FATORES RELACIONADOS A ACIDEZ DE SOLOS E SUA INFLUENCIA NO
DESENVOLVlMENTO E t\BSORCAO DE CiLCIO, MAGNESIO, MANGANES E , -ALUMINIO POR FEIJAO E MILHO
Flavia Fontana Fernandes 1 /
Dissertacao apresentada como um do~ requisitos para a
obtenc~o de grau riP Mestre em Solos, curso de P6s-gradua9~o
em P~ronomia, Faculdade de Agronomia de Universidade Federal
do Rio Grande do SuI.
Porto Alegre
JuIho, 1989
1/ Engenheir'a AgrOnoma CUFPEL - RS)
F363f
CIP - CATALOGA~AO NA PUBLICA~Ao
Fernandes, Flavia Fontana Fatores relacionados a acidez de So
los e sua influencia no desenvolvimen to e absorcao de calcio, magnesio, manganes e aluminio por feijao e milho / Flavia Fontana Fernandes. - Pur to Alegre : Fac'uldade de Agronomia da UFRGS, 1989 ..
xii,131f. : il"
Diss. (Mestr. Solos) - UFRGSo Curso de Pos-'Graduacao em Agronomia, Porto Alegre, 1989.
1 . . 5010: Acidez: Corretivo. 2G Calcario: Solo: Corretivo. 3. Calagem. 4. Feijao: Elemento quimico: Absor~ao. 5. Milho: Elemento Quimico: Absor~ao. 1-Titulo.
CDD : 631. 821 .CDO: 631.821(043.5)
Catalogacao na publicacao: Biblioteca Setorial da Faculdade de Agronomia da UFRGSo
FLAVIA FONTANA FERNANDES
EngC;it AgC;it (UFPEL)
DISSERTACAO
Submetida como parte dos requisitos
para obtencao do Grau de
~1ESTRE EM SOLOS
PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM AGRONOMIA FACULDADE DE AGRONOMIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Aprovada em: 21.07.1989
Pe1a Banca Examinadora
Homo1ogada em: 13.10.1989
Por,
~~\~ CAlO VIOOR Coordenador do Prograrna. de Pos~raduacao em Agronamia
~ EMA MAGAI.J-JAES LEBOUTE Diretora da Facu1dade de Agronomia
AGRADEClMENTOS
Ao professor Humberto Bohnen, por sua orienta9~o e
constanta estlmulo durante 0 curso.
Ao professor Jo~o Mielniczuk, palo exemplo profis-
sional e pele emizade.
Aos professores e funcionArios do Departamento de
los e da Faculdade de Agronomia, em ao
Finamor, Jose, Angela e Marco o /
durante 0 trabalho e tambem pela amizade.
A FINEP, CNPq e CAPES, pelo suporte finance que
possibilitou a realiza9~o deste trabalho.
Aos eolegas: Carla, Catellan, Dirse, Enilson,
Ernani, Gustavo 1 Jose Miguel, Leide, Luiz AntOnio, Milton,
Norton, Parchen~ Paulo Emilio, Pedro, Renato l Rigoberto,
Salgado, Trein, pale amizade que nos uniu.
A Odeth e Maria Eulina, pelo convivio, amizade e
paciSncia.
Aos meus pais, Dino e Maria Aparecida, e irm~osl
Sergio e Paula, palos estlmulo e apoio de sempre.
Ao meu marido, Jose Carlos, pelo amor e compreen-
iii
FATORES DESENVOLVIMENTO ALUMiNIO POR IJAO
E SUA INFLUENCIA NO CALCIO MAGNESIO, MANGANES E
Autora: Ori
Al sas para
olos, e a
equ8ce5es de troca cat
e Ca., a980
ons nos mesmas para a
tear-es de co na solU9~0 dos solos diminuir com 0 aumento de pH. e Ca, Mg e a oon-l~trica aumentaram. aumento de pH,
altos as nas raizes. A relac~o na troca foi a que se correlacionou com as na de ij~~ e milho, sendo as sintomas
toxicidade quando Mn/Ca+Mg 2. 0,025 e 0,038, ivamente. ificou--s possibilidade do uso destas
para descrever a e transloca9~o de cations para a parte abres e a obs de sintomas de toxicidade por
:1./ Dissertac8.o de Mestrado em Solos, Faculdade de Agronemia, lJni v(:.;rsidade Federal do Rio Grande do SuI, Porto Alegre (127 p.) - julho, 1989.
lV
1./
FACTORS rUM MAGNES
en
ON BEAN AND CORN AND ALUMINUM UPTAKE
luence 4
between pH Cael?! Mn in the
was evaluated. describe cation
reactions absoption and translocation to
The carbon in the soil solution electric conductivity increas with pH CaC12 e. The increase of pH reduced Ie did affect the Al concentration soi and plant roots. The exchangeable ICa+Mg io correlated with its ratio in the and corn shoots. Toxic symptoms were observed when exchangeable Mn/Ca+Mg ratio was 0,032 and 0.,034 or higher, respectively. The pass ility of using mass action equations in order to describe cation absorption and <trans 1 ooati on to the shoots and manganese toxici ty symptoms observation was verified.
1/ Master Dissertation in Soils, Rio Grande Federal University, Porto Alegre, Brazil. (127 p.) 1989.
v
do SuI - july,
I
SUMARIO
Pl1gina·
1. INTRODUCAO 1
3 3
I
2. REVISAO BIBLIOGRAFICA: 2.1. Aluminio 2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 2.6.
Mangan~s Calcia e magnesia RelacBes cations Influ~ncia da
plantas e a /
11
19 solo .
24
3. MATERIAL E METODOS . . . . . . . . 3.1. Solos: caracterizacao, prepare e tratamentos 28 3.2. Testes preliminares . . . . . . . 31 3.3. Condu9ao dos experimentos em cAmara de cres-
cimento . . . . . . . . . . . . . 3.4. Delineamento experimental . . . . 34 3.5. Determina9Bes analiticas . . . . 34
3.5.1. Analises de solo . . . . . . . . 34 3.5.1.1. Analises fisicas .... 34 3.5. 1.2. Anal ises quimicas . . . . . 35
3.5.2. Analises de tecido . . . . . . 38 3.6. Analise des resultados . . . . . . . . . 38
4. RESULTADOS E DISCUSSAO 40 40
6
4.1. 4.2.
4.3.
4.4.
Efeito da calagem sobre a pH . . . . . Rela98.o entre pH CaCL:.">. 0,01 M e calcio, magnesia, mangan@s e aluminie trocAveis . 4.2.1. Calcia e magnesia ... . 4.2.2. Mangan@s ... . 4.2.3. Aluminio Relacaa entre pH CaCl~ 0,01 Mea composi9~o da solU9~o de solo . . . . . . 4.3.1. Condutividade ~letrica 4.3.2. Carbona Organico 4.3.3. Calcio e magnesia 4.3.4. Mangan~s
4.3.5. Aluminio .... Variaoao do pH CaCl::i:~ 0,01 M, produc~a de materia seca e absor9Bo de nutrientes,por plantas de fei jao e rui Iho . . . .. ....... . 4.4.1. Feijao ...... .
4.4.1.1. Materia Seca .
vi
43 44 46 48
50 50 54 56 58 59
. . 61 61 61
4.5.
4.4.1.2. Calcio e magnesia 4.4.1.3. Mangan~s .... 4.4.1.4. Aluminio na raiz
4.4.2. Milho ........ . 4.4.2.1. Materia Sec a .. 4.4.2.2. Calcio e magnesio 4.4.2.3. Mangan~s ..... 4.4.1.4. Aluminio na raiz .
Relacoes cati~nicas . . . . . . . . . . 4.5. 1. Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4.5.1.1. Mangan~s e a soma de calcio e magnesia nos solos . . . . . .
4.5.1.2. Mangan~s e a soma de aluminio, calcio e magnesio nos solos . .
4.5.1.3. Relacoes entre aluminio e a soma de calcio e magnesio nos
4.5.2. Planta . 4.5.2.1.
solos . . . . . . . . . . . . .
Mangan~s e a soma magnesia . . . . 4. 5 . 2. 1. 1. i j ao . .
4.5.2.1.1.1.
4.5.2.1.1.2. 4.5.2.1.2. Milho ...
e
Parte Aerea
Raiz
4.5.2.1.2.1. Parte
64 66 69 71 71 71 75 77 78 78.
79
82
83 85
89
89 94 95
Aerea 95 4.5.2.1.2.2. Raiz 99
4.5.2.2. Mangan~s e a soma de aluminio, cAlcic e magnesia ...... 101 4.5.2.2.1. Feijao ..... 101 4.5.2.2.2. Milho ..... 104
4.5.2.3. Aluminio e a soma de c~lcio e magnesio . . . . . 4.5.2.3.1. Feijao 4.5.2.3.2. tviilho
. . . . 106 ... 108 . . . 112
5. CONCLUSOES .. 114
. 116 6. BIBLIOGRAFIA CITADA .
7. APENDICES ..... . 124
vii
RELA9AO DE TABELAS
TABELA 1: Caracteristicas quimicas e fisicas de 6 solos do Rio Grande do Sul, originArios de basalto
TABELA 2: Valores de pH do solo e solu9~0 relaciona.dos com as niveis de calcaria aplicadas nos solos (m~dia de duas repeti90es)
TABELA 3: Composi9~o dos cations na troca em fune~o dos niveis de pH CaCI~ obtidos nos solos (m~dia de duas repetic5es)
TABELA 4: Composi da solU9~o dos solos em fun-ego dos niveis de pH CaCl 2 0,01 M nos
Pag.
29
41
solos (m~dia de duas repeticOes) 51
TABELA 5: Teores de c~lcio, magn§sio, manganes e aluminio e rendimento de mat§ria seca para tecidos de parte a~rea e raiz de feij~o em func~o de niveis de pH (CaC12) atingidos devido a aplicacao de carbona-to nos solos (m~dia de duas repeti95es) . 62
TABELA 6: Teores de calcio, magnesio, mangan~s e aluminio e rendimento de materia seca de parte a~rea e raiz de milho em func~o de niveis de pH em CaC1 2 atingidos com a calagem nos solos (m~dia de duas repeti-90es) . 72
TABELA ?: Equa~;oes de regressao entre cations na troca e Da solucao das solos
TABELA 8: Helacoes entre as teo res de Mn e Ca+Mg no tecido de plantas de feij~o e milho, de acordo com a pH CaC12 0,01 M obtido com a calagem dos solos (media de duas repet i coes ) .
TABELA 9: Relacoes entre os teores de Mn no tecido de plantas de feij~o e de acordo com 0 pH CaCl2 0,01 M com a calagem dos solos (media repet.icoes) .
viii
e Ca+Mg rni lho, obtido
de duas
80
90
92
TABELA 10: Equac5es de regress~o entre as relac5es de [Mn]:I.,/ ::,:' / [AI] 1. ,/ ::'!: -l [Ca+ Mg]:I.,/ ::;~ na troca e soluC~o dos solos e na raiz de feijao e milho .
TABELA 11: Rela95es entre Al e Ca~Mg no tecido radicular de feijao e milho de acordo com o pH CaC12 0,01 M obtido com a oalagem (m~dia de duas repetic5es)
TABELA 12: Equac5es de regress~o entre as relaC5es A1/Ca+Mg na z de feijao e milho e as re1a90e8 observadas na solu9ao e troca dos solos estudados .
ix
· 102
· 109
· 110
RELAC~O DE FIGURAS
FIGURA 1: Variacao do teor de mangan~s troe6vel em funcao do pH em agua e pH CaC12 0,01 M para seis solos originarios de basalto.
FIGURA 2: Variaqao do teor de aiuminio troeAvel em funcao do pH em agu8 e pH CaCl::.? 0,01 M para 'seis solos originArios de basa1to.
FIGURA 3: Variaoao das relacoes Mn/Ca+Mg na solu-Cao das solos em func~o reI Da troea para seis solos originarios saIto
FIGURA 4: Vari observada nas re1acoes Mn·1. /:21 Al" /::::;+ [Ca+Mg] :t /:;;:~ na solucao dos solos em funoa.o das re1ac5es na troes para seis solos originarios de basal to .
. !:i'lGURA 5: Variacao das reIac5es AI:l· /:::1; /[Ca+Mg] 1. /:''2
na solucao dos solos em funcao das relacoes na troea para seis solos originarias de basalta .
p-'IGURA 6: Variacao das relacBes Mn/Ca+Mg na parte a~rea de feijao em funca.o das relacoes na soIu9ao e troea em seis solos originArios de basalto .
FIGURA 7: Variacao das relapBes Mn/Ca+Mg na parte a~rea de milho em fun9~0 das relaC5es na soluqao e troea em seis solos origina.rios de basalto .
FIGURA 8: Varia9~o observada nas rela90es Mn :l / :;.;~ I All. / ::$ + [ Ca + Mg] :1. / :.;:~ n a r a i z de f e i j ~o
em funqao das relacoes na solU9~o e troea em seis solos originArios de basalto .
FIGURA 9: Variapao observada nas relacoes Mn1/2/A11/3+[Ca+Mg]1/2 na raiz de milho em funcao das re1acoes na solup~o e troca em seis solos origin~rios de basalto .
FIGURA 10: Variacao das relacBes All. /::~ /(Ca+Mg]:J. /~:~ na raiz de feijao em funcao das relacoes na soluqao e trocs em seis solos originArios de basalto .
x
Page
47
49
81
84
86
93
97
· 103
· 107
· 111
FIGURA 11: Varia9~o das relac5es A11 3/[Ca+Mg]1/2 na raiz de milho em fun9~o das relaC5es na SOlU9~O e troea em seis solos originArios de basalto .
xi
. 113
RELAC~O D~ AP~NDICES
APENDICE 1: Quantidade de carbonato aplicado e os val ores de pH atingidos ap6s a incuba9ao
APE"l>.!D r ~L' ')'. rr 0 """'s d c , "......6.1 . g A • 1.'~ ~\"",.c. <.J e. rlJ,' c; '....;a OJ_O e rna" D!;jS10 recupera-
/\
dos na troca em rela9~o As quantida-dos element,os adicionadas com a
mistura de carbonato ern seis solos de Rio Grande do Sul.
APENDICE 3: Teores de s6dio e potAssio na troca e na soluC8.o de seis solos de Rio Grande do Sul originArios de basalto. (m~dia de duas i ).
xii
126
127
~
1. IN'I'HODUCAO
Os solos do Hio Grande do SuI sao predominantemente
acidos, com nlveis t6xicos de aluminio e mangan~s e baixa
d ibil nutrientes. Devido a essas
t , a ividade culturas tende ser menor nesses
Sabe--se que 0 efei to benefico da calagem sobre 0
rendimento dos cultivos esta relacionado principalmente com
a redU98.o dos teores t6xicos de aluminio e mangan~s, pela
eleva9ao do pH .. Alem disto, o fornecimento de calcio e
magnesio, 0 aumento da disponibilidade de f6sforo e molib-
d~nio, e 0 favorecimento da atividade microbiana devido a
calagem tambem sao importantes para as plantas.
Ha decadas que 0 calcario e utilizado pelos agri-
cultores gauchos com a finalidade de reduzir ou eliminar os
fatores limitantes do desenvolvimento vegetal relacionados a
acidez do solo. Com a moderniza98.0 da agricultura, em busca
de maiores produtividades, 0 uso de corretivos e fertiiizan-
tes foi gradativamente intensificado. Considerando 0 fato de
que se tratam de recursos naturais nao ren.ov8.veis, as in8-
titui9C'Ses de pesquisa e extensao do Rio Grande do SuI e
Santa Catarina sentiram a necessidade de repensar sua con-
2
dute. de recomenda9ao de aduba9ao e calagem. Para tanto,
e necessaria obter-se uma maior aeuracidade entre a reco
menda9ao (0 que se pretende) e 0 resultado final refletido
no rendimento dos cultivos {o que se obtem). Torna-se ent~o
importante entender melhor as altera9Bes que ocorrem no solo
com a aplica9ao de calcaria e as efeitos sobre 0 desenvol
vimento vegetal.
A resposta das culturas a calagern varia de urn solo
para outr~ e tambem com 0 de a a
especie em questao. Plantas sens s a necessitam
uma faixa de pH mais alta. Assim, estas plantas tendem a
produzirem maiores ganhos de rendimento com a melhoria das
condicoes ambientais do solo, do que plantas mais toleran-
tes.
Ha pouca informa9ao sobre as alterat;'i3es provocadas
pela calagem sobre os fatores limitantes relacionados com a
solu9ao dos solos acidos do Rio Grande do Sul. Outro fato
irnportante a estudar relaciona-se a influ~ncia que estas
altera90es exercem sobre a absor9~o de nutrientes pelas
plantas.
menos
Ji'oi objeti vando
que este trabalho
urn maior conhecimento desses fenO-
foi desenvolvido. Estudou-se 0
efeita de quatro niveis de calcaria sobre a pH, teo res de
calcio,
6 solos
magnesia, mangan~s e aluminio na troca e solu~:~o de
do estado originarios de basalta. Ainda observau-se
a influ~ncia destas altera9~oes sabre a rendimento de mate
ria seca e absorcao daqueles elementos p~r feij~o e milho.
I
2. REVISAO BIBLIOGRAFICA:
Caracteristicas quimicas de solos minerais ~cidos»
ou interacoes entre elas, podem ser limitantes ao
desenvolvimento vegetal.
Os solos do Rio Grande SuI sao
ae , segundo TEDESCO et alii (1985a), em
tamento realizado em nove laborat6rios da Rede Oficial de
Laborat6rios de Analise de Solos, onde apenas 7,6% das
amostras analisadas n~o necessitavam correcao de acidez para
obten98o de rendimentos economioamente oompensadores.
Nao s6 0 pH baixo 1 imi t..:.a 0 crescimento das plantas
nos solos acidos, mas tarnb~m a toxidez e/ou defioiencia de
elementos minerais (MARSCHNER, 1986) . Considera-se como
fator principal, entretanto, os niveis excessivos de alumi-
nio nas formas livre e trocavel. Alem deste~ deve-se ressal-
tar os niveis t6xicos de mangan~s, e a deficiencia de f6s-
foro, calcio e magnesio, que muitas vezes estao associadas.
2.1. Aluminio
Ha muito se reconhece a toxidez do aluminio como urn
4
dos fatores principais a limitar 0 desenvolvimento de plan
tas nos solos acidos. Apesar disso, as re la95es entre seu
comportamento quimico na soluc@to do solo e a manifesta9~o de
fitotoxioidade ainda n~o foram completamente elucidadas,
segundo PARKER et alii (1988).
Muitos fatores afetam os teores de aluminio troca-
vel e em soluC~o no solo. Entre eles est~o 0 pH do solo,
tipo de argila predominante, concentrac~o
concentrac~o total de sais e teor
acordo com FOY (1974).
outros cations,
Tem s ido demonstrada a importa.ncia do Al:::l:+ na
fra9~o trocAvel da acidez do solo (THOMAS & HARGROVE, 1984).
Considera-se acidez trocavel aquela porcao da acidez do solo
que pode ser deslocada com urn sal neutro nao tamponado, como
KCl, NaCl, CaC12. Em qualquer sistema (solo ou argila), as
r ea9i3es sao, contudo, complicadas pela ocorrencia inevitavel
de reac5es hidroliticas e de readsor9ao (JACKSON, 1963).
o pH A um dos fatores principais que afetam 0
aluminio no solo. Em solos ~cidos, considerando-se pH abaixo
de 4, o elemento se encontra na forma AF:::+ hidratado
(MARSCHNER, 1986). Neste caso, o aluminio ocups uma porc~o
da capacidade de troca de cations do solo) que poderia estar
ocupada principalmente por calcio ou magnesio.
Segundo MARSCHNER, (1986) a forma de aluminio
predominante se altera a. medida que 0 pH varia. Quando 0 pH
comeca a se elevar, a partir de pH 4, decresce 0 teor de
AF$· ... · e aument,a 0 de Al (OH)::;H" ate pH 5,5, quando comeca a
5
diminuir. 0 AI{OH)2+ sofre um pequeno acrescimo, elevando
seu teor a-te pH 5 e desaparecendo a pH 6. 0 Al(OH):~,:: se eleva
a partir de pH 5 e atinge 0 mtiximo a pH 7, quando a forma
AICOH)4--' passa a ter seu -teor aurflent,ado.
Alem das forroas monomericas, ocorrem formas pol
mericas do alumin.io> como por exemplo>
dentes do pH e da concentrac~o de aluminio no solo ( NAIR &
PRENZEL, 1978). De acordo com JACKSON (1963), as formas
monomericas sao prontamente , ao passe que d
e pol nao.
o tipo de argila predominante no solo afeta os
teores de aluminio. Entre os rninerais de argila, conforme
THOMAS & HARGROVE (1984), a ac tractivel t em relac~o a
acidez total e maior para montmorilonita, intermediAria
para vermiculitas dioctaedricas e menor para os minerais
cauliniticos. Onde os 6xidos de ferro e alum:i.nio se acumula
ram na st:tperficie de argi las, a proporc~o de AI:::;'";,, da acidez
total se reduz.
A concentracao de outros cations, como calcio, mag-
nesio, s6dio e potassio, entre outros, tamb~m inf1ui sobre
os teores de aluminio trocavel, conforme FOY (1974). Para
THOMAS & HARGROVE (1984), a carga trivalente do aluminio 0
torna melhor competidor pelos sitios de troca nas argi1as
que os cations di e monovalentes. Entretanto, 0 equilibrio e
muito dependente da concentra9go de eletr61itos, que poderia
a1 terar a quantidade de aluminio na t.roca par efei ~o de a.;:110
de massas. Quanto maior a concentra9ao de e1etr61itos na
6
solU9~o, segundo KAMPRATH (1978), maior a tendencia A dimi
nui9ao do alurninio na troca com 0 eonseqi1ente aurnento na
solu9ao. Alem disso, de acordo com MCBRIDE & BLOOM (1977);
uma parte da dependencia da concentra9~o eletrolitica pode
ser devido a maior faci 1 idade do ion Al::$o+o hidratado se
hidrolizar a uma forea ionica maior.
A rela9~0 entre 0 nivel de a1uminio na 801ue&0 do
solo e outros fatores, para HELYAR (1978), e conveniente-
mente descrit,a pelo produto de solubilidade do hidr6xido
aluminio (pAl + pOH). Na verdade, aos teores
aluminio serem influenciados pelos fatores anteriormente
descritos, existe a dificuldade de se ajustar os conhecidos
produtos de solubilidade, determinados em 901u95e8 prepara
das com minerais puros, para os diferentes tipos de solos.
1.!rabalhos como 0 de CURTIN & SMILIE (1983) constatam essas
disparidades, que se devem a diferencas de graus de crista
lizacao dos 6xidos e/ou substitui9~es isom6rficas.
Pesquisas tem demonstrado que a materia orgAnica
exerce uma certa influ~ncia sabre a disponibilidade de
aluminio para as plantas (EVANS & KAMPRATH, 1970), Em solos
paranaenses, PAVAN (1983) comenta que os teores de aluminio
soluvel, ao contrario dos trocaveis e n~o-trocaveis, tendem
a ser menores para solos Acidos que contenham maiores teores
de carbono orgfinico. A for~:a de liga9a.o ou a comp1exac8.o do
aluminio com a materia organica pode resu1tar na menor quan
tidade do elemento disponivel em solU98.0, relacionando-se
com 0 aluminio nao trocavel.
7
A presenca de substancias org~nicas com c8pacidade
de complexacgo com a aluminio se constitui num obst~culo
para as reacBes de hidr61ise e polimeriza9~0 do aluminio.
Segundo HUANG & VIOLANTE (1986) estes radicais orgAnicos
podem ser parcialmente responstiveis pels restri9~0 do alumi-
nio nas formas monomerica e dimerica na so dos solos.
Os mesmos autores ainda salientam 0 pouco conhecimento que
se tern sobre a especiac~o do aluminio em SOlU9~0, seu com-
partamento quimico e
outros organismos.
itos eco16gicos s as e
Os materiais que comp5em a porc~o organ s-
tente nas soluCBes de solo s~o variAveis quanto A sua com-
posiC8.o quimica, estrutura,
de acidez, segundo HUANG &
tamb~m v~o diferir quanta
grupo funcional, tamanho e grsu
VIOLANTE (1986). Dests forma,
~ capacidade de interferencia
sabre as reacoes de hidr61ise com a alurninio, conforme KWONG
& HUANG (1979).
A precipitacao do aluminio e influenciada negativa
mente pela presenca de ~cidos organicos de baixo peso mole-
cular, com alta afinidade de complexacgo com 0 mesmo. A
capacidade de dificultar a precipita9~o dos produtos de
hidr6lise do aluminio obsdeee a seguinte ordem: Acido
citrico > Acido malico ) aeido tanico) acido aspartico >
acido p-hidr6xibenz6ico, segundo KWONG & HUANG (1979), em
solu9C5es puras. 'A medida que estes acidos ocupam os sitios
de coordenacao do aluminio no lugar de moleculas de agua,
tambem existe uma restric~o as reaCOes de hidr61ise. Este
8
bloqueio sera tanto maior quanto mais afinidade par aluminio
tiver este Acido e maior seu teor em solucao.
Em trabalho realizado por HUE et alii (1985), os
Acidos mais efetivos na reducao da toxieidade do aluminio em
solu90es nutritivas, de acordo com 0 comprimento das raizes
de plantas jovens de algodao, foram: citrico > oxAlieo >
tartarico. Os acidos malieo, ma1onico, e sa1ioi1ico foram
considerados de moderada oapacidade, enquanto que 0 ftAlico,
acetico, f6rmioo e lAtico mostraram-se pouoo capazes
exercer protecao raizes quanto aos efe t6xicos do
AF'Y.·.j.·. Usando 0 crescimento radicular do algodao para deter-
minar a aluminio monomerico ativo na solu9ao do solo, eles
calcularam constantes de estabilidade de complexaCl1O para
cada acido que mostrou-se capaz de reduzir a fitotoxicidade
do aluminio. Observaram que as constantes refletiam a ordem
de capacidade de cada Acido e que a posicao dos radicais
carboxilicos e de H+' na cadeia principal tambem estava
relacionada. Comprovaram 0 efeito destes Acidos sobre a
toxicidade do aluminio cultivando algodao em dois horizontes
eluviados de diferentes solos, que variavam quanto aos
teores de Acidos orgftnicos, mas nao quanto ao aluminio na
solu9ao. Os solos diferiram quanto a toxicidade de aluminio,
acreditando os autores que seja devido a composi9ao dos
radicais orgAnicos em solu9ao. Apezar disso, 0 solo com
maiar problema de toxidez ainda apresentava teores mais
altos de calcio e magnesio em solu9ao.
Alguns trabalhos revelarn que a toxidez de aluminio
9
refletida sobre 0 crescimento vegetal se relaciona com a
atividade do Ar::::"'> em solu>C~o em solos acidos, (KAMPRATH,
1978; ADAMS & HATCHCOCK, 1984; ALVA et alii, 1986). Os
teores de aluminio em soluc~o, por sua vez, est~o bern rela
cionados com a saturaqao de aluminio na CTC, (PAVAN, 1983;
NYE et alii, 1961 ) . Alem disso, de acordo com KAMPRATH
(1978), a saturacao de aluminio esta bern correlacionada com
a ocorr@ncia de sintomas de toxidez. Desta forma, pode ser
considerada urn born indicador da capacidade do solo ir
aqueles lSi as plantas. Entretanto, alguns
Ihos como 0 de (ADAMS & LUND, 1966), discordam dessa ideia.
