituto Nacional de Estatística, 2003.

Dentro da RLVT (tabela 4), destacam-se três regiões com produtividade acima da média nacional a

Grande Lisboa (137%), a Península de Setúbal (114%) e a Lezíria do Tejo (105%). Deve ser

salientado que, ao nível das NUTS III, para além das regiões atrás referidas, também o Grande Porto

(103%) e o Alentejo Litoral (124) detêm os índices mais elevados de VAB por pessoa empregada.

Tabela 4

Região: RLVT

53 COLLI, Bertrand – Dicionário Económico e Financeiro - 2º vol., p.257, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1998

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Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003. Relativamente ao PIB regional (tabela 5) a RLVT revela uma supremacia relativamente às restantes

regiões do país, com o valor mais elevado observado em 1999 (48 283 milhões de Euros),

ultrapassando dessa forma a média nacional e contribuindo com 44,7% para o PIBR do país. A região

Norte ultrapassa também a média nacional, embora com um valor mais baixo (31 546 milhões de

Euros).

Os ritmos de crescimento do PIBR têm sido positivos ao longo do período considerado, embora com

alguma irregularidade mais notada nas Regiões Autónomas e Alentejo. Contudo, em valores absolutos

assiste-se a uma tendência generalizada de crescimento em todas as NUTS II.

Na RLVT (tabela 6), as taxas de variação demostram que a velocidade de crescimento do PIBR se

manteve relativamente estável entre 1995 e 1998 (entre um mínimo de 9,6 % e um máximo de

9,9%), decrescendo com evidência em 1999 para 6,6%.

Tabela 5 – PIBR pm (preços de mercado) por regiões: NUTS II

Fonte: Instituto Nacional de

Estatística, 2003.

0

10000

20000

30000

40000

1995 1996 1997 1998 1999

Gráfico 1 - PIBR da RLVT (valores absolutos)

OesteGrande LisboaPenínsula de SetúbalMédio TejoLezíria do Tejo

PRODUTO INTERNO BRUTO REGIONAL ( MILHÕES DE EUROS)NUTS II 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Norte 24262 6,7 25889 5,9 27412 7,4 29430 7,2 31546 Centro 11338 6,4 12059 6,3 12826 7,8 13821 7,7 14887 Lisboa VT 34241 9,9 37637 9,6 41240 9,8 45291 6,6 48283 Alentejo 3606 6,4 3837 6,8 4099 4,0 4264 4,3 4448 Algarve 2831 6,7 3017 8,7 3279 8,7 3565 9,2 3894 Reg. Autónomas 3549 6,1 3791 9,4 4149 10,7 4592 8,2 4970 Total 80827 6,7 86230 7,9 93014 8,5 100962 7,0 108030

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02-04-2003 193 dp

Tabela 6 - PIBR pm por NUTS III: RLVT

PRODUTO INTERNO BRUTO REGIONAL (MILHÕES DE EUROS)

NUTS III (RLVT) 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Oeste 2329 9,4 2549 7,3 2735 10,7 3028 7,9 3267 Grande Lisboa 25003 6,1 26520 9,3 28999 13,1 31798 7,3 34133

Península Setúbal

4655 6,9 4976 11,0 5525 11,4 6154 2,8 6325

Médio Tejo 1595 9,5 1747 7,2 1872 9,0 2041 7,8 2200 Lezíria do Tejo 1659 11,1 1844 14,4 2110 7,6 2270 3,9 2358

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003. Centrando-nos concretamente na sub-região da Península de Setúbal (gráfico 1 e tabela 6),

verificamos que, logo a seguir à sub-região da Grande Lisboa, esta detém o segundo valor absoluto

mais elevado da RLVT. Se considerarmos, porém, o conjunto das NUTS III do país, a Península de

Setúbal constitui a terceira sub-região com o maior PIBR.

Relativamente ao indicador VABpb (preços de base) segundo a NUTS II (tabela 7), a evolução segue

no sentido do indicador anterior (PIBR), o que significa que a RLVT detém os valores mais elevados do

país, apesar da taxa de variação desse crescimento apresentar oscilações irregulares, e um

decréscimo acentuado de 1998 para 1999.

A Península de Setúbal (tabela 8 e gráfico 2) regista, simultaneamente o ritmo de crescimento mais

significativo entre 1997 e 1998 (10,7%) e o crescimento mais baixo (2,3%) observado no período

seguinte, entre 1998 e 1999; no entanto, logo a seguir à Grande Lisboa é aquela que mais contribui

para o VAB regional, oscilando entre os 4 048 (em 1995) os 5 434 milhões de Euros (em 1999).

Tabela 7 – VABpb segundo NUTS II Fonte:

INE, Instituto

Nacional de Estatística, 2003.

VAB A PREÇOS DE BASE (MILHÕES DE EUROS)NUTS II 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Norte 21099 6,5 22471 5,9 23810 6,7 25406 6,7 27103 Centro 9860 6,1 10466 6,4 11140 7,1 11931 7,2 12790 Lisboa VT 30647 6,6 32667 9,6 35820 9,2 39098 6,1 41482 Alentejo 3136 6,2 3331 6,9 3560 2,8 3661 4,4 3822 Algarve 2462 6,4 2619 8,7 2848 8,0 3077 8,7 3345 Reg. Autónomas 3087 6,6 3290 9,8 3612 9,8 3965 7,7 4270 Total 70292 6,5 74844 7,9 80791 7,9 87158 6,5 92813

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05000

1000015000200002500030000

1995 1996 1997 1998 1999

Gráfico 2 -VABpb da RLVT (valores absolutos)

OesteGrande LisboaPenínsula de SetúbalMédio TejoLezíria do Tejo

Tabela 8 - VABpb segundo NUTS III (RLVT)

PRODUTO INTERNO BRUTO REGIONAL (MILHÕES DE EUROS)

1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Oeste 2025 9,3 2213 7,3 2375 10,1 2614 7,3 2806 Grande Lisboa 21744 5,9 23019 9,4 25188 9,0 27450 6,8 29325

Península Setúbal

4048 6,7 4319 11,1 4799 10,7 5312 2,3 5434

Médio Tejo 1387 9,4 1517 7,2 1626 8,4 1762 7,3 1890 Lezíria do Tejo 1443 10,1 1600 14,5 1832 7,0 1960 3,4 2026

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

Uma análise centrada no VAB por sector de actividade é também pertinente, na medida, em que

nos permite tirar algumas conclusões relativamente às actividades predominantes em determinada

região.

Referindo-nos apenas à RLVT (tabela 9), podemos constatar que os três sectores de

actividades com VABpm mais elevado são por ordem decrescente: K - Actividades

Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (6 888 milhões de Euros); G - o

comércio por grosso e retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de

uso pessoal e doméstico (que significam 6 588 milhões de Euros) e D - Indústrias

Transformadoras (5 842 milhões de Euros).

Durante este período, a tendência tem sido de crescimento contínuo nos sectores G e K, a

qual foi acompanhada, embora a menor ritmo, pela Indústria Transformadora.

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02-04-2003 195 dp

O sector que menos contribuiu para o VABpb na RLVT é o das Indústrias Extractivas (sector

C), com valores que variam entre os 56 e os 84 milhões de Euros.

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Tabela 9: VABpb da RLVT e segundo a CAE

Unidade: milhões de Euros RLVT

1995 1996 1997 1998 1999 A – Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura 855 851 861 846 790 B – Pesca 109 108 108 109 112 C – Indústrias Extractivas 56 62 75 84 84 D – Indústrias Transformadoras 4971 5364 5750 5730 5842 E – Produção e distribuição de electricidade, água e gás 841 917 853 1038 1065 F – Construção 2044 2216 2697 2853 2961 G – Comércio por grosso e retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico

5149

5364

5866

6355

6588

H – Alojamento e restauração 875 917 1044 1283 1369 I – Transportes, armazenagem e comunicações 2463 2609 2887 3323 3464 J – Actividades financeiras 2704 2737 3266 3674 3817 K – Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 4720 4997 5574 6170 6888 L – Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 2967 3152 3325 3642 4022 M – Educação 1818 1964 2117 2289 2488 N – Saúde e Acção Social 1544 1660 1774 2018 2244 O – Outras Actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 1009 1182 1356 1539 1648 P – Famílias com empregados domésticos 132 159 178 182 190 (Total – SIFIM*) (*Serviços de Intermediação Financeira Indirectamente Medidos)

30647

32667

35820

39098

41482

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

Relativamente às sub-regiões da RLVT (tabelas 10), verifica-se que o sector primário é o que menos

influencia o VABpb e é o mais irregular. A Península de Setúbal é a NUTS III que detém a taxa de

variação negativa mais acentuada, registada entre 1998 e 1999 (-15,8%).

Tabela – 10 A VAB a preços de base na RLVT, segundo o sector de actividade

– Sector Primário

Sector Primário (Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura) (milhões de Euros)

NUTS II 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999

Oeste 332 3,9 345 -3,2 334 -5,1 317 6,6 338 Grande Lisboa 63 -3,2 61 3,3 63 9,5 69 -13,0 60

Península Setúbal

166 -3,6 160 -1,9 157 5,1 165 -15,8 139

Médio Tejo 78 -11,5 69 -4,3 66 3,0 68 2,9 70 Lezíria do Tejo 324 0 324 7,1 347 -2,9 337 -12,5 295 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

Tabela – 10 B – Sector Secundário

Sector Secundário (Indústrias, Energia e Construção) (milhões de Euros)

NUTS III (RLVT) 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Oeste 711 7,7 766 6,7 817 7,9 882 8,0 953 Grande Lisboa 4664 7,5 5013 7,0 5365 1,9 5466 2,8 5621

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02-04-2003 197 dp

Península Setúbal

1533 6,1 1627 16,4 1894 6,0 2007 -3,0 1947

Médio Tejo 616 13,6 700 4,0 728 5,5 768 4,3 801 Lezíria do Tejo 387 22,2 473 20,7 571 3,7 592 6,4 630 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003. No sector Terciário assiste-se, por sua vez, a um crescimento contínuo do VABpb da Península de

Setúbal, apesar de entre 1998 e 1999 se ter verificado uma evolução menos favorável. No entanto,

comparativamente com os sectores primário e secundário, o Terciário é aquele que detém o VABpb

mais elevado, quer na Península de Setúbal quer no conjunto da RLVT.

Tabela – 10 C – Sector Terciário

Sector Terciário (Serviços) (milhões de Euros) NUTS III (RLVT) 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999

Oeste 1088 11,4 1212 11,5 1351 14,9 1553 6,6 1656 Grande Lisboa 18158 5,1 19081 10,6 21104 10,6 23352 7,6 25121

Península Setúbal

2562 7,1 2745 9,5 3005 13,7 3418 6,0 3622

Médio Tejo 765 7,4 822 11,7 918 11,0 1019 9,4 1115 Lezíria do Tejo 807 9,3 882 14,6 1011 12,2 1134 6,1 1203 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, 2003.

Face ao exposto, e tendo por base o ano de 1999, verifica-se que na Península de Setúbal o sector

Primário contribuiu apenas com 2,4% para o VAB desta sub-região, contra 34,1% do sector

secundário e 63,5% do sector terciário. A estrutura do emprego por sector de actividade nas NUTS II e NUTS III da RLVT pode ser

analisado nas tabelas 11 e 12.

Considerando as NUTS II, verifica-se que em todas as regiões o sector Terciário é aquele que

emprega o maior número de pessoas, sendo seguido pelos sectores Secundário e Primário.

Como denominador comum a quase todas as regiões, um crescimento contínuo da capacidade

empregadora do Terciário, não obstante ligeiras perdas nos Açores e o Algarve entre 1996 e 1997 (de

300 e 1400 pessoas, respectivamente).

Por outro lado, é na RLVT que se concentra o maior número de pessoas empregadas no Terciário: 1

238 900 pessoas em 1999, seguido da Região Norte com 785 700 pessoas.

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02-04-2003 198 dp

É na Região Norte que o sector secundário tem maior expressão (704 000 pessoas empregadas em

1999), ocupando a RLVT a segunda posição com 407 300 pessoas empregadas.

O sector primário, é o que evidência decréscimos mais significativos em todas as regiões, com maior

incidência na RLVT, e em particular entre 1995 e 1999, traduzindo-se numa perda de 11700 pessoas

empregadas. Tabela 11 - Emprego Total por NUTS II, segundo o sector de Actividade (milhares de pessoas)

Fonte: INE, Instituto Nacional de Estatística, 2003.

A distribuição do emprego nas NUTS III (RLVT), evidencia tendências semelhantes à das NUTS II.

ANO NUTS II/Sector de Actividade 1995 1996 1997 1998 1999 Norte Total 1563.1 1585.2 1624.7 1648.1 1666.0 Sector Primário 198.8 203.8 204.9 188.9 176.2 Sector Secundário 654.4 661.7 681.6 699.5 704.1 Sector Terciário 709.9 719.8 738.2 759.6 785.7 Centro - Total 752.0 760.7 774.1 793.9 817.7 Sector Primário 145.9 150.1 149.7 143.2 138.1 Sector Secundário 242.3 244.5 248.4 256.5 266.0 Sector Terciário 363.8 366.1 376.1 394.1 413.6 Lisboa VT - Total 1585.9 1617.6 1635.0 1691.8 1723.1 Sector Primário 88.6 88.0 86.7 81.5 76.9 Sector Secundário 384.8 393.7 393.7 408.2 407.3 Sector Terciário 1112.5 1135.9 1154.5 1202.1 1238.9 Alentejo - Total 202.0 205.6 207.3 216.2 220.1 Sector Primário 43.1 43.3 43.5 45.3 46.5 Sector Secundário 44.0 44.9 44.3 46.4 48.0 Sector Terciário 115.0 117.4 119.5 124.4 125.6 Algarve - Total 159.8 162.8 161.5 166.5 172.4 Sector Primário 24.9 24.8 22.9 23.8 24.2 Sector Secundário 24.0 24.7 25.5 27.1 28.0 Sector Terciário 110.8 113.4 113.1 115.5 120.2 Reg. Aut. Madeira 112.4 113.2 115.0 119.5 120.4 Sector Primário 21.9 21.8 21.1 19.4 17.9 Sector Secundário 29.9 29.4 29.4 32.4 32.5 Sector Terciário 60.6 62.1 64.5 67.7 70.0 Reg. Aut. Açores 98.8 99.4 97.3 103.6 109.2 Sector Primário 24.3 23.9 23.7 26.8 28.8 Sector Secundário 19.7 19.5 19.1 21.0 21.8 Sector Terciário 54.7 55.9 54.5 55.9 58.7 Extra - regional 9.7 10.2 11.4 11.1 10.6 Sector Primário 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Sector Secundário 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Sector Terciário 9.7 10.2 11.4 11.1 10.6 Total 4 483.7 4554.7 4626.2 4750.5 4839.5

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02-04-2003 199 dp

Especificamente no caso do Sector Primário da Península de Setúbal, constata-se um decréscimo

progressivo entre 1995 até 1999 (- 11,5%).

A evolução do emprego no Sector Secundário segue um percurso crescente, apesar de conter taxas

de variação irregulares e até negativas (-2,1% entre 1998 e 1999).

O Sector Terciário, por sua vez, revela um crescimento contínuo do emprego, embora com ritmos

irregulares, particularmente entre 1998 e 1999.

Tabela 12 - Emprego total na Península de Setúbal (milhares de pessoas)

Península de Setúbal Sectores Actividade 1995 Var.% 1996 Var.% 1997 Var.% 1998 Var.% 1999 Sector Primário 11.3 -1,8 11.1 - 2,7 10.8 -3,7 10.4 -3,8 10.0 Sector Secundário 68.0 2,8 69.9 2,4 71.6 4,3 74.7 -2,1 73.1

Sector Terciário

144.6 2,3 148.0 2,1 151.1 5,8 159.8 3,2 164.9

Total 224.0 2,3 229.1 1,5 232.5 5,4 245.0 3,1 248.1 Fonte: INE, Instituto Nacional de Estatística, 2003. O Poder de Compra per capita, constitui um indicador associado ao rendimento das populações de

determinado território. Uma vez se refere ao rendimento auferido pelos residentes de determinado

território, independentemente do espaço onde é gerado, revela-se um bom auxiliar para avaliar a

qualidade de vida da população na óptica do rendimento e consequentemente, do poder de compra.

Assim, na tabela 13 e 14, podemos analisar a nível regional e concelhio, o indicador per capita e a

sua comparação com a média nacional (100,0), em 2002.

Relativamente, às NUTS II, a Região de Lisboa é aquela que apresenta, um poder de compra mais

elevado (IPC), e que ultrapassa em 47.86 a média do país. Para além da Grande Lisboa, só a

Região do Algarve supera a média nacional com 108.78. Todas as restantes regiões ficam aquém

da média, destacando-se a Região Autónoma dos Açores como a mais desfavorecida, com o índice

mais baixo (65.41).

Considerando a percentagem de poder de compra, que nos dá uma relação do peso percentual de

cada região ou concelho no total do País, verifica-se que Lisboa predomina com um peso de 38,1%,

seguido da Região Norte com 30,3%.

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02-04-2003 200 dp

Os contributos mais modestos, pertencem às Regiões Autónomas, seguidas do Algarve e Alentejo. Tabela 13 - Poder de Compra, segundo NUTS II NUTS II Indicador

Per capita (IPC) % de Poder de

Compra Região Norte 85.58 30,3 Região Centro 79.85 18,2 Região de Lisboa 147.86 38,1 Região do Alentejo 77.01 5,7 Região do Algarve 108.78 4,0 R.A Açores 65.41 1,5 R.A Madeira 81.33 1,9

Fonte: Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2002.

Analisando o poder de compra nas NUTS III (da RLVT), destaca-se a Grande Lisboa com 158.99,

superando a média do país em quase 60 %. A Península de Setúbal também se destaca (117.35) e

para além destas, apenas o Grande Porto (122), o Algarve (108.8) e o Baixo Mondego (100.3) se

situam acima do valor médio nacional.

No que se refere à distribuição concelhia, são os concelhos de características mais urbanas que

detêm um maior poder de compra. Os concelhos da RLVT constituem um bom exemplo já que todos

têm índices superiores a 100, exceptuando Mafra.

Focando apenas a Península de Setúbal, verifica-se que todos os seus concelhos apresentam índices

superiores à média, à excepção de Alcochete (95.29) e da Moita (91.41).

O concelho de Palmela, apesar de se situar a cima da média nacional, é o terceiro concelho da

Península de Setúbal com o índice de poder de compra mais baixo: 101.10. Em termos de índice de

poder de compra per capita Palmela ocupa o 35º lugar do ranking nacional, num contexto de 308

concelhos.

O contributo das Nuts III para o poder de compra da Região de Lisboa e Vale do Tejo são

diferenciados: a Grande Lisboa destaca-se com 30%, logo seguida da Península de Setúbal com 8%

(de resto, esta sub-região ocupa o 3º lugar no plano nacional, logo a seguir ao Grande Porto - 15%).

No plano concelhio, Lisboa e Porto destacam-se com as percentagem do poder de compra mais

elevadas, 12,2% e 4,5%, respectivamente. Os concelhos da Península de Setúbal ocupam posições

muito distanciadas de Lisboa e Porto, no entanto, ocupam uma posição relativamente confortável no

contexto nacional.

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02-04-2003 201 dp

Palmela ocupa a 41ª posição do ranking nacional em termos do peso do poder de compra concelhio

no total nacional, atrás de Almada, Seixal, Setúbal, Moita e Barreiro.

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02-04-2003 202 dp

Tabela 14 - Poder de Compra, segundo NUTS III (Região de Lisboa) e Concelhos da Península de Setúbal.

NUTS III Per capita % de Poder de

Compra Grande Lisboa 158.99 30.04 Península de Setúbal 117.35 8.09

CONCELHOS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL Alcochete 95.29 0.11 Almada 134.13 2.09 Barreiro 118.28 0.91 Moita 91.41 0.60 Montijo 107.40 0.40 Palmela 101.10 0.51 Seixal 116.62 1.67 Sesimbra 101.92 0.36 Setúbal 127.74 1.40

Fonte: INE, Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2002.

Com base nos dois últimos anos censitários, optou-se por analisar a evolução de um último

indicador: as taxas de actividade das várias regiões NUTS II e NUTS III (RLVT) em 1991 e

2001 (tabela 15).

Na década de 90, em todas as regiões e sub-regiões verificaram um crescimento das

respectivas taxas de actividade.

Em 1991 e nas NUTS II, apenas a RLVT (46.8%) e a Região Norte (45.5%) ultrapassam a

média nacional (44.6%). As taxas de actividade mais baixas cabem à Região Autónoma dos

Açores e ao Alentejo.

Em 2001, apenas a RLVT (52.6%) e curiosamente, a Região do Algarve (48.7%) conseguem

ultrapassar a média nacional, de 48.2%. A Região Norte por muito pouco (uma décima) não

consegue igualar essa média. As taxas de actividade mais baixas, continuam centradas na

Região Autónoma dos Açores e no Alentejo.

As regiões que tiveram a maior evolução das taxas de actividade na década de 90 foram o

Algarve (5,4%) e os Açores (5,1%).

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02-04-2003 203 dp

No seio da RLVT, a Grande Lisboa e a Península de Setúbal detêm as duas maiores taxas

de actividade em 1991 e em 2001. As sub-regiões que verificaram a performance mais

notável das respectivas taxas de actividades, entre 1991 e 2001, foram a Península de

Setúbal e o Oeste, ambas com um crescimento de 4.9%.

Tabela 15 - Taxas de Actividade em 1991 e 2001,

segundo NUTS II e NUTS III (RLVT)

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001 (resultados definitivos).

As taxas de actividade concelhias da Península de Setúbal acompanharam a tendência regional na

década de 90.

As taxas mais elevadas em 1991, verificam-se nos concelhos do Seixal (49,1%), Almada (47,2%) e

Alcochete (46,3%). Em 2001, o Seixal mantém a taxa mais elevada, no entanto, o Setúbal melhorou

bastante a sua posição, ultrapassando Almada.

Palmela, com um crescimento de 4,9% entre 1991 e 2001, passou do quinto (45,7%) para o quarto

lugar (50,6%) no conjunto da Península.

Taxa de Actividade NUTS II e NUTS III (RLVT) 1991 2001

Norte 45.5 48.1 Centro 41.4 45.2 LVT 46.8 51.0 Oeste 43.3 48.2 Grande Lisboa 48.6 52.6 Península de Setúbal 46.4 51.3 Médio Tejo 40.5 44.3 Lezíria do Tejo 44.3 48.1 Alentejo 41.0 44.3 Algarve 43.3 48.7 R.A Açores 36.9 42.0 R.A Madeira 41.4 45.1 PORTUGAL 44.6 48.2

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02-04-2003 204 dp

Gráfico 3 – Taxa de Actividade nos Concelhos da Península de Setúbal

Considerações Finais

• Entre 1995 e 1999, o PIB per capita e o VAB por pessoa empregada verificam um crescimento

contínuo, destacando-se a RLVT com as maiores contribuições, e dentro desta a sub-região da

Grande Lisboa.

Tomando como exemplo o ano de 1999, a Península de Setúbal revela um índice de PIB per capita

abaixo do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo (86, contra 92 e 93 destas duas últimas regiões); apenas

o Oeste tem um PIB inferior (80), facto muito condicionado pela forte dependência da sub–região

de Setúbal em relação ao mercado de trabalho da capital.

Já em termos de VAB por pessoa empregada, a Península de Setúbal melhora o seu

posicionamento regional e nacional: no período em análise, o índice supera a média nacional

(situando-se entre os 114 e os 118), característica que partilha com as sub-regiões da Grande Lisboa,

Grande Porto, Lezíria do Tejo e Alentejo Litoral.

• As regiões que mais contribuem para o PIB regional, são a RLVT (48 283 milhões de Euros em

1999) e a região Norte (31 546 milhões de Euros, também em 1999).

No espaço da RLVT, a Península de Setúbal ocupa a segunda posição de destaque (com valores

situados entre os 4,6 e os 6,3 milhões de Euros), logo após a Grande Lisboa.

Taxa de Actividade 1991

45,8%

45,70%

44,1%

49,10%

45,8%

46,3%

47,2%

42,9%

45,7% Setúbal

SesimbraAlcochete

AlmadaBarreiro

MoitaMontijo

PalmelaSeixal

Taxa de Actividade 2001

49,7%

50,60%

50,8%

50,0%

50,6%

50,8%

49,9%

54,30%

50,5%

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02-04-2003 205 dp

• As tendências enunciadas para o PIB regional são as que se verificam para o VAB a preços de base.

• Os ramos de actividade da RLVT que geram maiores VAB em 1999 são, por ordem decrescente:

Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas; Comércio por grosso e a

retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e comércio de bens de uso pessoal e

doméstico.

• De um modo geral nas Nuts II e III (da RLVT), o sector Terciário é o principal responsável pelo

VABpb, seguido-se o Secundário e o Primário.

• O emprego por sector de actividade económica, a nível nacional e regional, apresenta uma

distribuição semelhante à do VAB por sector, ou seja, o Terciário é o dominante, sendo o Primário

aquele que emprega menos pessoas e tendo decrescido gradualmente de importância. Justifica-se

aqui recordar (tal como apresentado no estudo “Retrato Económico do concelho de Palmela”) para

dizer que a presente tendência não corresponde à verificada no concelho na última década, onde se

assistiu a um crescimento notório do emprego gerado pelo sector Secundário, o qual absorvia em

1999 64,6% dos postos de trabalho, muito por influência directa e indirecta da Auto-Europa. Em

Palmela, o Terciário é o segundo sector empregador, com 28,8%, e o Primário o terceiro, com 6,5%. A

estrutura da oferta de emprego não se conjuga, porém, com a tipologia de actividade da população

residente, a qual é idêntica à da região e do país: segundo os Censos 2001, a maioria da população

residente estava empregada no Terciário (cerca de 58,0%), seguido-se o Secundário (34,2%) e

Primário (7,8%).

• Os indicadores Poder de Compra e Percentagem de Poder de Compra, indicam uma maior

concentração do rendimento das famílias nas grandes cidades e nas suas envolventes. A Região de

Lisboa destaca-se no contexto nacional com um índice de poder muito superior à média nacional,

ocupando a Península de Setúbal a segunda posição no contexto regional e a terceira no plano

nacional.

O concelho de Palmela, apesar de relativamente desfavorecido face à Península, está bastante bem

cotado a nível nacional, ocupando a 35ª posição para o indicador per capita com 101.10, e a 41ª

posição para a Percentagem de Poder de Compra, com 0,51.

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02-04-2003 206 dp

• As taxas de actividade manifestam um comportamento ascendente nos anos 90, em relação a

todos os níveis de desagregação geográfica. Destaca-se a RLVT com a taxa mais elevada do país, e

no seio da RLVT a Península de Setúbal, atrás da Grande Lisboa.

À escala do concelho, e em 2001, destaca-se o Seixal com a taxa mais elevada (54.3), e Setúbal e

Almada, ambos com 50.8%.

Palmela recuperou um lugar, transitando da 5º para a 4º posição entre 1991 (45,7%) e 2001

(50,6%), com uma variação positiva de 4,9%.

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02-04-2003 207 dp

APONTAMENTOS SOBRE A AGRICULTURA NO CONCELHO DE PALMELA

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02-04-2003 208 dp

ÍNDICE Nota introdutória 3 I – O Concelho de Palmela no contexto nacional e regional (1999) 3 II – Agricultura (1989/1999)

1. Superfície total e número total de explorações 6

2. Superfície Agrícola (utilizada e não utilizada) 10

3. Matas e florestas sem culturas sob-coberto 16

4. Terra Arável limpa com pousio 16

5. Culturas permanentes 17

2. Culturas temporárias 24

III – Criação de animais e apicultura (1989/1999) 33 IV – Síntese 40

Bibliografia 42

Nota introdutória Este documento tem como propósito analisar os principais indicadores da actividade agrícola no

concelho de Palmela e respectivas freguesias, entre 1989 e 1999, a partir dos resultados dos dois

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02-04-2003 209 dp

últimos Recenseamento Gerais da Agricultura. Situa-se, pois, a um nível essencialmente quantitativo e

generalista, podendo ser o ponto de partida para análises mais profundas e circunscritas.

Tem, em paralelo, um conteúdo marcadamente descritivo, não obstante se esboçarem pontualmente

interpretações que vão além do sentido estrito dos dados em questão.

É importante, por outro lado, salientar que não se pretende esgotar aqui a leitura das tabelas

apresentadas ao longo do documento, mas apenas sublinhar as principais evidências das mesmas,

sendo por isso possível e aconselhável que os leitores efectuam as suas próprias análises dos dados. O perfil dos produtores agrícolas não será tratado neste documento, estando prevista a sua

inclusão num estudo sobre a população activa do concelho de Palmela. I - O Concelho de Palmela no contexto nacional e regional (1999) Do ponto de vista do número de explorações localizadas na superfície agrícola utilizada (SAU), o concelho de Palmela assemelhava-se mais aos concelhos do Centro e Norte do continente português, do que aos da Área Metropolitana de Lisboa, no ano do último Recenseamento Agrícola (1999). Isto é, o número de explorações existentes na SAU do concelho situava-se era igual ou superior a 2035, o que indica o grande parcelamento da propriedade agrícola de Palmela (Cartograma 1). O concelho está, assim, mais próximo dos seus congéneres do Centro e Norte do que dos concelhos situados a Sul do país.

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Já no que toca à área da SAU por concelho, Palmela está entre os concelhos com uma maior superfície agrícola utilizada, a qual é igual ou superior a 17 552 hectares. Esta característica aproxima Palmela dos concelhos do Alentejo, da Beira Interior e de Trás-os-Montes (cartograma 2). Este dado é revelador da persistência da vocação agrícola de parte significativa do território do concelho de Palmela, posição relativamente singular no seio da Área Metropolitana de Lisboa.

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Quando analisada a evolução da SAU entre 1989 e 1999, o concelho de Palmela verificava

uma redução pouco significativa (na ordem dos 183 ha), ocupando uma posição bastante

favorável quando comparado com os restantes concelhos do país.

A evolução da SAU em Palmela revelou-se, em 1999, idêntica e em alguns casos inferior à

verificada nos concelhos situados a Sul da AML e por outro lado, superior à da maioria dos

concelhos da zona Norte da AML, nos quais a SAU diminuiu significativamente entre 1989 e

1999 (Cartograma 3).

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II – Agricultura (1989/1999)

1. Superfície total e número total de explorações Entre 89 e 99 a superfície total das explorações54 localizadas no concelho de Palmela aumentou ligeiramente, passando dos 29 287, 6 ha para 29 745,98 há (Tabela 1 e Gráfico1). A evolução verificada nas freguesias apresenta figurinos distintos: Pinhal Novo e Poceirão foram as

únicas freguesias onde aumentou a superfície total, passando de 3315,92 ha e 5731,51ha para

6699,94 ha e 7553,18 ha, respectivamente, o que representa decréscimos de 102,05% e de 31,78%. 54 Entende-se por “superfície total da exploração a totalidade das superfícies agrícolas utilizada e não utilizada, da superfície ocupada por matas e florestas sem cultura sob coberto e de outras superfícies da exploração” (INE).

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Na freguesia de Marateca assistiu-se a uma diminuição pouco significativa (os valores de 89 e 99 são

muito idênticos: 8591, 73 ha e 8342,19 ha) e nas restantes a uma redução mais acentuada da

superfície total. Assim, em Palmela passou-se de 9295,9 ha para 5250,95 ha (-43,51%) e em Quinta

do Anjo a área passou de 2352,54 ha para 1899,72 ha (-19,25%).

A superfície total das explorações representava, em 1999, 64,39% da superfície total do concelho de

Palmela.

Tabela 1

Superfície total

1989 1999 Unidade Geográfica Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 29287,6 29745,98 1,57% FG - Marateca 8591,73 8342,19 -2,90% FG - Palmela 9295,9 5250,95 -43,51% FG - Pinhal Novo 3315,92 6699,94 102,05% FG - Quinta do Anjo 2352,54 1899,72 -19,25% FG - Poceirão 5731,51 7553,18 31,78% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

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Gráfico 1

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No intervalo de tempo em análise observa-se uma diminuição nítida do número de explorações, tanto

no concelho, como na generalidade das freguesias (Tabela 2 e Gráfico 2). Com efeito, o concelho

passou de 4049 para 2755 explorações, tendo sido as freguesias de Pinhal Novo e Quinta do Anjo

aquelas em que se registaram descidas mais acentuadas: na primeira, o número de explorações

reduziu-se em 47,06% e na segunda, em 30,86%.

Associando os resultados das duas tabelas precedentes, conclui-se que a par de um suave aumento

da superfície total no concelho, verificou-se uma diminuição acentuada do número de explorações (-

31,96%), o que reflecte um aumento da área média por exploração. Pinhal Novo e Poceirão terão sido

as freguesias que mais contribuíram para esse aumento.

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Tabela 2 Nº explorações (no âmbito da superfície total) 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação CC - Palmela 4049 2755 -31,96% FG - Marateca 426 340 -20,19% FG - Palmela 971 706 -27,29% FG - Pinhal Novo 1294 685 -47,06% FG - Quinta do Anjo 418 289 -30,86% FG - Poceirão 940 735 -21,81% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 2

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2. Superfície Agrícola (utilizada e não utilizada)

A totalidade da superfície agrícola do concelho era em 1989 de 24 000,8 ha e em 1999 de 24 743 ha, o que neste último ano de recenseamento representava cerca de 83% da superfície total das explorações. A utilização do solo para fins agrícolas, ainda que parcialmente não utilizado, é a característica dominante no concelho de Palmela e nas suas freguesias. As restantes terras estavam afectas à criação de animais (excluindo pastagens permanentes e prados), a matas e florestas (desde que sem cultura sob-coberto), entre outras superfícies da exploração. Vejamos separadamente a evolução da superfície agrícola utilizada (SAU)55 e da superfície agrícola não utilizada56. No que se refere à SAU, os dados indicam uma ligeira diminuição no concelho, no período inter censitário: de 23 486,2 para 23 303,38 há, ou seja –0,78% (Tabela 3 e Gráfico 3).

55 Corresponde à “superfície da exploração que inclui terras aráveis (limpa e sob-coberto de matas e florestas), culturas permanentes, prados e pastagens permanentes)” – INE. 56 “Superfície que já foi anteriormente utilizada como superfície agrícola, mas que já não é explorada por razões económicas, sociais ou outras e que não entra no afolhamento ou rotação cultural. Esta superfície pode voltar a ser utilizada com o auxílio dos meios geralmente disponíveis numa exploração. Exclui: os jardins de recreios (parques e relavados) e os pousios. Inclui: as ‘terras abandonadas’, mesma as áreas abndonadas de culturas permanentes” (INE).

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A evolução verificada da SAU ao nível das freguesias indica uma diminuição muito nítida em Palmela (- 51,83%), uma subida pouco expressiva em Marateca (8,1%) e Quinta do Anjo e um aumento bem intermédio em Poceirão (18,58%), e um acréscimo muito acentuado em Pinhal Novo (90, 5%). Em 1999, a SAU das freguesias atingia resultados pouco díspares, situando-se no intervalo entre 4097,15 ha (Palmela) e 6145,03 há (Poceirão), com excepção de Quinta do Anjo, que possuía uma área bastante inferior: 1670,75 ha. O peso da SAU na superfície total das explorações agrícolas do concelho era, em 1999, de 94,18%. O peso da SAU na superfície total do concelho, na mesma data, situava-se nos 50,44%. Tabela 3 Superfície Agrícola Utilizada (SAU) 1989 1999 Unidade Geográfica Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 23486,2 23303,38 -0,78% FG - Marateca 5297,98 5730,27 8,16% FG - Palmela 8504,98 4097,15 -51,83% FG - Pinhal Novo 2971,24 5660,18 90,50% FG - Quinta do Anjo 1530,24 1670,75 9,18% FG - Poceirão 5181,76 6145,03 18,59% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 3

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A diminuição da SAU no concelho e freguesia de Palmela foi acompanhada por um decréscimo no número de explorações. A tendência de redução do número de explorações manteve-se, no entanto, neste período, em todas as freguesias, como se pode ler na tabela 4 e no gráfico 4. A redução foi significativa (oscilando entre um mínimo de –19,86%, verificado em Marateca e um máximo de –47,38%, observado em Pinhal Novo). Paradoxalmente, Pinhal Novo foi em simultâneo a freguesia que mais cresceu em termos de

superfície agrícola utilizada (90,50%) e a que maior redução verificou no número de

explorações correspondentes a essa mesma superfície. Este facto traduz uma maior

afectação de terras ao uso agrícola, e uma maior dimensão da propriedade por exploração

(provavelmente relacionada com a exploração agrícola de parte da Herdade de Rio Frio), no

período compreendido entre 1989 e 1999.

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Tabela 4 Nº explorações da SAU

1989 1999

Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação

CC - Palmela 3994 2700 -32,40% FG - Marateca 423 339 -19,86% FG - Palmela 966 697 -27,85% FG - Pinhal Novo 1277 672 -47,38% FG - Quinta do Anjo 404 267 -33,91% FG - Poceirão 924 725 -21,54% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 4

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Relativamente à superfície agrícola não utilizada, verifica-se que quer no concelho, quer nas freguesias (com excepção de Quinta do Anjo, na qual diminuiu essa superfície em 65,46%), houve um aumento daquele indicador, como atestam a tabela e gráfico seguintes. Na maioria dos casos, o crescimento situou-se entre os 21,44% (Marateca) e os 97,46% (Palmela). O concelho registou uma subida de 176,52%, em grande parte resultante do extraordinário aumento da superfície agrícola não utilizada na freguesia de Pinhal Novo (859,51%). Importa, porém, sublinhar que apesar do crescimento relativo, a superfície agrícola não utilizada representava em 1999 uma fatia muito pequena as superfície agrícola total, quer do concelho, quer das freguesias. Exemplificando, a superfície agrícola não utilizada do concelho correspondia apenas a 5,82% da superfície agrícola total. Tabela 5 Superfície agrícola não utilizada 1989 1999 Unidade Geográfica Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 520,61 1439,61 176,52% FG - Marateca 38,15 46,33 21,44% FG - Palmela 242,98 479,79 97,46% FG - Pinhal Novo 85,89 824,12 859,51%

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FG - Quinta do Anjo 122,77 42,37 -65,49% FG - Poceirão 30,82 47 52,50% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 5

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Detendo agora a atenção sobre a evolução do número de explorações situado na superfície

agrícola não utilizada (Tabela 6 e Gráfico 6), constata-se uma tendência inversa da anterior,

ou seja, tanto no concelho como em todas as freguesias diminuiu o número de explorações,

entre 1989 e 1999, tendência já identificada anteriormente.

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Tabela 6 Nº de explorações da Superfície Agrícola não utilizada 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações VARIAÇÃO

CC - Palmela 360 131 -63,61% FG - Marateca 17 15 -11,76% FG - Palmela 86 36 -58,14% FG - Pinhal Novo 112 13 -88,39% FG - Quinta do Anjo 69 32 -53,62% FG - Poceirão 76 35 -53,95% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 6

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3. Matas e florestas sem culturas sob-coberto57 -No aspecto estrito das matas e florestas sem culturas sob-coberto a próxima tabela indica uma diminuição do número de explorações do concelho entre 1989 e 1999 (-40,60%), tendo passado de 234 para 139. A redução do número de explorações foi generalizada em todas as freguesias, tendo Palmela registado a menor diminuição percentual (-17,74%) e Pinhal Novo a maior (-66,20%). Do ponto de vista da superfície ocupada, verificou-se também uma redução de 13, 13% no plano concelhio, a qual resulta de oscilações bastante diversas ao nível das freguesias. Assim, de um lado, Pinhal Novo e Quinta do Anjo sofreram quebras significativas (-88,68% e –78,94%, para uma e outra), Marateca registou um diminuição menos expressiva (-25,71%) e de outro, Poceirão e Palmela com subidas (no primeiro caso de 182,77% e no segundo de 20,40%). Não obstante a variação percentual menos favorável, Marateca continua a ser a freguesia com maior superfície de matas e florestas sem cultura sob-coberto, seguida de Poceirão, no ano de 1999. Tabela 7 Matas e florestas sem culturas sob-coberto 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 234 139 -40,60% 4797,14 4167,39 -13,13% FG - Marateca 22 13 -40,91% 3180,43 2362,67 -25,71% FG - Palmela 62 51 -17,74% 409,43 492,97 20,40% FG - Pinhal Novo 71 24 -66,20% 134,99 15,28 -88,68% FG - Quinta do Anjo 38 20 -47,37% 663,2 139,69 -78,94% FG - Poceirão 41 31 -24,39% 409,09 1156,78 182,77% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

4. Terra arável limpa com pousio A terra arável limpa em pousio58 não era muito significativa (apenas 2484,64 ha em 1999),

contudo manifestou tendência para aumentar entre 1989 e 1999, quer no que se refere ao

número de explorações (48,61%) quer no que respeita à área ocupada (52,54%), como atesta

a tabela 8.

57 Integra as “superfícies cobertas com árvores ou arbustos florestais, incluindo choupais, quer se trate de povoamentos com uma só espécie, quer de povoamentos mistos (com espécies diversas), bem como os viveiros florestais localizados no interior das florestas e que se destinam às necessidades de exploração. Exclui: as áreas com árvores isoladas, pequenos grupos e linhas de árvores, as nogueiras e castanheiros que se destinam principalmente à produção de fruto, as plantas para entrançar (vime, cana, junco, etc.) e os viveiros florestais comerciais e outros viveiros fora da floresta. Inclui: os “quebra-ventos” e os limites florestados localizados na exploração, sempre que se considerem com alguma importância” (INE). 58 “Terras incluídas no afolhamento ou rotação, trabalhadas ou não, não fornecendo colheita durante o ano agrícola, tendo em vista o seu melhoramento. Pode apresentar-se sob as formas de: terras sem qualquer cultura; terras com uma vegetação espontânea, utilizada pelos animais ou enterrada; terras semeadas, tendo em vista a exclusiva produção de matéria verde para ser enterrada e aumentar a fertilidade do solo” (INE).

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Poceirão era a freguesia com maior número de explorações em pousio (324), logo .seguido de Pinhal Novo com um valor próximo (316). Relativamente às áreas reservadas a pousio, Poceirão destacava-se das restantes freguesias (com 916,3 ha), sendo seguido a alguma distância por Pinhal Novo e Palmela (respectivamente com 539,34 ha e 535,15 ha). Tabela 8 Terra arável limpa com pousio 1989 1999 1989 1999

Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 718 1067 48,61% 1628,83 2484,64 52,54% FG - Marateca 74 132 78,38% 235 291,51 24,05% FG - Palmela 137 210 53,28% 657,41 535,15 -18,60% FG - Pinhal Novo 247 316 27,94% 225,45 539,34 139,23% FG - Quinta do Anjo 7 85 1114,29% 10,85 202,34 1764,88% FG - Poceirão 253 324 28,06% 500,12 916,3 83,22% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

5. Culturas permanentes 59 O número de explorações com culturas permanentes decresceu no período compreendido

entre 1989 e 1999, no concelho e em todas as freguesias (Tabela 9, Gráfico 7 e 8). Essa

diminuição atingiu quase 40%, ao nível do concelho e nas freguesias variou entre os -23,75%

(Marateca) e os –50,77% (Pinhal Novo).

Considerando, por outro lado, a área ocupada por culturas permanentes60, a evolução apresentava um sentido negativo em quase todas as freguesias (exceptuando Marateca, onde a área cresceu 13,22%), bem como no concelho. O decréscimo na área utilizada para culturas permanentes não é, contudo, tão expressivo quanto a diminuição do número de explorações, existindo apenas um caso, em que se passa o inverso: trata-se da freguesia de Quinta do Anjo, em que a redução da área ocupada por culturas temporárias ultrapassou a redução verificada no número de explorações.

59 “Culturas que ocupam a terra durante um longo período e fornecem repetidas colheitas. Não entram nas rotações culturais. Considerou-se a superfície utilizada bruta (inclundo passagens). Inclui: os pomares regulares de frutos frescos (excepto citrinos), citrinos, frutos sub-tropicais, frutos secos, olival, vinha, viveiros (com excepção dos florestais que não sejam para comercialização, dentro da área florestal), chá, culturas para entrançar (vime, cana, junco), plantações recentes e culturas em estufas. Exclui: pastagens permanentes, culturas plurianuais hortícolas (espargos, morangos), culturas plurianuais ornamentais (rosas, outras), culturas plurianuais industriais (lúpulo), áreas abandonadas e os pés das culturas permanentes quando a densidade das árvores não atinge determinados limites”. (INE). 60 Entenda-se a área ocupada por culturas permanentes e não a área ocuapda pelas explorações com culturas permanentes.

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Tabela 9 Total de culturas permanentes 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 3243 2018 -37,77% 9537,02 7267,97 -23,79% FG - Marateca 379 289 -23,75% 1556,95 1762,79 13,22% FG - Palmela 883 628 -28,88% 3817,32 2756,59 -27,79% FG - Pinhal Novo 904 445 -50,77% 942,67 849,61 -9,87% FG - Quinta do Anjo 329 193 -41,34% 736,64 334,93 -54,53% FG - Poceirão 748 463 -38,10% 2483,44 1564,05 -37,02% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 7

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Gráfico 8

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As culturas permanentes incluem um variado conjunto de espécies que está sucintamente descrito nas cinco tabelas seguintes. Analisando separadamente a evolução de cada grupo de culturas em termos de número de explorações e de área ocupada, constata-se que: -relativamente aos frutos frescos, 61 (tabela 10) diminuiu consideravelmente o número de explorações em todo o concelho, sem excepção, oscilando os valores relativos a 89/99 entre um mínimo de 42,62% (Marateca) e um máximo de 72,10% (Pinhal Novo). Esta redução foi ainda mais nítida quando se consideram as áreas de exploração, as quais sofreram quebras que variaram entre 54,48% (Palmela) e 89,82% (Poceirão). -Palmela é a freguesia que se destaca, tanto pelo número de explorações (268), como pela área ocupada (203,99 ha), em 1999.

61 Macieiras, pereiras, marmeleiros, pessegueiros, cerejeiras, ameixeiras, damasqueiros, figueiras, frutos pequenos de bagas e outros (execepto citrinos).

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-O número de explorações e a área ocupada pela cultura de frutos frescos, no contexto das outras culturas permanentes é considerável, posição que lhe pode conferir alguma importância actual na economia local. Tabela 10 Total de frutos frescos (excluindo citrinos) 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 1557 655 -57,93% 1296,25 400,24 -69,12% FG - Marateca 122 70 -42,62% 244,55 56,5 -76,90% FG - Palmela 518 268 -48,26% 448,11 203,99 -54,48% FG - Pinhal Novo 466 130 -72,10% 143,14 29,65 -79,29% FG - Quinta do Anjo 242 105 -56,61% 205,25 84,12 -59,02% FG - Poceirão 209 82 -60,77% 255,2 25,98 -89,82% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -A tendência descrita anteriormente aplica-se, de um modo geral, aos citrinos, ainda que a expressão da descida de valores seja menos acentuada no caso vertente (tabela 11). Assim, assinala-se uma diminuição global do número de explorações com citrinos (redução de 16,11% em Palmela e 58,63% em Poceirão), a qual se mantém em termos das áreas ocupadas, com apenas uma excepção. A freguesia de Marateca apresenta uma evolução positiva deste indicador, a qual não é, porém, de valorizar, uma vez que se está perante números absolutos muitíssimo baixos (22,19 e 24,74 hectares). -Tomando por referência apenas o concelho, a diminuição foi de 37,30% no número de

explorações de citrinos e de 31,31% na área ocupada por esta cultura.

-Os citrinos são uma cultura relativamente importante no concelho de Palmela, avaliando pelo

número de explorações e pelas áreas ocupadas. Tabela 11 Total de citrinos 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 1311 822 -37,30% 399,64 274,51 -31,31% FG - Marateca 133 104 -21,80% 22,19 24,74 11,49% FG - Palmela 329 276 -16,11% 171,32 144,47 -15,67% FG - Pinhal Novo 399 217 -45,61% 54,12 30,5 -43,64% FG - Quinta do Anjo 201 122 -39,30% 107,18 55,59 -48,13% FG - Poceirão 249 103 -58,63% 44,83 19,21 -57,15%

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Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -O olival, uma das culturas com tradição no concelho de Palmela, reflecte também um recuo generalizado do número de explorações e da respectiva área. Note-se que a cultura da oliveira apresentam valores bastante mais baixos que as anteriores culturas no que se refere quer ao número de explorações, quer às áreas (tabela 12). Palmela foi a freguesia onde se assistiu a uma menor variação do número de explorações (ainda que negativa: -8,33%) e Poceirão aquela onde a redução foi mais drástica (-79,31%). Pelo lado das áreas ocupadas, verifica-se a mesma tendência, continuando Palmela a ser a freguesia com menor decréscimo (contudo, também é uma das duas freguesias que detinha em 1999 ínfimas áreas de exploração dedicadas à oliveira). Poceirão, manifesta a mais elevada variação negativa (-88,73%), contudo, a área que detinha em 1989 não era significativa no contexto das restantes três freguesias. -A freguesia de Palmela destacava-se no contexto concelhio por possuir um maior número de explorações de olival (66) e em simultâneo por deter as maiores áreas dedicadas a esta cultura (75,07 ha). Tabela 12 Total de olival 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 233 165 -29,18% 207,46 131,28 -36,72% FG - Marateca 17 14 -17,65% 34,58 22,66 -34,47% FG - Palmela 72 66 -8,33% 76,73 75,07 -2,16% FG - Pinhal Novo 56 28 -50,00% 5,8 2,81 -51,55% FG - Quinta do Anjo 59 51 -13,56% 77,39 29,28 -62,17% FG - Poceirão 29 6 -79,31% 12,96 1,46 -88,73%

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -A vinha é outra das culturas com forte tradição no concelho de Palmela, sendo também a cultura

permanente mais significativa tanto na perspectiva do número de explorações, como igualmente da

área ocupada (Tabela 13, Gráficos 9 e 10). Estes dois dados atribuem à cultura da vinha uma

importância significativa na economia local.

-Apesar do lugar de destaque da vinha no contexto das culturas permanentes, assistiu-se entre 1989

e 1999 a uma diminuição considerável do número de explorações especializadas nesta cultura em

todas as freguesias e, portanto, no total do concelho. Deste modo, a variação registada ao nível do

concelho situou-se em –38,09%, enquanto que nas freguesias se verificou um mínimo de -23,99%

(Marateca) e um máximo de –52,63% (Pinhal Novo). Já no que concerne à evolução ao nível das

áreas ocupadas, existem diferentes situações: no total do concelho observou-se uma quebra de

15,58%, a qual resulta de variações quer positivas, quer negativas ocorridas nas diversas freguesias.

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Com efeito, as freguesias em que diminuiu a área de vinha foram Palmela (-25,37%), Poceirão (-

30,10%) e Quinta do Anjo (-51,98%); e as que registaram uma evolução inversa foram Pinhal novo

(6,17%) e Marateca (31,17%).

-Do exposto e tomando o concelho como um todo, ressalta uma retracção pouco acentuada na

cultura da vinha. Tabela 13 Total de vinha (contínua e descontínua) 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 2573 1593 -38,09% 7611,41 6425,49 -15,58% FG - Marateca 346 263 -23,99% 1246,4 1634,89 31,17% FG - Palmela 742 511 -31,13% 3116,73 2326,01 -25,37% FG - Pinhal Novo 646 306 -52,63% 739,22 784,83 6,17% FG - Quinta do Anjo 158 87 -44,94% 338,66 162,62 -51,98% FG - Poceirão 681 426 -37,44% 2170,4 1517,14 -30,10% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 9

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Gráfico 10

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-Finalmente resta tratar três sub-grupos de espécies, que pela sua escassa representação no concelho, vão ser aglutinados numa única tabela (nº 14). Trata-se de viveiros, frutos secos e frutos sub-tropicais, os quais, no conjunto, apresentaram uma diminuição do número de explorações e um acréscimo pouco expressivo da área ocupada. Trata-se de culturas pouco desenvolvidas no concelho e sobre as quais os dados oficiais apresentam resultados parciais (decorrentes de segredo estatístico ou de resultados nulos).

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Tabela 14 Total de viveiros, frutos secos e frutos sub-tropicais 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Área (ha) Área (ha) CC - Palmela 44 27 22,23 36,45 FG - Marateca 3 1 n.d. n.d. FG - Palmela 16 3 4,43 n.d. FG - Pinhal Novo 3 2 n.d. n.d. FG - Quinta do Anjo 21 17 8,16 2,59 FG - Poceirão 1 4 n.d. 0,12 Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico e/ou de dados nulos. Quando não há valores passíveis de serem divulgados, identificou-se a célula como não disponível (n.d.) Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

6 . Culturas temporárias62 Para facilitar a análise procedeu-se à agregação das condições em que se desenvolvem as

culturas permanentes, nomeadamente: culturas temporárias em cultura principal; culturas

temporárias em cultura secundária sucessiva, culturas temporárias em cultura secundária

sob-coberto de permanentes (Tabela 15, Gráficos 11 e 12). -Relativamente ao número de explorações verifica-se entre os dois últimos Recenseamentos Agrícolas

um decréscimo acentuado em todas as freguesias do concelho. Poceirão e Palmela foram as

freguesias quebras menos significativas (mas, de qualquer modo, relevante), tendo observado uma

variação de –45,11% e 45,12%. A descida mais acentuada foi registada em Pinhal Novo (-61,35%).

Os valores já não são tão homogéneos quando analisada a evolução da área ocupada, a qual diminui

globalmente 22,06%, mas que nas freguesias registou variações diferenciadas. Deste modo, se por

um lado, Marateca e Palmela atingiram os valores negativos mais elevados (respectivamente, -44,04%

e –48,12%), Pinhal Novo e Poceirão poucas alterações tiveram na respectiva área, embora sejam no

sentido negativo (-10, 30%, para a primeira e –3,11%, para a segunda), enquanto Quinta do Anjo, foi a

única freguesia que viu subir a área das explorações com culturas temporárias (42,34%). Em 1999,

as freguesias que maior área detinham para culturas temporárias eram Marateca (1759,34 hectares) e

Pinhal Novo (1589,93 hectares). De outro modo, as freguesias com maior concentração de

explorações, na mesma data, eram Poceirão (517) e Pinhal novo (407). 62 “Todas as culturas cujo ciclo vegetativo não excede um ano e também as que, não sendo anuais, são ressemeadas com intervalos que não excedam os 5 anos (morangos, espargos, prados temporários, etc.). Inclui: todas as culturas que constituem as terras aráveis, com excepção das áreas com pousio e horta familiar.” (INE)

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Tabela 15 Total de culturas temporárias 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 3052 1482 -51,44% 9572,25 7460,5 -22,06% FG - Marateca 302 161 -46,69% 3143,74 1759,34 -44,04% FG - Palmela 430 236 -45,12% 1643,31 852,48 -48,12% FG - Pinhal Novo 1053 407 -61,35% 1772,53 1589,93 -10,30% FG - Quinta do Anjo 336 167 -50,30% 749,71 1067,15 42,34% FG - Poceirão 931 511 -45,11% 2262,05 2191,6 -3,11%

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 11

0

500

1000

1500

Nº de explorações

1989 1999

Total de culturas temporárias

FG - Marateca FG - Palmela FG - Pinhal NovoFG - Quinta do Anjo FG - Poceirão

Gráfico 12

0

1000

2000

3000

4000

Área (ha)

1989 1999

Total de culturas temporárias

FG - Marateca FG - Palmela FG - Pinhal NovoFG - Quinta do Anjo FG - Poceirão

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Sumariamente, este grupo de culturas abrange o cultivo de um vasto leque de espécies, nomeadamente: cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, beterraba sacarina, culturas industriais, culturas hortícolas, flores e plantas ornamentais, sementes, e outras culturas temporárias, sendo que nem todas existirão ou terão expressão no concelho de Palmela. Procurar-se-á assim, neste documento, apenas dar conta dos grupos de culturas temporárias com maior importância no concelho e nas freguesias e é disso que trata a análise seguinte. -A importância dos cereais para grão em termos do número de explorações envolvidas nesta cultura

diminuiu de forma significativa entre 1989 e 1999 (-69,98% no concelho, com uma redução mínima de

–43,10% na freguesia de Marateca e máxima de –86,76% na de Pinhal Novo), como se pode verificar

na tabela 16. Globalmente a quebra no número de explorações foi de 387 unidades. Esse decréscimo

não se manifesta, contudo, de igual forma a nível da superfície ocupada por estas culturas. Assim,

enquanto no concelho se registou uma diminuição de 27,23%, apesar da área ocupada em 1999 ser

ainda considerável (2264,78 ha). A evolução em cada freguesia deste indicador não foi uniforme:

Pinhal Novo e Quinta do Anjo apresentaram valores positivos (respectivamente, 9,15% e 1150,91%),

tendo as restantes revelado um decréscimo entre 11,13% (Poceirão) e 91,01% (Palmela).

-As freguesias com maior importância ao nível dos cereais para grão, eram em 1999, respectivamente

Poceirão (85 explorações) e Marateca (851,62 ha). Tabela 16 Total de cereais para grão63

1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 553 166 -69,98% 3112,41 2264,78 -27,23% FG - Marateca 58 33 -43,10% 1551,74 851,62 -45,12% FG - Palmela 69 12 -82,61% 687,72 61,82 -91,01% FG - Pinhal Novo 219 29 -86,76% 354,28 386,69 9,15% FG - Quinta do Anjo 18 7 -61,11% 37,85 473,47 1150,91% FG - Poceirão 189 85 -55,03% 479,59 426,19 -11,13%

Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico e/ou de dados nulos (ocultos sob os valores apresentados). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -No capítulo das leguminosas secas para grão (tabela 17), constata-se que este género de

63 Inclui os seguintes cereais : trigo mole, trigo duro, centeio, cevada, aveia, triticale, milho híbrido, milho regional, sorgo e arroz.

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cultura era desenvolvido em 1999 num reduzido número de explorações agrícolas (11), o qual

decresceu no período entre 1989 e 2001 (-63 unidades). É de destacar que em 1989 a

freguesia de Pinhal Novo detinha o maior número de explorações deste tipo (48), situação que

em 1999 se alterou radicalmente – a freguesia passou a ter apenas 4 explorações. A área

ocupada pelas leguminosas secas para grão decresceu também significativamente no

concelho, não havendo dados disponíveis para avaliar a distribuição por freguesia. Tabela 17 Total de leguminosas secas para grão64 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Área (ha) Área (ha)CC - Palmela 74 11 199,98 20,3 FG - Marateca 1 2 0,85 ... / - FG - Palmela 6 - 17,7 ... / - FG - Pinhal Novo 48 4 19,49 ... / - FG - Quinta do Anjo 8 n.d. 100,55 n.d. FG - Poceirão 11 5 11,19 3,09 Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico (...) e/ou de dados nulos (-). Quando não há valores passíveis de serem divulgados, identificou-se a célula como não disponível (n. d.). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -O grupo dos prados temporários e das culturas forrageiras (Tabela 18, Gráficos 13 e 14) tem uma importância assinalável no concelho, seja por via do número de explorações agrícolas, seja por via da área ocupada pelas mesmas, tendo-se em ambos os casos assistido a um acréscimo dessa importância entre 1989 e 1999. Assim, em 1999 o concelho possuía 459 explorações classificadas neste grupo, número que representa um crescimento de 18,60% relativamente a 1989. A freguesia com maior número de explorações era em 1999 Pinhal Novo (com 124 unidades). O crescimento verificado nas freguesias não foi generalizado, existindo dois caso de valores negativos (Marateca e Quinta do Anjo, com –11,36% e –24,44%, respectivamente) e outros três de evolução positiva: Palmela (78,79%), Pinhal Novo (36,26%) e Poceirão (31,01%). Pelo lado da superfície ocupada por estas culturas, assiste-se a uma ligeira subida (7,05%) relativamente aos valores do concelho, entre 1989 e 1999. Este aumento deve-se sobretudo à evolução positiva verificada na freguesia de Pinhal Novo (58,28%) e de Poceirão (140,67%).A freguesia com maior superfície ocupada por estas culturas era Poceirão (ano de 1999), com 816,03 ha. 64 Inclui feijão, grão de bico e outras leguminosas secas para grão.

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Tabela 18

Total de prados temporárias e culturas forrageiras65 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 387 459 18,60% 2465,06 2638,9 7,05% FG - Marateca 44 39 -11,36% 1013,06 583,13 -42,44% FG - Palmela 33 59 78,79% 397,67 317,78 -20,09% FG - Pinhal Novo 91 124 36,26% 340,74 539,32 58,28% FG - Quinta do Anjo 90 68 -24,44% 374,53 373,28 -0,33% FG - Poceirão 129 169 31,01% 339,06 816,03 140,67% Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico e/ou de dados nulos (ocultos sob os valores apresentados). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 13

050

100150200

Nº de explorações

1989 1999

Total de prados temporários e culturas forrageiras

FG - Marateca FG - Palmela FG - Pinhal Novo FG - Quinta do Anjo FG - Poceirão

65 Inclui prados temporários, sachadas, azevém anual, aveia forrageira, milho para silagem, milharada, sorgo forrageiro e outras culturas forrageiras.

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Gráfico 14

0

500

1000

1500

Área (ha)

1989 1999

Total de prados temporários e culturas forrageiras

FG - Marateca FG - Palmela FG - Pinhal NovoFG - Quinta do Anjo FG - Poceirão

-A cultura da batata (tabela 19) tinha, em 1989, um peso muito maior na economia do

concelho de Palmela do que 10 anos depois. De facto, assistiu-se a uma redução

considerável do número de explorações neste período ao nível do concelho(-78,85%, ou seja

– 902 explorações), e também nas freguesias, tendo-se situado os decréscimos nestas, entre

os 7,81% (Marateca) e os 97,50% (Quinta do Anjo).

