UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA …
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UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA EMPRESARIAL COLABORANDO PARA
PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL
DAVI NEPOMUCENO BEZERRA
MATRÍCULA: K202165
TURMA: k043
RIO DE JANEIRO JANEIRO/2011
UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA EMPRESARIAL COLABORANDO PARA
PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL
Aluno: Davi Nepomuceno Bezerra
Professor: Jorge Vieira
Monografia apresentada ao Curso de Logística
Empresarial do Centro Universitário da Cândido
Mendes, como requisito parcial à obtenção ao
título de formando em Logística Empresarial
RIO DE JANEIRO JANEIRO/2011
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SUMÁRIO
Introdução..........................................................................................................04
Capítulo I – Breve histórico da logística e do armazenamento..........................06
Capítulo II- O Processo Produtivo.....................................................................16
Capítulo III- Produtividade Como Resultado Estratégico...................................21
Capítulo IV- Logística Um Processo Estratégico...............................................23
Capítulo V- A Logística Empresarial como Influência na Produtividade............26
Conclusão..........................................................................................................30
Referências bibliográficas..................................................................................31
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Introdução
O trabalho consiste em estudos elaborados pelos grandes pensadores
na área logística tentando buscar um melhor entendimento nas estratégias de
treinamento e influências na produtividade organizacional. O presente trabalho
tem por objetivo, verificar como as estratégias de controle de estoque
influenciam na produtividade de uma organização.
A produtividade é um ponto forte para qualquer tipo de empresa, é nela
que as empresas tentam se manter no atual mercado de trabalho aumentando
a produtividade de uma organização. Não basta aumentar a capacidade
produtiva ou mão de obra “empregados”. Deve-se agregar pela satisfação do
cliente, ao menor custo, melhor qualidade dos seus produtos, buscando um
melhor armazenamento de mercadorias dentro do estoque, atualizar
procedimentos ou maneiras de trabalhar através de treinamentos.
Cabe a logística empresarial num mundo tão competitivo em matéria de
novos produtos, entender e desenvolver sistemas de treinamentos e produção
ao longo dos tempos sempre buscando num único foco “sobrevivência”.
Diante dessa nova realidade, as empresas brasileiras a exemplo do que
acontecem com americanas e européias, estão fazendo de tudo, ou quase tudo
para se reinventar com a reengenharia, redesenharam e automatizaram seus
processos. Apelaram para o downsizing e enxugaram suas estruturas,
fechando fábricas, desativando operações defeituosas e cortando empregos.
Investiram em máquinas modernas e lançaram novos produtos no mercado
numa velocidade nunca vista.
A partir das conclusões sobre as observações de Taylor que menciona
que a fragmentação do trabalho e sua mecanização têm muitas implicações,
nos processos constitui-se o conceito de que a especialização de profissionais
para as tarefas específicas resultam em aumento de produtividade e o controle
minimiza a irregularidade.
O objetivo da pesquisa é elucidar a importância do controle de
mercadorias, através do qual baseia-se não afinar a especialização do
indivíduo, mas também sua capacidade de estocar mercadorias reduzindo
gastos com quebras e garantindo um maior controle de qualidade de seus
produtos na hora de armazená-los.
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Com relação a sua metodologia, trata-se de uma pesquisa descritiva,
visto que tem por finalidade, mostrar a necessidade do treinamento e as etapas
do seu processo desde a identificação por parte da organização da
necessidade do indivíduo até a avaliação dos resultados.
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Capítulo I- Breve histórico da logística e do armazenamento
Historicamente, a logística tem suas bases no militarismo. O
planejamento quanto ao suprimento e movimentação de tropas, entre outros,
traçava os primeiros sinais logísticos, ainda que restritos ao lugar onde se
travavam as batalhas. As guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder
e da capacidade da logística, ou a falta deles.
Na Segunda Guerra Mundial, a logística também teve um papel
preponderante. A invasão da Europa pelas forças aliadas foi um exercício de
logística altamente proficiente. O exemplo mais recente do papel fundamental
da logística em situações de guerra foi a Guerra do Golfo em 1991, onde todo o
planejamento logístico demorou mais do que a própria guerra.
Entretanto, enquanto os generais e marechais compreenderam o papel
crítico da logística, estranhamente, somente num passado recente as
empresas reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter
na obtenção de vantagens competitivas, (Christopher, 1997). Após a Segunda
Guerra Mundial começaram os primeiros estudos sobre as necessidades
logísticas das organizações empresariais.
Segundo Demaria (2004), na década de 50 iniciaram-se estudos mais
específicos sobre a sistemática dos problemas logísticos nos meios industriais
e comerciais. Durante mais de trinta anos a logística empresarial vem sendo
tratada de forma metódica, ajudando a resolver problemas ligados à
armazenagem, transporte e distribuição de produtos e insumos, bem como
problemas de localização e dimensionamento dos meios disponíveis.
De acordo com Ballou (1993), o problema a ser enfrentado pela logística
é diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os
consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e na condição
física que desejar.
Entretanto, atualmente a complexidade dos processos logísticos não se
limita somente aos problemas de princípio; os sistemas de produção flexível e
a modernização das técnicas mercadológicas remodelaram os princípios da
base logística. Com isso, a logística vem ganhando diferentes definições, o que
gerou uma crescente amplitude de escopo, experimentada ao longo do tempo.
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Na Tabela 2.1, Zuffo (1998) mostra a evolução história do conceito de
logística.
Pode-se perceber que, ao mesmo tempo em que a função logística é
enriquecida em atividades, ela também deixa de ser uma característica
meramente técnica e operacional, ganhando conteúdo estratégico.
