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ALMEIDII RIBEIRO I 241 I i I;EI i('I.-;:\NICA DE ~~?~II\TTSTRACX~~ CIVIL Lno 7'. 3VINCIAd iJLTRAMX>;I;;XS It.Lei nQ. 277 de 15 Agosto de 1944" Em nome da Na(;tTo o Cong-*osso da R e p a l i c a decreta, e eu promulgo, a l e i seguin-I:-, firtigo 1s. - As col6nias portuguesas constituem or ganismos aiiainistrativos aut6nomos, sob a superintend6z cia e fiscalimq80 da metr6pole, pela f orma p r e s c r i t a nas bases ancxas & presente lei e que deh fazem parte integrante. Art. 2Q. - nutorimdo o Gw$rno, em cumprimento das disposiq8es desta lei, a decretar os diplomas org6- nicos dc cads colbnin, tendo em vistc o seu grau de de- senvolvimcnto e mais circunst~ncias peculiares. $ Gnico. 0 territbrio colonial administrado por compcnhias privilegiadas continuarg regido por disposi- q8es especiais . Art. 3Q. - Cnda diploma orggnico tord por fundamen - t o um projccto elaborado na respectiva colbnia. $ 1s. 0 projccto a que se refere este artigo serd submetido no examc do Conselho Colonial, quo o devcrd emendar na parte em que ele for contr&i,o h Constitui- qgo da Repuholica, a esta lei e & lei orsnica da ndmi- nistraqgo financeirn das colbnias, propondo ainda as a1 teraqdes que julgue neccssdrir s ao b~m funcionmcnto e- melhr>r intorpre-ttlqSo do que . le se consignar .

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ALMEIDII RIBEIRO I 241 I

i I;EI i('I.-;:\NICA DE ~ ~ ? ~ I I \ T T S T R A C X ~ ~ CIVIL Lno 7 ' . 3 V I N C I A d iJLTRAMX>;I;;XS

It.Lei nQ. 277 de 15 Agosto de 1944"

Em nome da Na(;tTo o Cong-*osso da R e p a l i c a decreta, e eu promulgo, a l e i seguin-I:-,

f i r t igo 1s. - A s col6nias portuguesas constituem or ganismos a i ia in is t ra t ivos aut6nomos, sob a superintend6z c i a e f i s c a l i m q 8 0 da metr6pole, pela f orma p r e sc r i t a nas bases ancxas & presente l e i e que d e h fazem par te in tegran te .

A r t . 2Q. - nutor imdo o Gw$rno, em cumprimento das disposiq8es desta l e i , a decretar os diplomas org6- nicos dc cads colbnin, tendo em v i s t c o seu grau de de- senvolvimcnto e mais c i r c u n s t ~ n c i a s peculiares.

$ Gnico. 0 t e r r i t b r i o colonia l administrado por compcnhias pr iv i legiadas continuarg regido por disposi- q8es especia is .

A r t . 3Q. - Cnda diploma orggnico to rd por fundamen - t o um projccto elaborado na respect iva colbnia.

$ 1s. 0 projccto a que se r e f e r e e s t e a r t i g o se rd submetido no examc do Conselho Colonial, quo o devcrd emendar na par te em que e l e f o r contr&i,o h Constitui- qgo da Repuholica, a e s t a l e i e & l e i o r s n i c a da ndmi- nistraqgo f inanceirn das colbnias, propondo ainda a s a 1 teraqdes que julgue neccssdrir s ao b ~ m funcionmcnto e- melhr>r intorpre-ttlqSo do que . l e se consignar .

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242 ILEI S ORGi 'h I CAS

$ 28. 0 projec to , assim r e v i s t o ou emendsdo pelo Conselho Colonial , s e d s u j e i t o & aprec iagso do Minis- t r o das Colbnias, que, s e coin e l e concordax, o decrcta- rd ; s e , por&m, d e l e d iscordar , propord em Conselho de Mirlistros as ernendas que l h c pretenda in t roduz ix , quo n8o'poderQ'o nunca c o n t r a r i a r o prece i tuado na p re sen te l e i , e d e c r e t a r d f in r~ lmen te o diploma org6nico da ~ 0 1 6 - n i a com a s emendas que tenham s i d o apravadas em Conse- l h o de Minis t ros ,

$ 3Q, 0 d i spos to nes t e a r t i g o e seus $$ IQ. e 2Q.Q a p l i c d v e l nos p ro j ec tos j& envia.dos p e l a s col6niau

$ 4Q. Se no pmzo dum ano, contndo dn promuli . :Yo d e s t a l e i , o Governo n%o t i v e r a inda decre tndo G d iL)lo- ma org6nico dalguma co l6n i s , Tica o r e s p e c t i v o governa- d o r ~ u t o r i z a d o a expedir com o v o t o a f i r m a t i v o do Cons2 l h o do Governo, e de harmonia, com a s bases anexas, um regulamento org6nico da co l6nia que e n t m r s em v igor provisbriamente a t 6 que o GovGrno d e c r e t e o diploma de- f i n i t i v o .

$ 5Q. Se s c i s mcses depois da promulgaqgo d e s t a l e i n l g m a co l6n ia ngo t i v e r e1:l"borado em Conselho de GovGrno o p r o j e c t o do seu d ip lomu org&nico, ebbor&-lo- -& o governador; e o pro jec to , f l s s i m elnborado, s egu i rd os t r s m i t e s p r c s c r i t o s nos pardgrafos precedentes .

A r t . 4Q. - A coldnia poderd promover qualqucr a l t e m q b o do seu diploma orggnico, pe l a f orma o nos termos- cori~igrxr".dos no n r t i g o 3Q. e seus pardgrafos,

Art. 5Q. - F i c n revogad:~ a 1egislagEo em contrzfrio.

0 s Min i s t ro s de todas as RepartiqEes a faqnni impr2 mi r ,pub l i cz r e c o r r e r . Dada nos Paqos do ~ o v $ r n o dn Re- p u i l i c a e publ icada em 15 de Agosto de 1914. - Manuel de Arriaga - Bermrdino Maclndo - Eduardo Augasto de Sou_ sa Movlteiro - h t d n i o dos Santos Lucas - h t d n i o Ju ' i io da Costa P e r e i r a de Ega - Augusta Eduardo Ileupaxth - A l

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f r e d o P r e i r e de Andrade - Jogo l lnr ia de Almeida Iiima - -ALfrcdo Augusto Iiisboa de Lima - Josd de Matos Sobra l Cid.

BASES A QUE SE REFERE A PMSENTE WI

BASE 13.

A metrbpole exerce n sua funqso de superintenden- c i a c f i s ca l i zaq f lo no gov$rno e n d m i n i s t m ~ b o das c o 1 6 n i a s :

lQ. Flantendo no t e r r i t 6 r i o d e l a s a soberania n a c i 2 na l , e o exac to cumprimento das l e i s e mais determina- q8es dos poderes c ompetentes ;

2 Q . Legisbndo, sempre que o Cowresso o julgue convcniente;

3s. k g i ~ l n n d 0 por meio de dec re tos do Podcr Exccu - t i v o , sobrc os assuntos quc excedam a compct$ncin dos governos locn i s , nos casos em que a Cons t i tu iqdo o p c r mite;

4Q. Conccdendo ou negando npromq50 &s reso luq6es dos governos l o c a i s , que nbo tenham por s i p rdp r ins f o r - ga executbrin;

5Q. Modificnndo ou suspendendo a s dc l ibemq8es dos Conselhos de GovGrno com f orqa execut6r in , nos casos i i ~ signados n a s t a l e i ;

6Q. Resolvcndo def ln i t ivamcnte sobre os nssuntos a r e s p e i t o dos qua i s os governndcres :i?s co l6n j . a~ 113 jam

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discordado das de l iberagues dos Conselhos de GovGrno;

7Q. Pazendo a s nomeagues de pes soa l e adoptando 02 tms medidas do c a r d c t e r executivo, quando e s t a s e a q u . l a s excedam a compet$ncia dos governos l o c a i s ;

I 8* ! Orientando, superiormente, a m a r c h g e r n l da ndminis tmg80 u l t r a m r i n a , pr incipnlmente nos assuntos que envolverern i n t e r e s s e s dsl metrbpole,l de lmis dumalc2 I l d n i d ou r e l aqbes internnci0nxi.s; mas r e spe i t ando s e w p re a s faculdndes que, p a m se governarem e ndministm- rem n s i p rdp r i a s , hajam s i d o concedidos h s co ldniaq pg 1 las suas l e i s o r 6 n i c a s .

BASE 2g.

0 Govsrno da metrdpole d o t o m a d provid6ncias de c a d c t e r legislative ou regulamentar, sobre assunto que d i rec tnmente in-teresse sllguma colbnia , sem a. informaggo do gov&mo des t a , E nzo s e r quando dz f a l t a de t n i s p rz v id6nc ia s r c s u l t e pre ju*zo i r r e p ~ r d v e l .

0 Conselho Colonia l s e r d sempre ouzido sobre todos I 0s la,ssuntos n r e s p e i t o dos q u a i s 0s g ~ v e r n n d o r e s d2s C_Q

l b n i a s hajam discordcdo das de l ibem$des dos Conselhos d e GovGrno e sobre os yue, por excederem ns 2t r ibuiq8es dos gov6rnos l o c a i s , hnjam de s c r ob jec t0 de d ispos i - cues l e g i s l a t i m s ou regulamentares do Govsrno d:! mctrd - pole.

BASE 4a,

0 Conselho Co1oni:;l t e r d todns ?.s a t r ibu iqdes que l h e cordcrirem as l e i s orgfinicn:; dns colo'nias, :A6m dns

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que, con fe r idas por ou t r a s l e i s , nGo contrnr iem a q u e b s . Como t r i b u n a l do contenciooo admin i s t r a t i vo , a s su-

as dec i sdcs sobre r ecu r sos da sua compet$ncia stlo de f i - n i t i v a s .

BASE 5a.

Considera-se s u b s i s t e n t e n a c t u a i d iv is&o provincL a1 do t e r r i t 6 r i o u l t r ~ m a r i n o .

BASE 6 s .

Cada uma das co ldn ia s a e d superiormente adminis- t rada , segundo a l e i e o bem pu'blico, por urll governador, o qunl cxerce e s t a funpso directamcnte ou por i n t e m w de f u n c i o r d r i o s s e u s subordinados, e com a colaborn~Eio de corpos, cu jo nGmero, cons t i t u iqgo e compet6ncia po- dem v a r i a r de co ldnia para co ldnia , mas inc lu indo sem- pre r e p r e s e n t a n t e s da populaqgo l o c a l .

0 governador, no exe rc fc io dns s u a s a t r i b u i q d e s , e x pede p o r t a r i a s , c u j o p r e c e i t o s e rd , em regra , precedido de pregmbulo j u s t i f i c a t i v o .

BASE 7%.

A nomeaqf30 do govermdor r e c a i r d em indivfduo r e c z nhecidamente competente, de m6ri to j8 revelado no deseg penho de funq6eS p u l l i c a s ou no estudo dos assuntos co- l o n i a i s . A sun comissgo durnrd, em regm, por tempo de- terminado, m r i b v e l de co ldnia para colbnia .

Na f n l t a , impediment0 . t r a n s i t b r i o ou aus$ncia do governador f a z a s 'suas vezs nos casos ocor rcn tes , e att? reso1uc;tTo do Minis t ro dns Colbnias, o v ice-pres idente do Conselho de ~ o v 8 r n o .

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BASE 8%.

T e e o o t rn t lmento de governador-geral os govern* dores de Angoln, Mo~cmbique e Estndo da fnciin, e o de governed o r de provfncia os das r e s t a n t e s c o lbnias ,

0s govcrrndores-gerais tgm, no t e r r i t b r i o d3 res- p e c t i v a colbnic?, as honrcls cle K in i s t ro s ; os dcmnis go- v e r m d o r e s de provfncin, n s honras de gene ra l comsndante de d iv i sgo e de vice-aliiiirante comnndente de t;squadm, Uns e out ros t6m precedgncia sobre todos os funciondri- os c i v i s ou m i l i t n r e s que sirvam ou por ou t ros motivos estacionem no %er r i t b r io , . ou por e l e t r a n s i t e . 1, excluin - d o o Chefe do Es"cc.do.

0 governndor-geral ou do provfncin 6 dircctamente subordimdo n o Minis t ro dns Colbnias, e responde pelos s e u s nc tos c i v i l e criminalrnente.

As n c ~ e e s c i v i s , conic;-cir,is E. c r i m i n ~ i s em quc se- jn r6u o governador, sb podcriYo s e r , enquanto dure o oeln ,?;ovc^mo, ins tcuEdas nz c omcrcn de Iiisboa, r e ~ p e c t i v e m ~ n t c , na l a . v.re c f v c l ~ ou 1 cornercizl e no 1 % ;1nfzo

, de i 2 7 ~ c s t i gaqzo cr ic i ina l , sn lvo qw~nd o parz o j~?~~: imen- %o dn_ causn. s e j a cornpetentc out ro t r i bu r , :~ l dz rnetrbpole ou de d iversn colo'nia. 0 depoianentrs do gcvcrnntlor, em jufzo ,com i , u t e ou testernunha, qdiznd3 p re sbdo i ns Pes- pec t iva co lbnia , serE efec-tuado IT' sua rcsidGncia, nos termos do a r t i g o 2660-,., nQ, 29., do Cddigo do Processo C i v i l .

BASE 108.

O governndor da co lbnia 6, neln, o agente I e o !re- p re sen tan te do GovSrno dn metrbgole, e 2 supe r io r nuto- r idade , t a n t o c i v i l como m i l i t n r . Bxerce a s c q t r i b u i ~ b e s do Poder Executive, no8 termos e corn a s l imitacEo desta l e i .

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ALMEIDA R I B E I R O 24'7

BASE 11%.

Compete a o governador, como ngente e r ep re sen tan te do ~ o v $ r n o da ne t rbpole , r e p r e s e n t a r a sobercnia m c i o - n a l , f i s c a l i z a r s acgfXo das companhins p r iv i l cg indas e f a z e r que e l a s cumpram us suas obrigaqdes, dar execuqi'Xo escrupulosa e d i l i g e n t e , 5s ordens e i c s t r u q d e s do Go- vgrno dn metrbpole, t;-lo s o c o r r e n t e dos casos e a s s u z t o s que s e relacioncm corn R administrag80 da co lbnia , e r e l a t a r acerca de la p e r i bdicamente .

Sb o govcrmdor podexd corresponder-se dircctamen- t e corn o GovGrno da , t r6pole , s a lvo nos c s sos seguin- t e s :

0 a u d i t o r ~ ~ C L ~ L A L os f u n c i o r d r i o s pelo Govgrno en carregados d e s ind ichnc ia s ou de inspccq8es que ao Go- vGrno tiverern de :rimesentar, directnmente, r e l a t 6 r i o s do e x e r c l c i o da missgo de quo estiverern incumbidos, cn- v i a d o , simult&neamente, cdp ic s a u t b - t i c a s des ses re la - t d r i o s a o govermdor e nenhurna outrtl correspond8ncia 12ies s e r 6 pckmitida, corn o ~ o v g r n o dn metrbpole, que fi s e j n f e i t n por intermEdio do governador.

BASE 128.

Compete no governador da co l6n i s , con0 chefe do 92 d e r Exccutivo, e supe r io r rtutoridade c i v i l , por s i ou corn o concurso do Conselllo de GovGrno, nos terrnos d e s t a l e i :

1Q. Representar n colbnia , pessozlmente ou por de- legnq&o, em todos os s c t o s c con t rn tos de c a d c t e r ge- ra l , que interessenl directamente :lo seu govGrno e adrni- nistragi30, e em que e l a ha ja de f i g u r a r como pessoa m o - ra l ;

2Q. Negocicr, pr6viammte au to r i z sdo , conforme a s i n s t r u g d e s que l h e forem t m n s m i t i d a s , convengUes e a- cordos corn os governoc: dout rzs col6ni73, n a c i o m i s ou e s t r c r ~ g e i ~ s , c; recF ,r dcs t a s , ou par?. e l a s expedir ,

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r o g a t 6 r i a s p r a d i l i g g n c i n s j u d i c i a i s ;

3 s . Declnrar e manter, pelo tempo absolutamente i n dispencgvel , o es tndo de s i t i o em qunlqucr pn r t c do tg r i t d r i o d~ co lbnia , no caso do clgressSo e s t r ange i rn m de grave perturbagao i n t e r n a , dnndo imedia ta contn zo Gwgrno;

48. Excrcer a t r i b u i ~ 8 e s do p o l f c i a g e r a l , incluin- do a f i s c n l i z a g 8 0 sobre e s t r ange i ros , e a faculdade de r e c u s a r a en t rada ou ordenar 2 expulstlo de l e s , ou de la_ c i o n a i s , em algum dos cnsos seguin tes :

a ) Q I , - L ' ~ o da sua presenqa possam r e s u l t s r nl tera- ~ 8 e s dn oabc G:.' ptiblica, ou ou-tros graves inconvenientes, quer de ordem ptlblica i n t e r n a , quer de ordern in t e rnac io - m1;

b) Qunndo sejnm i n d i d d u o s que tenham s o f r i d o jd c ondenaqbes por crimes a que c orrespondam penas mGiores, ou mdios, ou mendigos, ou que n8o tenham meios~ delsub- s i s t s n c i n , nem eotejarn em condig8es de os anga r i a r , ex- cep to serldo reconhecidos eniigrados po1l"ticos ou indid- duos que estejam na co ldnia em cumprimento de pens 1 ou 1 que n e l a tenhnm de sn tm. r parn 9 mcsmo f i m ;

c ) Quandc sejmn a l i c m d o s , ~ ou sDfrnm de doenqa cu- ja difusXo convcnP~: e v i t a r e s b nas colBnias onde a in& nXo houvc.r hospi t :~ l imqBo citequada ao seu in t e rmmento e i s olamento.

Nas expuls8es d~ e s t r a n g e i r o s respci tar-se-go ! a s ' conveng8cs e p r d t i c n s i n t e rnnc iomis , quando a s houver,

ii expulsflo de nnc ionais ftzr-se-6 sbmente com o vc- t o nfirm:ltivo do Conoelho do Gove^rno e por tenipo de tcr - minado, pnrc ou-tro l uga r dn coldnia sr? b e s t a r , ou, sen- do nccecsSrio, p a r a outrn p z r t e do t e r r i t d r i o m c i o n a l .

Scmpre que o s expulaos nSo respei tem n ordenl dnl ex1 p u l sso, -7oltando d e novo 3 colbnia , ou ao l u g a r dc ln donde f ornm expulsos , sem consentimento do govemzdor, scjr3o proce:,r:,rldos c condenados por desobedigncia~ e Lie I

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novo expulsos depo i s de sofrerem a pena.

5Q. Exercer, por s i ou pe los governndores de d i s - t r i t o , acggo t u t e l 8 r sobre o s corpos admin i s tmt ivos ;

6Q. Disso lve r os corpos e comissf3es ndmin i s tmt i - vas , na p a r t e e l e i t a , mas s6 em alguns dos s e g u i n t e s ca - S O S :

a) Quando por culpa sua nffo submeterem h a p r o m ~ t l o supe r io r , nos prazos e termos l e g a i s , o s seus orqamen- t o s ;

b ) Quando, sem motivo j u s t i f i c a d o , d o pestem con- t n s " 3 suns gergncizls nos termos l e g a i s ;

c ) Quando, depois de ndver t idos , deixem d e tomar a s de l iberaqbes ind ispensdveis a o desempenho dos seus dcveres ou qunndo f a l t e m obedigncia legalmcnto devidn h s zu to r idades pu'blicas;

d) Quando, por v i a de inqurdrito ou s ind ic snc ia , s e mostre que a sun g e r h c i a Q nociva a o s i n t e r e s s e s dos s e u s administrados e B s convenisncias da ndministragEo puiblica .

A ~q i s so lugSo S o p re jud ica nem o emprogo dos mcics a d m i n i s t r a t i v o s parp c o r r i g i r os abusos que a motivarcm nem o procedimento j u d i c i q l con t r a os a c t o s que envol- vcm c r i m i n ~ z l i d ~ d e ou responsabi l idade c i v i l .

Ha p o r t a r i 2 que determinsr a dissoluq&o dec lnrar - ++So os f a c t o s ou omiss6es que l h e derclm cnusa e s e mandnrs proccder a novc e l e iggo em prazo d o excedente a s e i s meses.

0 s vognis do corpo ou comiss&o d i s s o l v i d a $80 ine- l e g i v e i s pare e l e s na premeira e le ig5o a que s e procc- de r , f icnndo, todavia, exceptuzdos d e s t e p r e c e i t o os vogc.is quc a s s i m r e m vencidos a s d e l i f e r a q 5 e s que moti- varem a dissolugtTo ou que, em s e s s s o pdbl ica e em tempo competente, t iverem p ro te s t ado con t r a a f a l t z de cumpri - nento da l e i .

)s membros e l e i t o s dos corpos e cornisstjes d i s s o l G

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d a s sen30 aubstitui-'dos por i n d i d d u o s nomeados pelo go vernador dn col6nin, a t 6 tomarem posse os novos membro e l e i t o s .

7Q- cu(;Eio de c z d c t e r

Suspender, quando ocormm razTles graves,\ a ex; pos turas , r e g u l ~ ~ m o n t o s ou ou t ros diplomas de f i s c a l , p o l i c i n l ou memmente adminis tmt ivo ,

ektborados ou mandndos exccutar pe los corpos e comis- sdes admin i s t rn t ivas , a inda depois da aprovag€Xo das esl tAgbes t u t e l a r e s competentes;

1 8Q2 G a r s n t i r a l i be rdade , p l en i tude e independ&- c i a de f u n ~ d e s das nutor ic~ades j u d i c i a i s ;

9Q. Nomear, promoTrt:r, t r a n s f e r i r den t ro dcj. co161zi~, aposen te r e exonemr, nos termos l e g a i s , todos os funci - ondr ios p f i l i c o s da co lbnias , nllo exceptundos nn base 503.;

108. D i s t r i b u i r nos termos l e g a i s os funciondrios p e l n s comissdes ou se rv iqos segundo as r e spec t ivds nomz agGes, e nos mesmos termos exercer sobre e l e s n c ~ X o d is - c i p l i n a r , exclufda a demiss&o para os que nfZo tiverern s i d o ?or e l e nomeados, continunndo em vigor as disposi- gees a c t u a i s quanto nos jufzes.

BASE' 13&

Como pr imei ra autoriclade 111ilitar dn co ldnia compe- t e no governndor exercer , duma mnneirn g e r a l , n s a t r i b2 igf5es e compet$ncia d i s c i p l i n a r de g e n e r a l comnndante d e divisflo e d c vice-nlmirrmte comanrlyinte dc esquadra; supcr in tender nas opcragdes de gue r ra em que forem en- preg:::dns f orqtls m i l i t a r e s , t e s r s s t r e s ou navais , on sty v i ~ o ns c o l 6 n i ~ . e nnn d i s t r i b u i q 5 0 do pcssonl nd l i t a r , p s Ins d ive r sns cornissires tle s c r v i ~ o pu'blico que l h c compz t i r em; e r e s o l v e r sobretudo o nue l h e r e s p c i t e e Mo i n t e r e s e e , d i r e c t n ou conjuntnments, ou t ra co ldnia ou h metrbpole,

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BASE 14a.

Compete a o govermdor, com o vo to a f i rma t ivo do C ~ n s e l h o de Gov6rn0, mas observado o d i spos to nns bases 1 9 % e 288.:

1Q. Es tabe lece r ou modi f icar a divistfo t e r r i t o r i a l da co lbnia ; d a r n ca t egor i a de c idade ou v i l a B s povoa- g6es que s e dis t inguirern p e l a i m p o r t h c i a da sun popula - g&o, comBrcio ou i n d d s t r i a ; des igna r ou t rhns f e r i r as cabegas de d i s t r i t o , concelho ou o u t r a circunscript to as m i n i s t r a t i v a ; e s t abe l ece r 2u a l t c r a r os l i m i t e s d a s po- voapBes, e agrupg-lns 07: : : i :pad-las para ef e i t o s admi- n i s t r a t i v o s ou f i s c a i s ;

2Q. Regulamcntar o funcionamento do Conselho de Go - vbrno e dout ros corpos, comissgles e t r i b u n a i s adminis- t m t i v o s ;

3 Q . Organizar o s quadsos dos so rv ipos dz colbnin, f i xando os vencimentos do pessoal , a s condig6es de admg s a o e promog&o, e o u t r a s conexas;

4 9 . Regulamcntar a execdqtfo das l e i s , decre tos e mais diplomas emanados dn metrbpole, que d i c s o carepam; adop ta r o u t m s disposiqZles de execuqtSio pcrmanente ten- den te s a rnelhorar a administmpSo, v n l o r i z n r os recur- s o s do t e r r i t b r i o , rdgu la r o exerscicio dos d i v c r s o s ra- mos du ac t iv idade pcfblica, e prori~over o progress0 mate- r i a l e moral d~.. co lbnia ; o s t a t u i r , em g e r z l , sobrc to- dos os casos e nssuntos que & coldnia dignm r e s p e i t o .

0s diploma.; promulgndos no uso d e s t a compot6ncia podef lo cominar nos d e l i t o s e contmvcng8es p r i s g o cor- r e c i o n c l a t 6 d o i s anos, multas correspondentes nos t e r mos do a r t i g o 67Q. do Cbdigo Penal, e expulsgo por tern= po determinado observando-se, quanto a e s t a c om re l a - pBo a nac ionnis que d o tenham r e s p e i t a d o z ordem de elf puls&o, o es tnbe lec ido n a pn r t e f i n a l do nQ, 49. da ba- s e 123.

Sempre que s e dispoi- ?. sobre mntgria em re l ag80 h

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qua1 diplomas d 2 metrdpolc hajnrn admit ido pam a s mul- tas l i m i t e s s u p e r i o r e s aos acimn indicados , as multas a e s t a b e l e c e r nos diplomas dn col6ni.a podeflo a t i n g i r , m s n3o exceder, e s sos l i m i t e s .

Rekttivamente 5 organizaggo, aprovaqso e execug&o do orgnmento, langamento, a l t emgKo ou supressQo de tn- x a s e impostos, empr6stimos, regime monetdrio e f i duc id - r i o , e ou t ros assuntos de c n d c t e r f i n a n c e i r o , a compe- t g n c i a dos governadores 6 a es tabe lec idn nn l e i orggni- c a da administm@To f i n a n c e i r a das co ldn ia s e nos dip;.,, - mas que a replnmentarern.

BASE 16a.

0 governndor dn co16nia, por si e por intemn6di.o dos f u n c i o d r i o s seus subordinados, d o p r o t e c t o r nato dos ind igenas dn co lbnia , qucr na co l6nia permaneqam quer s 6 eventunlmente estejam f o r n d e l a s a inda daque- l c s que, &lo oendo d?. co ldnia , n e h s e uncontrern ou ai venhrm a estabelecer-se , cornpetindo-lhe, especizdtnente, no exc rc rc io d e s t n fungao:

la. D i r i g i r as re lagues p o l f t i c a s com os che fe s i n - dl,;cnas c ngrup?mentos sob a sun tlependgncin, de mnntti- ra c conscgui r c innnter, t a n t o q u ~ n t o poss ive l por m e i - os pac f f i cos , n subnussdo de los , e a sun in tugm@o n.3 id^ ge r21 d 8 colbnin;

l 2 G l D e f i n i r e r e g u l c r o e s t n t u t o c i v i l , p o l i t i c o e c r i m i n a l des ses inhOgcnas, e f i s c : ~ l i z a r , supcriormente, c observsncia d a s l e i s u p r c c e i t o s tendentes h defesn d e suns pessons e propriedndes, s ingu la re s ou co lec t i - vas ;

3% k ~ n g n r o impost0 denominndo indigena, peln f o r - ma que melhor s e condune corn o est:l.do s o c i a l , os usos

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costumes dos indigenas, e mais c i r c u n s t c n c i a s atendlveis, devendo umn determinada percontagern do produto nnual dSs_ se inlposto s e r ap l i cadg n melhommentos materictis que in te ressem no indigena e hs s u m corldiqbes de vida, a que s e r e f e r e o nu'mero seguin te d e s t a base;

4Q. Promover o melhoramcnto dns condigBes mater iais da y i d a do ind lgena , o aperfeicoamcnto daa suns ap t id6fs e fnculdades n a t u m i s , e, duma maneim geml, a sua i n 2 trupSo e progresso.

BASE 17%.

A s l e i s e ou t rns disposiq8c., , . ~ l u s i m m e n t c adopt2 d a s pnra indTgenas, s b sbo nplicr ' ireis aos indivTduos t u r a i s da co ldn ia ou nes tn habit. ndo, assim considera- dos por de l ibcmp&o do Consclho de ~ w g r n o . Todos os 02 t r o s i n a i d d u o s sSo i s e n t o s dessa nplicnq2lo e t$m @ a m 2 t i d o o pleno uso c1e todos os d i r e i t o s c i v i s c po l f t i cos , conccdidos p e h s l e i s em vigor .

BASE 185.

