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Criando líderes para o futuro
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Aula 15Aula 15
CIMENTAÇÃOCIMENTAÇÃODE POÇOSDE POÇOS
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A operação de cimentação consiste em umtrabalho de extrema importância para as fases deperfuração e completação de poços de petróleo etem um grande impacto sobre a produtividade do
poço. A cimentação basicamente consiste no
preenchimento do espaço anular entre os tubos e aparede da formação e tem como principal finalidadea união da tubulação de revestimento com a parededo poço, além do objetivo de formar um tampão deselo no fundo do poço ou para corrigir desvios dofuro durante a perfuração.
Cimentação
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Histórico O primeiro uso de cimento em poço de petróleo ocorreu na
Califórnia em 1883, mas só em 1902 se deu início ao do cimentoPortland em processo manual de mistura. Em 1910 Almond A.Perkins patenteou o método de bombeamento onde a pasta édeslocada para o poço através de vapor, água ou fluido deperfuração.
Em 1922, Erle P. Halliburton patenteou o Jet Mixer, ummisturador automático com jatos, ampliando assim aspossibilidades operacionais. Devido a este fato, diversascompanhias passaram a adotar a prática de cimentar os
revestimentos.
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Histórico A partir de 1923, fabricantes americanos e europeus de cimento
passaram a fabricar cimentos especiais para a indústria de petróleo,onde certas propriedades da pasta de cimento foram trabalhadas aolongo do tempo. Até então, aguardava-se de 7 a 28 dias para oendurecimento do cimento, mas com o advento dos aditivos químicos,o tempo de pega foi sendo paulatinamente reduzido (72 horas até 1946e posteriormente de 24 a 36 horas). Hoje, as pastas podem se manterfluidas a alta temperatura e pressão por cerca de 4 horas, em geral,permitindo seu deslocamento em poços profundos. A partir destetempo, a pasta endurece rapidamente e as atividades no poço sópodem ser retomadas de 6 a 8 horas após a cimentação.
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Tipos de Cimentação
Denomina-se cimentação primária à cimentação principal da
coluna de revestimento. Seu objetivo básico é colocar a pasta
de cimento não contaminada (pasta de cimento sem contatocom o fluido de perfuração) em uma posição pré-determinada
do espaço anular entre o poço e a coluna de revestimento, de
modo a se obter fixação e vedação eficiente e permanente
deste anular. Estas operações são previstas no programa deperfuração e executadas em todas as fases do poço.
1-Cimentação Primária
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Tipos de Cimentação1-Cimentação Primária
CimentaçãoCimentaçãoPrimáriaPrimária
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1 Montagem das linhas de cimentação; 2 - Circulação para condicionamento do poço e preparação do
colchão de lavagem;
3 Bombeio do colchão de lavagem;
4 Teste de pressão das linhas de cimentação, onde são feitos testesaté uma pressão superior à máxima prevista durante a operação;
5 Lançamento do tampão de fundo (opcional);
6 Mistura da pasta mais leve, devendo cobrir o intervaloprogramado;
7 Mistura da pasta mais densa e mais resistente à compressão; 8 Lançamento do tampão de topo;
9 Deslocamento com fluido de perfuração;
10 Pressurização do revestimento para teste de vedação do tampão
de topo.
Seqüência Operacional de Uma CimentaçãoPrimária
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Tipos de Cimentação2-Cimentação Secundária
As cimentações secundárias são classificadas como:
Tampão de cimento: Consiste no bombeamento de
determinado volume de pasta para o poço, visando
tamponar um trecho deste. É aplicado nos casos de
perda de circulação, abandono (total ou parcial) do
poço, como base para desvios, etc.
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Tipos de Cimentação2-Cimentação Secundária
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Tipos de Cimentação2-Cimentação Secundária
Recimentação: É a correção da cimentação primária,quando o cimento não alcança a altura desejada noanular. O revestimento é canhoneado em dois pontos
com profundidades distintas. A recimentação só éfeita quando se consegue circulação pelo anular,através destes canhoneios (perfuração realizada norevestimento). Para possibilitar a circulação com
retorno, a pasta é bombeada através de coluna deperfuração, dotada de obturador (Packer) que permitea pressurização necessária para a movimentação depasta pelo anular.
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Tipos de Cimentação2-Cimentação Secundária
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Tipos de Cimentação2-Cimentação Secundária
Compressão de cimento ou Squeeze: Consiste na injeçãoforçada de cimento sob pressão, visando corrigirlocalmente a cimentação primária, sanar vazamentos norevestimento ou impedir a produção de zonas que
passaram a produzir água.
