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    Gestão de NegóciosInternacionaisAutor: José Batista de Carvalho Filho

    Tema 01Teorias do Comércio InternacionalTema 02Panorama e Diretrizes do ComércioExterior Brasileiro

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    Í      n  d    i   c  e  

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    Tema 01: Teorias do Comércio Internacional 4

    Tema 02: Panorama e Diretrizes do Comércio Exterior Brasileiro  26

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    Tema 01 

    Teorias do Comércio Internacional

    Como citar este material:

    CARVALHO FILHO, José Batista de. Gestão deNegócios Internacionais:   Teorias do ComércioInternacional. Caderno de Atividades. Valinhos:Anhanguera Educacional, 2014.

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    Tema 01 

    Teorias do Comércio Internacional

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    Conteúdo

    Nessa aula você estudará:• O porquê da especialização internacional das nações e quais suas consequências.

    • A teoria clássica do comércio internacional.

    • A teoria neoclássica do comércio internacional.

    • As novas teorias do comércio internacional.

    CONTEÚDOSEHABILIDADES

    Introdução ao Estudo da Disciplina

    Caro(a) aluno(a).

    Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Manual de Economia e NegóciosInternacionais , organizadores Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Miguel Lima, Simão Davi

    Silber, Editora Saraiva, 2011, Livro-Texto n. 480.

    Roteiro de Estudo:

    José Batista de CarvalhoFilho

    Gestão de NegóciosInternacionais

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    Habilidades

    Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

    • Por que as nações buscam a permanente especialização e quais suas consequências?

    • Qual é o mecanismo de funcionamento da teoria clássica do comércio internacional?

    • Como funciona o modelo neoclássico do comércio internacional?

    • Quais os impactos das novas teorias do comércio internacional?

    CONTEÚDOSEHABILIDADES

    LEITURA OBRIGATÓRIA

    Teorias do Comércio Internacional

    Há muito tempo, os economistas expressam suas preocupações em explicar o porquêda especialização internacional das nações e quais suas consequências. Com base emexperiências, estudos e pesquisas de economistas renomados, as teorias desenvolvidasobtêm características específicas de acordo com a realidade explorada. A comercialização1 entre os países apresenta um histórico de crescimento constante na interdependência entreas nações.

    1 Para maiores detalhes sobre o progresso do comércio mundial, visite o link: .

    http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1486&refr=608http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1486&refr=608http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1486&refr=608http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1486&refr=608

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    LEITURA OBRIGATÓRIAO A Figura 1.1, a seguir, apresenta uma evolução constante nas exportações mundiais:

      Figura 1.1 Evolução das Exportações Mundiais (1950 – 2011)

    Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

    O comércio internacional passou a se caracterizar como uma nova fonte de trocas adaptadaà realidade moderna, a partir da Revolução Industrial.

    Após a 2a Guerra Mundial, o comércio internacional voltou a ser considerado o “motordo desenvolvimento econômico” mundial. A redução das barreiras tarifárias nos paísesindustrializados caiu em média na ordem de 35% para 6%, fruto do trabalho desenvolvidopelo General Agreement on Tariffs and Trade  (GATT, Acordo Geral de Tarifas e Comércio,em português). O primeiro esforço no processo de redução tarifária, que tinha como finalidadefacilitar o comércio entre as nações, foi voltado para o setor da indústria e, posteriormente(com a Rodada do Uruguai, encerrada em 1994), para os setores de agricultura e serviços.

    De 1950 a 1973, para um crescimento do PIB mundial de 4,8% ao ano, o comércio tevecrescimento de 7,8%. As taxas de câmbio fixas, os pequenos movimentos especulativos decapital e a harmonia das políticas macroeconômicas, ingredientes presentes no sistemade Bretton Woods, foram decisivos no processo de combate à escalada protecionistaaté então predominantes no comércio mundial. O conjunto das ações macroeconômicascontribuiu efetivamente para o êxito no comércio mundial.

    A década de 1970 marcou uma nova fase na evolução da economia mundial. Este período

    proporcionou o surgimento de uma nova forma de protecionismo nos países desenvolvidoscontra a concorrência externa. São as chamadas Restrições Não Tarifárias  (RNT). Oaparecimento das RNTs teve em sua origem uma série de acontecimentos que influenciaramas tratativas comerciais, a saber:

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    LEITURA OBRIGATÓRIAde oportunidade”. O modelo de Ricardo é fundamentado em um conjunto de hipótesessimplicadoras, a saber:

    1. Existem dois países que serão denominados Brasil (B) e Resto do Mundo (RDM).

    2. Cada país produz dois bens: alimentos (A) e um produto industrial, tecido (T).

    3. O único fator de produção que recebe remuneração (tem custo) é a mão de obra,denominado L.

    4. A mão de obra é homogênea e está em disponibilidade fixa em cada país.

    5. Há mobilidade total de mão de obra dentro do país, mas não existe a possibilidade deimigração (imobilidade internacional da mão de obra).

    6. A produtividade da mão de obra, em cada bem, é fixa.

    7. Existe concorrência perfeita em todos os mercados; não existem impostos de importação

    nem custo de transporte.As conclusões obtidas da teoria de Ricardo2 são bastante simples. Primeiro: essa teoriapostula que duas nações terão relações comerciais quando apresentarem custos relativosde mão de obra diferentes. Segundo: conclui que uma nação exportará sempre o produto quefabricar com custos de mão de obra relativamente menores do que os de outra. Finalmente:com base nesses resultados, indica que o comércio entre dois países é vantajoso paraambos, uma vez que um país tem vantagem comparativa sobre o outro ou outros paísesquando se especializa em alguns segmentos em capacitação, pesquisa, tecnologia e

    racionalidade de mão de obra.

    Para um melhor entendimento, segue a demonstração por meio da matriz de opções deprodução (Tabela 1.1) disponíveis para o Brasil e o Resto do Mundo:

    Tabela 1.1 Necessidades de mão de obra por unidade de produto (horas)

    Alimento Tecido

    Brasil 100 120

    Resto do Mundo 90 80

    2 Este link  demonstra de forma simples e prática como funciona o modelo Ricardiano: .

    http://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardo

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    Já o modelo desenvolvido por dois economistas suecos Heckscher-Ohlin, formalizado porPaul Samuelson, é o modelo conhecido com “A teoria neoclássica do comércio internacional”.O modelo contempla as seguintes hipóteses centrais:

    1. Existem dois países: Brasil e Resto do Mundo.

    2. Cada país produz dois bens: alimento e tecido.

    3. Existem dois fatores de produção: capital (K) e trabalho (L).

    4. Os países têm dotações relativas diferentes de capital e trabalho; o Brasil é relativamenteabundante em mão de obra, e o Resto do Mundo, relativamente abundante em capital.

    5. O conhecimento tecnológico está disponível livremente no mundo, ou seja, as funções deprodução não diferem entre países.

    6. Um dos produtos, o tecido, usa intensivamente capital, e o outro produto, o alimento, usaintensivamente mão de obra. Em outras palavras, qualquer que seja o custo da mão de obra

    e do capital, o setor de tecidos sempre usará mais capital físico por trabalhador (K/L) do queo de alimentos.

    7. Concorrência perfeita em todos os mercados, ausência de custo de transporte eimpedimentos artificiais ao comércio internacional, como o imposto de importação.

    O resultado dessas hipóteses é que o Resto do Mundo, que tem abundância relativa decapital, tenderia a exportar o produto que usa intensivamente capital (tecido), enquanto oBrasil, com abundância relativa de mão de obra, exportaria o produto que usa mão de obra

    intensiva (alimento).

    A Teoria de Samuelson defende que o comércio internacional favorece o fator de produçãoabundante do país e penaliza o fator de produção escasso.