Segundo Zuffo (1998), isso pode ser percebido na segunda fase
mostrada na Tabela 2.1, quando a função logística passa a englobar processos
de negócios fundamentais para a competitividade empresarial. Nessa fase, a
estrutura integrada da logística passa a orquestrar toda a cadeia de
abastecimento, da entrada da matéria-prima até a entrega do produto final.
Mas esse conteúdo estratégico só fica patente na terceira e quarta fases
(Tabela 2.1), nas quais a participação da logística nas mais importantes
decisões empresariais é ressaltada.
Esse caráter estratégico fica claro na definição de logística dada pelo
Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP, 2005): “Logística
é a parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla a
eficiência dos fluxos, direto e reverso, e a armazenagem de produtos, bem
como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do
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consumidor”, pois menciona a integração de todas as funções, ressalta o foco
no cliente e, indiretamente, transmite uma visão sistêmica.
De acordo com o Relatório de Pesquisa CEL / COPPEAD (2006), os
custos logísticos no Brasil representaram, em 2004, 12,75% do PIB, enquanto
que nos Estados é de 8,19%. Isto nos dá uma idéia de quanto o setor ainda
pode se desenvolver no país.
Um fator importante a ser destacado é a vantagem competitiva que os
investimentos logísticos podem trazer à empresa, pois, segundo Christopher
(1997), uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes em
termos de preferência do cliente pode ser alcançada através da logística. A
fonte desta vantagem é encontrada primeiramente na capacidade da
organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em
segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo.
Percebe-se na quarta fase mostrada na Tabela 2.1 que a logística está
figurando com um conceito integrador, abrangendo toda a cadeia, desde a
aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo. Com isso, o desafio do
gerenciamento logístico é uma questão fundamental. Para Christopher (1997),
a problemática da logística encontra-se em ligar o mercado à rede de
distribuição, ao processo de fabricação e à atividade de aquisição, de tal
maneira que os clientes sejam servidos com níveis cada vez mais altos de
serviços, ainda assim mantendo os custos mais baixos.
Ballou (1993) diz que a relevância da logística é influenciada diretamente
pelos custos associados a suas atividades. Fatores de peso influenciam o
incremento dos custos logísticos, sendo os mais relevantes: o aumento da
competição internacional, as alterações populacionais, a crescente escassez
de recursos e a atratividade cada vez maior de mão-de-obra no terceiro mundo.
Doring (1998), apud Demaria (2004), propõe um pensamento bastante
direto sobre a problemática, considerando que o problema logístico é
proporcionar os meios ou os recursos de toda a natureza necessários à
aplicação do poder da empresa em operações comerciais especificas ou nas
de caráter contínuo, enfim, nas operações de negócio.
Um dos problemas logísticos mais atuais é a diminuição cada vez maior
do ciclo de vida dos produtos, devido principalmente às constantes inovações
tecnológicas associadas à demanda explosiva e mutante que, combinadas,
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produzem mercados voláteis onde um produto pode ficar obsoleto quase tão
logo seja lançado.
Atividades logísticas e níveis de serviço (Ballou, 1993):
As implicações deste problema diante do planejamento são muito
grandes. Segundo Christopher (1997), existem três pontos-chave importantes
para a melhoria do gerenciamento logístico:
• Encurtar o fluxo logístico – as principais questões apontadas neste
nível são os tempos de produtos em trânsito e a manutenção de estoques, uma
vez que a flexibilidade deve ser a palavra de ordem, contando com os
processos JIT (just-in-time) e maior parceria entre fornecedores.
• Melhorar a visibilidade do fluxo logístico – uma coordenação ruim
resultará numa falta de visibilidade do fluxo logístico. Deve ser promovida a
queda das barreiras organizacionais para a construção de estruturas voltadas
para o mercado, permitindo identificar, em tempo real, a situação de cada
estágio produzido pela empresa.
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• Gerenciar a logística como um sistema – encarar a complexidade
através de um processo de gerenciamento que reconheça os inter-
relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam o mercado
fornecedor ao destinatário.
A globalização da indústria trouxe o conceito do gerenciamento logístico
internacional para o centro da questão. Uma vez que a essência da logística é
a procura da administração do fluxo de materiais da fonte até o usuário, as
pressões e imposições de negociar numa escala global estão inevitavelmente
levando ao reconhecimento do papel fundamental do setor logístico.
Como foi visto nesta seção, a definição de logística é ampla, mas, em
essência, ela reflete uma preocupação com a necessidade de obter vantagem
competitiva em mercados que estão sujeitos a mudanças extremamente
rápidas. Nos mercados de hoje somente serão reconhecidas as organizações
que realmente forem capazes de proporcionar valor adicionado em escalas de
tempo cada vez menores (Christopher, 1997).
Um melhor nível de serviço em termos globais é um dos objetivos da
logística, mas esse não deve ser perseguido de forma a negligenciar os custos.
Este sim é um dos objetivos a serem perseguidos, procurando sempre a
solução técnica que torne mínimo o custo total, porém respeitando todos os
requisitos técnicos e de qualidade impostos ao sistema.
Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar
sistemas de distribuição capazes de atender de forma econômica os mercados
geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de
serviços cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo
de atendimento.
Neste cenário, a atenção se volta para as instalações de armazenagem
e como elas podem colaborar para atender de forma eficiente as metas
estabelecidas de nível de serviço. Armazenagem, de maneira geral, pode ser
definida como a guarda temporária de produtos estocados para posterior
distribuição. Hong (1999) afirma que os produtos estocados tornam-se
fundamentais para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. O nível do estoque
equilibra-se entre o menor possível para minimizar os custos, e um nível mais
alto para não haver falta de produto e conseqüente perda de venda. Um
estoque alto garante o pronto atendimento aos clientes, mas em compensação
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implica em custos de oportunidades e financeiros perdidos, já que o dinheiro
estará comprometido na forma de estoque.
