CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA Curso de Formao de Combate a Incndios
Pertence a
Curso de Formao de Combate a Incndios
APRESENTAO DO CURSOFORMAO
OBJETIVOS
Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:
1. Identificar os participantes, os instrutores e todo o pessoal de apoio do curso;
2. Identificar as expectativas do grupo em relao ao curso;
3. Descrever a finalidade, os objetivos de desempenho e a forma de avaliao do
curso;
4. Descrever os aspectos de agenda do curso.
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Curso de Formao de Combate a Incndios
DINMICA PARA A IDENTIFICAO DOS PARTICIPANTES, INSTRUTORES E PESSOAL DE APOIO
IDENTIFICAO DAS EXPECTATIVAS DO CURSO
FINALIDADE DO CURSO
Desenvolver conhecimentos para o entendimento, reconhecimento dos fenmenos que envolvem a combusto, dos equipamentos de extino e das estratgias, tticas, tcnicas necessrias para a realizao de operaes seguras de combate e extino de incndios, de forma que o bombeiro possa realizar o salvamento de pessoas, a supresso de incndios e a preservao de patrimnios, em conformidade com a doutrina do CBMSC.
OBJETIVOS DE DESEMPENHO DO CURSO
Os participantes, em equipes de 5 componentes, cuja diviso leve em conta uma distribuio de alunas (feminino) o mais equitativa possvel (no sendo possvel uma diviso exata de 5, admite-se, mediante sorteio, que uma ou mais equipes sejam de 6 componentes, sendo preferencialmente que na(s) equipe(s) que fique(m) com 6 componentes, o sexto, seja feminino), aplicando os conhecimentos padronizados aprendidos durante o curso, sero capazes de:
Em equipe efetuar a colocao de EPI e EPR em no mximo 4 minutos; Montar um estabelecimento composto por uma adutora com um lance 2 , um divisor, duas linhas de ataque com dois lances de 1 cada, e dois esguichos. Em seguida, sem contagem de tempo, efetuar as aes de gerenciamento de riscos para uma edificao em chamas; Efetuar operao de ventilao forada e em seguida adentrar na edificao, encontrando e eliminando o foco do incndio. As funes sero definidas por sorteio.
Obs. Cada participante contar com todos os equipamentos de proteo pessoal e demais materiais necessrios.
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MTODO DE ENSINO DO CURSO
Conforme tcnicas de Ensino vigentes na Corporao, ser utilizado o mtodo de ensino interativo valorizando a participao, a troca de experincias e o alcance de objetivos pr-estabelecidos.
AVALIAO DOS PARTICIPANTES
A avaliao dos participantes ser realizada atravs de:
1) Avaliao terica individual, aps o trmino da lio 3, abrangendo as lies de 1 a 3, compondo a 1 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte terica. 2) Avaliao terica individual, aps o trmino da lio 12, abrangendo as lies de 1 a 12, compondo a 2 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte terica. 3) Avaliao prtica individual de utilizao de EPI, conforme lista de checagem, compondo a 1 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte prtica.4 ) Avaliao prtica individual de utilizao de EPR, conforme lista de checagem, compondo a 2 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte prtica.5 ) Avaliao prtica individual de montagem de estabelecimentos, conforme lista de checagem, compondo a 3 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte prtica.6 ) Avaliao prtica de montagem de estabelecimentos, por equipes, conforme lista de checagem, compondo a 4 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte prtica.7) Avaliao prtica final por equipes correspondendo ao objetivo de desempenho deste curso, conforme lista de checagem, compondo a 5 nota da mdia final da disciplina de combate a incndio parte prtica.
CONDIES PARA APROVAO
Ser aprovado nas disciplinas (terica e prtica) o aluno que obtiver mdia final superior a 7,00 (sete) em cada uma delas, conforme artigo 63 da IG 40-01,
O aluno que no atingir a mdia final exigida 7,00 (sete), ter direito a realizar um Exame Final (EF), no qual, ter que obter nota igual ou superior tambm a 7,00 (sete), conforme o Art. 58, VII e Art. 63, paragrafo nico, tudo da IG 40-01, sendo considerado como reprovado na disciplina caso no atinja a nota citada.
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O EF para a disciplina terica ser constitudo de uma avaliao terica escrita, abrangendo as lies de 1 a 12.
O EF para a disciplina prtica ser constitudo de uma avaliao prtica, com a seguinte composio: Utilizao de EPI e EPR (conforme lista de checagem da avaliao prtica n 2) e em ato contnuo montar um estabelecimento para combate a incndio (conforme lista de checagem da avaliao prtica n 3), sendo que para obter a nota mnima exigida para aprovao, dever realizar a avaliao num tempo mximo de 5min30seg.
CONDIES PARA CERTIFICAO
Para a certificao e utilizao do distintivo do curso o aluno dever obter mdia final superior a 8,00 (oito), conforme artigo 70 da IG 40-01.
FREQUENCIA E PONTUALIDADE
obrigatria a presena em 75% da carga horria da disciplina e pontualidade em todas as aulas. Espera-se responsabilidade e respeito mtuo de todos os participantes.
AVALIAO DO CURSO PELOS PARTICIPANTES
Haver duas modalidades de avaliaes do curso que devero ser preenchidas pelos participantes. Uma dever ser preenchida ao final de cada lio e a outra ser realizada conjuntamente no final do curso. Esclarea qualquer dvida de preenchimento com o coordenador ou com qualquer dos instrutores do curso.
muito importante para o melhoramento futuro do curso que voc responda as avaliaes de forma criteriosa e atenta!
AVALIAO DO DIA
Ao final de cada jornada diria, os participantes realizaro uma dinmica onde apontaro os aspectos positivos e por melhorar observados durante o dia.
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ASPECTOS DE ORDEM PRTICA
Horrios das refeies:Caf:Almoo:Janta:
proibido fumar tanto no ambiente de sala de aula quanto nos ambientes externos quando do desenvolvimento das aulas. Somente poder ser permitido fumar nos horrios de intervalos e em locais abertos e amplamente ventilados.
Durante as aulas proibido o uso de telefones celulares e similares, etc.
PREGO
Servir para anotar perguntas conflitivas ou dvidas levantadas pelos participantes, as quais devero ser esclarecidas to logo seja possvel.
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AGENDA DO CURSO
CURSO DE FORMAO DE COMBATE A INCNDIOS
A agenda seguinte est assim disposta por questo formal de organizao do QTS. Contudo, em razo da grande quantidade de alunos e da carncia de equipamentos para todos simultaneamente, a fim de proporcionar melhor aproveitamento, sempre que possvel a turma poder ser dividida em estaes.
1 Dia07h45min - Abertura do curso e apresentao do curso 08h00min Lio 1 Introduo a cincia do fogo 10h15min Pausa11h15min - Lio 2 Comportamento do fogo em incndios interiores12h00min - Pausa para almoo14h00min - Treinamento prtico de tcnicas de acondicionamento de mangueiras15h30min - Pausa15h45min Treinamento prtico de tcnicas transporte, lanamento, descarga e conexo de juntas 18h00min - Avaliao do dia
2 Dia 08h00min - Lio 3 Fenmenos dos incndios09h30min - Lio 4 Hidrulica aplicada e equipamentos hidrulicos de combate a Incndio 10h15min Pausa10h30min - Lio 4 Hidrulica aplicada e equipamentos hidrulicos de combate a Incndio 12h00min - Pausa para almoo14h00min Treinamento prtico de transporte, lanamento, descarga, conexo de juntas, acondicionamento (individual e em equipe) 17h15min Dinmica n 1 Mangueiras de Incndio18h00min - Avaliao do dia
3 Dia 08h00min Lio 5 - Abastecimentos09h30min - Lio 6 EPI/EPR10h15min - Pausa 10h30min - Lio 6 EPI/EPR12h00min - Pausa para almoo
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14h00min Prtica de uso de EPI16h30min Prtica de uso de EPI/EPR18h00min - Avaliao do dia
4 Dia 08h00min - Lio 7 Agentes extintores e extintores de incndio10h15min - Pausa 10h30min - Lio 8 Espumas para combate a incndio12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de uso de EPI/EPR16h30min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu completa18h00min - Avaliao do dia18h00min - Avaliao terica lies 1 a 3
5 Dia 08h00min - Lio 9 Tcnicas de combate a incndio estrutural10h15min - Pausa 10h30min Lio 10 Ventilao em incndios12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de uso de EPI15h45min Avaliao Prtica n 1 Uso de EPI (conforme lista de checagem).18h00min - Avaliao do dia
6 Dia08h00min - Lio 11 Busca e resgate em incndios09h30min - Lio 12 Estratgias e tticas de combate a incndio estrutural10h15min - Pausa 10h30min Lio 12 Estratgias e tticas de combate a incndio estrutural12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de uso de EPI/EPR18h00min - Avaliao do dia
7 Dia08h00min Avaliao Prtica n 2 Uso de EPI/EPR - (conforme lista de checagem)08h30min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu reduzida10h00min - Pausa 10h15min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individual12h00min - Pausa para almoo14h00min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu completa16h00min - Pausa
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16h15min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individual17h00min Dinmica n 2 (Montagem de estabelecimentos com Gu completa)17h30min Dinmica n 3 (montagem de estabelecimentos com Gu reduzida)18h00min - Avaliao do dia18h00min - Avaliao terica lies 1 a 12
8 Dia08h00min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individual10h00min - Pausa 10h15min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu reduzida12h00min - Pausa para almoo14h00min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu completa16h00min - Pausa16h15min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individual17h00min Dinmica n 3 (Montagem de estabelecimentos com Gu completa)17h30min Dinmica n 4 (montagem de estabelecimentos com Gu reduzida)18h00min - Avaliao do dia
9 Dia 08h00min Reviso de Busca e Resgate em Incndios08h30min Treinamento de tcnica de busca s cegas10h15min - Pausa10h30min Treinamento de tcnicas de busca com montagem de estabelecimentos12h00min - Pausa para almoo14h00min Reviso sobre Escadas de Bombeiro14h30min Escadas Tcnicas de transporte e tcnicas de ancoragem15h00min Treinamento de tcnicas de montagem, arvoramento e desmontagem de escadas16h00min - Pausa 16h15min Tcnicas de evoluo de mangueiras em escadas17h00min Dinmica n 4 (Busca e Resgate em Incndios)18h00min - Avaliao do Dia
10 Dia08h00min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu completa10h00min - Pausa 10h15min Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individual12h00min - Pausa para almoo14h00min Avaliao prtica n 3 - Montagem de estabelecimentos, individual.
