LOS REGÍMENES ADUANALES EN LA FRONTERA MÉXICO...

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LOS REGÍMENES ADUANALES EN LA FRONTERA MÉXICO-ESTADOS UNIDOS: EFECTOS NACIONALES Y TRANSNACIONALES

L A W R E N C E S. G R A H A M Y J O S É L U I S M É N D E Z

L A F R O N T E R A E N T R E M É X I C O Y L O S E S T A D O S U N I D O S es una franja de 210 k m

de ancho, que se extiende tres m i l 380 k m , desde el O c é a n o Pací f ico hasta el Golfo de M é x i c o . E n ella habitan doce mil lones de personas, abarca seis esta­dos mexicanos y cuatro estadounidenses, 18 importantes ciudades gemelas fronterizas que operan como puertos de entrada y 17 puentes (sin contar los cruces ferroviarios) , c o n u n manejo anual de 250 mi l lones de cruces fronte­rizos. 1 Obvio es decir que constituye u n a reg ión diversa y compleja , la cual ha sido objeto de numerosos estudios, desde m u y diversos puntos de vista.

En el presente trabajo se ofrece u n a perspectiva m á s , a través de u n ele­m e n t o que ha sido fundamenta l en la vida de la f rontera , la a d m i n i s t r a c i ó n aduanal. E l Tra tado de L i b r e Comerc io de A m é r i c a de l N o r t e ( T L C A N ) c r e ó u n á r e a de l ibre comerc io en la que los aranceles entre M é x i c o , los Estados Unidos y C a n a d á son cada vez m á s bajos. Sin embargo, dado que n o cons­tituye una u n i ó n aduanera, cada pa í s mant iene su p r o p i o servicio aduanal. C o m o di jera Jean M o n n e t , m e n t o r de la i n t e g r a c i ó n europea, en t iempos de creciente i n t e g r a c i ó n e c o n ó m i c a las fronteras representan zonas clave que deben transformarse de herramientas defensivas en ins trumentos de u n i d a d y sol idar idad entre las naciones.

Este estudio es e l resultado de u n trabajo de campo que se llevó a cabo en los a ñ o s de 1995 y 1996, desde el cruce Nogales (Arizona)-Nogales (Mé­xico) , en el desierto de Sonora, hasta la r e g i ó n de B r o w n svi l ie-Matamoros, en el Gol fo de M é x i c o , así c o m o en las ciudades de M é x i c o , Monter rey , San A n t o n i o y Wash ington . T a m b i é n se e x a m i n ó l i tera tura sobre la mater ia y d i ­versos diarios.

1 G e r i S m i t h y E l i z a b e t h M a l k i n , " T h e B o r d e r : Specia l R e p o r t " , Business Week, 12 de m a y o de 1997; D a n i e l D a v i d A r r e ó l a y James R. C u r t i s , The Mexican Border Cities: Landscape Anatomy and Place Personality, T u c s o n , T h e U n i v e r s i t y o f A r i z o n a Press, 1993.

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E l trabajo se divide en cuatro partes. La p r i m e r a aborda los r e g í m e n e s regulatorios de las aduanas de los Estados Unidos y de M é x i c o . E n la se­gunda se examinan los diversos tipos de comunidades y puertos fronterizos . La tercera y cuarta secciones analizan los efectos de l i n c r e m e n t o de l co­merc io sobre las relaciones interregionales y varios aspectos de la vida en la f rontera .

R E G Í M E N E S R E G U L A T O R I O S E N L O S E S T A D O S U N I D O S Y M É X I C O

E n la a d m i n i s t r a c i ó n aduanal encontramos dos "vertientes po l í t i c a s " (que denominamos " t é c n i c a " y "de intereses"), así como dos tipos de objetivos generales (el de " c o n t r o l " y el de " faci l i tación") y dos estructuras adminis­trativas (la "concentrada" y la "desconcentrada") . 2 E n t é r m i n o s generales, ambas vertientes t i e n d e n hacia los dos objetivos mencionados . Sin embar­go, en la práct ica , dado que cada u n a sigue el dis t into t ipo de mandatos que i m p l i c a n las pol í t icas , u n a se or ienta m á s hacia u n o de los objetivos, en de­t r i m e n t o de l o t r o , y viceversa (así, la vertiente técnica t iende a buscar el con­t r o l , mientras que la de intereses busca la fac i l i t ac ión) . C o m o resultado, a m e n u d o en t ran en conf l i c to , dado que u n mayor grado de c o n t r o l restr in­ge el tránsi to de los bienes y productos a través de la f rontera . Por o tra par­te, sin embargo, en las dos vertientes se favorece u n a estructura aduanal m á s desconcentrada.

