Vísceras

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  • 5/19/2018 Vsceras

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    Inspire.

    Inspire o mximo de ar que conseguir. Essa histria devedurar aproximadamente o tempo que voc consegue segurar

    sua respirao, e um pouco mais. Ento escute o mais rpidoque puder.

    Um amigo meu aos 13 anos ouviu a!ar so"re #io$terra%. Isso& quando a!gu&m enia um conso!o na "unda. Estimu!e aprstata o suiciente, e os rumores di'em que voc pode terorgasmos exp!osivos sem usar as mos. (essa idade, esseamigo & um pequeno man)aco sexua!. E!e est sempre"uscando uma me!hor orma de go'ar. E!e sai para compraruma cenoura e !u"riicante. *ara condu'ir uma pesquisaparticu!ar. E!e ento imagina como seria a cena no caixa dosupermercado, a so!itria cenoura e o !u"riicante percorrendope!a esteira o caminho at& o atendente no caixa. +odos osc!ientes esperando na i!a, o"servando. +odos vendo a grandenoite que e!e preparou.

    Ento, esse amigo compra !eite, ovos, acar e uma cenoura,

    todos os ingredientes para um "o!o de cenoura. E vase!ina.-omo se e!e osse para casa eniar um "o!o de cenoura nora"o.

    Em casa, e!e corta a ponta da cenoura com um a!icate. E!e a!u"riica e desce seu traseiro por e!a. Ento, nada. (enhumorgasmo. (ada acontece, exceto pe!a dor.

    Ento, esse garoto, a me de!e grita di'endo que & a hora daanta. E!a di' para descer, naque!e momento.

    E!e remove a cenoura e co!oca a coisa pegaosa e imunda nomeio das roupas suas de"aixo da cama.

    /epois do antar, e!e procura pe!a cenoura, e no est mais!. +odas as suas roupas suas, enquanto e!e antava, oramreco!hidas por sua me para !av$!as. (o havia como e!a no

    encontrar a cenoura, cuidadosamente escu!pida com uma acada co'inha, ainda !ustrosa de !u"riicante e edorenta.

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    Esse amigo meu, e!e espera por meses na surdina, esperandoque seus pais o conrontem. E e!es nunca a'em isso. (unca.0esmo agora que e!e cresceu, aque!a cenoura invis)ve!aparece em toda ceia de (ata!, em toda esta de aniversrio.

    Em toda caa de ovos de pscoa com seus i!hos, os netos deseus pais, aque!a cenoura antasma paira por so"re todose!es. Isso & a!go vergonhoso demais para dar um nome.

    s pessoas na 2rana possuem uma expresso #sagacidadede escadas.% Em rancs esprit de !4esca!ier. 5epresentaaque!e momento em que voc encontra a resposta, mas &tarde demais. /igamos que voc est numa esta e a!gu&m oinsu!ta. 6oc precisa di'er a!go. Ento so" presso, com todoso!hando, voc di' a!go estpido. 0as no momento em que saida esta7 enquanto voc desce as escadas, ento 8 mgica.6oc pensa na coisa mais pereita que poderia ter dito. r&p!ica mais avassa!adora.

    Esse & o esp)rito da escada.

    9 pro"!ema & que at& mesmo os ranceses no possuem uma

    expresso para as coisas estpidas que voc di' so" presso.Essas coisas estpidas e desesperadas que voc pensa ou a'.

    !guns atos so "aixos demais para rece"erem um nome.:aixos demais para serem discutidos.

    gora que me recordo, os especia!istas em psico!ogia dosovens, os conse!heiros esco!ares, di'em que a maioria doscasos de suic)dio ado!escente eram garotos se estrangu!ando

    enquanto se mastur"avam. ;eus pais os encontravam, umatoa!ha enro!ada em vo!ta do pescoo, a toa!ha amarrada nosuporte de ca"ides do armrio, o garoto morto. Esperma portoda a parte. < c!aro que os pais !impavam tudo. -o!ocavamca!as no garoto. 2a'iam parecer7 me!hor. o menos,intenciona!. Um caso comum de triste suic)dio ado!escente.