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16h15min Avaliao prtica n 4 - Montagem de estabelecimentos, por equipes (Gu completa).18h00min - Avaliao do dia
11 Dia 08h00min Prtica de combate a incndio classe B10h15min - Pausa 10h30min Prtica de combate a incndio classe B12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de combate a incndio (ambiente externo)15h30min - Pausa15h45min Prtica de combate a incndio (ambiente externo)18h00min Avaliao do dia
12 Dia08h00min Prtica de combate a incndio estrutural sem ventilao 10h15min - Pausa 10h30min Prtica de combate a incndio estrutural sem ventilao 12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao natural e ventilao forada de presso negativa 15h30min - Pausa15h45min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao natural e ventilao forada de presso negativa 18h00min Avaliao do dia
13 Dia 08h00min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa10h15min - Pausa 10h30min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa12h00min - Pausa para almoo14h00min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa15h30min - Pausa15h45min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa18h00min Avaliao do dia
14 Dia08h00min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa
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Curso de Formao de Combate a Incndios
10h15min - Pausa 10h30min Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativa12h00min - Pausa para almoo14h00min Busca e resgate de vtima em incndio estrutural15h30min - Pausa15h45min Busca e resgate de vtima em incndio estrutural18h00min Avaliao do dia
15 Dia 08h00min Avaliao prtica n 5 - Verificao final por equipe de combate a incndio estrutural com aplicao de ventilao forada de presso positiva e negativa12h00min - Pausa para almoo14h00min Avaliao prtica n 5 - Verificao final por equipe de combate a incndio estrutural com aplicao de ventilao forada de presso positiva e negativa18h00min Avaliao do curso pelos participantes, reviso das expectativas e encerramento.
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AVALIAO DO CURSO PELOS PARTICIPANTESEsta avaliao, aps preenchida deve ser destacada e entregue ao coordenador do curso, o qual aps analis-la a encaminhar Coordenadoria de Combate a Incndio do CBMSC.
Local: _______________________________ Data: _________________
Lies do Curso de Combate a Incndio Estrutural (formao). Utilizando o formulrio abaixo, preencha os espaos com sua impresso sobre o curso. Inicialmente preencha os aspectos relativos ao contedo da lio e, em seguida, avalie o instrutor da matria. Utilize valores desde 10 (excelente) a 1 (pssimo).
LIESNOTA
BREVE COMENTRIOContedo Instrutor
Apresentao do cursoLIES TORICAS
Introduo a cincia do fogo Comportamento do fogo em incndios interioresFenmenos dos incndiosHidrulica aplicada e equipamentos hidrulicos de combate a Incndio AbastecimentosEPI/EPRAgentes extintores e extintores de incndioEspumas para combate a incndioTcnicas de combate a incndio estruturalVentilao em incndiosBusca e resgate em incndiosEstratgias e tticas de combate a incndio estrutural
LIES PRTICASTreinamento prtico de tcnicas de acondicionamento de mangueirasTreinamento prtico de tcnicas transporte, lanamento, descarga e conexo de juntas Treinamento prtico de transporte, lanamento, descarga, conexo de juntas, acondicionamento (individual e em equipe) Prtica de uso de EPIPrtica de uso de EPI/EPRTreinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu completaTreinamento prtico de montagem de estabelecimentos com Gu reduzida
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Treinamento prtico de montagem de estabelecimentos individualReviso de Busca e Resgate em Incndiose Treinamento de tcnica de busca s cegasTreinamento de tcnicas de busca com montagem de estabelecimentosEscadas: Tcnicas de transporte e tcnicas de ancoragemTreinamento de tcnicas de montagem, arvoramento e desmontagem de escadas.Tcnicas de evoluo de mangueiras em escadasPrtica de combate a incndio classe BPrtica de combate a incndio (ambiente externo)Prtica de combate a incndio estrutural sem ventilaoPrtica de combate a incndio estrutural com ventilao natural e ventilao forada de presso negativa Prtica de combate a incndio estrutural com ventilao forada de presso positiva e negativaBusca e resgate de vtima em incndio estrutural
Na sua opinio qual o melhor momento do curso?
Na sua opinio, qual aspecto do curso deveria ser alterado?
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AVALIAO DO CURSO COMO UM TODO Agora pedimos que voc avalie o curso como um todo. Utilize novamente a mesma escala de valores.
ASSUNTO NOTA BREVE COMENTRIOQualidade das instalaes
Meios auxiliares e equipamentos
Instrutores como equipe
Alcance dos objetivos do curso
Utilize o espao a seguir para sugestes e comentrios adicionais sobre os pontos fortes e os pontos fracos do curso:
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LISTA DE CHECAGEMAVALIAAO PRTICA N 1 USO DE EPI (INDIVIDUAL)
Aluno:
PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETOCalar as Botas
Vestir a cala (vestir os suspensrios)
Vestir a balaclava
Vestir a jaqueta
Fechar a Jaqueta (proteo do pescoo)
Colocar o Capacete (ajustar)
Calar as luvas
Executar um meio sugado (verificar ajuste do equipamento)
TEMPO DE PROVA
TEMPO CORRIGIDOTempo: 41 a 45 segundos (Tempo mximo permitido) - Nota 7,00 Tempo: 36 a 40 segundos - Nota 8,00Tempo: 31 a 35 segundos - Nota 9,00Tempo: At 30 segundos - Nota 10,00
Observaes:
- O aluno que no conseguir na primeira tentativa ficar dentro do tempo mximo admitido (45 s), para ele e somente ele, ser oportunizada uma segunda tentativa. No conseguindo ainda, ter uma terceira e ltima tentativa. - Na segunda e terceira tentativa, independente do tempo obtido, a nota mxima possvel passa a ser 7,00. - Para o aluno que utilizar duas ou trs tentativas, ser considerado, para efeitos de nota na avaliao, o melhor tempo das 2 (duas) ou 3 (trs) tentativas, observando-se a limitao mxima prevista no item anterior. - Acima de 45 segundos o aluno perder 0,5 ponto a cada 5 segundos. - Para cada procedimento incorreto observado pelos Instrutores/Avaliadores ser atribudo um acrscimo de 5 segundos no tempo de prova do aluno. - O aluno que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Avaliao 1: Nota ( ) Avaliao 2: Nota ( ) Avaliao 3: Nota ( )
Resultado final: Nota ( )
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LISTA DE CHECAGEM
AVALIAAO PRTICA N 2 USO DE EPI/EPR (INDIVIDUAL)
Aluno:
PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETOCalar as Botas
Vestir a cala (vestir os suspensrios)
Vestir a balaclava
Vestir a jaqueta
Fechar a Jaqueta (proteo do pescoo)
Ajoelhar-se a frente do cilindro
Passar o cilindro pela cabea
Colocar a mscara pendurada ao pescoo
Conectar a vlvula de demanda na mscara
Abrir o registro do cilindro
Fechar registro do cilindro
Liberar o ar das mangueiras (conferir alarme)
Abrir o registro do cilindro at o final e retornar de volta
Verificar manmetro
Vestir a mscara
Ajustar tirantes da mscara
Colocar o capacete (ajustar os tirantes)
Calar as luvas
Executar um meio-sugado (verificar ajuste do equipamento)
Tempo de ProvaTempo Corrigido
Tempo: 1min 51seg a 2min 00seg (Tempo mximo permitido) - Nota 7,00 Tempo: 1min 41seg a 1min 50seg - Nota 8,00Tempo: 1min 31seg a 1min 40seg - Nota 9,00Tempo: At 1min 30seg - Nota 10,00
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Curso de Formao de Combate a Incndios
Observaes: - O aluno que no conseguir na primeira tentativa ficar dentro do tempo mximo admitido (2 min), para ele e somente ele, ser oportunizada uma segunda tentativa. No conseguindo ainda, ter uma terceira e ltima tentativa. - Na segunda e terceira tentativa, independente do tempo obtido, a nota mxima possvel passa a ser 7,00. - Para o aluno que utilizar duas ou trs tentativas, ser considerado, para efeitos de nota na avaliao, o melhor tempo das 2 (duas) ou 3 (trs) tentativas, observando-se a limitao mxima prevista no item anterior. - Acima de 2 minutos o aluno perder 0,5 ponto a cada 10 segundos. - Para cada procedimento incorreto observado pelos Instrutores/Avaliadores ser atribudo um acrscimo de 10 segundos no tempo de prova do aluno. - O aluno que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Avaliao 1: Nota ( ) Avaliao 2: Nota ( ) Avaliao 3: Nota ( )
Resultado final: Nota ( )
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LISTA DE CHECAGEM
AVALIAAO PRTICA N 3 MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS(INDIVIDUAL)
CONDIES PRVIAS AVALIAO
Em palco de ferramentas, previamente montado, estaro os seguintes equipamentos: 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros (adutora), 1 divisor com 2 sadas de 1 , 2 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada, 1 chave de mangueira, 1 esguicho de vazo selecionvel ou automtica.
Uma viatura com bomba de incndio, com operador: Postada com a bomba acionada, desacelerada, e na condio de tanque-bomba. Vlvula da expedio a ser utilizada, fechada. A bomba ser acelerada e a expedio aberta, somente quando o aluno solicitar gua na adutora.
Condio inicial do aluno: Previamente equipado com EPI/EPR. Registro do cilindro aberto. Mascara pendurada ao pescoo, conectada vlvula de demanda.
DESENVOLVIMENTO DA AVALIAO:
A partir de um silvo longo de apito, montar um estabelecimento com 1 linha adutora de 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros, 1 divisor com 2 sadas de 1 (a ser colocado em marcao no solo, previamente definida a 15 m da expedio da Vtr), e 1 linha de ataque com 2 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada. Abrir a expedio correta do divisor (linha da direita). Acoplar o esguicho. Solicitar gua na adutora (como a expedio do divisor estar aberta, a gua j fluir para a linha de ataque). Vestir a mscara e repor o capacete e calar as luvas. Em seguida acertar um alvo (cone) localizado a 50 metros do divisor, no necessitando derrub-lo. Acertando o cone, fechar o esguicho, momento em que soar o apito, determinando o final da avaliao e marcando-se, assim, o tempo.
