Supervisor , Prof. Doutor Jaime Isidoro Naylor Rocha Gomes · Prof. Doutor Jaime Isidoro Naylor...
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iflPO 1J~ CO!1{.f1L9.(PE1JISPT/1{$O/!1{~.f1LCiflo/O PJ1L!1{.f1L.f1L.LA
por
GraçaMaria BarbosaSoares
Supervisor
Prof. Doutor JaimeIsidoro Naylor RochaGomes
,
,.,Mestrado em Tecnologia Têxtil 1993
Departamento de Engenharia Têxtil
UNNERSIDADE DO MINHO
GUIMARÃES
AGRADECIMENTOS
/leu
Prof. Doutor Jaime Isidoro Naylor Rocha Gomespe/a ~ B edÍM"k1 HQ,~ ~ ~
Prof. Doutora Ana Maria Campospek~, ~B~CIJm~~me~
Df. João Moura
pe/a~B~~HD~J&de~
~
Doutor Radim Hrdina
pek~Bpe/4~
Às Instituições
Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho
Departamento de Química da Universidade do Minho
IDITE Minho, Centro de Corantes e Produtos Têxteis
.Cat0J04cu~Je~~~HQ,~~
~,a~~
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA
SIMBOLOS
Á
DMF
-Angstrõn, 1xlO-lOm
- Dimetilformamida
HPLC - High Performance liquid Chromatography
min
P.M.
CCF
SN2
minutos
- Peso molecular
- Cromatografia em Camada Fina
- Substituição Nucleofílica de Segunda Ordem
~
[COR]O-Concentração do corante activado no tempo O
k
8
- Constante de Velocidade de Reacção
- Desvio Padrão
V. reaeção- Velocidade de reacção
t
e
[Cor]
f~ d
- tempo
- Exponencial
- Concentração de corante activado no tempo t
Símbolo de integral
- Símbolo de derivada
KC-L - Relação entre a constante de reacção com a fibra e a
KH O2
constante de reacção com a água
ISO 3 - Teste de solidez dos tintos à lavagem [41]
log - logarítmo de base 10
Cone (A %) - Concentração em percentagem de área
..,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVOPARA LA
SIMBOLOS
Rf - Factor de retenção
v - Frequência da radiação (às vezes usada também paranúmero de ondas)
õ - Desvio químico em p.p.m.
TMS - Tetrametilsilano
~
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA
INDICE
~
~
1. IN1RODUÇÃO
1.1. Objectivo
1.2. Resumo
2. LÃ
2.1. Fibra de lã
2.2. Estrutura física da lã
2.3. Estrutura química da lã
3 . CORANTESREACfIVOS PARA LÃ
4. CONSIDERAÇÕESSOBRETINGIMENTODE LÃ COM
CORANTESREACfNOS
5. TÉCNICAS CROMATOGRÁFICASAPLICADAS À
ANÁLISEDE CORANTES
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS
PARA LÃ
6.1. Estrutura química
6.2. Processo de síntese e activação
6.3. Processo de isolamento e purificação
7. ESTUDODA ESTABILIDADEDO NOVO TIPO DE
CORANTE POR CROMATOGRAFIAEM CAMADAFINA
8 . ESTABILIDADE DA FORMA SÓLIDA EM MEIO ANIDRO
À TEMPERATURA AMBIENTE
Pág.
1
2
3
4
5
5
7
12
18
22
25
26
27
30
33
37
INDICE
.
.
9 . ESTUDODA CINÉTICADA REACÇÃODE HlDRÓLISE
POR HPLC
9.1. Resultados experimentais
9.2. Mecanismo de hidrólise em função dos
resultados experimentais
1 O. ESTUDO DA HlDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR
SOLÚVEL
10.1. Estrutura química
10.2. Processo de síntese e activação
10.3. Hidrólise
10.4. Resultados experimentais
11. TINGlMENTO DE LÃ COM O NOVO CORANTE
11.1. Condições de tingimento,
resultados experimentais e discussão
12. CONCLUSÕES
13. PERSPECTIVA FUTURA DO TRABALHO
BmLIOGRAFIA
Pág.
40
41
68
86
87
88
89
90
96
97
100
105
107
1. INTRODUÇÃO
~.....
9N'IY<ODIAÇAO
~
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objectivo
Apesar do primeiro corante reactivo ter sido descoberto para a lã,
esta classe de corantes tem tido um desenvolvimento lento e apenas
impulsionado pela procura de resposta à sempre crescente exigência de
qualidade do mercado. Esta exigência obriga à produção de tintos de lã que
aliem a solidez ao brilho das cores e à possibilidade de lavagem à máquina,
sem perda de características.
Se por um lado a lentidão de desenvolvimento dos corantes
reactivos para a lã pode ser explicada pela grande complexidade da fibra de
lã, não foi concerteza menos importante a falta de produtos auxiliares que.
permitissem tingimentos reprodutíveis e rentáveis, respeitando as condições
exigidas pela fibra.
Este trabalho tem por objectivo estudar a estabilidade de um novo
tipo de corantes disperso/reactivo para lã.
Sabe-se que a estabilidade dos corantes reactivos é um factor
determinante no comportamento destes, quer em termos de armazenagem,
quer mesmo na previsão do seu comportamento em solução, no que respeita
à sua reactividade no banho de tin'gimento ou na pasta de estampar. No
fundo é a forma de que podemos dispor para inferir acerca das suas
potencialidades reactivas..
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 2
1. INTRODUÇÃO
1.2. Resumo
Estudou-se a estabilidade de um novo corante disperso/reactivo
para lã em solução de DMF após activação e na forma sólida isolada. A
activação não é mais que o processo que confere ao composto reactividade
com a lã.
Efectuou-se o estudo da cinética de hidrólise, por HPLC, nas
condições de temperatura e pH passíveis de vir a ser utilizadas nos processos
de tingimento com estes corantes. Com base nestes resultados, analisou-se o
tipo de reacção envolvida com a água em termos de mecanismo para cada
. condição de pH e temperatura.
Estudou-se a hidrólise de um corante similar solúvel, para ver a
influência da solubilidade na reactividade destes compostos com a água.
Fizeram-se alguns tingimentos para avaliar a extensão de reacção
corante-fibra e a sua estabilidade em função das condições de pH e
temperatura do banho de tingimento.
Analisou-se a solidez dos tintos à lavagem segundo a norma ISO 105
C03 e compararam-se os resultados obtidos no tingimento do corante recém-
activado e em pó.
Em anexo apresentam-se as listagens do programa estatístico usado
~ no tratamento dos dados da hidrólise do corante activado e os resultados das
análises químicas efectuadas aos compostos apresentados neste trabalho.
.....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 3
2. LÃ
a-
LA
~
",..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 4
2. LÃ
2.1. Fibra de lã
A fibra de lã é, por definição, pêlo de ovino Ovis aries [1].
Desde tempos imemoriais usada para proteger, crê-se ter sido no
Neolítico que primeiro se desenvolveram práticas de fiação, feltragem e
tecelagem.
Apesar de tão longa utilização, o certo é que a sua morfologia não é
ainda de todo conhecida apesar dos inúmeros trabalhos já realizados neste
sentido [2]. Tem estrutura física e química complexa. Compõe-se de células
mortas produzidas pelos folículos pilosos da pele dos carneiros [3].
t 2.2. Estrutura física da lã
Cada fibra de lã pode dividir-se em ponta, eixo e raíz, sendo a
última constituída por um bolbo onde as células ainda se desenvolvem [1].
Estruturalmente temos a considerar na fibra a cutícula, formada por escamas
parcialmente sobrepostas da raíz para a ponta e revestidas por uma fina
membrana com características hidrofóbicas, a Epicutícula.
.
Figura 1- Fibra de lã observada. pJr microscopia electrónica
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVO PARA LA 5
2. LÃ
Ortocórtex
Microfibrila
Paracórtex
Microfibrilas /Epicutícula
Exocutícula
EndocutículaMacrofibrila
~~l~ 2-.~). ~~
t
Figura 2- Estrutura celular da fibra de lã [4]
2.3. Estrutura química da lã
A lã é formada por uma proteína, a Queratina, que resulta datcombinação em cadeia de 18 {X-aminoácidos diferentes de fómula geral
H2N-CH
,R
COOH
Figura 3- Fómula geral dos aminoácidos
em que R simboliza a cadeia lateral e varia de aminoácido para
aminoácido. Isto, só por si, dá ideia da grande variabilidade estrutural da
queratina e por consequência das propriedades químicas da fibra
determinadas pela natureza e peso molecular destas cadeias laterais.
de lã,
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVOPARA LA 7
2. LÃ
Do ponto de vista do tingimento, a Cutícula exerce uma influência
desproporcionada da sua percentagem na composição da lã. É dificilmente
atravessada por corantes soluveis em água, embora possa ser fácilmente
danificada [4]. A exposição atmosférica, o manuseio da fibra ou os
tratamentos prévios a que tenha que ser sujeita, podem danificar a cutícula,
cuja extensão de remoção determina a facilidade com que poderá ser tingida.
o Córtex, composto de células fibrilares achatadas, constitui a malOr
parte da fibra de lã. Nas fibras naturalmente onduladas, Merino, há duas
partes no Córtex (o Orto e o Paracórtex) que nas fibras finas se encontram em
relação equilibrada, enquanto nas grossas predomina o Paracórtex. Nestas
túltimas, há ainda a Medula, que constitui a zona central da fibra e é formada
por células de diferente formato e densidade. Pode apresentar-se
fragmentada, interrompida ou contínua e é um indicador da baixa qualidade
da lã.
o Córtex incha consideravelmente em solução aquosa, formando
poros de cerca de 60 Â. Isto poderá justificar a difusão de pequenas
moléculas de corante na lã a baixas temperaturas, já que com o aumento da
temperatura, moléculas maiores poderão penetrar nas zonas amorfas da
fibra [5].
.
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSO/REACTIVOPARA LA 6
2. LÃ
j'~ CO / H /
/ "CH/ "N "CO
tFigura 4- Estrutura da queratina
A partir de resultados analíticos observa-se que a lã contém cerca
de 50% de carbono, 7% de hidrogénio, 22,5% de oxigénio, 16-17% de azoto e
.3-4% de enxofre. Estes valores não são constantes, dependendo, por exemplo,
do ovino produtor e das condições de produção.