A funcionalidade destas instalações dependerá da estrutura de
distribuição adotada pela empresa. Segundo Lacerda (2000), pode-se
classificar estas estruturas em dois grandes grupos:
• Estruturas escalonadas – uma rede de distribuição escalonada típica
possui um ou mais armazéns centrais e um conjunto de armazéns ou
centros de distribuição avançados próximos das áreas de mercado.
• Estruturas diretas – são sistemas de distribuição onde os produtos
são expedidos de um ou mais armazéns centrais diretamente para os clientes.
Segundo Ballou (2001), as atividades de estocagem e de manuseio de
materiais contabilizam aproximadamente 25% do custo logístico, excluindo-se
o custo de movimentar estoques. Dessa despesa, aproximadamente 50% é
para mãode-obra, 25% é para o espaço e o restante é para a energia,
equipamento, material e outros.
Negligenciar o controle efetivo dessas atividades pode resultar em
ineficiências que excedem os ganhos do bom gerenciamento de atividades
chave, tais como o transporte, a manutenção de estoque e o fluxo de
informações. Muitas atividades de estocagem e de manuseio são repetitivas;
então, um gerenciamento cuidadoso pode produzir economias substanciais e
melhorias no serviço ao cliente ao longo de um período de tempo.
Inicialmente, os depósitos eram considerados instalações de estocagem,
necessárias para executar operações básicas de comercialização.
Funcionavam como unidades estáticas, localizadas ao longo do fluxo de
materiais e de produtos, necessárias para colocar os produtos ao alcance
oportuno de consumidores.
Bowersox (2001) diz que um depósito é considerado, geralmente, um
local onde são guardados estoques de materiais e de produtos. No entanto, em
muitos sistemas logísticos, o depósito é considerado mais como uma
instalação de processamento do que um simples local de guarda de
mercadoria.
Ainda de acordo com Bowersox (2001), logo após a Segunda Guerra
Mundial, a atenção gerencial voltou-se para o aumento da eficiência dos
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depósitos. Com o avanço das técnicas de previsão e de programação, foi
reduzida a necessidade de formação de estoque excessivo. A produção tornou-
se mais coordenada, devido à diminuição dos tempos de processos de
fabricação.
Nas décadas de 60 e 70, foi dada ênfase ao uso de novas tecnologias
em depósitos. A tecnologia afetou quase todas as áreas de operação de
depósitos e proporcionou novos e melhores procedimentos e técnicas de
armazenagem e manuseio. Na década de 80 os esforços concentraram-se em
tecnologias de manuseio e de aperfeiçoamento da configuração de sistemas de
armazenagem.
Dos anos 90 até os dias atuais, a atenção aos depósitos tem-se
concentrado em flexibilidade e no uso de tecnologia de informação. A
flexibilidade é necessária para responder às crescentes exigências de clientes
quanto a produtos e características de entrega. Tecnologias avançadas de
informação atendem, em parte, à necessidade de flexibilidade, à medida que
possibilitam aos operadores de depósitos capacidade de resposta rápida às
mudanças, e possibilitam a avaliação de desempenho sob uma ampla faixa de
condições (Ackerman, apud Bowersox, 2001).
Com estas novas características os depósitos passam a ter uma visão
mais estratégica dos processos de armazenagem. As principais vantagens da
armazenagem estratégicas são de natureza econômica e de serviços.
As vantagens econômicas relativas à armazenagem advêm da redução
direta de custos logísticos, em função da quantidade de instalações. Quando,
por exemplo, a adição em um depósito a um sistema logístico reduz o custo de
transporte num valor maior que os custos fixos e variáveis do depósito, isso
significa que haverá redução do custo total. Bowersox (2001) cita que as quatro
vantagens econômicas básicas advêm de:
1. Consolidação de Cargas – A vantagem está refletida em fretes
menores e na eliminação de congestionamento em áreas de recebimento de
mercadorias em instalações de clientes. O depósito permite que a
movimentação de materiais e de produtos possa ser consolidada em
embarques maiores.
2. Break Bulk e Cross-Docking – Estas operações de carga são similares
às operações de consolidação, exceto pelo fato de que não existe estoque de
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produto. Numa operação break bulk são recebidas do fabricante quantidades
para atender a diversos clientes, e essas quantidades são separadas e
enviadas a clientes individuais. O crossdocking é similar, exceto pelo fato de
envolver mais de um fabricante. Nesse caso, chegam carretas completas de
produtos de vários fabricantes, em seguida, são literalmente movimentados de
uma plataforma a outra, para serem levados em veículos que os levarão aos
clientes. As vantagens econômicas destas operações decorrem da redução de
manuseio, pois os produtos não são estocados; e do uso mais eficiente da área
de carregamento.
3. Processamento / Adiantamento – Os depósitos podem também ser
utilizados para postergar ou adiar a produção, desempenhando atividades
leves de fabricação ou processamento. Um depósito com capacidade para
embalar e etiquetar produtos, por exemplo, permite a postergação de
acabamento final de produtos até que o destino deles seja conhecido. A
combinação de menor risco com menor estoque freqüentemente reduz o custo
total do sistema logístico, mesmo quando o custo de embalar no depósito é
maior que o custo de embalar na fábrica.
4. Formação de Estoque – Qualquer vantagem econômica do serviço de
armazenagem não se compara, todavia, com a vantagem da possibilidade de
formação de estoque sazonal, essencial a certos tipos de negócios.