Nz de f in iq&o d o e s t n t u t o c i v i l , p i ~ l f t i c o e crimi- n a l dos ind lgenas observar-se-80 a s s egu in t a s regras :

lQ. Poder5o s e r ob jec t0 de medidas e s j o c i a i s de protecq&o nos s e u s a c t o s e con t r c tos , especialrnente nos que envolvcrem prestnggo de serv iqos , engnjamento G em& gragso psr?. f o n dns t e r r a s em que htzbitunlmentt vivcm, ou respei tnrem 6 cons t i t u iq80 d3 f zmf l i a , ou & cons t i - tui@o, uso ou nlienaqBo da propricdade;

2s. A s r e l aqbes c i v i s e n t r e e l e s s e ra0 r e f l l s d a s pe los usos c costumes p r iv :~ t ivos , em tudo o que n5o f o r c o n t r d r i o nos d i r k i t o s fundamentais dn v i d a c da l i b e r - dnde humann; as a l t e r a q g e s des ses usos c costumes, com o f i m de o s rnelhorar, s b serEio in t roduz idns gmdualmen- t e , e de formn n scrcm c:lbalmcntc c ~p rcond idas c nss i - milndns;

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3Q. Nffo l h e s serge, em regra , concedidos d i r e i t o s p o l f t i c o s em rehpeio a i n s t i t u i s t 3 e s do c ~ n ' c t c r europeu,

Sempre, pordm, quc nos usos ou t r a d i g b e s dn rap , t r i b u , ou ou t ros ngrupnmentos ind igenas , s u b s i s t i r a nz gffo ou a przEtica de i n s t i t u i q b e s prbpr ias , emborn rudi- mentares, t endentes a d e l i b e r n r em comum, ou a f a z e r i n t e r v i r , por out r? maneim, a opiniflo e a vontnde dcV may o r i a dos indivjfduos no govGrno do agrupamento, ou na az - minis t rag50 dos seus i n t c r c s s e s c o l e c t i v o s , procurar-se -d mant e r e ape r fe iponr t a i a i n s t i tu ipbea , orientando- -as gradualmente, a bem do ~lesenvolvimento do t e r r i t b r i o e da administrapgo g e r 1 da col6nia ;

4Q. ?$a d e f i n i q s o e p>~l i iq50 dos crimes, d e l i t o s e _ contravengties dos ind lgcnas , t e r s e - g o em e s p e c i a l con-

s ide ragso os seus usos e costumes p r i v a t i v o s , e o con- c e i t o em que forem t i d o s os f a c t o s correspondentes , A s 9enas a p l i c d v e i s poderao d i f c r i r , na essGncia e modo de execup80, dns e s t abe l ec idas para uuropeus e equlpamdos, sendo permit ida a p r i sgo com t r cbo lhos p a l i c o s , rernuv nerados ou nbo conforme a s c i rcuns t$nc ias , e respei tan- do-se, em todos~ o s Icasos, o s p r i n c r p i o s da h~m~nic l ade s c iv i l izapf io ;

5 9 . Na administraqgo dn cjust iq% poderd ndmitir-se que nas fungbes do ju lgn r sej-m i n v e s t i d o s funciondrios ou t r i b ~ m a i s e spec i a i s , ou os chcfes n ; h i n i s t m t i v o s c a i s , n s s i s t i d o s do gmndes ( ind igmas ) , l e t r c d o s conh.. cedores I da I l e i e s p e c i a l , ou ou t ros ind ivfduos de r e spe i t o e considerapso no seu m ~ i o ;

6Q. Fm matdrin d e process0 c i v i l ; cr imina l , 3 d o p tar-sc-Eo d ispos ig8es simples, de f d c i l c ompreensffo,ad5 quadas &s c o n d i ~ E e s e s p e c i a i s d a vida do ind igena , e qa a ssogurem ma rgp ida e honesta cdministrap€To d~~ justipa, devendo t e r - se em ntenggo o p r incsp io n que s e r e f e re o a r t i g o 1Q. do d e c r e t o de 14 de Outubro de 1913, onde $e determina que se f i x e a import8ncia dz reparaq&o v i t & t ima do d e l i t o , quan6o f o r c s s o d i s s o , independentemen-

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ilLMEIDA R I I ..: RO 1 255 1

t e da intervenqgo des ta como parte acusadora,

7Q. Doversa-b proce?er cm cada colbnin, no m a i s breve aopaqo de tempo, h codificoc$o dos usoa e costu- mes 110s indfgenas e h prcp.rac$Yo e adopq3o dos diylo- mas e spcc ia i s que, nos termos des tn l e i , l h c s devam sw apl icad 0s.

BASE 19'

ITSO 6 permitido a o governador, nem mesmo corn o vo- t o p f i r m t i v o do Conselho de Govgrno:

1s. A l t e r a r o d ispos to nes t a l e i , na l e i orgfinica .:a -.dministmqtTo f i m n c e i r a e nos decre tos que regula- :.en 2 ~ p l i c a q 5 0 d e l a s e e s t o t u i r em contrlvenc;&o dos t i i r e i t o s c i v i s e p o x t i c o s dos cidndEtos;

2Q. , l l t c r a r o s l i m i t c s da colbnia, a l i e n n r a pro- priedzde ou o uso dalgu~nc p c r t e do scu t e r r i t d r i o em f a v o r de naqdo ou de coldnin es t rangeim, dec ln rn r a e s t a s 3 G e r m ou conclu i r a pnz;

3Q. Pazer concess8os que envolvam d i r e i t o s de sobe - rnnicLt ou qixcisquer outrcls al6m de l i m i t e s n f i x a r pa= cadn c CI lbnia ;

4Q. Modificar, p r o t e l a r ou desztender, 2 r e s p e i t n dss decisdes doa t r i b u n a i s c i v i s , m i l i t n r e s , adminis- t r n t i v o s ou fi::cais, tmnsit:l.dco ou nSo em julgsclo, as c o n d i ~ b e s l c g a i s dc cxecuqSo ou scus l eg2 i s cf c i t o s ;

5Q. h l t e r a r 2 orgmizac;ffo do Poder Jut?icir, l ;

6Q, Suspender juzzes do seu exercfc io a vcncimen- I t o s ; I

7% Percloar, minorar ou cornutcr penas t- conceder cmistias, cxcepto relat ivnmente 5s pems a p l i c b v e i s n indzgenas, prim o s quais o govcrnzdor t c r d n cor!lpctCn- c i a lcsignscla nos resyect ivos cbdigos.

0s ~zctna ou ;lcci;ifjcs do govumrlor -RI c o n t d r i o cio

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prece i tuado n e s t a base s e H o desde logo t i d o s como ine- x i s t e n t e s , e nLo poderao s e r invocados nos t r i b u n a i s ou rep?*rt igbes pu%licas .

BASE 203.

0 governndor pode, em qualquer tempo, revogar ou rz f o m r a s sincs p o r t a r i a s e despnchos, sem ,preju<zo dos d i r e i t o s adqu i r idos ou reconhecidos pe los t r i b u n a i s .

0s a c t o s ndrninis t rat ivos do governador podem s c r e- nuladoa ou t i l t e r a d o s pelo Conselho Coloni:? l sob recur- s o dos intr+r ,Lssndos, nos C ~ S O S de incompetsncia, exces- s o de poclcS-s, riolagtfo de l e i s ou regulamentos e ofensa de d i r e i t c s :l,dquiridos.

BASE 218,

0s se rv igos dn administrag!Xo gePa1 dn colo'nia s e H o d i v i d i d o s e t r n tndos por s e c r e t a r i a s r i i s t i n t a s , corn so- de na c a p i t a l , tendo os func ion6r ios d e l a s encarrcgados o nome do che fes de serv iqo dn colbnia .

PoderBo v a r i a r , dun0 p?m out ra coldnia , o n&nero d e s s a s ~ec re t a l . i :~ , s e n d i s t r i b u i q S o por e l a s dos diver- sos serv iqos , t-endo-se em v i s t a o seu a c t u a l ou prwd- v e l desenvolvimento e o &pido e consciencioso estudo a reso luq50 rlos assunto::, mas sernpre sem aumentnr o pesss a 1 al6m do nbsolutamente ind i spens jvc l . Nos diplomas 115 g8nicos dns co ldnins e em regulnmentos especiaisr seles- t2be lecerSo a s condigbes de nomw.$Xo dos chefes de ser- vigo, d u r a ~ t t o dos seus ernp~rcgos, ntribuiqEics e mais dis - pos iqdes c o r r e l a t i v a s ,

0s che fes de se rv igo sgo os agen te s imeditztos do go - vernador nn ndministragflo dpU coldnia e s e u s subordim- dos; corn e l e despncham directnmente, e em nome d e l e ex- pedem 8s ordens e i n s t r u ~ b e s convenientes & boa execu- 930 dos s e r v i ~ o s r e spec t ivos .

0 govern-dor p o d e d , po r despacho publicado, dele- &Tar nos chef s de se rv iqo a resolugtTo dalguns dos assu_n

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ALMEiIDA RIBEIRO 25 7

t o s que corram p e l a s r e spec t ivas s e c r e t a r i a s , o que nElo o i s e n t a d a responsabi l idnde p e l a s reso luq6es por e l e s tomndas.

0s chcl'es d e se rv iqo n.50 podem orr responder-se di- r e c t m e n t e com as s e c r e t a r i a s de Eatado, nem e s t a s corn e l e s .

BASE 2 2 a .

Em cada co ldnia , e como pr imei ro c p r i n c i p a l br&o d e administraqBo, depois do governador, f u n c i o m r b r o e larmcnte, em a s s i d u a colaborag80 com e le , um corpo deno minado Conselho de Gov$rrlo, com a constituiqfllo e compe= t 6 n c i a d e f i n i d n s nas s egu in t e s bases ,

BASE 2 3 0 ,

0 s Conselhos de Govgrno sEo c o n s t i t ~ d o s por habi- t c n t e s d a co lbnia , func iondr ios e d o f u n c i o d r i o s , C a b e especialmente aos membros nCfo funcion&rios, como repre- s en tan te s da populag30, promovcr e defender os i n t e r e s - s e s legf t imos d e s t a e axprimir a opiniffo pdbl lca da co- 16ni.2, e aos membros func iondr ios a exposiqgo e e l u c i d 2 g&o tbcn ica dos a s sun tos e a acqBo ponderadorn das tra- diqTles e nornias a d m i n i s l r a t i m s ; mas deve a f u n ~ e i o duns e dout ros combinar-se, por maneim normal c contfnua,no sen t ido do bem comum da co ldnia e do progress0 m a t e r i a l e morn1 dela .

R proporg5o e n t r e o ndmero dos mcinbros func ion8r i - os e d o func iondr ios varia de coldnin para co lbnia , se- gun20 o seu desenvolvimento e nifmero presumfvel d e pes- soas z p t a s ' para exeroerem tais funqtfos, e v a r i a r b em cg da co ldnia , hlevando-se gradualmente, a par do desenvol vlmento d e h , mas o n~fmero dos d o func iondr ios n8o ex- c e d e d d o i s t e r q o s do nltmero t o t a l .

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BASE 24e

Na composiq50 dos Conselhos de Govsrno observar-so- +Bo hs segu in tes rcgras:

lQ, 0s mcmbros funciondr ios sor5o designados dcl en I ... t r e os chefes de s e r v i ~ o s da c o l b n i ~ . e oo magistrados do Minist Q r i o Pu7blico; na f a l t a , ausgncia ou impedimen- t o de qunl.quer d e l e s s e r d chamndo quem o s u b s t i t u i r le- gnlmente no r e spec t iva cargo;

1 2Q.I 0s. rnembrok n51o funciondrios serge designados por eleiG$7,>, embora os corpos ou colegios e l e i t o m i s va - riem de co? : in para colbnia, devendo e s t e s s c r compos- t o s por . ~ . ~ l d ~ v f d u o s corn um mfnimo de h n b i l i t a ~ b e s l i t e r 6 rim ou c e n s f t i c a s a determinar, representantes de est; - belecimentos, corpos e corporagZ3es a c h i n i s t r a t i v a s ou associag8es de c lasse , de modo a obter-se umc represen- t agso q u ~ n t o poss ive l e m c t n dos d ive r sos grupos ou pr2 f i s s b e s , e dos i n t e r e s s e s predominnntes da populaq8o ou '(la col6nia. PoderEo s e r dec lwados vogais m t o s dos Con se lhos de GovGrno, en t re outros nembros nffo funcionb& os, os p res iden tes das c2m2r? 3 niunicipais, os respect i - vos vereadores, ou ainda os p res iden tes das associac8es ou corporagaes com funggo importnnte na v idn econdmica da colbnia. Nas colbnins em que i s s o f o r julgado conve- n i e n t e podertro os lnenlbros n%o func ions r ios s e r e l e i t o s por colectiviclades, c l a s ses ou ,".grupamentos locois1 ou I

pe lo prdprio Conselho de Govsrno. Fi-ca entendido que n qunlidnde de e s t m n g e i r o a30

s e r a motivo de exclus5o dos c o r p s e l e i t o r a i s r e fc r idos nes6e niFmero, quando ncompanhada da res idgncia habi tua l na colbnin por tempo &Fio i n f e r i o r a c inco anosl e da con I - dip80 de sc.ber l e r e escrever o portuguzs;

3s. St5 podem f a z e r . p r t e dos Conselhos de ~ o v 8 r n o i n d i d d u o s de maioridade, de mcionalidcde portuguesa, e os n i t u r a l i z a d o s c ine o nnos depois da n n t u r n l i zag80,de- vendo uns e ,,;tros saber l o r e escrever o portugugs,

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4Q. AS funpdes de membros dos Conselhos de GovGrno st30 obr iga tb r i a s , conforme s e e s t a b e l e c e r nos diplomas orgffnicos, para todos os i n d i d d u o s considcrados elegf- v e i s , e exerc idas sen rcmunerag80 dn Pazenda M b l i c a , sa lvo o d i s p o s t o no nQ. lQ, da base 268.;

5Q. Poderg s e r permit ida a r e e l e i ~ g o dos rnenlbros dos Conselhos de Govsrno,

BASE 25'.

Quanto zo funcionamento dos Conselhos de ~ o v g r n o , observar- so-go as suguin tes r e g r a s :

1Q. A p r e s i d h c i a compete 30 govcrnador ou encar r2 gado do ~ o v g r n o dn co lbnia , mas quando e s t e M o possa, ou entenda ngo dever, por qualqucr motivo, assumi-la,e- xerce-a uni vice-prcsidente , nomeado anualmente de e n t r e os membros do Conselho pelo governador da colbnia , so- b r e proposta, em l i s t a t r f p l i c e , apresentczda pe lo prb- p r i o Conselho de Gov$rno;

2 9 . Salvo o e s t abe l ec ido no ndmero a n t e r i ~ r , ~ o ha v e d p r e c e d h c i a s e n t r e o s membros dos Conselhos d e GO=

vGrno, s e j m ou X o func iongr ios ;

3Q. 0s Conselhos de Gov6rno terXo um ou d o i s pedo dos dc sessdes ordinn ' r ias em cada nno, po(lcndo, tnmbdm7 reuni r -sc em sess8es ex t raord indr i t l s por motivos impor- t a n t e s c urgentes , mns cndn uma d e s t a s f i n d a logo que o Conselho ha ju dc l ibe rcdo sobre o assunto quc dctcrminou a c onvocagfXo;

4Q. 0 Conselho de Gov6rno ngo func ionard sem que estejam preseptes n metade e mnis um dos membros que o comp2lem, inc lu indo o p re s iden te ou vice-presidente . A s d e l i b e m ~ b e s s b produzirfXo e f e i t o qunndo sobrc e l a s re- c a i r o voto a f i rmnt ivo dn maioria dos membros presentes;

5Q. h s sessdes do Conselho de Govgrno, gu:~r?clo e l e assim o de l ibe re , podcrgo s e r chsznados a prcs-I r escla-

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I 2 6 0 1 LEIS O R G ~ C A S

recimentos sobre nssuntos da sua e s p e c i a l competGncia, mas sem voto, quaisquer func ion6r ios p6bl icos ou outros indinOduos;

1 6Q. 0 ' p res idente convoca as r eun i8es do Conselho, r e g u l ~ a m a r c h dos seua t r abn lhos e tem, em caso dei em - pa te , vo to de qual idade, s e d e l e q u i s e r usar .

Ngo s%o vb l idns nem produzem e f e i t o s de q w l q u e r ordem as reuni8es do Conselho que n5o sejam precedidas de convocapao f e i t n pelo p re s iden te em exercfc io , Corn n i ind icag80 do l o c a l e horn em que devnm rea l i za r - se .

So o p re s iden te n59 concordnr corn as opini6es e r x b t i d a s , e d o qu i se r , por i s s o , desempatnr em f a v o r de qua lquer d e l a s , v o t z r 3 como entender, ou nSio votar6 , f i - cando o a s sun to pendente para out ra sessdo, com i n t e r n 2 l o ngo s u p e r i o r a o i t o d i a s ; e s e nessa sessgo houver a i n d a empate, considerar-se-6 r e j e i t a d a a proposta.

h r e c e n d o eo governador que a soluqbo, e x p l i c i t a ou implici tnmente adoptnda, Q contrrfr ia aos i n t e r e s s e s pu%licos, podera' s o b r e s t a r na execusgo d e l a , comunican- do a s r azues dn sua divergGncia ao Gov6rno d a metrbpole, Podercf a inda o governador, sem usn r imediatnmente dessn fnculdzde, reservar -se pnra s e pronunciar sobre o assun t o den t ro dum pen*odo de tempc n5o supor io r n quinze d i as, a c o n t a r da d a t a em que t i v e r l ugnr a votaqEo.

Em g e r a l n i n i c i n t i v r t de nprescntaq5o de propostas p a r s a discussfio em Conselho de ~ o v g r n o pcr tence ao go- v e r m d o r , mas qunlquer men~bro do Conselho pode Lambern a p r e s e n t a r propostc+s sobre nssuntos de i n t e r e s s c p a m c co ldn ia sem pre ju i zo da discuss3o dns que f orem aprese2 t r d s s pelo governzdor, contanto quc n5o envolvam aumen- t o de despesa, s a lvo se , n e s t e cnso, forcm acompanhados de d i spos i s8es e f e c t i v a s sobre c r iaqgo d e r e c e i t a para f n z e r face para e s sa despess;

7Q. A s s e s s s e s dos Conselhos de ~ o v z r n o em que elas nSo e x e r q ~ m funq8es meramente consul t iv t l s serf30 pdbli- cas , por v i a de r e p , c das suas a c t a s , logo impressag s e fGv& d i s t r i b u i q d o r o , g l a r e expcdi ta em nnexo no Bo-

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ALMEIDA RIBEIRO 2 6 1

l e t i m O f i c i a l da colbnict;

8Q. Sb o Gov6rno da metr6pole 6 competente para d i s s o l v e r a p a r t e e l e i t a dos Conselhos de Gov8rn0,no cz so de of ensa da a u t oridade s u p e r i o r da co ldnia ou dos poderes cons t i t u fdos , d e s o b e d i h c i a &s d e t e m i n a ~ F e s d e s t e s ou ?is Leis, i n s i s t e n t e perturbap60 da marcha re- g u l a r dos t m b a l h o s , ou acentuada ind i f e renga ou desleL xo no exe rc fc io dns suas funq8es. 0 governador pode,com o voto a f i rma t ivo do Conselho e nos casos acima especi- f i cados , i n i b i r qualquer dos s e u s membros do tomar par- t e nas r e s p e c t i v a s s e s saes durante urn porfodo :?.%I exce- dente , de cada vez, a v i n t e d i a s , devendo sel* , '.Ismado a subst i tu ' f - lo o respective substitute;

9Q. Nns co ldn ia s em que, pelo grande ndnlero de mem b r o s do Conselho, ou pe l a d i f i c u l d a d e em os r e u n i r f orx dos perfodos normais de sessso, assim convier , t e r d ele, para f u n c i o m r no i n t e r v a l 0 desses per iodos, uma comis- sfXo perrmnente, formada por membros func iongr ios e ngo funciona'rios e l e i t o s e n t r e s i e na proporqgo em que e- x i s tem no Conselho de Gov6rn0.

A comissao p rmanen te tem a mesma competGncia quc o Conselho de Gov8rn0, sem p r e j u f z o da convocac$o e x t r z o rd ing r i a des t e , sempre que o governador entenda que e- l a 6 exig idn pela importsncia ou gravidade dos casos a resolver.

BASE 26e.

U B m das r e g m s g e r j i s e s t abe l ec idns nas bases an- tecedentes , observar-se-80 tamb6m, na c o n s t i t u i q 5 0 dos Conselhos d e Gov6rno dns d i v e r s a s co lbnias , as seguin- t e s r e g m s e spec i a i s :

1Q. Nas col6ri ias d iv id idas em d i s t r i t o s s e s o es- t e s representados sempre nos Conselhos de Gov6rno por membros e l e i t o s em cada d i s t r i t o . Podcrb, tnmbern, nes- sas coldnias e em quai ;quer out ras , dar-se repr-!senta-

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I 262 1 LEI 3 ORG~NTCAS

qBo e s p e c i a l n ngrupnmentos c o n s t i t u i d o s por urn ou mis concelhos, cidizdes, v i l t l s ou a l d c i a s , ou por out ras poz q8es d e t c r r i t b r i o com ident idnde ou afiniclade de inte- r c s s e s .

Aos r ep re sen tan te s dessas d i v i s d c s ou f racqdes t e r r i t o r i a i s , quc m o residam hnbitunlmente na sede do Conselho d e GovGrno, s e rdo concedidos um subsfd io dig- r i o , d u m n t e o perfodo das sossBes, e indemnizaqgo das despesas de t r anspor t e .

I 202 No Conselho de GovBrno de Macnu a sun populs- qflo s e rd representadn por ve .~ , : .dorcs munlcipais ou por vogais a&logamente e l o i t o s , ,, vor d o i s representan tes da comunidade chinesn, corn X-~,.;I lgncia rza col6nia por tempo rdXo i n f e r i o r :? o i t o r.;zos, escolh idos pelo GovGrno da Colbnia;

I 7Q. ~b Consclho de GovGrno de Timor dar-se-6 r e p 2 sentaqgo e spec i a l , pclo menos, B c l a s s c dos agr icu l to- r c s .

BASE 27'0

0s Conselhos do ~ov&-no t$? c o m n e t ~ n c i a consul t i - va ou d e l i b c r n t i v a , segundo os c ~ s o s , sobre a ndminis- t m q g o C~P. ru spcc t iva col6r;ia.

Coizsu1t:~m qunndo pzrz i s s o forem so3_lcitndos pelo govcrnndor, o quttl ?.ever0 ouvi-10s Lin todos os cnsos graves ou impor tan tes , espcciaknente nos abmngidos pe- 10s nes , 2Q., 3s . e 7Q. da base 12a.

Deliberam qucndo G governador dc coldnin exerqa a a t r ibu iqEo do 4Q. do a r t i g o 3 9 . destil. l e i , dos n Q s , 4 % c 6Q, da bzse 123., sobre os nssuntos dn base 143., dos nQs . 29 . e 3Q. cla base 16%. c ila base 17*., que I o- I

b r ign tbr iamente l l les s e X o su j c i t o s . Compete, tzmb6m, a o s Conselhos de GovGrno:

1Q. D e l i b e r m sobre n d i s t r i b u i q 3 0 pe los d i s t r i - t o s ou ou t r a s d i v i s d e s ndrnini:3trativas dos fundos cons&

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A1;MEIDA RIBEIRO 2 63

gnados no orqmento g e r a l da co ldnia para a execu~Mo d e obms , melhormentos ou ou t ros s e rv iqos e spec i a i s ;

2s. D e l i b o m r sobre a execuqgo de p ro j ec tos de o- b m s , melhoramentos ou scrv iqos , sempre que e l a impU- que despesa s u p e r i o r h quan t i a l i m i t e dn compet6ncia do goverm.dor por si sb, a qua1 v a r i a r d de co ldnia para c_o Idnia ; aprovar os con t r a tos g e r a i s que e s sa execuqfio e- x i g i r , d o t a r e r e g u l a r os s e rv iqos d e conse rva~&o, e x p l . mqSo ou aproveitamento, sem p re ju l eo das a t r i b u i q 6 e s confer idns a o s conselhos de d i s t r i t o ou de ndministm- ~ i 3 0 , comiss6es d e melhoramentos e andlogas organimq6es

, ' n i n i s t m t i v a s ;

SQ, D i r i g i r , por intermgdio do seu p re s iden te em exe rc fc io , ou em v i r t u d e de d e l i b e r ~ g r o d e d o i s t e r q o s dos seus membros, representaques ao ~ o v 6 r n o da metrbpo- l e ou ao Congresso da RepGblica, sobre todos os assun- t o s d e i n t e r e s s e para a co ldnia .

BASE 28a.

A s dc l ibemqaes dos ConseLhos de Govgrno sfio exec: t d r i n s e ubrignm no t e r r i t b r i o da r c s p e c t i v a colbnia , s a l v o o d i spos to nes t a l e i .

N5o sBo, pordm, cxecutbr ias , sem n aprovaqffo d a - m ~ t r b p o l c , a s deliberaqilies quo versem sobre algum dos se- g u i n t e s nssuntos:

XQ. 0rganizztqBo c consti-tuic;tXo dos t r i b u n a i s e re- pnrtiqt5es de ju s t iqn , sun competgncia e ntr ibuiqbes,r l i - r e i t o s c deveres dos seus f u n c i o d r i o s , exceptunda a p a r t e p r i m t i v a dn administrnq50 da j u s t i q a nos indfge- nas ;

2Q. OrgnnizaqBo e reorganimq8'0 t o t a l ou p a r c i a l d e ~ e r v i q o s g e r a i s d a co ldnia quando duma ou o u t m re- s u l t e numento do n7Zmero de f u n c i o d r i o s d~ co ldnia ou ng-ravnmento da despesa t o t a l orqada com v~ncimorl tos a ; 2s nt r ibufdos ,

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Exceptua-se a criaqEo (10s se rv iqos ou a a(3missSo d e pes soa l que e v e n t u a h e n t e s e destinem n ntander a E I ~

ces s idades imprev i s t a s e pas snge i r s s dn ndministmq&o d a co lbnia , entendendo-se, pordm, que t'zis medidas cadu - cam com o prazo para que f oram nutor izadas , s a l v o se a sua inclusCito no organento seguin te f o r sanc ionada ,~ em I

tempo competente, peln mctrbpole;

3 9 , ExecuqZo de obms, mclhornmcntos c se rv iqos p i b l i c o s , e aquisiqBo de matcr in is , quando a r e spec t iva import6ncia excedcr 3 por cento dn r e c e i t a dc col5nin, ou 60,000$ naquelas em quc t n l percentngem produzi r qu- .:>$!ha supe r io r ;

4Q. C O ~ C ~ S S ~ C S d e construggo ou exploraqffo dc ca- bos s u b m r i n o s ou comunicaq8es rbd io - t e l eg rd f i cns ,v ins f S r r e a s de i n t o r e s s e g e m l , po r tos e ou t rns grancles~ 0- i

b rn s pfiblicas, bem como conceso&o de l i cenqas pnrn o es tabelocimento de depds i to s de c a m a o ou out ro combustfr: v e l usndo pel2 mnrinhz mercnnte ou d e giaerra.

Nas co ldnins em cu jos Conselhos dc Gov6rno o nu'me- r o 6e membros rBo func iondr ios s e j a i n f e r i o r ao dos f u n c i o n d r i o s dependem tamb6m ds pr6v i s nprovaqflo dn rnetr6:

I pol,: i~:s del ibcmq5cu quc a l te rem l e i s em v i g o r ou decre t o s corn i g u n l f orqa, mas, s a lvo o p r e s c r i t o na bnse 195 d e s t n l e i , e s t ~ s de l ibe raq8es podergo s e r provisbrinme_n t e , a t 6 ~ ) 6 ~ 0 1 u q 8 0 do GovGrno d?, rnetrbpole, ao. qua1 logo s e d a d conhec im~nt0 do f a c t o , declarnrlas em execuqgo em caso de urg6ncia e corn o voto a f i r rna t ivo do Conselho de GovGrno, qunndo s e p reve ja que, sem i s s o , pode haver pre jufzo para o imedinto progresso e boa administraqgo da provfncia . Nns demais co ldnias , a s deliberaqPlles que a l t e r e m l e i s cm v igo r ou dec re tos com i g u a l f o r g a pode- r5o s e r suspensas ou modificadas peln metrbpole, dent ro do prnzo de trcs meses depois de recebicia a cornunicaq%o d o governad o r ,

Considerm-se aprovadas pe l a metrdpole a s de l ibe ra - qdes dos Conselhos de Gov?mo submetidas ii sua snnqao, r:::ndo &To h a j o r e so lv ido sobre e l a s den t ro do prnzo de

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AIMEID A RIBEI RO I 2 6 5 1

t r $ s meaes depois d e r eceb idas no Minis tgr io das Col6ni - as . A entracla do processo nQ Minis tdr io das Coldnins sz r b imediatamente comunicdda no governador da co ldnia r e spec t iva .

BASE 29'.

Na c a p i t 8 1 de cada co ldnia haver6 urn t r i b u n a l p r i - vn t ivo para j u l e r as questdes do contencioso adminis- t m t i v o , f i s c a l e d e contas , que s e d composto por j u G ees dos t r i b u n a i s d e 28. ou l a . i n s t s n c i a da c o l b n i a , p ~ l o a u d i t o r f i s c a l e por mer?tsros d o func iondr ios pufbli- cos, e l e i t o s pel.os c omercir . :es, i n d u s t r i a i s , p rop r i e td - r i o s ou maiores con t r ibu in t e s , ou escolh idos de c n t r e e l e s ou de advogados pelo Conselho do GovGrno em nlfmero v a r i d v e l de co ldnia para coldnia , consoante a i m p o ~ t & n - c i a dos se rv iqos que l h e incwnbirem.

F n s o p a r t e do t r i b u n a l no julgsmento de questdes aduanei ras ' o empregado supe r io r das a l f b d e g n s dZi co16- n i a , e, quando func iona r como t r i b u n a l de contas , o di- r e c t o r dos se rv iqos de faaenda.

Rcpresenta o P l in is t8r io l%%Lico junto dcs t e t r i b u - n a l o Procurador da Repu%Iica, onde o houver, ou o seu delegado .

Ao t r ibunal . compete j u l g a r a s qucstTjes do contenc i oso admin i s tmt ivo , i nc lu indo os r ecu r sos ou reclamaq6G i n t e r p o o t o s dos a c t o s ou dec isoes de quaisquer a u t o r i d 2 des, exceptuando o govermdor da co ldnia ; a s do conten- c i o s o d e impostos d i r e c t o s ou i n d i r e c t o s , i nc lu indo o contenc ioso adunneiro; a s contas dos exac to re s 6a f nzen da dn colbnia , exccptuando o t e s o u r e i r o ge rn l ; cs dos- rbesponsdveis por ma te r i a l ; a s de corpos, corpomqdcs e comiss5es a d m i n i s t m t i v a s ; a s das associaqdes, e s t a b e l . cimentos p i o s e de beneficgncin; e , nn I n d i a , a s das ad - minis t raques d m comunidades e mazanins dos pagodes.

Das s u m dec isdes hd r ecu r so para o Conselho Colo- nial, nos casos e pe l c formn es t abe l ec idos em diplomas l e p i s e dec re tos regulamel -.WCS.

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BASE 30%.

A l Q m do Conselho do ~ o v g r n o e t r i b u n a l do conten- c ioso e d e contas, podergo s e r i n s t i t u f d o s junto dos go - vernos l o c a i s out ros corpos e comiss'bes ospecialmentc incumbidos do cstudo te'cnico dc dcterminados assuntos, de g e r i r ou adminis t rar alguns ramos de serviqo, ou de, por out ra maneira, servirem o bem pitblico e o progres- so da coldnia, observando-se a t a l r e s p e i t o as seguin- t e s normas:

lQ. Criarse-go, apenas, os c o r p s e comissdes ab- sslutamente indispensdvcis , defininclo-sc., corn precisPo, a sua oompet$ncia, e evitando-se p re jud ica r a funqgo su, p e r i o r que no gov6rno e administragtXo da colbnia f o i rz - conhecida aos corpos e t r i b u n a l ins t i tu i ldos nas bases anteriorcis , e invad i r a s suas a t r i b u i q 6 e s e s senc ia i s ;

2Q. Sempre que s e j a possfvel , dar-se-d representa- q%o em t a i s corpos e comiss8es aos habi tantes da colb- n i a mais d i r e c tamente in t e res sados no tratamento e reso - luqgo dos r e spec t ivos assuntos ou questdes;

3Q. Esses corpos c comissdes podeHo s e r dotados 1 de l r e c e i t a s prdpr ias e de capacidade para a s ad.ministra -

rem, sob a superintendthcia do gov6rno l o c a l .

BASE: 318.