Pode ainda incluir cerca de 1% de matéria mineral [1].
Analisando agora a composição da lã sob uma perspectiva
ligeiramente diferente, podemos considerar que os elementos acIma
referidos estão "arranjados" em 99% de material proteico e 1% incluindo
esteróis, lípidos complexos e gorduras.
A cisteína abunda na queratina, mas em condições de hidrólise pode
originar cistina e ácido cisteico.
tH2N",
/CH
HOOC
CHr--SHH2N",
/CH
HOOC
CHr--SO3H
Figura 5- Cistina e Ácido Cisteico
Por hidrólise da lã origina-se grande quantidade de amoníaco o que
leva a pensar que alguns grupos B-carboxílicos estão presentes na forma
amida (- CONH2). De facto, sabe-se há muitos anos que, da desaminação de
uma cadeia lateral de glutamina ou asparagina resulta a formação de ácidos
glutâmico e aspártico com libertação de amoníaco.
'='"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVOPARA LA 8
2. LÃ
Sabe-se ainda que cerca de 40% da cadeia é apoIar sendo a restante
básica (20%), ácida (10%), alcoólica (20%) e os restantes 10% contêm enxofre.
Apesar de já se dispor de toda esta informação, continua sem se
conseguir a informação completa da sequência de aminoácidos.
A composição física da cadeia polipeptídica é determinada por um
conjunto de forças intra e intermoleculares que mantém as cadeias juntas.
São estas que conferem à queratina conformação tridimensional. A presença
de grande quantidade de cistina, inserindo ligações diss~!!~!~to entre cadeias
adjacentes confere rigidez e estabilidade dimensional à lã. As pontes de
hidrogénio vão determinar a conformação em hélice.
. / '"R,-CH /C =0"'c =O HN
/ '"HN CH-Rz
'" /
Figura 6-Pontes de Hidrogénio entre cadeias adjacentes
I
O grau de cristalinidade da lã é de cerca de 20%, estando a maioria
da fibra na forma amorfa devido ao impedimento estereoquimico das cadeiastlaterais provocando o afastamento das cadeias principais, o que se torna
tremendamente importante em termos de reactividade da fibra.
As zonas cristalinas têm configuração helicoidal a. Esta configuração
pode, no entanto, transformar-se em B.
Em termos de forças inter e intramoleculares possíveis temos:
-Pontes de hidrogénio entre os grupos -NH e -CO
.....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 9
2.LÃ
"HC-R
/O, -OH o=C",
-CH2- - /HFigura7- Pontes de Hidrcgénio
- Ligações covalentes
8 o /C
"CHCH2COO-
H/"
"C=O
/+H3N-CHNH(CH2hHC
"NH
/Figura8- Ligações iónicas
As pontes de cistina (ou dissulfureto) são ligações muito reactivas,
rapidamente reduzidas a dois resíduos tiol ou oxidadas a ácido cisteico,
tlevando a sua quebra à dissolução parcial da lã.
co NH
I I
CH-CH2-S-S -CH2-CH
I I
r rFigura 9- R:>nte de cistina
""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 10
2. LÃ
- Ligações electrostáticas
- Ligações hidrofóbicas
- Ligações de Van der Waals
Numa estrutura com a complexidade da queratina estas forças
actuam aumentando a aproximação entre as cadeias.
Do ponto de vista do processo têxtil, o aspecto químico mais
importante é a grande percentagem de grupos amino, carboxilo, amida e.ligações dissulfureto. Aos primeiros deve-se a atracção de moléculas de água
e o inchamento das fibras em soluções aquosas. As ligações -S-S- têm uma
importância crucial nas características das fibras para que se mantenha a
qualidade da lã.
Após tratamento redutor o número de grupos -SH presentes na lã é
baixo. Os mais abundantes são os grupos amino das cadeias laterais,
especialmente dos resíduos de lisina [4].
t
""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 11
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
. COY<M'TES Y<tliCT9VOS P,LfY<,LfLA
.
o:=-
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 12
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
Em teoria, qualquer corante com um ou mais grupos capazes de
reagir com os sítios activos da lã, grupos amino, hidroxilo e tiol, é um corante
reactivo em potencial [6]. Mas, na realidade, isto não é de todo verdade, pois
são muitas as restrições ao grupo reactivo que pode ser usado, tais como o
seu nível de reactividade, a sua estabilidade à hidrólise, a estabilidade da
ligação corante-fibra que permite formar e o custo e facilidade de fabrico do
corante. Daqui se deduz que o problema não é tão simples como se poderia
pensar.
Comercialmente há dois tipos de grupos reactivos para lã:
- os que reagem por substituição nucleofílica. - os que reagem por adição.
No entanto, qualquer que seja o grupo reactivo usado ou o
mecanismo da sua reacção com a fibra, terá que originar, obrigatoriamente,
ligação covalente corante-fibra em grande extensão durante o processo de
tingimento, que seja resistente ao tratamento de limpeza posterior,
permitindo obter tintos de boa solidez. Além disso a velocidade de absorção e
reacção terá de ser tal que, quer a temperatura de tingimento quer a duração
do processo, sejam as menores possíveis com obtenção de tintos de boa
igualação.
. o primeiro corante reactivo foi o Supramine Orange R, lançado em
1932 pela I G Farben, cujo grupo reactivo era o ro-c1oroacetilamida, um
corante azoico, destinado ao tingimento de lã. Nessa altura ainda não se
relacionava os bons níveis de solidez deste corante com a ligação covalente
que realizava com a fibra.
Em 1952 foram lançados pela Hoechst, os corantes Remalan com o
grupo vinilsulfónico, mas as suas características de corantes reactivos não
foram publicitadas, embora se afirmassem as suas óptimas características de
solidez na lã.
""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 13
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
Em 1954 a Ciba introduziu os corantes brilhantes para lã, Cibalan
Brilliant e mais uma vez não fez alusão à sua reactividade.
o primeiro grupo de corantes que foram reconhecidos como
reactivos foi desenvolvido por Rattee e Stephen (lCI, 1956) sob o nome de
Procion, cerca de 100 anos depois da produção do primeiro corante sintético.
Os corantes Procion destinavam-se a fibras celulósicas.
Em 1964, a ICI lançou os Procilan, corantes com grupo acrilamida e
em 1966 surgem os Lanasol da Ciba, com grupo a-bromoacrilamida.
Só em 1970 aparecem os Verofix (Bayer), Drimalan (Sandoz),
Reactolan (Geigy) e Hostalan (Hoecht), os primeiros três com grupos
difluoroc1oropirimidínicos e o último com o grupo metilaminoetilsulfónicoa
[5,6,7,8].
.
",..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 14
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
GRUPO REACTIVO APARECIMENTO NOME
COR- SOl- CH= CHZ
COR- SOZ- CHZ- CHz- OS03H
Vinilsulf6nicose J3-sulfatoetilsulf6nicos 1952 Remalan (Hoechst)
COR- NH- CO- CH = CHz
Acrilamídicos
1964 Procilan (ICI)
t COR- NH- CO- CHzCl
o>-c loroace tilamí dicos
COR- NH- CO- C= CHzI
Br
(X-bromoacrilamídicos 1966 Lanasol (Ciba)
F
COR- N~NYdJN
F.
Difluorcloropirimidfuicos 1970VeroflX(Bayer)Drimalan (Sandoz)Reactolan (Geigy)
COR- SOl- CHz- CHz-I-CHz- CH2S03HCH3
Metiltaurinaetilsulf6nicos 1970 Hostalan (Hoechst)
Figura 10- Corantes carerciais reacti vos para a lã
",..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 15
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
Paradoxalmente embora o primeiro corante reactivo tenha sido
produzido para a lã, o desenvolvimento desta classe de corantes para a lã
tem sido muito lento comparativamente com o que aconteceu com os
corantes reactivos para o algodão. Isto deve-se, sem dúvida, à complexa
estrutura da lã e à sua sensibilidade às condições alcalinas requeridas no
tratamento posterior para retirar o corante que não reagiu. Esse tratamento
altera as propriedades da lã, nomeadamente o toque. De facto, a remoção do
corante não fixado é uma tarefa extremamente difícil.
Na lã, em contraste com a celulose, não é a estabilidade da ligação
corante-fibra que governa as propriedades de solidez [9].
~
Os produtores, ao lançarem os corantes Hostalan, tentaram diminuir
o corante não fixado, presente. O corante era na realidade um percursor que
por hidrólise, no tingimento, originava a espécie reactiva.
A resposta obtida com os Drimalan F, Verofix e Lanasol foi de tipo
diferente. Aqui o que se propunham eram corantes capazes de reagir duas
vezes com a fibra.
É de realçar que, no tingimento da lã, há muitos autores que
consideram que os corantes reactivos têm, por si só, um papel protector da
fibra [6,9,11,12].
Apesar dos corantes reactivos ocuparem apenas 5% do mercado de
corantes para lã, a procura de tintos de lã sólidos, não poluentes, com cores
brilhantes, laváveis em máquina, que mantenham os padrões de qualidade
cada vez mais exigidos pelos consumidores, leva a que (ainda que
lentamente, fruto das inúmeras dificuldades impostas por esta dualidade
corante reactivo-fibra de lã) se continue a procurar novos corantes reactivos
[6,13]. A possibilidade de tingimento em condições ácidas, sem necessidade
de tratamento posterior alcalino e a temperaturas baixas melhora as
perspectivas.
..-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 16
3. CORANTES REACTIVOS PARA LÃ
Na realidade, os grandes rivais dos corantes reactivos para a lã
foram desde sempre os corantes de complexo metálico sobretudo os corantes
ao crómio. Trata-se de uma classe de corantes atractiva quer do ponto de
vista económico quer de solidez e, por isso, tem desempenhado um papel
importante no tingimento da lã [14].
Usados tradicionalmente para tingir tons negros e azuis marinhos,
revelam de facto bom rendimento colorístico, alto potencial de migração,
solidez elevada e baixo preço. Mas têm a enorme desvantagem de deixarem
no banho de tingimento crómio trivalente e hexavalente. Enquanto que o
primeiro faz parte do metabolismo glucídico do nosso organismo, o segundo é
. a forma mais tóxica deste metal, devido ao seu poder oxidante. Penetra com
facilidade nas membranas celulares e oxida os seus componentes; é
absorvido pela pele e tracto respiratório. Por estes motivos, a legislação que
controla a concentração de crómio nas descargas industriais tem vindo a ser
cada vez mais restritiva, tornando incerto o futuro do tingimento com esta
classe de corantes. Ainda que no momento presente não haja alternativa
comercial disponível em termos de solidez, sobretudo nas cores escuras, os
corantes reactivos poderão ser a resposta a este problema [15].