A diminuição relatada foi acompanhada, embora de modo um pouco menos expressivo, pela redução das áreas ocupadas por esta cultura, quer no concelho (-61,35%), que nas freguesias: Palmela, Poceirão e Pinhal Novo surgem com valores negativos (respectivamente -59,61%, -60,25% e –87, 72%). Poceirão era em 1999 simultaneamente a freguesia com maior número de explorações

(113)e com maior superfície preenchida pela cultura da batata (179,51 ha).

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02-04-2003 241 dp

Tabela 19 Total de batata 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 1144 242 -78,85% 990,59 382,86 -61,35% FG - Marateca 64 59 -7,81% 104,04 106,23 2,10% FG - Palmela 96 20 -79,17% 101,32 40,92 -59,61% FG - Pinhal Novo 446 47 -89,46% 287,49 35,29 -87,72% FG - Quinta do Anjo 120 3 -97,50% 45,99 .../ - n.d. FG - Poceirão 418 113 -72,97% 451,55 179,51 -60,25% Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico e/ou de dados nulos. Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -A cultura de hortícolas (tabela 20) diminuiu significativamente no concelho, quer em termos do número de explorações, quer no que se refere à área ocupada (respectivamente, -71,61% e – 52,74%). A redução foi extensiva à totalidade das freguesias, tendo-se verificado um mínimo de –65, 44% (Poceirão) e um máximo de –80,35% (Pinhal Novo), no que se refere ao número de explorações com hortícolas. No plano da superfície ocupada, os traços da evolução eram muito

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semelhantes, ainda que com maiores oscilações: Palmela foi a freguesia em que menos diminui a área de cultura de hortícolas (-16,21%) e , em contraponto, Quinta do Anjo foi a que maior descida verificou (-80,63%). -Poceirão era a freguesia que em 1999 detinha maior número de explorações e maior superfície

preenchida com a cultura de hortícolas (141 explorações e 268,75 ha). Tabela 20 Total de culturas hortícolas66 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Variação Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 856 243 -71,61% 1345,57 635,91 -52,74% FG - Marateca 103 29 -71,84% 195,9 61,5 -68,61% FG - Palmela 88 19 -78,41% 214,69 179,89 -16,21% FG - Pinhal Novo 229 45 -80,35% 272,16 117,22 -56,93% FG - Quinta do Anjo 28 9 -67,86% 41,72 8,08 -80,63% FG - Poceirão 408 141 -65,44% 621,1 268,75 -56,73% Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico e/ou de dados nulos. Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -A classe das flores e plantas ornamentais tinha em 1999 pouca expressão no concelho de Palmela (8 explorações e 8,45 ha de área), de acordo com a tabela 21. A tendência de evolução constatada entre 1989 e 1999 foi negativa, isto é, o nº de explorações e a área decresceu significativamente, apesar dos valores relativos a 1989 serem pouco significativos. -Saliente-se que em 1999 existiam dados nulos e sob segredo estatístico, o que restringe consideravelmente as possibilidades de análise. Tabela 21 Total de flores e plantas ornamentais 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Área (ha) Nº explorações Área (ha) CC - Palmela 22 19,89 8 8,45 FG - Marateca - - - - FG - Palmela 4 1,13 - - FG - Pinhal Novo 11 16,19 7 6,45 FG - Quinta do Anjo 3 ... - - FG - Poceirão 4 2,47 1 ... Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico (...) e/ou de dados nulos (-). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

66 Inclui tomate para indústria, melão e outra culturas hortícolas.

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- As culturas industriais (tabela 22) eram em número muito reduzido no concelho, havendo em simultâneo uma grande falta de dados (segredo estatístico e dados nulos). Não obstante o mencionado, percebe-se uma ligeira subida do número de explorações (passou de 3 em 1989 para 8 explorações). Tabela 22

TOTAL DE CULTURAS INDUSTRIAIS67 1989 1999

Unidade Geográfica Nº explorações Área (ha) Nº explorações Área (ha)

CC - Palmela 2 ... 8 132,81 FG - Marateca - - 1 ... FG - Palmela - - - - FG - Pinhal Novo 1 ... 3 87,5 FG - Quinta do Anjo - - 1 ... FG - Poceirão 1 - 3 12,5 Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico (...) e/ou de dados nulos (-). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 A apresentação da tabela seguinte tem um duplo objectivo: por um lado, perceber a dimensão

da rentabilização do solo florestal para outro tipo de culturas, no concelho de Palmela e, por

67 Inclui as cultura do tabaco, algodão, cânhamo textil, linho têxtil, lúpulo, colza, girassol, linho oleaginoso, soja, plantas aromáticas chicória, cana do açúcar e outras culturas industriais.

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outro, dar conta duma parte da exploração florestal existente no mesmo território, sendo que a

outra (matas e florestas sem culturas sob coberta) foi detalhada no ponto 2. -Passando então à análise da tabela 23, constata-se que o número de explorações com

culturas sob-coberto é relativamente reduzido no concelho (28), tendo embora sofrido um

aumento no período entre 1989 e 1999 (em 1999 existiam 41 explorações). O crescimento

verificado notou-se sobretudo nas freguesias de Marateca, Poceirão e Pinhal Novo. Nas

restantes o número praticamente não sofreu alterações. Relativamente à área ocupada por

estas explorações, evidencia-se um crescimento significativo entre 1989 e 1999 ao nível do

concelho (68,95%), o qual se deve fundamentalmente à evolução observada nas freguesias

de Pinhal Novo (4780,92%). Contudo, outras freguesias também contribuíram para esse

aumento, nomeadamente Poceirão (486,50%) e Marateca (159,42%). De notar que embora

Palmela tenha mantido o número de explorações, decresceu de vertiginosamente a superfície

ocupada por aquelas (-97,49%, o que equivale a –2102,24 ha). Tabela 23 Total de culturas sob-coberto de matas e florestas 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Área (ha) Área (ha) Variação CC - Palmela 28 41 3097,21 5232,69 68,95% FG - Marateca 4 11 775,85 2012,7 159,42% FG - Palmela 10 10 2156,4 54,16 -97,49% FG - Pinhal Novo 7 10 52,46 2560,53 4780,92% FG - Quinta do Anjo 2 1 ... ... ... FG - Poceirão 5 9 101,5 595,3 486,50% Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico (...).

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Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 III – Criação de animais e apicultura (1989/1999) Neste capítulo apresenta-se um breve retrato das principais espécies de animais em criação no concelho e freguesias. - A exploração de bovinos (tabela 24) tem um peso significativo na economia rural do concelho, a avaliar não tanto pelo número de explorações (128 em 1999, e com um decréscimo acentuado relativamente a 1989), mas sobretudo pelo número de efectivos animais: 10216 em 1999, valor que representa uma subida de 10,38% em relação a 1989. Olhando apenas para a evolução do número de explorações por freguesia, verifica-se que a diminuição foi generalizada em todas as freguesias, variando entre um mínimo de 54,48% (Pinhal Novo) e um máximo de 92,45% (Quinta do Anjo). Já no que se reporta à evolução do número de bovinos entre um ano e outro, há sinais muito distintos entre as freguesias: assim, enquanto Poceirão e Pinhal Novo quase duplicou o número de animais (respectivamente 96,63% e 75,08%), as restantes freguesias viram diminuir o número de efectivos animais: de forma menos acentuada a freguesia de Marateca (-36,34%) e de modo mais nítido as freguesias de Quinta do Anjo (-82,82%) e de Palmela (-83,68%). Tabela 24 Total de bovinos 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Evolução Nº animais Nº animais Evolução CC - Palmela 458 128 -72,05% 9255 10216 10,38% FG - Marateca 57 10 -82,46% 1819 1158 -36,34% FG - Palmela 90 17 -81,11% 1801 294 -83,68% FG - Pinhal Novo 145 66 -54,48% 3186 5578 75,08% FG - Quinta do Anjo 53 4 -92,45% 908 156 -82,82% FG - Poceirão 113 31 -72,57% 1541 3030 96,63% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

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-A suinicultura tem sido uma actividade característica do meio rural do concelho de Palmela, sendo possível constatar a partir dos dados apresentados na tabela 25 e nos gráficos 15 e 16, dois universos distintos para o período entre 1989 e 1999: por um lado, diminuiu significativamente a percentagem de explorações com suínos na generalidade das freguesias (a evolução rondou os -62% em todas elas), por outro lado, a tendência verificada ao nível dos efectivos animais foi de ligeira subida no concelho (5,23%), uma subida acentuada nas freguesias de Quinta do Anjo e Poceirão (respectivamente, 28,83% e 48,50%) e uma diminuição considerável nas freguesias de Marateca (-26,85%), Palmela (-35,57%) e Pinhal Novo (-42,79%). A maior concentração de explorações de suínos, em 1999, verificava-se em Pinhal Novo (com 148 unidades), sendo a freguesia de Quinta do Anjo a que tinha maior número de efectivos (39256 animais) na mesma data. Tabela 25 Total de suínos 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Evolução Nº animais Nº animais Evolução CC - Palmela 1146 428 -62,65% 91960 96765 5,23% FG - Marateca 135 50 -62,96% 5031 3680 -26,85% FG - Palmela 160 60 -62,50% 17125 11033 -35,57% FG - Pinhal Novo 390 148 -62,05% 17104 9785 -42,79% FG - Quinta do Anjo 85 32 -62,35% 30471 39256 28,83% FG - Poceirão 376 138 -63,30% 22229 33011 48,50% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Gráfico 15

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Gráfico 16

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-A ovinicultura é outra actividade de tradição no concelho de Palmela, tendo revelado uma tendência para diminuição do número de explorações e do número de efectivos entre 1989 e 1999 (tabela 26). A evolução do número de explorações foi negativa em todas as freguesias e oscilou entre um mínimo de 23,21% (Quinta do Anjo) e um máximo de 48,68% (Marateca). Analisando a evolução do número de animais, os valores apontam para uma diminuição em quatro das cinco freguesias: de um lado Pinhal Novo (-3,49%), Poceirão (-12,37%), Marateca (-26,75%) e Palmela (-53,93%); de outro Quinta do Anjo (33,69%). De notar que o crescimento do número de ovinos na freguesia de Quinta do Anjo poderá estar relacionado com a política de promoção dos produtos regionais, nomeadamente o “Queijo de Azeitão” e a manteiga de ovelha desenvolvida pela Câmara Municipal nos últimos oito anos. -Em 1999, a freguesia com maior número de explorações deste tipo era Pinhal Novo (116), sendo porém a freguesia de Poceirão aquela que concentrava maior número de cabeças (5873). De notar que a freguesia de Quinta do Anjo apenas tinha 43 explorações em 1999 (estando em penúltimo lugar, comparativamente com as restantes), mas possuía o segundo maior número de animais do concelho (3996). Tabela 26 Total de ovinos

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1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Evolução Nº animais Nº animais Evolução CC - Palmela 583 374 -35,85% 23281 19289 -17,15% FG - Marateca 76 39 -48,68% 4180 3062 -26,75% FG - Palmela 107 57 -46,73% 5400 2488 -53,93% FG - Pinhal Novo 173 116 -32,95% 4010 3870 -3,49% FG - Quinta do Anjo 56 43 -23,21% 2989 3996 33,69% FG - Poceirão 171 119 -30,41% 6702 5873 -12,37% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -As explorações e o número de caprinos têm uma importância muito menor no concelho de Palmela, se comparáveis com as de ovinos (tabela 27).

A tendência de evolução dos números de explorações e de animais, entre 1989 e 1999, foi

globalmente negativa, decrescendo em 38,30% (número de explorações) e em 67,54% (número de

animais). Apenas a freguesia de Marateca apresentou uma evolução positiva, quer no que se refere a

um como a outro indicador (crescimento de 33,33% para o número de explorações e de 80,00% para

o número de animais), sendo que todas as outras revelaram tendências de decréscimo. Com efeito, o

número de explorações oscilou entre –8,33% (Quinta do Anjo) e –68,18% (Poceirão), enquanto que o

número de animais variou entre –48,27% (Palmela) e –80,89% (Pinhal Novo). Por último, resta

salientar que a freguesia com maior concentração de explorações de caprinos, em 1999, era Pinhal

Novo (com 18 unidades) e que a freguesia com maior número de animais era , na mesma data,

Palmela (com 209) e Quinta do Anjo (com 208). Tabela 27 Total de caprinos 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Evolução Nº animais Nº animais Evolução CC - Palmela 94 58 -38,30% 1904 618 -67,54% FG - Marateca 6 8 33,33% 45 81 80,00% FG - Palmela 17 14 -17,65% 404 209 -48,27% FG - Pinhal Novo 37 18 -51,35% 429 82 -80,89% FG - Quinta do Anjo 12 11 -8,33% 916 208 -77,29% FG - Poceirão 22 7 -68,18% 110 38 -65,45% Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

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-Não existindo dados comparativos para 1989 relativamente às explorações com coelhos, resta verificar alguma evidências da tabela abaixo. Neste sentido, pode-se afirmar que o concelho possuía um número assinalável de explorações com esta espécie animal (574), as quais estavam localizadas predominantemente na freguesia de Pinhal Novo (256), logo seguida de Poceirão (133) e de Palmela (101), em 1999. Era também significativo o número de coelhos em criação no concelho (cerca de 26 000), os quais provinham quase integralmente de explorações situadas na freguesia de Marateca. Ou seja, esta freguesia detinha quase 84% do número de animais em criação no concelho, apesar de simultaneamente Marateca apresentar dos números mais baixos de explorações, se comparada com as restantes. Tabela 28 Total de coelhos 1999 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº animais CC - Palmela 574 26015 FG - Marateca 65 21800 FG - Palmela 101 824 FG - Pinhal Novo 256 2248 FG - Quinta do Anjo 19 140 FG - Poceirão 133 1003 Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 Relativamente às aves verifica-se também a ausência de estatísticas para o ano de 1989, não havendo, portanto, possibilidade de estabelecer as comparações efectuadas noutras situações. -A criação de aves tinha uma importância assinalável no concelho em 1999, tomando por base tanto o número de explorações, como o número de animais recenseados no concelho, respectivamente 1541 e 74507 (Tabela 29). Pinhal Novo era a freguesia mais significativa do ponto de vista do número de explorações dedicada à criação desta espécie, com 486 unidades, logo seguida de Poceirão, com 455 e de Palmela, com 324. Ao nível do número de aves, a hierarquia altera-se, passando a freguesia de Palmela para primeiro lugar (com 37212 animais), seguida a grande distância por Pinhal Novo (com 17485) e Poceirão (com 10559).

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Tabela 29 Total de aves 1999 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº animaisCC - Palmela 1541 74507 FG - Marateca 210 6781 FG - Palmela 324 37212 FG - Pinhal Novo 486 17485 FG - Quinta do Anjo 66 2470 FG - Poceirão 455 10559 Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999 -A exploração de colmeias e cortiços (Tabela 30) é uma actividade com pouca expressão no concelho, e que no período em causa revelou uma tendência para diminuição acentuada, quer ao nível do número de explorações, quer no plano do número de colmeias e cortiços (no primeiro caso, a redução foi de 32 explorações, enquanto no segundo, foi de 166 colmeias e cortiços). O reduzido número de explorações não permite a apresentação de estatísticas relativas à distribuição das colmeias e cortiços por freguesia, devido ao facto de estarem sob segredo estatístico. Tabela 30 Total de colmeias e cortiços 1989 1999 1989 1999 Unidade Geográfica Nº explorações Nº explorações Nº colmeias Nº colmeiasCC - Palmela 40 8 278 112 FG - Marateca 7 1 22 ... FG - Palmela - 2 - ... FG - Pinhal Novo 5 2 27 ... FG - Quinta do Anjo 1 1 ... ... FG - Poceirão 27 2 119 ... Nota: Os dados são parciais, em alguns casos, na medida em que se verificou a situação de segredo estatístico (...) e/ou de dados nulos (-). Fonte: INE, Recenseamentos Gerais de Agricultura. Dados comparativos 1989-1999

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IV – Síntese O concelho de Palmela detém uma posição singular no seio da Área Metropolitana de Lisboa, pois se por um lado é dos concelhos que verificaram entre 1991 e 2001 uma dinâmica urbanística e demográfica assinalável (crescimento de 34,56% no número de alojamentos e de 21,65% na da população residente), por outro preserva ainda extensas áreas rurais do seu território, mantendo a agricultura e a criação de animais como actividades económicas importantes. A análise comparativa dos Recenseamentos Agrícolas de 1989 e 1999 indica que a superfície total das explorações e a superfície agrícola total se mantiveram relativamente estáveis nos últimos dez anos. A SAU manteve-se também relativamente constante e quase que igualou a superfíce agrícola total (sendo, portanto, a superfície agrícola não utilizada quase insignificante em termos absolutos, apesar de mostrar tendência para aumentar). Contudo, se bem que a parcela do território reservada à agricultura se tenha mantida idêntica entre 1989 e 1999, existem sinais de uma retracção ao nível do concelho e freguesias, evidenciada pelos seguintes indicadores:

• Diminuição generalizada da área ocupada pelas culturas permanentes (-23,79%), em especial no capítulo dos frutos frescos (-69,12%), olival

(-36,72%) e citrinos (-31,31%). • Decréscimo da área ocupada pelas culturas temporárias (-22,06%), com destaque para

a batata (-61,35%) e hortícolas (-52,74%). Simultaneamente verificou-se uma tendência para diminuição acentuada e geral, do número de explorações correspondente às seguintes situações: superfíce total, SAU, superfície agrícola não utilizada, culturas permanentes, culturas temporárias e criação de animais. A diminuição do número de explorações pode estar relacionada em parte com a retracção de que se falou acima, mas principalmente com o aumento da área média das explorações agrícolas, na medida em que o primeiro indicador decresceu a um ritmo mais acelerado que o segundo. Ainda no domínio agrícola e em 1999, a vinha continuava a ser emblemática entre as culturas permanentes, quer avaliando pelo número de explorações, quer pela dimensão das áreas que lhe eram reservadas, não obstante apresentar uma evolução negativa no último decénio (-15,58% ao nível do concelho). Os prados e as culturas forrageiras surgiam no último ano do Recenseamento Agrícola, como as principais culturas temporárias, em temos de área ocupada e com uma tendência de crescimento na ordem dos 7%. De notar que as culturas sob coberto de matas e florestas, integradas na classe das temporárias, apresentaram um crescimento notável entre 1989 e 1999 (68, 95%, no que se refere à área ocupada, tendo em simultâneo quase duplicado o número de explorações), o que comprova o crescente uso deste tipo de solo não apenas para fins florestais, mas também agrícolas, no universo do concelho. A criação animal continuava a desempenhar um papel relevante no concelho, com evoluções ascendentes para o número de bovinos (10,38%) e de suínos (5,23%). Os ovinos e caprinos apresentaram decréscimos, respectivamente de –17,15% e de –67,54%.

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A suinicultura e apesar de se ter assistido a uma redução do número de explorações, continua a manifestar uma tendência ascendente, como já se referiu, sendo por isso esta a principal actividade na esfera da produção animal, no concelho de Palmela. Finalmente, interessa referir que a área total ocupada por matas e florestas (considerando o valor sem culturas e com culturas sob coberto) era de 9.400 ha, ou seja 20,35% da superfície total do concelho. Bibliografia

• INE, Recenseamentos Gerais da Agricultura – Dados Comparativos 1989-1999.

• INE, Censos 1991 – Resultados Definitivos

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INDICADORES SOBRE DINÂMICA ECONÓMICA • Concelho e freguesias

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Introdução I) 1. Dinâmica económica local 2. Formas jurídicas dominantes 3. Evolução do volume de negócios II) 1. Repartição das sociedades sediadas no concelho, por

freguesia e ramo de actividade económica

2. Sociedades e Empresários em Nome Individual (ENI) Sediados no concelho, por ramo de actividade económica

3. Repartição dos estabelecimentos existentes no concelho, por ramo de actividade económica III) Síntese

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Introdução

Pretende-se neste trabalho sistematizar e interpretar alguns dados relevantes para a compreensão da evolução da actividade económica no concelho de Palmela e freguesias, com especial enfânse para os últimos 10 anos. Na primeira parte incide-se sobre a capacidade de atracção de empresas do concelho, formas jurídicas dominantes e evolução do volume de negócios. Recorre-se neste capítulo à Base Belém do INE/Dez’ 99, a qual se disponibiliza um variado conjunto de indicadores. A segunda parte do trabalho, incide sobre a distribuição das empresas por sub-secção da CAE e por sector de actividade, analisando em paralelo a representatividade de cada ao nível do concelho e das freguesias. Trabalha-se aqui duas fontes de informação relativas às empresas do concelho em 1999 e que de certo modo se complementam: a Base Belém/INE, a qual inclui as sociedades sediadas no concelho de Palmela e os empresários em nome individual; e Ministério do Trabalho e Solidariedade, abrangendo esta os estabelecimentos (empresas sediadas e sucursais de entidades privadas, independentemente da sua forma jurídica) localizados no concelho que têm, pelo menos, um trabalhador a cargo. Qualquer uma das fontes é, no entanto, parcial. A primeira informa sobre o ‘grosso’ das empresas com maior importância económica e social sediadas no concelho, exclui por outro lado empresas do mesmo género que estejam sediadas fora e de importância indiscutível (é o caso das entidades bancárias), tendo ainda a vantagem de permitir a desagregação de dados ao nível da freguesia. A segunda fonte é teoricamente bastante abrangente, na medida em que inclui as empresas existentes no concelho de Palmela com 1 ou mais trabalhadores por conta de outrém, seja qual for o vínculo (o que significa a inclusão dos serviços bancários). O alcance desta informação apresenta, porém, algumas limitações: não considera grande parte dos empresários em nome individual e não desce ao nível da freguesia.

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I) 1. Dinâmica económica local

O concelho de Palmela tinha, em 1999, 1059 sociedades sediadas de acordo com dados do INE.

Como demonstra a tabela 1, a evolução das sociedades sediadas no concelho não foi uniforme no período compreendido entre 1920 e 1999, sendo visível a partir de 1985 um aumento considerável da percentagem de sociedades que aqui fixaram a sua sede. Foi exactamente entre 1990 e 1994 que se registou o maior variação percentual no número de empresas instaladas no concelho de Palmela (13,03%, o que corresponde a um diferencial positivo de 138 empresas), tendência que se manteve no quinquénio seguinte (variação de 12,75%, ou seja mais 135 empresas instaladas entre 1995 e 1999).

Em dez anos (1990-1999) a capacidade de atracção de novos investimentos privados para o

concelho duplicou, traduzindo-se num crescimento de 63% na proporção das sociedades sediadas, face aos sessenta e nove anos precedentes (1920 – 1989).

Tabela 1

Evolução do número de sociedades sediadas no concelho,1920 - 1999

Nº sociedades %

Ano de constituição constituídas

1920 - 1984 107 10,10 1985 - 1989 173 16,34 1990 - 1994 311 29,37 1995 - 1999 446 42,12 Indefinido 22 2,08 Total 1059 100

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

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02-04-2003 258 dp

Gráfico 1

Evolução do nº sociedades sediadas no concelho, 1920 - 1999

10%16%

29%

43%

2%1920 - 19841985 - 19891990 - 19941995 - 1999Indefinido

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

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02-04-2003 259 dp

2. Formas jurídicas dominantes

As sociedades sediadas no concelho distribuem-se por nove categorias de forma jurídica (ver tabela 2 e gráfico 2), com predominância clara das sociedades por quotas, as quais totalizam 923 empresas e equivalem a 87,24% do total.

Tabela 2 Nº de sociedades sediadas no concelho, segundo a forma jurídica – 1999 Número de % sociedades

Soc. irregular 42 3,97 Soc. nome colectivo 3 0,28 Soc. anónima 55 5,2 Soc. por quotas 923 87,24

SOC. UNIPESSOAL POR QUOTAS 19 1,8 Soc. cooperativa 11 1,04 Soc. civil sob forma comercial 2 0,19 Agrup. Europeu interesse comercial 1 0,09 Entidade equiparada a pessoa colectiva estrangeira 2 0,19 Total 1058 100 Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

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02-04-2003 260 dp

Gráfico 2

Número de sociedades sediadas no concelho, segundo a forma jurídica - 1999

4%0% 5%

88%

2%0%0%

1%0%

Soc. irregularSoc. nome colectivoSoc. anónimaSoc. por quotasSoc. Unipessoal por quotasSoc. cooperativaSoc. civil sob forma comercialAgrup. Europeu interesse comerc.Entidade equiparada a pessoa colectiva estrangeira

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

O dinamismo económico do concelho tem sido acompanhado por um crescimento significativo do

volume de negócios, o qual se cifrava em 1999, em quase 700 milhões de contos (tabela 3, gráficos 3 e 4) . O forte impulso no volume de negócios das sociedades sediadas no concelho deve-se sobretudo às sociedades constituídas a partir da década de 90, as quais concentram 84% do volume de negócios (excluindo os dados classificados como “indefinido” e “segredo estatístico”). No entanto, a Autoeuropa, fundada em 1991, é só por si responsável por 70% do volume de negócios das sociedades cuja data de constituição remonta ao decénio 1990 – 1999. 3. Evolução do volume de negócios

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02-04-2003 261 dp

Tabela 3 Evolução do volume de negócios nas sociedades sediadas no concelho, 1920 - 1999

VOLUME DE % Ano de constituição negócios (1,000Esc) 1920 - 1984 53.334.481 6,89 1985 - 1989 41.770.708 5,40 1990 - 1994 553689986 71,56 1995 - 1999 42578935 5,50 Indefinido 75.647.462 9,78 Segredo Estatístico 6.762.987 0,87 Total 773.784.559 100

Fonte: INE (Base Belém), Dez/99 Gráfico 3

Evolução do volume de negócios nas sociedades sediadas no concelho, 1920 - 1999

0100.000.000200.000.000300.000.000400.000.000500.000.000600.000.000

1920 - 1984 1985 - 1989 1990 - 1994 1995 - 1999 Indefinido SegredoEstatístico

(1.0

00 E

sc.)

Volume de negócios (1,000Esc)

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

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02-04-2003 262 dp

Gráfico 4

Evolução percentual do volume de negócios nas sociedades sediadas no concelho, 1920 - 1999

7% 5%

71%

6% 10% 1%1920 - 1984

1985 - 1989

1990 - 1994

1995 - 1999

Indefinido

Segredo Estatístico

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

Analisada a distribuição do volume de negócios pela forma jurídica das sociedades, verifica-se que

as sociedades por quotas continuam a dominar, detendo aproximadamente 600 milhões de contos, ou seja 76, 28% do total. Em segundo plano, mas a grande distância surgem as sociedades anónimas com um volume de negócios de cerca de 94 milhões de contos, o que se traduz em 13, 13% (tabela 4 e gráfico 5). Tabela 4 Volume de negócios nas sociedades sediadas no concelho, segundo a forma jurídica – 1999

Volume de negócios %

(1000 Esc)

Soc. irregular 288.090 0,04 Soc. nome colectivo 54.327 0,01 Soc. anónima 93.830.903 12,13 Soc. por quotas 590.266.341 76,28 Soc. Unipessoal por quotas 3.670.967 0,47 Soc. cooperativa 6.841.898 0,88 Soc. civil sob forma comercial; Agrup. Europeu de interesse econ. Comercial; Entidade equiparada a pessoa colectiva estrangeira 78.832.033 10,19 Total 773.784.559 100,00

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

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02-04-2003 263 dp

Gráfico 5

Volume de negócios nas sociedades sediadas no concelho, segundo a forma jurídica - 1999

0,04%0,01%

12,13%10,19%

76,28%

0,47%

0,88%

Soc. irregular Soc. nome colectivoSoc. anónima Soc. por quotasSoc. Unipessoal por quotas Soc. cooperativaDados sob segredo estatístico

Fonte: INE (Base Belém), Dez./99

Analisando a distribuição do volume de negócios por ramo de actividade económica (aqui representado por subsecção da CAE), verifica-se que os volumes de negócios mais elevados (tabela 5 e gráfico 6) se concentram em primeiro lugar nas empresas de “fabricação de material de transporte”, que detém 61,2% do volume de negócios das sociedades sediadas (ou seja, cerca de 474 milhões de contos), em segundo lugar na “fabricação de material eléctrico e de óptica”, com 9,85% do volume de negócios (cerca de 76 milhões de contos) e em terceiro no “comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico”, com uma posição muito próxima da anterior categoria - 8,82% do volume de negócios (cerca de 68 milhões de contos). Facilmente se percebe a extraordinária importância do grupo de empresas que se dedica à fabricação de material de transporte, o qual é responsável por mais de metade do volume de negócios das sociedades sediadas no concelho de Palmela. Mesmo assim, neste grupo a Autoeuropa detém uma posição de destaque, na medida em concentra quase 89% do volume de negócios do grupo.

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02-04-2003 264 dp

Tabela 5

Volume de negócios, segundo a subsecção da CAE

SUBSECÇÃO DA CAE VOLUME DE NEGÓCIOS %

(1.000 Esc.) A.A- Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura 6.057.733 0,78

D.A- Indústrias Alimentares, das Bebidas e do Tabaco 37.078.388 4,79

D.B- Indústria Textil 778.177 0,10 D.D- Indústrias da Madeira e da Cortiça e suas Obras 1.157.615 0,15 D.E- Indústrias de Pasta, de Papel e de Cartão e seus Artigos; Edição e Impressão 1.143.831 0,15 D.G- Fabricação de Produtos Químicos e de Fibras Sintéticas ou Artificiais 5.304.990 0,69 D.H- Fabricação de Artigos de Borracha e de Matérias Plásticas 21.945.110 2,84 D.I- Fabricação e Outros Produtos Minerais Não Metálicos 913.164 0,12 D.J- Indústrias Metalúrgicas de Base e de Produtos Metálicos 16.032.487 2,07 D.K- Fabricação de Máquinas e e Equipamentos, N.E. 4.880.463 0,63 D.L- Fabricação de Equipamento Eléctrico e de Óptica 76.218.983 9,85 D.M- Fabricação de Material de Transporte 474.278.198 61,28 D.N- Indústrias Transformadoras, N.E. 24.981.342 3,23 F.F- Construção 11.897.998 1,54 G.G- Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico 68.281.694 8,82 H.H- Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares) 1.135.786 0,15 I.I- Transportes, Armazenagem e Comunicações 12.120.015 1,57 K.K- Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas 7.886.793 1,02 M.M- Educação 68.725 0,01 N.N- Saúde e Acção Social 370.815 0,05 O.O- Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais ePessoais 1.174.680 0,15

C.C.- Pesca; C. B. - Ind. Extractivas C/ Excepção da Extracção de Produtos Energéticos; D.C. - Ind. Couro e dos Produtos de Couro; E. E. - Produção e Distribuição de Electricidade, Gás E Água; J.J. - Actividades Financeiras 273.925 0,04 TOTAL 773.980.912 100 Fonte: INE (Base Belém) , Dez./99

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02-04-2003 265 dp

Gráfico 6

0,00 Esc.

50.000.000,00 Esc.

100.000.000,00 Esc.

150.000.000,00 Esc.

200.000.000,00 Esc.

250.000.000,00 Esc.

300.000.000,00 Esc.

350.000.000,00 Esc.

400.000.000,00 Esc.

450.000.000,00 Esc.

500.000.000,00 Esc.

(1.000 Esc.)

A.A DA DB DD DE DG DH DI DJ DK DL DM DN FF GG HH II KK MM NN OOCC;CB;DC;EE;JJ

Subsecções

Volume de negócios, segundo a subsecção da CAE

VOLUME DE NEGÓCIOS

Fonte: INE (Base Belém) , Dez./99

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02-04-2003 266 dp

II)

1. Repartição das sociedades sediadas no concelho por freguesia e ramo de actividade

económica

A distribuição das subsecções da CAE (Classificação da Actividade Económica)68 no concelho evidencia (gráfico 7), ao nível do nº de sociedades sediadas, a grande representação das subsecções GG (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal) – 32,5%; FF (Construção) – 16,2%; KK (Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas) –12,7%. Nestas três subsecções, as freguesias de Palmela e de Pinhal Novo concentram, tal como em quase todas as subsecções, a grande maioria das empresas. Gráfico 7

FONTE: INE (Base Belém), Dez./99

Relativamente à indústria transformadora, são as indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco (DA), e as indústrias metalúrgicas de base de produtos metálicos (DJ) as mais representadas no total do concelho sendo, no primeiro caso, a freguesia de Quinta do Anjo a que maior percentagem 68 INE, Classificação das Actividades Económicas (CAE-Rev.2), 1992

Percentagem de sociedades por subsecção do CAE

AA

7,47%

D

13,86%

GG

32,45%

FF

16,23%

HH

7,20%II

3,92%

KK

12,67%

JJ

0,18%

EE

0,18%

BB

0,09%

CB

0,09%

OO

2,46%

NN

2,28%

MM

0,91%

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02-04-2003 267 dp

de empresas possui (40%) e, no segundo caso a freguesia de Palmela que mais empresas concentra (48,6%). A freguesia da Marateca é menos

representada do total da Indústria Transformadora com 5 empresas de subsecção (DA), contrastando com Palmela que inclui 54 empresas, repartidas por todas as subsecções desta classe da indústria. Agregando as subsecções incluídas na secção D, pode-se constatar que esta tem uma representação muito significativa no concelho (13,9%).

Destaca-se da leitura da tabela 6 e gráfico 8, que em todas as freguesias a subsecção GG (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico) é a que concentra o maior nº de sociedades. A segunda subsecção mais representada em cada freguesia é, nos casos de Palmela e Pinhal Novo, a subsecção FF (Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas), na Quinta do Anjo a subsecção KK e nas freguesias de Marateca e Poceirão, a subsecção AA. Note-se que nestas duas últimas as empresas da subsecção AA (Agricultura, produção animal, caça e silvicultura) representam em cada uma freguesia mais de um quarto das empresas ali sediadas. É, no entanto, nas freguesias de Palmela e Pinhal Novo que se concentra o número mais significativo deste tipo de empresas. Em Quinta do Anjo regista-se o valor mais baixo.

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02-04-2003 268 dp

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02-04-2003 269 dp

Tabela 6

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Nº de sociedades segundo a CAE, por freguesia

18 20 19 8 17 8222,0% 24,4% 23,2% 9,8% 20,7% 100,0%

1 1100,0% 100,0%

1 1100,0% 100,0%

5 7 8 14 1 3514,3% 20,0% 22,9% 40,0% 2,9% 100,0%

3 1 2 650,0% 16,7% 33,3% 100,0%

2 2100,0% 100,0%

2 4 3 2 1118,2% 36,4% 27,3% 18,2% 100,0%

4 1 2 757,1% 14,3% 28,6% 100,0%

2 2 450,0% 50,0% 100,0%

2 2 450,0% 50,0% 100,0%

2 5 1 825,0% 62,5% 12,5% 100,0%

17 9 7 2 3548,6% 25,7% 20,0% 5,7% 100,0%

2 7 2 1118,2% 63,6% 18,2% 100,0%

2 2 450,0% 50,0% 100,0%

1 5 1 6 1 147,1% 35,7% 7,1% 42,9% 7,1% 100,0%

4 2 5 1136,4% 18,2% 45,5% 100,0%

1 1 250,0% 50,0% 100,0%

1 11 68 71 23 4 178,6% 6,2% 38,2% 39,9% 12,9% 2,2% 100,0%

3 25 121 124 67 16 356,8% 7,0% 34,0% 34,8% 18,8% 4,5% 100,0%

2 31 34 9 3 792,5% 39,2% 43,0% 11,4% 3,8% 100,0%

2 21 10 9 1 434,7% 48,8% 23,3% 20,9% 2,3% 100,0%

1 1 250,0% 50,0% 100,0%

4 60 46 26 3 1392,9% 43,2% 33,1% 18,7% 2,2% 100,0%

3 7 1030,0% 70,0% 100,0%

1 1 16 2 4 1 254,0% 4,0% 64,0% 8,0% 16,0% 4,0% 100,0%

12 13 2 2744,4% 48,1% 7,4% 100,0%

6 70 408 368 194 51 1097,5% 6,4% 37,2% 33,5% 17,7% 4,6% 100,0%

N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%N%

SubsecçãoCAE

AA

BB

CB

DA

DB

DC

DD

DE

DG

DH

DI

DJ

DK

DL

DM

DN

EE

FF

GG

HH

II

JJ

KK

MM

NN

OO

Total

Freguesia nãodeterminada Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Freguesia

Total

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02-04-2003 271 dp

FONTE: INE, (Base Belém) Dez/99

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02-04-2003 272 dp

Gráfico 8

Nº de sociedades por subsecção da CAE e freguesia

0

50

100

150

200

250

300

350

400

AA BB CB DA DB DC DD DE DG DH DI DJ DK DL DM DN EE FF GG HH II JJ KK MM NN O

0 Marateca Palmela Pinhal Novo Poceirão Quinta do Anjo

FONTE: INE, Portugal (Base Belém ), Dez/99

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02-04-2003 273 dp

Tabela 7

Nº DE SOCIEDADES POR SECTOR DE ACTIVIDADE E FREGUESIA

Sector de Actividade

Freguesia

Primário Secundário Terciário Total

Freguesia não determinada - (0) 0 2 4 6 Marateca 19 16 35 70 Palmela 20 123 265 408 Pinhal Novo 20 112 236 368 Quinta do Anjo 8 69 117 194 Poceirão 17 10 24 51

Total 84 332 681 1097

FONTE: INE, Portugal (Base Belém) Dez/99

Gráfico 9

FONTE: INE, (BASE BELÉM) DEZ/99

Nº de sociedades segundo o sector de actividade e por freguesia

050

100150200250

300350

400450

0 Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta doAnjo

Poceirão

Primário Secundário Terciário

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02-04-2003 274 dp

Gráficos 10 a 14

FONTE: INE, (BASE BELÉM) DEZ/99

A distribuição do número de empresas por sector de actividade (tabela 7 e gráficos 9 a 14) em

cada uma das freguesias do concelho, permite observar uma clara preponderância do Sector Terciário em todos os casos. Apesar disto, existem panoramas diferentes em cada freguesia. No caso de Quinta do Anjo, Palmela e Pinhal Novo, a maior parte das empresas classificada como Sector Terciário, representa 60% ou mais do total das empresas existentes em cada uma das referidas freguesias. Nestas três situações o Sector Primário não tem mais que 5% de representação, enquanto que o Sector Secundário concentra perto de um terço das empresas sediadas nestas freguesias.

Por outro lado, nas freguesias de Poceirão e Marateca, o Sector Terciário, representa perto de metade das empresas ali sediadas, tendo porém um peso percentual inferior aos registados nas freguesias anteriormente referidas. A maior representação do Sector Primário é também outra característica da distribuição do número de empresas nestas duas freguesias, e atinge valores mais elevados que o Sector Secundário, que nos dois casos anteriores é o sector minoritário.

Quinta do Anjo4%

36%

60%

Primário Secundário Terciário

Pinhal Novo5%

30%

65%

Primário Secundário Terciário

Marateca27%

23%

50%

Primário Secundário Terciário

Palmela5%

30%

65%

Primário Secundário Terciário

Poceirão

33%

20%

47%

Primário Secundário Terciário

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02-04-2003 275 dp

2. Sociedades e Empresários em Nome Individual (ENI) sediados no concelho, por ramo de actividade económica

Os dados respeitantes ao nº de sociedades e ENI (tabela 8) apontam a existência de 1073 sociedades sediadas no concelho. A diferença relativamente aos dados analisados anteriormente, que referem 1097 sociedades, deve-se ao facto de a informação agora apresentada ter sido fornecida pelo INE num momento posterior e, portanto, incorporar correcções entretanto introduzidas.

A inclusão dos Empresários em Nome Individual vem acrescentar ao panorama da actividade

económica uma dimensão de grande importância para a sua compreensão. O elevado número de ENI (4785) é demonstrativo da importância destes agentes na economia do concelho.

A distribuição do número de sociedades e ENI sediados no concelho por CAE (gráfico 15)

evidencia uma grande concentração em três subsecções, as quais que juntas representam mais de dois terços do total: AA (Agricultura, produção animal, caça e silvicultura); FF (Construção); GG (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico). Tabela 8

Nº DE SOCIEDADES E EMPRESÁRIOS EM NOME INDIVIDUAL POR SUBSECÇÃO DA CAE

Actividade Económica Emp.N.Ind. Nº de sociedades Total

AA Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 845 81 926 BB Pesca 6 1 7 CB Indústrias extractivas com excepção da extracção de produtos energéticos 0 1 1 DA Ind alimentação e bebidas 44 40 84 DB Ind Textil 37 7 44 DC Indústria do couro e produtos do couro 1 2 3 DD Indústria da madeira, da cortiça e suas obras 30 10 40 DE Ind. pasta de papel, cartão e seus artigos; edição e impressão 14 7 21 DG Fabricação prod químicos e de fibras sintéticas ou artificiais 0 6 6 DH Fabricação artig. Borracha e de matérias plásticas 0 5 5 DI Fabricação outros produtos minerais não metálicos 9 8 17 DJ Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos 95 35 130 DK Fabricação de máquinas e de equipamentos, N.E. 13 12 25 DL Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica 9 4 13 DM Fabricação de material de transporte 0 14 14 DN Indústrias transformadoras, N.E. 18 9 27 EE Produção e distribuição de electricidade, de gás e de água 0 2 2 FF Construção 1096 163 1259

GG Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico 1590 341 1931

HH Alojamento e restauração 388 78 466 II Transportes e armazenagem 36 38 74 JJ Actividades financeiras 99 2 101 KK Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 305 145 450 MM Educação 13 10 23

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02-04-2003 276 dp

NN Saúde e acção social 6 27 33 OO Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 131 25 156

Total 4785 1073 5858

FONTE: INE (Base Belém), Dez/99 Gráfico 15

Sociedades e ENI agregados, por sub-secção da CAE

Outros

1,13%

EE

0,03%

CB

0,02%

BB

0,12%

MM

0,39%

NN

0,56%

HH

7,95%

KK

7,68%

AA

15,81%

D

7,32%

FF

21,49%

GG

32,96%

OO

2,66%

JJ

1,72%

II

1,26%

FONTE: INE (Base Belém), Dez/99

Distinguindo entre sociedades e ENI (gráfico16), pode-se observar, para além de uma preponderância dos últimos na maior parte das categorias, que as subsecções da CAE em que se acumula o maior número de sociedades (mais de 50) são as mesmas que concentram o maior nº de ENI: AA, FF, GG, HH, KK e a secção D.

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02-04-2003 277 dp

Gráfico 16 Repartição das sociedades e ENI individualmente, por sub-secção da CAE

0100200300400500600700800900

10001100120013001400150016001700

AA BB CB D EE FF GG HH II JJ KK MM NN OO

Emp.N.Ind.Nº de sociedades

FONTE: INE (Base Belém) Dez/99

Comparando a distribuição apresentada no gráfico 7 (Sociedades e ENI agregados) com a distribuição das sociedades por sub-secção da CAE (gráfico 8), as maiores diferenças resultam da inclusão de 4785 ENI. Essas diferenças caracterizam-se fundamentalmente por uma maior distância entre as três subsecções mais representadas e as restantes, e pelo grande peso percentual da sub-secção AA, na repartição do gráfico 7. Para além disto, é possível observar também que a subsecção FF é mais evidenciada nesta distribuição, ao mesmo tempo que a secção D tem menos representação.

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3. Repartição dos estabelecimentos existentes no concelho, por ramo de actividade

económica O recurso às estatísticas do Ministério do Trabalho justifica-se, no contexto do presente trabalho, em primeira análise, pela necessidade de detectar desvios relevantes em relação às principais conclusões extraídas da Base Belém e, segundo plano, para perceber se o universo dos estabelecimentos (entenda-se aqui tanto as empresas sediadas no concelho como fora dele, independentemente da sua forma jurídica) apontava para uma realidade muito distinta da anterior. Digamos que a utilização simultânea das duas fontes, sem pretender estabelecer comparações (as quais seriam de todo impossíveis, uma vez que estão em causa diferentes categorias de informação), tem apenas o intuito de mútuo controle, servindo assim (como se verá adiante) para confirmar as principais tendências detectadas.

Tabela 9

Nº DE ESTABELECIMENTOS POR SUBSECÇÃO DA CAE Subsecção

CAE Designação Nº de Empresas

AA Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 101 DA Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 42 DB Indústria Textil 6 DD Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras 11 DE Ind. pasta de papel, cartão e seus artigos; edição e impressão 9 DG Fabricação produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais 3 DH Fabricação artigos de borracha e de matérias plásticas 8 DI Fabricação outros produtos minerais não metálicos 13 DJ Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos 40 DK Fabricação de máquinas e de equipamentos, N.E. 8 DL Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica 5 DM Fabricação de material de transporte 17 DN Indústrias transformadoras, N.E. 8 EE Produção e distribuição de electricidade, de gás e de água 3 FF Construção 152

GG Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico 340

HH Alojamento e restauração 89 II Transportes, armazenagem e comunicações 33 JJ Actividades financeiras 23 KK Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 87 LL Administração Pública, Defesa e Segurança Social obrigatória 2 MM Educação 11 NN Saúde e acção social 37 OO Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 28

Total 1076

FONTE: Ministério do Trabalho – 1999

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Gráfico 17

Nº de estabelecimentos por subsecção do CAE

050

100150200250300350400

A DA DB DD DE DG DH DI DJ DK DL DM DN EE FF GG HH II JJ KK LL MM NN OO

FONTE: Ministério do Trabalho -1999

Gráfico 18

Percentagem de estabelecimentos por subsecção do CAE

NN

3,44%

OO

2,60%

EE

0,28%

D

15,80%

GG

31,60%

LL

0,19%

MM

1,02% KK

8,09%JJ

2,14%

HH

8,27%II

3,07%

FF

14,13%

AA

9,39%

FONTE: Ministério do Trabalho –1999

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Os dados do Ministério do Trabalho relativos à repartição do número de estabelecimentos por subsecção do CAE assemelham-se, de um modo geral, ao que já foi dito anteriormente sobre a distribuição baseada nos dados do INE, relativos às sociedades sediadas no concelho. Desta forma, é a subsecção GG (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal) que agrega maior número de empresas. A secção D (Indústrias Transformadoras) apresenta também um grande peso percentual, para o qual contribuem maioritariamente as subsecções DA (Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco) que engloba 42 empresas, e DJ (Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos) que conta com 40 empresas.

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III) Síntese

Passando em revista os principais aspectos da dinâmica económica do concelho, destaque para:

• Em dez anos (1990 – 1999) a capacidade de atracção de novos investimentos privados do concelho duplicou. O crescimento do número de sociedades que se instalou em Palmela, neste período, foi de 63% face aos sessenta e nove anos precedentes (1920 – 1989).

• O número de sociedades registado em 1999 situava-se em 1059, 32,45% das quais se insere na subsecção ‘comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico’, 16,23% na subsecção ‘construção’; e 12,67% na subsecção ‘actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas’. A representação de todas a subsecções da indústria transformadora (secção D), não ultrapassa os 14%.

• As empresas constituídas por Empresários em Nome Individual e sediadas no concelho de Palmela, eram aproximadamente 4800, em 1999. Da distribuição destas empresas por subsecção da CAE, salienta-se o ‘comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e bens de uso pessoal e doméstico’, a ‘construção’ e a ‘agricultura, produção animal, caça e silvicultura’. Daqui emerge, portanto, uma diferença fundamental em relação à distribuição das sociedades por subsecção e que consiste na concentração da actividade exercida pelos ENI no sector agrícola e afins. Como se disse anteriormente, estes dados não estão desagregados ao nível da freguesia.

• O Sector Terciário é preponderante em todas as freguesias, em termos do número de sociedades, apesar de nas freguesias rurais (Poceirão e Marateca) deter uma posição muito próxima das restantes sectores e de nas freguesias mais urbanas (Pinhal Novo, Palmela e Quinta do Anjo) ser claramente maioritário.

• A forma jurídica dominante é a ‘sociedade por quotas’, na qual se situam cerca de 88% das sociedades sediadas no concelho. É também esta categoria de empresas que apresenta maiores volumes de negócios (76

• % do volume de negócios das sociedades sediadas é atribuível a estas empresas), seguida a grande distância pelas ‘sociedades anónimas’ (com 12%). A Autoeuropa é decisiva para explicar esta diferença tão acentuada, já que é uma sociedade por quotas.

• As empresas surgidas entre 1990 e 1994 concentram cerca de 72% do volume de negócios das sociedades sediadas no concelho, facto para o qual a Autoeuropa dá um contributo de peso.

• O ramo de actividade que gera maior volume de negócios (61% do total) é o da ‘fabricação de material de transporte’, intimamente ligado à indústria automóvel e que tem na Autoeuropa a seu polo aglutinador, induzindo inovação e desenvolvimento. Fala-se mesmo, entre os profissionais do sector, do aparecimento de uma ‘fileira’ automóvel na Península de Setúbal “(...) hoje balizada fundamentalmente por dois eixos. O eixo Almada / Seixal / Barreiro / Moita / Montijo / e o eixo mais dinâmico Palmela / Setúbal , onde se localizam

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as principais empresas de fabrico de automóveis e fornecedores de componentes.” 69

Perfil Da Actividade Económica Nas Zonas Industriais Do Concelho De Palmela

69 Mário Jorge Sampaio, ‘Fileira’ Automóvel em Palmela – casos práticos, in Fórum Concelho de Palmela – Actas dos Encontros de 2000, Câmara municipal de Palmela, Colecção Estudos e Projectos Municipais, 2002, pp. 115 – 117.

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Índice

1- Introdução

2- Caracterização das Zonas Industriais do Concelho

3- Apontamentos Finais

4- Anexos

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IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

O presente documento de trabalho visa essencialmente traçar um quadro conciso e genérico da realidade empresarial existente nas várias zonas industriais do concelho de Palmela. Pretende-se que este documento venha a constituir um instrumento útil e possa servir de suporte a processos de decisão.

Os dados tratados e apresentados, tiveram origem num estudo solicitado pela Câmara Municipal de Palmela à Euroexpansão, que teve como objectivo o recenseamento das empresas localizadas nas zonas industriais existentes no concelho, tendo sido realizado em Janeiro de 2002. Os dados relativos à Z.I das Carrascas foram recolhidos mais tarde, mediante colaboração da APIC (Associação Industrial das Carrascas). O desfasamento entre os dois momentos estatísticos requereu algum cuidado na comparação de dados, facto que foi tido em consideração dado o bom conhecimento da ocupação das Carrascas quer de parte da APIC, quer da CMP. Acrescente-se ainda, que o estudo apresentado incidiu exclusivamente nas empresas localizadas nas zonas industriais, consequentemente, não fazendo parte do objecto de estudo deste trabalho as empresas localizadas fora dos limites das mesmas (aproximadamente 127 unidades foram excluídas).

Relativamente à estruturação do trabalho, inicialmente será feita uma referência ao número total de empresas recenseadas (as que foram inquiridas e as que não foram). Ao longo do mesmo, toda a análise se centrará apenas nas respostas das empresas inquiridas, que se encontravam activas, à data da realização do recenseamento.

Ao longo de vários pontos distintos serão tratadas as variáveis consideradas pertinentes e

reflectoras da realidade para uma melhor caracterização das zonas industriais, tais como: ramo actividade das empresas, início de actividade ou data de abertura do estabelecimento, classificação jurídica das empresas, número de trabalhadores, capital social, facturação de 2000 e área total (coberta e descoberta) ocupada por cada empresa na respectiva zona industrial. Inclui-se também uma breve análise (aproximada) da ocupação total de cada zona industrial.

Para terminar (e em anexo) constará uma carta das zonas industriais do concelhio onde estarão

referenciadas as empresas instaladas em cada uma das ZI’s.

1) instaladas nas várias zonas industriais do concelho de Palmela. Incluem-se neste número as empresas inquiridas (231), que em termos percentuais significam aproximadamente 67,5% e as não inquiridas70 (111 empresas) que representam 32,5% da totalidade (este valor inclui as empresas que não responderam ao inquérito e as inactivas).

70 Dentro da classe de empresas não inquiridas, foram incluídas as inactivas e os edifícios que se encontravam encerrados, para venda ou aluguer.

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Gráfico 1

342

100 11132,5

231

67,5

0

100

200

300

400

TOTAL DE EMPRESAS RECENSEADAS (Nº e %)

Nº 342 111 231

% 100 32,5 67,5

Total Empresas

Empr. Não Inquiridas

Empresas Inquiridas

2 - n.º total de empresas por zona industrial A tabela 1 pretende, por um lado, dar-nos conta do número total de empresas existentes em cada zona industrial. Por outro lado, permite-nos verificar o número e a percentagem de empresas que foi ou não inquirida respectivamente em cada zona. Em face do exposto verificamos que as zonas industriais com o maior número de empresas instaladas e em actividade são, por esta ordem - Vila Amélia (Norte) com 47 unidades; Marqueza com 40 e Vale Alecrim com 34. Um aspecto a salientar, é que em todas as zonas industriais o número de empresas inquiridas é sempre superior a 50% do total existente, à excepção da zona industrial de Pinhal Novo onde apenas 10,5% (2 empresas) são inquiridas ficando 89,5% (17 empresas) por inquirir. Devem ser destacadas também, as zonas de Vale Alecrim e Vale Cantadores, uma vez que, quantitativamente, são as zonas com o maior número de empresas inactivas e por isso não inquiridas.

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tabela 1 - total de empresas por zona industrial (n.º E %)

ZONA INDUSTRIAL

N.º Total Empresas

N.º TOTAL EMPRESAS INQUIRIDAS

%

N.º TOTAL EMPRESAS

NÃO INQUIRIDAS

%

VALE ALECRIM 67 34 50,7 33 49,3 MARQUEZA 47 40 85,1 7 14,9 VILA AMÉLIA (SUL) 25 22 88,0 3 12,0 VALE CANTADORES 46 24 52,2 22 47,8 CARRASCAS 25 18 72,0 7 28,0 PINHAL NOVO 19 2 10,5 17 89,5 POCEIRÃO 1 1 100,0 0 0 AGUALVA 4 4 100,0 0 0 LAGOINHA 8 5 62,5 3 37,5 VILA AMÉLIA (NORTE) 59 47 79,7 12 20,3 BISCAIA 16 16 100,0 0 0 MARATECA 6 6 100,0 0 0 MATA LOBOS 16 12 75,0 4 25 ECOPARQUE 3 0 0 3 100

TOTAL 342 231 111

ACTIVIDADE

O gráfico 2 revela que a maior parte das empresas em actividade localizadas nas zonas industriais do concelho estão agrupadas em três ramos de actividade principais: industrial, comercial e serviços. Percentualmente, verificamos que existe uma ligeira predominância de empresas pertencentes ao ramo dos serviços (no qual estão agregadas 35,5% das empresas do universo), segue-se o ramo industrial com 32,5% das empresas e 32,0% constituem empresas do ramo comercial.

Gráfico 2

Nº E % DE EMPRESAS ACTIVASPOR RAMO DE ACTIVIDADE

75 74 82

231

32,5 32,0 35,5

100,0

0

50

100

150

200

250

Nº 75 74 82 231

% 32,5 32,0 35,5 100,0

Empresas ramo industrial

Empresas ramo comercial

Empresas ramo serviços

Total

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4 - empresas inquiridas A tabela 2 permite-nos caracterizar as empresas inquiridas no que respeita ao número e à percentagem por ramo de actividade e por zona industrial. Dela podemos retirar, que a maioria das empresas é predominantemente do ramo industrial nas ZI de Vale de Cantadores, Carrascas e de Biscaia. O ramo comercial está fortemente representado nas zonas industriais de Vale do Alecrim, Vila Amélia (Sul) e Vila Amélia (Norte) do ponto de vista quantitativo (n.º de empresas). O ramo dos serviços tem na Marqueza e em Vila Amélia (Norte) uma notória predominância, com o maior número de empresas do ramo aí instaladas. No que respeita aos valores totais (independentemente do ramo de actividade) destaca-se a zona

industrial de Vila Amélia (Norte) com 47 empresas, ou seja, 20,3% do tecido empresarial do concelho;

Marqueza com 40 - 17,3% e Vale do Alecrim com 34 (14,7%) empresas em actividade. TABELA 2 - EMPRESAS INQUIRIDAS / ZONA INDUSTRIA E RAMO DE ACTIVIDADE

Zona Industrial

Ramo Industrial

N.º - %

Ramo Comercial

N.º - %

Ramo Serviços N.º - %

Total

N.º - % Vale Alecrim 6 17,6 16 47,1 12 35,3 34 14,7 Marqueza 10 25,0 2 5,0 28 70,0 40 17,3 Vila Amélia (Sul) 7 31,8 10 45,5 5 22,7 22 9,5 Vale Cantadores 12 50,0 6 25,0 6 25,0 24 10,4 Carrascas 16 88,9 2 11,1 0 0 18 7,8 Pinhal Novo 1 50,0 0 0 1 50,0 2 0,9 Poceirão 1 100 0 0 0 0 1 0,4 Agualva 0 0 0 0 4 100,0 4 1,7 Lagoinha 2 40,0 2 40,0 1 20,0 5 2,2 Biscaia 9 56,3 3 18,8 4 25,0 16 6,9 Vila Amélia (Norte) 4 8,5 30 63,8 13 27,7 47 20,3 Marateca 2 33,3 1 16,7 3 50,0 6 2,6 Mata Lobos 5 41,7 2 16,7 5 41,7 12 5,2

Total 75 32,5 74 32,0 82 35,5 231 100,0

5 - início de actividade no concelho

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O ano referente ao início de actividade vai permitir verificar quando se intensifica a instalação de empresas e a abertura dos estabelecimentos nas várias zonas industriais. Por conseguinte, verifica-se ser comum aos três ramos (indústria, comércio e serviços), o crescimento gradual do número de empresas instaladas nas zonas industriais desde finais da década de 70 até à década de 90 inclusive. Salienta-se ainda, o aumento brutal verificado entre 1977-1984 e 1999-2002, passando das 22 empresas para as 194 ( o que corresponde a uma variação de 88,7%).

GRÁFICO 3

20 0

2 3 104

1174

22

5663

75

194

3 3 3

9

75 74

82

231

0

50

100

150

200

250

INÍCIO DE ACTIVIDADE NO CONCELHO / POR RAMO DE ACTIVIDADE

Empresas ramo industrial 2 3 11 56 3 75

Empresas ramo comercial 0 1 7 63 3 74

Empresas ramo serviços 0 0 4 75 3 82

Total 2 4 22 194 9 231

1950-1962

1963-1976

1977-1989

1990-2002

NR/NS Total

A tabela 3 regista o início de actividade/abertura de estabelecimento por zona industrial. O que está demonstrado, genericamente, é a existência de uma evolução tendencialmente positiva no n.º de empresas durante o período analisado. Entre 1950 e 1962, a frequência de empresas em zonas (actualmente) classificadas como industriais era muito pouco significativa, existindo apenas 2 empresas distribuídas por Vale de Cantadores e Marateca. Podemos assinalar (a título de curiosidade) que as 2 empresas que primeiro se instalaram nas ZIs, foram a Adega Cooperativa de Palmela (na zona, actualmente, denominada Vale Cantadores) e a FIT - Fomento da Indústria do Tomate (em Marateca). Entre 1963 e 1976 existiu um ligeiro aumento no número de empresas existentes (de 2 passou a 4) e aparecem referidas empresas situadas noutras zonas industriais: Carrascas e Biscaia.

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02-04-2003 289 dp

De 1977 a 1989 o aumento adquire contornos mais claros, e o número de empresas activas contabilizadas sobe de 4 para 22 unidades, aparecendo-nos nesta data empresas localizadas também em Vale Alecrim, Vila Amélia (Norte) e Vila Amélia (Sul). O ano 1990, constitui sem dúvida, um marco na dinâmica empresarial do concelho. É a partir desta data que a implantação de empresas no concelho toma proporções mais significativas e a subida se intensifica passando de 22 para 194, como já foi expresso.

2 31 1 34 39 1 40

5 16 1 22 1 2 3 18 24

1 1 2 12 5 5

6 37 4 47 4 4

1 5 6 1 1 14 16

12 12 1 5 10 2

18 2 4 22 194 9 231

ZI Vale Alecrim ZI Marqueza ZI Vila Amelia (Sul)

ZI Vale Cantadores ZI Poceirao ZI Pinhal Novo

ZI Lagoinha ZI Vila Amelia (Norte) ZI Agualva ZI Marateca ZI Biscaia ZI Mata Lobos

ZI Carrascas

Zona Industrial

Total

1950 a 1962 1963 a 1976 1977 a 1989 1990 a 2002 Ns/Nr Ano em que iniciou actividade no Concelho

Total

TABELA 3 – ANO INICIO DA ACTIVIDADE/ ZONA INDUSTRIAL

6 - TIPO DE EMPRESA (CLASSIFICAÇÃO JURÍDICA) Relativamente à classificação jurídica das empresas a tabela 4 sintetiza os vários tipos de empresas existentes no concelho por ramo de actividade. A tipologia predominante nos três ramos de actividade principais é o de Sociedade por Quotas (142 empresas), seguindo-se a Sociedade Anónima (64) e depois a Empresa em Nome Individual (cerca de 11).

Ainda que apareçam outras classificações, como as cooperativas, empresas unipessoais, SGPS e outras, os números são menos representativos.

