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3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios
Projeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Estado da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Estado da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da Arte3333----2222
A experincia tem demonstrado que os saltos nos nveis mnimos de desempenho aceitveisdependem necessariamente de alteraes nas demandas do mercado, sejam elas voluntrias ouoriginadas de exigncias normativas. Especificamente sobre o desempenho ambiental, acredita-seque estas alteraes no sero possveis at que os empreendedores da construo civil e osusurios dos edifciostenham acesso a mtodos relativamente simples que lhes permita identificar
aqueles edifcios com melhor desempenho (NRC/CANMET, 1998).
Sob este aspecto, o alcance das exigncias normativas limitado garantia de um desempenhomnimo, no havendo incentivo para procurar atender a patamares superiores. Os sistemas deadoo voluntria, por outro lado, pretendem que o prprio mercado impulsione a elevao dopadro ambiental, seja por comprometimento ambiental ou por questo de competitividade ediferenciao mercadolgica.
3.23.23.23.2 Pr incipais iniciativas e esta do at ua lPr incipais iniciativas e esta do at ua lPr incipais iniciativas e estado at ua lPr incipais iniciativas e esta do at ua l
Atualmente, praticamente cada pas europeu - alm de Estados Unidos, Canad, Austrlia, Japo eHong Kong - possui um sistema de avaliao e classificao de desempenho ambiental de edifcios(Quadro 3.1).
As circunstncias contextuais que resultaram em sua criao variam, assim como as aplicaespretendidas para estes sistemas, que vo desde ferramentas de apoio ao projeto at ferramentas deavaliao ps-ocupao. A grande maioria dos sistemas adequa-se melhor avaliao de edifciosnovos ou projetos, trabalhando no plano do desempenho potencial, sendo raros os exemplos desistemas neste segundo caso. Poucos sistemas distinguem claramente entre o desempenhoambiental com base em propriedades inerentes ao edifcio (desempenho potencial) e o desempenho
real do edifcio em operao (ZIMMERMANN et al., 2002).
Quadro 3.1 -Principais sistemas existentes para avaliao ambiental de edifcios.
Pas Sistema Comentrios
BREEAM (BREEnvironmentalAssessment Method)
Sistema com base em critrios e benchmarks, paravrias tipologias de edifcios. Um tero dos itensavaliados so parte de um bloco opcional de avaliaode gesto e operao para edifcios em uso. Os crditosso ponderados para gerar um ndice de desempenhoambiental do edifcio. O sistema atualizadoregularmente (a cada 3-5 anos) (BALDWIN et al.,1998).
Reino Unido
PROBE (Post-occupancy Review ofBuilding Engineering)
Projeto de pesquisa para melhorar a retro-alimentaosobre desempenho de edifcios, atravs de avaliaesps-ocupao (com base em entrevistas tcnicas e comos usurios) e de mtodo publicado de avaliao erelato de energia (COHEN et al., 2001).
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Pas Sistema Comentrios
for Buildings (25%), recursos naturais (15%), conseqnciasecolgicas (40%) e gesto de risco (20%) (AHO, 2002;HUOVILA et al., 2002).
BEPAC (Building
EnvironmentalPerformanceAssessment Criteria)
Inspirado no BREEAM e dedicado a edifcios
comerciais novos ou existentes. O sistema orientadoa incentivos, e distingue critrios de projeto e de gestoseparados para o edifcio-base e para as formas deocupao que ele abriga(COLE;ROUSSEAU;THEAKER, 1993)
Canad
BREEAM Canada Adaptao do BREEAM (SKOPEK, 2002)
ustria ComprehensiveRenovation
Sistema com base em critrios e benchmarks, pararesidncias para estimular renovaes abrangentes emvez de parciais (GEISSLER, 2002)
Frana ESCALE Sistema com base em critrios e benchmarks. Ponderaapenas os itens nos nveis inferiores. O resultado umperfil de desempenho global, detalhado por sub-perfis(CHATAGNON et al, 1998)
CASBEE(ComprehensiveAssessment System forBuilding EnvironmentalEfficiency)
Sistema com base em critrios e benchmarks.Composto por vrias ferramentas para diferentesestgios do ciclo de vida. Inspirada na GBTool, aferramenta de projeto trabalha com um ndice deeficincia ambiental do edifcio (BEE), e aplicaponderao fixa e em todos os nveis (JSBC, 2002).
Japo
BEAT (BuildingEnvironmentalassessment Tool)
Ferramenta LCA publicada pelo BRI (BuildingResearch Institute), em 1991.
Austrlia NABERS (NationalAustralian BuildingEnvironment RatingScheme)
Sistema com base em critrios e benchmarks. Paraedifcios novos e existentes. Atribui uma classificaonica, a partir de critrios diferentes para proprietriose usurios. Em estgio-piloto. Os nveis declassificao so revisados anualmente (VALE et al,2001)
Quadro 3.2 - Sistemas especficos para habitao (uni- e multifamiliar).
Pas Sistema Comentrios
Reino Unido EcoHomes Sistema com base em critrios e benchmarks, paravrias tipologias de edifcios. Um tero dos itensavaliados so parte de um bloco opcional de avaliaode gesto e operao para edifcios em uso. Os crditosso ponderados para gerar um ndice de desempenhoambiental do edifcio. O sistema atualizadoregularmente (a cada 3-5 anos) (BALDWIN et al.,1998).
EstadosUnidos
LEEDTM for Homes
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3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de avaliao ambiental de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifcios
Projeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional mais Su stent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional mais Su stent vel: Esta do da Arte 3333----5555
Embora no exista uma classificao formal neste sentido, os sistemas de avaliao ambientaldisponveis podem ser claramente distintos em duas categorias. De um lado, esto os sistemas quepromovem a construo sustentvel atravs de mecanismos de mercado. O Building ResearchEstablishment Environmental Assessment Method - BREEAM (BALDWIN et al., 1998), foipioneiro e lanou as bases de todos os sistemas de avaliao orientados para o mercado que seriam
posteriormente desenvolvidos em todo o mundo, como o HK-BEAM (CET, 1999a; CET, 1999b;CET, 1999c), do LEEDTM (USGBC, 1999), do CSTB ESCALE (NIBEL et al., 2000) e do
CASBEE (JSBC, 2002). Estes sistemas foram desenvolvidos para serem facilmente absorvidos porprojetistas e pelo mercado em geral, e tm, portanto, uma estrutura mais simples, normalmenteformatada como uma lista de verificao. Para divulgar o reconhecimento do mercado pelosesforos dispensados para melhorar a qualidade ambiental de projetos, execuo e gestooperacional, todos eles so vinculados a algum tipo de certificao de desempenho.
No segundo grupo esto os mtodos orientados para pesquisa, como o Building EnvironmentalPerformance Assessment Criteria - BEPAC (COLE;ROUSSEAU;THEAKER, 1993) e seusucessor, o Green Building Challenge - GBC (COLE;LARSSON, 2000), centrados no
desenvolvimento metodolgico e fundamentao cientfica.
Para construir um panorama abrangente dos sistemas existentes de avaliao ambiental deedifcios, o detalhamento e a discusso metodolgica que o segue sero concentrados nos seguintesmtodos:
o BREEAM, o primeiro deles e que embasou os vrios sistemas orientados aomercado subseqentes;
o LEEDTM, atualmente o mtodo com maior potencial de crescimento, peloinvestimento macio que est sendo feito para sua difuso e aprimoramento;
oBEPAC, o primeiro sistema orientado a pesquisa metodolgica;
o GBC, sucessor do BEPAC e utilizado no estudo exploratrio; e
o CASBEE, o mtodo lanado mais recentemente, que introduziu alguns conceitosinovadores avaliao de edifcios.
Esta seleo exclui os sistemas em idiomas pouco acessveis (Eco-profile, da Noruega;Environmental Status of Buildings e EcoEffect, da Sucia; PromisE, da Finlndia; e o RotterdamsPuntensysteem, da municipalidade de Rotterdam, na Holanda); os em desenvolvimento (CSTBEscale) e aqueles derivados de sistemas que sero descritos detalhadamente (HK-BEAM, de Hong
Kong, eMSDG, dos EUA, derivados respectivamente do BREEAM e do LEED
TM
).
3.2.1 Building Research Establishment Environmental Assessment Method
(BREEAM) 1990
O primeiro e mais conhecido dos mtodos de avaliao ambiental de edifcios o BREEAM,lanado no Reino Unido em 1990 (BALDWIN et al., 1990) por pesquisadores do BRE e do setorprivado, em parceria com a indstria, visando especificao e mensurao de desempenho. OBREEAM fornece um processo formal de avaliao embasado em uma auditoria externa. O
edifcio avaliado independentemente por avaliadores treinados e indicados pelo BRE, que, porsua vez, responsvel por especificar os critrios e mtodos de avaliao e pela garantia da
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qualidade do processo de avaliao utilizado.