.
...,
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 17
4. CONSIDERAÇÕESSOBRETINGIMENTODE LÃ COMCORANTESREACTIVOS
t-
CONS9DtRAÇOE5S0~Rt~9Ng~WEN~O-Dt LA COJWCOR,LfN~E5 Rt~C~9VOS
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 1 8
4. CONSIDERAÇÕESSOBRETINGIMENTODE LÃ COM CORANTESREACTNOS
Da mesma maneira que outros segmentos da industria têxtil
sofreram alterações, também o tingimento da lã mudou drasticamente nas
últimas duas ou três décadas [16]. O desenvolvimento de produtos químicos,
maquinaria e métodos de tingimento que possibilitaram a resposta a muitos
dos problemas existentes, foram responsáveis por isso.
Provávelmente é verdade que os corantes reactivos para lã só serão
um sucesso comercial se houver um desenvolvimento paralelo dos produtos
auxiliares apropriados [6]. Todos os produtores de corantes oferecem
produtos auxiliares, anfotéricos ou fracamente catiónicos, para promoverem
. a afinidade do corante a baixas temperaturas, porque formam complexos que
apenas se desfazem nas condições de tingimento, permitindo então que o
corante reaja. São disso exemplo o Albegal B (Ciba-Geigy) [17], o Lyogen FN
(Sandoz), Eganol GES (Hoechst) e o Avolan REN (Bayer). Estes produtos têm
uma dupla vantagem, promovem maior esgotamento do banho de tingimento
a mais baixa temperatura, portanto com menor degradação da fibra e
permitem evitar fenómenos de "Tippy-wool", aumentando a igualação do
tinto.
No tingimento da lã temos que levar em consideração vários
factores [11]: tipo de corante, características da lã e, em consequência destes,
t o pH, a temperatura e o tempo de tingimento.
É reconhecido há muitos anos que tingir lã à ebulição degrada a
fibra. A extensão dessa degradação aumenta quando se prolonga o tempo de
tingimento e se afasta o pH do ponto isoelétrico (pH 4-5) [18,19].
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 19
4. CONSIDERAÇÕES SOBRE TINGIMENTO DE LÃ COM CORANTES REACTIVOS
Apesar disto, tal como é recomendado pelos produtores de corantes,
o tingimento da lã faz-se normalmente em banho ácido a pH 5-5,5 (pH 5,5-6
para tons mais fortes), já que a pH inferior há fraco esgotamento e a pH....
superior a fixação é demasiado rápida. Geralmente recomendam uma hora de
tingimento à fervura, embora isso seja específico do cor ante em questão
[8,20].
Muitos métodos de tingimento incluem um período de 20-30
minutos a 70°C para se obter o máximo de migração e poder assim
aumentar-se o nível de tingimento.
Invariavelmente implicam um tratamento posterior alcalino para
.retirar o corante não fixado covalentemente. O tratamento mais comum é
efectuado com amónia numa concentração de 1-2g/l' durante 15 minutos a
80°C seguido de enxaguamento com água[12,21].
Este tratamento tem alguns problemas associados:
- remove de maneira ineficaz o corante reactivo não fixado,
há possibilidade de reacção do corante com amónia, resultando
compostos insolúveis difíceis de retirar, ainda que não tenham reagido com a
fibra (como acontece com os corantes vinilsulfónicos [11,12]) e
- há degradação da fibra.
Têm sido propostos outros tratamentos alcalinos, nomeadamente
com hexametilenodiamina, mas há corantes reactivos que se mostramtsensíveis à redução pelo formaldeído e amónia resultante do processo de
hidrólise da hexametilenodiamina além de que alguns cromóforos sofriam
degradação [6].
Com borato a pH 5,5-6,5 em soluções tamponadas durante 15
minutos à ebulição, foram conseguidos resultados razoáveis.
Cockett e Lewis [22] usaram, com bons resultados, sulfito de
sódio(5g/l), 15 minutos a 80°C, em lã Hercosett.
'* vea. I!~ Tofc
""..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 20
4. CONSIDERAÇÕESSOBRETINGIMENTODE LÃ COM CORANTESREACTNOS
Na realidade não há um processo ideal e possivelmente a solução
consiste em evitar esta lavagem. De qualquer modo, a indústria continua
usar o tratamento com amónia como o método de eleição.
a
Para obter características de lã lavável em máquina é geralmente
preciso tratamento com resinas c1oradas, sendo o processo Chlorine-
Hercosettl25 desenvolvido pela CSIRO e IWS um tratamento comum [19].
t
t
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 21
5. TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS APLICADAS À ANÁLISE DE CORANTES
. 'ItCN9C,L/S CROJl;[,L/'IOç;RÁj9C,L/S,L/PL9C,L/O,L/SAMÁL9St Ot CORM'IES
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 2 2
5. TÉCNICAS CROMATOGRÁFICASAPLICADAS À ANÁLISE DE CORANTES
A Cromatografia é uma técnica analítica que envolve a transferência
reversível de solutos, contidos num solvente comum, para duas fases, uma
matriz activa que permanece estacionária e uma móvel que a percorre. Das
interacções específicas dos componentes da mistura com a fase estacionária
resulta a sua progressão diferente e por consequência a sua separação.
Exige como requisito fundamental a correcta escolha das fases
estacionária e móvel de acordo com o tipo químico de espécies a separar.
A Cromatografia em Camada Fina proporciona a separação rápida de
microquantidades sendo um processo simples e muito usado para seguir o
curso de reacções.
. o uso de CCF para análise de corantes foi descrita por Rattie e
Haynes, Brown e Feeman. As primeiras aplicações da técnica já refletem a
sua versatilidade, rapidez, simplicidade e, como era usada para compostos
corados, não necessitava de recurso a processos de desenvolvimento de cor
para revelar os cromatogramas [23] .
As fases estacionárias mais usadas são a sílica e a alumina. Nos anos
mais recentes tem vindo a ser desenvolvida a CCF de fase reversa, com fases
estacionárias não polares, compostas por cadeias carbonadas de 8 ou 18
átomos de carbono, uma técnica que tinha sido originalmente introduzida
t para HPLC [23].
É talvez a cromatografia mais usada em química de corantes para
seguir o curso da síntese de corantes e controlo de pureza.[24].
O mais potente e sofisticado método cromatográfico é o HPLC (High
Performance liquid Chromatography). Tem o objectivo comum a todas as
cromatografias, ou seja, a separação de espécies químicas de uma amostra.
Os resultados do HPLC apresentam-se na forma de gráficos,
cromato gramas,
separados.
CU]os pICOS representam cada um dos componentes
...ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 23
5. TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS APLICADAS À ANÁLISE DE CORANTES
É uma técnica de amplo potencial analítico, cobrindo um vasto
campo de aplicações [25,26,27].
o incremento da sua utilização em química de corantes tem sido
grande nos últimos anos. Venkataraman em "The analytical chemistry of
synthetic dyes" [28] descreve cuidadosamente este tipo de cromatografia,
apresentando inumeras aplicações às várias classes químicas de corantes.
Mais recentemente tem vindo a ser usada para fazer estudos de
cinética de hidrólise de corantes reactivos, sendo disso exemplos os trabalhos
de Sire e Mager (1980) [29], Dussy e Luthringer (1981) [30], Pailthorp e
colaboradores (1987) [31], Neves (1991) [32], Lee (1992) [33], Lewis (1992)
t[11] e Guiochon (1992) [34]. Exige técnicas de procedimento prático muito
rigorosas para permitir obter resultados reprodutíveis. Obriga a que a
escolha da coluna e do eluente seja em função das características químicas do
composto a separar, considerando cada caso como único. Porém tem a
inegável vantagem de permitir um somatório de informação em cada
momento. No caso de estudos de hidrólise, permite informação simultanea do
composto hidrolisado e não hidrolisado. Dá, assim, uma visão global do
processo em curso extremamente importante em estudos deste tipo.
t
'='ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 24
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOSPARA LÃ
. NOVO T9PO Dt COY<mvTtSD9SPtr<sO/Y<t~CT9VOS P,LfY<,LfLA
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 25
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
6.1. Estrutura química
Os novos corantes disperso/reactivos para lã apresentam a seguinte
estrutura química:
CROMÓFORO
o
II
C-O
o
II
e O R
Figura 11- Fórnula geral dos novos corantes
. no caso presente, escolheu-se como corante modelo o composto cujo
cromóforo é
N N-0- ' /CH3
- N"CH3
Figura 12- Estrutura do crároforo
e o R é -CH2CH3.
. Assim objectivamente, os estudos que constam neste trabalho
referem-se ao composto
o O
II II
C-o-c- O-CH2CH3
N= No_O- ' N/CH3
- "CH 3
Figura 13- Corante activado
",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 25
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
de cor amarela e caracterizado químicamente por Espectroscopia de
Infravermelho e Análise Elementar [35].
6.2. Processo de síntese do corante (A) e sua activação
(síntese do corante B)
Consideremos a síntese do corante acima referido em duas fases
distintas:
a) Síntese do corante ácido m-aminobenzóico-N,N-dimetilanilina (A)
. COOH
N N_Q- ' N/CH3
- ~H3
P.M.269
Figura 14- Corante de {Ertida
a que chamaremos corante de partida
.b) Síntese do corante (B)
O O
" II
c-o-c- O-CH2CH3
N= No-O- ' N/CH3
- "CH 3
P.M. 345
Figura 15- Corante activado
...ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 27
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
a que chamaremos composto activado, denominando assim esta fase
de Activação.
Síntese do corante de partida:
N(CH3)2
,...NaNOz
HCI
OOH
NH2HCl
~
H20
HCI.cOOH
COOH
COOH
..... =--Q-N/H3
- ~CH3
Figura 16- Síntese do corante de p:u:tida
a) Diazotação
Dissolveu-se ácido m-aminobenzóico (6,857g; O,O5mol) em água
. (50m!) e juntou-se ácido clorídrico concentrado (37%) (6ml; O,O6mol).