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02-04-2003 290 dp

TABELA 4 – FORMA JURÍDICA/RAMO DE ACTIVIDADE

Tipo

Ramo Industrial

Ramo Comercial

Ramo Serviços

TOTAL Empresa Nome Individual 3 3 5 11 Sociedade Anónima 21 22 21 64 Sociedade por Quotas 47 45 50 142 Cooperativa 1 2 - 3 Unipessoal 1 - - 1 ACE (Agrupam. Complementar de empresas)

0 - 1 1

Assoc. Europeia Interesse Económico 1 - - 1 SGPS (Sociedade Gestora Participações Sociais)

- - 1 1

IPSS - - 1 1 Serviços Religiosos - - 1 1 Nr/Ns 1 2 2 5

Total 75 74 82 231

Em relação à classificação jurídica mas por zona industrial, comprova-se o que foi dito anteriormente (tabela n.º 5), o que quer dizer, que em todas as zonas industriais predominam as Sociedades por Quotas e as Sociedades Anónimas com um número considerável de empresas em cada uma delas. As Empresas em Nome Individual, aparecem em terceiro lugar com um número menos significativo.

TABELA 5 - TIPO DE EMPRESA / ZONA INDUSTRIAL

FORMA JURÍDICA/SOCIEDADE

Zona Industrial Emp.

Nome Indivi-dual

Soc.

Anóni-ma

Soc.

Quotas

Coope- rativa

ServiçoReligio- so

ACE (Agrup.

Complem. Empresas)

Assoc. Europeia Interesse

Económico

IPSS

Emp.

Unipes- soal

SGPS

NsNr

Total

Biscaia - 4 9 1 - - - - - - 2 16 Lagoinha - 1 4 - - - - - - - - 5 Marateca 1 2 3 - - - - - - - - 6 Marqueza - 13 24 - - 1 1 - - - 1 40 Mata Lobos - 6 6 - - - - - - - - 12 Poceirão - 1 - - - - - - - - - 1 Vale Alecrim 1 6 26 - 1 - - - - - - 34 Vale Cantadores 2 4 16 1 - - - 1 - - - 24 Vila Amélia (Norte) 5 11 27 1 - - - - 1 - 2 47 Vila Amélia (Sul) 1 9 11 - - - - - - 1 - 22 Agualva - 1 3 - - - - - - - - 4 Carrascas - 6 12 - - - - - - - - 18 Pinhal Novo 1 - 1 - - - - - - - - 2 Total 11 64 142 3 1 1 1 1 1 1 5 231

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02-04-2003 291 dp

7 – CAPITAL SOCIAL Relativamente ao capital social, constata-se que esta questão registou um número considerável de não respostas (25). Verificamos também, que existe um número razoável de empresas que não têm capital social (cerca de 11) que se pode justificar pelo facto de não ser exigível em todos os casos um capital social mínimo para a constituição de empresas, como sucede com as cooperativas e os empresários em nome individual, por exemplo. As restantes empresas estão distribuídas pelos vários escalões de forma relativamente uniforme, exceptuando, o escalão cujo intervalo se situa entre os 49 880 e os 124 699 Euros (entre os 10 mil e os 25 mil contos) onde se concentra um número significativo de empresas, cerca de 29. Ao analisarmos o capital social por ramo de actividade (tabela 6), verificamos que o ramo industrial é aquele cujo valor do capital social é mais elevado: existem 13 empresas com capital superior aos 4 987 979 Euros (cerca de 1 milhão de contos). O ramo comercial está distribuído em 3 escalões diferenciados com 8 empresas cada (6º, 7º e 9º escalões, com valores que vão desde os 49 880 Euros aos 1 246 994 Euros). O ramo dos serviços concentra o maior número de empresas (13) no 6º escalão (entre os 49 880 e os 124 699 Euros).

TABELA 6 - CAPITAL SOCIAL POR RAMO DE ACTIVIDADE

ESCALÃO/VALOR (Euros)

Ramo Industrial

Ramo Comercial

Ramo Serviços

TOTAL 1º - Não têm 3 2 6 11 2º -1 – 4 987 3 4 - 7 3º - 4 988 – 12 469 6 6 8 20 4º - 12 470 – 24 939 1 4 4 9 5º - 24 940 – 49 879 3 7 6 16 6º - 49 880 – 124 699 8 8 13 29 7º - 124 700 - 249 398 6 8 10 24 8º - 249 399 – 498 797 9 4 9 22 9º - 498 798 – 1 246 994 11 8 6 25 10º - 1 246 995 – 2 493 989 4 2 3 9 11º - 2 493 990 – 4 987 978 4 5 - 9 12º -Igual ou Superior a 4 987 979

13 6 6 25

Ns/Nr 4 10 11 25 Total 75 74 82 231

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 292 dp

2 2 5 4 4 7 2 1 2 1 1 3 34 1 1 1 1 1 5 5 4 3 3 1 4 10 40

2 1 4 1 4 3 1 1 2 3 22 3 2 3 3 1 6 2 2 2 24

1 1 1 1 2

1 1 2 1 5 4 1 4 1 5 3 6 3 4 2 3 4 7 47

1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 6

1 2 5 3 3 1 1 16 1 1 1 2 1 1 5 12 3 1 2 1 3 3 1 1 3 18

11 7 20 9 16 29 24 22 25 9 9 25 25 231

Vale Alecrim Marqueza Vila Amelia (Sul) Vale Cantadores Poceirao Pinhal Novo Lagoinha Vila Amelia (Norte) Agualva Marateca Biscaia Mata Lobos Carrascas

Zona Industrial

Total

Não necessita

1 a

4987

4988 a 12469

12470 a

24939

24940 a 49879

49880 a

124699 124700 a

249398 249399 a

498797

498798 a 1246994

1246995 a

2493989 2493990 a 4987978

Igual ou Superior

4987979

Ns/ Nr

Capital social (Euros)

Total

TABELA 7 – CAPITAL SOCIAL/ZONA INDUSTRIAL

8 - N.º TOTAL DE TRABALHADORES A relação entre as variáveis número de trabalhadores/ramo de actividade revela que, o ramo industrial agrega os valores mais elevados relativamente ao número de empresas com o maior número de trabalhadores. No comércio e serviços predomina o escalão de 1 a 10 trabalhadores. O escalão seguinte (dos 11 aos 49 trabalhadores) está uniformemente preenchido com valores consideráveis referentes aos três ramos de actividade principais. Globalmente, podemos dizer que o escalão predominante de 1 a 10 trabalhadores, corresponde a 104 empresas (45,0%), e que 116 empresas (50,2%) têm menos de 250 trabalhadores. Os escalões a partir dos 250 trabalhadores (representados com empresas do ramo industrial e comercial) detêm uma representatividade de 3,9%, o que significa, 9 empresas. Apenas 1 empresa não tem trabalhadores a cargo.

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02-04-2003 293 dp

GRÁFICO 4

0

20

40

60

80

100

120

Nº TRABALHADORES / POR RAMO DE ACTIVIDADE

Ramo Industrial 1 23 29 17 2 3 0

Ramo Comercial 0 42 29 3 0 0 0

Ramo Serviços 0 39 25 13 4 0 1

Total 1 104 83 33 6 3 1

0 trab. 1 a 10 trab. 11 a 49 trab. 50 a 249 trab.

250 a 500 trab.

= ou + 1001 trab. NS/NR

Em relação ao número de trabalhadores/zona industrial os dados disponíveis demonstram que apenas

3 empresas têm um número de trabalhadores superior a 1000, que são respectivamente, a Lear

Corporation, a Visteon Corporation LTD e a AutoEuropa – Automóveis, Lda, situadas nas zonas

industriais de Carrascas e Marqueza.

Esta diferenciação de escalões permite-nos, de forma genérica, afirmar que as várias zonas do

concelho constituem um universo onde predominam as Micro e as Pequenas empresas, existindo

também algumas grandes empresas (3 exactamente), que representam 1,3 % do total, e cujo peso

económico preponderante contribuiu para uma nova dinâmica na região. O Projecto Auto Europa é o

exemplo mais expressivo.

Verificamos que em quase todas as ZI’s existe superioridade numérica das empresas inseridas na

classe de 1 a 10 trabalhadores, número esse que diminui progressivamente nas classes seguintes,

com excepção para as zonas de Carrascas, Biscaia e Vila Amélia (Sul) onde o número é mais

elevado, entre 11 e 49 trabalhadores.

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02-04-2003 294 dp

TABELA 9 - ZONA INDUSTRIAL / N.º TOTAL DE TRABALHADORES

21 13

1

34 16 8 11 2 2 1 40 9 10 3 22 10 9 5 24

1 1 10 2 12 4 1 5 22 20 4 1 47 3 1 4 3 3 6 5 7 4 16 5 5 2 12 4 10 2 1 18

1 104 83 33 6 3 1 231

Vale Alecrim Marqueza Vila Amelia (Sul) Vale Cantadores Poceirao Pinhal Novo Lagoinha Vila Amelia (Norte)

Agualva Marateca

Biscaia Mata Lobos Carrascas

Zona Industrial

Total

Não tem 1 a 10 11 a 49 50 a 249 250 a 500 Maior ou igual a 1001 Ns/Nr

N.º total de trabalhadoresTotal

9 - VOLUME DE NEGÓCIOS (EUROS) – FACTURAÇÃO EM 2000 No que respeita à facturação de 2000, existe um elevado número de não respostas (104), o que significa que, cerca de 45,0% dos inquiridos alegaram não saber qual a facturação ou optaram por não responder à questão.

O escalão que comporta os valores de facturação superiores aos 249 400 Euros (aproximadamente 50 mil contos) agregam o maior número de respostas, em qualquer dos três ramos de actividade (indústria, comércio e serviços) totalizando 109 empresas, o que equivale a 47,2%. As restantes empresas encontram-se distribuídas pelos outros escalões com um número total de empresas menos significativo 8 (3,5%) no primeiro escalão, 10 (4,3%) no segundo. TABELA 10 - VOLUME DE NEGÓCIOS (EUROS) – FACTURAÇÃO EM 2000 / RAMO DE ACTIVIDADE

Escalão

Ramo Industrial

Ramo Comercial

Ramo Serviços

Total

1º - De 1 a 124 699 3 1 4 8 2º - De 124 700 a 249 399

5 3 2 10

3º - Maior ou igual 249 400

44 31 34 109

Ns/Nr 23 39 42 104 Total 75 74 82 231

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02-04-2003 295 dp

Todas as zonas industriais apresentam um padrão comum: o predomínio do escalão de

facturação igual ou superior a 249400€.

TABELA 11 VOLUME DE FACTURAÇÃO / ZONA INDUSTRIAL

2 2 15 15 34 1 1 18 20 40

1 12 9 22 2 2 8 12 24

1 1 1 1 2

2 3 5 1 2 17 27 47 2 2 4

3 3 6 1 8 7 16

10 2 12 15 3 18

8 10 109 104 231

Vale Alecrim Marqueza Vila Amelia (Sul) Vale Cantadores Poceirao Pinhal Novo Lagoinha Vila Amelia (Norte) Agualva Marateca Biscaia Mata Lobos Carrascas

Zona Industrial

Total

1 a 124699 124700 a

249399

Igual ousuperior 249400

Ns/Nr

Volume total de facturação em 2000 (Euros)

Total

10 - ÁREA TOTAL DAS INSTALAÇÕES (M2)

Apesar dos dados relativos às áreas de ocupação se tivessem revelado pouco fiáveis, optamos constituir algumas classes e incluir as informações nas classes de medida estabelecidas, já que o objectivo se prendia essencialmente com uma análise generalista da área aproximada das empresas de acordo com o seu ramo de actividade. Assim, a indústria destaca-se com 40 empresas com áreas superiores aos 5001m2, sendo duas delas superiores aos 500 000 m2 (a FIT- Indústria do Tomate com uma área de 900 000m2 e a AutoEuropa - Comércio de Automóveis, com uma área total de 2 milhões m2); inversamente, nos ramos comercial e serviços, predominam empresas com áreas inferiores aos 5001 m2, respectivamente 43 e 56 empresas. Apenas 17 empresas do ramo comercial e 16 empresas dosserviços têm áreas superiores aos 5000m2.

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02-04-2003 296 dp

TABELA 12 - ÁREA TOTAL DAS INSTALAÇÕES (M2) / RAMO DE ACTIVIDADE

Área (m2)

Ramo Industrial

Ramo Comercial

Ramo Serviços

TOTAL 0 – 50 - 4 12 16 51 – 100 1 - 4 5 101 – 250 2 1 5 8 251 – 500 3 9 9 21 501 – 1 000 5 11 6 22 1001 – 2 500 5 8 12 25 2501 – 5 000 10 10 8 28 5001 – 10 000 15 9 8 32 10 001 – 25 000 7 3 2 12 25 001 – 50 000 8 2 2 12 50 001 – 100 000 5 2 2 9 100 001 – 250 000 1 1 1 3 250 001 – 500 000 2 - 1 3 + = 500 001 2 - - 2 NS/NR 9 14 10 33 Total 75 74 82 231

Em relação às zonas industriais podemos salientar que: - a zona industrial da Marqueza concentra um maior número de empresas com área até 50m2 (onde predomina o ramo dos serviços). Uma das empresas com a área mais extensa (superior a 500 001 m2) está também instalada nessa zona industrial, a outra, por sua vez, encontra-se na ZI de Marateca;

- Vale do Alecrim concentra a maioria das empresas entre os 501 e os 2500 m2: 19 unidades (predominantemente dos ramos comercial e serviços). - Nas zonas industriais de Vila Amélia (Sul), Vila Amélia (Norte), Biscaia e Mata Lobos destacam-se as empresas com áreas situadas entre os 2501 e 10 000m2.

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02-04-2003 297 dp

TABELA 13 - ZONA INDUSTRIAL / ÁREA TOTAL (M2)

1 7 9 9 3 2 3 34 10 2 2 1 2 1 4 3 3 2 2 1 7 40 1 1 1 2 2 6 6

1

2 1 22 3 4 1 3 2 5 2 4 24

1 1 1 1 2

3 2 5 3 2 2 9 9 8 2 1 1 9 47

1 1 1 1 4 1 1 1 1 2 6

2 1 3 1 3 1 2 2 1 16

4 1 1 2 2 2 12

1 2 6 2 6 1 18 16 5 8 21 22 25 28 32

12 12 9 3 1 2 35 231

Vale Alecrim

Marqueza Vila Amelia (Sul) Vale Cantadores Poceirão Pinhal Novo Lagoinha Vila Amelia (Norte) Agualva Marateca Biscaia Mata Lobos Carrascas

Zona

Industrial

Total

0 a 50

51 a 100

101

a 250

251

a 500

501a

1000

1001 a 2500

2501

a 5000

5001 a 10000

10001

a 25000

25001 a

50000

50001 a

100000

100001

a 250000

250001

a 500000

Maior ou igual a 500001 Ns/Nr

Área total (m2) Total

Na análise do nível de preenchimento das zonas industriais, devem ser tidos em consideração alguns aspectos importantes:

⇒ Os dados obtidos nos inquéritos, relativamente à questão sobre a área ocupada, não foram

apresentados nesta análise, em virtude de uma larga percentagem de não-respostas, e pelo facto de

estar mal formulada, suscitando respostas dúbias.

⇒ Assim sendo, pareceu-nos mais fiável a utilização de ortofotomapas, onde se sobrepuseram as

empresas em estudo, incluindo as D (desocupadas), com edifício instalado e a partir desse traçado

chegar a um valor estimado.

Para terminar, podemos retirar da tabela abaixo que:

- As zonas industriais mais extensas são: a Marqueza (2 288 435m2), a Marateca (1 692 182 m2) e

Vila Amélia (Norte) com 1 434 163. As menos extensas são: Lagoinha (29 746 m2), Mata Lobos (286

108m2) e Agualva com 311 011m2.

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02-04-2003 298 dp

- Verificamos que a maioria das ZI possui menos de 50% da sua área total ocupada, à excepção das

zonas de Vila Amélia (Sul), Vila Amélia (Norte), Carrascas e Pinhal Novo (apesar da maioria das

empresas desta zona serem D).

TABELA N.º. 13

%) / (M2) (%) / (M2)

Zona Industrial

N.º

Total Empresas existentes

N.º Empresas que

responderam à questão

Área

total da

ZI

Estimativa da

Área Total Ocupada * (m2) / (%)

Área

Livre (%)

Vale Alecrim 67 30 44,8 982 263 27,0 73,0Marqueza 47 33 70,2 2 770 34,0 66,0

Vila Amélia (Sul) 25 23 92,0 555 326 59,0 41,0Vale Cantadores 46 25 54,3 1 445 40,0 60,0

Poceirão 1 1 100,0 1 21 2,0 98,0Pinhal Novo 19 2 10,5 612 342 56,0 44,0Carrascas 25 12 48,0 1 511 50,0 50,0Lagoinha 8 6 75,0 29 3 11,0 89,0

Vila Amélia 59 38 64,4 1 1 77,0 23,0Agualva 4 4 100,0 311 49 16,0 84,0Marateca 6 4 66,7 1 180 11,0 89,0Biscaia 16 15 93,8 684 268 39,0 61,0

Mata Lobos 16 10 62,6 286 61 21,0 79,0

Ecoparque 3 0 0,0 729 35 5,0 95,0

Total

342

203

100,0 12

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02-04-2003 299 dp

AAPPOONNTTAAMMEENNTTOO FFIINNAALL Sucintamente, podemos reter do presente documento os seguintes aspectos: - Em 2002, foram recenseadas 342 empresas localizadas nas várias zonas industriais

existentes; - As empresas enquadram-se em três ramos de actividade principais: o industrial, o comercial e

os serviços;

- A última década revela um crescimento acelerado do número de empresas localizadas no concelho e a concentração espacial das mesmas em espaços apropriados: particularmente sob a égide do PDM (cuja vigência iniciou em 1997).

- Em termos jurídicos, predominam as sociedades por quotas, seguidos pelas sociedades

anónimas; - O capital social é mais elevado nas empresas do ramo industrial;

- Predominam as pequenas e as microempresas em termos do n.º de trabalhadores

empregados;

- No que respeita ao volume de negócios, a maioria das empresas que respondeu a esta questão tem um volume superior 249 400 mil Euros;

- No que respeita à área total ocupada nas zonas industriais, verifica-se que a larga maioria das

ZIs tem menos de 50% de área ocupada.

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02-04-2003 300 dp

ANEXO 1 – CÓDIGOS DO CAE

Código da CAE – Industria N.º Empresas

153 – Indústria de conservação de frutos e produtos hortícolas 1 155- Indústria de Lacticínios 1 159 – Indústria das bebidas 2 182 – Confecção de outros artigos e acessórios de vestuário 1 203 – Fabricação de obras de carpintaria para a construção 1 205 – Fabricação de outras obras de madeira e de obras de cestaria e espartaria; indústria da cortiça 3 212 – Fabricação de papel e cartão canelados e artigos de papel e cartão 1 222 – Impressão e actividades dos serviços relacionados com a impressão 2 241 – Fabricação de produtos químicos de base 2 243 – Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares; mastiques; tintas de impressão 1 245 - Fabricação de sabões e detergentes, produtos de limpeza e de polimento, perfumes e produtos de higiene.

1

246 – Fabricação de outros produtos químicos 1 251 – Fabricação de artigos de borracha 1 252 – Fabricação de artigos de matérias plásticas 6 267 – Serragem, corte e acabamento da pedra 1 273 – Outras actividades da primeira transformação do ferro e do aço (inclui fabricação de ferro-ligas não ceca

2

275 – Fundição de metais ferrosos e não ferrosos 2 281 – Fabricação de elementos de construção em metal 3 282 – Fabricação de reservatórios, recipientes, caldeiras e radiadores metálicos para aquecimento central

1

284 - Fabricação de produtos forjados, estampados e laminados; metalurgia dos pós 1 285 – Tratamento e revestimento de metais; actividades de mecânica em geral 5 287 – Fabricação de outros produtos metálicos 2 292 – Fabricação de máquinas de uso geral 1 293 – Fabricação de máquinas e de tractores, para a agricultura, pecuária e silvicultura 1 295 – Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso específico 1 300 – Fabricação de máquinas de escritório e de equipamento para o tratamento automático da informação

1

316 – Fabricação de outro equipamento eléctrico 2 321 – Fabricação de componentes electrónicos 1 323 – Fabricação de aparelhos receptores e material de rádio e de televisão, aparelhos de gravação ou de reprodução de som e imagens e de material associado

1

333 – Fabricação de equipamento de controlo de processos industriais 1 341 – Fabricação de veículos automóveis 3 342 – Fabricação de carroçarias, reboques e semi-reboques 1 343 – Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis e seus motores 7 361 – Fabricação de mobiliário e de colchões 2 366 – Indústrias transformadoras, N.E 2 371 – Reciclagem de sucata e de desperdícios metálicos 2 452 – Construção de edifícios (no todo ou em parte); engenharia civil 5 453 – Instalações especiais 1 454 – Actividades de acabamento 1 Ns/Nr 1

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Total 74

Código da CAE - Comércio N.º

Empresas 502 – Manutenção e reparação de veículos automóveis 1 511- Agentes de comércio por grosso 3 512 – Comércio por grosso de produtos agrícolas brutos e animais vivos 1 513 - Comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco 7 514 - Comércio por grosso de bens de consumo, excepto alimentares, bebidas e tabaco 5 515 - Comércio por grosso de bens intermédios (não agrícolas), de desperdícios e sucatas 7 516 - Comércio por grosso de máquinas e de equipamentos 5 517 – Comércio por grosso, N.E. 5 524 - Comércio a retalho de outros produtos novos em estabelecimentos especializados 4 526 - Comércio a retalho não efectuado em estabelecimentos 1 Nr/Ns 35 Total 39 Código da CAE – Serviços N.º

Empresas 553 - Restaurantes 1 555 – Cantinas e fornecimento de refeições ao domicílio (catering) 1 602 – Outros transportes terrestres 6 631 – Manuseamento e armazenagem 4 632 – Outras actividades auxiliares dos transportes 1 633 – Agências de viagens e de turismo 1 634 – Actividades dos agentes transitários, aduaneiros e similares de apoio ao transporte 5 651 – Intermediação monetária 1 660 – Seguros, fundos de pensões e de outras actividades complementares de segurança social 1 701 – Actividades imobiliárias por conta própria 2 703 - Actividades imobiliárias por conta de outrem 1 713 – Aluguer de máquinas e de equipamentos 1 722 – Consultoria e programação informática 1 725 – Manutenção e reparação de máquinas de escritório, de contabilidade e de material informático 1 741 – Actividades jurídicas de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal; estudos de mercado e sondagens de opinião; consultoria empresarial e de gestão; gestão de sociedades de participações sociais (Holdings)

2

742 – Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins 6 743 – Actividades de ensaios e análises técnicas 1 745 – Selecção e colocação de pessoal 1 747 – Actividades de limpeza industrial 2 748 – Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas 5 851 – Actividades de saúde humana 2 853 – Actividades de acção social 1 900 – Saneamento, higiene pública e actividades similares 1 922 – Actividades de rádio e televisão 3 Nr/Ns 31 Total 51

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ANEXO 2 - LISTAGEM DE EMPRESAS LOCALIZADAS FORA DOS LIMITES DAS ZI’S

Fora dos Limites da Zona Industrial NOME DA EMPRESA

CARLOS MONTEIRO & FILHOS, LDA ALUFERPAL FLOORHARD PAINEX Carrascas

C. A. MODESTO, LDA JOSE ANTONIO GOMES MARQUES ANTONIO SANTOS LUIS CASA DOS GRELHADOS JOAO DOS GRELHADOS Lagoinha

D – 4 Empresas Marateca D – 1 Empresa

FORD PALMELA -COMERCIO DE AUTOMOVEIS PEÇAS E ACESSORIOS LDA COMPANHIA NACIONAL DE CARNES LDA ALVARO GRILO E FILHA SA Marqueza

ELEVACAO EUROPEIA-PLATAFORMAS HIDRAULICAS LDA SHABWIN INTERNATIONAL LTD-REPRES EM PORTUGAL PRANSOR-RESTAURANTES DE PORTUGAL SA GALPGESTE-GESTAO AREAS SERVIÇO LDA ANTONIO GASPAR CANASTRA GALPGESTE-GESTAO AREAS SERVIÇO LDA PRANSOR-RESTAURANTES DE PORTUGAL SA FERREIRA & M0NTEIROCOM.MATERIAIS CONSTRUÇÃO LDA LICINIO BAPTISTA DE OLIVEIRA HENRIQUE DE JESUS CARDOSO JOSE MARQUES GOMES GALOAS JOSE FERNANDO DOS SANTOS DE MATOS CELESTINO FERNANDES LOUÇÃO LAR SANTIAGO MARTINS DE CARLOS ANTONIO DA SILVA FESTECETERA E TAL-ORG. DE EVENTOSLDA ASSOCIAÇÃO DE JARDINS INFÂNCIA AVOS NETO DUCILIA FERREIRA POLICARPO XAVIER EMP.MUNICIPAL DE GESTÃO DE EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS E.M QUINTA DAS ALFAÇANHAS ERGUER-ASSOC.DE REABILITAÇÃO DE TOXICODEPENDENTES JOAQUIM DOMINGOS FERNANDES Mata Lobos

D – 17 Empresa D – 4 Empresas AUTAL-FABRICA DE FIO PARA SOLDADURA SA MARIA JOAO GORDO DE JESUS ULTIMO SONHO CACETINO-COM.RETALHISTA-EXPLORAÇÃO DE CENTROS COMERCIAIS SAFANTASTICO ANTONIO PEDROSA AMADO EUROPARQUE-LISBOA LDA WORTEN MONTISECO LDA Pinhal Novo

MODALFA SA D – desocupada ou não inquirida

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Área Circundante à zona industrial

Nome da Empresa (cont.) PALMELA NAVE VISUAL 4X4 ACESSÓRIOS TODO O TERRENO LDA PERUSADO-AGROPECUARIA UNIPESSOAL LDA METALIMPO-SOC.DE SERVIÇOS E TRATAMENTOS ANTICURROSIVOS LDA Vale Cantadores

D – 5 Empresas D – 6 empresas CASA DA PIMENTA MANUEL ANICETO ANTONIO XAVIER LIMA KWD PORTUGAL LDA CORALVA LDA RAMALHO ROSA COBETAR SA TELHEIRO DA TIA LINA ARMANDO MARQUES PIMENTA POSTO GALP VILA AMELIA-MANUEL JOSE DIAS MARINHO VIATEL-TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES SA FERNANDO CAMPOS DUARTE MCLANE PORTUGAL LOGISTICA E TRANSPORTE SA

Vila Amélia (Norte) EMPRESA DE TRANSPORTES ALVARO FIGUEIREDO SA QTA DOS CEBOLINHOS VITALIANO J COSTA LDA ARTEIRO E FILHOS A QUINTINHA EUROCOFRAGENS ANTONIO DIAS CRISTINO JOSE FRANCISCO FRAGOSO DEPINA SNACK BAR CARANGO ARRABIPINTO CARVENDAS STAND CARBELA RESTAURANTE LACELOTE AUGUSTO CARLOS PEREIRA Mª JOAO PINHEIRO JOSE DE JESUS COELHO METALURGICA ROSA FILHO LDA SOCOREME MOVEIS J.ªINDUSTRIA DE MOBILIARIO LDA

Vila Amélia (sul) D – 8 Empresas Marateca LIDL & Cª

SCLE-EIP CONSORCIO FERROVIAS E CONSTRUÇÕES SA

Poceirão SOPORTEJO SOC.AGRO INDUSTRIAL SA

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ANEXOS

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Deslocações Pendulares

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• Enquadramento Pretende-se nesta breve abordagem e de forma genérica, enfocar os movimentos e deslocações pendulares

registados no concelho de Palmela no período entre 1991 e 2001. Perseguindo esse objectivo, serão analisados

alguns indicadores gerais de mobilidade, tais como, repartição modal das deslocações, motivos e duração das

mesmas.

Será primeiramente feito um apontamento à situação demográfica em 1991 e em 2001, uma vez que as

dinâmicas demográficas constituem um factor influente no número de deslocações de cada território.

Seguidamente, será realizada uma análise às deslocações e movimentos pendulares verificados no concelho.

Aspectos demográficos

De acordo com os resultados definitivos dos Censos 2001 (ver tabela 1), a última década, entre 1991 e 2001, regista no concelho um aumento da população residente de 17,8%, o que corresponde a um acréscimo de 9 496 indivíduos. Esse crescimento é comum a todos os escalões etários, embora as subidas mais significativas se tenham verificado nos escalões dos 25 aos 64 anos, e dos 65 ou mais anos. Deve ser salientado que, apesar do crescimento no período 1991/2001 ter apresentado uma variação positiva a nível concelhio, devido, essencialmente, ao aumento da população em idade activa (25 aos 64 anos), está a tomar contornos significativos a tendência para uma evolução crescente da população com mais de 65 anos, vindo desse modo, traduzir um envelhecimento da população residente no concelho, não a um nível preocupante mas, ainda assim, assinalável. Por outro lado, o aumento do número de indivíduos com idade inferior aos 14 anos no período referido, foi de apenas 222, constituindo, portanto, o escalão com a evolução menos significativa.

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Tabela 1 – Pop. Residente em 1991 e 2001, segundo os grupos etários e sua evolução entre 1991 e 2001

Indicador Valor Unidade

População Residente HM, em 1991 43 857 indivíduos População Residente H, em 1991 21 490 indivíduos População Residente HM, em 1991 – menos de 14 anos 8 345 indivíduos População Residente HM, em 1991 – 15 a 24 anos 6 618 indivíduos População Residente HM, em 1991 – 25 a 64 anos 23 615 indivíduos População Residente HM, em 1991 – 65 ou mais anos 5 279 indivíduos População Residente HM 53 353 indivíduos População Residente H 26 173 indivíduos População Residente HM – menos de 14 anos 8 567 indivíduos População Residente HM – 15 a 24 anos 7 129 indivíduos População Residente HM – 25 a 64 anos 29 606 indivíduos População Residente HM – 65 ou mais anos 8 051 indivíduos Variação População Residente, entre 1991 e 2001 2 1,7 percentagem Variação População Residente, entre 1991 e 2001 – 0 a 14 anos 2,7 percentagem Variação População Residente, entre 1991 e 2001 – 14 a 25 anos 7,7 percentagem Variação População Residente, entre 1991 e 2001 – 24 a 65 anos 2 5,4 percentagem Variação População Residente, entre 1991 e 2001 – 65 ou mais anos 5 2,5 percentagem

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos)

No que respeita à população empregada, entre 1991 e 2001, regista-se uma subida de 23,9%. Isto significa que em 1991, 45,7% da população residente estava empregada e em 2001 cerca de 46,5%. Da população residente empregada em 2001, mais de 50% trabalhava no concelho de Palmela (não temos disponíveis os dados relativos a 1991 para que possamos comparar), e ainda que a percentagem de população a trabalhar fora do concelho seja elevada (44,7%), este valor não deixa de ser importante relativamente à capacidade de atracção do concelho, do ponto de vista da oferta de emprego. Ainda relativamente a esta questão não poderemos deixar de reforçar a ideia de que o concelho apresenta disparidades assinaláveis entre as freguesias que o constituem, daí que o possamos “falar” em duas grandes zonas distintas: uma zona poente, onde se agrupam as freguesias mais próximas da urbanidade (Pinhal Novo, Palmela e Quinta do Anjo), cujas populações se deslocam com mais frequência para fora do concelho (com valores percentuais bastante próximos, situados entre os 46,2% e os 48,4%); e uma zona nascente, onde estão agrupadas as freguesias mais rurais (Marateca e Poceirão), com percentagens de população residente que se desloca para o exterior muito mais baixas- entre os 25,0% e os 33,9%.

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Tabela 2 Ano 2001 Freguesia

População Residente

Pop. Residente Empregada

Pop. Residente Presente que trabalha no concelho de

Residência

Pop. Que trabalha fora do concelho N.º e %

Palmela 16 116 7 633 4 103 53,8 3 530 46,2 Pinhal Novo 20 993 9 893 5 105 51,6 4 788 48,4 Quinta Anjo 8 354 3 747 1 987 53,0 1 760 47,0 Marateca 3 586 1 604 1 060 66,1 544 33,9 Poceirão 4 304 1 961 1 471 75,0 490 25,0

Total em 2001 53 353 24 838 13 726 55,3 11 112 44,7 Total em 1991 43 857 20 048 --- --- --- ---

DESLOCAÇÕES PENDULARES - SITUAÇÃO EM 1991

De acordo com a informação censitária a maioria das deslocações da população residente era feita no interior do

próprio concelho (61,4%), outra grande parte era direccionadas para o concelho de Setúbal (20,4%). Lisboa

aparecia como destino para apenas 5,5% da população.

As deslocações, em termos genéricos, eram maioritariamente realizadas por dois motivos: trabalho, em primeiro

lugar, e estudo em segundo.

Relativamente às deslocações internas (70,3%) eram realizadas por estudantes e pela população empregada.

Contudo, em termos relativos é entre a população empregada que tem maior expressão os fluxos de saída, ou

seja, 41,2% deste contigente exerce a sua profissão noutros concelhos.

Tabela 3 - Movimentos pendulares: população residente em Palmela, segundo o concelho de

destino – 1991

Concelho de Destino

Estudantes

Pop. activa

TOTAL

%

% excluindo Palmela

Lisboa 228 1060 1288 5,5 14,4 Outros concelhos da Grande Lisboa

6 131 137

0,6

1,5

Alcochete 0 53 53 0,2 0,6 Almada 10 170 180 0,8 2,0 Barreiro 101 774 875 3,8 9,8 Moita 119 367 486 2,1 5,4 Montijo 89 418 507 2,2 5,7 Palmela 3.737 10532 14269 61,4 Seixal 10 237 247 1,1 2,8 Sesimbra 10 80 90 0,4 1,0 Setúbal 894 3842 4736 20,4 52,9 Sub-total 5.204 17664 22868 98,5 Outros concelhos 112 243 355 1,5 4,0 Total Geral 5.316 17907 23223 100,0 100,0

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No sentido inverso, isto é, nas deslocações de outros concelhos com destino a Palmela (Tabela 4), é a

população empregada que protagoniza a maioria dos movimentos pendulares.

Os concelhos (excluindo Palmela) com maior número de indivíduos implicados nas deslocações para o concelho

de Palmela foram por esta ordem: Setúbal com 1473 (ou seja, 43,3% dos movimentos); Montijo com 377 e Moita

com 370 (que significam 11,1% em ambos os casos).

Tabela 4 - Movimentos pendulares: população residente noutros concelhos que se desloca a Palmela - 1991

Concelho de

Destino

Estudantes

Pop. activa

TOTAL

% % excluindo

Palmela Lisboa 1 76 77 0,4 2,2 Outros concelhos da Grande Lisboa

2 124 126

0,7

3,6

Alcochete 4 84 88 0,5 2,5 Almada 0 121 121 0,7 3,4 Barreiro 3 306 309 1,7 8,7 Moita 22 370 392 2,2 11,1 Montijo 16 377 393 2,2 11,1 Palmela 3737 10532 14269 80,1 Seixal 0 188 188 1,1 5,3 Sesimbra 2 108 110 0,6 3,1 Setúbal 61 1473 1534 8,6 43,3 Sub-total 3848 13759 17607 98,9 Outros concelhos 1 200 201 1,1 5,7 Total Geral 3849 13959 17808 100,0

Analisando o modo de transporte utilizado, verifica-se que no concelho (tabela 5) a deslocação a pé é a mais

frequente (28,9% dos casos), seguido-se a utilização do transporte público (autocarro com 21,1%) e o automóvel

com 17,4% das deslocações. Tabela 5

Concelho Palmela MODO DE

TRANSPORTE

N.º %

A pé 6632 28,9 Autocarro 4829 21,1 Comboio 2265 9,9 Veículo de escola ou empresa 2020 8,8 Automóvel 3981 17,4 Motociclo/bicicleta 2963 12,9 Outros 222 1,0 Total 22912 100,0

Comparando os valores percentuais a nível regional, com a Península de Setúbal, constatamos que predominam

nesta as deslocações a pé (35,5%), seguido-se a utilização do autocarro com 31,2%. Na RLVT, a utilização do

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autocarro verifica-se em 31% das situações e detém o peso mais significativo, seguindo-se as deslocações a pé

(28,0%) e o automóvel em 22,0% dos casos.

Península Setúbal

4,80%

1,50%

0,80%17%

31,20%

38,50%

Quanto à duração das viagens realizadas no concelho e independentemente do modo de transporte utilizado,

conclui-se que quase 80% têm uma duração inferior a 30 minutos. Apenas 20% das deslocações exigiram mais

de 30 minutos em termos de tempo gasto, e menos de 10% destas, exigiam uma duração superior a 1 hora.

A SITUAÇÃO EM 2001

Relativamente ao ano censitário de 2001 os apuramentos realizados não nos permitem fazer ainda a distinção

entre as deslocações da população estudante e da população empregada, pelo que, os dados apresentados

aglutinam as duas situações.

Apesar deste facto, podemos realizar uma análise comparativa das deslocações efectuadas pela totalidade da

população residente no concelho entre 1991 e 2001 (tabela 6).

Em relação ao número total de indivíduos que se desloca (independentemente do destino), verifica-se uma

evolução no sentido crescente, passando de 23 223 indivíduos em 1991 para 25 704 em 2001, o que equivale a

um aumento de 9,7% (2 481 indivíduos).

O acréscimo da população activa empregada e residente em Palmela terá contribuído significativamente para

este facto.

Os destinos da população residente no concelho permanecem os mesmos, ou seja, Setúbal e Lisboa continuam

a exercer forte atracção sobre os residentes e mais de metade da população do concelho desloca-se

internamente, não obstante, ter havido uma diminuição no peso deste grupo face ao conjunto da população com

mobilidade.

RLVT

4,20% 1,70%22%

7,60%

5,50%

31%

28%

A pé

Autocarro

Comboio

Veículoescola/empresaAutomóvel

Motociclo/bicicleta

Outros

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Em 2001 cerca de 17,0 % dos residentes deslocava-se para Setúbal, resultando embora um decréscimo de –

8,9% face a 1991. Apesar desse facto, Setúbal impõe-se ainda como o concelho que exerce maior atracção

sobre os residentes em Palmela.

Lisboa aparece como o terceiro destino com 9,8% dos movimentos originados no concelho de Palmela. A capital

do País apresenta pois uma evolução inversa à de Setúbal, uma vez que reforça a sua capacidade em atrair os

residentes em Palmela, em cerca de 96,3%. A melhoria das acessibilidades, especialmente no plano rodoviário

terão contribuído fortemente para o aumento dos fluxos de pessoas entre o concelho e Lisboa.

Tabela 6 - Movimentos pendulares: população residente em Palmela, segundo o concelho de destino – 1991 e 2001

Concelho de Destino

TOTAL

% 1991

% 1991 excluindo Palmela

TOTAL

% 2001

% 2001 excluindo Palmela

Lisboa 1288 5,5 14,4 2528 9,8 23,6 Outros concelhos da Grande Lisboa 137

0,6

1,5 413

1,6

3,8

Alcochete 53 0,2 0,6 85 0,3 0,8 Almada 180 0,8 2,0 366 1,4 3,4 Barreiro 875 3,8 9,8 720 2,8 6,7 Moita 486 2,1 5,4 456 1,8 4,3 Montijo 507 2,2 5,7 783 3,0 7,3 Palmela 14269 61,4 - 14984 58,3 - Seixal 247 1,1 2,8 395 1,5 3,7 Sesimbra 90 0,4 1,0 134 0,5 1,3 Setúbal 4736 20,4 52,9 4313 16,8 40,2 Sub-total 22868 98,5 - 25177 97,9 - Outros concelhos 355 1,5 4,0 527 2,1 4,9 Total Geral 23223 100,0 100,0 25704 100,0 100,0

Analisando, a distribuição das deslocações com origem noutros concelhos e com destino a Palmela (tabela 7),

constata-se que:

O concelho de Palmela reforçou significativamente a sua força centrípeta no contexto regional, entre 1991 e

2001: os movimentos pendulares com destino a Palmela observaram uma variação positiva, próxima dos 230%,

o que equivale a um acréscimo de 8 144 indivíduos.

Em 2001, 58,3% da população envolvida em movimentos pendulares desloca-se internamente contra 80,1%

verificados em 1991. Se em termos relativos, a população residente no concelho de Palmela e que se desloca no

interior do mesmo por motivos de trabalho ou estudo diminuiu na década de 90, já em termos absolutos sobe

ligeiramente, isto é, passando de 14 269 para 14984 indivíduos.

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02-04-2003 325 dp

Os principais concelhos de onde provém população com destino a Palmela são: Setúbal (15,5%), Moita (6,3%) e

Barreiro (5,0%). O contigente populacional oriundo do concelho de Setúbal que diariamente entra em Palmela

subiu, porém, significativamente entre 1991 e 2001: 181%. Esta tendência manifesta-se também na população

proveniente de outros concelhos da Grande Lisboa, embora com menos expressividade.

Tabela 7 - Movimentos pendulares: população residente noutros concelhos que se desloca a Palmela – 1991 e 2001

Concelho de

Origem

TOTAL

1991

%

1991

% 1991 excluindo Palmela

TOTAL

2001

%

2001

% 2001 excluindo Palmela

Lisboa 77 0,4 2,2 258 1,0 2,2 Outros concelhos da Grande Lisboa 126

0,7

3,6 602

2,3

5,2

Alcochete 88 0,5 2,5 169 0,6 1,5 Almada 121 0,7 3,4 519 1,9 4,5 Barreiro 309 1,7 8,7 1320 5,0 11,3 Moita 392 2,2 11,1 1682 6,3 14,4 Montijo 393 2,2 11,1 755 2,8 6,5 Palmela 14269 80,1 - 14984 56,3 - Seixal 188 1,1 5,3 1076 4,0 9,2 Sesimbra 110 0,6 3,1 404 1,5 3,5 Setúbal 1534 8,6 43,3 4116 15,5 35,3 Sub-total 17607 98,9 - 26035 97,7 - Outros concelhos 201 1,1 5,7 602 2,3 5,2 Total Geral 17808 100,0 100,0 26637 100,0 100,0

Relativamente aos modos de transporte mais utilizados em 2001, não foi possível aceder os valores

alfanuméricos do INE, contudo, pela análise gráfica (ver gráfico abaixo) é possível perceber o peso relativo dos

diversos tipos de transporte.

O modo de transporte mais utilizado no concelho de Palmela é “automóvel ligeiro – como condutor”. Esta

categoria em conjunto com o “automóvel ligeiro- como passageiro” totalizam mais de 50% das opções de

transporte. As deslocações a pé detêm a segunda posição, seguido transporte público – autocarro.

GRÁFICO RELATIVO AOS MODOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS NO CONCELHO

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02-04-2003 326 dp

Comparativamente a 1991, verifica-se uma inversão nos modos de transporte utilizado nos percursos casa -

trabalho ou estudo, o que se traduz, numa maior utilização do transporte individual, passando para segundo

plano, as deslocações a pé, que em 1991 eram a principal opção. Assim, o transporte público reduz ainda mais a

sua posição, já que passa de 2ª opção (em 1991) para 3ª (em 2001).

Relativamente à duração média das viagens estas permanecem equivalentes a 1991, ou seja, a maioria têm

uma duração média inferior a 30 minutos.

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02-04-2003 327 dp

Síntese Geral • A maioria das deslocações no concelho é feita internamente;

• Da população residente que se desloca para outros concelhos, Setúbal e Lisboa constituem os

destinos preferenciais, evidenciando-se uma tendência para diminuição da dependência face ao

primeiro e reforço das relações com o segundo;

• As populações que mais se deslocam para o concelho de Palmela são principalmente oriundas dos

concelhos de Setúbal, Moita, Montijo e Barreiro;

• Na década de 90 o concelho de Palmela reforça a sua inserção regional através do aumento

significativo dos fluxos de entrada oriundos de concelhos vizinhos, passando a constituir um dos

poucos concelhos da AML (a par com Setúbal, Azambuja e Lisboa) onde as deslocações dos que

entram são superiores às dos que saem;

• Entre 1991 e 2001 alteram-se os modos de transporte utilizados no concelho, passando o

automóvel a ocupar o lugar de destaque nas preferências dos residentes, em detrimento das

deslocações a pé, que passam para segunda opção.

• A duração das deslocações, matem-se na maioria dos casos as inferiores a 30 minutos.

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SISTEMAS DE INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS

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Infra-estruturas de Água e Saneamento

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1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1.1. Caracterização da Situação Actual O concelho de Palmela é servido por uma rede de água com uma extensão aproximada de 450 km,

que abastecem cerca de 60.000 habitantes, reportados a Dezembro de 2002, de 20949 contadores de

consumos domésticos; acresce ainda 1444 contadores de consumos inerentes a comércio e indústria

e 309 contadores de outros consumos.

No ano 2002 foram facturados 3.385.663m3 de água, para uma produção de água de origem

subterrânea de 4.842.825m3 (valor estimado, devido à ausência de algumas de medições), o que

significa que 30% da água captada e elevada não foi facturada; contudo, o sistema de macro-medição

e controlo da água distribuída sem medição não permite avaliar exactamente a percentagem de

perdas.

No Concelho de Palmela podem-se distinguir 21 sistemas de abastecimento de água descritos em

seguida.

1.1.1. Sistema de abastecimento de Palmela Do sistema de Palmela fazem parte seis captações de água (JK8, AC2, JK11, JK7, JK9 e RA) e dois

reservatórios apoiados (Palmela-zona média e Flórido), três reservatórios enterrados ou semi-

enterrados (Olhos de água, S. João e Castelo), um posto de cloragem (junto das captações JK7, JK8

e JK9); existe ainda uma câmara de perda de carga a jusante do reservatório do Castelo-Cisterna,

para permitir um abastecimento regular à zona alta (centro histórico de Palmela).

Este sistema actualmente serve as zonas de Palmela, Vila Serrinha, Carvalhos, Volta da Pedra, zona

alta de Aires e Estação de Palmela.

No momento, apenas cinco captações de água estão em funcionamento sendo responsáveis pela

extracção de 1.200.586 m3/ano (279.953 m3/ano na JK8, 83.996 m3/ano na AC2, 296.809 m3/ano na

JK11, 318.099 m3/ano na JK7 e 221.729 m3/ano na JK9); o furo RA ainda não entrou em

funcionamento, embora se preveja que venha a captar um caudal de 25l/s.

A água produzida por este sistema é desinfectada e posteriormente elevada ao longo de 1800m por

uma conduta DN300 até ao reservatório de Olhos de Água (200 m3, localizado à cota 90m), associado

ao qual existe uma estação elevatória que envia a água para o reservatório de S. João (640 m3,

localizado à cota 185 m). Daqui, a água é aduzida para os reservatórios do Flórido (500 m3, localizado

à cota 146 m) e de Palmela - zona média (500 m3). A partir deste último, é ainda bombada para o

reservatório do Castelo-Cisterna (450 m3, localizado à cota 245 m).

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1.1.2. Sistema de abastecimento de Biscaia - Brejos do Assa - Aires O Sistema de Biscaia - Brejos do Assa - Aires é constituído por duas captações de água (FR1 e PS7)

localizadas na Biscaia e quatro reservatórios (Biscaia, Glória, Sapec-Aires e Silva), e destina-se a

servir as zonas de Aires, Quinta da Asseca, B.º Padre Nabeto, Baixa de Palmela, Miraventos, Quinta

da Asseada e Quinta Padre Tomé Dias.

Das duas captações existentes apenas a FR1 está em funcionamento, com uma produção anual de

água de 371.560m3; a PS7 aguarda a emissão licença de exploração, e prevê-se que tenha uma

produção de 50 l/s.

A água captada é transportada para a ETA através de uma adutora DN400, com uma extensão de

1000m, para ser tratada com leite de cal e cloro gasoso, seguidamente enviada para o reservatório de

regularização da Biscaia (150m3), a partir do qual é elevada através de uma conduta DN400, ao longo

de 4400m, para os reservatórios de Sapec-Aires (500m3 de capacidade, localizado à cota 100 m) e da

Glória (300m3 de capacidade, localizado à cota 100 m), sendo posteriormente distribuída para a rede

pública.

A este sistema de abastecimento está associado o sub-sistema de Brejos do Assa, constituído por um

hidropressor que através de uma adutora abastece o aglomerado de Brejos do Assa.

O reservatório do Silva (1000 m3 de capacidade, localizado à cota 126 m) encontra-se já construído,

contudo, ainda não está em funcionamento, aguardando o fornecimento de energia eléctrica e ensaios

técnicos.

1.1.3. Sistema de abastecimento de Pinhal Novo Constituído por 4 furos de captação (JK3, JK4 e JK5 na Cascalheira e PS6 em Fonte da Vaca, que

extraem um total de 1.240.810 m3/ano), duas estações de tratamento de água (em Vale de Alecrim e

na Fonte da Vaca), uma estação elevatória (em Vale de Alecrim), um reservatório elevado na

Cascalheira (300m3) e dois reservatórios apoiados (Vale do Alecrim com 400 m3 e Fonte da Vaca com

600m3 de capacidade), e destina-se a abastecer a população do perímetro urbano de Pinhal Novo.

A água extraída em JK3, JK4 e JK5 é desinfectada em Vale de Alecrim com cloro gasoso e leite de cal

e, posteriormente, conduzida para os restantes reservatórios de modo a ser distribuída na rede pública

domiciliária.

1.1.4. Sistema de abastecimento da Quinta do Anjo - Cabanas O sistema é constituído por dois furos de captação (PS2 e FR2) localizados em Vale de Craveiras,

uma ETA, uma estação elevatória e dois reservatórios apoiados (Valagões com 600 m3 de capacidade

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e localizado à cota 146,5m e Sapec com 500m3 e localizado à cota 145m), e serve as populações da

Quinta do Anjo e Cabanas.

A água extraída é tratada com leite de cal com vista à correcção da sua agressividade e desinfectada

com hipoclorito de sódio, sendo depois elevada, ao longo de 3350m, para os reservatórios existentes

na Serra que, encontrando-se interligados, abastecem a Quinta do Anjo e Cabanas.

1.1.5. Sistema de abastecimento da Auto-Europa O sistema da Auto-Europa é constituído por sete captações de água, localizadas no Pinhal das

Formas (PS1, PS2, PS3, PS4, PS5, PS6 e PS7, sendo, no seu conjunto, responsáveis por uma

produção anual de 425.746 m3 de água), uma ETA (para desinfecção da água com cloro gasoso), um

reservatório apoiado com 15.000m3 de capacidade, uma estação elevatória e um reservatório elevado

com 400 m3 e, actualmente, serve o complexo industrial da Auto-Europa e as zonas habitacionais das

Marquesas I, II e III.

A água captada, depois de desinfectada, é transportada para o reservatório apoiado. Associado a este

existe uma estação elevatória, que eleva a água para o reservatório elevado, a partir do qual é feita a

distribuição para as zonas urbanas e pequena indústria.

1.1.6. Sistema de abastecimento provisório da Auto-Europa Deste sistema fazem parte dois furos de captação de água (CBR1 e CBR2, em que um funciona como

reserva mecânica do outro, e apresentam uma produção anual de 40.328 m3), uma ETA (desinfecção

com solução de hipoclorito de sódio) e um sistema hidropressor. Até ao ano passado, foi utilizado para

alimentar unidades fabris existentes no caminho paralelo à auto-estrada, designadamente a LEAR, no

entanto, actualmente, com o encerramento desta empresa, este sistema não tem consumo de água.

O sistema actualmente é constituído por dois furos de captação que podem captar cerca de 15 l/s que,

após desinfecção são conduzidos para o sistema de pressurização, está equipado com um

reservatório de ar comprimido para controlo das pressões, a partir do qual seguem para a distribuição.

1.1.7. Sistema de abastecimento das Carrascas O sistema é constituído por um único furo de captação situado na Zona da Vales (PS3, que extrai

cerca de 432.769 m3 por ano), dois reservatórios apoiados (Batudes I e Batudes II, ambos localizados

à cota 100m, com capacidades de 600 e 2000m3, respectivamente) e uma ETA.

Este sistema abastece algumas povoações da Freguesia de Palmela (Vale de Marmelos, Vale de

Alecrim, Batudes, Montinhoso e Venda do Alcaide) e da freguesia de Pinhal Novo (Batudes,

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Montinhoso, Vale da Vila, Palhota, Arraiados e Venda do Alcaide), juntamente com a zona industrial

das Carrascas e outras pequenas empresas da zona.

A água depois de captada é desinfectada com hipoclorito de sódio e conduzida ao reservatório

Batudes II, a partir do qual tem dois percursos: distribuição domiciliária até à Venda do Alcaide e,

abastecimento ao reservatório Batudes I para posterior distribuição à rede da zona industrial das

Carrascas.

Este sistema encontra-se interligado com o sistema de Palmela, por forma a salvaguardar qualquer

emergência.

1.1.8. Sistema de abastecimento da Lagoinha O sistema de abastecimento é constituído por um furo de captação (JK10 que extrai cerca de 188.177

m3/ano), uma ETA (para correcção do pH da água com leite de cal e desinfecção com hipoclorito de

sódio) e um reservatório elevado com 250 m3 de capacidade, e serve as zonas da Lagoinha, Olhos de

Água, Quinta das Flores, Brejos Carreteiros, Bairro Sousa Cintra, Bairro da Cascalheira e Terrim.

Existe uma interligação de emergência com o sistema de abastecimento de Palmela, na conduta

elevatória dos furos de captação JK7, JK8 e JK9.

1.1.9. Sistema de abastecimento do Poceirão - Águas de Moura Sistema constituído por duas captações (JK1 e JK2 no Poceirão) que funcionam uma em alternativa

mecânica da outra, duas estações de tratamento de água (no Poceirão e em Águas de Moura), uma

estação elevatória (a jusante da ETA do Poceirão), um reservatório elevado com 300m3 (no Poceirão)

e um reservatório apoiado com 600m3 (em Almoxarife). Este sistema serve os aglomerados

populacionais de Poceirão e Águas de Moura.

Os 87.240m3/ano captados pelo JK1 e JK2, que funcionam em alternativa mecânica, são enviados, ao

longo de 300m de conduta DN200, para a ETA do Poceirão, onde se procede à correcção da

agressividade com leite de cal em suspensão a 3% em volume e à desinfecção com hipoclorito de

sódio. Daqui, são elevados para o reservatório do Poceirão, e, posteriormente, distribuída pela rede

pública desta zona e enviada ao longo de 6000m, através de uma conduta DN140, para o reservatório

de Almoxarife que abastece a rede pública de Águas de Moura.

1.1.10. Sistema de abastecimento de Lau - Cajados - Lagameças Sistema constituído por um furo de captação (PS1) localizado nos Cajados, que capta anualmente

cerca de 79.901m3, ao qual estão associados uma ETA (para desinfecção com hipoclorito de sódio) e

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um sistema hidropressor que eleva a água directamente para as redes de distribuição de Lau, Cajados

e de Lagameças.

Este sistema actualmente encontra-se interligado aos sistemas de abastecimento de Agualva de Cima

e do Poceirão - Águas de Moura, através da rede em baixa, sendo que toda a água captada na PS1 é

elevada para o reservatório do Poceirão para posterior distribuição.

1.1.11. Sistema de abastecimento de Agualva de Cima Sistema constituído por um furo de captação (CBR6) localizado em Agualva, que capta 105.350

m3/ano, ao qual estão associados uma ETA (para desinfecção com hipoclorito de sódio) e um sistema

hidropressor que eleva a água directamente para a rede de distribuição de Agualva de Cima.

Também este sistema, presentemente, está interligado através da rede em baixa, ao sistema de

abastecimento do Poceirão - Águas de Moura, sendo que toda a água aqui captada é elevada para o

reservatório do Poceirão e posteriormente distribuída.

1.1.12. Sistema de abastecimento de Cajados Sul Este sistema é constituído por um furo de captação (PS5 que extrai 26.627 m3/ano), uma ETA para

correcção da agressividade da água com leite de cal e desinfecção com solução de hipoclorito de

sódio, uma conduta adutora DN125, uma estação elevatória e um reservatório elevado com 250 m3 de

capacidade, localizado à cota de 46m.

Existe uma ligação de emergência entre este sistema e o de Lau - Cajados - Lagameças.

1.1.13. Sistema de abastecimento da Asseiceira O sistema é constituído por um único furo de captação na Asseiceira (CBR7) responsável pela

extracção aproximadamente de 22.076 m3/ano que, após tratamento na ETA, para correcção da

agressividade com leite de cal e desinfecção com solução de hipoclorito de sódio, são distribuídos à

população, através de uma adutora DN 200 ao longo de 2700m.

1.1.14. Sistema de abastecimento de Forninho O sistema é constituído por um furo de captação (CBR3), que extrai 3.520 m3/ano, um posto de

cloragem e um sistema hidropressor associados. A conduta adutora desse sistema desenvolve-se ao

longo de 50m, com um diâmetro 100mm.

1.1.15. Sistema de abastecimento de Fernando Pó

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Este sistema é constituído por um furo de captação (CBR4 que extrai 8.607 m3/ano) ao qual está

associado um sistema hidropressor e uma ETA, para correcção do valor do pH da água com leite de

cal e desinfecção com hipoclorito de sódio.

1.1.16. Sistema de abastecimento do Golfe do Montado Este sistema é constituído por dois furos de captação (PS1 e PS2, a captar 20l/s cada um) que

funcionam em alternativa mecânica um do outro, um reservatório semi-enterrado com 350 m3 de

capacidade, um sistema hidropressor e um posto de cloragem. Estas infra-estruturas ainda não foram

recepcionadas pelo Município de Palmela.

1.1.17. Outros sistemas de abastecimento Há ainda algumas povoações servidas por sistemas com origens noutros concelhos. Nesta situação

encontra-se a população de Carregueira, cujo fornecimento de água é assegurado pelo concelho da

Moita; a população de Vila Amélia, que recebe água fornecida pelo concelho de Setúbal; e as

populações da Quinta da Chapeleira e do Bairro Alentejano que recebem água proveniente do

Barreiro.

Importa também referir que o concelho de Palmela fornece água para o Casal Novo e Fonte da Talha

localizados no concelho de Setúbal.

1.2. Ampliações Previstas 1.2.1. Sistema de abastecimento de Palmela Prevê-se a entrada em serviço da captação de água, RA, com capacidade para extrair um caudal de

25l/s, e a entrada em funcionamento do reservatório do Silva (com 1000m3 de capacidade), construído

à cota 126m, que ficará integrado com o sistema de abastecimento de Biscaia - Brejos do Assa -

Aires, e libertando, deste modo, muito consumo ao reservatório do Flórido.

Prevê-se também a execução de um outro reservatório apoiado com 500m3 (reservatório dos

Carvalhos) a localizar nas proximidades dos Armazéns Gerais da Câmara Municipal de Palmela, à

cota de 152 m aproximadamente, com vista à resolução do problema de abastecimento de água às

zonas de expansão urbana das Pegarias de Baixo e de Cima.

Existe ainda a pretensão de reforçar o armazenamento de água junto ao reservatório de S. João,

através da construção de uma célula com 750m3.

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1.2.2. Sistema de abastecimento de Pinhal Novo O sistema de abastecimento de água existente na vila do Pinhal Novo encontra-se sub-dimensionado

face às necessidades actuais da população; em situações de picos de consumo (Verão), ocorrem

frequentes e acentuadas reduções da pressão disponível na rede de distribuição em zonas

topograficamente elevadas, acontecendo mesmo a interrupção do abastecimento de água a algumas

dessas zonas. Este problema tende a agravar-se significativamente com a continuada expansão

urbanística na vila do Pinhal Novo, tornando-se urgente a sua resolução, por forma a assegurar à

população o fornecimento contínuo de água.

Por forma a resolver este, prevê-se a execução de quatro captações subterrâneas de água (com uma

produção individual entre 20 e 25l/s) interligados por uma conduta elevatória (diâmetro 400mm), que

transporta a água para um reservatório elevado com 400m3 de capacidade, a localizar à cota 80m, e

que ficará ligado ao reservatório apoiado já existente, a partir dos quais é efectuada a distribuição de

água à vila de Pinhal Novo.

1.2.3. Sistema de abastecimento de Biscaia - Brejos do Assa - Aires Prevê-se a construção de um reservatório apoiado com capacidade para 1000m3, a localizar à cota

100m, junto ao reservatório da Sapec-Aires, que deverá assegurar uma reserva de água suficiente

para abastecer toda a população da zona média de Aires nos próximos 10 anos.

Com esta obra, a área de intervenção do Plano de Pormenor de Aires, os loteamentos Urbiaires I e II,

Solrica, B.º Padre Nabeto e Portal Branco, entre outras zonas residenciais passarão a ser abastecidas

pelo novo reservatório.

Com esta obra, o reservatório do Flórido passará a integrar um sub-sistema do sistema de Biscaia -

Brejos do Assa - Aires, uma vez que irá receber água elevada a partir da estação elevatória agregada

ao novo reservatório.

1.2.4. Sistema de abastecimento da Auto-Europa Presentemente, o consumo industrial é substancialmente inferior ao previsto no projecto do sistema de

abastecimento de água da Auto-Europa (o consumo médio diário ronda os 2000m3). Desta forma,

poder-se-ão optimizar as capacidades de produção e de reserva “excedentes”, possibilitando o

abastecimento de água a outras zonas habitacionais da freguesia da Quinta do Anjo, como sejam as

várias áreas urbanas de génese ilegal existentes a Norte da linha de caminho de ferro.

1.2.5. Sistema de abastecimento provisório da Auto-Europa

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Cada um dos furos, CBR1 e CBR2, tem capacidade para produzir aproximadamente 35 l/s, contudo,

por razões de ordem técnica, nomeadamente a falta de um Posto de Transformação e insuficiência

capacidade dos grupos electrobomba, actualmente apenas podem ser captados 15 l/s.