    Por último, vale analisar as novas teorias do comércio internacional. Um dos precursores dasnovas teorias do comércio internacional é S. B. Linder, economista sueco. Nos anos 1960,ele apresentou uma explicação para a crescente importância do comércio entre os paísesricos (comércio norte-norte) em contraposição às teorias tradicionais que previam uma

    intensificação do comércio entre países ricos e os países em desenvolvimento (comércionorte-sul). Linder defende que a concentração do comércio de manufaturas entre os paísesricos era explicada fundamentalmente pela semelhança de seus níveis de renda per capita.

    LEITURA OBRIGATÓRIA

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    LEITURA OBRIGATÓRIAOutra teoria que ganhou destaque foi a teoria do “ciclo de vida do produto” de R. Vernon,que procurava explicar o comércio internacional a partir do progresso tecnológico e dasvárias etapas da vida de um produto. Segundo essa teoria, os padrões do comérciomundial seriam explicados pelas várias etapas da vida de um produto: no nascimento, asvantagens comparativas estariam nos países desenvolvidos, e na maturidade, nos paísesem desenvolvimento.

    No final dos anos 1970 e começo dos anos 1980, presenciou-se a incorporação de mercados

    imperfeitos, economias de escala e diferenciação dos produtos em modelos formais decomércio internacional. Esses modelos se explicam por duas principais variantes: a queusa o modelo de concorrência monopolística e a que usa as teorias de oligopólio paraexplicar algumas das características do comércio internacional atual.

    Quer saber mais sobre o assunto?Então:

    Sites

    Consulte o site  do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e leia otexto: Exportações do Centro-Oeste registram aumento de 22% em novembro . Disponívelem: . Acesso em:02 jan. 2014.Identifique os dados estatísticos da Balança Comercial.

    Consulte o site  da OMC (Organização Mundial do Comércio). Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    Site  em inglês para estudar todo o funcionamento, a estrutura, a missão e as informaçõesimportantes de atuação da OMC nas negociações e nos impasses internacionais no campocomercial.

    LINKSIMPORTANTES

    http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=12052http://www.wto.org/http://www.wto.org/http://www.wto.org/http://www.wto.org/http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=12052

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    Visite o site  do IPEA (Instituto de Políticas Econômicas e Aplicadas). Disponível em . Acesso em: 02 jan.2014.

    Consulte o site  do Governo Federal sobre Exportação: Série Aprendendo a Exportar . Dispo-nível em: . Acesso em: 02 jan.2014.

    Este site  oferece uma gama significativa de informações para quem pretende iniciar noramo de exportação ou melhorar a qualidade e racionalidade dos processos. Neste site ,você aprende a calcular o preço de um produto para exportação.

    Vídeos

    Assista ao vídeo: AVENIDA CULT. Economia 2 – Escassez e CPP. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.Uma reflexão sobre economia e as possibilidades de produção entre duas alternativas.

    Assista ao vídeo: AVENIDA CULT. Economia 6 - Custo de Oportunidade . Disponível em:. Acesso em: 02 jan. 2014.Apresenta exemplos com riqueza de detalhes sobre o entendimento de custo de oportunidade.

    Assista ao vídeo: FONFT FILMES. Modelo Ricardiano. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.Explica de forma didática como funciona a Teoria das Vantagens Comparativas.

    LINKSIMPORTANTES

    http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdfhttp://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdfhttp://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdfhttp://www.aprendendoaexportar.gov.br/inicial/index.htmhttp://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.aprendendoaexportar.gov.br/inicial/index.htmhttp://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdfhttp://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdfhttp://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/aberturacomercial_/Capiulo%205_comerciointernacional.pdf

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    Instruções:

    Agora, chegou o momento de exercitar seu aprendizado por meio daresolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que,para responder as questões, você precisará assistir às teleaulas, ler oLivro-Texto, refletir e pesquisar sobre conceitos relativos à disciplina deGestão de Negócios Internacionais.

    Lembre-se de que este autoestudo é fundamental e deve ser feito comcritério, como forma a refletir e organizar seu aprendizado. Assim, vocêestará preparado para a avaliação.

    Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendopedido e para o modo de resolução de cada questão.

    AGORA ÉA SUAVEZ

    Questão 1:

    Responda as seguintes questões com baseem seu conhecimento prévio:

    a) O que você entende por globalização equais são seus respectivos benefícios parao comércio internacional?

    b) Qual é a importância de se estudar asTeorias do Comércio Internacional?

    c) De que forma o Comércio Exterior podecontribuir para o desenvolvimento das na-ções?

    Questão 2:

    Um país tem vantagem comparativa sobreos demais quando:

    a) Ele não tem nenhuma vantagem sobreos demais países, pois seu mercado estáaberto para receber novos produtos e tec-nologias de ponta.

    b) Especializa-se em alguns segmentosem capacitação, pesquisa, tecnologia eracionalidade de mão de obra.

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    c)  Outros países se apresentam comoconcorrentes semelhantes de determina-dos produtos, o que torna possível a aná-lise da vantagem comparativa e a forma-ção de bloco comercial como medida deproteção ao mercado doméstico.

    d)  Define políticas governamentais vol-

    tadas para a área de serviços, o que o

    torna importador em potencial e o colocaem condições de definir os preços orien-tativos de mercado.

    e)  Especializa-se em todos os segmen-tos, o que o torna com possibilidades dediversificar o mercado e adotar políticasde comercialização de acordo com o

    comportamento do mercado.

    AGORA ÉA SUAVEZ

    Questão 3:

    A teoria clássica do comércio internacional destaca o princípio das vantagens comparati-vas de David Ricardo como elemento teórico central, o chamado “custo de oportunidade”.Segundo a teoria desenvolvida, custo de oportunidade é o custo que se tem ao renunciara uma oportunidade. A tabela, a seguir, apresenta os custos por unidade de produção de

    tecidos e alimentos no Brasil e RDM:País/Produto Tecidos Alimentos

    RDM (Resto do Mundo) 16 16

    Brasil 12 04Com base nos dados dessa tabela, qual alternativa está correta?

    a) RDM tem vantagem comparativa em Tecidos.

    b) Brasil tem vantagem comparativa em Tecidos.c) RDM tem vantagem comparativa na produção de tecidos e alimentos.

    d) O custo de oportunidade de produzir tecidos no RDM, quando comparado aos alimentos,é menor que no Brasil.

    e) Brasil tem vantagem comparativa em Tecidos.

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    Questão 4:

    As chamadas Restrições Não Tarifárias(RNT) são políticas públicas de proteçãodo mercado interno adotadas pelos gover-nantes como forma de estímulo à econo-mia doméstica. O governo recorre a essemecanismo em qual situação?

    a) Nas exportações de produtos.

    b) Nas importações de produtos.

    c) Nas vendas de produtos no mercadodoméstico e mercado externo.

    d)  Na compra e venda de produtos es-trangeiros.

    e) Nas compras de produtos no mercadodoméstico e mercado externo.

    Questão 5:

    Após 2ª Guerra Mundial, o comércio inter-nacional foi considerado o “motor do de-

    senvolvimento econômico” mundial. A re-dução das barreiras tarifárias nos paísesindustrializados caiu em média na ordemde 35% para 6% e abriu portas para o fluxode mercadorias e acesso ao mercado ex-terno. O reconhecimento desse importantetrabalho deve-se a um conjunto de açõesentre diversos países que se consolidou naorigem do General Agreement on Tariffsand Trade  (GATT, Acordo Geral de Tarifase Comércio, em português). Sabe-se que oGATT foi firmado em 1947 para estabelecer

    regras comerciais entre as nações, a fimde diminuir as injustiças das negociaçõesentre os países. Esse quadro apresentavaalgumas prioridades. Entre elas, a primeiraprioridade de equacionar o comércio inter-nacional foi voltada para:

    a) O setor de serviços.

    b) O setor agrícola.

    c) O setor da indústria.

    d) O setor do comércio.

    e) O setor de serviços e agrícola.