Arrefeceu-se a 0-5°C usando um banho de gelo e acetona. Adicionou-se
rápidamente uma solução aquosa (lOml) de NaNO2 (5N) (lOml;O,O5M).
O final da diazotação controlou-se o aparecimento de uma cor azul
clara em papel de amido-iodeto de potássio.
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 28
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
b) Acoplamento
Misturou-se N,N-dimetilanilina (0,16ml; O,OSmol) com água (SOml)
e adicionou-se ácido acético glacial (Sml; 0,08mol) e acetato de sódio (Sg,
0,06mol). Arrefeceu-se a O-soC com banho de gelo e acetona e dicionou-se
lentamente, durante 10 minutos, a solução de diazotação. Acertou-se o pH
final a 6-7 com acetato de sódio sólido e hidróxido de sódio (SN). Formou-se
um precipitado que se deixou em agitação durante 3 horas, em banho de gelo
(SOC).
O final da acoplamento controlou-se pondo uma gota da mistura
reaccional e de ácido H em papel de filtro até desaparecer a cor violeta.
Filtrou-se o sólido amarelo obtido, lavou-se com água e ácido. clorídrico diluído (SO ml de água e lml de ácido clorídrico concentrado) e
secou-se.
c) Activação
/CH3
~NN=~ "'-cu, + ClC",E'
O O
II II
C-o- C-O--CH2CH3
(C2HShN..
-HCI
.=N-o-N/H3
- ~H3
Figura 17- Activação do corante de partida
Arrefeceu-se a -SoC, em banho de gelo e metanol, uma solução do
Garante de partida (A) (Sg; l8,Smmol) em DMF seca (1Sml). Adicionaram-se
trietilamina (7,7ml; S,Smmol) e cloroformiato de etilo (S,3ml; S,Smmol) por
esta ordem e manteve-se a mistura em agitação durante 20 minutos.
.,..ESTABILIDADEDE UMNOVOCORANTEDISPERSOIREACTIVOPARALA 29
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
6.3. Processo de isolamento e purificação
Filtrou-se o precipitado de cl<?~!dnlJo_de trietilaI!1jna e adicionou-se
à solução resultante gelo triturado. Após agitação precipitou o corante
activado que se filtrou e secou a uma temperatura inferior a 30°C.
O controlo do isolamento foi feito por HPLC:
Condições:
Coluna: Lichrospher 100 RP18, 5 micrometros
Eluente: Acetonitrilo/água, 95/5 (V/V)
Velocidade de fluxo: lml/min
t Volúme de injecção: 20 microlitros
Detector: UV 410 nm; Merck Hitachi L-4250
Instrumento: Sistema de HPLC isocrático Gilson
A identificação dos picos teve por base o uso de corante
previamente activado como padrão, sendo as amostras injectadas no sistema
após diluição prévia na solução de acetonitrilo/água de modo a que a
concentração resultante estivesse entre lO-4e 10-5M.
A coluna cromatográfica foi escolhida de acordo com as
características de polaridade dos compostos a separar.
t A escolha do eluente e da velocidade de fluxo resultaram dos
melhores resultados de uma série de ensaios prévios.
-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 30
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
1100
80
,
40
20
.
10
t
1-corante de partida
oI' "
0.00 2.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 mino4.00
Figura 18 -corante de IErtida
21
80
60
1- corante de partida2-corante activado
40
lO
0.00 10.01min
2.00 4.00 6.00 8.00
Figura 19 - corante de IErtida e corante activado
",.
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTNO PARA LA 31
6. NOVO TIPO DE CORANTES DISPERSOIREACTIVOS PARA LÃ
210
80 2- corante activado
6
40
. lO
oI'
0.00 2.00 4.001""1""1"
6.00 8.00 min
Figura 2O -corante activado
t
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 32
7. ESTUDO DA ESTABILIDADEDO NOVO TIPODE CORANTEPOR CCF
t ES'IIADOD~ t5'I~t3CJ[9D~Dt DONOVO'I9PO Dt COr<~N'It POr<
Cr<O)Vl~'IOÇjr<~19~ t)Vl C,LlJVl~D~ 19N~
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 3 3
7. ESTUDO DA ESTABILIDADE DO NOVO TIPO DE CORANTE POR CCF
O primeiro estudo de estabilidade a que se procedeu foi com a
intenção de estudar a possibilidade de isolar o composto na forma activada.
Assim, começou por se analisar a sua estabilidade em solução de
dimetilformamida por CCF, usando como fase móvel o clorofórmio e fase
estacionária a sílica gel.
Activou-se o corante e a solução resultante foi guardada em
recipientes herméticos em três condições de temperatura: à temperatura
ambiente, no frigorífico e no congelador. Durante cerca de oito meses
procedeu-se então à análise qualitativa por CCF usando como referências o
corante de partida (A) e o respectivo éster (C) de fórmula química
to
II
C-O-CH2CH3
N -I\-/CH3~"CH3
Figura 21- éster (C)
t com Rf esperados de O,!? e 0,47 (clorofórmio) respectivamente, esperando-
se para o composto activado (B) um Rf de 0,64 de acordo com o trabalho
desenvolvido por Moura e colaboradores [36].
A regularidade das análises qualitativas foi a seguinte:
1 minuto, 30 minutos, 1 hora, 8 horas, 24 horas, 48 horas, 4 dias, 1
semana, 2 semanas, 4 semanas, 2 meses, 3 meses, 4 meses, 6 meses, 8 meses.
No cromatograma de cada destes tempos apareceu sempre a
mancha de Rf 0,64 relativa ao corante activado ainda que o rastro aumentas-
se ao longo do tempo (do minuto 1 para os 8 meses) no sentido do ponto de
partida.
""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 34
7. ESTUDO DA ESTABILIDADEDO NOVO TIPODE CORANTEPOR CCF
Figura 22- Placas da análise por CCF
Os resultados foram os mesmos para qualquer das três condições de
temperatura consideradas.
A análise destas soluções por HPLC quando aquecidas a temperatura
superior a 30°C por alguns minutos, nas condições de análise descritas em
6.4. revelou a presença de um composto predominante de decomposição da
forma activada, assinalado pelo pico com tempo de retenção de 6,16
minutos, que veio a ser identificado como anidrido simétrico (D) com base
~ em resultados da análise por Espectroscopia de Infravermelho e Análise
Elementar (Anexo).o O
II II
C-O-CR R
R= o N=N--o- ' N<CH3- CH3
Figura 22a- anidrido silrétrico (D)
'=""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 35
7. ESTUDO DA ESTABILIDADEDO NOVO TIPO DE CORANTEPOR CCF
Condições da análise cromatográfica:
Coluna: Lichrospher 100 RPI8, 5 micrometros
Eluente: Acetonitrilo/água ; 9515 (VIV)
Velocidade de fluxo: lmI/min
Volúme de injecção: 20 microlitros
Detector: UV 410nm; Merck Hitachi L-4250
Instrumento: Sistema de HPLC isocrático Gilson
Concentração da amostra: lO-4Mem DMF
.100
a
80
60
a- anidrido simétrico40
20
. oo~oo s~oo 10~OO min
Figura 23- CraratogIanB do anidrido sirrétrico (D)
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 36
8. ESTABILIDADE NA FORMA SÓLIDA EM MEIO ANIDRO À TEMP. AMBIENTE
. ES'I,Li(j9L90,LiOt N,Li jOY<Jl/l,LiSÓL90,Li til/lM t 9 O ,LiN90 «O A 'I til/l P t «,Li 'I IA«,Li
,Lfjl/l(j9 tN 'I t
.
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 37
8. ESTABILIDADE NA FORMA SÓLIDA EM MEIO ANIDRO À TEMP. AMBIENTE
Analisou-se por HPLC o composto activado (B) na forma sólida,
quanto à estabilidade ao longo do tempo, em condições anidras e à
temperatura ambiente.
Durante os cerca de 20 meses, ao longo dos quais se vem
desenvolvendo este trabalho, a forma sólida activada revelou-se estável
(com perdas inferiores a 5%) desde que mantida em meio seco. Como
exemplo apresentam-se abaixo dois cromatogramas com 8 meses de
diferença entre si.
~ Condições da análise cromatográfica:
Coluna: Lichrospher 100 RP18, 5 micrómetros
Pré-coluna: Rheodyne Column inlet filter 0,18mm x 6mm
Sistema de filtros com filtro de 0,5 micrometros x 3 micrómetros
Eluente: Acetonitrilo/água ; 9515 (VIV)
Velocidade de fluxo: 1mUmin
Volume de injecção: 20 microlitros
Detector: UV 410nm; Merck Hitachi L-4250
Instrumento: Sistema de HPLC isocrático Gilson
t; Concentração da amostra: 1O-4Mem DMF
- -ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 38
8. ESTABILIDADE NA FORMA SÓLIDA EM MEIO ANIDRO À TEMP. AMBIENTE
2100
8 2- corante activado
li
4
20
-0.00 2.00 4.00 6.00 8.00
min10.00
Figura 24- conmte 2 meses após activação (concentração 93%)
210
2- corante activado8
60
tr. 4
2
oI' ,
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 min
Figura 25- conmte 8 meses após activação (concentração 92%)
,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 39
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
t ES'TIADODA CCJNtT9CA DA r<t~Cçilo DtHCJDr<Ó[CJSt POr< HP[C
I,
'='ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 4 O
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
O maior problema dos corantes reactivos é a competição entre a
reacção do corante com a fibra e a reacção do corante com a água [37].
Geralmente as velocidades das reacções químicas, em solução, são
determinadas monitorizando uma propriedade física que varia com o avanço
da reacção. Alguns procedimentos são contínuos e outros descontínuos [33].
Pode usar-se um processo analítico e estudar o desaparecimento de
um reagente ou o aparecimento de um produto ao longo do tempo.
Naturalmente que o método analítico depende das características da
substância em questão.
tO sistema tampão foi escolhido de modo a que, sem interferir no
processo, fosse o mais inócuo possível para a coluna e ainda que com o
mesmo tampão se cobrisse toda a gama de pH a analisar, o que garantia
igualdade de condições reaccionais.