La vertiente técnica en la administración aduanal

T a n t o en M é x i c o c o m o en los Estados Unidos , las aduanas son administra­das p o r u n d e t e r m i n a d o organismo federal de l gob ierno , cuya func ión , al igual que en e l resto de l m u n d o , consiste en faci l i tar la salida y entrada de los productos legales, a la vez que evitar el ingreso ilegal de mercanc ía s . Estos objetivos y las entidades creadas para lograrlos c o n f o r m a n la p r i m e r a ver­t iente pol í t ica .

2 E l c o n c e p t o de "ver t ientes p o l í t i c a s " se basa e n las ideas q u e expresa J o h n W . K i n g d o n (Agendas, Alternatives, and Public Policies, 2a ed . , N u e v a Y o r k , H a r p e r - C o l l i n s , 1995, p p . 19, 86-89, 227-229) . A l i g u a l q u e K i n g d o n , n u e s t r a c o n c l u s i ó n es q u e , e n m a t e r i a a d u a n a l , d ichas ver­t ientes p o l í t i c a s son m u c h o m á s i n d e p e n d i e n t e s de l o q u e sugiere e l e n f o q u e sobre coa l i c io­nes de c a b i l d e o e i n f l u e n c i a (policy advocacy coalition framework) de P a u l Sabatier ( P a u l Sabatier y H a n k C. J e n k i n s - S m i t h , Policy Change and Learning: An Advocacy Coalition Approach, B o u l d e r , C o l . , Westv iew Press, 1993; s e g ú n l a c i t a de K i n g d o n , op. cit,, p . 2 2 8 ) .

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E n M é x i c o , todos los impuestos aduanales los recaudan y mane jan las "administraciones" aduanales estatales, que dependen de la O f i c i n a Gene­r a l de Aduanas de la S e c r e t a r í a de Hacienda y Créd i to Púb l i co . Las oficinas estatales envían el tota l de los ingresos a la of ic ina central , en la c iudad de M é x i c o . C o n el fin de agilizar la entrada de los productos a M é x i c o , a p r i n ­cipios de l gobierno de Carlos Salinas de Gor ta r i (1988-1994) se profesiona­lizó al personal aduanal, se i n t r o d u j o u n nuevo sistema aleatorio para con­t ro l a r el ingreso de los bienes y productos , con el cual las inspecciones solamente se hacen p o r e x c e p c i ó n , y se c o m p u t a r i z ó el procesamiento de los t rámites . E l agente aduanal recibe los datos enviados p o r el transportis­ta y "requisita el mani f ies to" (una sol ic i tud comercial) p o r m e d i o de com­putadora . La i n f o r m a c i ó n se m a n d a p o r vía e lec trónica , p r i m e r o , a la Aso­c i ac ión de Agentes Aduanales estatal y de ahí a la Of ic ina de Aduanas de la j u r i s d i c c i ó n . La A s o c i a c i ó n envía e l manifiesto revisado a la O f i c i n a para que los oficiales ver i f iquen y autor icen la t ransacc ión , y és tos regresan al agente aduanal, t a m b i é n p o r vía e lec t rón ica , el documento c o n las correc­ciones pertinentes . U n a vez que se da acuse de recibo de l manif iesto corre­g ido , és te se turna a u n a segunda r e d de c ó m p u t o , a la que t i enen acceso las diversas á reas responsables de manejar el paso de los productos . De esta ma­nera , la e l a b o r a c i ó n en M é x i c o de los documentos aduanales la realizan en g r a n med ida las asociaciones estatales de agentes aduanales.