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OCimento
Os principais componentes do cimento Portland são: óxido decálcio, alumina e ferro, que combinados formam os seguintescompostos (Gouvêa, Paulo C. V. M. 1983):
3CaO.SiO Silicato tricálcio ou Alita, representado por C3S.2CaO.SiO2 Silicato dicálcico ou Belita, representado por C2S3CaO.Al2O3 Aluminato tricálcico ou Celita, representado por C3A4CaO.Al2O3.Fe2O3 Ferro aluminato tetracálcio ou Ferrita,representado por C4AF.
A proporção destes compostos no cimento determina suaspropriedades, como resistência inicial, retardamento, velocidadede hidratação, resistência aos sulfatos, etc.
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Classificação dos Cimentos
A classificação dos cimentos foi estabelecida pelo API
(American Petroleum Institute), visto que as condições
às quais os cimentos estão expostos nos poços podem
variar radicalmente. Os processos de fabricação e
composição química do cimento foram padronizados
em 8 classes, de A a H, cujas quais estão arranjadas deacordo com a profundidade, temperatura e pressão
aos quais estão expostos na aplicação do cimento.
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Classificação dos CimentosClasse A É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),quando propriedades especiais não são requeridas. Disponível somenteno tipo ordinário.Classe B É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),quando é necessária moderada à alta resistência ao sulfato.
Classe C É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),quando as condições exigem pega rápida e grande resistênciacompressiva. Esta classe está disponível em todos os graus de resistênciaao sulfato.Classe D É utilizada de 6000 pés (1830 metros) até 10000 pés (3050
metros), sob condições de moderadas temperaturas e pressões. Estádisponível nos tipos de média e alta resistência ao sulfato.
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Classificação dos Cimentos
Classe E É utilizada de 10000 pés (3050 metros) até
14000 pés (4270 metros), sob condições de altas
temperaturas e pressões. Está disponível nos tipos de
média e alta resistência ao sulfato.
Classe F É utilizada de 14000 pés (4270 metros) até
16000 pés (4880 metros), sob condições de extremamente
altas temperaturas e pressões. Está disponível nos tipos de
média e alta resistência ao sulfato.
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Classificação dos Cimentos
Classe G e H São utilizadas sem aditivos químicos dasuperfície até 8000 pés (2440 metros), ou comaceleradores e retardadores para cobrir um grandeintervalo de pressões e temperaturas. Nenhum outro
aditivo que não seja sulfato de cálcio ou água, ouambos, devem ser misturados durante a manufaturadestas classes de cimento. Estão disponíveis nos tiposde média e alta resistência ao sulfato. A composição
química dos cimentos classes G e H sãoessencialmente as mesmas. A principal diferença estána área superficial.
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Classificação dos Cimentos
As classes D, E e F são conhecidas como cimento
retardados, para utilização em grandes profundidades.
A retardação é acompanhada por significante reduçãoda quantidade de fases de hidratações mais rápidas
(C3S e C3A), e pelo aumento do tamanho dos grãos de
cimento. Desde que estas classes começaram a ser
fabricadas, a tecnologia de retardadores químicos
sofreu grande melhoria.
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Classificação dos Cimentos
As classes G e H foram desenvolvidas em resposta ao
incremento de tecnologia na aceleração e retardo da
pasta por meio químico.O
s fabricantes estãoproibidos de adicionar químicas especiais, tais como
glicol ou acetatos. Estas químicas aumentam a
eficiência de moagem, mas interferem com vários
aditivos dos cimentos. Estas classes são de longe as
mais comuns utilizadas na indústria do petróleo.
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Classificação dos Cimentos
A tabela a seguir especifica as propriedades físicas dasdiferentes classes de cimento.
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Aditivos para Cimentação
Denominam-se aditivos os compostos químicosadicionados à pasta de cimento visando sua adequação às
necessidades do poço. Suas concentrações são
determinadas por testes de laboratórios. Os aditivos
podem ser fornecidos em pó ou líquido. Quando em pó,
sua dosagem é dada em percentagem do peso do cimento,
enquanto os líquidos são dosados por volume, usualmente
em galões/pé de cimento.
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Aditivos para Cimentação
A depender de sua aplicação, os aditivos sãoclassificados como:
Aceleradores Visam diminuir o tempo de espessamento
e aumentar a resistência compressiva inicial da pasta. O
mais comum é o cloreto de cálcio (CaCl2), em proporção
de 0,5 a 2%. O sal comum (NaCl) também é acelerador a
baixas concentrações (até 6%).