Dentro do objetivo geral de fornecer orientao sobre maneiras de minimizar os efeitos adversosdos edifcios nos ambientes local e global e, ao mesmo tempo, promover um ambiente internosaudvel e confortvel, os objetivos especficos deste mtodo so (BALDWIN et al., 1998):
a) Distinguir edifcios de menor impacto ambiental no mercado.
b) Encorajar prticas ambientais de excelncia no projeto, operao gesto e manuteno.
c) Definir critrios e padres indo alm daqueles exigidos por lei, normas e regulamentaes.
d) Conscientizar proprietrios, ocupantes, projetistas e operadores quanto aos benefcios deedifcios com menor impacto ambiental.
Os crditos so ponderados para obteno de um ndice de desempenho ambiental (EPI4), que
habilita certificao em uma das classes de desempenho e permite comparao relativa entre osedifcios certificados pelo sistema.
O sistema atualizado regularmente (a cada 3-5 anos) para beneficiar-se de avanos em pesquisa,para refletir a experincia acumulada e alteraes nas prioridades de regulamentaes e domercado, e para garantir que continue representando prticas de excelncia no momento daavaliao. A primeira reviso ocorreu em 1993 (PRIOR, 1993; BALDWIN et al., 1993) e,atualmente em sua terceira verso (BREEAM 98), o sistema conta com significativa penetrao nomercado, um componente importante de poltica ambiental em diversos negcios e foi aceitocomo representao de prtica de excelncia no Reino Unido.
As principais alteraes introduzidas no BREEAM 98 em relao a sua verso anterior (BREEAM93) relacionam-se a:
a) As verses anteriores para edifcios novos e existentes foram consolidadas em um sistemanico;
b) O sistema consiste em um bloco central de avaliao, com dois blocos opcionaisrelacionados qualidade do projeto e execuo e aprocedimentos de gesto e operao.
c) Aspectos que foram absorvidos pela legislao ou pela prtica geral foram eliminados;
d) Novos itens foram adicionados nos campos em que houve avano no conhecimento (entreeles, a especificao de materiais e a considerao de comutao de transporte), paraassegurar a cobertura abrangente dos aspectos ambientais e de sustentabilidade; e
e) Um mtodo de ponderao foi introduzido para determinar objetivamente um ndice dedesempenho que define a classificao do edifcio.
Estima-se hoje que entre 30% e 40% dos novos edifcios de escritrios do Reino Unido sejamsubmetidos a esta avaliao anualmente (HOWARD, 2001). O BREEAM tambm a metodologia
4 EPI - Environmental Performance Index. Ver item 0.
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importncia relativa entre elas, que dada por fatores de ponderao que passaram a ser atribudosa cada categoria, com a vigncia do BREEAM 98. O critrio de ponderao utilizado tem baseconsensual e resulta de trabalho conduzido pelo BRE (DICKIE;HOWARD, 2000)
Tabela 3.1 Estrutura de avaliao do BREEAM 98 (BALDWIN et al., 1998).Categorias (% total de pontos) Pontos (mx 1062 pts)
Gesto (14,1%)Aspectos globais de poltica e procedimentos ambientais
150 pts
Sade/conforto (14,1%)Ambiente interno e externo ao edifcio
150 pts
Uso de energia (19,6%)
Energia operacional e emisso de CO25555
208 pts
Transporte (11,3%)Localizao do edifcio e emisso de CO2relacionada a
transporte
120 pts
Uso de gua (4,5%)Consumo e vazamentos
48 pts
Uso de materiais (9,8%)Implicaes ambientais da seleo de materiais
104 pts
Uso do solo (3%)Direcionamento de crescimento urbano (evitandogreenfields
e encorajando a recuperao debrownfields6666 e uso devazios urbanos)
32 pts
Ecologia local (9%)Valor ecolgico do stio
96 pts
Poluio (14,5%)Poluio de gua e ar, excluindo CO2(tratado no itemEnergia)
154 pts
3.2.2.1 Pondera o e comu nicao de resu lta dos
Nas verses anteriores, os critrios de avaliao eram agrupados segundo a escala dos impactos(global, local e interna7). Uma das principais modificaes da verso 98 em relao s versesanteriores do BREEAM foi a introduo de fatores de ponderao para as categorias de crditosambientais para chegar a um ndice de desempenho ambiental (EPI), com valor entre zero e 10(Figura 3.2). De acordo com o EPI obtido, so atribudos quatro nveis de certificao. ATabela 3.2 mostra a classificao provvel do edifcio, a partir do nmero de pontos obtidos emuma lista de verificao (checklist) simplificada8.
5 CO2 -Dixido de carbono.6 Em alguns pases, a expresso brownfield site usada, em legislao especfica, para designarpropriedades imobilirias em que expanso, redesenvolvimento ou reuso possam ser complicados pelapresena potencial ou verificada de substncias perigosas, poluentes ou contaminantes.7 O HK-BEAM vigente ainda mantm este formato.8 Para orientar as equipes de projeto e gesto do edifcio, o BREEAM fornece uma lista de verificao(checklist) simplificada, que detalha os requisitos especficos para a obteno dos crditos ambientais. Ametodologia completa acessvel apenas aos avaliadores credenciados, que verificam o atendimento de itensmnimos de desempenho, projeto e operao dos edifcios e atribuem os crditos correspondentes.
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Figura 3.2 -Esquema da obteno do ndice de Desempenho Ambiental (EPI), utilizado peloBREEAM (BALDWIN et al., 1998).
Tabela 3.2 -Classificao provvel no BREEAM, conforme pontos obtidos na lista de verificaosimplificada.
Nvel de classificao Projeto e execuo Gesto e Operao
Aprovado > 200 pts (25%) > 160 pts (21,1%)
Bom > 300 pts (37,5%) > 280 pts (36,9%)
Muito bom > 380 pts (47,5%) > 400 pts (52,8%)
Excelente > 490 pts (61,3%) > 520 pts (68,6%)
O nmero de critrios em cada uma destas categorias implicava em um certo grau de ponderao,mas at o BREEAM 98 no havia nenhuma tentativa de ponderar os aspectos em uma escalacomum para obter uma nota para o edifcio.
3.2.3 Building En vironm enta l Perform an ce Assessment Crit eria (BEPAC) -
1993
O BEPAC foi o primeiro mtodo canadense para avaliao abrangente do desempenho ambientalde edifcios. A primeira verso foi lanada em dezembro de 1993 para edifcios na provncia de
British Columbia. Verses regionais foram posteriormente derivadas para as provncias de Ontrioe The Maritimes, para considerar variaes nas matrizes energticas e nas prioridades ambientais(COLE, s.d.).
Trata-se de um mtodo padronizado e abrangente desenvolvido exclusivamente para a avaliao do
gesto
sade e conforto
uso de energia
transporte
uso de gua
uso de materiais
uso do solo
ecologia local
poluio
avaliao
ponderao
crditosporcategoria
ndice
dedesempenhoambiental(EPI)
classificaoambiental
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desempenho ambiental de edifcios comerciais novos ou existentes. O mtodo orientado aincentivos, para guiar e encorajar o mercado a valorizar prticas com maior responsabilidadeambiental e padres de desempenho mais elevados. Os edifcios podero ser certificados de acordocom a qualidade ambiental de seu projeto e gesto (COLE et al., 1993).
O BEPAC foi desenvolvido luz do BREEAM, sendo as semelhanas conceituais mais notveis:
a) O BEPAC um programa de adoo voluntria;
b) O desempenho do edifcio dado pelo conjunto de desempenho potencial e prticas degesto da operao;
c) A base para avaliao (sejam edifcios novos ou existentes) o desempenho esperado dacongregao de prticas de excelncia, em funo das normas disponveis que orientemprojeto e operao de edifcios e do conhecimento consolidado e de tecnologias/conceitosemergentes nestas reas;
d) Os itens avaliados so agrupados conforme a escala do impacto; e
e) A avaliao de terceira parte, feita por avaliadores treinados pelo BEPAC ou quedemonstrem conhecimento reconhecido em todos nos campos avaliados.
No BEPAC, optou-se por conduzir avaliaes em menor nmero, porm mais detalhadas eabrangentes que o BREEAM. Ao ampliar o escopo da avaliao, obviamente cresceram o custo e acomplexidade de aplicao do sistema, mas neste caso, o objetivo era, antes de produzir um sistemade certificao ambiental com maior flexibilidade de aplicao, delinear melhor uma metodologia
que pudesse orientar o desenvolvimento de novos sistemas de avaliao.
O projeto para desenvolvimento do BEPAC foi encerrado em 1993. Este mtodo foi o embrio doque mais tarde seria o projeto Green Building Challenge(ver item 0). O GBC tambm foi iniciadono Canad, sob a coordenao de desenvolvedores do BEPAC e de iniciativas do NRCan9, como oC-2000 (Integrated Design Process) e o CBIP (Commercial Buildings Incentive Program)10. AGBTool (Green Building Tool), ferramenta utilizada no GBC, foi desenvolvida a partir de umacombinao do BEPAC com o C-2000.