Considerando o desenvolvimento urbano previsto para as zonas de Vila Amélia, Marquesa IV,

Marquesa V e Pinheiro da Légua, e o inerente aumento das necessidades de água para consumo

humano, torna-se necessário proceder à optimização deste sistema de abastecimento, através da

construção de um reservatório apoiado de regularização, de uma estação elevatória anexa ao

reservatório e da reformulação da ETA existente.

1.2.6. Sistema de abastecimento da Quinta do Anjo - Cabanas Prevê-se a execução de quatro furos de captação, com uma capacidade de produção de água total de

90l/s, uma ETA e dois reservatórios apoiados com 1330 m3 e 4590 m3 de capacidade. Esta obra ficará

interligada com o actual sistema de abastecimento da Quinta do Anjo na conduta de distribuição para

o loteamento dos Portais da Arrábida, permitindo reforçar o sistema existente e abastecer os

loteamentos Colinas da Arrábida e Palmela Village.

1.2.7. Sistema de abastecimento da Lagoinha Presentemente, em épocas de grandes consumos (Verão), para responder às solicitações de água, o

furo de captação tem de funcionar um numero de horas superior ao aconselhável, o que aumenta o

desgaste do equipamento. Por forma a prevenir esta situação, prevê-se que no decorrer do ano 2003

seja executado um novo furo de captação de água.

1.2.8. Sistema de abastecimento do Poceirão - Águas de Moura Prevê-se a execução de uma captação, uma estação elevatória e um reservatório apoiado com 500 m3

de capacidade, destinados a servir a população dos perímetros urbanos de Águas de Moura e de

Agualva de Cima.

Com a implementação destas alterações, este sistema dará origem a dois sistemas autónomos:

sistema de abastecimento do Poceirão e sistema de abastecimento de Águas de Moura.

1.2.9. Sistema de abastecimento de Aldeia Nova da Aroeira Existe apenas uma captação de água (PS4), que ainda não está a funcionar, mas com a instalação do

sistema hidropressor, ETA e redes de distribuição, dos quais já existe projecto de execução, ficará

apto ao abastecimento de cerca de 500 habitantes.

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2. DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS

2.1. Caracterização da Situação Actual A drenagem de águas residuais urbanas do Concelho de Palmela é efectuada por um conjunto de

redes mistas (separativas e unitárias), com uma extensão total estimada em 150km. Estes efluentes

são conduzido, na sua grande maioria para órgãos de elevação e de tratamento, e, após depuração

são rejeitados em linhas de água. Encontram-se servidos cerca de 50.000 habitantes do concelho de

Palmela.

2.1.1. Sistema de águas residuais da Lagoinha O sistema da Lagoinha é o responsável pelo tratamento das águas residuais urbanas produzidas no

perímetros urbanos de Cabanas, Quinta do Anjo e parte de Palmela.

É constituído por dois emissários (Emissário da Quinta do Anjo e Cabanas e Emissário de Palmela),

uma ETAR e um exutor de águas residuais tratadas.

A ETAR da Lagoínha está dimensionada para tratar um caudal produzido por 20.400 habitantes-

equivalentes (capitação de 160l/hab.dia). O processo de tratamento é um sistema de lagunagem,

desenvolvido ao longo de três lagoas de estabilização em série (uma anaeróbia, uma facultativa e

outra de maturação) e complementado por valas de oxidação. As águas residuais tratadas são

descarregadas na Vala da Salguerinha.

Actualmente, esta ETAR recebe cerca de 2.000m3/dia de efluente bruto, contudo, devido à existência

de descargas de efluentes não tratados de suiniculturas na rede de drenagem de águas residuais

domésticas, as cargas orgânicas afluentes são bastante superiores às de um efluente urbano

convencional, o que conduz a uma redução significativa da capacidade de tratamento desta ETAR.

2.1.2. Sistema de águas residuais de Pinhal Novo Este sistema recolhe e trata os efluentes urbanos produzidos pela população residente dentro do

perímetro urbano de Pinhal Novo, e é constituído por duas estações elevatórias (EE) e a ETAR da

Salgueirinha. Esta ETAR está dimensionada para uma população equivalente a 10.000 habitantes

(para uma capitação de 100l/hab.dia), mas actualmente, encontra-se a receber o efluente produzido

por cerca de 15.000 habitantes-equivalentes

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02-04-2003 339 dp

As águas residuais urbanas produzidas são conduzidas graviticamente para as EE, uma localizada em

Vale do Alecrim que recebe os efluentes produzidos num loteamento habitacional que confina com o

limite Sul do perímetro urbano do Pinhal Novo, e a outra que recebe as águas residuais urbanas

afluem que afluem à ETAR da Salgueirinha. A ETAR encontra-se em mau estado de conservação e

funcionamento, e será brevemente desactivada, visto o sistema elevatório e a nova ETAR que servirá

o Pinhal Novo já estarem construídos.

A ETAR nova foi dimensionada para uma população de 24.900 habitantes-equivalentes (capitações de

140l/hab.dia), tendo ainda capacidade para ampliação. O sistema de tratamento nela preconizado é

vala de oxidação precedida de uma lagoa de maturação, sendo o efluente tratado rejeitado na vala da

Salguerinha, a jusante da Barragem da Brejoeira.

2.1.3. Sistema de águas residuais de Aires A drenagem dos efluentes neste sistema é feita de forma gravítica por três emissários principais que

os transportam para a ETAR de Aires (localizada em Vale de Cantadores, a Sudeste do aglomerado

urbano) onde são tratados por lagunagem com remoção de microorganismos patogénicos.

Actualmente a ETAR serve uma população-equivalente de 5.000 habitantes, estando dimensionada

para servir um máximo de 10.000 hab.equiv. (1500m3/dia, para uma capitação de 150l/hab.dia).

Os emissários deste sistema são o emissário da Quinta do Padre Nabeto (com capacidade para

drenar efluentes produzidos por 1382 habitantes), o emissário de Palmela-Gare (com capacidade para

drenar efluentes produzidos por 423 habitantes) e o emissário de Aires (com capacidade para drenar

efluentes produzidos por 11.080 habitantes).

2.1.4. Sistema de águas residuais de Parque Industrial das Carrascas Este sistema destina-se a servir as empresas instaladas na área do Parque Industrial das Carrascas.

É constituído por uma rede de drenagem gravítica que conduz o efluente equiparado a doméstico para

a ETAR da APIC, dimensionada para 3.000 habitantes-equivalentes (que produzam um caudal de

600m3/dia, para uma capitação de 200l/hab.dia). Actualmente a ETAR recebe aproximadamente

400m3/dia (2.000 habitantes-equivalentes), que são submetidos a tratamento biológico por lamas

activadas, em arejamento prolongado.

2.1.5. Sistema de águas residuais de Zona Industrial da Auto-Europa Este sistema assenta numa ETAR localizada a Norte da Quinta da Torre, no lugar de Pendão, que

recebe as águas residuais urbanas produzidas na Auto-Europa e nas Marquesas I e II, através do

emissário da zona industrial da Auto-Europa, do emissário do Bairro Assunção Piedade e do emissário

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02-04-2003 340 dp

do Pinhal das Marquesas. A depuração destes efluentes processa-se mediante um processo biológico

de lamas activadas, seguido de filtração por membrana e desinfecção por raios ultra-violeta, após o

qual são rejeitados na Vala das Sete Fontes.

Esta ETAR foi dimensionada para um caudal afluente de 11.000m3/dia, embora actualmente apenas

esteja a receber cerca de 1.550 m3/dia.

2.1.6. Sistema de águas residuais de Barra Cheia Este sistema drena e trata cerca de 110 m3/dia de águas residuais urbanas produzidas na zona da

Barra Cheia.

Os efluentes são encaminhados graviticamente para uma estação elevatória que os bomba para a

ETAR da Barra Cheia (localizada a Nascente do Bairro Alentejano), que, após depuração dos

efluentes os rejeita na Vala das Sete Fontes, afluente do Rio da Moita. De acordo com o projecto,

esta ETAR tem capacidade para tratar até 192 m3/dia (cerca de 2000 hab.equiv.), pelo que,

actualmente encontra-se a cerca de 40% do seu limite.

2.1.7. Sistema de águas residuais de Poceirão A rede de drenagem gravítica do Poceirão é do tipo unitário, e conduz os efluentes para uma estação

elevatória que os eleva para a ETAR do Poceirão, dimensionada para uma população de 600

habitantes-equivalentes (72 m3/dia para uma capitação de 120l/hab.dia) encontrando-se a receber

cerca de 270m3/dia, correspondentes a aroximadamente 270 hab., através de um sistema por

lagunagem.

Atendendo às características unitárias da rede de drenagem do Poceirão a montante da estação

elevatória existe um descarregador de tempestade.

2.1.8. Sistema de águas residuais de Águas de Moura O sistema de águas residuais de Águas de Moura serve a população dos perímetros urbanos de

Agualva e de Águas de Moura. As águas residuais produzidas em Agualva são transportadas

graviticamente pelo emissário de Agualva, ao longo de 2000m até à Estação elevatória (EE) de Águas

de Moura; a esta EE também afluem a totalidade das águas residuais urbanas produzidas em Águas

de Moura. A partir desta EE (dimensionada para 2000 habitantes-equivalentes) essas águas residuais

são transportadas para a ETAR de Águas de Moura.

A ETAR, localizada a Sul de Águas de Moura, foi dimensionada para servir uma população máxima de

2.000 habitantes-equivalentes (192m3/dia de efluente urbano, para uma capitação de 96l/hab.dia), e

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02-04-2003 341 dp

preconiza um tratamento por lagunagem convencional (anaeróbia, facultativa e de maturação) e com

descarga do efluente tratado na Vala Real, afluente da Ribeira da Marateca.

2.1.9. Sistema de águas residuais da Venda do Alcaide Este sistema destina-se a tratar os efluentes produzidos em dois loteamentos habitacionais da Venda

do Alcaide. O tratamento é efectuado através de ETAR compacta, dimensionada para 635 habitantes-

equivalentes, e o efluente tratado é rejeitado na rede de drenagem pluvial da Venda do Alcaide, que

posteriormente descarrega na Vala da Salgueirinha. Actualmente a ETAR trata o efluente produzido

por 300 habitantes-equivalentes.

2.1.10. Sistema de águas residuais da Quinta da Asseca Serve o loteamento da Quinta do Pátio, actualmente com cerca de 300 habitantes. É constituído por

uma fossa colectiva dimensionada para 150 habitantes (população essa já há muito ultrapassada), e

tem como meio receptor do efluente tratado a Ribeira do Livramento. Apresenta graves problemas de

funcionamento, e consequente contaminação da linha de água, devido à sobreutilização.

2.1.11. Sistema de águas residuais do Golfe do Montado Este sistema serve o loteamento do Golfe do Montado, que prevê em pleno preenchimento cerca de

1.300 habitantes (600m3/dia). As águas residuais produzidas neste são conduzidas graviticamente

para 4 estações elevatórias que as eleva para uma ETAR compacta composta por três mini-blocos,

dois para 500 habitantes e outro para 300 habitantes de um loteamento, e que descarrega o efluente

tratado para uma linha de água afluente do Rio Sado. Este sistema ainda não foi recepcionado por

esta Câmara Municipal.

2.1.12. Sistema de águas residuais do Loteamento em nome de João Carvalheira Este sistema destina-se a resolver os problemas de efluentes domésticos produzidos no loteamento

em nome de João Carvalheira, localizado no perímetro urbano da Lagoinha, e é constituído por uma

ETAR compacta, com tratamento por leito percolador seguido de desinfecção por ultravioleta,

dimensionada para 140 habitantes, que descarrega o efluente tratado na Ribeira de Palmela.

Este sistema ainda não foi recepcionado por esta Câmara Municipal.

2.2. Ampliações Previstas

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02-04-2003 342 dp

A Câmara Municipal de Palmela aderiu recentemente ao Sistema Multimunicipal de Águas Residuais

da Península de Setúbal, o qual prevê a criação de dois novos sistemas águas residuais, a

remodelação ou ampliação de sistemas existentes e também a desactivação de algumas infra-

estruturas de tratamento que não apresentam as melhores condições de conservação e

funcionamento, ou não se enquadrem no âmbito global do projecto, devido à sua pequena dimensão.

2.2.1. Sistema de águas residuais de Lagoinha É proposto pelo sistema multimunicipal a desactivação da ETAR da Lagoinha, e a construção de uma

nova, com capacidade para 38.177 habitantes-equivalentes, caudal de 10.125m3/dia, que permitirá a

ligação de novas zonas actualmente não servidas, como a Lagoinha, Olhos de Água, Vale do Alecrim

e, caso necessário, o efluente excedente da ETAR da APIC.

Para este sistema prevê-se também a construção de uma estação elevatória, conduta elevatória e

emissário para assegurar o transporte dos efluentes produzidos no lugar de Olhos de Água

2.2.2. Sistema de águas residuais de Pinhal Novo O sistema multimunicipal prevê a entrada em funcionamento do sistema elevatório e ETAR do Pinhal

Novo, actualmente já construídos. Prevê também a integração neste sistema dos efluentes urbanos

produzidos nas zonas de Venda do Alcaide e Vale da Vila, para tal, a ETAR compacta da Venda do

Alcaide será desactivação, e será construídos dois emissários (emissário da Venda do Alcaide e

emissário de Vale da Vila) que, através de duas estações elevatórias (também a construir)

transportarão os efluentes para a estação elevatória de Pinhal Novo.

2.2.3. Sistema de águas residuais da Zona Industrial da Auto-Europa O meio receptor da ETAR é a Vala das Sete Fontes, afluente ao Esteiro da Moita, classificado como

meio sensível, pelo Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho. Em face desta classificação, torna-se

necessário complementar o tratamento existente (nível secundário) com remoção de nutrientes (nível

terceário).

2.2.4. Sistema de águas residuais do Parque Industrial das Carrascas É proposto pelo sistema multimunicipal a execução de um emissário entre o Parque Industrial das

Carrascas e a futura ETAR da Lagoinha. Este emissário destina-se ao transporte, por by pass à ETAR

da APIC, dos efluentes produzidos nas Carrascas e que a ETAR já não tenha capacidade para

receber.

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2.2.5. Sistema de águas residuais da Venda do Alcaide É proposto pelo estudo do Sistema Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal, a

desactivação da ETAR compacta, e integração deste efluente no novo sistema de águas residuais de

Pinhal Novo (referido no ponto .2.2.2).

2.2.6. Sistema de águas residuais de Barra Cheia É proposto pelo estudo do Sistema Multimunicipal desactivar a ETAR, e integrar este sistema no

sistema de águas residuais da zona industrial da Auto-Europa.

2.2.7. Sistema de águas residuais de Olhos de Água Com vista à resolução do problema do tratamento das águas residuais na zona de Olhos de Água,

com cerca de 500 habitantes, o sistema multimunicipal prevê para a Não obstante, localizar-se nas

proximidades da ETAR da Lagoinha, a zona de pertence a instalação de uma estação elevatória que

eleve os efluentes para a futura ETAR da Lagoinha, através de um emissário, também a construir.

2.2.8. Sistema de águas residuais da Quinta da Asseca Prevê-se a instalação de uma ETAR compacta com capacidade para 450 habitantes, que substituirá a

actual fossa colectiva, e servirá os habitantes da Quinta da Asseca (aproximadamente 320 habitantes)

e viabilizará mais algum crescimento urbano.

2.2.9. Sistema de águas residuais de Malpique O sistema multimunicipal propõe a criação de um sistema novo destinado a servir a população da

Carregueira, da Fonte da Vaca e da zona Oeste de Pinhal Novo.

Os efluentes urbanos produzidos na zona Oeste de Pinhal Novo serão transportados pelo emissário

de Pinhal Novo Oeste (a construir) para a futura EE de Fonte da Vaca e, através do emissário de

Fonte da Vaca, para a ETAR de Malpique (ambos a construir). A esta ETAR afluirá também uma

conduta elevatória com origem na EE da Carregueira (a construir), que receberá as águas residuais

urbanas produzidas da Carregueira e de outras localidades do Concelho da Moita.

A ETAR encontra-se já dimensionada para 15.000 habitantes-equivalentes (2400m3/dia, para uma

capitação de 160l/hab.dia), e desenvolverá um tratamento biológico em valas de oxidação multi-canal,

complementado com desinfecção, que permitirá que a qualidade das águas residuais tratadas a

descarregar na Vala de Malpique, afluente do Rio Tejo (meio sensível), esteja em conformidade com o

estabelecido no Decreto-Lei n.º 152/97 de 19 de Junho.

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2.2.10. Sistema de águas residuais de Brejos do Assa É outro novo sistema proposto pelo estudo do sistema multimunicipal, que prevê servir uma população

equivalente de 1120 habitantes (que produzam um caudal de 283m3/dia) das zonas de Brejos do

Assa, Algeruz e da Zona Industrial da Biscaia.

Os efluentes urbanos produzidos na Biscaia serão encaminhados graviticamente pelo emissário

gravítico até uma EE a localizar em Algeruz, que os elevará para a ETAR de Brejos do Assa. A esta

ETAR afluirão também os efluentes produzidos em Brejos do Assa, que serão anteriormente

conduzidos para uma EE nessa localidade, e que os elevará para a ETAR.

3. CONCLUSÃO

Não obstante o Plano Director Municipal de Palmela ter previsto e definido um crescimento urbano

sustentável para a população do concelho, em consequência da forte pressão urbanística ocorreram

ocupações humanas para além das previstas, e que se reflectiram em acentuados aumentos de

procura de água destinada ao consumo humano, proliferação de fossas sépticas, deficiente

funcionamento de alguns órgãos de tratamento, aumento da poluição difusa e, consequente

degradação da qualidade da rede hidrográfica.

Este problemas indiciam uma necessidade premente de as infra-estruturas instaladas serem

caracterizadas de forma bastante detalhada, com dados objectivos e quantificáveis, e, posteriormente,

ser efectuada uma abordagem conjunta entre a necessidade (ou não) de expansão dos aglomerados

populacionais e os recursos naturais, nomeadamente os recursos e meios hídricos, o que deverá

ocorrer no âmbito da revisão do Plano Director Municipal de Palmela. Essa análise deverá ser

articulada com o previsto nos Planos da Bacia Hidrográfica (PBH) do Sado e do Tejo, e no Plano de

Ordenamento Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais

(PEAARSAR), nomeadamente, através da integração dos seus objectivos, com vista à obtenção de

um elemento de planeamento que visa a valorização, protecção e a gestão equilibrada dos recursos

hídricos, assegurando a sua harmonia com o desenvolvimento regional através da economia do seu

emprego e racionalização dos seus usos.

Dentro dos objectivos previstos nos PBH, importa salientar a necessidade de: assegurar o nível de

atendimento de 90% da população até 2006, dotando os sistemas com soluções de drenagem e

tratamento dos efluentes domésticos; assegurar o cumprimento da legislação relativa à recolha,

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

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tratamento e descarga de efluentes domésticos e industriais que não possuem tratamento ou onde

este é manifestamente insuficiente, com soluções adequadas aos objectivos de protecção do meio

receptor, de acordo com a legislação em vigor e as directivas comunitárias aplicáveis; assegurar a

definição de áreas de protecção das captações de água destinada ao consumo humano (em

conformidade com o Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro).

Rede Viária e Acessibilidades

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ÍNDICE

1. EVOLUÇÃO POPULACIONAL, DESLOCAÇÕES E MOBILIDADE 349

1.1 ENQUADRAMENTO POPULACIONAL 350 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA MOBILIDADE 354 1.2.1 INDICADORES DE MOBILIDADE GLOBAL 354 1.2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS VIAGENS 356 1.2.3 SISTEMA DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE CONCELHOS 364 1.2.4 DISTRIBUIÇÃO DO ESTACIONAMENTO 366 1.2.5 MOTORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO 368 1.2.6 RAZÕES DA UTILIZAÇÃO OU NÃO UTILIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLECTIVO 372 1.2.7 OPINIÃO SOBRE ASPECTOS VARIADOS DO SISTEMA DE TRANSPORTES 374 1.2.8 INDICADORES DE MOBILIDADE E MOTORIZAÇÃO À FREGUESIA 376 1.3 PROCURA DE DESLOCAÇÕES 380

2. INFRAESTRUTURA VIÁRIA 384

2.1 MORFOLOGIA DA REDE VIÁRIA ACTUAL 385 2.2 PRINCIPAIS PONTOS DE CONFLITO 385 2.3 LEGIBILIDADE DA REDE 385 2.4 ESTUDOS EM CURSO 386 2.4.1 ESTUDO DE PLANEAMENTO DA REDE VIÁRIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA DO CONCELHO DE PALMELA 386

3. TRANSPORTE COLECTIVO 390

3.1 INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA E REDE TC 391

4. PLANOS DE HIERARQUIA SUPERIOR 394

4.1 PROT-AML 395 4.1.1 CONCEITO DE TRANSPORTES PARA A AML 395 4.1.2 INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - LINHAS DE INTERVENÇÃO 396 4.2 PEDPS 399 4.2.1 ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 399

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ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1: EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO CONCELHO DE PALMELA .............................................................................. 350

GRÁFICO 2: POPULAÇÃO TOTAL (PT), POPULAÇÃO MÓVEL (PM) E POPULAÇÃO MÓVEL MOTORIZADA (PMM) ................... 355

GRÁFICO 3: Nº MÉDIO DE VIAGENS TOTAIS POR PESSOA (VT/P) E POR PESSOA MÓVEL (VT/PM) E DE VIAGENS MOTORIZADAS POR PESSOA MÓVEL

MOTORIZADA (VM/PMM) ..................................................................................................................................... 355

GRÁFICO 4: REPARTIÇÃO DAS VIAGENS TOTAIS POR MODO DE TRANSPORTE .................................................................. 357

GRÁFICO 5: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DAS VIAGENS TOTAIS POR MOTIVO...................................................................... 357

GRÁFICO 6: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DAS VIAGENS MOTORIZADAS DOS RESIDENTES EM CADA CONCELHO POR PERÍODOS HORÁRIOS (HORA DE INÍCIO

DA VIAGEM).......................................................................................................................................................... 358

GRÁFICO 7: VIAGENS REALIZADAS EM TI E TP INICIADAS NO CONCELHO DE PALMELA POR PERÍODOS HORÁRIOS ............. 358

GRÁFICO 8: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DAS VIAGENS MOTORIZADAS COM ORIGEM EM PALMELA E DESTINO EM SETÚBAL , PELOS MODOS TI, TP E

TI+TP ................................................................................................................................................................. 360

GRÁFICO 9: TIPOLOGIA DAS VIAGENS MOTORIZADAS EFECTUADAS PELOS RESIDENTES DE CADA CONCELHO .................... 360

GRÁFICO 10: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DOS ESTACIONAMENTOS POR TIPO, EM CADA CONCELHO DE FIM DE ETAPA ........ 368

GRÁFICO 11: TAXAS DE MOTORIZAÇÃO POR CONCELHO ................................................................................................. 370

GRÁFICO 12: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DOS AGREGADOS POR NÚMERO DE AUTOMÓVEIS DISPONÍVEIS NA AML E POR CONCELHO 371

GRÁFICO 13: DISTRIBUIÇÃO DAS OPINIÕES DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO UTILIZARAM OS TC PELAS RAZÕES DA NÃO UTILIZAÇÃO (SÓ EFECTUARAM VIAGENS

A PÉ) ................................................................................................................................................................... 373

GRÁFICO 14: DISTRIBUIÇÃO DAS OPINIÕES DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO UTILIZARAM OS TC PELAS RAZÕES DA NÃO UTILIZAÇÃO (EFECTUARAM VIAGENS

EM TI) ................................................................................................................................................................. 373

GRÁFICO 15: DISTRIBUIÇÃO DAS OPINIÕES DOS UTILIZADORES DOS TC PELAS RAZÕES APONTADAS PARA A SUA UTILIZAÇÃO373

GRÁFICO 16: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO PELAS MEDIDAS QUE CONSIDERA MAIS EFICAZES PARA MELHORAR A REDE DE TRANSPORTE COLECTIVO

........................................................................................................................................................................... 375

GRÁFICO 17: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO PELA SUA OPINIÃO, CONCORDANTE OU DISCORDANTE, EM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS APRESENTADAS PARA

DIMINUIR A CIRCULAÇÃO DE AUTOMÓVEIS NA CIDADE............................................................................................. 375

ÍNDICE DE QUADROS QUADRO 1: DENSIDADE POPULACIONAL (HAB/ÁREA TOTAL DA FREGUESIA) - 2001.......................................................... 351

QUADRO 2: TAXAS DE CRESCIMENTO ANUAL ................................................................................................................. 351

QUADRO 3: VALORES POPULACIONAIS PARA O CONCELHO E FREGUESIAS ...................................................................... 352

QUADRO 4: PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO MÓVEL (TOTAL E MOTORIZADA) EM RELAÇÃO À POPULAÇÃO TOTAL, GLOBAL E POR SEXO 354

QUADRO 5: Nº MÉDIO DE VIAGENS TOTAIS POR PESSOA (VT/P) E POR PESSOA MÓVEL (VT/PM) E DE VIAGENS MOTORIZADAS POR PESSOA MÓVEL

MOTORIZADA (VM/PMM) ..................................................................................................................................... 355

QUADRO 6: TAXAS DE MOTORIZAÇÃO ............................................................................................................................ 369

QUADRO 7: REPARTIÇÃO PERCENTUAL DOS AGREGADOS POR Nº DE AUTOMÓVEIS DISPONÍVEIS E Nº MÉDIO DE AUTOMÓVEIS POR AGREGADO

........................................................................................................................................................................... 371

QUADRO 8: INDICADORES DE MOBILIDADE - DIAS ÚTEIS................................................................................................. 378

QUADRO 9: INDICADORES DE MOTORIZAÇÃO POR FREGUESIA ........................................................................................ 379

QUADRO 10: TRÁFEGO MÉDIO DIÁRIO 90/95/00 (TRÁFEGO DE LIGEIROS E PESADOS) ..................................................... 381

QUADRO 11: OPERADORES DE TRANSPORTES COLECTIVOS, QUE ACTUAM ENTRE O CONCELHO DE PALMELA E OS CONCELHOS DA AML 392

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1: EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO........................................................................................................................... 353

FIGURA 2: VIAGENS TOTAIS COM ORIGEM EM PALMELA................................................................................................... 358

FIGURA 3: VIAGENS TOTAIS COM DESTINO EM PALMELA ................................................................................................. 359

FIGURA 4: TEMPO MÉDIO DE VIAGENS MOTORIZADAS COM ORIGEM EM PALMELA NO PERÍODO DE PONTA DA MANHÃ (EM MINUTOS) 361

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 348 dp

FIGURA 5: TEMPO MÉDIO DE VIAGENS MOTORIZADAS COM DESTINO EM PALMELA NO PERÍODO DE PONTA DA MANHÃ (EM MINUTOS) 362

FIGURA 6: TEMPO MÉDIO DE VIAGENS MOTORIZADAS COM ORIGEM EM PALMELA NO PERÍODO DE PONTA DA TARDE (EM MINUTOS) 363

FIGURA 7: TEMPO MÉDIO DE VIAGENS MOTORIZADAS COM DESTINO EM PALMELA NO PERÍODO DE PONTA DA TARDE (EM MINUTOS) 363

FIGURA 8: DESLOCAÇÕES CASA-TRABALHO OU CASA-ESCOLA (DIÁRIAS), COM ORIGEM NO CONCELHO DE PALMELA E DESTINO NOS CONCELHOS DA

AML (INDIVÍDUOS) ............................................................................................................................................... 364

FIGURA 9: DESLOCAÇÕES CASA-TRABALHO OU CASA-ESCOLA (DIÁRIAS), COM ORIGEM NOS CONCELHOS DA AML E DESTINO NO CONCELHO DE

PALMELA (INDIVÍDUOS)......................................................................................................................................... 366

FIGURA 10: TMD ANUAL DE 2000 NO IP1/IP7 POR TROÇOS .......................................................................................... 380

FIGURA 11: AUMENTO DE TMDA NA REDE VIÁRIA ESTRUTURANTE.................................................................................. 383

FIGURA 12:EVOLUÇÃO DO TMD ANUAL (IEP)................................................................................................................ 383

FIGURA 13: TRANSPORTE COLECTIVO ........................................................................................................................... 393

LISTA DE DESENHOS

DESENHO 1: PLANO DIRECTOR MUNICIPAL: OCUPAÇÃO DO SOLO E HIERARQUIA VIÁRIA DESENHO 2: PONTOS DE CONFLITO: SITUAÇÃO EXISTENTE DESENHO 3: ENQUADRAMENTO DA AML: ESTRUTURA DE ACESSIBILIDADES DESENHO 4: CONCEITO: PROPOSTAS DESENHO 5: HIERARQUIA FUNCIONAL DA REDE: PROPOSTAS

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 349 dp

EVOLUÇÃO POPULACIONAL, DESLOCAÇÕES E MOBILIDADE

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ENQUADRAMENTO POPULACIONAL A análise populacional não só possibilita um conhecimento mais aprofundado da realidade social do concelho, como permite o levantamento de questões essenciais que podem vir a influenciar o planeamento do Sistema de Transportes no concelho. O crescimento populacional do concelho tem vindo a acentuar-se ao longo das décadas, como se pode verificar no Gráfico 1, com valores que rondam os 53000 residentes, em 2001. Gráfico 1: Evolução da população no concelho de Palmela

0

1 0 0 0 0

2 0 0 0 0

3 0 0 0 0

4 0 0 0 0

5 0 0 0 0

6 0 0 0 0

Po

pu

laç

ão

Con celh o d e Palm ela 3 6 9 3 3 4 3 8 5 7 5 3 3 5 3

1 9 8 1 1 9 9 1 2 0 0 1

Fonte: Censos da população 1981, 1991, 2001, INE

Constata-se assim um crescimento acentuado e contínuo nos últimos 20 anos, correspondendo a um aumento de cerca de 44 % que, a nova Ponte Vasco da Gama e novas acessibilidades associadas, o desenvolvimento da área industrial em Coina e o desenvolvimento de Setúbal como Pólo industrial e portuário, podem fazer perdurar.

A população distribui-se por 5 zonas administrativas em relação às quais se apresentam no Quadro 1 os valores das áreas correspondentes a cada freguesia e ao total do concelho.

+19%

+22%

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Quadro 1: Densidade populacional (hab/área total da Freguesia) - 2001 Área da Freguesia

Freguesias População 2001 Ha (% em relação à área total do concelho)

Densidade Hab./ Km2

Marateca 3586 12913 28% 27,8

Palmela 16116 7696 17% 209,4

Pinhal Novo 20993 5399 12% 388,8

Poceirão 4304 15267 33% 28,2

Quinta do Anjo 8354 5120 11% 163,2

Total Concelho 53353 46395 100% 115

Fonte: Censos da população 2001, INE

Quadro 2: Taxas de Crescimento Anual Ano

Freguesias 1981-1991 1991-2001

Concelho 1,7% 2,0%

Marateca -2,3% -0,2%

Palmela -0,5% 1,5%

Pinhal Novo 3,4% 3,2%

Poceirão - -0,2%

Quinta do Anjo -0,1% 2,4%

Fonte: Censos da população 1981, 1991, 2001, INE

Analisando o Quadro 2 podem extrair-se as seguintes conclusões: • O crescimento demográfico do concelho é positivo e indicia uma forte desigualdade na sua

distribuição espacial; • A freguesia da Marateca expressa taxas de crescimento negativas durante ambas as décadas,

com os valores mais baixos de todo o concelho. Deve-se em parte, à alteração dos seus limites administrativos, em que uma parte significativa do seu território lhe foi retirada ao ser constituída a freguesia do Poceirão;

• O Pinhal Novo apresenta, por sua vez, na década de 90 as taxas mais elevadas do concelho, seguida da freguesia da Quinta do Anjo, durante o mesmo período. É também nesta freguesia que ocorre a mudança mais repentina de todo o concelho dada a sua posição central em termos concelhios e a sua proximidade a pólos de grande atracção como Setúbal, Palmela, Moita, Barreiro e à excelente acessibilidade de que passou a desfrutar com a construção de novas acessibilidades o que veio diminuir o factor tempo de deslocação na direcção de outros grandes pólos, como seja, Lisboa;

• Quanto à freguesia de Palmela, após ter tido, na década de 80, valores de crescimento negativos, passa a apresentar na década de 90 uma taxa de crescimento na ordem dos 1,5% em parte por razões semelhantes às anteriormente expostas;

• Esta diferença brusca no ritmo de crescimento também é verificada na freguesia da Quinta do Anjo, que apresenta a segunda maior taxa de crescimento positiva do concelho;

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• Relativamente à freguesia do Poceirão, mais distante e de características eminentemente rurais, que não constava no Recenseamento de 1981, por fazer parte, até essa data, da freguesia da Marateca, apresenta uma taxa de crescimento negativa.

Em termos espaciais, e observando a Figura 1correspondente à distribuição populacional por freguesia e o Quadro 3, verifica-se que são as freguesias de Palmela e Pinhal Novo, situadas no eixo Setúbal – Ponte Vasco da Gama, que apresentam os valores mais elevados de população residente e, como já foi referido, as maiores taxas de crescimento. Quadro 3: Valores populacionais para o Concelho e Freguesias

Período

1981 1991 2001 Freguesias

Var(%) Var(%)

Concelho 36933 19% 43857 22% 53353

Marateca 4615 -21% 3644 -2% 3586

Palmela 14629 -5% 13874 16% 16116

Pinhal Novo 11007 39% 15353 37% 20993

Poceirão - - 4394 -2% 4304

Quinta do Anjo 6682 -1% 6592 27% 8354

Fonte: Censos da população 1981, 1991, 2001, INE

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Figura 1: Evolução da População

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1.1 CARACTERIZAÇÃO DA MOBILIDADE Neste capítulo procede-se à caracterização da estrutura temporal e espacial das viagens dos residentes na AML com especial enfoque no concelho de Palmela. Esta análise tem como intuito conhecer os padrões regulares das deslocações diárias das populações por forma a contribuir para um planeamento eficaz das redes de transporte do concelho. Os dados apresentados foram obtidos através do “Inquérito à Mobilidade na AML - 1998” realizado pela DGTT e pelo INE e também pelo estudo “Movimentos Pendulares na AML 1991-2001” realizado pelo INE.

1.1.1 INDICADORES DE MOBILIDADE GLOBAL No quadro abaixo é possível observar os valores da população móvel e da população móvel motorizada, assim como as suas relações com a população total, sendo: • população móvel (PM)- conjunto de pessoas que efectuaram alguma viagem no dia da realização

do inquérito; • população móvel motorizada (PMM)- conjunto de pessoas que utilizaram algum meio de transporte

nalguma das etapas das viagens realizadas, isto é, que não efectuaram a viagem exclusivamente a pé.

Quadro 4: Percentagem de população móvel (total e motorizada) em relação à população total, global e por sexo

População Móvel População Móvel Motorizada População Total (estimativa)

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

AML 76,9 68,5 72,5 62,5 51,5 56,5 1 222 620 1 346 851 2 569 471

AML N 77,4 69,4 73,2 63,4 52,1 57,4 898 449 1 002 846 1 901 295

AML S 75,4 66 70,6 60,1 47,8 53,8 324 171 344 005 668 176

Palmela 73,5 60,4 66,8 59,4 42,2 50,6 23 195 24 495 47 690

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

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Gráfico 2: População Total (PT), população móvel (PM) e população móvel motorizada (PMM)

0

500 000

1 000 000

1 500 000

2 000 000

2 500 000

3 000 000

PT PM PM M PT PM PM M PT PM PM M PT PM PM M

Homens M ulheres

AML AML SulAML Norte Palmela

72,5%

56,5%73,2%

57,4%

70,6 53,8%66,8% 50,6

n% - % em relação à população total

Da análise do gráfico anterior e do Quadro 4 é possível concluir-se que: • 72.5% da população total da AML é considerada população móvel e 56.5% é considerada

população móvel motorizada; • no concelho de Palmela as percentagens de PM e PMM são inferiores às registadas na AML Norte

e na AML Sul: • 66.8% vs. 73.2% (AML N) e 70.6% (AML S) para a PM • 50.6% vs. 57.4% (AML N) e 53.8%.(AML S) para a PMM;

• a população masculina apresenta níveis de mobilidade superiores à feminina, registando-se os valores de 76.9% vs. 68.5% para a PM na AML. Esta diferença acentua-se no indicador de PMM: 62.5% vs. 51.0%;

• a divergência de níveis de mobilidade entre homens e mulheres é maior no concelho de Palmela do que a registada na AML (PM: 73.5% vs. 60.4%), acentuando-se também a diferença no indicador de PMM (59.4% vs. 42.2%).

A nível concelhio importa referir que se registam grandes diferenças nas percentagens de população móvel em cada concelho e que Palmela detém os valores mais baixos da AML. Quadro 5: Nº médio de viagens totais por pessoa (VT/P) e por pessoa móvel (VT/PM) e de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada (VM/PMM) Viagens Totais Viagens Motorizadas

Por Pessoa Por Pessoa Móvel Por Pessoa Móvel Motorizada

AML 1,89 2,61 2,54

AML Norte 1,91 2,62 2,56

AML Sul 1,82 2,58 2,5

Palmela 1,59 2,38 2,28

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Gráfico 3: Nº médio de viagens totais por pessoa (VT/P) e por pessoa móvel (VT/PM) e de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada (VM/PMM)

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02-04-2003 356 dp

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

Homens 2,02 2,63 2,58 2,05 2,65 2,61 1,95 2,58 2,51 1,73 2,36 2,28

M ulheres 1,77 2,59 2,5 1,79 2,59 2,5 1,7 2,58 2,5 1,46 2,41 2,28

VT/P VT/PM VM /PM M VT/P VT/PM VM /PM M VT/P VT/PM VM /PM M VT/P VT/PM VM /PM M

AML AML Norte AML Sul Palmela

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Ao nível do nº médio de viagens por pessoa móvel, as diferenças entre concelhos não são tão acentuadas. No Quadro 4 e no Gráfico 3 apresentam-se, por sexo, os indicadores: número médio de viagens totais por pessoa e por pessoa móvel e número médio de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada, relativamente aos quais se evidencia: • o número médio de viagens totais por pessoa e por pessoa móvel no conjunto da AML é de 1.89 e

2.61 respectivamente. Na repartição por sexo observam-se valores mais elevados nos homens; • o número médio de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada é de 2.54 na AML

assumindo também um valor ligeiramente mais elevado na população masculina; • o número médio de viagens totais e motorizadas é superior na AML Norte do que na AML Sul.

Palmela regista por sua vez valores inferiores à média da AML Sul, com um número médio de viagens totais por pessoa e por pessoa móvel de 1.59 e 2.31 respectivamente, e um número médio de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada de 2.28;

• na repartição por sexo observam-se também em Palmela valores mais elevados nos homens relativamente ao número médio de viagens totais por pessoa mas nos outros dois indicadores a tendência inverte-se (VT/PM: 2.36 vs. 2.41 e VM/PMM: 2.28 em ambos os sexos).

Importa assim referir que, comparativamente com os outros concelhos, Palmela apresenta os valores mais baixos de nº médio de viagens totais por pessoa e nº médio de viagens motorizadas por pessoa móvel motorizada da AML.

1.1.2 CARACTERIZAÇÃO DAS VIAGENS 1.1.2.1 Distribuição das viagens por modo, motivo de viagem e períodos horários De acordo com os resultados apurados no “Inquérito à Mobilidade na AML”, para uma população residente estimada de 2.569.470, na AML, o número de viagens realizadas diariamente é cerca de 4.858.700. Destas, 24,1% são efectuadas exclusivamente a pé, 43,5% em automóvel (TI), 27,1% em transporte público, 1,6% utilizando uma combinação de TI e TP (TI+TP) e 3,7% em que foi utilizado em alguma das etapas outro meio de transporte (TO). Relativamente a Palmela, o número total de viagens efectuadas diariamente por residentes é cerca de 75.900 o que representa cerca de 1,5% do total de viagens realizadas por todos os residentes na Área Metropolitana de Lisboa.

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02-04-2003 357 dp

Gráfico 4: Repartição das viagens totais por modo de transporte

24,1

43,5

27,1

1,63,7

23,3

43,7

28,5

1,53,0

26,2

42,8

23,2

1,8

5,9

27,5

47,3

17,5

1,7

6,0

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

% to

tal d

e vi

agen

s

AML AML N AML S Palmela

Viagens a pé

TI

TP

TI+TP

TO

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

No concelho de Palmela, conforme se pode observar no Gráfico 4, o TP tem expressão reduzida quer face ao TI, quer mesmo face às deslocações realizadas a pé. A quota do TI e das viagens a pé é superior do que a registada no conjunto da AML (47,3% vs 43,5% e 27,5% vs. 24,1% respectivamente). Inversamente as percentagens relativas às viagens realizadas em TP apresentam valores bastante inferiores (17,5% vs 27,1%).

Gráfico 5: Repartição percentual das viagens totais por motivo

0

510

1520

2530

3540

4550

% to

tal d

e vi

agen

s

AML AML Norte AML Sul Palmela

Ir para o trabalho

Ir para o domicílio

Ir para a esscola

Acomp. Familiares

Serviços

Saúde

Lazer / Recreio

Visitas fam./amig.

Compras Serviços

Outros

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Analisando a repartição percentual por motivo de viagem pode constatar-se que não existem grandes variações no comportamento dos residentes nos diferentes concelhos. As viagens pelo motivo “ir para o domicilio” representam quase 50% das viagens totais realizadas. O segundo motivo mais apresentado foi “ir para o trabalho” com uma percentagem de cerca de 35% secundado pelo motivo “ir para a escola” (cerca de 11%). Nos gráficos abaixo é possível agora visualizar o grau de utilização do sistema de transportes ao longo do dia. Analisando a distribuição das viagens por período horário (Gráfico 6) é possível constatar uma configuração tipicamente pendular, com uma preponderância das viagens nos períodos de ponta da manhã e da tarde.

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02-04-2003 358 dp

Esta repartição evidencia como mais importantes os períodos das 6h30 às 9h29 e das 16h30 às 19h29 , com percentagens para o conjunto da AML de 28,4% e 26,9% de viagens motorizadas. Para o concelho de Palmela as percentagens registadas foram 34,8% e 23,8% respectivamente, o que denota uma geração na ponta da manhã superior à ponta da tarde O período em que ocorrem menos viagens é o das 9h30 às 11h59 representando apenas 7,8% do total das viagens motorizadas para o conjunto da AML e 5% em Palmela. Gráfico 6: Repartição percentual das viagens motorizadas dos residentes em cada concelho por períodos horários (hora de início da viagem)

0

5

10

15

20

25

30

35

% to

tal d

e vi

agen

s m

ot.

AML AML Norte AML Sul Palmela

06:30 09:29

09:30 11:59

12:00 13:59

14:00 16:29

16:30 19:29

19:30 0629

NS/NR

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Analisando os dados relativos às viagens realizadas em TI e TP iniciadas em Palmela, por períodos horários (Gráfico 7) é possível concluir que o número de viagens realizadas em TI é sempre muito superior ao registado em TP. As viagens em TP atingem quotas maiores nos períodos de ponta, apresentando percentagens de 30% em relação ao total de viagens. As percentagens mais baixas registam-se no período das 19h30 às 6h29 (cerca de 14%). Gráfico 7: Viagens realizadas em TI e TP iniciadas no concelho de Palmela por períodos horários

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

Nº d

e vi

agen

s

06:3009:29

09:3011:59

12:0013:59

14:0016:29

16:3019:29

19:30 0629 NS/NR

TI

TP

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

1.1.2.2 Estrutura espacial: matrizes O/D das viagens Neste ponto apresenta-se a análise dos dados das matrizes origem/destino das viagens totais recolhidos no “Inquérito à Mobilidade na AML-1998” Figura 2: Viagens totais com origem em Palmela

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02-04-2003 359 dp

Almada

Amadora

Barreiro

CascaisLisboa

Moita Montijo

Odivelas

Oeiras

Seixal

SesimbraSetúbal

Sintra

Montijo

Palmela

Alcochete

Vila Franca de Xira

Loures

Mafra

1006 3380

2353040

2695

2085189

1257

10959497

35

2085

46364

405

223

120

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Figura 3: Viagens totais com destino em Palmela

Almada

Amadora

Barreiro

CascaisLisboa

Moita Montijo

Odivelas

Oeiras

Seixal

SesimbraSetúbal

Sintra

Montijo

Palmela

Alcochete

Vila Franca de Xira

Loures

Mafra

1004 3242

2352953

2978

2158189

1615

10579887

35

2158

46364

331

223

550

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Da análise das Figura 2 e Figura 3 ressaltam os seguintes aspectos: • Verifica-se uma predominância das viagens com origem/destino dentro do próprio concelho, com

percentagens próximas de 65%; • Analisando as viagens inter-concelhias pode referir-se que as viagens entre concelhos vizinhos

apresentam algum peso no total das viagens atraídas/geradas pelo concelho de Palmela;

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02-04-2003 360 dp

• Setúbal constitui-se como origem/destino primordial, representando as viagens com origem em Setúbal 14% das viagens atraídas a Palmela e as viagens com destino em Setúbal 13% das viagens geradas em Palmela. A distribuição destas por modo de transporte pode ser observada no

• Gráfico 8; Gráfico 8: Repartição percentual das viagens motorizadas com origem em Palmela e destino em Setúbal , pelos modos TI, TP e TI+TP

67,9

27,7

1,80,0

20,0

40,0

60,0

80,0

TI TP TI+TP

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

• Setúbal é secundado pelo concelho do Barreiro que detém cerca de 5% das viagens atraídas e geradas em Palmela;

• Em relação a Lisboa, as viagens que têm como destino ou origem este concelho representam cerca de 4% do total de viagens geradas ou atraídas por Palmela;

• O número de viagens com origem em Palmela é semelhante ao número de viagens que têm como destino o concelho (verifica-se assim um equilíbrio entre o nível de geração e de atracção de viagens).

• No Gráfico 9 é possível observar as viagens motorizadas realizadas pelos residentes de cada concelho, de acordo com a seguinte tipologia: viagens intra-concelhias, viagens com origem ou destino no concelho de residência e viagens totalmente fora do concelho. Importa referir que se registam grandes diferenças nos valores apresentados por cada concelho excepto nas viagens realizadas totalmente fora do concelho que detêm sempre uma percentagem muito baixa. Relativamente à distribuição de viagens intra-concelhias e com inicio ou fim no concelho, Palmela apresenta uma situação inversa à registada para o conjunto da AML, com uma percentagem de viagens intra-concelhias de 45,2% vs 53,5% na AML e uma percentagem de viagens com inicio ou fim no concelho de 53,3% vs 42,5%. Gráfico 9: Tipologia das viagens motorizadas efectuadas pelos residentes de cada concelho

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AML

AML

Nor

te

Azam

buja

Cas

cais

Lisb

oa

Lour

es

Maf

ra

Oei

ras

Sint

ra

V. F

. Xira

Amad

ora

AML

Sul

Alco

chet

e

Alm

ada

Barr

eiro

Moi

ta

Mon

tijo

Palm

ela

Seix

al

Sesi

mbr

a

Setú

bal

Intra-Concelhias Início ou fim no Concelho Totalmente fora do Concelho

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

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02-04-2003 361 dp

1.1.2.3 Duração da viagem Nas figuras abaixo encontram-se representados os tempos médios de viagens motorizadas com inicio e destino em Palmela nos períodos de ponta. Esta informação provém do “Inquérito à mobilidade na AML – 1998” onde apenas foram calculados os tempos médios entre O/D em que se verificaram pelo menos 5 registos de duração de viagem.

Figura 4: Tempo médio de viagens motorizadas com origem em Palmela no período de ponta da manhã (em minutos)

Amadora

Odivelas

Oeiras

SesimbraSetúbal

Alcochete

Barreiro

Lisboa

Montijo

Palmela

Montijo

Seixal

AlmadaMoita

68 34

93

29

33

41

38

39

33

24

50

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Da análise da Figura 4, relativa às viagens motorizadas com origem em Palmela no período de ponta da manhã, importa realçar que:

• as viagens com maior tempo médio de deslocação são as que têm como destino Lisboa (cerca de

uma hora e meia), secundadas pelas que terminam em Almada, com valores próximos de uma hora de

viagem;

• das viagens com destino nos concelhos limítrofes a Palmela, as que registam maior tempo médio são as que

terminam em Alcochete (50 min), apresentando mesmo valores superiores às finalizadas no Seixal e em

Sesimbra, concelhos que não têm fronteira com Palmela.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 362 dp

Figura 5: Tempo médio de viagens motorizadas com destino em Palmela no período de ponta da manhã (em minutos)

Almada

Amadora

Barreiro

Lisboa

Moita Montijo

Odivelas

Oeiras

Seixal

SesimbraSetúbal

Montijo

Palmela

Alcochete

37

46

38

53

16

33

38

24

36

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Relativamente às viagens motorizadas com destino em Palmela no período de ponta da manhã (

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 363 dp

Figura 5) é possível observar que as que apresentam maiores tempos médios são as iniciadas no Seixal (cerca de 50 mim), seguidas pelas que têm origem na Moita (46 min). As viagens com origem em Sesimbra são as que detêm um tempo médio de deslocação mais baixo. É importante notar que as viagens com origem nos concelhos da AML Sul (exceptuando Alcochete, Setúbal e Sesimbra) e destino em Palmela registam um tempo médio superior ao observado na situação inversa (origem em Palmela e destino nesses concelhos).

Figura 6: Tempo médio de viagens motorizadas com origem em Palmela no período de ponta da tarde (em minutos)

Almada

Amadora

Barreiro

Lisboa

Moita Montijo

Odivelas

Oeiras

Seixal

SesimbraSetúbal

Montijo

Palmela

Alcochete

45

87

23

44

14

30

44

22

42

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Analisando a Figura 6 é possível concluir que as viagens com maior tempo médio de deslocação são as que têm como destino Lisboa, apresentando valores similares aos registados no período de ponta da manhã (cerca de 1h30min). Estas são secundadas pelas viagens finalizadas nos concelhos do Barreiro, Montijo e Alcochete, com tempos médios próximos dos 45 min. As viagens com destino em Sesimbra são as que detêm um tempo médio de deslocação mais baixo. Figura 7: Tempo médio de viagens motorizadas com destino em Palmela no período de ponta da tarde (em minutos)

Almada

Amadora

Barreiro

Lisboa

Moita Montijo

Odivelas

Oeiras

Seixal

SesimbraSetúbal

Montijo

Palmela

Alcochete

61 43

103

35

30

48

34

47

30

22

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 364 dp

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Em relação às viagens motorizadas com destino em Palmela no período de ponta da tarde ( Figura 7) é possível observar que os tempos médios registados são semelhantes aos observados no sentido inverso (origem em Palmela) no período de ponta da manhã. Assim, é possível constatar que: • as viagens que apresentam maiores tempos médios são as iniciadas em Lisboa com valores

próximos de 1h40 min, seguidas pelas que têm origem em Almada (uma hora); • das viagens com destino nos concelhos fronteiros a Palmela, as que registam maior tempo médio

são as que têm origem em Setúbal (cerca de 50 min) e as que detêm um tempo médio de deslocação mais baixo são as iniciadas no Montijo.

1.1.3 SISTEMA DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE CONCELHOS De acordo com um estudo realizado pelo INE (Movimentos Pendulares na AML 1991-2001), no concelho de Palmela existem cerca de 25.700 activos empregados ou estudantes que efectuam deslocações entre o local de residência e o local de trabalho ou estudo, sendo que deste universo, 58% reside, trabalha ou estuda no próprio concelho. Quanto à dependência que Palmela apresenta em relação aos concelhos da AML em termos de local de emprego ou estudo, Setúbal e Lisboa distinguem-se dos restantes concelhos da AML com deslocações diárias na ordem dos 4313 e 2528 indivíduos, respectivamente (ver Figura 8). Por forma a simplificar a análise espacial das deslocações, considerou-se ser suficiente a representação de apenas os concelhos que registavam em 2001 deslocações superiores a 100 indivíduos. Assim, Oeiras e Sesimbra apresentam a ligação mais fraca detendo apenas no seu conjunto 2,2% das deslocações totais inter-concelhias. Alcochete, apesar de partilhar a fronteira com Palmela é o único concelho da AML Sul que tem um valor inferior ao mínimo indicado anteriormente. Figura 8: Deslocações casa-trabalho ou casa-escola (diárias), com origem no concelho de Palmela e destino nos concelhos da AML (indivíduos)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 365 dp

Setúbal

Montijo

Moita

MontijoAlcochete

Seixal

Almada

Lisboa

Amadora

Oeiras

Barreiro

Loures

Palmela

Sintra

Sesimbra

Odivelas

Cascais

Fonte: Movimentos Pendulares na AML (1991-2001), INE

366720

2528

456

783

106

395

1344313

14984

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 366 dp

Figura 9: Deslocações casa-trabalho ou casa-escola (diárias), com origem nos concelhos da AML e destino no concelho de Palmela (indivíduos)

Setúbal

Montijo

Moita

MontijoAlcochete

Seixal

Almada

Lisboa

Amadora

Oeiras

Barreiro

Loures

Palmela

Sintra

Sesimbra

Odivelas

Cascais

Fonte: Movimentos Pendulares na AML (1991-2001), INE

Comparando as duas figuras anteriores é possível observar que o valor total de entradas no concelho de Palmela (11653 indivíduos) está equilibrado com o valor de saídas (10720 indivíduos), reafirmando o seu carácter pendular. Apesar de Lisboa perder a sua importância relativamente a deslocações efectuadas, Setúbal apresenta agora o valor mais elevado de viagens (4116 indivíduos) com destino em Palmela. As deslocações entre Palmela e Setúbal revelam-se equilibradas e vêm confirmar uma forte inter-relação funcional e sócio-económica entre estes dois concelhos. Os concelhos da AML Sul vêm agora a sua ligação a Palmela fortalecida já que o número de entradas é bastante superior às saídas. São exemplos disso os Concelhos do Seixal (1078 vs. 395 indivíduos), Barreiro (1320 vs. 720 indivíduos), Moita (1682 vs. 783 indivíduos) e Montijo (755 vs. 456 indivíduos).

1.1.4 DISTRIBUIÇÃO DO ESTACIONAMENTO A informação do

169

5191320

258

116755

1682

116

1076

4044116

172

14984

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02-04-2003 367 dp

Gráfico 10, recolhida no “Inquérito à Mobilidade – 1998”, resultou do tratamento de uma questão formulada apenas aos inquiridos que realizaram etapas em automóvel na qualidade de condutores.

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02-04-2003 368 dp

Gráfico 10: Repartição percentual dos estacionamentos por tipo, em cada concelho de fim de etapa

0%

20%

40%

60%

80%

100%

NS/NR 10 888 8 329 2 529 188

Parque privado 251 985 192 750 59 262 6 843

P. Publico gratuito 110 438 77 338 33 606 1 199

P. Publico pago 18 666 15 468 3 975 47

Via publica gratuito 1 138 601 876 892 259 813 15 144

Via publica pago 21 777 20 227 2 168 71

AM L AM L Norte AM L Sul Palmela

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

A análise dos dados revela que o estacionamento é predominantemente efectuado na via pública, quase exclusivamente de forma gratuita (percentagens de cerca de 73% no conjunto da AML e de 64% em Palmela). No entanto, o estacionamento em parque privado atinge percentagens elevadas em alguns concelhos da AML, nomeadamente Palmela, com cerca de 29% vs 16.2% registados no conjunto da AML, o que pode ser explicado em grande parte pelas tipologias habitacionais unifamiliares que predominam no concelho. O estacionamento pago, quer na via pública quer em parque público, é quase insignificante em todos os concelhos da AML, apresentando valores em Palmela de 0,3% e 0,2% respectivamente (valores inferiores aos registados para o conjunto da AML – 1,4% e 1,2%).

1.1.5 MOTORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A taxa de motorização em número de automóveis e de motociclos e ciclomotores por mil habitantes encontra-se apresentada no Quadro 6 e no

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02-04-2003 369 dp

Gráfico 11, sendo de destacar que o seu valor na AML é de 326,9 automóveis por mil habitantes. Quadro 6: Taxas de motorização

Nº de automóveis Nº de motociclos e ciclomotores Concelhos

Total Por 1000 hab. Total Por 1000 hab.

AML 839 856 326,9 76 286 29,7

AML Norte 621 622 326,9 52 625 27,7

AML Sul 218 234 326,6 23 661 35,4

Palmela 15 946 334,4 2 858 59,9

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 370 dp

Gráfico 11: Taxas de motorização por concelho

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

Nº d

e au

tom

óvei

s/10

00 h

ab

Azam

buja

Cas

cais

Lisb

oa

Lour

es

Maf

ra

Oei

ras

Sint

ra

V. F

. Xira

Amad

ora

Alco

chet

e

Alm

ada

Barr

eiro

Moi

ta

Mon

tijo

Palm

ela

Seix

al

Sesi

mbr

a

Setú

bal

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Em relação ao concelho de Palmela é de destacar a elevada taxa de motorização da população em termos do número de automóveis (334,4 aut./1000 hab), superior à média da AML (326,9 aut./1000 hab), o que evidencia a grande dependência do automóvel mas também, a reduzida atractividade do TC, a ausência de outras alternativas competitivas noutros modos de transporte e, de algum modo, uma relativa capacidade económica das famílias e da região que permite sustentar tão elevada motorização. Relativamente aos motociclos e ciclomotores, a taxa de motorização no concelho também é superior à registada para o conjunto da AML: 59,9 motociclos e ciclomotores/1000 hab. vs. 29,7 motociclos e ciclomotores /1000 hab, que pode ser parcialmente compreendido atendendo à dimensão da base industrial do concelho. Esta elevada motorização da população associada ao potencial de crescimento em termos urbanos justificam também a necessidade de planear a rede viária de forma a prepará-la para o futuro, garantindo os corredores que em termos de rede urbana e de estruturação do território mais façam sentido, independentemente do seu programa de concretização no tempo.

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02-04-2003 371 dp

Gráfico 12: Repartição percentual dos agregados por número de automóveis disponíveis na AML e por concelho

0%

20%

40%

60%

80%

100%

3 ou +

2

1

0

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Quadro 7: Repartição percentual dos agregados por nº de automóveis disponíveis e nº médio de automóveis por agregado

Automóveis à disposição do agregado Concelhos Total de agregados

0 1 2 3 ou +

Nº médio de automóveis por agregado

AML 937 737 35,5 43,6 17,7 3,3 0,90

AML Norte 704 798 36,7 42,5 17,5 3,3 0,88

AML Sul 232 939 31,8 46,8 18,3 3,2 0,94

Palmela 16 630 29,9 48,3 18,6 3,2 0,96 Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Relativamente à motorização dos agregados, caracterizada pelo número de automóveis disponíveis no

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 372 dp

Gráfico 12, verifica-se que 35,5% dos agregados na AML não dispõem de automóvel e que,

particularmente em Lisboa, esta percentagem sobe para 50,7%.

Em relação ao concelho de Palmela esta percentagem é bastante inferior, com apenas cerca de 30%

dos agregados sem automóvel. Em contrapartida a percentagem de agregados no concelho com um

automóvel é ligeiramente superior à media da AML (cerca de 50%).

1.1.6 RAZÕES DA UTILIZAÇÃO OU NÃO UTILIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLECTIVO

Neste ponto analisam-se as principais razões apontadas para a utilização ou não utilização dos

transportes colectivos. Os dados apresentados nos gráficos abaixo, recolhidos no “Inquérito à

Mobilidade – 1998”, resultaram do tratamento de uma questão formulada apenas aos indivíduos com

idade igual ou superior a 15 anos.

Foi solicitado aos inquiridos que utilizaram exclusivamente TI e/ou se deslocaram a pé que indicassem

as três razões, por ordem de importância, para a não utilização dos transportes colectivos.

Da análise do Gráfico 13 pode salientar-se que para os indivíduos que realizaram as suas viagens a

pé:

• a razão mais apontada para a não utilização do TC, no conjunto da AML e para quase todos os

concelhos, foi o “trajecto curto/não necessário” (29%), secundada da “ausência de serviços” (21%);

• no concelho de Palmela a distribuição das opiniões foi bastante diferente da registada para a AML,

com a razão “ausência de serviços” a apresentar percentagens muito elevadas (71%), secundada

pelo “trajecto curto/não necessário” (19%).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 373 dp

Gráfico 13: Distribuição das opiniões dos indivíduos que não utilizaram os TC pelas razões da não utilização (só efectuaram viagens a pé)

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AML AML Norte AML Sul Palmela

Falta de conforto Pouca rapidez Falta de segurançaRealização de transbordos Combinação com outras pessoas Razões profissionaisFalta de hábito Ausência de serviços Trajecto curto/não necessárioRazões económicas Outras

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Para os indivíduos que utilizaram o transporte individual (Gráfico 14): • a razão mais referida, para o conjunto da AML e para a maior parte dos concelhos, foi a “pouca

rapidez” (20%), seguida de “razões profissionais” (18%); • no concelho de Palmela as razões mais apontadas foram novamente bastante diferentes das

registadas para a AML, com a razão “ausência de serviços” a apresentar repetidamente percentagens muito elevadas (42%), secundada por “razões profissionais” (19%).

Gráfico 14: Distribuição das opiniões dos indivíduos que não utilizaram os TC pelas razões da não utilização (efectuaram viagens em TI)

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AML AML Norte AML Sul PalmelaFalta de conforto Pouca rapidez Falta de segurançaRealização de transbordos Combinação com outras pessoas Razões profissionaisFalta de hábito Ausência de serviços Veículo disponívelInsuficiências variadas dos TC Não necessário Outras

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

Aos inquiridos que utilizaram transporte colectivo foi solicitado que indicassem as três razões, por ordem de importância, para a sua utilização. Constatou-se que para todos os concelhos da AML a razão mais apontada foi “sem alternativa”, aparecendo em segundo lugar as razões “preço” ou “rapidez”(Gráfico 15).