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Aditivos para Cimentação
Retardadores Permitem o retardamento do início da
pega da pasta para permitir o deslocamento da pasta
quando a temperatura e a pressão são muito altas para o
uso do cimento sem aditivos. Os retardadores são
fabricados à base de lignossulfonatos e seus derivados,
ácidos orgânicos, derivados de celulose e derivados de
glicose. Agem por absorção superficial ou por formações
de precipitados superficiais impermeáveis que retardam o
processo de hidratação.
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Aditivos para Cimentação
Extendedores Permitem obter maior rendimento da
pasta, resultando em pastas mais leves, possibilitando
maiores alturas de pasta por causarem menor pressão
hidrostática. Podem funcionar por absorção de água
(argilas, como a bentonita, ou produtos químicos, como
silicatos) ou pela adição de agregados de baixa densidade
(pozolana, perlita, gilsonita). Em casos especiais pode-se
usar nitrogênio ou microesferas cerâmicas para criar
pastas excepcionalmente leves.
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Aditivos para Cimentação
Redutores de fricção (ou dispersantes) Permitem oafinamento da pasta, como isto permitindo adoção demaiores vazões com menores perdas de carga, causandomelhor remoção do fluido de perfuração e um menorrisco de fratura de formações. São usadossecundariamente como um meio de obter pastas maispesadas, compensando a viscosificação que ocorre com adiminuição do teor de água da pasta. A dispersão é obtidaquebrando mecanicamente a suspensão ou pela
modificação química das interações eletrostáticas,produzindo partículas carregadas eletricamente, que serepelem, por terem a mesma carga. Os parâmetros
reológicos a serem definidos são: Viscosidade e limites de
escoamento.
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Aditivos para Cimentação
Controladores de filtrado Visam evitar a desidratação
prematura da pasta frente às zonas permeáveis,
mantendo a bombeabilidade e impedindo que se cause
danos à formação produtora. Como um dos fatores que
afeta o controle de filtrado da pasta é seu grau de
dispersão, os controladores de filtrado são sempre usados
simultaneamente com os dispersantes. Os mecanismos de
atuação são a melhoria da distribuição das partículas e a
viscosificação da água intersticial da pasta.
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Aditivos para Cimentação
Outros Além dos aditivos citados, podem ser também
usados outros aditivos como os antiespumantes, para
evitar aeração da pasta, os adensantes, os controladores
de perda de circulação, os descontaminantes, os
traçadores radioativos e corantes para se detectar a
presença do cimento e as areias de granulometria
controlada (sílica flúor, sílica coarse) para evitar a
degradação do cimento a altas temperaturas (mais de 230
ºF).
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Laboratório de Cimentação
Os ensaios realizados no Laboratório de Cimentação
englobam determinações de propriedades de pastas de
cimento, tais como densidade, tempo de espessamento,
tempo de pega, parâmetros reológicos, perda de filtrado,
água livre, estabilidade, resistência compressiva e de
bloqueio ao gás. Tais determinações têm por principal
propósito subsidiar os projetos de pastas de cimento,
tanto para cimentações primárias quanto para
compressão de cimento (squeeze), como exemplos.
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Equipamentos doLaboratório
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Equipamentos doLaboratório
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Equipamentos doLaboratório
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TesteLaboratoriais
São realizados com duas finalidades:
Verificação das propriedades básicas e das
condições do cimento antes do envio da fábrica para
o campo, visando a aprovação das bateladas
(cimentos).
Como simulação da operação, visando adequação
do sistema da pasta pelo ajuste da concentração dos
aditivos em função da interpretação dos resultados.
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TesteLaboratoriais
Os principais testes que podem ser realizados em um
laboratório de cimentação são:
Finura Determina a granulometria do cimento,expressa em função da superfície específica dos grãos
de cimento da amostra. É realizado como verificação dafábrica. Pode ser feito por dois métodos, um deles combase na permeabilidade ao ar (Teste de Blaine) e outrocom base na velocidade de sedimentação das
partículas em solução de querosene (Teste de Wagner).Só é realizado antes da liberação da batelada.
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TesteLaboratoriais
Água Livre Visa determinar a quantidade de água que
tenderá a migrar através da pasta. Este valor deve ser
limitado principalmente para evitar canalizações de gás
após a cimentação, em poços direcionais e para evitar
diferenciamento do endurecimento da água acumulada
acima da pasta após deixá-la em repouso em proveta
graduada de 250 ml. O teor de água livre é limitado pelo
API em 3,5 ml, o que equivale a uma porcentagem de 1,4%
de água, em relação ao peso do cimento.
