Trabalho Final Língua III

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Trabalho para aluno livre PROFESORADO DE PORTUGUÉS. FACULTAD DE LENGUAS. UNC LENGUA PORTUGUESA III Laura Moldes Piazza La calificación del presente trabajo se hará según el baremo de la Facultad de Lenguas (60%= 4 cuatro) Criterios de evaluación: Pertinencia del análisis y la justificación según la bibliografía de la materia. Adecuación lingüística y discursiva (incluye aspectos ortográficos, morfológicos, léxicos, sintácticos y textuales) Este trabalho é dividido em duas partes, sendo ambas eliminatórias. Ponto 1 Resenha do livro Preconceito Linguístico e dos capítulos de Nada na língua é por acaso, incluídos na apostila (Extensão total: até 3 páginas, fonte 12p, interlinha simples) Preconceito linguístico ou preconceito social? Marcos Bagno mexe com as estruturas “O preconceito linguístico. O que é, como se faz” ( 2003. São Paulo: Edições Loyola, 186 páginas) é um livro do professor, doutor em filologia, linguista e escritor brasileiro Marcos Bagno organizado em quatro capítulos, uma introdução, um anexo e a bibliografia. 1

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Trabalho de português, fonética e fonologia

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Trabalho para aluno livre

PROFESORADO DE PORTUGUS. FACULTAD DE LENGUAS. UNC

Lengua portuguesa IIILaura Moldes Piazza

La calificacin del presente trabajo se har segn el baremo de la Facultad de Lenguas (60%= 4 cuatro)

Criterios de evaluacin:

Pertinencia del anlisis y la justificacin segn la bibliografa de la materia.

Adecuacin lingstica y discursiva (incluye aspectos ortogrficos, morfolgicos, lxicos, sintcticos y textuales)

Este trabalho dividido em duas partes, sendo ambas eliminatrias.

Ponto 1

Resenhado livro Preconceito Lingustico e dos captulos de Nada na lngua por acaso, includos na apostila (Extenso total: at 3 pginas, fonte 12p, interlinha simples)

Preconceito lingustico ou preconceito social? Marcos Bagno mexe com as estruturasO preconceito lingustico. O que , como se faz (2003. So Paulo: Edies Loyola, 186 pginas) um livro do professor, doutor em filologia, linguista e escritor brasileiro Marcos Bagno organizado em quatro captulos, uma introduo, um anexo e a bibliografia.

Nesta obra o autor se prope desmitificar vrias ideais preconceituosas associadas lngua e o ensino dela, que revelam, na realidade, formas de excluso social mais amplas. O linguista comea salientando que o preconceito est ligado, em boa medida, confuso que foi criada, atravs dos anos, entre lngua e gramtica normativa. a partir dessa hiptese que explicita que o objetivo de seu livro ser desfazer essa confuso.

Ao longo do texto podemos observar que o linguista dispensa o uso de termos acadmicos utilizando uma linguagem cotidiana e uma forte presena de dilogos diretamente com o leitor (no estilo de uma conversa pessoal). Utiliza metforas para esclarecer os conceitos mais abstratos como norma padro e variao lingustica e para inserir seu ponto de vista sobre os assuntos abordados, guiando o leitor de forma simples ao encontro de seus objetivos. Por todas essas caratersticas, podemos afirmar que a obra direcionada no s aos estudiosos da lngua, mas tambm aos leigos no assunto.

Na primeira parte da obra, sob o ttulo A mitologia do preconceito lingustico, o autor analisa criticamente algumas afirmaes falaciosas e se prope derrubar mitos presentes no imaginrio de muitos brasileiros.

Os mitos citados so "A Lngua Portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente."; "Brasileiro no sabe portugus/ S em Portugal se fala bem portugus."; "Portugus muito difcil."; "As pessoas sem instruo falam tudo errado."; "O lugar onde melhor se fala portugus no Brasil no Maranho."; "O certo falar assim porque se escreve assim."; " preciso saber gramtica para falar e escrever bem."; "O domnio da norma culta um instrumento de ascenso social.".

No segundo captulo, titulado O crculo vicioso do preconceito lingustico mostrado como esses mitos so apresentados e fixados na sociedade atravs do ensino tradicional, a gramtica tradicional, os livros didticos alm da mdia. O autor salienta a ideia de que o proceder de muitos profissionais colabora para a manuteno da prtica de excluso.O terceiro captulo, A desconstruo do preconceito lingustico, dedicado a apresentar solues para desfazer esse preconceito presente no Brasil. Aqui, o autor reconhece que o preconceito lingustico est firme e forte, e que mudanas s acontecero quando houver uma transformao radical na sociedade ocidental. Ele afirma que a norma culta reservada, por questes de ordem polticas, econmicas, sociais e culturais, a poucas pessoas no Brasil, porm levanta a questo da "gramtica intuitiva do falante", termo cuja idealizao foi proposta por Noam Chomsky e que caracterizador da capacidade do nativo conseguir comunicar-se pela intuitividade que lhe nata desde tenra idade independentemente da escolarizao.

