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CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO RELEVO NO PARQUE
NACIONAL DOS CAMPOS FERRUGINOSOS, CARAJÁS-PA
Jilciene Alves de Freitas (a) Andreana Santos (b) Maria Rita Vidal (c)
(a) Instituto de Ciencia Humanas/Faculdade de Geografia, Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará , Email: [email protected]
(b) Instituto de Ciencia Humanas/Faculdade de Geografia, Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará , Email: [email protected]
(c) Instituto de Ciencia Humanas/Faculdade de Geografia, Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará , Email: [email protected]
Eixo: Geotecnologias e modelagem aplicada aos estudos ambientais
Resumo
Considerando que o geossistema ferruginoso é um sistema natural composto por unidades de paisagem,
este trabalho tem por objetivo fazer uma análise paisagística do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos em
Carajás-PA, através da classificação taxonômica do relevo e uso de geoprocessamento. Para a classificação foram
utilizadas as ferramentas das geotecnologias, inicialmente adquiridas as imagens do projeto Shuttle Radar
TopographicMission (SRTM) 1 Arc-Second 30m cenas s07-w050-1arc-v3 e s07-w051-1arc-v3, no site da
EarthExplorer, cuja finalidade foi a elaboração do Modelo Digital de Elevação (MDE), mapa hipsométrico e de
declividade com escala de 1:250.000. O shapefile de base geomorfológica foi adquirido no site do MMA, e todos
os dados foram tratados no software Qgis 2.18. A partir dos resultados obtidos foram identificados 7 unidades
morfológicas/estrutural que podem ter indicadores de áreas com potencialidades ambientais, ambas relacionadas
com índices de alta declividade e altimetria.
Palavras chave: Modelo Digital de Elevação; Cangas; Geomorfologia
1. Introdução
Diante do cenário brasileiro de desenvolvimento econômico pautado em parte na
exploração excessiva de recursos naturais, torna-se indispensável a criação e manutenção das
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Unidades de Conservação (UC) por todo as regiões do País. Criadas por meio do poder público
ás UC surgem da necessidade de proteção de domínios morfoclimáticos com características
singulares, necessidade que se faz presente no Sudeste do Estado do Pará, tendo na Região de
Carajás a criação do Mosaico de Unidades de Conservação de categorias Integral e de Uso
Sustentável.
Uma das recém-criadas UC em Carajás é o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos
(PNCF)1, instituída em 2017.Diferentes das demais UC do Mosaico Carajás, o PNCF tem como
característica relevante sua formação associada à afloramentos rochosos e arcabouços que
apresentam composições ferríferas, formando estruturas encouraçadas, situadas principalmente
nos platôs cuja altitudes ultrapassa a 700 metros, além de extratos ferríferos sobre rochas
exposta e superficialmente sobre solos (CARMO, KAMIRO, 2015).
A expressão visível do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos é uma combinação
de diferentes unidades de paisagens que integra a ação da geologia, clima, solos hidrografia,
geomorfologia e cobertura vegetal. Esses condicionantes físicos se relacionam de forma
indissociável compondo um geossistema com paisagens complexas e singulares, ambos
vinculados a processos pretéritos e atuais que envolvem os estudos integrados. Através de
estudos integrados, baseados na Geoecologia das Paisagens, analisam-se as paisagens como um
sistema integrado que se relaciona e se intercomunica entre seus elementos e componentes
(VIDAL, 2014). Considerando que o geossistema ferruginoso é um sistema natural composto
por unidades de paisagem, este trabalho tem por objetivo fazer uma classificação
geomorfológica do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos em Carajás-PA, através da
classificação taxonômica do relevo com uso do geoprocessamento.
1 Esse trabalho traz dados/resultados inéditos das Pesquisas Desenvolvidas pelo grupo de Pesquisa do
CNPq/Unifesspa “ Geoecologia das Paisagens e Sistemas Geoinformativos - Coordenado pelos
Professores: Maria Rita Vidal e Abraão Levi dos Santos Mascarenhas.
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O relevo é substrato físico e visível onde atuam as demais unidades ambientais, bem
como é palco de ações antrópicas. De acordo com Cristofoletti (1998) “a análise do relevo é
importante para detectar padrões de degradação, o que permite estabelecer medidas de proteção
por meio de planejamento ambiental”.
2. Materiais e Métodos
2.1.Caracterização e contextualização da área de estudo
O Parque Nacional dos Campos Ferruginosos (PNCF), é uma Unidade de Conservação
de âmbito Federal, de uso integral. O PNCF foi criada em julho de 2017, a partir de uma
reinvindicação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), direcionada a Mineradora Vale, como forma de
ressarcimento ambiental, dado pela instalação do projeto de mineração de ferro Complexo
Carajás S11D.As ações na Mina S11D tem atividades de extração mineralógicas em depósitos
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minerais que causam elevado ônus ambiental. O PNCF fica situado entre os municípios de
Canaã dos Carajás e Parauapebas, localizado no sudeste do Pará (Figura 01).