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TesteLaboratoriais
Resistência à compressão São testes que medem oesforço necessário para romper corpos de provamoldados em condições que simulem as do fundo dopoço. Os corpos de prova são preparados em moldes
padronizados e deixados em câmara de cura. Os testessão realizados com tempos padronizados de 8, 24, 48 e72 horas. A variação da temperatura e da pressão nacâmara de cura são controladas segundo schedules
ou listagens em função do tempo. A resistência àcompressão mínima, em 8 horas de cura, varia de 300 a1500 psi para o cimento classe G, a depender danatureza da operação.
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TesteLaboratoriais
Perda de fluido Visa determinar o grau de filtração daágua da pasta, cujas conseqüências principais são adesidratação da pasta com obstrução do anular e o dano àformação pelo fluido filtrado. O teste consiste em confinarcerto volume de pasta em um cilindro (filtro prensa) em
cuja base é colocada uma tela metálica. A pressão aplicada(100 ou 1000 psi) faz com que o filtrado escoe pela telametálica. O tempo padrão do teste é de 30 minutos, após oque se mede o volume do filtrado e a pressão padrão é a de
100 psi. Para testes a 1000 psi, deve-se multiplicar oresultado obtido por 2.O filtrado deve ser menor que 200 ml / 30 min em geral.Para uso em compressões de cimento deve ser limitado a
50 ml / 30 min.
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TesteLaboratoriais
Reologia Consiste na obtenção das leituras em
viscosímetros rotativos, a partir das quais é feito o estudo
do regime de fluxo e do modelo reológico a adotar para o
deslocamento. Contrariamente ao que acontece durante aperfuração propriamente dita, onde não se deseja
perturbar a parede do poço, criando ali um reboco
protetor, durante a cimentação deseja-se obter um efeitocisalhante que permita a remoção deste reboco para
melhor aderência do cimento à formação, daí ser desejável
o escoamento em fluxo turbulento.
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TesteLaboratoriais
Densidade e peso específico São determinados com uso
da balança pressurizada, que consiste em um copo
pressurizável para colocação da pasta, ligado a uma haste
horizontal com apoio fixo, um nível de bolha e um peso
móvel. A leitura é feita nas escalas impressas na haste, em
função da posição que o peso fique quando se consegue
nivelar a haste. A pasta é pressurizada por meio de uma
seringa, previamente cheia de pasta, para eliminar a
influência de bolhas de ar retidas na amostra.
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TesteLaboratoriais
Tempo de espessamento É o teste mais importante, porindicar o tempo em que a pasta tem consistência quepermite ser movimentada em condições de fundo de poço.O teste é feito em um aparelho denominado consistômetropressurizado, que permite o aumento gradual datemperatura e pressão ao mesmo tempo em que simula omovimento da pasta, pelo giro de um copo cilíndricorotativo, dentro do qual existe um paleta metálicaestacionária, apoiada por pino pontiagudo no fundo do
copo e ligada a uma mola espiral que evita seu giro. Quantomais espessa se torna a pasta, maior o torque transmitido àmola. A consistência da pasta é associada à quantidade dedeformação desta mola.
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Equipamentos de Cimentação
Para que seja realizada uma cimentação são necessáriosdiversos equipamentos, para armazenagem, preparação etransporte do cimento. Os principais deles são:
Silos de cimento Para as operações de perfuração em
terra, em geral o cimento é estocado na base da companhia
de cimentação, em grandes silos, sendo enviados para a
sonda por meio de carretas apropriadas. Nas plataformas
marítimas são disponíveis materiais a granel. Estes silos
operam a baixa pressão (cerca de 30 psi), quando da
descarga do cimento.
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Equipamentos de Cimentação
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Equipamentos de Cimentação
Unidades de cimentação Montadas em caminhões paraoperações em terra ou sobre skids em sondas marítimas, asunidades de cimentação constam geralmente de dois motorespara fornecer energia, dois tanques de 10 bbl cada, para a água eaditivos, duas bombas triplex, dois conversores para converter
movimento rotativos dos motores no movimento alternativo dasbombas, bombas, centrífugas auxiliares e um sistema de misturade pasta, onde a água de mistura (água e aditivos) é bombeadasob pressão por pequenos orifícios, fluindo em jatos sob um funilpor onde chega o cimento. A proporção da água injetadadeterminará a densidade da pasta e é controlada pelo operador.A pasta resultante é acumulada em um tanque ou cuba parahomogeneização e medidores de fluxo, sendo feito o registro deuma carta circular onde estes valores são traçados, permitindo
análise posterior.