    Questão 6:

    Quais são as perguntas que as teorias docomércio internacional procuram respon-der?

    Questão 7:

    O modelo Ricardiano prevê algumas hipó-teses simplificadoras. Relacione-as.

    Questão 8:

    Um dos pontos que norteiam os debatesna realidade contemporânea e estabele-cem guerra de competitividade entre asnações são as chamadas Restrições Não

    Tarifárias. Em geral, os paises combatemtais práticas. É evidente que, quando ne-cessitam, elas são adotadas. Na sua con-

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    cepção, qual seria o acordo que deveriaexistir entre as nações para que as Restri-ções Não Tarifárias passassem a ser uminstrumento de regulação comercial, e nãode impedimento?

    Questão 9:

    Como funciona o modelo neoclássico oumodelo de Heckscher-Ohlin-Samuelson?

    Questão 10:

    Detalhe o funcionamento da teoria do “ciclode vida do produto” de R. Vernon. Exem-plifique-a.

    AGORA ÉA SUAVEZ

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    Neste tema, você notou que as teorias do comércio internacional são fundamentaispara auxiliar na compreensão do comportamento que os governantes adotam e noestabelecimento de regras na busca de obterem o maior número de vantagens possíveispara as nações. Assim, o comércio exterior passa a ser prioridade na pauta de políticaspúblicas e no estabelecimento de políticas comerciais nas relações internacionais. Nota-se também que é necessário que se tenha uma regulamentação ordenada nas relaçõesde comércio entre as nações. Alguns exemplos vivenciados neste tema foram a criaçãodo GATT em 1947 e posteriormente a OMC como órgãos facilitadores no item de reduçãodas barreiras tarifárias e harmonia nas negociações. Outro ponto que merece destaque éo grau de dependência que um país tem do outro na otimização de mão de obra, capital

    e tecnologia. A cada dia a globalização se torna um fator preponderante no processo decrescimento de desenvolvimento das nações. Todos na busca de administrar a escassezde recursos.

    Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar

    sua ATPS e verifcar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

    FINALIZANDO

    REFERÊNCIAS

    AVENIDA CULT. Economia 2  – Escassez e CPP. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    AVENIDA CULT. Economia 6 - Custo de Oportunidade. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    http://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0http://www.youtube.com/watch?v=zFlzrhPlRn0

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    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e comercio Exterior – MDIC B823. Trei- namento em Comércio Exterior/BRASIL. Brasília, 2006. 285 p.

    CUSTO de Oportunidade. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    FONFT FILMES. Modelo Ricardiano . Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval et al. Manual de Economia e Negócios Inter- nacionais . São Paulo: Saraiva, 2011. 377p.

    GLOSSÁRIO

    Barreiras Tarifárias (BNT): medidas impostas pelos governos mediante a fixação de tarifasaduaneiras. Exemplo: imposto de importação e Imposto de Produtos Industrializados.

    Bretton Woods: nome dado ao acordo ocorrido em 1944, no qual estiveram presentes 45países aliados que tinham como objetivo reger a política econômica mundial por meio dofortalecimento do dólar como moeda referencial para trocas internacionais. O acordo visavaassegurar a estabilidade monetária internacional, impedir que o dinheiro escapasse dos

    países e restringir a especulação com as moedas mundiais. Como cláusula importante doacordo, os países membros passariam a utilizar o dólar como moeda forte para financiar osdesequilíbrios comerciais.

    Choques do Petróleo: fenômeno ocorrido em 1973, em que a Organização dos PaísesExportadores de Petróleo (OPEP), fundada em 1960, diminuiu a produção e o preço doproduto disparou. O barril do petróleo tipo Brent, referência do mercado livre, sofreu umaumento de 1000%, passando de US$ 3 para US$ 12.

    Concorrência Monopolística: estrutura de mercado em que há muitas empresas vendendoprodutos que são similares, mas não idênticos. Exemplos: filmes, livros, CDs.

    http://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/user/muxaxox/videos?query=david+ricardohttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Qhttp://www.youtube.com/watch?v=8JXEE3yUD6Q

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    Economias de Escala: trata-se de um sistema de produção em que se organiza o processoprodutivo com o propósito de alcançar a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidosno processo e baixos custos de produção.

    GATT (General Agreement on Tariffs and Trade  - Acordo Geral  sobre Tarifas e Comér-

    cio): entidade de âmbito internacional criada em 1947. Deu origem à OMC, estabelece eregulamenta tarifas, fretes marítimos e problemas tarifários entre as nações.

    Oligopólio: estrutura de mercado em que poucos vendedores oferecem produtos similaresou idênticos. Exemplo: mercado de automóveis.

    Países Emergentes: são países subdesenvolvidos de industrialização tardia, acompanhadosde vários problemas sociais. Processo industrial muito após os tradicionais, como osEuropeus, EUA e Japão. Exemplo: BRICs.

    PIB:  Produto Interno Bruto. É a soma de todos os serviços e bens produzidos em umperíodo (mês, semestre, ano) em determinada região (país, estado, cidade, continente). OPIB é expresso em valores monetários (no caso do Brasil em Reais) e convertido em US$para fins estatísticos e comparativos. Trata-se de um importante indicador da atividadeeconômica de uma região, responsável em medir a quantidade de riqueza gerada emdeterminado período de tempo e traduzida na linguagem de crescimento econômico.

    Políticas Macroeconômicas: parte da ciência econômica que estuda a economia como umtodo analisa a determinação e o comportamento de grandes agregados econômicos, taiscomo: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque

    de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.

    Princípio das Vantagens Comparativas: foi formulado por David Ricardo em 1817. Noexemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos(tecidos e vinho) e apenas um fator de produção (mão de obra). A partir da utilização dofator trabalho, obtém-se a produção dos bens mencionados. Em termos absolutos, Portugalé mais produtivo na produção de ambas as mercadorias. Mas, em termos relativos, o custode produção de tecidos em Portugal é maior que o da produção de vinho, e, na Inglaterra,o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente,Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.Segundo Ricardo, os dois países obterão benefícios ao especializarem-se na produção damercadoria em que possuem vantagem comparativa, exportando-a e importando o outro

    GLOSSÁRIO

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    bem. Não importa, aqui, o fato de que um país possa ter vantagem absoluta em ambas aslinhas de produção.

    Restrições Não Tarifárias (RNT): também conhecidas como BNT (Barreiras Não Tarifárias).São mecanismos utilizados pelo governo federal com o propósito de reduzir o fluxo docomércio internacional e dificultar a entrada de produtos estrangeiros. Exemplo: quotas deimportação, licenciamento não automático, exigência de certificados.

    Revolução Industrial:  conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto noprocesso produtivo em nível econômico e social. Ocorreu no Reino Unido em meados doséculo XVIII e expandiu-se por outros países da Europa a partir do século XIX. Dividiu-seem três etapas. A primeira (1780-1830), com a invenção de diversas máquinas movidasa vapor e transição do sistema de produção artesanal para o industrial; a segunda (1860-1945), que ficou conhecida de Revolução Tecnológica; e a terceira (1970), chamada deRevolução Digital.

    Rodada do Uruguai:  conhecido como o maior acordo comercial da história, foi umareunião entre países para a discussão das diretrizes de comércio internacional sob asresponsabilidades do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade ). Fórum de debatessobre a matéria comercial internacional estabelecido após a 2a Guerra Mundial, resultadode uma falta de consenso em se criar a OIC (Organização Internacional de Comércio),que, finalmente, após a rodada Uruguai, seria estabelecida com o nome como é conhecidaatualmente: OMC (Organização Mundial do Comércio). A última reunião foi realizada emPonta Del Leste, iniciou-se em setembro de 1986 e tece duração até 1994.