Para eles nem 0 aluminio trocAvel, nem a saturac~o de alumi
nio foram satisfat6rios para indicar valores minimos t6xicos
as plantas de algod~o, para tres subsolos norteamericanos
concomitantemente. Trabalhos mais recentes como de PARKER et
alii (1988) questionam a validade das correIac5es entre
atividades do ion aluminio em solu9ao com fitotoxicidade.
Segundo eles, a ati vidade do AF:f.+ em solu9ao se relaciona
bern com a fitotoxicidade em trigo na aus~ncia de formas
polinucleares do aluminio. Neste caso, tambem hit uma dimi
nui9ao do problema com 0 aumento do pH. Embora reconhe9a-se
a import&ucia do aluminio trivalente, aventa-se a possibili
dade de ocorrerem outras especies mononucleares t6xicas,
como por exemp 10, 0 Al (OH) :>;:~'>'>. Ent.retanto nao pode ser des
cartada a possibilidade de formas polimericas serem poten
cialmente t6xicas. Apesar disso, 0 maior tamanho e as cargas
polivalentes destas especies, mesmo se conhecidas, tornam
10
impraticavel a determinac~o de suas atividades. A metodolo
gia de especiacao de formas permite apenas eomparar qualita
tivamente a relativa toxicidade entre as ias mono e
polimericas.
Reconhecidas as potenciais diferencas de toxicidade
entre as formas mono e polim~rieas, apresenta-se a dificul
dade metodo16gica para avaliar esta espeeiac%o. Outr~ pro
blema reside na falt~a de conhecimento de quando as·tas aspe-
eies polimerieas t6xicas s ifi
mente na solucao do solo. Alem disso, a
cial destas formas por minerais de argila a materia orgAnica
ja foram demonstradas por ZELAZNY & JARDINE (1988) oitados
par PARKER et alii (1988). Uma vez adsarvidas, estas espe-
cies dificilmente ser?fo trocadas. Assim, parece suficiente
o conhecimento do A13- ativo na solucao para se estimar 0
status t6xico do aluminio, de acordo com WRIGHT et alii
( 1987) .
As raizes sao normalmente os primeiros 6rg~os
afetados pelo aluminio. Os sintomas gerais sao similares
entre a maioria das plantas. Quando a toxidez de aluminio e
mais leve, 0 crescimento das raizes laterais e inibido,
embora a raiz principal possa se desenvolver de forma apa
rentemente normal. Entretanto, se os niveis do elemento sgo
mais altos, as raizes principais tambem sao afetadas. As
raizes se apresentam curtas, intumecidas e, entortadas. Uma
colora98.0 escurecida e engrossamento tambem s?fo sintomas
comuns. 0 sistema radicular fica reduzido e explora urn menor
11
volume de solo, segundo HELYAR (1978),
2. 2. Mangan~s
o mangan~s e considerado urn rnicronutriente por ser
necessaria eIIl pequenas quantidades na nutri9~0 das plantas.
Isto determina uma estreita faixa de concentra9~o na solu9~0
do solo fora da qual ele pode se tornar deficiente ou t6xi-
co.
A quimica do mangan@s e muito complexa, pr
mente porque este elemento ocorre em varios estados
oxida9f1o e forma 6xidos nao estequiometricos, com estados de
valencia mistos. Os diferentes graus de cristaliza9~O em que
podem se encontrar esses 6xidos, associados e possibilidade
de co-precipita98.o de ferro e outros 6xidos tambem contri
buem para a dificuldade de estudo, segundo LINDSAY (1972).
o mangan~s pode ocorrer nos estados de oxida9ao 0,
2, 3, 4, 6, e 7, de acordo com SILVER et alii (1986). Entre
tanto, apenas os estados 2, 3, e 4 sao importantes na natu
reza. A forma divalente existe em sistemas aquosos, tanto na
forma sol~vel como insol~vel. JA a forma tetravalente e
sempre muito pouco sol~vel, encontrada como 6xidos simples
ou complexos. 0 mangan~s trivalente s6 e estavel como com
plexo so16vel au 6xido inso16vel em sistemas aquosos, oon
forme HEM (1964).
Os fatores mais importantes para a ocorr~ncia do
elemento em varias formas sao 0 pH e a materia orgAnica, de
acordo com MULDER & GUERRETSEN (1952).
12
Conforme HEM (1964),
a influ~ncia do pH, potencial redox (Eh) e a atividade do
mangan~s na solU9~o sa,..) fundamentais no estudo do compor
tamento quimico do manganes em soluc5es aquosas.
Solos com val ores de pH inferiores a 5,5 podem'
uma grande quantidade de mangan~s nas formas trocavel
ou so16vel em ~gua. Com a elevac8.o do pH, ale vai sendo
oonvert,ida a 6xidos manganicos menos solllveis nos estados
3+ e 4+) . lsto impliea numa menor disponibil do e-
podendo atingir niveis defici ia (MULDER &
GUERRETSEN, 1952).
A auto-oxidac8.o do manganes divalente e importante
acima de pH 8, conforms HEM (1964), Entretanto, abaixo dests
pH, ale s6 ~ oxidado significativamente na presenca de
catal izadores, como determinadas enzimas oxidativas, ou
entao par urn oxidante mais potente que 0 oxig@nio. ~A medida
que a oxidacao do mangan@s de fato ocorre a condic5es de pH
de solo bern mais baixos, a oxida9ao microbiana, enzimatica
ou 01.10, parece ser a explicaQ8.o mais adequada para 0 fename
no, de acordo com SILVER at alii (1986).
A oxida9~0 microbio16gioa ainda n~o estA suficien
temente esclarecida. Contudo, segundo MULDER & GUERRETSEN
(1952) ressaltam-se evid13ncias de que microorganismos de
origens bern diferentes est~o aptos a produzirem determinados
Acidos a partir da celu10s8 8 outros substrates de origem
vegetal e que os sais manganosos destes acidos sao oxidados
quimicamente acima de pH 7. De aoordo com ALEXANDER (1961),
13
estirpes de bacterias de g~neros como Aerobacter, Bacillus,
Pseudomonas e Corynebacterium, e fungos como Cladosporium,
Curvularia, Eelmintosporium e Cephalosporium sao capazes de
oxidar formas manganosas.
A axidacao bio16gica nao e muito sensivel a varia
cao do pH, entretanto se process a mais rapidamente na
de pH 6,0 a 7,5 , segundo LEEPER (1940) ci-tada par ALEXANDER
(1961),
A redu9ao ou solubilizacao
tambern pode ser infuenciada pela at microorgan
mos atraves da alteracao do potencial redox, ou tensao de
Qxig@nio do solo, ou at~ pela producao de substAncias or
gAnicas redutoras que deslocariam 0 equilibrio no sentido da
formacao de produtos manganosos (MULDER & GUERRETSEN, 1952;
ALEXANDER, 1961).
o mangan@s fisiologicamente e essencial as plantas,
sendo ativador de muitas enzimas, e podendo ser substituido
pelo magnesio em alguns casos. Tern importante funcao nos
cloroplastos e de alguma forma estA envolvido em processos
de oxi-reducao no sistema de transport,e de eletrons na
fotossintese. Atua sobre a fot61ise, sendo muito importante
para 0 fotossistema II, (MENGEL & KIRKBY, 1978; MARSCHNER,
1986). Alem de ser constituinte de organelas fotossinteti
cas, esta relacionado ao catabolismo de carboidratos e ao
metabolismo de acidos organicos, associando-se com transfor
ma95es envolvidas no metabolismo do nitrog~nio e f6sforo,
MULDER & GUERRETSEN (1952).
14
Os sintomas de deficiencia sao semelhantes aos de
magnesio: clorose internervural nas folhas. Contudo, ao con
tra.rio do magnesio, esses sintomas costumam aparecer ini
cialmente nos tecidos mais jovens, por quest5es de mobi
lidade nos tecidos. Em dicotiledOneas sao freq~entemente
caract.erizados como pequenos pont os amarelados nas folhas.
Em monocotiled~neas, particularmente na aveia, os sintomas
de defici~ncia aparecem na basal das folhas como
pontos inzentadas e listras, A ia
plantas e reduzida e a superior ao meio
da falha num est~.gio mais avan9ado (MENGEL & KIRKBY, 1978).
o nivel oritieo de deficiencia para a maioria das
plantas se encontra na faixa dos 15 a 25 ppm de Mn na
mat,eria seca de parte aerea, segundo MENGEL & KIRKBY (1978).
Os sintomas de toxidez normalmente s~o caracteriza
dos POl" pontos escuros em folhas velhas e por uma distribui-
98.0 irregular da clorofila. Freqt1entemente s~o acompanhados
de sintomas de deficiencia de ferro (MENGEL & KIRKBY, 1978}.
Niveis critiC08 de defici~ncia e toxidez por man
gan~s foram determinados por OHKI (1983) para a cultivar de
trigo "Stacy" usando 8011190es nutritivas. 0 valor critico de
deficiencia obtido foi de 13 ug/g de materia seca para a
mais jovem folha com ligula desenv01vida, enquanto que 0
nive1 critieo de toxidez foi de 380 ug/g de mat~ria seca.
Tanto os niveis de defici~ncia gerados corpo os de toxidez
reduziram as concentra90es de potassio, cAlcio e magnesia
nos tecidos. Sob toxidez severa, os teores de magnesio
15
diminuiram bastante, tornando-se inadequados.
E dificil a previs~o de quando 0 solo vai apresen-
tar problema de manga.n~s t6xico ou n~o. Para tanto, s~o
necess~rias informacBes sobre as exig@ncias da cultura em
quest~oJ do nivel inicial de elemento no solo e, tamb~m,
como este nivel varia durante 0 cultivo, segundo WHITE
( 1970) ,
plantas,
2,3. Calc e rnagnes
o calcia e urn eleroento roui-to importante para as
sendo considerado urn macronutriente secundario.
Segundo FOY (1974) ele atua sobre a divis~o e eiongac~a
celular, sabre a estrutura e seletividade das membranas, na
atividade de algumas enzimas e se interrelaciona com outros
ca-tions na absorcao das plantas. Alem disso, tambem e muito
importante para a fix89ao simbi6tica de nitrog~nio pelos
riz6bios.
o magnesio e outro cation muito importante na
nutricao de plantas, para a fotossintese, ja que faz parte
da molecula de clorafila (MENGEL & KIRKBY, 1978). Alem disso
e necess6rio em outros processos fisio16gicos dentro da
planta. E cofator de muitas enzimas relacionadas com os
processos da fosforilacao oxidativa,
tambem sabre a sintese de proteinas.
entre outras. Influi
De acordo com BARBER (1984'), 0 calcio e 0 cation
dominante na fra~!ao trocavel de mui tos' solos, sendo que,
16
somado ao magnesia, usualmente atinge mais de 60 % da capa
cidade de troca de cations em solos com pH 5,5 ou mais. No
caso de solos acidos, entretanto, a eTC e menor e os teores
de aluminio trivalente sao elevados abaixo de pH 5. Sendo 0
aluminio um cation mais competitiv~ que 0 calcio 13 0 mag-
oesio, eles deixam de serem os cations dominantes
Como conseqQ@ncia, a saturacAo de aluminio
desenvolvimento das plantas fica prejudicado.
o n 1 de cio na s do solo
palo equilibrio com 0 c~lcio
na troca.
e maior e 0
e 1
1. A1em
disso, 0 grau de sitios troca, a natureza
das ligacoes com esses sitios, cations complementares e 0
nivel de anions em solU98..0 tambem exercem influ~ncia, segun-
do BARBER (1984), Os teores de magnesio na 801U98..0 do solo
tambem sgo determinados pelo equilibria com a forma troca
vel. 0 magnesia, contudo, e retido com menos intensidade que
o cAlcio nos sitios de trooa.
Os teores de calcio e magnesio absorvidos pelas
plantas s~o influencia.dos pelos niveis de outros cations no
solo., entre eles, aluminio, calcio, magnesio, e potassio.
Segundo FOY (1974), a conoentracgo de cAlcio no
tecido, essencial para 0 crescimento em si, e muito pequena
e chega. a se aproximar a de micronutrientes. 0 papel funda
mental do calcio existente no meio de crescimento e na
planta seria atuar na desintoxicacao de excessos de outros
oAtions e na estabilizac~o de membranas sob condicoes adver
sas. A concentracao de oalcio necessaria para ° bom desen-
17
volvimento aparentemente esta envolvida com as taxas de
calcio para outros cations no meio 8 na plantas
De acordo com MENGEL & KIRKBY (1978), a defici@ncia
'de calcio e caracterizada por urna reduCi:io no crescimento dos
tecidos meristematicos. Primeiramente os sintomas s~o obser
vados nos t£::;ctdos jovens devido a pequena mobilidade do
calcio nos tecidos. Os ponteiros e folhas jovens S8 deformam
e se tornam clor6ticos, havendo necrose nas margens das
Ihas em ios mais avancados. Os tecidos s jovens se
tornam maie moles devido a dissoluc~o das
Em solos, e muito dificil se verificarem esses
sintomas extremos de defici~ncia, porque a maioria dales
possui quantidades um pouco mais elevadas de calcio. Entre
tanto, na quase totalidade dos solos tropicais sob vegetacao
de cerrado os teores de calcio e magnesio sao considerados
baixos, muitos dos quais indicando extrema defici@ncia para
o desenvolvimento de plantas, (LOPES, 1983; SANCHES, 1976),
Segundo HELMS & DAVID (1973), citados por MARSCHNER,
( 1986), ° calcio e 0 11nico nutriente que nao e remobil izado
dos tecidos da semente para os 6rgaos vegetais em desenvol
vimento, Por isso, e tambem devido a sua maior necessidade
para ° melbor desenvolvimento das plantas nos solos acidos,
que a sua deficiencia se torna tao importante.
Os sintomas de deficiencia de magnesio variam muito
de uma planta para outra, mas algumas caracteristicas podem
ser consideradas mais comuns. Ao contrArio do cAlcio, 0
magnesio ~ mais m6vel nos tecidos de forma que os sintomas
18
de defici~ncia costumam aparecer inicialmente em tecidos
mais velhos. Segundo MENGEL & KIRKBY (1978), urn amareleci-
mento internervural ou clorose e comum em grande parte das
dicotiledeneas como 0 tomate, beterraba, videira e batata.
Em casos mais extremos estas areas se tornam necr6ticas.
Folhas com defici~ncia de magnesio caem prematuramente com
mais freqti@ncia. A defici~ncia difere em monocotiledbneas,
mas possui alguns pontos em comum como a influancia sabre 0
metabolismo da agua e carboidratos, e a manl
dos sintomas defici~ncia em tecidos mais velhos. A
das folhas mostra inicialmente pontos verde-escuros devido A
acumula98.o de clorofila que se salientam contra a colorac~o
amarelada da folha. Em estagios mais avan9ados, as folhas se
tornam mais clor6ticas e Iistradas. A ocorrencia de necrose
limita-se principalmente as pontas das folhas. Estes sin-
tomas sao comuns ao trigo, aveia, centeio e tambem para 0
milho nos estagios
amadurecimento das
iniciais
folhas
apar~ncia mais manchada.
de desenvolvimento. Mas com 0
do milho, elas vao tomando uma
Os pontos criticos a partir dos quais se manifestam
sintomas de defici@ncia de magnesio variam em fun9~o de
diversos fatores, entre eles a especie em questgo. 0 limite
de refer@ncia para 0 surgimento de sintomas de defi
ci~ncia de magnesia e de 2 mg Mg I g mat. seca, como
indicam MENGEL & KIRKBY (1978).
19
2.4. Rela9Bes de cations
Htl muito S8 conhece a influ~ncia de intera9C3es
entre cations sobre seus teores na troca e solu9ao dos
solos. o entendimento das rea9C3es de troca entre cations
adsorvidos e em solU9ElO e importante para se preyer a com
posi9ao da fase soluvel, em fun9ao do que ocorre na troca.
Para este ponto ser atingido, torna-se necessario conhecer
com que intens urn
outro(s) palos sitios
solu9ao do solo. Assim,
cAtion e em
lU'~Gu . .I .• ...t ( ) para
como a analise de solu9ao de so
mais complicada que a determina9ao dos cations trocaveis,
parace razoavel que se busque meios de preyer a composi9ao
da fase soluvel em fun9ao da troca.
'A medida que 0 pH varia, al tera."-se a solubi 1 idade
dos cations no solo. Como essa altera9ao ~ diferente de urn
cflt;ion para outro, as rela.9f5es oatiecnicas no solo se modifi
ca.m e influenciam sua absorc8.o pelas plantas. POl'" isso,
conhecer essas variacoes e sua influ8noia sabre as culturas
e 11ti 1 dentro de urn programa de anal ise de solos e recomen
da9ao de fertilizantes e corretivos.
Baseado no fato de que a absorC8o de nutrientes
pode ser descrita por equ8coeS de a9~0 de massas,
MIELNICKZUK (1973) verificou a possibilidade de caracterizar
a absorcB.o de ions do solo conhecendo a composi9~o da sua
solU9~o POl'" equilibrio com SrCl:;;:~, a partir da aplica9~o de
urn modelo matemAtico. Este modele supunha que a absor9~e de
20
nutrientes pelas plantas depende da competi9~o entre cations
na so1u98.0 externa por urn sitio de troca na superficie de
absOr98.o das raizes (ou per urn sitio negative interne).
Fazendo-se rearranjos na equac8.o e aplicando-se logaritmos
para linearizar a func8.o, fei possivel determiner urn coefi-
oiente de seletividade (K) e urn coeficiente de declividade
(n) de forma que se p()de explicar au interpretar 0 deslooa-
mento dos cations da so1U98.0 do solo para a "troes" na
planta. Foi possivel demonstrar a importfineia soma
calcio e magnesio na manifesta9ao de sintomas toxicidade
per mangan~s em soja, comprovando s intera9ao entre eles.
Foi determinado urn ponto eritico a partir do qual os sin-
tomas ocorriarn: log MnX/Ca+MgX L -1,50. 0 uso de equ8c5es de
a98.0 de massas tern se aplicado no estudo de reaci3es de troca
de cations (MORTVEDT & KHASAWNEH, 1986). Trabalhos como de
(SALMON, 1964) , (FASSBENDER & PINERES, 1971) , e
(MIELNNICZUK, 1973) ilustram 0 usa deste tipo de equa9~0.
Considerando-se a seguinte equa9~0 de troea exis-
tente no solo, conforme MIELNICZUK (1973):
Ca-X + Mn::':~+ Ga~+ + Mn-X ,
onde ---X e urna superficie ou sitio de troca de cations e 2+
indica ion em solU9~0. Pode-se obter a seguinte equa9~o:
[<~ = , 1 )
21
Admitindo-se urn estado de equilibrio, K e 0 coefi-
ciente de seletividade entre 0 manganes e 0 calcio pelos
sitios de troca. As concentracoes na troca s~o dadas em
meq/lOOg e em mM!l na solu9~o.
Modificando esta equac~o, tem-se:
[Mn--X] (2 )
[Ca-X]
Uma terceira equa9~0 A produzida, linearizando-a
pela aplic8C8.o logaritmos a todos os termos:
[Mn-X] (Mn2 .+. ]
log -------- -~ log K.'1f"l. c,"\ + log --------- (3) [Ca-X]
o coeficiente 1 inear (log Kjv,n .. c:~) e 0 coeficiente
de seletividade do mangan@s em relac~o ao calcio pelos
sitios de troea. Quando se plotam as relacoes eationicas na
troca em funca.o das respectivas relac5es na soluC~o does)
solo(s), obtern-se urna reta (y = a + bx) com urn coeficiente
linear que corresponde 0.0 antilogaritmo do coeficiente de
seletividade (log-1 ~'1n.cft) e urn coeficiente angular (n).
Este ultimo coeficiente decorre da existencia de sitios de
troea com diferentes graus de afinidade por cations, indi-
cando se 0 coeficiente de seletividade se altera com a
relaCE10 entre os cations na solU9iio, e a intensidade com que
ocorre. Caso 0 coeficiente de seletividade seja igual a urn
(1) (coeficiente linear zero), e 0 angular igual a urn (1),
22
n~o hA cornpeti9~o entre os cations. Mas se 0 coeficiente de
seletividade for diferente de 1, existe urna maior afinidade
por urn dos cations. Caso fossa maior que 1, haveria urna
maior afinidade par mangan~s na troea.
Quando se tratam cations heterovalentes,
considera-se sua partieipac8.o em terrnos de equival~ncia na
reac8.o de troea. Os coeficientes dos termos na passaro
a sar expoentes na equacao. Tornando-s8 a troea entre c~lcio
e aluminio como examplo, tem-se:
1/2 Ca-X + 1 A I::::: +. ---------- 1/3 AI-X + 1/2
Entao a equa9ao obtida seria:
[AI-XJ1/3 [A13+]1/3 log --------.--- = log K.<'~l. ,. Cod\\ + n log ----------- (4)
[Ca.-X] :1. /:;;:~
2.5. Influencia da calagem sabre 0 solo
A adicao de calcaria ao solo tern par abjetivo
modificar suas condic5es de acidez, de forma que seu ambien-
te se tarne mais propicio ao desenvolvimento vegetal. A
calagem impliea em muitas transformacC'Ses nas caraeteristi-
cas quimicas, fisicas e bio16gicas, de forma que fica difi-
oil isolar os fatores responsAveis pela resposta positiva de
maioria das plantas eultivadas (QUAGGIO, 1986),
o eumento do pH do solo ~ um dos ~feitos decorren-
tes dessa pratica. A sua variacao fa~ com que se alterem as
solubilidades de uma serie de elementos no solo (LINDSAY,
23
1973; CURTIN & SMILLIE, 1983), bern como provoca 0 aumento da
CTC efetiva de solos com cargas vari~veis (HELLING et alii,
1964) .
Entre todas as variac5es que ocorrem, provavelmente
a mais importante ~ a diminuic~o dos teores de aluminio
trocAvel e em soluc~o (TISDALE et alii, 1984), par ser esta
a principal fator limitante do desenvolvimento das plantas
cultivadas.
A redu9ao dos teores
conseqtiencia do aumento de pH e
cos
icia 0
tambem e
vegetal. Como jA foi comentado anteriormente, esta relacio
nada com a at;ividade de microorganismos que oxidam 0 man-
gant1s, tornando-o insoluvel, bem como com 0 produto de
solubilidade dos compostos manganOGOs.
A adicao do material calcareo causa 0 aumento da
CTC e dos teo res de calcio e magnf§sio trocaveis (SOUSA at
alii, 1986),
Outro fato importante relacionado com a calagem diz
respeito a disponibilidade de f6sforo que e maxima entre pH
6, 0 e 7, 0 (VOLK~~EISS & LUDWICK, 1970), ocas ionando 0 aumento
da disponibilidade de f6sforo i:1s plantas.
Elementos como 0 Zn, B, Mo, e Cu tamb~m t@m suas
solubilidades modificadas em funcao do pH, como e demonstra
do por LINDSAY (1973). Segundo LOPES (1983), nos latossolos
do Cerrado, a calagem pode ocasionar probl~mas de defici~n
cia de micronutrient,es como 0 Zn e 0 pr6prio Mn.
Como a atividade microbiana e altamente influencia-
24
da pela varia9~o da acidez do solo, outr~ nutriente sensivel
a calagem e a nitrog~nio. A melhora das condi9~es ambientais
para os microorganismos intensifica a fixa9ao bio16gica de
nitrog~nio atmosferico e a oxida9~0 da materia org~nica, bem
como pode ocasionar uma imobilizapao temporaria do nitrog~
nio, por urn pique de atividade de microorganismos heterotr6-
ficas (CAMPBELL, 1978),
Todas altera95es ocorridas no solo poder~o gerar
uma resposta de desenvolvimento das plantas cult , que
pode ser variavel uma esp~cie para outra.
2.6. As plantas e a rea9ao do solo
Tem side demonstrada a variabilidade de comporta
menta das plantas perante condi9~es de acidez (KAMPRATH,
1978; FOY, 1976; HEWITT, 1978). S~o reconhecidas diferen98s
inclusive entre variedades de uma mesma especie. As raz5es
para as diferentes respostas a condicoes de acidez na maio-
ria sao desconhecidas, conforme SANCHES (1976). Sabe-se,
entretanto, que algumas plantas possuem genes especificos
relacionados com uma maior toler~cia a acidez, de acordo
com FOY (1976).
o crescimento de diferentes especies em solos
acidos depende da tolera.ncia relativa aos rd.veis t6xicos de
aluminio e mangan@s e da necessidade relativa de calcio e
magnesia SANCHES (1976). 0 ambiente no qual a especie se
desenvolveu originalmente pode determinar uma maior ou menor
25
sensibilidade aos fatores de aoidez. Entre as que toleram
solos idos e niveis altos aluminio 1, estao 0
abacaxi, cafe, aha, seringueira e mandioca. Gramineas como 0
Panioum maximum e algumas espt::cies dos g§neros Paspalum e
Braohiaria sao tamb~m tolerantes. Algumas leguminosas tropi
oais sao surpreendentemente adaptadas a condiceies de acidez.
E 0 casa dos generos Stylosanthes, Desmodium, Centrosema e
Calopogonium.
di
lha, duas
iais imento
e duas i
uma e-
, foram
observadas em solo podz61ico por NHITE (1970). A calagem
causou urna eleva9~o do pH e um abaixamento nos teores de
mangan@s extraive1 com acetato de amC'Jnio N e em agua. Como
conseq(1encia, os rendimentos tenderam a aumentar. 0 cultivo
das plantas em solucBes nutritivas permitiu observar sin
tomas de toxidez a partir de 880 e 1233 ppm no tecido de
feij8o, de 550 ppm na ervilha, e 200 ppm na cevada.
A sensibilidade relativa de cada especie frente a
acidez de solo pode ser determinada experimentalmente, para
ent~lo se relacionar com as caract,eristicas do solo em ques-
tao. Mesmo especies to1erantes a estas condicBes adversas
poderao responder a calagem. Contudo, 0 fato de uma planta
ser tolerante a urn fator de acidez, como 0 aluminio, nElO
implica que 0 devera ser a outro, como a mangan~s, segundo
FOY (1976).
As diferenc8.s entre variedades de soja quanto a toxidez
aluminio sgo conhecidas, (FOY at al i i., 1969; MUZILLI,
26
1983). Segundo VIDOR (1972), a soja var. Bienville respondeu
a diminui9Ao das teores de aluminio e mangan~s trocaveis do
Latossolo Roxo distr6fico, Unidade de Mapeamento Santo Ange
lo com a calagem, relacionado a urn aumento do peso seeo de
n6dulos e do rendimento de graos. A sensibilidade desta
planta ao aluminio esta relacionada em parte com a defi
ci~nci de calcia induzida pelo aluminio, segundo FOY et
alii (1969) e NOBLE & SUMNER (1988).
o trabalho de MUNNS & FOX (1977) campara a campo 18
I as tropi s e temperadas de importAncia econ~mica
sobre urn oxissolo havaiano ioiente em nitrogenio. Foram
aplicadas 16 doses de calcAria ou Acido equivalentes a -0,39
at~ 22,0 t/ha, obtendo-se urna varia9ao de pH de 4,75 a 7,05.
A calagem aumentou a fixacao de nitrogenia para a maioria
das especies. Aparentemente Casuarina (nElo les. ),
Stylosanthes spP. e Vigna sinensis nao responderam aas tra-
tffinentos. Uma das maiores respostas ao calcaria adicionada
fei de Trifolium repens, que aumentou seu rendirnento cinco
vezes, embora para atingir 90 :r~ do seu rendimento maximo
precisou de menos calcaria que muitas esp~cies. A soja var.