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Equipamentos de Cimentação
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Equipamentos de Cimentação
Linhas de cimentação A ligação entre a unidade de
cimentação e o poço é feita por tubulação de alta pressão,
formada por uma série de tubos curtos interligados por
meio de conexões móveis (chicksam) dotadas de
rolamento para possibilitar montagem até qualquer
posição que fique o topo do revestimento. Atualmente,
existe a tendência de utilização de mangueiras especiais de
borracha, mais práticas.
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Equipamentos de Cimentação
Cabeça de cimentação Conectada ao topo da coluna de
revestimento, recebe a linha de cimentação, podendo
abrigar em seu interior os tampões de borracha que
separam a pasta do fluido de perfuração. Um mecanismo
de travamento retém estes tampões até o instante
próprio de sua liberação. Pode ter entrada para até 3
linhas, rolamento para permitir o giro da coluna de
revestimento e sistema e conexão especial para maior
rapidez de instalação.
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Acessórios de CimentaçãoSapata Colocada na extremidade da coluna, a sapata
serve de guia de introdução no poço, podendo receberem seu interior um mecanismo de vedação, para evitarque a pasta, por ser mais pesada que o fluido deperfuração, retorne ao interior do revestimento após seudeslocamento. O tipo mais comum é a sapata flutuante,com válvula que impede fluxo para o interior da coluna,exigindo que esta seja preenchida com fluido deperfuração e intervalos regulares durante a descida, paraevitar o colapso da tubulação. Para evitar este
preenchimento pode-se usar a sapata diferencial, quepassagem de fluido nos dois sentidos, até que uma esferaé lançada da superfície bloqueando o fluxo do anular parao interior da coluna, passando a funcionar como a sapata
flutuante.
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Acessórios de Cimentação
Colar Posicionado 2 a 3 tubos acima da sapata, o colarserve para reter os tampões de cimentação, podendoconter mecanismos de vedação (flutuante ou diferencial)como os da sapata. Normalmente usado como colar
flutuante. Caso não tenha mecanismo de vedação édenominado colar retentor. Tem em suas extremidadesroscas do mesmo tipo usadas na coluna, sendopreviamente conectado a um tubo de revestimento, para
maior rapidez da operação. Deve ser colado ao tubo pormeio de adesivo especial para evitar seu desgarramentodurante seu corte ao se perfurar adiante o poço.
ó
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Fig. 15: Colar
ó d
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Tampão de fundo É um tampão de borracha com uma
membrana de baixa resistência em sua parte central .
Lançado na coluna à frente da pasta de cimento, é por estaempurrado até que toque no colar retentor (ou flutuante),
quando a membrana se rompe permitindo a passagem da
pasta. Visa raspar o filme de sólidos do fluido deperfuração que se adere à parede do revestimento,
evitando a contaminação da pasta.
ó i d Ci ã
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Tampão de topo É um tampão rígido de borracha,
lançado após a pasta, separando-a do fluido de
perfuração que a deslocará, para evitar sua
contaminação. É retido pelo colar, causando um aumento
de pressão que indica o término do deslocamento,
permitindo a realização do teste de estanqueidade dacoluna.
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Colar de estágio Posicionado em algum ponto
intermediário da coluna, o colar de estágio permite que a
cimentação seja feita em mais de uma etapa ou estágio,quando o trecho a cimentar é muito extenso ou quando
existam zonas críticas muito acima da sapata. Possui
orifícios em seu corpo, originalmente tamponados por um
mandril de aço para a realização do 1º estágio, referente à
cimentação do trecho próximo à sapata.
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Acessórios de Cimentação
Concluída a cimentação do 1º estágio, é lançado um tampãode abertura ou torpedo que se apóia no topo do mandril,deslocando-o por ação de pressão da superfície, comunicando ointerior com o anular, permitindo a cimentação do 2º estágio.Quando esta é concluída, outro tampão (de fechamento) élançado, apoiando-se no topo de outro mandril, externo aoanterior, que deslocado de estágio e sua vedação.
É possível fazer uma cimentação com 3 estágios, sendo que
neste caso as dimensões dos mandris e tampões do 2º estágiodevem ser diferenciados do 3º estágio, pois os tampões paraabertura e fechamento do colar do 2º estágio dever paras pelocolar do 3º estágio, posicionado mais acima.