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AVALIAAO PRTICA N 3 MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS(INDIVIDUAL)
Aluno:
PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETORetirada da adutora do palco de ferramentas
Conduo da adutora
Conexo da adutora na boca expulsora
Conexo da adutora com o divisorRetirada dos lances das linha de ataque do palco de ferramentas
Conduo dos lances das linha de ataque
Lanamento dos lances das linha de ataque
Conexo da linha de ataque da direita ao divisor
Abertura da expedio correta do divisor linha da direita
Conexo do esguicho linha de ataque montada
Solicitao de gua na adutora/linha de ataque
Colocao da mscara e reposio do capacete
Acionamento do esguicho
Acerto do alvo
Fechamento do esguicho
Arrastamento/choque de algum dos equipamentos hidrulicos
TEMPO DE PROVA
TEMPO CORRIGIDOTempo: 2min 31seg a 3min 00seg (Tempo mximo permitido) - Nota 7,00 Tempo: 2min 01seg a 2min 30seg - Nota 8,00Tempo: 1min 46seg a 2min 0seg - Nota 9,00Tempo: At 1min 45seg - Nota 10,00
Observaes: - O aluno que no conseguir na primeira tentativa ficar dentro do tempo mximo admitido (3 min), para ele e somente ele, ser oportunizada uma segunda tentativa. No conseguindo ainda, ter uma terceira e ltima tentativa.
MP Apresentao do curso - Formao Pgina 18
Curso de Formao de Combate a Incndios
- Na segunda e terceira tentativa, independente do tempo obtido, a nota mxima possvel passa a ser 7,00. - Para o aluno que utilizar duas ou trs tentativas, ser considerado, para efeitos de nota na avaliao, o melhor tempo das 2 (duas) ou 3 (trs) tentativas, observando-se a limitao mxima prevista no item anterior.- Acima de 3 minutos o aluno perder 0,5 ponto a cada 15 segundos. - Para cada procedimento incorreto observado pelos Instrutores/Avaliadores ser atribudo um acrscimo de 15 segundos no tempo de prova do aluno. - O aluno que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Avaliao 1: Nota ( ) Avaliao 2: Nota ( ) Avaliao 3: Nota ( )
Resultado final: Nota ( )
MP Apresentao do curso - Formao Pgina 19
Curso de Formao de Combate a Incndios
LISTA DE CHECAGEM
AVALIAAO PRTICA N 4 MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS(EM EQUIPE)
CONDIES PRVIAS AVALIAO
Diviso das equipes: Em 5 componentes, cuja diviso leve em conta uma distribuio de alunas (feminino) o mais equitativa possvel. No sendo possvel uma diviso exata de 5, admite-se, mediante sorteio, que uma ou mais equipes sejam de 6 componentes, sendo preferencialmente que na(s) equipe(s) que fique(m) com 6 componentes, o sexto, seja feminino.
Em palco de ferramentas, previamente montado, estaro os seguintes equipamentos: 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros (adutora), 1 divisor com 2 sadas de 1 , 4 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada, 1 chave de mangueira, 2 esguichos de vazo selecionvel ou automtica.
Uma viatura com bomba de incndio, com operador: Postada com a bomba acionada, desacelerada, e na condio de tanque-bomba. Vlvula da expedio a ser utilizada, fechada. A bomba ser acelerada e a expedio aberta, somente quando a equipe solicitar gua na adutora.
Condio inicial da equipe: Previamente equipada com EPI/EPR. Registro do cilindro aberto. Mascara pendurada ao pescoo, conectada vlvula de demanda.
DESENVOLVIMENTO DA AVALIAO:
A partir de um silvo longo de apito, montar um estabelecimento com 1 linha adutora de 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros, 1 divisor com 2 sadas de 1 (a ser colocado em marcao no solo, previamente definida a 15 m da expedio da Vtr), e 2 linhas de ataque com 2 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada. Acoplar os esguichos. Solicitar gua na adutora. Solicitar gua na linha da direita. Solicitar gua na linha da esquerda. Abrir a expedio correta do divisor, conforme ordem do pedido. Vestir a mscara e repor o capacete e calar as luvas. Em seguida, acertar um alvo (cone) localizado a 50 metros do divisor, no necessitando derrub-lo, havendo um alvo para cada linha de ataque. Acertando os cones, fechar os esguichos, momento em que soar o apito, determinando o final da avaliao e marcando-se, assim, o tempo.
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AVALIAAO PRTICA N 4 MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS(EM EQUIPE)
Equipe:PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETO
Retirada da adutora do palco de ferramentas
Conduo da adutora
Conexo da adutora na boca expulsora
Conexo da adutora com o divisor
Retirada dos lances da linha de ataque do palco de ferramentas
Conduo dos lances da linha de ataque
Lanamento dos lances da linha de ataque
Conexo da linha de ataque da direita ao divisor
Conexo da linha de ataque da esquerda ao divisor
Conexo do esguicho linha de ataque da direita
Conexo do esguicho linha de ataque da esquerda
Solicitao de gua na adutora
Solicitao de gua na linha da direita
Abertura da expedio correta do divisor linha da direita
Solicitao de gua na linha da esquerda
Abertura da expedio correta do divisor linha da esquerda
Colocao da mscara e reposio do capacete
Acionamento do esguicho da direita
Acionamento do esguicho da esquerda
Acerto do alvo da direita
Acerto do alvo da esquerda
Fechamento do esguicho da direita
Fechamento do esguicho da esquerda
Arrastamento/choque de algum dos equipamentos hidrulicos
TEMPO DE PROVA
TEMPO CORRIGIDO
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Tempo: 1min 31seg a 1min 45seg (Tempo mximo permitido) - Nota 7,00 Tempo: 1min 15seg a 1min 30seg - Nota 8,00Tempo: 1min 00seg a 1min 14seg - Nota 9,00Tempo: At 1min - Nota 10,00
Observaes: - A equipe que no conseguir na primeira tentativa ficar dentro do tempo mximo admitido (1min 45seg), para ela e somente ela, ser oportunizada uma segunda tentativa. No conseguindo ainda, ter uma terceira e ltima tentativa. - Na segunda e terceira tentativa, independente do tempo obtido, a nota mxima possvel, para os componentes da equipe, passa a ser 7,00. - Para a equipe que utilizar duas ou trs tentativas, ser considerado, para efeitos de nota na avaliao, o melhor tempo das 2 (duas) ou 3 (trs) tentativas, observando-se a limitao mxima prevista no item anterior.- Acima de 1min 45seg minutos a equipe perder 0,5 ponto a cada 10 segundos. - Para cada procedimento incorreto observado pelos Instrutores/Avaliadores ser atribudo um acrscimo de 5 segundos no tempo de prova da equipe. - A equipe que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Avaliao 1: Nota ( ) Avaliao 2: Nota ( ) Avaliao 3: Nota ( )
Resultado final: Nota ( )
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LISTA DE CHECAGEMAVALIAAO FINAL (EM EQUIPE)
CONDIES PRVIAS AVALIAO
Diviso das equipes: Em 5 componentes, cuja diviso leve em conta uma distribuio de alunas (feminino) o mais equitativa possvel. No sendo possvel uma diviso exata de 5, admite-se, mediante sorteio, que uma ou mais equipes sejam de 6 componentes, sendo preferencialmente que na(s) equipe(s) que fique(m) com 6 componentes, o sexto, seja feminino.
Em palco de ferramentas, previamente montado, estaro os seguintes equipamentos: 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros (adutora), 1 divisor com 2 sadas de 1 , 4 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada, 1 chave de mangueira, 2 esguichos de vazo selecionvel ou automtica, 1 corta-frio, 1 escada e 1 ventilador ttico.
Uma viatura com bomba de incndio, com operador: Postada com a bomba acionada, desacelerada, e na condio de tanque-bomba. Vlvula da expedio a ser utilizada, fechada. A bomba ser acelerada e a expedio aberta, somente quando a equipe solicitar gua na adutora.
Condio inicial da equipe: Desequipada de EPI/EPR.
DESENVOLVIMENTO DA AVALIAO:
A partir de um silvo longo de apito:
PARTE 1: Equipar-se com EPI/EPR.
PARTE 2: Montar um estabelecimento com 1 linha adutora de 1 lance de mangueira de 2 de 20 metros, 1 divisor com 2 sadas de 1 (a ser colocado pela equipe em local adequado em relao ao comprimento da adutora e ao ambiente em chamas), e 2 linhas de ataque com 2 lances de mangueiras de 1 de 20 metros cada. Acoplar os esguichos. Solicitar gua na adutora. Solicitar gua na linha da direita. Solicitar gua na linha da esquerda. Abrir a expedio correta do divisor, conforme ordem do pedido. Em seguida, acionar ambos os esguichos, testando o jato, vazo e presso. Fechar ambos os esguichos. Por fim, todos os componentes, conectar a vlvula de demanda. Estando ao final, todos os componentes, com as luvas caladas, soar o apito, determinando o final da parte 1 e 2 da avaliao final, e marcando-se, assim, o tempo.
