Rural versus urbano

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Geografia A 11º ano

Transcript of Rural versus urbano

Geografia A – 11º ano

De que espaço vamos falar? Do …

Porção da superfície terrestre transformada pelo Homem

Cujo início coincide com a descoberta da agricultura e a domesticação de animais

O que vai tornar o Homem um ser produtor de recursos alimentares indispensáveis à sua subsistência

Proporcionando outros recursos, tais como, matérias primas para a indústria, produção energética, lazer …

O palco do processo (longo, diferenciado e inacabado) de:

Sedentarização do Homem

Constituição das primeiras civilizações

Diferenciação progressiva entre rural e urbano

Espaço geográfico

Reguengos de Monsaraz, Alentejo interior – espaço rural -

predomínio de atividades primárias.

Reguengos de Monsaraz, Alentejo interior – espaço

urbano - um espaço densamente ocupado com atividades

terciárias e, também, atividades secundárias compatíveis

com o espaço urbano.

Campo versus Cidade

Campo versus CidadePublicado 27th October 2012 por José Rosa

Principais traços diferenciadores

E s p a ç o r u r a l E s p a ç o u r b a n o

Predomínio do setor primário (agricultura, caça, pesca, pecuária,

silvicultura ou, ainda, atividade

extrativa)

Ocupação urbanística desde

que não implique a

reclassificação como urbano

(exº empreendimentos turísticos;

edificações de apoio às actividades típicas

do solo rural)

Rede viária pouco densa

Reduzido número de

infraestruturas básicas e

equipamentos coletivos de

apoio à população (escassa).

Predomínio do setor

terciário (serviços) e

alguma atividade

secundária

Terrenos urbanizados e

áreas vocacionadas para

urbanização e edificação (definidos nos planos diretores

municipais)

Rede viária densa e

diversificada

Elevado número de

infraestruturas básicas e

equipamentos coletivos

Campo Cidade

Paisagem natural mais

conservada

Território de baixa

densidade demográfica

Habitação

dispersa/Agrupada

Reduzido número de

equipamentos coletivos

Fornecedor de recursos

primários

Área periférica à cidade

Favorável ao combate às

alterações climáticas

Ocupação horizontal dos

solos

Paisagem fortemente

humanizada

Território de elevada

densidade demográfica

Habitação fortemente

concentrada

Elevado número de

equipamentos coletivos

Fornecedor de bens

transformados, capitais e

ideias

Lugar central

Responsável por micro

climas urbanos

Ocupação intensiva e

concentrada dos solos

Decreto-Regulamentar que define os

critérios de classificação do solo – DR

nº15/2015, de 19 de agosto

O atual conceito de terrenos “urbanizáveis” desaparece,

passando a existir apenas Solo Rústico e Solo Urbano.

Decreto Regulamentar n.º 15/2015, estabelece

os critérios de classificação e reclassificação do solo, bem como os critérios

de qualificação e as categorias do solo rústico e do solo urbano em função

do uso dominante, aplicáveis a todo o território nacional.

SOLO URBANO - corresponde ao que está total ou

parcialmente urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em

plano territorial à urbanização ou edificação.

SOLO RÚSTICO - corresponde àquele que, pela sua

reconhecida aptidão, se destine, nomeadamente ao

aproveitamento agrícola, pecuário, florestal, à conservação

e valorização de recursos naturais, à exploração de

recursos geológicos ou de recursos energéticos, assim

como o que se destina a espaços naturais, culturais, de

turismo e recreio, e aquele que não seja classificado como

urbano.

Artigo 6.º

Classificação do solo como rústico

1 — A classificação do solo como rústico visa proteger o solo

como recurso natural escasso e não renovável, salvaguardar

as áreas com reconhecida aptidão para (…)

2 — A classificação do solo como rústico obedece à

verificação de um dos seguintes critérios:

a) Reconhecida aptidão para aproveitamento agrícola,

pecuário ou florestal;

b) Reconhecida potencialidade para a exploração de

recursos geológicos e energéticos;

c) Conservação, valorização ou exploração de recursos e

valores naturais, culturais ou paisagísticos, que justifiquem ou

beneficiem de um estatuto de proteção, conservação ou

valorização incompatível com o processo de urbanização e

edificação;

d) Prevenção e minimização de riscos naturais ou antrópicos

ou de outros fatores de perturbação ambiental, de segurança

ou de saúde públicas, incompatíveis com a integração em

solo urbano;

e) Afetação a espaços culturais, de turismo, de recreio ou de

lazer que não seja classificado como solo urbano, ainda que

ocupado por infraestruturas;

f) Localização de equipamentos, infraestruturas e sistemas

indispensáveis à defesa nacional, segurança e proteção civil,

incompatíveis com a integração em solo urbano;

g) Afetação a infraestruturas, equipamentos ou outros tipos

de ocupação humana que não confiram o estatuto de solo

urbano;

h) Afetação a atividades industriais ligadas ao

aproveitamento de produtos agrícolas, pecuários e florestais,

ou à exploração de recursos geológicos e energéticos;

i) Os solos que não sejam classificados como solo urbano,

ainda que não preencham nenhum dos critérios anteriores.