As vantagens de serviço para o sistema logístico, que podem ser obtidas
com a utilização de depósitos, não estão necessariamente relacionadas com a
redução de custos. Quando a existência de depósitos se justifica,
principalmente pela prestação de serviços, as vantagens advêm de melhorias
ligadas a tempo e localização. Do ponto de vista conceitual, a lógica para
existência de depósitos justificada pela prestação de serviço estaria
condicionada a sua contribuição positiva para o lucro. Do ponto de vista
operacional, o problema está em avaliar o impacto direto sobre as receitas.
Existem cinco vantagens básicas de serviço que podem ser obtidas por meio
da armazenagem (Bowersox, 2001):
1. Estoque ocasional – Fábricas com linhas de produção limitadas ou
altamente sazonais são as principais usuárias desse serviço. Em vez de
acumular estoque em depósitos durante o ano inteiro ou efetuar as entregas
diretamente das fábricas, pode-se reduzir o prazo de entrega
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substancialmente, levando o estoque para perto de mercados estratégicos. A
utilização de depósitos para estoque ocasional permite a colocação de estoque
adjacente a clientes chave, pouco antes do pico de vendas sazonais.
2. Sortimento – Depósitos que prestam serviço de sortimento estocam
certa variedade de produtos em antecipação aos pedidos de clientes. Os
sortimentos podem conter múltiplos produtos de diferentes fabricantes, ou
serem compostos segundo o desejo especifico dos clientes. Depósitos com
esse tipo de serviço proporcionam vantagens, à medida que reduzem o número
de fornecedores com os quais os clientes têm que tratar.
3. Combinação – Esse serviço é similar ao serviço de break bulk, exceto
pelo fato de envolver cargas de fabricantes diferentes. Quando as fábricas são
separadas geograficamente, o custo de transporte e as necessidades de
armazenagem podem ser reduzidos pela combinação de cargas em trânsito,
isto é, em depósitos de transbordo. Nesse caso, são envolvidas carretas
fechadas das fábricas para os depósitos, beneficiando-se de taxas de frete
reduzido. As economias conseguidas com essa modalidade são obtidas em
razão de tarifas especiais de fretes. Depósitos de transbordo que fazem
combinação de produtos em trânsito contribuem para a redução efetiva de
estoques em sistemas logísticos.
4. Apoio à Produção – Os aspectos econômicos da produção podem
justificar grandes lotes de fabricação de certos componentes. A armazenagem
de apoio à produção proporciona fluxos constantes de componentes e de
materiais para os setores de montagem das fábricas. Nessas situações, bem
como em outras, a solução mais econômica, no que diz respeito ao custo total,
pode estar em serviços de apoio à produção executados por depósitos, para
alimentar setores de montagem com materiais processados, componentes e
subconjuntos, de forma econômica e em tempo hábil.
5. Presença no Mercado – Embora a vantagem de manter presença no
mercado não pareça tão óbvia como outras vantagens de serviço, ela é
freqüentemente citada por gerentes de marketing como uma grande vantagem
de depósitos locais. Estes depósitos aumentam a participação no mercado e,
potencialmente, aumentam a lucratividade das empresas. A existência de
depósitos locais como fator de presença no mercado é polêmica e, realmente,
não existem pesquisas relevantes que confirmem sua utilidade.
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De acordo com Lacerda (2000), a definição do posicionamento e da
função das instalações de armazenagem é uma decisão estratégica. É parte
de um conjunto integrado de decisões, que envolvem políticas de serviço ao
cliente, políticas de estoque, de transporte e de produção que visam prover um
fluxo eficiente de materiais e produtos acabados ao longo de toda a cadeia de
suprimentos. A funcionalidade das instalações de armazenagem reflete estas
decisões através do que se pode chamar de missão estratégica da
armazenagem.
Atualmente, essa missão tem passado por transformações profundas,
envolvendo serviços que vão muito além da tradicional estocagem de curto e
médio prazo. Essas mudanças são coerentes com as transformações por que
passa a logística. As empresas procuram cada vez mais agilizar o fluxo de
materiais, comprimindo o tempo entre o recebimento e a entrega dos pedidos
para reduzir os investimentos em estoque. Neste ambiente, o papel da
armazenagem está voltado para prover capacidade de resposta rápida e
muitos dos serviços executados visam justamente reduzir as necessidades de
estoque.
Como foi visto, existem muitos tipos de serviços que podem ser
prestados por depósitos, além da armazenagem tradicional. Muitos desses
serviços reduzem a própria necessidade da armazenagem. Segundo Bowersox
(2001), essa adaptação de serviços tradicionais de armazenagem às modernas
exigências de prestação de serviços e de redução de custos é um excelente
exemplo da logística.
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Capítulo II - O processo produtivo
O termo “produtividade” está correlacionado com a questão da
performance e agilidade durante o tempo de trabalho, acessível e segura no
tempo certo às nossas necessidades. Além disso, outro grande critério
determinante da produtividade organizacional, maior até do que a ausência de
defeitos é a preferência do consumidor. Sem ela, a sobrevivência de qualquer
empresa no mercado é impossível (Chiavenato, 1994, p. 76).
Aumentar a produtividade é produzir cada vez mais e/ou melhor, com
cada vez menos. Para aumentar a produtividade de uma organização, não
basta aumentar a quantidade produzida, deve-se agregar o máximo de valor
(satisfação das necessidades) ao menor custo. A produtividade é aumentada
pela melhoria da qualidade e este fato é de domínio de uma seleta minoria.
Para que haja uma melhoria de produtividade, devem-se considerar três
fatores internos de uma organização:
a) Aprimoramento de equipamentos e materiais (hardware);
b) Procedimentos ou maneiras de se fazer as coisas (software); e
c) Ser humano (humanware).
Portanto, se considerados apenas os fatores internos de uma
organização, a produtividade só pode ser aumentada pelo aporte de capital e
pelo aporte de conhecimento.