Gráfico 15: Distribuição das opiniões dos utilizadores dos TC pelas razões apontadas para a sua utilização

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 374 dp

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AML AML Norte AML Sul Palmela

Rapidez Preço Estacionamento difícilSem alternativa Devido a deslocação anterior combinação com outras pessoasOutras

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

1.1.7 OPINIÃO SOBRE ASPECTOS VARIADOS DO SISTEMA DE TRANSPORTES Apresentam-se agora as principais conclusões relativas às questões colocadas no “Inquérito à Mobilidade na AML-1998” sobre medidas para melhorar o sistema de transportes. Como se pode observar no Gráfico 16 a medida considerada mais eficaz para melhorar a rede de transporte colectivo foi o aumento de frequência, com cerca de 50% das respostas no conjunto da AML e 60% em Palmela. Em segundo lugar foi apontada, na AML, a diversificação dos meios de transporte e no concelho de Palmela, assim como no conjunto da AML Sul, o alargamento do horário de circulação.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 375 dp

Gráfico 16: Distribuição da população pelas medidas que considera mais eficazes para melhorar a rede de transporte colectivo

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AML AML Norte AML Sul Palmela

Aumentar a rapidez Diversif icar os meios de transporteAumentar a frequência Aumentar o confortoAlargar horários de circulação Melhorar a informação ao públicoOutra medida

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

No Gráfico 17 apresenta-se a distribuição dos inquiridos, consoante a concordância ou não, com um conjunto de propostas para diminuir a circulação de automóveis na cidade. As medidas apresentadas foram as seguintes: • Medida 1: Restringir o acesso de automóveis às cidades; • Medida 2: Construir parques de estacionamento na periferia das cidades, próximo de serviços de

transporte público; • Medida 3: Alargar área de estacionamento pago no centro das cidades; • Medida 4: Alterar a estrutura de emprego; • Medida 5: Incentivar o desfasamento de horários de trabalho / escolas. Pode concluir-se que a opinião generalizada vai no sentido da concordância com as medidas apresentadas, realçando-se no entanto, que: • a medida com maior aceitação foi “construir parques de estacionamento na periferia das cidades,

próximo de serviços de TP” (cerca de 96% de respostas positivas para o conjunto da AML e para Palmela);

• a medida menos popular foi “alargar área de estacionamento pago no centro das cidades”, com cerca de 52% de respostas positivas para o conjunto da AML e 49% para Palmela.

Gráfico 17: Distribuição da população pela sua opinião, concordante ou discordante, em relação às medidas apresentadas para diminuir a circulação de automóveis na cidade

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

AM L AM LN

AM LS

P AM L AM LN

AM LS

P AM L AM LN

AM LS

P AM L AM LN

AM LS

P AM L AM LN

AM LS

P

Sim Não

Medida 1 Medida 4Medida 3Medida 2 Medida 5

Fonte: Inquérito à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa - 1998, DGTT, INE

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02-04-2003 376 dp

1.1.8 INDICADORES DE MOBILIDADE E MOTORIZAÇÃO À FREGUESIA

A2

IC20Via Rápida Trafaria

Prol. IC20

Estrada Florestal

Corroios

A2V1

L3

Via Turística

L3

Almada Cacilhas

Caparica

Charneca

Costa da Caparica

Cova da Piedade

Laranjeiro

Pragal

Sobreda

Trafaria

A existência de dados desagregados à freguesia para os indicadores de mobilidade e motorização,

permite efectuar uma análise mais detalhada das várias zonas do concelho.

Devido à indisponibilidade dos dados constantes do “Inquérito à Mobilidade na AML-1998”, recorreu-

se ao “Inquérito Geral à Mobilidade na AML -1995” realizado pela TIS.

A observação dos valores relativos a estes dois indicadores, apresentados no Quadro 8 e

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02-04-2003 377 dp

Quadro 9, permite retirar as seguintes conclusões:

• Relativamente à mobilidade, conclui-se que as freguesias da Marateca, Pinhal Novo e Poceirão

são as que apresentam um maior número de viagens por dia, registando-se os valores mais

elevados na freguesia da Marateca. Este aspecto evidencia de algum modo a sua maior

dependência face ao emprego localizado fora destas freguesias.

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02-04-2003 378 dp

Quadro 8: Indicadores de Mobilidade - Dias Úteis Pessoas Móveis

Freguesias Pessoas Imóveis Tempo Médio de

Viagens/dia (horas) Nº Médio Viagens / dia

Nº Médio de Viagens Não Obrigat. / dia

Nº Médio de Transbordos / dia

Marateca 45,5% 1,69 3,01 0,78 0,00

Palmela 20,2% 0,95 2,55 0,59 0,15

Pinhal Novo 35,5% 1,61 2,86 0,69 0,90

Poceirão 26,2% 1,79 2,95 0,94 0,19

Quinta do Anjo 26,5% 1,22 2,90 0,94 0,30

Total Concelho 29,2% 1,34 2,78 0,72 0,41

Total AML 23,1% 1,43 2,74 0,71 0,6

Fonte: Inquérito Geral à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (Dezembro de 1995)

• Quanto à motorização, pode concluir-se que todas as freguesias apresentam cerca de um veículo por família.

A freguesia do Pinhal Novo apresenta a maior percentagem de famílias sem veículo próprio, valor que ronda os 22%. As restantes freguesias apresentam na sua maioria valores próximos dos 15%, salientando a freguesia do Poceirão como aquela que manifesta a menor percentagem (8,8%). Esta freguesia apresenta, por sua vez, valores também inferiores, relativamente às outras zonas do concelho, na percentagem de famílias detentoras de um veículo. Em relação a este indicador, é na freguesia do Pinhal Novo que se reflectem as maiores percentagens. Quanto aos valores correspondentes às famílias com dois ou mais veículos é possível constatar que é na freguesia do Poceirão que se encontram as percentagens mais elevadas, conclusão que vem no seguimento das percentagens reduzidas de famílias sem veículo. Assim, é também possível observar que o Pinhal Novo é aquele que expressa as menores percentagens de famílias com dois ou mais veículos. Quando analisado o número de veículos por 1000 adultos verifica-se que este valor é novamente mais elevado na freguesia do Poceirão, do qual se deduz uma forte motorização da população nesta zona o que indicia uma dependência face ao transporte individual e a subsequente fraca atractividade do transporte colectivo. Por sua vez, os valores mais baixos registam-se no Pinhal Novo, sendo uma zona que é considerada bem servida por transportes colectivos.

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02-04-2003 379 dp

Quadro 9: Indicadores de Motorização por Freguesia

Freguesias Famílias s/ Motorização

Famílias c/ 1 Veiculo

Famílias c/ 2 ou +Veículos

Veículos / 1000 Habitantes.

Veículos / 1000 Adultos.

Marateca 16,7% 47,2% 36,1% 237,7 555,6

Palmela 14,4% 53,9% 31,7% 304,8 494,3

Pinhal Novo 22,7% 49,1% 28,2% 221,2 444,7

Poceirão 8,8% 42,5% 48,8% 240,8 627,9

Quinta do Anjo 16,2% 50,5% 33,3% 282,8 515,7

Total Concelho 16,5% 49,6% 33,9% 259,3 510,6

Total AML 27,8% 49,8% 22,4% 262,4 394,7

Fonte: Inquérito Geral à Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (Dezembro de 1995)

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PROCURA DE DESLOCAÇÕES Pretende-se agora perceber no contexto da AML Sul, qual é a distribuição espacial e evolução na última década do tráfego automóvel (ligeiros e pesados) no concelho de Palmela e na sua envolvente. Para tal foram recolhidos dados de TMDA (Tráfego Médio Diário Anual) junto da Brisa e do IEP. Começando pelos IP’s / IC’s, obteve-se informação, sempre que possível, para alguns troços do IP1 e IP7, e para as pontes que atravessam o rio Tejo, em três momentos diferentes: 1990, 1995 e 2000.

Figura 10: TMD Anual de 2000 no IP1/IP7 por troços

Almada

Sesimbra

Alcochete

lmela

Montijo

Setúbal

Seixal

Odivelas

Montijo

Moita

Lisboa

Barreiro

Amadora

Fonte: Brisa

Observando a figura anterior é possível perceber a progressiva diminuição do TMD à medida que nos afastamos do Concelho de Lisboa (com excepção do troço Palmela – Nó de Setúbal), sendo Almada por si só responsável por cerca de metade das travessias na Ponte 25 de Abril. Desta forma é possível aferir que em 2000, o maior volume de tráfego concentra-se na Ponte 25 de Abril com um TMD de 152.579 veículos/dia, secundado pelo registado nos troços Almada - Fogueteiro e Fogueteiro – Coina com 73.400 e 47.662 veículos/dia respectivamente. É de realçar a triplicação do TMD Anual no troço Almada – Fogueteiro, entre 1990 e 2000, com variações na ordem dos 112,8% entre 1995 e 2000, e 193,6% na última década. Valores estes, representativos da crescente dependência face ao transporte individual, do consequente facto de existirem cada vez mais veículos em circulação, e do desenvolvimento urbano crescente na margem Sul do Tejo.

IP1

TMD Anual 2000

Barreir0 to 2000020000 to 3000030000 to 4000040000 to 5000050000 to 8000080000 to 160000 IC3

Fogueteiro

CoinaNó de Setúbal

Palmela Marateca

Nó IP1/IP7

Vendas Novas

Alcácer do Sal

Almada

IP7 IP1/IP7

IP7

IP1

IC21

IC1

IC11

IP20

Montijo

Pinhal Novo

-52%

%

-

-

-

+30

%

-35

-31%

+2%

25%

Pa+21%

IC32

59%

-2%

-6%

35%

-63%

%

-11

dp

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Quadro 10: Tráfego Médio Diário 90/95/00 (tráfego de ligeiros e pesados) TMD Anual Variação TMD (%)

Via Troço 1990 1995 2000 90-95 95-00 90-00

Ponte 25 de Abril 105.893 134.737 152.579 - 13,2% 44,1%

Almada - Fogueteiro 25.000 34.500 73.400 38,0% 112,8% 193,6%

Fogueteiro - Coina 21.900 35.835 47.662 63,6% 33,0% 117,6%

Coina - Palmela 18.813 29.111 33.046 54,7% 13,5% 75,7%

IP7

Palmela - Nó de Setúbal 18.813 25.910 33.629 37,7% 29,8% 78,8%

Nó de Setúbal - Marateca - 11.600 25.361 - 118,6% - IP1/ IP7 Marateca - Nó IP1/IP7 - 18.379

71 23.755 - 29,3% -

IP1 Nó IP1/IP7 - Alcácer do Sal - 11.6081 15.547 - 33,9% -

IP7 Nó IP1/IP7 - Vendas Novas - 4.468 8.715 - 95,1% -

Ponte Vasco da Gama - 43.52272

51.811 - 19,0% -

Montijo – Pinhal Novo - 17.6932

21.454 - 21,3% - IP1

Pinhal Novo – Nó de Setúbal - 17.9052

20.964 - 17,1% -

IC3 Nó de Setúbal - Setúbal - 15.664 29.808 - 90,3% -

Fonte: Brisa

A Ponte Vasco da Gama por sua vez, tendo iniciado o seu funcionamento em 1998, regista em 2000 um TMD na ordem dos 51.811 veículos/dia, representando cerca de 1/3 do volume de tráfego da Ponte 25 de Abril. Relativamente aos troços que atravessam o Concelho de Palmela, o volume de tráfego registado em 2000 no troço Coina – Palmela representa cerca de metade (33.046 veículos/dia), quando comparado com o troço Almada - Fogueteiro. Entre Palmela e o Nó de Setúbal dá-se um aumento de cerca de 580 veículos, relativamente ao troço anterior, o que vem reforçar a forte ligação existente entre os dois Concelhos visados. Ambos os troços evoluíram de forma semelhante, registando entre 1990 e 2000, uma variação de TMD de cerca de 76% e 79% respectivamente. Do TMD que atravessa a Ponte Vasco da Gama, menos de metade circula entre o Montijo e o Nó de Setúbal (aproximadamente 40%), sendo o TMD ligeiramente superior no troço Montijo - Pinhal Novo (com mais 500 veículos/dia), do que no troço Pinhal Novo – Nó de Setúbal. Passando o Nó de Setúbal, os valores de TMD diminuem significativamente em relação aos troços anteriores do IP7. A circulação automóvel até à Marateca sofreu um aumento de 118,6% entre 1995 e 2000, verificando-se em 2000 25.361 veículos/dia, valor semelhante ao tráfego registado entre a Marateca e o Nó do IP1/IP7 (23755 veículos/dia).

71 Valor de TMD Anual relativo a 1998 72 Valor de TMD Anual relativo a 1999

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De uma forma geral verifica-se um volume de tráfego mais significativo na parte Oeste do Concelho (entre Coina e o Nó de Setúbal), com um aumento de cerca de 10.000 veículos/dia em relação aos restantes troços da A2 (IP1/IP7), valor este em parte justificado pela ligação existente a Setúbal. A partir do Nó do IP1 com o IP7, o maior volume de tráfego dá-se no IP1, registando 15.547 veículos/dia enquanto que no IP7 regista-se cerca de 56% deste valor (8.715 veículos/dia). A nível das estradas nacionais existentes em Palmela e na sua envolvente, a análise foi bastante dificultada pelo facto da informação existente não ser satisfatória (tanto a nível espacial como temporal), para a compreensão da circulação automóvel neste concelho. Como tal, foi apenas possível analisar de forma bastante incompleta o TMD dos postos assinalados na Figura 12. Os postos de contagem que apresentam o valor de TMD mais elevado são três. Os postos 694-A (N10) e 695-B (IC21) localizados a Oeste do Concelho de Palmela registam em 1997, 29.162 e 19.469 veículos/dia respectivamente. Enquanto o posto 700 (N252), como uma das principais ligações à cidade de Setúbal registava em 1995 cerca de 22.226 veículos/dia. Nas entradas a Norte do Concelho, foi possível obter contagens até 1999, destacando-se o posto 691-U localizado na N252 com 11.395 veículos/dia. Os restantes pontos de contagem - 696-C (N379-2) e 686 (N4) - apresentam valores na ordem dos 6000 e 4000 veículos/dia, ou seja, cerca de metade do valor registado na N252. Ainda com valores de TMD em 1999 tem-se o posto 42/693, localizado na zona Este do Concelho na N10, com cerca de mais 1000 veículos do que a N372-2. Os dois pontos que registam um decréscimo de TMD encontram-se a Sul de Palmela, respectivamente no posto 698 (N379) que de 1994 para 1997 sofreu uma diminuição de cerca de 180 veículos/dia, e no posto 697 (N10) que de 1993 para 1996 sofreu uma perda bastante mais significativa, à volta dos 3800 veículos/dia. Em súmula poder-se-á concluir que se observa: • Aumentos muito significativos de TMDA na rede viária estruturante da região (IP’s e IC’s).

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Figura 11: Aumento de TMDA na rede viária estruturante Alcochete

Palm

Montijo

Setúbal

Montijo

Moita

Barreiro

• Aumento generalizado na Red

protagonizado pela N252.

• Redução localizada na N10 po

Figura 12:Evolução do TMD Anual

1.2 x em 5

anos

ela

2 x em 10anos

3

e Viária Principal d

r via de transferên

(IEP)

2 x em 5 an

2 x em 5 anos

os

83 dp

o Concelho com destaque para o eixo longitudinal Norte/Sul

cia de tráfego para o IP1/IP7.

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INFRAESTRUTURA VIÁRIA

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MORFOLOGIA DA REDE VIÁRIA ACTUAL No concelho de Palmela a actual rede de acessibilidades (Desenho 1) é profundamente marcada pela rede supra-local (A2, A12, IC21) que forma um triângulo enquadrando a “cidade central” de Pinhal Novo e seus núcleos satélite (Olhos de Água, Venda do Alcaide, Vale da Vila, Lagoa da Palha). Este modelo urbano, consignado no actual PDM, motivou a proposta de um grande anel viário em torno de Pinhal de Novo, ligado à malha envolvente através de algumas radiais. Na metade Sul do concelho, o PDM consagra a proposta da variante Norte a Palmela e seu prolongamento para Setúbal. O extremo poente desta variante bifurca-se em dois eixos – um servindo a parte Sul da Área Industrial de Coina o outro assegurando a ligação à rede viária de Sesimbra. Esta variante pretende constituir-se como alternativa à actual EN 379. A restante rede tem um carácter de serviço aos restantes aglomerados, destacando-se o sistema triangular Poceirão / Águas de Moura / Fernando Pó e a formação radial centrada no Poceirão. Os principais eixos transversais são a EN4 e EN5 que asseguram a ligação para Nascente bem como a EN10 com continuidade também para Norte.

1.2 PRINCIPAIS PONTOS DE CONFLITO A realização de um reconhecimento de campo exaustivo em todo o território concelhio, efectuado no primeiro semestre de 2001, permitiu elaborar uma carta onde se procede à identificação dos Pontos Conflitos e/ou Zonas Problema (ver Desenho 2) de acordo com a seguinte tipologia: • Descontinuidades: quando a ligação entre vias não assegura continuidades dos alinhamentos,

dificultando a legibilidade da hierarquia da própria rede; • Estrangulamentos: quando o perfil transversal de uma via diminui pontualmente, verificando-se a

subsequente diminuição de capacidade da mesma; • Falta de Capacidade: quando o nó ou a via já não apresentam condições para assegurar o

escoamento do tráfego actualmente verificado; • Problemas de Implantação: quando o traçado da via se depara com problemas relacionados com a

má visibilidade, raios de curvatura e declives acentuados; • Geometria do Nó: quando a disposição formal do nó não se ajusta às funções das vias existentes;

• Ocupação Marginal Excessiva: quando uma via apresenta, em determinados troços da sua extensão, uma ocupação marginal problemática que lhe diminui a capacidade necessária;

• Estacionamento Irregular: quando a existência de estacionamento marginal perturba o normal funcionamento da circulação, afectando o seu nível hierárquico;

• Sucessão de Nós: quando nós consecutivos não apresentam um espaçamento satisfatório, induzindo a inúmeros pontos de conflito que impossibilitam o escoamento necessário da via em questão.

1.3 LEGIBILIDADE DA REDE A legibilidade da rede é um aspecto fundamental que pode afectar significativamente a boa percepção da hierarquia da rede viária. Tal como em muitos concelhos da AML, onde a urbanização em extensão afecta as condições ideais de circulação, também em Palmela se detectam alguns problemas que condicionam a legibilidade da rede e, consequentemente, a legibilidade do espaço urbano que estão essencialmente relacionados com:

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• a morfologia da ocupação urbana e a sua relação com o suporte físico; • a morfologia da rede e a relação com as áreas de ocupação urbana por ela servidas em termos de

uma adequada compatibilização de funções; • as suas características geométricas; • o papel da sinalização horizontal e vertical; Estes aspectos, muito relacionados quer com a gestão urbanística do território quer com a gestão da via pública, podem influenciar decisivamente qualquer proposta de planeamento da rede viária seja ao nível principal seja ao nível secundário, pelo que deverão ser tidos em conta no futuro.

1.4 ESTUDOS EM CURSO 1.4.1 ESTUDO DE PLANEAMENTO DA REDE VIÁRIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA DO CONCELHO DE

PALMELA Como se torna claro no Desenho 3, a posição estratégica de Palmela na AML tem muito a ver com a sua proximidade em relação ao Pólo Urbano, Industrial e Portuário de Setúbal, com a sua posição central em termos do triângulo IP1-IP7-IC32 (porta de entrada na AML) e correspondente proximidade em relação quer à grande circular à AML, agora reforçada com a Ponte Vasco da Gama, quer em relação ao futuro eixo ferroviário Pragal-Pinhal Novo. A posição estratégica de Palmela face ao Sistema de Transportes Metropolitano levou à proposta no PROT de um grande centro de logística na envolvente do IC11 precisamente para tirar partido desta extraordinária acessibilidade rodoviária, potenciando a reestruturação progressiva da actividade logística na AML, promovendo a sua relocalização e abrindo espaço para a requalificação de áreas urbanas mais afectadas por esta actividade, especialmente na AML-Norte. A existência de algumas “portas” de entrada/saída na rede fundamental metropolitana a partir do concelho cria vantagens comparativas para as actividades económicas que o futuro IC11 virá naturalmente reforçar. À excepção da área urbana de Palmela, os restantes aglomerados encontram-se relativamente distanciados destes corredores viários. Se por um lado ficam relativamente salvaguardados das nefastas influências ambientais da circulação rodoviária de longo curso, por outro lado reforça a necessidade de assegurar boas ligações viárias aos nós de entrada/saída deste sistema viário fundamental. O poder de influência que a existência destes nós, e que o surgimento de outros novos, desencadeia na reestruturação da ocupação no território, particularmente na sua envolvente imediata, traduz-se em maiores pressões urbanísticas, favorecendo o surgimento de áreas de vocação industrial e de armazenagem como na área de Coina, ao longo da EM533 ou junto a Palmela, nem sempre interpretado e potenciado da melhor forma pelos instrumentos de planeamento.

Foi neste sentido que a Câmara Municipal de Palmela solicitou ao CESUR para elaborar o Estudo de Planeamento da Rede Viária Principal e Secundária do Concelho de modo a equacionar um Sistema de Acessibilidades que melhor se adequasse, de forma tanto quanto possível integrada, às dinâmicas urbanas em curso salvaguardando princípios de ordenamento e de qualificação das áreas urbanas.

Sintetizam-se de seguida os princípios que nortearam uma proposta preliminar de (re)ordenamento da Rede Viária:

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A. Afirmação da estrutura radioconcêntrica do sistema urbano de Pinhal Novo B. Estabelecer uma ligação viária entre os três nós mais centrais do triângulo (IP7 – IP1 – IC32)

C. Estabelecimento de uma reticula viária que suporte o eixo urbano Palmela/ Quinta do Anjo/

Cabanas/ Azeitão

D. Afirmar a circular industrial em torno do Nó de Coina, complementando o princípio anterior

E. Completar a circular a Palmela ligando-a ao sistema viário principal de Setúbal

F. Reserva de corredor viário que permita a criação de uma diagonal na parte Nascente do concelho face às orientações estratégicas do PROT relacionadas com a criação de uma plataforma logística em Pegões

G. Melhoria geral da qualidade da rede na parte Nascente do concelho

1.4.1.1 Proposta de Hierarquia para a Rede Viária Para uma proposta de hierarquia viária contribuem fundamentalmente as funções preconizadas para cada eixo, tendo presente o conceito de rede e a sua morfologia, e menos o estatuto administrativo que cada eixo possa ter. Neste sentido o Estudo atrás citado propôs os seguintes níveis (Desenho 5) com indicação das suas características, as quais poderão em princípio vir a ser afinadas em fases subsequentes:

REDE VIÁRIA PRIMÁRIA OU FUNDAMENTAL

Corresponde ao nível hierárquico de topo formado por vias que desempenham predominantemente funções de atravessamento do concelho e de ligação entre as suas principais centralidades. Trata-se de um nível especificamente orientado para o assegurar da mobilidade territorial no interior do concelho ou com o exterior.

Vias Arteriais As vias arteriais proporcionam predominantemente o atravessamento do concelho e o acesso às grandes áreas urbanas em nós selectivamente definidos. Supletivamente podem constituir-se como ligações urbanas estruturantes não existindo em Palmela situações deste tipo. Os eixos incluídos neste nível devem ter um perfil transversal formado por 2 a 3 vias por sentido. Os pontos de acesso devem ser adequadamente espaçados e hierarquizados. Os nós devem ser desnivelados. O estacionamento marginal deve ser interdito. As paragens de TC devem ser interditas em plena via.

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Vias Principais

As vias principais constituem-se, fundamentalmente como ligações urbanas estruturantes proporcionando fácil mobilidade às populações. Poderão supletivamente proporcionar ligação entre os diferentes sectores dos espaços urbanos. Os eixos incluídos neste nível devem ter um perfil transversal formado por 2 vias por sentido. As intersecções de nível devem ser devidamente ordenadas, hierarquizadas ou com regulação semafórica quando os níveis de tráfego o justificarem. Os pontos de acesso podem ser de nível ou desnivelados, a definir em função dos níveis de tráfego. O estacionamento deve ser altamente condicionado ou apenas autorizado longitudinalmente em situações excepcionais. As paragens de TC devem ocorrer fora da faixa de rodagem.

REDE VIÁRIA SECUNDÁRIA

A rede secundária é constituída por vias fundamentalmente de ligação interurbana, de carácter supletivo, ou de carácter urbano, quando incluída nos perímetros urbanos, assegurando a colecta do tráfego e a distribuição regrada aos espaços urbanos adjacentes. Excepcionalmente poderão desempenhar funções de acesso local às actividades marginais mas sempre de forma desejavelmente controlada.

Vias Colectoras e Distribuidoras Estas vias asseguram a transição entre a rede primária e a rede local proporcionando a circulação principal nos diversos sectores urbanos e a distribuição para a rede local. Devem ser constituídas pelo menos por 3 vias. Esta 3ª via constitui uma folga importante proporcionando a constituição de vias de viragem à esquerda, corredores BUS ou a introdução de uma 2ª via por sentido. A sucessão de pontos de acesso deve ser controlada por forma a garantir algum espaçamento entre intersecções. Os nós são de nível. O estacionamento e a localização de paragens de TC pode ser autorizado mas localmente regulado em função das condições particulares de cada sítio.

REDE VIÁRIA LOCAL

Vias de Distribuição Local

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As vias de distribuição local são todas as vias que, sendo de acesso local e permitindo o acesso directo à ocupação marginal e às diversas actividades confinantes, tem uma geometria ou morfologia que as torna hierarquicamente mais importantes e que proporciona uma circulação mais directa no acesso à rede secundária. Em termos de perfil transversal devem ter necessariamente, e pelo menos, 1 via por sentido. Vias de Acesso Local As vias de acesso local são todas as que proporcionam o acesso directo às edificações marginais.

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TRANSPORTE COLECTIVO

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INFRAESTRUTURA FERROVIÁRIA E REDE TC O concelho de Palmela encontra-se servido por um eixo ferroviário pesado - Linha de Comboios do Sul - que efectua a ligação entre o Barreiro e Vila Real de Santo António. Esta linha, encontra-se desfasada dos principais aglomerados urbanos, não podendo assim corresponder desta forma às actuais necessidades de deslocações das populações em termos de serviço suburbano. Em termos de transporte colectivo rodoviário, é possível observar na

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Figura 13 que Palmela apresenta uma rede bastante deficitária em termos de cobertura territorial adequada dos múltiplos aglomerados populacionais e áreas de actividade laboral. O Quadro 11 apresenta uma compilação dos operadores de transportes colectivos que efectuam a ligação entre Palmela e os restantes concelhos da AML. Relativamente ao transporte colectivo rodoviário dentro do concelho de Palmela, existe unicamente um operador a funcionar: o ´Setubalense’. Sendo conhecida a enorme relação que se estabelece entre o modelo de ocupação territorial e a maior ou menor viabilidade que se estabelece em termos de um sistema de transporte colectivo que suporte e potencie as deslocações em TC, em detrimento do TI, tendo em vista uma maior racionalidade económica, energética e ambiental, revela-se fundamental equacionar este importante tema em sede de um processo de revisão do PDM de Palmela. Quadro 11: Operadores de Transportes Colectivos, que actuam entre o concelho de Palmela e os concelhos da AML

Concelhos da AML Operadores Alcochete TST / Ribatejana Almada Setubalense + Ribatejana / Setubalense / CP Amadora Vimeca / CP + Setubalense / Transtejo / Soflusa + Setubalense / CP Azambuja Rodoviária do Tejo / CP + Setubalense / Transtejo / Soflusa + Setubalense / CP Barreiro Setubalense / CP Cascais Vimeca / Stagecoach / CP + Setubalense / Soflusa / Transtejo + Setubalense / CP Lisboa Setubalense / Soflusa / Transtejo + Setubalense / CP Loures I. Duarte / B. Viagem / Vimeca / B. Oeste / Mafrense / R. Tejo / R. Lisboa / HLM / Barraqueiro / CP +

Setubalense / Soflusa / Transtejo + Setubalense / CP Mafra I. Duarte / Mafrense / Barraqueiro Oeste / CP + Setubalense / Soflusa / Transtejo + Setubalense / CP Moita TST / Setubalense / CP Montijo Ribatejana / TST / Setubalense / CP Odivelas Rodoviária de Lisboa + Setubalense / Soflusa / Transtejo + Setubalense / CP Oeiras Vimeca / CP + Setubalense / Transtejo / Soflusa + Setubalense / CP Palmela Setubalense Seixal TST / Setubalense + TST / Setubalense Sesimbra TST / Setubalense + Setubalense+Setubalense Setúbal Ribatejana / TST / Setubalense /CP Sintra Vimeca / CP+Setubalense / Transtejo / Soflusa + Setubalense / CP Vila Franca de Xira B. Viagem / Ribatejana / R. de Lisboa / R. do Tejo / CP + Setubalense / Transtejo / Soflusa +

Setubalense / CP

Fonte: Guia Informativo de Transportes da Área Metropolitana de Lisboa (Dezembro 2001), DGTT, AML e Câmara Municipal de

Lisboa

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Figura 13: Transporte Colectivo

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PLANOS DE HIERARQUIA SUPERIOR

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PROT-AML

CONCEITO DE TRANSPORTES PARA A AML Dentro do conceito de transportes para a AML, foram definidas 3 coroas de influência, cujas características levam a que haja uma distinção entre si na definição das principais linhas de intervenção. Temos assim três níveis de intervenção: • Núcleo central (área de influência de 10 km) • Coroa de transição (área de influência entre os 10 e os 30km) • Pólos Secundários ((área de influência com mais de 30 km) O concelho de Palmela encontra-se situado entre a coroa de transição e os pólos secundários, havendo por isso que conjugar de alguma forma os objectivos preconizados para estas duas áreas. O conceito de transportes preconizado pelo PROT para a AML pode assim resumir-se do seguinte modo: • Coroa de transição (entre os 10 km e os 30 km) Nestas zonas da AML, o sistema de transportes do periurbano, terá de responder a dois padrões de deslocação: as deslocações radiais em relação a Lisboa – que ainda continuam a ser dominantes, embora em perda de importância relativa – e as que se processam entre os vários núcleos residenciais, de emprego e de comércio/serviços que se têm vindo a desenvolver nas aglomerações consolidadas na periferia de Lisboa. Quanto às primeiras, as infraestruturas pesadas de TC existentes têm capacidade suficiente para as satisfazer. O que falta melhorar – após a conclusão dos investimentos em curso na modernização da infraestrutura ferroviária, na aquisição de novo material circulante e na articulação com a rede de metropolitano – são as condições de rebatimento do TI e das redes de TC rodoviário, bem como a implementação de um novo sistema de capacidade intermédia e de um tarifário que contribua para a despenalização dos transbordos que necessariamente se terão de efectuar. A conexão entre as várias linhas ferroviárias – a norte e a sul do Tejo – é ainda uma das questões a resolver. A possibilidade de interligar os vários corredores ferroviários entre si e com o metropolitano no núcleo central, é essencial para assegurar uma maior equidade em termos de acessibilidade, e na coroa de transição com os sistemas de capacidade intermédia, que permitirão uma melhor distribuição dos tráfegos da periferia na capital da AML, contribuindo para a redução do tráfego de passageiros em automóvel. As deslocações no interior da coroa de transição são actualmente as mais penalizadas em termos de TC e são quase cativas do TI. A inversão da actual repartição modal passa obrigatoriamente pela densificação da rede de Transporte Colectivo em Sítio Próprio (TCSP), o que se pode conseguir tanto através da construção de novas linhas de eléctrico moderno, como pela introdução de serviços rodoviários semi-expressos. A ligação destes novos eixos de TCSP com as principais estações ferroviárias e as estações términus de metropolitano, é um elemento fundamental para o funcionamento do sistema de Transporte Colectivo no periurbano.

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O sistema tarifário a implementar na coroa de transição deve não só atender à necessária integração com a rede urbana (núcleo central), como considerar a complementaridade entre o TI e o TC, na utilização dos “P+R”. • Pólos secundários (mais de 30 km) O conceito de transportes para o modelo territorial que se defende para as aglomerações urbanas mais afastadas de Lisboa e que já hoje constituem verdadeiros pólos secundários no interior da AML – casos de Setúbal/Palmela com a sua envolvente – parte da constatação de duas necessidades: por um lado, trata-se de continuar a garantir uma boa acessibilidade ao centro da AML; por outro lado, face ao crescente peso demográfico e extensão destas áreas urbanas, torna-se imperioso assegurar uma oferta própria de TC que não esteja sobretudo dependente das ligações regionais que estão centradas nestas áreas. Caberá ao transporte ferroviário suburbano responder ao primeiro tipo de necessidades, devendo para isso resolver-se as actuais rupturas de carga. A margem sul poderá completar a ligação ferroviária através da ponte 25 de Abril com a construção do troço Coina/Pinhal Novo e a electrificação da linha até Setúbal. O desenvolvimento de redes urbanas de TC que sirvam o centro destes pólos e a sua área de influência directa, constituirá a resposta ao segundo tipo de necessidades. No caso de Setúbal/Palmela, a apresentação de propostas de eixos em TCSP deve ser promovida na perspectiva de diminuição de tráfego automóvel no interior e envolvente destas aglomerações e na articulação com as respectivas redes de transporte nas áreas de influência de cada uma delas. Também neste caso se deverá assegurar uma correcta integração tarifária, só que entendida em duas vertentes: uma primeira que contemple as ligações com Lisboa e o seu sistema de transportes urbanos; e uma segunda que funcione para a rede urbana local. Em ambos os casos deve ser considerada a possibilidade de incorporação do TI no sistema, através da utilização dos parques de estacionamento dissuasores (P+R).

INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - LINHAS DE INTERVENÇÃO O PROT estabelece um conjunto de linhas de intervenção que deverão constituir a coluna vertebral para a política de transportes na AML nos próximos 10 anos.

• Coroa de transição (entre os 10 km e os 30 km)

A política de mobilidade a desenvolver na coroa de transição da AML deve ser coerente com os objectivos de maior rigor na utilização das infraestruturas e modos de transporte alternativos ao Transporte Individual; com a defesa e valorização dos espaços com interesse paisagístico e com a diminuição do crescimento urbano extensivo. Propõe-se, assim o desenvolvimento de uma política intermodal, com recurso aos Sistemas de Capacidade Intermédia e aos “P+R”, na articulação com as rede pesada (comboio ou barco). Nesta Coroa, tem-se como objectivo principal reduzir os volumes de circulação em Transporte Individual para as deslocações obrigatórias. Tal como referido, a rede de comboio suburbano é completada com as expansões da rede de metropolitano ao periurbano envolvente da cidade, constituindo com o comboio a estrutura radial fundamental de transportes colectivos. Esta rede estruturante, utiliza o espaço canal ferroviário para os fluxos maiores (comboios), mas deverá ser completada com uma rede de eléctricos modernos (tipo Tram-Train ou Tram-City) com funções complementares (em eixos circulares e de rebatimento/distribuição).

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No sistema ferroviário pesado, a interligação de todas as linhas ferroviárias suburbanas através da linha de Cintura implica, nomeadamente, a construção do troço Coina/Pinhal Novo e a conclusão das respectivas interfaces com a rede de metropolitano no núcleo central. Contudo, na coroa de transição da AML, no periurbano, as ligações circulares em sistemas de capacidade intermédia (eléctrico moderno) são um elemento estratégico e operacional de interconexão com este sistema. Na coroa de transição da Margem Sul, o aproveitamento do antigo espaço canal ferroviário do Montijo ao Pinhal Novo, deve ser equacionado para um sistema de capacidade intermédia do tipo Tram-Train que permita estruturar o eixo urbano de Montijo – Pinhal Novo – Palmela – Setúbal. (neste último caso permitirá a ligação da Coroa de Transição aos Pólos Secundários de Palmela e Setúbal). A definição da localização de espaços para estacionamento periférico de transporte individual na proximidade das principais estações de comboio e nas estações terminais de metropolitano – eixos radiais - e nas zonas em que esteja prevista a articulação das redes de metropolitano e de eléctricos modernos – eixos circulares – contribuirá para a concretização dum conceito de intermodalidade cujos resultados se traduzirão numa racional e eficaz utilização do sistema. Particular atenção deve ser dada à condições de acessibilidade do TC rodoviário às principais estações de interface. Ao nível de acções locais a desenvolver nas áreas centrais das aglomerações, deve seguir-se uma política de estacionamento de tarifação na via pública, em particular, nas zonas comerciais e pedonais, e de reabilitação urbana. As redes de TC rodoviário devem melhorar a sua estrutura e níveis de serviço de oferta, com padrões de cobertura territorial e temporal, que responda à necessidade de proceder a uma diminuição do recurso do TI por parte das populações servidas pelos eixos pesados de TC. A gestão do espaço viário pelas autarquias deve contribuir para a melhoria destes serviços. • Pólos secundários (mais de 30 km)

O modelo territorial consagra o desenvolvimento urbanístico e funcional destes pólos secundários procurando-se, nomeadamente um maior equilíbrio da repartição do emprego, o que permitirá uma redução das distâncias médias percorridas pela população que neles habita. A forma e estrutura destas aglomerações apresentam uma heterogeneidade geográfica a que o modelo de transportes deve adaptar-se: ligações em eixos rápidos ao núcleo central da AML (comboio, auto-estradas) e ligações com as respectivas periferias desses pólos em eixos de Transportes Colectivos em Sítio Próprio (sistemas de capacidade intermédia) com “P+R”. As redes de Transporte Colectivo devem apresentar padrões de serviço urbano, sendo para o efeito reservados corredores e lançada também uma adequada política de estacionamento nesses centros. Nos casos particulares a seguir referidos, a densificação e a expansão destes pólos secundários seja em termos de habitação seja através da criação de grandes superfícies e pólos de emprego (centros de actividade e de serviços) tem contribuído para uma diminuição da fragmentação do território provocada pela estrutura da rede rodoviária da AML. Com efeito, o crescimento em “mancha de óleo” é um dos aspectos mais negativos da ocupação do território metropolitano, com implicações directas no funcionamento do sistema de transportes da AML. De entre os pólos secundários cuja autonomia se tem revelado progressiva e potencialmente importante, salienta-se o de Setúbal – Palmela. A acessibilidade destes pólos secundários ao núcleo central da AML tem sido assegurada através do sistema ferroviário suburbano (num raio de 40kms) e dos IP’s e IC’s do sistema rodoviário nacional. A criação de sistemas urbanos próprios nessas aglomerações passa pela requalificação e recuperação

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destes espaços urbanos, em que os sistemas de capacidade intermédia podem assegurar esses objectivos.

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PEDPS

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO Os principais objectivos do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setúbal assentam na integração da Península de Setúbal num contexto, regional, nacional e internacional, que passa pela valorização da coesão e identidade regional, e pela promoção do ordenamento do território e da qualidade de vida dos cidadãos. Os objectivos enumerados de seguida pretendem contribuir de forma integrada para a melhoria do sistema de transportes da PS. Estes são: Nível Regional

• Promover a utilização dos transportes colectivos, garantindo um bom standard de qualidade em

todos os modos de transporte utilizados, a integração tarifária entre os diferentes modos, bem

como uma maior diversificação modal;

• Promover a melhoria das ligações à Margem Norte e das acessibilidades no Arco Ribeirinho;

• Melhorar a articulação do arco ribeirinho com Setúbal;

• Melhorar a acessibilidade às áreas de lazer e pontos de interesse turístico, dando preferência a

soluções intermodais ambientalmente mais sustentáveis;

• Desenvolver estudos de viabilidade técnica e financeira da travessia Algés-Trafaria, única forma

de, a curto-médio prazo resolver os problemas de congestionamento na Ponte 25 de Abril;

• Prosseguir o desenvolvimento do projecto MST até Montijo/Alcochete, encarando-o como o

elemento estruturante da circulação urbana do arco ribeirinho do Tejo;

• Promover uma oferta de TC de qualidade na Ponte Vasco da Gama em articulação (tarifária e

funcional) com um sistema de Park and Ride (P+R) localizado na proximidade da praça da

portagem e área de serviço de Alcochete.

Nível Local

• Promover a oferta e a utilização de um serviço único de transportes colectivos para cada um dos

subsistemas urbanos formados pelas cidades de Setúbal/Palmela e Montijo/Alcochete;

• Promover a integração funcional e tarifária entre os operadores dos vários centros urbanos e dos

serviços suburbanos, por forma a eliminar a actual proliferação e incoerência dos títulos de

trnasporte em vigor na PS;

• Melhorar o ambiente urbano das áreas centrais dos principais aglomerados, promovendo a

resolução dos problemas de ordenamento da circulação e implementando uma política de

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estacionamento que desincentive o uso indiscriminado e abusivo do TI para as deslocações

pendulares e o serviço das áreas centrais.

De entre estas estratégias será importante destacar o conjunto de estratégias definidas a nível local

pelas repercussões directas que poderão ter ao nível da melhor qualificação do Sistema de

Transportes e sua articulação com as estratégicas de ordenamento do território e de desenvolvimento.

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DESENHOS

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A REDE VIÁRIA CONCELHIA ACTUAL E INVESTIMENTOS REALIZADOS

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INTRODUÇÃO Pretende-se neste trabalho sistematizar e interpretar alguns dados relevantes para a compreensão da

evolução da rede viária no concelho de Palmela e nas suas freguesias, com especial ênfase para os

últimos cinco anos.

Na primeira parte incide-se, por um lado, sobre a evolução do investimento para cada tipo de obra e

por localidade, entre 1997 e 2001, identificando-se exactamente a obra efectuada e comparando os

valores despendidos entre os vários tipos de obras; identificando as localidades e freguesias onde se

realizou um maior número de intervenções e de maior vulto (em termos financeiros); identificando as

localidades onde se verificou maior investimento na alteração da tipologia da obra (aqui interessa

nomeadamente concentrar a atenção em dois: construção de arruamentos e construção e

beneficiação da rede viária).

Por outro lado, existe o interesse em ver qual o estado de conservação e número de quilómetros

existentes por cada tipo de via.

Em anexo, procede-se à apresentação da informação sobre os investimentos realizados, com um nível

de detalhe mais aprofundado.

SITUAÇÃO ACTUAL DA REDE VIÁRIA A extensão da rede viária, não urbana, no concelho de Palmela é de 260 Km, repartidos por Auto-Estradas (35 Km), Estradas Nacionais (84,7 Km), Estradas Municipais (58,6 Km), Caminhos Municipais (57,5Km) e Vias sem Classificação (18,8). Passando à análise da Extensão da rede viária do Concelho de Palmela, segundo o tipo de

pavimento, observa-se o seguinte:

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EXTENSÃO DA REDE VIÁRIA SEGUNDO O TIPO DE PAVIMENTO

FREGUESIAS ASFALTO CALÇADA MACADAME ACEIROS

Palmela 24.675 m 10.325 m 733 m 193.000 m

Poceirão 2.410 m - - 185.000 m

Marateca 3.760 m - 200 m 130.000 m

Quinta do Anjo 30.015 m 825 m 1.450 m 107.000 m

Pinhal Novo 19.750 m 1.800 m 650 m 172.000 m Fonte: Divisão de Rede viária.

Face ao exposto, as freguesias com um maior número de vias com algum tipo de cobertura no pavimento são as mais urbanas, Palmela, Quinta do Anjo e Pinhal Novo, em virtude de nelas predominarem aglomerados integrados na rede urbana principal do concelho. Palmela é, simultaneamente, a freguesia com a maior extensão de aceiros (193.000 m), pelo facto de possuir uma área rural considerável. Aliás, apesar de Palmela encabeçar a lista das freguesias com maior extensão de aceiros, esta característica não lhe é exclusiva. Todas as restantes freguesias se encontram muito próximas relativamente à extensão deste tipo de vias, variando entre um mínimo de 107.000 m (Quinta do Anjo) e um máximo de 185.000 m (Poceirão). De seguida apresenta-se uma caracterização esquemática da rede rodoviária do concelho à data da conclusão do PDM, e a indicação das intervenções previstas. A intenção é detectar a realização destas obras através da informação dos Relatórios Anuais de Actividades, apesar das limitações desta fonte, essencialmente por não estar organizada com o fim de constituir uma base estatística. Analisando, por sua vez, a Rede Rodoviária Primária do Concelho de Palmela, podemos observar que:

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DESIGNAÇÃO CARACTERIZAÇÃO INTERVENÇÕES

PREVISTAS ACTUALIDADE

IP 1 / AE 2 e AE 12

Liga Palmela aos concelhos do Barreiro, Seixal, Almada e Lisboa e a Sul entronca na EN 10, ligando Lisboa ao Alentejo e Algarve.

O troço Nó de Palmela/limite do concelho de Setúbal passará a integrar o IC 3 devido à construção do IP 7/AE 12 a partir do Nó de Palmela em direcção a Marateca.

Concretizado

IP 7

Ligará Lisboa à fronteira do Caia, via Marateca.

A construir com cerca de 19 Km.

Concretizado

EN 10 + EN 5

EN 10

Liga o actual IP 1 aos Distritos de Évora, Santarém e Lisboa.

IC 3

Liga Setúbal aos Concelhos a Norte da Península de Setúbal e ao Distrito de Santarém. Constituiu também uma ligação à ponte Vasco da Gama.

Concretizado

IC 13/Anel Regional de Coina

Desenvolver-se-à quase tangencialmente ao concelho a partir da AE 2, contornando-o de Poente a Norte, atravessando os Concelhos de Sesimbra, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. Liga a AE 2 aos Concelhos da Moita e Barreiro.

Construção de um traçado novo.

Concretizado

Via rápida Coina/Barreiro

Liga a AE 2 aos concelhos da Moita e Barreiro.

EN 4

Liga Montijo ao Distrito de Évora e à fronteira do Caia.

Adaptar as suas características às novas funções em virtude da construção da Ponte Vasco da Gama e rever a sua classificação na Rede Nacional.

Concretizado

Fonte: PDM – Plano Director Municipal, vol. IV.

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Analisando agora a Rede Rodoviária Secundária do Concelho de Palmela, temos:

DESIGNAÇÃO CARACTERIZAÇÃO INTERVENÇÕES PREVISTAS

ACTUALIDADE

EN 252

Liga Setúbal ao Montijo passando por Pinhal Novo.

“Variante a Pinhal Novo” com cerca de 8 Km

Aprovado o Estudo prévio.

EN 379

Atravessa o Concelho na direcção Este/Oeste, Estação de Palmela a S. Gonçalo.

“Via Circular – Sul/Alternativa à EN 379”.

Concluído o Estudo prévio.

EN 379-2

Liga Palmela (Vila) ao Concelho da Moita.

EN 5

Liga Montijo a Águas de Moura.

Intervenção no perfil transversal de Rio Frio.

EM 533

Liga a Estação de Palmela ao Concelho do Montijo/Canha.

EM 533 – 1

Liga Pinhal Novo à EM 533.

EM 510 + CM 1029

Liga entre si as EN´s 379, 379-2 e 252 desde a Quinta do Anjo a Pinhal Novo.

A inserção da Variante à EN 379 em Quinta do Anjo, através de alargamento das plataformas.

Em execução via Norte/Sul.

Ligação de Pinhal Novo ao Nó do IC 3

Ligará Pinhal Novo ao IC 3.

A construção desta ligação cuja implantação na EN 252 deverá ser compatibilizada com a variante a esta estrada em Pinhal Novo.

Estrada dos 4 Castelos

Liga S. Gonçalo à EN 2

Manutenção (estado do pavimento e sua drenagem); Melhorar a sinalização vertical e particularmente a horizontal.

Circular à Zona Industrial Sul

Liga a EN 10 em Quinta do Conde à futura “Radial de Cabanas”. Desenvolve-se paralelamente à AE 2, servindo a Zona Industrial/Comercial da Quinta da Marquesa.

Deverá ser mais cuidada a geometria, sinalização dos cruzamentos e entroncamentos.

Com viabilidade de eventual financiamento para estudo.

Ligação de Cabanas da EN 379 à EM Ford Pinhal Novo.

Ligará Cabanas, da EN 379 à EM Ford/VW Pinhal Novo.

Construção.

Ligará a “Via Periférica” Ford/VW à EM 510, desenvolvendo-se paralelamente à AE 2.

“Via Periférica Ford/VW 510” cerca de 2,5 Km.

Concretizado

“Via Rápida Distribuidora

Ligará a Via Rápida do Barreiro e AE 2 à “Via Periférica”.

Encontra-se em construção (à data de elaboração do

Concretizado

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Ford/VW” PDM). Fonte: PDM – Plano Director Municipal, vol. IV. Quanto à Rede Rodoviária de acesso local do Concelho de Palmela:

DESIGNAÇÃO CARACTERIZAÇÃO

INTERVENÇÕES PREVISTAS

ACTUALIDADE

EM 531

Liga a EN 252 a Setúbal.

EM 532

Liga a Estrada do Cemitério de Palmela à EN 379.

Dado o seu acentuado declive será necessário a instalação de protecções laterais e melhorias na sinalização.

EM 534

Liga a EN 10 em Setúbal à Estação de Palmela (EN 379).

EM 542

Liga Setúbal (EN10) à EM 533.

Melhorias na manutenção e sinalização.

EM 525

Liga a EN 252 a Palhota.

Melhor sinalização principalmente nos cruzamentos e passagens de nível.

EM 564

Liga Lagameças a Setúbal.

CM 1032 – EN 5

Liga Rio Frio (EN 5) com a EM 533.

CM 1033

Liga a EN 4 ao CM 1034.

CM 1034

Liga Poceirão a Fonte Barreiro e até Pegões.

Melhorar sinalização.

CM 1052 + CM 1054

Liga Palmela a Setúbal pela Serra dos Barris.

“Via Periférica Ford/VW”

Via que circunda todo o complexo Ford/VW.

Em construção (à data de elaboração do PDM).

Concretizado

R

ede

pavi

men

tada

CM 1027 Liga Pinhal Novo a Rio Frio.

EM 542 - 1

Algeruz/Lau.

Red

e nã

o

CM 1030

Rua do Ouro.

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CM 1040

Cajados/Tábua de Salvação.

Fonte: PDM – Plano Director Municipal, vol. IV. A concretização das intervenções previstas pelo PDM para a Rede Primária e Secundária, na maioria

dos casos, não recaem na esfera das competências municipais, uma vez que dizem, em grande parte,

respeito a vias que integram o Plano Rodoviário Nacional (variante ao Pinhal Novo), recaindo assim

nas competências da administração central, enquanto que outras constituirão acessibilidades supra-

municipais, caso da Via Alternativa à EN 379, cujas responsabilidades seriam partilhadas com a

AMDS – Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, e a administração central.

As intervenções previstas para a EN 4, EN 5, EM 510 e CM 1029, Estrada dos 4 Castelos, Circular à

Zona Industrial Sul (Rede Primária e Secundária), nomeadamente a manutenção, melhoria de

sinalização e adaptação de estradas, são da responsabilidade da Câmara Municipal. Os dados

apresentados nos relatórios anuais de actividades entre 1997 e 1999 não são esclarecedoras quanto a

possíveis intervenções efectuadas nas estradas acima mencionadas, dado que existem despesas

globais, cujo teor não é especificado na fonte mencionada.

Em 1997 as intervenções efectuadas pela Câmara Municipal consistiram na construção de

arruamentos nos aglomerados de Brejos do Assa, Pinhal Novo e Cabanas; na pavimentação de ruas

também em aglomerados urbanos, e na construção de duas estradas municipais; na realização de

passagens de peões e pavimentação de aceiros.

Em 1998 o número de intervenções foi reduzido, consistindo na remodelação do Nó de Vila Amélia e

na repavimentação de uma Avenida em Palmela.

Em 1999 as intervenções restringiram-se a repavimentações e pavimentações de ruas em diversos

aglomerados urbanos e à repavimentação e alargamento da EM 533.

As intervenções realizadas durante este período tiveram por objectivo melhorar as condições da rede

viária do concelho.

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De seguida apresenta-se uma síntese dos investimentos realizados directamente na rede viária, segundo a seguinte tipologia de intervenção: Construção de Arruamentos, Rede Viária, Sinalização, Conservação e Manutenção, e por último, Calcetamento e Lancilagem. Assim, a partir da análise dos Quadros, em anexo, podemos concluir o seguinte: Construção de Arruamentos Conclui-se que, durante o período em análise (1997 – 2001), o volume de investimento por Freguesia e por ordem crescente foi: 1- Poceirão € 55.018,6 2- Pinhal Novo € 235.753,5 3- Palmela € 324.774,9 4- Quinta do Anjo € 706.500,3 Verifica-se que a Freguesia de Quinta do Anjo se destaca das demais com investimentos efectuados, durante o período em análise, de € 707.500,3 e com investimentos a realizar no valor de 350.640,1 totalizando € 1.057.140,4. O valor total das obras realizadas durante este período foi de € 1.311.211,4. Rede Viária Durante o período em análise (1997 – 2001), o volume de investimento por Freguesia e por ordem crescente foi: 1- Águas de Moura € 23.568,2 2- Marateca € 82.582,9 3- Quinta do Anjo/Pinhal Novo € 141.157,8 4- Quinta do Anjo € 463.324,4 5- Poceirão € 668.348,7 6- Palmela € 720.385,6 7- Pinhal Novo € 1.201.500,0 Verifica-se que a Freguesia de Pinhal Novo se destaca das demais com investimentos efectuados, durante o período em análise, de € 1.201.500,0 O valor total das obras realizadas durante este período foi de € 3.269.616,84. E o valor das obras a realizar foi de € 70.012,7. Sinalização Tendo em atenção os elementos fornecidos, quer pelos relatórios de actividades, quer pelas Divisões de Rede Viária e de Obras e Projectos, apenas podemos concluir que o valor do investimento se desenvolveu da seguinte forma ao longo dos anos do período em análise: 1997 € 82.488,70

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1998 € 170.398,09 1999 € 123.272,16 2000 € 15.203,36 2001 € 1.162.488,40 Totalizando o valor de € 1.553.850,71. Conservação e Manutenção Tendo em atenção os elementos fornecidos, quer pelos relatórios de actividades, quer pelas Divisões de Rede Viária e de Obras e Projectos, apenas podemos concluir que o valor do investimento se desenvolveu da seguinte forma ao longo dos anos do período em análise: 1997 € 87.988,00 1998 € 36.876,37 1999 € 108.083,76 2000 € 128.839,49 2001 € 1.108.412,47 Totalizando o valor de € 1.470.200,09. Calcetamento e Lancilagem Em virtude das Divisões de Rede Viária, e de Obras e Projectos, apenas terem registos das obras

referentes aos anos de 1999 e 2000, em Palmela e Pinhal Novo, podemos constatar que na freguesia

de Palmela o valor das obras foi de € 9.348,71, e na Freguesia de Pinhal Novo o valor das obras foi

de € 39.243,66. Totalizando € 48.592,37.

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ANEXOS TIPO: Construção de Arruamentos Anos: 1997-1998-1999-2000-2001

Identificação Freguesia Localidade Valor da Adjudicação

EUROS/ /ESCUDOS

Obra Situação/ /Ano

1997 Rua Manuel Simões Rua da Esperança Beco D. Amália

Palmela Brejos do Assa

€ 95.928,8 +

5% IVA Esc. 19.232.000 + 5% IVA

Construção de Arruamentos

Obra concluída

1997

Serra dos Gaiteiros Palmela Baixa de Palmela

€ 1.885,5 + 5% IVA Esc. 378.000 + 5% IVA

Reabertura de Caminho

Obra concluída

1997

Batudes e Palhota Palmela Batudes e Palhota

€ 24.939,9 +

5% IVA Esc. 5.000.000 + 5% IVA

Pavimentação de arruamentos

Obra concluída

1997

Subtotal Palmela € 128.891,9 Esc. 25.840.500

Rua Eça de Queiroz Rua Diogo Cão Rua Domingos Margarido

Pinhal Novo Pinhal Novo € 89.619 + 5% IVA Esc. 17.967.000 + 5% IVA

Construção de Infra-estruturas

Obra concluída

1997

Venda do Alcaide Pinhal Novo Venda do Alcaide

€ 24.940 + 5% IVA Esc. 5.000.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

1997

Subtotal Pinhal Novo € 120.286,8 Esc. 24.115.350

Rua António Marques Maia

Quinta do Anjo

Cabanas € 49.092 + 5% IVA Esc. 9.842.000 + 5% IVA Contrato Adicional: € 3.511 + 5% IVA Esc. 703.850 + 5% IVA

Construção

Arruamentos

Obra concluída

1997

Rua Augusto Sebastião

Quinta do Anjo

Cabanas € 66.694 + 5% IVA Esc. 13.371.000 + 5% IVA

Construção Arruamentos

Obra concluída

1997

Rua Camilo Castelo Branco

Quinta do Anjo

Cabanas € 98.523 + 5% IVA

Construção

Obra concluída

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 412 dp

Esc. 19.752.000 + 5% IVA

Arruamentos 1997

Rua Fonte dos Pintos Quinta do Anjo

Cabanas € 83.244 + 5% IVA Esc. 16.689.000 + 5% IVA

Construção Arruamentos

Obra concluída

1997

Rua Afonso de Albuquerque

Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 56.983 + 5% IVA Esc. 11.424.000 + 5% IVA

Construção de Infra-estruturas

Obra concluída

1997

Subtotal Quinta do Anjo

€ 375.948,67 Esc. 75.370.942

TOTAL € 625.127,40 Esc. 125.326.792

1998 Ruas de acesso ao Bairro da Serrinha

Palmela Palmela € 99.510 + 5% IVA Esc.

19.950.000 +

5% IVA

Execução Obra concluída

1998

Subtotal Palmela € 104.485,68 Esc. 20.947.500

Rua Febo Moniz Pinhal Novo Pinhal Novo € 104.748 + 5% IVA Esc. 21.000.000 + 5% IVA

Infra-estruturas Obra concluída

1998

Subtotal Pinhal Novo € 109.984,93 Esc. 22.050.000

Rua Afonso de Albuquerque

Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 12.470 + 17% IVA Esc. 2.500.000 + 17% IVA

Prolongamento da rua

Projecto

Subtotal Quinta do Anjo

€ 13.093,44 Esc. 2.625.000

TOTAL € 216.727,68 Esc. 43.450.000

1999 Rua José Luís Cipriano

Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 6.000,54 + 17% IVA

Projecto emfase de

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 413 dp

Esc. 1.203.000 + 17% IVA

apreciação 1999

TOTAL € 7.020,63 Esc. 1.407.510

2000 Aceiro do Caçarino km 1+ 505 A2 + 230

Palmela Brejos do Assa

€ 14.590 + 17% IVA Esc. 2.925.000 + 17% IVA

Pavimentação

Projecto concluído

2000

Subtotal Palmela € 17.070 Esc. 3.422.250

Rua Augusto Júlio da Costa

Quinta do Anjo

Cabanas € 314.223 + 5% IVA Esc. 62.996.000 + 5% IVA

Infra-estruturas

Obra em fase de

concurso 2000

Quinta das Flores Quinta do Anjo

Quinta das Flores/Olhos

de Água

€ 7.981 + 17% IVA Esc. 1.600.000 + 17% IVA

Arruamentos e

Drenagem

Projecto Aprovado

2000

Travessa Luís de Camões

Quinta do Anjo

Cabanas € 3.716 + 17% IVA Esc. 745.000 + 17% IVA

Pavimentação Projecto Concluído

2000

Subtotal Quinta do Anjo

€ - Esc. –

TOTAL € - Esc. -

2001 Rua de Paris

Palmela Vale de

Touros € 37.809 + 5% IVA Esc. 7.580.000 + 5% IVA

Pavimentação

Obra concluída

2001

Urbanização Palma Marques

Palmela Palmela € 49.236 + 17% IVA Esc. 9.871.000 + 17% IVA

Execução de Arruamentos

Obra concluída

2001

Serra dos Gaiteiros Palmela Baixa de Palmela

€ 1.885 + 5% IVA Esc. 378.000 + 5% IVA

Passagem Hidráulica

Projecto em fase de

apreciação 2001

Subtotal Palmela € 91.397,48 Esc. 18.323.550

Aceiro do Marcolino Pinhal Novo Palhota

€ 921.779 + 17% IVA Esc. 184.800 + 17% IVA

Estudo do Prolongamento

do Aqueduto

Projecto concluído

em fase de apreciação

na

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 414 dp

DRAOT/LVT 2001

Bairro da Cascalheira Pinhal Novo Cascalheira € 3.987 + 5% IVA Esc. 799.354 + 5% IVA Contrato

Adicional: € 1.234 + 5% IVA Esc. 247.329 + 5% IVA

Pavimentação

Obra concluída

2001

Subtotal Pinhal Novo € 5.481,87 Esc. 1.099.017

Rua de acesso ao Rancho Folclórico de Olhos de Água

Pinhal Novo/Quinta

do Anjo

Olhos de Água

€ 51.481 + 5% IVA Esc. 10.321.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Pinhal Novo e Quinta do Anjo

€ 54.054,98 Esc. 10.837.050

Rua Henrique Franco da Silva

Poceirão Lagameças € 52.399 + 5% IVA Esc. 10.505.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Poceirão € 55.018,65 Esc. 11.030.250

Bairro Alentejano Quinta do Anjo

Bairro Alentejano

€ 126.959 + 5% IVA Esc. 25.453.000 + 5% IVA

Repavimentação de

arruamentos

Obra concluída

2001

Rua António José Marques Rua José Ricardo Xavier

Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 18.954 + 17% IVA Esc. 3.800.000 + 17% IVA

Pavimentação

Projecto não

concluído 2001

Rua M. Martins Pitorra Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 105.336 + 5% IVA Esc. 21.118.000 + 5% IVA

Construção de Infra-estruturas

Obra executada

2001

Travessa António Lourenço Pinto

Quinta do Anjo

Cabanas € 18.565 + 5% IVA Esc. 3.722.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Rua Fonte do Sol Quinta do Anjo

Cabanas € 71.134 + 5% IVA Esc. 14.261.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra a decorrer

2001

Subtotal Quinta do Anjo

€ 263.403,44 Esc. 52.807.650

TOTAL € 469.356,43

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 415 dp

Esc. 94.098.000 TIPO: Rede Viária Anos: 1997-1998-1999-2000-2001

Identificação Freguesia Localidade Valor da Adjudicação

EUROS/ /ESCUDOS

Obra Ano

1997 Alargamento de Ponte em Águas de Moura (EN 10)

Águas de Moura

Águas de Moura

€ 22.446 + 5% IVA Esc. 4.500.000 + 5% IVA

Passagem para peões

Obra concluída

1997

Subtotal Águas de Moura

€ 23.568,20 Esc. 4.725.000

EM entre Valdera e a EM 575

Pinhal Novo Valdera

€ 11.173 + 5% IVA Esc. 2.240.000 + 5% IVA

Apeadeiro Obra concluída

1997

Rua do Ouro

Pinhal Novo Valdera

?

