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Supremo Tribunal Federal - ConJur · 2018. 8. 27. · dos a partir do sítio eletrônico do STF 1,...
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Supremo Tribunal Federal
Presidente Ministra Cármen Lúcia
Vice-Presidente Ministro Dias Toffoli
Ministros Celso de Mello Marco Aurélio Gilmar Mendes Ricardo Lewandowski Luiz Fux Rosa Weber Roberto Barroso Edson Fachin Alexandre de Moraes
Conselho Nacional de Justiça
Presidente Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha Corregedor Nacional de Justiça Ministro João Otávio de Noronha
Conselheiros Ministro Aloysio Corrêa da Veiga Maria Iracema Martins do Vale Márcio Schiefler Fontes Daldice Maria Santana de Almeida Fernando César Baptista de Mattos Valtércio Ronaldo de Oliveira Francisco Luciano de Azevedo Frota Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior André Luiz Guimarães Godinho Valdetário Andrade Monteiro Maria Tereza Uille Gomes Henrique de Almeida Ávila
Secretário-Geral Júlio Ferreira de Andrade Diretora-Geral Julhiana Miranda Melloh Almeida
PoderJudiciário
Departamentode PesquisasJudiciárias
Brasília, 2018
SUPREMOEM AÇÃO2018
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
C775j
Supremo em ação 2018: ano-base 2017/Conselho Nacional de Justiça - Brasília: CNJ, 2017.
Anual.70 f:il.
I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração pública - estatística - Brasil.
CDU: 342.56:311(81)
Conselho Nacional de Justiça
Departamento de Pesquisas Judiciárias Diretora Executiva Maria Tereza Aina Sadek Diretora de Projetos Fabiana Luci de Oliveira Diretora Técnica Gabriela de Azevedo Soares Pesquisadores Igor Stemler Danielly Queirós Lucas Delgado Rondon de Andrade Estatísticos Filipe Pereira Davi Borges Jaqueline Barbão Apoio à Pesquisa Alexander da Costa Monteiro Pâmela Tieme Aoyama Pedro Amorim Ricardo Marques Thatiane Rosa Terceirizados Bruna Leite Lucineide Franca Estagiária Doralice Pereira de Assis
Diagramação Ricardo Marques Capa Eronildo Bento de Castro
Apresentação
Dando cumprimento ao dever constitucional de assegurar informação aos cidadãos brasileiros sobre a sua atuação, foi elaborado o 2º relatório sobre os dados do Supremo Tribunal Federal.
Órgão de cúpula do Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal não se submete, como é óbvio, ao Conselho Nacional de Justiça, cujo Departamento de Pesquisas Judiciárias levou a efeito a pesquisa e apresenta, agora, a conclusão.
O órgão oficial encarregado de examinar os dados apurados internamente do Poder Judiciário é exatamente o Departamento de Pesquisas Judiciárias, pelo que houve a decisão de distinguir o Supremo Tribunal na análise e resultado preparados.
Várias entidades públicas e particulares têm apresentado relatórios e análises sobre números do Supremo Tribunal Federal.
Todos os órgãos do Poder Público – incluído aí, como é certo e indiscutível – o Poder Judiciário, têm a obrigação de tornar públicos todos os dados para o pleno conhecimento dos cidadãos.
O movimento do Poder Judiciário – no caso agora mostrado, o Supremo Tribunal Federal – dispõe de dinâmica tal que, ao final de um dia em que se tenha, por exemplo, encaminhado aos Tribunais a publicação de acórdão extraído de julgado de recurso extraordinário com repercussão geral para as providências devidas, tanto pode importar na baixa imediata de significativo número de processos notificados e, ao final de trinta dias, pela ação de todos os órgãos do Poder Judiciário, a finalização de processos pode alcançar a casa de 500 mil processos que se dão por findos. Assim, números apresentados no início do dia podem não corresponder à ação do Poder Judiciário ao final daquela mesma jornada.
Também se pode ter o inverso, quer dizer, o número de processos pode ser alterado ao meio dia de uma data na qual, também à guisa de exemplificação, se reconheça repercussão geral em recurso interposto em ação coletiva com suspensão de todos os processos em todo o País.
O relatório apresentado é do Supremo Tribunal Federal em ação, demonstrando tempos, marcos e formas de atuação para a análise sistêmica do acervo processual.
Tem-se, assim, por cumprido, com maior eficiência, o princípio constitucional da publicidade, com maior segurança dos dados examinados segundo a atuação do Poder Judiciário para conhecimento mais completo dos processos pelos cidadãos.
Ao Supremo Tribunal Federal interessa a ampla e permanente transparência do cabedal de processos postos a seu exame, a forma de trabalhar os dados para melhor prestação jurisdicional para que se tenha por honrado o seu permanente compromisso de atentar aos problemas que precisam ser resol-vidos e às formas que vêm adotando para a solução das dificuldades que afligem o cidadão brasileiro.
Tenha-se por certo que também aos Juízes do Supremo Tribunal estas dificuldades os afligem e constrangem.
O que se pretende é buscar soluções e adotar todas as providências para o aperfeiçoamento da Justiça.
Ministra Cármen LúciaPresidente do Conselho Nacional de Justiça
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 102. INFOGRÁFICOS 11
2.1 Infográficos - recursos financeiros e humanos, estatísticas processuais, produtividade 122.2 Fluxo processual dos Ministros do STF em 2018 14
3. RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS 263.1 Recursos Financeiros 263.2 Recursos Humanos 28
4. GESTÃO JUDICIÁRIA E LITIGIOSIDADE 294.1 Dados de litigiosidade 294.2 Gestão judiciária - indicadores de litigiosidade e produtividade 294.3 Decisões 314.4 Litigiosidade por classe processual 34
4.4.1 Processos Novos 344.4.2 Processos Baixados 364.4.3 Processos Pendentes 38
4.5 Processos por Assunto 424.6 Justiça Digital 444.7 Maiores Litigantes 45
5. PROCESSOS POR COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS 465.1 Visão Geral por Competência Constitucional 475.2 Taxa de Congestionamento, Índice de Atendimento à Demanda e Recorribilidade 495.3 Origem dos Processos 51
6. TEMPO DE TRAMITAÇÃO PROCESSUAL 526.1 Tempo de Tramitação por Competência Constitucional 53
7. REPERCUSSÃO GERAL 567.1 Temas de Repercussão Geral 567.2 Temas de Repercussão Geral e Processos Sobrestados 57
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 62ANEXO I - METODOLOGIA 64REFERÊNCIAS 69
Relatório Supremo em ação 2018
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SUPREMOEM AÇÃO
O que é o Supremo Tribunal Federal:O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula do Poder Judiciário,
tendo sido instituído pelo Decreto n. 520, de 22 de junho de 1890. Ao longo da história da República, diferentes Constituições modificaram suas atribui-ções. Hoje, a configuração do Supremo Tribunal Federal é definida pelo art. 102 da Constituição Federal de 1988, como órgão de cúpula do Poder Judiciário, cabendo-lhe, precipuamente, a guarda da Constituição.
Entre suas principais atribuições está a de julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental decor-rente da própria Constituição, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
Em grau de recurso ordinário, cabe ao STF julgar o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única ins-tância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão. Em grau de recurso extraordinário, cabe ao Tribunal julgar as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição.
Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Con-gresso Nacional , seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros.
Como ele é formado:O Supremo Tribunal Federal é composto por onze Ministros, brasileiros
natos (art. 12, § 3º, IV, da CF/88), escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101 da CF/88), e nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Como ele se organiza:O Plenário, as Turmas e o Presidente são os órgãos do Tribunal (art. 3º do
RISTF/80). O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos pelo Plenário do Tribunal, dentre os Ministros, e têm mandato de dois anos. Cada uma das duas Turmas é constituída por cinco Ministros e presidida pelo mais antigo dentre seus membros, por um período de um ano, vedada a recondução, até que todos os seus integrantes hajam exercido a Presidência, observada a ordem decrescente de antiguidade (art. 4º, § 1º, do RISTF/80 - atualizado com a introdução da Emenda Regimental n. 25/08).
Relatório Supremo em ação 2018
1. IntroduçãoO relatório Supremo em Ação tem por objetivo sistematizar e divulgar dados relativos às atividades do Supremo Tribunal
Federal, abarcando informações sobre movimentação processual, recursos humanos, despesas e receitas, retratando tendências na atuação do Tribunal ao longo do tempo. Embora estatísticas processuais, andamentos e decisões do STF possam ser obti-dos a partir do sítio eletrônico do STF1, aplica-se aqui aos dados lógica analítica semelhante à empregada aos demais noventa tribunais integrantes do Poder Judiciário, no relatório Justiça em Números, e ao Conselho Nacional de Justiça, no relatório CNJ em Números, respeitando as especificidades da mais alta Corte do País.
O 2º relatório Supremo em Ação cobre o período de 2009 a 2017, e está organizado em oito seções. Além desta introdução, a segunda seção, “Infográficos”, resume informações sobre recursos financeiros, humanos e litigiosidade no STF, incluindo dados da atuação de cada um dos seus onze ministros, a partir da visualização de seu fluxo processual em 2 de julho de 2018.
A terceira seção, “Recursos Financeiros e Humanos”, traz os dados orçamentários, de recursos humanos e de estrutura do Supremo Tribunal Federal. São apresentados panoramas dos insumos, dotações e graus de utilização, discriminados entre recursos financeiros e recursos humanos.
“Gestão Judiciária e Litigiosidade”, quarta seção, reúne indicadores de litigiosidade, com dados gerais da movimentação processual (processos novos, estoque, processos baixados e decisões) e leituras específicas de acordo com as classes proces-suais que compõem o acervo do Tribunal, e os principais assuntos ingressados. Há, ainda, dados sobre a informatização dos processos em tramitação no STF, destacando-se os maiores litigantes, nos polos ativo e passivo. Uma novidade desta edição é a apresentação de estatísticas sobre recorribilidade.
Na quinta seção, “Processos por Competências Constitucionais”, o enfoque é a tramitação de processos por categoria de competência constitucional, com a leitura dos dados de acordo com controle concentrado e difuso de constitucionalidade e demais competências constitucionais.
A sexta seção, “Tempo de Tramitação”, apresenta indicadores do tempo de tramitação dos processos baixados no período de 2009 a 2017 e daqueles que compunham o acervo ao final do ano de 2017, incluindo a identificação dos processos com os maiores tempos de tramitação no período.
A sétima seção, “Repercussão Geral”, destina-se aos dados de repercussão geral, fornecendo um panorama dos temas existentes, dos julgados e do seu impacto nas instâncias inferiores.
Por fim, sumariza-se em “Considerações Finais” os principais resultados e tendências verificados. Além das informações aqui reunidas, o relatório Supremo em Ação traz, em sua versão digital, estatísticas em tempo real da movimentação processual do STF, de acordo com o fluxo processual de cada um de seus onze ministros, com detalhamento de cada processo sob sua relatoria - atualizando diariamente os dados aqui retratados nos infográficos. No aplicativo é possível identificar automatica-mente os processos que tramitam há uma década ou mais no STF. A ferramenta permite, ainda, baixar todas as informações de movimentação processual em uma planilha em formato csv e consultar os processos mais antigos2. A versão digital também está disponível para dispositivos móveis, na forma de aplicativos. A Ferramenta online pode ser acessada no link http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/supremo-em-acao.
A descrição dos referenciais técnicos e estatísticos utilizados na construção de infográficos, as fórmulas utilizadas na apu-ração de indicadores e os conceitos que informam cada uma das variáveis de cálculo estão disponíveis ao final do relatório, no anexo metodológico.
1 Os dados do acervo, as decisões e o movimento processual podem ser acessados em “Estatísticas do STF”. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=estatistica. Acesso em: 02jul2018.2 A ferramenta disponibiliza duas possibilidades de consulta: a) a identificação dos processos que tramitam há mais de 10 anos e b) a identificação dos processos há mais tempo sem andamento, com utilização de técnica de detecção de outliers e uso de boxplots, que permitem a seleção dos casos que estão há mais tempo parados, comparativamente à distribuição do próprio acervo do Ministro.
SUPREMOEM AÇÃO
2. InfográficosEsta seção apresenta os infográficos relativos às despesas, à força de trabalho e à movimentação processual do STF,
incluindo indicadores de produtividade, classes processuais e assuntos mais recorrentes, traçando um retrato global de sua atuação. Traz, também, a visualização do fluxo processual de cada um dos onze ministros referente à data-base (02/07/2018), acompanhada do Índice de Atendimento à Demanda (IAD), relativo aos últimos 12 meses.
Relatório Supremo em ação 2018
2.1 Infográficos - recursos financeiros e humanos, estatísticas processuais, produtividade
Remuneração, Proventos e Pensão
R$ 417.961.729 (76,7%)
Despesas de Capital
R$ 21.436.982 (3,9%)
Outras Despesas CorrentesR$ 51.553.194 (9,5%)
TerceirizadosR$ 87.195.166
(16,0%)
OutrasR$ 5.231.677
(1,0%)
BenefíciosR$ 30.363.976
(5,6%)
Força de Trabalho Total1.580
11 Ministros(0,7%)
19 Juízes Auxiliares(1,2%)
1.109 Servidores(70,2%)
115 Assessores(7,3%)
326 Estagiários(20,6%)
95 Com vínculo (6,0%)20 Sem vínculo (1,3%)
575 Área Administrativa (36,4%)553 Efetivos (35,0%)
17 Requisitados/Cedidos (1,2%)5 Sem vínculo (0,3%)
534 Área Judiciária (33,8%)448 Efetivos (28,4%)
61 Requisitados/Cedidos (3,9%)25 Sem vínculo (1,6%)
EstagiárioR$ 3.885.921
(0,7%)
Cargos Existentes: 1.135
ProvidosVagos*1.067 (94%)68 (6%)
Supremo Tribunal FederalDespesa Total
R$ 617.628.646
Força de TrabalhoServidores Efetivos
InformáticaR$ 17.608.729
* D o s 1 . 0 6 7 c a r g o s p r o v i d o s n o S T F 6 6 e s t ã o c e d i d o s p a r a o u t r o s ó r g ã o s .
Recursos Humanos
R$ 544.6 Milhões88,2%
Outras DespesasR$ 73 Milhões
(11,8%)
SUPREMOEM AÇÃO
Taxa de congestionamento Índice de atendimento à demanda
Série histórica da movimentação processual
Série histórica dos indicadores de desempenho
Série histórica dos indicadores de produtividade
Produtividade dos Ministros (IPM) Produtividade dos Servidores (IPS)
BaixadosNovos Pendentes
Ano 2017Casos novos 102.227 13,6%Decisões Terminativas 105.329 10,5%
Monocráticas 103.987 10,5%Colegiadas 1.283 12,4%
Decisões não Terminativas 21.155 -4,2%Monocráticas 9.614 9,7%Colegiadas 11.600 -13,3%
Baixados 115.353 34,1%Estoque final 43.973 -23%
Ano 2017IAD (Baixados/Casos Novos) 112,84% 17,2 p.p.Taxa de congestionamento 27,6% -12,3 p.p.