    Teoria Neoclássica: o modelo neoclássico é representado pelos trabalhos consecutivosde três economistas: Hecksher-Ohlin-Samuelson (1919-1933-1948). O modelo parte dasuposição de igualdade tecnológica entre os países para argumentar que o que determinariaas vantagens comparativas seriam as diferentes dotações (abundância ou escassez) nosfatores de produção (terra, trabalho, capital) entre os países e os diferentes preços dessesfatores no mercado internacional. Assim, um país teria vantagem comparativa no produtoque utilizasse seu fator de produção mais abundante, seja ele trabalho, capital, tecnologia.Países ricos em trabalho exportariam produtos que usam esse fator com mais intensidade

    e, logicamente, importariam aquele em que houvesse pouca disponibilidade –capital, porexemplo.

    GLOSSÁRIO

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    Questão 1

    Resposta:a) Para responder esta pergunta, consulte o Capítulo 1 do Livro-Texto da disciplina.Comente sobre os efeitos que a globalização trouxe aos países e suas transformações.Como ficaram as relações de trabalhos no âmbito internacional? O que mudou no sistemade informações e comunicação. Os benefícios da economia com a abertura comercial,interatividade entre as diferentes culturas, a competitividade e o movimento do fluxo decapital.

    b) Na resposta, procure identificar os principais aspectos determinantes no estudo das

    Teorias do Comércio Internacional e seus efeitos na competitividade. Com o estudo dasTeorias, os países têm condições de tornar sua economia mais dinâmica e competitiva?É importante somente para o comércio dos países beneficiários pelas trocas ou todo oplaneta pode ganhar com o comércio internacional? Para buscar fundamentação teórica,consulte o Capítulo 2 do Livro-Texto.

    c) Para responder esta questão, procure analisar os benefícios que a 2ª Grande GuerraMundial proporcionou ao desenvolvimento do comércio internacional e discorra sobre as

    vantagens dos avanços no comércio exterior que os países, as empresas e as pessoaspodem obter nos seguintes aspectos: qualidade de vida, satisfação de consumo, educação,saúde, geração de emprego e renda e outros temas que promovem o dinamismo daeconomia.

    Questão 2

    Resposta: B

    Questão 3

    Resposta: D

    GABARITO

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    Questão 4

    Resposta: B

    Questão 5

    Resposta: C

    Questão 6

    Resposta: - Quais as vantagens de importar um produto que pode ser produzido no mercadodoméstico com geração de renda e emprego para a população do país?

    - Nas definições de política de comércio exterior, quais produtos o país exportará e quaisimportará?

    - Como são determinados os preços de equilíbrio no mercado mundial?

    - É possível que todos os países se beneficiem do comércio internacional?

    Quais os impactos sobre a distribuição de renda decorrentes do comércio internacional?

    Questão 7

    Resposta: a. Existem dois países, que serão denominados Brasil (B) e Resto do Mundo(RDM).

    b. Cada país produz dois bens: alimentos (A) e um produto industrial, tecido (T).

    c. O único fator de produção que recebe remuneração (tem custo) é a mão de obra,denominado L.

    d. A mão de obra é homogênea e está em disponibilidade fixa em cada país.

    e. Há mobilidade total de mão de obra dentro do país, mas não existe a possibilidade deimigração (imobilidade internacional da mão de obra).

    f. A produtividade da mão de obra, em cada bem, é fixa.

    g. Existe concorrência perfeita em todos os mercados; não existem impostos de importaçãonem custo de transporte.

    GABARITO

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    GABARITO

    Questão 8

    Resposta: As nações deveriam estabelecer limites nos acordos comerciais e eleger umfórum de representantes com autonomia para tratar especificamente dos casos de conflitoe fazer cumprir os acordos previamente estabelecidos. Ainda assim isso não resolveria. Porisso a diplomacia deveria ser o agente condutor dos conflitos e negociações.

    Questão 9

    Resposta: O modelo foi desenvolvido por dois economistas suecos, Eli Heckscher e BertilOhlin, e formalizado por Paul Samuelson. Enquanto o modelo clássico evidencia a diferençaentre a produtividade relativa da mão de obra entre os países para explicar as vantagenscomparativas, o modelo neoclássico destaca que as vantagens no comércio internacionalocorrem pela diferença relativa de dotação de fatores de produção (capital e trabalho) entreos países e a diferença de uso dos fatores de produção entre as indústrias do país.

    Questão 10

    Resposta: A teoria do ciclo de vida do produto tinha como propósito explicar o comérciointernacional a partir do progresso tecnológico e das várias etapas da vida de um produto.Segundo essa teoria, novos produtos e processos produtivos tenderiam a surgir nospaíses ricos devido à demanda por produtos sofisticados e pela existência de capacidadeempresarial e de mão de obra altamente especializada para trabalhar em pesquisa edesenvolvimento. As inovações tecnológicas surgidas nos países desenvolvidos dãoa esses países o monopólio transitório da produção e exportação de novos produtos. Àmedida que esses produtos iam ficando padronizados, poderiam ser produzidos em outros

    locais e tenderiam a se transferir para os países em desenvolvimento, atraídos por menorescustos de produção, particularmente o de mão de obra. Assim, os padrões do comérciomundial seriam explicados pelas várias etapas da vida de um produto: no nascimento, asvantagens comparativas estariam nos países desenvolvidos; na maturidade, nos países emdesenvolvimento.

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    Tema 02

    Panorama e Diretrizes do ComércioExterior Brasileiro

    Como citar este material:

    CARVALHO FILHO, José Batista de. Gestão deNegócios Internacionais:  Panorama e Diretrizesdo Comércio Exterior Brasileiro. Caderno deAtividades. Valinhos: Anhanguera Educacional,2014.

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     S e ç õ e s S e ç õ e s

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    Tema 02

    Panorama e Diretrizes do ComércioExterior Brasileiro

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    Conteúdo

    Nessa aula você estudará:• As exportações brasileiras e mundiais.

    • A regulação do comércio internacional e os impactos nos negócios.

    • As ações governamentais para fomentar as exportações.

    • A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

    CONTEÚDOSEHABILIDADES

    Introdução ao Estudo da Disciplina

    Caro(a) aluno(a).

    Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Manual de Economia e NegóciosInternacionais , organizadores Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Miguel Lima, Simão Davi

    Silber, Editora Saraiva, 2011, Livro-Texto n. 480.

    Roteiro de Estudo:

    José Batista de CarvalhoFilho

    Gestão de NegóciosInternacionais

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    CONTEÚDOSEHABILIDADES

    LEITURA OBRIGATÓRIA

    Habilidades

    Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

    • Qual é o cenário das exportações brasileiras quando comparadas às exportaçõesmundiais?

    • Quais são os impasses, as dificuldades enfrentadas pelos países para viabilizar aregulação no comércio internacional e suas consequências nas negociações comerciais?

    • Com vistas a manter o balanço comercial superavitário, quais são as ações concretasdo governo brasileiro para fomentar as exportações e manter as exportações em alta?

    • Por que foi criada a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)? Qual sua finalidade eimportância para o Comércio Exterior Brasileiro?

    Panorama e Diretrizes do Comércio Exterior Brasileiro

    Nos últimos anos, o Brasil vem se consolidando como um país de respeito noâmbito do comércio internacional. Esse respeito se deve pelo processo de consolidação

    da democracia, inserção no comércio internacional em áreas geográficas diversificadase desenvolvimento de pesquisas em novos segmentos, o que contribui positivamente nadinâmica da economia. Não há dúvidas de que as exportações estão entre as principaisforças propulsoras do crescimento de um país, por ser instrumento de geração de divisas,emprego e renda. Portanto, cabe ao governo buscar permanentemente a viabilização deestabelecer políticas públicas consistentes no incentivo à exportação.

