Disciplina: Panorama da Arquitetura ContemporâneaProfessora: Melissa Mattos
Acadêmicos: Aline GaraveloDanieli HipplerJúlio CezarKarine KlaholdLarissa AccoMatheus Garcia
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Arquiteto Álvaro Siza Vieira
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Genuíno representante de uma arquitetura
entendida como a continuidade do que foram o
pensamento e os princípios do movimento
moderno;
Siza é também o máximo representante da
arquitetura engajada com o popular, com a
construção tradicional;
Influência : Wright, Le Corbusier, Alvar Aalto
e Adolf Loos.
A arquitetura em estado puro se transforma
sempre em protagonista;
3ALINE E KARINE
Siza é comparado ao poeta português Fernando
Pessoa por aproximar sua arquitetura em poesia,
devido suas sensações;
Ele atribui extrema importância ao usuário da obra
e analisa a tradição como um desafio à inovação,
transformando o que é conhecido em mestiçagem;
O trabalho de Siza é realizado com o
reconhecimento da realidade. Atento a paisagem,
aos materiais, aos sistemas de construção, aos usos,
às pessoas que ocuparão o construído.
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Sua arquitetura nasce muitas vezes do
encontro dos opostos;
Atribui importância ao úsuario da obra;
Visualiza a tradição como como um desafio
à inovação.
Busca solucionar o problema de forma
inesperada.
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Preocupação com o lugar, o meio em que a obra está inserida.
A dialética e o contraste apresentado são percebidos por meio da relação entre as rochas e as paredes, pelas quais, estas últimas parecem penetrar.
Uso de materiais tradicionais em combinações originais.
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Promoção do “encontro dos opostos”, contrastante entre natureza e arquitetura.
Desconexão entre as piscinas e a infraestrutura da cidade, por meio de um sistema de muros.
Piscinas organizadas em plataformas, que dão a obra um aspecto horizontal, antes inexistente pela irregularidade das rochas, contrastando com a horizontalidade das piscinas.
Formas que antecipam a arquitetura minimalista .
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Construção que contradiz o processo de construção habitacional das casas burguesas do local sem negar a sua realidade.
Tudo está frontalizado, unido por linhas e planos ortogonais, paredes e volumes.
Casa voltada ao seu próprio jardim.
Propõe uma dialética, uma “conversa”, uma troca entre o cheio da casa e o volume do jardim.
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HABITAÇÕES EM CAXINAS, Vila do Conde (1970-72)
Por conta da Revolução portuguesa, Siza engajou-se no movimento ao lado dosprogressistas e foi fundamental no desenvolvimento da sua política habitacional.
Para propor uma arquitetura habitacional, Siza consulta os moradores, e aceita suassugestões. Esses pontos de vistas, levados em consideração, nem sempre coincidiram coma ideia de Siza para o partido final de seus projetos. Dessa forma, ele “manipulou o perfil eo volume das casas de forma que ao menos as intervenções dos vizinhos não interfiram.Disso resulta o valor que adquire a proporção das janelas, as fendas que separam os blocose sua finalização [...].” (p. 201).
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Ampliação de uma pequena casa já existente.
Nessa obra, como principal característica, nota-se que a antiga e a nova construção podem ser distinguidas de acordo com o seu tempo, entretanto, respeitando o partido do conjunto, Sizatorna ambas um só elemento, sem deixar de ser contemporâneo.
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HABITAÇÕES SOCIAIS SAAL DA BOUÇA, Porto, (1973-77)
Nessa obra, destaca-se o fato de necessitar depouca manutenção e nenhum tipo derestauro, após tantos anos desde a suainauguração. Segundo o autor “a arquiteturade Siza Vieira sente-se cômoda com apassagem do tempo, inclusive quando estasupõe a perda de sua integridade. Poderíamosdizer que reconhece e aceita que estácumprindo com a sua missão para a qual foiconstruída: atender, acima de tudo, àsnecessidades dos usuários” (p. 204).
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• Jardim - integra a composição da casa
• Linha fragmentada - estabelece o limite entre interior e exterior
• Acesso lateral
• Grande exercício da geometria
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Entrada lateral
Escadas são elemento chave
Geometrias diversas
Manipula fragmentos
Relação entre interior e exterior
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Alinhamento arbitrário
Atenção ao acesso porta de entrada
Conceitos: fragmentação, quebra, ruptura
Pátio - Peça chave : Elementos em torno
Espaços autônomos mas integrados na unidade
que a casa tem
Formas geométricas
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Habitações sociais na Quinta da Malagueira, Évora, 1977
Utilizou a malha urbana já existente no bairro;
O espaço público é reduzido às vias, que suportam
apenas a circulação de um carro e o estacionamento
de outro.