9.1. Resultados experimentais
Reacção química envolvida:
CORANTE+ ÁGUA ~PRODUTOS
~Condições de análise gerais:
Coluna: Lichrorspher 100 RPI8, 5 micrómetros
Pré-coluna: Rheodyne Column inlet filter 0,18 mm x 6 mm
Sistema de filtros com filtro de 0,5 micrometros x 3 micrómetros
Eluente: Acetonitrilo/água ; 9515 (VIV)
Velocidade de fluxo: lmUmin
Volume de injecção: 20 microlitros
Detector: UV 410 nm; Merck Hitachi L-4250
Instrumento: Sistema de HPLC isocrático Gilson
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 41
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
i~I
I
........
J I!;J a:JL
I
li ~I I
......--
Figura 26- Sistara. de HPI..CIsocrático Gilson e detectar Merck
-Hitachi 4250
Substâncias usadas como padrão: corante recém-activado (B); éster
do corante de partida (C) e corante de partida (A)
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LÃ 42
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃO DE HIDRÓLISEPOR HPLC
Banho de aquecimento:
[.!:--
~I
-W ~ -: - .-- -- _-# _c li
Figura 27- Banho de aquec.in:Ento usado nos estudos de cinética dehidrólise
Solução de hidrólise:
Volume: 100ml
....I
Composição: tampão de ácido cítrico/hidrogenofosfato de sódio de
acordo com o pH pretendido [38]
corante activado de modo a que a concentração final fosse 10-4M
Temperatura: 70°C, 74°C e 79°C constante
Resultados em sequência de tempo de reacção:
pH 3,0
Temperatura: 70°C
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LÃ 43
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
210
a
2- corante activado3- éster do corante de partida
fi
40
2
3
to
I"0.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.0,min1.00
Figura 28- IrrediatarrEnte após adição do corante
2100
2- corante activado8
4
1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00, min
7.00
fi
t
2
0.00
Figura 29- 8 min após adição do corante
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 44
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
410
8
60
40
20
8
8
2
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
3
oI"
0.00 1.00 6.00min
7.012.00 3.00 4.00 5.00
Figura 30- 16 min após adição do corante
4100
80 2-corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
6
4
3
2
2
OI"
0.00 2.00 6.00 7.00 min3.00 4.00 6.00
Figura 31- 36 min após adição do corante
Tempo de Retenção corante activadomino % Área-
O 82,4368 63,034
16 29,91236 18,243
Tabela 1- Resultados da hidrólise do cozante
activado a pH 3 e à terrperatura de 70 °C""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 45
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
pH 3,4
Temperatura: 70°C
2
82- corante activado
60
.0
2
t oI'
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.0JY1in
Figura 32- Irrediatarrente após adição do corante
2100
80
t 60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
40
204
3
oI' ,
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 lo.oomin
Figura 33- 11 rnin após adição do corante
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LÃ 46
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE lllDRÓLISE POR HPLC
100
8
40
20
.
2
4 2- coranféactivado3- éster do corante de partida4- produto de hidfÓlise
oI' .
0.00 2.00 8.00 10.00min4.00 '.00
Figura 34- 22 rnin após adição do corante
100
80
60
40
t20
oI' .
0.00
4
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
2
3
min2.00 4.00 '.00 8.00 10.00
Figura 35- 33 rnin após adição do corante
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LÃ 47
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE IDDRÓLISEPOR HPLC
410
8
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produtodehidr6lise \"6
2
oI'
0.00
3
1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 min
Figura 36- 45 min após adição do corante
.o
1 1223345
'Iabela 2- Resultados da hidrólise do carante activado a pH 3,4 e àtarpemtura de 70°C
pH 4,0
Temperatura: 70°C2
10
t8
2- corante activado3- éster do corante de partida
'0--1 4- produto de hidr6lise
4
2
4 'I 3f\
,"'1""1""1""1 .0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 mln
Figura 37- Ine:liatarrEnte após adição do corante
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 48
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
2100
80-12-corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
60
404
20
~o
I""
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00. min
7.00
Figura 38- 8 min após adição do corante
2100
4
80
60
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
40
t1
3z
oI"
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00min
7.00
Figura 39- 16 min após adição do corante
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 49
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
410
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
8
60
42
2 3
o0.00 1.00 2.00 ~.oo 4.00 5.00 6.00
min7.00
Figura 40- 25 min após adição do corante.
4100
80 2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
60
2
~ oI"
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00min
7.00
Figura 41- 34 min após adição do corante
Tempo de Retenção corante activadomino % Área
O 73,9718 57,745
16 40,90125 19,30334 13,244
'Iabela 3- Resultados da hidrólise do conmte activadotarperatura de 70 oC
apH4eà
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 50
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH4,4
Temperatura: 70°C
2100
51112- corante activado
3- éster do corante de partida4-Produto de hidrólise
60'
4
2
4 3
. oI"
0.00 1.00
Figura 42- Inediatarrente após adição do corante
210
80--1 2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
60
. 40 4
20 3
oI' ,
0.00I 'I' I I .
6.00 7.00 mln
Figura 43- 8 rnin após adição do corante
.....
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 51
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
100
80
,o
4
20
oI"
0.00
.1.00 2.00
42
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidfÓlise
3
3.00 4.00
Figura 44- 17 rnin após adição do corante
100
8
60
,
t20
oI
0.00 1.00 2.00
4
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
2
3
3.00T" "I " " I " " I .
5.00 6.00 7.00mln4~00
Figura 45- 25 rnin após adição do corante
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 52
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
4100
80
60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
4
zo 3
oI
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
minI
7.00
.Figura 46- 34 min após adição do corante
o8
172534
~la 4- Resultados da hidrólise do corante activado a pH 4,4 e à
t erpera tura de 7OoC~
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA
lo53
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
pH 5,0
Temperatura: 70°C
210
., 2- corante activado80 3-ésterdocorantedepartida
4- produto de hidrólise
60
4
20
. °IT"'I""I';~"'I""I""I""I""I""I""I""I";'j'~ .0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00mln
Figura 47- Inediatanente apSs adição do corante
2IDO
2- corante activado80-13- éster do corante de partida
4- produto de hidr6lise
t 40 4
2 3
oI"
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00'T)'" 'I ""T""] .
5.00 6.00 7.00 mln
Figura 48- 8 min apSs adição do corante
",..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 54
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
410
2
8
60
2- corante activado3- éster do COl"aIltede partida4- produto de hidr6lise
.
1.00min
I7.00
2
8o
I0.00
Figura 49- 17 min após adição do corante
410
80
60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
t .0
20
oI
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 ~.oo 0.00min
7~00
Figura 50- 26 min após adição do corante
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 55
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
4100
8
60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
3
oI
0.00 1.00 2.00 Uo Uo 5;00 6.00
minI
7.00
~ Figura 51- 37 min após adição do corante
o8172637
.'Ial:Ela 5 - Resultados da hidrólise do co.rante activado a pH 5 e à
t arpera tura de 7Oo C
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 56
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 5,4
Temperatura: 70° C
2100
2- corante activado80-13- éster do corante de partida
4- produto de hidrólise
ti
4
20
t
4
oI"
0.00 1.00 uo 3.00 4.00 5.00 6.00min
7.00
Figura 52- Irrediatarrente após adição do corante
2100
2- corante activado80-13- ésterdo corantede partida
4- produto de hidrólise
ti
t 40 4
20
1.000.00
Figura 53- 9 rn:i.napós adição do corante
.",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 57
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE lllDRÓLISE POR HPLC
4100
8
6
40
20
oI"
0.00
2
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
3
1.00 2.00"1""1""1""1""1""1 .
4.00 5.00 6.00 7,OOmln3.00
tFigura 54- 18 min após adição do corante
t
10
8
20
4
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
oI'
0.00
3
4.00 5.00 6.00
min7.001.00 2.00 3.00
Figura 55- 27 min após adição do corante
Tabela 6- Resultados da hidrólise do carante activado a pH 5,4 e àtarperatura de 70 oC
,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 58
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
pH 6,0
Temperatura: 70°C
10
o
6
.0
20
~
oI'
0.00
2
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
14
3
2.00 10.00 min4.00 6.00 R.OO
Figura 56- Im2diatarrente após adição do corante
100
.
2
o 1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
4
601
.0
3
2
min0.00 2.00 10.004.00 6.00 8.00
Figura 57- 11 min após adição do corante
,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 59
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
1100
8
60
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
4
202
3
o ,. .0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 min
~ Figura 58- 22 min após adição do corante
110
80
6
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
40
203
to
I' ,0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 min
Figura 59- 33 min após adição do corante
o1 12233
'Tabela 7- Resultados da hidrólise do carante activado a pH 6 e àt~tura de 70 o C
.....
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 60
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
1100
11
60
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
40
202
3
oI' ,
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 min
~ Figura 58- 22 min após adição do corante
110
110
6
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
40
203
t0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 min
Figura 59- 33 min ap5s adição do corante
o112233
'Iabela 7- Resultados da hidrólise do carante activado a pH 6 e àterp=ratura de 70 °C
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 60
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 7,0
Temperatura: 70°C
10
8
40
~
2
oI' .
0.00
2
2- corante activado3- éster do corante de partida
3
2.00 4.00 6.00I I I""l .
8.00 10.00 mm
Figura 60- Inediatarrente após adição do corante
10
80
.6
4
z
0;00
2
1 1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
3
2;00 10.00 min4.00 6.00 8.00
Figura 61- 13 min após adição do corante
.....