Construção Obra concluída

1997

Subtotal Pinhal Novo e Águas de Moura

€ 11.731,73 Esc. 2.352.000

CM 1040 – Aceiro dos Espanhóis (1ª fase)

Poceirão/Marateca

Agualva de Cima,

Cajados, Lagameças

€ 80.321 + 5% IVA Esc. 16.103.000 + 5% IVA Contrato Adicional: € 9.687 + 5% IVA Esc. 1.942.000 + 5% IVA

Pavimentação

Obra concluída

1997

Subtotal Poceirão/Marateca

€ 94.508,48 Esc. 18.947.250

TOTAL € 129.808,41 Esc. 26.024.250

1998 Estrada dos Carvalhos

Palmela Carvalhos

€ 89.035 + 5% IVA Esc. 17.850.000 + 5% IVA

Beneficiação e Reforço

Obra concluída

1998

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 416 dp

Aceiro entre a EM 542 e a EN 10 (3ª fase)

Palmela Algeruz € 83.698 + 5% IVA Esc. 16.780.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

1998

Subtotal Palmela € 181.370,40 Esc. 36.361.500

EM 533-1 e o Apeadeiro de Valdera - Rua do Ouro

Pinhal Novo Valdera € 256.312 + 5% IVA Esc.

51.386.000 +

5% IVA

Contrato

Adicional:

€ 124.280 +

5% IVA Esc. 24.916.000 + 5% IVA

Construção

Obra concluída

1998

Rua de acesso à Cooperativa União Novense

Pinhal Novo Pinhal Novo

€ 69.832 + 5% IVA Esc. 14.000.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

1998

Subtotal Pinhal Novo € 453.916,23 Esc. 91.002.000

CM 1040 – Aceiro dos Espanhóis (2ª fase)

Poceirão/Marateca

Agualva de Cima,

Cajados, Lagameças

€ 75.214 + 5% IVA Esc. 15.079.000 + 5% IVA Contrato

Adicional: € 37.140 + 5% IVA Esc. 7.446.000 + 5% IVA

Pavimentação

Obra concluída

1998

Subtotal Poceirão/Marateca

€ 112.354,23 Esc. 22.525.000

Nó de Vila Amélia Quinta do Anjo

Vila Amélia € 95.615 + 5% IVA Esc. 19.169.000 + 5% IVA

Remodelação Obra concluída

1998

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 417 dp

Estrada dos Quatro Castelos

Quinta do Anjo

Vila Amélia € 29.763 + 17% IVA Esc. 5.967.000 + 17% IVA

PROJECTO Projecto em fase de

conclusão 1998

Subtotal Quinta do Anjo

€ 131.646,73 Esc. 20.127.450

TOTAL € 848.035,98 Esc. 170.015.950

1999 Rua Vale do Alecrim Pinhal Novo Vale do

Alecrim € 82.177 + 5% IVA Esc. 16.475.000 + 5% IVA

Execução Obra concluída

1999

EM entre Valdera e a EM 575

Pinhal Novo Vale da Vila € 282.729 + 5% IVA Esc. 56.682.000 + 5% IVA Contrato Adicional: € 141.155 + 5% IVA Esc. 28.299.000 + 5% IVA

Construção e beneficiação

Obra concluída

1999

Subtotal Pinhal Novo € 531 364.05 Esc.106 528 927

Acesso ao Centro Social de Lagameças

Poceirão Lagameças € 38.028 + 5% IVA Esc. 7.624.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

1999

Subtotal Poceirão € 39.929,76 Esc. 8.005.200

Rua do Sabugueiro Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 6.858 + 5% IVA Esc. 1.375.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

1999

Caminho entre Circular Norte e Bairro dos Marinheiros

Quinta do Anjo

Bairro dos Marinheiros

€ 5.387 + 17% IVA Esc. 1.080.000 + 17% IVA

PROJECTO Projecto concluído

1999

Subtotal Quinta do Anjo

€ 12.857,76 Esc. 2.577.750

TOTAL € 584.151,57 Esc. 117.111.877

2000 Aceiro do Lagarto Marateca Cajados € 84.596 + 5% Pavimentação Obra

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 418 dp

IVA Esc. 16.948.000 + 5% IVA

concluída 2000

EM 533-1 Poceirão Poceirão e Lagoa do

Calvo

€ 106.015 + 5% IVA Esc. 21.254.000 + 5% IVA

Repavimentação e Alargamento

Obra concluída

2000

CM 1040 - Aceiro dos Espanhóis entre a EM 533 e a EN 5 (3ª fase)

Poceirão/ /Marateca

Agualva € 76.805 + 5% IVA Esc. 15.398 + 5% IVA

Pavimentação

Obra concluída

2000

Subtotal Marateca/Poceirão

€ 295.691,88 Esc. 59.280.900

Entre Circular Norte e Bairro Assunção

Quinta do Anjo

Penalva € 136.396 + 5% IVA Esc. 27.345.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2000

Subtotal Quinta do Anjo

€ 143.216,09 Esc. 28.712.250

Ruas em várias zonas urbanas do concelho

Quinta do Anjo/Pinhal

Novo

Quinta do Anjo/Pinhal

Novo

€ 134.436 + 5% IVA Esc. 26.952.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra concluída

2000

Subtotal Quinta do Anjo/Pinhal Novo

€ 141.157,80 Esc. 28.299.600

TOTAL € 580,065,79 Esc. 116.292.750

2001

1

1

1

€ 22.436 + 5% IVA Esc 4.498.000 + 5% IVA

Repavimentação e Alargamento

2001

Rua José Guilherme Ariolas

Em fase de lançamento de concurso

2001

Aceiro entre a EM 564 e a Estrada dos Cajados

Marateca Cajados € 78.650 + 5% IVA Esc. 15.768.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Marateca € 82.582,97

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 419 dp

Esc. 16.556.400

EM 534 Palmela Vale de Cantadores

€ 69.832 + 5% IVA Esc. 13.000.000 + 5% IVA

Repavimentação e Drenagem

Obra concluída

2001

Estrada do Cemitério – EM 532

Palmela Palmela € 114.684 + 5% IVA Esc. 22.992.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra concluída

2001

Aceiro das Areias Gordas - junto à EM 533-1

Palmela Areias Gordas € 22.296 + 5% IVA Esc. 4.470.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Aceiro das Vinhas Altas Troço 0+000 Km/1+800 Km

Palmela Algerve € 123.577 + 5% IVA Esc. 24.775.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Aceiro das Vinhas Altas

Palmela Algerve € 23.957 + 5% IVA Esc. 4.803.000 + 5% IVA

Conservação e drenagem

Obra concluída

2001

Aceiro Xavier Santana Palmela Lau € 128.246 + 5% IVA Esc. 25.711.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Acesso à Vila Mariah

Palmela Palmela € 11.053 + 5% IVA Esc. 2.216.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Estrada da Azinhaga dos Carvalhos

Palmela Palmela € 11.971 + 17% IVA Esc 2.400.000 + 17% IVA

PROJECTO Pavimentação

Projecto em fase de

apreciação 2001

Rua de S. Brás Palmela Palmela € 12.719 + 17% IVA Esc 2.550.000 + 17% IVA

PROJECTO Pavimentação

Projecto em fase de

apreciação 2001

Subtotal Palmela € 539.015,22 Esc. 108.062.850

Rua Vale do Alecrim Pinhal Novo Vale do Alecrim

€ 82.182 + 5% IVA Esc. 16.476.000 + 5% IVA

Execução

Obra concluída

2001

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 420 dp

Aceiro Principal da Carregueira

Pinhal Novo Carregueira € 48.353 + 5% IVA Esc. 9.694.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Rua Fernando Pessoa Pinhal Novo Salgueirinha € 64.215 + 5% IVA Esc. 12.874.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Pinhal Novo € 204.488,18 Esc. 40.996.200

Aceiro dos Cardosos Poceirão Lagameças € 119.871 + 5% IVA Esc. 24.032.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Poceirão € 125.864,66 Esc. 25.233.600

Entre Circular Norte e Bairro Assunção

Quinta do Anjo

Penalva € 118.814 + 5% IVA Esc. 23.820.000 + 5% IVA

Caminho de Acesso

Obra concluída

2001

Aceiro das Fazendas Quinta do Anjo

Bairro Alentejano

€ 48.428 + 5% IVA Esc. 9.709.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Quinta do Anjo

€ 175.604,04 Esc. 35.205.450

TOTAL € 1.127.555,09 Esc. 226.054.500

1 – Informação não disponível.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 421 dp

TIPO: Sinalização Anos: 1997-1998-1999-2000-2001

Identificação Freguesia Localidade Valor da Adjudicação

EUROS/ /ESCUDOS

Obra Ano

1997 EN 252 (Aires) e EN 379 (Serrinha)

Palmela Aires, Serrinha

€ 54.992 + 5% IVA Esc. 11.025.000 + 5% IVA

Semaforização Obra concluída

1997

Subtotal Palmela € 57.742,09 Esc. 11.576.250

Estradas Municipais Todas € 23.568 + 5% IVA Esc. 4.725.000 + 5% IVA

Sinalização Horizontal

Obra concluída

1997

Subtotal € 24.746,61 Esc. 4.961.250

TOTAL € 82.488,70 Esc. 16.537.500

1998 Estradas Municipais € 19.792 + 5%

IVA Esc. 3.968.000 + 5% IVA

Sinalização horizontal

Obra concluída

1998

Estradas Municipais € 19.792 + 5% IVA Esc. 3.968.000 + 5% IVA

Horizontal e vertical

Obra concluída

1998

Entroncamento da EN 252 e a EM 531

Palmela Baixa de Palmela

€ 48.309 + 5% IVA Esc. 9.685.000 + 5% IVA

Semaforização Obra concluída

1998

Subtotal Palmela € 92.287,83 Esc. 18.502.050

Cruzamento da EM 533-1 com a EM 575

Pinhal Novo Palhota € 22.446 + 5% IVA Esc. 4.500.000 + 5% IVA

Semaforização Obra concluída

1998

Entroncamento do Centro Comercial

Pinhal Novo Pinhal Novo € 26.347 + 5% IVA

Sinalização luminosa

Obra concluída

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 422 dp

Mochos Esc. 5.282.000 + 5% IVA

1998

EN 379-2 e CM 1029 Pinhal Novo Lagoinha € 21.483 + 5% IVA Esc. 4.307.000 + 5% IVA

Sinalização luminosa

Obra concluída

1998

Subtotal Pinhal Novo € 73.789,41 Esc. 14.793.450

Quinta do Anjo

€ 4.115 + 5% IVA Esc. 825.000 + 5% IVA

Execução de passadeiras

Obra concluída

1998

Subtotal Quinta do Anjo

€ 4.320,83 Esc. 866.250

TOTAL € 170.398,09 Esc. 34.161.750

1999

Várias € 11.682 + 5% IVA Esc. 2.342.000 + 5% IVA

Iluminação de passadeiras para peões

Obra concluída

1999

Subtotal € 12.265,93 Esc. 2.459.100

Palmela e Pinhal Novo

Palmela e Pinhal Novo

€ 80.222 + 5% IVA Esc. 16.083.000 + 5% IVA

Colocação de sinalização direccional

Obra concluída

1999

Subtotal Palmela e Pinhal Novo

€ 84.232,74 Esc. 16.887.150

EN 252 Pinhal Novo € 3.402 + 5% IVA Esc. 682.000 + 5% IVA

Iluminação de passadeira

Obra concluída

1999

Pinhal Novo Pinhal Novo € 488.822 + 5% IVA Esc. 98.000 + 5% IVA

Setas direccionais

Obra concluída

1999

Entroncamento do Centro Comercial Mochos

Pinhal Novo Pinhal Novo € 4.833 + 5% IVA Esc. 969.000 + 5% IVA

Sinalização luminosa

Obra concluída

1999

Subtotal Pinhal Novo € 5.588,28 Esc. 1.120.350

Cruzamento do Poço Novo – EN 379

Quinta do Anjo

Quinta do Anjo

€ 2.150 + 5% IVA Esc. 431.000 +

Sinalização luminosa

Obra concluída

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 423 dp

5% IVA

1999

Subtotal Quinta do Anjo

€ 2.257,30 Esc. 452.550

Concelho de Palmela Todas € 18.027 + 5% IVA Esc. 3.614.000 + 5% IVA

Bandas redutoras

Obra concluída

1999

Subtotal € 18.927,88 Esc. 3.794.700

TOTAL € 123.272,16 Esc. 24.713.850

2000 Estradas Municipais

€ 14.480 + 5%

IVA Esc. 2.903.000 + 5% IVA

Sinalização horizontal

Obra concluída

2000

TOTAL € 15.203,36 Esc. 3.048.000

2001 € 39.515 + IVA

Esc. 1.170.000 2.142.000 2.142.000 474.000 997.000 997.000 Total: 7.922.000 + 5% IVA

Fornecimentos vários

Obra concluída

2001

Estradas Municipais € 64.844 + 5% IVA Esc. 13.000.000 + 5% IVA

Sinalização horizontal

Contrato executado

em 30/01/2002

Entroncamento da EN 379/EN 252

€ 29.254 + 5% IVA Esc. 5.865.000 + 5% IVA

Semaforização Obra concluída

2001

Avª dos Bombeiros Voluntários

Palmela Palmela € 4.464 + 5% IVA Esc. 895.000 + 5% IVA

Sinalização Semafórica

Obra concluída

2001 Estradas Municipais II Palmela Palmela € 15.902 + 5%

IVA Esc. 3.188.000 + 5% IVA

Sinalização horizontal

Obra concluída

2001

EN 252 ao Km 15 Palmela Aires € 8.509 + 5% IVA Esc. 1.706.000 + 5% IVA

Sinalização luminosa

Obra concluída

2001 TOTAL € 1.162.488,40

Esc. 32.576.000

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 424 dp

TIPO: Conservação e Manutenção Anos: 1997-1998-1999-2000-2001

Identificação Freguesia Localidade Valor da Adjudicação

EUROS/ /ESCUDOS

Obra Ano

1997 Avª Dr. Juiz José Celestino A. G. de Matos

Palmela Palmela € 83.798 + 5% IVA Esc. 16.800.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra concluída

1997

Subtotal Palmela € 87.987.94 Esc. 17.640.000

Várias Venda do Alcaide,

Quinta do Anjo,

Batudes, Aires, Palmela

e Palhota

€ 74.820 + 5% IVA Esc. 15.000 (Ajustes Directos)

Pavimentações Obra concluída

1997

Subtotal € Esc.

TOTAL € 87.988 Esc. 17.640.000

1998 CM 1054 Várias € 4.699 + 5% IVA

Esc. 942.000 + 5% IVA

Execução de valetas

Obra concluída

1998 Várias € 4.220 + 5% IVA

Esc. 846.000 + 5% IVA

Execução de aquedutos e

regularização de valetas

Obra concluída

1998

Subtotal € 14.465,63 Esc. 2.900.100

Palmela Estrada dos Carvalhos

€ 20.326 + 5% IVA Esc. 4.075.000 + 5% IVA

Conservação de Berma e Valeta

Obra concluída

1998

Subtotal Palmela € 21.342,31 Esc. 4.278.750

Pinhal Novo Fonte da Vaca

€ 1.018 + 5% IVA Esc. 204.000 +

Terraplanagem Obra concluída

1998

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 425 dp

5% IVA

Subtotal Pinhal Novo € 1.068,42 Esc. 214.200

TOTAL € 36.876,37 Esc. 7.393.050

1999 € 52.239 + 5%

IVA Esc. 5.000.000 2.850.000 1.755.000 400.000 468.000 Total: 10.473.000 + 5% IVA

Equipamentos vários (Forneciment

o: máquinas,

transporte,

abrigos, etc.)

Obra concluída

1999

Caminhos no concelho

€ 1.461 + 5% IVA Esc. 293.000 + 5% IVA

Reparação Obra concluída

1999 Marateca Águas de

Moura € 1.486 + 5% IVA Esc. 298.000 + 5% IVA

Passagem Hidráulica

Obra concluída

1999

Marateca Águas de Moura

€ 2.858 + 5% IVA Esc. 573.000 + 5% IVA

Passagem Hidráulica

Obra concluída

1999 Subtotal Marateca € 60.947,36

Esc. 12.218.850

Caminho que liga a Baixa de Palmela às Antenas da RTP

Palmela € 44.892 + 5% IVA Esc. 9.000.000 + 5% IVA

Reabertura de caminho

Obra concluída

1999

Subtotal Palmela € 47.136,40 Esc. 9.450.000

TOTAL € 108.083,76 Esc. 21.668.850

2000 € 82.302 + 5%

IVA Esc. 5.990.000 5.945.000 4.565.000 Total: 16.500.000 + 5% IVA

Fornecimentos

vários

Obra concluída

2000

Subtotal € 86.416,73 Esc. 17.325.000

CM 1023 Pinhal Novo Carregueira € 40.403 + 5% Repavimentaçã Obra

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 426 dp

IVA Esc. 8.100.000 + 5% IVA

o concluída 2000

Subtotal Pinhal Novo € 42.422,76 Esc. 8.505.000

TOTAL € 128.839,49 Esc. 25.830.000

2001 Várias estradas em vários locais do concelho

€ 120.679 + 5% IVA Esc. 24.194.000 + 5% IVA

Beneficiação de Estradas

Obra concluída

2001

Troço entre o Entroncamento de acesso à AE e à Rotunda de Vila Amélia

€ 44.682 + 5% IVA Esc. 8.958.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra concluída

2001

€ 165.092 + 5% IVA Esc. 4.728.000 4.400.000 3.843.000 9.045.000 371.000 988.000 995.000 974.000 983.000 967.000 988.000 981.000 955.000 974.000 916.000 990.000 Total: 33.098.000 + 5% IVA

Fornecimentos vários

Obra concluída

2001

€ 50.214 + 5% IVA Esc. 4.418.000 1.360.000 2.845.000 499.000 945.000 Total: 10.067.000 + 5% IVA

Equipamentos vários (Forneciment

o: máquinas,

transporte,

abrigos, etc.)

Obra concluída

2001

€ 4.719 + 5% IVA Esc. 946.000 + 5% IVA

Execução de gares em betão para colocação de abrigos rurais

Obra concluída

2001

Bairro dos Marinheiros € 112.973 + 5% Repavimentaçã Obra a

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 427 dp

IVA Esc. 22.649.000 + 5% IVA

o de arruamentos

decorrer 2001

Nó entre o CM 1029 e a EN 379-2

€ 57.766 + 5% IVA Esc. 11.581.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra a decorrer

2001

EM 533-1 (Estrada do Penteado) Entre o Pinhal Novo e o limite do concelho

€ 103.186 + 5% IVA Esc. 20.687.000 + 5% IVA

Repavimentação

Obra a decorrer

2001

Rotunda de acesso à Auto-Europa

€ 738.220 +

5% IVA Esc. 148.000 + 5% IVA

Reparação do lancil

Obra concluída

2001

Parque de Estacionamento de veículos pesados

€ 117.232 + 5% IVA Esc. 23.503.000 + 5% IVA

Construção Obra em fase de contrato

2001

Subtotal diversas € 405.430,66 Esc. 81.281.550

Aceiro do Golfe do Montado até à EN 10

Marateca Algeruz € 28.716 + 5% IVA Esc. 5.757.000 + 5% IVA

Pavimentação Obra concluída

2001

Subtotal Marateca € 30.151,58 Esc. 6.044.850

Aceiro do Gado Palmela Pinhal das Formas

€ 62.310 + 5% IVA Esc. 12.492.000 + 5% IVA

Pavimentação Contrato executado

em 30/01/2002

Escola Básica da Palhota

Palmela Palhota € 19.752 + 5% IVA Esc. 3.960.000 + 5% IVA

Espaços Exteriores

Obra a decorrer

2001

EM 534 (troço 0+000 Km/0+525 Km)

Palmela Estação de Palmela

€ 69.830 + 5% IVA Esc. 14.000.000 + 5% IVA

Repavimentação e alargamento

Obra concluída

2001

EM 534 (troço 0+525 km/1+425 km/1+425 km)

Palmela Estação de Palmela

€ 21.199 + 5% IVA Esc. 4.250.000 + 5% IVA

Repavimentação e alargamento

Obra concluída

2001

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 428 dp

Palmela € 118.849 + 5%

IVA Esc. 23.827.000 + 5% IVA

Reparações de Infra-estruturas

Obra concluída

2001

Nós viários no concelho

Palmela € 68.131 + 5% IVA Esc. 13.659.000 + 5% IVA

Beneficiação Obra a decorrer

2001

Escola Básica Palmela Lau € 12.570 + 5% IVA Esc. 2.520.000 + 5% IVA

Execução de passeio

Obra a decorrer

2001

Bairro Padre Nabeto Palmela Padre Nabeto € 122.535 + 5% IVA Esc. 24.566.000 + IVA

Repavimentação de Arruamentos

Obra a iniciar em Fevereiro

2002?

Palmela Aires € 51.660 + 5% IVA Esc. 10.357.000 + 5% IVA

Repavimentação de arruamentos

Contrato executado

em 30/12/2002

Subtotal Palmela € 220.373,15 Esc. 44.180.850

Troço entre a P.N. e a P. Superior de AE

Pinhal Novo Vale Cantadores

€ 4.320 + 5% IVA Esc. 866.000 + 5% IVA

Obra concluída

2001

Pinhal Novo € 151.834 + 5% IVA Esc. 30.440.000 + 5% IVA

Reparações de Infra-estruturas

Obra concluída

2001

Bairro Teixeira Faria Pinhal Novo Pinhal Novo € 122.924 + 5% IVA Esc. 24.644.000 + 5% IVA

Beneficiação de Arruamentos

Obra concluída

2001

Freguesias em Pinhal Novo

Pinhal Novo € 151.834 + 5% IVA Esc. 30.440.000 + 5% IVA

Reparação de infra-estruturas

Obra concluída

2001

Subtotal Pinhal Novo € 452.457,07 Esc. 90.709.500

TOTAL € 1.108.412,47 Esc.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 429 dp

222.216.750

TIPO: Calcetamento e Lancilagem Anos: 1997-1998-1999-2000-2001

Identificação Freguesia Localidade Valor da Adjudicação

EUROS/ /ESCUDOS

Obra Ano

1999 Vários lugares no concelho

€ 4.075 + 5% IVA Esc. 817.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

1999 Águas de

Moura Águas de

Moura € 2.240 + 5% IVA Esc. 449.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

1999 Subtotal Águas de Moura

€ 6.630,52 Esc. 1.329.300

EM 542 Palmela Algeruz € 1.746 + 5% IVA Esc. 350.000 + 5% IVA

Passeio Obra concluída

1999 Palmela Baixa de

Palmela € 4.973 + 5% IVA Esc. 997.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

1999 Subtotal Palmela € 7.054,74

Esc. 1.414.350

Pinhal Novo € 3.457 + 5% IVA Esc. 693.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

1999 Subtotal Pinhal Novo € 3.629,50

Esc. 727.650

TOTAL € 17.318,26 Esc. 3.471.300

2000 EM 542 Palmela Algeruz € 2.185 + 5% IVA

Esc. 438.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

2000 Subtotal Palmela € 2.293,97

Esc. 459.900

Rua da Liberdade e Rua 25 de Abril

Pinhal Novo Carregueira € 24.037 + 5% IVA Esc. 4.819.000 + 5% IVA

Calçada Obra concluída

2000

Rua 12 de Agosto Pinhal Novo Carregueira € 9.881 + 5% IVA Esc. 1.981.000 +

Calçada Obra concluída

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 430 dp

5% IVA 2000 Subtotal Pinhal Novo € 35.614,16

Esc. 7.140.000

TOTAL € 37.908,13 Esc. 7.599.900

GLOSSÁRIO Arruamento – Designa-se por arruamento, ou simplesmente rua, qualquer via de circulação no espaço urbano, podendo se qualificada como automóvel, pedonal, ou mista conforme o tipo de utilização, e pública ou privada conforme o seu tipo de uso ou título de propriedade. (Vocabulário Urbanístico, DGOT, 1991 e Normas Urbanísticas, vol.1 DGOT/UTL, 1990) Auto-Estrada – Via concebida e reservada para circulação rápida sem cruzamentos de nível, exibindo apenas tangências (junções ou separações de fluxos de tráfego) nos eixos teóricos de circulação, elimina os pontos de conflito dos cruzamentos e das viragens à esquerda, que cruzem um dos sentidos de tráfego, com acessos condicionados e comportando apenas alguns nós de ligação com as demais vias (em intervalos espaçados) e acessos a áreas de apoio ao condutor (estações de serviço e áreas de repouso), específicas da Auto-Estrada. (Normas urbanísticas, volume I – princípios e conceitos fundamentais; Direcção Geral do

Ordenamento do território, Universidade Técnica de Lisboa, 199.)

Calcetamento e Lancilagem – calcetamento e lancilagem executados em vias e zonas urbanas com topónimo ou em zonas rurais; (D.R.V.)

Conservação – O termo conservação engloba todos os trabalhos de construção civil necessários à

manutenção, em bom estado, de um edifício, quer do ponto de vista funcional, quer do ponto de vista

estético.

(Vocabulário Urbanístico, DGOT, 1991) Construção de Arruamentos – construção de arruamentos em vias e zonas urbanas com topónimo; (D.R.V.) Construção e Beneficiação da rede viária – construção e beneficiação da rede viárias, abrangendo Caminhos municipais; Aceiros; Estradas municipais; Ruas em betão betominoso (alargamento e/ou asfaltamento). (D.R.V.) Infraestruturas – A designação de infraestruturas, transcendendo o sentido etimológico do termo, designa na área do urbanismo tudo aquilo que diz respeito, como complemento, ao funcionamento correcto do habitat, compreendendo nomeadamente as vias de acesso, o abastecimento de água, as redes eléctrica e telefónica, eventualmente a rede de gás, e ainda o saneamento e o escoamento das águas pluviais. (Vocabulário Urbanístico, DGOT, 1991) Neste caso concreto, à construção de arruamentos, acrescem outras infraestruturas, como o saneamento básico.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 431 dp

(D.R.V.) Infraestruturas Viárias – A designação de infraestruturas viárias integra apenas para efeitos legais(desta portaria), a rede viária (espaço construído destinado à circulação de pessoas e viaturas) e o estacionamento. (Portaria 1182/92 de 22 de Dezembro) PDM – Plano Director Municipal – O plano director municipal estabelece o modelo de estrutura

espacial do território municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e

ordenamento local prosseguida, integrando as opções de âmbito nacional e regional com incidência na

respectiva área de intervenção.

(Artº 84º e 85º, subsecção I, secção IV, capítulo I, do DL nº380/99 de 22 de Setembro)

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 432 dp

Telecomunicações

Cobertura da rede telefónica fixa (Portugal Telecom) no concelho de Palmela - 1994 Nº % Postos telefónicos principais 21 662 99,07 Postos telefónicos públicos 204 0,93 Total 21 866 100,00

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região de Lisboa e Vale do Tejo, 1994

Em 1994, o concelho de Palmela tinha um total de 21 866 postos telefónicos, 99,07% dos quais eram principais (residenciais e profissionais). As estatísticas daquela data não distinguem entre postos residenciais e profissionais, pelo que só temos informação relativamente ao total. O crescimento do nº de postos telefónicos do concelho, entre 1994 e 1999, foi de 7 340 unidades, o que equivale a 35,57%. Os últimos dados oficiais disponíveis referem-se apenas ao concelho e datam de 1999. De um modo geral, os dados indicam uma boa cobertura da rede telefónica fixa, particularmente no caso dos postos telefónicos residenciais (analógicos). Este é, de entre os dados apresentados na tabela seguinte, o indicador mais preciso e também o mais expressivo da abrangência da rede telefónica fixa. Se não vejamos: admitindo que uma parte (valor próximo dos 39%73) dos telefones registados como residenciais se destinam parcial ou totalmente à actividade económica (situação que poderá ocorrer entre pequenos empresários, considerando, por outro lado, que a ‘norma’ aponta para a existência de um telefone por família e estimando o nº de famílias do concelho em 1999 em 18 318 74, parece-nos seguro supor uma taxa de cobertura situada entre 95% e 100% das famílias.

73 Segundo o INE, o concelho de Palmela tinha 5858 empresas (sociedades sediadas e empresários em nome individual sediados), em 1999. Sabendo que o expectro de empresas é superior, por conta dos estabelecimentos e pesando a possibilidade de existir um número mínimo de empresas sem telefone fixo (usando apenas telemóvel), só 61,0% das empresas parece dispor de telefone fixo (analógico) segundo a tabela 1. É muito possível que os restantes sejam ocultados pelos residenciais e pelos digitais (estes, de uso não determinado). 74 Valor calculado tendo por base o nº de famílias recenseadas em 2001, isto é 18 994 (resultados provisórios dos Censos 2001).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 433 dp

Cobertura da rede telefónica fixa (Portugal Telecom) no concelho de Pamela - 1999

Postos Telefónicos Principais (Acessos) Analógicos

Principais

TOTAL Total % Públicos % Residenciais % PROFIS

SIONAIS % Digitais

29.206 26.156 100,0 269 1,0 22.311 85,3 3.576 13,7 3.050 Fonte:Portugal Telecom, 1999 (in Anuário Estatístico da Região de LVT, INE, 1999)

Como se infere facilmente da tabela seguinte, o peso da

rede digital na rede telefónica fixa diminuto em 1999, representado apenas 10,4% do total. Não foi possível apurar qual a dos postos telefónicos residenciais e profissionais neste tipo de rede. Peso da rede analógica e digital na rede telefónica fixa - 1999

Postos Telefónicos Principais (Acessos)

Total % ANALÓGICO

S % Digitais % 29.206 100.0 26.156 89,6 3050 10,4

Fonte:Portugal Telecom, 1999 (in Anuário Estatístico da Região de LVT, INE, 1999)

85%

1%14%

PúblicosResidenciaisProfissionais

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 434 dp

Telefónicos analógicos e digitais - 1999 (concelho de Palmela) Fonte:Portugal Telecom, 1999 (in Anuário Estatístico da Região de LVT, INE, 1999) Nota: os valores apresentados correspondem s estimativas, devido à divisão técnica por redes da Portugal Telecom não coincidir Com a divisão administrativa do país.

05.000

10.00015.00020.00025.00030.000

TotalAnalógicosDigitais

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 435 dp

DEPARTAMENTO DE CULTURA E DESPORTO

DIVISÃO DE DESPORTO

Equipamentos Desportivos

EXISTENTES NO CONCELHO DE PALMELA

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 436 dp

1. CAMPOS DE GRANDES JOGOS RELVADOS (Campos de Futebol de 11) – 3

- 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM, com 101x74 metros (área de

jogo);

- 1 pertencente e gerido por um clube (C.D. Pinhalnovense), com 103,5 x 66,3 metros (área de jogo) em relva sintética;

- 1 pertencente e gerido pelo Kartódromo Internacional de Palmela, com 105x65 metros (área de jogo). 2. CAMPO DE PEQUENOS JOGOS RELVADOS (Campos de futebol de 7) – 1 - 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM, com 66x40 metros (área de jogo); 3. CAMPOS DE GRANDES JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 11) – 11 - 10 pertencentes e geridos por clubes desportivos; - 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido por um clube (C.D.R. Padre Nabeto); 4. CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 7) – 2

- 2 pertencentes e geridos por clubes desportivos; 5. CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Outros) – 4

- Pertencentes e geridos por clubes desportivos/colectividades: - 1 - Associação de Moradores da Quinta da Asseca – Palmela; - 1 - Grupo Desportivo e Cultural “Ídolos da Baixa” – Palmela; - 1 - Grupo Desportivo da Volta da Pedra – Palmela; - Pertencente ao Ministério da Educação e gerido por Escola: - 1 - Escola Secundária de Palmela; 6. POLIDESPORTIVOS DESCOBERTOS – 24

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 437 dp

- 9 são de propriedade municipal, sendo a gestão de quatro deles conjunta, entre a Câmara Municipal e Clube/Colectividade/Associação de Moradores. Relativamente aos cinco restantes, dois são geridos unicamente pela Câmara Municipal, dois são geridos conjuntamente pela Câmara Municipal e por uma Junta de Freguesia e um é gerido por clube desportivo; - 2 são propriedade de uma Junta de Freguesia, sendo geridos por dois clubes desportivos; - 4 são propriedade e são geridos por clubes desportivos; - 1 é propriedade e é gerido por uma Associação de Moradores; - 1 é propriedade e é gerido por uma entidade privada; - 6 são propriedade do Ministério da Educação e são geridos por estabelecimentos de ensino públicos; - 1 está situado na Urbanização Quinta dos Matos (R. Ferreira Lopes – P. Novo), propriedade e gestão desconhecida; 7. PAVILHÕES DESPORTIVOS (com mais de 38 x 18 metros) – 3 - 1 propriedade do Ministério da Educação e gerido pela Escola dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico de Palmela (área desportiva útil – 42mx22m= 924m2); - 1 propriedade e gerido por um clube desportivo - Quintajense Futebol Clube (Quinta do Anjo) (área desportiva útil – 44mx25m=1.100m2); - 1 propriedade da Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM (Pinhal Novo), (área desportiva útil – 44mx25m=1.100m2); 8. GINÁSIOS/SALAS PARA DESPORTO (com menos de 38 x 18 metros) – 41 - 24 são propriedade e são geridos por clubes desportivos/colectividades/bombeiros; - 1 é propriedade privada e é gerido pela Câmara Municipal; - 2 são propriedade da Câmara Municipal e geridos pela Palmela Desporto, EM; - 5 são propriedade e são geridos por “Clubes/Ginásios privados”; - 1 é propriedade e gerida por uma entidade privada; - 1 é propriedade do Ministério da Educação; - 3 são propriedade da Câmara Municipal e são geridas por escolas do 1.º ciclo; - 2 são propriedade e gerido pela Junta de Freguesia da Marateca;

- 1 é propriedade da Junta de Freguesia da Marateca e gerido pela Comissão de Jovens do Bairro Margaça (Pavilhão Multiusos do B.º Margaça);

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 438 dp

- 1 é propriedade de Santa Casa da Misericórdia de Palmela; 9. RECINTO OFICIAL PARA LANÇAMENTOS DE PESO, DISCO E MARTELO – 1

- Pertencente e gerido por um clube desportivo - Quintajense Futebol Clube; 10. PISCINAS COBERTAS – 2 - Piscina Municipal de Palmela, propriedade da Câmara Municipal e gerida pela Palmela Desporto, EM, com 25 x 12,5 metros e profundidade variável entre 1,20 m (nos topos) e 1,60m (ao centro); - Piscina Municipal de Pinhal Novo com dois tanques, propriedade da Câmara Municipal e geridas pela Palmela Desporto, EM, um com 25 x 18 metros e profundidade variável entre 1,40m (nos topos) e 1,80m (ao centro); um com 18 x 10 metros com profundidade de 0,40m (num topo) a 1,00m (no outro topo); 11. PISCINAS DESCOBERTAS – 3

- Piscinas apenas com utilização recreativa: - Uma com cerca de 18 x 8 metros, pertencente e gerida por um clube desportivo - Grupo Desportivo de Rio Frio;

- Uma com 2 tanques: um com 16,5 x 9,6 metros, e outro com 8 metros de diâmetro e configuração circular, pertencente e gerida por uma entidade privada – Clube Portais da Arrábida – Quinta do Anjo;

- Uma com 10 x 5,6, pertencente e gerida por uma entidade privada – Aqualine – Vila Amélia – Quinta do Anjo; 12. CAMPOS DE TÉNIS – 3 (Campos de Pequenos Jogos) - Pertencentes e geridos por entidades privadas: - 2 – Clube Portais da Arrábida - Quinta do Anjo; com 23,8 x 11 metros, cada; - 1 – Aqualine - Vila Amélia - Quinta do Anjo; com 23,8 x 11 metros; 13. RECINTOS COBERTOS PARA CHINQUILHO – 3

- Pertencentes e geridos por clubes desportivos/colectividades: - 1 - Grupo Desportivo “Estrelas de Algeruz” – Palmela; com 16,8 x 9,6 metros; - 1 - Grupo Desportivo de Lagameças – Poceirão;

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 439 dp

- 1 - Sociedade de Recreio e Desporto da Lagoinha – Palmela; com 13,7 x 3,6 metros; 14. PISTA DE BMX – 1 - Pista de B.M.X. de Forninho, pertencente e gerida pela Câmara Municipal; 15. CIRCUITOS DE MANUTENÇÃO – 2 - 1 – Pertencente e gerido pela Câmara Municipal de Palmela – Quinta do Anjo; - 1 – Pertencente e gerido pela Associação de Bombeiros de Águas de Moura; 16. CAMPO DE GOLFE – 1 - Pertencente e gerido por uma entidade privada – Clube de Golfe do Montado – Algeruz – Marateca; 17. PISTA DE KARTING – 1 - Pertencente e gerido por uma entidade privada – Kartódromo Internacional de Palmela – Algeruz – Palmela; 18. PAREDES DE ESCALADA – 2 - Pertencente e gerido pela Escola Secundária de Palmela; - Pertencente e gerido pela Divisão de Desporto; 19. “HALF - PIPES” – 2 - Um pertencente à Câmara Municipal e gerido pelo C.D.R. Águas de Moura; - Um pertencente e gerido pela Associação de Moradores e Amigos de Venda do Alcaide; NOTA: Existem ainda diversos espaços informais para a prática desportiva, não quantificados, nomeadamente nas escolas do 1.º e dos 2.º, 3.º ciclos e secundárias e em algumas empresas privadas. Para além de todos os equipamentos referidos, é de sublinhar a existência no Concelho de uma importante infra-estrutura natural que permite a prática de diversos desportos em meio aquático - a Barragem de Rio Frio.

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 440 dp

LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

1. 3 CAMPO DE GRANDES JOGOS RELVADOS (Campos de Futebol de 11) – 21.161 m2

PROPRIEDADE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Câmara Municipal de Palmela Palmela Palmela 101 x 74 = 7.4742. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 103,5 x 66,3 = 6.82. Kartódromo Internacional de Palmela Algeruz Palmela 105 x 65 = 6.825 2. 1 CAMPO DE PEQUENOS JOGOS RELVADO (Campo de Futebol 7) – 2.640 m2

PROPRIEDADE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Câmara Municipal de Palmela Palmela Palmela 66 x 40 = 2.640 m 3. 11 CAMPOS DE GRANDES JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 11) – 71.274 m2

CLUBE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Botafogo Futebol Clube Cabanas Quinta do Anjo 90,6 x 46,7 = 4.232. Clube Desp. Rec. Águas de Moura Águas de Moura Marateca 110 x 70 = 7.700 3. Forninho Futebol Clube Forninho Poceirão 105,2 x 60,4 = 6.34. G. Desp. Rec. Águias da Aroeira Aldeia Nova Aroeira Poceirão 90 x 63 = 5.670 m5. G. Desp. Estrelas de Algeruz Algeruz Palmela 90,4 x 70,4 = 6.366. Grupo Desportivo Lagameças Lagameças Poceirão 100 x 65 = 6.500 7. Grupo Desportivo de Rio Frio Rio Frio Pinhal Novo 105 x 65 = 6.825 8. Grupo Desportivo de Valdera Valdera Pinhal Novo 110 x 75,6 = 8.319. Palmelense Futebol Clube Palmela Palmela 100,6 x 65,2 = 6.510. Quintajense Futebol Clube Quinta do Anjo Quinta do Anjo 108 x 70,6 = 7.6211. Clube Desp. Rec. Padre Nabeto Qt.ª do Padre Nabeto Palmela 90 x 57 = 5.130 m 4. 2 CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Campo de Futebol de 7) – 4.226 m2

CLUBE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 60 x 40 = 2.400m2. Palmelense Futebol Clube Palmela Palmela 55 x 33,2 = 1.826 5. 4 CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Outros) – 3.457 m2

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 441 dp

ENTIDADE LOCALIZAÇÃO FREGU1. Associação de Moradores da “Quinta da Asseca” Quinta da Asseca Palmela 2. Grupo Desportivo e Cultural “Ídolos da Baixa” Baixa de Palmela Palmela 3. Grupo Desportivo da Volta da Pedra Volta da Pedra Palmela 4. Escola Secundária Palmela Palmela 6. 24 POLIDESPORTIVOS DESCOBERTOS – 25.457 m2

PROPRIEDADE GESTÃO LOCALIZAÇÃO ÁREA D1. Câmara Municipal Câmara Municipal Palmela 40 x 20 = 800 2. Câmara Municipal CMP/S.R.C.P.Bº Alentejano Bairro Alentejano - Q. Anjo 40 x 20 = 800 3. Câmara Municipal CMP/Assoc. Moradores Bairro Cascalheira - P. Novo 37,9 x 19 = 724. Câmara Municipal CMP/C.D. “Os Alcaides” Bairro Confidente - P. Novo 40 x 20 = 800 5. Câmara Municipal Câmara Municipal B.º Coop. Habitação - P. Novo 37,3 x 19 = 706. Câmara Municipal CMP/J.F. Poceirão Poceirão 40 x 20 = 800 7. Câmara Municipal CMP/Assoc. Moradores Venda do Alcaide - Palmela 40 x 20 = 800 8. Câmara Municipal CMP/J.F. Pinhal Novo Largo J. M. Santos - P. Novo 38 x 19 = 7229. Câmara Municipal C.D.R. Padre Nabeto Padre Nabeto - Palmela 40 x 20 = 800 10. Junta Freguesia Palmela

G. Desp. Rec. Airense Aires – Palmela 38 x 19 = 722

11. Junta Freguesia Palmela

Junta Freguesia Palmela Lagoinha – Palmela 40 x 20 = 800

12. A.C.R. Fernando Pó Ass. C. R. Fernando Pó Fernando Pó – Marateca 28 x 17,5 = 4913. Assoc. Moradores Quinta das Marquesas II

Assoc. de Moradores Quinta das Marquesas II

Quinta das Marquesas II – Q. Anjo 38 x 18 = 684

14. C.D.R. Águas de Moura C.D.R. Águas de Moura Águas de Moura - Marateca 40 x 20 = 800 15. Clube Portais da Arrábida

Clube Portais da Arrábida Quinta do Anjo 35 x 16 = 560

16. G. D. Rio Frio Grupo Desp. Rio Frio Rio Frio - Pinhal Novo 38 x 18 = 684 17. U. D. Palhota União Desp. Palhota Palhota - Pinhal Novo 30 x 16 = 480 18. Promotor Imobiliário ? Quinta dos Matos – P. Novo 40 x 20 = 800 19. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Palmela 40 x 20 = 800 20. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Pinhal Novo 40 x 20 = 800 21. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Pinhal Novo 40 x 20 = 800 22. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 1050 m2 23. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 1860 m2 24. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 510 m2 a) Piso sintético b) Relva sintética 8. 41 GINÁSIOS/SALAS PARA DESPORTO (com menos de 38 x 18 metros) – 7.776 m2

CLUBE / ENTIDADE LOCALIZAÇÃO FREGU1. Bombeiros Vol. Águas de Moura Águas de Moura Marateca 2. Bombeiros Voluntários de Palmela Palmela Palmela

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 442 dp

3. Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo Pinhal Novo Pinhal Novo 4. Centro Cultural de Poceirão (antigo) Poceirão Poceirão 5. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 6. Clube Portais da Arrábida Quinta do Anjo Quinta do Anjo7. Forninho Futebol Clube Forninho Poceirão 8. Quintajense Futebol Clube (sala de musculação) Quinta do Anjo Quinta do Anjo9. Grupo Folcl. Danças e Cânticos de Olhos de Água Olhos de Água Pinhal Novo 10. Grupo Desportivo de Rio Frio Rio Frio Pinhal Novo 11. Grupo Desportivo e Recreativo Airense Aires Palmela 12. Grupo Desportivo Leões de Cajados Cajados Marateca 13. Grupo Desportivo e Recreativo Águias da Aroeira Aldeia Nova Aroeira Poceirão 14. Grupo Desportivo Estrelas de Algeruz Algeruz Palmela 15. Grupo Popular e Recreativo Cabanense Cabanas Quinta do Anjo16. Grupo Desportivo de Valdera Valdera Pinhal Novo 17. Rancho Folclórico da Lagoinha Lagoinha Palmela 18. Rancho Folclórico de Palhota/Venda do Alcaide Palhota/Venda do Alcaide Pinhal Novo 19. Rancho Folclórico “Os Rurais da Lagoa da Palha” Lagoa da Palha Pinhal Novo 20. Rancho Folcl. “Os Fazendeiros de Lagameças” Lagameças Poceirão 21. Sociedade Filarmónica Humanitária Palmela Palmela 22. Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Palmela Palmela 23. Sociedade Filarmónica União Agrícola Pinhal Novo Pinhal Novo 24. Sociedade Instrução Musical Quinta do Anjo Quinta do Anjo25. Sociedade Recreativa e Cultural do Povo Bairro Alentejano Quinta do Anjo26. Sociedade Recreativa Instrutiva 1.º de Janeiro Lagoa do Calvo Poceirão 27. União Desportiva da Palhota Palhota Pinhal Novo 28. GINÁSIO (Centro de Fisioterapia de Palmela) Pinhal Novo Pinhal Novo 29. GINÁSIO (Centro de Fisioterapia de Palmela) Pinhal Novo Pinhal Novo 30. Novo Gym Pinhal Novo Pinhal Novo 31. RelaxGym Pinhal Novo Pinhal Novo 32. Kartódromo Internacional Palmela Algeruz Palmela 33. Santa Casa da Misericórdia de Palmela Palmela Palmela 34. Escola Secundária de Palmela Palmela Palmela 35. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo N.º 1 Palmela Palmela Palmela 36. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo N.º 1 P. Novo Pinhal Novo Pinhal Novo 37. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo B.º Alentejano Bairro Alentejano Quinta do Anjo38. J.F. Marateca – Centro Cultural Multiusos Á. Moura Águas de Moura Marateca 39. J.F. Marateca – Pavilhão Multiusos B.º Margaça Bairro Margaça Marateca 40. Palmela Desporto, EM Pinhal Novo Pinhal Novo 41. Palmela Desporto, EM Pinhal Novo Pinhal Novo NOTA: Para além destas ainda existem outras pequenas salas polivalentes com possibilidade de

utilização desportiva, nomeadamente nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico.

(1) – Medidas a confirmar

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 443 dp

1. CAMPOS DE GRANDES JOGOS RELVADOS (Campos de Futebol de 11) – 3

- 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM, com 101x74 metros (área de

jogo);

- 1 pertencente e gerido por um clube (C.D. Pinhalnovense), com 103,5 x 66,3 metros (área de jogo) em relva sintética;

- 1 pertencente e gerido pelo Kartódromo Internacional de Palmela, com 105x65 metros (área de jogo). 2. CAMPO DE PEQUENOS JOGOS RELVADOS (Campos de futebol de 7) – 1 - 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM, com 66x40 metros (área de jogo); 3. CAMPOS DE GRANDES JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 11) – 11 - 10 pertencentes e geridos por clubes desportivos; - 1 pertencente à Câmara Municipal e gerido por um clube (C.D.R. Padre Nabeto); 4. CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 7) – 2

- 2 pertencentes e geridos por clubes desportivos; 5. CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Outros) – 4

- Pertencentes e geridos por clubes desportivos/colectividades: - 1 - Associação de Moradores da Quinta da Asseca – Palmela; - 1 - Grupo Desportivo e Cultural “Ídolos da Baixa” – Palmela; - 1 - Grupo Desportivo da Volta da Pedra – Palmela; - Pertencente ao Ministério da Educação e gerido por Escola: - 1 - Escola Secundária de Palmela; 6. POLIDESPORTIVOS DESCOBERTOS – 24 - 9 são de propriedade municipal, sendo a gestão de quatro deles conjunta, entre a Câmara Municipal e Clube/Colectividade/Associação de Moradores. Relativamente aos cinco restantes, dois são geridos unicamente pela Câmara Municipal, dois são geridos conjuntamente pela Câmara Municipal e por uma Junta de Freguesia e um é gerido por clube desportivo;

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 444 dp

- 2 são propriedade de uma Junta de Freguesia, sendo geridos por dois clubes desportivos; - 4 são propriedade e são geridos por clubes desportivos; - 1 é propriedade e é gerido por uma Associação de Moradores; - 1 é propriedade e é gerido por uma entidade privada; - 6 são propriedade do Ministério da Educação e são geridos por estabelecimentos de ensino públicos; - 1 está situado na Urbanização Quinta dos Matos (R. Ferreira Lopes – P. Novo), propriedade e gestão desconhecida; 7. PAVILHÕES DESPORTIVOS (com mais de 38 x 18 metros) – 3 - 1 propriedade do Ministério da Educação e gerido pela Escola dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico de Palmela (área desportiva útil – 42mx22m= 924m2); - 1 propriedade e gerido por um clube desportivo - Quintajense Futebol Clube (Quinta do Anjo) (área desportiva útil – 44mx25m=1.100m2); - 1 propriedade da Câmara Municipal e gerido pela Palmela Desporto, EM (Pinhal Novo), (área desportiva útil – 44mx25m=1.100m2); 8. GINÁSIOS/SALAS PARA DESPORTO (com menos de 38 x 18 metros) – 41 - 24 são propriedade e são geridos por clubes desportivos/colectividades/bombeiros; - 1 é propriedade privada e é gerido pela Câmara Municipal; - 2 são propriedade da Câmara Municipal e geridos pela Palmela Desporto, EM; - 5 são propriedade e são geridos por “Clubes/Ginásios privados”; - 1 é propriedade e gerida por uma entidade privada; - 1 é propriedade do Ministério da Educação; - 3 são propriedade da Câmara Municipal e são geridas por escolas do 1.º ciclo; - 2 são propriedade e gerido pela Junta de Freguesia da Marateca;

- 1 é propriedade da Junta de Freguesia da Marateca e gerido pela Comissão de Jovens do Bairro Margaça (Pavilhão Multiusos do B.º Margaça);

- 1 é propriedade de Santa Casa da Misericórdia de Palmela;

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 445 dp

9. RECINTO OFICIAL PARA LANÇAMENTOS DE PESO, DISCO E MARTELO – 1

- Pertencente e gerido por um clube desportivo - Quintajense Futebol Clube; 10. PISCINAS COBERTAS – 2 - Piscina Municipal de Palmela, propriedade da Câmara Municipal e gerida pela Palmela Desporto, EM, com 25 x 12,5 metros e profundidade variável entre 1,20 m (nos topos) e 1,60m (ao centro); - Piscina Municipal de Pinhal Novo com dois tanques, propriedade da Câmara Municipal e geridas pela Palmela Desporto, EM, um com 25 x 18 metros e profundidade variável entre 1,40m (nos topos) e 1,80m (ao centro); um com 18 x 10 metros com profundidade de 0,40m (num topo) a 1,00m (no outro topo); 11. PISCINAS DESCOBERTAS – 3

- Piscinas apenas com utilização recreativa: - Uma com cerca de 18 x 8 metros, pertencente e gerida por um clube desportivo - Grupo Desportivo de Rio Frio;

- Uma com 2 tanques: um com 16,5 x 9,6 metros, e outro com 8 metros de diâmetro e configuração circular, pertencente e gerida por uma entidade privada – Clube Portais da Arrábida – Quinta do Anjo;

- Uma com 10 x 5,6, pertencente e gerida por uma entidade privada – Aqualine – Vila Amélia – Quinta do Anjo; 12. CAMPOS DE TÉNIS – 3 (Campos de Pequenos Jogos) - Pertencentes e geridos por entidades privadas: - 2 – Clube Portais da Arrábida - Quinta do Anjo; com 23,8 x 11 metros, cada; - 1 – Aqualine - Vila Amélia - Quinta do Anjo; com 23,8 x 11 metros; 13. RECINTOS COBERTOS PARA CHINQUILHO – 3

- Pertencentes e geridos por clubes desportivos/colectividades: - 1 - Grupo Desportivo “Estrelas de Algeruz” – Palmela; com 16,8 x 9,6 metros; - 1 - Grupo Desportivo de Lagameças – Poceirão; - 1 - Sociedade de Recreio e Desporto da Lagoinha – Palmela; com 13,7 x 3,6 metros;

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 446 dp

14. PISTA DE BMX – 1 - Pista de B.M.X. de Forninho, pertencente e gerida pela Câmara Municipal; 15. CIRCUITOS DE MANUTENÇÃO – 2 - 1 – Pertencente e gerido pela Câmara Municipal de Palmela – Quinta do Anjo; - 1 – Pertencente e gerido pela Associação de Bombeiros de Águas de Moura; 16. CAMPO DE GOLFE – 1 - Pertencente e gerido por uma entidade privada – Clube de Golfe do Montado – Algeruz – Marateca; 17. PISTA DE KARTING – 1 - Pertencente e gerido por uma entidade privada – Kartódromo Internacional de Palmela – Algeruz – Palmela; 18. PAREDES DE ESCALADA – 2 - Pertencente e gerido pela Escola Secundária de Palmela; - Pertencente e gerido pela Divisão de Desporto; 19. “HALF - PIPES” – 2 - Um pertencente à Câmara Municipal e gerido pelo C.D.R. Águas de Moura; - Um pertencente e gerido pela Associação de Moradores e Amigos de Venda do Alcaide; NOTA: Existem ainda diversos espaços informais para a prática desportiva, não quantificados, nomeadamente nas escolas do 1.º e dos 2.º, 3.º ciclos e secundárias e em algumas empresas privadas. Para além de todos os equipamentos referidos, é de sublinhar a existência no Concelho de uma importante infra-estrutura natural que permite a prática de diversos desportos em meio aquático - a Barragem de Rio Frio.

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 447 dp

LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS 1. 3 CAMPO DE GRANDES JOGOS RELVADOS (Campos de Futebol de 11) – 21.161 m2

PROPRIEDADE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Câmara Municipal de Palmela Palmela Palmela 101 x 74 = 7.4742. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 103,5 x 66,3 = 6.82. Kartódromo Internacional de Palmela Algeruz Palmela 105 x 65 = 6.825 2. 1 CAMPO DE PEQUENOS JOGOS RELVADO (Campo de Futebol 7) – 2.640 m2

PROPRIEDADE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Câmara Municipal de Palmela Palmela Palmela 66 x 40 = 2.640 m 3. 11 CAMPOS DE GRANDES JOGOS EM TERRA BATIDA (Campos de Futebol de 11) – 71.274 m2

CLUBE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Botafogo Futebol Clube Cabanas Quinta do Anjo 90,6 x 46,7 = 4.232. Clube Desp. Rec. Águas de Moura Águas de Moura Marateca 110 x 70 = 7.700 3. Forninho Futebol Clube Forninho Poceirão 105,2 x 60,4 = 6.34. G. Desp. Rec. Águias da Aroeira Aldeia Nova Aroeira Poceirão 90 x 63 = 5.670 m5. G. Desp. Estrelas de Algeruz Algeruz Palmela 90,4 x 70,4 = 6.366. Grupo Desportivo Lagameças Lagameças Poceirão 100 x 65 = 6.500 7. Grupo Desportivo de Rio Frio Rio Frio Pinhal Novo 105 x 65 = 6.825 8. Grupo Desportivo de Valdera Valdera Pinhal Novo 110 x 75,6 = 8.319. Palmelense Futebol Clube Palmela Palmela 100,6 x 65,2 = 6.510. Quintajense Futebol Clube Quinta do Anjo Quinta do Anjo 108 x 70,6 = 7.6211. Clube Desp. Rec. Padre Nabeto Qt.ª do Padre Nabeto Palmela 90 x 57 = 5.130 m 4. 2 CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Campo de Futebol de 7) – 4.226 m2

CLUBE LOCALIZAÇÃO FREGUESIA ÁREA DE 1. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 60 x 40 = 2.400m2. Palmelense Futebol Clube Palmela Palmela 55 x 33,2 = 1.826 5. 4 CAMPOS DE PEQUENOS JOGOS EM TERRA BATIDA (Outros) – 3.457 m2

ENTIDADE LOCALIZAÇÃO FREGU1. Associação de Moradores da “Quinta da Asseca” Quinta da Asseca Palmela 2. Grupo Desportivo e Cultural “Ídolos da Baixa” Baixa de Palmela Palmela 3. Grupo Desportivo da Volta da Pedra Volta da Pedra Palmela

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 448 dp

4. Escola Secundária Palmela Palmela

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02-04-2003 449 dp

6. 24 POLIDESPORTIVOS DESCOBERTOS – 25.457 m2

PROPRIEDADE GESTÃO LOCALIZAÇÃO ÁREA D1. Câmara Municipal Câmara Municipal Palmela 40 x 20 = 800 2. Câmara Municipal CMP/S.R.C.P.Bº Alentejano Bairro Alentejano - Q. Anjo 40 x 20 = 800 3. Câmara Municipal CMP/Assoc. Moradores Bairro Cascalheira - P. Novo 37,9 x 19 = 724. Câmara Municipal CMP/C.D. “Os Alcaides” Bairro Confidente - P. Novo 40 x 20 = 800 5. Câmara Municipal Câmara Municipal B.º Coop. Habitação - P. Novo 37,3 x 19 = 706. Câmara Municipal CMP/J.F. Poceirão Poceirão 40 x 20 = 800 7. Câmara Municipal CMP/Assoc. Moradores Venda do Alcaide - Palmela 40 x 20 = 800 8. Câmara Municipal CMP/J.F. Pinhal Novo Largo J. M. Santos - P. Novo 38 x 19 = 722 9. Câmara Municipal C.D.R. Padre Nabeto Padre Nabeto - Palmela 40 x 20 = 800 10. Junta Freguesia Palmela

G. Desp. Rec. Airense Aires – Palmela 38 x 19 = 722

11. Junta Freguesia Palmela

Junta Freguesia Palmela Lagoinha – Palmela 40 x 20 = 800

12. A.C.R. Fernando Pó Ass. C. R. Fernando Pó Fernando Pó – Marateca 28 x 17,5 = 4913. Assoc. Moradores Quinta das Marquesas II

Assoc. de Moradores Quinta das Marquesas II

Quinta das Marquesas II – Q. Anjo 38 x 18 = 684

14. C.D.R. Águas de Moura C.D.R. Águas de Moura Águas de Moura - Marateca 40 x 20 = 800 15. Clube Portais da Arrábida

Clube Portais da Arrábida Quinta do Anjo 35 x 16 = 560

16. G. D. Rio Frio Grupo Desp. Rio Frio Rio Frio - Pinhal Novo 38 x 18 = 684 17. U. D. Palhota União Desp. Palhota Palhota - Pinhal Novo 30 x 16 = 480 18. Promotor Imobiliário ? Quinta dos Matos – P. Novo 40 x 20 = 800 19. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Palmela 40 x 20 = 800 20. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Pinhal Novo 40 x 20 = 800 21. Ministério da Educação Escola Básica 2, 3 Pinhal Novo 40 x 20 = 800 22. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 1050 m2 23. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 1860 m2 24. Ministério da Educação Escola Secundária Pinhal Novo 510 m2 a) Piso sintético b) Relva sintética 8. 41 GINÁSIOS/SALAS PARA DESPORTO (com menos de 38 x 18 metros) – 7.776 m2

CLUBE / ENTIDADE LOCALIZAÇÃO FREGU1. Bombeiros Vol. Águas de Moura Águas de Moura Marateca 2. Bombeiros Voluntários de Palmela Palmela Palmela 3. Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo Pinhal Novo Pinhal Novo 4. Centro Cultural de Poceirão (antigo) Poceirão Poceirão 5. Clube Desportivo Pinhalnovense Pinhal Novo Pinhal Novo 6. Clube Portais da Arrábida Quinta do Anjo Quinta do Anjo7. Forninho Futebol Clube Forninho Poceirão 8. Quintajense Futebol Clube (sala de musculação) Quinta do Anjo Quinta do Anjo9. Grupo Folcl. Danças e Cânticos de Olhos de Água Olhos de Água Pinhal Novo 10. Grupo Desportivo de Rio Frio Rio Frio Pinhal Novo

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02-04-2003 450 dp

11. Grupo Desportivo e Recreativo Airense Aires Palmela 12. Grupo Desportivo Leões de Cajados Cajados Marateca 13. Grupo Desportivo e Recreativo Águias da Aroeira Aldeia Nova Aroeira Poceirão 14. Grupo Desportivo Estrelas de Algeruz Algeruz Palmela 15. Grupo Popular e Recreativo Cabanense Cabanas Quinta do Anjo16. Grupo Desportivo de Valdera Valdera Pinhal Novo 17. Rancho Folclórico da Lagoinha Lagoinha Palmela 18. Rancho Folclórico de Palhota/Venda do Alcaide Palhota/Venda do Alcaide Pinhal Novo 19. Rancho Folclórico “Os Rurais da Lagoa da Palha” Lagoa da Palha Pinhal Novo 20. Rancho Folcl. “Os Fazendeiros de Lagameças” Lagameças Poceirão 21. Sociedade Filarmónica Humanitária Palmela Palmela 22. Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” Palmela Palmela 23. Sociedade Filarmónica União Agrícola Pinhal Novo Pinhal Novo 24. Sociedade Instrução Musical Quinta do Anjo Quinta do Anjo25. Sociedade Recreativa e Cultural do Povo Bairro Alentejano Quinta do Anjo26. Sociedade Recreativa Instrutiva 1.º de Janeiro Lagoa do Calvo Poceirão 27. União Desportiva da Palhota Palhota Pinhal Novo 28. GINÁSIO (Centro de Fisioterapia de Palmela) Pinhal Novo Pinhal Novo 29. GINÁSIO (Centro de Fisioterapia de Palmela) Pinhal Novo Pinhal Novo 30. Novo Gym Pinhal Novo Pinhal Novo 31. RelaxGym Pinhal Novo Pinhal Novo 32. Kartódromo Internacional Palmela Algeruz Palmela 33. Santa Casa da Misericórdia de Palmela Palmela Palmela 34. Escola Secundária de Palmela Palmela Palmela 35. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo N.º 1 Palmela Palmela Palmela 36. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo N.º 1 P. Novo Pinhal Novo Pinhal Novo 37. Câmara Municipal – Escola 1º ciclo B.º Alentejano Bairro Alentejano Quinta do Anjo38. J.F. Marateca – Centro Cultural Multiusos Á. Moura Águas de Moura Marateca 39. J.F. Marateca – Pavilhão Multiusos B.º Margaça Bairro Margaça Marateca 40. Palmela Desporto, EM Pinhal Novo Pinhal Novo 41. Palmela Desporto, EM Pinhal Novo Pinhal Novo NOTA: Para além destas ainda existem outras pequenas salas polivalentes com possibilidade de

utilização desportiva, nomeadamente nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico.