Neste mesmo captulo, o autor discorre sobre questes como o que ensinar o portugus, o conceito de erro e a paranoia ortogrfica (procurar imediatamente erros na produo de um aluno). Manifesta que deve haver uma mudana de atitude por parte do professor na adoo de uma nova postura (crtica) em relao a seu prprio objeto de trabalho: a norma culta. Essa mudana, do ponto de vista terico, simbolizada numa troca de slabas: ao invs de rePEtir alguma coisa, dever-se-ia reFLEtir sobre ela.

O ltimo captulo, O preconceito contra a lingustica e os linguistas, utilizado por Bagno para discutir o ensino da gramtica tradicional. Argumentando que os conceitos dela foram estabelecidos h mais de 2.300 anos. Levanta novamente a questo das mudanas, reconhecendo que o novo assusta, subverte as certezas e compromete as estruturas de poder e dominao, como foi salientado, h muito vigentes.

A seu ver, deve se considerar uma maior aproximao entre as normas culta real e ideal: usos que so comuns a todos os falantes e que no causam problemas de comunicao precisam ser reavaliados.

Para finalizar, anexada uma longa carta ao editor da revista Veja para marcar a posio do linguista diante das atitudes obscurantistas e retrgradas vertidas numa extensa reportagem publicada com anterioridade nesse meio de comunicao titulada Falar e escrever bem, eis a questo.

Uma das grandes vantagens de uma obra como esta que ela defende uma teoria, e explicita sua origem e sua dimenso poltica. Mas obra de pesquisa, mesmo se propondo pedaggica, posio que necessria (e bvia) em qualquer cincia. No se apresenta como sendo a palavra da tradio, que sempre esconde suas origens e desgnios. Contrape fatos aos mitos.

Embora o livro de Bagno no seja to original quanto parea ser para o grande pblico (pois as mesmas concepes aparecem em muitos tericos ao longo da histria), tem o mrito de reunir convincente fundamentao que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores (vtimas do ensino tradicional, professores de portugus, tericos, gramatiqueiros, puristas, etc.) podem ter ao se depararem com uma obra que de maneira to contundente vem a mexer com as estruturas.

Na ponta da lngua

Em Nada na lngua por acaso Por uma pedagogia da variao lingustica. (2007. So Paulo: Parbola, 240 pginas) Marcos Bagno apresenta de modo acessvel e esclarecedor, os fundamentos necessrios para que professores em atuao e em formao, possam abordar conceitos como variao e mudana, norma-padro e norma culta, estigma e prestgio, letramento e oralidade, entre outros, de maneira consistente e sem as distores que, infelizmente, aparecem com frequncia em diretrizes curriculares, livros didticos e, principalmente, nos meios de comunicao, onde imperam noes arcaicas e pr-cientficas sobre lngua e linguagem que em nada contribuem para a construo de uma democracia lingustica. O livro, porm, no se dirige exclusivamente aos profissionais da lngua. Como acontece com outras produes de Bagno, poderamos classificar a obra como de divulgao cientfica. O tipo de letra, a maneira como esto organizadas as informaes, os desenhos que ilustram os captulos e, claro, a linguagem utilizada, so fatores que confirmam a nossa afirmao. No captulo 2, Mas o que mesmo variao lingustica?, o autor retoma o mito da lngua homognea, j formulado no livro O preconceito lingustico para introduzir os conceitos de variante, variedade e variaes lingusticas. Analisa os fatores extralingusticos que causam essas variaes (origem geogrfica, idade, grau de escolarizao, etc.) e inclui termos especficos da sociolingustica como variaes diatpicas, diamsicas, diastrticas, diafsica e diacrnica argumentando que vale a pena conhecer esses adjetivos porque eles aparecem nos textos especializados. (p 46). Ainda nesse captulo, so introduzidos, sempre de maneira sucinta e com linguagem clara, os conceitos de vernculo, criado pelo linguista norte-americano William Lavob, e a noo de continuum da linguista Stella Maris Bertoni-Ricardo. No captulo 5, O portugus so trs, o linguista aborda o que talvez seja o aspecto mais saliente de todo o livro: a diferenciao entre lngua padro e lngua culta. Esta distino fundamental por vrios motivos. Por um lado, porque inclusive em muitos textos acadmicos aparecem como sinnimos, por outro, porque a partir desta categorizao que o autor manifesta que existem erros mais errados do que outros.Por ltimo, no captulo 7, Certo ou errado? Tanto faz!, o autor descreve algumas caratersticas do vernculo brasileiro mais geral e da uma lista com alguns dos fenmenos que aparecem na fala de todos os brasileiros independentemente dos fatores sociais (traos graduais) e dos elementos lingusticos que sofrem uma maior carga de discriminao e preconceito (traos descontnuos).