Kanrich mostrou uma das menores respostas relativas (26 %)
8, para atingir 90 % de seu rendimento maximo, necessitou de
mais calcaria qu.s todas espEcc:ies testadas, com excess~o de
Coronilla sp, e Leucaena leucooephala. 0 fato desse solo n~o
possuir severa limita9~o de aluminio ou molibdenio foi a
explicac~o para 0 pequeno aumento de rendimento verificado
na sOja.Os resultados obtidos por este trabalho indicam a
27
dificuldade de se caracterizar leguminosas tropicais e
temperadas como grupos distintos quanto a tolerancia a aci
de solos, jti que dentro dos dais grupos havia uma diver
sidade de respostas a calagem.
o feijoeiro e outra planta muito sensivel a acidez
de solo. A redu9~o de metade do aluminio troctivel e 8ufi
ciente para produzir aumentos significativos na materia
seC8, tanto de parte aerea como raizes, segundo MUZILLI
ser
latossolo roxo di
uma
ico.
a 6,5 em
De acordo com 'VOLKWEISS (1970), 0 milho responde
positivamente a calagem, sendo 08 aumentos de rendimento, de
modo geral, relacionados com a diminuicao das teores de
aluminio e mangan~s trocaveis.
A grande variabilidade entre especies, e mesmo
entre variedades de uma mesma especie, tambem e responsavel
pela disparidade de resultados quando se busca determinar
niveis criticos no solo capazes de produzirem deficiencia au
toxidez de qualquer um desses elementos ou rela9Bes entre
cations existentes em solucgo. Como cada uma tera caracte-
risticas diferentes de absorcffo,por exemplo, e necessaria
t.:.er em rnent,e que esses valores se aplicam a situacoes muito
bem definidas e nao poderao ser generalizados.
/
3. MATERIAL E METODOS
Este estudo foi desenvolvido em casa-de-vegeta9go,
c~mara de cresciment/o e laborat6rio, nas depend~ncias da
Facu Univers do Rio
do Sul~ entre 1986 e de 1988.
3.1. Solos: caracterizac~o, prepare e tratamentos
Foram usados 6 solos do Rio Grande do SuI, repre-
sentativos da regiao do Planalto do Rio Grande do SuI, par-
ticularmente do Planalto M~dio, Alto Uruguai e Campos de
eima da Serra. Estes solos s~o originArios de derramas
basalticos da Forma9ao Serra Geral e compreendem 18,7 % da
area do estado, segundo BRASIL (1973). Sao muito importantes
para a agricu Itura gatlcha, onds se cult iva trigo, soja,
mi 1ho, pastagens e, ultimamente maca. As caracteristioas
quimicas e fisicas dos mesmos sao descritas na Tabela 1.
As amostras foram ob-tidas da camada aravel (0 - 20
em), secas ao ar e passadas em peneira de 4 mm de malha.
Foram separadas subamostras de eada solo para as
determinapBes quimicas e fisicas, a fim de possibilitar a
caracteriza9ao dos solos. Essas amostras foram tamizadas em
TABELA 1 - Caracteristicas quilicas e flsicas de 6 solos do Rio Grande do Sui, origin8-rios de basal to.
--------------------_ ..... _-_._ ... _-----------_._------------------------------------_ ..... _-
Onidade Chssi- pH NO AI CTCef2 de
If {BfA})4 CTCS yo AF Fe? Arg. (ica~o ---------- ----- ---~------ ---- ----------- -----------------------Napeal.
* u R2 (}l SNP % le/l00g I le/l00~ I .'"' _______________ ..-_____________ w ___ .... ____________ ~ ______________________________ ...... ______
S. ~Dgelo LR 4,9 5.6 3.0 1.7 6.1 21 6.1 10.5 42 0.26 0.20 74
Krexil LR 4,8 5.4 5.1 5.0 12.0 42 10.1 14,1 26 0.34 0.20 63
P. Fundo Li 4.5 6.0 1.8 2.2 10.3 21 6.6 11.1 44 0.10 0.05 23
Vacaria LB 5.0 5.3 5.5 2.4 8.6 15 8.5 12, 1 29 0.26 0.20 57
Ksta~M Pi 4.8 5.5 4.7 2.5 13.5 18 9.3 16.3 43 0.29 0.21 52
8. Jesus CH 4,8 4.7 B.3 7.4 11.1 66 13.9 16.1 13 0.66 0.21 60 ---_ ..... _------------------,-----------------------_ ..... _--_ .. _--_ ..... _------_._----------------
11 p8 (fbO) n8 proporcao 1:1 21 Deterlinada ao pH natural 31 Satura~o COl A13+ a pH natural 41 Extraido COl acetato de calcio a pH 71 0
* foote: BRASIL, 1973
** Li : Latossolo Roxo distr6fico LE = Latossolo Verlelho Escuro distrbfico LB :: Llltossolo Bruno distrbfico Pi :: Podsblico Ver.elho Escuro distr6fico CB :: Calbissolo HUiico alico
51 Derliosda a pH 7,0 61 Saturat!o de bases a pH 7}O 71 Kxtraido COl oxalato de AIOoio
29
30
peneira de 2 mm de malha para as anAlises de cations troca-
'leis e carbono organico, enquanto que para as analises
restantes utilizou-se as amostras passadas apenas em peneira
de 4 mm,
Os tratamentos compreenderam a aplica9~o de quan
tidades crescentes de uma mistura de CaCO::::; e MgCO;:.» na pro
por9ao rnolar de 1.: 1> 16, baseand.o-·se no indice SMP para atin
gir pH 6,0, segundo ROLAS (1981), Os sete (7) tratamentos
utilizados apresentados no Apendice 1.
Ap6s a aplicacao e mistura do carbonato com os
solos, estes foram umedecidos a 80 % de sua capacidade de
campo, e incubados em saoos plasticos semi--abertos, de forma
que se garantia a livre troca de gases com a atmosfera.
Estes sacos foram armazenados em casa-de-vegeta9~0. Real
zou-se 0 revol viment,o dos solos periodicamente, oportunidade
em que era reposta a agua perdida por evapora9ao e se reti
ravam amostras para det,erminacoes de pH em agua e cloreto de
calcia 0,01 M. Isto acarreu at~ que as solos atingiram 0
equilibrio com 0 carbonato adicionado. o tempo necessario
para que fosse atingida essa fase praticamente nao variou
muito de um solo para outro, ficando ao redor de cinco
meses. Considerou-se a ponto de equilibria no momenta em
que duas leituras/sucessivas de pH se repetiram, ocasiao em
que foram coletadas subamostras para as determina90es quimi
cas dos solos.
Entre os sete niveis de carbonato aplicado, quatro
foram selecionados para a etapa de cultivo, de modo a ob-
31
ter-se uma ampla faixa de pH, desde aquele natural ao solo,
como intermedi~rios e tamb~m 0 mais prOximo de pH 6. Estes
tratamentos podem ser observados no Ap~ndice 1.
Poueo antes do cultivQ, foi realizada urna adubacgo
fosfatada, na forma de soluqao de NH<':l' H:;;? PO..,. , com a apl ieac~o
de 30 e 50 ppm de P nos solos de te::ct,ura arenosa e
respeetivamente.
3.2. prel
o objetivo da realizaCAo destes testes foi
i losa,
minar 0 tamanho de vasa e 0 tempo minima necessarios para
que 0 efei to das trat,ament:.os fossa observada sabre 0 desen-
volvimento pI ant. as . 0 solo ut,i 1 izado foi urn Latossolo
Bruno (Unidade de Mapearnento Vacaria). Comparou-se vasos com
volume de 250, 500, 1000 e 2000 ml e cortes em 14 e 23 dias
ap6s a semeadura da ervilha vaI'iedade Telefone. Determinou
se 0 peso de materia seea apOs seoagem a 60 c:'C em estufa ate
peso constan-te, bern como as teores de cAleio, magnesio e
mangan@s na parte aerea. Conoluiu-se que urn capo plAstico de
500 ml, com quatro pequenos furos na parte inferior, e urn
cultivo ao redor de quinze dias ap6s a semeadura eram sufi
cientes.
Para testar a ooorrencia de aClJ.mulo de sais pela
mineraliza9~0 da mat~ria organica, foi realizado um teste
com dois das solos estudados. Os solos LRl e LR2, niveis A
(0,00 SMP)J E (0,40 SMP) e G (1,60 SMP), foram colocados em
32
vasos de 500 ml e umedecidos a capacidade de campo na noita
an-terior. Na manha seguint/e foi realizada uma lavagem com
agua destilada, adicionando-se 25 ml por vez. Nos extratos
coletados ap6s a adi98.o de cada aliquota, era medida a
conduti vidade elet.rica. Observou-se uma varia98.0 de 0,60 a
1,21 mS/em no solo LR1 e de 0,61 a 0,71 mS/em no solo LR2
/om e urna unidade de medida condutivideade eletrica e
equivale a mmohs/cml. Esperou-se alguns dias,
umidade dos solos diminuisse, quando foi cult
variedade Negro Argel. Nao foi constatada di
at;e que a
ijao
entre os
tratamentos quante a exterioriza9ao de sintomas de toxieida-
de por manganes, considerando-se desnecess~rio realizar a
lavagem dos solos.
Com 0 objetivo de comparar as variedades de feijao
Negro Argel e Turrialba, realizou-se um teste 0 qual demons
trou que a variedade Turrialba era mais sensivel aos efeitos
da aoidez do solo e, para se compararem os tratamentos, eram
suficientes 13 dias ap6s a semeadura. Outro teste se rela
cionou com a oonducao do cul-ti vo em si. Objeti vando melhorar
a observacao dos efeitos de acidez sabre 0 sistema radicu
lar, bern como facilitar a sua limpeza para posterior deter-
mina9~o dos elementos quimicos, testou-se 0 cultivo das
plantas no interior de sacos de nylon, de malba 100 ASTM,
com as dimens~es de 7 X 10 cm. Esta atitude diminuiria os
riscos de contaminacao do tecido radicular PDr particulas de
solo, dif{ceis de se eliminar completamente no processo de
lavagem. Os resultados demonstraram a viabilidade de uso
33
desta tecnioa, que entao foi empregada.
3.3. Condu9~O dos experimentos em camara de cres
cirnento
Foram selecionados ija.o (Phaseolus vulgaris),
variedade Turrialba, e milho (Zea mays), hibrido AGR 64 A,
como plantas teste porque sao especies diferentes quanto A.
sens il
nais.
a ae do solo e necess nutricio-
As plantas foram cultivadas em potes plasticos com
volume de 500 ml, dentro dos quais era colocado 0 solo e
enterrado urn saco de nylon. Primeiramente se cultivou 0
fei jao, semeando-se 0 milho ap6s 0 corte daquele. Para
tanto, 0 solo foi separado das raizes de feijao remanescen
tes e recolooado nos vasos. Os sacos foram lavados com agua
dest.i lada ap6s a colheita do fei jao para evi tar a inter
ferencia sobre 0 milho.
Os sacos de nylon foram enterrados no solo, no
centro dos vasos., deixando-se aproximadamente meio centime
tro aoima da superficie. Foram mantidas duas plantas dentro
do saquinho e quatro plantas no solo, que foram desbastadas
para duas logo ap6s a emerg@ncia das plantulas. 0 perfodo de
cultivo para cada espt§oie foi de 13 dias ap6s a semeadura.
No final desse periodo, as plantas foram colhidas,
separando-se a parte aerea de quatro plantas e sistema
radicular das duas que estavam no interior dos saoos. 0
34
sistema radicular sofreu lavagem rapida com agua destilada.
Os tecidos vegetais foram embalados em sacos de papel e
secos em estufa a 60 c'C, ate peso constante. Ap6s a secagem,
as plantas foram pesadas e trituradas em almofariz de agata
para a realiza<;:8.o da analise quimica.
3,4. Delineamento experimental
o trabalho consistiu urn lineamento completa-
mente casualizado, num arranjo fatori 4 n is
carbonato; seis solos e duas repetic5es, num total de 48
vasos.
3.5. Determina9Bes analiticas
3.5.1. AnAlises de solo
3.5.1.1. Analises fisicas
A distribuic8.o do tamanho de particulas foi deter
minada pelo Metoda do hidrOmetro, segundo DAY (1965).
Os resultados de densidade de particulas foram
obtidos de acordo com a metodologia de BLAKE (1965) adaptada
par FORSYTH (1975).
A cap8cidade de campo foi es·timada utilizando-se
metoda adaptado de PETERS (1965).
35
3.5.1.2. Analises quimieas
As subamost,ras separadas ap6s a incubacao foram
secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm de malhaN
Foram feitas determinac5es de pH em 6gU8 (1:1) e em
usando eletrodos de vidro e calome-
lane (TEDESCO at alii, 1985),
Os cations trocaveis Ca~;;:~""', Mg~~':~""', e Al::$+ foram
extraidos com KCl 1 N, sendo os primeiros
por espeetrofotometria de absorcao atOmiea, e 0
lade com NaOH em presen~.;a de fenolftaleina, EMBRAPA (1979),
Os cations Na~ e K~ foram extraidos com Hel 0,05 N e deter
minados por fotometria de chama.
A acidez titulavel (H+Al) foi extraida com acetato
de ca1cio M a pH 7,0, e determinada segundo metodologia
deser-ita pela EMBRAPA (1979). Os cations trocaveis a pH 7,0
Ca:2 +, Mg::;;~"'" e Mn:';'::"'" for-am extraidos com acetate de amonio a pH
7,0 e determinados par espectrofotometria de absorcAo atOmi-
ca. cati.ons Nrf' e K' foram extraidos da mesma forma e
determinados por fotometria de chama.
A obten9~o das val ores da capacidade de troca de
cat,ions a pH natural (eTe II efeti va" ) e a pH 7, 0 (eTC), a
soma de bases a pH 7,0 (V), e a saturacAo de aluminio (M)
foram obtidas atrav~s das seguintes f6rmuIas:
CTCef (meq/100g) -:: Ca:;':>+' + Hg::;;~'" + Mn:·~;>I" + Na'" + K+' + AI::::;"'"
36
eTe (meq/100g) = ea~;;~+ + Mg:;:~+ + Mn:~::~+' + Na· .... + K+ + (H+Al)
V (%) = (S/CTC) X 100
M (%) = (Al/CTeef) X 100
A solos
ado ern met,odo proposto par \~ALKLEY & BLACK e mod i f i par
TEDESCO et alii (1985).
Os oxi-hidr6xidos de ferro e aluminio foram avalia
das de acordo com metodclogia de SCHWERTMANN (1964).
Para fazer a extracao de 50lU98.0 de solo, foram
feitos testes preliminares, oomparando-se ° tradicional
m~todo de deslocamento com 801ucao de KCNS, e um m~todo por
centrifugacao. Este liltimo se mostrou mais interessante
devido as facilidades de extracao e a menor quantidade de
solo necessaria. Foram entao realizados testes no sentido de
adequar a metoda, determinando a umidade ideal, quantidade
de solo , 0 tempo necessAria para equilibrar a solo e para
extrair a solU98.0 e mesmo a rot,scao mais adequada da eentri
fuga.
A extracao da 801u9&0 do solo foi realizada. Utili
zou-se cilindros de tubas de PVC rigido com ,1,9 em de diAme
tro interno e aproximadamente 7 om de altura. Numa das
extremidades 001000u-se u.ma plaea de aerilico perfurada.
37
Sobre a placa colocou-se um circulo de papel de filtro
analitico, dispondo-se 0 solo seeo ao ar at~ uns 2 mm da
borda do cilindro. Os solos foram umedec a aproximada-'-
ment,e 90 % de sua capaoidade campo e deixados equilibrar
par uma noite. A extra9ao foi fe colocando-se um do
rnesmo tuba de PVC com 1 em de altura no interior de tubos
cen-tri fuga ( 50 m1 ) > idos do cilindro com 0 solo. A
seguir era ita a extra9ao, a 3000 rpm, por uma hora.
eil com
tratamentos s eram -trarlS para urn mesmo
plast,.ico e imed atament~e se iam determina95es
condutividade eletric8, com urn condutivimetro, e de pH,
usando eletrodos de vidro e calornelano, Nao foi realizada
filtragem das 801u9088, armazenando-as acidificadas com tri3s
gotas de Hel 6 N em geladeira para posterior analise dos
cations e carbono orgtinieo solllveis.
fei ta por espec·trofotometria de absorc@£o atbmica. Os cations
Na~ e K~ foram determinados por fotometria de chama. E 0
AF"; +', de acordo com 0 metodo do Eriocromo Cianina-R, propos-
to por GREWLING (1976), sendo que as solu90e8 foram evapo-
radas e calcinadas a 550c;;,c por 3 horas antes da anal ise,
para eliminar 0 efeito da interferenoia de compostos or-
gAnicos.
o carbono organico foi determinadolusando-se vidros
com tampa esmerilhada, dentro dos quais se adicionaram 10 ml
da solU9~0 de solo e 4 ml de soluC~o oxidante (61,30 g
38
K;,?Cr=:;~O·7 + 300 ml Hel em 1 I). Agi tou-se e levou-se a estufa
a 40°C par 24 hartis. A determina9~o foi realizada em foto
colorimetro a 580 nm. Este m~todo apresentou urn coeficiente
de correla9ao de 0,996 com 0 metoda de TINSLEY (1950),
deseri to por MOORE (1985), senda demonst.rado pela equa9ao de
regressao:
C(colorimetria) = 8,64 + 0,738 C(Tinsley)
r = 0, 996 w>M>
3.5.2. AnAlises de tecido
As determina90es analiticas nos tecidos de ij~o e
milho compreenderam as teores totais de cAlcio, magnesio e
manganas na parte a~rea e raiz8s, e de aluminio nas raizes.
A metodologia de determinac;:a.o utilizada foi proposta por
GRE~iELIN (1976). As amostras faram caleinadas em mufla a
550 =C par 3 a 4 haras. Adicionou-se 5 ml de HCI 2 N e 15 ml
de agua destilada. Conforme a necessidade era feit,a a fi1-
tragem das extratas em filtro de papel analitico. Os teores
de calcio, magn~sio, mangan~s e aluminio absorvidos foram
determinados por espectrofotometria de absor9ao at~mica.
3.6. Analise dos resultados
Foi realizada a analise de varianc~a dos teores de
nutrientes, carbono org!1nico e pH nos solos, >tanto na forma
trocavel como na soluc;:B.o. Da mesma forma, realizou-se a
39
analis de variencia dos rendimentos de materia seca, tanto
da parte a~rea como de raizes, bern como dos teoras de nutri
en'tes e elementos t6xicos nas duas culturas. A compara9~0 de
m~dias foi realizada atrav~s do teste de Tukey, a nivel de
5 % de significAncia.
Foram calculadas equ8COeS de reSressao simples e
m61tiplas entre as valores de pH em ~gua, CaC12 e da solu
Cao, com os teores de nutrientes e aiuminio nas plantas e
nos solos. Tambem foram examinadas entre reI
cations na na solucao e no tecido
cles estudadas.
Para a analise estatistioa fo1. utilizado 0 programa
STATGRAF vers~o 2.1 e para as transformac~es matemAticas
necessarias, utilizQu-se 0 LOTUS 123 versao 2.1.
4- RESULTADOS E DISCUSSAO
Neste trabalho estudou-se efe da calagem
sobre 0 pH, e sobre os teores de calcio, magnesio, alumin
e mangan~s nas I e em soluC~o 6 s o
Grande do Sul. Tambem foi avaliada a. absor9~o as ons
por ij~o e milho.
4.1. Efeito da cala.gem sabre 0 pH
As caracteristicas quimicas e fisicas des solos
antes da aplic8.9ao dos tratamentes sao apresentadas ne.
'fabela 1. Os valores de pH em agua (1: 1);; pH em CaCL;;~ 0,01 M
(1:2,5) e pH da solu9ao dos solos devido as doses de car-
bonato aplicadas constam na Tabela 2.
Os valares medios de pH em agua nos solos incubados
sem carbonato variaram de 3, 9 no PE a 4,) 9 no LB e CH. Esses
valores de pH em Agua sao mais baixos do que aqueles verifi-
cades na caracterizacao inle1al dos solos, provavelmente
devido it mineralizacao de fracoes orgfinicas durante a io-
cubsC8.o des solos.
As diferencas nos valores de pH iniciais e no seu
TABiLA 2 - Yalores de pH do solo e solupio relacionados com os niveis de calcario 8plicados DOS solos {ledi3 de duas repeti~Oesl.
Solo
Latossolo ROIO 1
Latossolo ROIO 2
Latossolo Vermelho Kscuro
Latossolo Bruno
Podzblico Verlelho Escuro
Calbissolo Bu-ico
t/ha meq/l00g
0,00 0,00 0,00 0,43 0,20 0,27 3,39 1,57 2,16 6,71 3,13 4,31
0,00 0,00 0,00 4,04 1,87 2,57 a, 07 3, 74' 5 I 14
16;15 7,48 10,29
0,00 0,00 0,00 0,48 0,22 0,31 3,80 1,76 2,42 7,61 3,52 4,31
0,00 0,00 0,00 1,33 0,62 0,65 5,34 2,47 3,40
10,67 4,94 6,80
0,00 0,00 0,00 0,82 0,38 0,52 6,59 3,05 4,20
13)18 6,10 8,40
0,00 0,00 0,00 1,16 0,54 0,74 4,64 2,15 2,96
18,56 8,59 11,81.
4,5 4,4 5,0 4,1 4,2 4,6 5,1 5)0 6,4 5,6 5,6 6,2
4,3 4,2 5,3 4,4 4,3 5,2 5,1 5,1 5,9 6,0 6,0 6,3
4,3 4,2 4,4 4,7 4,5 4,9 5,1 5,0 5,0 5,9 5,9 $,4
4,9 4,3 5,5 4,8 4,4 5,5 5,2 4,9 5,8 5,B 5,1 0,0
3,9 3,9 4,5 4,6 4,5 5,2 5,1 5,0 6,0 0,5 6,5 6,7
4,9 4,1 6,2 4,6 4,1 5,1 4,8 4,4 6,1 5,7 5,4 6,5
* Quaotidades aplicadas de CaC03 : MgC03 (1:1,161 {eqoivalentes a t/ha de CaC(h}
11 pHObO) 1: 1 2/pH{CaC12 O,OlN} 1:2,5 3/pB da solU91o de solo
41
cornportrunento ante
42 a calagem realizada sao devidas a
caracteristicas inerentes a cada urn dos solos. Fatores como
o teor de materia orgAnica, aoidez a pH 7,0 (acidez poten
cial), oxi-hidr6xidos de aluminio e tear de aluminio trocA
vel influenciam 0 poder tarnp~o dos solos (ANDRADE, 1988).
Solos corn maiores teo res de aluminio trocavel e materia
org~nica s~o os de maior poder tampao.
A determinacao do pH em CaCL;i:~ 0, 01 M permi te que se .
obtenha a diminuic8.o das di
ic de eIetr6l , bern como lul.?:ncias rel
com as taxas d.e solo:solu9ao e a posicao relativa do eletro
do sobre a suspensao (efeito de suspensao). Segundo BAKER
(1984), a avaliacao de pH em agua e superior aproximadamente
meia unidade ao pH CaCl::;~} em solos com cargas negati vas
dominantes. Desta forma, e passivel obter uma ideia sobre a
contribui.cao em seis devicle a miner81iz80~o da materia
orgAnica ao compararmos os dois valores de pH.
Foram observadas diferencas inferiores a 0,5 unida-
de de pH entre as medicoes em agu.a e em CaCl~ 0,01 M.
Isto, segundo ERNANI & ALMEIDA (1986), pode ser urn indi-
cativo de urn teor de sais mais elevade do que normalmente se
observa. Ressalta-se que essas diferenc8.s tenderam a ser
tanto menores quanto maieres as doses de carbonato 8.plicadas
num mesmo solo, indicando maior mineraliz80Ae.
Esse efeito devido aos sais foi mais acentuado no
solo PE e praticamente nao S8 aplicou aos solos LB e CH,
apesar dos seus altos teores de materia orgtiniea. Este fato
43
poderia ser e:>""Plicado par competicao entre populace5es de
microorganismos. Q.uando se adicionou uma' dose pequena de
ca.rbonato a esses solos, verificou-se urn abaixamento de pH
em ague. de ate 0,3 unidade. o efeito de sais, neste caso
parece nao ter sido importante, como demonstram as conduti
vidades eletricas das solu~~5es dos solos (Ta.bela 4, page
51) .
a apl
08 val ores pH das 801u95e8 dos solos
carbonato a semelhanc8.
embora tenham sido mais . Este resu
1etiram'
i "-"'''V'''''''''''''.:;J
nilo
concorda com as de CURTIN & SIMILIE (1983), oode
as valores de pH das solucBes de solo foram menores que os
de pH em agua (1:2). As razoes para os va10res de pH em agua
serem diferentes dos de pH da soluc~o dos solos se relacio
nam com 0 efeito de suspensao (BAKER, 1984) e no fato da
solucgo nao sofrer a influencia da fase s61ida do solo.
Nos solos LB e CH os valores medios de pH das
801u90e8 n:ao diferiram estatisticamente ao nivel de 5% de
signific~ncia com as doses de carbonato ap1icadas. Ambos os
solos apresent,aram as maiores re1acoes entre Al e Ca+Mg na
traca, comparativamente aos autros, provavelmente davido ao
tipo de 6xidos de aluminio envolvidos.
4.2. Rela9~o entre pH CaC12 O~Ol M
magnesio, mangan~s e aluminio trocaveis
e calcio,
Sendo 0 objetivo do trabalho avaliar as alteracBes
44
sofridas pelos fatores limitantes relacionados a acidez
devido a varia98.o de pH produzida, os pHs atingidos ser~o
considerados como tratamentos , e nao as doses de carbonato
aplicadas inicialmente. Apesar disso, nao se dave descon
siderar a exist~ncia de interacao entre a adi9ao diferencial
de calcio e magnesio e 0 pH produzido alguns dos
resultados. Esta interacao nao fo1 medida devido a questoes
de limitaC80 dos graus de liberdade disponiveis para a
analise estatistica.
Exists urna tend~ncia a se substitu a
pH em Ague pelo pH em solu90es salinas, por causa menor
variabilidade dos resultados quando se usa urna solU980
salina diluida, como se observa em BAKER (1984).
A variac8.0 do pH em CaCL;;:~ produzida pela calagem
influenciou a composicao da fracao trocavel dos solos estu
dados. Os valores medios relati vos aos cat,ions trocaveis
pCldem ser observados na Tabe la 3.
4.2.1. CAlcio e magn~sio
No t:.ratamento sem carbonato, os solos apresentaram
urna ampla variacao
magnesio. Segundo ROLAS
nos teores trocaveis de calcio e
(1987), sao considerados baixos
teores menores eu iguais a 2 meq Ca/100g e 0,5 meq Mg/100g"
enquanto os teores maiores do que 4 meq Ca/lOOg e 1,0 meq
Mg/l00g s~o considerados altos. Os teores minimos de cAlcio
em cada solos S6 situaram entre 1,39 e 6,28 meq/100g no CH e
45
TABKLA 3 - COlposicao dos cations na troea el fun~~ dos niveis de pH CaC1 2 obti-dos nos solos (media de dufts repeti~~s~.
-------------------_._---------------------_._-----_._--------------"" .. __ .... _--------_ . ..,.
