VALAGUAVALorização Ambiental e gestão integrada da água e dos habitats no baixoGUAdiana transfronteiriço. Programa operacional INTERREG V A EspanhaPortugal (POCTEP) Abril de 2017 a Dezembro de 2019

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DE ESTADO DAS MASSAS DE ÁGUA NO 2º CICLO DO PLANO DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA, NA SUB-BACIA TRANSFRONTEIRIÇA DO BAIXO GUADIANA

Francisco REY, José Paulo MONTEIRO, Juan Manuel ROSA, Luís COSTA, Manuel OLÍAS

VALAGUAVALorização Ambiental e gestão integrada da água e dos habitats no baixoGUAdiana transfronteiriço. Programa operacional INTERREG V A EspanhaPortugal (POCTEP)

ADPM - Associação de Defesa do Património de MértolaODIANA - Associação para o Desenvolvimento do Baixo GuadianaUHU - Universidad de Huelva ES615, PT150, PT184 PT170UALG - Universidade do AlgarveCHG – Confederación Hidrográfica del GuadianaAPA - Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.JA - Junta Andalucía/ Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del TerritorioDPH - Diputación Provincial de HuelvaICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.

Orçamento total de € 3.439.746 Contribuição UE - € 2.051.538 (60%)

VALAGUAVALorização Ambiental e gestão integrada da água e dos habitats no baixoGUAdiana transfronteiriço. Programa operacional INTERREG V A EspanhaPortugal (POCTEP)

Quatro actividades desenvolvidas por diferentes grupos de trabalho

- Compatibilização quantitativa e qualitative dos diversos usos da água no BaixoGuadiana

- Recuperação de habitats e sensibilização ambiental

- Criação de produtos ecoturísticos para a valorização das massas de águatransfronteiriças

- Gestão integrada da Rede Natura 2000 e da sub-bacia hidrográfica internacional doBaixo Guadiana

- Além de duas actividades transversais dedicadas à gestão e divulgação do projecto.

A Região Hidrográfica do Guadiana cobre uma área total de 66 999 km2, dos quais 55 464,87 km2 (83%) situam-se em Espanha e 11 534,13 km2 (17%) em Portugal.

Precipitaçãomédia anual 550 mm

561 mm Portugal540 mm Espanha

1000 mm máximo450 mm minímo

Artigo 3.4 da DQA estabelece, no que se refere às regiões hidrográficas internacionais, que “Os Estados-Membros assegurarão que os requisitos previstos na presente diretiva (…) sejam coordenados para a totalidade da região hidrográfica.

Artigo 13(2) - no caso das regiões hidrográficas internacionais os Estados-Membros têm de assegurar a coordenação dos planos de gestão de região hidrográfica (PGRH), desenvolvidos por cada parte a nível nacional

VALAGUA – “BAIXO GUADIANA” - 8272 km²Portugal 6002 km² e Espanha 2270 km²

- 139 MASup em Portugal e 23 em Espanha6 MASub Portugal: Monte Gordo, Gabros de Beja, Moura-Ficalho, Orla Meridional Indif.Bac. Guad., Zona S Port. Bac. Guadiana, Mac. Ant. Indif. da Bac. do Guadiana. 2 MASub em Espanha:Ayamonte e Aroche-Jabugo.

Barragens na área em estudo

- Albufeira de Beliche - Albufeira de Odeleite- Albufeira de Andévalo- Albufeira de Chanza.

Dados de precipitação e hidrométricos (Pulido-Calvo et al., 2018 e Monteiro et al., 2018) mostram necessidade de registro continuo de dados, nas estações hidrométricas existentese de ampliação da rede hidrométrica de sensores e medidas de caudal, principalmente naszonas do estuário baixo e médio, mas também nas massas de água interiores mais a montante.

Redes de monitorização de Qualidade das MASup de Portugal e Espanha.

• Portugal - 139 MASup, das quais 118 apresentam Estado Químicodesconhecido.

• Espanha existem 23 MASup das quais uma tem Estado QuímicoDesconhecido.

Definiram-se locais de amostragem e monitorização de águas docesinteriores, de transição e costeiras.Trabalho de campo e laboratório de monitorização química envolveu:Universidade do Algarve (UALG);Universidade de Huelva (UHU);Agência Portuguesa do Ambiente (APA);- Confederación Hidrográfica del Guadiana (CHG);- Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio da Junta de Andalucía.

Localização das estações de monitorização de Qualidade

Portugal20 – Bom ou superior1 – Insuficiente118 – Desconhecido

Espanha18 – Bom ou superior4 – Insuficiente1 - Desconhecido

MONITORIZAÇÃO DE ESTADO QUÍMICO - Águas interiores

Campanha de amostragem efectuada a Junho de 2018. Massas de água da parteportuguesa e espanhola que permitisse através das mesmas condições obter umavisão uniformizada da qualidade da água (Ca, Mg, Na, K, Si, Al, Fe Sr, P, Ba, Al, As, Cd,Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, V, Zn).

Recolhidas 26 amostras, 22 em afluentes do Guadiana, 3 em barragens (Odeleite,Albufeira Tapada Grande, Barragem do Chanza e Rio Guadiana (Pulo do Lobo):

verificou-se que 10 MASub classificadas com Estado Químico “Bom” passariam para“Insuficiente”, devido à presença de concentrações de Zn acima da NQ .