Nada na lngua por acaso o dcimo sexto livro de Marcos Bagno e, portanto, j no causa surpresa que na obra apaream termos como uso social perverso, arma, arame farpado ou cerca eletrificada. A veemncia com que o autor costuma defender seu ponto de vista e j uma marca registrada nele. Ponto 2

Anlisede um documento do ponto de vista da variao lingustica

1. Escutar o udiohttp://www1.folha.uol.com.br/multimidia/podcasts/989958-fui-salvo-por-um-cafe-diz-paisagista-que-escapou-da-explosao.shtml2. Transcrever o texto

3. Realizar una anlise do documento do ponto de vista da variao lingustica, valendo-se dos conceitos tericos presentes no programa vigente. O trabalho de anlise dever incluir:

Classificao da variao. Nvel da variao. Fatores extralingusticos que produzem a variao. Descrio de variveis. Abordagem da relao lngua-sociedade.A defesa oral deste trabalho far parte do exame final.

2. Transcrio do udioReprter: O senhor viu a exploso, o senhor resolveu tomar um caf ante[s] de ir pra l, o senhor ia faz[r] um jardim, no isso? (fala simultnea Paisagista: Eu ia... Reprter: ...ia desenh[r] um jardim)Paisagista: Isso, eu ia desenh[r] um jardim num restorante (= restaurante), so uns vaso[s] que [es]t localizado em frente ao restorante (= restaurante), ia convers[r] com o gerente, e aconteceu o qu? Quando eu estava prximo da exproso (= exploso), me deu vontade de tom[r] um caf de $1,20, a eu volto pra tom[r] o caf, levei vinte e cinco minutos esperando o caf no bar perto do local da exproso (= exploso), quanto eu t (= estou) numa distnc[i]a mais ou menos de trinta metros a surgiu a exproso (= exploso)... O pessoal sain[d]o... eeh a exproso (= exploso) jogou o corpo de trinta metro[s] pra cima, aos pedaos, as pessoa gritan[d]o , uma coisa em pnico, algumas pessoa[s] sain[d]o l do restaurante ferida[s] com a carne cain[d]o, sangran[d]o e acab[u] morrendo enfrente, aqui da... da praa. Un[s] tentaram socorr[r], mas a pele cain[d]o, a carne cain[d]o, foi uma... um pnico eeee, teve duas exproso (= exploso), foi um verdade[i]ro filme de terror. Eu sei que eu fui salvo por $1,10; se eu no tivesse ido comprar o[u]tro caf de $1,10, eu estaria morto junto com aquele rapaz e aquelas pessoas agora.Reprter: E na hora que o senhor [es]tava indo pra l, o senhor chegou a ser atingido por estilhaos do vidro do... do Hotel Frmule (= Frmula) Um, no isso?Paisagista: Isso... exatamente, o vidro bateu em mim, entendeu? atingiu minha roupa, meu rosto, mas nada cort (cortou)... mas um bombe[i]ro me deu uma gua depois que cheg (chegou), t (= estou)... [es]t tudo bem, ainda bem que comigo no aconteceu nada, mas as pessoas foi TRGICA (fala enftica), foi um negcio muito feio de se ver, em pnico, foi um verdade[i]ro filme de terror: que a pele caia, estava sem ro[u]pa, a ro[u]pa foi que[i]mada, os olhos saia[m] pro lado de fora, queixo, os rg[]os, tinha rg[]os sangran[d]o, o sangue... com um peso, foi uma coisa em pnico mesmo, o cabelo cain[d]o, um negcio horrvel.Reprter: O Hotel Frmule (= Frmula) Um no caso fica do lado do restaurante que explodiu, eee, segundo o paisagista, parece que tinham mais cinco lojas que foram atingidas ao lado do restaurante Fil Carioca.3. Anlise do documento.INTRODUOA linguagem no pode ser estudada independentemente de seu contexto scio-histrico j que traz em si os valores e a histria social de diferentes grupos. A linguagem no mero cdigo que se aprende e aplica, de modo mecnico e/ou automtico. Por conseguinte, no pode ser considerada segundo uma viso mecanicista, acrtica e/ou limitada em suas possibilidades. A Anlise do Discurso constitui um conjunto de mtodos e de teorias que pretendem investigar tanto o uso quotidiano da linguagem, quanto a linguagem nos contextos sociais. Atravs da anlise das variaes da linguagem em uso presentes no documento, pretendemos descobrir as variantes lingusticas para, posteriormente, relacion-las variao sociolingustica.Variao lingusticaSegundo Bagno (2007, p. 36) a lngua intrinsicamente homognea, mltipla, varivel, instvel e est sempre em desconstruo e em reconstruo. Ela, atravs de um sistema de possibilidades, oferece um conjunto flexvel no que diz respeito s regras de seleo, combinao e substituio sem comprometer ou alterar a interao. Quer dizer que, distintos falantes, ou ainda o mesmo falante em diferentes contextos, usam formas diversas para expressar um conceito ou tm distintas pronncias para uma mesma palavra.Seguindo as classificaes de Castilho (2010) e Bagno (2007), podemos determinar que no documento apresentam-se variaes dos seguintes tipos:Fonolgicas: Pronuncia do s chiante: restaurante [Xetori], estava [etava] exploso [eprosw], centavos [stavu], distncia [ditsia], mais [maj], metros [metru], aos [aw], pedaos [pedasu], algumas [awguma], dez [dej], rapaz [Xapaj], aquelas [akla], pessoas [pesoa], rosto [Xotu], depois [depoj], as [a], os [u], olhos [u], Ditongao de vogal tnica seguida de sibilante no final da palavra: dez [dej] Apagamento do /r/ em final de palavra (apcope): faz[r], desenh[r], tom[r], socorr[r] Reduo do ditongo /ej/ a /e/ antes da consoante vibrante simples: verdade[i]ro, bombe[i]ro