    Segundo o MDIC (2012), no período entre 2001 e 2011, as exportações brasileirasmantiveram-se em expansão, com exceção de 2009, ano em que ocorreu a crise financeiramundial provocada pelos Estados Unidos, o que afetou diretamente o comércio internacionalem todos os continentes. Em 2011, o Brasil registrou exportação recorde de US$ 256 bilhões,superando em 26,8% o resultado do ano anterior. Este número indica que o país prosseguecom sua política de abertura econômica e uma maior inserção no mercado internacional.

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    LEITURA OBRIGATÓRIAConforme dados publicados pelo MDIC (2012), entre 2001 e 2008, as exportações brasileirasobtiveram um crescimento com taxa média anual na ordem de 19,4%, com um aumento deUS$ 58 bilhões para US$ 198 bilhões.

    No período entre 2009 e 2011, o crescimento médio anual foi de 29,4% e apresentouevidências de retomada no ritmo das exportações brasileiras após a crise de 2009. Vale apena ressaltar que esse crescimento foi sustentado, em grande parte, pela ascensão dospreços internacionais de commodities  agrícolas e minerais, embalada, por sua vez, pela

    forte demanda chinesa por matérias-primas.

    De acordo com os dados estatísticos do MDIC (2012), as exportações mundiais tambémseguiram em ritmo crescente até 2008, com crescimento de US$ 6,0 trilhões em 2001para US$ 15,7 trilhões em 2008. Em 2009, ano da crise, esse número caiu para US$ 12,2trilhões. A retomada do crescimento já se manifestou em 2010, quando atingiu US$ 14,8trilhões. Boa parcela do crescimento foi devida ao desempenho favorável dos países emdesenvolvimento, uma vez que as grandes economias industrializadas foram afetadas pela

    crise, o que influenciou diretamente o desempenho dos negócios internacionais.Conforme dados disponibilizados pelo MDIC (2012), no período de 2001 a 2011, asexportações mundiais tiveram crescimento de 195% e as exportações brasileiras, na ordemde 341,3% no mesmo período, com registro de aumento de 146,3 pontos porcentuais emcomparação às exportações mundiais. O resultado desse avanço permitiu ao Brasil umsalto de 0,97% em 2001 para 1,44% em 2011 na participação nas exportações mundiais.

    Ao longo do tempo, mais precisamente após a grande conquista no comércio mundial, daimplantação do GATT e, consequentemente, da OMC, as nações passaram a promover

    encontros, reuniões e fóruns permanentes na busca pela harmonia nas negociaçõesinternacionais, com regras definidas. Essas ações foram decisivas na busca pelocrescimento e desenvolvimento nas relações internacionais. O sistema de regulação nocomércio internacional não é tão simples. Cada país possui sua própria legislação e temseus interesses específicos a serem defendidos, além de vir à tona a necessidade de seadaptar às diferentes culturas.

    A proteção do comércio internacional e o debate acerca dos efeitos econômicos dosdiferentes instrumentos de política comercial variam conforme a natureza de cada medida.

    As tarifas de importação, historicamente, são o instrumento de política comercial maisantigo. As barreiras não tarifárias, em um segundo momento, passaram a ser alternativa,sendo importantes instrumentos de controle de importações.

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    A teoria econômica defende que o comércio internacional aumenta a competição e a proteçãocomercial cria o chamado monopólio doméstico, com redução do fluxo de comércio.

    Os ajustes nas tarifas de importação têm bom grau de aceitabilidade e passam por umprocesso de negociação. Já a proibição, como é o caso da quota de importação, inviabilizaa aproximação comercial e estimula o monopólio doméstico. Outra diferença entre a tarifa ea quota está na elevação de arrecadação do governo, no caso das tarifas, enquanto a cotaoferece benefícios a quem se apropria dela.

    Os acordos no âmbito do GATT passaram a ter importância significativa nos últimos anosno processo de redução tarifária. É necessário que os princípios da teoria do comérciointernacional sejam revistos constantemente em função da dinâmica globalizada.

    O GATT foi firmado em 1947. Surgiu como resultado de negociações para reduzir tarifasefetivadas no pós-guerra sob a liderança dos Estados Unidos e da Inglaterra. A finalidadedo GATT era estabelecer regras consensuais para a condução de negociações de reduçãodas barreiras comercias entre as nações. O Brasil e mais dez países em desenvolvimento

    surgiram como parte contratante original do GATT.

    O dinamismo das relações econômicas e das alterações nas vantagens comparativas entreas nações exigiu, ao longo do tempo, revisões periódicas e alterações na economia mundial.As rodadas de negociações e os acordos internacionais têm sido o foro de definições, sobsupervisão e acompanhamento do GATT e, atualmente, pela OMC. A primeira rodada denegociação multilateral no âmbito da OMC aconteceu em 2001, em Doha, no Catar. Foinessa rodada que surgiu a chamada “Declaração de Doha”.

    Segundo Vasconcellos et al. (2011, p. 44):

    O Acordo Antidumping  da OMC incluiu disciplina referente à “acumulação dedano”, isto é, à possibilidade de se agregar o volume total das importações devários países envolvidos em uma mesma investigação e de se determinar seseu impacto agregado causa dano à indústria doméstica fabricante do produtosimilar.

    O acordo antidumping  define o que é considerado dumping  no comércio internacional, asaber: “Preço praticado pela empresa produtora/exportadora em seu mercado interno (o

    “valor normal”) superior àquele praticado para o produto similar na exportação para umdeterminado país (o “preço de exportação”)”.

    LEITURA OBRIGATÓRIA

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    As vendas com preços abaixo do custo de produção, com vistas a conquistar novosmercados, também são consideradas prática de dumping .

    O Acordo sobre Subsídios  e Medidas Compensatórias  substituiu o Acordo sobre aInterpretação e Aplicação dos artigos VI, XVI e XXIII do Acordo Geral, negociado na RodadaTóquio. São medidas tomadas pelos governos, com autorização da OMC nas situações emque a economia doméstica se encontra enfraquecida.

    O Acordo sobre Salvaguardas foi considerado a válvula de segurança que permitiu aosgovernos lidar com produtores seriamente prejudicados de uma forma politicamenteaceitável. Os governos não abrem mão de estabelecer barreiras quando lhes convier,com vistas a proteger o mercado interno. Este mecanismo estava contemplado no GATTdesde 1947. Com o programa de reforma da política comercial brasileira (1987/1994) naabertura do mercado interno às importações, no início do Governo Collor, foi necessáriocriar mecanismos de medidas de salvaguardas, com atenção às práticas ilegais queautomaticamente poderiam prejudicar a indústria e a economia local.

    De 1994 em diante, houve a implantação da reforma institucional e administrativa nosistema brasileiro de defesa comercial no governo Fernando Henrique Cardoso. A proteçãoao mercado doméstico passou a receber atenção especial por parte das autoridadesgovernamentais.

    As ações governamentais para fomentar as exportações foram inúmeras. A maior prova é asequência de superávit na balança comercial que se consolidou na última década.

    O Governo Federal, preocupado com a ampliação das exportações brasileiras, que ainda

    hoje são compostas por um universo muito reduzido de exportadores, tem implementadodiversas ações e medidas para a melhoria do desempenho e diversificação das exportações,visando à inserção competitiva das pequenas e médias empresas no comércio internacional.

    Diversas dessas ações e medidas são abordadas no Manual da Readgentes (Rede Nacionalde Agentes de Comércio Exterior), publicado pelo MDIC.