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 61
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
100
80
2
~
1
2
6
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
40
3
0.00 r, , I' , , , I o , , , I ou, , , I ' o o , I .6.00 8.00 10.00 mln
Figura 62- 24 min após adição do corante
100
80
~
1
60
1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
40
0.00 2.00 10.00 min4.00 6.00 8.00
Figura 63- 35 min após adição do corante
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 62
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REAC~ÃO DE HIDRÓLISEPOR HPLC
1100
8 1- corante de partida2- corante activado3- éster do corante de partida
&0
4
20
. oI"
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 &.00 7.00 min
Figura 64- 47 min apSs adição do corante
Tempo de Retenção corante activadomino % Área-
O 87,51013 27,47124 20,71835 03,38947 02,210
Tabela 8- Resultados da hidrólise do Garante activadot arp=ra tura de 7Oo C
apH7eà
..,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 63
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 4,0
Temperatura: 74°C
210
80
60
2- corante activado3- éster do corante de partida
40
20
oI' ,
0.00
3t
2.00 4.00 6.00 9.00 10.00 min
Figura 65- Irrediatanente após adição do corante
210
80
60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
40 4
,
8.00min
10:000.00
Figura 66- 12 min após adição do corante
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 64
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
4100
80
tiO
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
40
oI
0..00
3z
'I"" I"" I"""" 'I"" I'" 'I"""" " min2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
t Figura 67- 23 rnin ap5s adição do corante
410
80
60
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidrólise
40
23
to
I' ,0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 lo,oJ11in
Figura 68- 45 rnin ap5s adição do corante
o122345
'Tabela 9- Resultados da hidrólise do carante activado a pH 4 e àt~tura de 74 °C
='ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSO/REACTIVOPARA LA 65
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 4,0
Temperatura: 79°C
4100-
80
2- corante activado3- éster do COl-antede partida4- produto de hidr6lise
2
a3
in
Figura 69- 14 rnin após adição do corante
100 4
t 8
6
2- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
4
23
20
6.00 6.00min
10.00
oI' ,
0.00
Figura 70- 23 rnin após adição do corante
",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 66
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
4100
82- corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
40
2
oI' ,
0.00 8.00 10.00min4.002.00 6.00
~ Figura 71- 34 min ap5s adição do corante4
100
80 2-corante activado3- éster do corante de partida4- produto de hidr6lise
60
40
z
~
oI'"
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00
Figura 72- 45 min após inicio da reacção
Tempo de Retenção corante activadomino % Área'
O 89,12014 18,96423 08,29034 03,05545 01,138
'Tabela 10- Resultados da hidrólise do carante activadota-rçeratura de 79 o C
min
apH4eà
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 67
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
9.2. Mecanismo de hidrólise em função dos resultados
experimentais
A substituição nucleofílica é tida como o mecanismo mais provável
nos carbonos trigonais quando ligados por uma dupla ligação a um
oxigénio[39] .
Assim no grupo carbonílo, a substituição processa-se por um
mecanismo de segunda ordem a que se dá o nome de mecanismo tetraédrico.
Em termos gerais, quando a reacção se processa em meio ácido
teremos:
R-C-X
IIO
++ H . R-C-X-
II (f)OH
(f)
-R-I-XOH
R_~-Y +
Figura 73- Mecanigro de reacção geral de substituição do grupocarlxnilo EmIIEio ácido
+H
.,..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 68
-R-L+x.
yy
I.. R-C-X
IIOHOH
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
Com base nos resultados experimentais atrás mencionados,
verificou-se que, os produtos de reacção da hidrólise. eram diferentes,
conforme o pH, embora não variassem qualitativamente com a temperatura,
dentro do mesmo pH.
Para pH de 3,0 a 5,4 o principal produto de reacção era um
composto de tempo de retenção médio de 4,10 minutos, que embora não
tendo sido isolado para identificação era comprovadamente diferente do
corante de partida e do éster dele derivado. À luz do esquema de
mecanIsmo atrás referido, supõe-se que o produto seja o anidrido carbonato
(E). Pôs-se como hipótese para este caso o seguinte:
t
t
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 69
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC+
CROMÓFOR~C- O_C -OCH2CH3 + H
~ I (~~
~~
CROMÓFORO--C--O-- C- OCH2CH3
II (II~
O t OU
(f)
CROMÓFOR~ ri(1:- OCH,CH,
H20
rCROMÓFORo---n--o- c~
11
I
I.o OH
H2CH3
H
.
CROMÓFORI~-~ I' ~ROMÓFORO-]-O-::-H
CROMÓFORO C-O-C-OH
II [ + CH3CH2OHo(E)
Figura 74- Mecaniscro da reacção de hidrólise do conmte activado apH entre 3 e 5,4
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 70
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
Para pH 6,0, temos concomitantemente como produtos de reacção
um composto de tempo de retenção 4,10 (E) e o Garante de partida (A) de
tempo de retenção médio de 2,75 e 2,30.
A pH 7,0 o produto de reacção preponderante é sem dúvida o
Garante de partida. (A). Como mecanismo pode propôr-se o seguinte:
.
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 71
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC+
CROMÓFORO-C-O-C -OCHzCH3 + H
(~. I ~
CROMÓFORO - c---o-- C- OCHzCH3
d: t ~
.
..-'
(f)
CROMÓFORO- ~~-OCH2CH3OH I ) O
HzO
rCRoMÓFORo-- ]E: II---QCH2CH,
OH I O
CROMÓFORO--C- OH
IIO
Figura 75- MecaniSID:)da reacção de hidrólise do corante activado aPf7
CH3CHzOH + COz
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 72
H
, CROMóFORo-j:I CROMÓFORO-l
-" li --OCHzCH,11 +
+ OHO
-H
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
Em qualquer dos valores de pH ensaiados, o éster do corante de
partida apareceu sempre como produto de reacção (o que não surpreende,
visto que em qualquer dos mecanismos propostos, se liberta etanol) mas
numa concentração que nunca excedeu os 10% de concentração expressa em
% de área. Supomos que o mecanismo de produção seja:O O
~II~ IIEtOH c-o- C-Q,-CH2CH3
N=N-0- ' N<
CH3
- CH3
t-H+
O
11
C -O-CH2CH3
I
( ) N=N--() N<:::+
--EtOCO2
CO2
Figura 76- MecaniSllD de fomEição do éster do corante de p:u:tida
~
Em função do exposto anteriormente admitimos estar perante um
mecanismo de reacção SN2. Mas, segundo a Lei de Acção de Massas de
Guldberg e Waage [40] que está na base da interpretação da velocidade de
reacção, esta velocidade é proporcional às massas activas das substâncias
reagentes, pelo facto da concentração usada de corante activado ser
muitíssimo baixa relativamente à concentração de hidrogeniões e de água,
podemos admitir que, para um determinado pH, a concentração destes é
constante, sendo a velocidade de reacção apenas influenciada pela
concentração de corante activaqo presente em solução seguindo, por isso,
uma cinética de pseudo-primeira ordem.
,.,..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 73
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
Assim, em termos gerais temos que
CORANTE AGUA) PRODUTOS
e segundo a Lei de Acção de Massas acima referida,
d[Cor] =V.reacção (9.1.1)- dt
td[Cor]=K
[ Cor] (9.1.2)- dt
integrando a equação (9.1.2),
d[Cor] =KJ dt (9.1.3)-J [Corja
[Cor] =[Cor]Oe-Kt (9.1.4)
~/ Através da determinação experimental da concentração de corante
activado, [Cor], em função do tempo, t, é possivel determinar a constante de
velocidade da reacção, K.
Estas determinações foram feitas por HPLC e obtiveram-se os
resultados expressos em 9.1.
",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVO PARA LA 74
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
Trataram-se estatisticamente estes resultados com recurso a um
programa de regressão não linear (Anexo) e os resultados foram os seguintes:
pH 3
Temperatura 70°C
Cone (A%) 120.00
100.00
iO.OO
"""
G60.00
20.00
.0.00 .................................-..
-20.00
0.00 10.00 20.00 30.00 '\0.00 Tempo(min)
[COR]o=83,786+/- 45,8 (a=O,O5) 8=7,42
K=0,049 +/- 0,053 min-l(a=O,O5)80, O1O
8 Gráfico 1- Variação da concentração do corante activado can o tarpoa pH3 e à tenperatura de 70°C
",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA
-75
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE lllDRÓLISE POR HPLC
pH 3,4
Temperatura 70°C
Cone(A%) 120.00
100.00"'" '.
60.00
80.00
10.00
~ 20.00
0.00
0.00 10.00 Tempo (min)
[COR]o=90,609 +/- 24,806 (a=O,O5) 8=5,67
K=0,050 +/- 0,023 min-l(a=O,O5) 80,06
~
Gráfico 2- Variação da concentração do corante activado cano tenpo a pH314 e à tarperatura de 70°C
""ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 76
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
pH 4
Temperatura 70°C
Cone (A%) 100.00
90.00~....
80.00
iO.OO
. ....................."'"
70.00
60.00r- ""
50.00
30.00
. 20.00
10.00
0.00
0.00 10.00 20.00 Tempo (min)
[COR]o=77,051 +/- 20,495 (a=O,O5) 8=4,69
K=0,046 +/- 0,020min-1(a=O,O5) 80,06
t.
Gráfico 3- Variação da concentração do corante activado cano tarpo a pH4 e à tarperatura de 70OC
,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSO/REACTIVOPARA LA 77
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
pH 4,4
Temperatura 70°C
Cone (A%) 100.0090.00t- "
50.00
"" """"
70.00
60.001- o,,
iO.OO
30.00
. 20.00
10.00'o.
", ..1
0.00
0.00 10.00 20.00 30.00 Tempo (min)
[COR]o=80,221 +/- 23,282 (a=O,05) 8=5,33
K=0,059 +/- 0,028min-1(a=O,05) 80,08
-Gráfico 4- Variação da concentração do corante activado can
o terrpo a pH4,4 e à tarperatura de 70°C
-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 78
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 5
Temperatura 70°C
Cone (A%) 100.009O.00t:" ".
80.00
10.00
1
70.00
60.00 t" .
50.00
30.00
20.00. 10.00
0.00
-10.00
0.00 10.00 20.00 30.00 10.00Tempo (min)
[COR]o=78,761 +/- 22,426 (a=O,O5) 8=5,13
K=0,072 +/- 0,036min-1(a=o,O5) 80,09
t Gráfico 5- Variação da concentração do corante activado cano terrpo a pH5 e à tarperatura de 70°C
""
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVOPARA LA 79
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPOR HPLC
pH 5,4
Temperatura 70°C
Cone (A%) 100.00
9O.00t:"" ""
80.00
t,.., " """....
"'..
..................