0 t e r r i t d r i o da col6nia s e r 6 d iv id ido e subdividi- do em a r e a s admin i s tmt ivas , tendo em conta o rel8vo o- rogrbf ico , a s l i n h a s de dgua, v i a s de acesso, d is t r ibu- ig%o Qtn ica ou polXtica dos povos indfgenas, e quais- quer c i r cuns tgnc ias capazes de i n f l u i r na vnlorizaqiXo dos seus recursos , de n~anoira quo es sas d r c a s possarn c o n s t i t u i r unidades econdmicas e aclminis t m t i v a s , com organizag%o prdpr i a e r e l a t i v a autonomia.

Na div isgo do t e r r i t6 r i . o c ( lef iniqgo do regime a a p l i c a r &s suns d ive r sas drc;as aclminis b ~ - z t i v a s , obser-

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AlN3IY A RIBEIRO 1 267 I

v a r s e - g o a inda a s s egu in t e s r e g r a s e spec i a i s :

l a , Quando a vas t idgo do t e r r i t b r i o ou o u t r a s c i r - cuns tgnc ias o recomendem, sez% e2e dividido, no todo ou em pa r t e , em d i s t r i t o s . A s co ldn ia s n&o d i v i d i d a s em d i s t r i t o s , os d i s t r i t o s das que o forem, e a p a r t e do t e r r i t d r i o d e s t a s , M O abrangida na d iv isgo d i s t r i t a l , pode&o a inda s e r d i v i d i d a s em o u t r a s d rcas s u j e i t a s a d i f e r en te s regimes adminis t ra t i v o s ;

2Q, A s d r e a s admin i s t r a t i vas que abranjam as povoa - q8es sedes de &v$rno de co ldnia ou d e d i s t r i t o , ou ou- t r a s povosp8es impor tan tes pe l a aglomeraqgo da popula- EGO branca ou ass imi lada , ou pelo clesenvolvimento comer c i a 1 ou inc lus t r i a l , e .ainda a s d r c a s em que a p o p u l a ~ a o indfgena tenha a t i n g i d o um grau a p r e c i s v c l de instruqCTo e de progresso, t e r 8 0 a dcsigmqgo de concelhos, ap l i - cando-se-lhes wn regime puramente c i v i l ;

3Q. A s d r e s admin i s t r a t i vas em que habitem povos ifldi'genas completamente dominados e p a c i f i c s d o s , m s d o c iv i l iza i los , s e H o designadas c omo c i r c u n s c r i ~ 8 e s c iv i s , aplicando-se-lhes wn regime c i v i l mcnos a v a n ~ a d o que o (1 e condblho;

49. A s d r c a s a d m i n i s t m t i v a s que abmnjam povos i_n d i g e m s a inda n8o in t e i r amen te pac i f icad os c o n s t i t u i f l o capitanias-mores ou c omandos mil i tcares , que devem i r sdndo ~ u b s t i t u f d o s por c i r cunsc r ig8es c i v i s , h medida que s e f o r completando a pac i f icaqgo dos mcsmos povos;

5Q. 0s concelhos podergo ainda r epnr t i r - s e em &re- a s correspondentes a b a i r r o s ou alGcins, f r egues i a s ou loca l idades , tambem organizadas ndministrat ivamente; a c i r c u n s c r i ~ % o c i v i l em delegaqbes, d iv i s8es ou pos tos c i v i s i l iversos; a s capitanias-mores e cornandos milita- r e s em postos m i l i t a r e s ; podendo, t a n t o c s t a s r e p a r t i - qdes como as da c i rcunscr iq%o, abranger um ou mais a g z pamentos Etn icos ou polXticos de inc!fgenas, a cu jos che fc s s e d , quando convier , atribui'c!a m a funqEo admi- n i s t r a t i v a , embora rudimentar, na yc.spect im Srea t o r -

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ri t o r i a l ;

6Q, Elnquanto a s necessidndes de administraqtfo dn c o l6nia o e x i jam, poderao mentcr-se divisf3cs t e r r i t o r i - a i s d i v e r s a s das d e f i n i d a s nos nQs , 29 ,, 39. c 4% des- t a base, e c u j o s chefes , sob quzlquer designcq60, reu- nnm z t r i b u i ~ d e s d e ndministmgfio c i v i l corn ou t rns de p_~! l f c i a t e r r e s t r e ou m r f t i m n ou de f i s c ~ ~ l i z a q S o de cer- t o s serviqos:

7Q, Excepci. onale t r ~ n s i tbr ismente, podem* pnr t e do t e r r i t d r i o sob administmgZlo c i v i l s e r submctida a o re- gime do comando lhilitar, para f i n s e s p e c i a i s de manuten 930 da sobemniri, res tabe lec imento da ordem e ou t ros ndlogos.

BASE 32a.

Haven3 wn governador em cadn d i s t r i t o , menos no da c a p i t a l da pxovfncia, onde a s fungaes correspondentes s e d o exc rc idas pelo governcdor-geral. 0s governadores d e d i s t r i t o s e s o nomeados pelo GovGrno dn metr6polel sob proposta do governador-ger-1.

A comiss80 d e govcrnqrlor do d i s t r i t o ap l ica-se nlu-

t a t i s mu tmdi s , o q lc f i c a u 3 i s p o s t o na base 7g. Yor quaisquer a c t o s coinetidos ou julgadoc ,c?urante

o exe rc fc io dns suas funs5cs, o governador dc c l i s t r i t o rcsponderd pe ran te o t r i b u m l dn cr .p i tn l ha coldnia , e d e n t r o do seu d i s t r i t o goza das p r ~ r r o ~ t i v a s dcclars- d a s na base 9&, E s t a diaposiqBo Q da mesma f o m a a p b - c n v e l cos governadores dos t e r r i t d r i o s das companhias p r i v i 1cr;iaf.a~.

BASE 33@.

0 governador de d i s t r i t o e s t g subordinado a o govez nador-geral, e 6 , m dren do d i s t r i t o , o delegado desto nutor idade , Goza, na mesmn drea, das honras que compc- tern aos gene rn i s c . contra-almirantes , e tem preccdcncic

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ALfl3IDA RIBEIRO 269

sobre todos os func iondr ios c i v i s ou m i l i t a r e s que ali sirvam, estocionem ou t rans i tem, e x ~ e p t ~ d o s o Chefc do Estndo e o governador-geml.

0 governador de d i s t r i t o exerce n c l e funqdes exec2 tivas, d i r i g i n d o superiomnente todos os serv iqos p&li.- cos, e r ep re scn ta , m aus8ncia do govcrnador da coldnia, a sobemnia n a c i o m l , competindo-lhe, especialmento, por s i sb ou dm conselho de d i s t r i t o :

lQ. Exercer, como chefe da administraq80 a c t i v a do d i s t r i t o , e r ep re sen tan te des t e , como pessoa moral, a s funqdes dc gzst&o, au to r idade e t u t e l a admin i s t r a t i va que st20 t-- ' ;r?: bufdas a o s governadores c i v i s do cont inente , nos a r t i , p z 248Q. e segu in t e s do Cddigo Administrat ivo de 4 de i~iaio de 1896, s a l v a s a s modificaqges impostas pe las c i r cuns t&nc ia s , ou que resu l ta rem d e s t a l e i e da l e i or&nica da admin i s tnq80 f i n a n c e i r a ;

29. Exercer, em re l aqso aos m i l i t a r e s de t e r r a e mar, p re sen te s no d i s t r i t o , a s a t r i b u i q o e s e compet8n- c i a d i s c i p l i n a r do a n t i g o g e n e r a l de br igadn exercendo comando, e de cap i tdo de mar e gue r ra comandando f orqas navai s ;

3Q. Prepnrar o pro jec t0 de orsamento do seu d i s t r i .to, ouvidos os che fe s de semriqo d i a t r i t a l e f a z e r exe- c u t a r o orqamento dn coldnia , depois de aprovado, na p a r t e que l h e d i s s e r r e s p e i t o ;

4Q. Romear o pes soa l menor d a s r e p a r t i q b e s e s e r e qos admin i s t r a t i vos do d i s t r i t o ;

59. Exercer, em reli~q!Xo a o s func iondr ios em se rv i - qo no d i s t r i t o , compet6ncia d i s c i p l i n n r , a t 8 a dcmisstXo p a r a os que por e l e hajam s i d o nomeados, e de suspens&o a t 6 d o i s meses para os out ros ; s a l v o o que s e acha pre- c e i tuado *quanta a func iondr ios de j u s t i q a ;

6% Resolver todos os casos oco r ren tc s que, nfio sendo das s u m atr ibuiqejes , nfio p o s s m , todilvin, espe- r r b r p e l 3 r ,.;oluqEio supe r io r , dando iniediato con!iecirnen-

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t o a o governador da co lbnia ; propor a adopqgo de p r o v b dGncins adequadas a o desenvolvimento do t e r r i t 6 i 0 , n o m e cdamente as de cardc t e r legislative ou regu1amentar;rG l a t a r , peribdicamente, sobre a administraqao que l h e f o i c onfiada ;

79. Exercer a s a t r ibu iQ8es que o governador-gem1 n e l e de legar .

Nos d i s t r i t o s completamente s u j e i t o s ao regime1 ci- I

v i 1, podertio exc epc i onalmente as f unqges de signadcls no lnQi 2Q. s e r exercidns, s e p m d a m e n t e das do governador, por um o f i c i a l m i l i t a r , continuando, contudo, a s e r 'la compet6ncia do governadw o ordenar o emprego da fo-%(;a p f i l i c a em pequenas operagaes que r e p u t a r neccss6ri; ;s para a seguranOa e defesa do t e r r i t 6 r i . 0 , embora f iqut : b. responsabi l idade do comndante a m n e i m por que t a i s o p e m ~ u e s forem executadas,

No e x e r c i c i o das a t r i b u i q 8 e s que po r e s t a base lhe s8o conf e r idas , e sempre que houver necessidade d e ado2 t n r d i s p o s i ~ b e s de c a r i c t e r r e g u h m e n t a r indispensdveis h boa execuq%o, no d i s t r i t o , de p o r t a r i a s , ordens ou i n s t m ~ 8 e s do governadorcgeral, o governador do distri- t o expedc c d i t e i s e a lva rds , que serffo pubLicados no Bo - l o t i r r~ Of i c in l , e em quo poderd impor a pena ite p r i s g o n t b um m8s e de multa n t 8 200$,

BASE 346.

Ce se rv iqos da sdministraqMo da co lbnia nos d i s t 3 t o s serRo executados em r e p a r t i ~ 8 e s d i s t i n t a s , com sede ns. c n p i t ~ l do d i s t r i t o , e d i r i g i d a s por che fe s de s e e ~o d i s t r i t a l ,

0s chefes de se rv iqo d i s t r i t n l sgo 08 agen te s ime- dicltos do governndor do. d i s t r i t o , clespach~~m tlirec tamen- t e con1 o l e e em nome de le , expedem h s cs taqoes suns de- pendentes as neces sd r ins ordens e ins t ruq8es .

Sb em aseun tos e s t r i t amen te tdcnicos , ou de sirn- p l e s informaqgo$ podem o s che fe s d e serv iqo ( i i s t r i tn l .

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corresponder-so directamente corn o s ro spec t ivos che fe s de se rv iqo da co ldn ia ou d i r e c t o r e s .

As r e p a r t i ~ 8 e s e s e r v i q o s d i s t r i t a i s ap l ica-se o d i s p o s t o na base 21@.

BASE 35&*

Jun to do governador de cada d i s t r i t o , except0 nos d i s t r i t o s m i l i t a r e s , haveid um conselho de d i s t r i t o , composto de membros func iondr ios , designados de e n t r e o s che fe s de se rv iqo d i s t r i t a l , e de membros n%o func& o d r i o s , e l e i t o s ou nomec os por qua isquer dos proces- s o s ind icados no nQ. 2% base 24&., que melhor c o r respondam &s c o n d i ~ d e s ~ s l v c i a i s do r e spec t ivo d i s t r i t to . A escolha deverd r e c a i r em i n d i d d u o s r e s i d e n t e s na c a p i t a l do d i s t r i t o , observadas a s disposigf3es do nQ. 3Q. da mesma base. ~ e r 8 permit ida a recleiqSo.

No n h e r o dos membros func iomer ios s e r& inc lu fdo o r c p r c s e n t a n t e mais graduado do Min i s tQr io R b l i c o no d i s t r i t o .

A pres idsnc ia compete ao governador do d i s t 2 i t o , mas qmndo e s t e d o possa, ou entendn nBo dever, por qua l q u c r motivo, assund-la, exerce-a u.n vice-preside* t e , nomeado unualmente pelo governador-gem-1, de e n t r e o s membros do Conselho, e sob p r o p o ~ t a do governador do d i s t r i t o .

Nos d i s t r i t o s sob a jur i sd iqSo imediata do governa - dor-germl, o Conselho de D i s t r i t o sera' p r e s id ido por urn dos chefes de s e r v i ~ o da co ldn ia ou do d i s t r i t o . 0 s membros func ion6r ios s e M o designados de e n t r c o s i n d i vfduos d e s t a c l ~ s s e com e x e r c l c i o na c a p i t a l , inclui; do urn r ep re sen tan te do hliniste 'r io Pdblico.

Pnrn o s e f e i t o s des tn b ~ s e , sbmente podem s e r con- s i d e m d o s d i s t r i t o s m i l i t a r e s aqueles em que a c a p i t a l nEio s e j a cabeqa de concelho ou de circunscriq€lo c i v i l .

E a p l i c d v e l a o s d i s t r i t o s o d i spos to na base 3Oa.

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BASE 368.

0 Conselho de D i s t r i t o tem funpBes consu l t i vas e de - l i b e r a t i v a s . Consulta sobre os a s sun tos de actministra- qfXo g e r a l do d i s t r i t o quc l h c forem submetidos pelo go- vernndor, o p a l deve ouvi-lo em torlos os ca sos impor- t r v n t e s ou graves e especialmente q~inndo haja de adoptar medidas que exccdm sua compet8ncia normal ou dispos& gbes de car f ic te r r e e l a m e n t a r necesag r i a s h nplicag%o no d i s t r i t o de p o r t a r i s s , ordcns ou i n s t r u g 5 e s do g o v z ~ no g e r a l . De l ibem, como estapgo t u t e l a r , sobre todos os a c t o s , resolugbes e propostas doc corpos udministra- t i v o s , es tabelecimentos de benef icznc ia e cong&neres, que devam s u b i r & sua aprec iag8o; ' sobre a d is t r ibu ig t io p e l o s s e rv igos ou obras d i s t r i t n i s d a s verbas que para e l a s tenham s ido i n s c r i t a s no orqamento g e m 1 da, colb- nin ou a t r i b u f d a s pelo Conselho de Gov6rno; sobre os p r o j e c t o s e con t r a tos pam execugao desses s e r h g o s ou obms , quando a sua importgncia, i n f e r i o r a o mfnimo da c ompe tGncia das cstaqbes supcr iores , exceda, todavia, o l i m i t e d e n t r o do qua1 a o governador do d i s t r i t o compita r e s o l v e r por s i s6.

A s de l ibe ragges dos Conselhos de Di s t r i t o sgo exec2 t b r i a s ; poderb, porEm, o governador n5; s e conforrxtr com e l a s , qaando l h o nconselhem ra5Ues graves, submeten do o a s sun to a o governador-geral, que, ouvido o Conse- l h o de Govgrno, r e s o l v e d def in i t ivamente .

BASE 373.

Hcverg em concelho um adminis t rador ou chefe, delegado do governador e a e l e subordinado. Compete-lhe prover As necess idades do sorv igo ndmin i s tmt ivo em to- (10s o s ussuntos que nRo e s t e jam especialmente cometidos a o u t m s ?u to r idades ou f u n c i ~ ~ r i o s , e exe rce r as fun- q5es a t r i b u f d a s nos adminis t radores de concelho, nos t i g o s 276Q. a 279Q. do Cddigo AcZmlnistmtivo de 4 de Maio de 1896, nn medicla espcci.allncnt, d c f i n i d a para ca-

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ALMEID A RI'I. .a: C RO I273 I

da co ldnia nos dec re tos e spec i a i s , Nos concelhos onde houver corpos de p o l f c i a c i v i l

pertencerEio s o s r e spec t ivos chefea ou comissdrios p a r t e das a t r i b u i g d e s p o l i c i z i s quc forem f i x a d a s para cada c olbnia .

No cargo de ?dministrndor do concelho, s b Poderd ser provido indivfduo que ii d a t a da nomeaggo e s t e j a na co ld - n i a hsii pelo menos trGs anos,

BASE 388,

Em caaa circunscric$30 c i v i l haverd um ndminist?- o r ou chc fe dclegado do governador e n c l e subord imi .~ .

Compete-lhe, especialmente:

lQ, Estuclnr o s usos e costumes dos indfgenns,seu ez t a d o s o c i a l , organimqfXo p o l f t i c a , regime 4a proprieda- de, co l ig indo todas as Inforn~igEies p r a ma razo6vc l e ndequnda acqzo sdmin i s t rn t iva e c i v i l i m d o r a ;

24. D i r i g i r n p o l l t i c 0 incllgena, na c o ~ o r m i d a d e d a ~ ins t ruqBes do governador, e exercer , a e s t c r e s p e i t o , to das a s a t r ibu iq l res clue l h e forem confe r idas pe los regu- lamentos e spec i a i s ;

3 9 . Exerccr 0s fungoes j u d i c i a i s quc lho forem a t r i b&as p ~ l a 1egislaqBo g e m 1 ou e s p e c i a l sobre o nssunz t o ;

4Q. F i s e a l i z a r o recrutamento e a emigraqgo de i n d z genas pam f o r a dn c i rcunscr iq80 , evi tando cbusos ou f raudes , promovendo a i den t i f i cnqgo dos recru tados , a ad opgRo de medidns neces sd r i a s ao seu nbrigo, nlimenta- $50 e t m n s p o r t e , e n p e r f e i t a execuggo dos regulr,men- t o s de t raba lho;

5Q. Cobrar o impost0 incligem ou f i s c a l i z a r a sua c obranga;

6Q. Exercer a s n t r ibu iq8es de admin i s tn i to r de con- 2elho a r e s p e i t o dos agrupnt,>:ntos de curopcus ou eq7-ii15

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rndos da c i rcunscr ig&o, e a s comp.t$veis corn o estndo d e c iv i l imgtTo dos povos indfgenas .

BASE 39".

0 delegado do governador em cada capitnnia-mor ou comando m i l i t a r se rd urn cnpit&o-mor au comandnnte m i l i - t a r . Competem-lhe, especialmente, a execuQ&o, pe r s i s t en t e e mil, do plano ite ocupa@o d e f i n i t i v a do t e r r i t d r : r i o e sujeiq&o dns suds populaqbes, a manutcnq&o da or- dem p6b l i ca e as a t r i b u i q 8 e s p r d p r i a s de administrador d e c i r c u n s c r i ~ g o c i v i l quc forem compativeis corn o e s t a do de pacificat$Co do t o r r i t b r i o , a s exigGncias da acg8? m i l i t a r e o grau de dcsenvolvimento dos povos dominados.

BASE 40a,

A s sub-divisacs r c f e r idug no nQ. 5Q. dn base 31@. scrEo cdministradas por func ion6r ios subord imdos aos che fe s das &reas que imediatamente a s abmnjnm, dclegaz do e s t e s naqueles p a r t e das suas atr ibuiqUes, pe la for- ma que f o r e s tnbe lec ida par: c2d3 col6rLa cm diplomas e s p e c i c i s .

Psocurnr-se-8 desenvolver em todns 88 co ldn ia s cs i n s t i t u i q a e s municipais e l o c a i s , a f i m de educar os ha - b i t n n t e s para a e f e c t i v a e d t i l colaborn$Qo nos corpos represt :ntnt ivos supe r io re s da co ldnia , nv igo ra r a vida l o c a l , e a s segura r uma cuidadn e p rog rcs s ivc c%dministra - qBo dos i n t e r e s s e s p r i v a t i v o s dos d ive r sos ntlicleos de populagSo c i v i l i z a d n . A criaggo, o rgan iza~f io c exercfcio d a s inst i tui$Cjes m u n i c i p i s s eMo r e g i d a s p c l a s dispos2 ~ 8 e s das bases seguin tes .

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ALMEIDA RIBEIRO 1 275 1

BASE 42*,

A s i n s t i t u i q b e s municipais e l o c a i s scr%o rep reseg t adns nas co ldn ia s por c6marns ou comissdes municipais e jun tas l o c a i s ,

As corporasUes municipais e jun tas l o c n i s podergo s e r d e nomea@o, de eleiq&o ou em pnr t e de nomua~Bo e em pnr te de cleiggo, confome o governador, com o vo to deliberative do Conselho do Govgrno, W r a eada urn0 de- las determinar . Qusndo o s i s t e m adoptndo, t o t a l ou par - cialmente, f o r o de eleiq&o, s e g u i r s e - 3 0 as r e g r a s ad& a n t e mencionndas .

P o d e d t ,s7ver c&rnams municipais e l e i t a s em todas as c a p i t a i u j i i , , co ldnia ou de d i s t r i t o e c a b e ~ a s de con- cc lho ou out rns povoag8es em que o n h e r o de hqbiantes e l e g f v e i s para t a i s cargos Mo f o r i n f e r i o r a quinze vz z e s o dos vereadores a elegor , o qua1 se rd de trss, ou cinco, e, excepcionalmente, super ior . Neste ca so os pre - s i d e n t e s das c 6 m n r ~ s se&o e l e i t o s p c l o s vereadores e poderfio, quando i s s o f o r julgado neccsstfrio, vencer,pe- l o c o f r e municipal, uma ramuneraq50 qilc s e d votndn pe- I n vcreaq80 a n t e r i o r ,

NES o u t r a s povoaqbes cabeqas de concelho ou dou- tms d i v i s b e s admin i s tmt ivas , de ap rcc i6vc l desenvolv& mcnto, em que o ngmero dos ind iv iduos b a b i l i t a d o s para exercerern f u n ~ 8 e s pt-fblicas o t o rnc poss fve l , podem s c r c r i a d a s comissdes rnunicipnis, f o m a d n s pelo chcfe da ag minis t ra$80 l o c a l e d o i s membros c l e i t o s .

PJa provfnc ia de Moqalnbiquc subsistem, provisbriamcn - t e , a s a c t u a i s ed i l i dades , g s r i d a s sbmente pe lo chcfe dn administmq&o l o c a l , mas que devem i r sendo s u b s t i t 2 f d c s , na medidn do possfve l , por comissdes rnunicipais,

Nas povoaqbes, a l d e i a s ou luga rcs que n5o forcm $2 de dn cfimara, comissgo municip21 ou ed i l i dadc , mas ondc existnm, pelo menos, v i n t e indivl"duos c l c g i v e i s pam corpos a d m i a i s t m t i v o s , poderd haver jun tas l o c a i s , e l e i - tss, de t r $ s rnembros. Sc ncl loca l idnde houver p r o f e s s o r do instruc$?n irimdris, e o nd~ncro dos e l c g f v e i s f o r i n -

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f e r i o r a t r i n t a mas n&o a vinte , pode c o n s t i t u i r s e n junta com o professor e dois membros e l e i t o s .

A s ccmaras ou comissdes municipais n que se re f e r e e s t a base podertlo s e r subst i tu idas , qunndo i s s o f o r j u l - gado conveniente, por comissdes wrbanas de composiq~o e f unci onamento am~logos nos das c omissde s de me lhoramen- t o s dos d i s t r i t o s de Mossgmedes e Inhambane, respect iva mente organizadas pelos decretos de 3 1 de Agosto e 2 de Novembro de 1912.

Nas provfncias ou d i s t r i t o s dc tEo pequena Brea t e r r i t o r i a l que se n%o julgue nccess j r ia ou convenionte a sua subdivisao administmtiva, d o ser&o i n s t i t u i d - s corpomqFIes municipaia. e a s funqi3es quc a e s t a s cat,,i - am s e d o exercidas respectivamente pelos Conselhos d~ GovGrno ou pelos Conselhos de D i s t r i t o .

BASE 43a.

A acqao administrat iva dns cgmams, comi s s~es muni - cipais e juntas exercer-se-b na cidadc, v i l a ou povoa- qf3o onde tiverem a sua sede, sbmente ou tamb6m em uma drea c i rcunjaoante a determinar. Em Cabo Verde, S.To- m 6 e P r i n c i ~ e e India a jurisdiq&o dostes corpos ndmi- n i s t r a t i v o s poderd coincidi r com as dreas dos concelhos, f reguesias ou a ldeias ; snlvo o caso de mz8es cspecia is de conveni6ncirz pzfolicn o nconselharem, nbo serfio i n c l . f da s nns &reas da j u r i s d i ~ B o dns csmaras, comissdes mu- n i c ipa i s e juntas l oca i s os ter rcnos da propriedade da coldnia que nos termos das respectivas l e i s Mo possam s e r object0 de concess~o.

Nas colbnias onde a t 6 agora s e cobravam impostos ou ndicionais para a s csmaras, comissFIes ou edil idades f o r a dn sua circunscriq80 p r i v ~ ~ t i v a , poderd s u b s i s t i r es s a c obnnqa, enqunnto f o r julgada indispenslivel, c n t m s do o produto no respectivo co f r e a tl ' tulo de subsidio dado pela colbnia.

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ADIEIDA RIBEIRO 277

BASE 44a.

SerSo considerados e l e i t o r e s dos corpos adminis t ra - t i v o s r c f e r i d o s n a s bases an tecedentes os indidduos r - s i d e n t e s na r e spec t iva circunscriqEo que saibam l e r e e sc revc r em qualqucr l ingua, e corn profiss&o, combrcio, i n d d s t r i n ou bcns que l h e s a s s e 3 r e m mcios de vida; i n - c lu indo os e s t r ange i ros que tenham, pelo menos, d o i s a- nos de r c s idgnc ia h a b i t u a l na colbnia .

Scr%o e l e g f v e i s para e s t e s corpos admin i s t r a t i vos os e l e i t o r e s portugueses, ou nntura l izndos , d o i s anos depois da naturali.zaq&o, com h a b i U t a ~ b c r l i t e r d r i a s a determinar para cada co lbnia .

Nas c i r c u n s c r i ~ b c s em que o ndrncro CIL e s t r a n g e i r o s c os i n t e r e s s e s por 6 l e s ge r idos assim o recomcndem,se- f l o tamb6m e l e g f v e i s para os corpos a d ~ ~ l i n i s t r a t i v o s os cidad8os e s t r a n g e i r o s con1 c inco anos, pelo mcnos, de re s i d s n c i a h a b i t u a l na co lbnia e que saibnm l e r e escre- v c r o portuguGs,

0s c l e i t o s desttx ca t egor i a rEo podergo s e r ~nais do que um para os corpos de trGs membros, c d o i s para o s dc c inco ou mais.

BASE 4 5 G .

A s cgmarns c comissBes municipais tern, na r e s p e c t i - m circunscr iqgo , a competGncia que l h c s f o r f i xadn nos diplomas org2nicos de cada co lbnia .

Aos adminis t radores d m cd i l i dndes incumbem o s s c r - viqos de cn . r jc tc r urbano, usualmente n cargo d a s cgma- r n s , e n exccuq50 de melhoramentos de i n t c r e s s e l o c a l que caibam nos scus recursos , nfio l h e s sendo permit ido e s t a b e l c c e r impostos ou t axas , r e s o l v e r sobrc c o n t r a t o s ou cmprdstimos, a d q u i r i r ou a l i e n a r bens, c r i n r cmprc- gos, nem o u t r a s de l iberaqdes da mesma importgncia , que f i c m rescrvadas no gov8rno locn1,noe termos l e g a i s .

SRo a t r i b u i q b c s das j un ta s l o c a i s :

l a . Abrir, ronservar e nrbor i za r os c 2"minhos e es-

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t r a d a s v i c i m i s , cons t ru i r - lhes as pontes nocessdr ias e l uga re s de abrigo, de descanso ou pernoitamento h b e i m de los ; c u i d a r da constru@io e reconstruq%o de vnlados, d iques e obrns andlogas de i n t a r s s s e comum;

I 2 Q J D i l i g e n c i a r que as v i a s f l u t u 6 v e i s ou ncvagg- v e i s s e jam rnantidas Umpas e desobs t ru idas , f n z e r nqui- s iq8o dc ba rcos para passagem g r a t u f t a d a s lagoas e cur_ s o s de & p a ;

3Q, Cuidar da limpezn e regular izaq80 dns r u a s e s u 3 arborizap80, e i1umim0-las durnnte a n o i t c ; a b r i r f ontcs ou pocjos; c o n s t r u i r tcnques ou cha fa r i wr; osta- b e l e c e r ou ampliar , r e p a r a r e limpnr o cemiltz':-io;

4Q, Regular, por meio de pos tu rns adequndns a s con d i q b e s soci-ais e econ6nlicas dn c i rcunscr iggo , a polfci< d a s ruas , caminhos e mais vias l o c a i s , com as suas de- pend$ncizs, e as dos cemi tkr ios , bem como o aprovei ta - mento duns e doutros;

I 5Q. Adgarinr e a c e i t a r domt ivos ou contribuiqi3es em d inhe i ro , se rv iqos , instrumentos d e t r a b a l h o ou ma- t e r i a i s para obras de u t i l i d a d e l o c a l , e s o l i c i t n r dcs cflmz?rns, governos d e d i s t r i t o ou gcvgrno d~ colbnia,?u- x l l i o s d e qualquer espQcie parc o mesmo f i m ;

6Q. Votar o s orqamentos necessdr ios 5 execuqso do ohms ou sorv iqos de u t i l i d a d e p-dblica, e derramns e:i

d inhc i ro , m a t e r i a i s ou instrumentos, s em t r ab? lho , com o mc:smo ob j e c t i v o .

A l 6 m d e s t n s 1 t r ibu iq8cs fundamentais, podergo s e r con fe r idns A s j un t a s q u ~ ~ i s q u e r ou t r a s , tais como c r i a - qbo e manutencjgo de en fe rmr ins e es t~ .bc lec imento de mercados e f e i r n s , que, corrcspondendo a c i r cuns t6nc ia s p e c u l i a r e s de cnda regibo, f s c i l i t e m a cxecuq&o de me- lhoramcntos l o c n i s e o progress0 g c r n l do agrupamento.

A s c$mnr?s ou comisst5es municipais e a s jun tas po- d c r s o a s soc i c r - sc para a execuqffo, em comum, de obrns ou melhora~nentos que, d i r e c t n ou i n d i r c ~ t ~ m c n t c , i n t c -

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ALMEIDA RIBEIRO 279

ressem B s r e s p e c t i v a s c i rcunscr iqbes .

BASE 468.