    O Plano Nacional da Cultura Exportadora está sendo elaborado pelo Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com governos estaduais e

    entidades nacionais relacionadas com o comércio exterior. O objetivo do Plano é sistematizara oferta dos produtos e serviços oferecidos pelas entidades nacionais e planos de açãopara os estados.

    LEITURA OBRIGATÓRIA

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    A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), em sintonia com as diretrizes do governo,direciona esforços para a criação de condições propícias de atuação do Brasil no comérciointernacional. Está estruturada em cinco departamentos, descritos a seguir:

    1. Departamento de Comércio Exterior (DECEX).

    2. Departamento de Negociações Internacionais (DEINT).

    3. Departamento de Defesa Comercial (DECOM).

    4. Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA).

    5. Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior (DENOC).

    LEITURA OBRIGATÓRIA

    LINKSIMPORTANTES

    Quer saber mais sobre o assunto?Então:

    Sites

    Consulte o site   da APEX BRASIL. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações eInvestimentos (Apex-Brasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exteriore atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.

    Consulte o site   dos Correios. Disponível em: . Acesso em: 02 jan.2014.O Exporta Fácil tem múltiplas finalidades e é útil para exportação e importação de produtosde pequeno volume.

    http://www2.apexbrasil.com.br/sobrehttp://www2.apexbrasil.com.br/sobrehttp://www.correios.com.br/exportafacil/default.cfmhttp://www.correios.com.br/exportafacil/default.cfmhttp://www.correios.com.br/exportafacil/default.cfmhttp://www.correios.com.br/exportafacil/default.cfmhttp://www2.apexbrasil.com.br/sobrehttp://www2.apexbrasil.com.br/sobre

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    Vídeos

    Assista ao vídeo: Conheça a Apex-BRASIL. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.Apresenta a missão e o trabalho desenvolvido pela APEX BRASIL e oferece dicas de comotornar-se competitivo no exterior com análises, estudos, estratégia e oportunidades nomercado internacional.

    Assista ao vídeo: RADAR COMERCIAL. Como habilitar empresas para exportação eimportação. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.O vídeo aplica em detalhes como uma empresa pode se capacitar ao comércio exterior eexplica a respeito do trabalho desenvolvido pela Receita Federal e organismos do governono apoio ao exportador brasileiro.

    Assista ao vídeo: Curso Comércio Exterior para iniciantes.  Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.Palestra para iniciantes no Comércio Exterior.

    LINKSIMPORTANTES

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-9hyIJsw8dA#!http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-9hyIJsw8dA#!http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=GVIGtuDIuj4&feature=endscreenhttp://www.youtube.com/watch?NR=1&v=GVIGtuDIuj4&feature=endscreenhttp://www.youtube.com/watch?v=kl1RUd7b2ushttp://www.youtube.com/watch?v=kl1RUd7b2ushttp://www.youtube.com/watch?v=kl1RUd7b2ushttp://www.youtube.com/watch?v=kl1RUd7b2ushttp://www.youtube.com/watch?NR=1&v=GVIGtuDIuj4&feature=endscreenhttp://www.youtube.com/watch?NR=1&v=GVIGtuDIuj4&feature=endscreenhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-9hyIJsw8dA#!http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-9hyIJsw8dA#!

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    Instruções:

    Agora chegou o momento de exercitar seu aprendizado por meio daresolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que,para responder as questões, você precisará assistir às teleaulas, ler oLivro-Texto, refletir e pesquisar sobre conceitos relativos à disciplina deGestão de Negócios Internacionais.

    Lembre-se de que este autoestudo é fundamental e deve ser feito comcritério, como forma a refletir e organizar seu aprendizado. Assim, vocêestará preparado para a avaliação.

    Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendopedido e para o modo de resolução de cada questão.

    Questão 1:

    Responda as seguintes questões com baseem seu conhecimento prévio:

    a) Qual a importância da regulação do Co-mércio Internacional?

    b) Faça uma descrição sobre a importân-cia da participação do Brasil no comérciomundial.

    c) Descreva o grau de importância de umórgão mediador dos conflitos internacio-nais no comércio mundial.

    Questão 2:

    Sobre “barreiras tarifárias” pode-se afirmarque servem como fonte de renda para o Es-tado, aumentando o preço final do produtoimportado no país exportador e fazendocom que ele fique mais caro que os produ-tos nacionais, a fim de proteger a indústrianacional da concorrência externa. Aindasobre essas barreiras, julgue as afirmativasa seguir:

    AGORA ÉA SUAVEZ

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    I. São formas de se estabelecer barreirasburocráticas, no sentido de dificultar a en-trada de produtos estrangeiros.

    II. São impostos cobrados pelo governopara estimular o mercado interno.

    III. São impostos cobrados pelo governopara incentivar o exportador brasileiro e,assim, melhorar o saldo no balanço de pa-gamentos.

    IV. Podem assumir a forma de um impostofixo ou em forma de porcentual sobre o pre-ço do produto importado.

    a) As afirmativas III e IV estão corretas.

    b) Somente a afirmativa III está correta.

    c) Todas as afirmativas estão corretas.

    d) As afirmativas II e III estão corretas.

    e) Somente a afirmativa IV está correta.

    Questão 3:

    A Secretaria de Comércio Externo (SE-CEX) é um órgão do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior,tendo sido criada pela Lei n. 8.490/1992e com atribuições dadas pelo Decreto n.4.632/2003. Tem as seguintes funções ex-ceto:

    a) Decidir sobre a abertura de investiga-ções e revisões relativas à aplicação demedidas antidumping , compensatórias e

    de salvaguardas, previstas em acordosmultilaterais, regionais ou bilaterais, bemcomo sobre prorrogação do prazo da in-vestigação e seu encerramento sem aaplicação de medidas.

    b) Formular propostas de políticas e pro-gramas de comércio exterior e estabele-

    cer normas necessárias à sua implemen-tação.

    c) Propor medidas destinadas a compati-bilizar os valores previstos na programa-ção financeira federal com receita a serarrecadada.

    d) Propor diretrizes que articulem o em-

    prego de instrumento aduaneiro com osobjetivos gerais de política de comércioexterior, bem como propor alíquotas parao imposto de importação e suas altera-ções e regimes de origem preferenciais enão preferenciais.

    e) Decidir sobre a aceitação de compro-

    missos de preço previstos nos acordosmultilaterais, regionais ou bilaterais naárea de defesa comercial.

    Questão 4:

    O que são Barreiras Não Tarifárias?

    a) Barreiras econômicas que impedem o

    aumento das tarifas.

    b)  Barreiras tributárias impostas sobremercadorias.

    AGORA ÉA SUAVEZ

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    c) Barreiras técnicas e tarifárias impostasà importação de produtos.

    d) Barreiras estabelecidas pelo governoque proíbem definitivamente uma impor-tação.

    e) Barreiras burocráticas que dificultam aexportação e ou importação.

    Questão 5:

    As medidas de defesa comercial têm comoprincipal objetivo proteger a indústria nacio-nal frente a práticas desleais de comércioou mesmo diante de um surto de importa-ções. Sobre as medidas de defesa comer-

    cial, não se pode afirmar que:

    a) As medidas antidumping  e as medidascompensatórias obedecem ao princípioda seletividade em razão da procedência,o que não se aplica às medidas de salva-guarda.

    b) Considera-se valor normal, para fins dedeterminação de dumping, o preço efeti-vamente praticado para o produto similarnas operações mercantis normais que odestinem ao consumo interno no país ex-portador.

    c) O direito antidumping  é o montante emdinheiro, igual ou superior à margem de

    dumping  apurada, que tem o fim exclusi-vo de neutralizar os efeitos danosos dasimportações a preços de dumping .

    d) Para que seja aplicada uma medida an- tidumping , é suficiente que sejam deter-minados três elementos: dumping , danoe nexo causal. A intenção em prejudicar aindústria nacional do país importador nãoé levada em consideração na determina-ção do dumping .

    e) A aplicação de medidas de salvaguar-da pressupõe o surto de importações,entendida como um aumento de importa-ções em termos absolutos ou relativos.