(1) – Medidas a confirmar

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02-04-2003 451 dp

Listagem dos Espaços de Jogo e Recreio da responsabilidade da Câmara Municipal de Palmela

Nº Freguesia Local 1 Palmela Terra do Pão – Palmela

2 Palmela Nova Palmela Nascente – Palmela

3 Palmela Parque Venâncio Ribeiro da Costa – Palmela

4 Palmela Jardim junto ao Polidesportivo - Venda do

Alcaide

5 Palmela Jardim do Padre Nabeto

6 Pinhal Novo Rua José Saramago - Quinta do Pinheiro –Pinhal Novo

7 Pinhal Novo Interior da Urbanização Nogueira e Matos –Pinhal Novo

8 Pinhal Novo Jardim José Afonso – Pinhal Novo

9 Pinhal Novo Praceta Ferreira da Costa – Interior da Urbanização Quinta dos Matos - Pinhal Novo

10 Pinhal Novo Interior da Urbanização Vila Bela – Pinhal Novo

11 Pinhal Novo Jardim da Salgueirinha

12 Quinta do Anjo Jardim da Casa do Povo – Quinta do Anjo

13 Quinta do Anjo Parque de Merendas São Gonçalo – Cabanas

14 Quinta do Anjo Jardim ao lado da Igreja – Cabanas

15 Marateca Bairro Popular - Águas de Moura

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02-04-2003 452 dp

DEPARTAMENTO DE CULTURA E DESPORTO

DIVISÃO DE DESPORTO

REFLEXÃO E PROPOSTAS PARA A REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA

DESPORTO, RECREIO E LAZER

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02-04-2003 453 dp

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02-04-2003 454 dp

Í N D I C E

1. Introdução

2. Actividade Física e Desporto

3. Lazer e Recreio

4. Breve Caracterização do Concelho de Palmela 4.1. Território e Demografia 4.2. Evolução Demográfica 5. O Desporto, o Recreio e o Lazer na Sociedade. O papel das Câmaras Municipais 6. Propostas para o Concelho de Palmela 6.1. Equipamentos Desportivos Formais 6.2. Espaços de Jogo e Recreio 6.3. Espaços para Actividades Físicas e Desportivas de Lazer 7. Conclusão 8. Bibliografia

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02-04-2003 455 dp

1. INTRODUÇÃO

Este contributo resulta de uma reflexão pessoal sobre este assunto e assenta no nosso

conhecimento da realidade do Concelho de Palmela e de parte de alguns territórios vizinhos, designadamente os concelhos de Setúbal, Moita, Barreiro, Montijo e Sesimbra e nos dados disponíveis sobre diversos planos de ordenamento do território em curso no Concelho de Palmela, designadamente planos de urbanização (Pinhal Novo e Quinta do Anjo) e planos de pormenor (Parque Verde Urbano de Palmela e Aires), mas também sobre alguns projectos (Parque Verde Urbano de Pinhal Novo, Carta Educativa do Concelho de Palmela e conclusões do Fórum do Concelho de Palmela) onde a componente dos equipamentos desportivos, de recreio e de lazer está presente. De igual modo o PEDEPES – Plano Estratégico para o Desenvolvimento da Península de Setúbal e o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (actualmente em fase de discussão pública) são documentos a ter em referência. Continuam a faltar elementos sobre loteamentos aprovados e em apreciação na Câmara Municipal para que o conhecimento da realidade seja mais detalhado. Na área dos Espaços de Jogo e Recreio esta informação contou com a participação da Dr.ª Susana Pereira, técnica superior da Divisão de Desporto.

Assim, apresentamos neste documento uma primeira proposta de prospectiva relativamente ao Desporto, Recreio e Lazer no Concelho de Palmela. Esta designação resulta das Grandes Opções do Plano em vigor e engloba as seguintes áreas de actuação da Divisão de Desporto: Equipamentos Desportivos; Espaços de Jogo e Recreio; Programas e Projectos Municipais; Associativismo Desportivo.

Num documento desta natureza, importa clarificar o que se entende por cada um dos conceitos

alvo desta reflexão. Assim, o conceito de desporto contempla, segundo U. Clayes, quatro elementos: "movimento, lazer, competição e institucionalização. A diferente ponderação de cada um destes elementos no conjunto das práticas desportivas, traduz os diferentes tipos de formas de desporto que se expressam no sistema desportivo." Assim, segundo este autor (citado por Marivöet, 1998:32) "o desporto profissional apresenta uma maior ênfase na competição, o desporto de competição alargado apresenta uma ponderação equilibrada entre os diferentes elementos e as novas formas de desporto dão ênfase aos elementos de lazer e de movimento". Pires (1991:41) entende o desporto como "uma prática cultural, um instrumento educativo, um factor de economia ou uma oportunidade de recreação e lazer e, como tal, um meio ao serviço do Homem." Para nós, estes entendimentos do conceito de desporto complementam-se e traduzem claramente como se deve interpretar actualmente o desporto.

Quanto ao termo recreio, pode envolver diferentes entendimentos dependendo da perspectiva

de análise. De qualquer modo recrear significa divertir, ter prazer. Todavia, na perspectiva que nos interessa, devemos entender a recreação associada às actividades físicas e desportivas realizadas voluntariamente no tempo livre de cada pessoa, com o objectivo principal de proporcionar divertimento e entretenimento.

Finalmente, segundo Dumazedier (2000:34), um dos mais renomados sociólogos do lazer

contemporâneos, "o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda, para desenvolver a sua informação ou formação desinteressada, a sua participação social voluntária ou a sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais". Neste contexto, devemos também entender as práticas de lazer associadas fundamentalmente ao lazer activo e, de entre estas práticas, às que envolvem actividades físicas e/ou desportivas.

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02-04-2003 456 dp

Naturalmente que os conceitos de recreação e de lazer envolvem práticas que estão para além das actividades físicas e desportivas, algumas das quais são alvo da intervenção por

parte de outras unidades orgânicas da Câmara Municipal. É necessário ter também em consideração que, para além do sistema público, existe também um sistema de mercado e um sistema associativo que intervêm no sector do lazer, pelo que estes sistemas deverão ser devidamente analisados no âmbito de um trabalho de prospectiva que visa, entre outros aspectos, apontar linhas de rumo para o futuro.

Complementarmente ao entendimento de cada conceito, entendemos ser necessário

enquadrar teoricamente um pouco mais a reflexão sobre estes temas, o que se apresenta de seguida. Este documento contempla também uma breve caracterização territorial do Concelho de Palmela e alguns dados e análises sobre a evolução demográfica no concelho no período compreendido entre 1991 e 2001, com base nos Censos 2001. Continuamos reflectindo sobre o Desporto, o Recreio e o Lazer na sociedade e de qual o papel das Câmaras Municipais. Finalmente são apresentadas propostas para o futuro.

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2. ACTIVIDADE FÍSICA E DESPORTO

Silva (2001:76) socorre-se de Caspersen e outros (1985) e de Bouchard e Shephard (1993)

para definir actividade física a qual, resumidamente, "compreende qualquer movimento do corpo, produzido pela musculatura esquelética, que resulte num aumento do dispêndio energético".

A visão mais recente em relação à prescrição da actividade física, a qual associa níveis mais

moderados de actividade à saúde, segundo Mota (2001:126), "parece ser mais consistente com a realidade das práticas correntes, pois podem ser realizadas fora do contexto tradicional e/ou formal e são extraordinariamente importantes na efectiva generalização da actividade física como actividade de recreação, entendido este como um espaço autónomo de realização pessoal". Neste breve ensaio sobre actividade física e lazer, Mota traça-nos de forma breve o contexto (ainda) actual e ideias futuras sobre este tema. Também este autor é de opinião que é crescente o número de pessoas que, individualmente ou em grupo, procura realizar actividades físicas desenquadrada de qualquer organização formal.

Lima (1995:2) num dos seus habituais e interessantes editoriais da revista Horizonte, chama a

atenção para o facto de "à nossa juventude estar a faltar um tempo e um espaço onde possa acontecer o seu recreio próprio, cujo valor formativo, cultural e social, tem vindo a ser perdido com a urbanização e estruturação física dos equipamentos sociais". Esta situação tem-se acentuado nos últimos anos em virtude do crescimento das cidades e vilas de Portugal e é reveladora do entendimento que muitos autarcas, planificadores e urbanistas do nosso País têm acerca da importância das actividades físicas e desportivas de lazer para as populações, ou seja, do que as políticas de lazer e, de entre estas, das políticas desportivas devem representar em termos de reserva de espaços e de construção de equipamentos para a realização destas actividades por parte de todas as pessoas, como forma de elevar a sua qualidade de vida e de proporcionar estilos de vida mais saudáveis.

Lamentavelmente nos últimos anos, tem-se verificado uma tendência crescente nos jovens de

adopção de hábitos de vida sedentários mais característicos da população adulta o que, aliado à dificuldade de realização de actividades físicas e a uma certa atitude aversa às práticas desportivas de muitas crianças e adolescentes, vai contribuir para que as próximas gerações possuam ainda mais problemas de saúde do que a actual, caso não se verifique a inversão da tendência assinalada e a adopção de estilos de vida mais saudáveis. Sallis e Owen (1999) (citados por Vasconcelos e Maia, 2001:45) afirmam que "o nível de actividade física nos jovens é reduzido, conduzindo a uma diminuição ou deterioração da actividade física, que por sua vez, se reflecte numa maior morbilidade. Esta situação leva a uma menor atracção pela actividade física e maior atracção pelas actividades de lazer passivas surgindo, assim, um círculo vicioso de inactividade".

Um dos elementos críticos para a adopção e persistência de uma actividade física regular tanto

dos jovens, como dos adultos ou dos idosos, é o encorajamento deste comportamento durante toda a vida. (Sardinha, 1999). Daí que seja fundamental os poderes públicos e as organizações governamentais contribuírem conjuntamente para a adopção de medidas e a criação de programas e projectos que visem concretizar da melhor forma possível esta necessidade.

Constantino (1993) é um dos poucos autores portugueses que tem produzido alguma doutrina

relacionada com o "uso cultural do tempo livre" pela população portuguesa. Este autor tem defendido em várias publicações e artigos a importância crescente do desporto e das actividades físicas enquanto práticas de lazer e de preenchimento dos tempos livres. Trata-se de uma evidência

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comprovada pela análise permanente da realidade portuguesa e do papel que os municípios têm vindo a desempenhar, de forma crescente, no desenvolvimento desportivo

local, designadamente no que diz respeito à tentativa de responder a inúmeras aspirações, motivações e necessidades de práticas neste âmbito, por parte de crescentes estratos da população portuguesa, em especial dos jovens. Um outro aspecto importante que este autor salienta, é a importância da adaptação dos poderes públicos e das restantes entidades promotoras de desporto para as novas procuras desportivas de ocupação do tempo livre. Neste âmbito, entre outros aspectos, importa reforçar que inúmeras actividades físicas e desportivas não necessitam de equipamentos e de espaços formais; a natureza configura-se como um espaço de relevante importância nestas práticas, a qual nem sempre tem sido aproveitada e promovida adequadamente. Nota-se, todavia, especialmente por parte das novas gerações, uma maior procura na realização de práticas de lazer na natureza, especialmente actividades físicas e desportivas de aventura, o que é salutar.

Elias e Dunning (1992) entendem o fenómeno social do desporto no âmbito do processo

civilizacional. O desporto, entre outros aspectos, serve para a fuga à rotina criada e desenvolvida na sociedade industrial. O hedonismo e a busca de excitações ocupam, neste contexto, um papel relevante.

Para Bourdieu (1979) (citado por Marivöet, 1998:20) "as práticas desportivas estão inseridas

nas práticas de consumo cultural, encontrando princípios explicativos para os envolvimentos sociais, na capacidade distintiva que estas encerram. O desporto apresenta-se como um produto cultural, social e económico, inserido num mercado de oferta e procura, socialmente produzidas".

Brettschneider e Sack (1996) num estudo caracterizador do desporto juvenil na Alemanha,

apontam uma série de indicadores que sustentam a alteração do modelo do desporto nas sociedades ocidentais, muito por causa das tendências de prática desportiva dos jovens. Com efeito, sustentam que se verificam alterações significativas na cultura desportiva e na cultura juvenil na Alemanha que acarretam adaptações mútuas e que as diversas formas de entendimento do desporto, enquanto fenómeno cultural, tem vindo a influenciar positivamente a pluralização das culturas juvenis. Todavia, realçam também o facto de a grande variedade da cultura desportiva dos jovens ser também o reflexo das tendências verificadas com as mudanças sociais nos adolescentes. Neste estudo constatou-se que, os adolescentes alemães estão disponíveis para investir cerca de oito a dez horas por semana do seu tempo de lazer em actividades desportivas organizadas e informais. Refere-se também que comparativamente com os trinta anos anteriores, o número de actividades desportivas em que os jovens participaram duplicaram. Todavia, os jovens na sua maioria já não entendem o conceito de desporto na perspectiva tradicional, ou seja, com carácter formal e organizado; para muitos jovens, o desporto são actividades tendencialmente praticadas de forma individualizada, sem grande formalismo e organização e sem grandes perspectivas de carreira, isto é, acima de tudo está a necessidade de ter novas e diferentes experiências. Defendem também aqueles autores que estas alterações reflectem as tendências sociais recentes e que a direcção da cultura desportiva juvenil reflecte a tendência sociológica de individualização da nossa sociedade. Neste particular capítulo, uma das principais conclusões reside na necessidade de estancar o crescente número de abandonos da prática desportiva por parte dos jovens.

O desporto conjuga-se cada vez mais no plural; as expectativas de prática em ambientes não-

formais e informais são crescentes, numa tentativa de fuga a padrões demasiadamente estruturados de práticas, pelo que as jovens gerações portuguesas deverão sentir que, neste contexto, poderão também ser capazes de se afirmarem, de conseguirem construir uma identidade própria e de afirmar o País como culturalmente desenvolvido, isto é, um País que valoriza o desporto como um importante meio de desenvolvimento das pessoas.

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Constantino (1993:210) destaca dez grandes tendências de uma nova cultura desportiva assente num conjunto de comportamentos ligados ao corpo. Trata-se de um novo paradigma do Desporto que estamos (ainda) a viver o qual caminha, quiçá, para uma "Nova Era do Desporto". Este autor refere que "o tempo é hoje outro. É um tempo que requer um espaço para o Desporto, que o cidadão vive como um novo direito: o Direito ao Desporto".

Por outro lado, Pires (1993:13) aponta "dez megatendências" para a organização do futuro do

desporto português. Para este autor "o futuro passa pela idealização de um sistema desportivo sustentado num novo espaço de diálogo entre o indivíduo e o sistema social e ambiental na procura de uma multiplicidade de maneiras de ver, de estar, de gostar e de praticar desporto, tendo em atenção dez linhas estratégicas de actuação". Conclui a sua reflexão afirmando a necessidade de "um desporto novo, instrumento de transformação do mundo... Só assim será possível saber onde estamos. Só assim será possível saber onde queremos chegar. Só assim será possível conhecer o caminho que queremos seguir".

Com efeito, uma das lacunas do desporto português, desde que vivemos em democracia,

sempre foi a falta de visão e de pensamento (e de planeamento) de longo prazo dos nossos decisores políticos e dos dirigentes do vértice estratégico do sistema desportivo português. Poder-se-á dizer também que os recursos disponibilizados para o desporto não foram nunca os necessários. Contudo, noutra perspectiva, também se poderá afirmar que as políticas de investimento no desporto sempre privilegiaram a via do desporto de rendimento e de alto rendimento. Constata-se agora que já se perdeu muito tempo sem investir na criação e manutenção de hábitos de realização de actividade física e de desporto na população portuguesa, porque os indicadores de praticantes desportivos em Portugal estão muito aquém do que seria desejável. Por isso, novas cultura e política desportivas são necessárias.

Em síntese, pode-se considerar a actividade desportiva no âmbito do lazer como uma

manifestação relevante das aspirações, necessidades, motivações e valores de cada pessoa, designadamente os de natureza social.

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3. LAZER E RECREIO Em 1995, a Associação Mundial de Recreação e Lazer emitiu a "Carta Internacional de

Educação para o Lazer", onde se refere que "o lazer é uma área específica da experiência humana com os seus próprios benefícios, incluindo liberdade de escolha, criatividade, satisfação, diversão e aumento de prazer e felicidade. Abrange formas amplas de expressão e de actividades cujos elementos são tanto de natureza física quanto intelectual, social, artística ou espiritual (...) é um aspecto importante de qualidade de vida (...) um direito humano básico, como educação, trabalho e saúde e ninguém deve ser privado deste direito por discriminação de sexo, orientação sexual, idade, raça, religião, deficiência física ou situação económica".

As Nações Unidas, reconhecendo a importância do lazer à escala mundial, instituíram em 1998

a "Declaração de São Paulo" intitulada "Lazer numa Sociedade Global", onde se apela a todas as organizações governamentais e não governamentais e a todos os cidadãos do mundo para que promovam o lazer, os seus valores e as suas virtudes.

Marcelino (1983) (citado por Ribeiro, 2000:337) sustenta que o lazer assenta sobretudo em

duas variáveis: "a que se fundamenta na variável atitude e considera o lazer como estilo de vida, portanto independente de um tempo determinado; e a que supõe esse tempo, situando-o como tempo libertado do trabalho ou como tempo livre, não só do trabalho, mas de outras obrigações: familiares, sociais, políticas e religiosas, enfatizando a qualidade das ocupações desenvolvidas".

Com efeito, as questões do lazer e, concomitantemente, das actividades físicas de lazer, são

eminentemente de natureza sociológica. Neste âmbito, as diferentes interpretações sobre o papel e importância do lazer na sociedade contemporânea radicam, em grande medida, nas questões do tempo. O tempo, de trabalho, de educação, social, familiar ou livre e as diferentes interpretações que lhes são dadas, é o grande indutor das políticas e das práticas de lazer, designadamente nas sociedades desenvolvidas. Mota (1997:17), citando Bento (1995), refere que "alguns autores sustentam que a nossa vivência actual se desencadeia numa época de transição gradual da sociedade de trabalho, para a sociedade de trabalho, da cultura e do tempo livre". Ou como referia Dumazedier, em vários dos seus importantes contributos no âmbito da Sociologia do Lazer e do Trabalho, caminhamos para uma "civilização do lazer". Esta leitura de evolução da sociedade e do papel do lazer vem, sobretudo, desde o final dos anos 50, anos 60 e 70 do século passado, época em que se desencadearam diversos estudos e investigações relacionadas com esta área, as quais vieram a ser bastante incrementadas um pouco por todo o mundo. Mais recentemente, Dumazedier (1999) em carta aberta dirigida aos participantes no XIV Congresso Mundial de Sociologia, realizado no Canadá, referia-se ao facto importante da redução progressiva do tempo dedicado ao trabalho pelo Homem, comparando as cerca de 3.500 horas por ano despendidas no início do século XIX com as 1.600 horas actuais. Mencionava ainda, citando dados do INSEE de 1985, que "a duração do tempo de trabalho neste ciclo de vida tornou-se inferior à duração do tempo livre".

Vivemos, pois, numa sociedade onde, tendencialmente, as actividades de tempo livre se

tornam mais longas que as do tempo de trabalho ou escolar, sendo aquelas mais atraentes e prazerosas. Na realidade, quantos de nós passamos a semana de trabalho a pensar o que se irá fazer quando chegar o fim-de-semana, tal é o desejo de realização de novas e diferentes actividades e de fuga à rotina quotidiana. De igual modo, a flexibilidade já existente actualmente no mundo do trabalho, leva muitas pessoas a organizarem o seu horário de trabalho, em função das suas motivações e necessidades de realização de actividades de lazer. A importância do lazer nas nossas vidas é constatada pelos dados que Dumazedier (1999:196) nos transmite ao referir que o "tempo de lazer como novo tempo social de si, dotado de uma nova legitimidade na ética social de hoje, ocupa em

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todos os estudos de orçamento-tempo mais de 85 % do tempo livre". Verifica-se, por isso, uma tendência nas sociedades desenvolvidas para a alteração do paradigma dominante na sociedade.

Mota (1997), após uma reflexão sobre inúmeros estudos e investigações realizadas no âmbito

do lazer, traduzida numa das poucas obras de autores portugueses sobre o relacionamento entre o lazer e a actividade física, apresenta-nos diversas referências sobre o papel e importância das actividades físicas no lazer e das actividades físicas de lazer na vida das pessoas. As práticas de lazer, enquanto opção pessoal, devem necessariamente traduzir-se em contributos importantes para a melhoria da qualidade de vida. São cada vez mais os pequenos prazeres obtidos nestas actividades que levam segmentos crescentes da população das sociedades desenvolvidas a procurarem práticas de lazer e, de entre estas, diversas actividades físicas e desportivas. Esta cultura hodierna valorizadora do tempo livre e do lazer assenta, sobretudo, na procura de novos desafios por parte das pessoas para quem as actividades profissionais, sociais e familiares não preenchem integralmente as suas necessidades.

Todavia, é de salientar que já em 1978, um grande pensador português sobre o fenómeno

desportivo - Noronha Feio - afirmava que "as características profundamente humanas e socializantes do desporto-lazer conferem-lhe um lugar de prioridade na democratização do desporto. Desporto-Lazer, politicamente, deverá significar um desporto para todos, isto é, um desporto que se adapte constantemente à evolução biológica e sócio-económica de todos. Daqui é fácil conceituarmos desporto-lazer como um desporto para todos e para toda a vida" (p. 115). Vinte e cinco anos depois, apesar dos progressos verificados, não poderíamos estar mais de acordo com o pensamento de Noronha Feio. Na realidade, somos dos que pensam e pugnam pela valorização e afirmação do papel do desporto na nossa sociedade e, particularmente, o desporto-lazer em todos os domínios.

Situando-nos ainda no contexto nacional, é curioso referir que também Cordovil (1979),

inspirado sobretudo no pensamento e reflexões de Noronha Feio numa época com ainda reduzida reflexão e produção sobre estas áreas em Portugal, salientava a importância da actividade física de lazer quer ao nível das funções do lazer preconizadas por Dumazedier, ou seja, o descanso, o desenvolvimento e o divertimento, quer ao nível das repercussões positivas que acarretava para o rendimento no trabalho.

Contudo, segundo Marcelino (1983) existe um importante constrangimento para as práticas de

lazer (citado por Ribeiro, 2000:339). Este autor defende que "para a efectivação das características do lazer é necessário, antes de tudo, que ao tempo disponível corresponda um espaço disponível. E se a questão for colocada em termos de vida diária da maioria da população, não há como fugir ao facto: o espaço para o lazer é o espaço urbano". Na realidade, enquanto continuarem a verificar-se migrações para o litoral de Portugal e, sobretudo, para as áreas metropolitanas, o acesso rápido a um maior número de espaços naturais fica mais dificultado, pelo que as actividades físicas de lazer ou deixam de ser realizadas ou são realizadas ao ar livre em ambientes mais ou menos poluídos ou em ambientes fechados, visto que o nosso País e, em especial, as grandes cidades, têm poucos espaços com condições para a fruição por parte das populações, com fins de lazer.

Finalmente, voltando a Mota (2001:127), merece realce a afirmação de que "discutir o futuro do

lazer e das suas práticas, particularmente das desportivas, significa também discutir os aspectos culturais, visto que uma qualquer política cultural que procure ser consistente, não pode deixar de levar em linha de conta o tempo livre e o seu imenso potencial educativo ou, por outras palavras, discutir a necessidade de um processo educativo que não esqueça o lazer e a sua vivência". Esta posição reflecte, na nossa opinião, um sentimento de profunda esperança no evoluir da nossa sociedade em direcção a uma melhor qualidade de vida e bem-estar, a qual estará fortemente suportada na componente educacional e formativa das pessoas.

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4. BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE PALMELA

4.1. Território e Demografia

Situado na Península de Setúbal, entre os estuários do Tejo e do Sado, o Concelho de Palmela constitui um território de transição entre as zonas urbanas da Área Metropolitana de Lisboa e o meio

rural alentejano.

Com uma área de 460 Km2 e uma população de 53.352 habitantes (de acordo com os Censos 2001), integra cinco freguesias: Palmela, sede de concelho, caracterizada pela riqueza do seu

património histórico; Pinhal Novo, centro urbano em crescente desenvolvimento; Quinta do Anjo, que conjuga no seu território uma vasta área do Parque Natural da Arrábida com o complexo industrial da

Auto-Europa; Marateca e Poceirão, ambas com fortes tradições rurais.

Para além de abarcar áreas consideráveis do Parque Natural da Arrábida e da Reserva Natural do Estuário do Sado, Palmela possui características históricas e patrimoniais únicas: o seu passado está intimamente ligado ao seu principal monumento, o Castelo, que foi, durante 800 anos, sede da

Ordem de Santiago de Espada.

Estes factores, conjugados com a boa acessibilidade a Lisboa e com a proximidade de diversos pontos de recreio e lazer do Distrito de Setúbal, colocam o Concelho entre os mais

interessantes destinos turísticos da Área Metropolitana de Lisboa. Enquanto unidade funcional, o Concelho de Palmela apresenta (sinteticamente) as seguintes características:

• Ocupação agrícola e florestal de grande parte do território concelhio; • Crescente desenvolvimento industrial, encontrando-se a maioria das indústrias existentes,

instaladas nas freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo; • Crescente dimensão dos aglomerados urbanos; • Crescente densidade populacional; • Melhoria das vias de acesso ao território; • Desenvolvimento dos circuitos comerciais.

4.2. Evolução Demográfica

O quantitativo populacional residente no concelho era em 1991 de 43.857 habitantes; no último Recenseamento Geral da População em 2001, este valor ascendeu a 53.352 habitantes, ou seja, verificou-se um acréscimo de 9.495 habitantes correspondente a mais 21.6 %.

Nos quadros seguintes pode-se verificar a variação da população, das famílias, dos alojamentos e dos edifícios e o crescimento da população por freguesia e no Concelho de Palmela entre os anos de 1991 e de 2001.

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QUADRO 1 – Variação populacional, de famílias, de alojamentos e de edifícios no Concelho de Palmela (Censos 2001)

Período Indicador 1991 2001

Variação Taxa de cresci-

mento %

População Residente HM 43.857 53.352 9.495 21,6População Residente H 21.490 26.173 4.683 21,8População Residente M 22.367 27.179 4.812 21,5População Residente (- 14 anos) 8.345 8.593 248 3,0População Residente (15-24 anos) 6.618 7.106 488 7,4População Residente (25-64 anos) 23.615 29.558 5.943 25,2População Residente (+ 65 anos) 5.279 8.095 2.816 53,3Famílias 14.525 18.958 4.433 30,5Alojamentos 19.441 26.195 6.754 34,7Edifícios 14.554 17.648 3.094 21,3

QUADRO 2 – CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE PALMELA E POR FREGUESIA

(Censos 2001)

Freguesia 1991 2001 Variação populacional

Taxa de crescimento (%)

Marateca 3.644 3.586 - 58 - 1,6

Palmela 13.874 16.115 2.241 16,1

Pinhal Novo 15.353 20.993 5.640 36,7

Quinta do Anjo 6.592 8.354 1.762 26,7

Poceirão 4.394 4.304 - 90 - 2,0

TOTAL 43.857 53.352 9.495 21,6

A evolução demográfica do Concelho não tem sido homogénea, tendo surgido na última

década a freguesia de Pinhal Novo como um novo pólo de desenvolvimento terciário, face à sede do concelho possuindo, no entanto, certas restrições, no que diz respeito à área de expansão.

De acordo com os dados do Censos 2001, dos 53.352 habitantes existentes no Concelho de Palmela em 2001, 8.593 (16.1 %) são crianças até 14 anos e 7.106 (13.3 %) possuem idade entre os 15 e os 24 anos, ou seja, o número de crianças e jovens não chega a 30 % do total da população. Comparativamente com o Censos de 1991 (então com 8.345 e 6.618 indivíduos, respectivamente), registou-se nestes escalões um aumento da população em 3.0 % e 7.4 %, isto é, em dez anos o Concelho de Palmela passou a ter mais 248 crianças e mais 488 jovens. Em 1991, o peso destes escalões etários no conjunto da população era de, respectivamente, 19.0 % e 15.1 %. Os dois escalões somados significavam 34 %, ou seja, mais cerca de 4 % do que em 2001. Deste modo,

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apesar de se ter verificado um aumento da população em geral e um aumento em todos os escalões etários, constata-se uma diminuição do peso das crianças e dos jovens relativamente ao conjunto da população.

Por outro lado, também em Palmela, tal como na maioria dos concelhos portugueses, se

verifica uma tendência "assustadora" para um crescimento significativo da população com mais de 65 anos de idade (no Concelho de Palmela este aumento foi de cerca de 53 % - mais 2.816 pessoas), que se traduz num envelhecimento demográfico que a todos deve alertar.

Neste concelho, apesar de tudo, o crescimento demográfico trouxe mais crianças e jovens,

ainda que estes se tenham radicado, sobretudo, na freguesia de Pinhal Novo. É natural que nos próximos anos, em virtude dos loteamentos aprovados e em vias de aprovação, do potencial de crescimento habitacional ainda existente e de algumas novas vias de comunicação rodoviária e ferroviária que recentemente entraram em funcionamento e outras prestes a abrirem, se continue a registar um crescimento demográfico ao ritmo do sucedido na década em apreciação, o que revela quão apetecível é este território, quer a nível habitacional, quer a nível económico e também a nível ambiental. Este crescimento deve continuar a verificar-se, sobretudo, nas duas maiores freguesias, mas também na de Quinta do Anjo onde se está a registar, neste momento, a construção de inúmeros fogos.

Neste particular, entendemos dever destacar algumas das conclusões apontadas por Roca

(2002:53) no estudo sobre a componente sociodemográfica do Concelho de Palmela. Entre outros aspectos, salienta-se que em dez anos (1991 – 2001) se verificou “um crescimento demográfico assinalável, devido quase exclusivamente à entrada de população, aliado ao número considerável de residentes temporários e à potencial população permanente, o que demonstra a capacidade de fixação e atracção de efectivos, criando-se, assim, condições para um crescimento demográfico sustentável, uma vez que a entrada de população, maioritariamente adulta jovem, pode aumentar o saldo natural, pelo menos, a médio prazo, como já se verificou na segunda metade dos anos noventa.” Também se constata que “a situação demográfica do concelho continua a ser marcada pelas disparidades intraconcelhias em relação à dinâmica e distribuição populacionais. De facto, na zona Oeste, as freguesias predominantemente urbanas de Pinhal Novo, Palmela e Quinta do Anjo – com áreas de loteamentos e construções ilegais, principalmente na última, onde é marcante a desagregação da estrutura fundiária – registaram acréscimos e maiores concentrações populacionais, basicamente devido à entrada de população para o concelho. Por outro lado, na zona Leste, as freguesias predominantemente rurais de Poceirão e Marateca, «marcadas pela estrutura agrária do latifúndio» (PDM, 1997) e por áreas de povoamento disperso, associadas a pequenas e médias propriedades sofreram um esvaziamento populacional, embora ainda incipiente. Não se deve esquecer, também, que a área dessas duas freguesias corresponde a 60.6 % da superfície total do concelho.” Finalmente salienta-se que “a pressão crescente exercida pela população nos recursos naturais, principalmente no solo, resultante da necessidade de construção de novas habitações e equipamentos sociais, ocorre em paralelo com o perigo de esvaziamento das áreas rurais que já registam perdas ligeiras de população, o que pode vir a contribuir para a degradação da paisagem rural tradicional. É ainda mais agravante o facto de estarem localizados nas freguesias rurais os espaços naturais que, segundo o PDM (1997) «reúnem melhores condições para o desenvolvimento turístico».”

Finalmente, não podemos deixar de salientar uma das conclusões que faz referência à

população deficiente. Com efeito, Roca (2002:56) refere-se ao facto de que “a população com alguma deficiência, física ou mental, constitui um segmento importante da população concelhia, sendo preocupante o facto de mais de um terço dos deficientes serem idosos. É, assim, necessário planear equipamentos adaptados às condições desse segmento da população, principalmente os deficientes

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motores e visuais”. Neste particular aspecto, muito há ainda por fazer no que respeita à mobilidade e acessibilidades para os idosos e para os deficientes, mas também para as crianças, pelo que o planeamento do desporto, do recreio e do lazer deve também levar em consideração estas preocupações e as lacunas ainda existentes.

5. O DESPORTO, O RECREIO E O LAZER NA SOCIEDADE. O PAPEL DAS CÂMARAS MUNICIPAIS

Assim, neste contexto, qual deve ser o papel do Desporto, do Recreio e do Lazer na sociedade actual? Qual é a opinião dos poderes públicos, por um lado, e qual é a das pessoas, por outro, sobre este tema? Quando falamos de desporto, que peso damos ao desporto formal, ao não formal e ao informal? E qual a importância das práticas desportivas e das actividades físicas de lazer? Quanto aos espaços e aos equipamentos para estas práticas, será que estamos também a considerar a importância dos espaços naturais ou levamos em consideração apenas os equipamentos artificiais? E no que diz respeito aos espaços de jogo e recreio para as crianças? E para os jovens? Estaremos nós, adultos em idade activa, a dar o mesmo destaque que aqueles dão sobre a importância que os referidos espaços possuem para o seu desenvolvimento? E os idosos, que são cada vez mais? Estaremos a ponderar e a planificar sensata e adequadamente os espaços e os equipamentos de lazer e de recreio que são necessários para esta população? E a população em idade activa, que ainda é a maioria no concelho (cerca de 55 %) e que, segundo Roca (2002:54) “requerem a criação e/ou melhoria de equipamentos e serviços de lazer e culturais, dos quais são os maiores consumidores, o que pode alargar o leque de oportunidades de emprego nessas actividades e serviços”, será que se revê nas opções tomadas e a tomar?

O Plano Director Municipal de Palmela (PDMP) deverá reflectir, na medida do possível, as intenções políticas e da comunidade sobre a estratégia de desenvolvimento pretendida para o território. Esta estratégia, no capítulo do desporto, deverá basear-se, por um lado, no programa de trabalho da Câmara Municipal para o presente mandato e nas Grandes Opções do Plano, onde estão inscritas as opções políticas para o sector e as prioridades de investimento e, por outro, em diversos estudos e documentos onde sejam perspectivadas medidas e opções estratégicas que visem o desenvolvimento do desporto. Estes elementos podem (e devem) também ser recolhidos em estudos e documentos de âmbito supra-concelhio. De igual modo, deve ser dado relevo à opinião que os diversos agentes e entidades com intervenção no desporto no concelho possam ter sobre este tema. Neste âmbito, seria bastante importante que a Câmara Municipal pudesse constituir o Conselho Municipal de Desporto a tempo deste orgão consultivo se poder pronunciar sobre a revisão do PDMP e sobre o planeamento estratégico a realizar no concelho sobre o desporto.

É nosso entendimento que a missão de uma câmara municipal no âmbito do desenvolvimento

do desporto é criar mais e melhores condições para o acesso à prática desportiva do maior número possível de munícipes, de acordo com as suas aspirações, motivações e necessidades.

Na sequência das orientações estabelecidas na Câmara Municipal de Palmela, assume-se que

os objectivos gerais da política de desenvolvimento desportivo da autarquia são:

promover o desenvolvimento desportivo e da actividade física no concelho; dotar o concelho de uma rede de equipamentos desportivos;

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e promover a cooperação com as escolas, os clubes e as associações para o desenvolvimento desportivo.

Na nossa perspectiva, estes objectivos cumprem os preceitos constitucionais enunciados no

artigo 79.º da Constituição da República Portuguesa. As conclusões do grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Social do Fórum do Concelho de

Palmela realizado em 2000, apontam um caminho relativamente ao desenvolvimento do desporto no concelho. Assim, da reflexão realizada, destacou-se que “a todo o processo de desenvolvimento, só interessa um crescimento que caminhe de modo a corrigir desequilíbrios económicos e sociais existentes, que atenuem as desigualdades que existam, reduzindo de forma continuada, progressiva e sistemática as assimetrias existentes no concelho, a todos os níveis”. No capítulo do Desporto apontou-se para:

a necessidade de melhorar as condições de acesso à prática desportiva e de

aumentar o número de praticantes desportivos; e para a diversificação da oferta desportiva.

Num contexto mais alargado, da Península de Setúbal, os trabalhos e reflexões realizadas no

âmbito do PEDEPES no domínio do desporto incluíram uma análise estratégica da realidade existente, tendo-se identificado potencialidades e vulnerabilidades a vários níveis, definido princípios estratégicos e identificados objectivos específicos.

Deste modo, os princípios estratégicos definidos foram os seguintes:

• Equilibrar as intervenções de curto prazo e de efeito imediato com intervenções de médio e longo alcance;

• Sempre que possível, articular as políticas de fomento do desporto com os equipamentos escolares;

• Fomentar a oferta de actividades físicas e desportivas de âmbito local a praticantes não federados, isto é, para a população em geral;

• Não privilegiar qualquer área ou forma de expressão desportiva de modo a adequar a oferta à grande diversidade de gostos e manifestações desportivas;

• Fazer ofertas de qualidade que tenham funções pedagógicas e que gerem novas (outras) procuras;

• Privilegiar uma relação de parceria entre as iniciativas públicas e as do tecido associativo local.

Em consequência desta reflexão, vieram a ser estabelecidos os seguintes objectivos

específicos para esta área temática: • Priorizar a oferta desportiva alargada aumentando a qualidade, quantidade e

diversidade actualmente existente, aumentando a população com práticas desportivas nomeadamente entre os jovens e mulheres;

• Garantir a prática desportiva escolar no ensino – do pré-escolar ao secundário – em espaços apropriados;

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• Articular as políticas desportivas regionais através de Plano Desportivo Regional de médio prazo de articulação inter-municipal e com a participação do associativismo local;

• Qualificar os recursos humanos, nomeadamente, direcções desportivas e pessoal de enquadramento nas várias modalidades;

• Melhorar a rentabilização (social e económica) dos equipamentos desportivos públicos, nomeadamente através do incremento da coordenação inter-municipal.

Que nós tenhamos conhecimento, não existem estudos sobre as procuras de prática

desportiva no Concelho de Palmela. Existem apenas alguns dados resultantes de um estudo efectuado sobre a freguesia de Pinhal Novo, em 1997, onde se concluía que apenas cerca de 20 % da população pratica regularmente alguma actividade desportiva, com especial destaque para o futebol e o ciclismo.

De acordo com Marivöet (2001:7), "as conclusões do estudo europeu comparativo de 1979,

referem que a prática desportiva se constitui como um hábito cultural, decorrente da aquisição de valores que prestigiam a cultura física e, ainda, que a prática desportiva varia consoante o género, a idade, a escolaridade e o grupo socioprofissional. Assim, os homens revelaram praticar proporcionalmente mais desporto do que as mulheres, assim como as gerações mais jovens face às gerações mais velhas. De igual modo, a prática desportiva encontra-se directamente proporcional ao nível de escolaridade, de responsabilidade e de qualificação dos grupos profissionais." Quem conhece a realidade desportiva portuguesa sabe que nesta data, ainda não existiam estudos sobre o nosso País nesta área, os quais só vieram a ser realizados em 1988 e em 1998/99. De todo o modo, esta transcrição ilustra bem o que está subjacente ao conceito de hábitos desportivos de uma população.

No que respeita à situação portuguesa em geral, de acordo com o último estudo realizado por

Marivöet (2001), verifica-se que apenas 23 % da população portuguesa com idade compreendida entre os 15 e os 74 anos de idade pratica desporto. Destes, fazem-no de forma regular 19 %, enquanto que os restantes 4 % praticam de modo ocasional. Praticam desporto de forma organizada, 13 % e 10 % desenquadrado de qualquer organização. De entre as restantes inúmeras conclusões, destacamos as que se referem ao facto de ter aumentado o número de praticantes de Desporto de Competição Federado (4 % do total) e de ter diminuído o número de praticantes de Desporto-Lazer (sendo, em 1999, de 19 % do total da população), comparativamente com o estudo semelhante realizado uma década atrás. A prática desportiva de lazer ocupa o quinto lugar nas preferências de práticas de lazer dos portugueses. Também se constatou serem os homens quem mais pratica desporto - 34 % - enquanto que as mulheres apresentam um valor baixo, de apenas 14 %, representando estas 52 % da população alvo do estudo. No que diz respeito aos jovens, os valores obtidos para a participação desportiva foram de 51 %, para o escalão dos 15 aos 19 anos e de 41 % para o dos 20 aos 24 anos. Esta tendência decrescente confirma-se com o evoluir da idade, pelo que a participação desportiva se revelou ser inversamente proporcional à idade. O Futebol, seguido a larga distância da Natação, do Atletismo e das Actividades de Manutenção, são os desportos mais praticados pelos portugueses. Nos jovens dos 15 aos 19 anos o Futebol, o Basquetebol e a Natação são os desportos preferidos, enquanto que no escalão seguinte, dos 20 aos 24 anos, são o Futebol, a Natação e as Actividades de Manutenção.

Em face dos resultados obtidos, constata-se que apesar da população portuguesa ser das que,

na Europa, menos desporto pratica, ainda assim, o peso da participação ao nível do lazer e do desporto não organizado é significativo e tende, na nossa opinião, a crescer nos próximos tempos.

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Neste contexto, o planeamento estratégico ao nível do desporto deve passar pela realização de um estudo aprofundado da realidade desportiva do concelho que contemple, designadamente, os hábitos de prática desportiva da população (detalhando também os dados relativos à população deficiente), as procuras não satisfeitas, os motivos para a não prática desportiva, a oferta de actividades e de serviços de desporto existentes, a oferta de equipamentos desportivos e de lazer e de espaços (artificiais e naturais) de jogo e recreio e de lazer existentes, a opinião das pessoas sobre os equipamentos e espaços existentes e sobre o tipo, quantidade e localização dos equipamentos e das ofertas de actividades e, finalmente, os agentes e entidades públicas, privadas e associativas com intervenção no desporto. Com estes elementos estaríamos em condições de editar a Carta do Desporto do Concelho de Palmela.

O lazer ocupa hoje, nas sociedades desenvolvidas, um crescente papel de destaque na vida das pessoas e nas economias locais e nacionais. As práticas de lazer são procuradas cada vez mais, pelo que os poderes públicos não podem deixar de lhe atribuir o significado e importância que estas possuem para o desenvolvimento local. Na proposta de Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida refere-se também, a dada altura, que “os novos conceitos e as novas tendências na ocupação do tempo livre vão ao encontro de actividades de ar livre que privilegiam o contacto com o meio natural”. É neste contexto, que consideramos que ao nível de cada concelho de Portugal, numa perspectiva, e ao nível de vários conjuntos de concelhos, noutra, por exemplo aproveitando-se as áreas abrangidas por cada Região de Turismo, será imprescindível a curto ou médio prazo realizarem-se Cartas de Lazer, documentos que podem ser entendidos como caracterizadores das dinâmicas territoriais existentes e orientadores de uma estratégia de intervenção para as práticas de lazer desse mesmo espaço geográfico. Representa, por assim dizer, a "fotografia" do mundo do lazer num determinado território, identificando analítica e funcionalmente os múltiplos elementos que o caracterizam e prospectivando o seu futuro.

Neste âmbito, o que se apresenta em seguida, é uma proposta de objectivos gerais e

específicos para a Carta do Lazer do Concelho de Palmela que visa contribuir para a discussão e definição da sua metodologia de elaboração. OBJECTIVOS GERAIS

Constituem objectivos gerais da Carta do Lazer: a) Alargar a base dos utentes (locais e visitantes) com acesso ao lazer; b) Promover o desenvolvimento do Concelho de Palmela; c) Promover e valorizar a imagem positiva do Concelho de Palmela.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Constituem objectivos específicos da Carta do Lazer: a) Caracterizar o Concelho de Palmela de uma maneira geral, englobando dados de natureza

territorial, demográfica e económico-social; b) Caracterizar e identificar as diversas práticas de lazer existentes;

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c) Caracterizar e identificar os equipamentos colectivos, os patrimónios monumental e natural, os serviços, as entidades públicas, as associações, os agentes e as empresas directa ou indirectamente envolvidos nas práticas de lazer;

d) Auscultar a opinião genérica da população do concelho sobre as aspirações, motivações e necessidades de práticas de lazer;

e) Elaborar um plano estratégico de marketing tendo em vista o incremento e a qualificação das práticas de lazer e a promoção e afirmação de "Palmela - Terra de Lazer";

f) Divulgar a Carta do Lazer do Concelho de Palmela através da realização de um "sítio" na Internet e da sua inclusão no Sistema de Informação Geográfica do Município de Palmela.

Esta proposta de trabalho serve também, em certa medida, para a definição dos pressupostos

de elaboração da metodologia relativa à Carta do Desporto do Concelho de Palmela.

Noutro contexto, constata-se que as oportunidades de espaço para brincar são cada vez mais limitadas. As crianças, de um modo geral, não encontram (em especial nos meios urbanos) espaço suficiente de acordo com as suas necessidades de movimento.

A densidade habitacional e de tráfego, os estilos de vida familiar e a gestão do tempo,

impedem que as crianças tenham facilidade no acesso ao espaço da rua e a grandes espaços verdes.

Por esta razão os espaços de jogo e recreio (EJR), vulgarmente conhecidos por parques infantis, assumem uma grande importância porque neles a criança pode brincar livremente ao ar livre, tendo a liberdade de exercitar e desenvolver habilidades motoras, afectivas e sociais. De igual modo estes espaços e equipamentos devem procurar responder a algumas necessidade do escalão etário seguinte, ou seja, dos jovens, os quais, regra geral, são algo esquecidos pelos poderes públicos a este nível. Os EJR para jovens, para além do desenvolvimento motor que proporcionam, são também locais de estada importantes para os jovens, pois desempenham um papel relevante ao nível da socialização sendo, também, locais de "descompressão" e de desanuviamento para as suas tensões.

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6. PROPOSTAS PARA O CONCELHO DE PALMELA

6.1. Equipamentos Desportivos Formais

A Câmara Municipal de Palmela deve nortear a sua política de investimento em equipamentos desportivos formais assente no princípio de “rede”, ou seja, deve considerar-se este factor de desenvolvimento do desporto como uma componente do sistema desportivo local e do sistema desportivo “regional” – neste caso, considerando-se o território da Península de Setúbal, por um lado e, de modo mais abrangente, toda a Área Metropolitana de Lisboa e todo o Distrito de Setúbal - devendo interagir permanentemente com todas as outras componentes. É, por isso, indispensável conhecer-se muito bem o território onde estamos a intervir. Quando referíamos na introdução deste trabalho a necessidade de conhecimento dos territórios e dos equipamentos desportivos existentes em alguns concelhos vizinhos, estávamos precisamente a pensar neste contexto, isto é, de que a planificação de equipamentos desportivos formais com algum peso estruturante, em especial, piscinas cobertas, pavilhões desportivos, pistas de atletismo e estádios para futebol, mas também de equipamentos considerados especializados e especiais para o espectáculo desportivo, como por exemplo, kartódromos, autódromos, pistas de ciclismo, campos de golfe, recintos para tiro, etc., deve levar em consideração o que já existe nas redondezas e o que está planeado construir-se, fundamentalmente porque para cada tipo de equipamento existe uma determinada procura e raio de abrangência, o qual, em inúmeros casos, extravasa claramente o território de apenas um concelho. Esta preocupação deve contemplar todos os agentes e entidades com intervenção no sistema desportivo, designadamente, entidades públicas, entidades privadas sem fins lucrativos (sobretudo clubes desportivos) e entidades privadas com fins lucrativos.

Analisando concretamente a realidade do Concelho de Palmela somos de opinião que: 1. O futebol de 11 (praticado por indivíduos com idade igual ou superior a 11 anos de idade) e

o futebol de 7 (praticado por crianças até aos 10 anos de idade) continua a ser a modalidade desportiva mais procurada e mais praticada a nível formal. Neste âmbito tem-se sentido, ano após ano, contínuas pressões do associativismo desportivo local, no sentido de aumentar o número de campos de futebol relvados e de melhorar a qualidade dos existentes, cuja maioria são em piso de terra batida. Este aspecto é deveras significativo ao nível da ocupação do solo atendendo a que, no mínimo, um campo de futebol com algumas instalações de apoio e infra-estruturas, ocupa cerca de um hectare (112 x 90 metros). Neste contexto, as propostas contempladas no Parque Verde Urbano de Palmela, no Plano de Urbanização de Pinhal Novo, no projecto de reformulação do Complexo Desportivo do Quintajense Futebol Clube, no projecto do empreendimento “Palmela Village” e a intenção de construção de um novo campo de futebol de 11 em Cabanas, eventualmente associado a uma Pista de Ciclismo, dotarão o concelho do número de equipamentos indispensáveis à prática formal desta modalidade desportiva. Contudo, duas dúvidas continuam a subsistir neste momento: em Palmela, a recente mudança dos orgãos sociais originou a alteração da perspectiva do Palmelense Futebol Clube relativamente ao seu projecto futuro, pelo que permanecem ainda algumas incertezas sobre o número, tipologia e localização dos diversos equipamentos que irão constituir o Complexo Desportivo de Palmela; e em Pinhal Novo, a perspectiva de evolução demográfica e os sucessos desportivos recentes do Clube Desportivo Pinhalnovense, poderão originar uma maior procura de prática do futebol e, consequentemente, o número de campos de futebol previsto no âmbito do Plano de Urbanização de Pinhal Novo poderá ser insuficiente, para além do facto da sua provável localização dispersa não facilitar as medidas de gestão e de manutenção futuras. Perante estas situações, somos de opinião que a situação de Pinhal Novo deverá suscitar uma mais aprofundada discussão e uma melhor "arrumação" dos campos de futebol previstos, enquanto que em Palmela, será necessário auscultar o Palmelense F. C. no sentido de acordar, definitivamente, qual a linha de rumo para o futebol na sede do concelho.

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2. O futsal (antigos futebol de 5 e de salão) é também uma modalidade desportiva em plena

expansão. Tem a vantagem de ser a única disciplina do futebol praticado em ambiente escolar, o que irá possibilitar um maior crescimento do número de praticantes a curto e médio prazo; tem também uma outra vantagem que é a de estar a contribuir para um aumento exponencial do número de praticantes femininos, o que não se verifica no futebol de 11 e de 7. Outra das vantagens da prática do futsal é o facto de poder ser realizada quer ao ar livre – em polidesportivos – quer em recintos cobertos – em pavilhões desportivos. Consideramos que a realidade do concelho ao nível dos polidesportivos descobertos é boa, considerando os equipamentos existentes nas diferentes localidades e também os das escolas públicas (em Palmela e em Pinhal Novo), apesar destes não estarem a ser devidamente aproveitados pela população. Trata-se de equipamentos com raio de abrangência inferior ao dos restantes, podendo classificar-se como "equipamentos de proximidade", habitualmente destinados a práticas desportivas informais ou não-formais e de utilização livre. Se levarmos em linha de conta que as Grandes Opções do Plano na área do desporto, contemplam dois novos polidesportivos, respectivamente para Cabanas e para Cajados, podemos afirmar que apenas faltará dotar mais algumas localidades do concelho com estes equipamentos, nomeadamente, Algeruz, Lagoa do Calvo, Lagoa da Palha, Quinta do Anjo e Volta da Pedra. Neste âmbito, existe ainda algum trabalho a realizar relacionado com a qualificação destes equipamentos, sobretudo ao nível da instalação de iluminação artificial e da construção de edifícios de apoio contendo balneários e vestiários, onde estas infra-estruturas não existam, o que não acarreta grandes pressões ao nível do uso do solo. De todo o modo, um polidesportivo descoberto acarreta, no mínimo, uma área de 2.500 m2 (50 x 50 metros), envolvendo a área desportiva útil e a zona destinada a um edifício de apoio e a público.

3. Os jogos desportivos colectivos e algumas modalidades desportivas individuais necessitam

de pavilhões desportivos (equipamentos cobertos com o mínimo de 38 x 18 metros de área de jogo) para a sua prática formal. Os três pavilhões desportivos existentes no concelho, já não respondem à procura existente, quer por parte do associativismo desportivo, quer por parte de outras entidades (sobretudo grupos de empresas) e da população em geral, sobretudo para a prática do futsal. Acresce que também a Escola Secundária de Pinhal Novo não possui qualquer equipamento desportivo coberto (apesar de possuir o terreno destinado a este efeito), sendo a principal prioridade do concelho neste âmbito. Deste modo, as prioridades deverão ser apontadas, em primeiro lugar, para os estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, de modo a que nunca mais seja construída qualquer escola destes graus de ensino no Concelho de Palmela, sem o respectivo equipamento desportivo coberto, que não terá de ser necessariamente, em todos os casos, um pavilhão desportivo. Em segundo lugar, contemplar as freguesias de Marateca e Poceirão com um equipamento destes. Atendendo às características demográficas destes territórios e à dispersão habitacional, o ideal seria que fosse construído um pavilhão desportivo associado à futura escola básica dos 2.º e 3.º ciclos que a Câmara Municipal tem lutado por edificar nesta zona. De modo a fechar a malha de pavilhões desportivos no concelho, seria necessário dotar Pinhal Novo com mais um equipamento, de preferência localizado na zona sul do perímetro urbano e junto a uma futura escola e a freguesia de Palmela também com mais um pavilhão desportivo. Caso se considere ultrapassada a possibilidade de substituir o actual ginásio da Escola Secundária de Palmela por um pavilhão desportivo, consideramos que se justifica edificar um equipamento com estas características junto à futura escola básica dos 2.º e 3.º ciclos prevista para Aires o qual, para além deste facto, beneficiaria da circunstância de se localizar próximo da futura estação de caminho de ferro de Palmela-Aires e a meio caminho entre Palmela e Setúbal, com os benefícios que tal também suscitaria ao nível da maior captação de praticantes desportivos e da possibilidade de maior envolvimento e dinamização da actividade associativa local. É de salientar que um pavilhão desportivo com uma área desportiva útil de 44 x 25 metros acarreta, no mínimo, a utilização de 3.000 m2 (60 x 50 metros), envolvendo o recinto desportivo, o espaço para balneários-vestiários, o espaço para serviços de apoio

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e alguns lugares de estacionamento (tomou-se como exemplo o pavilhão desportivo municipal de Pinhal Novo).

4. No que diz respeito às piscinas cobertas e aquecidas, pode-se dizer que, neste momento,

o concelho está suficientemente coberto através dos dois equipamentos municipais existentes, até porque ainda não se atingiu o máximo de utilização que as duas piscinas contemplam, apesar de nos principais horários (fins de tarde e princípios de noite) haver algumas listas de espera. As piscinas cobertas são um tipo de equipamentos em que, para além dum conhecimento aprofundado da realidade do nosso território, é necessário conhecer minimamente a realidade envolvente. Com efeito, actualmente as pessoas, as escolas e as instituições privadas que frequentam as piscinas pretendem, acima de tudo, beneficiar de equipamentos e de serviços de qualidade, ainda que para tal, tenham de se deslocar um pouco mais do que o que poderia ser necessário, visto que para a maioria das pessoas e das instituições é preciso considerar-se o dispêndio de algum tempo para as deslocações para estes equipamentos. Atendendo à complexidade e aos custos de construção, conservação e gestão de uma piscina, estes equipamentos possuem um raio de abrangência alargado o qual, em muitos casos, vai para além do território de cada concelho. Verificámos esta situação quando surgiu a Piscina de Palmela, que possuía bastantes utilizadores residentes no Concelho de Setúbal, quando neste concelho só havia ainda uma piscina de 25 metros e também, ainda que em menor escala, na Piscina de Pinhal Novo, relativamente a residentes dos concelhos de Montijo e da Moita, atendendo à menor qualidade das piscinas destas localidades comparativamente com a de Pinhal Novo. Actualmente a realidade envolvente é diferente. Existem mais ofertas, também de qualidade, duas novas piscinas serão em breve inauguradas, ambas no Concelho de Sesimbra, respectivamente em Quinta do Conde e em Sesimbra, pelo que a quantidade e a qualidade da oferta é muito mais significativa.

Neste sentido, em face do exposto, somos de opinião que a curto prazo não será necessário

dotar o concelho com novas piscinas a não ser que se verifique um acelerado crescimento demográfico nas freguesias de Marateca e de Poceirão, as quais deverão ser as próximas beneficiadas com a construção de uma piscina. Quanto à eventual localização de um equipamento desta natureza que sirva, sobretudo, as nossas duas freguesias rurais, consideramos que deverá ser integrada no espaço que vier a receber a futura escola básica dos 2.º e 3.º ciclos e o futuro pavilhão desportivo, de modo a concentrar todos os equipamentos desportivos e educativos e, consequentemente, possibilitar uma maior rentabilização da sua utilização e uma melhor racionalização dos custos com a sua gestão e manutenção.

Noutro sentido, já foi abordada entre a Câmara Municipal e o Clube Portais da Arrábida a

possibilidade de se cobrir a Piscina deste Clube, de modo a possibilitar a sua utilização durante todo o ano e não apenas no Verão. Se a este facto adicionarmos a eventual pretensão de se construir também uma piscina no âmbito do empreendimento “Palmela Village” (esta informação não está confirmada, nem se sabe se, a existir, será coberta e se poderá ser de uso público), concluímos que para a Freguesia de Quinta do Anjo será desnecessário prever um equipamento com estas características. Todavia, no âmbito do Plano de Urbanização de Quinta do Anjo, a equipa que o está a realizar propôs a localização de uma piscina nas proximidades do pavilhão desportivo pelo que, entre as diversas alternativas, teremos esta freguesia satisfeita.

Finalmente, tal como já tivemos oportunidade de referir num parecer elaborado no âmbito do

Plano de Pormenor do Parque Verde Urbano de Palmela, será necessário reservar um terreno com cerca de 5.000 m2 (100 x 50 metros) no Complexo Desportivo de Palmela para a futura nova Piscina de Palmela (se adoptar características semelhantes à da Piscina de Pinhal Novo), atendendo a que a actual perfaz em 2003 dez anos de vida, que a sua tipologia apresenta algumas lacunas e está, em alguns aspectos, ultrapassada, que ao nível construtivo já se manifestam algumas debilidades e que a

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sua localização veio a revelar-se inadequada sob vários pontos de vista pelo que, em devido tempo, será necessário abater este equipamento e substituí-lo por um novo integrado no Complexo Desportivo.

5. Relativamente aos campos de ténis, a realidade actual do concelho é bastante negativa.

Não existem equipamentos públicos desta natureza; os três campos que existem são privados (todos na freguesia de Quinta do Anjo) e não respondem à quantidade da procura. Todavia, por se tratar de equipamentos em que, em certa medida, o mercado está mais predisposto para investir, é previsível que possam vir a surgir mais campos de ténis de utilização pública no concelho, em virtude do surgimento de alguns novos empreendimentos habitacionais. Complementarmente, as propostas apresentadas para o Complexo Desportivo de Palmela e para o perímetro urbano de Pinhal Novo, no âmbito do respectivo Plano de Urbanização, já contemplam alguns campos de ténis pelo que, por agora, não será necessário propor mais campos de ténis para o concelho. Acresce que também neste sector, existe alguma oferta em Setúbal, Moita e Montijo que, de algum modo, pode complementar a oferta que vier a existir no Concelho de Palmela.