3.2.4 Estr ut ur a e pont uao
O desempenho ambiental de um edifcio resulta da interao do edifcio e seus sistemas principais(denominado no BEPAC de edifcio-base) e com a maneira com que o edifcio utilizado egerido/operado. A estrutura do BEPAC ento distingue critrios de projeto e de gesto separados
9 Natural Resources Canad.10 Estes so programas complementares do NRCan. O C-2000 um programa de demonstrao(projeto integrado) aplicado a edifcios de alto desempenho, conceito que engloba, entre outros, reduo noconsumo de energia e liberao de emisses, consumo de recursos, melhoria da qualidade do ar interno e
aspectos como funcionalidade, adaptabilidade e mantenabilidade. O CBIP tem natureza similar ao C-2000
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para o edifcio-base e para a tipologia de ocupao (Figura 3.3) (COLE, s.d.). Estes crditos estodistribudos em quatro mdulos: (1) projeto do edifcio base; (2) gesto do edifcio-base; (3)projeto da ocupao (dafaults de ocupao); e (4) gesto da ocupao. Cada mdulo avaliadosegundo cinco categorias:
proteo da camada de oznio; impacto ambiental do uso de energia;
qualidade do ambiente interno;
conservao de recursos; e
contexto de implantao e transporte.
Figura 3.3 Estrutura do BEPAC
As categorias de impacto cobrem um conjunto abrangente de aspectos ambientais que percorrem asescalas global, local e interna (como no BREEAM verso1/90), e para permitir maior detalhamentoda avaliao, algumas delas so subdivididas. Para cada categoria de impacto existem critriosformulados apropriadamente para avaliao por projetistas ou por gerentes de operao. Estescritrios incorporam referncias objetivas de desempenho, utilizando avaliaes numricas sempreque possvel.
Apesar de os aspectos ambientais alterarem-se com o tempo, as categorias so suficientementeamplas para continuar a englobar todas as consideraes potencialmente relevantes. O BEPAC nohierarquiza as categorias de impacto, mas destaca que Proteo da camada de oznio e Impactosambientais do uso de energia tm implicaes profundas, globais, e, portanto, so alvos deregulamentaes internacionais (COLE, s.d.).
(nfase no apoio ao processo de projeto), porm restrito a questes energticas (prev incentivos de at 3vezes o custo da energia economizada pelo projeto).
Tipologia deOcupao
Mdulo 3projeto
Mdulo 4gesto
Edifcio-base
Mdulo 1projeto
Mdulo 2gesto
proteo da camada de oznio
impacto ambiental do uso de energia
qualidade do ambiente interno
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Em cada categoria, os critrios de avaliao so divididos em essenciais, importantes ousuplementares, e podem receber de 1 a 10 pontos. A srie ampla de categorias cobertas peloBEPAC inviabiliza o uso de um sistema nico de atribuio de crditos para critrios de naturezasto diferentes. Por essa razo, as categoriasProteo da camada de oznio eImpactos ambientais
do uso de energia so predominantemente orientadas a desempenho,e os pontos so atribudos de
acordo com o desempenho mensurado/estimado. Por outro lado, as sees Qualidade do ambienteinterno, Conservao de recursos e Contexto de implantao e transporte so predominantementeprescritivas, i.e., os pontos so atribudos apenas diante da presena de determinado dispositivo ouestratgia (COLE, s.d.).
3.2.5 Ponder ao e comun icao de resu lta dos
Para determinar os crditos correspondentes, os pontos obtidos em cada critrio so multiplicadospor fatores de ponderao. Esta ponderao procura refletir a significncia e prioridadeem relao
aos demais critrios na mesma categoria, ou o esforo necessrio para atender ao critrioestipulado.
A ponderao de critrios conduzida apenas dentro das categorias de impacto. Devido sdiferenas fundamentais entre as categorias, elas no so ponderadas entre si. O resultado final daavaliao traz, portanto, o total de crditos obtidos em cada uma das cinco categorias e, nocertificado concedido, os crditos obtidos so mostrados em relao ao valor mximo possvel paracada critrio.
3.2.6 Green Bu ilding Cha llenge (GBC) - 1996
A iniciativa que merece maior destaque desde a empreitada pioneira do BRE o chamado GreenBuilding Challenge (GBC), um consrcio internacional reunido com o objetivo de desenvolver umnovo mtodo para avaliar o desempenho ambiental de edifcios: um protocolo de avaliao comuma base comum, porm capaz de respeitar diversidades tcnicas e regionais (COLE;LARSSON,2000). O GBC caracteriza-se por ciclos sucessivos de pesquisa e difuso de resultados. A etapa dedesenvolvimento inicial (24 meses), integralmente financiada pelo governo do Canad, envolveu15 pases e culminou em uma conferncia internacional em Vancouver, Canad a GBC'98.
A divulgao dos resultados da segunda fase de desenvolvimento (18 meses), compreendendo
trabalhos de 19 pases, foi um dos ramos centrais da conferncia Sustainable Buildings 2000. Destaetapa em diante, o governo canadense deixou de ser responsvel pela gesto do processo. Acoordenao do GBC, assim como a co-responsabilidade pela seqncia de confernciasSustainable Buildings (SB) foi absorvida pela iiSBE (International Iniciative for Sustainable BuiltEnvironment) em 2000. Com isso, as equipes participantes do GBC tornaram-se responsveis pelacaptao dos recursos necessrios para conduo de suas avaliaes.
O terceiro ciclo (24 meses) envolveu pesquisas conduzidas em 24 pases, entre eles o Brasil, cujosresultados foram divulgados em nova conferncia internacional (SB02/GBC02), realizada emOslo, Noruega. O quarto ciclo iniciou-se em 2003 e ser concludo com a SB05, em Tkio.
Uma diferena notvel entre o GBC e a primeira gerao de sistemas de avaliao ambiental de
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edifcios que estes ltimos fornecem alguma forma de classificao de desempenho, vinculada aum sistema de certificao. O objetivo geral do GBC prover uma base metodolgica slida e amais cientfica possvel, dentro das limitaes do estado atual do conhecimento.
O GBC procura diferenciar-se como uma nova gerao de sistemas de avaliao, desenvolvida
especificamente para ser capaz de refletir as diferentes prioridades, tecnologias, tradiesconstrutivas e valores culturais de diferentes pases ou regies em um mesmo pas. A pontuao dada por comparao com desempenhos de referncia (benchmarks), e as equipes de avaliao soencorajadas a indicar a melhor ponderao entre as categorias de impacto em cada caso.
As principais caractersticas da avaliao utilizada no GBC so:
1) Para realizar comparao internacional de edifcios, o GBC utiliza indicadores desustentabilidade ambiental. At a verso GBTool 2K(2000), eram utilizados quatro indicadores:consumo anual de energia, consumo anual de gua, consumo (rea) de solo, emisso anual deGHG11. Na verso 2002, doze indicadores foram testados (Quadro 3.3).
Quadro 3.3 - Indicadores de sustentabilidade ambiental utilizados pela GBTool v 1.81 (2002).
Indicadores de sustentabilidade (os valores so normalizadospor rea epor rea e ocupao)
ESI-1 Consumo total de energia primria incorporada, GJ
ESI-2 Consumo anual de energia primria incorporada, MJ
ESI-3 Consumo anual de energia primria para operao do edifcio, MJ
ESI-4 Consumo anual de energia primria no-renovvel para operao do edifcio, MJ
ESI-5 Consumo anual de energia primria incorporada e para operao do edifcio, MJ
ESI-6 rea de solo consumida pela construo do edifcio e servios relacionados, m2
ESI-7 Consumo anual de gua potvel para operao do edifcio, m3
ESI-8 Uso anual de gua cinza e gua da chuva para operao do edifcio, m3
ESI-9 Emisso anual de gases de efeito estufa pela operao do edifcio, kg. CO2 equivalente
ESI-10 Vazamento previsto de CFC12-11 equivalente por ano, gm.
ESI-11Massa total de materiais reutilizados empregados no projeto, vindos do prprio terreno oude fontes externas, kg.
ESI-12Massa total de novos materiais (no reutilizados) empregados no projeto, vindos de fontesexternas, kg.
2) Para fornecer resultados aderentes s particularidades locais, o GBC estabelece:
ponderao personalizvel: a pontuao das categorias principais multiplicada pelosfatores de ponderao correspondentes, definidos pelas equipes de avaliao segundocondies especficas do contexto. No momento, os pesos dos itens dentro das categoriasno so alterados pelo usurio; e
11 GHG Green house gases (substncias causadoras de efeito estufa).12 CFC - Clorofluorcarbono.
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pontuao atribuda segundo uma escala de graduao de desempenho . Os resultados soposteriormente comparados a desempenhos de referncia (benchmarks).
3) Para fornecer resultados com maior embasamento cientfico:
maior uso possvel de critrios orientados ao desempenho;
a estrutura est parcialmente organizada no formato SETAC/ISO 14.040 de LCA(categorias uso de recursos e cargas ambientais);
modelos e estimadores simplificados (para elementos como energia e emissesincorporadas nos materiais e impactos associados a transporte) desenvolvidos em agnciasde pesquisa internacionais vm sendo incorporados no clculo dos impactos (especialmenteemisses) e na ponderao-default; e
comits do GBC buscam fundamentao consistente para a definio de benchmarks; de
critrio de ponderao entre e intra categorias e de uma gama mais ampla de indicadoresde sustentabilidade para refinar as comparaes internacionais.