Ano 2017Casos novos 9.293 13,6%Decisões terminativas 9.575 10,5%Baixados (IPM) 10.487 34,1%
Ano 2017Casos novos 191 12,6%Decisões terminativas 197 9,4%Baixados (IPS-Jud) 216 32,9%
Ano 2017Processos baixados 7m -12,3%Processos pendentes 2a4m 8,9%
Tempo médio de duração dos processosVar. 2016/17
Var. 2016/17
Movimentação processual
Indicadores por ministro
Indicadores de produtividade
Indicadores por servidor
Var. 2016/17
Var. 2016/17
Var. 2016/17
100.668
75.322
63.732
90.131
85.341
74.804 66.707
87.053
63.629 66.11673.490
65.95972.097
55.479
90.509
80.029
53.138
95.903
93.562
57.100
86.012
89.973
43.973
115.353
102.227
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
16,7%
118,2%
57,2%
13,1%
114,1%
51,4%
13,6%
136,8%
43,4%
14,6%
100,8%
47,2%
16,7%
100,2%
47,7%
15,4%
113,1%
38,0%18,4%
102,5%
35,7%15,4%
95,6%
39,9%
12,4%
112,8%
27,6%
Taxa de Recorribilidade
156
180
194
154 153
193
176
216
163
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
6.847
7.758 7.914
6.735 6.569
8.228
8.718
7.819
10.487
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
74.081 72.254
Relatório Supremo em ação 2018
2.2 Fluxo processual dos Ministros do STF em 2018Os infográficos relativos ao fluxo processual dos ministros descrevem, para cada ministro, seu acervo total ao final do ano
de 2017, o acervo atual em 02/07/2018 e a quantidade de processos baixados e distribuídos no ano.
Além disso, é possível visualizar os processos do acervo, decididos e sem decisão, de acordo com a classe, separados em: 1) controle concentrado; 2) recursais; 3) ações criminais originárias e 4) demais ações originárias.
A produtividade do ano corrente é subdividida pelo tipo de decisão: 1) decisão final; 2) decisão em recurso interno; 3) decisão interlocutória; 4) decisão de sobrestamento; 5) despacho de mero expediente e 6) decisão liminar.
Neste relatório os dados são apresentados como retrato. Na versão digital (http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/supre-mo-em-acao) é possível acessar essas estatísticas em tempo real. Ao se clicar em cada classe processual, é disponibilizada uma lista de todos os processos, incluindo informações de tempo de tramitação e do último andamento, com a possibilidade de download completo das informações. Ao clicar no número do processo, o sistema online é direcionado à consulta processual no portal do Supremo Tribunal Federal.
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Relatório Supremo em ação 2018
3. Recursos Financeiros e Humanos3.1 Recursos Financeiros
Em 2017, o orçamento tot al do Supremo Tribunal Federal foi de R$ 617,6 milhões, dos quais R$ 544,6 milhões (88,2% do total) foram destinados a despesas com recursos humanos; R$ 21,4 milhões (3,5% do total) a despesas de capital; e R$ 51,6 (8,3% do total) destinadas a outras despesas correntes. A despesa total do Supremo em 2017 foi equivalente a 0,01% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, correspondendo a um custo de R$ 2,97 por habitante.
A série histórica das despesas (Figura 12) mostra que os gastos do STF se mantêm relativamente estáveis, em patamares próximos a R$ 600 milhões desde 2011, com crescimento, em 2017, de 6,3%3. As despesas com recursos humanos acompanham as variações das despesas totais, sendo que, no último ano, sua representatividade percentual no orçamento total diminuiu de 90,2% para 88,2%. Nos gastos com recursos humanos estão contemplados as despesas com remuneração; encargos incidentes sobre a folha de pagamento; indenizações judiciais e restituições trabalhistas de magistrados e servidores ativos, inativos e instituidores de pensão, incluídas as despesas com terceirizados e estagiários. Computam-se, ainda, nessa rubrica, despesas de carácter indenizatório, tais como diárias, passagens, auxílio-moradia, entre outras.
Figura 12: Série histórica das despesas
85,9% 84,0% 86,1% 88,0% 87,5% 88,8% 89,0% 90,2% 88,2%
684,4 681,4633,2
593,6 619,5 630,9 604,8 581,0617,6
587,8 572,3 545,1 522,6 542,2 560,3 538,5 523,9 544,6
0
200
400
600
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50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Milh
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R$Percentual
Despesa totalDespesa com recursos humanosPercentual gasto com recursos humanos
A partir do detalhamento das despesas com recursos humanos realizadas em 2017 (Figura 13), nota-se que do total de R$ 544,6 milhões, R$ 453,56 milhões (83,3%) correspondem a despesas com magistrados e servidores; R$ 87,2 milhões com terceirizados (16,0%) e R$ 3,89 milhões (0,7%) com estagiários.
3 Todos os valores monetários deste relatório estão deflacionados pelo índice IPCA, data-base 31/12/2017
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 13: Despesas com recursos humanos, em 2017
Remuneração, Proventos e Pensão
R$ 417.961.729 (76,7%)
TerceirizadosR$ 87.195.166
(16,0%)
OutrasR$ 5.231.677
(1,0%)
BenefíciosR$ 30.363.976
(5,6%) EstagiárioR$ 3.885.921
(0,7%)
Recursos Humanos
R$ 544.6 Milhões88,2%
A execução orçamentária indica o gasto efetivo e é dada como percentual da despesa em relação aos valores orçados. A série histórica da execução orçamentária (Figura 14) indica que 90,3% da despesa orçamentária total foi executada em 2017. Desagregando-se a execução orçamentária em gastos com pessoal e encargos, despesas de capital e outras despesas cor-rentes, nota-se que o percentual de execução das despesas com recursos humanos manteve-se relativamente constante na série histórica, variando de 95,6% a 99,3%, com um ponto destoante, em 2010, quando se executou 89,8% do orçamento.
Figura 14: Série histórica da execução orçamentária
91,7%87,0%
69,2%
95,6%
86,1%87,0%
57,6%
89,8% 87,9%
84,3%
43,4%
96,7%
81,1%
74,4%
24,6%
96,1%90,4%
85,9%
43,2%
99,1%90,2%
85,8%
44,6%
98,0%91,5%
85,9%
38,8%
98,8%98,2%96,5%79,9%
99,3%
90,3%
79,1%
63,0%
98,4%
40 %
60 %
80 %
100 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Execução Orçamentária das Despesas com Pessoal e EncargosExecução Orçamentária das Despesas de CapitalExecução Orçamentária de Outras Despesas CorrentesExecução Orçamentária Total
Em termos de receita, o Supremo Tribunal Federal recolheu, em 2017, a título de custas processuais, R$ 14,3 milhões - representando 2,3% do total das despesas do STF naquele ano (Figura 15).
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 15: Série histórica das receitas
0,8% 0,7%2,8% 3,4% 2,9% 2,9% 2,8% 2,5% 2,3%
5,6 5,0
17,920,3
18,2 18,016,7
14,4 14,3
0
5
10
15
20
0 %
20 %
40 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Milh
ões
R$
Percentual de receitas em relação às despesas totaisReceitas
Percentual
3.2 Recursos HumanosO STF é composto por onze ministros e possui 1.135 cargos efetivos de analista e técnicos judiciários, criados por lei, providos
ou não. T al quantitativo se mantém constante desde 2009, sem aumento no quadro de servidores. Dos 1.135 cargos, ao final de 2017, estavam providos 1.067 (94%), havendo vacância de 68 (6%) cargos, conforme Figura 16. Dos cargos providos, 66 (6,2%) estavam cedidos para outros órgãos e os demais 1.001 (93,8%) atuavam na área judiciária ou administrativa do Tribunal.
Em 2017 o STF contava, ainda, com 19 juízes auxiliares, 115 assessores (95 comissionados com vínculo e 20 sem vínculo), 70 servidores cedidos ou requisitados para o Tribunal, 30 servidores comissionados sem vínculo efetivo e 326 estagiários.
A distribuição das atividades entre área administrativa e área judiciária está distribuída de forma praticamente equânime. São 534 servidores lotados na área judiciária (48,2%) e 575 servidores lotados na Área Administrativa (51,8%).
Figura 16: Série histórica dos cargos de servidores efetivos
4,2% 3,7% 4,1% 2,1%6,3%
3,7% 2,1% 4,5% 6,0%
1.135 1.135 1.135 1.135 1.135 1.135 1.135 1.135 1.135
1.087 1.093 1.089 1.111 1.063 1.093 1.111 1.084 1.067
0
400
800
1,200
0 %
20 %
40 %
60 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Qua
ntid
ade Percentual
Percentual de cargos vagos
Cargos efetivos existentesCargos efetivos providos
SUPREMOEM AÇÃO
4. Gestão Judiciária e LitigiosidadeNesta seção apresentam-se os dados gerais de movimentação processual e os resultados dos principais indicadores de
litigiosidade e desempenho: taxa de co ngestionamento; índice de atendimento à demanda; índice de recorribilidade; índice de produtividade dos ministros e índice de produtividade dos servidores.
4.1 Dados de litigiosidadeOs indicadores de litigiosidade são calculados a partir da quantidade de casos novos, baixados e pendentes. Os casos novos
são todos os processos (originários ou recursais) aju izados (fisicamente ou eletronicamente) no Supremo Tribunal Federal em determinado ano - a data de autuação marca o início do processo. Os casos baixados são os processos que foram finalizados em determinado ano, seja com movimento de baixa definitiva ou outro registro que caracterize o término do trâmite processual. Já o estoque (casos pendentes ou acervo) é a soma dos processos que, no último dia de cada ano-base, ainda não tinham recebido nenhum movimento de baixa.
A série histórica de movimentação processual (Figura 17) indica uma tendência de crescimento da demanda ao longo do tempo e aumento da capacidade de resposta. Houve redução do estoque e aumento do total de casos decididos. Em 2017 observou-se o pico da série de casos novos e baixados: foram 102.227 casos novos e 115.353 baixados. No período de nove anos coberto pelo relatório, só foi observada redução da demanda em três anos: 2011, 2013 e 2016. Observa-se, também, que ao longo de toda a série histórica houve uma redução de 56,3% do estoque, que passou de 100.668 processos, em 2009, para 43.973, em 2017 - menor acervo de todo o período.
Figura 17: Série histórica da movimentação processual
60.000
80.000
100.000
120.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017BaixadosNovosPendentes
100.668
75.322
63.732
90.13185.341
74.80466.707
87.053
63.629 66.116
74.08173.490
65.959
72.25472.097
55.479
90.509
80.029
53.138
95.903
93.562
57.100
86.012
89.973
43.973
115.353
102.227
Relatório Supremo em ação 2018
4.2 Gestão judiciária - indicadores de litigiosidade e produtividadeA taxa de congestionamento corresponde à proporção de processos que não foram baixados durante o ano-base, em relação
ao total de processos que tramitou no período (acervo + b aixados). Esse indicador apresenta tendência de queda desde 2009, acumulando uma redução de 29,6 pontos percentuais nesses nove anos. Desde 2011, o STF tem conseguido manter sua taxa de congestionamento abaixo do patamar de 50%, o que significa que o tribunal baixou mais da metade dos processos que tra-mitaram, sendo que em 2017 apenas 27,6% dos processos estavam pendentes de decisão - menor taxa de congestionamento já registrada (Figura 18).
A taxa de congestionamento vem sendo reiteradamente utilizada pelo Conselho Nacional de Justiça para a análise do desempenho dos tribunais de todo o Brasil no relatório Justiça em Números. Trata-se de indicador que dimensiona o nível de dificuldade dos tribunais em lidar com o estoque de processos. Cumpre informar que, de todo o acervo, nem todos os processos apresentam condições para serem baixados dentro do mesmo ano, devido a existência de prazos e outras questões legais. É o caso, por exemplo, de um processo que ingressou no tribunal no final do ano-base ou que aguarda manifestação de outro órgão, como do Ministério Público.
A taxa de congestionamento para o conjunto do Poder Judiciário tem ficado em torno de 70% desde 2009, tendo atingido 72,1% em 2017. Quando considerados apenas os tribunais superiores que compõem o relatório Justiça em Números (STJ, TST, TSE e STM), o mesmo indicador foi de 51%, em 2017.
O Índice de Atendimento à Demanda (IAD) corresponde à razão entre a quantidade de processos baixados e o total de casos novos durante o ano, indicando a capacidade do tribunal de dar vazão ao volume de casos ingressados. O IAD do STF permaneceu igual ou superior a 100% até 2015. Em 2016, o IAD registrou leve retração, ficando em 95,6%, e em 2017 voltou a crescer, atingindo 112,8%, o que mostra que o STF decidiu 12,8% de casos acima da demanda de casos novos.
A recorribilidade é calculada pela razão entre o número de recursos interpostos e o número de decisões, terminativas ou não. Das 210,7 mil decisões proferidas em 2017, 12,4% receberam recursos. Segundo o Relatório Justiça em Números 2018, a recorribilidade que chega ao STF proveniente dos tribunais superiores equivale a 5,8% das decisões prolatadas pelo Superior Tribunal de Justiça, a 17,5% das decisões do Tribunal Superior Eleitoral e a 10,1% das decisões do Superior Tribunal Militar.
Figura 18: Série histórica dos indicadores de Taxa de Congestionamento, Índice de Atendimento à Demanda e Recorri-bilidade
16,7%
118,2%
57,2%
13,1%
114,1%
51,4%
13,6%
136,8%
43,4%
14,6%
100,8%
47,2%
16,7%
100,2%
47,7%
15,4%
113,1%
38,0%18,4%
102,5%
35,7%15,4%
95,6%
39,9%
12,4%
112,8%
27,6%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa de Recorribilidade
Taxa de congestionamentoÍndice de atendimento a demanda
O Índice de Produtividade dos Servidores da área judiciária (IPS-Jud) indica a média de processos baixados por servidor das áreas finalísticas do tribunal (Figura 19). Em 2017 esse índice atingiu a maior produtividade já observada. O IPS-Jud variou de 153 processos (em 2013) a 216 processos (em 2017).