Perda da nasalidade e monotongao nos ditongos nasais finais: rgos [gu] Reduo do ditongo /ow/ a /o/: cort[u], o[u]tro, [es]t[u]. ro[u]pa, acab[u] Troca do ditongo /aw/ para /o/: restaurante [Xetori] Afrese: [es]tava; [es]t; [es]t[u]Lexicais:O lxico de uma lngua constitudo da totalidade das palavras que ela possui, consideradas do ponto de vista das variantes semnticas independentemente da funo gramatical que exercem na orao. Ele o reflexo da vida scio-econmico-cultural de um povo, resultado da sua historia, de seus contatos, da correlao de foras entre os diferentes pases numa dada poca e, portanto, contm a cristalizao de sua vida material e espiritual. As escolhas lexicais por parte de um indivduo esto diretamente ligadas ao contexto scio-histrico no qual ele se realiza e a sua ideologia. A seleo e uso de certos vocbulos no feita de maneira inocente. As escolhas lexicais deixam entrever as diferentes formaes discursivas nas quais se inscrevem os sujeitos ao enunciarem, tornando vlidas suas escolhas lexicais. Quando tomamos a palavra, o que est em questo o agenciamento de significantes, ou seja, um jogo de processos identificatrios, o que envolve, de um lado, uma identificao imaginria (imagens inscritas no inconsciente) e de outro, elementos do saber discursivo, consistindo na identificao simblica (uma ordem que o produz como sujeito). Nos termos de Chnaiderman (1998), para que ocorra o reconhecimento do eu com a imagem preciso que ele esteja imerso em uma estrutura simblica. Na lngua, o lxico o elemento que detm a capacidade maior de manifestar as relaes de ordem poltica, social e econmica existentes entre as diversas classes sociais. Ele o conjunto das unidades por meio das quais os membros de uma sociedade se comunicam entre siPelo exposto nos pargrafos anteriores, podemos dizer que a lngua contribui significativamente para a construo identitria do ser humano. J se sabe tambm que a variao caracterstica de qualquer lngua natural e funcional na comunicao individual ou coletiva com, muitas vezes, valor de prestgio para os falantes. Quando um grupo social assume o comportamento de uma variante lingustica, por meio de escolhas lexicais, a comunicao possui normalmente a funo de garantir a identidade do indivduo com um determinado grupo especfico, um sistema de valor definido. De certa maneira, so formas partilhadas no interior de um grupo e marcadoras de sua individualidade com relao a outros grupos sociais. um fato interessante que o paisagista do nosso documento analisado utilize a palavra bar para a designao do lugar onde se expendem bebidas e no outras como botequim ou boteco que so usadas na fala coloquial no Brasil. No trabalho Bar, boteco, botequim: individualizao e identidade do sujeito brasileiro Andria Lemos Silva procura compreender como se realizam os processos de individualizao do sujeito brasileiro, conferindo-lhe uma identidade, nos espaos sociais de linguagem: bar, boteco, botequim para observar se essa individualizao se d da mesma maneira nos trs termos. Depois de uma exaustiva anlise, a autora chega concluso de que esses substantivos no so sinnimos e que os sujeitos que se associam com cada um deles no so os mesmos. Para a autora a palavra bar teria mais prestgio social e estaria relacionada a sujeitos-clientes-consumidores urbanos, modernos e de classe mdia-alta. No relato do paisagista aparece duas vezes a palavra negcio. Esse termo, segundo o dicionrio online Priberam uma expresso informal para falar de um fato, de um acontecimento, porm simplesmente pela apario desse vocbulo no podemos afirmar que o registro do entrevistado seja informal j que ao longo de toda a entrevista ele no utiliza grias nem outras expresses populares. Na fala da reprter podemos ver uma escolha lexical apropriada situao de situao comunicativa (contexto de entrevista). Sintticas: Elipse verbal: Un[s] tentaram socorr[r], mas a pele cain[d]o, a carne cain[d]o, foi uma... um pnico. Falta de concordncia de nmero: so uns vaso[s] que [es]t localizado em frente ao restaurante (so uns vasos que esto localizados em frente ao restaurante) Uso do pronome se como sujeito indeterminado de verbos no infinitivo, quando antecedido de preposio: foi um negcio muito feio de se ver. Colocao pronominal exclusivamente prclise ao verbo principal: me deu vontade de tom[r] um caf; um bombe[i]ro me deu uma gua. Contrao da preposio para com o artigo definido o: pro lado de fora Sncope da preposio para: pra toma[r] um caf Uso do conetor que no lugar de porque: foi um verdadeiro filme de terror: que a pele caia, estava sem roupa Falta do conetor para: ainda bem que comigo no aconteceu nada, mas as pessoas foi TRGICAEstilsticas:Labov (1972) considerou a variao estilstica por meio da anlise de diversas falas de uma mesma pessoa em diferentes situaes: da mais casual at a as mais formais concluindo que h a escolha da variedade de mais prestgio em situaes com maior monitoramento estilstico (situaes mais formais) mesmo entre os dialetos sociais falados por sujeitos de grupos sociais socioeconomicamente desfavorecidos. Ele considera tambm o fator audincia como relevante