    Questão 6:

    Apresente o principal motivo do surgimento

    do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio(GATT).

    Questão 7:

    Até que ponto o governo brasileiro devecriar mecanismos de incentivo à exporta-ção? Destaque também o que justificaria o

    governo destinar dinheiro público para in-centivar exportadores.

    Questão 8

    Como está subdividida a Secretaria de Co-mércio Exterior (SECEX)? Comente resu-midamente qual é o papel de cada um des-

    ses órgãos.

    AGORA ÉA SUAVEZ

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    Questão 9

    Faça uma síntese sobre o objetivo do pla-no nacional da cultura exportadora, medidaque está em fase de implantação a título deincentivo às exportações.

    Questão 10

    Faça uma explanação sobre a importânciado Acordo sobre Salvaguardas.

    AGORA ÉA SUAVEZ

    Neste tema, você estudou importantes avanços no comércio internacional com açõesefetivas do GATT e OMC no exercício de harmonia entre as nações. Você notou que o

    Brasil também caminhou na mesma direção. Importantes medidas governamentais deincentivo à indústria doméstica e estabelecimentos de parcerias e acordos internacionaiscontribuíram para o bom desempenho do comércio exterior brasileiro na última década. Arecente estrutura de comércio exterior adotada pelo governo brasileiro foi uma continuidadeda abertura ao comércio exterior em 1988.

    Você notou que as teorias do comércio internacional são fundamentais para auxiliar nacompreensão do comportamento que os governantes adotam e no estabelecimento deregras na busca de obter o maior número de vantagens possíveis para as nações. Assim, o

    comércio exterior passa a ser prioridade na pauta política. Percebe-se que o Brasil precisade muitos avanços, principalmente na adaptação da realidade cultural ao comércio exterior.Todos podem ganhar e obter vantagens como o comércio internacional. É necessárioplanejamento, especialização e conhecimento.

    Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar

    sua ATPS e verifcar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

    FINALIZANDO

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    GARCIA, Luiz Martins. Exportar : rotinas e procedimentos, incentivos e formação de pre-ços. São Paulo: Aduaneiras, 2004.

    ICONE (Instituto de Estudos e Comércio de Negociações Internacionais). Glossário . Dis-ponível em: . Acesso em: 02 jan. 2014.

    SILVA, Claudio Ferreira. Promoção comercial nas exportações . São Paulo: Aduaneiras,2004.

    SUZUKI, Ana Lucia et al.Exportar e Importar 

    : Acredite nesta ideia. SEBRAE.VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval et al. Manual de Economia e Negócios Inter- nacionais. São Paulo: Saraiva, 2011. 377p.

    REFERÊNCIAS

    GLOSSÁRIOAntidumping:  dumping  significa discriminação de preços. É uma prática tipicamente priva-da, ou seja, realizada por empresas situadas no exterior, e ocorre sempre que uma ou maisempresas exportam seus produtos a um preço inferior àquele praticado nas operações devenda normais no seu mercado local. Envolve a comprovação de três etapas: a existênciado dumping , o dano à indústria local do país importador e a relação causal entre dumping  edano. Em caso de comprovação, o direito antidumping será fundamentado na diferença en-tre o preço de exportação praticado por aquela(s) empresa(s) e o valor normal das vendasno seu país de origem, conferindo o direito à imposição de taxas antidumping  (antidumpingduties ). A utilização de medidas antidumping  deve estar atrelada à verificação detalhada

    http://www.iconebrasil.org.br/pt/?actA=16&areaID=14&secaoID=29&letraVC=Bhttp://www.iconebrasil.org.br/pt/?actA=16&areaID=14&secaoID=29&letraVC=Bhttp://www.iconebrasil.org.br/pt/?actA=16&areaID=14&secaoID=29&letraVC=Bhttp://www.iconebrasil.org.br/pt/?actA=16&areaID=14&secaoID=29&letraVC=B

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    das vendas passadas e do cálculo de custos dos países em investigação, bem como seguiras regras da OMC, devendo cessar imediatamente se ficar claro que a margem de dumping  praticado é insignificante (menos de 2% do preço de exportação do produto) ou se o volumede produtos importados sobre os quais houve dumping  for desprezível.

    Balança Comercial: é a parte do balanço de pagamentos que registra a diferença entreexportações e importações de mercadorias de um país. É calculada por meio da análise dovalor total das exportações, subtraindo-se dele o valor referente às importações de benspromovidas em determinado período.

    Declaração de Doha: é o documento assinado por todos os Ministros membros da OMC,presentes na Conferência Ministerial de Doha em novembro de 2001. Este documento ser-ve de parâmetro para o início das negociações de 21 temas de forma multilateral, ou seja,inicia uma nova rodada multilateral de negociações, chamada de Agenda do Desenvolvi-mento de Doha (ou Doha Development  Agenda – DDA).

    Departamento de Comércio Exterior (DECEX): entre as competências do DECEX estãoo desenvolvimento, a execução e o acompanhamento de políticas e programas de ope-racionalização do comércio exterior brasileiro, bem como o estabelecimento de normas eprocedimentos necessários à sua implementação. Assim, são empreendidos esforços parao aperfeiçoamento dos mecanismos de comércio exterior brasileiro e implementadas açõesdirecionadas à sua simplificação e adequação a um ambiente de negócios cada vez maiscompetitivo.

    Departamento de Defesa Comercial (DECOM): com a abertura comercial, a eliminação

    dos controles administrativos e a progressiva desregulamentação das importações, a eco-nomia brasileira elevou seu grau de exposição à concorrência internacional. Visando asse-gurar que o ingresso de produtos estrangeiros no país ocorra em condições leais de comér-cio e que a política de importação brasileira esteja em perfeita sintonia com as disposiçõesvigentes no comércio internacional, foi criado o Departamento de Defesa Comercial.

    Departamento de Negociações Internacionais (DEINT): promove estudos e coordena,no âmbito interno, os trabalhos de preparação da participação brasileira nas negociações

    internacionais de comércio. Está incumbido de desenvolver atividades de comércio exterior junto a organismos internacionais e de prestar apoio técnico nas negociações comerciaiscom outros países e blocos econômicos.

    GLOSSÁRIO

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    Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior (DENOC): ao DE-NOC, entre outras atribuições, compete estabelecer normas e procedimentos necessáriosà implementação de políticas e programas de operacionalização do comércio exterior; co-ordenar, no âmbito da SECEX, ações sobre o Acordo de Facilitação ao Comércio em curso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC); participar de eventos nacionais e interna-cionais; coordenar, no âmbito do MDIC, ações referentes ao Acordo sobre Procedimentosde Licenciamento de Importação junto à OMC; e administrar o benefício fiscal de redução a

    zero da alíquota do Imposto de Renda no pagamento de despesas com promoção comer-cial, comissionamento e logística de produtos brasileiros no exterior.

    Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA): ao DEPLA, entre outras atribuições, compete propor e acompanhar a execução de políticase programas de comércio exterior; formular propostas de planejamento da ação governa-mental em matérias de comércio exterior; coordenar e implementar ações e programasvisando ao desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em articulação com órgãos eentidades do direito público ou privado, nacionais e internacionais.