A r e c e i t n dos orqamentos das cgmaras e comiss6es municipais c ed i l i dades s c d c o n s t i t u i d n pe los rendimen t o s dos bens prdpr ios DU dos estabelccirnentos por elas- c r i zdos , ou d e conccssdes por e L ~ s I e i t a s , e de bazares, rifas, l o t a r i a s c semelhantes; pelo produto de multas por transgressfXo dc pos tu ra s c r e g ~ ~ m e n t o s de po l f c i a ; pelo dos impostos ou taxns quc s e j a dz sua competzncia lanqar ; p e l a s d iv idas a c t i v a s ; e pol> subsfd ios do orqa- mento da co lbnia e de comiss6es ndri. ~ s t r a t i v a s , compa- nh ia s ou sociedades, i n s t a l a d a s na c l r c u n s c r i q ~ o ou que a l i tenham i n t e r e s s s s . Serao tamb6m i n c l u f d a s n e s t e s oz Gamentos a s heranqas, d o m t i v o s ou ou t ros rcndimentos evontuais , e , ex t raord i rhr iamente , o produto dos empr6' timos.

SSo r e c e i t a s das j un ta s l o c a i s , al6m das r e f e r i d a s nos n Q s . 5Q. e 6Q. da base 45%., a s h e r a n ~ a s , os legn- dos, um impost0 cm t r aba lho , andlogo ao lanqado pe l a s cSmaras, e quaisquer o u t r a s r e c c i t a s cvcntua is .

BASE 47&.

A s cfimaras e comiss6es municipais podem Inncar e cobrar , nns s u a s circunscriqt5es, quaisquer dos seguin- t c s impostos ou tams:

1Q. Perccnt2gens va r idve i s , nllo exccdentcs a 50 por cento, a t i i c i o m i s a todos ou nlguns dos impostos d i - r e c t o s d s co ldnia ;

2Q. Uma pcrccntagem a d i c i o n a l aos d i r c i t o s de i m - portnq&o de mercadorias en t rndas p a m consumo, nEo excz dente a urn mdxirno vn r idvc l d e col6nia para co lbn ia , e c o b m d a nn ?AfGnciega por ocasitfo do despncho nduaneiro;

Quando na regifio, ou i l ha , scrvitirt. por uma mesma alf6ndega, lr~qja rnp-is dump cBW r a CYU ,)missgo municip21,

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a tax?> podex& s e r e s t abe l ec idn por acordo unt re e las ,ou por detcrminaq30 do governador dn co l6nia ern Conselho de ~ o v 6 r n 0 , sendo o produto dn cobmnqa d is t r ibu j ldo por twlo s, nn proporqdo que f o r determinnda;

3Q, Urn impost0 dc t rabalho, que poderd cornprecndcr o s c rv iqo de pessoas, ou o uso de v i a t u r a s , barcos e 02 t r o s rneios de t r anspor t e , animais e s l f a i a s a g r f c o l a s , podendo s e r re31ido a d inhe i ro ;

49. Tnxas de l i c e n q s s pelo cxercTcio de indGst r ias , comErcio ou p ro f i s saes , sobre l o t - r i a s , r i f a s , baznres, associzlqEIes e cnsas de r e c r e i o ou sernt,~ w t e s ; sobre vc f c u l o s e animais; de a f e r i q g o dc pe::.,,: , medidns; de e';; t e r ramento e concessdo dc t c r r cnos ~n c l , s i te ' r ios ; de cupaq90 de luga res n:? via pdbl ica, ern mercados ou ou- t r o s estabclecirnent os ou propricdado s rnunicipais; e ta- xas de andloga inc idgncia .

A s daspesas dos orqarnentos rnunicipais serfXo d i s c r i - rninadns em o b r i g a t d r i a s e f a c u l t a t i v a s .

NEo serEo, por&rn, c onsidcrados encnr[;o murlicipzrl os vencimcnt os dos c,drninistradorcs de c oncelho, 3s des- 7os:ts de construqtlo, repnrecao, conservaqflo c :;~obl'lia d e tribunc7js, cndeins e ac-7dnistrnq6es de concclho, bern corno n de cnsc e mobflia $2 consa rva td r i a ou dc r e p a r t i - q8as de fazenda dn coldnia .

BASE: 49g

Ngo sEo executbr ins , sern a nprovaq&o do governndor em Conselho de GovGrno, cs segu in t e s de l iberag8es muni- c i p a i s :

1Q. Sobre empr&stirnos, orqnrnentos, impostos ou tn- x a s a d i c i o m i s , 7 0 8 impostos dn co lbniz , c r i aq%o dc ser- v iqos e dotag30 dc emprcgos, e sup,ressPo duns c doutros;

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concess5o de subsfd ios n i n s t i t u i q 5 e s par t icu larcs ;com- pra, vcnda ou donq%o de imbveis;

2Q, Sobre a concessdo de exclusives municipais de qualquer na ture=; sobre c o n t r a t o s que excedRm o v a l o r ou pem'odo de tempo que f o r determinado;

3Q, Sobre R convenicncia de s e r dcclarada a u t i l i - dade plr'blicn ou a u r g h c i u , de oxpropriaqGes; sobre con- cessOes de caminhos de f e r r o e o u t r o s s i s temas de via- qBo pdbl ica ;

4Q. Sobre pos turas e ou t ros regulamcntos pLfblicos do e x e c u ~ ~ o permanente;

59. Sobre t ransacq80 e con f i s s80 ou d c s i s t 8 n c i a de p l u i t o s .

Nns co ldn ia s d iv id idas em d i s t r i t o s s e r d ctr ibul 'da a o s governadores d e S l i s t r i t o em conaelho n aprovaqao d$ gumas & a s de l ibzragges que ficnm enumeradas, reservan- do-se para o governador da co ldnia s b n s de mnior impo tfincia, confbrme o detcrminar o r e s p e c t i v o diploma org- nico.

f i A s del ibcraqt ies sobre execugko de obras municipais,

conccss8cs de caminhos de f c r r o e ou t ros assuntos , de r e l a t i v a importPncia, podeMo s e r submetidas h eprccia- qSo tgcnicn de func iondr ios ou consclhos c s p e c i a i s do se rv iqo d2 to lbn ia , prhvinmente & rcsoluqdo do goverm- cior.

A s dc l ibcraq3es municipais sobre que a s estnques competentes s e d o tivercm pronunciado dcn t ro de c e r t o perfodo de tempo, tornm-se-go, i p s o f n c t o , cxecut6ri- a s ,

Aos n d m i n i s t n d o r e s de concelho ou de c i r cunsc r i - $50 compete exercer , quanto 6,s de l ibe raques mais i m p o r t a n t e s d ~ s jun ta s l o c a i s , n funggo n t r ibu fda n c s t a base a o s governcia ores ern mntdrin municipal,

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BASE 50@.

0s qur.dros das s e c r e t a r i a s e sc rv iqos permancntes d e cada co ldnia s b poderEo s e r n l t c rndos nos termos deg t a l e i e da l e i orggnica da a d m i n i s t n @ o f i n a n c o i r n d a s colbnias .

Cndn co ldnia t e r d func iomOrios de nomeaq!Xo do M i - n i s t r o e dc nomeaqSo do governador.

Serf50 de nomeaqRo d e f i n i t i v a do Ministro: os gover ngdores de d i s t r i t o , os m i l i t a r e s de t e r r a E mar, os s z c r e t & r i o s g e r n i s , os mrzgist,r:zdos j u d i c i n i s e do M i n i s t i r i o Plfolico, bem como a s fu:iciondrios para o provimento d e c u j o s cargos a l e i e x i j , ,:~nlquer dest:?s duas qual i - dndes, os conscrvadorcs 2:; - ' ,g is to p r e d i a l , os ju fzcs municipais e no td r io s bnc l i i ; r~ l ; l do~ , os a u d i t o r e s f i s c a i s e s eus delegndos, os che fe s dos scrv iqos de fnzenda p r z v i n c i a i s e d i s t r i t a i s , os tdcnicos dos se rv iqos pcrma- nentcs de obrns p f b l i c a s e minas, cnminl?os d e f e r r o , a- g r i c u l t u r a , agrimensurn e v e t e r i n d r i a , os d i r c c t o r e s e prof e s s o r e s de estcbelccimentos dc i n s t r u q s o supe r io r , sacunddria e e s p e c i a l , os chef e s dos s c r v i ~ o s ::duaneiro: te legrcf f icos 6 p o s t a i s dns p r o d n c i n s , os f u n c i o n ~ r i o s remunerndos p c l a s p r o v i n c i ~ s nns con exe rc fc io f ora de- I n s , podendo todos t m n s i t a r dos clundros dumcl PCY';; os d ou t r a provjlncia ,

Ser5o c onsidurndoo per tcncentcs 7 cuadros prdpr ios e p r i v - t i v o s de c s d : ~ co ldniu todos cis O U ~ T ' O S f u ~ c i o n d r i - os , o s quc i s serge de nomeasgo do governxior; mas quan- d o por l e i houver s e rv iqos comuns n duas ou mnis colb- n i z s , a s promoqacs e colocns8cs dos func iondr ios promo- v idos s e r s o f e i t n s pelo Minis t ro ,

0 provimento dos luga res de nomccs5o quer do Mini2 t r o quer do govornador s e d em reg ra f c i t o por concurso, nn metrdpole ouann co ldnia , conforme n l e i d e t e r m i m r ,

A organizagtlo dos d ive r sos quadros, a s condi~Tllcs I de IadmissEIo, confirmnq80, promos&o, d i s t r i b u i q & o pe los

d i v a r s o s cmgos , aposentaqBo c o u t r a s conexas, serffa ob - j u c t o de regulcmentos especi .is.

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A1.i.'. ':':DA FUBEIRO -- 283

Paqos do Gov6rno dn Repdblica, em 15 de Agosto de 1914. - Bernardino Machado - Eduardo A u p s t o de Sousa Monteiro - Antdnio dos Santos L U C ~ S - Antbrio J 6 l i o da Costn P e r e i r a de Eqa - Augusto .I3dunrdo Neuparth - A,&@ r e de Andrade - Jo8o Mnrin de Almeida Ljma - Alfredo A 2 gus to Lisbon de Iiirna - Josk de Matos Sobra l Cid.

TXT CI;..I;.:~ICA DE . " T ~ Y I N I s T R A ~ X ~ PI- N:;!; .:.dIh;l uAS PR0VTI;ZIAS ULTRNI~~NAS

" L e i nQ. 278 de 15 de Agosto de 1914"

Em nome an Naqgo, o Congresso da R e p a l i c n decreta , e eu promulgo, n l e i seguin te :

Ar t igo IQ. - A s p r o d n c i a s u l t ramar inas constituem ent idades f i n a n c e i r a s nutbnomas, sob n superintend$ncin e fiscalizaqtYo da Metr6pole, nos termos dns bcses ane- xas B yresente l e i , e que de ln fazem p a r t e i n t c g r a n t e .

$ dnico. Nfio s$io a p l i c g v e i s a s d i s p o s i ~ 8 e s d e s t a l e i a o s t e r r i t d r i o s que permnnecerem sob a ndministra- ggo de companhins p r i v i l e g i a d a s .

A r t . 2Q. - I!? o Gov$rno,autorizado a pub l i ca r o s d s c r e t o s e s p e c i a i s necessdr ios & execuqBo des tn l e i .

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A r t . 3 Q . - Ficn revogada n l e g i s l a q b o em c m t r d r i o , 0s Minis t ros de todas as R e p n r t i ~ g e s a f aqLm impr&

m i r , pub l i cn r e co r r e r . Dada nos P a ~ o s do GovGrno da Re pdbl ica , e publicada em 15 de Agosto de 1914. - Manuel de h r i a g a - Bernardino Mnchado - Eilunrito Augusto de Sousa Monteiro - Antdnio dos Snntos Lucas - Antbnio Jd- l i o da Costa Pereirst dc ECa - Augusto Edunrdo Neupartt~ - A. F r e i r e de Andrcde - J M o Maria de Almeida Lima - - Alfredo Augusto L i sbm de Lima - Jose' de Matos Sobra l C i a ,

I BA ' A QUE SE '.?Em h PRE:':-.i:TE I231 -

BASE 1 g .

A coldnin t? pessoa moral, corn capacidnde para cd- q u i r i r , c o n t r c t n r e e s t n r crn jul'zo, em scu nomc e sob a sun r e s p o n s a b i l i d ~ d e , nos -termos c com a s l i r n i t a ~ t l e s d e s t n l e i .

Cada co ldnia tem o seu nc t ivo e o seu pass ivo prb- p r i o s , absolutamente d i s t i n t o s dos d c mctrdpole e dos dns ou t rns co l6nias , compctindo-lhe n dispos iq50 dam su I a s r e c e i t c s e a responsnbi l idnde dzs suas despesns.

B - r a os e f e i t o s des t a l e i consideram-se proprieda- de da co lbnia , d e n t r o (10s l i m i t e s do scu t e r r i t b r i o , I o s I

bens mob i l id r io s e irrlo:.?ili&rios do Est3d0, e todos os

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ALMEID A RIBEI RO 285

dernais que 1150 scjarn, lcgnlrncnte, propriedade doutrn pessoa c o l c c t i v a ou s ingu la r .

Stio propriednde dn co ldnia f ow- do seu t o r r i t d r i o os bens que e l a tcnhn adqu i r ido ou vcnha a a d q u i r i r l e - galrnente.

BASE 48.

Constituem r e c e i t n prdpr in da colbnin:

a) 0s irnpostos e tnxas que e l n cobrnr no seu *err& t d r i o , except~indos nqueles que o forern por sirnpla2s d e l s gag30 doutr- ritidnde e s t abe l ec ida em l e i , c o n t r z t o ou convenqdo i r~ i - ( , rmc iona l , entendendo-se que r~7o s c r d or- denada a cobr~,nga de impostos, no t e r r i t d r i o cia coldnia, para a rnanutenq50 de novas i n s t i t u i s g e s ou enccrgos cr& ados na rnetrdpole sern o acordo dn c o l d n i ~ ~ r c spec t iva ;

b) 0 s irnpostos e t a x a s cobrados f ora do t e r r i t b r i o da co ldn ia , mas que, por d i spos i sbes l e g a i s ou convencA onais , para e l a devcrcrn r e v e r t e r ;

c ) 0 s irnpostos e taxns cobrndos na ~ e t r d p o l e por v i r t u d c de l c i s em vigor no t i r r i t d r i o da colbnia ;

a ) A s hcrnnqas wrecadndns na co lbnia , c que pe l a s l c i s v igen te s deverem s e r julgadas vagas para o Estado;

e ) Quaisquer o u t r a s irnportfincins clue a l e i corno t a l rnande cons idernr ;

f ) Quaisquer out ros rendirnentos que, d i r e c t a ou is dircct2mente, provenhcm do aproveitnrnento, perrnanonte ou ternpor8ri.0, do8 seus bens, dos sous s e m i ~ o s e do seu pessoa l .

Continuam a c o n s t i t u i r r e c e i t n p rdp r i a dos municf- p i o s e , o u t r o s corpos e c o m i s s ~ c s adrn in is t ra t ivas o s irn- pos tos , tams e ou t ros rendirnentos.que presenternente c z brarn, ou de f u t u r o venharn n cobrar , por v i r t u d e do d i s - pcs i sbes b g a i b % .

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BASE 58.

Const i tuern, designndnrnente, r c c e i t a s dc ccdn colb- n i n as 60s se rv iqos kocnis de caminhos de f c r r o , p o r t o s , c o r r e i o s , t c l e f o n e s e t e ldg ra fos de quc~lquer esp& c i e , c a inda dou t ros serv iqos quando comuns h coldnia e a out ros t c r r i t b r i o s , n n c i o m i s ou e s t r ange i ros , na pay t e que, por c o n t r a t o , convcnq&o international, ou cqui- t a t i v n repart iqXo, corresponds B u t i l i z n q g o do t e r r i t b - r i o , bens ou pessoal , da p rdp r i a colbnia .

0 produto, r ea l i zado , den t ro ou f orn da co l6nia ,da ~ r , n d a de vn lo re s sc lndos c de v n l o r c s p o s t a i s co lon ia i s , L2 os l u c r o s de y r e p a m ~ 3 o e f a b r i c 0 de moeda c o l o n i a l c 011s tituern sernpre r c c c i t a das c o ldn ia s r e spec t ivas .

Constituem, especi?+lmcnte, r e c o i t a da provfncia dc Cnbo Verde 50 por cen to da importsncia d a s t nxas termi- n a i s e d e t r g n s i t o dos te lcgramas t m n s m i t i d o s pe los ca - bos submarinos que amrzrram em S. Vicente.

BASE 63.

A s ncqaes e out ros t i t u l o s , co tas , dividendos, bb- nu.s e ou t ros rdciitos p a l i c o s , i nc lu indo queisquer va- l o r t s rnobi l idr ios ou i m o b i l i d r i o s rescrvados para o Es- tndo, ou que pa r3 e l c r e v e r t m , provindos dc concessdes f e i t a s , ou a f a z e r , pe los podcrcs dn rnetrdpolc ou pe los governos p r o v i n c i a i s , quer essp-s concess8cs rcspeiturn n t e r r a s ou n explorag0es comerciais ou i n d u s t r i a i s de Q

a l q u e r ordem, quer a s e rv iqos de i n t c r e s a e ge rn l , per- tencem B co l6n ia dn situnqEto des sas t e r r a s , 011 dn scde d e s s c s explornqaes e s e n r i ~ o s .

Quando a c o n c e s s ~ o abrangcr mais durn? co lbn ia , os bens ou v a l o r e s aqu i a ludidos sertYo r e p 2 r t i d o s c n t r e a s c o l d n i a s i n t e r e s s n d a s p c h f o m a p r e s c r i t n no r e spec t i v o diploma, ou, na f a l t a de d ispos iq8cs a t?,l respe i - t o , proporcionnlmente B p a r t e dc cad8 co lbnia no objcc- t o da concessRo, ou nos l u c r o s rea l izndos .

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Al,"' :?DA R I B E I R O -.- 287

0s t i t u l o s c co tns , aqui r e f e r i d o s , n40 podern s c r dados em cauqao ou a l icnados sem v o t o e f i r rna t ivo do con s e l h o de gov$rno e autorizaqEo da metrbpole,

BASE 75.

A ger6ncin f i n a n c e i r n dc cad3 co ldnia tenderd 3 ob t e r a mdxim uti1id:xde g e r a l d e n t r o da mais e s t r i t a ec; nomia, sendo.as despcsns limitacias aos prbpr ios recur-- sos , s a l v o o d i s p o s t o na base 105, Uma p l r t c das rece i - t a s s e r d sernpre apl ic2da, por i n i c i a t i v a da co lbnia , a obras de foment0 e ' cr iaqgo ou desenvolvimento de fon- t e s de r c c e i t a .

P a m a s coh3nias corn sa ldo Q o b r i g n t b r i a a cons t i - t u iqbo durn fundo de reserva .

BASE 86.

Cada co lbnia tern o d i r o i t o de co l l t r a i r emprdstirnos pdbl icos, com d e s t i n o exc lus ivo 8 vnlorizaqBo dos r c c x sos n a t u r a i s do seu t e r r i t b r i o , no ~ a n c ~ r n c n t o des t e , a o melhoramento dos seus p o r t o s e meios de comunicag30, em gerp-1 a obras de fornento, e a indn no reernbolso ou con- vers3o de empr6stirnos a n t e r i o r e s .

Na renli.za$Eio de t z i s cmpr~s t imos observzr-se-So a s r e g r a s scguin tes :

a ) A i . n i c in t iva do ernprEstirno cS sempre p r i v n t i v a dn colbnin.

b ) SerRo efectuados corn nprovaq5o do r e spcc t ivo conselho de govsrno, scrn dependgncia da aprovaq%o da rn: t r bpo le , os emprkstirnos cu jos encargos de ju ro c amor t i znqflo c a i b m nns disponibiLidedes orq>rncntnis, rx?o N o alBrn Gur11 perfodo do c inco nnos, e excedarn, em cada ano, s b s ou juntos ccrn o s encr raos de todos o s ernprdsti rnos ou c o n t m t o s c n t e r i o r e s , urn dc'cirno da r e c e i t a da c z l b n i a , ca l cu lcda c s t n pe l3 rnddia dns r e c e i t 2 s r e c l i m - d 3 s nos c inco anos L on6rnicos a n t e r i o r c s h data do em-

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prdst imo que s e pre tender e f ec tua r .

c ) Todos os enprQstimos permi t idos por e s t n base, quc s o estejnm nas condiqEcs mencionadas nn 31fnea an- t e r i o r , e a inda a s opemq8os d c quc t r n t a a base 103. destrz l e i s b podeflo s c r ofccturldos quando expressarnen- t e a u t or izados p e l a me t r6pole .

d ) Quendo o emprQstimo, nindz mesmo que c s t e ja nas condiq8es da nl5nea b) d e s t e base, n5o puder c fec tuar - -se sem consignac80 de r u c e i t a s , hipoteco, cauqRo, ou ou t rns g v a n t i a s e spcc i a i s , zu aprovaqtXo d e l e E & e x c l . s i v a col7pet$ncia do Poder Legis lc t ivo .

r l isposiq80 d e s t n n l fnen &to impede que R verba anuV 1 c;l;e tenha s i d o f i x c d a dotaqso orqamental or- d inf i r ia de qua i squer obrns dc f omento s e jn nplicndx n c u s t e a r ernprdstimos des t inndos & rnais prontn execuq5Yo ou ampliaq&o dessns obras.

s) 'Os t l t u l o s dos empr6stimos co lon in i s poderilo s e r Lodos nominativos, sempre que cssim s e julguc convz n i en te ,

0s % f l l o s dos emprQstimos co lon in i s emit idos p e l s co ldn ia s gozarn (10s mesmos p r i v i l Q g i o s que o s da d i v i d a p6bli.cn d~~ metrbpole, p c m o ef e i t o d a i n v t r s b o , que t2 nhn de r ea l i zn r - se den t ro dpb colbnia , dz c 2 p i t a i s per- t encen te s n pessons ou c o r p o r n ~ 8 e s hs qua is o Estndo de - vn protecqbo.

Os3 emprtSstimos eontralfcios pel8 rnetrdpole ou pe l a s co lbn ia s , an ter iormonte 3 dntn des tn l e i , cu jos encar- gos s e achem i n s c r i t o s nos orqnrnontos co lon ia i a dec re t a dos pa ra o c o r r e n t c m o eccnbmico, s5o i n c l u f d o s no re= gime d e s t a s bases , sen1 p ru ju fzo dns obrigaq8cs r c su l t cm - t c s de c o n t r a t o s nindn em v igo r ,

A s d fv idns ~ ~ c t u r t i s d?lgumas col6nia.s yor d inhe i ro recebido pnrn emissfi'o de v c l e s sobrc n metrbpolc repu- tnm-se ernprBstimos g r n t u i t o s , cujr? arnortizaqfXo ~ ~ 3 r d f e i t a pe l2 colbnria d e v e d o r ~ em t n n t a s nnuidndes qunntns fz rem f i x i d a s pe lo Podcr Leg i s l a t i vo ,

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ALNEIDA RIBEIRO 289

BASE 9 8 ,

Cada co ldnia tern um orqarnento privative, d i s t i n t o dos orqamentos das o u t r a s co lbnias , &o podendo o s sal- dos s e r d l i s t ra idos para ap l i caqaes a l h e i a a A co lbn ia a que yertencern. Serd, porch, permit ido a qualquer colb- n i a c u j a s d isponib i - l idades excedarn as necessidades de mornento e f e c t u a r ernprkstirnos em conta co r r en te ao Tesou r o d o u t r a s co ldn ia s corn o voto a f i r rna t ivo dos r e spec t i= vos Consel.hos de ~ove^ rno e aprova$€%o da metrbpole.

0 sa ldo efect ivamente apurado na conta de cada ge- r g n c i a sera' i n s c r i t o no prirneiro orqarnento g e r a l que,de p o i s desse apurarnento, f o r elaborado.

BASE 10a . No caso do orqarnento dalgurna co ldn ia a p r e s e n t a r urn

d e f i c i t , que ngo possa s e r irnediatarnente reduzido ou e z t.1 :-Lo sem pre jufzo do r e g u l a r funcionamento dos serviqcs dc l a , o equi11"bri.o orqarnental real izar-se-6 por urna ope ra@o de c r d d i t o negociada pe l a co ldnia nos terrnos que forem propostos pe los r e s p e c t i v o s Conselhos de Govgrno e exnressarnente au to r i zados p e l a rnetrbpole, Tanto e s t a s operaqbes como todos os emprkstirnos mencionados na base 8 s . s e s o aegociados corn a Caixa Gera l de Depds i tos sem pre gue e s t a o puder f a z e r e qce as l e i s o autorizaremy

BASE 1 1 4 .

Realizado qualquer dos ernprQstirnos p r e v i s t o s n e s t a l e i , s e N o desde logo i n s c r i t a s nos orqamentos da c o 1 6 n i a devedora, e da coldriia a redora quando a houver, a s verbas correspondentes a j u ro e arnortimqao, na confor- midade do diploma que o a u t o r i 2 a r .

BASE 12a

0s orcarnentos g e r a i s das provl'ncias u l t r amar inas

Fasc. 25

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d e s c r e v e d o minuciosamente a s s e c e i t a s e as despesas, d i s t r i b u i n d o e s t a s , em cada uma das t a b e l a s o r d i n g r i a e ex t r ao rd ind r i a , por c a p f t u l o s correspondentes a o s d i - ve r sos serv iqos . .

Yara que o diploma o r ~ a m e n t a l d$ urna i d e i a exac ta de todos oa impostos e mais r e c e i t a s e da sua ap l ica- qgo, s e r l h e - % o anexados os orqamentos p r i v a t i v o s dos corpos e comissdes admir l i s t ra t ivas e ou t r a s en t idades pi ibl icas andlogas con1 r e c e i t a s prbpr ins , sem que t a l f a c t o importe a l te raqBo no process0 e s p e c i a l d e aprova - q%o que para e l e s e s t i v e r precei tuado,

As despesas gue, d i r c c t a ou ind i rec tamente , i n t e - ressam B coldnia s e N o d i s t r i b u f d a s e n t r e o seu orga- mento e o da metr6pole, tendo-se em v i s t a a s r e g r a s sz g u i n t e s :

lil. Pertencem ao orgamento da metrbpole:

a ) A s despesas t r a n s i t b r i a s com o padroado do O r i en te , a s d e representac;So diplomdtica ou consular ,e < a i s q u e r o u t r a s p o l i t i c a s , de civilizac$o ou de propa- ganda no ul t ramar, quando da i n i c i a t i v a da metrbpole.

b) A s despesas com a administraqBo c e n t r a l , i n s t i tuiqfles d e in s t rug80 e benef icsnc in , scmriqos de - cidade, propaganda e ou t ros a d l o g o s , na me t rbpo le ,

Enquanto a s i tuaqgo f i n a n c e i r a da metrdpole assim o e x i g i r , uma p a r t e nGo6superior a metade d a s despesas cons t an te s d e s t a a l f n e a ' p o d e d s e r anualmente a t r i b u f - da, na l e i de r e c e i t a e despesa do Estado, a o s orqamei tos c o l o n i a i s , na proporqBo das r e c e i t a s o r d i n d r i a s de cada co lbnia , s a lvo o d i s p o s t o na a l i n e a b) do n9. 2Q. d e s t a base quanto ad Conselho Colonial .

Na designaqgo das despesas i nd icadas nes t a alinea, para o e f e i t o do s e u pagamento p a r c i a l pe la colbnia,n& s e compreende a manutenCBo de novas i n s t i t u i g d e s , en-

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AISIUIDA RIBEIRO . 291

cargos ou serv igos c r i a d o s na metrbpole sem o acordo da co ldn ia r e spec t iva .

c ) A s despesas neces sd r i a s para c u s t e a r ou subs id i a r s e rv igos de navegaggo e de t e l e g r a f i a e n t r e a metr6: po le e as coldnias , e ou t ros anglogos, s a lvo o d i spos to na a l i n e a f ) do nQ. 29, d e s t a base.

d ) 0 c u s t e i o de expedigdes r n i l i t a r e s enviadas Bs co ldn ia s para submiss!Zo de povos r ebe ldes ou o u t r a s op i r agaes de imposigGo, defesa ou afirmagao da sobexania national, a despesa corn a preparaqgo dos por tos e cos tas das co ldn ia s pa ra operaqdes de gue r ra e o c u s t e i o dos s e r v i ~ o s assim c r i ados ,

e ) A s despesas com a s missdes de del imitag80,e a i ~ da com as de estudo quando a i n i c i a t i v a da organizaqgo d e s t a s filtimas ngo p a r t i r do gov6rno da colbnia .

f ) A s despesas de passagem e d e conservaggo na co- l d ~ 2 . I , d en t ro ou f ora de estabelecimentos e spec i a i s , de dec a-dados, vadios e ou t ros i n d i d d u o s que forem envia- dos d t i metrdpole por determinagtXo de t r i b u n a i s ou dou- t r a s ins - t6nc ias e s t r anhas ao Ministe 'rio das Col6nias.

2 s . Pertencem a o orgamento d e cada colbnia:

a ) Todas as despesas a f a z e r corn a administraggo l o c a l , g e r a l e p a r t i c u l a r .

b ) 0 pagamento dos subsidies, g r a t i f i c a q a e s ou suk vengaes a o s membros e l e i t o s do Conselho Co lon ia l e a qua isquer i nd iv iduos que a representem ou desempenhem serviGos po r e l a incumbidos, na metrdpole ou no e s t r a k g e i r o , quando t a i s r e t r i b u i g a e s estejam legalmente a u t z r i m d a s , hem como a p a r t e das r e s t a n t e s despesas do Co_n s e l h o Colonia l que l h e competfr, na proporggo d a s suas s e c e i tas o r d i d r i a s .

c) A despesa'com o f a b r i c o da rnoeda, com a p r o p a e ggo e emiso%o de v a l o r e s se lados e de v a l o r e s p o s t a i s para o seu t e r r i t b r i o .

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d ) Uma c o t a pa r t e , proportional B r e c e i t a prev is ta na base 5 a . da despesa, corn se rv iqos comuns B coldnia e a ou t ros t e r r i t b r i o s , nac iona i s ou e s t r a n g e i r o s .

e ) A despesa com a s obras de foment0 e d e desen- volvimento dn c o lbnia .

f ) A despesa com subsfd ios e spec i a i s 2% scrvi l ;os de navegaq80, t e l e g r a f i a e an&logos, comuns 3 colbnia e a o u t r o s t e r r i t d r i o s nac iona i s ou e s t r ange i ros , quan do f o r t e s raz5es de conveni6ncia pu%lica assim o won= selhem.

g ) 0 pagamento das anufdades dos eniprbstimos, e o c u s t e i o de todos os encargos derivados de compromissos por e b tornados.

h) A s despesas de passagens de i d a e v o l t a do seu Senatfor e dos seus Deputados com re s idgnc ia na colbnia, d e funciontfs ios ao se rv iqo da co ldn ia e dout ro pessoa l - e l a r e q u i s i t ~ d o , bem como dc suas f a m l l i a s e c r i a - ( c. ;, quando a l e i o p e r m i t i r .

i) A despesa com a passagem e conservaqCio em ou- trzis co lbn ia s , ou na metrdpole, de degredados, vadios e o a t r o s i n d i n f u o s t r anspor t ados por determinac;Cio dos t s i b u n a i s ou o u t r a s i n s t g n c i a s d 8 prdpr ia co lbn ia , .

j) 0 vencimento do pes soa l das c l a s s e s i n a c t i v a s , na proporq&o do tempo por que n e l a houver serv ido .