variao estilstica j que suas pesquisas revelaram maior frequncia de fala casual quando os indivduos tinham como interlocutores membros da famlia ou amigos. J um contexto de entrevista levava aos falantes a um maior monitoramento estilstico e, portanto, escolha de uma variante de maior prestgio social. No documento analisado podemos observar como tanto o entrevistado quando a reprter apresentam um alto grau de monitoramento estilstico. Variao sociolingusticaAo analisar um discurso, os contextos socioculturais em que ele ocorre so elementos bsicos, e, muitas vezes, determinantes de suas variaes, explicando e justificando fatos que apenas linguisticamente seriam difceis ou at impossveis de serem determinados.Na interao comunicativa entre um falante e um interlocutor, a conduta comunicativa se encontra vinculada com uma srie de estratgias e elementos lingusticos que os falantes utilizam para se adaptar ou acomodar sua fala situao de intercmbio com seu interlocutor.Para poder fazer uma anlise rigorosa de um discurso fundamental contar com dados especficos que no so possveis de deduzir a partir de uma simples amostra de fala, (como so a idade, a profisso, a ocupao, atividades religiosas, regio de procedncia, etc.) de modo que possa se analisar, do ponto de vista sociolingustico, a variao encontrada.Variao diatpica:Ao analisarmos o problema da variao regional em relao variao social, muitos problemas e muitas dvidas surgem quanto aos limites de cada tipo de variao. Onde termina uma e onde comea a outra? Qual a prevalncia de uma sobre a outra? Sabemos que a exploso do restaurante aconteceu na cidade do Rio de Janeiro e podemos inferir que os participantes da entrevista so cariocas. Para constatar a nossa hiptese, podemos destacar na pronncia do paisagista os seguintes elementos: Palatizao do /s/ final de slaba e palavra (s chiante). Uma marca tipicamente carioca, mas encontrvel tambm no Esprito Santo, em algumas regies de Minas Gerais em certos falares de Par, do Amazonas e tambm de Pernambuco (Recife), segundo Ilari e Basso (2006). Palatalizao do /d/ e /t/ para as africadas palato-alveolares [d] e [] quando antes de /i/. Fenmeno generalizado em todo o territrio brasileiro, com exceo do interior de So Paulo e da regio Sul, segundo os citados autores. Realizao do /R/ uvular. Marca especificamente carioca. Pronncia reduzida das vogais e e o no final das palavras. Fato generalizado no Brasil, com exceo da regio Sul e do interior de So Paulo. Pronncia /w/ do l no final de slaba. Sucesso constatvel pelo Brasil fora. Como possvel observar, simplesmente com os elementos analisados por separados difcil afirmar a procedncia do entrevistado, porm, ao considerar todas as variantes juntas, fortes indcios nos indicam que o dialeto se corresponde com o carioqus. Segundo Moreira Mendez (2006), no ano 1974 a fonoaudiloga Glria Beuttenmller fez um trabalho de uniformizao da fala de reprteres e apresentadores da Rede Globo. Beuttenmller pretendia amenizar os sotaques regionais. Houve a definio de um padro nacional, estabelecido de acordo com um congresso de filologia realizado em Salvador, em 1956, no qual ficou acertado que a pronncia-padro do portugus falado no Brasil seria a do Rio de Janeiro, com algumas restries. Os esses, no poderiam ser muito sibilantes e os erres no poderiam ser muito arranhados, guturais (Ribeiro, 2004, p.123). Com o tempo este modo de falar foi adotado pela mdia e foi naturalizado. Assim, fcil comprovar que a maioria dos reprteres e apresentadores de notcias fala com um sotaque que no remete a lugar algum especificamente. Tendo em considerao esses dados histricos, podemos observar que no udio analisado, a reprter apresenta as seguintes caractersticas: Palatalizao do /d/ e /t/ para as africadas palato-alveolares [d] e [] quando antes de /i/. Realizao do /R/ uvular. Pronncia reduzida das vogais e e o no final das palavras. Pronncia /w/ do l no final da slaba. Como podemos advertir, nenhuma das marcas, por separado ou em conjunto, permitem-nos determinar uma variao diatpica especfica.Variao diastrticaSegundo o linguista Marcos Bagno (2007, p. 46) esta variao a que se verifica na comparao entre os modos de falar das diferentes classes sociais. Como foi salientado com anterioridade, ao no contar com dados objetivos sobre o nvel sociocultural do entrevistado e da jornalista, muito delicado fazer uma classificao sem cair em preconceitos, nem esteretipos. A pouca informao que temos sobre as pessoas que aparecem no documento que so uma reprter de nome Diana Brito e um paisagista, Jorge de Assis Rodrigues de 37 anos. A partir desses dados podemos inferir que ela, muito provavelmente, seja universitria porque no Brasil s h ensino de jornalismo no nvel da graduao, ou seja, no h cursos de nvel tcnico. No entanto, desde o dia 17 de junho de 2009 nesse pas, o curso superior em Jornalismo no obrigatrio para o exerccio da profisso e, por conseguinte, no possvel fazer uma afirmao taxativa. Sobre ele sabemos que , um profissional com curso tcnico. Considerando que no Brasil, o acesso aos nveis superiores de educao pouco atingvel para as