Solo pReaCh ea Mg No Al CTCef Not ~____________________ _______ .... __ . ____ ..,.., _____________ ~_u______________________ _ ___ ... __
lle/lOOg X
--~--------~-~----~-------------------------------~--------~---------------~----
4,4 2,35a 1,768 O,74c 1,31b 7,17 a 18 Latossolo ROIo 1 4,2 2,26a 1,60a O,gad 1,51b 7,38 a 20
5,0 5,08b 3,63b 0,35b 0,26a 10,37 b 2 5,6 6,32c 4, 17b O,19a 0,068. 11. 79 c 0
4,2 2,49a 2,00a O,92d 3,25c 9,11a 35 Latossolo ROID 2 4,3 3,57a 3,12b O,22c 1,25b 8,6b 14
5,1 5,71b 5,20c O,06b 0,248 11,72b 2 6,0 8,86c 8,03d O,Ola 0,068- 17,510 0
4,2 3,32& 2,45a 0,54d l,29c 8,Q1a 16 Latossolo Verlelbo 4,5 3,42a 2,694 O,45c 0,69b 7,768 9
Escuro 5,0 4,84b 4,17b O,22b 0, lBa 9,90b 2 5,9 7,06c 51 99c O,05a 0,0311 13,61c 0
4,3 1,99a l,42a O,57d 1,72c 6,208. 28 Latossolo Bruno 4,4 3,OOb 2, 1Gb O,42c 1,09b 7,19b 16
(9 5,10c 3,16c O,27b O,18a 9,87c 2 5,7 9,55d 6J 79d O,l1a O,20a 17,30<1 0
l.,
3,9 6,28a 1,928 O,42d l,66d l1,47b 14 Podsolico Vermelbo 4,5 5,908. 2,258 O,29c 0,52c 10,10a 5
hcuro 5,0 8,24b 5,35b O,lOb 0,18b 15,12c 1 6,5 9,68b 7,89c 0,03a 0,04a 16,90d ° 4,1 1, 39a 1) 12a O,30b 5, He 8,72a 62
Calbissolo HUiico 4,1 2,13a 1, 'lOa O,26b 4,64e 9,238 50 4,4 3,70b 3,(2b O,26b 2,65b 10,58b 25 5,4 8,86c 81 17c 0,12a 0,18a 17,96c 10
-----------------------------------------------~---------~-----------------------
I Medias do cAtion trocAvel seguidas de letras iguais, el UII leSIO solo, [l60 diferel estatisticalente ao nivel de 5 ~ de signific!ncia, Quando n~o segui -das de letras, nao foi feito teste de Tukey.
t Satura~o de alulinio na CTCef.
46
PE, respectivamente e para magnesio, entre 1,12 meq/l00g no
CH e 2,45 meq/100g no LE.
Verificou-se 0 aumento das teores trocAveis de
calcio e magnesio de acordo com a eleva98.o do pH CaCl:.~, como
de fato era esperado. Neste caso especifico, deve-se ressal-
tar a stencia inevitavel de interac8.o altamente s ifi-
cat.i va (P<O, 01) entre as doses de carbonato apl icadas e 0 pH
CaCl:,~;~ os resu I-tados .
As relac5es
magnesio apli e as
as
na troca s
o e
apreseo-
no Ap~nd
enquanto que a
2. A recuperacao de cAlcio foi de 88%,
magnesio, de 63~~. Esta recupera98.o ni:io foi
t.otal devido a uma possivel ocorr~ncia de sitios de adsor98.o
especifica nos solos, au de rea98.o incompleta da mistura de
carbonato com 0 solo (por recobrimento de particulas).
4,2.2. Mangan~s
De acordo com TISDALE at alii (1985) os valores
min imos de manganc3s trocave 1 a.dequados para 0 desenvol vimen
to das culturas se encontram entre 0,001 e 0,02 meq/l00g
(0,2 e 5 ppm). Os teores correspondentes ao tratamento sem
carbonato foram bern diversos entre os solos estudados,
verificando-se valores de 0,30 meq/l00g no eH ate 0,92
meg/100g no LR2.
Observando-se a Fi.gura 1 pode-se notar que os
teores de mangan@s trocAvel diminuem a pH em CaC12 e a pH em
6
6 ...... ., E
·1 t.-... c ~
§ " CD E
J "0 0 0 L. -c: :!
10 I]
0.9 - 8
0.8 -
0.7 -
0.6 -liI B
0.5 -IJ
0<'4 -[] §
D
0.3 - o 9 e 0 8
0.2 - e § a
0.1 - 0 o [)
0 c (]
[] 0 0 , I I I I I I I I
3.8 42 4.6 5.0 5.4 S .• 6.2 6.6
pH
1.0 Q
0.9 - 9
O.B -
0.7 -
0.6 -
8 El 0.5 •
0'
0.4 -Q §
0
0.3 ~ Ei 0 8
0.2 § § a
0.1 - 0 0 D
0 0
0 a I I I I I I I I I I I I I
3.8 4.2 4.6 5.0 5.4 5.8 6.2
pH CaC1 2
FIGURA 1 : VorlocCJo do teor de manoo",s trocdve' em func(lo do pH
em douo e pH COC12 0,01 M para seis solos oriOinarios de bosalto.
47
H;~O 6,0.
48
Segundo MULDER & GUERRETSEN (1952), os teores de
mangan~s trocavel diminuiriam sensivelrnente a pH H=:;~O 5,5,
Na maioria dos solos, os teo res ainda encontravam-se acima
da faixa de concentra9~0 considerada aceitavel por TISDALE
et alii (1985) nos valores de pH maiores. 0 valor maximo
ocorreu no solo LR1, com 0,19 meq/100g, em pH CaCl25,6
(Tabela 3). Por outro lado, naG devem ter ocorrido niveis
capazes de produzir defici~ncia mesmo nas doses mais eleva-
de carbonato, pois os valores minimos no LR2
(0,01 meq/100g a pH CaCl2 6,0)
adequada.
4.2.3. Aluminio
estavam
Anal isando·~se os resultados apresentados na Tabela.
3 pode-s9 notar que os teores de aluminio trocavel foram bern
reduzidos acima de pH CaC1 2 5,0. Este resultado concords
com VOLKWEISS (1970) E KAMPRATH (1970). Teoricamente, 0 pH
em CaCl2 de 5,0 corresponderia a pH em Agua 5,5, como pode
ser observado na Figura 2.
Urna alternativa viavel para se avaliar a poten
cialidade de um solo produzir toxidez por aluminio e atraves
da saturacao por aluminio na eTe efetiva, KAMPRATH (1978),
equivalente ao Valor M (MOHR, 1960). De acordo com KAMPRATH
(1970), cultures sensiveis ao elemento, como soja e algodAo,
suportam no maximo um valor M de 20 % ; ao passo que plantas
mais tolerantes, como milho, s6 passariam a sofrer maiores
-8 .....
! J g "" .. .-~
-.,. 8 ..... • fi
-I ... -<t
5 -
4-
(]
3 0
8
2
~ 0 g
(] [J ~ a IJ
(]
o 0 B
0
!-.8 4.2 5.0 5,4 ~.8 e.2 e.' pH 0
8 5
CI
4 -
a 3 -
0
8
2 -I
til 0 r; a 0 0
1 - 0 0
~ 0
8 B a 8 a II III a J~ r I I I ,. ..,. ... T I
3.8 4.2 4.6 5.0 5.4 5.8 6.2
pH CaC12
RGURA 2: Variac&> do teor de alumfnio troc6vel em funyO"o do pH
em aoua e pH COC12 0,01 M para sels solos orioindrios de bosatto.
49
50
danos com valores de M em torno de 40 %. Comparando-se os
valores M caiculados na Tabela 3, pode-se inferir que acima
de pH CaCl:.:.? de 4,5,8 saturacao de Al nos solos estudados ja
estaria em nivel aceitavel para a maioria das culturas
sensiveis. 'A excessao do CH, Bcirna de pH CaCl:2 5,0 a satu
racao de Al foi muito pr6xima a zero.
4.3. Relacao entre pH CaCl: .• ~ 0,01 Mea composi9~o
da 801u980 solo
Para se obter maior uniformizac8.o no estudo, procu
rou-se relacionar tamb~m as altera9~es 6corridas na solU98.0
dos solos com 0 pH CaC12 0,01 M, em vez do pH da 801U98.0 de
solo propriamente dita. Os dados relacionados com a compo-
sieao de solU98.0 de solos 8ttO apresentados na 'I'abela 4.
4.3.1. Condutividade Eletrica
A medida da condutividade eletrica e ,::ttil na
avaliacao do tear de eletr6litos de urna s01u98.0. No caso
especifico de 801u95es de solo, sua avaliac8.o e fundamental
porque a maioria das plantas cultivadas safre danos quando
a quantidade de sais ultrapassa determinados limites. Para
pasta de solo saturada, 0 teor de 0,3 % de eletr61itos
correspondente a urna eondutividade eletrica de 4mS/cm e tido
como limitante para plantas de maior toler&ncia a salinida
de. Uma condutividade ao redor de 2 mS/em saria 0 limite
51
TABILA 4 - COlposi~ao da solu~80 dos solos CI fun~io dos oiveis de pH CaC1 2 0,01 K DOS solos faedia de duas repetipaes}.
-.--------------------------------------------------~-----------------------------------------------souto
Solo pReaCh pBSOL Condo &1. C argo Ca Kg Nn Al cargas
-------,-,------------ -------- ------ ------- ------ _-.._------------------------------ ~-------
IS/cl Ig/I 1101/1 leq/l --..--,.-~ ..... ~----------------------.----------------.-.-------------------------------------------
4.4 5.0ab O.5a 1136 O.847a 1.112a O.38Se 0.120a 1, 83 Latossolo Roxo 1 4.2 4. Sa 0.6a 77a 0.950a 1. 097a O.440d 0.123a 1,76
5.0 6,4b 2.4b 106a ~.852b 7.120b O.33Bb 0.113a B)03 5.6 6.2b 2.0b 122a 5.224b 6.459b O.071a 0.147a 1,03
4.2 5.3a 2.0a 620d 4.53hb 2.381a O.491d 0.258a ~,13 Latos501o HOlO 2 4.3 5.2a 1. 8ab 55b a.594a 2.2238 O.276c O.l77a 43 41
5.1 5.9b 2.1ab 33a 7.817d 15.689b 0.068b 0.095a 13,18 6.0 6.3c 3.2h a'le 6.931bc 18.994c 0.0063 0.153a 14)20
4.2 4. 48 1.1b 382a 3. H8b t 697ab 0.682a 0.227c 5,47 Latossolo Veraelho 4.5 4. hb O.h 12Sa 1.7583. 2.401a 0.4668 0.170b 2,86
Xscuro 5.0 5.0ab 1.4ab 1398 3.14Sb 4. 325ab 0.236a 0.068a 4,31 838. 3.940b
/
0.036a 0.074a 3,64 5.9 6.4b 1. 9b 6.448b
4.3 5.58 0.2a 2696 0.2448 0.228a 0.070a 0.203a 0,63 Latossolo Bruno 4.4 5.5a O.5ab 103& 0.321& 0.4058 O.049a 0.15121 0,80
4,9 5.8a O.7b 147a O.71h 1. 156a 0.043a 0.146a 1,31 5.7 6.0a 2.2c 263a 4. 44tb 6.703b 0.042a 0.138a 6,23
3.9 4. 5a 2.0c 15tb 3.440a 4.2444 4. 38(c 0.2153 7,26 Podsolico Yerlelho 4,5 5.2b 1. 4a 3h 2.952a 4. 395a 0.193b 0.155a 4,51
Eseuro 5.0 6.0c 1. 8b 4411. 3.7224 6.135a 0.026a 0.169a 5,64 6.5 6.?d 2.8d 518 6.1228 17.220b 0.0068 0.166a 12,29
4.1 6.2a O.2a 386a 0.1803 0.121a 0.0128 0.104a 0,50 Calbissolo HUiico 4.1 5.78 0.68 232a 0.3478 0.4798 0.0518. 0.161a 1,01
4.4 6.h O.6a 17111 O.398ab 0.1108 0.0338 0.1458 1, 10 5.4 6.58 O.7a 2118 0.744h 1. 612b 0.006a 0.155a 1. 55
-----------------------------------_ .. _------------------------------_._----------------------------
/ Medias seguidas de letras iguais, nUl leSIO solo, n40 diferel estatisticalente ao Divel de signific~cia. Quaodo 080 seguidas de letras, o!o foi feito teste de cOlparaqio de ledias.
de 5 X
52
para plantas de maior sensibilidade, segundo FALCAO (1975).
A avaliacao da condutividade eletrica na solU9~o
dos solos auxilia a verificar 0 efeito do aumento de pH
sobre a mineraliz8cao da materia organica, devido a tend~n-
cia de aumento da concentrscao sais em solucao. Os valo-
res medias de condutividade eletrica variaram significativa-
mente ao n 1 de 1 % de signific~ncia em funcao dos valores
de pH CaCl::;? observados. Analisando-se os dados pode-se
que estao oaraoterizados dais dist
solos em funcao condut eletrica . No trata-
menta sem carbonato, os solos LB e,CH, e LRl apresentaram os
valores mais baixos: 0,2 e 0,5 mS/om respectivamente. Nos
demais solos, as valores estavam ao redor de 2 mS/em. Apa-
rentemente assas diferenC8s nao estao re1acionadas com 0
tear de materia orgenica dos solos, mas sim a fatores quali-
tativos da mesma. Entre estes poderia estar destacada a
rela9~o CIN, Outras oausas limitantes do desenvolvimento
microbiano, como compet.:;.i9ao ent,re grupos de microorganismos
tambero poderiam estar envolvidas.
A partioipa9~o da nitrifica9~0 e da mineraliza9~o
de enxofre, formando ion sulfato, embora nao avaliadas no
presente trabalho, devem ter side muito importantes para a
observa9~o desses resultados. Os dois anions tenderiam
provocar um abaixamento de pH dos solos, e aumentar a oon
dutividade eletrica, 0 que nao ocorreu no solo CH.
A hip6tese de que houve imobiliza9~o de nitrog~nio
nos valores de pH CaC12 intermediArios (primeiro nivel de
53
carbonato) pade ser a explic8.cao para a diminui9~o de condu
tividade observada nos solos que ja tinham uma boa concen
tra9tio de eletr61itos no tratamento testemunha. A imobiliza-
9~o N poderia sar responsa.vel pela menor atividade de
alguns grupos de microorganismos com a consequente redu9~0
da mineraliZ8.cao ocorrida. De acordo com CURTIN & SMILIE
1983) 0 aumento verificado nos teores de ni t.rato em solu9ao
deve-se principalmente ~ reducao do ndmero de cargas positi-
vas e a
A
iZ8cao do N
ividade e ca e urna
RelacionandD--se 0 somat6rio
em solu9ao com a condutividade el~trica, verif
91 % dessa variac8.o e explicada pela seguinte equ89ao:
C,Eo = 0,422 + 0~211 Somat6rio de Cargas
que
Observa-se pela Tabels 4 que houve menor
mineraliz8.cao de materia organica no prirneiro nivel de
carbonato aplicado nos solos que possuiam maiores conduti
vidades elet.ricas iniciais. Nos outros solos, pode-se perce
ber que a mineralizac~o foi pequena~ embora crescenta, nesta
primeira dose de oarbonato aplicada. Assim, provavelmente a
melboria das condicoes que favorecem a atividade microbiana
causou imobi 1 izacao de nut~rientes por microorganismos hete-
rotr6ficos nos solos com condutividades baixas, principal-
mente na primeira dose de carbonato.
No trabalho de CURTIN & SMILIE (1983) os valores de
54
condutividade tambem se elevaram com 0 pH das soluc{5es.
Entretanto n~o ~ passivel verificar a tendancia a uma dimi
nui9~o na condutividade eletrica como foi verificado em
alguns solos porque eles usaram apenas tr~s tratamentos (0,
0, 5 e 1 SMP), nAo tendo havido aplicac~o de pequenas quan-
tidades de carbonato.
4.3.2. Carbona OrgAnico
Os teores de carbona ieo so 1 var
solo para solo e n~o foram consistentes com as teores de
carbona organico total dos solos. 0 solo de maior tear total
e 0 CH, com 8,3 %, e manteve 386 mgC/l ao passe que 0 solo
LE, com 1,8% de carbona org~nico, apresentou quantidade
semelhante de carbona solflvel: 382 mgC/I. Este resultado
concorda com a obtido por CURTIN & SMILIE (1983). Esta
diferenca deve estar relacionada com a qualidade da materia
organica e com a intensidade dos fatores limitantes do
desenvolvimento microbiano, caracteristicos de cada solo.
Parece razoavel que lsto ocorra, jA que a fracAo sol~vel
representa uma porcao muito pequena do tot~al de carbona
organico existente em cada solo.
Os teores de carbono orga.nico na solucao diferiram
estatisticamente ao nivel de 5 % de significHncia com a va
riac8.o de pH CaCl:;;:~ quando se Bnal isou todos,os solos juntos.
Observando-se a Tabela 4, pode-se verificar a tend~ncia a
uma diminuictIo nos teores de carbona orga.nico soll.1vel do
55
tratamento testemunha para os valores de pH CaCl:;;? maiores.
Os resultados obtidos aqui contrariam as expec
tativas iniciais de que haveria urn aumento das quantidades
de carbona orSl1nico dissolvido, por causa dos exudatos de
microorganismos com atividade intensificada com a minera-
lizac~o da materia
que a pH baixo os
org~nica, Pode-se considerar, contudo,
fatores limitantes do desenvolvimento
microbiano associados possaro dificultar incll.l.sive 0 consumo
de ias facil degradac~o. Ass uma pequena melhoria
produzida ia ser Guf ente para a a seu
imediato consumo por parte da flt)xa microbiana. Restarianl)
entao, as cadeias mais complexas e de dificil degrada98.o,
explicando a pequena variac~o ocorrida nos valores de pH
subseqOentes. Essas cadeias, como aquelas com grlJpamentos
fen6licos poderiam ser uma explica9~o para a exist~ncia de
maiar colorac~o nas soluc5es,
elevou.
a medida que 0 pH do solo se
Os dados deste trabalho discordam totalmente dos
ohtidos por CURTIN & SMILIE (1983), que observararn aumentos
nos teores de carbono orgAnico em solu9~o com a elev89Ao de
pH. Entretanto, e necessArio considerar que 0 metodo ana11-
tieo utilizado pelos referidos autores utiliza como ex
trator urna base fraca (NaHCO:~> 0,01 M), correlacionando
se bern com a capacidade de suprimento de N do solo estudado
por It'OX & PIEKIELEK (1978) . Apesar disso, parece poueo
provAvel que seja capaz de avaliar todo 0 carbona organico
soluvel, uma vez que nao ernprega urn material com 0 poder
56
oxidante da soluc@io sulfocrOmica aqui utilizada. Assim, 0
aumento do teor de materia orggnica dissolvida observado por
CURTIN & SMILIE podera estar relacionado com a fra9~0 asso
ciada as maiores quantidades de nitrato produzidas pele
atividade microbiana. Nao significa, contudo, que 0 carbono
orga.nico total dissolvido tenha apresentado os mesmos aumen
t.os.
Quando se anal isa cada solo isoladamente, const,ata-
se variacAo estatistica dos teores de icc ne
so a n 1 de 1 % de significfincia nos so LR2 e PEa
Nos demais, entretanto, nao houve diferenca significative
com a varia9~o de pH CaC12. Apesar disso, deve-se considerar
a possibilidade de ter ocorrido uma varia9~0 qualitativa na
materia org§nica soillvel. Provavelmente houve aumento da
quantidade de radicais complexantes sendo que 0 fato dos
teores de aluminio em solU9~o S8 manterem praticamente
constantes, mesmo em pH onde a forma9~o de precipitados
seria esperada, parecem comprovar essa suspeita.
4.3.3. Calcio e magnesio
Verificou-se variacoes al'tamente significativas no
teor de c~lcio e magn~sio na soluC~o dos seis solos estuda-
dos com a varia.c@io do pH CaC12 0,01 M. Deve-se, contudo,
considerar uma contribuicao interativa da.s quantidades de
cAlcia e magnesio adicionadas sobre os resultados aqui
apresentados.
57
Os teores de Ca em solU9~0 variaram muito de urn
solo para outro no tratamento t,estemunha compreendendo desde
0,18 mM!l no CH, ate 4,5 roM!l no LR2. Em relac~o ao mag
nesia, os valores em solu9~0 variaram de 0,12 mM/l no CH a
4,7 roM! I no LE. Convem ressaltar que estes valor-as, no
entanto, ni:1o refletem a real atividade dos ions em soluC8.o,
ja que expressam a 81 . ..1a concentracao anal i tica. Influ~ncia de
complexacao e ions pareados, p~r exemplo, nao sao avaliados
aqui, apesar de sua reconhecida importancia.
Os teares medios de e Mg so s
consistentes com as respectivos teores trocaveis nos seis
solos, acreditando-se que esteja relacionado As condutivida
des eletricas iniciais dos solos estudados. Aqueles que
apresentavam condutividades e16tricas iniciais baixas (pro
vavel menor atividade microbiana no tratamento testemunha),
tiveram seus teores aumentados. Entretanto, naqueles solos
onde a condut.i vidade eletrica iniciel ja era suficiente-
mente alta, houve estabilizac~o au decrescimo nos teo res
soluveis dos dois cations, apesar de sua ad i 9:.:10 via car
bonato. Provavelmente -tenha oeorrido uma qu,eda de atividade
de determinados grupos de microorganismos devido a possivel
imobilizapao de nitrog@nio par um pique de atividade de
mieroorganismos heterotr6ficos mais competitivos. Isto
ocorre, porque os teo res em solupao sao controlados nao 86
pelo equilibrio quimico propriamente dito, como tambem pela
at.i vidade microbiana. De acordo com CURTIN & SMILIE (1983} a
materia org§nica exerce urna grande influencia sabre os
58
aumentos de concentracao i{)nica na soluc~o devido a. ealagem.
Assim, as pequenas eoncentracoes ocorridas no solo CH, por
exemplo, podem ser devidas aos baixos teo res de anions (NO:3"
e 504'-2) na soluc~o, jA que na troca os teores de cAlcio e
magnesia aumentaram consideravelmente devido a ealagem.
Espeeificamente no solo PE, as teores de cAlcio sol~vel DaO
variaram significativamente.
4.3.4. Mangan~s
Os solos apresentaram urna ampla varia9~o nos teores
soluveis de mangan~s no tratamento testemunha. Os val ores
medias oscilaram de 0,01 roM/I no CH a 4,38 mM/l no PE. 0
aumento do pH Cael::;;: causou variacoes altamente significati
vas (P<O,Ol) nas concentracoes de mangan~s em solucao.
Observando-se as solos separadamente verifiea-se
dois grupos distintos quanto a variacao do mangan~s em
801U98.0. Nos solos LR1, LR2 e PE os teores variaram signifi
cativamente ao nivel de 1 % de significtincia estatistiea, ao
passe que nao houve diferenca nos teores de Mn soluvel, para
as demais solos, com a varia9~O de pH CaC12.
Essas diferenC8s provavelmente estejam relacionadas
A diversificacao dos oompostos existentes na mat~ria orgAni
ca dos solos. Segundo HUANG & VIOLANTE (1979), 0 tipo de
acido orgAnieo present.:.e na solu~;ao infl1fencia reac5es de
hidr61ise e precipita9~o de aluminio, e conseq~entemente,
sua atividade. Da mesma forma, poderia estar influenciando a
atividade do mangan~s.
59
Segundo CURTIN & SMILIE (1983),
ocorreu complexacao de manganes nas solu9CJes de solo estuda
das, ernbora tenha side menos importante que no caso de
ferro. Aparentemente a forma9~o de complexos manganicos nos
solos foi mais importante nos solos LB e CH, com maior-es·
teores de mat~ria orgAnica.
4.3.5. Aluminio
medics em 801U98.0 no
testemt.tnha nao aram significativamente (P<O,05) de um
solo para outro. A variacao com 0 aumento do pH CaCl~ para
os seis solos tamb(=:m nao variou significativamente ao nivel
de 5 % de signific~tncia.
Analisando-se cada solo de forma isolada, observa
se que no LE houve urn decrescimo altamente significativo no
Al em solucao. Devida ~ nao utilizacao de filtros microporo
sos, fica dificil eliminar a suspeita de influ8noia de
polimeros de hidroxialuminio au minerais de argila sobre os
resultados, especialmente no solo LE. Neste solo era percep-
tivel a existancia de material disperso,
argila, na solucao de solo extraida.
possivelmente
Provavelmente 0 fator principal determinante dos
resul t.ados observados neste trabalho seja a complexacao de
aluminio por radicais organicos au. inorliHinicos (S04"~':::'~) como
e descrito por PARKER et alii (1988), citando varios traba
Ihos. Segundo eles, a complexa.c8.o diminuiria a toxicidade do
60
aluminio. Analisando-se os dados, verifica-se que as teores
de alurninio solllvel nao diminuiram corn a eleva9ao do pH
CaCL·;~, mesmo acirna de 5,0, indicando a ocorr@ncia de fenOme
nos de complexaC@io. 0 trabalho de CURTIN & SMILIE (1983)
t·ambem atenta para esta possibilidade. Diante das evid@ncias
sabre a complex8.C8.o do alum1.nio, pode-se ir sobre uma
possivel diminui98.o da atividade do ion Al:5+', A mesma nao
pode ser detectada neste trabalho porque apenas 5e d ispe5em '
de med de concentracao, e alumin
monomeriCD.
Varios trabalhos t.@m sido realizados forma a
abordar a questao da atividade de aluminio e avaliar a
import§ncia exercida pela mat .. eria orgfinica. As conclus
contradit6rias apresent~adas se devem basicamente a varia9ao
qualitativa da materia org~nica em cada estudo. De acordo
com HARGROVE (1986) 0 aluminio ligado a materia org§.nica
pode ser solubilizado na faixa de pH em agua de 5 a 7 e ser
objeto de absorcao pelas plantas, provocando problemas de
toxicidade. De acordo com KWONG & HUANG (1986), 0 tipo de
acido org§.nico envoi vido determina a quantidade de Al:s-",
complexado na solucao pura estudada. Os fatores mais impor
tantes se relaoionariam com 0 grau de afinidade e as cons
tantes de afinidade de complexacao, bern como com a concen-
tracao dos mesmas na saluc8.a. Segundo eles, 0 aluminia
farmaria urn cornplexo soluvel, mas inativo, ja que teria suas
reacoes de hidr61ise e precipitacy8.a alteradas. Pade-se entao
pensar na possibilidade de nao S8 apresentar como uma forma
61
t6xica para as plantas. Trabalho realizado por HUE et alii
(1985) considera a influencia de ~cidos orgAnicos de baixo
peso molecu.lar sobre a toxicidade POI' aluminio para plAntu
las de algod~o. A posi9ao dos radicais carboxilicas e do
bidrogenio nas cadeias das ~cidos parece est,ar relacionada
com 0 grau de afinidade de complexa9ao destes acidos com 0
aluminio e, partanto, com sua capacidade detexicante.
4.4.
a seca e a.bsor9ao de nutrientes par plantas
e milho
o aumento de pH produzido pels calagem tem side
associado ao aumento de produtividade da maioria das oul-
turas em solos acidos. Devido a isso, procurou-se avalier
de que modo as variaCBes de pH CaCl2 0,01 M influenciaram os
rendimentos de materia seca e a absorcao de caleia, mag
n~sio, mangan@s e aluminio pelas plantas de feijao e milho.