3.2.7 Estr ut ur a e Pontua o
Seis categorias so avaliadas na GBTool (Tabela 3.3).
Tabela 3.3 - Categorias avaliadas na GBTool (ponderao default do sistema).
Categorias Peso (total 100%)
Uso de recursosEnergia, gua, solo e materiais
20%
Cargas ambientaisEmisses, efluentes e resduos slidos
25%
Qualidade do ambiente internoQualidade do ar, ventilao, conforto e poluio eletromagntica
20%
Qualidade dos serviosFlexibilidade, adaptabilidade, controlabilidade pelo usurio,espaos externos e impactos nas propriedades adjacentes
15%
Aspectos econmicos10%
Gesto pr-ocupaoPlanejamento do processo de construo, verificao pr-entregae planejamento da operao
10%
TransporteAinda no operacional
0%
A pontuao atribuda segundo uma escala de graduao de desempenho que vai de -2 a +5(Figura 3.4). Ozero da escala corresponde ao desempenho de referncia (benchmark, Figura 3.9).Este sistema de pontuao foi projetado para tentar acomodar critrios qualitativos e quantitativos(COLE; LARSSON, 1997; NRCan/CANMET, 1998). O conceito de escala de pontuao est
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implcito na pontuao do BREEAM e no LEED, mas esta idia de uma escala clara, que apontainclusive desempenho negativo, foi introduzida pelo GBC e incorporada em sistemas como oCASBEE, lanado em 2002, e o ESCALE, ora em desenvolvimento.
Figura 3.4 - Blocos de entrada e sada de dados na GBTool.
Na primeira fase da pesquisa (at 1998), foi produzido e utilizado um software, posteriormenteabandonado devido a sua complexidade e s dificuldades de atualizao e utilizao reportadaspelas equipes (COLE; LARSSON, 1997; NRCan/CANMET, 1998; COLE;LARSSON, 2000). Nasegunda etapa de desenvolvimento (1998-2000) houve a migrao para uma plataforma Excelconstituda por uma srie de onze planilhas-padro (Figura 3.5).
A planilhaAvaliao preenchida semi-automaticamente, com base nas informaes inseridas emseis planilhas de entrada de dados (contexto, descrio da matriz energtica, descrio do edifcio,reas, caractersticas do envelope, e aspectos econmicos), na planilha de caracterizao dedesempenho de referncia (benchmarks, Figura 3.6) e na planilha para definio de fatores de
ponderao (Figura 3.7). Duas planilhas de sada de dados (relatrio e resultados) so geradasautomaticamente.
Os prprios projetistas, executores ou operadores do edifcio fornecem a descrio do edifcio, masno participam da definio de benchmarks ou dos fatores de ponderao, que responsabilidadeexclusiva da equipe de avaliao.
Ajusteslocais
contexto/energia
SadaAvaliaoEntrada
descrio
envelope
reas
Discussoresultados
RelatrioDesempenho
pesos
+5
+3
0
critrios
ponderao
benchmark
custos
Uso de recursosCargas ambientaisQualid. ambiente interno
Qualidade dos serviosAspectos econmicos
-1
-2
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Figura 3.5 - Representao esquemtica do processo de avaliao utilizado no Projeto GBC.
General building design benchmarks Benchmark Units
Amount of material excavated that is taken off the site, as a proportion of total below-grade built volume
25% % excavated volume
Proportion of site area that is hard-paved and non-permeable 50% % unbuilt site area
Proportion of hard-paved site area that is permeable 25% % hard-paved site area
Proportion of landscaped site area with planting requiring watering 90% % landscaped site area
Minimum percent of storm water disposed of within the site 20% % of total storm water
Benchmarks for Materials Benchmark Units
Proportion of the structure that would normally be retained as part of the new building,if there is a suitable existing building on the site.
25% % floor area
Proportion of materials used in the building that would normally be salvaged from off-site sources
5% % weight
Recycled content in materials used in the building that would normally be obtainedfrom off-site sources.
5% % weight
Embodied Energy and Emissions Benchmark BenchmarkBest Units
Best practice embodied energy for above- and below-grade structure and buildingenvelope, GJ per m2 of gross area
1,25 GJ/m2
Standard practice embodied energy for above- and below-grade structure andbuilding envelope, GJ per m2 of gross area
2,25 GJ/m2
Embodied GHG emissions in kg. as a multiple of embodied energy in GJ (crudeconversion)
72Approx. kg. CO2 equiv./GJ
Figura 3.6 - Trechos da planilha original de definio de referncias de desempenho(benchmarks).
Processamento
Edifcio
Resultados
Benchmark
Contexto
Envelope
Ponderao
ASPECTOSECONMICOS
Planilha Avaliao
Relatrio
ENERGIA
reas
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3.2.8 Ponderao
A importncia relativa das diferentes categorias de impactos considerada atravs de critrios deponderao ajustados pelas equipes de avaliao (Figura 3.7) para garantir a aderncia dosresultados a cada contexto de avaliao especfico (COLE; LARSSON, 1997; NRC/CANMET,
1998).
A pontuao final do edifcio derivada para agregao ponderada sucessiva de pontuaes obtidasem quatro nveis: (1) sub-critrios, (2) critrios, (3) categorias e reas de desempenho, e (4) temasprincipais, que o nvel hierrquico mais elevado. Este acmulo sucessivo de ponderaesessencialmente subjetivas para as pontuaes de desempenho tem sido controverso desde o inciodo GBC, mas sua influncia foi at certo ponto atenuada pela fixao dos pesos nos dois nveismais baixos: por default, os fatores de ponderao dos itens dentro das categorias (critrios e sub-critrios) so divididos igualmente; e apenas os pesos das categorias so personalizados.
WeightRESOURCE CONSUMPTION
20%
R1 Net life-cycle use of primary energy 20%
R1.1 Primary energy embodied in materials, annualized over the life-cycle 50%
R1.2 Net primary non-renewable energy used for building operations over the life-cycle 50%
R2 Use of land and change in quality of land 25%
R2.1 Net area of land used for building and related development purposes 44%
R2.2 Change in ecological value of the site 56%
R3 Net consumption of potable water 20%
R4 Re-use of existing structure or on-site materials and/or recycling of existing materials off-site 15%
R4.1 Retention of an existing structure on the site 53%
R4.2 Off-site re-use or recycling of steel from existing structure on the site. 18%
R4.3 Off-site re-use or recycling of materials and components from existing structure on the site. 29%
R5 Amount and quality of off-site materials used 20%
R5.1 Use of salvaged materials from off-site sources 33%
R5.2 Recycled content of materials from off-site sources 33%
R5.3 Use of wood products that are certified or equivalent 33%
Figura 3.7 - Trecho da planilha original de definio de fatores de ponderao.
3.2.9 Comu nicao de result ados
Alm do grfico de desempenho global e do desempenho em cada categoria (Figura 3.9), aferramenta gera automaticamente seis grficos parciais, um para o desdobramento de cadacategoria implementada. A linha vermelha (nota 0) representa a prtica tpica (benchmark).
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Figura 3.8 - Trecho da planilha original de avaliao (ponderada).
1,6
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Total Score for Resources, Loadings and IEQ
2,0 1,9 0,7 1,9 2,7 1,8 0,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Resources Loadings IEQ Service Quality Economics Management Transport
Figura 3.9 - Sada grfica de resultados: grfico de desempenho global (esquerda) e de cadacategoria de desempenho.
Total Categorias de desempenho
Recursos Cargas IEQ Qualid.Servicos
Desemp.Econmico
Gesto Transporte
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3.2.10 Leadersh ip in Ener gy an d En vironm ent al Design (LEED) - 1999
Em 1994 o US Green Building Council (USGBC), instituio financiada pelo NIST (National Institute of Standards and Technology), iniciou um programa para desenvolver, nos EstadosUnidos, um sistema de classificao de desempenho consensual e orientado para o mercado,
visando acelerar o desenvolvimento e a implementao de prticas de projeto e construoambientalmente responsveis.
Acreditava-se que, enquanto os mtodos tradicionais de regulamentao ajudaram a melhorar ascondies, a eficincia energtica e o desempenho ambiental dos edifcios, programas voluntriospermitiriam estimular o mercado para acelerar o alcance das metas estabelecidas, ou mesmoultrapass-las (USGBC, 2001). O desenvolvimento e implementao bem-sucedida de iniciativasanteriores de aplicao de sistemas voluntrios de classificao de desempenho ambiental deedifcios no Reino Unido (BREEAM) e emBritish Columbia, no Canad (BEPAC), demonstraramque a identificao e comunicao da eficincia e desempenho ambiental de edifcios (1) elevou a
conscientizao e o critrio de seleo dos consumidores e (2) estimulou os esforos deproprietrios e construtores em produzir edifcios ambientalmente avanados.