3 Q. A s despesas com trhibunais s u p e r i o r e s e ou t ros servic;os comuns a d i v e r s a s co ldn ia s s e d o po r e l a s cus - t eadas , na proporqBo das suas r e c e i t a s .

4Q. A s g a r a n t i a s de juros e encargos c o n t r a t u a i s que sgo clevidos 8s companhias W e I. P., Id, & C Q e dos Caminhos de F e r r o Atraves de Africa, nos t.ermos dos c o n t m t o s ce l eb rados para a construggo e exploraqtXo dos caminhos de f e r r o de Mormug80 e de Luanda a Ambaca, conquanto const i tuam encargo o b r i g a t d r i o das co l6nias ,

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ALMEIDA R I B E I R O 2 93

s e M o pagos pela metsbpole, no todo ou na p a r t e que o r e s u l t a d o da exploraq3o dos r e s p c c t i v o s caminhos de f e z r o ou o descnvolvimento das r e c e i t a s pdbl icas da co lb - n i a exigisem. A subvenqEXo com que a metrbpole deverd concor re r para e s t a despesa das co ldnia8 sercf f i x a d a a- nualmente .

a ) No psimeiso ano econdmico dn vig8ncia d e s t a l e i a metrbpole pagas6 a s subvengt7cs a !lormuggo e Ambacn por i n t e i s o .

b ) Quando a s co l6n ia s acosdarcm com a s r e spec t ivas companhias a l t e r a q & o nas t a r i f a s a c t u a i s dos caminhos de f e r s o e d e ~ s a a l t e r a ~ g o r e s u l t e diminuiqgo das r e c e i tas de exploragfio e por tan to maior encasgo anual , a di= fessnqa s e r d paga pe l a co lbnia .

5 9 . A s despesas das f o r q a s m i l i t m c s de t e r r a e mar, empregadas na ocupaqbo, na defes?. c na guarniq80 permanente das c o lbnias , c omprc ondency , s neccssa ' r ias aqu i s iqges de m a t e r i a l e o s vencimento do pes soa l em s e m i q o militm, quando a organizaqEio iailitar d a s c o l b n i a s nssim o d c t e m i n e , devem s e r pagas por um c o f s e co m u m a todas a s co lbnias , sendo a s s c c e i i a s des se c o f r e c o n s t i t u f d a s pox co t izaqges dc cada umn de la s , c a inda por subvenCi3es da metrbpole, quando ensencia l .

Se uma l e i da metsbpole u n i f i c a r a s f o r q a s coloni- a i s , cada co l6n . a pagard para a s despesas m i l i t a r c s pex manentes das co ldn ia s o correspondcnte a o mciximo de 23 por cen to das suas r e c e i t a s g e r a i s , scndo o que P a l t a r Lara c o b r i r a t o t a l i d a d e .das d espesas a lud idas s a t i s f e2 t o p e h metrbpole, como dospcsa de sobcrania ,

Quando s e d e r a unificagt30 das f o r q a s co lon ia i s ,ob - servar-sc-So a s s egu in t e s d ispos iq8es :

a) Ao GovErno da metrdpole compctisd de te rminar a import&ncia da c o t i m q S o r e f e s i d a no p r d g r a f o a n t e r i o r ;

b ) A s despesas e s p e c i a i s de r ivadas de guessa ou e s t a d o de s e b e l i d o em cada co lbnia s e H o pagas pe l a coldL

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n i a em que t a i s f a c t o s s e d&em, sa lvo o d i s p o s t o na a- l l n e a d ) do nQ. l e , d e s t a base.

c ) Po r despcsas e syec i a i s , consignadas na primei- r a p a r t e da allOnea an tex ior , sntende-se subs fd ios de rrrsrcha e de res idgncia , g r a t i f i c a q e e s de cnmpanha, lc- vnntamento de cont ingentes e organizag8o dc i o r q n s ex- t r n o r d i ~ ~ d r i n s , t r a n s p o r t e s , e ,rn g o m l todas as dcspc- sas neces s6 r i a s pc ra co locar s s f o r q e s om pC de guer ra e para a s manter nessc s i tuaqSo.

BASE 148

A adminis tmq80 s u p e r i o r da Fazenda Pu%Lica da co l6ni.a compete a o governador, que a exercerd com a col? boraqgo do Conselho de ~ o v g r n o e por in te rmadio de f u z c i o n 8 r i o s seus subordinados .

Em cada co ldnia havera' uma Direc@Xo dos Scrviqos d c Fnzenda, tcndo o d i r e c t o r a categorip. 40s ou t ros c h e i e s de service p rov inc i a l , e despac d i r e c t amen - t e com o governador.

Compete prirlcipalmente Zi Direcqgo (10s Semrigos de Pasenda n c l a a s i f i c a q ~ o , langnmento e cobranga d a s re- c e i t n s , o processamento, l iqu idaqgo e paga~.iento das dcspesas, o proccssamento e abono dos vencimentos dos f u n c i o r d r i o s p$bl icos , a contralizag!30 da con tab i l i da - de dos fundos da co lbnia , a elaboZaqBo dos c o n t m t o s em que outorgar o gov3rno dn colbnia , o tombo dos bens da co lbnia , a arrcmstagfio dos rcndimentos p u i l i c o s , a coordena~So dn proposta do o rq~mcn to g e m l , n organi? qgo das con ta s da co lbnia , o s s c rv iqos de cadast:aqiXo f i s c a l , e , em g c m l , a execuggo dos serv iqos de fazen- d ? e o es tudo d a s modificet;'des a i n t r o d u z i r no s i s t c ~ r a t r i b u t d r i o ou na execugBo dos s s rv iqos a seu cargo.

0 orGarnento g e m 1 de cada co16nia, preparado se-

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ALMEIDA RIBEIRO ,2 %

gundo as reso luqdes ou diplomas l e g a i s s u b s i s t e n t e s , o sob a s ind icag6es do govcsnados, pcla Direcggo dos Se2 v iqos de Fazenda, 6 d i s c u t i d o e aprovado em Conselho de Govsrqo e remetido depois ao Gov6rno da metrbpole.

NtXo e' permit ido in scseve r nesse orgamento rece i - t a s ou despcsas ngo au to r i zadas por diplomas l e g a i s em v i g o r e os contraven'tores d e s t a disposiqtfo f icam rcs- ponscfveis, c i v i l e criminalmente, como agentes do Poder Executive, p e l a s i n f r acg6cs em que incorrerem.

No decurso de cada ano econbmico serge enviadas a o Min i s tQr io das Coldnias a s propos tas de modificagtio ou d e c r iag&o dc r e c e i t n s , s e r v i ~ o s , quadros ou vencimen- t o s , que s b p e h metrdpolc possnm s e r de f in i t i vamen te a p r w a d a s , mas no o rpmen to g e r a l da co lbnia , para o s egu in t e ano econbmico, s b podergo s e r i n c l d d a s as re- c e i t a s ou despesas consequentes d a s propos tas que, Q d a t a da aprovacjo do orgamento, es t iverem jzf t d c i t a ou expressament z * rovadas p e l a metrbpole.

A propds-i, I orgamento g c r a l de cada co lbnia s e r d remetida R J M i , I s t 6 r i o das Colbnias, a n t e s do f i m do m$s de Marpo an-l;,:rior ao ano econbmico a que d i s s e r r e 2 pe i to , juntamente corn um r e l a t b s i o do a u d i t o r f i s c a l s o b r e a exact id80 cos cd lcu los e a leg i t imidade das ver-- b a s i n s c r i t a s , e com a proposta d e empr6stimo a que se r e f e s e a base lo@. , quando neces sb r i a ,

No primeiro dia de cada ano econbmico o governador ordam&, por pos tn r i a , a execugffo do orgamento, corn a s s l t e s a g 5 e s que n t Q entao l h e t ivesem s i d o comunicadas p.:lo Gove^rno da metrbpole.

Quando o osqamento proposto ap re sen tn r d e f i c i t ou c o n t i v e r r e c e i t n dependente dalguma operagBo de c r d d i t q r s suas despesas ex t r ao rd ind r i a s sb en t r a rgo em execugh a 2pois da metrdpole haver aprovado a proposta des t inada :& e q u i l i b r a r o osgamento, mas a t 6 o l i m i t e da d i f e r e n ~ a r ~ s i t i v a e n t r o a soma dso r e c e i t a s e o t o t a l d a s despe- ~ z s o r d i d r i a s i n s c r i t a s na proposta , quando t a l s e der, r , )de o governador ordenar a apl icaggo, por duoddcimos

zsais , da s d i spon ib i l i dades v e s i f i c a d a s a dcspesns ex -

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t r a o r d i n d x i a s d e s t i nadas o obxas de f omento, cons tm- qacs ou reparnq8es j R i n i c i a d a s , de c u j a suspcns&o pos - s a r e s u l t a r pse jufoo ,

BASE 16%.

B negada aos vogais do Conselho de Gov$rno a in i - c i a t i v a de psopostas que snvolvam aumento de despesa, nSo scndo acornpanhadas de disposiqflos e f e c t i m s para a r.ealizaq€Xo de r e c e i t a s cornpensadoras, sem pscjufrto do n s i s amplo d i r e i t o de discuss80 cm tudo que d i s s e x r e 2 p e i t o a se rv iqos da co ldnia e a obxas dc fomcnto. Q u a , t o a e s t a s , poderd o govexnador e qualquer mcmbxo do Conselho propor, e o Conselho aprovar , a s que entende- rem convenientes , desde quc fiqucm compreendidas den- t r o des d i spon ib i l i dades da r e c e i t a , e n8o psejudiquem a sa t i s faqBo dos encargos ob r iga tb r io s , e a consti-tui- @To do fundo de reserva.

~ i o s pr imei ros c inco anos de execuqso des tn le i ,em nc :11!111?. co ldnia poderg scr awncntada a despesa g l o b a l co:Li os funciondsios dos scus s e r v i ~ o s pcrmanentes, sem a p r o v a ~ & o expsessa do Gov2xno da metrbpole.

BASE, 17%.

A acq&o do Govsrno da metrdpole sobxe o orqamento d~ co ldn ia excxce-se pc la ver if icaqflo c corsecq&o do c6mputo das r e c e i t a s , e p e l a ves i f i cag%o da l ega l idade d n s despesas i n s c r i t a s , evi tando, quanto poss ive l , i m ~ d i r ou f m s t s a x a i x i c i a t i v a doa govesnos c o l o n i a i s , e de modo nenhurn invadindo n s s f e r a d a compet$ncia de l i - b e s a t i v a dessea govesnos,

BASE 18*.

0 governador 6 o oxdenndor do osqamento g e r a l da co lbnia . Nao l h e Q l f c i t o oxdcnarl despesas n%o previs- tas nas t a b e l a s do orqamento, ou order&-las em impor-

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AUEIDA RIBEIRO I 297 I

t6nci.a s u p e r i o r ?t f i xada , ou para ap l i cagaes d i f e r e n t e s d a s p r e s c r i t a s . E-lhe, porr?m, permit ido, ouvido o Cons2 l h o do Gov$rno, c f e c t u z r a t ransferh2I .a de verbas den- t r o do mesmo capi'tulo. Se i s s o nEEo h a s t ~ x , c f o r abso l2 tamente ind ispensdvel awnentar a dotagEo de semzigos j d i n s c r i t o s nas t a b e l a s ou c u s t e a s despesas der ivadas de novos diplonias l e g a l s , o gov;.rnador propor5 em Conselho B a b e r t u r a dos c r d d i t o s necessQr ios , que s b s e tornart lo e f e c t i v o s quando aprovados pe l a mctrbpole.

Tendo de fazer -se despesas nso p e v i s t a s , de c a d 2 t e r exceptional o urgente , a abe r tu ra do c r d d i t o extra- o r d i n d r i o correspondente s e r a r e s o l v i d a pe lo governador em Conselho de GovQrno, e ordenada em p o r t a r i a j u s t i f i - c a t i v a , e d executdr ia desde logo, sem pre ju i zo da a p r e cia980 do GovGrno da metrbpole, pue, em caso de abuso, t o r n a d e f e c t i v a s pua ispuer responsabi-lidades.

Dentro dos termos p r e s c r i t o s nos regulamentos res- pect ivos, a faculdade de ordenador ise d ~ s p e s n s , confer2 da por e s t a base ao g o v e r n a d o r g e r c " , ~ 3 r d parcialmente dclkgada em cadn governador de dist:?sl-o, r e l a t i vamen te & p a r t e do orqnmento que a o d i s t r i t o d i s s e r r c s p c i t o .

BASE 19a.

Em cada co lbnia , cxerccndo com indcpcndcncia com- p l e t a a s funqdes de que por e s t a l e i 6 incumbido, hav* r d um midi tor f i s c a l , encarregado de s e r v i r de consul- t o r do govGrno da co ldn ia am as sun tos de n d m i n i s t r a ~ B o f i n a n c e i r a e de f i s c a l i z a r , segundo os p r c c c i t o s i n d i c a dos n e s t a l e i , p a r a conhecimento dos Governos dn metr&: pole e da co lbnia , a l ega l idade dos a c t o s da n d m i n i s t r - 980 f i n a n c e i r a e n regular idade da execugfXo dos se rv i - gos de con tab i l i dade pufblica.

0 a u d i t o r f i s c n l ntXo interv6111 directamcnto na a d G nis t ragBo da co lbnia , nem por pualqucr forma impede a execuqgo d a s deUberag8es f i n a i s do govcrnador, enten- dendo-se que a independgncia, que l h e 6 confer ida no e- xercl 'cio d a s suas fun~Ties, d o p re jud ica a n a t u r a l su-

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bordinaqBo ndmin i s t r a t i va a o governndor da co lbnia . 0 a u d i t o r f i s c a l comunica d i r cc tmien le a o governa -

dor as faltas que encontsar c o s e r s o s que descobr i r na execuqdo dos se rv igos dc con tab i l i dade e nn admini2 tmgfio f i n a n c e i r z da co lbnia , e envia peribdicarnente, no Governo d a metr6pole r e l a t d r i o s em quc r e g i s t a r 8 de trtlhadamente a acqso que, no exesc fc io das suas func ;&+ t i v e r exescido c o resu1t:tdo da f i s c c . l i 7 ~ q ~ o permanen- t o que l h e 6 incumbidc. Deotes r e l a t b r i o s , discct:unen- t e enviados & mctrbpole, scmcterd logo o a u d i t o r fiscctl c b p i a s a u t h t i c a s ao governador da co lbnia .

Algrn das f u n ~ b e s de consu l to r do gov$rno da c o l b n i a em rnatgria de administsaq8o f i n a n c e i r a e dns atri- buiqi3es que nout ras bases des t a l e i l h e sao confe r idag c o m p e t i d psincipalmentc a o a u d i t o r f i s c a l , pos s i e pc los s eus delegpdos, v e r i f i c a r n l eg i t imidade e a e- x a c t i d z o de todas n s despcsas pecunigr ias e de matesi- a l , f i s c a l i z a r a rdsponsabi l idade dos cncarree:idos da cobsanqa de r e c e i t a s e do pagxaento de d c s p c s ? ~ , f i s c g l i z a r a con tab i l i dade c e n t r a l dn coldnia e a d e todas a s s e p a r t i g 6 e s ou sesviqos, i n c l u i d o s os de admxnistra_ ($30 autbnoma, e v e s i f i c a r as e x i s t $ n c i a s de fundos e d c mates i a i s B co ldn ia pertcnct,ntes.

Havesd um deleeado do a u d i t o r f i s c a l em cada dis- t r i t o ,

0s ~ u d i t o s o s f i s c a i s e os scus delegados pesten- cem a urn quzdso independente dos se rv iqos de fazenda e comum a todas as colbnias .

0s nudi toses f i s c a i s e os seus delegados ngo po- dem s e r v i r pos rnais de quatr-o anos em cada co lbnia , ou a e s t a v o l t a r em nova comissEo a n t e s de passado i g u a l pesfodo de tempo, 0s nud i to ses f i s c a i s e os seus dele- gados ngo podem sirnultSneamente dcsempenhtis qualquer comiss%o ou se rv iqo semunesado na co lbnin em que e x e p cem a s suas funqges. 0 a u d i t o r f i s c a l de cada co ldn ia d vogal do Tr ibunal de Contencioso Administrative Pis - c a l e de Contas, mas n%o f a z p a r t e do Conselho do Go- v6mo ou de q u ~ l q u e s corposaqEo admin i s t r a t i va ncm 4

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AWIDA RIBEIRO 1 299

considerado para nenhuns e f e i t o s chefe d e scrv igo ,

BASE 208.

No que d i z r e s p e i t o ao ordenamento e f i s c a l i z a g % o d a s despesas e dout ros a c t o s tie adrninistraggo f inance i -

1 r a , l s e r $ o observadas as r e g r a s seguin tes :

l@. A s ordens dos pagamentos a e fcc tua r p e l a tesou r a r i a g e r a l ou pe l a s tesour8,r ias d i s t r i t a i s da co1bni.a- sBo preparadas, sob as in s t ruqbes do cornpetente g o v e r e dor , pe l a s d i r e c ~ d e s p r o v i n c i a i s ou d i s t r i t a i s dos s e r v i q o s de f a z e n d a ~

2 & , E indispensdvel , para todas as ordens de paga- mento monciomdas na a l f n e a a n t e r i o r , a informagfio pr& &a do r e spec t ivo d i r e c t o r dos s e r v i ~ o s de fazenda c ez t e 6 responsdvel p e l a s despesas i l e g a i s que a sua infoz maggo o r i g i n a r ;

39.. Ao v i s t o do a u d i t o r f i s c a l s€fo 1- s c n t e s os c o n t r a t o s e diplomas andlogos aos que rzrz ncrtrbpole es- tEXo s u j e i t o s a o exame e v i s t o do Conse1k1.0 Super ior da AdministraqEXo Finance i ra do Estado, e p e l a leg i t imidade das despesas au to r i zadas por e s se v i s t o sera' responsrjvel o a u d i t o r f i s c a l ;

48, 0 governador da co lbnia e os governadores de d i s t r i t o s consultartXo o a u d i t o r f i s c a l ou os s eus del* gados acerca das ordens de pagamento sempre que a res- p e i t o d e l a s discordarem da informaq80 do r e spec t ivo di- r e c t o r dos s c r v i ~ o s de fazenda ou quando o julgarem ne- c e s s d r i o , o pe l a s despesas consequentes de qualquer c o s s u l t a scrBo sol id&riamente responsdveis , como agentes do Poder Executivo, o governador da coldnia e o a u d i t o r f i s c a l ;

5% 0 governador da co lbnia , ouvido o Conselho l d o I Govcrno e assumindo i n t e i r a responsabi l idade c i v i l e c r imina l , do seu ac to , pode d e i x a r de s e con fomar corn a

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c o n s u l t a do a u d i t o r f i s c a l ou com a recusa do seu v i s b , e , nesse caso, publ icar& no Boletim O f i c i a l uma porta- r ia, j u s t i f i c a n d o a sua resoluggo;

6 B . A decisfio do governador-geral sera' submetida, pe los governadores de d i s t r i t o , a reso1~zc;Qo dos casos em que tiverem discordado do pRrecer do delegado do a> d i t o r f i s c a l , que, nos turmos da r e g r a 4s. d c s t a base, t iverem c onsultado. 0 govL:rnador-geral, depois de ou- v i r o d i r e c t o r dos serv iqos de fazenda da provfnc ia c d e c o n s u l t a r o a u d i t o r f i s c a l , conformar-sc-6 com o p2 r e c e r d e s t e ou procedcra' nos termos da r eg ra a n t e r i o r )

73. Em poder de cada um dos chcfes dos s e r v i ~ o s p r o v i n c i a i s ou d i s t r i t a i s e 6. sua r e s p o n s ~ b i l i d a d e ha- verg , em depbs i to , um fundo permanente ad ian tado p e l a s t e s o u r a r i a s g e r a l ou d i s t r i t a i s da co16nia, e c u j a irc- por tgnc ia s e r d f i x a d a para cnda urn pc lo govsrmdor , em Conselho do Gw3rno. Es t e fundo perrnanente s e r& des t i - nado B s aqu i s iqaes e despes,.:; tie pequcna importgncia que por e s s e s che fe s tiverern cle s e r habitualmente f e i - t a s e quc se ra0 Liquidadas dc,f ini t ivamente e pagas pe- las t e s o u r a r i a s da co lbnia , por periodos determinados, segundo o processo ind icado nFs r e g r a s a n t e r i o r c s des- t a base. Ao a u d i t o r f i s c a l e a o s seus delegados'cornpetc examinar o e s t ado dos c o f r e s onde e s s e s fundos perrna- nentes es t iverem deposi tad os, v e r i f icando os d ocumen- t o s j u s t i f i c a t i v o s das dcspesas quo por e s s e s fundos t iverem s i d o provisbriamente pagas;

89. A s determinaqaes cons tan tes d a s r e g r a s d e s t a base d o prejudicnrn o processo que s e adopta ou t i v e r d e s e r adoptado em s e r v i ~ o s e s p e c i a i s ou n cargo de con se lhos autbnornos, tais como os de caminhos de f e r ro , f$ b r i c a s 20 Es tado e ou t ros de na tureqa i d $ n t i c a , , o n d e , p e l o s r e s p e c t i v o s co f r e s , as despesas t iverem de s e r provisbriarnente e fec tusdas , por ordem e sob a responsg b i l i d a d e dos r e s p e c t i v o s ge ren te s ou conselhos adminis t r ado res , apl icando-se a s doterminaqBes d e s t a base s b

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ALMEIDA RIBEIRO 1701 1

mente quando s c proceder & l iquidaqgo d e f i n i t i v a das despesas pe la respect iva Direcqgo dos Serviqos de Faze2 da .

BASE 2112.

A contabi l idade d igdf ica s e r d a base da c o n t a b i l i dade puholica da ndministra@To de cadn coldnia e de cad: um dos seus s e r v i ~ o s autbnomos, adoptando-se processos que registem c l a r a e precisamente a s i tuaqgo f i n a n c e i r a de cpldnia. 0 Gov8rno poderd oon t ra t a r funciondr ios pd- b l i c o s ou e s p e c i a l i s t a s de reconhecido mdrito, para, em prazo determinado, montarem a contabi l idade d e cada cr>- l d n i a e dos respect ivos s e r v i ~ o s autbnornos, e prepara- rem a s ins t ruq6es que devef lo s e r depois seguidas pelo possoal permanentemente encarregado desses s e r v i ~ o s I de I

c ontabi l idade . Al6m da contabi l idade c e n t r a l , a cargo dns direc-

qBes provincia is e d i s t r i t a i s dos scrv iqos de fazenda, cm cada administra$To autdnorna ou em cada ramo de sex- v iqos p f i l i c o s que a seu cargo t i v c r c o b r a n ~ a do recei- t a s , pagamcnto de despesas, guurda do fundos ou guarda de ma te r i a i s, haverd a contabi l idade p r iva t iva , regis - tando o movimento respective de fundos e de mater ia is , e servindo de subsidia'ria da contabi l idado c e n t r a l I da I

c o ldnia , Ao a u d i t o r f i s c a l e aos scus delegados compete

f i s c a l i z a r a forma pe la qua1 sao desumpenhados todos e s t e s serv iqos de contabi l idade.

No que d i z r e s p e i t o & f i sca l i zaqEo da cobranqa de r e c e i t a s da coldnia, compete ao aud i to r f i s c a l e aos seus delegados v e r i f i c ~ a r a legi t imidade dos lanqamcntos, c o n f e r i r os docurnentos das cobranqas r e a l i z a d a s com a escrituraqEio respect iva , examinar o es tado dos cofres & coldnia e f i s c a l i z a r a t r a n s f e r b c i a dos fundos para a t e soura r i a .

A s contas de gerGncia e de exe rc ic io da co ldn ia j a s i contas anuais I de I todosr os I s eus s e r v i ~ o s autdnornosr e as I

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con ta s de todos os cxac tores de fazenda ser%o enviadas a o a u d i t o r f i s c a l e aos s e u s dclegados e s b depois de vexif icarem rl, conforrnidade com a escrituraqtXo e documen t o s o r i g i n n i s podem s e r p re sen tc s 6 s cs taq8cs a que corn_ p e t i r o r c s p e c t i v o exame e julgamento.

Em cndn co l6n ia s e r s o a j u s t a d a s c julgadas as con- t3s dos e:cactores da sun fazenda, com recu r so para o Conselho Colonial , exccpto a s d o t e s o u r e i r o g e r a l , cu jo julgamento f i c a compotindo a e s se Conselho, em d l t ima i n s t g n c i a .

BASS 22a.

X da competsncia dos governos c o l o n i a i s o e s t a b e l e - cimento, a l t e r a g g o ou supressBo dc t a m s e impostos no r e s p e c t i v o t e r r i t b r i o , sen) quebra das e s t i pu laq8es in- t e r n a c i o n a i s , e observadas ns r e g r a s seguin tes e os p r - c e i t o s e s p e c i a i s da base 29s.:

a ) Per tence B coldnin a i n i c l v a do es tnbe lec i - mento, a l te ragBo ou supressgo das iaxas ou impostos,com o vo to a f i r m a t i v o do Conselho do ~ o v g r n o . A i n i c i a t i v a d e propos tas de t a x a s ou impostos quc recaiam exclus iva mente sobre o s indfgenas compete, no Conselho do ~ o v $ r = no, sbmente R O governador da colbnia .

b ) Em t o d a s a s co ldnias subsistem as t a x a s e impos t o s actualrnente em vigor , enquanto nElo forern s u b s t i t u c dos, modificndos ou e x t i n t o s nos termos d e s t a l e i ,

BASE 23E.

Na determinag80 do regime das r e l aqdes comerciais e n t r e a metr6pole e as colbnias , e d e s t a s o n t r e s i , o b - servar-se-go, sem quebra dns e s t i pu laqdes i n t c r n a c i o - n a i s , oa s e g u i n t e s p rece i to s :

a) A s mercadorias produzidas na metrbpole gozam,ao serem importadas em qualquer co lbnia , duma redugEo nao

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i n f e r i o r a 50 por cento sobrc os d i r e i t o s da pauta que v igora r ; r e c i procamente a s mercad o r i a s produzidas em q& a l q u e r colbnia gozam de i g u n l bene f l c io ao serem i m p o r t adas na ~net rbpole ou em ou t ras colbnias.

b) Z ampliado por mais 20 anos o regime a c t u a l de irnportaqRo na rnetrdpole dos a ~ c c a r e s de produ~Bo de hn- go la e de Mo~ambique, es tabelec ido pe lo decre to de 2 de Setembro de 1901, e o mesmo regime 6 concedido por igu- a 1 perlodo i importaqgo do aqbcar produzido em Cabo Ver de a t 6 o h m i t e de 1.000 toneladas, Quando a importag9!! na rnetrdpole do aqiicar de produqfio d a l p m dessas c o l b n i n s exceder o l i m i t e mdximo que por e s t a l c i l h c 6 a- t r ibu ldo , considernr-se-d esse l i m i t e acresc ido anual- mente em 10 por cento.

c) A s reduq8es de d i r e i t o s r e s u l t a n t e s do d ispos to nas a l l n e a s a ) e b) se ra0 sernpre calculadns sobre o rnais bnixo d i r e i t o aplicAvel aos rnesrnos gdncros doutras pro- v,.!?.. 3ncias.

d) Quando s e estabeleqam novas c n r r e i r a s de nave= qfio r cgu la r para a s c o l b n i ~ s da Africa, Ind ia , Macau e Timor, sob bandei rs m c i o n a l c de forma a obter-so ga- r a n t i a de t a b c l a s de f r e t e s equ i t a t ivas , ernbora a t roco de correspondcntes subsfdios anuais , os benef ic ios de que gozarao a s rnercadorias tmnspor t adas nesses navios serfio os que s e est ipularem no rcspecti3:o contrato.

Enquanto n€Xo forem es t abe lec idas as novas ca r re i - r a s a que e s t a a l f n e a s e r e f c r e manter-se-8 a protccq%o a c t u a l h navegaqgo sob a bandeira nacional ,

Para o s e f e i t o s d e s t a ~ l f n e a , e quando hajam de s e e s t abe lece r t a b e l a s de f r e t c s , s b s e reputam devidamen- t e nprovadas aquelas acerca das quais tenham s i d o ouvi- dos os Conselhos de GovGrno das co ldn ias in t e res sadas .

e) Quando a s co ldn ias nos termos dn base 22a. pro- moverem a modificaqgo dos d i r e i t o s aduaneiros e out ros encargos que hoje recaem sobre a sua exporta$Xo, consi- gnar-se-6 semprc o p r i n c i p i o do d i f e r e n c i a l de t r ibu ta -

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q&o e n t r e a exportaqfXo para po r tos nnc ionais a bordo d e navios nac iona is , o para por tos e s t r a q e i r o s n b~ do de navios nac iona is ou de navios e s t r ange i ros , re= Inndo-se tudo de forma a s b poder s e r ~ p r o v e i t n d o o d i f e r e n c i a l pe las empresas do navegaqgo nncionais quand5 os f r e t c s nos scus navios n%o excedam os exigidos nos navios e s t r ange i ros ,

f ) A s r?Ierc~dorias reexportadns peloa po r tos do con t inen te para as co ldn ins goxam, a o serem importadas ne l a s , da reduggo de 20 por cento sobre os d i r c i t o s da pauta que v igo ra r .

Relativamente as co ldn ia s da Afr ica Ocidenta1,estR reduqqo s b 6 concedidn quando o t r anspor fe s e e f e c t u n r sob a bandei ra nac iona l ,

g) Dumnte os pr imeiros c i n c o anos da execuggo d e s t a l e i , os d i r o i t o s e s t abe l ec idos na pauta ac tua l - mente em v i g o r para a impor t a~Bo em Angola de t e c i d o s d e a l e d g o se ra0 reduzidos de 20 por cento ,

Durante o mesmo prazo, os t e c i d o s de algod3o ,,-in. f ac tu rcdos na. metrdpole pagargo 1 0 por cento dos d i r e i - t o s assim es t abe lec idos ,

BASE 24%.

Cada co ldn ia regula a sua c i r c u l a ~ & o monetdria e f i d u c i g r i a , dependendo, porJm, as r e s p c c t i v a s reso lu- cues do voto a f i r m a t i v o do Conselho de Govzrno e da a- provaq&o da metrbpole.

BASE 25'.

No cuso dalguma co ldn ia de ixa r de cumprir quais- quer obrigag8es por e l e assumidas no e x e r c i c i o da sua administraggo f i n a n c e i r a , em empr6stimos, concessdes ar c o n t r a t o s de i n t e r e s s e p f i l i c o , sb metrdpole compete impor ,a cumprimento des sas obrigas8es e t o r n a r e f ec t i - vas as g a r a n t i a s pomrentura e s t i pu lndas ou concadidas

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pelo gov&no co lon ia l , com as f ~ c u l d a d e s dc 5 coldnia s e s u b s t i t u i r para e s s e s e f e i t o s e de suspender ou li- mitar a s n t r i b u i ~ d e s de a d m i n i s t r a ~ d o f i n a n c e i r a da co- l d n i a dimanadas d e s t a l e i .