Os dados relati vos a est.es resultados estao expostos nas
Tabelas 5 e G.
4,4.1. Feijao
4.4.1.1. Materia Seca
Nao foram produzidas diferencas significativas
62
TA8iLA 5 - Teores de calcio, lagnesio, langaneS e alulinio e rendilento de lateris seca DO tecido de par-te aerea e faiz de feijio el fun~ao de niveis de pH (CaC12) atingidos devido Ii aphca~ao de carbonato nos solos (,edia de duss repeti~bes).
--------------------------------------------------------~------------------------------------------~----
Parte Mrea Rais ----~---~-------------------~----- -----~---~-----------~-------------------
Solo pHCaCb M.S. Ca Mg Nn M.S. Ca Mg Mn At -------------------.... ------- -~"-- ... ~----- -----~---------..-------~-..--~-- -------- ----------- ...... --...,..---~-------------- .....
g/vaso lIe/lOOg g/v8.s0 le/lOOg
---------------------------------------------,------------------~--------~-------------~-------~------~-
4.4 0.343 24. 64a 32.09 L He 0.062 H.92a 15.618 0.978 92.25 Latossolo ROlo 1 4.2 0.330 46.15ab 33.33 1. SOd 0.054 24. 20ab 50.S8bc 2.86b 78.95
5.0 0.409 55.B6sh 47.00 O.64b 0.060 26.17h 40.96b O.28a 93.10 5.6 0.379 72. 13b 46.11 O.30a 0.059 35.31b 56,SOc O.09a 124. 21
4.2 0.258 32.92a 29.35 2.72b 0.049 14.638, 40.84a 2.13c 71.40 Latossolo ROIO 2 4.3 0.281 60.26b 59.78 1.38a 0.038 37.63ab 89.40ab 1.14b 98.17
5. 1 0.364 81. 73b 61. 45 Q.58a 0.050 49.17b 150.96b O.47ab 56.11 6.0 0.200 61. 99b 66.94 O.11a 0.041 38.71ab 127.67ab 0.06a 84. 95
4.2 0.258 63,29a 67.16a 2.13b 0.052 35.35ab 71.58 4. 51 110.14 Latossolo Vermelho 4.5 0.321 66.554 61. 44a 1. 89b 0.063 25.05a 61.55 3.04 164. 90
Escuro 5.0 O.43~ 81.77ob 83.4Sab O.78ab 0.075 47. 13ab 72.94 0.63 131.68 5.9 0.469 lO6.05b 125.25b 0.29a 0.058 62.03b 98.47 0.16 133.49
4.3 0.284 13.858 33.42 1.55ab 0.063 9.34a 11. 248 1. 20 111. 86 Latossolo Bruno 4.4 0.307 46.13ab 45.09 1. 73ab 0.012 28.93ab 6S.97ab 2.67 63.61
4.9 0.316 62.B4b 66.97 2.12b 0.066 33.22ab 101.21ab 2.19 11.U 5.7 0.268 63.98b 81. 29 0.88a 0.078 50.43b 164,10b 3.17 102.67
3.9 0.384 81. 38 31. 14a 1.66b 0.072 59.01 55.378 2. 36 110.05 Pod~blico Verlelho 4,5 0.432 82.62 41.91ab O.72a 0.OS8 52.86 118.17b 0.61 76.66
Escuro 5.0 0.453 96.02 60.02b 0.63a 0.011 63.80 136.64b 0.16 139.80 6.5 0.440 74.98 60.94b 0.25a 0.013 46.76 141. 62b 0.54 98.07
4.1 0.225a 11. 07a 33.04a I.S8b 0.039 17.53a 11.64& 1. 23 161.19 Calbissolo BUsieD 4,1 0.245a 15.98a 31. na 1.56b 0.044 16.823 27.338 1.13 129.99
4.4 O.32lh 39.44b 47.940 1.39b 0.056 33.32ab 121.16b 1. 57 78.87 5.4 O.SIOb 47.09b 65.77e 0.788 0.051 44. 26c la6.SSc 0.55 113.17
---------------------------------------------~-------------------~--~--------------------~---------------
I Medias seguidas de letr8s iguais, DO linbs de UI leSIO solo, nAo diferem significativalente 80 nivel de 5 % de significancia.Quando nio seguidas de letras, n!o diferea estatistlcalente.
63
(P<O,05) de rendimento de mat6ria seca de feij~o com 0
aumento de pH CaCL;;~ nos solos estudados. Este resultado
indica que as 13 dias de cultivo adotados n~o devem ter sido
suficientes para que as plantas respondessem em produpao Ide
materia seca as alteracoes ocorridas nos solos, 0 que seria
de se esperar no caso do uso de sementes grandes.
Analisando-se os solos isoladamente, pode-se obser
var 0 mesmo resultado. Apenas no solo CH foi detectada urna
variacao altamente significativa (P<O,Ol) no
materia seca de ijao. as solos
possui os mais altos valores de saturacao de aluminio (valor
M) no pH CaC!:;;? natural do solo. Apesar desses altos valores
nao terem se correlacionado isoladamente com os niveis de Al
em solucao encontrados, a pequena quantidade de Ca e Mg
sal~veis tarna 0 Al potencialmente mais t6xieo. 0 solo CH
possui relacao inieial entre 0 Al e Ca+Mg na solU98.0 entre
as mais elevadas, perdendo apenas para 0 LB. E provavel que
a causa do increment.o de materia seca no CH se deva a acen
tuada redus;:ao da toxicidade de Al proporcionada pelo aumento
dos niveis de Ca+Mg na solucao do solo, eom a calagem.
Entretanto, a aus~neia de resposta semelhante entre os dois
solos pode se dever a influ~neias de eomplexa9ao de Al n~o
medidas neste trabalho, que possivelmente foram mais impor
tantes no LB.
64
4.4.1.2. CAlcio e magnesio
Os teores de calcio e magnesio aumentaram na parte \
aerea e raiz das plantas de feijao cultivadas nos seis
solos. Verificou-se uma diferenC8 estatistica altamente
significativa (P<O,Ol) nas concentracoes dasses nutrientes,
com a variacao de pH CaCl:;;:~ provocada pela calagem.
Varios fatores de solo sao capazes de influenciar a
disponibilidade e calcio e io
plantas. Segundo FOY (1974) e CLARK (1984) a
concentracao de cada um dos cations isoladamente, e a con-
centracao de outros cations que potencialmente sao competi-
tivQS pelos sitios de adsorcao / absorcao ( como K+-, e espe-
cialmente os di e tri valentes: Ca:::"~+, Mg::;~-~', Mn::"~+, e AI::!!: ..... ),
entre outros fatores.
As exigencias em caloio sao apresentadas por CLARK
(1984), baseado em trabalho de \'lALSH & BEATON (1973), in-
dicando as concentrac5es correspondentes de 40 a 150
meq/l00g como adequadas para parte aerea de plantas jovens
de feijao. Tomando-se esses valores como uma faixa de sufi-
ci~ncia aceit;,8.vel para a variedade Turrialba, verificou-se
que os teores m~dios de cAlcio na parte a~rea de feijKo jA
atingiram 0 nivel adequado nos valores de pH CaCL..,~ corres-
pondentes a primeira dose de carbonato. Apenas no solo CH
este nivel s6 foi atingido no maior pH, provavelmente devido
ao seu alto poder tampt\o limitar 0 aumento do pH e 0 conse-
qtiente desenvolvimento de microorganisroos, restringindo a
65
mineralizacao do material org§nico e 0 aumento das teores de
cations, como 0 c61cio, na solu9~a das solos.
Apesar do que se anteriormente, constatou-se
ql.Je 0 aluminio estava presente na solucao mesmo DOS valores
de pH mais altos, quando se a precipita98.0 do Al
soluvel, veri:ficando-·se sua absorcao pelas zes feijao
independentemente do pH CaCL:2 observado. Assim, a necessida-
de de calcio para as plantas pode ter aumentado.
ialmente no caso do CH, os n is na
so mu esse lema ter
ciado as plantas.
Comparando-se ae:' .::1 concent,ra~:5es io na parte
a(::!rea e raiz de feijao, possIvel observer que no geral os
na parte aerea foram mais elevados. Entretanto, no
solo CH, esta tendencia n~o se verificou. Isto pode sar
devido a influ~ncia de uma provavel toxicidade de aluminio,
que ia causando uma diminui98.o dos t,eores de calcic Da
parte aerea. Efeito seme foi observado POI' LEE &
PRITCHARD (1984) em Trifolium repen~ cultivado em solU9~o
nui.:.ritiva. '. A medida que 0 pH CaCl:;;~ foi elevado pela aplica-
9ao da mistura de carbonato, aumentaram os teores de calcio
na solU98.0 dos solos e tambem sua absor9~o pelas plantas.
Acredita-se que 0 grau de toxicidade de aluminio possa ter-
58 reduzido devido a isso, embora 0 fato do aluminio estar
complexado tambem deve ter side importante.
Analisando-se os solos isoladamente, nota-se que
apenas no solo PE nao ocorreu diferen9a significativa nos
66
teores de calcio com a variaC80 de pH CaCl~, tanto na parte
aerea como raizes. A aus~ncia de uma res posta das plantas
quanto aos teores de calcio deve-se provavelmente a alta
concentra9a.o de calcio ja apresentada naturalmente pelo
solo, que limitou sua variacao na forma soluvel.
De aco~do com WALSH & BEATON (1973), citados por
CLARK (1984), os teores de magnesia aceitos como adequados
para parte aerea de plantas jovens de feijao correspondem a .
valores ao redor de 20 a 60 meq/100S Ace que
e compat 1 para a edade
verificar que as plantas foram adequadamente supridas
magnesio em todos os niveis de pH CaCl~;;~.
4.4.1.3. Mangan~s
Os teores de mangan~s na parte aerea e raiz de
feijao diminuiram muito significativamente (P<O,Ol) com 0
aumento de pH CaC12 produzido pela calagem, sendo que na
parte aerea verifica-se uma int,eracao com 0 fator "solo".
Quando se analisou cada solo separadamente, obser-
vou-se a mesma tend~ncia, sem excessBes, na parte aerea.
Entretanto, no tecido de raiz de feijao, s6 foi verificada
diferenca estatistica (P<O,Ol) no solo LR2, e (P<O,05) no
LR1. E necess~rio ressa1tar que nos solos LE e FE houve
diferenca significativa (P<O,05) entre as repeti90es, 0 que
pode ter
solos LB
contribuido para
e CH, com altos
as resultados. Entretanto, nos
teores de materia org~nica, nao
67
houve diferenca significativa entre os teores de mangan~s na
80lu98:0, 0 que tambem poderia ter influenciado. Assim, os
teores de mangan~s na raiz das plantas cultivadas nestes
solos mantiveram-se num mesmo nivel, embora a transloca9~o
para a parte aerea tenha se alterado em funcAo das menores
quantidades de mangan~s absorvidas com 0 aumento do pH
CaC12. Segundo WHITE (1970), a concentracAo no tecido de
parte aerea a partir da qual 0 feijao apresentou sintomas de
cidade foi de 880 ppm ou 3,20 meq/l00g no so
do. LABANAUSKAS (1966), teores a 0,07
meq/100g e 1,82 meq/100s sao respectivamente considerados
limites de defici~ncia e toxicidade para as plantas. Acei
tando-se esses valores, ao se analisar as resultados deste
trabalho, verifica--se que nao deve ter ocorrido defici@ncia
do nutriente, ja. que a menor concentracao observada ocorreu
no solo LR 2, a pH CaCl:~·~ 6,0 , com 0,11 meq/100g. Entretan
to, evidenciaram-se teores t6xicos deste elemento nos solos
LIt1, LR2, LE e LB, especialment,e nos tratamentos testemunha
e primeira dose de oarbonato, com 0 pH CaCL;;;~ menor que 5, O.
Nos demais solos, para as valores de pH CaC12 mais baixos,
as concentrac5es do elemento, embora roenores, foraro altas.
Sintomas visuais de toxicidade caracterizados por enrugamen
to das folhas e presenca de pontos necr6ticos s6 foram
encontrados no solo LE. Esses sin-tomas s~o correspondentes
aos descritos por MULDER & GUERRETSEN (1952). A nAo visuali
zac~o desses sintomas nas plantas cultivadas nos demais
solos, apesar das sitas conoentracoes encontradas, poderia
68
ser explicada de varias formas. A primeira seria que 0'
limite de toxicidade para est a variedade de feij~o e mais
elevado do que se sup~s inicialmente, ficando ao redor de
2,7 meq/100g e, portanto, pr6ximo ao valor obtido per WHITE
(1970), A segunda explicacao poderia estar relacionada com
as rela90esentre mangan~s e calcio. Segundo ABRUNA et alii
(1975), os rendimentos de feijao foram influenciados par Al
e Mn em pH < 5,0, e a rela9ao molar de Ca:Mn nas folhas era-
aproximadamente 225 para se obter
variedade usada. Considerando---se que a \tar aqui utili-
zada nao seja tao exigente, o maior suprimento calcio
desses solos poderia tor colaborado para a nao exterioriza~
cao das sintomas. Realmente, teores pr6ximos au superiores a
40 meq/l00g foram obser~lados, inclusive no LE. Observando-se
as relacBes Ca:Mn, pereebe-se que os menores valores no
tratamento testemunha estao no CH e LB, com 7,03 e 8,93
respecti vamen-te. Ao passe que no solo LE, essa relacElo e de
29,66 (dados nao apresentados). Dessa forma, nao pareee que
a maior quantidade de calcic tenha colaborado para a elimi-
nac~o da toxicidade neste experimento. Possivelmente a
resposta difereneial deste solo deva-se a nao avaliaCao de
outros parAmetros que afetam a sensibilidade das plantas ao
mangan~s, como os teores de f6sforo e molibd~nio (FOY,
1976), Outra possibilidade seria a influ~ncia de complexa9~o
do manSan@s ter sido maior nos outros solos. 0 fato deste
solo ser mais arenoso que os demais, onde caracteristicas
relacionadas com os mecanismos de absorC80 {como a capilari-
69
dade) se comportam de modo diverso, podendo influenciar a
absorcao de nutrientes tambem poderia ser importante.
4.4.1.4. Aluminio na raiz
As concentrao5es de aluminio na raiz de feijAo n~o
variaram sig'nificativamente (P<O,05) com a elev80ao do pH
CaCl:;;~ pela ealagem, nos s solos estAldados, Os teores
aluminio na soluC~o dos solos n~o diminuiram, mesmo com a
elev80ao do pH CaCl:'~ 8eima de 5,0. Apesar da indieaOlio
que nos val ores de pH CaC12 mais altos a maior parte do
aluminio astaria complexada, aparentemente isto nao impediu
sua absorcfio peles plantas. Ent,retanto, as raizes da.s plan
tas nos tratamentos mais altos nao apresentaram sintoma
visual de toxioidade por aluminio, possuindo urns apar~ncia
normal. Tambem nao ocorreram decrescimos de absor9~o de
calcio e magnesio nesses tratament.os, 0 que seri esperado
caso houvesse toxicidade, 130m prejuizo da zona apical da
raiz, onde se processa a absor9~o destes dois nutrientes.
Discordam desses resultados trabalhos como a de HARGROVE
(1986) e FARINA et, a1 i i (1982), onde 0 aluminio absorvido
pelas plantas em pH pr6ximo a neut~ra1idade poderia causar
danos as mesmas.
Podera ser formuladas vf:trias hip6teses para explicar
a absorcgo de aluminio nesses valores de pH CaC1 2 • A primei
ra e de que ele pode ter sido absorvido complexado e ioa-
70
tivo, de forma que n~o se verificou urn prejuizo das plantas
nos tratamentos de pH Cael::.? maiores. Segundo DEKOCK &
MITCHELL (1957) ions trivalentes como 0 aluminio em solU9~o
nutritiva podem ser absorvidos pelas plantas na forma com
plexada e translocados para a parte aerea, considerando que
aparentemente nao ocorreria uma seletividade entre elemen
tos. Alern disso, a capacidade do complexo em ser absorvido
estaria relacionada com a carga da molecula em questiio.
Assim uma molecula neutra ou com uma carga ( •.•. :1. )
a absorvida, ao passo que outra com duas
vas, nao. E feita alusao sabre a apar@ncia das plantas de
tomate, mas os autores questionam a validade das dados, uma
vez que os aumentos dos teores translocados sao pequenos e
de pouca significAnoia. Observa-se, entretanto, que as plan
tas com aluminio absorvido na forma complexada (Al-EDTA +
Fe-EDTA) possuiam folhas verde escuro, enquanto que as que
absorveram aluminio na forma complexada e livre (Al-EDTA +
FeCL:$) possuiam folhas verde mais claro. Contudo este sin
toma poderia estar relacionado com 0 ferro adicionado e n~o
diretamente com 0 aluminio.
Outra hip6tese e de que 0 aluminio complexado
pode nao ter side absorvido celularmente, acumulando-se na
superficie externa das raizes, sem afeta.-las fis iologica
mente.
Neste trabalho observaram-se raizes mais retor
cidas e engrossadas nos trat,amentos testemunha e no subse
qt\ente em rela.;:8.o aos demais. Apezar da quantidade de alumi-
71
nio na solt..:tcao ter-se mantido pratic:amente a mesma, isto
sugere que deve ter aumentado proporcionalmente a fracao
complexada in6cua ~s plantas.
4.4.2. Milbo
4.4.2.1. Mat~ria Sees
Fai verificada d stica s fi
(P<O,05) na de materia seca de milbo com 0 aumento
de pH CaCl:;.:~ propiciado pe calagern na media dos S8 solos.
Entretanto, na anAlise individual dos mesmos, nao foi cons-
tatada diferenca significativa par limitacaa de graus de
1 iberdade,
Observando-se a Tabela 6, pode-se perceber que
apenas no CH houve variacao estatistica significativa
{P<O,05) na producao de materia seca devido aos tratamentos.
Como no feijao, acredita-se que apenas neste solo, onde as
oondicBes eram bastante adversas, o curto tempo de cultivo
ja permitiu que se registrassem diferencas quanto a materia
saca.
4.4.2.2. Calcia e magnesio
Os teores de caleio na parte aerea de milho, ao
contrario do feijao, n~o diferiram estatisticamente (P<O,05)
com ° aumento de pH CaeL;;:: ocorrido, embora tenham aumentado
72
TABELA 6 - Teores de c!lcio, magoesio, langao~s e alulinio e rendilento de asteria seca de parte aerea e raiz de Bilbo el fUDtao de Diveis de pH el CaC12 atingidos COl a celagel nos solos (Iedia de duas repeti~esl.
---------..... -----------------------------~----------------------~------.---- ...... -----------------------Parte Aerea Raiz
------------------------~--------- --------------~------------------~.------~-
Solo pHCaCb N. S. ea Kg No M.S. Ca M~ Nfl Ai ----------------- -----;;,.- ....;------ -----_ .... _-----.. _-------- ......... ,.,.,... -_._-_ ... _- ------------------------------
g/vaso le/lOOg g/vaso lIle/l00g
.... -----------------------------~-------------------------------------------...---""-----_ ..... ------------------ ,
4,4 0,303 28,50 79,13 0,70 0,142 2,89 8,53 0,09 52,47 Latossolo Roxo 1 4,2 0,284 38,04 58,15 0,42 0, 08~ 15,41 30,33 2,01 146,11
5,0 0,320 42,84 49,77 0,13 0,099 17,15 33,99 0,05 97,07 3,6 0,354 30,25 66,18 0,44 0,106 17,31 26,47 0,00 90,83
4,2 0,290 14,35 30,17& 3,33c 0,088 18,Ola 18,40a 2,64 101, 86 Latossolo Roxo 2 t3 0,396 22,88 59,93b 2,OOb 0,067 35,35a S7,92ab 2,00 68,80
5, 1 0,365 24,58 68,50bc 0,968 0,063 ~O)95ab 61,75ab O,~5 103,92 6,0 0,381 31, 10 86,70c O,3Sa 0)088 78,74b 121, 95b 0,03 93,85
4,2 0,370 34,778 64,5'1 2,10 0,117 30,62 51,19 1,14 40,17a Latossolo Verlelbo 4,5 0,363 32,64a 58,03 1,65 OJ 125 27,79 39,43 1,70 39,5411
Escuro 5,0 0,390 38, nab 83,34 0,95 O,l~3 19,24 33,06 0,70 57,46b 5,9 0,348 42,62b 107)83 0, 76 0,181 24,10 31,80 0,34 S9,OOb
4,3 0,214 10,52 25,90 1,84 0,091 1)81 1,25 0,23 10S,08 Latossolo Bruno 4,4 0,266 24,48 41,06 2" 03 0,094 45,99 67,57 3,69 93,14
4,9 0,365 28,63 51,25 1,61 0,113 55,48 80,77 2,49 78,58 5,7 0,378 38,71 87,74 0,87 0,097 43,31 64, 89 2,14 131,71
3,9 0,291 2?,11b 29,778 1,93d 0,060 47,53 24,99 2,30c 199,16 Podsblico Vermelho 4,5 0,370 23,73ab 38,038 1,06c 0,090 45,B1 49,24 O,63b 132,16
Escuro 5,0 0,312 15,86a 32)65a O,52b 0, 120 50,34 67,09 0,10& 127,35 6,5 0,353 23,57ab 56,82b 0,26a 0,149 43,96 87,65 0,128 90,23
4,1 O,238a 10,86a 21,33a L29 0,049 31 43a O,35a 0,14& 99.15 Calbissolo HUiico 4,1 0,2938 15,7'la 39,12a 1,58 0,082 3,97a 3,808. O,25a 98,15
4,4 O,359ab 27 J 84b 60,5Gb 1,44 0,077 24,91b 36,61b l,42b 101,55 5,4 O,422b 33,69b 86,SOc 0,91 0,100 31,76b 68,21b 1,0tb 113,63
-----~----~--------------~------------------------------------------------------------------------------
/ Medias seguidas de letras iguais, D4 linha de UI leSIO solo, D~O diferel cstatisticalente entre si ao n1vel de 5 ~ de sigoific!ocia. Quando nao seguidas de letras, n!o diferel estatistic8Bente.
73
significativamente os teores de calcio na raiz (P<O,05).
Contudo, analisando os solos isoladamente, verifi
cou-se urn comportamento diferencial entre eles. Nos solos LE
e PE houve diferenca significative. (P<O,05) e no eH, muito
significativa (P<O,Ol) quanto aos teores de cAlcio oa parte
a~rea. JA em rela9~0 As concentra95es nas raizes, houve
variac~o muito significativa no eH enquanto que nos solos LE
e PE n~o houve diferenca significativa (P<O,05). Tambem no
solo LR2 houve diferenC8 significat
cio na z com a varia9~.o
tracoes de calcio na parte
(P<O,05) no teor
as concen
nao tenham se alterado
significativamente para 0 mesmo nivel de significAncia esta
tistica.
As concentra95es de calcio em milho variam de acor
do com a idade e a parte da planta analisada (CLARK, 1984).
Os teores de caloio na 3";~ e 4'Y" folha da plants de milho a 30
- 45 dias da semeadura estao ao redor de 45 a 80 meq/100g,
segundo WALSH & BEATON (1973), oitados por CLARK (1984). De
acordo com CLARK (1976) existe uma grande variabilidade de
respostas de milho hibrido ao cAlcio e magnesia, destacando
trabalhos como de SAYRE (1955) onde as concentrac5es de
cAlcio na folha oscilaram entre 25 e 95 meq/100g, e as de
magnesio entre 37 e 96 meq/100g para 31 hibridos, sob condi-
90es de campo. Davido a tend~noia do calcio se aoumular nas
folhas de mi lho, espera-se que aos 13 dias apl.)s a semeadura
a faixa de concentracao adequada saja menor do que as apre
sentadas por Sayre. Na bibliogafia disponivel n~o e feita
74
nenhuma al\"ls~o a concentrace';ies de calcio consideradas ideais
para plantas jovens de milho. Assim, para efeito deste es-
tudo sera considerada adequada a faixa entre 24 e 54
meq/100g, correspondente ao estudo com plantas mais toleran-
tes a acidez, como a milho, realizado por BOU & MERKLE
(1950), citades per FOY (1974) e CLARK (1984).
Os teores de calcio observados na parte aerea de
milho podem ser considerados baixos nos tratamentos testemu-
nba dos solos LR2, LB e CH. Entretanto
de carbonato aplicada os teores na
na dose
i-
cientes, com excessao dos solos LR2 (22,88 meq/100g) e do CH
(15 meq/l00g).
Nos solos LR2, LB e FE os teores de calcia nas
raizes eram maiores que na parte aerea, tendo ocorrido 0
inverso no LR1, LE e CH,
foraro maiores
No feijao, as concentrac5es na
em todos os solos. Esta res posta parte aerea
diferenciada evidencia que as exigi3ncias em calcio pelas
duas culturas variam.
As concentrac5es de magnesia na parte aerea e raiz
de milho foram maiores que as de cAlcio. Esta tendancia nAo
sa verificou no feij~o e evidenoia diferencas de seletivi
dade por magnesia entre as raizes das duas especies. A pro
por9~o molar de c~lcio para magn§sio na mistura de carbona
tos foi de 1 : 1,6 e pode tambem tar colaborado para a
observacao desse resultado, embora a possivel maior seleti
vidade do milho por magnesio deva ter side 0 fater decisive.
75
4.4.2.3. Mangan~s
Os teores de mangan@s no rnilho na parte apre-
sentaram diferen9as rnuito significativas (P<O,Ol) davido
aos solos e t.ambern com a variaqao do pH CaCL"2 provocada pela
calagem, evidenciando a ocorr@ncia de interac8.o entre as
dois fatores. As concentrar;::oes de mangan@s no tacido de raiz
nao diferirarn estatisticarnente a urn nivel de 5 % sisnifi-
cAncia, tanto em relaq8.o a solo quanta a pH
Para ito estudo ace as 1
de 0,07 e 1,82 meq/l00g~ respectivamente como limites
ici@ncia e toxicidade propostos par LABANAUSKAS (1966).
A varia<;;ao do mangan~s na parte aerea no tratamento
testemunha foi de 0,70 meq/lOOg no LRl ate 3,33 meq/100g no
LR2. Ja na raiz, estes valores medios oscilaram entre 0,09
meq/100g no LRl ate 2,84 meq/100g no LR2.
De acordo com a faixa determinada anteriormente,
pareee :provavel que tenham ocoorrido problemas de toxicidade
nos solos LR2, LE, LB e PEs Est.es resultados concordam com
VOLKWEISS (1970).
Os teores de mangan~s na parte aerea de milho foram
semelhantes aos encontrados em feijao. Entretanto, com 0
aumento do pH CaC12 pela calagem~ 0 milho tendeu apresentar
concentracBes urn pouco maiores. Isto poderia demonstrar a
tendencia a urna maior seletividade por rnan~anes pelas rai
zes de milho, em relacao ao feijao.