10.00 20.00 30.00 Tempo(min)
[COR]o=72,387 +/- 26,792 (a=O,O5) 8=4,35
K=0,081 +/- 0,056min-l(a=O,O5) 80,01
Gráfico 6- Variação da concentração do corante activado cano tarpo a pH 5 I 4 e à tenperatura de 7Doe
t
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSO/REACTIVO PARA LA 80
10.00
30.00
20.00
10.00
0.00
-10.00LL0.00
9.ESTUDODA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPORHPLC
pH 6
Temperatura 70°C
Cone (A%) 70.00
",60.oot- \,
a
""'"
""',."",.,.,. "'"
""""" """"""" """"""""'"
10.00 20.00 30.00 Tempo (min)
[COR]o=50,050+/- 20,368 (a=O,05) D=3,30
K=0,082 +/- 0,067 min-l(a=0,05) DO,11
Gráfico 7- variação da concentração do corante activado cano terpo a pH6 e à terperatura de 70OC
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 81
10.00
30.00
20.00
10.00
0.00
-10.00Ll..J0.00
9.ESTUDODA CINÉTICADA REACÇÃODE HIDRÓLISEPORHPLC
pH 7
Temperatura 70°C
Cone (A%) 120.00
100.001-".
t """""'" .!.. n :
50.00 Tempo (min)30.00 10.0020.0010.00
[COR]o=86,858 +/- 21,773 (a=O,05) c5=4,98
K=O,O77 +/- O,OO3min-l(a=O,05) c50,O9
Gráfico 8- Variação da concentração do corante activado cano tarpo a pH7 e à tenperatura de 70OC
t
,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 82
60.00
10.00
20.00
0.00
-20.00L!..L0.00
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE HIDRÓLISE POR HPLC
pH 4
Temperatura 74°C
Cone (A%) 10000OOE\"9O.ooE .
8 ~20.00 30.00 iO,DO10.00 Tempo (min)
[COR]o=85,348+/- 18,786 (a=O,O5) 8=3,05
K=0,073 +/- 0,003min-l(a=O,O5) 80,006
Gráfico 9- Variação da concentração do corante activado cano tarpo a pH4 e à tarperatura de 74OC
8
",..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 83
50,00
iO,OO
30.00
20,00
10.00
0,00
-10.00Lll.0.00
9. ESTUDO DA CINÉTICA DA REACÇÃO DE lllDRÓLISE POR HPLC
pH 4
Temperatura 79°C
Come (A%) 100.00
70.00
iO.OO
60.00
50.00' .
30.00
~ 20.00
10.00
0.00
0.00 10.00 20.00 30.00 iO.OO Tempo (min)
[COR]o=89,041 +/- 3,570 (a=O,O5) 8=0,82
K=O,ll +/- 0,002min-1(a=O,O5) 80,01
Gráfico 10- Variação da concentração do corante activado cano tarp:> a pH4 e à tenperatura de 79OC
~
=ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 84
9. ESTUDO DA CINÉTICADA REACÇÃO DE HIDRÓLISEPOR HPLC
-0,8
-I -
-0,9
;::- -1..cE -1,1 .-~ -1,2'
g» -1 ,3 I....J
-1 ,4 .
--
--
-
-1 ,5
-1 ,63 3,4 4 4,4 5 5,4 6 7
pH
8Gráfico 11- Variação do log k Em função do PH à terperatura de 70°C
o-0,2-0,4
--
-
t
"7 -o 6c 'E -o 8- '~ - 1
C) -1,2 t. --------.3 -1 , 4 -------
-1 ,6
-1 ,8
- 270 74 79
T (2C)
Gráfico 12- Variação do logarítIro da constante de reacção de
hidrólise can tarperatura ~-~if1J-::Cf
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVO PARA LA 85
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
t ES'fIADO D,LfH9DY<ÓL95t Dt IA}V[COY<,LfN'ft59JlA9L,Lfy<50LlÁVtL
t
...
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVOPARA LA 8 6
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
10.1. Estrutura química
Atendendo às dificuldades práticas da utilização de corantes
dispersos, nomeadamente a nível da obtenção d~ dispersão homogénea,
fomos ensaiar um corante similar, com o mesmo potencial grupo reactivo, de
fórmula química
GO
11 l(.oC-O~êH2CH3 H2
t
SO3H
P.M.378
Figura 77a- Corante similarsolúvel(F)
É solúvel em água devido ao efeito solubilizante do grupo SO3H
.
.,.ESTABILIDADEDEUMNOVOCORANTEDISPERSOIREACTIVOPARALA 87
10. ESTUDO DA lllDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
10.2. Processo de síntese e activação
NH2
NH2QQN2Cl
. SO3H .CH3COON a/Na2CO3
pH 6-7 ; 5C
COOH COOH
a
- HOOC-\ ) NI N-NH-\ ) SO,H
NaOH IpH 10
20C
NaOOC -< ) N=N-\-,HID I HCI. °3Na
°3H
Figura 77b- Síntese do corante similar solúvel
.....
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 88
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
1) Diazotação
Igual à descrita no ponto 6.2., na página 26.
2) Acoplamento
Misturou-se ácido sulfanílico (8,7g; 0,05 moI), com 50 ml de água.
Adicionou-se acetato de sódio (5g) e carbonato de sódio (5N) até dissolver o
composto formado. Arrefeceu-se a 0-5°C em banho de gelo e acetona e
adicionou-se lentamente a solução de diazotação.
Juntou-se carbonato de sódio até pH 7, controlado com papel
indicador.
tFormou-se um precipitado que se deixou a agitar durante 3 horas, a
5°C em banho de gelo.
Retirou-se o banho de gelo para que a temperatura atingisse 20°C e
adicionou-se hidróxido de sódio (5N) até pHI0, controlado com papel
indicador. Deixou-se agitar durante 1 hora.
Juntou-se ácido clorídrico concentrado até pH5. Deixou-se agitar 30
minutos ao fim do que se filtrou o corante precipitado, que se secou.
A activação foi efectuada segundo o processo descrito em 6.3
.10.3. Hidrólise
O estudo da hidrólise deste corante solúvel (F) realizou-se nas
mesmas condições práticas do corante activado, que se encontram descritas
no ponto 9.1.
A reacção de hidrólise revelou-se de tal maneira rápida que, de
acordo com os meios técnicos disponíveis, não foi possível obter as medições
necessárias de concentração de corante em função do tempo que permitissem
determinar as respectivas constantes de hidrólise.
.",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 89
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
10.4. Resultados experimentais
Cromatogramas dos padrões:
5100
80
5- corante de partida solúvel
60
4
2
. o\' ,
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00(min)
10.03
Figura 78- Corante de p:rrtida solúvel
610
80
5-corante de partida solúvel6- coranteactivadosolúvel
,o
.4
5
0.00 1.00 3.00 3.00 4.00 6.00 6.00 7.00(min)
Figura 79- Corante de p:rrtida solúvel e activado
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 90
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
pH3
Temperatura: 70°C
.
10
8
,
4
20
6- corante activado solúvel
6
oI' ,
0.00 2.00 8.00 10.00 (min)4.00 6.00
Figura 80- Inediatanente ap5s adição do corante
~
100
80
,6- corante activado solúvel
1.00 8.00 (min)
4
20
0.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00
Figura 81- 7 min ap5s adição do Garante
-::1"
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 9f
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
pH4
Temperatura: 70°C
.
40
2
6- corante activado solúvel
6
oI'"
0.00 2.00 7.00(min)
8.003.00 4.00 5.00 6.00
Figura 82- IrrediatarrEnte após adição do corante
t
0.00
6- corante activado solúvel
'.00 (min)8.006.00 7.00
Figura 83- 7 min após adição do corante
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 92
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
pH5
Temperatura: 70°C
.
':~ 6- corante activado solúvel
oI'"
0.006.00 r 00
fTTTll (min). 8.00
Figura 84- Irrediatarrente ap5s adição do corante
.
100
80
,
40
20
o1'"
0.00
6- corante activado solúvel
6
1.00 8.OJmin)3.002.00 4.00 5.00 '.00 7.00
Figura 85- 7 min após adição do corante
....ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTNO PARA LA 93
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
pH6
Temperatura: 70°C
t
10
6- corante activado solúvel
6
0.00. (min)
8.00
8
6
4
2
1.00 a.oo 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00
Figura 86- Irrediatarrente após adição do corante
t
100
80
60
4
6- corante activado solúvel
6
1.00 8.00 (min)
2
0.00 a.oo 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00
Figura 87- 7 min após adição do corante
",..ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 94
10. ESTUDO DA HIDRÓLISE DE UM CORANTE SIMILAR SOLÚVEL
pH7
Temperatura: 70°C
t
t
100
6 6- corante activado solúvel
40
6
8.00 (min)0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 ~.oo
Figura 88- IIrediatarIEnte ap5s adição do corante
100
8
6- corante activado solúvel
6
.
6
0.00 2.00 8.00 (min)4.00 !).oo 6.00 7.001.00 3.00
Figura 89- 7 min ap5s adição do corante
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 95
11. TINGIMENTO DE LÃ COM O NOVO CORANTE
a 'YCJNÇjCJJVlEN'YODt LA COM ONOVOCo RmJ 'Yt
.
.,.,
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSO/REACTIVOPARA LA 9 6
11. TINGIMENTO DE LÃ COM O NOVO CORANTE
11.1. Condições de tingimento, resul tados experimentais e
discussão
Realizaram-se tingimentos com corante disperso/reactivo em pó,
recém-activado e não activado, aplicando o corante por esgotamento nas
seguintes condições
Banho de tingimento:
R:B=1:20
Concentração de corante: 0,25%
Peso de fibra: 10g
Fibra: lã carbonizada'"'
lml de Albegal B concentrado
Aparelho de tingimento:
"'"
I
~-
lO
ç~c::::s:::::
Figura 90- Linitest usado nos tingimentos
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LÃ 97
11. TINGIMENTO DE LÃ COM O NOVO CORANTE
Condições de tingimento:
Temperatura: 80°C constante; 100°C constante
pH: 3, 4, 5, 6, 7 tamponado com ácido cítricolhidrogenofosfato de sódio [38]
Tempo de tingimento: 60 minutos
Tratamentos posteriores: - ensaboamento à fervura com sabão neutro
- tratamento com amónia 2g/1 durante 15 minutos
a 80°C
Ensaio de solidez: ISO 105 C03 [41]
Resultados:
t
- Quadro 1- Resultados de solidez do tinglirento can carante activado
anp5
QJadro 2- Resultados de solidez do tinglirento can carante activado
anp5
.....