Equipe:
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PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETOCalar as Botas
Vestir a cala (vestir os suspensrios)
Vestir a balaclava
Vestir a jaqueta
Fechar a Jaqueta (proteo do pescoo)
Ajoelhar-se a frente do cilindro
Passar o cilindro pela cabea
Colocar a mscara pendurada ao pescoo
Conectar a vlvula de demanda na mscara
Abrir o registro do cilindro
Fechar registro do cilindro
Liberar o ar das mangueiras (conferir alarme)
Abrir o registro do cilindro at o final e retornar de volta
Verificar manmetro
Vestir a mscara
Ajustar tirantes da mscara
Colocar o capacete (ajustar os tirantes)
Cortar energia eltrica
Retirada da adutora do palco de ferramentas
Conduo da adutora
Conexo da adutora na boca expulsora
Conexo da adutora com o divisor
Retirada dos lances da linha de ataque do palco de ferramentas
Conduo dos lances da linha de ataque
Lanamento dos lances da linha de ataque
Conexo da linha de ataque da direita ao divisor
Conexo da linha de ataque da esquerda ao divisor
Conexo do esguicho linha de ataque da direita
Conexo do esguicho linha de ataque da esquerda
Solicitao de gua na adutora
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Solicitao de gua na linha da direita
Abertura da expedio correta do divisor linha da direita
Solicitao de gua na linha da esquerda
Abertura da expedio correta do divisor linha da esquerda
Acionamento do esguicho da direita
Acionamento do esguicho da esquerda
Fechamento do esguicho da direita
Fechamento do esguicho da esquerda
Arrastamento/choque de algum dos equipamentos hidrulicos
TEMPO DE PROVA
TEMPO CORRIGIDOTempo: 3min 31seg a 4min 00seg (Tempo mximo permitido) - Nota 7,00 Tempo: 3min 01seg a 3min 30seg - Nota 8,00Tempo: 2min 31seg a 3min 00seg - Nota 9,00Tempo: At 2min 30seg - Nota 10,00
Observaes: - A equipe que no conseguir na primeira tentativa ficar dentro do tempo mximo admitido (4 min), para ela e somente ela, ser oportunizada uma segunda tentativa. No conseguindo ainda, ter uma terceira e ltima tentativa. - Na segunda e terceira tentativa, independente do tempo obtido, a nota mxima possvel, para os componentes da equipe, passa a ser 7,00. - Para a equipe que utilizar duas ou trs tentativas, ser considerado, para efeitos de nota na avaliao, o melhor tempo das 2 (duas) ou 3 (trs) tentativas, observando-se a limitao mxima prevista no item anterior.- Acima de 4 minutos a equipe perder 0,5 ponto a cada 15 segundos. - Para cada procedimento incorreto observado pelos Instrutores/Avaliadores ser atribudo um acrscimo de 10 segundos no tempo de prova da equipe. - A equipe que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Avaliao 1: Nota ( ) Avaliao 2: Nota ( ) Avaliao 3: Nota ( )
Resultado parcial parte 1 e 2: Nota ( ) PARTE 3 (SEM TEMPO)
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PROCEDIMENTO CORRETO INCORRETOCalar as luvas
Posicionamento da equipe imediatamente antes da entrada
1 Abertura para ventilao (sada dos produtos da combusto)
2 Abertura para ventilao (entrada de ar fresco)
Utilizao do ventilador
Tempo para a entrada (aguardo dos efeitos da ventilao)
Progresso no ambiente at o foco
Encontro do foco
Ataque correto ao foco
Retirada da fumaa e vapores por ventilao hidrulica
Alternncia entre ataque ao foco e retirada de fumaa e vapores
Eliminao do foco do incndio
Operao do esguicho
Atuao do auxiliar de linha
Coordenao da equipe
Nota 1 tentativaNota 2 tentativa
Observao:
- Cada procedimento incorreto acarretar na perda de 0,75 ponto.- A equipe ter 2 (duas) tentativas para atingir a nota mnima exigida (7,00).- Na segunda tentativa, independente da nota obtida, a nota mxima possvel passa a ser 7,00. - Ser considerado, para efeitos de nota, a melhor nota das 2 (duas) tentativas. - A equipe que deliberadamente deixar de executar algum dos procedimentos previstos no check list, ter a avaliao desconsiderada, havendo que repeti-la, contando-se j como uma tentativa.
Resultado parcial parte 3: Nota ( )
RESULTADO AVALIAO FINAL : Nota ( ) (soma da parcial 1 e 2 com a parcial 3, dividido por 2)
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LIO 1
INTRODUO CINCIA DO FOGO
OBJETIVOS:
Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:
1. Conceituar corretamente os termos fogo e incndio;
2. Indicar os 4 componentes essenciais do fogo (tetraedro do fogo);
3. Citar pelo menos 3 diferentes produtos da combusto;
4. Citar os 3 mecanismos bsicos para a transferncia (propagao) do calor;
5. Explicar a diferena entre ponto de combusto e ponto de ignio.
6. Explicar os diferentes mtodos de extino de um incndio interior.
7. Enumerar corretamente as 5 classes de incndio e citar um exemplo para cada
uma delas.
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1 INTRODUO
Sabemos que difcil prever com exatido quando ir ocorrer um incndio e, uma vez iniciado qual ser sua proporo, no entanto, atravs do conhecimento cientfico da dinmica do fogo, podemos determinar os mtodos mais adequados para controlar os incndios.
Segundo a teoria bsica do desenvolvimento do fogo, seu efetivo controle e extino requer um entendimento da natureza fsico/qumica do fogo e isso inclui informaes sobre elementos essenciais do fogo, fontes de calor, composio e caractersticas dos combustveis, mecanismos de transferncia do calor e as condies necessrias para a ocorrncia da combusto.
2 CONCEITOS BSICOS
Fogo e combusto so termos frequentemente usados como sinnimos, entretanto, tecnicamente, o fogo apenas uma das formas de combusto. Pode-se dizer, ainda, que o fogo a parte visvel de uma combusto.
Combusto uma reao qumica de oxi-reduo, exotrmica, entre uma substncia combustvel e um oxidante.
O fogo pode ser conceituado como um processo (reao qumica) de combusto, de oxidao rpida, auto-sustentvel, acompanhada pela produo de luz e calor em intensidades variveis.
J o incndio toda e qualquer combusto rpida, ou seja, fogo, fora do controle do homem, que pode danificar ou destruir bens e objetos e lesionar ou matar seres vivos.
Outro conceito diz que o incndio uma combusto descontrolada.
Ainda neste conceito importante verificar que o fogo quando aproveitado corretamente fornece grandes benefcios que podem suprir nossas necessidades industriais e domsticas, mas, quando descontrolado, pode causar danos humanos, materiais e ambientais.
3 COMPONENTES ESSENCIAIS DO FOGO
Combustvel; Comburente (em geral, o oxignio); Calor ou energia trmica; e Reao qumica em cadeia.
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Figura 1: Tetraedro do Fogo
Durante muitos anos, o tringulo do fogo (combustvel, oxignio e calor) foi utilizado para ensinar os componentes do fogo. Ainda que aquele exemplo fosse simples e til para uso nas instrues, tecnicamente no era totalmente correto.
Para que se produza o fogo, necessita-se, na verdade, de quatro elementos. Portanto, para efeito didtico, se adota o tetraedro (figura de quatro faces) para exemplificar e explicar o fenmeno do fogo, atribuindo-se, a cada uma das faces, um dos elementos essenciais do fogo, a saber: o combustvel (algo que queima), o oxignio (agente oxidante), o calor (energia trmica) e a reao qumica em cadeia.
Em resumo, podemos afirmar que a ignio requer trs elementos, o combustvel, o oxignio e a energia (calor). Da ignio combusto auto-sustentvel um quarto elemento requerido, a reao em cadeia.
3.1 CONSIDERAES SOBRE O COMBUSTVEL
O combustvel a substncia que se oxida no processo da combusto. Cientificamente, o combustvel de uma reao de combusto conhecido como agente redutor. A maioria dos combustveis mais comuns contm carbono junto com combinaes de hidrognio e oxignio. Esses materiais combustveis podem ser divididos em hidrocarbonetos (como a gasolina, gases, leos e plsticos) e derivados da madeira (como a celulose/papel).
So todos os elementos orgnicos (sem exceo) ou inorgnicos que em contato com o oxignio so capazes de sofrer combusto.
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De forma simplificada, podemos dizer que o combustvel toda a substncia capaz de queimar-se e alimentar a combusto, ou seja, o elemento que serve de campo de propagao ao fogo.
De maneira geral quase todas as matrias so combustveis a uma determinada temperatura, porm, para efeito prtico, arbitra-se a temperatura de 1000C como divisor entre os materiais considerados combustveis (entram em combusto a temperaturas iguais ou inferiores a 1000C) e os incombustveis (entram em combusto a temperaturas superiores a 1000C).
Os combustveis podem ser slidos, lquidos ou gasosos e, a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, ento, combinar-se com o oxignio e entrar em combusto.
A velocidade da queima de um combustvel depende de sua capacidade de combinar-se com o oxignio sob a ao do calor, assim como da sua fragmentao (rea de contato com oxignio).
3.1.1 Combustveis slidos
Os combustveis slidos, quando expostos a determinada quantidade de energia trmica, em forma de calor, sofrem decomposio, liberando produtos gasosos (vapores) num processo chamado pirlise (decomposio qumica de uma substncia mediante a ao do calor). Esses produtos gasosos em contato com o oxignio do ar numa concentrao adequada, formam uma mistura inflamvel1, que na presena de uma fonte de ignio (fasca, chama, centelha), se inflamam.
Figura 2: Mecanismo de ignio de combustvel slido.
Fonte: Seito (2008).
Os combustveis slidos tm forma e tamanho definidos. Esta propriedade afeta significativamente o modo como estes combustveis se incendeiam.
A posio do combustvel slido afeta sua forma de queima, por exemplo: se uma determinada chapa de madeira (uma porta) est em posio vertical (de p), a propagao do fogo ser mais rpida do que se sua posio fosse na horizontal (deitada).
1 Seito, conforme figuras 2, 4 e 5, define a combinao de gases e vapores combustveis com o ar, como sendo mistura explosiva. Nosso entendimento no sentido que o que se forma na verdade umamistura inflamvel.
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importante tambm, levar em conta o coeficiente de superfcie-massa dos combustveis, ou seja, a rea de superfcie do material combustvel em proporo a sua massa. Quanto maior o coeficiente superfcie-massa, maior ser a facilidade deste material entrar em combusto
Um bom exemplo de coeficiente de superfcie-massa pode ser dado pela madeira. Considerando um pedao bruto de um galho de rvore cortado, onde a massa desse pedao de madeira bem alta, mas sua rea de superfcie relativamente pequena, por esse motivo o coeficiente de superfcie-massa baixo. Se cortarmos essa lenha bruta em chapas finas de madeira, teremos a mesma massa em relao ao galho bruto (primeiro pedao de lenha), mas um aumento na rea de superfcie, o que, consequentemente, aumentar o coeficiente de superfcie-massa. Se essas tbuas forem lixadas, o p resultante ter um coeficiente de superfcie-massa ainda maior que os exemplos anteriores.