Em se tratando de manifestacao de sintomas de toxi-
76
oidade, nao foram verificados sintomas tipicos. Entretanto,
sintomas muito semelban"tes aos descritas par MULDER &
GUERRETSEN (1952) como relativos a defici~ncia de manganes
foram verificados nos tratamentos testemunha e primeira dose
de carbonato do solo LE e primeira dose do LR2. Os sintomas
se caracterizaram par les5es in"ternervurais de colora9ao
branca. Na verdade esses sintomas de defici@ncia e toxicida
de se confundem na fase inicial, porque a func~o principal
nutriente e ativar enz . Assim, as causa-
das por sua falta poderiam, pelo menos numa in , se
assemelharem Aquelas devidas ao excesso. Parece pouco prov~
vel que tenha ocorrido defici~ncia a concentra95es como de
3,33 meq Mn/lOOg verificada no tratamento testemunha do solo
LR2. 0 solo PE nao apresentou sintomas de toxicidade visi
veis. A exemplo do que foi observado par ABRUNA et alii
(1975), nao foi verificada urna relacao entre as teores de Ca
e Mn e a toxicidade de mangan~s no milho. Ressalta-se que os
teores apresentados pelos latossolos (oxissolos) estudados
par eles eram bern mais baixos.
Os teores de mangan~s verificados na parte aerea no
tratamento mais alto, oode se atinSiram os maiores valores
de pH CaC12, ainda se encontravam acima do limite cons ide
rado para a manifesta9ao de defici~ncia de mangan~s nesses
solos, mesmo ocorrendo pH em Agua 6,5 (solo PEl.
As concentracBes de Mn no tecido de raiz s6
variaram significativamente nos solos PE e CH. Nos solos
LR1, LR2 e LE as valores medias evidenciaram uma reducao nos
77
teores de Mn absorvido, embora uma menor repetibilidade
tenha prejudicado a analise de vari§.ncia. No solo LB, ocor
reram teores altos de mangan~s no tecido, sem evidenciar-se
uma tend@ncia a redu9~o, mesmo a pH CaC1 2 5,7. Este resul
tado discorda de VOLKWEISS (1970) e FAZIO (1979)~ ja que
ambos observaram diminuicao dos teores de mangan@s no tecido
de milho e na fase trocavel para 0 solo LB.
4.4.1.4. Aluminio na raiz
Os teores m~dios de aluminio no tee ieu
milho nao diferiram estatisticamente (P<O,05) com 0 aumento
de pH CaC devido A ealagem, A semelhanca do feij~o. Entre-
tanto, anal isarldo-se as solos isoladamente, verifica-se uma
diferenca estatistioa (P<O,05) devido A varia9ao do pH CaC12
no solo LE, Surpreendentemente, contudo, observou-se urn
aumento nos teores de aluminio absorvido com 0 aumento do
pH. Este foi 0 Dnico solo em que se verificou diferen98
estat:i.stica quanto aos teores de aluminio em soluC~o, que
diminuiram com os aumentos de pH produzidos. N~o se encon
trou uma explicacAo para 0 ocorrido, mas poderia estar rela
cionado com as formas de complexos de aluminio com radicais
orgfinicos. Nos demais solos essa aus~ncia de varia98.0 nos
teo res absorvidos pelas raizes de milho concordou com os
teo res de aluminio na solucao dos solos. Estes resultados
discordam dos observados por FARINA et alii (1982), em que
as evid@ncias indicavam problemas de toxidez de Al sabre 0
78
rendimento de milho, a pH pr6ximo da neutralidade. Aparente-
mente isto e pOlleo prov8.vel. Segundo eles, 50 a 90 % da
diminuic~o de rendimento deveu-se aos valores das relac5es
AI/P. A diminuic~o de rendimento, neste caso, estava asso
ciada a al tOB teo res de aluminio extrai vel oom CuCl:-;~. lste
indica que deve tar havido a partioipac~o de aluminio Iigado
a materia orgfinica naqueles solos, reforqando as suposiceJes
lancadas nes·te trabalho quanta a ooorrencia de aluminio
complexado com rad S orgAnicos na so mesmos.
4.5. Relacoes cati~nicas
4,5.1. Solo
A fase trocavel influencia a composiqao da solU9~o
do solo, tamponando--a, quando stem fulions suficientes
para acompanhar os cations. Segundo SALMON (1964), as rela-
908S entre cations ns solucao podem ser usadas para definir
o .. stat,us" de sistemas s 61 ido-·so 1 uqao em so los. Ref 1 et indo a
sat,uracao dos diferentes cations e a for9a com que sgo
adsorvidos nos sitios de troca, permitem avaliar com maior
claresa 0 efeito de cat,ions complementares e tambem do ·tipo
de material que comp5e as superficies de troca dos solos.
Como os valores dos cations trocaveis sao apresen
tados em meq/100g, n[io foi feita correcao (eleva9~o a um
expoente) .as rela9bes trocbveis, 86 na solu9ao dos solos.
79
4.5. 1.1. Mangan~s e a soma de oAleia e magnesio nos
solos.
Neste trabalho pOds-se verifiear que a varia9~o do
pH CaC12 eausou uma diferenca muito significativa (P<O,Ol)
na relac~o Mn/Ca+Mg tanto na troea como na soluC~o das seis
solos estudados. No oaso de solos, a abjetivo e preyer a
composic~o da soluC~o do solo em func~o das relac3es com a
troea, j~ que esta e obtida com mais
( 1 ), que a de troea entre
il A equacao
e calc
mais magn~sio nos sitios de troea e na solu9~o dos solos ~
apresentada na 'rabela '7 e na}:i'igura :3.
J:t'ioa evideneiada a prefer~ncia de Ca+Mg pelos
sitios de -troea davido ao eoefieiente de seletividade ser
menor que urn {ll. o coeficiente angular menor que urn (1)
indica que aumentos nas relac5Bs na troea eorrespondem a
aumentos das relacoes na soluQ8.o dos solos. Hesultado seme
Ihante foi observado no trabalho de MIELNICL;UK (1973). A
calagem e 0 conseqOente aumento de pH CaC12 oausaram um
aumento signifioativo dos teoras de Ca+Mg na solup8.o. ~mbora
os teo res de rnagani3s solllvel tenham se comportado de maneira
urn pouco diferente de urn solo para outro, evideneiou-se a
tend~ncia a um abaixamento das relacoes Mn/Ca+Mg. Isto
oertamente contribuiu para eliminar ou minimizar a toxici
dade por mangan~s.
Os dados obtidos aqui indicam a possibilidade do
usa daste tipo de eQU8.9ao para se determinar 0 comportamento
80
TABELA 7 - Equap5es de regress!o entre as relac~s de cations oa troca e 08 solucao dos solos.
[N02+] [MD-X] (1) log ----------- = -0,144 + 1,177 log ----------- r - 0,921**
[Ca~M.f+l [Ca+Mg-X]
Utn:;!"}l 12 [No-X] 12l log -------------------------- : -0,025 • 0,688 log --------------- r = 0,929*$
[AP+ )1/3 t[Ca+Mg2")1 12 [Al +Ca+Mg-X)
rAp· p/3 [AI-Xl (3) log ------------ = - 0,891 + 0,491 log -----------
[CatMg2+]1/2 [CatHs-X]
* [2+) e [3"} sigoifiC81 teores oa solu~80 dos solos, eoquanto que [-X] sao teores trocaveis.
t~ ':)
g ~ ~ ... ~ "'" 'f l-J 0)
-2
0 0
-0,144 + 1.177 x 0
-0.5 Y :: r :: O,927;t ~ fI
8.0 00 n 0
Q Q
a 00 Q:I -I., ollQ§J
[)
-Z.o u
-Z.5 a 0\ -3.0 -
-3.5 Q Q Cl 0
-4.0 I -.--3.4 -~.O -26 -2.2 -1.8 -1.4 -to -0.6
log[lvfnJ/ [Co+M9J troco
FIGURA 3: variacao dos relooOes Mn/Co+Mg no SOhJeOO dos solos em funcao dos relocees no troco em se.s solos origindrios de bosalto.
81
82
de cations comp1ementares nos solos, em fun9~o de suas
quantidades individuais. Parece interessante que, em vez de
se determinar 0 limite de teores na solu9£1o a partir do qual
se manifestam sintomas de toxicidade, se busque a rela9ao
Mn/Ca+Mg responsavel par lsto. Dest.a forma estariam sendo'
avaliados outros fatores associados a toxicidade, como 0
calcio e magn~sio ne. solu9~o dos solos. J~ que os tearas em
solU9~O e ne. troca se correlacionam bern, ainda se poderia
determinar 0 ,..· ,~ limites de rela9~o na troca, a partir do qual
ocorre a c por manganes.
4.5.1.2. Manganes e a soma de aluminio, cAlcio e
magn~sio nos solos
Procurou-se determinar a influ@ncia do aluminio em
conjunto com a soma de cAlcio e magnesio sobre ° mangan~s na
troca e solu9ao. ~sta relacao, a18m do manganes, envolve as
cations present.es no solo em maiares qU8.ntidades. Assim,
a18m dos efeitos beneficos do ctllcio e magnesio, e acrescida
a quest~o do aluminio, que tambem deve interferir na absor-
9~O de nutrientes. o mangani3s esta isolado no numerador
porque 0 objetivo desta rela9go ~ posteriormente relacion~-
la com sintomas de toxicidade por mangan~s.
~oi possivel verificar que as relac5es entre man-
ganes e aluminio, calcio e magnesio na troca e solu9~o dos
solos estudados comportaram-se de acordo com a equacao de
regress~o linear (2) apresentada na Tabela 'l e Figura 4. 0
83
logaritmo do coeficiente de seletividade, apesar nega-
tivo, e pr6ximo de zero (K pr6ximo de urn), indicando que a
Mn tern afinidade menor, mas semelhante ao calcio, magnesio e
aluminio palos sitioG de troea. 0 coeficiente angular indica
a t:endencia da seletividade por manganes na solu~:ao aumentar·
a medida que a relac;d10 na troca tambem aumenta.
A calagem e 0 conseqtiente aumento do pH Cae
causararn urn aumento significativo nos teores de cAlcio e
magnesia na 80 1 u<;: 8.0 dos solos. Os teo res e
aluminio, por outr~ 1 , nao aram s if ivamente ao
n 1 5 % signi c§ncia. Observou-se que a reI
entre manganas e a soma a.luminio, calcia e magnesia
tendeu a diminuir com os aumentos de pH produzidos.
4.5.1.3. Hela96es entre aluminio e a soma de cAlcia
e io nos solos
Forum veri.fi diferen9as muito significativas
(P<O,Ol) nas rela9Bes entre aluminio R a soma de c~lcio e
magn~sio na treea e na solu0~r_) do.c_~ ~cJlo~ f ~ d .,., -,§ - ... , em un9a.o os
aument,os pH CaC A calagem e ° conseqQente aumento do
pH CaCl~ causaram urn aUmer1~()' ~l·rlrl·t~·~· d t: d - -- 0 51 lC8GlVO os ",eores e
Ca+Mg na salU9~0 dos solos Arn dAr-l C "A • • ? 5 .,.- a. . ",omo conseql..,.u:;nc:J.8,
ocorreu uma diminuni9~o significativa (U~O 01) ] ~,~ nas re.acBes
Al:l· / ::'!: ICa+t1g:1. / ::;:: dBC.~ 1·' .-- so uCOes, apesar dos teores de aluminio
n~o terem variado estatisticamente em fun9~o do aumento de
pH das solos.
I~ (5 II) I
(\j
" -r=J
~
(\J
"-
,-,
~ 1-
~ 4-
!? ,--, <i
1_1
-O.4~--------------------------------------Tr~------------~
-_ y =-0,025+0,688)(
-0:1 - r:: 0.929 ~I --
-1.0-
--
-1.3-
-
-us---
-1.9-
- Q 0 0 _n
I I I I I ---, - 2.2 -f--'''"r---.---.,.....--,----.--2 -3.0 -2.6 -2.2
[Mn]
[AI}" [Co+M9J
I I I -1.8
troco
c
I I
-1.4
Cl
(]
o
I I -to -0.6
FIGURA 4: Verie~oo dos relocOes MnltZ/AII/S 1" [co+M.l] 1/2 no SOIuc6o em funt;:60 003 re.ocOes no troce em se;s SO'OS originorios de bosolto.
84
85
A Figura 5 entre as rela90es ns troes e fase solu
vel ~ apresentado na pr6xima pAgina. 0 objetivo ~ prever as
reI entre asses cations na solU9~0 dos solos, em funcAo
das relaCOes na troea, que & a anAlise mais fAciI. A equa9Ao
(3), que descreve a rea9~o de troca entre os cations nos
sitios de troea e Da solucao dos solos e apresentada na
Tabela 7.
o iclente de sel at:} vidade iva e pr6ximo de
1 lnd que Ca+Mg tendem serem deslocados para a solU9~O
solos pelo aluminio. 0 eoeficiente angular, par sua vez,
indica que aumentos das reiaobes na troes proYQcariam urns
tend~ncia a diminuir a discriminacao do aluminio nas solu-
90es, ou aumentar sua afinidade palos sitios t.roca.
4.5.2. Plants
HA muito se discute a import&noia da composi9~o da
GolU9~O dos solos sabre a absorcao de nutrientes para as
p 1 an t:.EtS . Mui tOG trabalbos procuraram determinar indices de
disponibilidade de vArios nutrientes catiOnicos para as
plant,as, baseando-se ern equ890es de aCao de massas (SALMON,
1964 FASSBENDER & PINERES, 1971 MIELNICZUK, 1913).
Destes, MIELNICZUK (1973) trabalhou com rela95es entre
c~lcio e magn~sio; potAssio, 0610io e magn~sio; e manganSs,
cttlcio e magnes io associando sua influ@ncia sobre a absor91.:lo
e rendimento de soja.
.8 0-::l
"§ N ..... j-4
OIl ~ ... ~
" I't)
~ ~
<[ L........J
~
-0.2 - y ::-0,891+0,491 x
r ::: 0,863 ** -c 0 Jl
- 0 0
-0.8 - (]
a 0
-0
0 0 Os - tJ [] 0
-1.4 - r:P 0 0 Cl
- a '" 0 0 a 0 a 0°0
-2.0- Q a Ii§
o 0 0
-0 0
- 0 0
-2.64-~I~~I~--I~-Ir--r-I-r-I-r-I-r-I-~I-~r-~I~J--~l--~r--~I--~I--~
-3.0 -2.6 -2.2 -18 -1.4 -1.0 -0.6 -0.2 -O.z
tog AI I [Co+M~ troco
FIGURA 5: Voriot;oo dos relocoes A I 1/3 I[ Co'" MQ] 112 no solucdo em relaeoo as relocoes trocQveis pora seis solos orioinorios de basolto.
86
87
4.5.2.1. Mangan~s e a soma Caleia e Magnesia
De acordo com F'OY ( 1976) a tolert=incia a mangan~s
pelas plantas pode estar associada a diversos mecanismos.
}i~ntre eles encontra--se 0 maior poder oxidante das raizes OU·
microorganismos associados, uma menor taxa de e/ou
transloc8cgo do elemento para a parte e. sua inat: i va--
c~o em centr~s n~0-metab61icos,
teores altos de mangan~s e
alta toler~ncia interna a
e distribu
de e silicio na plant.a. Ainda se ev o reg
interacBes com calcio, f6sforo e ibd~n:io, que
riam a ocorr@ncia dos sintomas de cidade e desenvol-
vimento vegetal, Segundo MAAS et alii (1968), a combinacao
de Ca e Mg em solU9~o Dutritiva reduziu mais a absorc~o de
Mn por segmentos de raizes de cevada do que 0 Mg isolada
mente.
Assumindo-se que a absorc~o por uma planta e funcao
de uma competi9~o dcs cations por uma superficie de absor9~o
na raiz (sitio negativo internal MIELNICZUK (1973) aplicou
estas equacBes para descrever a absorc~o de nutrientes do
solo. Entre estas equapBes, uma descrevia a absor9~o de
manganes, cAlcia e magn~sio~ determinando urn limite de log
Mn/C~+Mg a partir do qual ocorriam sintomas de toxicidade.
Espera--se que cada esp(~cie ou variedade apresente
uma relacao Mn/Ca+Mg no tecido que e critioa em termos de
toxicidade por manganes. A partir deste ponto, seria pos
sivel determinar a relac~o Mn/Ca+Mg sol~veis no solo, aoima
88
da qual aquele nivel poder~ ser atingido. 0 uso de medidas
de teo res trocaveis e mais simples e normalmen'te e 0 prefe
ride para se correlacionar com as teores absorvidos pelas
plantas. Apesar disso, nao ret.ratam as quantidade reais dis--
poniveis as plantas. RessaIta-se, entretanto> que a medida
dos teores solDveis, embora mais pr6xima 0.0 que e disponivel
para as plantas Dum dado momenta, podera nao se--lo em outr~,
jA que nao s~o considerados fatores capacidade para esses
cations.
Procurou-se explicar a
e magnesio I.lelas plant.as considerando a ocorrencia de uma
reacao de troea entre a solucao dos solos e uma superfi ie
de absorcao no interior do. planta. Como especificamente para
manganas foram avaliados as tanto no. parte aerea como
raiz, testou-se relac6es oom as raises e a parte o.erea, como
se fossem independentes. A relac~o entre cations para planta
inteira, embora testada, nao e apresent,ada aqui porque
apresentou resultados semelhantes aos da parte aerea, ouja
contribuic~o em massa seea era maior. Como existe uma corre
Ia9~o entre as relac5es na soluCao e troeo. dos solos, tamb~m
foram testadas equac5es usando as relac5es troc~veis, que
s~o de fAeiI determina9~o analitiea.
4.5.2.1.1, Feijao
4.5.2.1.1.1. Parte Aerea
89
o conhecimento da rela98.0 Mn/Ca+Mg na solU9~0 a
partir da qual os sintomas de toxicidade sao observados,
torna possivel uma interpretacao dos resultados. Neste caso,
n~o foram evidenciados sintomas tipioos, excetuando-se no
solo LE. A diferenca de altura e 6rea foliar, bem como
idade cor fo era
, melhorando 0
do trat.:.amento testemunha. Forarn atribuidas notas
em func~o destes sintomas. Apesar disso~ nao se
1 entre os
a ir
(Tabala 8)
f
diferenea estatistioa entre as rendimentos de materia seca
de part~e aerea (P<O, 05) como foi comentado anteriormente.
Observando-se na Tabela 8, verifica-se que houve
uma tend~ncia das notas aumentarem com a diminuicao das
relacoes Mn/Ca+Mg no tecido. As relacl3es no tra-tamento
testemunha obedeceram ~ seguinte ordem decrescente: LR2, CH,
LB~ LR1, LE e FE Crespectivamente notas 2,2,3,3,1,3),
Peroebe-se que a tend~ncia observada nao sa verifica no solo
PE. A causa para este comportament~o diferencial e ignorada,
mas poderia se relacionar com sua textura arenosa, ja que
esta afeta as fenbmenos de capilaridade e difusao nos solos,
e, partanto, poderia influir na absorcao de nutrientes.
Ao aplicar-se a equacao de troca desenvolvida para
solos: considerando as relacoes Mn/Ca+Mg no tecido da parte
a~rea como troc~veis obteve-se a equa9~O (1) da Tabela 9,
90
TABKLA B - Belap5es entre os teores de No e CatMg no tecido de plantas de feijao e lilho, de acordo COlO pH CaC1 2 0,01 M obtido COl a calage. dos solos Iledia de duas repeti~esl.
--------------------------------------------------------------------------
Solo pBCaCb Feij80 Nilho -----------~~---- ---.----- -------~-- .... -~ ... --~------- -_ ..... _-----_ .. ..-_---------_ .. -
~ota .. P. herea Ralz Nota", P.M-rea Rail: -------_._----_._--------- .... _--------------------------_.------------------------
4.4 2 0.019 0.034 3 0.001 0.008 4.2 2 0.023 0.038 3 0,005 0.043
Latossolo Roxo 1 5.0 3 0.006 0.004 3 0.011 0.001 5.6 3 0.003 0.001 3 0.005 0.000
4.2 2 0.046 0.056 1 0.075 0.079 Latossolo Roxo 2 4.3 3 0.011 0,009 3 0.024 0.022
5.1 3 0.004 0.002 3 0.010 0.004 6.0 3 0.001 0,000 3 0.003 0.000
4.2 1 0.017 0,043 1 0.021 0.021 Latossolo Vermelho 4.5 1 0.015 0.036 1 0.018 0.025
Kscuro 5.0 2 0.005 0.OQ5 3 0.011 0.014 5.9 3 0.001 0.001 3 0.005 0.006
4.3 2 0.033 0.059 1 0.050 0.075 Latossolo Bruno 4.4 3 0.019 0.023 1 0.028 0.021
4.9 3 0.011 0.017 3 0.019 0.019 5.7 3 0.006 0,014 3 0.007 0.028
3.9 3 0.015 0.021 3 0.034 0.032 Podzblico Yerlelbo 4.5 3 0.006 0.005 3 0.017 0.007
Escuro 5.0 3 0.004 0.001 3 0.011 0.001 6.5 3 0.Q02 0.003 3 0.003 0.001
4.1 2 0.036 0.035 2 0.034 0.064 Calbissolo BUiico 4.1 2 0.040 0.026 3 0.029 0.028
4.4 3 0.016 0.010 2 0.016 0.023 5.4 3 0.00'1 0.002 3 0.008 0.010
-.~----------------------------------- .. ------~-----------------,---_._-------
i Notas para 0 aspecto geral da parte aerea de feijao e lilho: 1 : sintola tlpico de toxicidade de mangan~s 2 ~ sintolas leves (amarelecimento) 3 = aspecto norlat
91
que explica a absorcgo dos cations a partir da soluC~o dos
solos. Observa-se que Ca+Mg foram absorvidos e translocados
para a parte aerea preferencialmente ao Mn, uma vez que 0
coeficiente de seletividade e negativo. 0 coeficiente angu
lar indica que aumentos nas relacoes na solucao dos solos
tenderiam prod~zir aumentos nas relacoes da parte de
feij~o, mas que estes seriam proporcionalmente menores do
que na relacao na troca. Observando-~se os sintomas relacio
nados na Figura 6, pode-se inferir que re menores que
0,019 foram requerida.s para na solucao para 0
de sintomas de toxicidade. Substituido-se as relacoes na
solu9ao pelas respectivas relacoes na troea, obtem-se outra
equacao (2), que e apresentada na Tabela 9 e na Figura 6.
Relacoes maiores que 0,032 foram requeridas na troea para 0
aparecimento de sintomas de toxicidade.
Percebe-se que os coeficientes de seletividade e
angular revelam as mesmas tend~ncias discutidas anteriormen
te, porem 0 coeficiente de regressgo (r) ficou mais elevado.
o coeficiente de regressao (r) obtido e i.nferior ao apre
sentado por MIELNICZUK (1973), de 0,976·"··!oC· para soja. Alem
das culturas pertencerem a esp~cies diferentes, o corte da
soja foi realizado 30 dias ap6s a emerg~ncia, ao passo que 0
do feijao, 13 dias ap6s a semeadura (01..1 5 dias ap6s a emer-
g~ncia). 0 menor tempo
pode ter influencia.do os
de oultivo utilizado neste trabalho
resu 1 tados , por causa da inter-
fer~ncia dos nutrientes de reserva (como 0 mangan~s) nos
cotiledones do feijao. Com excessao do calcio, de acordo
TABKLA 9 - Kquap6es de regressao entre re189~s Nn/Ca~Mg CD plentas de feijio e Bilho e as respectivas relapBes 06 troca e solucao dos solos estudados.
[WD-Jl [Nn2+]
(U log ----------- ::: - L 298 t 0,448 log ---------""---
(2)
[Ca+Mg-Fl (Cat-Mg 2+ 1
(Mo-Fl log ----------- :
[Ca+Mg-fJ
[Mn-XJ 1,080 f 0,626 log ----------
[CuMg-XJ
[Mo-IF] [Nn2 ·1 (3) log ------------ = - 1,003 • 0,658 log ------------
[Ca'!-Ng-RFl [CuMg2+ J
(No-RFl fWn-X] (4) log ------------ : - 0,755 t 01 814 log -----------
[Ca+Mg-RFl [Ca+Mg-X]
[Wn-N] [Moz+ ]
(S} log ----------- ::: - 1,409 + 0,269 log -----------[CuWS -M ] [CIHMif+ ]
(Mn-Ml [Mn-XI (6) log ----------- = - 0,797 + 0,785 log -----------
[Ca+Mg-Ml [Ca+Ng-X]
[Mn-RMl (N02+]
(7) log ------------ ::: - 0,973 + 0,622 log ------------[Ca+Mg-RMJ [CatMg2+}
[Nn-RMl [No-X] (8) log ------------ : - 0,197 + 0,785 log -----------
(Ca+Mg-RMl [Ca+Mg-X]
r :: 0,812**
r 0,
r :: 0,615''''
r :: 0,121*-
r :: 0,119"
i [2.) e [-X] significaa teores fl solu~80 e na troc8, respectivalente. [-Fl e [-Ml significal teores nil. parte aerea de feijao e lilbo, respectiv8leote. [-RF) e [-RMl signifiea. teores na raia de feijao e lilho, respectivalente.
92
--1.3-
---
..,.1.7 -
---
-2.1-
--
-2.~-
-2.9 -
--
y::; -1,080+ 0,626 )(
r ::; 0,895 U
+ +
+ +
+
+ 4-
+ ++ t
+ + t
- <> -3j4----~I---r-I~I---~I--r-I-.I--~I---r-I---r--.---~----·r-I~Ir-~I---1
-3.4
-1.3 -
-1.7
-2.1-
-- 2.5
-2.9 -
-:\0 -2.6 -2.2 -1.6 -IA -1.0 -0.6
':/ ::; - I, 298 + 0 , 448 x
r ::: 0,812 **
<>
+
+ + +
<>
+
D
+ * +
-3.3~------r------'-----~------TI------.------r------r------4
-4 -'3 -2 -1 o
log [Mri]/[COt-MO] solu~o
o Noto 1 + Nota 2 <> Nota 3
AGORA 6: Vori~Oo dos reloc::-'es Mn/CotM\) no parte oerea de f.fj~o em
funeGo ctJs reloc&ts de cations no solu~o e troca em .... Ide.
a"i<Jin~rios de bosolto e suo influ'ncio sobre 0 Ilntomatologio
de toxicidode por mono on's . Noto: 1 = sintomos tfPICOI 2:: omorelecimento 3 =stntomos
ousentas.
93
94
com HELMS & DAVID (1973), citados por MARSCHNER (1986), os
demais nutrientes sao remobilizados dentro dos tecidos da
sernente e translocados via floema e/ou xilema para as partes
da plAntula que estao em desenvolvimento.
4.5.2.1.1.2. Rai~
As rela95es Mn/Ca+M.g na raiz de feijao apresentaram
uma tendencia a diminuic~o com 0 aumento do pH proYo-
cado pela calagem, a semelhanca da
observada uma diferenca muito significat
seis solos estudados.
s
(P<O,Ol) para os
o comportamento da absor9~0 pelas raizes das plan-
tas e descrito pela equ89ao (3) apresentada na Tabela 9.
Pode-se observar que 0 coeficiente de seletividade indica a
prefer~ncia de calcio e magnesia pelos sitios de troca nas
raizes. 0 coefioient,e angular revela que a seletividade se
modifiea com as altera9e5es nas relac5es entre os cations. 'A
medida que aumenta a relacao entre mangan~s e a soma de
calcio e magnesio, a absorC8o e menos discriminat6ria do
primeiro em detrimento dos outros dois.
A substituicAo das teores na solU9Ao dos solos
pelos teores troeaveis resulta na equa9~o (4) apresentada na
Tabela 9. Pode--se verificar que n~o houve urn aumento signi-
ficativo no coeficiente de regress~o. Isto pode indicar que
o efei to de eomplexat;:d~io dos cat~ions com &nions em solU98.0
na.o deve ter side tao importante para as rela90es nas raizes
95
de feiJao davido ao uso de medidas de concentracao das
cations na solupao dos solos em vez de atividades.