No entanto, o aporte de conhecimento e o aporte de capital têm
características distintas:
1) O aporte de capital tem retorno baixo, inseguro e variável; o aporte de
conhecimento tem altíssimo retorno e de difícil avaliação;
2) O aporte de capital pode ser feito em curto prazo de tempo; o aporte
de conhecimento é lento e gradual, pois o ser humano é limitado na sua
velocidade de aprendizado;
3) O aporte de capital sói depende da disponibilidade financeira; o aporte
de conhecimento depende da vontade das pessoas de aprender.
A atuação da logística na Produção pode ser dividida em dois grandes
grupos:
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1 - Projeto de Sistema de Produção
Projeto do Produto (desenhos, mock-up, rendering, protótipo, amostra)
Projeto do Processo de Fabricação (conhecimento pequeno de máquinas)
Seleção do Equipamento
Movimentação de Materiais
Análise de Métodos (ergonomia, tempos e movimentos)
Lay-out da Fábrica (células de produção, minifábricas)
Seleção de materiais (insp., recebimento, engenharia, qualidade)
2 - Projeto do Sistema de Controle
Operação do Sistema de Produção – (PCP + Estoques)
Controle de Estoques
Controle de Qualidade
Controle de Programação de Produção
Controle de Custo e Produtividade
Desenvolvimento e Modificações de Políticas
Fonte: Abrantes, JOSÉ. Programa 8s. Rio de Janeiro, 2001
A logística de sistema em processo de produção, portanto, num mundo
como o nosso tão dependente da abundância de novos produtos, cria nosso
modo de vida fundamental. (É um misto de comércio, economia, ciência e
tecnologia).
Entender o desenvolvimento dos Sistemas de Produção ao longo dos
tempos de acordo com (Porter, 1980, p. 77) é como entender a história da
própria humanidade.
O homem sempre idealizou produtos e serviços na medida de suas
necessidades, criando os equipamentos e máquinas.
Vale à pena salientar que esse método de produção tem como uma de
suas características, pela participação do profissional em todas as fases do
processo de produção, um alto grau de satisfação e identificação com o
produto.
Esse fato obrigou que os Sistemas de Produção contassem com um
posto de trabalho para inspeção dos produtos no final da linha de produção.
Posteriormente esses postos foram reproduzidos ao longo do processo de
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produção, numa tentativa de detectar a falha o mais próximo possível de sua
fonte. (Almeida, 2003, p. 87)
A globalização obrigou que se introduzissem diversas mudanças na
logística em sistemas de produção, a principal delas está sendo a ampliação do
conceito de qualidade na armazenagem do produto ou serviço.
Tradicionalmente julgávamos a controle de uma armazenagem de produto ou
serviço apenas pelo seu aspecto funcional. Hoje o conceito modificado de
qualidade incorpora, quando pouco, os conceitos de preço, prazo e entrega e
estrutura de serviços que se coloca a disposição do cliente no pós-venda.
No Brasil, estas mudanças vem penalizando seriamente alguns setores
da economia, acostumados à proteção do Estado e ao despreparo do
consumidor. Estes conceitos estão desaparecendo rapidamente. Estamos no
domínio da competitividade, do custo mundial e da qualificação profissional. O
Brasil, apesar das dificuldades adicionais que se vê obrigado a enfrentar, como
os encargos sociais na contratação de empregados, desproporcional carga de
tributos, dificuldades na política de exportação, estrutura de transportes
ultrapassada e cara (fatores que nos acostumamos a chamar genericamente
de “Custo Brasil”), vem respondendo bem, tornando-se, por exemplo, o País
onde se emitem o maior número de Certificados de ISO 9000,
proporcionalmente ao seu número de empresas em todo o mundo. (Hanks,
2009)
A área de produção seja ela voltada para o setor de armazenagem ou
mais recentemente de serviços é desafiante e normalmente decide o sucesso
ou o fracasso de uma empresa.
Dentro desse panorama o que se espera da logística empresarial, ligado
à área de produção, é que seja conhecedor do mercado em que está atuando,
e esteja munido de informações em número suficiente para tomar as
constantes decisões que lhe serão solicitadas.
Seguindo a linha de raciocínio de Hanks, existe uma lógica da
montagem de um Sistema de Produção completo e considerando que já
conhecemos:
a) As fases de Desenvolvimento do Produto que pretendemos produzir;
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b) Os aspectos que devemos levar em consideração na localização de uma
Empresa, estamos prontos para entrar em contato com o Desenvolvimento do
Processo de Produção deste produto.
O entendimento deste conceito nem sempre é imediato para aqueles
com pouca ou nenhuma experiência em indústrias, porém pense numa
atividade qualquer que esteja acostumado a executar, seja em seu escritório ou
mesmo em sua casa, e imagine-a sendo
1.2 Estabelecer Formas de Controlar os Resultados
O controle efetuado sobre cada operação tem por objetivo verificar se a
peça que está sendo armazenada está em conformidade com o previsto na
Folha de Operações daquele produto.
O controle é feito através de medições realizadas em determinadas
operações consideradas “chaves”. O resultado dessas medições é analisado
normalmente através de uma técnica chamada Controle Estatístico de
Processo, mais conhecida por C.E.P. (vista mais adiante). Através dos
resultados estatísticos o profissional de processo é capaz de verificar a
tendência das dimensões envolvidas no processo, mas podemos citar as duas
mais freqüentes que merecem destaque pata este estudo: (QS 9000
e Montgomery, 2001)
1) O superior hierárquico delega um problema sem expor
completamente a sua decisão sobre o problema antecedente; e
2) O superior hierárquico não percebe qual é o “problema mais geral”
que deve resolver.