classes sociais baixas, a priori, poderamos deduzir que ambos so de classe-mdia. Talvez, no caso dele, mdia-baixa.Se quisssemos justificar a nossa deduo a partir das particularidades das falas analisadas, tambm teramos inconvenientes, j que a classificao de certas variantes como estrticas e, consequentemente, os limites entre o diastrtico e o diafsico so discutveis. Variantes como saino, sangrano, caino etc. podem caracterizar, pela frequncia com que ocorrem, um determinado estrato, mas se distribuem por todos os estratos socioculturais, em situaes de fala descontrada.A simplificao, por assimilao, do morfema identificador do gerndio tambm geral no portugus coloquial, documentando-se com frequncia, mesmo em falantes de escolaridade mdia, ou alta, como variao diafsica, em elocues espontneas, emitidas com maior velocidade, ou, como pareceria ser no caso analisado, em situaes de estres gerado a partir da circunstncia extrema vivenciada.No entanto, na fala do paisagista aparecem outros exemplos de traos descontnuos como: Monotongao de ditongos tonos crescentes em posio final em distnc[i]a Perda da nasalidade e monotongao nos ditongos nasais finais: rg[]os Rotacismo: troca de L por R em encontros consonantais em exproso No nasalizao da silaba postnica em saa[m] Eliminao do plural redundante, marcado s nos determinantes: algumas pessoa saino de dentro do restaurante ferida.Com respeito a este ltimo item, devemos fazer uma outra distino, j que a ausncia do morfema de plural em alguns dos constituintes do sintagma nominal pode ser visto como exemplo de variao diafsica ao aparecer tambm na fala de pessoas de classes sociais mdias e altas em contexto de baixo monitoramento. Alm disso, na fala do entrevistado podemos ver que essa ausncia no constante (como possvel observar em vrios momentos da entrevista: dos olhos, das pessoas, aos pedaos, aquele rapaz e aquelas pessoas, etc.). Pelo exposto anteriormente podemos dizer que no contamos com os elementos suficientes para fazer uma classificao diastrtica objetiva. Variao diamsicaEsta variao compreende as diferenas entre a lngua falada e a escrita. Segundo Ilari e Basso (2006) a primeira conta com gestos e expresses possivelmente utilizados no momento em que foi estabelecida a comunicao. Alm disso, ela dinmica e ocorre em tempo real, podendo apresentar algumas redundncias. As marcas caractersticas da construo do texto falado decorrem do vnculo que se estabelece entre falante e ouvinte no momento da interao face a face. A produo do texto oral revela, ento, toda a complexidade de seu processo de construo, j que planejamento e realizao lingustica se estabelecem numa progresso linear, determinada pelas atividades desenvolvidas entre os interlocutores na situao discursiva. O documento considerado corresponde lngua falada e apresenta as suas caratersticas tpicas Redundncia: ... esperando o caf no bar perto do local da exproso, quanto eu t numa distncia mais ou menos de 30 metros a surgiu a exproso... o pessoal saino (saindo)... eeh a exproso jogou o corpo de 30 metros; O senhor viu a exploso, o senhor resolveu tomar um caf ante[s] de ir pra l, o senhor ia faz[r] um jardim, no isso?; me deu vontade de tom um caf de $1,20, a eu volto pra tom o caf, levei vinte e cinco minutos esperando o caf no bar Hesitao: ehh... a exproso (= exploso) jogou o corpo Reformulao: t... t tudo bem, uma... um pnico o senhor ia fazer um jardim... ia desenhar um jardim; Repetio: o senhor chegou a ser atingido por estilhaos do vidro do... do Hotel Frmule (= Frmula) Um Alongamento: eee segundo o paisagista Correo: a exproso (= exploso) jogou o corpo de trinta metros pra cima, aos pedaos; Entonao enftica: foi TRGICA; Falta de concordncia nominal: duas exproso, uns vaso[s]; Uso de bordes de fala: a eu volto pra tomar o caf, eu t numa distnc[i]a mais ou menos de trinta metros a surgiu a exproso; Frases inacabadas: O pessoal sain[d]o... eeh a exproso (= exploso) jogou o corpo ; Afastamento da gramtica da lngua padro:- Falta de conetores ainda bem que comigo no aconteceu nada, mas (para) as pessoas foi TRGICA;- Flexo do complemento predicativo: TRGICA = (trgico);- Utilizao do conetor de causa que no lugar de porque: foi um verdadeiro filme de terror: (por)que a pele caia, estava sem ro[u]pa...;- Contrao do pronome para com o artigo definido o: pro lado de fora Afrese: eu t numa distnc[i]a, t... t tudo bem Alta frequncia de marcadores conversacionais de sada ou entrega de turno no isso?, de tomada de turno Isso..., exatamente e de sustentao de turno o vidro bateu em mim, entendeu?, aconteceu o qu?.Segundo Castilho (2010) o texto da lngua falada rico em descontinuaes, e o interlocutor deve a todo momento preencher vazios. Esses vazios, muitas vezes so preenchidos pela linguagem no verbal. Em nosso caso resulta impossvel verificar se isso acontece porque no possumos as imagens correspondentes ao momento da entrevista.Variao diafsicaEsta variao est relacionada ao grau de monitoramento que o indivduo confere a seu discurso. O processo de comunicao da entrevista gera no entrevistado certa tenso que influi em seu estilo, produzindo uma