Acreditava-se, ainda, que o desenvolvimento de sistemas de classificao de desempenhoambiental de edifcios tecnicamente consistentes, implicam necessariamente em incentivar outrossegmentos da indstria da construo a desenvolver produtos e servios de maior qualidadeambiental (USGBC, 2001).
Estas foram as bases para o desenvolvimento do LEED , um sistema de classificao ecertificao ambiental projetado para facilitar a transferncia de conceitos de construoambientalmente responsvel para os profissionais e para a indstria de construo americana, e
proporcionar reconhecimento junto ao mercado pelos esforos despendidos para essa finalidade(USGBC, 1999). Os trabalhos foram iniciados em 1996, voltados inicialmente para edifcios deocupao comercial13.
Assim como o BREEAM, este sistema concede crditos para o atendimento de critrios pr-estabelecidos. A certificao vlida por um perodo de cinco anos, quando dever serencaminhada uma nova solicitao de avaliao por um programa apropriado do USGBC, destavez centrado na avaliao da operao e gesto do empreendimento. A partir de janeiro de 2000,foram previstas revises regulares do sistema de certificao a cada 3 ou 5 anos ou em perodoinferior, caso uma deciso consensual do USGBC ou alguma regulamentao local assim o exigir
(USGBC, 1999).
13 O LEED considera como ocupao comercial os edifcios de escritrios, institucionais(bibliotecas, museus, igrejas, entre outros), hotis e edifcios residenciais com mais de quatro pavimentos.
At o momento, o USGBC conta com outros dois programas de avaliao de edifcios: (1) LEEDCommercial Interiors/Renovations (CI/R), direcionado a projetos de renovaes e reabilitaes de maiorespropores, no necessariamente em green buildings; e (2) LEED Residential, dedicado aodesenvolvimento e construo de residncias unifamiliares ou edifcios residenciais com at 3pavimentos. Renovaes de edifcios residenciais, assim como a avaliao da operao e manuteno deedifcios sero alvo de sistemas futuros ou em desenvolvimento (site USGBC, http://www.usgbc.org,consultado em 09/06/01).
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O LEED provavelmente o mtodo disponvel mais amigvel enquanto ferramenta de projeto, oque facilita a sua incorporao prtica profissional. Com uma estrutura simples a ponto de ser,por isso, criticada, o LEED baseado em especificao de desempenho em vez de critriosprescritivos, e toma por referncia princpios ambientais e de uso de energia consolidados emnormas e recomendaes de organismos de terceira parte com credibilidade reconhecida, como a
ASHRAE14
; a ASTM15
; a EPA16
; e o DOE17
. Estas prticas de efetividade j conhecida so entobalanceadas com princpios emergentes, de forma a estimular a adoo de tecnologias e conceitosinovadores. A singularidade do LEED resulta principalmente do fato de ser um documentoconsensual, aprovado pelas 13 categorias da indstria de construo representadas no conselhogestor do sistema. O apoio de associaes e fabricantes de materiais e produtos favoreceu a ampladisseminao deste sistema nos EUA, que agora comea a estender-se para o Canad18.
3.2.11 Estr ut ur a e P ont ua o
A verso-piloto (LEED
1.0) foi lanada em janeiro de 1999 (USGBC, 1999). O desempenhoambiental do edifcio avaliado de forma global, ao longo de todo o seu ciclo de vida, numatentativa de considerar os preceitos essenciais do que constituiria um "green building". O critriomnimo de nivelamento exigido para avaliao de um edifcio pelo LEED o cumprimento deuma srie de pr-requisitos. Satisfeitos todos estes pr-requisitos, o edifcio torna-se elegvel apassar para a etapa de anlise e classificao de desempenho, dada pelo nmero de crditosobtidos. Na verso atual do sistema - LEED2.0 (USGBC, 2000) - existem 7 pr-requisitos e 69pontos possveis (Tabela 3.4). A verso 3.0 est sendo preparada e dever ser lanada em breve.
As principais alteraes em relao Verso 1.0 relacionam-se a (1) reduo do nmero de pr-
requisitos a serem satisfeitos (de 11 para 07); (2) aumento do nmero de itens considerados naclassificao de desempenho (de 50 para 69); (3) substituio do nvel de desempenho Bronze(acima de 50% dos pontos19) pelo nvelLEEDCertified20, e (4) redistribuio de pontuao entreas categorias avaliadas. Convm notar que, com esta primeira reviso:
! a pontuao necessria para obteno de certificao tornou-se proporcionalmente menor, jque o primeiro nvel de certificao (LEEDCertified) requer apenas 40% dos pontos. Istoparece indicar rigor excessivo nos critrios da verso-piloto e/ou uma certa dificuldade inicialno cumprimento de determinados itens;
!
especificamente quanto redistribuio dos pesos entre as categorias avaliadas, as alteraesmais notveis referem-se ao aumento do peso das categorias Qualidade do ar interno (8 pontosporcentuais) e Inovao do processo de projeto e construo (5 pontos porcentuais); com
14 American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditionning Engineers.15 American Society for Testing and Materials.16 U.S. Environmental Protection Agency.17 U.S. Department of Energy.18 Em uma verso resultante da fuso do LEEDTM com o BREEAM-Canada.19 Nos trs primeiros anos. Aps este perodo, a certificao Bronze seria atribuda a edifcios queatingissem pelo menos 60% dos crditos (USGBC, 1999).20 Principalmente por razes mercadolgicas, devido ao desconforto causado pela certificaoBronze.(Fonte: contato pessoal com Gail Lindsay, parte do corpo de implementadores do LEED, durante a reuniodo GBC International Framework Committee, em Santiago - Chile, em maro de 2001).
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correspondente reduo do peso das categorias Materiais e Recursos (5 pontos porcentuais) eQualidade e uso de gua (9 pontos percentuais). Isto demonstra tanto (1) a elevao dodesempenho ambiental em determinadas reas, de forma que o cumprimento de determinadosquesitos j no representariam um diferencial em relao prtica de mercado, quanto (2) umcorrespondente redirecionamento da preocupao para determinados itens; e
! itens que eram parte dos pr-requisitos da verso 1.0 desapareceram, como no caso deQualidade da gua (iseno de chumbo) e Eliminao (ou programa de gesto) de asbestos,tambm indicando elevao na qualidade ambiental das construes; ou ento foramremanejados e (1) includos em itens de desempenho mnimo aceitvel ou (2) tornaram-se itempontuado, como no caso de Conforto trmico, da categoriaQualidade do ar interno.
3.2.12 Ponder ao e comu nicao de resu lta dos
Por ter sido projetado tambm para funcionar como uma ferramenta de auxlio tomada de
decises, os aspectos avaliados no LEED tm peso idntico, isto : o LEED no aplica um critrioexplcito de ponderao entre categorias, mas o nmero varivel de itens dentro das categoriasdefine implicitamente pesos para cada uma delas. A sua estrutura permite que apenas os quesitospara que se pretende obter a certificao sejam avaliados. Isto significa, que somente os aspectos deprojeto, por exemplo, podem ser sejam avaliados (no considerando aspectos controlados pelosexecutores ou planejadores) sem que o resultado final seja afetado (TODD, LINDSAY, 2000).Deve-se ter sempre em mente, portanto, que, em determinadas condies, o resultado da avaliaopode ser incompleto e no necessariamente refletir o desempenho global do edifcio. Na etapa deanlise e classificao de desempenho, caso o edifcio atinja um mnimo de 40% dos pontos, eleser certificado em um dos quatro nveis mostrados na Tabela 3.5.
3.2.13 Compr ehensive Assessment System for Building En vironm ent al
Efficiency (CASBEE ) 2002
A mais recente inovao no campo das avaliaes ambientais de edifcios o ComprehensiveAssessment System for Building Environmental Efficiency CASBEE(JSBC, 2002), apresentadapublicamente peloJapan Sustainability Building Consortium - durante a SB02 em Oslo.
Na verdade, o CASBEE no uma, mas quatro ferramentas de avaliao, cada uma delas destinadaa usurios bem-definidos, que podem avaliar o projeto ou edifcio existente em estgios especficosde seu ciclo de vida (Tabela 3.6).
Esta sute de ferramentas destina-se avaliao de edifcios de escritrios, escolares e multi-residenciais. A ferramenta de projeto para o ambiente - aqui chamada DfE21 CASBEE - o alvo dodetalhamento feito na Tabela 3.6.
Tabela 3.4 Estrutura de avaliao do LEED2.0 (USGBC, 2000).