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Centralizadores São peças compostas de um jogo de lâminas
curvas de aço, que são afixados externamente à coluna derevestimento, visando centralizá-lo e causar um afastamentomínimo da parede do poço, para garantir a distribuição docimento no anular e evitar a prisão da coluna por diferencial depressão. Em poços direcionais pode-se usar centralizadores
rígidos (Stand-off bands ou SOB), devido a possibilidade deachatamento total das lâminas do centralizador comum. Asextremidades das lâminas são encaixadas em anéis bipartidospara facilitar sua instalação, sendo fechados em volta dos tubos
por meio de pinos que unem os anéis. A fixação doscentralizadores é feita com o emprego de stop rings que sãopresos ao tubo para evitar o escorregamento doscentralizadores. Quando a conexão possui luvas, procura-secoincidir os centralizadores com as luvas, dispensando os stop
rings.
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Fig. 18: Centralizadores
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Arranhadores Tem a função de remover mecanicamenteo reboco que se forma na parede do poço. Tal remoção éfeita através dos movimentos verticais (reciprocações) oude rotação da coluna, empregando-se para cada caso otipo de arranhador apropriado.
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Obturador externo de revestimento (ECP) O
obturadorexterno de revestimento ou ECP é um tipo derevestimento para promover a obstrução do espaçoanular em pontos críticos. Um de seus principais usos épara proteger zonas fracas, sensíveis ou de interesse, daatuação da pressão hidrostática do cimento, sendousualmente posicionado logo acima de tais zonas. Étambém comum seu uso logo abaixo do colar de estágio,garantindo assim que o cimento do 2º estágio não desça
pelo anular, mesmo no caso de haver zonas de perdasexpostas.
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O ECP é composto de um tubo curto de revestimento
internamente, com uma câmara inflável formada porlâminas de aço recobertas por borracha, externamente.De atuação hidráulica, é inflado após o término dacimentação, pela aplicação de pressão na superfície. O
fluido de perfuração expande a câmara tão logo odiferencial de pressão interior anular supere o limite deresistência de um pino de cisalhamento protetor. Estes sãodisponíveis para atuação a 750, 1000, 1600, 2000 ou 2600psi de diferencial de pressão. O pino de cisalhamento écolocado em um sistema de válvulas, que protege-o ECPdurante a descida da coluna e a cimentação, evitandoassentamento prematuro, e mantém a pressão confinadana câmara, após sua atuação.
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Acessórios de Cimentação
Colchões de Lavagem e Espaçadores São bombeados à
frente da pasta visando evitar contaminação desta pelo
fluido de perfuração e vice-versa e auxiliar na remoção do
reboco das paredes do poço possibilitando melhor
aderência de cimento.
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Os colchões de lavagem ou lavadores são volumes de fluido
(10 a 40 bbl) pouco viscosos, compatíveis com a pasta e
com o fluido de perfuração, atuando por meio de lavagem
química e ação mecânica na diluição e remoção do reboco.
Contém materiais dispersantes (ou afinantes do fluido de
perfuração), detergente e, quando necessário, aditivo para
inibir inchamento de argila e redutores de filtrado. Quandousados com lama a base de óleo, contém ainda surfactantes
para inverter a molhabilidade do revestimento e formação.
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Acessórios de Cimentação
Os espaçadores são geralmente viscosos e de densidade
ajustável, com ação mecânica de remoção do reboco, sendo
de preparação mais trabalhosa e uso típico em situações
onde se deseje evitar canalização de gás pela aplicação de
pressão hidrostática.
Conclusão
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Conclusão
Para se obter sucesso numa operação de perfuração de
poços de petróleo, é de essencial importância quenenhuma das etapas inerentes ao processo sejamnegligenciadas. Entre estas etapas está a operação decimentação, que tem um impacto direto sobre a
produtividade futura do poço, onde um pequeno erropode ocasionar uma comunicação não desejada dentrodo reservatório ou até algum tipo de dano ao meioambiente, como a mistura de um aqüífero com umreservatório de petróleo. A integridade das pastas decimento a serem utilizadas é garantida pelos ensaiosrealizados nos laboratórios de cimentação.
Conclusão
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Conclusão
Considerando ainda, os altos custos empregados
nessas operações, um pequeno sacrifício no processo
de cimentação (como por exemplo, a tentativa de
diminuir o tempo de perfuração e os custos com a
lama), pode acarretar na necessidade de trabalhos
posteriores muito mais dispendiosos e trabalhosos.
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FIM
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