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 98
Temperatura pH Tratamento posterior ISO 105 C03
(2 C) Alteração Manchamentode Cor Alaodão Lã
100 3 Ensaboamentoà fervura 2 4-5 4-5100 4 Ensaboamentoà fervura 2-3 4-5 4-5100 5 Ensaboamentoà fervura 2-3 4-5 4-5100 6 Ensaboamentoà fervura 2-3 4-5 4-5100 7 Ensaboamentoà fervura ( 4-5 4-5
80 3 Ensaboamento à fervura 3-4 3-4
80 4 Ensaboamento à fervura 1-2 4 3-4
80 5 Ensaboamento à fervura 1-2 3-4 3-4
80 6 Ensaboamento à fervura 1 4 3-480 7 Ensaboamento à fervura 1-2 3-4 3
Temperatura pH Tratamento posterior ISO 105 C03
(2 C) Alteração Manchamentode Cor Alaodão .Lã
100 7 Tratamentocom amónia 2-3 3 3
11. TINGIMENTO DE LÃ COM O NOVO CORANTE
t Quadro 3- Resultados do ting:irrento can corante de partida
Quadro 4- Resultados do ting:irrento can corante recÉm-activado
t
.,.ESTABILIDADEDE UMNOVOCORANTEDISPERSOIREACTIVOPARALA 99
Temperatura pH Tratamento posterior ISO 105 C03
(2 C) Alteração Manchamentode Cor Alaodão Lã
100 3 Ensaboamento à fervura 1 4-5 4-5100 4 Ensaboamento à fervura 1 4-5 4-5
100 5 Ensaboamento à fervura 1 4-5 4-5
100 6 Ensaboamento à fervura 1 4-5 4-5
100 7 Ensaboamento à fervura 1 4-5 4-5
80 3 Ensaboamento à fervura 1 3-4 3
80 4 Ensaboamento à fervura 1 3-4 3-4
80 5 Ensaboamento à fervura 1 3-4 3-4
80 6 Ensaboamento à fervura 1 3-4 3-4
80 7 Ensaboamento à fervura 1 3-4 3-4
Temperatura pH Tratam ent o posterior ISO 105 C03
(2C) Alteração Manchamentode Cor Algodão Lã
100 7 Ensaboamento à fervura 5 4-5 4-5
12. CONCLUSÕES
t-
CONCL/ASOES
,
.,.,..
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 100
12. CONCLUSÕES
O corante activado (B) revelou-se estável, em solução mas sobretudo
na forma sólida desde que mantido em condições anidras, sem necessidade
de refrigeração.
A velocidade da hidrólise do corante activado aumenta com o
aumento da temperatura. Uma vez que o corante só se solubiliza em soluções
aquosas a 69°C, quanto mais alta for a temperatura mais rápida deve ser
hidrólise.
a
O pH não influencia a reacção de hidrólise de uma forma linear em
toda a zona ácida estudada (isso apenas parece acontecer para valores de pH
entre 4 e 5). A reacção de hidrólise mais lenta ocorre a pH 4, havendo umat
descida da velocidade em relação aos pH 3 e 3,4. De pH 4 até pH 6 a
velocidade de reacção aumenta com o aumento de pH verificando-se nova
descida para pH 7. Além disto o tipo de reacção envolvida é diferente se o pH
de análise se situa abaixo de 6 ou acima deste valor como foi discutido no
ponto 9.3.
A razão de não se ter ensaiado pH acima de 7 justifica-se pelo facto
de ser por demais conhecido que a lã se danifica quando sujeita a condições
alcalinas, dependendo a extensão dessa degradação da temperatura. Ora,
pretende-se que este novo corante disperso/reactivo actue a pH na zona
t ácida e não numa zona inconveniente para a estabilidade da fibra.
O estudo da hidrólise do corante activado teve por fim um duplo
objectivo:
1- saber como se comportava o corante, em termos de estabilidade,
em relação à água, quer qualitativamente, já que nada se sabia acerca das
reacções químicas em que estava envolvido, quer em relação à sua
reactividade com a água, traduzida no estudo da cinética de reacção;
2- inferir como se processaria a reacção do corante com a fibra.
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 101
12. CONCLUSÕES
Um dos grandes problemas do tingimento com corantes reactivos é
a extensão da hidrólise, que no caso do tingimento da lã se torna ainda mais
grave, uma vez que não é fácil a remoção desse hidrolisado não
covalentemente ligado. Isto é razão mais que suficiente para justificar um
estudo de cinética de hidrólise a um novo corante reactivo para a lã.
À primeira vista o facto de estarmos a propor um corante disperso
para a lã pode parecer absurdo já que o manuseio de um corante disperso é
mais difícil que o de um corante solúvel. A isto acresce o facto de na fase
inicial de estudo a que este trabalho respeita, nada se fez para optimizar a
qualidade do pó, nomeadamente em relação ao tamanho da partícula que tão
importante se sabe ser nos corantes dispersos em termos da influência quet tem na disponibilidade do corante quando acede à fibra. A ideia que estava
por detrás desta atitude tinha a ver com o facto de pensarmos que a sua
característica de disperso lhe daria, de alguma maneira, uma certa
estabilidade à hidrólise, pois o grupo reactivo proposto é extremamente
reactivo. Isto só poderia ser testado se ensaiassemos nas mesmas condições
um corante quimicamente equivalente mas solúvel em solução aquosa a
qualquer temperatura. Isso foi feito com o corante apresentado no ponto
10.1.
Como apresentado no ponto 10.3., a hidrólise do corante similar
solúvel revelou-se muito mais rápida que aquela que ocorria, em iguaistcondições, com o corante disperso. De facto nos primeiros 10 minutos, em
~---
qualquer pH, a forma activada desaparecia por completo tornando impossível
(com os meios técnicos de que dispunhamos e simulando as mesmas
condições que tinhamos definido para o corante disperso/reactivo)
determinar as respectivas constantes de velocidade de hidrólise.
Um outro aspecto que interessava estudar, era a estabilidade da
ligação corante-fibra. Ainda que não fosse objectivo último deste trabalho,
pareceu-nos conveniente avançar um pouco nesta área e ver qual o
comportamento deste novo corante que propunhamos.
='ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 102
12. CONCLUSÕES
A estabilidade das ligações corante-fibra de lã é sempre um
problema para a química dos corantes, que só se resolve com dificuldade. A
química-física desta ligação não foi estudada com a extensão do que
aconteceu na celulose. O problema aparece quando ocorre hidrólise da ligação
ou quando o corante reage com os grupos tiol da lã dando produtos de baixa
solidez [42].
Sabe-se que a lã tem como grupos capazes de reagir os grupos -NH2,
-NH, -SH e -OH quando ionizados. Naturalmente que a concentração destes
grupos depende do pH do meio e vai afectar a reacção com o corante. Os
grupos tiol tornam-se significativos quando o pH é maior que 4,5; os grupos
thidroxilo "predominam" a pH alcalino e os grupos -NH3+até pH 10.
Depois desta breve revisão da potencial reactividade da lã,
analisemos os resultados dos tingimentos apresentados no ponto 11.1.
(Quadros 1, 2, 3 e 4).
Os melhores resultados de solidez obtiveram-se para os tingimentos
a pH 7 e a 100°C. Na realidade o rendimento colorístico antes dos testes de
solidez era muito superior a 80°C do que a 100°C mas a solidez à lavagem.(ISO 105 t03) revela-se muito pior. " tIl.~ 7VIM'~~ 4-
O facto dos melhores resultados se terem obtido a pH 7 não foi de
todo inesperado já que o pH interno da fibra seria ligeiramente inferior e a
. maior velocidade de reacção de hidrólise também ocorreu a pH 6, o que
poderá levar a pensar que a reacção corante/fibra terá em relação ao pH o
mesmo comportamento que a do corante com a água. No entanto, de positivo
com os dados de que dispomos, apenas é possivel dizer que a relação KC-L éKH20
maIOr quando o pH do banho de tingimento é 7.
'"ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTE DISPERSOIREACTIVO PARA LA 103
12. CONCLUSÕES
O ensaboamento à fervura como tratamento posterior pode parecer
excessivo, uma vez que se sabe que a lã não suporta bem temperaturas altas.
No entanto e sempre na perspectiva do estudo de solidez, este tratamento
justificava-se por duas razões:
1. eliminavam-se as ligações com os grupos tiol que se sabem ser
instáveis a esta temperatura [42];
2. tentava-se, ainda que de forma drástica, eliminar ao máximo o
corante hidrolisado e não ligado covalentemente sem ser pelo tradicional
processo alcalino com amónia que tínhamos testado e não dava melhores
resultados, além de que a possibilidade de degradação era acrescida [43,44]./
8Voltando a tomar a reacção de hidrólise deste corante como ponto
de referência, a velocidade de reacção aumentava com a temperatura
portanto seria de esperar que o mesmo pudesse acontecer no tingimento.
Mas isso não parece justificação para as diferenças de solidez registadas para
os tintos a 80°C e a 100°C. Talvez aqui a justificação passe por uma extensão
diferente da reacção, facto que teria que ser comprovado com estudo cuidado
da ligação corante-fibra.
A grande surpresa dos nossos resultados esteve na diferença de
solidez apresentada pelos tintos com corante recém activado e corante em pó.
E isto porque pela informação dada pelas análises de HPLC
questão seria exactamente o mesmo.
o composto em
.Em resumo, as melhores condições de tingimento para este corante,
ainda que apenas baseadas neste estudo empírico, são a pH 7, temperatura
100°C e usando corante recém activado. O nível de solidez à lavagem obtido
desta maneira é excelente (valor 5 para a alteração de cor e 4-5 para os
manchamentos) e não implica tratamento alcalino posterior.
=ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 104
13. PRESPECTIVA FUTURA DO TRABALHO
t lO « ESlO t CTC)V,Li fIA TIA «,Li O O T «,Li t3,LiL H O
t
'"'ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 105
13. PRESPECTIVA FUTURA DO TRABALHO
Muito haverá ainda a fazer no estudo deste novo tipo de corante
reactivo/disperso para a lã.
Seria interessante estudar dois aspectos deixados em aberto neste
trabalho e que, mais que continuidade, lhe dariam sentido:
- Estudar a ligação corante-fibra;
- Optimizar as condições de tingimento o que logo à partida
significaria optimizar o corante em pó obviando aquilo que, porventura, o
leve a comportar-se de forma diferente do mesmo corante mas recém
activado.
t
t
=-ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 106
BIBLIOGRAFIA
. t39 (3L90Çj r<,Llj9,Ll
t
'='"
ESTABILIDADE DE UM NOVO CORANTEDISPERSOIREACTIVOPARA LA 107
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