Figura 01- Mapa de Localização do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, Carajás
Elaboração: Jilciene Alves e Andreana Dos Santos, 2019.
Com uma área total de 79.029 mil hectares, e sendo cortado pela rodovia PA-160, o
PNCF fica localizado em uma região de regime climático equatorial super úmido, sendo o rio
Parauapebas um dos seus componentes hídricos principais. O PNCF é marcado por ser uma
faixa que transita entre os biomas Cerrado para o Amazônico. Esta UC abriga duas grandes
Serras conhecidas por Serra do Tarzan e Serra da Bocaina. De acordo com estudos científicos,
este recorte espacial abriga cerca de 350 cavernas, e possui depósitos superficiais hematíticos
ao qual denomina-se por formações de canga, e são envoltos por uma cobertura designada de
vegetação rupestre sobre canga, possuindo arbustivos de pequeno porte. (SCHAEFER, 2008).
Os principais tipos de cobertura vegetal são floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta
e vegetação secundária no entorno. Os tipos de solos predominantes no PNCF são, Neossolos
Litólico, Argissolos Vermelho, Argissolos Vermelho-Amarelos, Plintossolos Pétricos e
Latossolos Vermelho-Amarelo.
2.2. Procedimentos metodológicos
Para a análise geomorfológica no PNCF, foi adotado a metodologia de classificação
taxonômica de Ross (1992), que se baseia nos conceitos de morfoestrutura e morfoescultura,
visto que contempla o levantamento de informações que suprem a necessidade almejadas pelo
objetivo do trabalho, portanto abordam informações referentes a morfogênese, morfometria,
morfografia e morfodinâmica do relevo, ou seja aspectos quantitativos e qualitativos do relevo,
em conformidade com a escala adotada de 1:250.000.
O mapeamento geomorfológico é assim importante ferramenta para compreensão
inicial dos processos atuantes no relevo. De acordo com Tricart (1965), o mapa geomorfológico
refere-se à base da pesquisa e não à concretização gráfica da pesquisa realizada, o que
demonstra seu significado para melhor compreensão das relações espaciais, sintetizadas através
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dos compartimentos, permitindo abordagens de interesse geográfico como a vulnerabilidade e
a potencialidade dos recursos do relevo.
Como procedimentos metodológicos foram utilizadas as ferramentas das
geotecnologias, que tornaram possíveis o levantamento de dados para a produção cartográfica.
Inicialmente foram adquiridas as imagens do projeto Shuttle Radar TopographicMission
(SRTM) 1Arc-Second30mcenas s07-w050-1arc-v3 e s07-w051-1arc-v3, no site da
EarthExplorer, cuja finalidade foi a elaboração do Modelo Digital de Elevação (MDE), e
posteriormente criação dos mapas hipsométrico com relevo sombreado, e de declividade. O
shapefile de base geomorfológica foi adquirido no site do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), e de hidrografia no site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Todos os
dados espaciais foram tratados no software Qgis 2.18. A classificação do mapa geomorfológico
foi baseada em Ross (1992) bem como nas sequências estabelecidas pelo Manual Técnico de
Geomorfologia do IBGE (2009).
4. Resultados e Discussões
No que tange a classificação taxonômica, há uma ordem de grandeza a ser observada,
e cada táxon possui características e critérios específicos. O 1º táxon, maior unidade em
grandeza corresponde as unidades morfoestruturais, são estruturas que sustentam o relevo,
estando influenciadas diretamente pelo substrato geológico.
O Estado do Pará é constituído em parte pela estrutura da Bacia Sedimentar
Amazônica e pela estrutura de Crátons Amazônico, ambos são grandes estruturas do relevo
gerada pelas forças endógenas e modeladas pelas força exógenas.
De acordo com ALMEIDA (1967), foi a fragmentação do supercontinente Gondwana,
associada a Reativação Wealdeniana que afetaram toda a plataforma, hoje conhecida por
plataforma Sul-Americana, no qual a abertura do oceano atlântico promoveu o soerguimento
do Cráton Amazônico e a sedimentação da Bacia Amazônica.