Siza procura o aproveitando máximo e a ocupação
total do solo. Para tanto, propõe casas-pátio
permitindo a construção de mais quartos.
LARISSA
Há dois tipos similares de habitações,
ambos apresentam terraços no segundo nível
e podem ser combinados de várias maneiras,
resultando em diferentes jogos de cheios e
vazios.
A precariedade do revestimento das
casas associada à variedade de volumes e
paredes da Quinta da Malagueira rompe a
repetição restrita e típica dos conjuntos de
habitação de baixo custo.
Um sistema de aquedutos de concreto
conecta os grupos residenciais, e proporcionam a
infraestrutura para água e distribuição elétrica.
As construções são ajustadas à topografia do
terreno, fazendo com que elas complementem o
território como um manto, libertando o projeto da
monotonia e também da massificação.
As residências são do tipo Pátio ou Átrio,
com uma planta em ‘L’ com dois grupos de
recintos que dão a um pequeno pátio interior.
Se caracteriza por ser um projeto autônomo da vizinhança, isso porque é composto
por planos curvos, antes inexistentes naquele meio, em duas fachadas da
construção, criando uma assimetria.
É considerada uma edificação de celebração constante do extraordinário. Não há
nada nele que possa ser genérico. O espaço é um todo que acolhe os episódios
individuais atentos em reforçar seus aspectos estruturais.
Os espaços intersticiais, os recortes dos planos horizontais, os traçados oblíquos e
o plano de vidro reforçam a continuidade do exterior com o interior, não os
distinguindo.
Siza renuncia aos elementos de mobiliário, tudo nessa arquitetura é fixo.
Não há na edificação hierarquia, tudo tem o mesmo valor.
Casa Mário Bahia, 1983
A exploração do excepcional adquire quase um caráter caricatural nesse
projeto.
É considerada uma obra exagerada ao ignorar o declive do terreno com
elementos verticais elevando o horizontal.
O arquiteto aproveita-se da artificialidade do elevador, trazendo elementos
da arquitetura pública ao privado.
Piscinas Görlitzer em Kreuzberg, Berlim, 1979
• No projeto das piscinas Görlitzer também pode-se identificar a
extravagância, o excesso.
Casa Avelino Duarte, Ovar, 1980 -1984
Se destaca pelas duas quebras nos
alçados Norte e Sul, que marcam a
entrada e o acesso ao jardim exterior.
Simetria é ignorada tanto no interior
como no exterior, quando insere o
acesso lateral, contrariando a simetria
frontal e criando uma organização
complexa dos espaços interiores.
Além disso é um projeto que se destaca no
ambiente onde foi inserido, não seguindo o padrão
do espaço.
Tem como protagonista o espaço, que se torna uma
entidade própria a partir de um centro onde
prevalece uma escada cinematográfica.
Edifício Residencial Schkesisches Tor, Berlim, 1980-1984
É um projeto que visa a habitação
popular.
As fachas envolventes se movimentam
com maleabilidade tanto no exterior
como no interior, eliminando as
intersecções ditadas pela geometria.
Espaço onde prevalece a assimetria: os
cantos são diferentes; as marquises que
protegem as janelas fogem de qualquer
regularidade, as aberturas se deslocam
sobre a fachada sem respeito a nenhuma
geometria estabelecida.
Contudo, há algumas simetrias
sutilmente introduzidas.
Perspectiva invertida do pátio
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Aberturas interessantes: novas versões da fenêtre en
longueur (janela em fita), como réplicas de Le Corbusier
Não consegue manter a condição do espaço público em
todo o projeto
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Integração entre o edifício ao meio
Relação entre os volumes da nova
construção e as fachadas do Convento
de San Domingos de Bonaval
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O contraste violento entre os
telhados do convento e a laje plana
do CGAC estabelece claramente a
distância no tempo, enquanto os
volumes, de proporções similares,
falam da estabilidade de espaços
Transforma-se em um todo o amplo
perímetro composto pelo convento,
pelo centro e pelo novo parque.
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A relação com o meio é menos
importante
O que conta é o drama, enfrentar
o caráter das personagens que ali
intervém
Arquitetura eminentemente
narrativa
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