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 19: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud)
156
180
194
154 153
193
176
163
216
150
170
190
210
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
O Índice de Produtividade dos Ministros (IPM) (Figura 20) atingiu a maior marca em 2017, com 10.486 processos baixados por ministro, um aumento de 59,6% na produtividade em comparação a 2013, quando se observou o menor valor, 6.568 pro-cessos baixados por ministro.
Figura 20: Série histórica do índice de produtividade dos Ministros (IPM)
6.847
7.758 7.914
6.735 6.569
8.2288.718
7.819
10.487
7.000
8.000
9.000
10.000
11.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Relatório Supremo em ação 2018
4.3 DecisõesNa série histórica nota-se queda nas decisões terminativas no período 2011-2013, e tendência de crescimento a partir de
2014, atingindo o pico em 2017, com 105.329 decisões (Figura 21).
Figura 21: Série histórica das decisões terminativas e não terminativas
30.000
60.000
90.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Terminativas Não terminativas
32.229
70.224
23.157
86.283
21.741
80.479
17.693
72.276
18.507
71.652
21.739
92.618
24.155
92.415
22.079
95.352
21.155
105.329
�
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��
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Entre as decisões não terminativas, as decisões de recurso int erno ocorrem, historicamente, em maior quantidade. De 2012, ano com menor número de recursos (11.022), passa-se a um pico, em 2015, com 18.025 recursos internos, para uma queda de quase 5 mil recursos, atingindo a marca de 13.326, no ano de 2017. Em que pese as quedas entre os anos de 2009 e 2012, as ações interlocutórias praticamente dobraram, quando comparado o início da série histórica em 2009 (2.251) com o último registro (4.209) em 2017. As decisões pela existência em repercussão geral são as que incidem em menor quantidade em rela-ção a todos os tipos de decisões, porquanto o próprio objetivo do instituto é o de evitar que o Supremo tenha que se debruçar, repetidamente, sobre a mesma discussão, conferindo maior racionalidade ao sistema recursal. Em 2017, foram 30 decisões dessa natureza. Verifica-se, também, redução no número de decisões que determinam sobrestamento ao longo da série, com ligeiro aumento em 2017, comparado a 2016 (Figura 22).
Figura 22: Série histórica das decisões terminativas por categoria
65
10.307
16.455
3.1512.251
74
7.025
11.099
3.047
1.91292
4.889
12.426
2.863
1.47174
2.275
11.022
2.979
1.34340805
13.162
2.5441.956
361.169
16.414
2.3341.786
421.115
18.025
2.5102.463
18264
15.069
2.4154.313
30398
13.326
3.1924.209
0
5.000
10.000
15.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017InterlocutóriaLiminar
Recurso InternoSobrestamento
Existência da Repercussão Geral
Em relação à origem das decisões, do total de 126.484 decisões proferidas em 2017, 89,8% foram monocráticas. A proporção de decisões monocráticas no período variou pouco, ficando entre 84,3% e 89,8%, sendo predominante, como esperado, em matéria recursal (como será discutido adiante, na seção 6 do relatório, Figura 26).
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 23: Série histórica das decisões colegiadas e monocráticas
86.401
16.052
98.137
11.303
89.147
13.073
77.689
12.280
76.073
14.086
97.298
17.059
98.867
17.703
102.906
14.525
113.601
12.88330.000
60.000
90.000
120.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Colegiadas Monocráticas
Ao separar as decisões colegiadas e monocráticas por tipo (terminativas ou não), observa-se que, em 98,7% dos casos, as decisões terminativas são monocráticas (Figura 24). Apenas 1,3% das decisões terminativas foram julgadas em plenário ou em turmas. Desde 2014 o número de decisões terminativas monocráticas tem aumentado e em 2017 foi registrado o mais alto percentual de decisões terminativas proferidas monocraticamente (98,7%). Dentre as decisões não terminativas, 54,8% são colegiadas.
Figura 24: Série histórica das decisões colegiadas e monocráticas, segundo o tipo de decisão
68.662
17.739
1.49514.557
84.299
13.838
1.9149.389
78.616
10.5311.784
11.289
70.565
7.1241.663
10.617
69.627
6.4461.958
12.128
90.945
6.3531.568
15.491
91.389
7.478949
16.754
94.142
8.7641.141
13.384
103.987
9.6141.283
11.600
0
30.000
60.000
90.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Colegiada não terminativaColegiada terminativa
Monocrática não terminativaMonocrática terminativa
Das 12.883 decisões colegiadas proferidas em 2017, 50% (6.449) têm origem na primeira turma; 35,5% na segunda turma (4.317); 16% no plenário (2.067) e apenas 50 decisões tiveram origem no plenário virtual (Figura 25).
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 25: Série histórica da origem das decisões colegiadas
5.802
6.833
86
3.321
5.370
3.385
112
2.432
5.594
5.450
147
1.864
5.064
5.761
111
1.128
6.041
5.602
70
2.373
6.893
7.460
91
2.615
7.772
7.111
82
2.738
4.784
6.311
55
3.3754.317
6.449
50
2.067
0
2.000
4.000
6.000
8.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Plenário Plenário Virtual Primeira Turma Segunda Turma
A origem das decisões monocráticas é discriminada em duas categorias: 1) presidência ou vice-presidência e 2) demais ministros (Figura 26). A série histórica mostra que a maior proporção de decisões monocráticas tem origem nos ministros, atin-gindo um pico em 2015 (75.081 decisões). Em 2017 as decisões da presidência e da vice-presidência representaram 39% do total de decisões monocráticas proferidas - seu maior registro em toda a série histórica (44.305).
Figura 26: Série histórica da origem das decisões monocráticas entre presidência e vice-presidência e dos demais ministros
�
�
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�
�
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�
�
20.139
66.262
40.514
57.623
36.853
52.294
28.926
48.763
19.415
56.658
28.169
69.129
23.786
75.081
32.652
70.254
44.305
69.296
20.000
40.000
60.000
80.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017Ministros Presidência e Vice−Presidência
SUPREMOEM AÇÃO
4.4 Litigiosidade por classe processual
4.4.1 Processos Novos
Em 2017 observou-se a maior demanda ao STF dos últimos nove anos, quando ingressaram 102.227 processos, repre-sentando um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior (Figura 17). A demanda oscilou ao longo da série, sendo o menor volume de ingresso em 2011, com 63,6 mil processos.
A maior incidência é de recurso extraordinário com agravo (ARE). Os AREs foram criados em 2011, momento em que corres-p onderam a 36,9% do total de casos novos. A partir de 2012 sua representatividade subiu para 69,6%, permanecendo próximo a esse patamar desde então, constituindo-se na classe com a maior demanda. Em 2017 os AREs representaram 65,2% do total de processos novos no STF.
A proporção de processos novos da classe AI (Agravo de Instrumento) no total da demanda ao STF decresceu de 66,2%, em 2009, para 32% em 2011, chegando a 1,7% em 2017 (Figura 28). A segunda classe com maior demanda em 2017 foi a de Recurso Extraordinário (RE), correspondendo a 14,8% do total de processos novos. Verifica-se, ainda, aumento nos pedidos de HCs (Habeas corpus), que representavam 7,2% da demanda em 2016, passando para 11,1% em 2017. A tendência de aumento no número de pedidos de HCs faz sentir-se no STF desde 2015.
Das 40 classes processuais analisadas, quatro delas não tiveram ingresso de casos novos (EL, ES, RHD e RMI), no período de 2009 a 2017, e outras quatro classes (OACO, RC, HD e IF) tiveram ingresso inferior a dez casos.
Relatório Supremo em ação 2018
Tabela 1: Processos novos segundo as classes processuais, no período de 2013 a 20174
Classe 2013 2014 2015 2016 2017ARE – Recurso Extraordinário com Agravo 51.079 57.192 65.020 63.937 66.696RE – Recurso Extraordinário 9.059 11.125 14.310 10.963 15.169HC – Habeas corpus 3.595 4.483 5.584 6.491 11.327Rcl – Reclamação 1.894 2.375 3.273 3.283 3.326AI – Agravo de Instrumento 2.146 1.650 1.983 2.266 1.726RHC – Recurso Ordinário em Habeas corpus 847 703 501 614 952MS – Mandado de Segurança 584 570 439 461 729Pet – Petição 110 115 595 447 718ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade 189 112 230 194 237Inq – Inquérito 229 112 252 136 233AO – Ação Originária 94 109 70 80 202MI – Mandado de Injunção 830 340 102 92 176RMS – Recurso Ord. em Mandado de Segurança 265 116 114 133 148ACO – Ação Cível Originária 220 283 208 168 123ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 34 15 48 59 68SL – Suspensão de Liminar 84 90 112 122 54SS – Suspensão de Segurança 133 122 105 60 51AR – Ação Rescisória 39 45 56 105 45AC – Ação Cautelar 236 227 277 165 44CC – Conflito de Competência 77 41 35 23 41Ext – Extradição 32 42 47 46 34PPE – Prisão Preventiva para Extradição 14 29 35 33 29AP – Ação Penal 164 37 69 26 25STA – Suspensão de Tutela Antecipada 53 36 44 30 16RvC – Revisão Criminal 2 9 7 6 14AImp – Arguição de Impedimento 7 2 6 10 13ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 4 3 7 1 9AS – Arguição de Suspeição 7 5 9 1 7ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade 0 2 6 6 6PSV – Proposta de Súmula Vinculante 25 3 7 4 5EI – Exceção de Incompetência 8 0 0 1 2AOE – Ação Originária Especial 3 7 7 2 1IF – Intervenção Federal 1 5 1 1 1HD – Habeas Data 2 2 1 3 0Cm – Comunicação 10 17 2 2 0EP – Execução Penal 21 3 0 1 0RC – Recurso Crime 0 1 0 1 0OACO – Oposição em Ação Civil Originária 0 1 0 0 0EL – Exceção de Litispendência 0 0 0 0 0ES – Exceção de Suspeição 0 0 0 0 0RHD – Recurso Ordinário em Habeas Data 0 0 0 0 0RMI – Recurso Ordinário em Mandado de Injunção 0 0 0 0 0Total 72.097 80.029 93.562 89.973 102.227
4 Para dados referentes aos anos de 2009 a 2012, consultar o primeiro relatório Supremo em Ação. Disponível em http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2017/08/f8bcd6f3390e723534ace4f7b81b9a2a.pdf. Acesso em: 12jul2018.
SUPREMOEM AÇÃO
4.4.2 Processos Baixados
O STF baixou 115.353 processos em 2017 - um aumento de 34,1% com relação ao ano anterior. De maneira geral, a série histórica dos processos baixados espelha a representatividade das classes processuais da série histórica dos processos novos, com predomínio de AIs até 2011, e de AREs a partir de 2012. A segunda classe processual com maior representatividade nos processos baixados é o RE, correspondendo a 16% dos processos baixados em 2017, seguida do HC, com 9,2% de incidência.
Entre as classes processuais que tiveram diminuição na quantidade de processos baixados, no período de 2009 a 2017, estão os agravos de instrumento, e entre as que verificaram aumento estão, além do habeas corpus, a intervenção federal, conforme os valores absolutos (Tabela 2). Três classes processuais não registraram nenhum movimento de baixa no período entre 2009 a 2017 (EL, ES e RMI) e outras cinco tiveram baixa inferior a dez processos (HD, ADC, RC, OACO e RHD).
Relatório Supremo em ação 2018
Tabela 2: Processos baixados segundo as classes processuais, no período de 2013 a 20175
Classe 2013 2014 2015 2016 2017ARE – Recurso Extraordinário com Agravo 43.995 62.291 63.115 59.539 76.545RE – Recurso Extraordinário 10.014 11.377 16.550 11.271 18.421HC – Habeas corpus 4.597 5.148 4.789 6.047 10.629Rcl – Reclamação 2.211 2.813 3.694 3.069 2.974AI – Agravo de Instrumento 7.255 3.922 3.483 2.687 2.686RHC – Recurso Ordinário em Habeas corpus 586 928 442 497 750MS – Mandado de Segurança 542 965 831 897 697Pet – Petição 156 100 550 328 642AO – Ação Originária 43 113 141 70 234ACO – Ação Cível Originária 220 288 361 266 230ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade 75 198 139 100 185AC – Ação Cautelar 261 326 246 217 176RMS – Recurso Ord. em Mandado de Segurança 196 233 153 184 174Inq – Inquérito 198 189 325 148 158SL – Suspensão de Liminar 47 64 135 84 152SS – Suspensão de Segurança 62 118 161 118 137MI – Mandado de Injunção 1.373 1.061 265 117 124AR – Ação Rescisória 56 80 133 105 96IF – Intervenção Federal 1 1 4 19 80STA – Suspensão de Tutela Antecipada 46 31 52 40 54ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 14 18 27 21 42Ext – Extradição 25 29 34 44 38CC – Conflito de Competência 65 92 60 17 36AP – Ação Penal 169 49 112 29 29PPE – Prisão Preventiva para Extradição 15 20 38 45 27RvC – Revisão Criminal 3 8 4 6 11AImp – Arguição de Impedimento 0 3 10 11 9EI – Exceção de Incompetência 1 5 0 1 4PSV – Proposta de Súmula Vinculante 7 5 25 6 3EP – Execução Penal 0 0 0 8 2ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 2 1 4 3 2Cm – Comunicação 9 16 5 1 2HD – Habeas Data 2 2 1 1 2AOE – Ação Originária Especial 5 7 5 6 1RHD – Recurso Ordinário em Habeas Data 0 0 0 0 1AS – Arguição de Suspeição 2 4 8 6 0ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade 1 3 1 2 0RC – Recurso Crime 0 0 0 2 0OACO – Oposição em Ação Civil Originária 0 1 0 0 0EL – Exceção de Litispendência 0 0 0 0 0ES – Exceção de Suspeição 0 0 0 0 0RMI – Recurso Ordinário em Mandado de Injunção 0 0 0 0 0Total 72.254 90.509 95.903 86.012 115.3535 Para dados referentes aos anos de 2009 a 2012, consultar o primeiro relatório Supremo em Ação. Disponível em http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2017/08/f8bcd6f3390e723534ace4f7b81b9a2a.pdf. Acesso em: 12jul2018.
SUPREMOEM AÇÃO
4.4.3 Processos Pendentes
A série temporal de movimentação processual mostra acentuada redução do estoque de processos no STF ao longo do tempo, sendo que em 2017 o estoque atingiu o volume mais baixo: 43.973 processos pendentes.
A composição do estoque de acordo com as classes processuais indica que as classes com maiores volumes processuais são: Recursos Extraordinário com Agravo (ARE), que correspondem a 40,1% do acervo; Recurso Extraordinário (RE), com 20,1% de incidência e Habeas Corpus (HC), com 9,8% do total de processos pendentes. As outras classes representam juntas 30 % do estoque.