BASE 268,

Todas a s r e ~ o l u ~ a e s dos govcrnos c o l o n i a i s que, nos tcrmos des t - l e i , necessitcirem do apromqHo do Govgrno d l mctrbpole, e i-. r e s p e i t o das qua i s c l e s c nSo houver pronunciado, def in i t ivamente , den t ro de trss meses, a c o n t a r da en t rada do processo no Min i s t6 r io das Colb- n i a s , podergo s e r pos t a s em execuq8o por p o r t a r i a do a vernndor, produzindo, desde en tso , e f c i t o l e g a l . A en- t r a d a do processo no Ministc 'rio das Coldnias s e r 6 ime- diatamente comunicada R O governador da co ldn ia r e s p e c t i va. Pic?.m exceptuadns des tn permissSo as p ropos t a s de emprEstirnos ou oper ~s de c r 6 d i t o mcncionndas na base 108. e l?c~ ~ . l f n e a c ) base 8 g . e a inda n r e d u ~ t i o menc& onada na n l fnca d ) os? base 23%. des t a l e i , para a s quais Q necessdr ia a aprovrz~30 expressa dn mctrdpole.

Paqos do Gov8rno da Repuholica, em 15 de Agosto i de i 1914.- Bernardino Machado - Eduardo Augusto de Sousa Monteiro - h t d n i o dos Santos Lucas - Antdnio J d l i o da Costa P e r e i r a de Eqa - Auf~usto Eduzlrdo Neuparth - A. . F r e i r e de ~llndrade - JoEo Maria de Almeida Xma - Alfre- do Augusto U s b o a db Lima - Josk de Matos Sobra l Cid.

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"Decreto nQ. 12.421 de 12 dc Outubro de 1926"

A s bases orgdnicqs por que as co ldn ia s s e t G m re- g ido , descend0 por vezes a minuciosidades p rdp r ins de msltQria remlamentax, n%o conseguiram contudo obs t a r , d u m n t e a sua vigGncia, Q d e s o r g a n i z a ~ ~ o admin i s t r a t i - v ~ . e f i n a n c e i r a em que as co ldn ia s s e encontram.

A exper i snc in tern nssim demonstrado n abso lu t a ne - c ess idade de remodelnr a administrag30 co lonia l .

0 Gov$rno, cornpreendendo essa necessidnde, orien- t a a sua acpgo nos prirlcZpios seguin tes :

a) Unidade p o l f t i c n do t e r r i t d r i o c o l o n i a l ;

b ) Continuaqtlo do .-t?yime de autonomia administra- t i v a e finanet:irzi com uma mnis c f i c a z supe- r i n t e n d h c i a e f i s c a l i zaqso da me t rbpo le ;

c ) Definiqgo, tendente a e v i t a r confus€5es, da com p e t 8 n c i ~ da metrdpole c dos governos das c c l d n i a s em mate'ria l e g i s l a t i v a e execut iva ;

d ) CessagEo do regime municipal nas r e g i u e s onde e l e , apesa r de um longo regime de assimila- ~$0, a inda nEo conseguiu c r i a r r a f z e s ;

e ) ExclusEo rms bases orgdnicas de d i s p o s i ~ b e s e s - peciixis. ou regulamentares a f i m de e l a s te - rem s e l a s t i c i d a d e p r e c i s a pnra den t ro dos seus p r e c e i t o s g e r a i s , mas r f g i d o s , s e pod* rem formular a s c a r t a s org2nicas e cddigos ndmin i s t rn t ivos de cad8 co lbnia ;

f ) ModificaqSo do regime dos Al tos Comissariados no s e n t i d o da p o s s i b i l i d a d e da sua adaptag%o

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3s c i r c u m t A n c i ~ s e ~ c e p c i o m ~ i s de d iversa na- t u reza que determinarn em cada caso p a r t i c u l a r a necessido.de de t a l regime.

SBo e s t e s os pr incfpios que o r i e n t m o GovGrno na projec tada reforma da ConstituiqBo P o l f t i c a em mat6ria de administrnq50 colonia l .

Tern e l o s em v i s t a a neut ra l imqffo p o l f t i c a dn edmA n i s t r a g s o dns nossas colbnias.

A s s i m :

Em nome da Nap&o, o Gov8rno da Repdblica Portugue- sa decre ta , para v a l e r como l e i , o seguin te

Artigo 1 9 . - S o nprovadas a s seguin tes bases or& n i cas da a d m i n i s t r a ~ d o colonia l :

Da administraq80 c i v i l

BASE I

0 t e r s i t 6 r i o do impErio c o l o n i a l portuguSs Q o cxk- t e n t e b da ta dn publ ica~Go des tns bases.

A Na@o Portuguesa &o renuncia aos d i r e i t o s que tenha ou possa v i r a t e r a qualquer outro t e r r i t b r i o c2 l o n i a l .

0 impOrio c o l o n i a l por.tugue^s 6 f o m a d o pe las cold- n i a s portuguesas.

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Cada coldnin c o n s t i t u i um organismo admin i s t r a t i - vo autbnomo.

A s co ldn ia s podem s e r d iv id idas em d i s t r i t o s . 0s d i s t r i t o s e a s co ldn ia s S o d i v i d i d a s em dis -

t r i t o s coapreendern &reas admin i s t r a t i vas ~ d e q u a d a s Ss c i r cuns t$nc ia s de uns c de out ras .

Dos d i r e i t o s e g a r a n t i a s i n d i v i d u a i s

BASE I1

SBo g a m n t i d o s a nsc iona i s o e s t r a n g e i r o s r e s i d e n t e s ms co ldn ia s os d i r u i t o s concerncntes i l iberdadey s e p r a n q a i n d i v i d u a l e propricdade nos termos das l e i s em vigor.

Tanto a nncionais como a es t rang( : i ros podc s e r rz cusada a en t r ada em qualquer co ldnia e orden::,ic~ a ex- pulsao do seu t e r r i t d r i o , s e da sua presenqn r c s u l t a - r em graves i n c onvenient e s de ordem i n t e rna ou in t e rna - c i o n a l ,

0 e s t n t u t o c i v i l , p o l i t i c o e c r i m i n a l dos indige- nas obedecerd a p r e c e i t o s e spec i a i s conc e rnen te s aos s e u s deveres e tendentes 6 defesa das suas pessoas e propriedndes s i n g u k r e s ou co lec t ivas .

Da a d m i n i s t r a ~ ~ o cm g e r a l

BASE I11

A s c o ~ d n i a s d i v i d i d a s em d i s t r i t o s s€So govcrnadas por um governador-geral e a s ou t rns por urn governador d e co ldnia .

Haverd um governador em cnda d i s t r i t o . No dzl, ca- p i t a l da c o l d n i a a s funqaes correspondentes ser50,em r e g r a , axcrc idas pelo governador-geral.

0 tempo de c omiss&o dos governadores-gcrcis, go-

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vernadores de co ldn ia e governadores de d i s t r i t o d de qua t ro nnos, podendo s e r reconduzidos uma ou mais vezes po r i p a i s perfodos de tempo.

BASE I V

Jun to dos governadores de cnda co ldnia e por e l e s p r e s i d i d o funcionarb, com a t r ibu igGes d e l i b e m t i v a s e consu l t i vas , um conselho d e gov$rno composto dc vogs i s na tos f u n c i o r d r i o s pdbl icos , voca is de nomcagfio do go- vernador c vogais e l e i t o s .

NEo poderfio s e r vogais de nomeag3o e de oleigBo os f u n c i o d r i o s do Estado e dos corpos admin i s t r a t i vos em se rv igo a c t i v o na colbnia ,

SerBo sempre ern ndmero i g u a l o s vognis de nomeaqgo e os de eleiggo.

$ ga ran t ida a todos os vogais do consclho do govg; no a a b s o l u t a Liberdade de voto.

Waver& no conselh; govGrno uma secggo especial- mente encarrogada de do parecer sobre o s rogulrtmentos necessdr ios h boa execu~t lo dos diplomas v igcn te s na c c r 16xin e com a s demais a t r ibu ig tJes de c a r z c t e r executi- vo que constarem das c a r t n s or&nicas.

Na composiq&o e atribuiqgies dos conselhos de govgy no ter-se-d om a t e n ~ 8 0 , em r e l a ~ d o a cada c o l b n i a , ~ seu g rau de dcsenvolvimento.

Jun to de cada governndor do d i s t r i t o c por c l e p r s s i d i d o funciona um conselho de d i s t r i t o .

BASE V

0 s serv iqos da administraqgo de cada co ldn ia com- preendem:

1Q , 0s serv iqos da adminis traqEo prbpriamente d i ta;

2Q. 0s s e r v i ~ o s m i l i t a r e s do e x 6 r c i t o e da narinhs,

0s se rv iqos da administmqBo prbprinmcnte d i t a se- raio t ra tados :

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n) Por uma r epnr t iqao do gabine te encarregadn do expediente do gov$rno;

b ) For direcqBes de se rv iqo a cargo de chefes de servi(So com agrupamento de r e p a r t i q b e s ou por s imples repnrt iqGes, quzlndo n5o S-louver conveni$ncin no scu ngru - pament o .

0s serv iqos m i l i t a r c s do e x 6 r c i t o e da mnrinhn se- r g o t r a t a d o s conforme a s necessidndes do se rv iqo da co- l d n i a :

a) 0s militcures, por q u a r t e i s gene ra i s ou r e p a r t i - qdes m i l i t a r e s ;

b ) 0s de marinha, por d e p ~ r t a m e n t o s marftimos ou c ~ p i ta r i ias de por to .

BASE VT

Sernpre que nos usos e tr:tdigTjes de raqa, t r-h ou o u t r o s agzuparnentos ind igenas s u b s i s t i r a noqQo ou prd- t i c a de i n s t i t u i q ' b c s prbpri : . ,~ , enlbora rudimentares, pn- r a o gov6rno do a p p a m e n t o ou para a ad~ninistrnr$o dos seus i n t e r e s s e s co l ec t ivos , sertio e h s u t i l i z a d a s , pro- curando-se nperfeiqod-las a bem da administmq80 g e r a l da colbnia .

BASE VTI

C o n s t i t u i exclusivamente mater ia da c a r t 2 or&nica de cada co ldnia a de f in iqso dn compet6ncia do govcrna- dor, condiqdes de exe rc fc io do r e spec t ivo cargo, cornpb siqgo, a t r i b u i q 8 e s e e x e r c l c i o dns fun~Tjes do coiiselho do govgrno e do t r i b u n a l administrative, f i s c a l e de cont:ts e a organizaq&o das d i recques ou r epnr t iques de se rv iqo da c a l b n i a .

C o n s t i t u i exclusivamente mntQria do Cddigo Adminis t r a t i v o de cada co ldnia n organiznq50 dn administraqdo- dos d i s t r i t o s e das o u t m s d i v i s d e s admin i s t r a t i vas e n

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c o n s t i t u i q a o , compet$ncia e exe rc l c io a a s funqBes dos conselhos de d i s t r i t o , i n s t i t u i q d e s municipais, comis- sBes urbanas, e o r e s p e c t i v o contencioso.

Todos os demais assuntos de administra$€lo ' c o l o n i a l serge regulados em diplomas e spec i a i s .

Das funqdes l e g i s l n t ' c" 1 m s

BASE VIII

A s funqt3es l e g i s l a t i v a s em re l aggo 5s co ldn ia s sgo exerc idas :

a ) Pelo Congresso da Repu'blica;

b ) Pelo Minis t ro das Colbnias, a s s i s t i d o do Conse- l h o Supr -S.or d a s Col6nias;

c ) ,lo g o v e r n ~ i o r da co lbnia , n s s i s t i d o do conss- l h o do r , l \ ? rno da ~ o l b n i a .

Compete a o Congresso da Repu%lica l e g i s l a r sobre:

lQ, LlteraqGes das bases da administraqao c i v i l e f i m n c e i r a d a s co ldn ia s propostas pe lo Ministro;

2% AlienaqqR da propriedade ou do uso de alguma p a r t e d o t e r r i t 6 r i o c o l o n i a l em f a v o r de naqso ou c o l d n i n es t rnngeim;

3 Q . AlteraqFo dos l i m i t e s de qunlquer co lbnia ;

4Q. DeclaractXo de g u e r m e conclusdo dn paz;

5Q. ConcessGes que envolmm d i r e i t o s de soberania ;

6Q. Aprovaq&o de ernprdstimos com g a r a n t i a s especi- a i s ;

7Q. AprovnqEo de t r z t a d b s , ncordos ou convenq8es com naqi5es ou colbn;' a s e s t r a n g e i r a s .

Compete r.0 Minis t ro dns Zolbnias, n s s i s t i d o do Con -

Page 72: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

s e l h o Super ior das Col6nias , l c g i s l n r sobre:

1Q. Assuntos quo in t e re s sem ?i rnetrdpole e 3s c o l z n i n s ;

2Q. Assuntos que in te ressem a mis de ma c o l b n i q

3 Q , Alternqtfcs de d ispos iq8es l c g i s l a t i v n s em v i - g o r em mais de umr co lbnia ;

4Q, Regime d i s c i p l i n n r dos func iondr ios p a l i c o s ;

5Q, Assuntos quc intercoscm a umn s b co ldn ia c es volmm n l t e n g R o dac suns r e c e i t a s ou despesas orgame2

' t a d a s , quando s e encont rar cm regime d e f i c i t b r i o ;

6 Q , Aprovaggo d e emprt5stimos que, somados, produ- zam encnrgo s u p e r i o r a 10 por cen to dns r ece5 ta s da c z 16ni.a ou sejam amortizados em mais de dez nnos;

7Q. Altemg&o do regime monetdrio e f i d u c i b r i o ;

8Q. AprovagSo de <-cc-:Jos ou convenqdes e n t r e c o l i n i a s portuguesas;

9Q. Assuntos em que os governadores das co ldn ia s hajnm discordado das resolugUes d e l i b e r a t i v a s do cons2 l b o do gov6rno;

10Q. Assuntos da compe t~nc in dos governadores das c o l d n i a s com cu ja reso luqso o Conselho Super ior das Co - l d n i a s nao concordar;

IlQ, Alterag8es hs c a r t a s organicas das co ldn ia s quc n8o envo lvm ofensn &s dispos iqdcs con t idas nas b s s e s da ~ d m i n i s t r n q g o c i v i l e f i n a n c e i r a das co ldnias .

A s reso lugdes sobre os a s sun tos do ne. 1Q. s8o tz madas de acordo com o Minis t ro ou 1.linistros 2 c u j a s p a s t a s in te ressem.

Compete ao governador ch colbnia , a s s i s t i d o do conselho do govGrno, e s t a t u i r sobre todos os demais as sun tos com a s r e s t r i g d e s con t idas n a s bases dn adminig t r aqgo f i n a n c e i r a ,

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BASE IX

Em casos de urg6ncia i nad idve l , cstnndo o Congres- s o encerrndo ou ntYo resolvendo e s t e o asounto no prazo d c t r l n t a d i a s , a con ta r 33 npresentaqEo da r e spcc t ivn proposta , pode o l l i n i s t r o dns Coldnins, com voto af i rm2 t i v o do Conselho Supzrior das Col6nias, por e l e pessoa2 mente prcs id ido , l e g i s l a r sobre os assuntos mencionados nos ilQs. 1s. e 7Q. da competsncia do Congrcsso da Rep& b l i c a .

Em casos de urgcncin innd idvc l podcr& tambdm o go- vcrnad o r da c o lbnia , mediante a u t o r i zaqao pcdida t e l e - g r j f i camen te ao Minis t ro das Colbnias, r e s o l v e r sobre os assuntos mencionados nos pQs, 3Q,, 58. e 9Q. da c o w pe tcnc ia do Ministro, sendo indispensdvel , quanto aos nQs, 7Q. e 5Q., vo to a f i rmat ivo do consclho do gove^rno.

Das f ~ n q G e s execut ivas

BASE X

0 Poder Executivo, em re l aqso hs co lbnias , 6 -exex- cido:

n) Pclo Conselho de Ministros;

b ) Pe lo Minis t ro das Colbnias;

c) Pelo gwernador dn colbnia .

Compete ::to Conselho de Ministros:

1Q. A nomeagCiio e exonenqtlo, sob proposta do Mini? t r o d:is Colbnias, dos Altos Comissbrios;

2Q. A nomeaqgo o exoneragso, a n t e s de f i n d o o ten- po d~ comissffo, sob propostn do Minis t ro das Colbnias, dos govcrnad ores-gern is o governadores do co lbn ia ,

Compote no Minis t ro das Colbnias:

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29. Mnnter no t e r r i t d r i o das co l6nias n s o b c r m i a nac ionn l e o L X Q C ~ O cumprimento dns l e i s ;

3Q. A nomeaqdo o exoneraqso dos governadores de d i s t r i t o e chefes de se rv iqo dn colbnin, sob propostn do r c s p c c t i v o govornad or;

40, R nomeaqSo, promoqfXo, transferc^ncift , aposenta- q5o e demissfXo dos func iondr ios dos quadros comuns a mais do uma colbnin ;

5Q. D 3 r p rdvias i n s t m q b e s ou assent imento as nomz aqdes e promo(;des d i f i n i t i v a s e exoneraq6es, da compe- tGncin dos governos das co lbnias , r c f e r e n t c s a f u n c i o g r i o s c u j o vencimento B e c a t r g o r i a s e j a s u p e r i o r ao de pr imei ro o f i c i a l ou para c u j : ~ nomcaq60 s e d e w lcgnlmc_n t e e x i g i r o diploma de uri curso super ior ;

6Q. il nomeag%*o par$> , -1 comiss&o servirem nns c o l b . n i a s , e a s t r ans fc r6nc inc m t r e e s t a s , dos m i l i t a r e s da ,~rmada e do exdrc i to ;

7Q. 0 exe rc i c io de todns as atribuiqf3os que a s c a ~ t a s orgdnicas d o confer ircm co governador da co lbnia .

Compete nos govern,adores dns c o ldn ia s exercer , por i l i turmQdio d a s direcqTius ou r e p a r t i q 8 e s de se rv iqo e d n s %utor idades admin i s t r2 t ivas e m i l i t a r e s s u a s subor- dinqdns, t o d m a s demals a t r i b u i q g e s do Podcr Executive com a s r e s t r i q d e s e l imi tnqdes e s tnbe lcc idns nas c a r t e s orgiinicas .

A s dispos iq6es regulamentares c o n t r d r i a s q.os pre- c e i t o s dos diplomas rcgulamentndos sgo t i d a s como ine- x i s t e n t e s , nso podendo s e r invocadns nos t r i b u n a i s ou repnrt iqf3es pdbl icas .

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Das funqBes j u d i c i a i s e de contencioso

0 Poder Judi.cin1 ntls co ldn ia s t e r d por drggo o Su- premo Tribunal de J u s t i q a da motr6polc c t r i b u n a i s de l a . c 2% i instgncia p r lvn t ivos das ~~~~~i~.

0 s t r i b u n a i s de l a . e 2% i n s t h c i a s ~ r 5 o d i s t r i b u - ides pelao co ldn ia s conf orrne o s necessi(1 ?dcs d? ndmini i t r a q s o dn j u s t i q a o exigirem.

0 s j u i z e s do qundro dn magis t rn tura dns co ldnins st20 v i t n l f c i o s e immovfvcis . A s suas nomen~des, demis- sbes , suspensBes, promoqdes e t r a n s f c r h c i a e colocaqdo f o r a do quadro serge f e i t a s nos termos da l e i orggnica da mesmc magis t ra tura .

BASE MI

Para n resoluqtYo de ques tbes e n t r e indigena, , Icm s e r i n v e s t i d o s , nas fungvcs de ju lgar , func ion6r i ( , s ou t r i b u n a i s e s p e c i a i s ou n s au tor idndes ndmin i s t r a t i vns l o c a i s .

0s costumes iridfgt.ms scrdo a c e i t e s desde quc rflo ofendnm os d i r e i t o s dc sobcrania ou nFio repugnem a o s p r i n c f p i o s dn humanidade .

Em catla co ldnia hnverd um t r i b u n a l de contcncioso, denominado "Tr ibunal ndininis t rat ivo, f i s c a l e de con tng composto de magistrados j u d i c i a i s e func ion6r ios pd'bli- C O S .

Tambdm podcm f a z e r p n r t e d e s t c t r i b u x i l vogais nflo f u n c i ondrios pt'iblicor, e l e i t o s pel0 c o n s ~ l h o do govgrno.

Das dec i sdcs do t r i b u n a l h a v e r j r ecu r so para o Con - s e l h o Superior dcs Coldnias. Na composi~Eo e a t r i b u i - c8es do t r i b u n a l ndministrnt ivo, f i s c a l c de con ta s t c s - --se-&o em qtenqbo a s condiqdes e spec in i s e grau dc de-

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scnvolvimento de cada co lbnia .

Das i n s t i t u i g 5 e s municipais e s e rv igos autdnomos

BASE X I V

TJos concslhos e outrsas b reas 2dmin i s t r a t i vns em que nos d l t imos viii-te nnos :I adrninistr.,?q50 municipal t enha s i d o exerc ida por coniissTjcs n ~ u n i c i p a i s em rnaior per lodo de tempo do que por c 6 m ~ r n s municipais e l e i t a s , s e r5o a s i n s t i t u i q q e s municipais obrigntbriamente subs - t i t u f d z s por comissTjes urbanas.

A s comissgles u r b ~ n n s sFio c o n s t i t u f d a s p o r vogais de nomeagBo do governndor da c o l d n ~ a . ou em p a r t e de n2 meaggo e em p a r t c dc e l e iqzo , conforme a importgncia e g r a u de descnvolvimento dos r e s p e c t i v o s c o n c ~ l h o s ou a r e a s admin i s t r a t i vas , podendo, t a n t o nun c ~ s o corno noutro, s e r nomendos ou c l e i t o s , a t 6 o I " it1ro de um t e r q o , os o s t rnnge i ros com r e s i d h c i a h 1 - t-ual nn c o l g n in , por tempo n2o i n f e r i o r a c i n c o anos c que s n i b m l e r e e sc revc r portugugs.

S3o i n c l c g l v e i s para as i n s t i t u i q f i e s municipais e comissfios u r b ~ ~ m s os func iondr ios p u i l i c o s , c i v i s ou m i l i t a r e s , em se rv iqo a c t i v o n2 coldnia , os qua i s podan pore'm s c r nomendos.

0 s s e rv iqos ~1::s cornissTies urbanas sgo para todos os ef e i t o s considcrados so rv iqos pbbl icos.

BASE XV

Pode o governndor da co lbnia , com voto a f i rma t ivo do conselho do govsrno, d a r nutonolnia admin i s t rn t iva e econ6mica n sc rv iqos que p o r sua na tureza e especizdi- dnde d e l a caregam.

A s comissgles urbanas e o s s e rv iqos autdnomos e s t & s u j e i t o s i super in tendsncia dos che fe s de serv iqq a p pertenccrem e 5. f i s c n l i z a q 8 0 do che fe de se rv iqo de fz

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zenda da co lbnia .

Dos Altos Comissariados

BASE XVI:

Em cnsos exccpciomis e qunndo o julgc/?- convcnieg t e podc o Conselho de Min i s tms , sob propostn do 1;ini.s- t r o das Colbnins, submeter temporhrinmente 30 regirne dc Altos Comissariados uma co ldn ia ou urn g m p o dc col? n i a s .

0 s a l t o s comissdrios tertio, nl6m de todns a s a t r i - buiqdes dos governadores-gerais, a s que l h e s f orem con- f c r i d a s no d e c r e t o que subnieter a coldnin ou g m p o de c o ldn ia s hquele regime .

0 Conselho de I l i n i s t ro s , sob propoota do Minis t ro d a s Colbnias, podord, sempre que a s c i r cuns tgnc ia s .-c modificarem, ampliar ou r e s t r i n g i r a s a t r i b u i g g e s f c r i d a s por dec re to aos Altos Comissdrios.

Sob propos ta do , l l t o Comiasdrio podem s e r c o n t r a t ~ dos pelo Min i s t ro das Colbnias, por per lodo de tempo n8o s u p e r i o r s urn ano, que poderd s e r renovado, t6cni - c o s e s p c c i a i s para coadjumrern o Alto Comissdrio no cs- tudo doa problemas dz 9.dministraqBo dn co lbnia .

Disposiq8es t r a n s i t d r i a s

BASE XVII

R c a r t ? orggnica dc cndn co ldnia s c r d prornulgada p e l o GovGrno d3 ~nct rbpolc , devcrldo o s g o v c m d o r e s dcn- t r o do prazo de um nno, a con ta r da sua publicaq80 no Bolctim O f i c i a l , 4 ouvidos os consclhos de gov$rno, p r o po r as n l t s ragBes que entendcrem a beni dn administrag60 da co lbnia , a f i m de serem aprcc i3das pclo Minis t ro com o parecer G , Conselho Superior 13,s Colbnias.

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Dentro do mesnlo p m z o de um ano caciu co ldnin elebo r r w d o p r o j e c t 0 do seu Cbdigo Administrative, que s e r a

submetido h ~ p r o v a ~ t i o do Minlstro. SXo mnntidas a s s e c r e t a r i a s p rov inc in i s da co ldnin

de Angola enquanto o Alto ConissLirio o j u l g z r necess6- r i o.

TITULO I1

Da autonomia f i n a n c e i r a

BASE X V I I I

A s co ldn ia s Coz::m, sob ~1 f i s c a l i z a ~ f i o (13 metrbpole, de autonomir, f i n a n c e i r a nos termos cons tnn te s d e s t a s bg s e s .

BASE XIX

A co ldn ia 6 pesson moral, tendo, nessa qual idade, capacidnde para a d q u i r i r , e o n t r n t a r e c s t n r em juizo.

BASE XX

Cadn co ldn ia tem o seu a c t i v o e o seu pass ivo prb- p r i o s , competindo-lhe a disposiqflo das suas r e c e i t n s e a responsnbi l idnde dns sucs despesns.

BIZL% X X I

SBo considerados propriednde da co ldnia , den t ro dos

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l i m i t e s do s e u t e r r i t d r i o , or-: bens c iobiJ iGrios e imobi- l i d r i o s que d o sejam propriedcidc de outrcm, o s e x i s t e z t e s f o r a d e l e s p o r e l n s legalmente a d q u i r i d o s e bem as- s i m as acqucs e o u t r o s - t f t u l o s , di:ridendos, b6nus e p a r - t i c i p c g 8 e s quc possua ou venha 2. possu i r .

Das r e c e i t n s e despesas

BASB XXII

Const i t~xem r c c c i tas dns c o l 6 n i a s , q u e r p r b p r i a s , q u e r d o s municipios , os rcndinientos, inipostos e t a x a s cobrados no s e u t e r r i t d r i o e o s que, cobrados f o r a d e l 3 l h e s pertenqam p o r disposic$fo cxprassr , da l e i , bcm como o s que, d i r e c t n ou i n d i r e c t a m e n t e , provenham d o s s e u s bens , s e r v i q o s e d a s concess8cs e exp loraq8es f e i t a s pz l o E s t a d o ou em quc c s t e compar t i c ipe .

BASE X X I I I

Cada c o l d n i a tem o s e u orqamento p r i v n t i v o , c l a b o - r a d o segundo urn p lano u n i f o m e .

0 orqamento d 3 c o l b n i a , n e l a prcparndo c d i s c u t i d o em conse lho do gov6rn0, s e r j r cmet ido ao M i n i s t g r i o d a s Coldnins d e n t r o do p r a z o f i x z d o n a sua c n r t a o r g h i c a . NZo podem n e l c s e r i n c l u f d a s d e s p e s a s que M o e s t e j a n a u t o r i r m d a s p o r diploma l e g a l & d n t a do i n f c i o dn sua discuss t lo .

0 orqamento e n t r a em execuq5o d e p o i s d e aprovado p c l o M i n i s t r o d3.s Colbn ias , v igomndo , nc p a r t e r c l a t i w t h despesn ordina'rirr, no nno econdmico a que d i s a e r r c s - pcn to e no imedis to .

Sc o orqamento t i v e r dado o n t r a d a no M i n i s t d r i o d2s Col6n ias no p razo l e g a l e e s t e nenhumc resoluqBo t o - mnr rt td 30 d e Junho, come(;ad a v i g o r n r em 1 dc J u l h o ; sendo remet ido f o r a d e s s e prazo, c o n t i n u n r d p o r duodEci - clos o orqamento a n t c r i o r , s 6 sendo v d l i d o s no novo o r ~ 2

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mcnto os duoddcimos r e f e r e n t e s aos mcscs a indz ngo de- co r r idos . Nesta h ipdtese o govcrnador, a n t e s de f i n d a r o nno econbmico, p r e s t a r d e s c h r e c i m e n t o s sobre os mo- t i v o s (la denlorn nc: remessa a o IYlinistro das Colbnias, que tomard a s provid6ncins que ju lgnr necessdr ias .

BASE XXIV

A ac$Efo do Minis t ro sobre o orqxmento dns colbni- a s excrce-se v e l a verificaq2io e correcqgo do c6mputo das r e c e i t * : ~ e p e l a ve r i f i caqdo da l cga l idade d ~ t s des- pes s s i n s c r i t a s .

BASE XXV

Constituem encargos o b r i g a t 6 r i o s dn co lbnia as d g pesns com a ~ d m i n i s t r a q R 0 e exploraq&o l o c a l , com o ffi. b r i c o da sua moedn, v a l o r c s se lados e p o s t a i s , com o f omento dos seuc , r r i t b r i o s , mufdades dos emprQstinlos e encargos que -t:!vcr assumido ou l h c sejam impostos pcr v i r t u d e de c o n t ~ + . ~ t o ou expressa determinaqgo dn l e i , e 38 passngcns e mnnutenq50 dos deuortados, degredndos, vadios e ou t ros ir!?Livlduos enviados p a r s o u t r a s c 0 1 6 ~ & a s por determimc50 dos scus t r i b u n a i s ou au tor idades .

BASE XXVl

Continuam scnclo encargo da mctrbpole as dc spcsas considerndas de sobcrania , i nc lu indo a do Padroado do Oriente .

SEo tamb6m encnrgos dn metrbpole: A s miss8es p o l f t i c a s , de c iv i l i znq80 , propngnnds

e estudo, quando da sun i n i c i a t i v a ; 0s subs id ios t o t a i s ou p a r c i a i s n compnnhins de rr,

vegag80, de t e l e g r a f i n e andlogos; A s pflssngens e rnanutenq50 de deportados, degreda-

dos, vndios e out ros ind iv iduos t r anspor t ados para a s c o ldn ia s por dc terrninngfio dos seus t r i b u n a i s ou n u t o r i -

Page 81: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

dades n d m i n i s t r a t i v a s .