Artigo 7.º

Classificação do solo como urbano

1 — A classificação do solo como urbano visa a

sustentabilidade e a valorização das áreas urbanas, no

respeito pelos imperativos de economia do solo e dos demais

recursos territoriais.

2 — O solo urbano compreende:

a) O solo total ou parcialmente urbanizado ou edificado e,

como tal, afeto em plano intermunicipal ou municipal à

urbanização e à edificação;

b) Os solos urbanos afetos à estrutura ecológica necessários

ao equilíbrio do sistema urbano.

3 — A classificação do solo como urbano observa,

cumulativamente, os seguintes critérios:

a) Inserção no modelo de organização do sistema urbano

municipal ou intermunicipal;

b) Existência de aglomerados de edifícios, população e

atividades geradoras de fluxos significativos de população,

bens e informação;

c) Existência de infraestruturas urbanas e de prestação dos

serviços associados, compreendendo, no mínimo, os

sistemas de transportes públicos, de abastecimento de água

e saneamento, de distribuição de energia e de

telecomunicações, ou garantia da sua provisão, no horizonte

do plano territorial, mediante inscrição no respetivo programa

de execução e as consequentes inscrições nos planos de

atividades e nos orçamentos municipais;

d) Garantia de acesso da população residente aos

equipamentos de utilização coletiva que satisfaçam as suas

necessidades coletivas fundamentais;

e) Necessidade de garantir a coerência dos aglomerados

urbanos existentes e a contenção da fragmentação territorial

Tipos

de

solo

Os solos, ou resultam de

alterações químicas, físicas e

biológicas das formações

geológicas (dependentes do

tipo de clima e do ritmo do

tempo) dando os solos

eluvionares, pouco espessos,

pedregosos e de baixa

produtividade –, ou são o

resultado da acumulação de

detritos transportados pelos

cursos de água – os aluviões

ou solos aluvionares, em geral

mais profundos, mas que só se

encontram em áreas reduzidas

nos vales largos do norte e

nuns largos quilómetros

quadrados nas bacias do Tejo –

Sado. Os solos estão sujeitos a

vários tipos de erosão que

contribuem para aumentar a

sua degradação e o seu

empobrecimentohttp://www.igeo.pt/atlas/cap1/Cap1d_6.html

Solos castanhos

Solos pedregosos pouco

evoluídos

Solos argilosos

Solos ácidos

Solos sobre depósitos

fluviais recentes

Solos mtº pouco evoluídos

Solos negros argilosos

Solos pouco evoluídos em

montanhas

Solos ligados a toalhas de

água salgada

Solos fracamente

permeáveis

Risco de perda dos solos rústicos

Portugal encontra-se entre os 3 países mais desertificados

da Europa. Para além de Portugal, figuram no top 3 a

Turquia e a Itália, segundo dados da Agência Espacial

Europeia (AEE) através do projecto Desert Watch.

Em Portugal, especificamente, a desertificação atinge já

36% do continente, sendo previsível que dentro de 20 anos

mais de metade do território continental se encontre

desertificado. No espaço de duas décadas, dois terços do

País podem transformar-se em solo árido.

A aridez dos solos atinge a totalidade do interior algarvio

e o Alentejo. Mas a desertificação não está confinada ao

Sul do País. Todo o interior, do Norte ao Sul, está a ficar

deserto, a nível de perda de potencial biológico dos solos.

Mas não só, também é humana a desertificação do País.

https://detrolhaaengenheiro.wordpress.com/2007/08/31/desertificacao-em-portugal/

O que é a estrutura fundiária?É a forma como se organizam no espaço rural, o conjunto dos

prédios rústicos, os caminhos, as linhas de água

Assume um papel fundamental nos resultados obtidos

pelas explorações agrícolas, devido à influência que tem

no aproveitamento da mão-de-obra, no rendimento das

máquinas agrícolas e na diversificação das opções

produtivas.

Principais deficiências da estrutura fundiária em Portugal:

Área reduzida dos prédios rústicos e das explorações;

Fragmentação da propriedade - nº de prédios muito

elevado por proprietário;

Dispersão elevada - grande afastamento entre os

prédios de um mesmo proprietário;

Elevado nº de prédios encravados ou com acesso

deficiente;

Prédios de formas irregulares;

Rede viária deficiente em densidade e qualidade.

O que é o emparcelamento rural?

É o conjunto de operações de remodelação predial destinadas

a por termo à fragmentação e dispersão dos prédios rústicos

pertencentes ao mesmo titular, com o fim de melhorar as

condições técnicas e económicas das explorações agrícolas

“Foi publicada hoje a Lei nº 111/2015

que altera o Regime Jurídico da

Estruturação Fundiária, vulgo

Emparcelamento Rural. Este diploma

pretende melhorar a utilização do

solo em termos agrícolas e florestais,

assim como a instalação de

melhoramentos fundiários que sejam

necessários.