Quatro classes processuais não tiveram nenhum movimento de baixa no período (EL, ES, OACO e RMI) e outras três tiveram baixa inferior a dez processos (HD, RC e RHD).
Relatório Supremo em ação 2018
Tabela 3: Processos pendentes segundo as classes processuais, no período de 2013 a 2017
Classe 2013 2014 2015 2016 2017ARE – Recurso Extraordinário com Agravo 26.279 21.180 23.085 27.484 17.634RE – Recurso Extraordinário 14.887 14.635 12.395 12.087 8.835HC – Habeas corpus 3.054 2.389 3.184 3.628 4.326Rcl – Reclamação 3.535 3.097 2.676 2.890 3.242ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.856 1.770 1.861 1.955 2.007MS – Mandado de Segurança 2.714 2.319 1.927 1.491 1.523AI – Agravo de Instrumento 6.259 3.987 2.487 2.066 1.106RHC – Recurso Ordinário em Habeas corpus 857 632 691 808 1.010ACO – Ação Cível Originária 920 915 762 664 557MI – Mandado de Injunção 1.384 663 500 475 527Pet – Petição 239 254 299 418 494Inq – Inquérito 515 438 365 353 428AC – Ação Cautelar 671 572 603 551 419RMS – Recurso Ord. em Mandado de Segurança 611 494 455 404 378AR – Ação Rescisória 512 477 400 400 349ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 161 158 179 217 243AO – Ação Originária 282 278 207 217 185SL – Suspensão de Liminar 186 212 189 227 129SS – Suspensão de Segurança 312 316 260 202 116AP – Ação Penal 156 144 101 98 94Ext – Extradição 52 65 78 80 76STA – Suspensão de Tutela Antecipada 125 130 122 112 74CC – Conflito de Competência 115 64 39 45 50PSV – Proposta de Súmula Vinculante 57 55 37 35 37ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade 12 11 16 20 26ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 16 18 21 19 26IF – Intervenção Federal 115 119 116 98 19EP – Execução Penal 21 24 24 17 15AS – Arguição de Suspeição 8 9 10 5 12PPE – Prisão Preventiva para Extradição 14 23 20 8 10RvC – Revisão Criminal 2 3 6 6 9AImp – Arguição de Impedimento 11 10 6 5 9AOE – Ação Originária Especial 7 7 9 5 5EI – Exceção de Incompetência 8 3 3 3 1HD – Habeas Data 1 1 1 3 1RC – Recurso Crime 1 2 2 1 1Cm – Comunicação 3 4 1 2 0RHD – Recurso Ordinário em Habeas Data 1 1 1 1 0EL – Exceção de Litispendência 0 0 0 0 0ES – Exceção de Suspeição 0 0 0 0 0OACO – Oposição em Ação Civil Originária 0 0 0 0 0RMI – Recurso Ordinário em Mandado de Injunção 0 0 0 0 0Total 65.959 55.479 53.138 57.100 43.973
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 27: Série histórica da quantidade absoluta de processos novos, baixados e pendentes, por classe
63.73274.804
63.629
73.49072.097
80.029
93.56289.973
102.227
0
40.000
80.000
120.000
2010 2012 2015 2017
Processos Novos
75.32285.341
87.053
74.08172.254
90.50995.903
86.012
115.353
0
40.000
80.000
120.000
2010 2012 2015 2017
Processos Baixados
100.66890.131
66.70766.116 65.959
55.47953.138
57.100
43.973
0
40.000
80.000
120.000
2010 2012 2015 2017
AIARE
REHC
RclDemais
AIARE
REHC
RclDemais
AIARE
REHC
RclDemais
Processos Pendentes
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 28: Série histórica da quantidade relativa de processos novos, baixados e pendentes, por classe
6,4% 3,5% 7,4% 16,5% 66,2%6,1% 1,7% 5,7% 20,1% 66,4%5,4% 2,9% 7,0% 15,8% 36,9% 32,0%
4,6%2,6% 5,5% 12,3% 69,6% 5,5%6,0% 2,6%5,0% 12,6% 70,8% 3,0%
4,0%3,0% 5,6% 13,9% 71,5% 2,1%3,6%3,5% 6,0% 15,3% 69,5% 2,1%3,4%3,6% 7,2% 12,2% 71,1% 2,5%3,9%3,3% 11,1% 14,8% 65,2% 1,7%
2010
2012
2015
2017
0 % 25 % 50 % 75 % 100 %
Processos Novos
3,4%2,6% 5,5% 27,3% 61,2%3,0%1,6%4,9% 26,5% 64,0%3,4%1,6%4,8% 21,7% 19,7% 48,8%3,9%1,6%5,1% 16,4% 51,7% 21,3%
5,8% 3,1% 6,4% 13,9% 60,9% 10,0%5,5% 3,1% 5,7% 12,6% 68,8% 4,3%
4,5% 3,9% 5,0% 17,3% 65,8% 3,6%4,0%3,6% 7,0% 13,1% 69,2% 3,1%3,6%2,6% 9,2% 16,0% 66,4% 2,3%
2010
2012
2015
2017
0 % 25 % 50 % 75 % 100 %
Processos Baixados
8,9% 2,8%3,5% 35,1% 0,0% 49,8%12,1% 3,0%4,0% 30,8% 0,0% 50,1%
17,1% 4,7% 5,7% 28,4% 9,5% 34,6%17,9% 5,8% 6,1% 24,0% 29,0% 17,2%18,1% 5,4% 4,6% 22,6% 39,8% 9,5%18,4% 5,6% 4,3% 26,4% 38,2% 7,2%
17,5% 5,0% 6,0% 23,3% 43,4% 4,7%15,7% 5,1% 6,4% 21,2% 48,1% 3,6%
20,1% 7,4% 9,8% 20,1% 40,1% 2,5%
2010
2012
2015
2017
0 % 25 % 50 % 75 % 100 %
Processos Pendentes
AIARE
REHC
RclDemais
SUPREMOEM AÇÃO
4.5 Proces sos por AssuntoA classificação dos processos por assunto é feita em diversos níveis hierárquicos, sendo o primeiro deles o ramo do direito.
Um mesmo processo pode ser classificado em mais de um ramo do direito, e ser incluído em mais de um assunto.
Do total de 102.227 processos autuados em 2017 no STF, 12.476 (12,2%) não tinham qualquer assunto classificado; 60.476 (59%) tratavam de matérias de direito administrativo e outras matérias de direito público; 31.605 (31%) a matérias de direito processual civil e do trabalho; 21.291 (21%) ao direito tributário; 19.705 (19%) de direito processual penal e 19.125 (19%), de direito civil (Figura 29). Entre os ramos mais frequentes destacam-se, também, direito previdenciário (17%); direito penal (10%); direito do trabalho (6%); e direito do consumidor (5%).
Figura 29: Processos novos por ramo do direito, em 2017
1 (0%)3 (0%)32 (0%)47 (0%)112 (0%)134 (0%)145 (0%)210 (0%)390 (0%)
5.563 (5%)5.827 (6%)
10.031 (10%)17.449 (17%)19.125 (19%)19.705 (19%)
21.291 (21%)31.606 (31%)
60.476 (59%)
Direito marítimoDireito eleitoral e processo eleitoral do STF
Registros públicosDireito eleitoral e processo eleitoral
Direito internacionalDireito processual penal militar
Direito da criança e do adolescenteDireito penal militar
Direito eleitoralDireito do consumidor
Direito do trabalhoDireito penal
Direito previdenciárioDireito civil
Direito processual penalDireito tributário
Direito processual civil e do trabalhoDireito administrativo e outras matérias de direito público
Considerando até o terceiro nível de classificação (Figura 30), o assunto que aparece com maior frequência está no ramo do direito processual civil e do trabalho (segundo ramo mais frequente), correspondendo à liquidação, cumprimento e execu-ção - obrigação de fazer/ não fazer (5,7% de incidência). Esse mesmo ramo é responsável, também, pelo quarto assunto mais frequente: execução de sentença - efeito suspensivo, impugnação, embargos à execução (3,3%); e pelo sétimo assunto mais incidente, multa (3,1%).
Matérias de direito civil ocupam a segunda e a terceira posições: obrigações - obrigações em espécies de contratos (3,8%) e inadimplemento (3,7%). No quinto assunto mais frequente, em matéria de direito processual penal, está a revogação de prisão preventiva (3,2%). E o sexto, no ramo do direito tributário, refere-se à suspensão de exigibilidade de crédito tributário (3,1%). Em direito administrativo e outras matérias de direito público, o assunto mais frequente é reajuste de remuneração, proventos ou pensão de servidor público, aparecendo em 2,9% dos processos protocolados em 2017. Nesse mesmo ramo, improbidade administrativa em atos administrativos consta em 2.033 processos (2%).
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 30: Processos novos pelos 15 assuntos mais frequentes
2.033 (2,0%)
2.101 (2,1%)
2.120 (2,1%)
2.335 (2,3%)
2.374 (2,3%)
2.507 (2,5%)
2.584 (2,5%)
2.969 (2,9%)
3.149 (3,1%)
3.207 (3,1%)
3.259 (3,2%)
3.394 (3,3%)
3.825 (3,7%)
3.900 (3,8%)
5.803 (5,7%)
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICOAtos Administrativos / Improbidade Administrativa
DIREITO PROCESSUAL PENALAção Penal / Nulidade
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICOServidor Público Civil / Reajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão / Índice da URV Lei 8.880/1994
DIREITO PROCESSUAL PENALLiberdade Provisória
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICOServidor Público Civil
DIREITO PENALParte Geral / Aplicação da Pena
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICOServidor Público Civil / Reajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de Sentença / Multa de 10%
DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito Tributário / Suspensão da Exigibilidade / Parcelamento
DIREITO PROCESSUAL PENALPrisão Preventiva / Revogação
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de Sentença / Efeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução
DIREITO CIVILObrigações / Inadimplemento
DIREITO CIVILObrigações / Espécies de Contratos
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução / Obrigação de Fazer / Não Fazer
SUPREMOEM AÇÃO
4.6 Justiça DigitalA tramitação eletrônica de processos foi iniciada no STF em 2007. Em 2012, essa forma de tramitação superou os processos
físicos. Em 2017, os processos eletrônicos corresponderam a 95,7% do total de casos novos registrados. Como consequência, a composição do estoque apresenta cada vez mais processos tramitando eletronicamente. Em 2009, apenas 4,8% do estoque era de processos eletrônicos, e, ao final de 2017, o estoque era constituído majoritariamente por processos eletrônicos: 88,2% do total (Figura 31).
Figura 31: Movimentação processual eletrônica e digital
61.775
1.957
62.033
12.771
44.767
18.862
30.135
43.355
22.591
49.506
22.389
57.640
24.639
68.923
8.369
81.604
4.376
97.851
0
25.000
50.000
75.000
100.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Eletrônico Físico
74.869
453
81.239
4.102
72.925
14.128
44.29329.788 30.847
41.407
29.288
61.221
29.297
66.606
14.648
71.364
7.448
107.905
0
30.000
60.000
90.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Eletrônico Físico
95.831
4.837
76.625
13.506
48.467
18.240
34.30931.807 26.053
39.906
19.154
36.325
14.496
38.642
8.217
48.883
5.145
38.828
25.000
50.000
75.000
100.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Eletrônico Físico
Processos Novos Processos Baixados
Processos Pendentes
Relatório Supremo em ação 2018
4.7 Maiores LitigantesConsiderando o total da demanda que o STF recebeu em 2017 (102.227 casos novos), o s dois maiores litigantes foram a
União e o INSS, tanto no polo ativo quanto no passivo.
Entre os maiores demandantes (polo ativo) figuram, além da União (com 6.354 ou 6,2% dos casos novos em 2017) e do INSS (3.847 processos - 3,8%), o Estado de São Paulo (com 3.434 processos - 3,4%) e o Banco do Brasil (1.785 processos - 1,7%).
Entre os maiores demandados (polo passivo) estão, além do INSS (com 6.964 ou 6,8% dos processos), e da União (5.976 - 5,8%), o Estado de São Paulo (com 3.852 processos - 3,8%) e o STJ (2.933 processos - 2,9%).
Figura 32: Dez maiores litigantes em 2017 - polo ativo
924 (0,9%)
956 (0,9%)
1.039 (1,0%)
1.190 (1,2%)
1.514 (1,5%)
1.620 (1,6%)
1.785 (1,7%)
3.434 (3,4%)
3.847 (3,8%)
6.354 (6,2%)
Município de São Paulo
Defensoria Pública da União
Ministério Público Federal
São Paulo previdência − SPPREV
Estado do Rio de Janeiro
Estado de Mato Grosso
Banco do Brasil s/a
Estado de São Paulo
Instituto nacional do seguro social − INSS
União
Figura 33: Dez maiores litigantes em 2017 - polo passivo
721 (0,7%)
760 (0,7%)
865 (0,8%)
1.631 (1,6%)
1.712 (1,7%)
2.059 (2,0%)
2.933 (2,9%)
3.852 (3,8%)
5.976 (5,8%)
6.964 (6,8%)
Estado de Minas Gerais
Ministério Público do Estado de Minas Gerais
Distrito Federal
Estado do Rio Grande do Sul
Ministério Público do Estado de São Paulo
Ministério Público Federal
Superior Tribunal de Justiça
Estado de São Paulo
União
Instituto Nacional do Seguro Social − INSS
SUPREMOEM AÇÃO
5. Processos por Competências Constitucionais
O Supremo Tribunal Federal foi instituído pela Constituição de 1988 como seu guardião. Essa atribuição é exercida pela via do controle concentrado de constitucionalidade.
Além disso, o texto constitucional confere ao Supremo Tribunal Federal a competência originária para o processamento e julgamento de diversas ações como, por exemplo, as questões criminais listadas nas alíneas b e c do inciso I do artigo 102 e as situações que envolvam interesses de Estados estrangeiros ou organismos internacionais, nas alíneas e e g do mesmo dispositivo citado.
O STF enfrenta questões de alta complexidade e relevância social, como o conflito entre os direitos à liberdade de expressão, criação artística e produção científica e o direito à intimidade (ADI n. 4.815/DF). Na condição de instância recursal, o STF trata das condições de possibilidade de o Poder Judiciário determinar prestações positivas ao Estado, especialmente na contratação de pessoal e realização de obras destinadas à efetividade do direito à saúde (RE n. 684.612 RG/RJ).