    9utro amigo meu, um garoto da esco!a, seu irmo mais ve!hona 0arinha di'ia como os caras do 9riente 0&dio semastur"avam de orma dierente do que a'emos por aqui.

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    Esse irmo tinha desem"arcado num desses pa)ses cheios decame!os, onde o mercado p"!ico vendia o que pareciama"ridores de carta chiques. -ada uma dessas coisas & apenasum ino ca"o de !ato ou prata po!ida, do comprimento

    aproximado de sua mo, com uma grande ponta numa dasextremidades, ou uma esera de meta! ou uma dessasempunhaduras como as de espadas. Esse irmo da 0arinhadi'ia que os ra"es icavam de pau duro e inseriam esse ca"ode meta! dentro e por toda a extremidade de seus paus. E!esento "atiam punheta com o ca"o dentro, e isso os a'iago'ar me!hor. /e orma mais intensa.

    Esse irmo mais ve!ho viaava pe!o mundo, mandando rasesem rancs. 2rases em russo. /icas de punhetagem.

    /epois disso, o irmo mais novo, um dia e!e no aparece naesco!a. (aque!a noite, e!e !iga pedindo para eu pegar seusdeveres de casa pe!as prximas semanas. *orque e!e est nohospita!.

    E!e tem que comparti!har um quarto com ve!hos que

    estiveram operando as entranhas. E!e di' que todoscomparti!ham a mesma te!eviso. =ue a nica coisa para darprivacidade & uma cortina. ;eus pais no o vem visitar. (ote!eone, e!e di' como os pais de!e queriam matar o irmomais ve!ho da 0arinha.

    *e!o te!eone, o garoto di' que, no dia anterior, e!e estavameio chapado. Em casa, no seu quarto, e!e deitou$se nacama. E!e estava acendendo uma ve!a e o!heando a!gumas

    revistas pornogricas antigas, preparando$se para "ateruma. Isso oi depois que e!e rece"eu as not)cias de seu irmomarinheiro. que!a dica de como os ra"es se mastur"am. 9garoto o!ha ao redor procurando por a!go que possa servir.Uma caneta & grande demais. Um !pis, grande demais espero. 0as escorrendo pe!o canto da ve!a havia um inoi!ete de ve!a derretida que poderia servir. -om as pontas dosdedos, o garoto desco!a o i!ete da ve!a. E!e o enro!a na pa!ma

    de suas mos. >ongo, e !iso, e ino.

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    -hapado e com teso, e!e enia ! dentro, mais e mais undopor dentro do cana! urinrio de seu pau. -om uma "oa parteda cera ainda para ora, e!e comea o tra"a!ho.

    t& mesmo nesse momento e!e reconhece que esses ra"eseram caras muito espertos.

    E!es reinventaram tota!mente a punheta. /eitado tota!mentena cama, as coisas esto icando to "oas que o garoto nemo"serva a i!ete de cera. E!e est quase go'ando quandoperce"e que a cera no est mais !.

    9 ino i!ete de cera entrou. :em ! no undo. +o undo que

    e!e nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

    /as escadas, sua me grita di'endo que & a hora da anta.E!a di' para e!e descer naque!e momento. 9 garoto dacenoura e o garoto da cera eram pessoas dierentes, masviviam "asicamente a mesma vida.

    /epois do antar, as entranhas do garoto comeam a doer. u"riique eco!oque de"aixo d4gua. Ento tente rasg$!a. +ente partir emduas. < irme e ao mesmo tempo macia. < to escorregadiaque no d para segurar.

    Uma camisinha dessas & eita do "om e ve!ho intestino.

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    6oc ento v contra o que eu !utava.

    ;e eu !argo, sai tudo.

    ;e eu nado para a super)cie, sai tudo.;e eu no nadar, me aogo.

    < esco!her entre morrer agora, e morrer em um minuto.