fala mais cuidada e afastando-se do estilo vernculo. Por outro lado, a situao da entrevista supe implicitamente no entrevistado que sua conduta possa se converter em objeto de observao e crtica. Portanto, pe se de manifesto um dos princpios sociolingusticos desenvolvidos por Hymes (1986), o princpio da competncia comunicativa. Como sabido, fazer parte de uma entrevista gera nos falantes um comportamento comunicativo mais adequado e formal que o que empregado na vida cotidiana. A competncia comunicativa do falante supe um saber. Isto , o entrevistado responder s perguntas que formule a entrevistadora no registro que considere mais adequado, e esse registro costuma ser o formal. No entanto, a ideia de estar sendo observado e gravado pode ser esquecida pelo entrevistado quando se originam certas situaes emocionais no intercmbio comunicativo, permitindo assim o surgimento de amostras de estilo espontneo e coloquial. A emotividade pode neutralizar sua conscincia lingustica, seu discurso formal, para dar lugar a um discurso menos monitorado, mais espontneo e pouco estruturado. Muito provavelmente, a ocorrncia de variantes diafsicas, documentadas em diferentes trechos do discurso analisado, mostra-nos a conscincia do paisagista, que adapta o desempenho situao imediata do ato de fala, exibindo a sua multidialetalidade, independentemente de seu grau de escolarizao, ao utilizar frequentemente a voz passiva eu fui salvo por $1,10, a roupa foi que[i]mada, etc.; a utilizao do particpio irregular do verbo salvar; a forma gramaticalmente correta do condicional se eu no tivesse ido comprar outro caf de $1,10, eu estaria morto, e, ao mesmo tempo, a palavra informal negcio para falar do fato acontecido.Segundo Woodward (2003), o sujeito assume diferentes posies, de acordo com os diferentes papis sociais que exerce, ao ocupar diferentes lugares em momentos diferentes. Conforme ela, diferentes contextos sociais implicam diferentes significados sociais; diferentes ocasies implicam diferentes identidades de um mesmo sujeito. A mulher analisada em nosso exemplo est exercendo o papel social de reprter, papel que implica um determinado falar. Nela possvel observar claramente o estilo formal atravs da forma de tratamento o senhor para se dirigir ao entrevistado e uma escolha lexical que evita as grias e as palavras coloquiais. CONCLUSOSegundo Le Page (1980), todo ato de fala um ato de identidade. A linguagem o ndice por excelncia da identidade. As escolhas lingusticas so processos ora conscientes, ora inconscientes que o falante realiza, e esto associadas s mltiplas dimenses constitutivas da identidade social e aos mltiplos papis sociais que o usurio assume na comunidade de fala. Ou seja, o que determina a escolha de uma ou outra variedade a situao concreta de comunicao.Em uma entrevista, um reprter emite um enunciado com uma inteno determinada, usa a lngua para comunicar-se com uma funo especfica e em uma situao tambm particular (o contexto mesmo da entrevista). Tudo isso, produz um efeito tambm determinado. Como considera Calvo Prez (1994, p. 17) no h linguagem sem contexto, mas se cria o contexto com a linguagem. Isto , os participantes como falantes, falam para outro/s (neste caso, alis, tambm para o pblico da Folha). Ao realizar a entrevista, a reprter e o paisagista ajustam-se a essa situao, a essa circunstncia contextual determinada e assim, eles em seu ato de fala tentaro produzir um estilo formal acorde norma. Segundo afirma Portols (2004, p. 67) o falante escolhe uma formulao determinada (graas a sua conscincia meta-pragmtica) que pode se adequar a seu interlocutor porque capaz de representar o que este tem em sua mente, ou seja, sua capacidade de metarrepresentao.Pelo exposto no pargrafo anterior, na anlise da fala da reprter, no seria possvel realizar uma classificao totalmente fivel, j que geralmente admitido que os estilos formais, enfticos, lentos representam os tipos de fala mais conservadores; que os estilos ditos normais ou mdios se posicionam numa faixa intermediria; e que os estilos espontneos, casuais, rpidos so mais progressistas e os mais fieis ao vernculo (a fonte mais confivel para a investigao dos fenmenos de mudana lingustica, segundo Bagno).No que respeita ao entrevistado, as variaes observadas, pareceriam estar mais vinculadas a fatores extralingusticos que a variaes lingusticas. Nas entrevistas lingusticas, os investigadores procuram uma interao oral espontnea entre o informante e o entrevistador para obter uma amostra de fala o mais prxima possvel fala verncula real. Para isso, so feitas em contextos naturais onde se tenta que o informante esteja razoavelmente cmodo e, desta maneira, reduz-se a margem de erro na classificao e na anlise. Em nosso documento analisado, como foi salientado com anterioridade, o entrevistado est sob uma situao emocional to particular que resulta impossvel determinar com fiabilidade a classificao das variaes. REFERNCIAS BIBLIOGRFICASAntunes, I. (2007) Muito alm da gramtica. So Paulo: ParbolaBagno, M. (2007) Nada na lngua por acaso: por uma pedagogia da variao lingustica. So Paulo: Parbola.