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A região em que está inserida o PNCF faz parte da estrutura de Crátons Amazônicos,
e tem sua origem no período Pré-Cambriano, tal estrutura configura-se por ser uma enorme
placa litosférica continental, constituída por várias províncias crustais (seguimento da crosta)
de idade diferentes, que ao longo do tempo geológico foram arrasados por mecanismos de
erosões, (BRITO NEVES e CORDANI, 1991). As fronteiras das províncias podem ser
marcadas por falhas ou zonas de cisalhamento (zona de deformações). Neoarquiana, a província
crustal onde o PNCF está inserido é denominada de província Carajás e é uma das mais antigas
é mais preservadas do Crátons Amazônico, portanto as rochas que o compõe também são
antigas.
As reservas naturais ferríferas desta proveniência foram se acumulando no período
arqueano, quando os processos de variação de temperatura e pressão se tornaram mais
recorrentes sobre os depósitos marinhos que eram ricos em sílica e ferro, e com o
enriquecimento progressivo de 02 na atmosfera houve a oxidação de ferro em solução nos mares
daquela época, ALMEIDA (1967). A formação do geossistema Campos ferruginosos, teve suas
origens geológicas no Arqueano (2,7 – 2,6 Ga) e Paleoproterozoico (2,5 Ga a 540 Ma),
momento em que surgiam as primeiras formações rochosas expostas, dando origem também as
couraças de ferros constituída nas áreas de relevo com maior altitude, os platôs e escarpas. A
estrutura do PNCF é composta em maior expressividade por rochas intrusivas, metavulcano
sedimentar, metamórfica de médio a alto graus e metassedimentar (CARMO; KAMIRO, 2015).
O 2º táxon são as unidades morfoesculturais, com grandeza inferior, referem-se as
esculturas que o relevo apresenta, de acordo com ROSS (1992), a morfoescultura é resultado
da ação climática atual e pretérita que agiu sobre sua estrutura, esculpindo o seu relevo. Uma
determinada estrutura pode haver mais de uma unidade morfoescultural, desta forma a região
sudeste do Pará é composta pela Depressão Periférica do Sul do Pará e Planalto Dissecado do
Sul do Pará.
A Depressão Periférica do Sul do Pará é uma porção de superfícies aplainadas, que
possivelmente foram arrasadas por constantes eventos de erosão durante grande parte do
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Cenozóico. A depressão possui cotas altimétricas que variam entre 100 e 400 m, embora a maior
parte seja de superfícies aplainadas, encontra-se áreas dissecadas em relevo colinoso, destaca-
se, ainda, relevante número de feições residuais em meio às superfícies aplainadas.
A extensão que compreende o Planalto Dissecado do Sul do Pará, onde está localizado
o PNCF, é uma superfície de maciços residuais, derivado de processos erosivos sobre rochas
mais resistentes. Os maciços residuais estão contíguo a terrenos rebaixados cuja altitude vai se
alternando, e em algumas áreas ultrapassa a cota de 700m, como ocorre em determinadas áreas
do PNCF.
O Planalto Dissecado do Sul do Pará é constituído ora por relevos acidentados
fortemente dissecado por alta densidade de drenagem, ora apresenta áreas de topos aplainados
em superfícies planálticas antigas que foram erodidas. Além disso, este Planalto está interligado
por várias formas tabulares, denominada por serra dos Carajás, de acordo com Boaventura
(1974) está serra é remanescente de uma outrora vasta superfície de idade cretácea a paleógeno
que teria englobado a Serra dos Carajás.
Na sequência, o 3º táxon, corresponde as unidades morfológicas com padrão de formas
semelhantes, que são formas menores do relevo, caracterizada pela rugosidade topográfica ou
índice de dissecação, são decorrentes de processos erosivos mais recentes que favorecem a
dissecação do relevo. Para a análise desse táxon foram utilizadas as variáveis hipsométria,
declividade e forma.
Na analise hipsométrica foram consideradas sete classes que se correlacionam com a
altimetria e declividade (Figura 02). As menores cotas altimetricas variam de 100 a 200m e
possuem baixa rugosidade conforme mostra o relevo sombrado do mapa da figura 2, estas são
áreas com declividade muito fraca, tendem a ser áreas inudáveis em períodos de maior
precipitação. As áreas com maiores rugosidades são as que apresentam também as maiores
amplitudes altimétricas, que variam de 600m a 700m, possuem declividades muito alta que
favorece o escoamento hídrico, com predominio para processos erosivos.
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Figura 02- Mapa Hipsométrico do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, Carajás-PA Elaboração: Jilciene Alves e Andreana Dos Santos, 2019.
De acordo com a variável declividade foi possível delimitar sete classes expressas em
porcentagens de declividade onde os níveis de inclinação dessas superfícies influenciam nas
dinâmicas agradacionais (acumulação) e denudacionais (erosão) do solo, estando relacionado
com a intensidade do escoamento de águas pluviais, textura dos solos e permeabilidade das
rochas.