    9 que meus pais vo encontrar depois do tra"a!ho & um etogrande e pe!ado, todo curvado. 0ergu!hado na gua turva dapiscina de casa. *reso ao undo por uma !arga corda de veias

    e entranhas retorcidas. 9 oposto do garoto que se estrangu!aenquanto "ate uma. Esse & o "e" que trouxeram para casado hospita! h 13 anos. Esse & o garoto que esperavamconseguir uma "o!sa de ogador de ute"o! e eventua!menteum mestrado. =ue cuidaria de!es quando estivessemve!hinhos. ;eus sonhos e esperanas. 2!utuando aqui, pe!adoe morto. Em vo!ta de!e, gotas gordas de esperma.

    9u isso, ou meus pais me encontrariam enro!ado numa toa!ha

    encharcada de sangue, morto entre a piscina e o te!eone daco'inha, os restos destroados das minhas entranhas paraora do meu ca!o amare!o$!istrado.

    !go so"re o que nem os ranceses a!am. que!e irmo maisve!ho na 0arinha, e!e ensinou uma outra expresso "acana.Uma expresso russa. /o eito que ns a!amos #*reciso dissocomo preciso de um "uraco na ca"ea7%, os russos di'em,#*reciso disso como preciso de dentes no meu cu7%

    0ne eto nado a 'u"J v 'adnitse.

    Essas histrias de como animais presos em armadi!has roema prpria perna ora, "em, qua!quer coiote poder teconirmar que a!gumas mordidas so me!hores que morrer.

    /roga7 mesmo se voc or russo, um dia vai querer essesdentes.

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    ;eno, o que voc pode a'er & se curvar todo. 6oc co!ocaum cotove!o por "aixo do oe!ho e puxa essa perna para o seurosto. 6oc morde e ri seu prprio cu. ;e voc icar sem arvoc consegue roer qua!quer coisa para poder respirar de

    novo.

    (o & a!go que sea "om contar a uma garota no primeiroencontro. (o se voc espera por um "eiinho de despedida.;e eu contasse como & o gosto, vocs no comeriam maisrutos do mar.

    < di)ci! di'er o que enoaria mais meus pais como entreinessa situao, ou como me sa!vei. /epois do hospita!, minhame di'ia, #6oc no sa"ia o que estava a'endo, querido.6oc estava em choque.% E e!a teve que aprender a co'inharovos poch.

    +odas aque!as pessoas enoadas ou sentindo pena de mim7

    *recisava disso como precisaria de dentes no cu.

    Koe em dia, as pessoas sempre me di'em que eu soumagrinho demais. s pessoas em antares icam quietas ou"ravas quando no como o co'ido que i'eram. -o'idospodem me matar. *resuntadas. =ua!quer coisa que ique maisque a!gumas horas dentro de mim, sai ainda como comida.2eiLes caseiros ou atum, eu !evanto e encontro aqui!o intactona privada.

    /epois que voc passa por uma !avagem estomaca! super$

    radica! como essa, voc no digere carne to "em. maioriadas pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eutenho sorte de ainda ter meus quin'e cent)metros. Entonunca consegui minha "o!sa de ogador de ute"o!. (uncaconsegui meu mestrado. 0eus dois amigos, o da cera e o dacenoura, e!es cresceram, icaram grandes, mas eu nuncapesei mais do que pesava aos 13 anos.

    9utro pro"!ema oi que meus pais pagaram muita grana

    naque!a piscina. (o im meu pai teve que a!ar para o cara da!impe'a da piscina que era um cachorro. 9 cachorro da

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    am)!ia caiu e se aogou. 9 corpo sugado pe!o duto. 0esmodepois que o cara da !impe'a a"riu o i!tro e removeu umtu"o pegaoso, um pedao mo!hado de intestino com umagrande vitamina !arana dentro, mesmo assim meu pai di'ia,

    #que!a porra daque!e cachorro era ma!uco.%

    0esmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu paia!ar, #(o dava para deixar aque!e cachorro so'inho por umsegundo7%

    E ento a menstruao da minha irm atrasou.

    0esmo depois que trocaram a gua da piscina, depois que

    vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois doa"orto da minha irm, mesmo depois de tudo isso meus paisnunca mencionaram isso novamente.

    (unca.

    Essa & a nossa cenoura invis)ve!.

    6oc.

    gora voc pode respirar.

    Eu ainda no.