6. A realidade dos equipamentos para a prática do Atletismo no Concelho de Palmela pode

considerar-se razoável atendendo, por um lado, à (ainda) reduzida expressão da modalidade e do número de praticantes, por outro, à existência do Recinto Oficial de Lançamentos de Quinta do Anjo e ainda, finalmente, à existência de algumas condições para o treino e prática de algumas disciplinas do Atletismo nas Escolas Secundária de Pinhal Novo e Básica dos 2.º e 3.º ciclos Hermenegildo Capelo, em Palmela. Neste contexto, iniciou-se recentemente o Programa de Desenvolvimento do Atletismo no Concelho de Palmela envolvendo a Câmara Municipal e os clubes que no concelho realizam ou pretendem iniciar a prática da modalidade, tendo-se concluído que os equipamentos existentes são suficientes para o nível local de prática. Todavia, acresce que está prevista a construção, a curto ou médio prazo, de uma pista formal de Atletismo no âmbito do empreendimento “Palmela Village”, em Quinta do Anjo, relativamente próxima do futuro Complexo Desportivo do Quintajense Futebol Clube, o que preencherá certamente as necessidades actuais e futuras do concelho a este nível. Finalmente, não podemos deixar de considerar a existência de uma Pista Internacional de Atletismo em Amora, Concelho do Seixal, que dista cerca de 20 quilómetros do limite poente do Concelho de Palmela e a provável inauguração em 2004, da Pista de Atletismo de Setúbal, que fica situada a 15 quilómetros da Vila de Palmela e a 20 da Vila de Pinhal Novo, constituindo-se como ofertas muito qualificadas para a prática da modalidade, possibilitando complementar a prática verificada nos equipamentos do Concelho de Palmela.

7. O número de Ginásios e de Salas Polivalentes que possibilitem a realização de actividades

físicas e desportivas é bom. A sua localização um pouco por todo o território também é positiva, pelo que neste particular o concelho está, em geral, bem servido. Têm surgido também, nos últimos anos, alguns investimentos privados neste sector, designadamente nas duas vilas, como forma de corresponder à crescente procura de realização de exercício físico "de Ginásio". Em face do desenvolvimento desportivo verificado nos últimos anos e das tendências de evolução da prática desportiva, somos de opinião que o investimento neste sector deverá passar pela construção de salas especializadas que visem servir especificamente uma modalidade ou um conjunto de modalidades desportivas. Estamos a referir-nos a Ginásios concebidos e apetrechados sobretudo para actividades gímnicas, por um lado, e para desportos de combate, em especial o Judo, por outro. Através destes equipamentos será possível a realização de treino específico e mais aperfeiçoado de determinadas modalidades, possibilitando a obtenção de melhores resultados desportivos e, consequentemente, a elevação do nível desportivo dos praticantes do concelho. Estes ginásios deverão ser localizados prioritariamente junto aos futuros novos pavilhões desportivos e/ou junto a instalações sociais e desportivas de clubes e colectividades que manifestem esse interesse e que demonstrem possuir um historial e tradição em determinada modalidade desportiva que o justifique. Seria também interessante

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que o concelho viesse a possuir um Ginásio para Ténis de Mesa e/ou para Badminton, de modo a potenciar a prática destas modalidades no concelho mas tal, dependerá, sobretudo da vontade do nosso tecido associativo.

8. Relativamente aos equipamentos desportivos especializados – equipamentos concebidos

e organizados para actividades desportivas monodisciplinares – existe no concelho um campo de golfe, um espaço para tiro com arco, alguns locais para realização pontual de tiro aos pratos, alguns picadeiros/centros equestres e uma barragem onde é possível realizar alguns desportos náuticos (todos de iniciativa privada). Pontualmente alguns terrenos são adaptados para a realização de provas motorizadas, como por exemplo, motocross e autocross, mas que não carecem da existência de um equipamento permanente. Neste sector, o único equipamento desportivo que, eventualmente, valerá a pena perspectivar para o concelho é uma Pista de Ciclismo. Com efeito, tendo em consideração a forte implantação da prática do Ciclismo (nas suas diferentes disciplinas), quer no Concelho de Palmela, quer nos restantes concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, a vontade já por várias vezes manifestada pelo Clube de Ciclismo de Cabanas de dotar o nosso concelho com um equipamento com estas características e o facto das Pistas de Ciclismo mais próximas se situarem na Malveira - concelho de Mafra - e em Alpiarça e de serem muito antigas, dá a esta pretensão um significado que não pode ser menosprezado. Daí que se justifique considerar a possibilidade de construção de uma Pista de Ciclismo na zona de Cabanas atendendo a que o clube local é quem mais tem pugnado pela sua concretização e já se disponibilizou para participar na sua gestão e manutenção, que também está sinalizada a necessidade de construção de um novo campo de futebol e de um polidesportivo descoberto para Cabanas e que a sua localização é bastante boa, pois situa-se numa posição relativamente central em relação à Península de Setúbal, a cerca de 20 minutos de Lisboa e de Setúbal, com boas acessibilidades rodoviárias e também, a breve prazo, ferroviárias, pelo que o futuro Complexo Desportivo de Cabanas/Marquesas poderia integrar, no mínimo, estas três valências. Neste contexto, um possível “Parque de Lazer” a instalar em Rio Frio poderia também contemplar a adaptação da barragem ali existente para a prática formal do remo e da canoagem, através da instalação de pistas para estes desportos.

9. Finalmente, no que diz respeito a equipamentos desportivos especiais para espectáculo

– equipamentos concebidos e vocacionados para a realização de manifestações desportivas integrando a componente espectáculo – apenas existe no concelho um kartódromo. Somos de opinião que o Concelho de Palmela, em face das suas características de natureza desportiva, demográfica e territorial, juntamente com a proximidade de grandes centros urbanos, apenas justifica a existência de um ou dois Estádios de Futebol com as características do que está proposto para o Complexo Desportivo de Palmela, ou seja, numa primeira fase, com uma bancada central poente com capacidade para 4.000 pessoas, reservando o espaço central nascente para a eventual construção de uma outra bancada, caso se justifique, a longo prazo. Todavia, em face do crescimento demográfico e do desenvolvimento desportivo que se verifica na freguesia de Pinhal Novo, será também necessário contemplar espaço adicional junto ao principal campo de futebol a construir em Pinhal Novo, de modo a dotar esta Vila também com um Estádio de Futebol. Estas propostas assentam sobretudo na realidade actual nestas duas localidades no que respeita à prática do futebol e às respectivas identidades locais, mas também no crescimento e desenvolvimento que se prevê que se venha a verificar para as duas freguesias.

6.2. Espaços de Jogo e Recreio A estratégia de intervenção da Câmara Municipal de Palmela ao nível dos espaços de jogo e

recreio (EJR), deve basear-se numa configuração em "rede" que envolva todos os EJR de uso público existentes no concelho, independentemente da entidade proprietária e gestora, ou seja, deve

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considerar a localização, as características e as finalidades de cada um, de modo a que esta "rede" possa corresponder da melhor forma possível às necessidades de desenvolvimento das crianças e dos jovens, bem como às suas aspirações e motivações. Neste sentido, é fundamental que as opções a adoptar se baseiem nos princípios da segurança, da qualidade, da diversidade e da dispersão, mais ou menos uniforme pelo território, em função das características demográficas da população a que se destina. Assim, com o objectivo de dar resposta às necessidades ainda existentes e, com base nos princípios enunciados, a autarquia deverá continuar a intervir de forma faseada nos diferentes espaços e equipamentos por forma a responder às necessidades lúdico-motoras das crianças e dos jovens.

Com base nas Grandes Opções do Plano prevê-se que em 2004 sejam criados os EJR da Volta da Pedra e de Nova Palmela (o segundo no Bairro) e em 2005 os EJR de Quinta do Anjo (o segundo da localidade) e do Bairro dos Marinheiros. As opções a tomar relativamente à implantação de novos EJR estão, em grande medida dependentes, por um lado, do que os loteamentos em curso e a realizar no futuro, venham a realizar (já se tem verificado a instalação de EJR em novas urbanizações por parte dos seus responsáveis, os quais passam, posteriormente, para a responsabilidade da autarquia) e, por outro, da evolução demográfica e da dispersão habitacional, sobretudo, das crianças e dos jovens até aos 14-16 anos de idade que se vier a verificar no concelho. De qualquer modo, doravante, a Divisão de Desporto não pode continuar a não ser ouvida sempre que existam discussões sobre loteamentos que envolvam novos EJR, sob pena de se continuarem a instalar estes espaços e equipamentos de forma aleatória e desfasada de uma estratégia de planeamento que se pretende, cada vez mais, aperfeiçoar.

Constatamos ainda que o grupo dos jovens a partir dos 12 anos tem sido habitualmente esquecido. Neste sentido, é urgente dotar o Concelho com EJR e zonas de estar e lazer para os jovens, em espaços públicos, nomeadamente nas Freguesias de Palmela, Pinhal Novo e Quinta do Anjo. Consideramos que, em parte, esses espaços (artificiais e naturais) já existem; contudo, falta apetrechá-los com equipamentos e condições que os transformem em locais de atracção e de fruição.

Dada a exiguidade de espaço livre e a dispersão habitacional nas zonas rurais de Marateca e Poceirão, a estratégia para estas zonas deve basear-se em dotar todas as Escolas do 1.º Ciclo do ensino básico com espaços de jogo e recreio nos respectivos logradouros, que possam ser abertos à população aos fins-de-semana e nos períodos de férias escolares, por forma a possibilitar às crianças o seu usufruto.

6.3. Espaços para Actividades Físicas e Desportivas de Lazer

Tendo em consideração a filosofia que caracteriza este documento, não podemos deixar de reservar um pequeno capítulo para a referência aos espaços para actividades físicas e desportivas de lazer.

Com efeito, como já se referiu, existe uma tendência na sociedade portuguesa para que se

verifique um incremento deste tipo de práticas, pelo que os instrumentos de planeamento e de ordenamento do território deverão salvaguardar a reserva de espaços para a implantação, por exemplo, de circuitos de manutenção, tanto quanto possível em zonas verdes, de ciclovias (aproveitando a rede viária rural e os corredores verdes, designadamente junto a cursos de água), de percursos para caminhadas e para bicicletas (que poderão resultar da junção de propostas envolvendo os dois primeiros exemplos), mas também de espaços para práticas informais localizados, prioritariamente, junto às zonas residenciais e/ou nas zonas centrais dos aglomerados urbanos. A este respeito, o relvado existente na Praça da Independência, em Pinhal Novo, ilustra bem o que estamos a propor. Estamos também a pensar, por exemplo, nos relvados e zonas verdes de Belém, ou da zona

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norte ao Parque das Nações sob a Ponte Vasco da Gama, ambos em Lisboa. De igual modo, os planos de urbanização de Pinhal Novo e de pormenor do Parque Verde Urbano de Palmela, bem como o projecto do Parque Verde Urbano de Pinhal Novo, já contemplam algumas propostas neste âmbito que seria importante aprovar. Em Quinta do Anjo, existem já algumas potencialidades e prevê-se que, enquadrado no empreendimento "Palmela Village", possam surgir novas propostas; resta saber se serão de fruição pública ou apenas destinadas aos residentes. Espaços com estas características poderiam também ser previstos, por exemplo, para a Quinta da Cerca e Largo de São João, em Palmela, para um pinhal existente no Bairro dos Marinheiros, para a zona onde vierem a ser implantados os equipamentos desportivos propostos para Cabanas, para a Herdade de Rio Frio (integrado num possível parque de lazer futuro, atendendo às potencialidades e características da zona) e para Poceirão, eventualmente na zona envolvente ao recinto do Mercado e ao Espaço de Jogo e Recreio ali existentes. Em Águas de Moura, consideramos que o espaço onde se situa o campo de futebol e o polidesportivo, apesar de ser propriedade do clube local, poderia ser potenciado com mais e melhores espaços de lazer que propiciassem uma crescente fruição por parte da população local, o que se poderia concretizar através da celebração de uma parceria institucional entre a Câmara Municipal e o Clube Desportivo e Recreativo de Águas de Moura.

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7. CONCLUSÃO

"Um dos legados mais duradouros de Weber para a sociologia do lazer é o conceito de estilo de vida" (Rojek, 1985, citado por Veal, 2001:360).

Mendoza e Sagrera (1990) (citados por Matos e colegas, 2000:9) falam de "estilo de vida como

um conjunto de padrões de comportamento que definem a maneira comum de viver de um indivíduo num grupo. Tem a ver com o modo como se relacionam as aprendizagens de um indivíduo no seu processo de socialização e as condições de vida nesse mesmo grupo". Os estilos de vida estão, pois, ligados aos valores, às motivações, às oportunidades e a questões específicas ligadas a aspectos culturais, sociais e económicos (OMS, 1985).

O facto de trazermos o conceito de estilo de vida à nossa reflexão neste momento da

conclusão, prende-se com o facto de o considerarmos um conceito-chave relativamente à filosofia e às propostas apresentadas. Com efeito, a mensagem principal que gostaríamos que ficasse na memória de quem tiver a oportunidade de ler este documento, é a da importância do desporto e do lazer no desenvolvimento pessoal e na adopção de estilos de vida saudáveis.

É comum assistir-se a comportamentos de risco e desviantes por parte de jovens e de adultos.

Muitos destes levam, inclusivé, à morte. As inúmeras influências negativas que a sociedade transmite estão na origem das elevadas taxas de morbilidade e de mortalidade que se verificam em Portugal. Daí que a prevenção seja um processo de primordial importância na promoção de estilos de vida saudáveis. Neste âmbito, aspectos como o tabagismo, o alcoolismo, outras dependências, a deficiente nutrição, a inactividade física, a exclusão e o isolamento sociais ou o stress laboral são frequentemente a origem de maus estilos de vida, quer nos jovens, quer nos adultos. Compete, por isso, aos poderes públicos desencadearem mecanismos e assumirem posições com vista a contrariar determinadas tendências dos jovens. Tais medidas devem incidir ao nível da família, da escola, dos locais de trabalho e no âmbito das práticas de lazer.

O tempo de lazer dos jovens constitui um importante tempo de aprendizagem e de

desenvolvimento, onde se adquirem competências e saberes indispensáveis à sua vida. O "capital de lazer" adquirido constitui uma mais valia e uma vantagem competitiva nos seus desempenhos em sociedade. Neste âmbito, considerando as diferentes possibilidades de acesso dos jovens às práticas de lazer, cabe aos poderes públicos um papel indispensável na oferta de programas e de actividades que visem minorar as assimetrias existentes em qualquer sociedade. Felizmente, em Portugal, tem-se assistido de forma crescente a um incremento da intervenção neste campo, designadamente por parte dos municípios, prestando um contributo bastante importante para o desenvolvimento dos nossos jovens.

Gauthier e Boily (2001) destacam o facto das actividades espontâneas atingirem taxas de

participação muito elevadas e de estarem a aumentar, o que é revelador da crescente fuga à formalização, estandardização e organização das actividades. De igual modo, avançam a hipótese da crescente individualização das práticas de lazer (a que não será estranha, certamente, a utilização do computador) por parte dos jovens. Todavia, alertam para o facto desta hipótese merecer ser comprovada visto que também consideram a possibilidade de, mais do que se tratar de uma maior individualização das práticas, se poder estar a verificar um deslocamento de formas de sociabilidade.

Em França, o desporto situa-se nos três primeiros lugares de entre as actividades de lazer

(Dumontier e Pan Ké Shon, 1999, citado por L'Aoustet e outros, 2002:119). Estes autores referem-se também a um estudo longitudinal realizado por Vanreusel e colegas em 1997, onde se concluiu existirem relações fortes entre a maneira de praticar do adolescente e as implicações futuras na

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prática desportiva enquanto adulto. Esta conclusão poderá ser reforçada pelo facto de na transição da adolescência para a idade adulta se verificarem diversas alterações nos modos de vida das pessoas que condicionam a realização de actividades físicas de lazer, sobretudo pelo facto dos compromissos profissionais, familiares e sociais serem maiores o que provoca uma diminuição acentuada do tempo livre. Consequentemente, verifica-se um aumento da taxa de abandono desportivo e a adopção de práticas mais individualizadas por acarretarem menor dispêndio de tempo. Para os jovens, o desporto hoje são todas as práticas envolvendo os desportos tradicionais, as actividades físicas e desportivas de aventura na natureza e os jogos desportivos urbanos, isto é, as inúmeras actividades físicas e desportos informais que os jovens realizam nos seus bairros. Actualmente a multiprática desportiva tende a crescer, pelo facto de cada pessoa possuir diferentes aspirações, motivações e necessidades e de existir um crescente desejo pela experimentação do novo, o que as leva, por um lado, a não se prenderem tanto a apenas uma modalidade desportiva e, por outro, a diminuírem o número de vínculos às instituições formais, procurando realizar a(s) sua(s) actividade(s) preferida(s) de modo individual ou de forma informal com grupos de amigos.

Neste sentido, também o Concelho de Palmela deve tentar acompanhar as tendências

verificadas sobretudo noutros contextos europeus no âmbito das práticas desportivas e de lazer, de modo a possibilitar aos seus munícipes uma vida mais feliz. No fundo, o que todos ambicionamos.

Eduardo Borges Pereira

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8. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, João F., PAIS, José Machado, TORRES, Anália, MACHADO, Fernando L., FERREIRA, Paulo A. e NUNES, João S. (1996). Jovens de Hoje e de Aqui. Resultados do Inquérito à Juventude do Concelho de Loures. Loures: Câmara Municipal de Loures. BORMS, J. (1999). Physical activity promotion in the community with emphasis on adolescents. Comunicação apresentada na Conferência Internacional "Melhor Exercício, Mais Saúde". Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras. BRETTSCHNEIDER, W. D. (1987). Youth, Youth Culture and Youth Sports - a Challenge for Sport Studies. Comunicação apresentada na Conferência Mundial de Motricidade Humana. Lisboa: Instituto Superior de Educação Física de Lisboa. BRETTSCHNEIDER, W. D. e SACK, H. G. (1996). Youth sport in Europe - Germany. P De Knop, L-M Engstrom, B Skirstad, MR Weiss (Eds). Worldwide trends in youth sports. Champaign: Human Kinetics. p. 139 - 151. CONSTANTINO, José M. (1993). O Cidadão e o Desporto. Novas tendências no desporto actual. Horizonte. Vol. IX, (54): p. 205 - 210. CONSTANTINO, José M. (1993). O Desporto como meio do uso cultural do tempo livre. O papel dos municípios. Espaço. Vol. 1, (1): p. 77 - 84. Constituição da República Portuguesa (1997). Lisboa. Rei dos Livros. 10.ª edição. CORDOVIL, José (1979). A Actividade Física e o Lazer. Ludens. Vol. 3, (4): p. 53 - 57. COSTA, Ricardo (1993). O Estilo de Vida dos Alunos do 11.º Ano e a sua Motivação para a Prática das Actividades Físicas na Escola Secundária da Baixa da Banheira. Boletim da Sociedade Portuguesa de Educação Física. N .º 7/8: p. 119 - 132. Declaração de São Paulo "Lazer numa Sociedade Global". 30 de Outubro de 1998. Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento Social das Nações Unidas. DUMAZEDIER, Joffre (2000). Lazer e Cultura Popular. Tradução. São Paulo: Perspectiva. DUMAZEDIER, Joffre (1999). Lettre Ouverte. Loisir et Société. Vol. 22, (1): p. 195 - 199. DUMAZEDIER, Joffre (2001). Sociologia Empírica do Lazer. São Paulo: Perspectiva. ELIAS, Norbert e Dunning, Eric (1992). A Busca da Excitação. Lisboa: Difel. ESTANQUE, Elísio (1993). Classe, Status e Lazer. (37). Coimbra: Oficina do Centro de Estudos Sociais. ESTANQUE, Elísio (1995). O Lazer e a Cultura Popular, entre a Regulação e a Transgressão: Um estudo de caso. Revista Crítica de Ciências Sociais, (43): p. 123 - 145. FEIO; Noronha (1978). Desporto e Política. Ensaios para a sua compreensão. Lisboa: Compendium. GAMA, António e SANTOS, Norberto (1991). Tempo Livre, Lazer e Terciário. Cadernos de Geografia do Instituto de Estudos Geográficos (10): p. 99 - 129. GAUTHIER, Madeleine e BOILY, Claire (2001). Les Modes de Vie et les Pratiques Culturelles des Jeunes: homogénéisation de la culture et individualization des pratiques. Loisir et Société. 24, (2): p. 431 - 451. HENDRY, Leo B., SHUCKSMITH, J., LOVE, J. e GLENDINNING, A. (1993). Young people's leisure and lifestyles. London. Routledge.

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02-04-2003 480 dp

L'AOUSTET, Olivier, NIEL, Aurélion e GRIFFET, Jean (2002). Formes actuelles de la pratique sportive des jeunes: description des tendances et méthodes d'investigation. Loisir et Société. 25, (1): p. 119 - 138. LAVENU, Daniel (2001) Activités du Temps Libre et Sociabilité de jeunes à la Sortie de L'Adolescence. Loisir et Société. 24, (2): p. 403 - 430. Lexicoteca. Moderna Enciclopédia Universal (1986). Amadora: Lexicultural. LIMA, Teotónio (1995). O recreio dos jovens. Horizonte. Vol. XII, (67): p. 2. MARIVOET, Salomé (1998). Aspectos Sociológicos do Desporto. Lisboa: Livros Horizonte. MARIVOET, Salomé (2001). Hábitos Desportivos da População Portuguesa. Lisboa: MJD/INFED. MATOS, M. e SARDINHA, L. B. (1999). Estilos de Vida Activos e Qualidade de Vida. L. B. Sardinha, M. Matos e I. Loureiro (Eds.) Promoção da Saúde - Modelos e Práticas de Intervenção nos Âmbitos da Actividade Física, Nutrição e Tabagismo. Cruz Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana. p. 163 - 182. MATOS, Margarida G., SIMÕES, Celeste, CARVALHOSA, Susana F., REIS, Carla e CANHA, Lúcia (1998). A Saúde dos Adolescentes Portugueses. Estudo Nacional da Rede Europeia HBSC/OMS. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana e Programa de Educação para Todos - Saúde. MOTA, Jorge (1997). A Actividade Física no Lazer. Reflexões sobre a sua prática. Lisboa: Livros Horizonte. MOTA, Jorge (2001). Actividade Física e Lazer - contextos actuais e ideias futuras. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Vol. 1 (1): p. 124 - 129. PAIS, José Machado (Coord. Científico), NUNES, José S., DUARTE, Maria P. e MENDES, Fernando L. (1994). Práticas Culturais dos Lisboetas. Lisboa: ICS-UL. PIRES, Gustavo (1994). A Organização do Futuro. 10 Megatendências. Horizonte. Vol. XI, (61): p. 3 - 13. PIRES, Gustavo (1991). Desporto Escolar. Um Indicador de Futuro. O Desporto no Século XXI. Os Novos Desafios. Oeiras. Câmara Municipal de Oeiras. p. 41 - 62. RIBEIRO, Edmundo R. (2000). O lazer em Moçambique - a problemática do espaço urbano e dos equipamentos desportivos na Cidade de Maputo. Eds. António Prista, António Marques e José Maia. 10 anos de Actividade Científica. Faculdade de Ciências de Educação Física e Desporto da Universidade Pedagógica, Moçambique. Lisboa: Centro de Estudos e Formação Desportiva. p. 336 - 345. ROCA, Maria (2002). Estudos de Apoio à Revisão do Plano Director Municipal de Palmela. Componente Sociodemográfica. Palmela: Câmara Municipal de Palmela. SARDINHA, L. B. (1999). Exercício, Saúde e Aptidão Metabólica. L. B. Sardinha, M. Matos e I. Loureiro (Eds.) Promoção da Saúde - Modelos e Práticas de Intervenção nos Âmbitos da Actividade Física, Nutrição e Tabagismo. Cruz Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana. p. 85 - 121. SILVA, Manuel C. (2001). Morfologia e Estilo de Vida na Adolescência. Um estudo em adolescentes escolares do distrito de Coimbra. Dissertação de Doutoramento em Ciências do Desporto e Educação Física. Coimbra: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física - Universidade de Coimbra. VEAL, Anthony J. (2001). Leisure, Culture and Lifestyle. Loisir et Société. 24, (2): p. 359 - 376.

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ZEIJL, E., BOIS - REYMOND, M. e POEL, Y. (2001). Young Adolescents Leisure Patterns. Loisir et Société. 24, (2): p. 379 - 402.

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AMBIENTE

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Gabinete de Ambiente

REVISÃO DO PDM Realizou-se em 1992, no Rio de Janeiro, a “Cimeira da Terra”, cimeira mundial do Desenvolvimento Sustentável, onde se referiu a necessidade de resolver os problemas do desenvolvimento dos povos duma maneira harmoniosa. Em 2002 em Joanesburgo, foi reforçada a ideia da sustentabilidade e Portugal assumiu o compromisso internacional através da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS), que aponta explicitamente para a necessidade das regiões e locais idealizarem e implementarem a sua Estratégia Local de Sustentabilidade. Um número cada vez maior de cidades e vilas está a reconhecer as ligações entre a saúde e o planeamento urbanístico e estar a dar passos no sentido de incorporar o princípio da Saúde 21 e das Cidades Saudáveis na sua prática. Com o objectivo de desenvolver a cooperação entre as cidades para a promoção de Planos de Acção de Agendas Locais 21, a Comissão Europeia iniciou o Projecto de Cidades Sustentáveis em 1993, como continuação dos debates que se seguiram ao Livro Verde do Meio Ambiente Urbano de 1990 em que, considerando que actualmente 80% da população europeia reside em áreas urbanas, são propostas acções relacionadas com a valorização do património histórico e a criação de espaços verdes. Posteriormente na Carta das Cidades Europeias para a Sustentabilidade aprovada em 27 de Maio de 1994, na estratégia preconizada para as cidades sustentáveis, destaca-se a prioridade aos transportes urbanos ecológicos e a indução de novos hábitos de transporte, caso do incentivo ao uso de bicicleta e transportes públicos, colocando no centro dos esforços a planificação e a associação dos diferentes meios de transporte (Padrões de Mobilidade Urbana Sustentável). Esta medida enquadra-se ainda nas responsabilidades relacionadas com o aquecimento global através da redução das emissões com efeito de estufa e na manutenção dos espaços verdes com sumidouros de CO2. A Carta pretende incluir nas cidades europeias sustentáveis todas as autoridades locais, mesmo que não sejam sedes de municípios. O município de Palmela é neste âmbito um dos pioneiros a nível nacional já que pertence ao grupo dos que no País integram a Rede CIVITAS – Rede Portuguesa de Cidades e Vilas Sustentáveis. No projecto “Cidades Saudáveis” a que a CMP aderiu em 2001 pretende-se também promover a saúde dos cidadãos através de um ambiente urbano saudável e sustentado, criando programas inovadores para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população urbana. • PROTAML – A entrada em vigor do PROTAML determina a necessidade de alteração ou revisão dos Planos Municipais de Ordenamento do Território no quadro do estabelecido no DL 380/99 de 22/9. Conforme referido no ponto 4.4. o processo de revisão de cada PDM deverá decorrer das orientações expressas no PROTAML. A Estratégia Regional de Desenvolvimento, que o PROTAML procura traduzir a nível espacial e programático, tem particular relevo na área ambiental, “no sentido da sustentabilidade ambiental e no pressuposto de que esta constitui – em conjunto com a competitividade económica e a coesão social - uma indissociável trilogia”.

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No âmbito da identificação dos recursos territoriais relacionados com os valores naturais - art. 10, alíneas b) e d) do DL 380/99 - os instrumentos municipais de ordenamento do território estabelecem os parâmetros de ocupação e utilização do solo adequados à salvaguarda e valorização dos referidos recursos e valores naturais (art. 12.º). O PDM deverá definir assim a Estrutura Ecológica Municipal do Concelho. • A Estrutura Ecológica Municipal está prevista na alínea c) do art. 85.º do DL 380/99 de 22/9 respeitante ao Conteúdo Material do PDM. O Estuário do Sado e a Arrábida são duas das quatro áreas estruturantes primárias da Rede Ecológica Metropolitana (REM). No caso do Estuário do Sado deverá garantir-se, segundo o PROTAML de que as actividades localizadas na sua envolvente tenham em atenção o funcionamento deste importante ecossistema. Igualmente quanto aos Corredores Vitais da Rede Secundária da REM (Rede Ecológica Metropolitana), “A classificação como Área Vital deverá conduzir a uma revisão das propostas de ocupação que incidirem sobre estas áreas nos planos municipais de ordenamento do território, de acordo com os valores e objectivos expressos no PROTAML”. • Delimitação do “Sítio Estuário do Sado”, considerado “Sítio de Interesse Nacional” (Resolução do Concelho de Ministros N.º 142/97 de 28/8 com base no DL 226/97 de 27/8) que se encontra candidato à Rede Natura 2000. O mesmo para o Sítio “Arrábida-Espichel” e para a “Zona de Protecção Especial do Estuário do Sado”; Com base no N.º 3 do art. 4 deste DL os PDM’s deverão contemplar as medidas necessárias para garantir a conservação destes habitat’s e espécies identificadas na área, na primeira revisão a que forem sujeitos. • Zonamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, inserido na cartografia do PDM; • Verifica-se também a localização de Espaços de Ocupação Turística nos limites do “Sítio Estuário do Sado”; • Espaços Verdes Urbanos – São constituídos muitas vezes por áreas soltas disseminadas no tecido urbano, não estando englobados numa estrutura verde articulada com os condicionamentos de origem ecológica conforme está consagrado na Lei de Bases do Ambiente (Lei 11/87 de 7/4). Deveria estar também regulamentada a protecção e valorização das áreas naturais dentro das zonas urbanas como está preconizado por exemplo, no Livro verde sobre o ambiente urbano da Comissão das Comunidades Europeias. Segundo o PROTAML nas áreas urbanizáveis deverão ser considerados valores superior aos indicados na Portaria 1136/01 de 25/9 relativamente aos espaços públicos. • REN - A delimitação da REN deverá ter em conta o determinado no Plano de Bacia hidrográfica do Tejo aprovado através do DR 18/01 de 7/12 – Capítulo 5, alínea e) , designadamente no caso da definição das zonas sujeitas a risco de inundação, cujas cartas deverão ser tidas em conta em sede de revisão da delimitação da REN (igualmente no ponto 2.2.8. do PROTAML).

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Da mesma forma no PROTAML na alínea b) do ponto 2.2.1.2. está disposto que os Instrumentos de Planeamento Territorial “devem identificar, definindo regimes de uso do solo adequados, as áreas sujeitas a cheias ou alagamento temporário, as áreas adjacentes às linhas de água, assim como as situações de estrangulamento do sistema hídrico”. Esta identificação é reforçada na alínea d) do ponto 2.2.6.1. para as áreas e corredores vitais da REM. A REN não possui por outro lado uma cartografia reflectindo as diferentes categorias de REN, que estão apresentadas como uma mancha única no PDM. A REN não está mantida com a mesma designação nas duas cartas do PDM, estando substituída por outra designação na Carta de Ordenamento; A delimitação da REN não está integrada com a REN dos Concelhos limítrofes. • Rede Hidrográfica – Constitui um dos recursos territoriais com relevância para a sustentabilidade ambiental referidos no art. 12 do DL 380/99 de 22/9, pelo que seria importante a actualização do cadastro das linhas de água; • RAN – Em processo de revisão de PDM deverá proceder-se à revisão da delimitação da RAN (ponto 2.2.9. do PROTAML). • Cartografar e conferir um estatuto de protecção adequado aos montados de sobro existentes no Concelho, dado que nem todos estão incluídos em Espaço Florestal e regulamentar a utilização agro-pecuária deste sistema. • Espaços Industriais - Alguns incluem grandes áreas de montados de sobro, pelo que urge redefinir estes perímetros industriais. É o caso do Espaço Industrial junto a Águas de Moura, que deveria ser articulado com a Plataforma logística prevista para a zona no PROTAML e que está também situado na Rede Natura 2000. Em menor escala também no Espaço Industrial da Biscaia se inclui montado. A implantação destes espaços deveria também ter em consideração as linhas de água existentes no território e os perímetros de protecção às captações de água para abastecimento público. • Delimitar nas Condicionantes as servidões administrativas e restrições de utilidade pública, ex: perímetros de protecção às captações municipais de abastecimento; • Espaços de exploração mineira – prevista na alínea b) do art. 73.º do DL 380/99 de 22/9, no que respeita à qualificação do solo rural, tal como os espaços naturais. Estes espaços poderiam incluir áreas destinadas a controlar o impacte sobre os espaços envolventes. Cartografia de zonas onde se verificou exploração de pedreiras; • Espaços afectos a actividade industriais directamente ligadas às utilizações referentes a espaços agrícolas ou florestais, onde seria importante propôr zonas para as suiniculturas, para minimizar os seus impactes ambientais e fomentar a sua associação no que respeita ao tratamento conjunto dos seus efluentes. Da mesma forma será necessária a delimitação dos Parques de Sucata para os Depósitos de Sucata existentes no Concelho conforme está disposto no DL 268/98 de 28/8;

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02-04-2003 486 dp

• Realizar o levantamento das indústrias e explorações agro-pecuárias a funcionar no Concelho e que possam não estar localizadas em zona compatíveis com as respectivas classes de espaço; • O PDM deveria também “identificar e delimitar os recursos naturais importantes para a produção agrária, assim como os melhores solos destinados à instalação ou manutenção das actividades agrícolas ou silvestres”. Neste âmbito seria importante a delimitação as áreas mais vocacionadas para a produção da maça riscadinha e dos VQPRD. • No seguimento da entrada em vigor do novo Regime Legal sobre Poluição Sonora (DL 292/2000 de 14/11) nomeadamente do disposto nos N.º 1, 2 e 3 do art. 4.º, deverá proceder-se à delimitação das Zonas Sensíveis e Zonas Mistas do Concelho, de acordo com a classificação do Art. 3.º daquele diploma legal, para a sua integração nos Planos municipais de ordenamento do território; • Estabelecimento das condições de reconversão das AUGI, prevista na alínea p) do art. 85.º (PDM – Conteúdo Material) do DL 380/99 de 22/9. Os limites cartográficos dos Espaços de recuperação e reconversão urbanística do PDM estão largamente estendidos muito para além das zonas onde ocorreu construção. Abrangem deste modo enormes áreas, incluindo muitas vezes montados, pinhais e até espaços naturais com interesse para a conservação (caso do Pinhal das Formas que faz parte da Rede Ecológica Metropolitana definida no PROTAML). O mesmo se passa com as Lagoas do Poceirão abrangidas por um destes espaços quando no sentido Oeste se verifica um extenso povoamento nas Lagameças que poderia ficar abrangido por um perímetro urbano onde se tem vindo a verificar um crescimento ao longo das vias, com usos habitacionais e misto onde se incluem escolas, estabelecimentos industriais, oficinas, armazéns, etc. • Núcleos com características urbanas já com muitos anos e que continuam a crescer, estando situados fora de perímetros urbanos, como é o caso de: zona 400 m a Norte ao perímetro urbano de Olhos de Água/Lagoinha/Vale de Touros; Lau; Lagameças/Cajados; Vale da Abrunheira. • Classificação das novas áreas urbanas e industriais do Concelho na zona de Vila Amélia e dos novos limites de Aires na Quinta do Tomé Dias . • Limitar e condicionar o desenvolvimento de uma zona com características urbanas numa área de REN sobreposta a Espaço Agrícola na zona de Olho Ferrenho, através do estatuto deste último e que não é cumprido. A área está ainda abrangida pela classificação no PROTAML como “Área Estruturante Secundária”. • Estabelecimento dos critérios de perequação, prevista na alínea s) do art. 85.º (PDM – Conteúdo Material) do DL 380/99 de 22/9; • Rede de transportes – A sua definição e caracterização está estabelecida na alínea b) do art. 85.º respeitante ao (PDM – Conteúdo Material) do DL 380/99 de 22/9. Alguns PDM já possuem actualmente este tema quer em cartografia, quer nas peças escritas;

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No ponto 2.4.1.5.2. do PROTAML refere que devem ser equacionadas no PDM as medidas e tipos de intervenção que permitam melhorar as velocidades de circulação dos transportes públicos, nomeadamente nas áreas centrais dos núcleos urbanos. No ponto 2.4.2.4.4. refere-se que na concepção e ordenamento das interfaces devem ser atendidos os seguintes aspectos de que se destaca: acessibilidade dos diferentes modos de transporte, sejam ou não motorizados; localização de funções centrais (equipamento, comércio e serviços). No ponto seguinte, salienta que a administração municipal deve assegurar boas condições de acessibilidade em transporte público a “grandes geradores de tráfego” designadamente equipamentos estruturantes a grandes unidades de comércio e serviços”; Igualmente relacionado com os transportes, surge no ponto 2.8.5. relativo ao Ruído a promoção de uma actuação integrada, impondo o cumprimento da legislação, em particular em relação às áreas de maior sensibilidade ao ruído e aos sectores que produzem maior nível de ruído, nomeadamente os transportes e a indústria. Na parte relativa aos parâmetros de monitorização propostos, pretende-se que os municípios utilizem o mesmo conjunto de indicadores ou parâmetros, nos quais se incluem os de Sustentabilidade, de Controlo dos Usos do Solo, da Qualidade, e os de Execução. Salienta-se aqui, entre outros: Extensão de Rede Pedonal; Extensão da Rede de Bicicletas; Extensão das Redes de Transporte Público à superfície, em sítio próprio. Estas redes de infra-estruturas promovem a qualidade de vida, apoiam a actividade económica e asseguram a optimização de acessos à cultura, educação, saúde, desporto, lazer, etc., conforme previsto no art. 17 do DL 380/99 de 22/9, relativo à identificação a realizar pelos instrumentos de gestão territorial. O processo de revisão de cada PDM deve incluir na fundamentação da suas opções os valores destes parâmetros. A actualização dos valores dos mesmos deve dar lugar a relatórios periódicos com prazos não superiores a três anos. De entre as estratégias subscritas para a Sustentabilidade Urbana destacam-se as questões relacionadas com os problemas do ruído, tráfego, poluição atmosférica e da falta de espaços verdes, propondo-se promover nos Padrões de Mobilidade Urbana Sustentável, a prioridade aos transportes públicos e ciclovias, planificando a associação entre os diferentes meios de transportes. O mesmo enquadramento é apresentado nas “Cidades Saudáveis” a que a CMP aderiu, criando condições para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população urbana. O estilo de vida urbana sedentário é hoje um problema global de saúde pública como classificou a OMS, relacionado também com a falta de espaços qualificados e atractivos como percursos pedonais, espaços de recreio, etc.

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02-04-2003 488 dp

Focos de Poluição

(Relatório DP – OES) FONTE: CMP – Gabinete de Ambiente

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LIXEIRAS

Nº de lixeiras por dimensão e freguesia

Dimensão da lixeira Freguesia Pequena Média Grande

Total

Marateca 3 2 0 5 Palmela 4 3 2 9 Pinhal Novo 0 2 3 5 Quinta do Anjo 3 3 6 12 Poceirão 0 3 1 4 Total 10 13 12 35

No concelho existem 35 lixeiras, as quais se concentram maioritariamente nas

freguesias de Palmela e de Quinta do Anjo (existem 21 lixeiras nas duas freguesias), sendo Quinta do Anjo a freguesia que concentra maior número de depósitos de grande dimensão.

Nº de lixeiras por dimensão e freguesia

02468

101214

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta doAnjo

PoceirãoFreguesias

Nº d

e lix

eira

s

Pequena Média Grande

Nº de lixeiras por dimensão e zona de PDM Dimensão PDM

Pequena Média Grande Total

Urbano 1 1 2 4 Áreas constituídas em Avos 0 1 2 3 Florestal 0 0 1 1 AgFlorestal-I 1 0 0 1 AgFlorestal-II 4 3 4 11 REN 1 3 2 6 ERRU 0 2 1 3 Rede Natura 1 0 0 1 Não determinado 1 0 0 1 AgFlorestal-II e Florestal 0 1 0 1 AgFlorestal II e REN 0 1 0 1 Rede Natura e REN 1 1 0 2 Total 10 13 12 35

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02-04-2003 490 dp

Pela leitura dos quadros constata-se que é nas zonas Agro-florestais cat II e de REN que se concentra o maior número de lixeiras. Considerando também os depósitos que ocupam mais que uma zona de classificação de solo (AgFlorestal-II e Florestal, AgFlorestal II e REN, Rede Natura e REN) conclui-se que estas zonas concentram a maior parte das lixeiras (21). Para além disto importa referir que é nas zonas Agro-florestais cat.II que existem mais lixeiras de grande dimensão.

Nº de lixeiras segundo a dimensão e zona do PDM

10

13

12

05

10152025303540

Urbano

Flores

tal

AgFlor

estal

-I

AgFlor

estal

-IIREN

ERRU

Rede N

atura

AgFlor

estal

-II e F

lores

tal

AgFlor

estal

II e R

EN

RdNatu

ra e R

ENTota

l

zona do PDM

Nº d

e lix

eira

s

Pequena Média Grande

Nas lixeiras do concelho estão presentes sobretudo três tipos de resíduos: terras,

presentes em 23 das lixeiras, RSU em 26 depósitos, e entulhos em 28, existindo ainda outros resíduos que estão presentes em 14 lixeiras.

Nº DE LIXEIRAS SEGUNDO O TIPO DE RESÍDUO DEPOSITADO, POR FREGUESIA

Tipo de resíduos Freguesia Terras Entulhos RSU Outros Resíduos Marateca 1 1 3 2 Palmela 8 8 8 2 Pinhal Novo 2 5 4 4 Quinta do Anjo 9 10 9 4 Poceirão 3 4 2 2 Total 23 28 26 14 NOTA: Cada lixeira tem normalmente mais que um tipo de resíduo.

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Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 491 dp

Tipo de depósitos de resíduos das lixeiras

14

23

28

26TerrasEntulhosRSUOutros Resíduos

DEPÓSITOS DE SUCATA

O nº total de depósitos de sucata distribuídos pelo concelho é de 40, os quais se concentram maioritariamente nas freguesias de Quinta do Anjo (12) e Poceirão (15). É, no entanto, na freguesia de Marateca que existe maior número de depósitos de grande dimensão ( 4 lixeiras ).

As zonas de classificação do solo onde está localizado o maior número de depósitos deste género são as zonas urbanas e as Agro-florestais cat.I, sendo nestas últimas que existe o maior número de sucatas de média e grande dimensão.

Nº de depósitos de sucata por dimensão e freguesia Dimensão Freguesia

Pequena Média Grande Total

Marateca 1 0 4 5 Palmela 1 2 0 3 Pinhal Novo 2 1 2 5 Quinta do Anjo 7 3 2 12 Poceirão 5 8 2 15 Total 16 14 10 40

Nº de depósitos de sucata por dimensão e zona de PDM Dimensão PDM

Pequena Média Grande Total

Urbano 3 4 1 8 Florestal 0 0 1 1 AgFlorestal-II 1 0 1 2 AgFlorestal-I 4 7 3 14 REN 4 2 0 6 RAN 1 0 1 2 ERRU 2 0 0 2 Rede Natura 0 0 2 2 AgFlorestal-I e RAN 0 1 0 1 AgFlorestal II e RAN 0 0 1 1 Industrial 1 0 0 1 Total 16 14 10 40

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 492 dp

Nº de sucatas por dimensão e zona de PDM

16

14

10

05

1015202530354045

UrbanoFlorestal

AgFlorestal-II

AgFlorestal-I REN RANERRU

Rede Natura

AgFlorestal-I e RAN

AgFlorestal II e RAN

IndustrialTotal

Nº d

e su

cata

s

Pequena Média Grande

PEDREIRAS

Nº de pedreiras por freguesia e licenciamento Licenciamento

Freguesia Com Sem

Total

Marateca 0 2 2

Palmela 5 5 10

Pinhal Novo 1 2 3

Quinta do Anjo 4 2 6

Poceirão 0 1 1

Total 10 12 22

No concelho existem 22 pedreiras, das quais 12 são ilegais. As freguesias que concentram o maior número de pedreiras são a de Palmela com 10 pedreiras (5 destas são ilegais) e a de Quinta do Anjo com 6 ( 2 são ilegais).

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 493 dp

Nº de pedreiras por freguesias e licenciamento

0

2

4

6

8

10

12

Marateca Palmela Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceirão

Nº de lixeiras

Sem licenciamento

Com licenciamento

Os produtos extraídos nas pedreiras do concelho são a areia, argila, saibro e calcário. Destes, a areia é o produto extraído na maioria das pedreiras, contando-se 18 pedreiras nas quais se realiza extracção de areia.

Nº DE PEDREIRAS POR

PRODUTO EXTRAÍDO Produto Nº de Pedreiras

Areia 15 Argila 3 Saibro 1 Calcário 1 Areia e argila 3 0 1

Total 24

Nº de pedreiras por zona de PDM e licenciamento Licenciamento

PDM Com Sem Total

Florestal 0 1 1 REN 8 5 13 PNA 1 2 3 AGRFL-II 0 1 1 Agroflorestal cat.II, REN, RAN, Rede Natura 0 1 1 Agroflorestal cat.II, Ocupação Turística 0 1 1 Agroflorestal cat.II e REN 1 1 2 Agroflorestal cat.II e Avos 10 12 22

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 494 dp

Nº de Pedreiras por zona de PDM

8

1

1

10

1

5

2

1

1

1

1

12

0 5 10 15 20 25

Florestal

REN

PNA

AGRFL-II

Agroflorestal cat.II, REN, RAN, Rede Natura

Agroflorestal cat.II, Ocupação Turística

Agroflorestal cat.II e REN

Agroflorestal cat.II e Avos

Comlicenciamento

Semlicenciamento

A distribuição das pedreiras por zona do PDM incide maioritariamente em locais classificados como Agroflorestais cat.II (13 casos). Contabilizando as situações em que as pedreiras ocupam mais que uma classe de espaço, o número de pedreiras em zonas Agroflorestais cat.II é de 19. FONTE: CMP – Gabinete de Ambiente

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 495 dp

ANEXOS

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 496 dp

MONITORIZAÇÃO

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 497 dp

L I S T A G E M D E T E M A S E R E S P E C T I V O S C O N C E I T O S

Património Ambiental

1 Salvaguarda e valorização do Património Ambiental

2 Efectivar relações com o património natural

3 Implementar "corredores verdes"

4 Promover percursos pedonais e ciclovias

5 Qualificação e regularização das linhas de água do concelho

6 Articulação trans-municipal das políticas ambientais

7 Revitalizar linhas de água integradas em "corredores verdes"

8 Incutir às gerações mais novas que os recursos não são infinitos

9 Tratamento dos efluentes domésticos e industriais

10 Regulamentação da REN / Novos usos compatíveis

11 Procurar soluções equilibradas ... soluções fundamentalistas

31 Sensibilização para as questões ambientais

35 Promover a educação / sensibilização das crianças e jovens para as questões ambientais e do ordenamento

124 Preservar paisagem rural e zonas naturais de excepção

126 Melhorar, recriar e criar sistemas de drenagem naturais para águas residuais pluviais

127 (Promover) a floresta é um duplo recurso

128 Em Palmela vive-se no campo e trabalha-se na cidade

129 A vastidão do concelho é um recurso

130 Viver no meio rural é bom mas é diferente que viver na cidade

227 Implementação de aterros sanitários

229 Fiscalização eficaz das fontes de poluição

230 Preocupação na instalação de sucatas

236 Ambiente físico de qualidade (ar, água, saneamento, espaços verdes, um urbanismo saudável)

264 Concelho saudável

288 Constituição de reservas e servidões

Cidadania

41 Explicar o que é a qualidade de vida

44 Programar e planear com as populações (apostar mais no planeamento com o envolvimento das populações e não para a

população)

111 Respeitar espaços comuns

112 Aprender / ensinar a viver em vizinhança

192 Garantir uma comunicação eficaz entre autarquia e população

193 Promover a cidadania e estimular uma cultura de participação

202 Defesa/Promoção da identidade local - crescer com identidade

260 Incentivar e promover a participação juvenil no desenvolvimento do seu concelho

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 498 dp

262 Sensibilização para os malefícios do vandalismo

293 Promover a cultura urbana

294 Incutir uma maior urbanidade aos habitantes

295 Criar equipamentos municipais para que os donos de cães e gatos não usem a via pública como wc

297 "Educação" dos agentes económicos produtores de espaço urbano

299 Qualificar o tempo de lazer

300 Garantia de acesso e difusão de informação

303 Incentivo às formas de comunicação interactivas

304 Orçamento participado

305 Auscultação atempada

306 Criação de rede de comunicação básica

307 Apoio a formas de auto-organização da população

Coesão Social

89 Plano estratégico social

90 Rede social eficaz

91 Efectivar parcerias entre público, privado e instituições de solidariedade social

95 Desenvolver a ocupação de tempos livres para jovens

96 Fomentar a dinâmica inter-institucional

97 Promoção de programas e actividades em família

99 Promover a inclusão social

100 Necessidade de identificar grupos vulneráveis

140 Acesso a equipamentos de saúde, educação, cultura, desporto e emprego próximo da zona de residência

190 Promover a natalidade

194 Reforçar a auto-estima da população

195 Acreditar nas potencialidades do concelho

201 Melhor coesão social

221 Adoptar medidas que atenuem os efeitos psico-sociais das reformas/desempregos "antecipados"

222 Adoptar políticas que atenuem os efeitos biológicos e sociais do envelhecimento

223 Fomentar parcerias com instituições e entidades com o objectivo de minorar diferenças sociais

259 Criação de mecanismos efectivos de apoio aos jovens, de acordo com as necessidades e expectativas manifestadas

261 Combater a inércia existente no conjunto de entidades que lidam directamente com os jovens

281 Maior esperança de vida

282 Maior número de anos de vida com qualidade

309 Melhorar a qualidade de vida

Modernização e desenvolvimento da estrutura económica local

56 Infraestruturas e ordenamento das áreas industriais

57 Infraestruturar os espaços industriais

58 Diversificação da oferta industrial

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 499 dp

59 Apoiar a divulgação/publicidade das pequenas empresas

60 Oferta de espaços para núcleos de micro empresas

61 Implementar pequenas/médias empresas

63 Reforçar a estrutura económica local

64 Valorização, promoção e marketing dos produtos locais

65 Apostar na agricultura biológica e produtos com denominação de origem

148 Investimento na modernização

149 Atrair, fixar recursos científicos e tecnológicos

151 Recursos/Meios RSU - reciclagem, tratamento

156 Parcerias inter-institucionais

181 Assumir o lazer como instrumento essencial para o desenvolvimento local

182 Apostar no associativismo como meio de promoção do desenvolvimento local

183 Especializar a oferta do lazer

184 Apostar, de forma crescente, em projectos integrados de desenvolvimento local

185 Apostar nas profissões tradicionais para a promoção do desenvolvimento local

186 Apostar na inovação e desenvolvimento das empresas no concelho

188 Incentivo à fixação de empresas

197 Potenciar os recursos endógenos e as actividades tradicionais

198 Aproveitamento de recursos endógenos

225 Qualificação dos recursos humanos do concelho

237 Formação técnica/científica de decisores técnicos e políticos

238 Garantir qualidade e segurança alimentar (mercados/restauração)

277 Boas condições de trabalho

278 Rendimento familiar compatível com vida condigna

279 Diversificar o tecido económico

280 "Situar" o concelho numa visão mais estratégica, mais ampla - nacional

290 Actividades económicas polarizadoras

Equipamentos e Serviços

75 Melhoria da Rede de Equipamentos

76 Mais equipamentos desportivos

77 Melhorar condições físicas das escolas

78 Continuar recuperação dos edifícios centenários

79 Ligar as escolas ao tecido social

80 Construir Escola 2+3 nas freguesia de Poceirão e Marateca

81 Concentrar estabelecimentos de ensino

82 Constituição de núcleos educativos activos

83 Melhoria da Rede de Equipamentos Escolares

84 Colmatar lacunas na rede de equipamentos escolares

85 Melhoria da rede de equipamentos de saúde

86 Mais equipamentos de saúde

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 500 dp

87 Melhorar acessibilidades aos cuidados de saúde

92 Criação de equipamentos para idosos

93 Prever espaços para equipamentos sociais nas novas urbanizações

94 Melhoria da rede de equipamentos sociais

131 Acessibilidade a equipamentos e serviços de qualidade

132 Criação de equipamentos desportivos na sede de concelho

135 Criar condições para formação e desenvolvimento de qualidade educação/cultura

136 Acesso a equipamentos e condições para promover a actividade física

137 Equidade no acesso aos serviços e instrumentos

138 Criação de zonas para lazer com vegetação mediterrânea

141 Criar uma rede de áreas de recreio e lazer

142 Promover acções lúdicas - cultura com impacto supra-concelhio

200 Concertar a nível da península de Setúbal, a política de construção de novos equipamentos colectivos

205 Planeamento e programação antecipada da localização dos equipamentos e vias estruturantes

206 Maior qualidade no ensino e educação em todo o concelho, privilegiando equipamentos educativos de qualidade

207 Apoio para ATL's e jardins de infância

208 Mais equipamentos na sede de concelho

209 Construir rede interna de equipamentos de âmbito concelhio

210 Reforçar a rede pública da rede pré-escolar

211 Promover o desporto e as actividades físicas como meios essenciais para a saúde e qualidade de vida

213 Melhoria da Rede de Equipamentos desportivos

214 Palmela, "Terra de Cultura"

215 Promoção de actividades culturais

216 Reforçar o emprego no sector cultural

217 Desenvolvimento das parcerias com agentes culturais, desportivos e sociais

218 Diversificação e qualificação das práticas culturais

220 Rede de equipamentos complementar a nível do concelho - diminuição das assimetrias internas

224 Apostar de forma crescente numa "Educação para a excelência"

308 Melhoria da Rede de Equipamentos culturais e lazer

311 Criação de equipamentos culturais na sede de concelho

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 501 dp

Espaço Urbano

12 (Re) qualificação e melhor estruturação dos núcleos urbanos, espaço edificado e espaço público

13 Aumentar qualidade e exigências nas zonas urbanas e suas operações de transformação

14 Melhorar a imagem urbana

15 Qualidade estética

16 Desenvolver e promover o comércio local

17 Potenciar o comércio e habitação nos núcleos urbanos

18 Facilitar o acesso ao emprego (proximidade às zonas habitacionais)

19 Complementaridade entre as funções habitacionais e económicas do território concelho

20 Não prejudicar os pequenos espaços verdes (dispersos) em favor dos concentrados

21 Áreas verdes concentradas? ... dispersas?

22 Melhorar a higiene urbana

23 Generalização do acesso a saneamento básico

25 Desenvolver uma rede de ciclovias

26 Melhorar oferta de estacionamento na Vila de Palmela

27 Melhorar as acessibilidades para pessoas com problemas de mobilidade

28 Dificultar acções especulativas

29 Crescimento urbano com ritmo mais lento

30 Impedir a compra/venda de prédios rústicos em "avos"

34 Alterar legislação urbanística

36 Melhorar as acessibilidades

139 Disponibilizar água ao domicílio com caudal, pressão e qualidade

160 Ter qualidade fora de casa

161 Qualificar as áreas urbanas do ponto de vista da imagem e dos seus diferentes conteúdos funcionais

162 Ordenar o espaço público - Mobilidade para todos

163 Intensificar a limpeza urbana com campanhas de educação

168 Melhorar a rede de infraestruturas (acesso a boas infraestruturas de saneamento básico e rede viária)

172 Melhor organização do espaço urbano

189 Reorganização dos aglomerados urbanos com intervenção de espaços verdes (descompressão)

212 Promover hábitos de fruição dos espaços públicos, incrementando as práticas de lazer

265 Criar diversidade e complexidade urbana

266 Sujeitar as zonas de expansão urbana a Planos de Pormenor

271 Maior disciplina no tráfego rodoviário no interior do núcleo urbano

272 Criar condições para um menor uso do transporte individual (transporte colectivo; zonas pedonais)

273 Maior segurança na circulação rodoviária

274 Controlo dos ritmos urbanos

275 O crescimento rápido e recente tem menos-valias

Gestão eficaz e sustentável

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 502 dp

37 Aperfeiçoar os métodos de Gestão Municipal

38 Visão positiva do social

39 sensibilizar eleitos / autarquias

40 Fomento da parceria interna (serviços CMP)

42 Implementar novos modelos de gestão

45 Fazer bem custa menos que fazer mal

113 Conseguir formas de gestão eficaz e sustentável

114 "Repensar" o processo de urbanização

115 Incrementar os recursos autárquicos

118 A iniciativa pública como factor indutor da qualidade

119 O controlo da mais valia como factor de regulação

120 Financiamento das autarquias; construção diferente de receita

121 Boa gestão energética

122 Melhorar e intensificar a fiscalização municipal junto dos promotores imobiliários privados

150 Agilizar métodos de análise de decisão

152 Criação de novos modelos de gestão para o sector da água - Empresas Municipais/Inter-municipais

153 Criar instrumentos adequados para monitorização e apoio à decisão

231 Rentabilização dos recursos existentes internos (equipamentos, know how, etc.) e externos em prol de objectivos

comuns

239 Mais eficiência na administração

240 Reforçar formação em gestão de chefias e dos políticos

241 Repensar tudo

242 Decisão mais rápida e antecipada

243 Trabalhar articuladamente com os diferentes sectores produtivos do concelho

244 Facilitar procedimentos

245 Mais e melhores procedimentos

246 Trabalhar em conjunto

247 Melhor cadastro

248 Maior responsabilização ... Impunidade

249 Trabalho organizado

250 Mais avaliação

251 Maior celeridade na decisão

252 Maior eficácia no desempenho

253 Consolidar estratégia de desenvolvimento sustentável

254 Plano de desenvolvimento estratégico

255 Crescimento versus desenvolvimento

256 Análise SWOT - forças e fraquezas, ameaças e oportunidades

257 Procurar definir objectivos comuns (internamente)

258 Trabalhar articuladamente

Qualidade na habitação

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 503 dp

105 Habitação a custos controlados e/ou renda apiada

106 Acesso à habitação social

107 Programar apoio ao proprietário para recuperação de habitação arrendada

108 Apoio à recuperação de habitações

109 Programar apoio à recuperação de habitação própria

268 Qualidade na habitação

Património

46 Revitalizar o Centro Histórico

47 Restituir funções habitacional e comercial

48 Estabelecer incentivos à fixação de população jovem no centro histórico

49 Redução de contribuição

51 Castelo - pólo de captação

52 Ligação do Castelo à Vila

53 Promover actividades na zona histórica

54 Intensificar a ligação física

55 Incentivos à recuperação dos edifícios no centro histórico

62 Reabilitação de edifícios antigos

143 Defesa / requalificação do património e valores locais - respeitar o passado e qualificar o futuro

146 Incrementar e conferir valores patrimoniais ao concelho e ao território supra-municipal

233 Conservar, qualificar e promover a utilização do património histórico, cultural e ambiental

235 Fomentar uma cultura de reabilitação

269 Criação de estratégias para combate à degradação de edifícios em zonas urbanas históricas

Ordenamento do Território e equilíbrio da Rede Urbana

32 Equilibrar a rede urbana

33 Induzir dinâmica aos núcleos urbanos de Poceirão e Marateca

102 Melhorar a mobilidade intra-concelhia

103 Requalificar a rede de transportes públicos

116 Valorizar a componente rural do concelho

117 Crescimento urbanístico moderado (controlado)

165 Melhor Ordenamento do Território

166 Implementação de uma nova filosofia de planeamento

167 Sensibilização dos agentes intervenientes no território

169 Planear de forma articulada com Municípios vizinhos

174 Monitorizar o crescimento urbanístico

175 Aprofundar a relação ecologia - habitação

176 Transportes públicos para todo o concelho

177 Articulação regional da rede de transportes

199 Aprofundar relacionamento Regional

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 504 dp

219 Fomentar a centralidade das sedes de freguesia da zona nascente do concelho

283 Palmela é um logradouro com algumas "barracas"

284 Palmela tem que cooperar com os territórios vizinhos

285 Pensar o ordenamento no âmbito da AML

286 Estruturas e infraestruturas transversais

291 Equipamentos âncora

296 Centralidade / Massa crítica / Estruturas agregadoras num território disperso

Turismo

66 Maior promoção do Turismo

67 Dinamização do "mercado" do lazer

69 Criação de eventos culturais

70 Promover a fruição cultural numa perspectiva de valorização individual

71 Valorização do associativismo cultural, recreativo, desportivo, etc.

72 Sensibilizar as instituições locais para a dinamização das potencialidades turísticas e culturais do concelho

73 Implementar "rotas" culturais

74 Musealização do património arqueológico

187 Apostar mais em Palmela como produto/destino turístico

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 505 dp

ANÁLISE CLUSTER

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 506 dp

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS “É bom viver no Concelho de Palmela”

CESUR/IST

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 507 dp

CLUSTER 1

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 508 dp

CLUSTER 2

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 509 dp

CLUSTER 3

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 510 dp

CLUSTER 4

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 511 dp

CLUSTER 5

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 512 dp

CLUSTER 6

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 513 dp

FÓRUM PALMELA – PUBLICAÇÃO

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CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

02-04-2003 514 dp

PATRIMÓNIO NATURAL DO CONCELHO DE PALMELA – PUBLICAÇÃO

Page 522: REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE PALMELA …...um futuro optimista, de grande expansão e crescimento económico e demográfico. Contudo, infelizmente por um lado e felizmente

Relatório de Avaliação

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMELA REVISÃO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

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SÓCIO-DEMOGRAFIA – PUBLICAÇÃO