21 DfE - Design for environment.
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Categorias (% total de pontos) Pr-requisitos (7 PReq) Pontos (mx 69 pts)
Stios sustentveis (20%) at 14 pts
1. Seleo de rea 01
2. Redesenvolvimento urbano 01
3. Redesenvolvimento de reas contaminadas (brownfields) 014. Transporte alternativo at 04
5. Reduo de perturbao no stio original at 02
6. Gesto de gua da chuva at 02
7. Paisagismo e projeto de reas externas para reduo deilhas de calor
at 02
8. Reduo de poluio luminosa
! Controle de eroso esedimentao
01
Uso eficiente de gua (7%) at 05 pts
1. Paisagismo com uso eficiente de gua at 02
2. Tecnologias inovadoras para reutilizao de gua 01
3. Conservao de gua at 02
Energia e atmosfera (25%) at 17 pts
1. Otimizao do desempenho energtico 02 a 10
2. Uso de energia renovvel at 03
3. Verificao de conformidade pr-entrega adicional (01ponto)
01
4. Reduo de HCFC22
s e Halons(dano camada de oznio) 01
5. Mensurao e verificao de desempenho 01
6. Uso de tecnologias renovveis e de poluio zero: solar,elica, geotrmica, biomassa e hidreltricas de baixo impacto
! Verificao deconformidade pr-entrega(commissioning)
! Eficincia energticamnima
! Reduo de CFCs nosequipamentos decondicionamento eventilao artificial
01
Materiais e recursos (19%) at 13 pontos
1. Reutilizao de edifcio at 03
2. Gesto de RCD at 02
3. Reutilizao de recursos at 02
4. Materiais com contedo reciclado at 02
5. Materiais regionais/locais at 02
6. Materiais rapidamente renovveis 01
7. Uso de madeira certificada
! Coleta e armazenamentode material reciclvelproduzido pelos usuriosdo edifcio
01
Qualidade do ambiente interno (22%) at 15 pts
22 HCFC -Hidroclorofluorcarbono.
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1. Monitoramento de CO2 01
2. Aumento eficincia de ventilao 01
3. Plano de gesto de qualidade do ar interno durante oprocesso de construo
at 02
4. Materiais com baixa liberao de VOCs23 at 04
5. Controle de poluio interna por origem qumica 01
6. Controlabilidade dos sistemas pelos usurios at 02
7. Conforto trmico at 02
8. Luz natural e vista para o exterior
! Qualidade do ar internomnima
! Controle ambiental defumaa de cigarros
at 02
Inovao e processo de projeto (7%) at 05 pontos
1. Inovao (estratgias de projeto e uso de tecnologias) at 04
2. Envolvimento de profissional habilitado pelo LEED 01
Tabela 3.5 - Nveis de classificao do LEED.
Nvel de classificao Pontos (total 69 pts)
LEEDCertified 26 a 32 pts (40-50%)
Silver 33 a 38 pts (51-60%)
Gold 39 a 51 pts (61-80%)
Platinum > 52 pts ( > 81%).
Tabela 3.6 Sute de ferramentas de avaliao que compem o CASBEE.
Ferramenta Usurios Objetivos/caractersticas
Ferramenta de avaliao pr-projeto proprietriosplanejadoresprojetistas
Identificao do contexto bsico doprojeto, com nfase em seleo de rea eimpactos bsicos do projeto.
Edifciosnovos
Ferramenta de projeto para o ambiente(DfE)
projetistasconstrutores
Teste simples de auto-avaliao paraauxiliar a melhorar a eficincia ambientaldo edifcio (BEE) durante o processo deprojeto
Ferramenta de certificao ambiental proprietrios, projetistas,construtores,agentes imobilirios
Para classificar edifcios concludos,segundo sua eficincia ambiental
Determinar o valor bsico de mercado doedifcio certificado
Edifciosexistentes
Ferramenta de avaliao ps-projeto(operao e renovao sustentveis)
Proprietriosprojetistasoperadores/gestores
Prover informaes sobre como melhorar aBEE durante a etapa de operao
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3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios3 Sistem as de a valiao ambien ta l de edifcios
Projeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Estado da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Estado da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da Arte3333----24242424
A estrutura conceitual do CASBEE caracteriza-se por dois pontos focais: a definio de limites dosistema analisado (o edifcio);e o levantamento e balanceamento entre impactos positivos enegativos gerados ao longo de seu ciclo de vida.
O CASBEE prope aplicar o conceito de sistemas fechados24 (um espao hipottico encerrado
pelos limites do terreno) para determinar a capacidade ambiental relacionada ao edifcio a seravaliado (Figura 3.10). Este limite hipottico define e distingue claramente o espao dentro doslimites do terreno (ambiente como propriedade privada), e o espao fora dos limites do terreno(ambiente como propriedade pblica). Em relao a estes dois tipos de espaos, o CASBEE definedoisfatores:
L (cargas ambientais) - impactos negativos que se estendem para fora do espaohipottico (i.e.: para o ambiente pblico)
Q (qualidade ambiental) - qualidade e desempenho ambiental do edifcio (dentro doespao hipottico).
Figura 3.10 - Estrutura conceitual do CASBEE.
O conceito original de eco-eficincia (SCHMIDHEINY, 1992; VERFAILLIE; BIDWELL, 2000)expressa o valor do produto ou servio s cargas ambientais a ele associadas. Para integrar aavaliao destes dois fatores, associados aos espaos dentro e fora do limite do sistema (edifcio), o
CASBEE modifica o conceito e cria um indicador de eficincia ambiental do edifcio (BEE25)Tabela 3.7). Quanto maior o quociente do BEE (qualidade/cargas, onde qualidade enfatiza aqualidade do ambiente interno, e as cargas, o uso de energia), maior a sustentabilidade ambientaldo edifcio.
23 VOCs (Volatile Organic Compounds) - Compostos orgnicos volteis.24 O conceito de ecossistemas fechados tem sido usado em avaliaes ambientais para determinar acapacidade (de suporte) ambiental, diante da constatao que a capacidade ambiental local e do planeta estoprximas de seus limites. Ver, por exemplo, o conceito de Environmental footprint em REES (1992);WACKERNAGEL;REES (1996) e REES (1999).25 BEE - Building Environmental Efficiency
Limite hipotticodo sistema (edifcio)
Impactos dentrodo limitehipottico so avaliados
pelo fator Q: qualidade edesempenho ambiental
Poluio de ar e gua,rudo, calor etc
Impactos forado limitehipottico so avaliados
pelo fator L: cargasambientais
Consumo de recursos,CO2 incorporado etc
Poluio do solo, corpos dgua
Edifcios vizinhosEdifcios vizinhos
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3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de avaliao ambiental de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifcios
Projeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional mais Su stent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional ma is Sustent vel: Esta do da ArteProjeto Tecnologias para Constr uo Habita cional mais Su stent vel: Esta do da Arte 3333----25252525
Tabela 3.7 Modificao proposta pelo CASBEE para aplicao do conceito de eco-eficincia emavaliaes ambientais de edifcios (JSBC, 2002).
Definio de eco-eficincia
Definio original (WBCSD26
) Valor do produto ou servio
Unidade de carga ambientalDefinio modelada Sadas benficas .
Entradas + Sadas no-benficas
Definio usada no CASBEE Qualidade e desempenho ambiental do edifcio .Cargas ambientais causadas pelo edifcio
3.2.14 Estr ut ur a e pont uao
A inovao do CASBEE no est nas categorias avaliadas, mas em implementar avaliaesambientais com base no conceito de eficincia ambiental do edifcio. A sua estrutura de avaliao
(Quadro 3.4) e apresentao de resultados (salvo uma sada grfica especfica) derivam claramenteda GBTool,e so exemplos de cumprimento do objetivo principal do Green Building Challenge emfornecer uma base metodolgica slida, para orientar o desenvolvimento de mtodos de avaliaolocais.
Quadro 3.4 Estrutura de avaliao do CASBEE.
Aspectos avaliados Categorias para derivar o BEECategoria (peso)
Pts BEE
Consumo de energiaUso de recursos crticos
Qualidade ambiental
Q1: Ambiente interno (0,5)
Rudo e acstica
Conforto trmico
Iluminao
Qualidade do ar
Q2: Qualidade dos servios (0,35)
Serviceability (funcionalidade, aconchego)
Durabilidade
Flexibilidade e adaptabilidade
Q3: Ambiente externo (ao edifcio) no terreno (0,15)
Manuteno e criao de ecossistemas
PaisagemCaractersticas locais e culturais
15
15
20
15
10
10
15
5
55
Numerador BEE
26 WBCSD - World Business Council for Sustainable Development.
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Aspectos avaliados Categorias para derivar o BEECategoria (peso)
Pts BEE
Ambiente local
Ambiente interno
Cargas ambientais
L1: Energia (0,5)
Carga trmica do edifcio
Uso de energia naturalEficincia dos sistemas prediais
Operao eficiente
L2: Recursos e materiais (0,3)
gua
Eco-materiais
L3: Ambiente fora do terreno (0,2)
Poluio do ar
Rudo e odores
Acesso a ventilao
Acesso a iluminao
Efeito de ilhas de calor
Carga em infraestrutura local
5
105
10
10
30
5
10
5
5
5
5
Denominador BEE
80 subitens 18 categorias 220
Nos trs estgios principais de projeto (estudo preliminar, ante-projeto e projeto executivo), duasfichas so preenchidas: oformulrio de pontuao e oformulrio de resultados (Figura 3.11).