A forma correta de resolver problemas no estoque de mercadorias inclui
questões de lógica de sucessão de problemas e também de comportamento
administrativo para preservar a postura hierárquica da empresa. De acordo
com Montgomery apresentamos três critérios (2001, p. 51)
1) Começar pela solução dos “problemas mais gerais” seguindo até os
problemas de detalhes;
2) Rever o conjunto das diversas decisões do nível mais alto para
certificar-se de que elas são compatíveis; e
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3) A alta administração escolhe os problemas e reserva para si mesma
em quais problemas ela deseja participar.
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Capítulo III- Produtividade como resultado estratégico
É um conjunto de regras de tomada de decisão para orientação do
comportamento de uma organização. A estratégia surgiu como ferramenta para
a orientação da dinâmica organizacional.
Neste contexto, de acordo com (Hara, 2005, p. 23) à Implantação da
Logística Estratégica, são possíveis quatro regras: mediação, desenvolvimento,
relações de processos e direcionamento.
Resultados de medição de padrões de desempenho presentes e futuros,
ou seja, quando caracterizados por qualitativos são os objetivos e quando
quantitativos são as metas.
São estipuladas regras para as relações e dos processos internos na
organização, ou seja, conceito organizacional.
É incorreto considerar toda e qualquer estratégia como ação imediata,
pois ela estipula a direções gerais, visando o crescimento da empresa. A
finalidade da estratégia é gerar projetos estratégicos, através de um processo
de pesquisa, focalizando a necessidade em determinadas áreas seguida de
eliminação de possibilidades incompatíveis.
Durante a realização de pesquisas, pode ocorrer a identificação de
alternativas específicas, a seleção entre informações mais e menos precisas
podem acarretar em um questionamento da prudência da escolha original de
estratégia, portanto, faz-se extremamente necessário o feedback estratégico.
(Hara, 2005, p. 39)
Estratégia e objetivos são correlacionados quando em momentos
distintos e em níveis de organização diversas. Isto ocorre em situações de
atributos de desempenho, ou seja, há determinação dos objetivos bem como
estratégia. À medida que os objetivos e as estratégias vão sendo mais
detalhistas nos níveis de uma organização, percebe-se uma relação
hierárquica típica, isto é, os elementos da estratégia num nível gerencial mais
alto transformam-se em objetivos num nível inferior.
A logística empresarial é um processo de atividade pragmática orientada
para os resultados. Neste caso particular, ela procura através de resultados
estratégicos como descobrir a contribuição para o desempenho e melhoria na
armazenagem da empresa.
22
Na maioria das empresas, a medição da eficácia de uma estratégia tem
trazido o seguinte resultado: as empresas têm tido e estão tendo êxito sem a
estratégia explicitamente enunciada, enquanto um número menor e crescente
tem se beneficiado da formulação deliberada de estratégias. (Juran, 1994, p.
26)
A coerência de comportamento e a coordenação ao nível organizacional
são conseguidas através da aprendizagem organizacional informal e da
adaptação.
Os novos operadores logísticos e trabalhadores são submetidos a um
estudo sobre a natureza do negócio, suas carreiras são desenhadas para uma
progressão gradativa pela empresa, o que os proporciona o acréscimo de um
entendimento vivencial e quase intuitivo das diretrizes estratégicas da empresa
(Novaes, 1989, p. 72).
Tais estudos favorecem estes profissionais de maneira a deixá-los aptos
a respostas quanto a mudança ambiental, tecnológica ou a concorrência. Pode-
se esperar que o profissional da área de pesquisa e desenvolvimento atue
coerentemente com os repositores de mercadorias e produção. O resultado
esperado é um crescimento organizacional coerente, no qual a estratégia
permanece estável e implícita. (Fleury, 1997, p. 31)
23
Capítulo IV- Logística um processo estratégico
Um dos requisitos é o que haja mudanças rápidas e descontínuas no
ambiente de estoque de mercadoria e nas áreas de separação e produção da
empresa. Isto pode ser conseqüência da má organização do estoque de
mercados tradicionais, descobertas tecnológicas dentro ou fora da empresa, e
ou um fluxo repentino de novos concorrentes.
Na experiência, as tradições e as experiências organizacionais
existentes não serão mais suficientes para enfrentar as novas oportunidades e
ameaças. Na inexistência de uma estratégia unificadora, é quase assegurada
que diferentes áreas de uma organização desenvolvam respostas diferentes,
contraditórias e ineficazes (Juran, 1994, p. 38).
3.1- Controles de Estratégias
Dentro de vários processos estratégicos desenvolvidos pode-se chegar
a conclusão de que a estratégia escolhida não concedeu uma resposta firme,
fazendo com que o ambiente não evoluiu como se esperava, ou que ainda, a
estratégia escolhida pode acabar não sendo tão bem sucedida quanto havia
sido planejada (Novaes, 1989, p. 102).
Por intermédio da opção de comprometimento gradativo, há
oportunidades para rever a estratégia dentro da logística empresarial de uma
área de estratégia de negócios à medida que novos dados vão se tornando
disponíveis. Caso uma estratégia se revelar pouco promissora, ela poderá ser
reavaliada, antes de serem aplicados valores financeiros e psicológicos sobre
ela.
3.2- A Logística Estratégica
A logística estratégica é alcançada através de um processo sistemático
de análise e síntese, incluída no processo organizacional, baseando-se na
organização das melhorias obtidas no setor de armazenamento dos produtos
que estão cadastrados dentro do estoque até sua saída para área de venda
(Novaes, 1989).
24
A análise de informações supera até mesmo o processo sistemático,
uma vez que, procura capacitar as pessoas a pensar estrategicamente,
visando uma modificação no comportamento daqueles que detém o poder de
decisão.