A posio do fogo dentro do cmodo incendiado tambm afeta o desenvolvimento do incndio, em funo da maior ou menor quantidade de ar ofertado ao fogo em processamento.
Figura 3: Posio dos materiais combustveis dentro de um comodo.
3.1.2 Combustveis lquidos
No caso dos combustveis lquidos, os vapores combustveis so gerados a partir de um processo chamado vaporizao. A vaporizao a transformao de um lquido em vapor, ou seja, a mudana do estado lquido para o estado gasoso.
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Os vapores formados em contato com uma concentrao adequada de comburente (oxignio do ar) ir proporcionar uma mistura inflamvel. Essa mistura, na presena de um agente gneo ou por ter atingido o seu ponto de ignio, ir se inflamar.
Figura 4: Mecanismo de ignio de combustvel lquido
Fonte: Seito (2008).
A vaporizao de combustveis lquidos geralmente requer um gasto de energia bem menor do que a pirlise dos combustveis slidos, o que explica o fato de serem combustveis mais eficientes que os slidos.
3.1.3 Combustveis gasosos
So aqueles combustveis que em temperatura ambiente apresentam-se j em estado de gs ou vapor, no necessitando serem aquecidos para formar a mistura inflamvel, requerendo, assim, ainda menos energia ainda que os combustveis lquidos.
Figura 5: Mecanismo de ignio de combustvel gasoso.
Fonte: Seito (2008).
Como combustveis gasosos podemos citar o gs natural, o acetileno, o hidrognio, o monxido de carbono, o GLP (gs liquefeito de petrleo), o metano, o propano e o butano.
Os combustveis gasosos para inflamarem necessitam de uma composio ideal, uma dosagem, com o ar atmosfrico (oxignio).
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Concentraes maiores ou menores ao limite de inflamabilidade de um combustvel gasoso inviabilizaro a inflamao. Alguns exemplos:
COMBUSTVEL CONCENTRAOLIMITE INFERIOR LIMITE SUPERIOR
Metano 1,4% 7,6%Propano 5% 17%Hidrognio 4% 75%Acetileno 2% 80%Monxido de Carbono 12,5% 74%
3.2 CONSIDERAES SOBRE O COMBURENTE
Os comburentes ou agentes oxidantes so aquelas substncias que cedem oxignio ou outros gases oxidantes durante o curso de uma reao qumica. So no processo qumico, portanto, os redutores.
O oxignio (O2) o comburente mais comum que possibilita vida s chamas e intensifica a combusto. No entanto, h casos de combustes em que o comburente o cloro (Cl2) ou o bromo (Br2). O flor (F2) tambm um comburente e seu manuseio muito perigoso.
A atmosfera composta por 21% de oxignio, 78% de nitrognio e 1% de outros gases, por isso, em ambientes com a composio normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa e notam-se chamas.
Contudo, a combusto ir consumir o oxignio do ar num processo contnuo e gradativo, diminuindo a porcentagem do mesmo no ambiente.
Quando a porcentagem do oxignio do ar do ambiente diminuir de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima tornar-se- mais lenta, surgindo brasas e no mais chamas.
Quando o oxignio contido no ar do ambiente atingir concentraes menores de 8% muito provvel que a combusto deixe de existir.
Os bombeiros devem ficar atentos e lembrar que muitos materiais que no queimam facilmente nos nveis normais de oxignio podero queimar com rapidez em atmosferas enriquecidas com o mesmo.
Um desses materiais o conhecido Nomex (material resistente ao fogo que utilizado na fabricao de roupas de aproximao e combate ao fogo para bombeiros) que em ambientes normais no se inflama, no entanto, arde rapidamente
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em atmosferas com concentraes de 31% de oxignio. Essas situaes podem ocorrer em indstrias qumicas, ambientes hospitalares e at, em domiclios particulares cujos inquilinos utilizem equipamentos portteis para oxigenioterapia.
3.3 CONSIDERAES SOBRE O CALOR
O calor o componente energtico do tetraedro do fogo. O calor uma forma de energia em trnsito, geralmente decorrente de uma diferena de temperatura entre corpos.
O calor o fator preponderante para dar origem a um incndio, mant-lo e intensificar sua propagao.
portanto uma forma de energia que eleva a temperatura, sendo gerado pela da transformao de outra energia, atravs de processos fsicos ou qumicos.
So exemplos de formas de energia:
Processo qumicos: Energia qumica: a quantidade de calor gerado pelo processo de combusto;Energia nuclear: o calor gerado pela fisso ou fuso de tomos.
Processos fsicos: Energia eltrica: o calor gerado pela passagem de eletricidade atravs de um condutor, como um fio eltrico ou um aparelho eletrodomstico;Energia mecnica: o calor gerado pelo atrito de dois corpos.
Uma fonte de calor pode ser qualquer elemento que faa com que o combustvel slido ou lquido desprenda gases combustveis e venha a se inflamar. Na prtica, pode ser uma chama, uma fagulha (fasca ou centelha) ou ainda uma superfcie aquecida.
Alguns efeitos fsicos e qumicos do calor so: a elevao da temperatura, o aumento de volume do corpo aquecido, mudanas no estados fsicos da matria ou mudanas no estado qumico da matria.
O calor tambm produz efeitos fisiolgicos, ou seja, o calor a causa direta de queimaduras e outras danos pessoais, tais como: desidratao, insolao, fadiga, leses no aparelho respiratrio e em casos mais graves a morte.
3.3.1 Riscos da variao de volume e de temperatura:
Como visto, ao do calor sobre os corpos, produz nestes, variaes de volume e temperatura, ocasionando alguns riscos, como por exemplo:
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Dilatao de corpos slidos : O ao se dilata numa proporo de 2:1 em relao ao concreto. Esta diferena poder ocasionar riscos de desabamento numa edificao, visto que as barras de ao existentes em meio ao concreto das vigas de sustentao das construes, ao serem submetidas a intenso calor, tendero a se deslocarem no concreto, ocasionando a perda da sustentabilidade.
Dilatao de corpos lquidos : A dilatao dos lquidos pode provocar o transbordamento destes, dos recipientes que os contm.
Dilatao de corpos gasosos : A dilatao dos corpos gasosos acondicionados em recipientes (cilindros) pode provocar a ruptura dos mesmos, caso no possuam sistema de segurana (vlvulas de escape ou de alivio de presso).
Variaes bruscas de temperaturas : Os materiais sofrem danos em suas estruturas ao serem submetidos a variaes bruscas de temperatura, podendo inclusive ocorrer o colapso generalizado. uma causa comum de desabamento de estruturas atingidas por incndios combatidos com o uso de gua.
3.4 CONSIDERAES SOBRE A REAO QUMICA EM CADEIA
Estudos cientficos demostraram que existe uma reao qumica ocorrida na combusto que se processa pela combinao do oxignio com os tomos e molculas (radicais livres), resultantes da quebra molecular do material combustvel pela ao do calor, ou seja, uma reao qumica contnua entre o combustvel e o comburente, a qual libera calor para a reao e mantm a combusto em um processo sustentvel, chamada reao em cadeia.
O calor inicial quebra as molculas do combustvel, as quais reagem com o oxignio, gerando mais luz e calor, que por sua vez, vo decompor outras molculas, continuando o processo de forma sustentvel.
Embora no seja eminentemente um elemento, no termo literal da palavra, por no ser sensvel como os demais (calor, combustvel e comburente), a reao em cadeia um componente essencial para a auto-sustentao do fogo, visto que promove a interao continuada entre os demais elementos do fogo.
De forma simples, o calor irradiado das chamas atinge o combustvel e este decomposto em partculas menores (radicais livres), que se combinam com o oxignio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustvel, formando um ciclo constante.
A reao qumica em cadeia e a propagao relativamente rpida so os fatores que distinguem o fogo das reaes de oxidao mais lentas. As reaes de
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oxidao lentas no produzem calor suficientemente rpido para chegar a uma ignio e nunca geram calor suficiente para uma reao em cadeia. A ferrugem em metais e o amarelado em papis velhos so alguns exemplos de oxidao lenta.
4. PROCESSO DA COMBUSTO
O PROCESSO DO FOGO: Assim, reunidos os quatro elementos necessrios formao e o seu desenvolvimento, apresentamos abaixo um fluxograma deste processo, partindo do calor:
5 OS PRINCIPAIS PRODUTOS DA COMBUSTO
Os principais produtos da combusto so os gases da combusto, as chamas propriamente ditas, o calor irradiado e as fumaas visveis.
Contrariamente a opinio popular, o maior risco vida devido aos incndios, no se constitui nem das chamas, nem do calor, seno da inalao de fumaa e dos gases aquecidos e txicos, assim como a deficincia de oxignio.
5.1 OS GASES DA COMBUSTO
Os gases da combusto podem ser conceituados como aquelas substncias gasosas que surgem durante o incndio e permanecem mesmo aps os produtos da combusto serem resfriados at alcanarem temperaturas normais. A quantidade e os tipos de gases da combusto presentes durante e depois de um incndio variam fundamentalmente com a composio qumica do material da combusto, com a quantidade de oxignio disponvel e tambm com a temperatura do incndio.
Os efeitos da fumaa e dos gases txicos sobre as pessoas dependem do
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tempo de exposio, da concentrao dos gases na atmosfera e tambm, em grande parte, das condies fsicas e resistncia dos indivduos expostos.
A fumaa gerada em incndios contm gases narcticos (asfixiantes) e agentes irritantes. Os gases narcticos ou asfixiantes so aqueles que causam a depresso do sistema nervoso central, produzindo desorientao, intoxicao, perda da conscincia e at a morte. Os gases narcticos mais comuns so o monxido de carbono (CO), o cianeto de nitrognio (HCN) e o dixido de carbono (CO2).
A reduo dos nveis de oxignio como resultado de um incndio tambm provocar efeitos narcticos nos humanos. Os agentes irritantes so substncias que causam leses na respirao (irritantes pulmonares), alm de inflamao nos olhos, vias areas superiores, e pele (irritantes sensoriais).
Dos principais gases presentes nos incndios destacamos como mais letais o monxido de carbono, o dixido de carbono, o cido ciandrico, o cloreto de hidrognio e a acrolena, no entanto, no podemos esquecer que a falta de oxignio tambm pode ser fatal.