Figura 3.11 - Formulrios originais da avaliao com o DfE CASBEE (JSBC, 2002).
Formulrio de pontuao
(1) Resultados de Q:Qualidade e desempenho
ambiental do edifcio.
(2) Resultados de LR:Reduo de cargas
ambientais do edifcio.
(3) Resultados grficos:grficos de colunas, de
radar e de BEE
Formulrio de resultados
Q3 Ambiente externo (dentro do terreno)
Q2 Qualidade dos servi os
Q1 Ambiente interno
LR1 - Energia
LR2 Recursos e Materiais
LR3 Ambiente (fora do terreno)
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3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de a3 Sistemas de avaliao ambiental de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifciosvaliao am bient al de edifcios
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Para cada item, so atribudos at cinco pontos, segundo critrios de pontuao determinados deacordo com os padres tcnicos e sociais vigentes no momento da avaliao. Os resultados paracada item avaliado so dados no formulrio de pontuao em termos de Q (qualidade edesempenho) e LR (reduo das cargas ambientais). Neste ponto, o LR ainda no o fator L(cargas ambientais), e sim o nvel de reduo das cargas ambientais, em relao a um edifcio de
referncia (pontuao igual a 3) suposto no mesmo terreno.
3.2.15 Ponder ao e comun icao de resu lta dos
Cada item avaliado ponderado de forma que a soma dos coeficientes de ponderao dentro deuma categoria de avaliao seja igual a 1. A pontuao de cada item multiplicada pelo coeficientede ponderao correspondente (pr-definido), e agregada em totais de pontos por categoria de Q(Eq 1) ou LR (Eq 2). O indicador de eficincia ambiental (BEE) obtido pela Eq 3 (JSBC, 2002).
3SQ = (Q x Cpond)
1
Eq 1
3SLR = (LR x Cpond)
1
Eq 2
BEE = Q/L, onde
Q = 25 (SQ-1)
L = 25 (5-SLR)
Eq 3
Alm dos valores numricos, os resultados so sumarizados em grficos de radar, de colunas e nodiagrama de BEE (Figura 3.12). O CASBEE classifica o desempenho do edifcio em cinco nveis:S (superior), A, B+, B- e C, onde S a melhor classificao possvel.
Figura 3.12 - Diagrama de eficincia ambiental do edifcio (BEE).
BEE=3 BEE=1,5 BEE=1
50
100
standard
BEE=0,5
B-
B+A
SBEEaval
50 1000
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3.33.33.33.3 Discusso de aspectos met odolgicosDiscusso de aspectos metodolgicosDiscusso de a spectos metodolgicosDiscusso de aspectos metodolgicos
Os pontos metodolgicos-chave de um sistema de avaliao de edifcios podem ser estruturados emtorno de trs questes centrais:
O que avaliar? Definio da estrutura e do contedo da avaliao;
Como avaliar? Definio da natureza da avaliao (prescritiva x desempenho); seleo dosindicadores destas medidas, definio dos pesos a serem atribudos a cada um deles, e doformato de apresentao de resultados; e
Quanto atingir? Definio de pontuao mnima, da escala de pontuao (referncias emetas), e de classes de desempenho;
O Quadro 3.5 sintetiza como estas questes so abordadas nos mtodos de avaliao descritos neste
trabalho.
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Quadro 3.5 - Abordagem de aspectos metodolgicos fundamentais pelos sistemas de avalia
Aspectos
metodolgicos
BREEAM BEPAC LEED GB
Escopo da
avaliao
ambiental ambiental ambiental ambiental/
econmica
Aplicao checklistprojeto
classificao edifcio
checklistgesto e operao
classificao edifcio
checklistprojeto
classificao edifcio classificao e
Limites do
sistema
Projeto e execuo*
Edifcio
Gesto e operao*
Edifcio-base (projeto e gesto)
Ocupao (projeto e gesto)
Edifcio+processo Edifcio+proce
Oqueavaliam?
Estrutura deavaliao
poluio
sade/conforto
uso de energia
uso de gua
uso de materiais
uso do solo
ecologia local
transporte
gesto
proteo da camada de oznio
impacto ambiental do uso de
energia
qualidade do ambiente interno
conservao de recursos
contexto de implantao e
transporte.
stios sustentveis
energia e atmosfera
uso eficiente de gua
materiais e recursos
qualidade do ambiente interno
inovao e processo de projeto
uso de recurso
cargas ambien
qualidade do a
qualidade dos
aspectos econ
gesto
transporte
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Aspectosmetodolgicos
BREEAM BEPAC LEED GB
Sistema de
pontuao
Hbrido: procura basear-se em
especificao de desempenho,
mas h critrios prescritivos
Hbrido (orientado a
desempenho + orientado a
dispositivos)
Hbrido: procura basear-se em
especificao de desempenho,
mas h critrios prescritivos
orientado a des
Uso de LCA no no no Sim. Entrad
calculados ou
estimador sim
os clculos comcanadenses
Ponderao Explcita, mas pesos no
declarados
Sim, mas conduzida apenas
dentro das categorias de
impacto. Categorias no soponderadas entre si.
Implcita. Categorias tm pesos
idnticos, mas o nmero de
itens pontuados em cadacategoria varia.
Explicita, pes
personalizvei
e entre categouma nota glob
Comoaval
iam? Comunicao
de resultados
4 Nveis de certificao
f(ndice global de desempenho
ambiental, 1 21% (gesto e operao)
informao no disponvel > 40% pontos No h
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3.2.16O que os mt odos existent es avaliam ?
Sobre o contedo da avaliao
No exerccio analtico que embasa esta discusso, as estruturas de seis dos principais mtodosdisponveis27 - BREEAM, LEEDTM, HKBEAM, MSDG, CASBEE e GBTool foram estudadaspormenorizadamente. Constatou-se que os nomes, contedo e nvel de detalhamento das categoriasvariavam de um mtodo a outro, porm dentro de blocos de discusso relativamente comuns.
Procedeu-se ento a normalizao dos mtodos, isto : a re-categorizao dos itens avaliados nosdiferentes mtodos segundo uma mesma base de categorias de avaliao, definida pela autora. Istogerou uma exaustiva tabela comparativa28, aqui sumarizada na Figura 13. Esta separao no perfeitamente clara, pois alguns itens podem enquadrar-se em mais de uma categoria (uso deenergia renovvel, por exemplo, pode ser entendido como pertinente categoria de gesto deenergia ou depreveno de poluio); mas os mesmos critrios de recategorizao foram aplicadosem todos os casos.
2,9%
33,6% 12,0%
12,4%
27,1% 18,8%24,0%
22,4%
23,0%
14,1%
8,5%
10,1%
10,0%
24,5%3,4%
16,3%
9,8%
18,6%
18,8%26,0%
21,1%
12,0%
8,3%
35,6%
21,7%26,0%
9,6%4,0%
4,5%
3,4%
7,3%
5,0%
9,1%4,0%
24,7%
3,4%
20,3%17,0%
3,0%8,8%
10,0%2,0%1,7%
1,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
BREEAM HKBEAM LEED MSDG CASBEE
ponderado
GBTool
ponderado
Importnciarelativadascategorias
Qualidade da implantao
Gesto do uso de gua
Gesto do uso de energia
Gesto de materiais e(reduo de) resduos
Preveno de Poluio
Gesto ambiental (doprocesso)
Gesto da qualidade doambiente interno
Qualidade dos servios
Desempenho Econmico
Figura 3.13 Distribuio dos crditos ambientais do BREEAM, HKBEAM, LEEDTM, MSDG,CASBEE e GBTool, aps normalizao.
Os mtodos so diferentes porque refletem expectativas de mercado, prticas construtivas e,principalmente, agendas ambientais diferentes para cada pas. Isto demonstrado pela variao nadistribuio de crditos ambientais entre os mtodos da Inglaterra, dos EUA, Japo e Canad
27 Casos em que houve acesso estrutura completa dos sistemas.
UK HK defaultsCanadEUA JapoMinnesota (EUA)
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(defaults daGBTool) (Figura 3.13) e pelos resultados de pesquisa de percepo de relevncia deaspectos a serem includos em um mtodo de avaliao, realizada de maneira padronizada naAlemanha e no Brasil (SILVA, 2003). O contraste entre o BREEAMe oHK-BEAM, deixa clara amagnitude da alterao para adaptao do mtodo britnico em Hong Kong. Mesmo dentro domesmo pas, as agendas podem mudar localmente, como mostra a diferena entre o LEED e o
MSDG, criado especificamente para o estado de Minnesota, numa derivao clara doLEED..
Temas ambientais com efeitos globais, como aquecimento global, dano camada de oznio, chuvacida, esgotamento de florestas etc, so consensualmente reconhecidos como de grandeimportncia e, conseqentemente, de alguma forma includos em todos os mtodos de avaliaoambiental. J a importncia atribuda a outros temas varia com o contexto geogrfico, como noscasos de esgotamento de matrias-primas e conservao de gua.