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------------- (2001) A dupla personalidade lingustica da mdia impressa. Disponvel em http://www.portuguesegramatica.com.br/media/bagno/9-_aduplapersonalidadelinguistica.pdf Calvo Prez, J. (1994). Introduccin a la pragmtica del espaol. Madrid: CtedraCastilho, A. T. de (2010) Nova gramtica do portugus brasileiro. So Paulo: ContextoChnaiderman, M. (1998) Lngua (s)- linguagens- identidade (s)- movimentos. Uma abordagem psicanaltica. In Signorini, I. (org.) Lngua(gem) e identidade. Elementos para uma discusso no campo aplicado. Campinas: Mercado de Letras.Hymes, D. (1986). Sociolinguistics: The Etnography of Communication. Nueva York/Oxford: Basil Blackewll.Ilari, R. e Basso, R. (2006) O portugus da gente: a lngua que estudamos a lngua que falamos. So Paulo: Contexto. Ilari, R. (1992). Introduo semntica. S. Paulo: tica.Labov, W. (1972) Padres sociolingusticos. So Paulo: Parbola. Disponvel em http://www.parabolaeditorial.com.br/padroes3-18.pdfLemos Silva, A. Bar, boteco, botequim: individualizao e identidade do sujeito brasileiro. Disponvel em http://www.ucb.br/sites/100/165/TrabalhodeConclusaodeCurso/Barbotecobotequim.pdfLe Page, R. B. (1980) Projection, Focursing and Diffusion. York Papers in Linguistics.Moreira Mendez, C. (2006) O falar do Jornal Nacional: produo e recepo de um sotaque de natureza ideolgica. Disponvel em http://www.bocc.ubi.pt/pag/mendes-conrado-o-falar-do-jornal-nacional.pdfPortols, J. (2004). Interaccin al hablar, Pragmtica para hispanistas. Madrid: SntesisRibeiro Goulart, A. (2004) Jornal Nacional: a notcia faz histria/Memria Globo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed..Woodward, K. (2003) Identidade e diferena: uma introduo terica e conceitual. In: Silva, T. (Org.). Identidade e diferena: a perspectiva dos estudos culturais. Petrpolis: Vozes.

http://www.ucb.br/sites/100/165/TrabalhodeConclusaodeCurso/Barbotecobotequim.pdf

[Brasil, Informal] Qualquer objeto, fato ou acontecimento cujo nome no se sabe ou no se quer mencionar (ex.: tem um negcio que voc precisa saber; ela usa um negcio no cabelo para parecer molhado). = COISA, LANCE, PARADA, TROO "negcio", in Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/neg%C3%B3cio [consultado em 26-06-2014].

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1018418.pdf

Aqueles que aparecem principalmente na fala dos brasileiros de origem social humilde (Bagno. 2007, p. 142)

Segundo Ilari R. (1992) os marcadores conversacionais so utilizados para sustentar o turno, preencher silncios, monitorar o ouvinte, marcar unidades temticas, indicar incio e fim de asseres, dvidas, indagaes, antecipar o que ser dito, corrigir ou apagar posies anteriores, reorganizar e orientar o discurso, etc.

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