Ainda que o monxido de carbono no seja o produto da combusto mais txico certamente o que gerado em maior proporo. Se a combusto se produz com grande aporte de oxignio, o carbono existente na maioria dos combustveis orgnicos se combinar para produzir dixido de carbono (CO2). Mas na maioria dos casos, os incndios se desenvolvem sob condies nas quais as quantidades de ar so insuficientes para completar a combusto, o que consequentemente acaba gerando a produo de monxido de carbono (CO).
A toxicidade do CO deve-se fundamentalmente a sua tendncia a combinar-se com a hemoglobina do sangue, o que gerar uma diminuio no abastecimento de oxignio dos tecidos humanos (hipxia). No existe um percentual de saturao mnimo de carboxihemoglobina (COHb) associado com a morte, mas se sabe que uma saturao superior a 30% seria potencialmente perigosa a qualquer indivduo e um percentual perto dos 50% seria fatal.
Outro efeito perigoso do processo da combusto a diminuio dos nveis de oxignio. A concentrao normal de oxignio (O2) no ar de aproximadamente 21%, se esta concentrao diminui abaixo de 17% se produz anxia (com diminuio do controle muscular). Se o O2 desce a nveis entre 14 e 10% as pessoas podem manter a conscincia, mas perdem orientao e tendem a ficar muito cansadas. Concentraes entre 10 e 6% produzem desmaios e at a morte, caso a vtima no seja transferida para um ambiente com atmosfera normal e receba tratamento com oxignio medicinal suplementar.
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5.2 AS CHAMAS
A combusto dos materiais no ar quase sempre estar acompanhada de chamas visveis. O contato direto com as chamas, assim como a irradiao direta do calor das mesmas pode produzir graves queimaduras.
Qualquer queimadura importante, pois alm da profundidade, elas tambm devem ser avaliadas pela extenso da rea atingida e quanto maior for a superfcie corporal atingida, pior a situao da vtima. Os danos produzidos pelas queimaduras so dolorosos, duradouros, difceis de tratar e muito penosos para os vitimados.
5.3 O CALOR IRRADIADO
O calor produzido pelos incndios afetam diretamente as pessoas expostas em funo da distncia e das temperaturas alcanadas, podendo produzir desde pequenas queimaduras at a morte.
A exposio ao ar aquecido aumenta o ritmo cardaco, provoca desidratao, esgotamento, bloqueio do trato respiratrio e queimaduras. Pessoas expostas a ambientes com excesso de calor podem morrer se este ar quente penetrar nos pulmes. A presso arterial diminuir, a circulao do sangue ficar debilitada e a temperatura do corpo aumentar at danificar centros nervosos do crebro.
5.4 FUMAAS VISVEIS
As fumaas so constitudas por partculas slidas e lquidas transportadas pelo ar e por gases desprendidos dos materiais que queimam.
Normalmente, em condies de insuficincia de oxignio (combusto incompleta), madeira, papel, gasolina e outros combustveis comuns desprendem minsculas partculas pretas de carbono, chamadas de fuligem ou p de carvo que so visveis na fumaa e se acomodam sob superfcies por deposio.
Outros gases da combusto, como o metano (CH4), formaldedo e cido actico, podem ser gerados sob combustes incompletas, condensando-se sobre as partculas de fumaa e sendo transportadas at os pulmes com consequncias fatais para as pessoas.
6 TRANSFERNCIA DO CALOR
O estudo da transferncia do calor nos auxiliar a identificar as diferentes formas de propagao de um incndio.
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O calor pode propagar-se a partir de trs diferentes formas: Por conduo, a qual ocorre principalmente nos slidos; Por conveco, em lquidos e gases e; Por radiao, onde no h necessidade de um meio material para a propagao dessa energia.
Como tudo na natureza tende ao equilbrio, o calor transferido de objetos ou locais com temperatura mais alta para objetos ou pontos com temperatura mais baixa, ou seja, o ponto ou objeto mais frio absorver calor at que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
6.1 CONDUO
Conduo a transferncia de calor atravs de um corpo slido de molcula a molcula. A principal caracterstica da conduo a transferncia de energia sem a simultnea transferncia de matria, ocorrendo, assim, predominantemente nos slidos. Em outras palavras, o calor passa de molcula a molcula, mas nenhuma molcula transportada com o calor.
Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro prxima a uma fonte de calor, as molculas desta extremidade absorvero calor; elas vibraro mais vigorosamente e se chocaro com as molculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essas molculas vizinhas, por sua vez, passaro adiante a energia calorfica, de modo que o calor ser conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. A rapidez com que o calor conduzido de uma extremidade a outra da barra vai depender de fatores, como: comprimento da barra, diferena de temperatura entre suas extremidades, espessura da mesma e do material do qual feita.
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file:///home/notebook/Documentos/Ajudancia%20-%20Sub%20Cmdo/b-3/Curso%20Combate%20a%20Incendio%20Estrutural/Curso%20para%20instrutores/conducao.htmlfile:///home/notebook/Documentos/Ajudancia%20-%20Sub%20Cmdo/b-3/Curso%20Combate%20a%20Incendio%20Estrutural/Curso%20para%20instrutores/radiacao.htmlfile:///home/notebook/Documentos/Ajudancia%20-%20Sub%20Cmdo/b-3/Curso%20Combate%20a%20Incendio%20Estrutural/Curso%20para%20instrutores/conveccao.htmlCurso de Formao em Combate a Incndio
6.2 CONVECO
a transferncia de calor que ocorre nos fluidos (gases e lquidos) atravs do movimento de massas de gases ou de lquidos dentro de si prprios.
Diferentemente da conduo onde o calor transmitido de tomo a tomo sucessivamente, na conveco a propagao do calor se d atravs do movimento do fluido envolvendo o transporte de matria.
A descrio e explicao desse processo bem simples: quando uma certa massa de um fluido aquecida suas molculas passam a mover-se mais rapidamente, afastando-se uma das outras. Como o volume ocupado por essa massa fluida aumenta, a mesma torna-se menos densa. A tendncia dessa massa menos densa no interior do fluido como um todo sofrer um movimento de ascenso ocupando o lugar das massas do fluido que esto a uma temperatura inferior. A parte do fluido mais fria (mais densa) move-se para baixo tomando o lugar que antes era ocupado pela parte do fluido anteriormente aquecido.
Esse processo se repete inmeras vezes enquanto o aquecimento mantido dando origem as chamadas correntes de conveco. So as correntes de conveco que mantm o fluido em circulao.
Em incndios estruturais essa a principal forma de propagao de calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho atravs de escadas, poos de elevadores, etc.
6.3 RADIAO
a transmisso de calor atravs de ondas de energia calorfica que se deslocam atravs do espao. Estas ondas de calor possuem a propriedade de deslocarem-se em todas as direes, sendo que a intensidade com que atingem
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novos corpos combustveis depender da distncia da fonte que emite o calor aos novos corpos combustveis a serem atingidos, alm, claro, da prpria intensidade do calor em deslocamento.
As ondas responsveis pela radiao so do tipo eletromagnticas, propagando-se velocidade da luz e atravs do vcuo ou do ar.
O calor propagado pelo processo da radiao possui a capacidade de penetrar corpos transparentes e/ou translcidos, como o vidro e a gua.
Este calor em propagao ao atingir um corpo combustvel, dependendo da quantidade de calor e das caractersticas fsico-qumicas do combustvel, poder lev-lo a atingir o ponto de ignio e se inflamar em consequncia. Temos, nesse caso, uma ignio remota, situao muito comum em incndios que se propagam para edificaes vizinhas.
7 PONTOS DE TEMPERATURA
Os combustveis so transformados pelo calor e a partir desta transformao, que se combinam com o oxignio, resultando a combusto. Essa transformao desenvolve-se em temperaturas diferentes, medida que o material vai sendo aquecido.
Com o aquecimento, chega-se a uma temperatura em que o material comea a liberar vapores, que se incendeiam caso houver uma fonte externa de calor. Neste ponto, chamado de Ponto de Fulgor, as chamas no se mantm, devido pequena quantidade de vapores combustveis, s produzem um flash, que logo se apaga.
Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combusto, e continuam a queimar sem o auxlio daquela fonte. Esse ponto
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chamado de Ponto de Combusto.
Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o combustvel, exposto ao ar, entra em combusto sem que haja fonte externa de calor. Este o chamado Ponto de Ignio.
TABELA DE PONTOS DE FULGOR E DE IGNICOSUBSTNCIA PONTO DE FULGOR (c) PONTO DE IGNICO (c)Acetileno GAS 335Acetona -17,7 538cido actico 40 426lcool 11 a 12 371 a 426Amnia GAS 650Asfalto 204 490ter -45 180Gasognio GAS 648Gasolina -42 257Hidrognio GAS 584,5Madeira 50 150Metano GAS 540Monxido de Carbono GAS 650leo diesel 66 400Propano GAS 470Querosene 50 254
O ponto de combusto ou de inflamabilidade de uma substncia obtido acrescendo 3 a 4C a temperatura do ponto de fulgor.
8 MTODOS DE EXTINO
8.1 Retirada do material combustvel
a forma mais simples de se extinguir um incndio. Baseia-se na retirada do material combustvel, ainda no atingido, da rea de propagao do fogo, interrompendo a alimentao da combusto.
Exemplos: fechamento de vlvula ou interrupo de vazamento de combustvel lquido ou gasoso, retirada de materiais combustveis do ambiente em chamas, realizao de aceiro, etc.
8.2 Resfriamento
o mtodo utilizado mais frequentemente por bombeiros combatentes. Consiste em diminuir a temperatura do material combustvel que est queimando, diminuindo, consequentemente, a liberao de gases ou vapores inflamveis.
A gua o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver
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calor e ser facilmente encontrada na natureza. A reduo da temperatura est ligada quantidade e a forma de aplicao da gua (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incndio capaz de produzir.
8.3 Abafamento
Consiste em diminuir ou impedir o contato fsico do oxignio com o material combustvel. No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver fogo (como exceo temos os materiais que tm oxignio em sua composio e queimam sem necessidade do oxignio do ar, como os perxidos orgnicos e o fsforo branco).