Esta seção apresenta dados da atuação do Supremo Tribunal Federal de acordo com suas competências constitucionais, agrupadas, a partir de suas classes processuais, conforme os seguintes critérios (Figura 34):
• Competências originárias: referem-se às classes processuais nas quais o STF atua como única e última instância de julgamento da matéria versada nos processos. Nessa categoria estão as ações de controle direto de constitucionalidade, as classes que se referem à matéria penal, os remédios constitucionais, e as demais ações de competência originária;
• Competências recursais: referem-se às classes processuais nas quais o STF atua como Corte de revisão de decisões proferidas por outras instâncias judiciais. Subdivide-se em Recursos Extraordinários e Recursos Ordinários.
Figura 34: Competências constitucionais do Supremo Tribunal Federal
STF
Controle Concentrado
ADC, ADI, ADO, ADPF
Recursos Extraordinários
AI, ARE, RE
Recursais
Matéria PenalAP, Inq, EP, RvC, Ext,
PPE
Remédios ConstitucionaisHC, HD, MI, MS,
Rcl
Recursos OrdináriosRMS, RHC, RHD, RMI
Originários
OutrosTodas as
demais classes
Relatório Supremo em ação 2018
5.1 Visão Geral por Competência ConstitucionalA Figura 35 apresenta os dados de movimentação processual (casos novos, baixados e pendentes) para cada grupo de
competência constitucional exercida pel o STF. Houve aumento da demanda em todas as competências, destacadamente no que se refere aos remédios constitucionais, com aumento de 50,6% em 2017 em relação ao último ano. Outras duas competên-cias que tiveram crescimento expressivo da demanda foram os recursos ordinários (aumento de 47,3% em 2017 com relação a 2016) e matéria penal (aumento de 35,1%).
Na competência que representa o maior volume processual, Recursos Extraordinários, o STF apresenta a maior taxa de resposta, tendo conseguido reduzir significativamente o estoque ao longo do tempo. Já na competência penal, a capacidade de resposta tem sido menor, com aumento do estoque. Em 2017 o STF decidiu 20,9% menos processos em matéria penal do que a demanda recebida nessa área. Nos recursos ordinários o estoque também aumentou em 2017, com capacidade de resposta 15,9% menor que a demanda.
O controle concentrado é a competência com a menor demanda processual e também a de maior acervo. Em 2017, o foram baixados 28,4% processos a menos que casos novos.
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 35: Série histórica da movimentação processual, por competência constitucional
85.499
66.678
52.696
72.93977.231
64.671
48.387
78.412
53.860
46.405
66.192
64.210
47.42561.264
62.284
39.802
77.590
69.967
37.967
83.148
81.313
41.637
73.497
77.166
27.575
97.652
83.591
40.000
60.000
80.000
100.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recursos Extraordinários
661
203250
750
193
282
910
261
421
1.139
370
599
1.469
782
1.112 1.1271.161
819
1.147
595
615
1.213
681
747
1.388
925
1.100
400
800
1.200
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recursos Ordinários
1.701
130227
1.738
138175
1.793
138193
1.910
91
208
2.045
92
227
1.957
220132
2.077
171
291
2.211
126
260
2.302
229320
0
500
1.000
1.500
2.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Controle Concentrado
9.066
6.799
8.959
10.969
6.422
8.325
11.666
6.9807.677
12.508
6.403
7.245
10.688
8.725
6.905
8.469
9.989
7.7708.288
9.5809.399
8.487
10.13110.330
9.619
14.426
15.558
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Remédios Constitucionais
433
146160
528
154
249
622
303
397
708
183
269
760
410
462
697
295
232
594
513
410
562
280
248
632
265335
200
400
600
800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Matéria Penal
3.308
1.3661.440
3.207
1.203
1.102
3.329
959
1.081
3.446
842
959
3.572
981
1.107
3.427
1.254
1.109
3.065
1.896
1.534
2.990
1.297
1.222
2.457
1.856
1.323
1.000
2.000
3.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
NovosBaixadosPendentes
Outros
Relatório Supremo em ação 2018
5.2 Taxa de Congestionamento, Índice de Atendimento à Demanda e Recorribilidade
Como já apresentado, os índices de desempenho do STF em 2017 apresentaram resultados positivos. A taxa de congestiona-mento total foi de 27,6% e o índice de aten dimento à demanda foi de 112,8%. Quando observados de acordo com a competência constitucional, contudo, esses indicadores variam.
A menor taxa de congestionamento foi verificada na competência recursal, referente aos recursos extraordinários. Nos pro-cessos classificados nessa competência há tendência de melhora na taxa ao longo de toda série histórica, caindo de 56,2% em 2009 para 22% em 2017. Nesse grupo está também o maior volume processual.
A segunda menor taxa foi observada nos remédios constitucionais. A série histórica da taxa de congestionamento nessa competência apresenta elevação entre 2009 e 2012, e a partir de 2013 começa a decrescer, atingindo 40% em 2017.
A taxa mais alta de congestionamento ao longo de toda a série está na competência de controle concentrado de constitu-cionalidade (ADI, ADC, ADO e ADPF). À exceção do ano de 2014, a taxa mostra-se estável em níveis superiores a 90%, tendo atingido 91% em 2017.
Há que se considerar que o julgamento das ações de controle concentrado de constitucionalidade implica maior tempo, dadas as características das questões discutidas nesses processos, que, não raro, ensejam providências para abertura dos debates constitucionais à comunidade, com a realização de audiências públicas, intervenção de amici curiae, etc. Assim, é esperado um maior represamento desses processos.
Nas ações que lidam especificamente com matéria penal, a variação da taxa de congestionamento ocorreu de maneira mais acentuada. A série histórica mostra que o menor represamento ocorreu no ano de 2015 (53,7%), seguido de alta no indicador em 2016 (66,7%), atingindo 70,5% em 2017. Os recursos ordinários também apresentam grande variação, sendo que o maior represamento de processos se deu em 2010 (79,5% de congestionamento) e o menor em 2014 (49,3%). Em 2017 a taxa de congestionamento nos recursos ordinários ficou em 60%.
O índice de atendimento à demanda só esteve acima de 100% em todas as competências constitucionais em 2014 - ou seja, a quantidade de processos baixados foi superior à de processos novos em todas as competências constitucionais apenas nesse ano. No caso dos recursos ordinários e do controle concentrado, somente em 2014 o IAD ficou acima de 100%, estando abaixo desse patamar em todos os demais anos da série histórica.
No caso dos recursos extraordinários, apenas nos anos de 2013 e 2016 o IAD ficou abaixo de 100%, sendo que em 2017 ele voltou a superara 100%, baixando 16,8% a mais que a demanda. No que se refere aos remédios constitucionais, o índice de atendimento à demanda esteve abaixo de 100% até 2012; entre 2013 e 2015 permaneceu acima desse percentual, voltando a cair em 2016, ficando em 92,7% em 2017.
Em matéria penal, o IAD esteve abaixo de 100% até 2013, acima desse valor entre 2014 e 2016, voltando a decrescer em 2017, quando reduziu para 79,1%.
A recorribilidade do Supremo, que na média geral é de 12,4%, também varia de acordo com a competência constitucional. A menor quantidade de recursos internos interpostos comparativamente ao número de decisões proferidas está nos recursos extraordinários, com 11,5% de recorribilidade, e o ano de 2017 apresentando menor valor da série histórica. O pico ocorreu em 2015, quando atingiu 18,1%.
No grupo denominado “outros” estão os maiores percentuais de recursos interpostos, influenciado predominantemente pelos Mandados de Segurança que em 2017 obteve índice de 37,4% e chegando a 58,5% em 2011. O segundo maior índice de recorri-bilidade está entre os recursos ordinários e que, entre 2014 e 2016, permaneceu estagnado em 20%, com redução 17,4% no ano de 2017. Esse grupo é impactado pelos valores dos Recursos em Habeas Corpus, classe que registra 22,2% de recorribilidade.
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 36: Série histórica dos indicadores por competência constitucional
17,2%
126,5%
56,2%
12,6%
119,4%
48,6%
13,1%
145,6%
38,2%
14,7%
103,1%
41,2%
16,4%
98,4%
43,6%
14,5%
110,9%
33,9%
18,1%
102,3%
31,3%
15,0%
95,2%
36,2%
11,5%
116,8%
22,0%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recursos Extraordinários
25,0%
81,2%76,5%
12,9%
68,4%
79,5%
9,9%
62,0%
77,7%
15,1%
61,8%
75,5%
12,6%
70,3%65,3%
20,7%
141,8%
49,3%
21,0%
96,7%
65,8%
21,0%
91,2%
64,0%
17,4%
84,1%60,0%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recursos Ordinários
20,9%
57,3%
92,9%
12,5%
78,9%92,6%
20,2%
71,5%92,9%
13,0%
43,8%
95,5%
7,8%
40,5%
95,7%
11,2%
166,7%
89,9%
16,4%
58,8%
92,4%
15,7%
48,5%
94,6%
17,8%
71,6%91,0%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Controle Concentrado
10,6%
75,9%57,1%
16,0%
77,1%
63,1%
15,8%
90,9%
62,6%
12,7%
88,4%66,1%
16,9%
126,4%
55,1%
17,7%
128,6%
45,9%
17,4%
101,9%
46,4%
16,2%
98,1%
45,6%
14,2%
92,7%
40,0%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Remédios Constitucionais
13,1%
91,2%
74,8%
8,1%
61,8%
77,4%
7,1%
76,3%67,2%
8,4%
68,0%
79,5%
17,2%
88,7%
65,0%
16,3%
127,2%
70,3%
13,5%
125,1%
53,7%14,3%
112,9%
66,7%
14,6%
79,1%
70,5%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa de congestionamentoÍndice de atendimento a demandaTaxa de Recorribilidade
Matéria Penal
28,4%
94,9%70,8%
25,1%
109,2%
72,7%
29,9%
88,7%
77,6%
26,0%
87,8%80,4%
29,2%
88,6%
78,5%36,8%
113,1%
73,2%
34,2%
123,6%
61,8%
26,3%
106,1%69,7%
25,0%
140,3%
57,0%
0 %
50 %
100 %
150 %
200 %
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Outros
Relatório Supremo em ação 2018
5.3 Origem dos ProcessosConsiderando os processos protocolados no STF entre os anos de 2013 e 2017, verifica-se que as regiões que mais deman-
daram o STF, em números absolutos, foram o Sudeste e o Centro-Oeste (representado pelo Distrito Federal), com destaque para o Estado de São Paulo, no que se refere aos recursos extraordinários e aos remédios constitucionais. Por ser o Recurso Extraordinário a classe de maior volume processual, o Estado de São Paulo é a unidade da federação com maior quantidade de processos protocolados no STF, seguido pelo Rio Grande do Sul, pelo Distrito Federal, pelo Rio de Janeiro e por Minas Gerais (Tabela 4).
Em matéria penal e no que se refere aos recursos ordinários e ao controle concentrado, o Distrito Federal é responsável pela maior demanda. As demais classes processuais em conjunto também têm maior representatividade de demanda localizada no Distrito Federal.
Tabela 4: Processos novos segundo as classes processuais, período 2013-2017
Unidade da Federação
Recursos Extraordinários
Recursos Ordinários
Remédios Constitucionais
Matéria Penal
Controle Concentrado Outros Total
SP 30.011 (35.9%) 160 (14.5%) 7.093 (45.6%) 19 (6%) 8 (2.5%) 115 (8.8%) 37.406 (36.6%)RS 8.216 (9.8%) 21 (1.9%) 720 (4.6%) 4 (1.3%) 3 (0.9%) 32 (2.5%) 8.996 (8.8%)DF 6.991 (8.4%) 544 (49.5%) 2.509 (16.1%) 214 (67.1%) 164 (51.2%) 667 (51.2%) 11.089 (10.9%)RJ 6.474 (7.7%) 36 (3.3%) 790 (5.1%) 9 (2.8%) 16 (5%) 67 (5.1%) 7.392 (7.2%)MG 6.025 (7.2%) 57 (5.2%) 1.100 (7.1%) 4 (1.3%) 12 (3.8%) 35 (2.7%) 7.233 (7.1%)SC 4.341 (5.2%) 87 (7.9%) 484 (3.1%) 5 (1.6%) 15 (4.7%) 10 (0.8%) 4.942 (4.8%)PR 3.722 (4.5%) 23 (2.1%) 582 (3.7%) 7 (2.2%) 7 (2.2%) 66 (5.1%) 4.407 (4.3%)BA 3.365 (4%) 14 (1.3%) 269 (1.7%) 4 (1.3%) 6 (1.9%) 31 (2.4%) 3.689 (3.6%)PE 2.660 (3.2%) 17 (1.5%) 207 (1.3%) 5 (1.6%) 3 (0.9%) 9 (0.7%) 2.901 (2.8%)MT 1.674 (2%) 9 (0.8%) 154 (1%) 4 (1.3%) 8 (2.5%) 12 (0.9%) 1.861 (1.8%)CE 1.428 (1.7%) 8 (0.7%) 277 (1.8%) 3 (0.9%) 11 (3.4%) 12 (0.9%) 1.739 (1.7%)GO 1.068 (1.3%) 5 (0.5%) 178 (1.1%) 6 (1.9%) 4 (1.2%) 30 (2.3%) 1.291 (1.3%)SE 966 (1.2%) 1 (0.1%) 86 (0.6%) 0 (0%) 2 (0.6%) 4 (0.3%) 1.059 (1%)RN 941 (1.1%) 4 (0.4%) 64 (0.4%) 5 (1.6%) 4 (1.2%) 15 (1.2%) 1.033 (1%)PB 929 (1.1%) 6 (0.5%) 132 (0.8%) 0 (0%) 5 (1.6%) 17 (1.3%) 1.089 (1.1%)ES 921 (1.1%) 27 (2.5%) 150 (1%) 2 (0.6%) 9 (2.8%) 6 (0.5%) 1.115 (1.1%)MS 695 (0.8%) 52 (4.7%) 168 (1.1%) 10 (3.1%) 3 (0.9%) 11 (0.8%) 939 (0.9%)MA 648 (0.8%) 1 (0.1%) 60 (0.4%) 2 (0.6%) 2 (0.6%) 9 (0.7%) 722 (0.7%)AL 637 (0.8%) 3 (0.3%) 54 (0.3%) 0 (0%) 1 (0.3%) 11 (0.8%) 706 (0.7%)AM 474 (0.6%) 7 (0.6%) 73 (0.5%) 5 (1.6%) 10 (3.1%) 85 (6.5%) 654 (0.6%)PI 284 (0.3%) 1 (0.1%) 72 (0.5%) 1 (0.3%) 3 (0.9%) 23 (1.8%) 384 (0.4%)
RO 267 (0.3%) 4 (0.4%) 79 (0.5%) 0 (0%) 4 (1.2%) 4 (0.3%) 358 (0.4%)PA 245 (0.3%) 5 (0.5%) 109 (0.7%) 0 (0%) 5 (1.6%) 10 (0.8%) 374 (0.4%)AC 201 (0.2%) 0 (0%) 35 (0.2%) 3 (0.9%) 1 (0.3%) 6 (0.5%) 246 (0.2%)TO 179 (0.2%) 2 (0.2%) 51 (0.3%) 1 (0.3%) 1 (0.3%) 4 (0.3%) 238 (0.2%)AP 149 (0.2%) 4 (0.4%) 37 (0.2%) 6 (1.9%) 8 (2.5%) 10 (0.8%) 214 (0.2%)RR 77 (0.1%) 2 (0.2%) 14 (0.1%) 0 (0%) 5 (1.6%) 1 (0.1%) 99 (0.1%)
Total 83.591 (100%) 1.100 (100%) 15.558 (100%) (100%) 320 (100%) 1.323 (100%) 102.227 (100%)
SUPREMOEM AÇÃO
6. Tempo de Tramitação ProcessualEsta seção tem por objetivo apurar o tempo de duração dos processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, con-
siderando a diferença entre a data da baixa e a data de autuação do processo. Para o caso dos processos não solucionados (pendentes), computa-se o período entre a autuação e data-base de cálculo de 31 de dezembro de 2017.