BASE X X V I I

h c o l b n i n d i s c u t e e v o t a , no decurso d a v i G $ n c i a d o ~ r q - ~ r ~ ~ e n t o e nos l i m i t c s da SUR compet$ncia, diplomas d e c r i n @ o , r . l temugao ou suprcss60 dos s c u s s c r v i g o s , que s e r c o oxt ;cutdr ios desde logo s c dnf n5o r c s u l t a r PG mcnto de deoi,esn, mas s e f o r n e c e s s d r i o c r i n r nova re- c e i t a d o c n t r a r d em v i g o r o r e s p e c t i v o diploma sem p r i v i a nprovnqdo do M i n i s t r o dns Colbnias .

Tornar-se-& por6m e x e c u t d r i o s e c s t e s e 1150 prorlu; c i n r no p razo d e trQs meses con tcdos 6a sua e n t m d a no Minis te ' r io .

0 s d iplomas que t r a t a m d e 2largnmento do qundros ou d e numento d e v ~ n c i m e n t o s , q u e r g l o b a i s q u e r p a r c i - a i s , n S o podergo em c a s o nlgurn s c r p o s t o s cm execuqSo sem e x p r c s s n r -nv,l.q&o d o M i n i s t r o d a s Colbn ias .

Se o pro: . I L) orgnmental s c c n c c r r s r com d e f i c i t , c e s s n p a r a R c( j6n in o regime de -utonomin f i n a n c e i r a a t 6 que s e r e s t o b e l c q a o e q u i l f b r i o orc,unental.

BASE X X V I I I

0 s crnpristimoa a r c a l i z a r s z o d e i n i c i a t i v a do go- v s m o d a p r o d n c i a , s a l v o qunndo s c t r n t a r d e o p c r a ~ 8 e s d e s t i n a d a s a rnnis d e uma c o l b n i a ou de emprdstimos ex- t e r n o s , que serge sempre n q u e l c s e e s t e s n v z l i z a d o s pe- l o Govt?rno dn metrbpole .

A s c o l b n i a s podem n e g o c i a r e n t r c s i n r e a l i z a q E o d e empr6stimos.

A s operaggcs d e c d d i t o , quando o orgamento apre- s e n t e d e f i c i t , scrRo e f e c t u a d a s com cxprcssn aprovag%o d o M i n i s t r o d a s Colbn ias .

Page 82: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

Da execuqzo do orqamento

DASL: XXZX

0 ordennmento dc despesn compete ao govcrnndor de2 t r o do3 l i m i t e s orq:.mentais. Poder:f contudo o govcrnn- dor , por meio de portqrirx publicnda no Boletin] Of i c in l , de l ega r , sob sua rzsponsabi l idnde , p a r t e da sua c olnpc- t z n c i a no qv,. r e s p c i t a r a d e s p ~ s a s corrent,es de ndmini2 t raqzo .

G l h e t: mb6m fncu l t ado ordenar t r a n s f e r 8 n c i a s de verbas, d c n t r o do mesmo c a p i t u l o , em p o r t a r i a j u s t i f i ca , tin, e de cnpf tu lo p b r a cap f tu lo , corn o voto a f i rma t i - vo do conselho do gov6rno.

Ao governador, em consclho do govGrno, 6 pdrmitido a u t orizclr a nbe r tu r3 dc crc'di t o s e x t r a o r d i r i ~ r i os para ncud i r a qualquer ~:~,lamidnde pu%lica ou ocorrcnc ia de excupci onnl urgcncin, comunicando o f n c t o , simult8nca- mcnte e pela v-L :ais r sp ida , ao N i n i s t r o das Colbnias, e podendo-lhc i ,,,,lnlentc propor n nbe r tu ra de c r d d i t o s e s p c c i n i s que :,crfZo acompanhados da propostn da r e c e i ta c orrespondente 011 eliminagfio ef e c t i v a da despcsa,

Quer no C ~ S O das t m n s f c r 6 n c i a s quer no dos cr6di- t o s , nunca a s vcrbas de r f ia tc r in l podcrbo s e r ap l i cadas em despesas corn o pcssoal .

RASE XxY

h co ldn ia caba a i n i c i n t i v a do 1anQamcnto e n l t e - raqtlo ou supressso de t axas e impostos no seu t c r r i t b - ri o, sem quebra das e s t i p u l a ~ b e s i n t e r n a c i o n a i s ,

0 lanqnmento, n l t e r a q s o ou suprcss50 de tnxns c i m pos tos que recaiam sobre ind igenas 6 da exclusiva cornP; tGncia do g o v e r n ~ d o r , como dnico rcsponsdvcl pela d i r e c - ~$0 da p o l i t i c a indlgenn.

Page 83: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

BASE XXXI

A f i s ca l i zaq f io dn adminis tmq80 f i n n n c e i r a das co- l d n i a s e' excrc lda pelo Minis t ro das Coldnias directnme_n t e ou por intermddio de inspec(;Gcs e x t r ; ~ o r d i d r i a s nos tcrmos em que f o r e s t i pu lado dcn t ro da dou t r ina d e s t u s bases , evl tando, quanta poss ive l , t o l h e r 5 i n i c i a t i v a dos goverpos c o l o n i a i s ,

A f i s c n l i z a q % o d a s ordens do governador em mate'ria d e administmqbo f i n a n c e i r n e 3 regulnr idade da execu- qfio dos serv iqos de contnbi l idadc pu%lica dc cnda co16- n i a incumbem aos r e spec t ivos se rv iqos de fazcnda,

Ao t r i b u n c l ndmin i s tmt ivo , f i s c a l e d e contas corn pe t e exe rce r tambein n funqso do exme e v i s t o dos con- t r r t o s e diplomns ancflogos aos que na metrdpole esttXo h - ~ l j e i t o s ao exame e v i s t o do Conselho Supcrior de Fins, ("3s.

BASE XXXII

Subs i s t e no regime dos Al tos Comissariados a f i s c a - l iznq&o a que se r e f e r e n base a n t e r i o r .

BASE XXXIII

A s c o l a n i a s enviarso ao b l in i s t&r io , en prnzos e s t 3 be l ec idos para ccdn urnn d e L ~ s , umn conta rosumo, po r ca p i t u l o s , dns r e c e i t a s e despesas orgamsntadas, dos ren- dimentos nrrecndados e das despesds r e a l i z a d a s , organi- zadn por t r i m e s t r e s ,

A s co ldnins remetergo ao Minis tQr io , em prazos de- terminn.dos, segundo n extenstXo do seu t e r r i t 6 r i 0 , a s con ta s do s e u exe rc i c io .

Page 84: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

BASE X X X I V

Se nlgurnz colbrda d c i x a r dc curfiprir quaisqucr o- brignqtjea por e l n ~ s s u r n i d ? " ~ no cxe rc rc io dn ndministra q.40 f i n n n c e i r a , s b 20 l . i inis t ro das Goldnics compete ig por o cumprimcnto des sas obngzq8cs e t c rn6- lns c f e c t i - vas, com a faculdadc de h colo'rlia se s u b s t i t u i r para e s se c f e i t o e dt. suspender ou Ilrnil; r a s ? t r i bu ipbes (k administraqEo f i n i ~ n c c i r a quc p3r m t n s b ~ s e s l h e sfio c o d e r i d a s .

Dzs r e l aq5es comorcinis e n t r e as coldnias e n metrdpole e d e s t n s o n t r e s i

BASE XXXV

A s mcrcc?doria:; prorluzidas n:l metr6pole goznm, no sorem importndas em qualquer co l6nia , dc uma reduq&o nEo i n f e r i o r a 5 0 por ccn to sobre os d i r e i t o s da pauta que v igo rc r ; reclprocarnonte, a s mcrcndorias produzidas em qw-lguer co ldnia goznl~i d e i g u a l bene f fc io 30 serem importndas ncl mctrdpolc ou em ou t r a s co l6nins .

A s mercadorias reexpor tndn .~ pc los p o r t o s do c o n t i nente para 2 s co ldn ia s goznm dn reduq5o de 20 por cen- t o , mas e s t e bene f fc io nc~s co l6n ia s da c o s t a o c i d e n t a l d a Afr ica s b s e r a concedido h caren t rnnspor tndn sob bnndeirn nncionnl , sem qucbr? dns es t ipu lnq8cs i n t e r n 2 c ionn i s .

As mercadorias proced cn tes de po r tos c a t r a n g e i r o q quando t m n s p o r t n d n s em navios nac iona is , goznm do uma ruduqGo de 1 0 por cento, sem quebra dns o s t i p u l 2 ~ 8 e s ig t e r n a c i o n t i s .

E mantido o a c t u a l regime dos aqdcares enquanto

Page 85: TTSTRACX~~ CIVIL Lno

por diploma e s p e c i a l rBo f o r m ~ d i f i c ~ d o .

BASE XXXVI

0 p r i n c f p i o do d i f e r e n c i a l do t r i bu ta~ fXo sobre os produtos exportados das c o l6nias em navios nbcionai s p2 ra p o r t o s m c i o n a i s ou e s t r a n g e i r o s s e d mantido enqu- a n t o o s f r e t e s n c s t e s navios d o cxcedcrem os ex ig idos em nnvios e s t r ange i ros .

BASE X X X V I I

Cadn co ldn ia organizard o seu regime p n u t a l dont ro dos termos expressos n e s t a s bases por formn a o n t r a r em execugSo den t ro 'do prazo de urn nno.

A r t . 2s. - P i c a revogadn 3 legis lagflo em c o n t r ~ r i o . Detemnina-se po r t an to a todns as ~ ? u t o r i d a d c s a

quem o conhecimento e execuqBo do p re sen te dec rc to com f o r q a d e l e i pe r t ence r o cumpram e fnqam cumprir e gua; d a r t g o i n t e i r m e n t e como n e l e s e contgm.

0s Minis t ros de t c d a s a s Repart igoes o faqam imprL m i r , pub l i ca r e c o r r e r .

Para s o r publicado no "Boletim Of ic i a l " de todas as co lbn ia s .

PaFos do Govgrno dn Repdblica, 2 de Outubro de 1926. - Ant6ni.o Oscar de Fragoso Carmona - Manuel Rodrigues J d n i o r - Jbo Jose' S ine1 de Cordes - Jaime a f r e i x o - An- t d n i o Maria de Bet tencour t Rodrigues - Abfl io Augusto Vnld6s de Passos e Sousa - Joao Belo - Artur Ricardo Jo rge - F e l i s b e r t o Alves Pedrosa.

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RepartiqBo do Pessoa l C i v i l Colonia l

Secqgo hutdnoma d e J u s t i q n e Cul tos

Decreto nQ. 12.422

No regime t r a n s i t d r i o do clccreto nQ . 8.803, d e 4 d e Mclio de 1923, f o i permit ido aos func iongr ios d e jus- t i q a j6 aposentados integrnrom-se nas disposisGes daque - l e diploma.

Tornando assim extens ivos os s eus b e n e f i c i o s nos func iondr ios j6 aposentndos, nSo atendeu aos que 3. da ta da sun publicaqgo s e encontrnvnm na s i tungao de d e s l i e dos do sorviqo aguardnndo n tzposentagt70.

Sendo pois de nbsolu ta equidade que a e s t e s f u n c i ~ n d r i o s s e es tenda igualmente o regime t r a n s i t d r i o d a q u ~ l e diploma, v i s t o que nao 4 jus to que sofrLm as conseQ gncias das demorns do process0 de aposon ta~&o, d n i c a r - ztfo po r que h d a t a dn publicaq&o do decro to s e d o encan - tmvam jd nposentados,

Tendo ern v i s t a que corn e s t a dou t r ina concordn unfi- nimemente n Procuradorin Gera l da Repufblica:

,Em nome da NasEo, o GovGrno da Repdblica Portuguc- s n d e c m t a , para v a l e r como l e i , o soguinter

& t i g o IQ. - A s disposic,8es do d e c r e t o nQ. 8,803, de 4 de Maio de 1923, stlo ap l i cdve i s , desde que en t rou om vigor , aos func ion6r ios que si: cncontravanl ddssliga- dos do se rv iqo ngunrdando n nposentagflo no tempo da sua pub1icac;So.

A r t . 20. - P i c a revogada n l cg i s lnq50 cm c o n t d r i o . Determina-se por tnnto t2 t o d r s a s nutorj.dndes n qua?

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BASES ORG h?aC AS DE 30x0 BEl;O --- ,- I 327

o co~ihecimento e e x e c u ~ & o do p rc sen tc dec re to corn f o r q n I de l l c i pe r t ence r o cumpram o faqnm cumprir e g-uasdns

t 5 o -;nteirnmcnte como n e l e s e cont6m.

0s Minis t ros dc todas a s RepnrtiqBes o faqam imp% m i r , pub l i ca s e c o r r e r .

P L Z ~ ~ s e r publ iccdo nos "Bolc t ins Oi"iciaisn dc -Lo- dns ns co lbnias .

Dado nos Paqos do Govgrno da Rcpu"oLica, em 3 0 I de I Sctcmbro de 1926, - Antbnio d s c a r de Fragoso Carmona - - Manuel Rodrigues J d n i o r - Jo&o JosQ S i n e l do Cordes - - Jaime Afreixo - Antdnio Maria de Bet tcncour t R o d r i g ~ e - Abi l io Augusto Vald6s de Passos e Sousa - JoBo Belo - - Ar tu r Ricardo Jorge - F e l i s b e r t o Alves Pedrosa.

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7 28 -& .--- ..-- -.-...-- ----.&- ----- %IS ORGANICAS --

V I I I

BASES ORGANICAS DE BACELAR BEBI AN0

A s b a s e s o r g h i c a s da administra$Xo colonia1,apro- vadas por d e c r e t o nQ. 12.421, de 2 de Outubso d e 1926, d a i n i c i a t i v a do Minis t ro d a s Colbnias, comandante 5090 Belo, justificavam-se pe l a f orma seguinto:

A s . bases org8nicas por que a s co l6n ia s s e t6m re@ do, descend0 por vezes a minuciosidades p rdp r i a s de ma- t Q r i a regulamentar, ngo conseguiram contudo obs t a r , du- r a n t e a sua viggncia , & desorganizaqfiio admin i s t r a t i va f i n n n c e i r a em que as coldnias s e encontram.

A experiGncia tem assim demonstrado a a b s o l u t s ne- ce s s idade d e remodelnr a administrag%o co lon ia l .

0 ~ o v ~ r n o , comproendcndo e s sa necessidade, o r i e n t a a sua ac$%o nos p r i n c i p i o s seguin tes :

a ) Unidade p o l i t i c a do t e r r i t 6 r i o c o l o n i a l ;

b ) ContinuaqBo do regime de autonomia a d m i n i s t r a t i - vs e f i n a n c e i r a corn wna mais e f i c a z superintend8ncia e fiscalizaqtTo da metrbpole;

c ) Definiqgo, tendento a e v i t a r confusBes, da com- pe tgnc ia da metr6poLe e dos governos das co ldn ia s em m;z t k r i a l e g i s l a t i v a e execut iva;

d ) Cessag80 do regime municipal nas r cg iuos ondc e l e , agesar de 10x0 regime de assimilnq80, a inda nso c onseguiu c r i a r r a i z e s ;

e ) ExclusBo nas bases orl;2nicas dc cli sposiqbes eg -

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BACl LAR BEHIMTO *-. "- ---- 329 .--

peci a i s ou r e p l a m e n t a r e s a f i m dc e l a s terem a e l a s t i - c id ; de prec isa para dent ro dos seus p recc i tos g e r a i s , mac rl'gidos, se poderem formular a s c a r t a s orggnicas e cddj gos adminis t ra t ivos dc cada coldnia ;

f ) Modifica~Bo do rc3ime dos Altos Co:nj s s d r i o s no nentido da posaib;lidcde dn slm aclaptag5) 5 s circunst-6:; cih: e x ~ e p c i onais de d ivercs natureea y!'? rl otclrni nam e1.q c ~ d i caso parti.cul:>r a neczssic?~da de - t n L 1 - e g j ~ c .

SSjio e s t e s 0s princl'pios qine orient::^ o Go~~$rn:, na projectada reforma da Constituiq%o PolTti-ca em rnatdria de zdministrng8o co lon ia l ,

T$m e l e s em v i s t a a n e u t r a I i - z ~ ~ 5 0 n o l f t i c a da admA YlistraqEXo das nossas colbnias.

A experigncia veio, porzm, d~rncin~ ', :.-r a necess ida- de de, para conseguir todos os object ivoa em v i s t a , ez-. c l a r e c e r e completar algumas das d i s p o a i ~ b c s do re fe r i - - do diploma, o que agora se mostra de uma g r m d e oportu- nidade para a revisSjio das c a r t a s orggnicas das colbnias p r e v i s t a no mesmo diploma e a que tem dc s e r dnda exec: qflo dent ro de breve prazo.

NQo alteram essas modificagEes a oricntaq80 cssen- c i a 1 prdpria das bases decretadas em 1926. Mas, apcsar d i s so , pareceu dc toda a convcni$ncia promulgar um novo diploma codificnndo ncle toda a matdria dc bases org6ni cas com o f i m dc f a c i l i t a r a sua consulta e refcranein.

Nestes termos:

Usando da faculdade que me confere o nQ . 29. do ar - t i g o 2Q. do decre to nQ. 12.740, de 26 de Novcmbro de 1926, sob proposta dos Ministros de todas a s Repartiqgcs

Hei pox bcm decre ta r , para v a l e r como l e i , o segu& t e :

Artigo 1Q. - SSo aprovadas a s scguintcs bases orgq - n icos da 3dministraqdo co lon i s l :

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Do t e r r i t d r i o c o l o n i a l portuguGs

0 t e r r i t d r i o do ImpQrio Colonia l Portugu2s 6 o e- x i s t e n t e A d a t a da publicaqgo d e s t a s bases.

A NaqiXo Portuguesa n%o renuncia aos d i r e i t o s que tenha ou possa vir a t e r a qualquer ou t ro t e r r i t d r i o c o l o n i a l .

0 Imp6rio Colonia l Portugues 6 formado pe l a s co ld - n i a s portuguesas.

A s co ldn ia s podem s e r d i v i d i d a s em d i s t r i t o s e o s d i s t r i t o s compreendem a r e a s admin i s t r a t i vas adequadas &s c i r c u n s t ~ n c i a s de m a s e de outros .

Da administraqBo c i v i l

Dos d i r e i t o s e g a r a n t i a s i n d i v i d u a i s

BASE I1

Sgo ga ran t idos a nac iona is e e s t r a n g e i r o s r e s i d e n t e s nas colb-nias os d i r e i t o s concernentes & l iberdado, seguranqa i n d i v i d u a l e propriedade, nos temios das l e i s

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BACELAR BEE1 AN0 - 33 1

em vigor .

Tanto a nac iona is como a e s t r a n g e i r o s pode s e r re- cusada a en t r ada em qualquer co ldnia e ordenada a expu_l sgo para ou t ro luga r da co ldn ia ou para o u t r a p a r t e do t e r r i t 6 r i o national, s e da sua presenca r e su l t a r em gra- v e s inconvenientes de ordem i n t e r n ou i n t e r n a c i o n a l , ~ ~ bendo Gnicamente r ecu r so d e s t a s resolug6es para o Cons2 l h o de Ministros .

BASE I11

0 e s t a t u t o p o l f t i c o , c i v i l e c r i m i n a l dos indfge- nas obedecerd a p r e c e i t o s e s p e c i a i s concernentes a o s s eus d i r e i t o s e deveres e t enden te s & de fesa d a s suas pessoas e propriedades, s i n g u l a r e s ou co lec t ivas .

Sempre que nos usos e t r a d i g 6 e s de raga, t r i b u ou ou t ros agrupamentos ind igenas s u b s i s t i r a noqgo ou prd- t i c a d e i n s t i t u i g 6 e s p rdp r i a s , embora rudimentares , para o govsrno do agrmpanento ou para a administraqSo dos seus i n t e r e s s e s co l ec t ivos , s e r%o e l a s u t i l i z a d a s , pro- curando-se a p e r f e i q d - l a s a bem da administraqso da co- l d n i a .

0s costumes indTgenas serge a c e i t o s desde que nao ofendam o d i r e i t o de soberania ou ngo repugnem aos p r i ~ c f p i o s da humanidade .

BASE I V

Cada co ldnia c o n s t i t u i um organism0 administrative autdnomo, sob a superintend6ncia e fiscalizag5Xo do M i - n i s t r o das Coldnias.

A s co l6n ia s d i v i d i d a s em d i s t r i t o s s&o governadas por goverm.dores g e r a i s e a s o u t r a s por governadores de

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372 TXIS ORGANICAS

coldmlia, uns e ou t ros dircctarn:>nte subordinados ao M i - n i s t r o das Colo'nias.

Haverd ur!] govcrnador em c rda d i s t r i t o , Wo da cap?.- t n l da c:olo'ni.a a s iunq8es c o r r - spondentes serzo: sin rc-- g r a , uxi:.i-cidas p e l o gvvcrm.dor- .;em1

0 1;empo dc com.iso50 dos qcvcrr;adorcs-. ?era$.::, gover -- nadorco LL col6ni.a e p;overnado:aes de d i o t r i t o 6 de qua- t r o anoc, pode~zdo s c r recorili~,;idoo, ulnR ou m:~l:: vcaes, p v* :':;,. i l pr:ricdo (3e tempo.

BASE V

J C " I ~ O do govermdor dc, cadn co ldnia o por e l e pre- s ;di iJ (, ;'11rlci on~trd, com a t r i b u i q 5es d e l i b e r a t i v ? s e con- a1r1-I ivc-l:;, um conselho do .gov$mo, composto de vogaia na_ to:: f ,c .~ io_rAr ios f l b l i c o s , vogais de nomeagSio do gover- n:ld o r e vo@. c e l c i t os .

Nlto podcr!30 ser vogais de non~eaggo nem de cleigSio o s f ur,cion&j. os do Eotado e dos corpos admin i s t r a t i vos em s e r v i ~ o a c t i v o na co l6nia .

Serf70 sempre em nu'mero i g u a l os vogais de nomea- q%o e os de c lc iqgo .

E g a r a n t i d a a todos os vogais do conselho do gov6r - no a nbso lu t a l i be rdade dc voto.

k v e r B no conselho do gov6rno uma secqzo permanen- t e , espccialmcnte encarrcgada d c d a r parecer sobre os regulamentos necessbr ios B. boa execuqSo dos diplomas v i 6 e n - t ~ : nn colo'nia e corn a s depa i s a t r i b u i g u e s dc car&= t e r exccut ivo que constarem da c a r t a orggnica.

Na composi.g.5io e a t r i b u i q 5 e s do conselho do gov&no ter-se.. 6 em a t e n ~ 8 0 , em rc l aqzo a cada co lbnia , o seu g r a u de dcsenvolvimento.

Jun to de cada govornador de d i s t r i t o e por e l e prc - s i d i d o func ionard um conscl.ho de d i s t r i t o .

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B A S VI

0s se rv iqos da administraqi30 g e r a l de cada co l6nia c ompreendem :

1 9 . os se rv iqos da administrag%o prbpriamente d i t a ;

2P. 0 s se rv igos m i l i t a r e s .

0s s e rv iqos da administraqtio prbpriamente d i t a se- r%o t r a t a d o s por direcgf3es de se rv igos ou po r simples r c p a r t i c d e s d e serv igos , que podergo s e r d i f e r e n t e s de co lbn ia para co lbnia , devendo r e s t r i n g i r s e sempre a o ndmero absolutamcnte lnd ispensdvel para o es tudo dos a2 sun tos e execug€io do serv igo .

0s se rv igos m i l i t a r e s do e x d r c i t o func ionargo nos term08 das bases dec re t adas para a reorganizagtio do e- xt l rc f to colon$al, sendo t r a t a d o s , t r ans i tb r i amen te , por q u a r t e i s gcne ra ig ou r c p a r t i g 6 e s m i l i t a r e s ; o s s c rv igos m i l i t a r e s d e marinha es ta rgo , cumulativamente com os da administrag%o p r h p d m e n t e dita, a cargo de departamen- t o s maritimos ou c a p i t a n i a s de portoa.

No estudo dos assuntos de que d i r e c t m e n t e s e in- cumbirem e nas fungdes de representaqgo do seu cargo,os governadores %ergo sob a sua d i r e c t a superintcnde^ncia urn gabine te , a cargo de urn s e c r e t g r i o p a r t i c u l a r ou aj_u d a n t e d e campo.

Nas co ldn ia s de gov$rno-geral e s t a s fungdes podem s e r ampliadas e desempenhadas por uma r epa r t iqgo do ga- b i n e t e .

BASE VII

C o n s t i t u i matEria da c a r t a o r g h i c a de cada colb- n i a a de f in iqgo dgs condig6es de nomeag&o e do exercf- c i o do cargo de govcr~iador c da sua compet$ncia,a com- posi@o, e x c r c f i i o dc fungaes e a t r i b u i ~ d c s do consclho do gavSrno e d- sun scccdo permancnte, a composiq&o c

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334 . Id31 S ORGANIC AS

a t r i b u i q 8 e s do t r i b u n a l ndminis t ra t ivo , f i s c a l e dc con - t a s , a s d i spos iq8es g c r a i s dn crganizaqgo doa scrv iqos d a administraqi30 g e r a l c a fixaq$o das d i recq8es c re - pa r t i q6ea de scrv iqos .

C o n s t i t u i matkria do cddigo admin i s t rn t ivo de cada colbr~l ia a d i v i s g o a d ~ n i n i s t r a t i v a do t e r r i t 6 r i 0 , a org'ct-- nizaq8o da administrap80 dos d i a t r i t o s e das o u t r a s d i - v i s g e s admin i s t r a t i vas , a cons t i tu i$&o, e x e r c f c i o de funqTies e corflpet6ncia dos coiiselhos de d i s t r i t o , i n s t i - tuiqt5es murlici r7ais o comissC5es urbanas e o respective contencioso.

Todos os demais assuntos de administra$%o c o l o n i a l serffo repulndos ern diplomas espc:ciais .

Das f u n ~ b e s l e g i s l a t i v a s

BASE V I I I

A s funq8es l c g i s l a t i v a s , em re l aqgo B s co ldnias , sgo exe rc idas :

Pelo Congresso da Repu"b1ica;

Pe lo b' i inistro das Colbnias, a s s i s t i d o do Consclho Supe r io r das Colbnias;

Pelo governador da colenia , a s s i s t i d o do consclho do gov8rno da co ldnia .

a ) Compete ao Congrcsso da R e p a l l c a l c g i s l a r so- b r e :

1Q. Antcraqocs dns bases orggnicas da adminis tm- $Ro coloi5.al, p ropos t a s pclo Minis t ro das Coldnins;

2Q. Alicnag%o da propriedsdc ou do uso de nlguma p a r t e do t c r r i t d r i o c o l o n i a l em f a v o r da IIR~SO ou cold- nia es t r angc i rn ;

7 s . Altem$Eio dos l i m i t e s dc qualquer co lbnia ;

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'

49. Declara@o de gue r ra e conclusEEo da paz;

5% Concess6es que envolvam d i r e i t o s dc soberania;

6Q, Aprovaggo de emprdstimos corn g a r a n t i a s cspeci- a i s ;

7% Aprova~Bo d c t r a t a d o s , acordos ou conveng8es com nag8es ou co ldn ia s e s t r angc i r a s .

b) Compete ao Minis t ro das Coldnias, com o v o t a consultive do Consclho Superior das Col6nias, l c g i s l a r sobre :

lQ, Frovid$nci&s que devam v i g o r a r em mais de uma c o lbnia ;

2Q. Alterag6es de d ispos ig8es l c g i s l a t i v a s em vi - g o r em mais de uma colbnia;

3Q, Vencimentos dos govcrnadorcs-gerais, dc col6nja e de d i s t r i t o , d i r e c t o r e s de s e rv iqos e chefes de repa; t i ~ & o dc serv igos ;

* 49. Vencimentos metropol i tanos e regime d i s c i p l i - nar , de l i cenqas e passagens dos func iondr ios coloniais , e condiq6es de nomeag80, promo~t3o e o u t r a s conexas dos func iondr ios de q,undros comuns a mais de ma colbnia ;

5 Q , Orgzlnizaggo militar de cndn co ldn ia ;

6Q. A l t e r a ~ a o da d iv i sgo j u d i c i a l de cnda co lbnia ;

7Q. Assuntos que in te ressem a uma s b co ldn ia e cn- volvam a l t e r a q g o das suas r e c e i t a s ou despcsns orgamcn- t adas , quando s e eneon t r a r em regime d e f i c i t d r i o ;

89. Aprovaggo de emprdstimos que, somados aos en- ca rgos de emprQstimos ou con t rn tos a n t u r i o r c s , produzam encargo supe r io r n 1 0 por cento da r e c e i t a anua l da co- l6nj.8 ou tcnham de s e r mnortizados em rnais de quinze a- nos;

gQ , Orgnnirsaggo da f i a c n l i z a g 3 0 da adrninistragEo f i n a n c c i r a coloniril , c p r e c e i t o s d~ contabi l idnda pbb l i -

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c a que devcrem s e r observados, para e s s e e f e i t o , em to- d a s a s co lbnias ;

109. Alterag8o do regime monetdrio e f i d u c i d r i o de qualquer co lbn ia ;

11Q. Aprovag%o de acordos ou convengBes e n t r e co ld - n i a s portuguesas;

12Q. Transf e rgnc ia pEra qua lquer governador-geral ou d e co l6nia d e a t r i bu iqBes de c a r d c t e r executive a o Min i s t ro con fe r idas por diplomas l e g a i s em vigor ;

13Q. Bases para a regulamentaqEio do t r a b a l h o ind i - gena, e def inigBo do e s t n t u t o politico, c i v i l e crimi- n a l dos indZgenas e suas altermqbes;

14Q. Re j eiqgo, no todo ou em p a r t e , dos diplomas l e g i s l n t i v o s da competGncia dos governadores d a s c olb$ a s , mas s b quando o Conselho Super ior d a s Colbnias com e l e s ngo concordar;

159. Alteragf3es as c a r t a s orggnicas das co lbn ia s .

c ) Compete ao governador da co lbnia , com o ~ v o t o a- f i r m a t i v o do conselho do gov8rn0, l e g i s l a r sobre todos os demais a s sun tos com a s r e s t r i q G e s con t idas n c s t a s b 2 ses .

No ceso de o governador s e ngo conformar corn o vo- t o do conselho do govGrno, r e s o l v e r 6 o Ministro, ouvido o Conselho Super ior d a s Colbnias, mandando ou ngo pro- mulgar o r e s p e c t i v o diploma.

A c a r t a organics de cada co ldn ia des igna id , c o n f o ~ me as c i r cuns t$nc ia s l o c a i s e o r e s p e c t i v o grau de de- senvolvimento, o s a c t o s que ngo podem s e r determinados po r diplomas. l e g i s l a t i v o s do gov6rno da co lbnia sem a- provagtXo do Min i s t ro d a s Colbnias, e f i x a r d o prazo aldn d o qua1 e s sa aprovagBo s e cons ider8 thc i tamente dnda, s a l v o o s casos p a r a os qua i s n e s t a s bases s e e x i g i r a p z vaqgo expressa.