A diminuio do oxignio em contato com o combustvel vai tornando a combusto mais lenta, at a concentrao de oxignio chegar prxima de 8%, onde no haver mais combusto.
Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo lcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, so duas experincias prticas que mostram que o fogo se apagar to logo se esgote o oxignio em contato com o combustvel.
Exemplos: Abafamento do fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor dgua, espumas, ps, gases especiais, etc.
8.4 Quebra da reao qumica em cadeia
Proporcionado pela introduo de determinadas substncias no processo (reao qumica) da combusto com o propsito de inibi-la e com isso criar uma condio especial em que o combustvel e o comburente perdem ou tm em muito reduzida as suas capacidades de manter o processo da reao qumica em cadeia.
Consiste em diminuir ou impedir o contato qumico do oxignio com os gases ou vapores combustveis, impedindo a combinao entre o comburente e o combustvel.
Exemplos: Os extintores de incndio base de p com alta capacidade extintora (tipo ABC) tem como seu principal mtodo de extino a quebra da reao em cadeia.
9 CLASSIFICAO DOS INCNDIOS
Os incndios so classificados de acordo com os materiais combustveis neles envolvidos, bem como, pela situao em que se encontram. Essa classificao
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feita para determinar o agente extintor mais adequado para o tipo de incndio especfico.
Agentes extintores so todas as substncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combusto.
Existem cinco classes de incndio, identificadas pelas letras A, B, C, D e K. Essa classificao adotada pela Norma Americana e tambm pelos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados Brasileiros.
9.1 Incndio classe A
Incndio envolvendo combustveis slidos comuns, tais como papel, madeira, tecido, borracha, plsticos, etc.
caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resduos e por queimar em razo do volume, isto , a queima se d na superfcie e em profundidade. O mtodo mais utilizado para extinguir incndios de classe A o uso de resfriamento com gua, mas tambm se admite o uso de ps qumicos secos de alta capacidade extintora ou espuma.
9.2 Incndio classe B
Incndio envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis.
caracterizado por no deixar resduos e por queimar apenas na superfcie exposta e no em profundidade. Os mtodos mais utilizados para extinguir incndios de classe B so o abafamento (uso de espuma), a quebra da reao em cadeia (uso de ps qumicos) ou ainda o resfriamento com cautela.
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9.3 Incndio classe C
Incndio envolvendo equipamentos eltricos energizados.
caracterizado pelo risco de vida que oferece ao bombeiro combatente. A extino deve ser realizada por agentes extintores que no conduzam a corrente eltrica (ps qumicos ou gs carbnico). importante registrar que a maioria dos incndios de classe C, uma vez eliminado o perigo da eletricidade (choque eltrico), passam a ser tratados como incndio de classe A.
9.4 Incndio classe D
Incndio envolvendo metais combustveis pirofricos (magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio, urnio e zircnio).
caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contenham gua). O mtodo mais adequado para extinguir incndios de classe D o uso de ps especiais que separam o incndio do ar e agem por abafamento.
9.5 Incndio classe K
No verdadeiramente uma classe de incndio, pois se confunde com a classe B, no entanto j aparece na maioria dos textos tcnicos mais recentes e tem uma finalidade mais educativa para enfatizar os riscos especiais da classe.
So os incndios em leo, gorduras de cozinhas e piche derretido que no devem ser combatidos com gua em jato direto. Os mtodos mais utilizados para extinguir incndios de classe K so o abafamento (uso de espuma), a quebra da reao em cadeia (uso de ps qumicos) ou ainda o resfriamento com muita cautela.
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QUADRO DEMONSTRATIVO
CLASSE NORMA AMERICANA* CLASSE NORMA EUROPEIA
ASLIDOSpapel, madeira, tecido, borracha, plsticos
ASLIDOSpapel, madeira, tecido, borracha, plsticos
BLQUIDOS, GRAXAS e GASESGasolina, lcool, butano, metano e acetileno
BLQUIDOSGasolina, leo, lcool e petrleo
CELTRICOSEquipamentos e mquinas eltricas e eletrnicas energizadas
CGASESButano, metano e acetileno
DMETAIS ESPECIAISmagnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, zinco, titnio, sdio, urnio e zircnio
DMETAIS ESPECIAISmagnsio, selnio, antimnio, ltio, titnio, zircnio, sdio, urnio, zinco e potssio
KLEOS e GORDURASleos e gorduras de cozinha
EELTRICOSEquipamentos e mquinas eltricas e eletrnicas energizadas
FLEOS e GORDURASleos, gorduras de cozinhas e piche derretido
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AVALIAOINTRODUO CINCIA DO FOGO
1. Usando suas prprias palavras, use o espao abaixo para conceituar os termos fogo e incndio.Resposta:
2. Observe com ateno o desenho abaixo (tetraedro do fogo) e indique os componentes essenciais do fogo que esto faltando.
3. Escreva no espao abaixo pelo menos trs diferentes produtos da combusto:Resposta:
4. Indique a correspondncia entre os termos de ambas as colunas, colocando nos espaos em branco da segunda coluna, as letras equivalentes da primeira coluna.a) Conduo ( ) Incndio em casas muito prximasb) Conveco ( ) Aquecimento de uma barra de metal c) Radiao ( ) Ocorre nos fluidos (gases e lquidos)
5. Indique se a afirmao a seguir verdadeira ou falsa, escrevendo V ou F no espao em branco.
___ Ponto de fulgor a temperatura na qual um lquido inflamvel gera suficiente vapor para formar uma mistura inflamvel com o ar.___ Ponto de combusto (tambm chamado de ponto de inflamao) a temperatura mnima, na qual os vapores emitidos por um corpo combustvel provocam a combusto na presena de uma fonte gnea externa. Porm, ao ser retirada essa fonte externa de calor, a chama se mantm acesa.___ Ponto de ignio a temperatura mnima na qual os vapores desprendidos por um corpo combustvel provocam combusto ao entrar em contato com o ar, independente ou no da presena de qualquer fonte gnea externa.
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6. Enumere as 5 classes de incndio e cite um exemplo de cada uma delas;
7. Cite os mtodos de extino de um incndio.
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LIO 2
COMPORTAMENTO DO FOGO EM INCNDIOS INTERIORES
OBJETIVOS:
Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:
1. Diferenciar incndio interior comum de incndio interior confinado e incndio em
espao confinado.
2. Citar as 4 fases de um incndio.
3. Caracterizar a fase da ignio.
4. Caracterizar a fase do crescimento.
5. Explicar o que e as implicaes do ponto da ignio sbita generalizada.
6. Caracterizar a fase do desenvolvimento completo.
7. Caracterizar a fase da diminuio.
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1 INTRODUO AO DESENVOLVIMENTO DO FOGO (FASES DO INCNDIO)Se um incndio ocorrer em rea ocupada por pessoas, h grandes chances
de que ele seja logo descoberto no seu incio e a situao mais facilmente resolvida. Mas se ocorrer quando a edificao estiver deserta ou fechada, o fogo continuar crescendo at ganhar grandes propores.
Para melhor compreender como tudo acontece, deve-se considerar que quando os quatros componentes do tetraedro do fogo esto presentes, produz-se a ignio do fogo e nesta fase inicial do incndio, o calor gerado acaba formando uma coluna de gs aquecido que se eleva.
O incndio interior sempre mais complexo que um incndio em ambiente aberto (incndio exterior).
Neste contexto, o termo incndio interior ou incndio em compartimento, se define como um incndio que se produz dentro de um determinado espao fechado de uma edificao ou estrutura (sala, cmodo, galeria, silo, subsolos, pores, etc.).
o grau de ventilao disponvel no ambiente que ir determinar se o incndio interior apenas um incndio interior comum ou se um incndio confinado.
Incndio interior comum aquele que se desenvolve dentro de determinado espao fechado de uma estrutura fsica, que possua meios adequados para se entrar e sair, apresentando-se em boas condies de ventilao, a qual no permita o ac-mulo crtico dos produtos da combusto naquele ambiente interno.
Incndio interior confinado aquele que se desenvolve dentro de determi-nado espao fechado de uma estrutura fsica, que possua meios adequados para se entrar e sair, apresentando-se em condies de pouca ou nenhuma ventilao, per-mitindo o acmulo crtico dos produtos da combusto naquele ambiente interno.
Um incndio interior confinado no o mesmo que um incndio em espao confinado.
Um incndio em espao confinado o incndio em rea ou ambiente no pro-jetado para ocupao humana contnua, que possua meios limitados de entrada e sada e cuja ventilao existente insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficincia ou enriquecimento de oxignio (NR 33).
A ignio e o desenvolvimento de um incndio interior algo complexo, que depende de uma srie de numerosas variveis. Por isso, pode ser que nem todos os incndios se desenvolvam seguindo cada uma das fases descritas a seguir, no entanto, os incndios podero ser mais bem entendidos se estudarmos esse modelo de sequncia em fases.
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As fases dos incndios so: Ignio, crescimento, desenvolvimento completo e diminuio.
1.1 FASE DA IGNIO
A ignio do fogo descreve o perodo em que os quatro elementos do tetraedro do fogo se juntam e se inicia a combusto. Neste ponto, o incndio pequeno e geralmente se restringe ao material que se incendiou primeiro. Todos os incndios interiores e exteriores so o resultado de algum tipo de ignio.
A ignio do fogo o principio de qualquer incndio, quando por atuao de um agente gneo alcanado o ponto de inflamao ou ignio de um combustvel presente, fazendo-o entrar em processo de combusto.
A ignio pode se desenvolver por abrasamento ou chamejamento.
No abrasamento a combusto gradual, podendo ter a durao de algumas horas, sem chama visvel e liberao de pouco calor, mas com potencial para preen-cher o compartimento com gases combustveis e fumaa.
O chamejamento a forma de combusto que se costuma ver, ou seja, com chama e fumaa. O desenvolvimento do calor e da fumaa/gases mais rpido que a combusto por abrasamento.
1.2 FASE DO CRESCIMENTO DO FOGO
Pouco depois da ignio, o calor gerado no foco inicial se propaga, determinando o aquecimento gradual de todo o ambiente e se inicia a formao de uma coluna de gs aquecido (pluma) sobre o combustvel que queima.
Enquanto essa coluna se desenvolve e sobe, comea a atrair e arrastar o ar ambiente do espao em volta para dentro dela.