As operações de emparcelamento

rural determinam a reunião

da propriedade num único prédio rústico por titular e a eliminação de situações de

prédios encravados. As alterações prediais resultantes das operações de

emparcelamento rural estão sujeitas a registo predial e a inscrição matricial, bem

como a georreferenciação e a inscrição no cadastro predial”.

http://www.paoj.pt/?p=2833

Exemplo de

espaço rural

encravado

num meio

fortemente

urbanizado.

Um campo de

ocupação

intensiva.

Cantinho das

aromáticas,

V.N. de Gaia

Elementos das

paisagens rural e

urbana (exemplos)

Cada porção do espaço geográfico

materializa-se numa paisagem. Assim, fala-se

em paisagem rural e/ou paisagem urbana.

Paisagem rural:

- habitação

unifamiliar

- povoamento

disperso

- campos

agrícolas

- área florestal

- turismo rural

- predomínio da

atividade

primária

- afetação

pontual do

espaço ao

turismo rural

Viana do Castelo – Sª de Orbacém

Quinta da Rabaçosa – Castro Daire

http://cortesdomeio.blogs.sapo.pt/2009/05/

Paisagem rural:

e) Afetação a

espaços culturais, de

turismo, de recreio

ou de lazer que não

seja classificado

como solo urbano,

ainda que ocupado

por infraestruturas;

g) Afetação a

infraestruturas,

equipamentos ou

outros tipos de

ocupação humana

que não confiram o

estatuto de solo

urbano;

Decreto Regulamentar

nº15/2015 de 19 de agosto

Uma ecovia, forma da valorização da paisagem rural:

lazer e desporto

Persistência da indústria em espaço rural

Miguel Gigante abriu a sua

primeira loja na Covilhã em

1992. Um ano mais tarde,

começou a vender as suas

coleções não só em Portugal,

mas também em Espanha,

França, Alemanha e Itália.

Trabalha agora no New Hand

Lab, na Covilhã, e criou a

primeira coleção com o selo

das Aldeias Históricas de

Portugal.

A história do queijo da Serra

está intimamente ligada à

história das povoações

serranas, dos pastores e da

vida na montanha, sendo já

referido no século XVI.

Atualmente, a sua área de

produção estende-se pelos

concelhos de Celorico da Beira,

Fornos de Algodres, Gouveia,

Manteigas, Oliveira do Hospital,

Seia e algumas freguesias dos

concelhos da Covilhã, Guarda e

Trancoso.

g) Afetação a

infraestruturas,

equipamentos ou

outros tipos de

ocupação humana

que não confiram o

estatuto de solo

urbano;

h) Afetação a

atividades

industriais ligadas

ao aproveitamento

de produtos

agrícolas, pecuários

e florestais, ou à

exploração de

recursos geológicos

e energéticos;

DR nº15/2015

Parque eólico

Ligação ferroviária à Galiza

Hortas urbanasExemplo de apego dos urbanos à prática agrícola em espaços

urbanos reduzidos. Uma forma de lazer, uma forma terapêutica

(?) … um processo biológico de produção para autosuficiência

Estarreja: Terreno com três mil metros quadrados

dividido em hortas urbanas

Parcelas de terreno dedicadas

exclusivamente à produção de

espécies hortícolas, plantas

aromáticas, medicinais,

pequenos frutos e flores de corte.

Objetivos do projeto:

Promover hábitos de

alimentação saudável

Recorrer a produtos vegetais

provenientes da agricultura

tradicional

Responder às necessidades

crescentes de contacto da

população urbana com o espaço

rural

Incentivar a requalificação

ambiental de terrenos camarários

As hortas constituem um

importante contributo para a

economia familiar e assumem

grande importância na promoção

de hábitos de consumo

sustentáveis.

http://gojiberries.blogs.sapo.pt/19773.html

Paisagem urbana

- espaço

“arteficializado”

- espaço

densamente

ocupado

- espaço

fortemente

motorizado

Câmara Municipal de V.N. de Gaia

Espaço urbano

Parque Biológico de Gaia –

exemplo de Áreas Verdes de

Utilização Pública em espaço

urbano.

Paisagem urbana

b) Existência de

aglomerados de

edifícios, população e

atividades geradoras de

fluxos significativos de

população, bens e

informação;

c) Existência de

infraestruturas urbanas

e de prestação dos

serviços associados,

compreendendo, no

mínimo, os sistemas de

transportes públicos, de

abastecimento de água

e saneamento, de

distribuição de energia

e de telecomunicações

DR nº15/2015, 19 agosto

Estação das Devesas – V.N. de Gaia

Unidade industrial

Regiões

Predominantemente

Urbanas – 80% ou mais de

população urbana

Regiões intermediárias–

população rural entre 20 e

50% da população total

Regiões

Predominantemente Rurais

– mais de 50% de

população rural

Nova Tipologia

urbana-rural para as

regiões NUTS III nos

27 Estados-membros

Esta tipologia baseia-se

na definição urbana e rural

aplicada a uma malha

básica de 1 km².

As malhas urbanas

preenchem duas

condições:

1) Uma densidade de

população de, pelo

menos, 300 hab/km²

2) Um mínimo de 5 000

habitantes numa

malha contígua para

lá deste patamar de

densidade.

As outras são

consideradas rurais.