Cabe ainda uma observao especfica sobre a considerao da categoriaDesempenho Econmico.O nico sistema que vai alm da avaliao de desempenho ambiental o GBC, que procura estimaro custo envolvido na obteno de um determinado nvel de desempenho ambiental, com a intenode (1) estimular o emprego de mtodos de valorao no longo prazo e de (2) reunir dados paradesmistificar o pr-conceito de que edifcios com melhor desempenho ambiental sonecessariamente muito mais caros que um edifcio comum. No entanto, o desempenho econmico balanceado no mesmo nvel que as diversas sub-categorias de desempenho ambiental.
O conceito de sustentabilidade pressupe que os componentes ambiental, social e econmicoestejam em um mesmo nvel hierrquico. Neste sentido, um exemplo conceitualmente mais correto(ainda que no inclua a dimenso social) dado pelo software BEES29 (LIPPIATT, 1998), umaferramenta de apoio seleo de materiais e componentes de construo que balanceia asdimenses econmica e ambiental (com base em LCA) segundo uma importncia relativa definida
pelo usurio em cada contexto especfico de tomada de deciso.
3.2.17 Como estes mt odos avaliam o desempenh o am bienta l?
Sobre o sistema de pontuao
O desenvolvimento ideal das metodologias de avaliao de edifcios migrar dos critriosprescritivos para critrios de desempenho. Neste caso, o papel do benchmark considerado deforma implcita na definio das metas - passa para o primeiro plano, e sinaliza o grande desafio de
acumular os dados para construo destas referncias de desempenho.
A GBTool o nico sistema de avaliao pautado pela abordagem de desempenho jimplementado30. Diante da complexidade de aplicar os conceitos de avaliao de desempenho, amaior parte das metodologias prescritiva e orientada a dispositivos ou estratgias31, e trabalham
28 Uma verso resumida desta tabela consta noApndice 1.29 BEES -Building for Environmental and Economic Sustainability.30 O CASBEE ainda muito recente e pouco difundido; o ESCALE, do CSTB, e a verso beta do
Minnesota Sustainable Design Guide tambm se aproximam do conceito de desempenho, mas ainda esto emdesenvolvimento.31 Designadas, em ingls, pelas expressesfeature-basedou device-oriented.
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com listas de verificao (checklists) que concedem crditos em funo da aplicao dedeterminadas estratgias de projeto ou especificao de determinados equipamentos. Esta umasada com nvel de complexidade muito menor, que presume que uma coleo de estratgias eequipamentosprovavelmente levar a alguma melhoria de desempenho, ainda que ela no possa serestimada.
Apesar de serem mais amigveis para o mercado e mais facilmente incorporados como ferramentasde projeto, as listas orientadas a dispositivos vm sendo vigorosamente contestadas durante odesenvolvimento de novos sistemas de avaliao. O problema-chave do formato checklist +critrios prescritivos que o fato de um edifcio atender completamente lista de verificao nonecessariamente garante o melhor desempenho global, ou em outras palavras: exigir ocumprimento de itens prescritivos e orientados a dispositivos s leva produo de edifciosorientados a dispositivos, e no necessariamente de edifcios com melhor desempenho.
Critrios orientados a dispositivos normalmente refletem uma confuso entre meios e fins, com osmeios tornando-se objetivos per si. Tais critrios enfocam geralmente aspectos de atributosambientais isolados e embutem o risco de favorecer a qualificao de edifcios que contenhamequipamentos em detrimento do seu desempenho ambiental global; e de no refletirverdadeiramente os impactos ambientais das escolhas feitas.
Isto significa que crditos como contedo reciclado e uso de dispositivos de iluminaoeficientes, por exemplo, so atribudos independentemente dos impactos ambientais associados aoesforo de reciclagem ou de haver ou no estmulo para integrao de estratgias ativas e passivaspara reduo do consumo global de energia.
Sobre o uso de LCA
A maior parte dos sistemas de avaliao existentes especialmente aqueles que atribuem pontos oucrditos com base em critrios, como o LEEDTM, BREEAM etc no utiliza a LCA comoferramenta de apoio atribuio de crditos ambientais relacionados ao uso de materiais.
Esta deficincia resulta da natureza evolucionria das estruturas dos sistemas de avaliaoambiental e da ausncia de dados ambientais apropriados e consensualmente aceitos, mas pode sersuperada pela integrao de ferramentas de suporte deciso com base em LCA aos sistemas deavaliao ambiental.
O desenvolvimento de um estimador simplificado de emisses e de energia incorporada nosmateriais na GBTool 2002 foi um primeiro passo neste sentido, mas a integrao completa somenteser possvel quando (1) forem disponibilizados os dados de inventrio necessrios, atravs do US
LCI Database Project(Estados Unidos), ATHENA Institute (Canad)e esforos comparveis emoutros pases, e (2) estas ferramentas simplificadas forem posteriormente desenvolvidas paraidentificar apropriadamente e rastrear efeitos ambientais ao longo do ciclo de vida.
So poucos os sistemas que seguem mais rigorosamente o formato de LCA, devido s dificuldadesprticas de aquisio e manipulao de dados, e ao fato de aspectos importantes do desempenho deedifcios ficarem fora de seu alcance. De toda forma, o conceito de avaliar impactos ao longo detodo o ciclo de vida do edifcio permeia todos os sistemas de avaliao disponveis e de alguma
forma transparece em suas estruturas.
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Entre os poucos exemplos de sistemas com base em LCA (LCA-based) esto o EcoEffect, daSucia; o BEAT 2002, da Dinamarca; e o GBC.Nestes casos, utiliza-se LCA onde aplicvel, isto: para considerao de uso de recursos e gerao de emisses e resduos, e complementa-se aavaliao atravs do estabelecimento de critrios e indicadores. No EcoEffect, por exemplo,apenas a avaliao de uso de energia (Figura 3.14) e de uso de materiais feita com base em LCA.
Os demais temas (ambiente interno e ambiente externo)so avaliados com base em critrios.
Figura 3.14 - Tela original de apresentao de resultados de impacto ambiental do uso de energia,segundo o EcoEffect (MALMQVIST, 2002).
O GBC tambm utiliza o formato de anlise de entradas (uso de recursos) e sadas (cargasambientais) do sistema (edifcio) e apresenta resultados nas categorias de impacto utilizadas nasLCAs para materiais de construo (atravs de links com softwares de LCA) e para produo eoperao do edifcio (atravs dos fluxos de recursos e emisses gerados). Assim como o EcoEffect,a avaliao dos itens que fogem do escopo da LCA feita com base em critrios, para os quaisatribui-se pontos conforme o resultado da comparao do desempenho do edifcio com valores dereferncia (benchmarks) para indicadores pr-definidos.
O CASBEE (JSBC, 2002), por sua vez, no faz exatamente uma anlise de ciclo de vida, mas oconceito de eco-eficincia , assim como a LCA, um princpio que balanceia os impactos negativosatrelados ao benefcio de obteno de um produto.
Sobre o uso de critrios e indicadores
Ainda no h consenso sobre um conjunto de indicadores mais apropriado. Os valores de referncia(benchmarks)naturalmente variam de um contexto a outro, sendo normalmente obtidos atravs deprogramas experimentais para coleta de dados da prtica tpica, que retro-alimentam a definio
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das metas. Estes dois temas so alvo de pesquisas do BRE, da CIRIA32 e outros (COLE, 1998;CIRIA, 2001; HKKINEN et al.; 2002; SIGURJNSSON et al., 2002).
Uma vez adotado um determinado indicador, a unidade normalmente consensual, isto : emissesso expressas em Kg de substncias equivalentes/ano; o consumo de energia, em MJ/ano; e o
consumo de gua, em m3/ano. O que muda um pouco o critrio de normalizao, isto : se osvalores dos indicadores so expressos como a quantidade absoluta de impacto ou por unidade derea, oupor horas de ocupao.
O GBC apresenta resultados normalizados por rea e por rea e ocupao, de forma a evitarequvocos de interpretao influenciados por extremos de densidade de ocupao do edifcio. Umaparticularidade do GBC, dada a sua vocao para comparao internacional, a utilizao doschamados indicadores de sustentabilidade ambiental, mas esta ainda uma frente de trabalho emandamento. De toda forma, indicadores per si, infelizmente no dizem muita coisa. Para cumprir asua funo decomparar edifcios em pases (e contextos) diferentes, os indicadores precisam estaratrelados a referncias que apontem claramente o que significa aquele valor (de consumo derecursos, de cargas ambientais etc) no contexto em que o edifcio est inserido.
Tomando o exemplo do indicador de consumo de energia (MJ/por m2). O valor deste indicadorpara um edifcio brasileiro (ainda que o clima exija refrigerao em determinada poca do ano)pode ser bem mais baixo do que o de um edifcio escandinavo (onde questo de sobrevivnciamanter o aquecimento funcionando de 12h a 24h/dia, durante um perodo relativamente longo doano) e, ainda assim, ser extremamente elevado em relao mdia de edifcios similares no Brasil.Neste exemplo especfico, (1) separar o consumo de energia em mais indicadores, sendo umexclusivamente para condicionamento e (2
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