Foram considerados 825.801 processos que tramitaram no Supremo Tribunal Federal no período de 2009 a 2017, dos quais 781.828 (94,7%) foram baixados e 43.973 (5,3%) permaneciam pendentes no final do ano de 2017.
A Figura 37 mostra os tempos médios de tramitação processual. A média de duração dos processos pendentes permaneceu relativamente estável ao longo do tempo, variando entre 2 anos e 2 meses (em 2016), e 2 anos e 7 meses (em 2011). Em 2017, os processos pendentes aguardavam no acervo do STF há 2 anos e 4 meses, em média. Já com relação aos processos baixa-dos, nota-se tendência de redução de sua duração média ao longo do tempo. Em 2017, os processos solucionados duraram 7 meses, em média, sendo que entre 2009 e 2011, a duração média chegava ao dobro do observado em 2017.
Figura 37: Série histórica do tempo médio de tramitação processual no STF (baixados e pendentes)
2a3m
1a6m
2a3m
1a4m
2a7m
1a3m
2a5m
1a
2a4m
1a
2a6m
10m
2a4m
8m
2a2m
8m
2a4m
7m
1,0
1,5
2,0
2,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017BaixadosPendentes
É relevante contrastar os valores médios com os valores medianos, visto que a média é fortemente influenciada por casos extremos. O tempo médio de tramitação dos baixados em 2017 foi de 7 meses, enquanto o tempo mediano foi de 2 meses. Isso significa dizer que 50% dos processos baixados foram solucionados em menos de 2 meses. O mesmo se aplica ao tempo do acervo. Enquanto o tempo médio do processo pendente é de 2 anos e 4 meses, o tempo mediano é de 7 meses, ou seja, metade dos processos compõe o acervo do STF há apenas 7 meses.
Ademais, entre os processos baixados em 2017, 86,7% duraram menos de um ano e 7% duraram de um a dois anos. Foram baixados 621 processos com mais de dez anos de duração, correspondendo a 0,5% dos casos solucionados. Por outro lado, ainda existem no acervo 2.919 processos tramitando há pelo menos uma década, correspondendo a 6,7% dos casos pendentes (Figura 38)6.
6 O detalhamento desses processos pode ser observado no aplicativo Supremo em Ação, que permite fazer o download de todos os processos em tramitação na Corte, com a identificação de todos os processos que tramitam há pelo menos uma década.
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 38: Tempo dos processos administrativos que tramitaram no STF em 2017
25.774 (58,6%)100.063 (86,7%)
4.940 (11,2%)8.062 (7,0%)
2.986 (6,8%)2.712 (2,4%)
1.540 (3,5%)1.154 (1,0%)
1.359 (3,1%)725 (0,6%)
1.030 (2,3%)496 (0,4%)
892 (2,0%)509 (0,4%)
1.037 (2,4%)373 (0,3%)
838 (1,9%)358 (0,3%)
658 (1,5%)280 (0,2%)
2.734 (6,2%)595 (0,5%)
161 (0,4%)22 (0,0%)
24 (0,1%)4 (0,0%)
0 |−− 1 ano
1 |−− 2 anos
2 |−− 3 anos
3 |−− 4 anos
4 |−− 5 anos
5 |−− 6 anos
6 |−− 7 anos
7 |−− 8 anos
8 |−− 9 anos
9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos
20 |−− 30 anos
30 anos |−−
Intervalos de tempo
Baixados 2017 Pendentes 2017
6.1 Tempo de Tramitação por Competência ConstitucionalDos 2.919 process os do acervo com tempo igual ou superior a uma década, 1.597 (54,7%) são recursos extraordinários e
727 (24,9%) são de controle concentrado. Ainda assim, os recursos extraordinários correspondem ao grupo de classes com menor tempo de duração, quando comparados com as outras competências constitucionais. Nos nove anos analisados, de 2009 a 2017, tais processos foram os mais céleres, sendo solucionados, em média, num intervalo de 6 meses, com os pendentes tramitando, em média, há 1 ano e 11 meses (Figura 40).
Os processos mais demorados são os de controle concentrado, levando, em média, 7 anos e 11 meses para serem resolvidos. Os processos do acervo que tratam sobre controle concentrado tramitam no STF há 7 anos e 7 meses, em média.
SUPREMOEM AÇÃO
Figura 39: Tempo dos processos administrativos que tramitaram no STF em 2017, por competência
17.855 (64,8%)86.553 (88,6%)2.696 (9,8%)6.461 (6,6%)1.744 (6,3%)1.898 (1,9%)797 (2,9%)707 (0,7%)644 (2,3%)455 (0,5%)502 (1,8%)248 (0,3%)438 (1,6%)322 (0,3%)476 (1,7%)227 (0,2%)420 (1,5%)224 (0,2%)406 (1,5%)188 (0,2%)1.557 (5,6%)362 (0,4%)29 (0,1%)5 (0,0%)11 (0,0%)2 (0,0%)
0 |−− 1 ano1 |−− 2 anos2 |−− 3 anos3 |−− 4 anos4 |−− 5 anos 5 |−− 6 anos6 |−− 7 anos7 |−− 8 anos8 |−− 9 anos9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos20 |−− 30 anos
30 anos |−− Intervalos de tempo Intervalos de tempo
Intervalos de tempo Intervalos de tempo
Intervalos de tempo Intervalos de tempo
Recursos Extraordinários
635 (45,7%)632 (68,3%)
241 (17,4%)127 (13,7%)
128 (9,2%)57 (6,2%)
126 (9,1%)35 (3,8%)
101 (7,3%)26 (2,8%)
50 (3,6%)11 (1,2%)
24 (1,7%)5 (0,5%)
16 (1,2%)12 (1,3%)
17 (1,2%)8 (0,9%)
23 (1,7%)2 (0,2%)
27 (1,9%)10 (1,1%)
0 |−− 1 ano
1 |−− 2 anos
2 |−− 3 anos
3 |−− 4 anos
4 |−− 5 anos
5 |−− 6 anos
6 |−− 7 anos
7 |−− 8 anos
8 |−− 9 anos
9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos
Recursos Ordinários
305 (13,2%)29 (12,7%)217 (9,4%)21 (9,2%)231 (10,0%)20 (8,7%)
89 (3,9%)7 (3,1%)169 (7,3%)15 (6,6%)
131 (5,7%)29 (12,7%)107 (4,6%)14 (6,1%)100 (4,3%)5 (2,2%)125 (5,4%)2 (0,9%)
101 (4,4%)9 (3,9%)618 (26,8%)64 (27,9%)
109 (4,7%)14 (6,1%)
0 |−− 1 ano1 |−− 2 anos2 |−− 3 anos3 |−− 4 anos4 |−− 5 anos 5 |−− 6 anos6 |−− 7 anos7 |−− 8 anos8 |−− 9 anos9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos20 |−− 30 anos
Controle Concentrado
6.135 (63,8%)11.689 (81,0%)1.343 (14,0%)1.223 (8,5%)
436 (4,5%)609 (4,2%)348 (3,6%)305 (2,1%)257 (2,7%)156 (1,1%)228 (2,4%)142 (1,0%)190 (2,0%)123 (0,9%)341 (3,5%)77 (0,5%)167 (1,7%)39 (0,3%)44 (0,5%)18 (0,1%)129 (1,3%)45 (0,3%)1 (0,0%)
0 |−− 1 ano1 |−− 2 anos2 |−− 3 anos3 |−− 4 anos4 |−− 5 anos 5 |−− 6 anos6 |−− 7 anos7 |−− 8 anos8 |−− 9 anos9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos20 |−− 30 anos
30 anos |−−
Remédios Constitucionais
244 (38,6%)137 (51,7%)98 (15,5%)56 (21,1%)
138 (21,8%)31 (11,7%)27 (4,3%)14 (5,3%)
49 (7,8%)10 (3,8%)16 (2,5%)8 (3,0%)31 (4,9%)7 (2,6%)
12 (1,9%)5 (0,8%)1 (0,4%)3 (0,5%)
9 (1,4%)1 (0,4%)
0 |−− 1 ano1 |−− 2 anos2 |−− 3 anos3 |−− 4 anos4 |−− 5 anos 5 |−− 6 anos6 |−− 7 anos7 |−− 8 anos8 |−− 9 anos9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos
Baixados 2017Pendentes 2017
Matéria Penal
600 (24,4%)1.023 (55,1%)345 (14,0%)174 (9,4%)309 (12,6%)97 (5,2%)
153 (6,2%)86 (4,6%)139 (5,7%)63 (3,4%)103 (4,2%)58 (3,1%)102 (4,2%)38 (2,0%)92 (3,7%)52 (2,8%)104 (4,2%)84 (4,5%)81 (3,3%)63 (3,4%)
394 (16,0%)113 (6,1%)22 (0,9%)3 (0,2%)13 (0,5%)2 (0,1%)
0 |−− 1 ano1 |−− 2 anos2 |−− 3 anos3 |−− 4 anos4 |−− 5 anos 5 |−− 6 anos6 |−− 7 anos7 |−− 8 anos8 |−− 9 anos9 |−− 10 anos
10 |−− 20 anos20 |−− 30 anos
30 anos |−−
Outros
Relatório Supremo em ação 2018
Figura 40: Série histórica do tempo médio de tramitação processual no STF (baixados e pendentes), por competência
2a2m
1a6m
2a2m
1a4m
2a7m
1a3m
2a3m
1a
2a
10m
2a1m
8m
1a10m
7m
1a8m
7m
1a11m
6m0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
3a1m2a9m
2a11m2a8m 2a6m
2a10m2a4m
1a7m 1a6m
2a3m
1a3m
2a5m
1a4m
2a4m
1a9m
2a2m
1a2m0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
6a4m
4a9m
6a8m
5a10m
7a
6a5m
7a3m
6a6m
7a5m
6a8m
7a8m
10a
7a7m7a1m
7a8m7a7m 7a7m
7a11m
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1a7m
9m
1a8m
11m
1a10m
1a1m
2a1m
1a2m
2a4m
1a6m
2a4m
1a5m
2a3m
11m
2a
1a
1a7m
8m0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2a1m2a2m 2a1m
1a9m 1a8m2a 2a1m
1a5m
2a1m
1a6m
2a6m
2a1m 1a11m2a3m 2a3m
1a8m
2a4m
1a6m0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
3a4m
1a11m
3a9m
1a9m
4a1m
1a10m
4a5m2a1m
4a6m
2a7m
4a9m2a7m
4a11m
2a4m
4a11m2a9m
4a11m
2a10m
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2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
0,0
2,5
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12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1a11m
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
7a8m
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20170,0
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5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
BaixadosPendentes
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recursos Extraordinários Recursos Ordinários
Controle Concentrado Remédios Constitucionais
Matéria Penal Outros
SUPREMOEM AÇÃO
7. Repercussão GeralA repercussão geral foi regulamentada pelo Código de Processo Civil e Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal há
11 anos. Neste período, questões de relevância econômica, política, social ou jurídica foram julgadas. É o caso, por exemplo, da ação em que o STF fixou os requisitos em investigações penais do Ministério Público (RE 593727/MG) e da determinação sobre a execução provisória da pena após condenação em segunda instância e antes do transitado em julgado (ARE 964246/SP). Os julgamentos dos temas, além de relevantes para a realidade constitucional brasileira, causam reflexos diretos no descongestio-namento dos órgãos judiciais de instâncias inferiores, que sobrestam seus processos até que o mérito das questões seja julgado.
Será apresentado um panorama geral do funcionamento do requisito de admissibilidade dos Recursos Extraordinários no Supremo, com o número de temas já criados; os julgados e pendentes de apreciação; aqueles que tiveram a repercussão geral reconhecida e os que foram recusados.
Além disso, apresentam-se gráficos que correlacionam os temas com o número de processos sobrestados nos tribunais, e os com mais julgamentos desde setembro de 2016, data em que o Banco Nacional de Demandas Repetitivas e Precedentes Obrigatórios entrou em vigor no Conselho Nacional de Justiça7.
7.1 Temas de Repercussão GeralDesde a regulamentação do instituto até 31 de julho de 2018, o Supremo Tribunal Federal apreciou a repercussão geral de
1.004 tem as dos quais 676 (67,3%) tiveram a repercussão geral da matéria reconhecida. De todos os temas reconhecidos, 367 já tiveram o mérito julgado e 340 permanecem pendentes8.
É importante destacar que dos 367 temas julgados, em 104 ocasiões (28,3%) o STF reconheceu a repercussão geral da matéria para reafirmar, no mérito, a jurisprudência já assentada pela Corte em precedentes anteriores. Os demais 263 casos (71,7%) referem-se ao julgamento de novos temas.
É importante assinalar que o Supremo Tribunal Federal negou a existência de repercussão geral em outros 319 casos, repu-tando a matéria como infraconstitucional em 277 oportunidades e como irrelevante em outras 42 situações.
Figura 41: Percentual de processos de repercussão geral, entre temas reconhecidos ou não
Repercussão Reconhecida 676 (67,3%)
319 (31,8%)
Temas em Análise 3 (0,3%)
Temas Cancelados 6 (0,6%)
Repercussão Negada
Mérito Julgado 367 (51,9%)
Mérito Pendente 340 (48,1%)
7 O banco de dados foi instituído pela Resolução CNJ 235/2016.8 Informações obtidas no portal do Supremo Tribunal Federal, http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaRepercussaoGeral&pagina=listas_rg.