O planejamento estratégico é o processo que ocorre no nível estratégico
da estrutura da organização (geralmente a cúpula diretiva ou comitê reunindo a
alta gerência) e deverá nortear as atividades de planejamento que se estendem
a todos os níveis da empresa.
Definida a estratégia do tipo “relação produto-mercado”, converge-se as
exigências em termos de programação da produção, custos, tecnologia
disponível, etc.
A maior dificuldade da logística é de estipular e prever a melhor
estratégia de longo prazo em um ambiente instável. As empresas situadas em
países que enfrentam grande instabilidade econômica com predomínio de
inflação constante costumam negligenciar a logística empresarial, buscando
decisões de curtos e médios prazos.
Fortalecendo a empresa atuando sempre em conjunto com a logística
empresarial de modo a ressaltar as suas qualidades existentes atentando a um
maior controle de estoque de mercadorias para sua melhor defesa contra as
forças competitivas.
Por meio de atitudes da logística estratégica, influenciar o equilíbrio das
forças, resultando numa melhoria no posicionamento da empresa.
De maneira a se antecipar aos rivais, buscar a melhor estratégia
apropriada ao novo equilíbrio, antecipando as mudanças nos fatores das forças
e responder a elas.
Ao enfrentar as cinco forças competitivas, faz-se o uso de duas
abordagens de um processo estratégico, cuja finalidade de acordo com a visão
de (Juran, 1994) é superar as outras empresas em uma indústria.
a) Liderança no custo total:
Uma posição de baixo custo produz para a empresa retorno acima da
média em sua indústria apesar da presença de intensas forças competitivas,
dando sempre apoio a armazenar produtos garantindo sua qualidade e
evitando um transtorno maior em relação a perdas por mau armazenamento de
produtos, podendo assim garantir um preço de mercado menor que dos outros
25
concorrentes. A posição de custo dá a empresa uma defesa contra a rivalidade
dos concorrentes, porque seus custos mais baixos significam que ela ainda
pode obter retornos depois que seus concorrentes tenham consumido seus
lucros na competição.
b) Diferenciação:
Buscar oferecer uma diferenciação através do produto ou serviço
oferecido pela empresa. Estas diferenças podem estar descritas por meio de:
i) Projeto ou imagem da marca;
ii) Tecnologia;
iii) Peculiaridades;
iv) Serviços sob encomenda;
v) Rede de fornecedores;
vi) Controle maior na armazenagem;
vii) Controle de qualidade dos produtos;
vii) Redução de quebras, avarias; e
viii) Maior cuidado na separação dos produtos armazenados.
26
Capítulo V-A logística Empresarial como influência na
produtividade
A área da logística empresarial por ser um departamento de grande
importância dentro de uma organização, exerce função de vital importância que
interfere no bom andamento da empresa. Este departamento por sua vez,
trabalha com o colaborador de diversas áreas, buscando e desenvolvendo
constantemente e atuando em diversos pontos problemáticos da empresa e
visa melhorar o desempenho profissional que se encaixe de acordo com os
requisitos esperados e buscando o seu principal desafio a produtividade
(Browersox, 1978, p. 29)
A logística empresarial trabalha num processo nos quais percebem-se
suas habilidades apropriadas para os seus trabalhos, se os profissionais estão
tendo um desempenho eficaz.
A partir do desenvolvimento de um parâmetro para as respostas
adquiridas, a logística será capaz de avaliar os pontos fracos e fortes da
organização. Deve ser dada ênfase especial à influência da produtividade do
estoque de mercadorias na organização em face das necessidades futuras.
(Hanks, 2009, p. 93)
O elemento essencial em muitos programas de controle de estoque é o
conteúdo: repartir informações entre os setores como um corpo de
conhecimentos. Normalmente, as informações são genéricas com ênfase em
informações sobre o trabalho sobre a empresa, produtos, serviços, organização
e políticas, regras e regulamentos, etc (Abrantes, 2001, p. 72).
Geralmente mudança de atitudes negativas para atitudes mais
favoráveis entre os trabalhadores, aumento de motivação, desenvolvimento da
sensibilidade do pessoal de gerência e de supervisão quanto aos sentimentos
e reações das outras pessoas.
Também pode envolver aquisição de novos hábitos e atitudes,
principalmente em relação a clientes ou usuários (como é o caso de
treinamento de separadores, repositores, de balconistas, etc) ou técnicas de
vendas. (Browersox, 2001, p. 16)
A análise da logística empresarial como a determinação onde dentro da
organização se deverá dar ênfase aos trabalhadores. Neste sentido, a análise
27
logística deverá verificar todas as espécies de fatores (como planos, força de
trabalho, dados de eficiência organizacional) capazes de avaliar os custos
envolvidos e os benefícios esperados do processo logístico em comparação a
outras estratégias capazes de atingir os objetivos para a reformulação do
estoque de mercadorias, e assim determinar o novo método a ser utilizado na
separação desses produtos e armazenamento dos mesmos.
Ao nível de influenciar diretamente na minha produtividade dentro do
controle de mercadorias, ocorre muita dificuldade não só na identificação das
necessidades da separação do produto, como também na definição dos
armazenamentos desses produtos. Partindo-se da premissa de que o processo
de separação e armazenamento desses produtos tem de ser revistos e
reorganizados contendo uma melhor descrição é uma identificação visível para
obter uma resposta na estrutura de minha necessidade maior que é atribuir
essas melhorias a produtividade, habilidades ou atitudes.