Considerando-se que urna equac~o de troca entre raiz
e parte a~rea do feij~o pode explicar a transloca9~o ocor-
rids. Tem-se:
[Mn-··FJ [t~n-RF]
log ------,-------- ::: - 0, 789 -1-- 0, 598 log [Ca+Mg··~FJ [Ca+Mg-RFJ
r ::: 0, 94 7 M--
W'
e verif que, fato, Ca+Mg foram
r para transl , Entretanto, pelo
ieiente angular, comprova---se que, a medida que a
Mn/Ca+Mg diminui na raiz, existe uma tend~ncia a aumentar a
is POl'" calcio e magnesio.
4.5,2.1.2. Milho
4.5.2.1.2.1. Parte Aerea
As relac5es entre Mn e Ca+Mg na parte a~rea de
milbo diminuiram de forma muito significativa (P<O,Ol) corn 0
aumento de pH CaC12 devido A calagem. Observou-se a tendan-
cia dos valores das rela95es apresentarem-se maiores do que
no feijao, especialmente nos niveis de pH CaC12 maiores.
Isto pade indicar a maiar seletividade do milho por mangan~s
comparado ao feij~o.
Pode-se observar a equ89ao (5), que descreve a
absor9ao dos cations a partir da solu9go dos solos, na
96
Tabela 9. Comparando-se 0 coeficiente de seletividade da
parte das duas especies em rela98.o ao manganc3s sol(~-
vel, verifica-se que 0 milho foi mais seletivo do que 0
ijao (ou menos discriminat6rio do Mn em rela98.0 a Ca+Mg) ,
icientes angularas, nota-se que a menor"
declividade oeorreu no milho. Isto indica que varia95es na
rela9ao dos cations sol~veis seriam mais importantes para 0
feijao que para 0 milbo. Como os coeficient,es angulares s§:o
menores que 1, a discrimina9ao do Mn por se torna
menor [i ida que aumentam as rei na 801U98.0.
Verifica-se tamb~m que as coeficientes de
(r) for-am menor-es no milbo, indicando uma influencia da
maior variabilidade dessas plantas. o pequeno tempo de
cuI ti vo certament..::.e colaborou para esse resul tado,
influancia das nutrientes de reserva nas sernentes.
devido a
A sintomatologia apresentada pelas folhas de milho
corresponderia a uma fase inicia1 da ext,erioriza98.o da
toxicidade por mangan@s. Verificou-se urn amarelecimento e
mancbas estriadas de coloracao branca. :b'oram atri buidas
notas as plantas em f\Jnc~o dos sintomas apresentados, oon-
forme se va na Tabela 8. Comparando-se com as relaC5es na
Figura 7, verifica--·se que urna relacao Mn/Ca+Mg menor que
0,035 foi requerida na solu9ao para a aparecimento de sin
tomas toxicidade nas plantas de rnilho. 0 ponto a partir do
qual asses sintomas se manifestaram diferiu de urn solo para
outro e, aparentemente foi influenciado pela toxicidade de
aluminio. Como i1ustra9~o, tem-se 0 solo PE, onde as sinto-
~ 'E
,--, r .-~ -... ..-,
~ g-
··1.2-Y ::: -0,797 + 0,785 )( . r =O,719t'
-1.6
-
<> ~ -2.0 - <>
- ~ - <> <l
-.- 2.4- ¢. <:;
-
- <>
- 2.8 -+--"'1--"""-'---""""--'- I I
-3.4 -3.0 -2.6 -2.2
- 1.2
- 1.5
- 2.0
- 2.4
'I ::: - 1,409 +-0, 289 )(
r :: 01615tt
I I
-1.8
~ <>
tl p
a ~ +
tH + 0
<lO 0
<> CI 0
~~ 0
() <).
~
<> <>
I I I , I I
-1.4 -1.0 -0.6
<>
-2.8 .. --·-1I~---r1 ---....--.---r--.---,-----rj -----r-----f -4 -3 -2 -1 o
log [M1 ] / [ Cat-Mg ] sotuC«1o
o Noto 1 + Nota 2 o Nota 3
FlGURA 7: Variocdo dos retap3e, Mn/Co+Mo na porte oereo de milho em funclOo dos relot;6es de cations 00 soluCllo e troca e influaneia sot:ra a sintomotolOQlo de toxiefdode par manoan,ts em .is
solos orlOinarioll de basal to. Nota: 1::: sintomos trpleos 2:: amorelecil"fWnto 3:: stntomas ausentes.
97
98
mas nao S8 manifestaram mesmo a uma relac~o Mn/Ca+Mg alta na
solucao do solo e no tecido de part,e aerea. No entanto, a
relacao A11/3/Ca+Mg1/2 na raiz foi das mais baixas (Tabela
11), indicando uma menor possibilidade de ter ocorrido
toxicidade por AI. No solo LE, contudo, isto nao se verifi
cou. Acredita-se que a textura arenosa deste solo possa ter
influenciado os resultados de alguma forma, j~ que apresen-
tou comportamento diferencial tambem no feij~o. Esta influ-
anncia poderia estar relacionada com fenOmenos lari-
e di ,que sao afetados pela textura dos solos. A
nutri com Ol..ttros elementos nao aval iados por est,e
lho, como f6sforo, mol ibd~nio, ou ferro, tam'bem poderia tar
afetado a interpretacao desses resultados, uma vez que,
segundo FOY (1976), influenciam a toxicidade por mangan19s.
As relacB~s na parte serea de milho tenderam serem
maiores que no feijao, revelando urna menor discrimina9ao do
mangan~s por calcio e magnesio neste ultimo. Os sintomas
associados a. toxicidade foram mais pronunciados no milho,
revelando sua maior sensibilidade em rela9ao a mangan~s do
que a variedade de feij~o Turrialba, para as condi9l3es deste
experimento. A aparente maior sensibilidade ao mangan~s
verificada no milho pode estar associada 8. sua maior seleti
vidade palo elemento.
Substi tuindo-se as re laCCJes }:<tln/Ca+Mg na solu9ao por
suas respectivas relacBes na troca, tem-se a equa9~o (S)
apresentada na Tabela 9 e na ,F'igura 7. Observa-se que rela~
9CJSS menores que 0,034 foram requeridas na troca para 0 bom
99
dasenvolvimento do milho. Pode-se constatar que 0 coeficien
te de regress~o praticamente n~o se alterau e os coeficien
tes de seleti 'vidade a angular, da masma forma se mostraram
muito sernelhantes. Este resultado diverge daquele
do palo feijao, quando 0 usa das rela<;oes dos cations na
troca incremantou urn pouen 0 coeficiente de regressao (r) de
0,812 para 0,895. De certa forma, isto poderia indicar que 0
efei to da eomplexa<;8.o dos cat,ions na 801U93.0 dos solos fo1.
menor para 0 milho, ou saJa, que ale Beria s ante
qua a ij~o em competir pelos cations com as ions compl
xantes.
4.5.2.1.2.2. Haiz
Verificou-se que as reI Mn/Ca+Mg na raiz de
milho cultivado nos seis solos diminuiram significativamen
ta (P<O,05) com 0 aumento de pH Cael? pela calagem.
~xaminando-se as solos isoladamentc, pode-se notar
que apenas no LB a redU9B.o nas rela90es foi menos abrupt,a.
Nos outros solos ~ passivel que a redu9~o dos tearas de Mn
BolOvel e a conseqdente diminuic~o dos teo res totais absor
vidos t,enham provocado a translocac;ao do nutriente para a
parte a~rea de modo mais efieiente. ~ntretanto nao se acre
dita que as necessidades em manganas palo milho tenham side
maiores, uma vez que nesta esp~c:ie os sintamas de toxicidade
foram mais evidentes.
A eqUa9~o ('l), que descreve a absor9~o pelo sistema
100
radioular do milho em rela9~o A solu0~o dos. ~.olr~.~ A 'Y _ J.J 0 apresen-
tada na Tabela 9.
Analisando-se as eoefici e possivel deduzir
que as s i-tios de absort;<sio int~ernos das raizes apresentam
maior seletividade POI' caleio e magnesio em detrimento de
mangant~s . Alem disso, o coeficiente angular indica que a
seletividade I)Or Ca+Mg (ou discrimina980 do mangan~s) dimi·-
nui a medida que aumentam as reI Mn/Ca+Mg na solucao
dos solos.
A substituipao das re entre as cations
'leis pelas reI entre trocAveis praticamente nao
o coeficiente de regress~o, 0 que pode indicar que 0 milho
tem maior habilidade em competir com as radicais eomplexan-
tes no melO externo, em reI ao feij A equa9~0 (8)
descreve a absor9~0 relacionada com as teores troc~veis
existentes no solo e e apresentada no. 1'abela 9.
Pode-se observar na pr6xima eqtla9ao que a trans-
locac~o de Mn para a parte a~rea foi menos importante no
milho do que no feij~oJ j~ que seu coeficiente de seletivi-
dade par Mn pela parte a~rea foi manor que no feij~o.
[Mn-MJ [Mn-RMJ log ----------- = - 1,156 + 0,364 log ------------
[Ca+Mg-MJ [Ca+Mg-RMJ
r - 0, 67 0-" -w-
Em termos de translocacao, pode-se notar que 0
milho discriminou 0 Mn POI' Ca+Mg de uma forma mais acentuada
que 0 feijao. esta esp&cie apresentou sintomas de
101
toxicidade mais acentuados que 0 o coeficiente
angular> par sua vez, indioa urn oomport.amento igual 0.0 do
feijao: a medida que as relar;;oes na raiz aumentam, uma
tendi3ncia a dirninuir a prefer8ncia por oaloio e magnesio no.
aerea.
4.5 .. 2. e a soma io 01.0
lO
As equa~~tJes que crevem a or9~o dos cations a
partir da solu9~O e troca dos solos apres no.
Tabela 10. Nao for<=lw iados os teo res de al1.,uninio na
parte aGrea das plantas, porque testes indicaram que a
me~odologia de anAlise utilizada DaO era suficientemente
preoisa para alcanpar os baixos teares de aluminia translo-
cado para a parte aerea.
4.5.2.2.1. Feijao
At~ra.ves da equ8.cao (1) do. 'Tabela 10, que desereve a
absor9~o de mangan@s em func~o do aluminio~ cAlcia e magne-
sio pelo feij~o, observa-se que a soma do aluminio, cAlcio e
magnesia e prefer ida no. raiz. 0 coeficient,e angular e pr6xi·-
mo de urn (1) e indica a tendencia do coeficiente de seleti-
102
TABELA 10 - Kquap~es de regressao entre as rela~oes de [Mnl 1/2 /[Al}t/3 + [Cat Mg]1/2 os troca e solup8o dos solos e na raiz de feij80 e lilho.
(No-RF] [Mn2~11/2
(1) log --------------- :: -L 231 .. L 048 log --------------.. -----------(AI tCa+Mg-Rn [AP" pI:! +[Ca+Mg2+]112
[Mo-Rfl fWn-Xl (21 lo~ .-._------------: -1, 176 + 0,770 log ---------- ---- r : O,750 iHI
tAL +CHMg·-RF'J [Ai teat-Mg-X)
[Mn-RMJ [Mn~"]!/2
(3) log --------------- : -0,066 • 0,160 log -----------------------tAl tCuUg -RM] r AP+ P 13 .. (CatMg2+ p 12
[Mn-RMJ [MD-!] (4) log --------------- : -0,053 .. 0,120 log --------------
(AI +CuMg-RUl [Al +Ca+Mg-X]
* [-Rfl e t -RM] significal respectiv81ente teores nil rai:;; de feij'ao e lilho. r-X) e t~+] ou (3+] significal respectivamente os teores na troca e solu~lo dos solos.
N '-
-1.6-
-2.0
+
-2.5
-
-t
+
+
y :: - f l l7S + 0,770 K
r ;;: 0,750 ** -4.0~--~1--~1---r-1--~1-~1r--"--~1---~1--r-1--r-'--1r-~1'-~1---4
- 3.4 -2.2 -I. 8 -1.4 -1.0 -0.6
-1.6-
--2.0-
-
-2.4 -i+
-
-2.8 -
-22-
l). -2.6-
-
------- tracet
<> +
+ -I-
+
()
t
y ::: - ' , 231 ... 1,048 x
r ::: 0,756 ** + 4.0~~I~-I~-,F--Ir--r-l-r-I-T-I-~I~I--~I--'I--~I--~Ir--r-I-r-I-r-r-T-,-4
-2.2 -2.0 -1.8 -1.5 -1.4 -1.2 -1.0 -0.8 -0.6 -0.4
o NoTa 1
[Mn] -------- solu~ao [AI] + [CQ+MQ]
+ Nota 2 <> Noto:5
AGURA 8: Vort~ etas re~es Mn 1/2 / A 11/3 [Co + MOJ 112 no rdz de
felJClo em fun~ dOl reto~Oes d,. cations no sol~~o e troeo
e SUO lnflu8ncio sobre 0 slntomotoloQlo de toxtdode par 1'NJ9lnes em sels solos orlolnorios de bosolto.
Nota: 1 • tlntorros tfpfcos 2:;: (I1loreleclmento 3 = slntomaa ausentes.
103
104
vidade nao se alterar corn as mudanoas ocorridas na SOlU9~O
dos solos. Aurnentos na relacao dos cations solllveis corres-
pond em a aumentos proporc~onais nas raizes de feij~o.
Esta regress~o pode ser observada na It'igura 8,
onde sao demonstradas as notas conferidas A parte a~rea ns
Tabe ls 8. Pode-se verificar que nao ha urna tend@ncia tao
definida como na rel que desprezava 0 aluminio. lsto
demonst,ra que, embora exista uma correlac&o alta entre as
reI na troea e soluC8o dos solos} as mesmas n~o sao
mais para explicar a e correl onarem-se
com sintomas toxicidade po manganes nas plantas
feijao.
Substituindo-se os teo res em solucao pelos trocA-
veis naG relac5es, pode-se explicar a absorcao das cations
usanda-se a equacao (~~) apresent.:-ada na Tabela 10. Observa-se
que a equacao apresenta as mesmas tendencias da anterior. 0
coeficiente de regressao manteve-se muito pr6ximo do primei-
ro, indicando que n~o deve ter sido importante urna possivel
interferencia da camplexa<;ao dos cations pelo uso de suas
concentra90es em ve:;.:; de ati vidades na solu~~aa sabre a equa-
cao de regressao.
4.5.2.~~.2. Milho
A equ6qao (3), que descreve a absorcao de manganes
em relsC80 a aluminio, calcio e magnesio, e demonstrada na
Tabela 10. Ao contrArio do feijao, onde havia uma seletivi-
105
dade pelo [Al+Ca+Mg-RJ, 0 logaritmo do coeficiente de sele-
tividade para a raiz de milho se aproxima de zero, indicando
que os teo res na raiz s~o influenciados principalmente pela
relac~o entre os cations presentes na solU9&0 dos solos. 0
coeficiente angular demontra que aumentos na relac~o entre
manganE::s e os demais cations na 501u 98.0, provocariam s.umer.1-
tos nas relacBes no tecido radicular de milho, mas
proporcionalmente menos que na solU9~O. Pode-se observar, no
entanto, que esta influancia sabre 0 coeficiente sel
v por mangane.s e menor do que no caso do i
Na F 9 observam-se as reI
tions na raiz de milho em fun9~0 das reI na soluCi:lo de
solo est.udado. Sao apresentadas notas conferidas
plant,as de cada repetica.o, de acordo com a Ta~bela 8. Verifi--
ca·_ose que DuO exist~e uma associa9~~o definida entre a sinto-
matologia apresent.ada pelas plant,as de milho e as rela90es
dos cations na raiz e na sol dos solos.
SubstituiDdo-se 88 relacoes na solU9~o dos solos
pe las respecti ",ras re 18.coes na t~roca, obtem-se a equac~o (4)
apresentada na 'Tabela 10. A equacao e sernelhante a anterior,
n~o tendo ocorrido urn aurnento no coeficiente de regress~o.
Pode-se, ent~oJ inferir que 0 efeito da complexac~o dos
cations, alterando a atividade das mesmos na solu9~o, n~o
foi importante nes·te caso.
Conelui-se que est,a relcii;~ao na.O foi a mais adequada
para explicar a absorcao dos cations estudados e definir
106
niveis de toxidez e/ou deficiencia de mangan~s nos solos
estudados,
4.5.2.3. Aluminio e a soma de 0610io e magn~sio
Segundo FOY (19'14) a necessidade de caleia aumenta
quando existe urn problema de toxioidade na planta, sando
reconhecido como um cAtion detoxicante.
Al~m de afetar a absor9~o de foro, 0 a1umin
presente nos solos ~cidos pode ifiou mag-
nesio, como e ito por CLARK (1977). De com FOY
(1976) os principais mecanismos associados A tolerAncia ao
aluminio s~o 0 aumento do pH na rizosfera e conseqdente
redu9~o da sua solubilidade, alta toler~ncia interna ao
aluminio, imobilizac~o do elemento nas raizes com restri9Ao
de seu transporte para a parte a(~rea, maior habi 1 idade em
absorver f6sforo, e ainda maior capacidade em resistir as
deficiencias de 0610io ou difiouldades de seu transporte
provocados pelo aluminio.
Ji:spera-se que cada espeoie ou variedade apresente
urna relacao de Al para Ca+Mg no tecido que e critica em
termos de toxicidade por aluminio. Desta forma, seria pos-
sivel determinar a limite critioo de relac~o na soluC~o de
solo c(Jrrespondent.:;.e b.quela relacao apresentada no tecido
vegetal, a partir cia qual se observam problemas de toxici-
dade nos solos es·tudado;:-;.
I~ N ... :::: ~ r--l
:i .... .., 1-.----1 "-
r:=-r <t
L_<_J
0
y :: - 0,053 + 0,120 )( a 0-
r :!: 0,479 ** ~
-0.1 ~
~ ~ 0 ~
() a
~ o+t. -0.2 IJ
'1. 4)
«)
-0.3 ~ ~ IJ ~
'\) + +
<I> ~
-0.4
~ ¢-
-0.5 ¢.
• - 0.6 .........----T--·--T-- -T---T---',- 'r-- r----T---i-·T 1 r
-3.4 -3.0 @2.6 -2.2 -1.8 -1.4 -60 -0.6
---------- traco [AI] t [Ca+MiJ
0 D 4) <>
y :, '-0,066 +0,160 x Q q
r :::0,471*t @
-0.1 @
to Co
<>
<> <><> .... a -0.2 - Q •
.f.-a ~
~
-0.3 (> () f> 0 <> <> +
+ <>
i) <Jo -0.4
~
~ <> <> <>
<> -O5l <>
-0.6 <0> --r--r---r T----.--,-----y---;--- ! - 2.2 -2.0 -1.8 -1.6 -1.4 -1.2 -\.O -0.8 -0.6 -0.4
[MnJ [AI] .f. [Ca+MQJ
sotuCClo
0 Noto 1 + Nota 2 0 Nota 3
FIGJRA 9: Vortar.& dos relO<XSes [MnJII2/[AI]1I3 [Co""~O]t/2 no roCz de m!tho em funcoo dos relot:Oes de cottons trocdvets e auo Influ
encio sobr. 0 sintomotoloolo de toxfcidade pot mofl9aMS em
sels solos orlOinorios de OOsolto.
Nota: f::: stntomos t(plcos 2.u amoreleclmento :5:: slntomeJI Qusentes
107
108
As plantas cultivadas nos sacos nylon se apre-
sentaram com urn aspecto mais v o em compara9~o as
plantas que foram cultivadas diretamente no solo, para cada
tratamento. Ou seja, quando ocorreram sint,omas de toxicidade
estes 5e apresent,aram menos severos nas plantas semeadas no
interior dos sacos. ~ste comportamento e provave
ao fato raizes das plantas do interior dos saquinhos
tarem ito a exploraQao do solo num plano, enquanto que
aquelas cultivadas diretamente no solo aram uma explo--
em volume maior. Como e na 1a 11,
nl10 foram notas raizes das plantas devido a
dificuldade de determinar os sintomas de toxidez pe
vacao do sistema radicular. Assim, a discussao do comporta-
mento das relac3es entre Al e Ca+Mg no tecido raiz de
feijao e milho serao discutidas com a objetivo de explicar a
absorc~o dos cations, sem a possibilidade de determinar as
rela90es criticas para toxicidade.
4.5.2.3.1. Feijao
As relacoes entre aluminio e c~lcio mais magn~sio
diminuiram de forma muito significativa (P<O,Ol) devido ao
aumento de pH CaC1 2 produzido pela calagem.
As equacoes ( 1 ) e que explicam a absoro~o
dasses cations pelo fel'J'~0 ern f~1'r'0Xo dr~ t: . t t ~J rL A£y~ • o~ ~eores eXls-enJes
na soluc;~ao e na troca dos solos sa.a apresentadas na Tabela
12 e na Figura 10. Pode-se not,ar que 0 coeficiente de re-
109
TABELA 11 - Rela90es [AIJ:l/::!~/[Ca+Mg]1./:'<2~ no tecido
radicular de feij~o e milho de acordo com 0 pH CaC12 0,01 M obtido com a calagem (m~dia de dues repeti95es).
Solo pHeael Feij~o Milho
4,4 0,840 1,117 Latossolo Roxo 1 4,2 0,499 0,777
5,0 0,537 0,643 5,6 0,515 0,684
4 2 0,603 0,798 Latossolo Roxo 2 4,3 0,411 0,426
5, 1 0,271 0,397 6,0 0,339 0,320
4,2 0,463 0,381 Latossolo Vermelho 4,5 0,591 0,416
Escuro 5,0 0,472 0,536 5,9 0,404 0,518
4,3 1,055 2,697 Latossolo Bruno 4,4 0,382 0,682
4,9 0,358 0,368 ,- '7 D, I 0,320 0,582
3,9 0,447 0,685 Podz61ico Vermelho 4,5 0,327 0,516
Escuro 5., ° 0,367 0,456 6 ~. , ._l 0,337 0,393
4, 1 0,917 2,771 Cambissolo Hl)mico 4,1 0,762 1,778
4,4 0,344 0,606 5,4 0,319 0,490
--~---------~------.. ----~----.. ----- .. --.. -.----,.------------,-------------------
TABKLA 12 .. Kquaci)es de rf:gress~o entre as relaqoos AlICatNg na raiz de j£o
It}
( 21
( 31
e lilho e as relacoes observadas na solucao e troca dos solos estudados.
[Al-RFJ [AP+ Jl/3
10' ------------ :: 0,461 + 032 log -----.--------[Ca+Mg-RFJ [CatMg2+ ]tl2
[Al-if] [AI-Il 101 ------------ :: 0,266 + 0,232 log ----------- r :: 0,590*11
[CaINg-RFl [CuMg-Xl
[A 1·· iN) [ A p: .. P 13
10' ------------ :: 1,134 + 0,594 log ------.-------[Ca+M, -RNJ (CatMf+ )11:2
[AI-X] [Ai-solo] log ----------- :: 0)706 + 01 382 log --------------
[Ca+Kg-XJ [Ca+Mg-solo]
t (2+1 OU [3+J e [-Xl s~o respectiv61ente 05 teores el soluqilo e troc6veis nos solos, enquanto que (-RFJ e [-RMJ sao respecti vamente os teores Das rahes de feijao e Ii lho.
110
~a ;f .(l)
.~
N :::a If
-+
~ "-,.,
::: ,-.;:.."
« L .. ..J
~
0.8 _ 0 y iii 0,266+ 0,232 x
- r IJ 0,590*_ tJ 0.6 0
04 D 0 tJ D
0.2 -a
D D - 0 D
a a D 0.0 - Q
0 r:o a - c p -0.2· 0 'b
CJ [)
r::l' a fij .. a o [] D ra 0 []
-04 ..
- D -0.6 a
i I I I I I 5 8 I I I I I I
-30 -;2.6 -2.2 -1.8 -1.4 -1.0 -0.6 -0.2
109
().e" y u 0,461 -+ 0,032 )(
- r 11/ 0,538 U 0.6-
0.4-
a
02-c:2
- o 0 0.0 _ 0
o 0 a
-.D 0
-02-
I [CO+MQ] troCQ
0 o 0
D
Q 0
0 0
OD 0
0 a tJ D
0°0 0
°0 0 0 0 c b [)
..
. n.64-----~~~----~I---~I--~I----r--I__r__ I -rT
- 2.6 -2.2 -1.8 -1.4 -1.0
100 [Al] I [Co+Mg] soluCao
0
o
0
I
-0..6 I
" a
/}
i I
0.2
. -0.2
FIGURA 10: Vorio~o dos retoc;oos All/3 I [eo+-Mg]I12 no roiz de feijCo em
func(io dos rolac6es de cations no soluCao e troco de seis
solos orioinorios de bosalto.
111
112
gressao na,() aumentou muito com a substituic~o pelas rela-
coes na troes. o coefiei de seletividade positiv~,
embora tenhs side baixo, indica que 0 aluminio foi ida
pelos sitios de troea internos do feij~o. o eoeficiente
angular indica uma tend@ncia ~ diminui9~0 seletividade
por aluminio com a majorac~o das relacoes na soluC~o dos
solos.
4.5,2,3.2.
urna diminu muito significativa
(P<O,Ol) nas reI entre aluminio e c~lcio mais magn~sio
aos aumentos de pH CaC prOdl..,lZ idos .
As equac6es (3) e (4) que desorevem a absorc~o
relativa desses cations em funo~o da soluC~o e da treea S8
encontram na Tabe1a 12 e Figura 11. Nota-se que 0 coefi-
eienta de regressao nhio aumentcJlj mutto com a substJit,uiS;~?:io
pelas relacoes na troea. o
positivo foi maior que no feij~o,
icient,s de selet.ividade
indicando que 0 aluminio
foi preferido pelos sitos de troca internos com mais inten
sidade. Isto poderia estar relacionado com a maior oapacida
de de competic~o das ra:zes de milho com os radicais comple-
xantes na soluC~o das solos estudados. De fato, para uma
mesma re1a9ao entre a1uminio e c~lcio mais magnesia na
5011198.0 dos solos, 0 mi1ho apresentou relacao mais alta que
o fei jao.
2 'f -8 N
~ N ::.::
~ $ t~ " f")
~ ~
~ 0;
.9
f IP "0
.~
N
:::
'? + 8 t.::::::....I '-f")
;::, r:::::-' ~
01 S!,
1.8 ----~~
'J :: - 0,706 + 0,382
r :: 0,622 U 1.4 -
1.0
0.6
D D
0.2 0
8 0 a fJ
DO
-0.2 0 0 0
0
it
8 o
0
tI o
J1
a
[] [] ~ o
a
o
D o o
o
-0.6 ............,---r---i~I~--I· "( 'T' '-'-'---'T-'~-I-'---'-r--r----r-"""""-
-3.0 -2.6 ~2.2 -i.e - 1.4 -1.0 - 0.6 -0.2 0.2
log[AG I[Co+MQ] froca
I.e 0
- y :! - 1,134 + 0,594 )( 0
14 -r = 0,646"
tJ []
10 - 0
0
0
0.6 - 0
0 fJ 000
- 0 []
r.P 0 tJ D 0.2 - D 0
a tJ 0
r!?o 0 - D a °cP
a 0 0
-0.2 . [J 0 a 0 0
a 0 0
- 0 a
··0.6 I I I --,-- I I I I I
-2.6 -2.2 -1.8 -1.4 -1.0 -0..6 -0.2
!og[AU ; [Ca+MgJ soluclfo
o
AGURA 11 : Varlaroo dos relacOes A 1'/3; [Ca+Mg] 112 no ratz de mitho
em fun(:& dos reiocoes do cotions no sotus:;oo • trooo de ..
solos orioinarios de bosoUo.