Diferenças de Critério:A normativa portuguesa é mais exigente pois a concentração máxima de Zn situa-seentre 3.1 e 7.8 ppb (dependendo de la dureza e outros parametros), enquanto queem Espanha se situa entre 30 y 500 ppb dependendo de la dureza (o que tambémocorre para o Cu). Problema da articulação de calendário e NQA.

Estado Químico (Águainteriores)PGRH (2º Ciclo)Portugal20 – Bom ou superior1 – Insuficiente118 – DesconhecidoEspanha18 – Bom ou superior4 – Insuficiente1 – DesconhecidoVALAGUAverificou-se que 10 MASubclassificadas com Estado Químico “Bom” passariam para “Insuficiente”, devido à presença de concentrações de Zn acima da NQ .

Caracterização química das águas de transição e costeiras no BaixoGuadiana Realização de 4

campanhas de amostragem (Outubro2018, Dezembro 2018, Março 2019 e Abril 2019), para a caracterizaçãoquímica das águas de transição e costeiras no Baixo Guadiana. Definiçãode uma rede de monitorização única de parâmetros de avaliaçãode estado Ecológico e Químico, e para a definição de gestão de responsabilidadepartilhada entre Portugal e Espanha.

Universidade do Algarve (UALG);Universidade de Huelva (UHU);Agência Portuguesa do Ambiente (APA);- Confederación Hidrográfica del Guadiana (CHG);- Cons. Medio Ambiente y Ord. Territorio Junta de Andalucía.

Caracterização, análise de pressões, análise de estado e revisão de objectivos revista em cada ciclo de planeamento de 6 anos (2009 – 20015/ 2016 – 2021/ 2022-2027).....

A análise comparativa dos dois ciclos de planeamento já cumpridos não é um “exercício directo”, sobretudo pelo facto de os dois ciclos de planeamento terem sido realizados de formas muito diferentes.

Visão institucional do planos de gestão de bacia (região) Hidrográfica

PROBLEMADesfasamento dos calendários dos ciclos de planeamento em cada país

No que respeita à discussão das QSIGA para o próximo ciclo deplaneamento verifica-se que em Espanha este já começou (Agosto aDezembro de 2019) e que em Portugal este vai decorrer entre (Janeiro eJunho de 2020).

O desfazamento de calendários acarreta ainda dificuldades de caráctermais técnico. Por exemplo as NQA.

O problema das diferenças de calendário dos ciclos de planeamento e das alteraçõesintruduzidas através da evolução das “Directivas Filhas”.

Parlamento Europeu e do Conselho. Directiva n.º 2008/105/CE de 16 de Dezembro de 2008. Jornal Oficial da União Europeia de 24 de Dezembro de 2008. L 348/84-97.

Parlamento Europeu e do Conselho. Directiva n.º 2013/39/UE de 12 de Agosto de 2013. Jornal Oficial da União Europeia de 24 de Agosto de 2013. L 206/1-17.

ObjectoA presente directiva estabelece normas de qualidade ambiental (NQA) para substânciasprioritárias e para outros poluentes, como previsto no artigo 16.o da Directiva 2000/60/CE, a fim de alcançar um bom estado químico das águas de superfície.

La normativa portuguesa es mucho más exigente, pues la concentración máxima de Zn se sitúa entre 3.1 y 7.8 ppb (dependiendo de la dureza y otros parámetros) mientras que en España se sitúa entre 30 y 500 ppb dependiendo de la dureza. Esto también ocurre para el Cu.

Referência igualmente às Questões Significativas – Temas Importantes

VALAGUA- Compatibilização quantitativa dos diversos usos da água no Baixo Guadiana

- Monteiro J.P., Costa L., Rey F., Olías M., Rosa-Rodríguez J.M., Fialho A. (2018) Relatório deCompatibilização Quantitativa dos Usos da Água e Identificação de Limitações à sua Qualidade naSub-Bacia do Baixo Guadiana. Relatório Técnico (versão portuguesa). Projecto VALAGUA (POCTEP0007-VALAGUA-5P). 203 pp.

- Monteiro J.P., Costa L., Rey F., Olías M., Fialho A. 2019. Propostas de Políticas, Medidas e Acçõesde Gestão Transfronteiriça Integrada dos Usos da Água na Sub-Bacia do Baixo Guadiana. RelatórioTécnico (versão portuguesa). Projecto VALAGUA (POCTEP 0007_VALAGUA_5_P). 72 pp.

- Rosa-Rodríguez J.M, Olías M., Cerón J.C., Monteiro J.P., Costa L., Rey F. (2018). CaracterísticasHidroquímicas de los Cursos Superficiales de la Cuenca del Bajo Guadiana. X Simposio del Aguaen Andalucia Unidos por el Agua, Huelva. vol. I, 679-688 pp.

- Pulido-Calvo I., Gutiérrez-Estrada J. C. , Sanz-Fernández V., Fernández de Villarán R. (2018).Compatibilidad cuantitativa de los distintos usos del agua en la Subcuenca Transfronteriza delBajo Guadiana. Informe Técnico. Producto final. Acción A1.1. POCTEP 0007-VALAGUA-5-P. 80 pp.