A primeira classe é de declividade muito baixa, com inclinação de 0-2% com uma área
aproximada de 1.476 ha, tendem a ser áreas de lixiviação pois são áreas mais planas e com
menor altitude (Figura 03), que apota a disposição espacial das declividades no PNCF. A
segunda classe, é de declividade fraca com inclinação de 2-5%, possuem área de 6.926 há, este
relevo contém densidade de drenagem baixa.
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Figura 03- Mapa de Declividade do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, Carajás-PA
Elaboração: Jilciene Alves e Andreana Dos Santos, 2019.
A classe com declividade moderadamente ondulado tem intervalos de 5-10%, e
possuem aprofundamento e densidade de drenagem médio, tendo formações superficiais
pouco espessas, com aproximadamente 1.398 ha.
Para a classe ondulado com declividade que varia entre 10-15%, tem-se uma área de
10.120 há, já para a casse forte ondulado teve as declividades entre 15-45%, com área de
aproximadamente 35.331 há, sendo a maior área quantificada no mapeamento, são relevos com
densidade de drenagem fina e aprofundamento da drenagem médio ou forte. A sexta classe é
de forte ondulado, com declividade de 45-70%, e aproximadamente 10.004 há, tendem a ter
escoamento grosseiro, com ação de escoamento que provoca perda de materiais. A sétima classe
é de áreas escarpadas com declividade de 70-100%, são áreas de escoamento superficial
concentrado e dependendo do tipo de cobertura vegetal podem provocar a remoção de solos
eclodindo a formação de ravinas e voçorocas.
Evidenciando a variável forma, o PNCF está divido em sete classes evidenciados na
figura 04. A primeira classe são os modelados em forma de encosta íngreme de erosão, estes se
apresentam em áreas de declividades alta e próximas de escarpas, ocorrem com mais
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frequência em rochas metamórficas ou em metassedimentos.
Figura 04- Mapa de Unidades morfológicas do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, Carajás-PA
Elaboração: Jilciene Alves e Andreana Dos Santos, 2019.
O segundo modelado de dissecação homogênea aguçada, é caracterizado por conjuntos
de formas de relevo de topos alongados e estreitos, esculpidas em rochas metamórficas
denotando controle estrutural, são resultantes da interceptação de vertentes de declividade
acentuada, com padrão dominante de drenagem dendrítica.
O terceiro modelado, de dissecação homogênea convexa, são marcados pela densidade
e aprofundamento da drenagem, as formas de topos convexos são geralmente esculpidas em
rochas ígneas e metamórficas às vezes denotando controle estrutural. São caracterizadas por
vertentes de declividades variadas. Quarto modelado de dissecação homogênea tabular, as
formas de topos tabulares delineiam feições de rampas suavemente inclinadas, esculpidas em
coberturas sedimentares inconsolidadas e rochas metamórficas, denotando eventual controle
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estrutural. São, em geral, definidas por rede de drenagem de baixa densidade, apresentando
baixa declividade.
Quinta classe, pediplano degradado inumado, são superfícies de aplainamento
parcialmente conservado ou pouco dissecada e separada por escarpas de outros modelados de
aplanamento e de dissecação correspondentes, aparece frequentemente mascarada, inundada
por coberturas dentríticas. Para a sexta classe tem-se o pediplano retocado inumado, são
superfície de aplanamento resultantes de sucessivas fases de erosão, sem no entanto, perder
suas características de aplanamento, cujos processos geram sistemas de planos inclinados, às
vezes levemente côncavos. Pode apresentar cobertura dentríticas e/ou encouraçamentos com
mais de um metro de espessura. A última classe é de rampa de coluvião, são formas de fundo
de vale suavemente inclinadas, associadas a depósitos coluviais provenientes das vertentes que
se interdigitam ou recobrem osdepósitos aluvionares, ocorre em setores de baixa encosta, em
segmentos côncavos.
5. Considerações finais
A classificação taxonômica do relevo no PNCF se mostrou adequada para expressar os
processos atuantes nesse relevo, bem como para mostrar a distribuição dos tipos de modelados
e sua morfometria. A análise integrada da altimetria e o estabelecimento da declividade,
possibilitou que fossem delimitadas sete (07) unidades morfológicas para o Parque Nacional
dos Campos Ferruginosos. As unidades morfológicas delimitadas vão possibilita que sejam
apontadas em estudos futuros áreas com maiores potencialidades a processos degradacionais.
Apesar da classificação taxonômica do relevo no PNCF ter identificado algumas áreas
que possuem tendências à padrões degradacionais, é necessário um levantamento mais
detalhado de outros condicionantes das paisagens para identificar com mais propriedade
problemas relacionados a padrões de degradação, mudanças na paisagem, pois como já
mencionado, estas unidades se correlacionam de forma indissociável.
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