Figura 42: Situação dos processos com repercussão reconhecida
Em 2017 foram julgados 101 casos de repercussão geral, sendo 63 (62,4%) em exame da preliminar, dos quais em 30 (47,6%) se decidiu pela rejeição e em 33 (54,4%), pela existência da repercussão. A Figura 43 demonstra a série histórica dos
Relatório Supremo em ação 2018
julgamentos feitos pelo Supremo. Embora nos anos de 2013 a 2017 o número de temas com mérito julgado tenha crescido comparativamente ao período de 2007 a 2012, o ritmo de julgamento de 37 processos ao ano (média 2013-2017) é ainda pequeno, frente aos 340 temas pendentes.
Figura 43: Série histórica das decisões em repercussão geral
2615
25
114
25
84
19
110
21
155
7
93
37
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160
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Exame da Preliminar de Repercussão Geral Julgamento de Mérito
7.2 Temas de Repercussão Geral e Processos SobrestadosUm dos reflexos mais sensíveis para o sistema processual brasileiro da criação de um tema de repercussão geral no Supremo
Tribunal Federal é a possibilidade de sobrestamento de outros processos em instâncias inferiores, nos quais a mesma questão é discutida até que haja pronunciamento final do STF acerca da matéria9.
Após 11 anos de efetiva regulamentação, os temas de repercussão geral, julgados ou pendentes, acabam exercendo uma influência na quantidade de processos que se encontram paralisados nos tribunais inferiores aguardando a fixação da tese constitucional a ser adotada para todos eles.
Essa relação existente entre temas de repercussão geral e processos sobrestados nos diversos Tribunais é apresentada abaixo (Figura 44). Foram destacados os cinco principais temas de repercussão geral por tribunal, em quantitativo de sobrestamento, razão pela qual nem todos os temas aparecem na figura. Nas bolas amarelas estão os temas pendentes e nas bolas verdes, os temas com mérito julgado. Os gráficos em rede podem ser melhor visualizados pelo Qr-code disponível ao lado das figuras.
Em vários casos há processos ainda sobrestados em matéria já decidida pelo Supremo, como é o caso do tema 810. Os temas que ocupam o centro da rede são os que agregam maior número de processos sobrestados numa multiplicidade de tribunais. Dentre eles podemos citar os temas 264, 265, 284, 285 e 810.
O tema 810 refere-se a critérios de incidência de juros e correção monetária sobre condenações sofridas pela Fazenda Pública e os outros quatro (264, 265, 284 e 285) têm por objeto a discussão acerca de diferenças de correção de saldos de poupança decorrentes de expurgos inflacionários oriundos dos planos econômicos do final da década de 1980 e início da década de 1990. A competência para processamento das ações nas quais esses temas são discutidos se divide entre as Justiças Estadual e Federal conforme a Fazenda Pública envolvida ou a natureza jurídica da instituição bancária que integra a relação jurídica processual. A diferença entre eles é que, o tema 810 teve o mérito julgado e, os demais, são objeto de um acordo homologado pelo Plenário do STF em março de 2018, cuja adesão depende do interesse dos poupadores.
Os temas que ocupam a periferia da teia referem-se a questões que possuem um impacto relevante no número de sobres-tados, porém ele se faz sentir de maneira mais clara em determinados ramos de Justiça. É o que ocorre quando se tem em foco o tema 503, por exemplo, que por versar sobre questões relativas ao regime de aposentadoria e, portanto, envolver o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), constitui uma rede própria, exclusiva dos cinco tribunais regionais federais. Outro exemplo é o tema 246, que cuida da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas devidos por empresas prestadoras de serviço que impacta os sobrestados de forma quase exclusiva em tribunais regionais do trabalho.9 Código de Processo Civil, Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. (…) § 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do pro-cessamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
SUPREMOEM AÇÃO
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Relatório Supremo em ação 2018
Em números absolutos, a Figura 45 apresenta os 10 temas com o maior número de sobrestados no Poder Judiciário brasileiro:
Figura 45: Dez temas com maior quantidade de processos sobrestadosTema 264: Expurgos inflacionários e Planos econômicos
Tema 265: Correção monetária, expurgos inflacionários e Planos econômicos
Tema 285: Expurgos inflacionários e Plano Collor II
Tema 810: Juros e correção monetária de condenações contra a Fazenda Pública
Tema 503: Desaposentação e conversão da aposentadoria
Tema 246: Terceirização de mão de obra e Administração Pública
Tema 284: Expurgos inflacionários e Plano Collor I
Tema 163: Verbas trabalhistas e incidência de contribuição previdenciária
Tema 6: Fornecimento de medicamento e dever do Estado
Tema 96: Verbas trabalhistas e incidência de contribuição previdenciária 25.244
30.326
50.889
64.010
71.399
104.361
106.821
118.731
215.593
376.518
A Figura 46 apresenta os temas com o maior número de processos julgados por tribunal, em razão da aplicação da tese firmada pelo Supremo.
Muito embora o dado aqui apresentado seja diferente do constante da figura anterior, a lógica que orienta a leitura da rede é a mesma. Ao centro, temas com maior número de processos julgados nos tribunais.
Os temas 503 e 810, que aparecem em destaque na Figura 44 entre os com maior número de sobrestados, também ocupam posição central na Figura 46, mostrando que muitos tribunais estão aplicando a tese firmada nos processos judiciais. Fenômeno análogo ocorre na justiça do trabalho, com o tema 246.
SUPREMOEM AÇÃO
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Relatório Supremo em ação 2018
A Figura 47 mostra aqueles temas que tiveram maior impacto em termos de julgamento de processos sobrestados desde setembro de 2016.
Figura 47: Dez temas de maior impacto em virtude de julgamento de mérito
1.614
1.715
2.951
3.460
4.246
5.219
5.574
6.355
6.397
16.712Tema 246: Terceirização de mão de obra e Administração Pública
Tema 5: Compensação de 11,98% e conversão da URV
Tema 660: Devido Processo legal e aplicação da legislação infraconstitucional
Tema 810: Juros e correção monetária de condenações contra a Fazenda Pública
Tema 848: Ação Civil Pública e limites da coisa julgada
Tema 96: Verbas trabalhistas e incidência de contribuição previdenciária
Tema 503: Desaposentação e conversão da aposentadoriaTema 339: Obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais
Tema 152: Renúncia genérica e PDVTema 715: Limites territoriais da eficácia de decisão prolatada em ação coletiva
SUPREMOEM AÇÃO
8. Considerações FinaisA segunda edição do relatório Supremo em Ação apresenta informações acerca de recursos humanos, despesas, receitas
e litigiosidade considerando os últimos nove anos, entre 2009 e 2017.
O ano de 2017 no Supremo Tribunal Federal foi marcado pelo de maior demanda, maior produtividade e menor acervo da série histórica, de 2009 a 2017. Foram 102 mil casos novos protocolados, registrando aumento de 14% em relação ao ano anterior e crescimento acumulado de 60% quando considerada toda a série histórica. Embora a procura pelos serviços de justiça no STF tenha crescido, o acervo diminuiu – decorrência do aumento dos índices de produtividade. No último ano foram baixados 115 mil processos, incremento de 34% em um ano, alcançando acervo de 44 mil processos, que, além de ser o menor da série histórica, equivale a menos da metade da quantidade de casos pendentes existente em 2009.
O Tribunal é composto por 1.580 pessoas, sendo 11 Ministros (0,7%), 19 Juízes Auxiliares (1,2%), 115 Assessores (7,3%), 534 servidores lotados na área judiciária (33,8%), 575 na área administrativa (36,4%), além de 326 estagiários (20,6%). Houve aumento no número de cargos vagos, que passou de 51 para 68 entre os anos de 2016 e 2017 e que representam 6% dos cargos efetivos existentes. De outro lado, houve redução no número de servidores que foram cedidos para outros órgãos públicos (de 71 para 66), e aumento do quantitativo que foi cedido ou requisitado para trabalhar no STF (de 70 para 78). Tais movimentos fizeram com que a força de trabalho total permanecesse relativamente constante.
Assim como ocorre nos demais órgãos do Poder Judiciário, a maior parte das despesas do STF é destinada ao pagamento de recursos humanos – subsídios, remunerações, encargos, pagamento de estagiários, benefícios e outras despesas de caráter indenizatório, tais como diárias, passagens e auxílio-moradia. Dos R$ 617,6 milhões gastos em 2017, R$ 544,6 milhões eram referentes a recursos humanos, ou seja, 88,2% do total. As despesas do Supremo têm se mantido estáveis desde 2011, com algumas oscilações na série histórica.
A litigiosidade por classe revela que os processos recursais são maioria no STF. Os recursos extraordinários (AI, ARE e RE) correspondem a 81,8% da demanda, 84,7% dos baixados e a 62,7% do acervo. Ou seja, são os casos mais recorrentes e também os mais céleres – possuem taxa de congestionamento de 11,5%, enquanto o índice global do STF é de 27,6%, ou seja, de 100 processos existentes, 72 foram solucionados.
A taxa de congestionamento do Supremo apresenta queda e, pela primeira vez na série histórica, ficou abaixo do patamar de 30%. O índice de atendimento à demanda foi de 112,8%, indicando um aumento de 17,2 pontos percentuais, em comparação com 2016 e 2017.
Em nove anos quase 1 milhão de decisões foram proferidas, entre terminativas e não terminativas. No ano de 2017, 105 mil decisões foram terminativas (83,3%) e 21 mil não terminativas (16,7%). Em dois anos seguidos houve aumento no número de decisões terminativas e redução entre as não-terminativas. A maioria das decisões terminativas é proferida monocraticamente – 98,8%, mas entre as não-terminativas, ao contrário, a maioria é julgada em plenário – 56,7%.
A informatização no Tribunal vem em constante avanço. Em 2017, 96,7% dos casos novos já foram protocolizados eletroni-camente e ao final do ano apenas 11,7% do acervo ainda tramitava em papel.
A demanda é predominantemente oriunda da União e do INSS, sendo que no polo ativo a União representa 6,2% e o INSS 3,8%. No polo passivo, a ordem inverte: o INSS detém 6,8% dos novos processos e a União 5,8%.
Em três dos dez principais assuntos aparecem matérias em fase de liquidação/execução. Obrigações e questões de ina-dimplência em contratos figuram entre o segundo e terceiro assuntos mais frequentemente demandados, respectivamente.
Na avaliação por competências constitucional observa-se que apenas entre os recursos extraordinários houve redução do acervo. Nos demais grupos, ao contrário, os casos pendentes aumentaram. Nos recursos ordinários houve crescimento de 14,4%, nos remédios constitucionais; de 13,3%, matérias penais; 12,5% e no controle concentrado de 4,1%. Os processos mais morosos são os relativos aos de controle concentrado (taxa de congestionamento de 91% e duração média dos processos baixados de 7 anos e 7 meses), enquanto os mais céleres, são os recursos extraordinários (taxa de congestionamento de 11,5% e duração média dos processos baixados de 6 meses).
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No último ano, a média de duração dos processos solucionados apresentou redução de 8 para 7 meses, mas, em contra-partida, o tempo do acervo aumentou de 2 anos e 2 meses para 2 anos e 4 meses. Isso significa que, no geral, mais processos envelheceram e casos mais recentes foram julgados.
Em relação aos temas de repercussão geral, o STF já apreciou 1.004 temas dos quais 676 tiveram a repercussão geral da matéria reconhecida, sendo que, dos temas reconhecidos, 367 tiveram o mérito julgado e 340 permanecem pendentes. Os temas com maior quantitativo de processos sobrestados a eles vinculados são: 264, 265 e 285. Eles tratam de correção mone-tária, expurgos inflacionários e planos econômicos implementados nos anos de 1980 e 1990. Já os temas com maior número de julgamentos com aplicação da tese firmada pelo Supremo, são os de número 246, 5. Eles se referem à terceirização de mão de obra e Administração Pública; compensação de 11,98% e conversão da Unidade Real de Valor – URV, respectivamente.
A segunda edição do Supremo em Ação busca dar transparência aos dados do Tribunal no período de 2009 a 2017, facili-tando seu acesso à sociedade, e permitindo, por meio de aplicativo, a consulta diária ao fluxo processual de cada um dos onze ministros da Corte.
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Anexo I - MetodologiaA elaboração do relatório Supremo em Ação teve início em 2017 com uma parceria firmada entre STF e CNJ. Os dados
relativos à litigiosidade foram extraídos diretamente da base de dados do Supremo Tribunal Federal, por meio de acesso remoto a um volume de aproximadamente 24 milhões de registros. Trata-se de um trabalho de metadados, com informações relativas aos processos autuados no Tribunal, e suas respectivas movimentações processuais.
As informações sobre recursos financeiros e força de trabalho fo ram disponibilizadas pelo STF de forma agregada, em planilha, seguindo modelo análogo ao constante no Sistema de Estatística do Poder Judiciário, instituído pela Resolução CNJ 76/2009.
Os dados relativos à Repercussão Geral, por sua vez, foram extraídos do Banco Nacional de Demandas Repetitivas e Pre-cedentes Obrigatórios, instituído pela Resolução CNJ 235/2016, alimentado quinzenalmente por todos os tribunais brasileiros10 e também do site do próprio Supremo Tribunal Federal.
No que se refere ao recorte temporal, optou-se pela análise da série histórica a partir de 2009, com o intuito de guardar analogia com o relatório Justiça em Números, que agrega informações dos demais órgãos do Poder Judiciário, com exceção dos Conselhos.
Na Figura 48, apresenta-se o fluxo do relatório Supremo em Ação, desde a extração dos dados até o formato atual:
Figura 48: Fluxo de análise dos dados
Informação
Litigiosidade:Meta-dados dos
bancos de dados do STF
Cálculo de Indicadores:taxa de congestionamento,
tempo do processo, índices de produtividade, entre outros.
Visualização da Informação
GráficosTextos
TabelasInfográfico
Geração da InformaçãoAgregada
Análise dos Dados
Definição de Critérios:movimentação processual
(baixas, casos novos, assuntos, litigantes, etc.)
Recursos Humanose Financeiros:
Dados consolidados pelo STF
Repercussão Geral:Dados dos sobrestados em
cada Tribunal
10 O painel de consulta ao Banco Nacional de Demandas Repetitivas e Precedentes Obrigatórios pode ser acessado em: http://paineis. cnj.jus.br. Acesso em: 02jul2018.
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InfográficosOs infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e sintetização de dados,
com o objetivo de facilitar a compreensão das informações. Nesse relatório, eles expressam de maneira sumarizada dados de orçamento, força de trabalho, movimentação processual, indicadores de desempenho do tribunal e indicadores de produtividade dos ministros e dos servidores da área judiciária.