Logo em seguida, essa coluna de ar e gases aquecidos se v afetada pelo teto e pelas paredes do espao. medida que os gases aquecidos se elevam, estes comeam a se propagar para os lados quando tocam o teto da edificao at chegarem nas paredes do compartimento, ento a profundidade da camada de gases comea a crescer, ou seja, os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente, de cima para baixo.
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importante considerar o fato de que o fogo e os gases aquecidos naturalmente se movero para cima, depois lateralmente, e s ento para baixo. Tal fenmeno explicado atravs do modelo cbico da propagao do fogo (cube model of firespread) que serve para facilitar o entendimento da propagao normal de um incndio em compartimento.
O modelo cbico da propagao do fogo serve para facilitar o entendimentoda propagao normal de um incndio em compartimento.
Nesta fase de crescimento, o oxignio contido no ar est relativamente normalizado e o fogo est produzindo vapor dgua (H2O), dixido de carbono (CO2), monxido de carbono (CO) e outros gases. Grande parte do calor est sendo consumido no prprio aquecimento dos combustveis presentes e, neste estgio, a temperatura do ambiente est ainda pouco acima do normal. medida que o incndio cresce, a temperatura geral do ambiente aumenta, da mesma forma que a temperatura da camada de gases aquecidos no nvel do teto.
1.2.1 Ponto da ignio sbita generalizada
Este ponto determina a transio entre a fase do crescimento e do desenvolvimento completo do incndio. Pode se manifestar por dois fenmenos distintos, variando conforme o nvel de oxigenao do ambiente.
Havendo uma oxigenao adequada com semelhante elevao de temperatura, o incndio poder progredir para uma ignio sbita generalizada (em ingls, flashover), se do contrrio, a oxigenao inadequada (incndio controlado pela falta de ventilao) e a temperatura permanece em elevao, poderemos
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progredir para uma ignio explosiva (em ingls, backdraft), ambos, fenmenos que sero estudados mais adiante.
1.3 FASE DO DESENVOLVIMENTO COMPLETO
Na fase do desenvolvimento completo do incndio todos os materiais combustveis do ambiente so envolvidos pelo fogo e as chamas enchem todo o compartimento.
A a taxa de liberao do calor atingir seu ponto mximo, produzindo altas temperaturas - tipicamente, essas temperaturas podero atingir 1.100 graus Celsius ou mais em determinadas circunstncias especiais.
O calor liberado e os gases da combusto que se produzem dependem da carga de fogo e do nmero e do tamanho das aberturas de ventilao do ambiente incendiado.
1.4 FASE DA DIMINUIO
medida que o incndio consome os combustveis disponveis do ambiente, a taxa de liberao de calor comea a diminuir. Uma vez mais o incndio se converte em um incndio controlado, agora por falta de material combustvel.
A quantidade de fogo diminui e as temperaturas do ambiente comeam a reduzir, entretanto, as brasas podem manter temperaturas ainda elevadas durante algum tempo.
Esta fase representa a decadncia do fogo, ou seja, a reduo progressiva das chamas at o seu completo desaparecimento, quer seja por exausto dos materiais combustveis que tiveram todo seu gs combustvel emanado e consumido, pela carncia de oxignio ou mesmo pela supresso do fogo pela eficaz atuao de uma equipe de bombeiros combatentes.
Fase dos incndios
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AVALIAOCOMPORTAMENTO DO FOGO EM INCNDIOS INTERIORES
1. Diferencie incndio interior comum de incndio interior confinado e incndio em
espao confinado.
2. Cite as 4 fases de um incndio.
3. Caracterize a fase da ignio.
4. Caracterize a fase do crescimento.
5. Explique o que e as implicaes do ponto da ignio sbita generalizada.
6. Caracterize a fase do desenvolvimento completo.
7. Caracterize a fase da diminuio.
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LIO 3
FENMENOS DOS INCNDIOS
OBJETIVOS:
Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:
1. Diferenciar os fenmenos flashover e backdraft, citando qual a condio determinante para a ocorrncia de cada um.
2. Citar cinco indcios que antecedem a ocorrncia de um backdraft.3. Identificar a condio que diferencia a possibilidade de ocorrer um boil over e um
BLEVE.
4. Citar qual estratgia de combate deve ser utilizada para ocorrncias com risco de boil over e BLEVE.
Fonte: Le guide national de rfrence Explosion de Fumes Embrasement Gnralis clair
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FENMENOS DOS INCNDIOS
Com a troca de experincias as corporaes de bombeiros passaram a observar que em alguns incndios o comportamento do fogo era diferenciado, gerando fenmenos muitas vezes agressivos em relao sua propagao e intensidade. Esses fenmenos ocorriam em ambientes de incndios interiores e em incndios em lquidos combustveis.
Trataremos nesta lio destes fenmenos, expondo quais ocorrem em cada caso, suas causas e as medidas que devem ser adotadas para que sejam evitados.
1 FENMENOS DE INCNDIOS INTERIORES
Os termos utilizados em ingls (doutrina originria) so difceis de traduzir para a lngua portuguesa com a fidelidade conceitual necessria, ainda no temos nenhuma publicao cientfica que fornea uma traduo padronizada para esses termos, por isso a aluso a eles ser feita sempre que for til para facilitar a apresentao do texto.
Em portugus, sugerimos a adoo dos seguintes verbetes:
Ignio sbita generalizada (flashover);Ignio explosiva (backdraft); eIgnio dos gases do incndio (fire gas ignition).
No entanto, ainda comum encontrarmos outras terminologias, tais como inflamao generalizada (flashover), exploso de fumaa ou exploso por fluxo reverso (backdraft).
Os comportamentos extremos do fogo acontecem mesmo em ambientes com carga de incndio tpica de um ambiente comum, como um quarto ou ainda um mercado no necessitando de agentes aceleradores (como lcool, gasolina ou outros materiais combustveis) para causar o fenmeno.
1.1 CARACTERSTICAS
Ocorrem em espao fsico limitado (confinado ou compartimentado) geralmente a delimitao feita pelos lados e teto, que serviro para acumular os gases combustveis e fumaa no ambiente em caso de incndio, principalmente se portas e janelas estiverem fechadas. Tudo isso impede o escoamento desses gases de dentro do ambiente para o exterior.
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Podem surgir com pouco tempo de queima no so necessrios longos perodos de queima para que um destes fenmenos ocorra, porm, por vezes uma queima mais prolongada produzir mais calor, presso e vapores combustveis, ampliando a violncia do evento.
Acontecem em edificaes com qualquer estrutura construtiva concreto, alvenaria, madeira, metal. Saliente-se que o fenmeno backdraft tem maior probabilidade de ocorrer em edificaes construdas em concreto ou alvenaria.
Isso significa que, ao se deslocarem para um incndio estrutural, todos os bombeiros precisam estar cientes da possibilidade de ocorrncia de um fenmeno dessa natureza, a fim de que suas aes sejam realizadas para evitar ou diminuir a gravidade de um comportamento extremo do fogo.
1.2 IGNIO SBITA GENERALIZADA FLASHOVER
um momento em que os gases combustveis resultantes da queima, em virtude da elevao da temperatura do ambiente, entram em ignio simultaneamente, com efeitos similares aos de uma exploso.
Sua ocorrncia generaliza o incndio, pois parte muito significativa dos produtos combustveis presentes se inflamam simultaneamente, por terem atingido seus respectivos pontos de ignio, gerando muita energia em curtssimo espao de tempo.
No se pode confundi-lo com os processos mais elementares de transmisso de calor (conduo, conveco e radiao).
No flashover, as superfcies expostas ao calor atingem a temperatura de ignio mais ou menos simultaneamente, e o fogo se espalha rapidamente pelo ambiente. Pode representar o incio do perigo de um colapso estrutural ou ampliar drasticamente essa possibilidade.
O flashover ocorre entre o final da fase do crescimento e o incio da fase totalmente desenvolvida de um incndio, num ambiente ainda consideravelmente abundante em oxignio.
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Ocorrncia de flashover. Fonte: http://16brigadadeincendio.blogspot.com.br/2013/01/o-fenomeno-flashover.html
Normalmente, quando o incndio encontra-se na iminncia de generalizar-se (ocorrncia do flashover), possvel observar um ou mais dos seguintes processos:
1.2.1 Fumaa densa com a delimitao de espao, a fumaa tende a se acumular, tornando-se mais densa. Na verdade, na tal fumaa haver gases formados pela queima at ento processada, aguardando o momento em que a temperatura chegar aos seus respectivos pontos de ignio.
1.2.2 Lnguas de fogo na camada de fumaa, direcionando-se para aberturas como portas e janelas em condies de disponibilidade limitada do oxignio no ambiente, as chamas na camada de fumaa iro se direcionar para qualquer abertura que permita seu contato com o comburente.
1.2.3 Camada de fumaa no nvel do teto, rolando (rollover) Rebaixamento crescente do plano neutro e aumento de turbulncia (efeito ondular dos gases).
Considerando que a temperatura na camada de fumaa pode atingir 1000C, importante que os bombeiros estejam o mais prximo do nvel do solo, o que implica a necessidade de se trabalhar agachado ou ajoelhado. Esse procedimento foi corroborado em teste prtico (Tactical Firefighting, Paul Grimwood), no qual foi observada uma diferena de temperatura de 200C do ombro do bombeiro para a ponta do seu capacete, estando ele agachado.
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1.3 IGNIO EXPLOSIVA - BACKDRAFT
Uma combusto se processando em ambiente confinado produz determinados produtos. Se o oxignio no ambiente for insuficiente para manter as chamas, a queima passar a se processar de forma incompleta, alterando a quantidade e as caractersticas dos produtos da combusto.
Uma das principais caractersticas dos incndios com restrio de oxignio (principalmente abaixo de 15%) a queima incompleta, produzindo Monxido de Carbono (CO) e no Dixido de Carbono (CO2),, alm de outros possveis gases combustveis.
O Monxido de Carbono possui uma ampla faixa de explosividade, cujo limite inferior de 12,5% e o superior de 74% no ambiente, e atinge seu ponto de ignio a 605C (temperatura que usualmente se encontra em incndios interiores).
Tal situao torna-se extremamente perigosa, pois
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