    Medidas Compensatórias: são mecanismos de defesa comercial utilizados para reduzir efazer cessar o dano à indústria doméstica, em decorrência de práticas desleais cometidaspor empresas estrangeiras que recebem subsídios governamentais. A imposição de medi-das compensatórias está condicionada a processo de investigação realizado, no Brasil, peloDECOM. Neste processo, devem ficar demonstradas as seguintes condições: existência desubsídios acionáveis de dano à indústria doméstica e a relação causal entre eles. Atendidasessas condições, pode o governo impor uma sobretaxa tarifária especial ao produto impor-tado objeto da investigação, visando a compensar os prejuízos causados à economia em

    função daquelas práticas ilegais de comércio.

    Negociação Multilateral: são acordos firmados por três ou mais sujeitos de direito inter-nacional no âmbito internacional, podendo versar sobre os mais diversos temas, como co-operação econômica ou segurança. Por estarem diversas partes envolvidas na celebraçãodo acordo, sua entrada em vigor somente ocorre no momento em que se atinge o númeromínimo estabelecido de depósitos dos instrumentos de ratificação das partes pactuantes(no caso dos Estados). Normalmente, há nesses acordos reciprocidade de concessões,o que, no âmbito comercial, favorece a consolidação de áreas de livre comércio e uniões

    aduaneiras. No âmbito da OMC, os Acordos Multilaterais são aqueles que têm como carac-terística principal a obrigatoriedade de adesão por todos os seus membros, contendo regrasde observância obrigatória, como a do tratamento nacional e da nação-mais-favorecida.

    GLOSSÁRIO

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    Questão 1

    Resposta: a) Consulte o Capítulo 3 do Livro-Texto. Imagine como seriam as trocas se nãohouvesse grupos predispostos a organizar as relações no comércio internacional. Pontuetópicos relacionados às praticas protecionistas que os países adotam, como: acordos bila-terais e multilaterais, dumping , subsídios e medidas de salvaguardas. Quais são as vanta-

    gens de se estabelecer acordos regulatórios?

    GABARITO

    Salvaguarda: as medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente,a proteção à indústria doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízograve decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ouem relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de taismedidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando sua competitividade.

    Subsídios: de acordo com o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias, verifica-sea existência de um subsídio quando são atendidas as três condições seguintes: (1) existênciade uma contribuição financeira; (2) por parte de um governo ou agência governamental(incluindo autarquias ou agentes privados designados por um governo); (3) que confere umbenefício a quem recebe tal contribuição financeira. São exemplos de contribuição financeirapor parte de governos: sustentação de preços ou de renda; contribuição financeira de umgoverno ou algum órgão público em que há transferência direta de recursos (concessões,empréstimos e títulos); abstenção do recolhimento de impostos e taxas; fornecimento debens e serviços de infraestrutura geral, aquisição de bens; ou concessão de privilégiosfinanceiros. O Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias somente se aplica aos

    subsídios que são “específicos“. São específicos os subsídios concedidos a apenas umsetor ou grupo de setores, a uma empresa ou grupo de empresas ou a empresas situadasem região geográfica delimitada.

    GLOSSÁRIO

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    b) A participação do Brasil no comércio mundial foi favorável ao processo de desenvolvi-mento econômico interno? Será que o Brasil teria condições autossustentáveis de sobre-viver sem ter acesso à tecnologia do mundo desenvolvido? Por outro lado, como seria omundo sem a agricultura brasileira? Descreva como o comércio internacional tem ajudadoo Brasil a superar os inúmeros desafios, nas áreas da saúde, educação, tecnologia e quali-dade de vida. Acesse o site do MDIC: .

    c) Nesta resposta, você pode utilizar como referência o trabalho desenvolvido pelo Acordo

    Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT e Organização Mundial do Comércio – OMC na ad-ministração dos conflitos comerciais. Utilize exemplos concretos que envolveram o Brasil noconflito com países como a Argentina, Estados Unidos e outros. O Capítulo 3 do Livro-Textooferece subsídios para que você possa responder este tópico.

    Questão 2

    Resposta: E

    Questão 3

    Resposta: C

    Questão 4

    Resposta: E

    Questão 5

    Resposta: CQuestão 6

    Resposta: O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), negociado e firmado em 1947,surgiu como resultado de negociações para reduzir tarifas efetivadas no pós-guerra soba liderança dos Estados Unidos e da Inglaterra. As concessões tarifárias acordadas e asregras delas decorrentes compuseram o GATT, que entrou em vigor em janeiro de 1948para os 23 países fundadores, constituindo, assim, as suas partes contratantes.

    GABARITO

    http://www.mdic.gov.br/http://www.mdic.gov.br/

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    Questão 7

    Resposta: Para que o país tenha uma boa imagem junto aos credores internacionais eparceiros comerciais, a balança comercial precisa estar superavitária. Existe a competiçãono mercado interno. Se o exportador brasileiro não receber incentivo governamentalpara baratear o custo de produção, dificilmente terá condições de competir no mercadointernacional. O incentivo deveria estar amarrado a programas e metas de geração deemprego, pesquisa e melhoria na qualidade. Com o aumento nas exportações, o Brasil

    melhora sua condição de país com saldo positivo na balança comercial e automaticamenteeleva a reserva de divisas.

    Questão 8

    Resposta: Atualmente, a divisão da SECEX tem o seguinte formato:

    Departamento de Comércio Exterior (DECEX): entre as competências do DECEX estãoo desenvolvimento, a execução e o acompanhamento de políticas e programas de

    operacionalização do comércio exterior brasileiro, bem como o estabelecimento de normase procedimentos necessários à implementação.

    Departamento de Negociações Internacionais (DEINT): promove estudos e coordena, noâmbito interno, os trabalhos de preparação da participação brasileira nas negociaçõesinternacionais de comércio. Está incumbido de desenvolver atividades de comércio exterior junto a organismos internacionais e de prestar apoio técnico nas negociações comerciaiscom outros países e blocos econômicos.

    Departamento de Defesa Comercial (DECOM): visa assegurar que o ingresso de produtosestrangeiros no país ocorra em condições leais de comércio e que a política de importaçãobrasileira esteja em perfeita sintonia com as disposições vigentes no comércio internacional.

    Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA): aoDEPLA, entre outras atribuições, compete propor e acompanhar a execução das políticas eprogramas de comércio exterior; formular propostas de planejamento da ação governamentalem matérias de comércio exterior; coordenar e implementar ações e programas visando aodesenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em articulação com órgãos e entidades de

    direito público ou privado, nacionais e internacionais.

    GABARITO

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    Departamento de Normas e Competitividade no Comércio Exterior (DENOC): ao DENOC,entre outras atribuições, compete estabelecer normas e procedimentos necessários àimplementação de políticas e programas de operacionalização do comércio exterior;coordenar, no âmbito da SECEX, ações sobre o Acordo de Facilitação ao Comércio emcurso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC); participar de eventos nacionaise internacionais; coordenar, no âmbito do MDIC, ações referentes ao Acordo sobreProcedimentos de Licenciamento de Importação junto à OMC; e administrar o benefício

    fiscal de redução à zero da alíquota do Imposto de Renda no pagamento de despesas compromoção comercial, comissionamento e logística de produtos brasileiros no exterior.

    Questão 9

    Resposta: O objetivo do plano é sistematizar a oferta de produtos e serviços oferecidospelas entidades nacionais e planos de ação para os estados.

    Questão 10

    Resposta: A aprovação do Acordo sobre Salvaguardas constitui outro resultado importanteda OMC, pois os governos não iriam desativar as barreiras vigentes ao comércio epermanecer imóveis em face das demandas por proteção se não houvesse uma válvula desegurança que lhes permitisse lidar com produtores seriamente prejudicados de uma formapoliticamente aceitável. O mecanismo de salvaguarda oferece exatamente essa válvula.

    GABARITO

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