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B ACT LAR BEBI AN0 - - I 337 I

BASE IX

Em casos de urggncia inadigvel , e s t m d o o Congres s da Fqpu.%lica encerrado ou M o resolvendo e s t e o assunto no prazo de t r i n t a d i a s , a con ta r da apresentaqgo da r e s p e c t i v a proposta, pode o Mi.listro d a s Colbnias, com vo to a f i rma t ivo do Conselho Super ior d a s Coldnias, por e l e pessoalmente pres id ido , l e g i s l a r sobre os a s sun tos mencionados nos nQs . I s , , 6Q, e 7Q. da compctgncia do Congress0 d a Rep6blica.

Em casos de urggncia i n a d i d v e l poderg tamb6m o go- vernador da co lbnia , mediante au tor izaqgo pedida t e l e - grhficamente ao El inis t ro das Colbnias, e corn o vo to a- f i r m a t i v o do conselho do govgrno, r e s o l v e r sobre os as- sun tos mencionados nos nQs . 2Q. e 7Q. da competzncia do Ministro.

Das funq8es execut ivas

BASE X

0 podcr executivo, em r e l a g s o hs co lbnias ,d cxe rc i - I do: I

Pelo Conselho de Minis t ros ; Pelo Min i s t ro das ~ o l b n i a s ; Pelo governador d a co lbn ia ,

a ) Compete ao Conselho d e Minis t ros a nomea~go, e a exonerag%o a n t e s de f i n d o o tempo da comiss$lo, sob proposta do Minis t ro das Colbnias, dos governadorcsge- r a i s e governadores de co lbnia ;

b) Compete ao Minis t ro das Colbnias:

1Q. A orientaggo, supcrintend6nc5.a e f i s c a l i z a - qf3o do gov6rno e administraggo de cada co lbnia ;

2s . A manutenqso, no t e r r i t b r i o das co lbnias ,da soberania nac iona l e do exac to cun1.1rimento d a s l e i s ;

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338 LEIS ORGmCAS

3Q. A nomeaqao, e a exoneraqgo a n t e s de f i n d o o tempo da comiss%o, dos governadores de d i s t r i t o , sob propos ta do r e spec t ivo governador-geral;

49. A norneaq%o e exonerag%o dos d i r e c t o r e s de s e r v i g o s e chefes de r e p a r t i ~ B o de serv iqos , f e i t a s sob proposta do respective governador quando nGo per ten - qam a quadros comuns;

59. A nomeaqao, promoqEio, confirmaq€io, t r ans fe - rGncia, aposentagEio c exoneragBo dos func ion&r ios dos quadros comuns a mais de uma col6nia ;

6 9 , A t r a n s f e r h c i a e promoqgo dos func iongr ios d e quadros p r i v a t i v o s de m a col6ni.a para quadros d e s e r v i q o s i d 6 n t i c o s de ou t r a colbnia;

7Q. Dar pr4vias ins t ruqGes ou assent imento ao provimento d e f i n i t i v o por nomeagBo, promoqf30 ou c o n f i r m - qso, e i exoneraqfio, da competzncia dos governadores das co lbn ia s , r e f e r e n t e s a func ion6r ios c u j o vencimento de c a t e g o r i a f o r supe r io r a o de pr imeiro o f i c i a l ou pa- r a c u j a nomeaqgo s c j a ex ig ido o diploma de um curso su- p e r i o r ;

89. A nomeaqElo para em comiss!Xo servirem nas co l b n i a s , e a s t r a n s f e r 8 n c i a s e n t r e e s t a s , dos mi l i ta res - da armada e do exgrc i to ;

9Q. A anulaqtlo, por meio de p o r t a r i a , de d ip la - mas de c a r d c t e r l e g i s l a t i v o ou rcgulamentar dos governa - d o r e s d a s coldrrias que forem i lega lmente f e i t o s ou pu- b l i c a d o s ;

109. 0 exe rc fc io d e todas a s u t r i b u i g d c s que l h e forem c o n f e r i d a s em diplomas l e g a i s e das que, cxceptua - das nas c a r t a s orggnicas dn compe tbc i a do governador, n3o cs-tivcrem n t r i b u f d a s a ou t r a cn t idade .

c ) Cc-nete ao governador da co ldnia cxc rcc r todas a s denaS :. :?,t.. l-buiq"c;s do podcr cxecut ivo corn a s r c s t r i - q8es e l imi t agacs e s t abc l c?c idas n a s c a r t a s orggnicas.

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A s disposigGes regulamentares c o n t r 6 r i a s a o s pre- c e i t o s dos diplomas regulamentados st30 t i d a s como ine- x i s t e n t e s , n8o podendo s e r invocadas nos t r i b u n a i s ou r epa r t i gGes p6bl icas .

Das fungaes j u d i c i a i s e de contencioso

BASE XI

0 poder j u d i c i a l nas co ldnias t c r 6 po r drg%o o Su- premo Tr ibunal d e J u s t i g a da metrdpole e t r i b u n a i s de l a . e 2a. i n s t s n c i a p r i v a t i v o s das co ldnias .

0s t r i b u n a i s dc l a . e 2a. i n s t s n c i a sergo d i s t r i b g f d o s pe l a s co ldn ia s conforme a s neccssidades da adminis - t r a g % c da j u s t i g a o cxigirem.

0s juTzes do quadro da magis t ra tura das co ldnias stfo vitalicios e inamovfveis. A s suas nomeagbes, denis- sGes, suspcnst?es, promog8es e t r a n s i o r c n c i a e colocag€lo f o r a do quadro serge f e i t a s nos termos da organizagBo judici6r i .a das co ldnias .

BASE X I 1

Para resoluggo de ques taes e n t r e indfgenas podem sex i n v c s t i d o s , nas fungaes de ju lgar , funcionfir ios ou t r i b u n a i s e s p e c i a i s ou a s au tor idades admin i s t r a t i vas l o c a i s .

RASE XI11

Em cada co ldn ia haverd um t r ibuna l de contencioso, denominado " t r i b u n a l administrative, f i s c a l e de con- tas", composto de magistrados j u d i c i a i s e func ion&rios

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puiblicos. Tambgm podem f a z e r p a r t e des se t r i b u n a l vogais nEo func iongr ios pfiblicos, e l e i t o s pelo conselho do go- verno.

Na sua composig&o e a t r i b u i g 5 e s ter-se-d em aten- ~ 8 o o grau de desenvolvimento de cada co lbnia .

D a s dec i s6es d e s t e s t r i b u n n i s bver6 r ecu r so para o Conselho Super ior d a s Colbnias.

Das i n s t i t u i q 6 e s rnunicipais e s e r v i c o s nut6nomos

BASE X I V

Nos concelhos e out rns b r e a s a d m i n i s t r a t i v a s em que nos d l t imos v i n t e anos a administrag80 municipal t e n h s i d o exerc ida por comiss8es municipais em maior pe= r fodo de tempo do que por c3,mnrus munic iWis e l e i t a s , ~ : r&o a s i n s t i t u i g 6 e s municipais obrigatbr iamente subs t i - tuz'das por comiss6es urbanas.

A s comiss6es u r b u m s s s o c o n s t i t u f d a s por vogais d e nomeaqso do governador da colbrria ou em p a r t e de no- meacBo e em p a r t e d e e l e iq so , conforme a i npor t6nc ia e g r a u de desenvolvimento dos r e s p e c t i v o s concelhos ou d r e a s admin i s t r a t i vas , podendo, t a n t o num caso como no2 t r o , s e r nomendos ou e l a i t o s , a t 6 o nitiximo de urn tgrgo , os e s t r a n g e i r o s corn r e s idgnc ia h a b i t u a l na colbnia , por tempo n8o i n f e r i o r a c inco anos, que saibam l e r e e s c r z ve r portugugs .

0s s e r v i c o s d a s comiss6es urbLmas stlo para todos os e f e i t o s considerados s e r v i ~ o s pdbl icos e como t n i s s u j e i t o s & mperintendGncia e f i s c a l i z a g & o dos cornpeten - t e s organismos dn adrninistraqtXo da co16nia.

Sdo i n e l c e f v e i s para a s i i i s t i t u i g 6 e s municipais e cornissGes urbanas os func iondr ios pdbl icos, c i v i s a m i - l i t a r e s ? em s c r v i q o a c t i v o na co lbnia , que p e r t c n g m B magistratur:: j u d i c i a l c do Ministe ' r io Puiblico, a sc rv i -

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B ACELAR BZBIANO 3 41 -

qos de f i s c a l i z a ~ & o ou de c a r d c t e r execut ivo da adminis - t raq&o da co lbnia .

BASE XV

Pode o governador da coldni2, corn vo to a f i rma t ivo do conselho do govgrno, d a r autonomia admin i s t r a t i va c econdmica a se rv igos p i h l i c o s que por sua na tureza e espec ia l idade d e l a caregam, os qua is contudo Ticargo s& j e i t o s &s competentes f i s c a l i z a g % o f i n a n c e i r a e superi_n tendencia admin i s t r a t i va .

Do regime de Al tos Comissariados

BASE XVI

Em casos exccpcionais e quando o j u l g a r conveniek. t e pode o Conselho de Minis t ros , sob proposta do Minis- t r o das Coldnias, submeter L e m p e d r i m e n t e a o regime de Al tos Comissnriados uma coldnia ou urn grupo de colbnias. A nornea$&o e exoneraggo do Al to Comissdrio stXo da compz t s n c i a do Conselho de Ministros , sob proposta do Minis- t r o d a s Colbnias , aplicandc-se & do-terminasgo dos seus vencimentos o d i s p o s t o no no, 3Q. da a l f n e a b) da base V I I I .

0 Alto Comiss6rio t e r d , aldm das a t r i b u i q u e s do @

vernador da co ldn ia sede do Alto Comissariado, a s do Mi.ni.stro d a s Coldnias que lhe f orem confe r idas no dee r2 t o que subme-ter a co ldnia ou grupo d e co ldn ia s Bquele regime.

0 Conselho de bl inis t ros , sob proposta do Minis t ro d a s Col6nias, poderd, sempre que a s c i r c u n s t 6 n c i a s se rnodificnrem, arnpliar ou r c s t r i n g i r as a t r i b u i q g e s c o n f s r i d a s por d e c r e t o ao Alto Comiss6rio.

Sob proposta do Alto Comissjr io , podem s o r contra- t ados pelo K i n i s t r o d a s Colbnias , por perfodo d e tempo nIlo s u p e r i o r a um nno, que podor i s e r renovado, t6cni-

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c o s e s p e c i a i s para o coad juvarern no es tudo dos proble- mas da adnlinistrag50.

Disposiqbes t r a n s i t d r i a s

BASE XVII

0 Minis t ro dns Col6nias f a r 3 a r e v i s g o d a s a c t u a i s c a r t a s org3nicas , irz-l-roduzindo-lhes as rnodificag8es r e - s u l t a n t e s d e s t a s bases e a s que a experigncia t i v e r a- conselhado, tendo em v i s t a o que a t a l r e s p e i t o t i v e r s i d o proposto pe los r e spec t ivos governadores.

Dentro do prazo dc urn ano cada co ldn ia elnborar6 o p r o j e c t 0 do seu cddigo administrative, que s e r d submeti - do & a p r o v a ~ 8 0 do Ministro.

SGo mantidos os s e c r e t d r i os p rov inc i a i s da co ldnia d e Angola enquanto o a c t u a l Alto Comisstlrio o j u l g a r ne - ces sg r io .

Da adrninistra@o f i n a n c e i r a

BASE XVIII

C:idn co ldn ia cons t i tu i . UII? ontidndc f in?.nccirn 'u- tbr~orin, sob G ~uper in t c :ndQnc ia r? f i s c r , l i z ~ g ~ o do Minis- t r o d a s Colr;niils, e c' pesson mornl, -tondo, n e s t a qual i - dade, capacidade para a d q u i r i r , c o n t r a t a r - e es ta r -em juizo.

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B ACE 1,AR BEBI A N 0 --.- 5 43 --.-

BASE X I X

A coldnia tem o .seu ac t ivo e o seu passivo prdpri- os, competindo-lhe a disposiqgo das suas r e c e i t a s e a responsabilidade das suns despesas,

BASE XX

Sgo corisiderados propriedade de cada colbnia, den- t r o dos l i m i t e s do seu t e r r i t b r i o , os bens mobil idrios e imobi l idr ios que n50 sejam propriedade de outrem, os exis tentes , f o r a desses l imi tes , por e l a legalmente ad- quir idos, e bem assim a s acq6es e outros t f t u l o s , divi- dendos, bdnus e part icipaq6es que possua ou venha a pos - s u i r .

Das r e c e i t a s e despesas

BASE XXI

Constituem r e c e i t a s de cada coldnia, quer prdprias, quer das suns i n s t i t u i ~ 8 e s municipais, os rendimentos, impostos e t axas cobrados no seu t e r r i t d r i o e os que C_E!

brados f o r a de le lhe pertenqam por d i s p o s i ~ & o expressa da l e i , bem como os que d i r e c t a ou indirectamente provz nham dos seus bens, services e das concessdes e oxplorg ~ 8 e s f e i t a s pelo Estado ou em que e s t e comparticipe.

BASE X X I I

Compete a cada coldnia es tabelecer , a l t e r a r ou su- primir taxas e impostos no seu t e r r i t d r i o sem quebm d ~ s estipillag6es in ternacionais .

0 estabelecimento, nlteraqBo ou supress5o dc todas e quaisquer t axas e inlpostos que recniam sobre indfge- nas 6 da exclusiva competGncia do governqdor da coldnia,

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como dn ico responsdvel pe l a d i recggo da p o l f t i c a indfge - na .

BASE XXTII

Cada co ldnia " c m o seu orgamento p r ivu t ivo , elabo- rado segundo um plsno uniforme.

0 orqamento g e r a l d a co lbnia , n e l a prcparado e d i z c u t i d o em conselho do govgrno, s e r j remetido ao Minis- t Q r i o d a s Colbnias, den t ro do prazo f i x a d o na sua c a r t a orggnica, n5o podendo n e l e s e r i n c l u f d a s despesas que nt3o estejam a u t o r i z a d a s por diploma l e g a l 5 d a t a do id - cia da sua discuss&o.

0 orqamento g e r a l 6 rnandr~do executar For diploma l e g i s l a t i v o da co lbn i s , depois de aprovado pelo Minis- t r o das Coldnias c corn ns a l t e r a g a e s que e s t e t i v e r de- terminado nos termos da base XXIV. Comeqarb, porEm, a v i g o r a r em 1 de Ju lho sc , tendo dodo en t rada no praso l e g a l no b i n i s t k r i u d a s Colbnins, acvnipanhado dos res- pec t ivos cl-ernentos, c ngo a p r e s e n t a r d e f i c i t , o Minis- t r o nenhuma resoluc$o houver tomado a t 6 7 0 de Junho.

Quando o ragamcnto f o r remetido ao Min i s td r io das Coldnins f o r a do prazo l e g a l ou quando o Minis t ro l h e r e c u s n r a sua aprovag80, c o n t i n u a d em vigor , por duodd - cimos, mas s b quanto B despesa o rd ing r i a , o o r ~ a m c n t o do ano antecedente e os cre 'di tos nesse ano sanc iomdos para o c o r r e r n novos encargos permanentes. Do o r g ~ m c n t o que v i e r a s e r poster iormente s ~ n c i o n a d o pelo Minis t ro s 6 s e r a 0 vg l idos o s duodQcimos r e f e r e n t e s nos meses a i s da ngo decorr idos .

BASE XXIV ,

A acggo do f i n i s t r o sobre o o r~amen to de cada co ld - n i a exerce-se peLa v e r i f i c a ~ g o e correcc$To do camputo das r e c e i t a s e pe ln ve r i f i cag%o d a l ega l idade e exact i -

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dgo d a s despesas i n s c r i t a s .

No caso de s i tuag5o d e f i c i t d r i a serge in t roduz idas no o r p m e n t o a s c o r r e c ~ 8 e s consequentes dos dec re tos que o Minis t ro r e s o l v e r imediatamente promulgar nos t o r - mos base VIII. No mesmo caso pode a inda o Minis t ro r e d u z i r despesan c u j o q u a n t i t a t i v o nSo e s t e j a f i x a d o o- br iga tbr iamente .

BASE XXV

Constituem encargo de cada co lbnia : a s despcsas corn a administragfXo e exploraqso l o c a l , com o f a b r i c 0 d a sua moeda, v a l o r e s s e l ados e p o s t a i s , corn o foment0 dos seus t e r r i t b r i o s , anuidades dos emprQstimos e encar gos que t i v e r nssumido ou l h e sejam impostos por virtu: d e d e c o n t r a t o ou expressa d e t e r m i n a ~ g o da l e i ; o venc i mento do pessoa l das c l a s s e s i n a c t i v a s na proporqso do- tempo por que n e l c houver serv ido; a s passagens e manu- t e n ~ g o dos deportados, degredados, vad ios c ou t ros i n d i - vfduos enviados para o u t r a s co ldn ia s por determinag80 dos seus t r i b u n a i s ou au tor idades ; o pagamento dos ser- v i q o s de f i s c a l i z a g 3 0 da sua administra@o f i n a n c e i r a ; a p a r t e que por l e i l h e e s t i v e r n t r i b u f d a no c u s t o de s e r v i q o s e spec i f i cados da administraqSo c e n t r a l d a s c 0 1 6 s a s ; e a s despesas com o Conselho Superior das Coldnias e sua s e c r e t a r i a e con os t r i b u n a i s supe r io re s e ou t ros s e r v i g o s comuns a d i v c r s a s co lbnias , na proporqso das suas r e c e i t a s .

BASE XXVI

Constituem cncargo dR mctrbpole: a s despesas cons2 der-dns de soberanin, i nc lu indo a s do Padroado do Oricn t c e a s dn r e s idgnc ia dc S , Jodo B a p t i s t a de Ajud&; as- dcspescs da sdmirlistragSo c e n t r a l do Ministc 'rio dcs Cc- 16n ia s ; 3s riissTjes p o l f t i c n s de c iv i l izngZo, p ropapnda e e ~ t u d o , quando drt sun i n i c i a t i v a ; o s suhsfd ios -totads

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ou p a r c i a i s a cornpanhias de navegaggo maritima ou a6 reg d e t e l e g r a f i a e nn&logos; a s passagens a manutenqEo de deportados, degredados, vad ios e ou t ros i nd iv iduos t r a m - por tados para a s co ldn ia s por determina$&o dos seus t4 buna i s ou au tor idades .

BASE XXVII

Sem nprovagao expressa do Minis t ro das Coldnias jos I

govcrnos c o l o n i a i s 1180 podem determinstr qualquer dczs s e g u i n t e s provid6ncias:

1P. Cria$iYo de l u g a r e s remuncrados ou a l a r g m c n t o d e quadros, quando r e s u l t a r cumento da deapesa da co- 16ni.a;

I 2Q ,I Aumento de vencimentos, quer g l o b a i s quer par- c i a i s ;

3Q. Deminuiggo de r e c e i t a que ngo s e j n conipensada por c r iaqgo d e nova r e c e i t a ou reduggo e f e c t i v a de des- pesa;

4Q. PromulgaqtTo do orqnmento gt t rnl da co ldn ia que f o r encerrado com d e f i c i t .

Para os e f e i t o s de compensnr aumento d e despesa ou diminuiqflo de r e c e i t a , n%o s e cons idera reduggo efectivd d e despesa o nproveitamento de d i s p o n i b i l i d a d e s orGamsn t a i s ou a supressgo de cargos que &o est iverem defini: t ivamente vagos,

Nas c o l b n i a s d e f i c i t d r i a s , a a l t e m g % o de r e c e i t a n ou tcepceae oryamcnqatae &o potc e c r bcdqa p o r t d p l o m l e g i s l n t i v o dn co lbnia , s a lvo na hipdtese r e f e r i d a na base I X .

A i n i c i n t i v a de propostns que diminuam r e c e i t a e ou tcqcrmdncm novoe cnhargoe, "uanto n&o e c g m hompcnsadas p o r novas r e c e i t a s ou redugoes e f e c t i v a s de despesa , sb pode s e r tomadn, em conselho do govgrno, pe lo govcrna- d o r da co lbnia .

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BACELAR BEBI AN0 3 47

BASE XWIII

0 s emprQstimos siZo de i n i c i a t i v a do govgrno d a co- ~ b n i a ; mas, t ra tando-se de operag6es d e s t i n a d a s a m a i s de uma c o l d n i a ou de empr6stimos externos, ser8'o sempre aquelas e e s t e s ava l izados p e l a metr6pole.

A s co ldn ia s podem negociar e n t r e s i a r e a l i z a ~ g o de emprc?stimos.

A s operag6es de c r Q d i t o , quando o orgamento apre- s e n t e d e f i c i t , s b poderiXo s e r e fec tundas com aprovagBo expressa do Minis t ro d a s ColBnias.

BASE X X I X

0 ordenamento dn despesa compete ao governador den t r o dos l i m i t e s orgamentais. Poderd contudo o governa- dor , por meio de p o r t a r i a publ icada no Boletim O f i c i a l , de l cga r , sob sun responsabi l idade , p a r t e da sua compe- t a n c i a no que r e s p e i t a r a despesas c o r r e n t e s de adminig tragEo.

E f a c u l t a d o ao governador o r d e m r t r a n s f e r 6 n c i a s de verbns, dent ro do mesmo cap f tu lo , cm p o r t a r i a j u s t i f i c a t ivn ; e, d e cap f tu lo para cap f tu lo , por diploma l e g i s - l a t i v o , com o vo to a f i rma t ivo do conselho do gov8rno.

Para oco r re r a despcsas insuf ic ien temente p r e v i s t m no o r g m e n t o da co ldnia , que n5o possam s e r s a t i s f e i t a s por t r a n s f e r 6 n c i a de out ro cap f tu lo , 011 de r ivadas de no vos diplomhs, pode o governador, corn o v o t o afimnativo- do conselho do govGrno e 3 aprova~t30 expressn do'Minis- t r o das Colbnias , a b r i r , por diplonla l c g i s l n t i v o , o s ~ r c ' ~ 1 i t o s e s p e c i a i s neccss6r ios , ~ncs o d i p l ~ n a de abe r tu - r a de c rBdi to devera' ~ i m u l t ~ n e a m e n t e d e t c r r l l i a r a c o r resporldente c r i aggo do r e c e i t a ou e fec tiv;-& cii minuiy8o

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d e despesa.

Quer no caso de t r a n s f e r 6 n c i a dc verbas quer no de a b e r t u r a d e c r d d i t o s nuncn n s vc rbas dc m a t e r i a l pode- rEo s e r ap l i cndns em despesa co~n pessos l .

1 0s \diplomas que determimrom novos encargos ngo en - tram em execuq8o em nenhuma co16nia, qdanto (1. e s s a de- terminaqbo, cnquanto e s s e s cncnrgos n8o tiverom cnbimen t o n a s verbas p r d p r i a s do orc;miento da colo'nia ou n&o Sorcm a b c r t o s o s c r 6 d i t o s e s p e c i a i s para l h e s f a z c r fa- ce.

Para a c u d i r a q~nalquer cnlamidade piiblica ou ocow r8nc ia de excopcional urgancia , pode o governador, sob sua responsabi l idade e con1 o voto a f i r m a t i v o do conse- l h o do govsrno, a b r i r , por diploma l e g i s l a t i v o , crEdi- t o s ex t r ao rd ind r ios , comunicando o f a c t o , s imul t6neame~

~ t e e ~ p e l a v i a mais rbpida, ao Minis t ro d a s Colbnias.

BASE XXX

Nenhuma despesa pode, s e r paga na metr6pole, por cdntct de qualquer co lbnia , desde que M o s a t i s f a g a a u- ma das segu in t e s condigbes:

a) C o n s t i t u i r , por expressa disposigtlo lega l , \ en- I

cargo da co ldnia ;

b) Ser r e q u i s i t a d a pelo respective governador, corn a informn$%o de h v e r s i d o ordenada nos termos l e g a i s ;

c ) C o n s t i t u i r abono de vencimentos f e i t o s nos pre- c i s o s termos da g u i a ou comunicac$o da p r d p r i a co ldnia .

A reso lusgo sobre abonos d e vencinlentos der ivados d a s i t uaggo ou serv iqo em qualquer co lbn ia 6 da compe- t h c i a do r e spec t i v o governador.

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Da f i s c a l i zac$o f inanc e i r a

BASE XXM

A f i s c a l i z b q 8 o da ndministra@o f i n a n c c i r a d a s co- l b n i a s d exerc ida pelo Ministro d a s Coldnias directamen - t e ou por intermQdio de i n s p e c ~ u e s ex t r ao rd ind r i a s , nos termos que forem e s t i p u l a d o s den t ro da dou t r ina d e s t a s bases , evitando-se, quanto possl"ve1, t o l h e r a i n i c i a t i - v a dos governos c o l o n i a i s .

A f i scn l izagf io das ordens do governador cm matbria d e ndministra@o f i n a n c e i r a e a r egu la r idade da execuga d o s se rv iqos de con tab i l i dade pu"b1ica de cadn coldnin incumbem a o s r e spec t ivos ' se rv iqos de fazcnda.

Ao Tr ibunzl Administrative, F i s c a l e de Contas cog p e t e exe rce r tambgm n fun980 do exnme e v i s t o dos con- t r a t o s e diplomas da co l6nia , anSiogos aos que na metrd po le c s t ao s u j c i t o s ao exame e v i s t o do Consclho super?: o r de Finanqns. No caso de recusa do v i s t o , quando o & vernzdor com c l a s e n8o conformar, r e so lve rd d e f i n i t i v i mentc a secqgo do contencioso do Conselho Super ior dns Colbnias.

BASE X X X I I

Subs i s t e no regime dos a l t o s comissar iados n f i s c a - l i z a ~ g o a que s e r e f e r e a base antecedente.

BASE X X X I I I

A s co ldn ia s enviargo no Minis tQr io , em prazos e s t g be l ec idos p a r a cada uma d c l a s , m a contn resumo, por c a p f t u l o s , d a s r e c e i t a s e despesas orgnmentadas, dos r enz dimentos arrecadados e das despesas efectuadas, organi- zaaa por t r i m e s t r e ,

A s co ldn ia s remetergo ao Minis tdr io , em prazos de- tcrminados segundo a extensdo do sell t e r r i t 6 r i 0 , a s con-

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tas do seu exercfc io .

BASE XXXIV

Se alguma coldnin d e i x a r dc cumprir quaisquer o b G gaq6es por e l a , assumidns no e x e r c i c i o da sun admin i s t r a ~ f t o f i n a n c e i r a , s b a o Ministro d a s Coldnias compete i m - por-lhe o cumprimento des sas obrigap6es e to rnd- las efec t i v a s , com a faculdade d e h coldnin s e s u b s t i t u i r para- e s s e e f e i t o e de suspender ou l i m i t n r as ~ t r i b u i c 6 e s de administraq&o f i n a n c e i r a que por e s t a s bases l h e st30 can f e r i d a s .

Das r e l a p 6 e s comerciais e n t r e a metrdpole e a s co ldn ins e d e s t a s e n t r e s i

BASE XXW

A s mcrcadorins produzidas na metrdpole gozm, a o serem importadas em qualquer co ldnia , de uma redug60 n&o i n f e r i o r a 50 por cento sobre o s d i r e i t o s da p m t a quo v igo ra r ; as mercadorias produzidas em qualquer co ld n i a g o z m de i g u a l b e n c f l c i o ao s a e m importadas na me- t r 6 p o l e ou em o u t r a s co ldnias . Ssta rcduq5o s e r d sempre ca l cu lada sobre o mais ba ixo d i r e i t o s p l i c d v e l &s mes- mas mcrcadorias d o o u t r a s p r o v c n i ~ n c i a s .

A s m e r c a d o r i ~ s recxpor tadas pe los po r tos do cont i - e n t e para as c o l d n i a s gozam dn reduqso de 20 por cento, mas e s t e bene f fc io nns co ldn ia s da c o s t a o c i d e n t a l da &Prim s b s e r 8 concedido h carga t rnnspor tada sob ban- d e i r n national, sem quebra das e s t i pu lag6es in t e rnac io - rids.

A s mercndorias procedontcs de po r tos e s t r a v e i r o s , qunndo t r anspor t adas em navios nac iona is , goznm de uma redu~fi'o d e 1 0 por ccnto, sem quebrn dns e s t ipu lag8es i n -

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BACELAR BEUIANO 351

t e r n a c i on& s . E mnntido o a c t u a l regime dos aq6cares enquanto

por diploma e s p e c i a l n&o f o r modificado.

BASE XXXVI

No regime d e exportagEo das mercadorias de produ- qao ou manufactura das co lbn ins consignar-se-8 sempre o princTpio de d i f e r e n c i a l de t r i bu taggo e n t r e Q expor- taq8o para po r tos n a c i o m i s a bordo de m v i o s nac iona ig e para po r tos e s t r a n g e i r o s a bordo de navios nnc ionais ou d e m v i o s e s t r ange i ros , que s e r 6 mantido enquanto os f r e t e s nos navios nac iona is ngo excederem os ex ig idos nos navios e s t r a n g e i r o s .

B A S E XXXVII

A reduq8o mencionada m pr imei ra p a r t e da base XXXV, que s b pode s e r f e i t a den t ro dos l i m i t e s a l i p r e s c r i t o s , depende sempre de aprova~f lo expressa do Minist% d a s Colbnias.

A r t . 2Q. - P i c a revogada toda a leg is lap t i0 em con- t r 5 r i o e , em espec ia l , a s bases orgsnicas dn a d m i n i s t r s qgo c i v i l e f i n a n c e i r a das co lbnins , nprovadas p e l a s l e i s nQs. 277 e 278, de 15 d e Agosto de 1914, com a s mo d i f i c a g b s e ad i tamentos que l h e s f oram in t roduz idos por quaisqucr ou t ros d i p l o m ~ s a n t e s do dec re to nQ. 12.421, de 2 de Gutubro de 1926, e as c n r t n s org8nicas c o l o n i a i s a n t e r i o r e s 3 e s se mesmo decre to ,

Determina-se por tnnto a todas a s au tor idndes a quem o conhecimcnto e execuqBo do prasente d e c r e t o com f o r g a d e l e i pe r t ence r o cwnprnm e faqnm cwnprir e g u a ~ d a r tam in te i rmnente como n e l e s e contBm.

0 s Minis t ros de t o d a s a s RepartiqBes o f a p m i m p e m i r , p u b l i c a r e co r r e r .

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Para sex publ icado nos "Bo le t in s Of ic ia i s l ' de to- d a s a s colbnins.

Dado nos Paqos do Govarno da Rcpu'blica, em 24 de Marqo d e 1928. - Ant6nio Oscar de Fragoso Carmona - Jo- s 6 Viccnte de F r e i t a s - Manuel Rodrigues Jdn io r - Abf- s o Augusto Valdss de Passos e Sousa - Agnelo P o r t e l a - - Ant6nio'Maria dc Bet tcncour t Rodrigues - Alf'redo Au- g u s t o de Ol ive i r a Machado o Costa - Artur Ivens P e r r a z - Jos6 Alfrcdo Mendcs de Magalhses - F e l i s b e r t o Alves Pedrosa .