113
,r"'"
5. CONCLU~:)Ob:S
Os resu obtidos naG em ql18 foi
rea.l iz este trabalho permitem conc ir que:
Os cle ieo d 1. com
o aumento de I)H pela agem. A
trica da soluC~o tende aumentar com a calagem,
ciada a aumentos nas eoncentra90es de ctilcio e magnesio
mesma. Os teo res de manganl3s na olU9ftO dos solos diminuiram
corn 0 aumento de pH em alas e n~o variaram em ou-
tros, sugarindo a formac§o complexos ieos, prin-
cipalmente nos solos LB e CH. Os teores de aluminio mantive-
ram-se constantes, apesar do aumento de pH, indi.cando a
ocorr~ncia de complexac~o com radicais org§nicos au
nicos. 0 seu -teor no tecido radicular de feijao e milbo
manteve-se constante independentemente aumento de pH.
.- A apl icar,;2i.o de equat;:?5es de acao de massas mos-
trou-se potencialmente vAlida para descrever a reac~o de
troca entre cations na fase s6lida e na solU9~o do solo, a
absor9~o de cAlcio, magn~sio, mangan@s e aluminio par feij~o
e milho, e a translocac~o dos cations para a parte a~rea.
115
- A rela9~o Mn/Ca+Mg na troca foi a que melhor se
correlacionou com a reI na parte aerea de ijao e mi-
Iho. Os sintomas de t:.oxi.cidade foram observados quando
log Mn/Ca+Mg na -1,495 e -1,469 au mai~r,
2 0,032 e 0,034), A reI
Mn/Ca+Mg na soIu9ao tarnbem apresentou cientes de re-
gressao sendo as s irrtomas observados em e
mi Iho quando log Mn/Ca+t~g 2. --1, 721 e -1,456,
mente (Mn/Ca+Mg 2. 0,019 e 0,
6 - LITERATURA CITADA
.... ABRUNA-RODRIGUES, F' .. ; PEARSON, R. W. ; PEREZ-ESCOLAR. 1974.
Lime Response of Corn and Beans Grown on Typical Oxisols and Ul~isols of Puerto Rico. In: BORNEMIZSA, E. & ALVARADO, A., eds. SOIL MANAGEMENT IN TROPICAL AMERICA~ Proc. .. Raleigh, University Consortium on Soils of the Tropics - Soil Sci. Department North 1 Un itty. p. 261 82.
ABRUNA-RODRIGUES, F.; VICENTE-CHANDLER, SILVA, S. 1970. Crop Response to So 1 Ultisols and Oxisols: Tobacco. Proc., Madison. 34: 629 - 34.
ADAMS, Ii', & HATHCOCK, P. .J. 1984. Aluminum Toxicity and Calcium Deficiency in Acid Subsoil Horizons of Two Coastal Plains Soil Series. 50i1 Sci. Soc. Q.f ~!!! .• J., Madison .. 48: 1305 - 09.
ADAMS, F. & LUND, Z. F. 1966. Effect of Chemical Ativity of Soil Solution Aluminum on Cotton Root Penetration of Acid Subsoi Is. .sci., Bal timor-e. 101: 193 - 8.
ALEXANDER, M. 1961. Introduction York, J. Wiley 472p.
Soil Microbiol~. New
ALVA, A.K.; EDWARDS, D.G.; ASHER, C.J. BLAMEY, F.P.C. 1986. Relationships Between Root Length of Soybean and Calculated Activities of Aluminum Monomers in Solut.ion. Soil Sci. Soc. of Am. 1., Madison. 50: 959 - 62.
ANDRADE,L.R.M. 1988. Fatores de Acide~ de Solos ~ §1!§. Influ@ncia ns Necessidade de CalcAria e no Desenvolvimento ~ ,Feij~Q-.~ Milho.. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 96f. Diss. Mest~. em Agronomia, Solos.
BAKER, D.E. 1984. Ion Activities and Ratios in Relation to Corrective Treatments of Soils. In: Stelly, M.; ed. Soil Testing: Correlating anq Interpreting the An a l.:l:ti cal Results. Madison, ASA. p. 55 - 74.
117
BARBER, S.A. 1984. Soil Nutrient Bioavailability A Mechanistic Aproach. New York, .J. l'\Iiley. 398p.
BLACK, C.A. 1968. Soil plant relationships. New York. John Wiley & Sons, Inc. 2nd ed. p. 273 - 355.
BLAKE, G.R. 1965. Bulk Density. In: BLACK, C.A. et. alii, eds. Methods .of soil analysis. Madison, ASA. p. 279 - 85.
BLOOM, P.R.; MCBRIDE, M.B., Organic Mat-ter in Acid Aluminum Activity. 488 - 93.
BRASIL. 1973. Reei tamento Nacional Pesquisa Pedo ica.
do do Rio Tecnico, 30)
; WEAVER, R.M. 1978. Aluminum Soils: Buffering and Solution
Soc. of Am. J., Madison. 43:
o da Agricultura - Depar-
CAMPBELL C.A. 1978. Soil Organic Carbon, Nitrogen and Fertility, In: SCHNITZER, M. & KHAN, S.U., eds. Soil Qrganic Matter. New York, Elsevier Scientific Publishig Co. p. 173 - 271.
CLARK, R.B. 1976. Plant Efficiencies in the Use of Calcium, Magnesium, and Molibdenum. In: WRIGHTT, M.J., ed. Plant Adaptatioq to Mineral Stress in Problem Soils. Ithaca, Cornell University. p. 175 - 91.
CLARK, R.B. 1977. Effect of Aluminum on Growth and Mineral Elements of AI-tolerant and AI-intolerant Corn. Plant and Soil, The Hague. 47: 653 - 62.
CLARK, R.B. 1984. Physilogical Aspects of Calcium, Magnesium and Molibdenum Deficiencies in Plants. In: ADAMS, F., ed. ~. ,Acidity .and Liming. Madison, ASA. p. 99-170.
COLEMAN, N.T. & THOMAS, G.W. 1967. The Basic Chemestry of Soil Acidity. In: Pearson, R.W. & Adams, F. ed. Soil Acidi~ and Liming. Madison, ASA. p. 1 - 42. (Agronomy Series, 12)
CURTIN, D. & SMILIE, G.W. 1983. Soil Solution Composition as Affected by liming and Incubation. Soil Sci. Soc. of Am. Proc., Madison. ~: 701 - 7.
DAY, R.R. 1965. Particle Fractionation and Particle-size Analysis. In: BLACK, C.A. et alii, eds. Methods of soil analysis. Madison, ASA. p. 671 - 98.
118
DEKOCK, P.C. & MITCHELL, R.L. 1957. Uptake of chelated metals by plants. Soi 1 Sci., Bal t,imore. .[1: 55 - 62.
EMBRAPA. 1979. Manual de metodos Janeiro, SNLCS. 247p.
solo. Rio de
ERNANI, P.R. & ALMEIDA, J.A. 1986. Avalia2Ao metodos ~ recomendaQao guantitativa de calcario para Q§ solos do Estado de Santa Catarina. Lag-es, Faculdade de Agronomia, Universidade para 0 Desenvolvimento Estado de Santa Catarina. 53p. (Boletim Teenieo de los, 1).
FALCAO, M.F.P. 1975, Caracteriza23.0 de alguns solos afetados por sais § ~ efeitos .sobre duas culturas. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 93£. Diss. Mestr. em Agronomia, Solos.
FARINA, M.P.W.; CHANNON P. M.E. 1.9 Induced Yield Depressions mays L.) on Weathered Soils. £~h.
- 8.
FASSBENDER, von H.W. & PINERES, E. 1971. Effect of Liming on the Exchangeable Cation Composition and Availability of Six Costa Rican Soils. Qungung, Bodenkunde, Leipzig. (2): 124 - 35.
FAZIO, P. I. 1979. St;;rle£8.Q Q. avalia28.o. raetodo~ para as--timar ~ necessidade de calctirio ~ solos brasileiros.Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 99£. Diss. Mestr. em Agronomia, Solos.
FORSYTH, ~~. San .Jose,
1975. Fisica IICA. 212p.
manual laboratorio.
FOX, R.B. & PIEKIELEK, W.P. 1978. A Rapid Method for Estimating the Nitrogen-Supplying Capability of a soil. So it. Soc. 9f Am. J., Mad i.§LQ!!. 42: 7 !51 - 3.
FOY, C.D. 1974. Effects of Aluminum on Plant Growth. In: Carson, E.W., ed. The Plant Root §!ng its Environment. Charlottesvile, University Press of Virginia, USA. p. 601 - 42.
FOY, C.D. 1976. Differential Aluminum Tolerances of Plant Species and Varieties ~i. ~ Cult., Sao Paulo. 28 (2): 150 - 5.
and Manganese in Acid Soi Is.
FOY, C.D.; FLEMING, A.L. ; ARMINGER, N.H. 1969. Aluminum Tolerance of Soybean Varieties in Relation to Calcium Nutrition. Agronomy Journal, Madison. 61: 505 -- 11.
119
GREWELIN, T. 1976. Chemical Analysis of Plant Tissue. Search Agriculture: Agronomy, Ithaca, 6 (S): 60 - 1. HARGROVE, W.L. 1986. The Solubility of Aluminum-organic Matter and its Implica.tion in Plant Uptake of Aluminum. Note . .sti..., Baltimore. 142 (3): 179 - 81.
HELLING, C.S.; CHESTERS, G. COREY, R.B. 1964. Contributions of Organic Matter and Clay to Soil Cation-Exchange Capacity as Affected by the Saturat Solution. Soil . Soc. of Am. Proc., Madison. ~: 517 - 20.
K.R. 1978. Effects of Aluminum and on Legume Growth. in: Andrew, C.E. & Kamprath,
Nutrition of Legumes QD and ';;;...;;;..=-:::;;..;.;:.' Melbourne, CSIRO. p. 207 -
4. Deposition and Solution Manganese Supply 1667 B.U,S.
Department of Interior, Waschington, D.C. 42p.
HEWITT, E.J. 1952. A Biological Aproach to the Problems of Soil Acidity. Trans. Gongr. In-tern. Soil ( Dub 1 in) 1: 107 -18.
HUANG, P.M. & VIOLANTE, A. 1986. Influence of Organio Acids on Cristallization and Surface Properties of Precipitation Products of Aluminum. In: Huang, P.M. & Schnitzer, M. ed. Interactions of Soil Minerals with Natural Organics ~nd Microbes. Madison, Wise. Soil science Socie"ty of America Inc. (Special Publication, 17).
HUE, N.V.; CRADDOCK, G.R. ; ADAMS,F. 1986. Effect of Organic Acids on Aluminum Toxicity in Subsoils. Soil Sci. Soc. of Am. .J., Madison. 50: 28 - 34.
JACKSON, M.L. 1963. Aluminum Principle in Soil Sci .. Mad i s on . 27: (1) 1 .- 9.
Bonding in Soil Sci.
Soils: a Unifying Soc. of Am. Proe.,
JACKSON, N.A. 1967. Physiological Effects of Soil Acidity. In: Pearson, R.N. & Adams, F., ed. Soil Acidity. and Liming. Madison, ASA. p. 43 - 124. (Agronomy Series, 12)
JUO, A.S.R. 1977. Soluble and Exohangeble Aluminum in Ultisols and Alfisols in West Africa. Commun. in.full1 Sci. ?-lUd Plant An., New York. 8: 17 - 35.
KAMPRA'I'H, E .. J. 1970. Exchangeable Aluminum as a Criterion for Liming Leached Soils. Soil Sci. Soe. of Am. Proe.} Madison. 34: 252 - 4.
KAMPRATH, E. J. 1978. Lime in Relation to Al Toxicity in
120
'Tropical Soils. In: Andrew, C. E. & Kamprath, E .. J., eds. Mi.n~ral Nutritioq of Legumes in TrOEl.Cal ~ Subt.ropical Soi Is. Melbourne, CSIRO. pag. 233 -- 63.
KWONG, Ng Kee K.F. & HUANG, P.M. 1979. The Relative Influence of Low-molecular Weight Complexing Organic Acids on the Hydrolisis and Precipitation of Aluminum. Sci., Baltimore. 128: 337 -42.
LABANAUSKAS, C.K. 1966. Manganese. In: Diagnostic for University of California, Division Sciences. p. 264 - 85.
LEE, J. & PRITCHARD, M.W. 1984. Aluminum on Nutrient Uptake, Growth and
CHAPMAN, H. D., ed. soil~. Riverside,
of Agricultural
Trifol ium repens L. cv. "Grass 1 Huia" . The . 82 (1): 101 16.
LINDSAY, W.L. 1972. Inorganic Phase Equilibria of Micronutrients in Soi Is. In: MORTVEDT,.J .. J.; GIORDANO, P. M. ; LINDSAY, W. L., ed. Micronutrient:.s Agriculture. Madison, ASA. p. 41 - 57.
LINDSAY, N.L. 1974. Role of Chelation in Micronutrient Availabili.ty. In: CARSON, E. ~~., ed. The Plant Root and its Environment. Charlo-ttesvile, University Press of Virginia, USA. p. 507 24.
LOPES, A. S. 198~3. Solos g;ob II - Caracteristicas, Propriedades .~ .Manejo. Piracicaba. Instituto da Potassa e Fosfato: Instit.uto Internacional da Potassa. 162 p.
MAAS, E.V.; MOORE, D.P. MASON, B.J. Calcium and Magnesium on Manganese Physiol., Bethesda. 44: 796 - 800.
1969. Influenoe of Absorption. Plant
MALAVOLTA, E., Coord. 1985. SEMINARIO SOBRE CORRETIVOS AGRICOLAS. (Piracicaba, de 21 a 29 de agosto de 1983), An_ais ... Campinas, Fundaayao Cargill. 375 p.
MARSCHNER, H. 1986. Mineral Nu~ritioq of Higher Plants. Orlando -Florida, Academic Press, Inc.. 673 p.
MARTINI, J.A. & MUTTERS, R.G. 1985. Effect of lime rates on nutrient availability, mobility and uptake during the soybean-growing season: 1. Aluminum, Manganese and Phosphorus. Soil Sci., Baltimore .. ~ (3): 219 - 26.
MCBRIDE, M.B. & BLOOM, P.R. 1977. Adsorption of aluminum by a Smecti t,e: I I. An Ar~+ - Ca~:;:~+ exchange model. Soi lSQj.
., Mad is on . A1: 1073 - 7.
MENGEL, K & KIRKBY, E.A, 1978. Plant NutritioQ. Bern, 391 410.
Calcium. In: PRI!~CIPLES of ional Potash Institute, p
MIELNICZUK, J. 1973. Potasium, calQiu~, manganese equilibria in soils an.d their uptake .QL £lants. Wisconsin, University of Wisconsin. 149f. The~is. PHD Soil Science.
MOHR, ~'V. 1960. Influ~ncia Porto egre. Folheto.
1
MOORE, T.R. 1985. The Spectrometric Determination of Dissolved Organic Carbon in Peat Waters. Soil All!. l:,., Madison. : 1590 ~ 2.
MULDER, E.G. relation to
& GERRETSEN, plant growth.
F. C. 1952.
221 - 77.
MUNNS, D.N. & FOX, R.L. 1977. of Tropical and Temperate Amsterdan. 46: 533 48.
Comparative Lime Requirement Legumes. Plant .and
MUZZILI, O. 1983. Calagem B., Bataglia, O.C. & SOBRE ACIDEZ E CALAGEM
Campinas, SBCS.
para 0 feijoeiro. In: van Raij, da Silva, N.M., coords. SIMPOSIO NO BRASIL, Campinas, 1982. Anais
p. 165 - 78.
NAIR, V.D. & PRENZEL, J. 1978. Calculations of Equilibrium Concentration of Mono- and Polynuclear Hydroxialuminum Species of Different pH and Total Aluminum Concentrations. Zeit. Pflanzenernaehr. Dungun1!., Bodenkd., Leipzig, 144 : 741- 51. ---
NOBLE, A.D. & SUMNER, M. E. 1988. Calcium and Aluminum Interactions and Soybean Growth in Nutrient Solutions. Commun~. in Soi 1 Sci. .9:pd flant An., New York. 19 (7 - 12): 1119 - 31.
NYE, P.; CRAIG> D.; COLEMAN, N. TT. RAGLAND, J. L. 1961. Ion E;xcbange Equilibrium Involving Aluminum. Soil §ci . . Soc. of .Am. ProQ,} Madison. 2.:5.: 14 - '7.
OHKI, K. 1983. Manganese Deficiency and Toxicity Effects on Growth, Development and Nutrient Composition in Wheat. Agronomy Journal, Madison. 76: 213 - 8.
PARKER, D.R.; KINRAIDE, T.B. ; ZELAZNY, L.W. 1988. Aluminum Speciation and Phytotoxicity in Dilute Hidroxi-Aluminum
122
Solutions. Soil Sci. Soc. of Am . .. J., Madison. 52: 438-· 44.
PAVAN, M.A. 1983. Aluminio em solos do Parana: ac;:~o entre o aluminio n~o troc~vel, trocavel e soldvel, com 0 pH, CTC, percentagem de satura980 de Al e materia organica, ~ev. Bras. Cia Solo, Sao Paulo. Z: 39 - 46.
PETERS, D.B. alii) ed. 85.
1965. Water Availabilit,y. In: BLACK, C. A. et Methods soil analysis. Madison, ASA. p. 279--
G.UAGGIO, J. A. 1986. Rea9ao do solo e seu controle. In: SIMPOSIO AVANCADO DE QUIMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 1 (Piracicaba). Anais ... Campinas, Funda980 Cargill. p. 53-89.
ROLAS. 1981. Manual de Aduba9ao e para Cu Agricolas 34.
eSC. Porto Al
SALMON, R.C. 1964. Cation-Activity Soil Solution and the Availability ,Sci., Baltimore. 98 (4): 213 - 21..
Ratios in ilibrium of Magnesium.
SANCHEZ" P. A. 1976. Properties and r.1an~ement of the Tropics. New York, .John Willey & sons, Inc. 61
SAYRE, J.D. 1955. Mineral Nutrition of G.F., ed. Corn and Corn Improvement. Press Inc. p. 293 - 314.
Corn. In: Sprague, New York, Academic
SILVER, M.; EHRLICH, H.L. ; IVARSON, K.C. 1986. Soil Mineral Transformation Mediated by Soil Microbes. In: Huang, P.M. & Schnitzer, M., eds. Inte~actions of Soil Minerals with ~atural Organics and Microbes. Madison, Wisconsin, Soil Sci. Soc. of Am. p. 497 - 519.
SIQUEIRA, O .• J. F. de. 1983. Calagern para 0 trigo no Brasil. In: van Raij, B., Bataglia, O.C. & da Silva, N.M., coords. SIMPOSIO SOBRE ACIDEZ E CALAGEM NO BRASIL, Campinas, 1982. Anais ... Campinas, SBes. p. 187 - 209.
SOUSA, D.M.G.; CARVALHO, L.J.C.B.; MIRANDA, L.N. 1985. Correcao da Acidez do Solo. In: GOEDERT, W., ed. Solos dos Cerrados: Tecnologias 2 Estrategias de Manejo. Sao Pau'lo. Nobel. p. 99 - 127.
SCHWERTMANN, U. 1964. Differenzienrung der Eisenoxide des B6dens dltrch Extraktion mit Ammoniumoxalat ~' losung. Zeit. Pflanzenernahr., Dungung, Bvdenkunde, Leipzig. 105: 194-202,
123
TEDESCO, M .. J.; VOLKWEISS, S. J.; GOEPFERT, C. F. ; LANZER, E.A. 1985a. Acidez ~ Necessidade de Calcario dQS §olos do ~~rande dQ SuI. Porto Alegre. Faculdade de Agronomia, UFRGS. 16p. {Bole-tim Tecnico, 3)
TEDESCO, M.J.; VOLKWEISS, S.Ja ; BOHNEN, H. 198 . AnAlises de ,solo. plantas.§. outros materiais. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 173p. <Boletim Teen ,5)
THOMAS, G.W. 1974. Chemical Reactions Controlling Soil Solution Electrolyte Concentration. In: CARSON, E. \i., ed. The Plant Root and its CharI Ie, University Press of Virginia, USA. p. 483 - 506.
THOMAS, G. ~i. & HARGROVE, W. L. 1984. The Acidity In: Adams, F., ed, Madison. iean Soci Society of America, Inc.; Inc. 2n d ed. p . 3 -- 56.
TISDALE, S.L.; NELSON, W.L. Fertility and Fertilizer~. 4't:,h
Publishing Co. 754p.
ica,
BEATON, J.D. 1984. Soil ed. New York, Macmillan
VIDOR,C. 1972. Toxidez de alurninio ~ ,mangan~s ~ suas relacoes com §;. nodulac~o) rendirrtentQ e abfiOrC~Q de. mang~n~s per Glycine mM (L.) Merril. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 71f. Diss. Mestr. em Agronomia, Solos.
VOLKWEISS,S.J. 1970. Infu~ncia do calcario no EH, alumlnio, mangan@s e -zinco de 19 solos do Rio Grande do SuI !2 ~ rela90es ~ ~ absor9~o de man~an~s ~ z5~ ~ milho. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia, UFRGS. 71f. Diss. Mestrado, Solos.
VOLKWEISS, S. J. & LUD~~ICK, A. E. 1969. Q Melhoramento do Solo pela ~alagem. Porto Alegre, Faculdade de Agronomia e Veterinaria, UFRGS. 30p. {Boletim Tecnico, 1)
VITTI,\G.C. 1987. Acidez do solo, calagem e gessagem. In: FERNANDES, F.M. & NASCIMENTO, V.M. do, coord. CURSO SOBRE ATUALIZACAO EM FERTILIDADE DO SOLO, 1. Ilha Solteira, maio de 1987. Cursg.,. Campinas. FundaCE10 Cargill. p. 30:3 .- 48.
WHITE, R.P. 1970. Effects of Lime upon Soil and Plant Manganese Levels in an Acid Soil. Soil Sci. Soc. of Am. ProG., Madison.;ii: 62b - 9.
WRIGHT, R.J.; BALIGAR, V.C. ; WRIGHT, S,F. 1987. Estimation of phytotoxic aluminum using three spectrophotometric methods. Soil Sci., Baltimore. 144: 224 - 32.
APENDICES
AP"DICI 1 : Quantidade de carbonato aplicado e os pH atingidos ap6s a incuba930 dos solos.
------------------------------------------------------------------------------------------------
SOLO A 11 B C D K , ---_ .... _----- -----_ .... _-- -_ ... _--_ .... _- ----------- ------ ......... _-- ------"""------t/ba pH;:,. t/ba pH t/ba pH t/ha pH t/ba pH tina pH
------------------------------------------------------------------------------------------------
Latossolo ROlo 1 0,43 .. 4,7 0,85 4,8 1, 69 4,8 3139~ 5,3 6,77", 5,8 13~~5 0,6
Latossolo Roxo 2 0,51 4,5 1,01 4; 6 2,02 4,7 4,04. 4,9 8,07 .. 5,3 16,15 .. 6,5
Latossolo Verlelho 0,24 4, 7 0,48.. 4,9 0,95 4,9 1,90 5,0 3,80. 5,3 7,61 .. 6,0 Escuro
Latossolo Bruno 0,66 4,8 1, 33 .. 4,8 2,0'1 5,0 5,34 .. 5,2 5;9 34 7,0
Podzblico Venelho 0,42 4, 7 0,82 .. 4,8 1, 6S 4,8 3,29 4,9 6~59* 5,4 13, 6 J 1 Escuro
Cambissolo HUlieo 1,16 .. 4,7 2,32 4,8 4,64 .. 4,8 9,28 5,2 18,50 .. 5,6 37,12 6,4
-------------------------------------------------------------------------------------------------
11 Quantidades aplicadas da mistura CaC03 : MgC03 {1:1,15} (equivalente a tina de CaC03l. 2/ Val ores de pB atingidos apes 0 periodo de iocubaqao des solos. * Niveis utilizados para 0 cultivo de feij!o e milho {CO, el, C2 e C31.
8 :::: ~
0 "0
~ 0.
g "" 8
8 "-~ ....
~
i 0 :i
~ 2: Teoros 018 c6lclo e m~o recl.4)8fodot no troco em ,..10-
~ao 03 quontldade, dOG e'ClmcntOG oc.Uelonadol com (1 mistura de carbonato em ,els 1010$ O@ Rio Gron-
de do Sut.
a y :; 0,25 t 0,88 x 0
7-0,893 i$ r :::
a 6-
5-
- a 0
a 0
J- D a
D - 0
0
1 - a 0 a
O- S a
-1 I l--~ I t
0 2 4 6 8
Co odicionodo (me/ICOo)
e 'i ::: 0,'61"0.63 x
7 r ::: 0,979 *t 0
6 0
0 5
0 CJ
~-0
o 0 0 2
DO
D
rP 0 0 0
0
-1-I
, 0 2 .. (, 8 10 12
MO odlclonodo ( melfOOg)
126
APDD I el 3: Teores de s6dio e potitssio D~ troca e na soluGlo de seis solos do Rio Grande do Sui originarios de basalto. ! lr100 i a de duas repet i ~1Jes}
--.---------------~~ ... ---..... --------.~--.-~~.-.-----------~---=<>------_.---.--._------,,-
'froca (leq/l00g~ Solu~ao CilollU ----~--,--"' .... --.--"'--.-- ... - ... -.~ .. -.~----"'""'-... -------------
Solo pBcacl Na K Mil K -----------------------.. ----~~---~-~----.-- .. ~----------_._-------<»+ ....
4.3 0.06 0.97 0.14 0.48 Latossolo ROIO 1 4.2 0.08 0.95 0.11 0.37
5.0 0.12 0.94 0.42 0.92 5.6 0.15 0.90 0.29 0.61
4.2 0.03 0.44 0,42 0.92 Latossolo ROlo 2 4.3 0.11 0.38 0.38 0.92
5.1 0.15 0.37 O.H 0,92 6.0 0.23 0,33 0.35 0.63
4,2 0.10 0.37 0.49 0.25 Latossolo Verlelhn 4,5 0.14 0.38 0.30 0.19
Escuro 5.0 0.13 0.36 0.32 0.18 5.8 0.20 0.35 0.21 0.13
4.3 0.13 0.38 0.21 0.07 l.atossolo Bruno 4,4 0.14 0.39 0.27 0.09
4.9 0.17 0.40 0.2'l 0.09 5. 7 0.27 0.38 0.43 0.17
3.9 0.17 1. 03 0.73 0.43 Podzolico Vernelho 4.5 0.14 1. 01 0.49 0.20
Kscuro 5.0 0.22 1. 03 0.49 0.16 6.4 0.28 0.99 0.46 0.10
4.1 0.11 0,39 0.21 0.10 Calbis~Qlo BURicD 4.1 0.09 0.40 0.40 0.18
4.4 O. 13 0.42 0.32 0.16 5.4 0.23 0.40 0.20 0.12
---- _ .. --. -~-.-~--.----.. -~- ---~..,--~--·--,------P-.~~----... ~--. , ___________ .-______ "" __ ._ .. "
Top Related