Se houver necessidade de uma análise logística dentro da organização
para fins de avaliar o nível profissional para a área de produção, expedição e
separação de mercadorias para necessitar de um exame minucioso dos
objetivos fixados, da sua clareza e da sua coerência, uma análise da logística
empresarial procura-se verificar se os trabalhadores são suficientes quantitativa
e qualitativamente para as atividades atuais e futuras da organização
(Abrantes, 2001).
Trata-se aqui da análise de força de trabalho: o funcionamento
organizacional pressupõe que os empregados possuam as habilidades,
conhecimentos e atitudes desejadas pela organização. Além disso, é
igualmente importante determinar se os empregados devidamente
posicionados são capazes de acompanhar os novos procedimentos a serem
implantados na organização, a fim de ajudarem a manter um ótimo nível de
qualidade em seus trabalhos para ajudar a empresa a ter grandes lucros e
obter uma produtividade melhor dos que a empresa alcançava, ou se torna
necessária a aquisição de pessoal novo (Deming, 1990, p. 69).
Essa análise pode ser feita de acordo com a necessidade da empresa e
o quanto de melhorias foram implantados dentro da logística, a fim de retornar
essa produtividade, recomenda a análise junto aos gestores ou responsáveis
28
pelo setor contendo a seguinte pergunta, através do exame dos seguintes
dados para cada cargo: (Deming, 1990, p. 89)
a) Número de empregados na classificação dos cargos;
b) Número de empregados necessários na classificação dos cargos;
c) Idade de cada empregado na classificação dos cargos;
d) Nível de qualificação requerido pelo trabalho de cada empregado;
e) Nível de conhecimento requerido pelo trabalho de cada empregado;
f) Atitude de cada empregado em relação ao trabalho e à empresa;
g) Nível de desempenho quantitativo e qualitativo de cada empregado;
h) Nível de habilidade de conhecimento de cada empregado para outros
trabalhos;
i) Potencialidades do recrutamento interno; e
j) Potencialidade do recrutamento externo.
Verificar onde haja evidência de trabalho ineficiente, como excessiva
quebra de equipamento, atraso em relação ao cronograma, perda excessiva de
matéria-prima, número acentuado de problemas disciplinares, alto índice de
ausência, turmover elevado, etc.
Determinada a natureza das habilidades, conhecimentos ou
comportamentos terminais desejados como resultado a logística empresarial, o
próximo passo é a escolha das técnicas a serem utilizadas para melhor atender
as necessidades do controle de estoque no sentido de otimizar a
aprendizagem, ou seja alcançar o maior volume de aprendizagem com o menor
dispêndio de esforço, tempo e dinheiro.
A rotatividade para o controle de mercadorias implica trocar os
trabalhadores de um cargo para outro, de modo a poderem ampliar suas
experiências e se familiarizar com os vários aspectos das operações fazendo
não só o que o empregado tenha mais atenção, mas passando uma certa
responsabilidade ao mesmo, fazendo com que ele se sinta importante para a
organização (Fleury, 1997).
Com a introdução correta do funcionário no seu novo trabalho é possível
conseguir vantagens, como:
a) Redução do tempo perdido pelo empregado; ao regressar, ele recebe
informações gerais de que necessita sobre a empresa, como normas,
29
regulamentos e procedimentos que afetam e sobre o cargo que irá ocupar, da
maneira mais racional, para que o seu ajustamento seja o mais rápido;
b) Redução no número de demissões ou de ações corretivas que se
possam afetar, graças ao desconhecimento dos regulamentos da empresa e
das conseqüências penalidades advindas de sua violação;
c) Fornecimento, ao supervisor, de uma oportunidade de explicar ao
novo empregado sua posição real na organização, antes que ele seja
informado erroneamente a respeito; e
d) Fornecimento de uma arma segura ao novo empregado para vencer o
medo do desconhecido que, em geral, a todos que se vêem em face de uma
nova situação que poderá dificultar o alcance de sua produção ideal; ele é
instruído de acordo com os requisitos definidos na descrição do cargo que irá
ocupar.
Para que o funcionário se torne realmente eficiente, deverá ser um
processo racional, obedecendo a uma programação geral que interesse aos
empregados e à empresa concomitantemente.
Com tudo isso, o cliente sai ganhando. Isto faz parte integrante da
competitividade empresarial e nos traz um bem maior na incansável busca para
influenciar na produtividade da organização.
30
Conclusão
O presente trabalho refere-se à logística empresarial causando
influências na produtividade organizacional, visando auxiliar e melhorar o
entendimento de processos e encontrando alguns pontos diferenciados,
facilitando a escolha de procedimentos e recursos que ajudem a solucionar
problemas que, por ventura, surjam no dia-a-dia do trabalho profissional.
Mostra o quanto é importante a organização apresentar soluções
organizacionais, focando-se em procedimentos estratégicos onde a principal
importância é a influência da produtividade organizacional.
Contudo, nos demais capítulos procuro mostrar um melhor entendimento
nos procedimentos estratégicos de desenvolvimento no estoque de
mercadorias, trazendo benefícios para a empresa através de seus resultados,
procurando facilitar e minimizar problemas que possam surgir na sua rotina
diária de trabalho.
A partir das conclusões sobre as observações apresentadas pelos
grandes nomes da logística empresarial, que menciona a fragmentação do
trabalho e suas maneiras de trabalhar com os processos, isso constitui-se o
conceito de especificação profissional onde é de extrema importância destacar
e esclarecer normas e criar novos métodos para que os funcionários tendem a
vir melhorar suas rotinas através dos processos estratégicos de treinamento
adotados.
As empresas não percebem ainda que, em uma época de complexidade
como a que vivemos, o contraponto aos desafios é a criação de uma
consistente inteligência competitiva para qual é a base de tudo. Algumas
diretrizes e estratégias são muito importantes e têm sido visualizadas por uma
pequena minoria.
31
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