Nos infográficos, encontram-se os dados do ano-base de 2017 sobre as despesas do tribunal, força de trabalho e fluxo processual dos ministros, com as seguintes informações:
• Despesas: despesa total, despesas com recursos humanos, despesas de capital e outras despesas correntes, com seg-mentação dos custos direcionados para a área de Tecnologia de Informação.
• Força de Trabalho: quantitativo de ministros, de juízes auxiliares, assessores, demais servidores da área judiciária e servi-dores da área administrativa, os quais estão discriminados entre efetivos, cedidos ou requisitados e comissionados sem vínculo efetivo.
• Fluxo processual dos ministros: acervo, processos baixados, distribuídos e julgados por classe processual. As tabelas infográficas e/ou gráficos-resumo de série histórica demonstram: a) o valor do dado no ano-base de 2017 e b) a variação em relação ao ano anterior, com o indicativo do aumento ou diminuição em percentuais ou pontos percentuais, a depender da variável.
• Movimentação processual: casos novos, decisões, processos baixados e estoque de processos existentes no final do ano-base 2017.
• Indicadores de desempenho do tribunal: o Índice de Atendimento à Demanda (IAD), que representa a relação entre o total de processos baixados por caso novo; a taxa de congestionamento, que representa o percentual de processos que não foram baixados durante o ano e a recorribilidade, que indica o percentual de recursos interpostos comparativamente ao volume de decisões proferidas.
• Indicadores de produtividade dos Ministros: os casos novos por ministro, os processos julgados por ministro e o Índice de Produtividade dos Ministros (IPM), que representa o total de processos baixados por ministro.
• Indicadores de produtividade dos servidores da área judiciária: os casos novos por servidor, os processos julgados por servidor e o Índice de Produtividade dos Servidores (IPS-Jud), que representa o total de processos baixados por servidor da área judiciária.
Variáveis de Lit igiosidadeOs dados de litigiosidade foram extraídos do banco de dados do STF, considerando os andamentos e as classes processuais
de cada registro, no que diz respeito à aferição dos casos novos, dos casos pendentes, dos processos baixados e das decisões.
Com relação às classes processuais, optou-se por guardar analogia com os critérios estabelecidos pela Resolução CNJ 76/2009. Por esses critérios, não se consideram como processos novos os embargos de declaração, os embargos infringentes, os agravos (exceto agravo de instrumento), as cartas precatórias, de ordem e rogatórias, os inquéritos policiais, os procedimentos administrativos, os precatórios, as requisições de pequeno valor, entre outras classes nela indicadas. Todas as classes excluídas dos casos novos são também retiradas nos cômputos das sentenças, dos baixados, e, consequentemente, dos pendentes.
A metodologia adotada no relatório segue as definições dos eventos que ocorrem no trâmite processual do Supremo Tribu-nal Federal no processo desde o seu recebimento até a baixa. Foram analisados todos os processos em tramitação em 31 de dezembro de 2008 (112.260 processos), acrescidos de todos os processos novos no período de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2017 (713.543 processos), totalizando 825.803 processos.
Pontuais descompassos entre este e outros relatórios estatísticos disponíveis no Portal do STF podem ocorrer em virtude da data-base de extração dos dados, tendo em vista a possibilidade de ocorrência de movimentos de baixa retroativa (que
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impacta no cômputo dos pendentes e dos baixados) e de lançamento tardio no sistema de eventuais movimentações. Nesse contexto, e em relação aos andamentos processuais, as seguintes regras foram aplicadas no cômputo dos casos novos, dos pendentes, dos baixados e das decisões:
a) Casos novosO início de um processo no Supremo Tribunal Federal ocorre com a sua autuação, que é o seu recebimento no Tribunal. A contagem de casos novos, dessa forma, é dada pela quantidade de processos recebidos em cada ano-base. Os processos novos são tanto aqueles ajuizados diretamente no STF, denominados originários, quanto os provenientes de outros juízos ou tribunais, denominados recursais.
b) Processos baixadosConsidera-se que o processo foi finalizado a partir do momento da ocorrência do primeiro movimento de baixa. A partir desse momento, o processo não mais tramita no Supremo. Os critérios de baixa foram definidos pela área técnica do Supremo Tribunal Federal e baseiam-se nas regras existentes em seus sistemas internos. São movimentos de baixa:
• Possuir andamentos do grupo de Finalizados: trata-se de processos findos, por motivos diversos tais como: baixa definitiva, remessa ao juízo competente, devolução dos autos por motivo de equívoco de impetração ou remessa, entre outros que caracterizem finalização do processo. Incluem-se feitos finalizados por cancelamento da autuação ou por reautuação do processo em outra classe processual. Não são consideradas as baixas por diligência;
• Processos das classes AI (Agravo de Instrumento) ou PPE (Prisão Preventiva para Extradição) que tenham sido apensados antes de 09/11/2007;
• Processos da classe AI (Agravo de Instrumento) apensados em RE (Recurso Extraordinário) a partir de 09/11/2007;
• Processos da classe PPE (Prisão Preventiva para Extradição) apensados a um processo da classe Ext (Extradição) a partir de 09/11/2007;
• Processos da classe AC (Ação Cautelar) que possuam andamentos de Decisão Final ou de Decisão Liminar, que foram apensados antes de 09/11/2007, e que não foram desapensados posteriormente;
• Processos da classe AC (Ação Cautelar), que possuam andamentos de Decisão Final ou de Decisão Liminar, que foram apensados a um RE (Recurso Extraordinário) após 09/11/2007, e que não foram desapensados posteriormente.
c) Processos pendentesSão processos pendentes todos aqueles autuados e que, até o último dia de cada ano-base, não tinham recebido qualquer movimento de baixa. Os casos pendentes também foram denominados no decorrer do relatório por acervo ou por estoque.
d) DecisõesAs decisões foram classificadas como terminativas e não terminativas. Entre as decisões não terminativas, tem-se as decisões em recurso interno, decisões interlocutórias, decisões em liminar, decisões em repercussão geral e decisões de sobrestamento. Não foram considerados os despachos de mero expediente.
Cálculo dos IndicadoresAs fórmulas e os conceitos dos indicadores utilizados no decorrer do relatório, relativos às variáveis de movimentação pro-
ces sual, aplicadas a cada grupo de competências, constam da Resolução CNJ 76/2009.
• Taxa de Congestionamento (TC): indicador que determina o percentual de processos que tramitou durante um ano e que não foi baixado. Cumpre informar que, de todo o acervo, nem todos os processos estão aptos a serem baixados dentro do mesmo ano, devido a existência de prazos legais a serem cumpridos, especialmente nos casos em que o processo ingressou no final do ano-base.
Casos Pendentes 31/12/ano
Processos Baixados ano + Casos Pendentes31/12/anoTC ano =
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• Índice de Atendimento à Demanda (IAD): indicador que verifica se o número de processos baixados equivale ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento do estoque.
Processos Baixados ano
Casos Novos ano
• Índice de Produtividade dos Ministros (IPM): indicador que computa a média de processos baixados por ministro.
Processos Baixados ano
Ministros ano
• Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) da área judiciária: indicador que computa a média de processos baixados por servidor efetivo, comissionado sem vínculo efetivo e cedido/requisitado para o STF, lotados na área judiciária.
Processos Baixados ano
Servidores ano
Classes ProcessuaisNo STF existem cerca de cinquenta classes processuais, classificadas no Sistema de Gestão de Tabelas Processuais
Unificadas do CNJ11. Apresentam-se na Tabela 5 as sigl as das classes processuais utilizadas no decorrer desse relatório.
11 O sistema pode ser acessado pelo endereço: https://www.cnj.jus.br/sgt/consulta_publica_classes.php.
IAD ano =
IPM ano =
IPS ano =
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Tabela 5: Classes processuais consideradas na apuração dos dados
Classes ProcessuaisAI - Agravo de InstrumentoARE - Recurso Extraordinário com AgravoRE - Recurso ExtraordinárioHC - Habeas corpusRcl - ReclamaçãoRHC - Recurso Ordinário em Habeas corpusMS - Mandado de SegurançaMI - Mandado de InjunçãoACO - Ação Cível OrigináriaAC - Ação CautelarSS - Suspensão de SegurançaRMS - Recurso Ord. em Mandado de SegurançaADI - Ação Direta de InconstitucionalidadePet - PetiçãoInq - InquéritoAO - Ação OrigináriaSL - Suspensão de LiminarAR - Ação RescisóriaCC - Conflito de CompetênciaAP - Ação PenalSTA - Suspensão de Tutela AntecipadaExt - ExtradiçãoPPE - Prisão Preventiva para ExtradiçãoCm - ComunicaçãoADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito FundamentalRvC - Revisão CriminalAOE - Ação Originária EspecialIF - Intervenção FederalAS - Arguição de SuspeiçãoPSV - Proposta de Súmula VinculanteEP - Execução PenalADO - Ação Direta de Inconstitucionalidade por OmissãoAImp - Arguição de ImpedimentoADC - Ação Declaratória de ConstitucionalidadeHD - Habeas DataOACO - Oposição em Ação Civil OrigináriaRC - Recurso CrimeEI - Exceção de IncompetênciaES - Exceção de SuspeiçãoRMI - Recurso Ordinário em Mandado de InjunçãoEL - Exceção de LitispendênciaRHD - Recurso Ordinário em Habeas DataSIRDR - Suspensão Nacional do Incidente de Resolução de Demandas RepetitivasSTP - Suspensão de Tutela ProvisóriaTPA - Tutela Provisória Antecedente
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ReferênciasBRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de
outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais ns. 1/1992 a 86/2015, pelo Decreto Legislativo ns. 186/2008 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão ns. 1 a 6/1994. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
BRASIL. Decreto n. 520, de 22 de junho de 1890. Disponível em http://legis.senado.gov.br/legislacao/DetalhaSigen.action?id=388004
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 76, de 12 de maio de 2009. Dispõe sobre os princípios do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, estabelece seus indicadores, fixa prazos, determina penalidades e dá outras providências. Disponível em http://www.cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolucao_76_12052009_10102012220048.pdf
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 235, de 13 de julho de 2016. Dispõe sobre a padronização de pro-cedimentos administrativos decorrentes de julgamentos de repercussão geral, de casos repetitivos e de incidente de assunção de competência previstos na Lei 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), no Superior Tribunal de Justiça, no Tribunal Superior Eleitoral, no Tribunal Superior do Trabalho, no Superior Tribunal Militar, nos Tribunais Regionais Federais, nos Tribunais Regionais do Trabalho e nos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, e dá outras providências. Disponível em http://www.cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolucao_235_13072016_15072016144255.pdf
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Processos novos segundo as classes processuais, no período de 2013 a 2017 35Tabela 2: Processos baixados segundo as classes processuais, no período de 2013 a 2017 37Tabela 3: Processos pendentes segundo as classes processuais, no período de 2013 a 2017 39Tabela 4: Processos novos segundo as classes processuais, período 2013-2017 51Tabela 5: Classes processuais consideradas na apuração dos dados 67
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxo processual - Ministra Cármen Lúcia - Presidente, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 15Figura 2: Fluxo processual - Ministro Dias Toffoli - Vice Presidente, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 16Figura 3: Fluxo processual - Ministro Celso de Mello - Decano, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 17Figura 4: Fluxo processual - Ministro Marco Aurélio, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 18Figura 5: Fluxo processual - Ministro Gilmar Mendes, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 19Figura 6: Fluxo processual - Ministro Ricardo Lewandowski, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 20Figura 7: Fluxo processual - Ministro Luiz Fux, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 21Figura 8: Fluxo processual - Ministra Rosa Weber, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 22Figura 9: Fluxo processual - Ministro Roberto Barroso, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 23Figura 10: Fluxo processual - Ministro Edson Fachin, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 24Figura 11: Fluxo processual - Ministro Alexandre de Moraes, 1º de janeiro a 2 de julho de 2018 25Figura 12: Série histórica das despesas 26Figura 13: Despesas com recursos humanos, em 2017 27Figura 14: Série histórica da execução orçamentária 27Figura 15: Série histórica das receitas 28Figura 16: Série histórica dos cargos de servidores efetivos 28Figura 17: Série histórica da movimentação processual 29Figura 18: Série histórica dos indicadores de Taxa de Congestionamento, Índice de Atendimento à Demanda e Recorribilidade 30Figura 19: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 31Figura 20: Série histórica do índice de produtividade dos Ministros (IPM) 31Figura 21: Série histórica das decisões terminativas e não terminativas 31Figura 22: Série histórica das decisões terminativas por categoria 32Figura 23: Série histórica das decisões colegiadas e monocráticas 32Figura 24: Série histórica das decisões colegiadas e monocráticas, segundo o tipo de decisão 33Figura 25: Série histórica da origem das decisões colegiadas 33Figura 26: Série histórica da origem das decisões monocráticas entre presidência e vice-presidência e dos demais ministros 33Figura 27: Série histórica da quantidade absoluta de processos novos, baixados e pendentes, por classe 40Figura 28: Série histórica da quantidade relativa de processos novos, baixados e pendentes, por classe 41Figura 29: Processos novos por ramo do direito, em 2017 42Figura 30: Processos novos pelos 15 assuntos mais frequentes 43Figura 31: Movimentação processual eletrônica e digital 44Figura 32: Dez maiores litigantes em 2017 - polo ativo 45Figura 33: Dez maiores litigantes em 2017 - polo passivo 45Figura 34: Competências constitucionais do Supremo Tribunal Federal 46
Figura 35: Série histórica da movimentação processual, por competência constitucional 48Figura 36: Série histórica dos indicadores por competência constitucional 50Figura 37: Série histórica do tempo médio de tramitação processual no STF (baixados e pendentes) 52Figura 38: Tempo dos processos administrativos que tramitaram no STF em 2017 53Figura 39: Tempo dos processos administrativos que tramitaram no STF em 2017, por competência 54Figura 40: Série histórica do tempo médio de tramitação processual no STF (baixados e pendentes), por competência 55Figura 41: Percentual de processos de repercussão geral, entre temas reconhecidos ou não 56Figura 42: Situação dos processos com repercussão reconhecida 56Figura 43: Série histórica das decisões em repercussão geral 57Figura 44: Os 5 principais temas em número de processos sobrestados, por tribunal 58Figura 45: Dez temas com maior quantidade de processos sobrestados 59Figura 46: Processos julgados nos tribunais por tema 60Figura 47: Dez temas de maior impacto em virtude de julgamento de mérito 61Figura 48: Fluxo de análise dos dados 64