E n los Estados Unidos , p o r el cont rar io , el procesamiento e i n s p e c c i ó n de los envíos es tán bajo el c o n t r o l de oficiales aduanales estatales, que per­tenecen al Depar tamento de l Tesoro, quienes de te rminan la c las i f icación apropiada de las m e r c a n c í a s y ver i f ican, p o r m e d i o de computadoras , la si­t u a c i ó n de cada envío . N o existe u n sistema aleatorio computar izado para examinar las entradas, sino que cada inspector t iene poder discrecional pa­r a revisar los envíos que n o co inc idan con los protot ipos existentes. Sin em­bargo, comparado c o n el sistema de se lecc ión computarizada de M é x i c o , e l m é t o d o discrecional que se ut i l i za en los Estados Unidos produce casi el m i s m o n ú m e r o de inspecciones, las cuales, en ambos casos, f luc túan entre 10 y 20 p o r c iento. Si los envíos e s tán en o r d e n y todos los datos i m p o r t a n ­tes h a n sido correctamente asentados en los sistemas computarizados, sue­l e n avanzar p o r la zona aduanal c o n relativa rapidez. Existe u n programa d e n o m i n a d o "Dispensa de Hacer F i la " para los transportistas que t i enen m u y buenos antecedentes (aunque su uso ha d i s m i n u i d o c o n el aumento de las presiones para que se hagan m á s inspecciones a fin de interceptar el paso de drogas y d i n e r o en efectivo) . As imismo, las aduanas e s tán ut i l i zan­d o sellos autorizados para agilizar los envíos de las grandes empresas esta­dounidenses hacia M é x i c o (por e jemplo , de las c o m p a ñ í a s automotr ices ) . E n el o t o ñ o de 1996, en los pr incipales puertos se puso en marcha el Pro-

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to t ipo de A u t o m a t i z a c i ó n de l Comerc io Nor teamer icano ( N A T A P , p o r su n o m b r e e n inglés ) para dichos envíos . E l N A T A P , que ut i l iza las huellas dac­tilares y otros mecanismos de c o n t r o l , fue d i s e ñ a d o para reduc i r al m í n i m o los t rámites en la f rontera y agilizar a ú n m á s el tránsito de los envíos que son sellados en su lugar de or igen .

De cualquier fo rma , en los Estados Unidos se otorga a los inspectores una ampl ia discrecional idad para que d e t e r m i n e n si u n envío está o n o en orden . Cualquier i r regu la r idad identi f icada mediante la vers ión computa-rizada de l manif iesto o p o r la sospecha de l inspector bastan para que el transportista sea not i f i cado de que debe acudir a los andenes para u n a ins­p e c c i ó n m á s minuciosa . A u n cuando existe u n posible margen de e r ror en los ju ic ios personales y en algunas ocasiones los inspectores se h a n extral i­mi tado en sus funciones, la c o m b i n a c i ó n de diversos elementos ha dado l u ­gar a que las operaciones y procedimientos sean altamente profesionaliza­dos y reduzcan al m í n i m o las irregularidades y las transacciones ilegales.

Por o t ra parte, sin embargo, el ambiente de trabajo en las aduanas de la f rontera dista m u c h o de ser agradable. Existen tensiones en todos los n i ­veles, lo cual se debe a varios factores. E n p r i m e r lugar, aunque los inspec­tores son rotados p e r i ó d i c a m e n t e entre las filas pr imarias (las casetas de en­trada) y secundarias (donde se hacen las descargas), las jornadas de trabajo son arduas y e s tán sujetas a m u c h a p r e s i ó n , con pocos momentos para des­cansar de la constante fila de camiones que esperan ser autorizados y de au­tomovilistas ansiosos p o r l legar al o t r o lado. E n segundo lugar, las entradas ilegales que i m p l i c a n u n pe l igro para el of ic ia l en t u r n o —personas y dro­gas de M é x i c o , armas de los Estados U n i d o s — p u e d e n o c u r r i r en cualquier m o m e n t o y los incidentes con gente que huye al ser descubierta o que i n ­tenta ingresar i legalmente a los Estados U n i d o s son siempre una posibi l i­dad. Por e l lo , en Texas, la presencia de reclutas de la Guard ia Nacional en el estado, c o n perros que revisan los camiones y cargas en Laredo, aunada a los inspectores apostados en las casetas de entrada, agudizan la i m p r e s i ó n de que se lleva a cabo u n a o p e r a c i ó n mil i tar izada. E n tercer lugar, las con­diciones c l imát icas adversas, sumadas al m o n ó x i d o de carbono que emite el pesado tráf ico, hacen que el trabajo en las casetas resulte par t icu larmente difícil. E n cuarto lugar, a m e n u d o suelen o c u r r i r percances con los camio­nes grandes, cargados c o n todo t ipo de productos y que esperan en largas filas para p o d e r pasar la f rontera , a lo cual se a ñ a d e la c o n t r a t a c i ó n de las empresas transportistas mexicanas de Laredo, que t i enen el m o n o p o l i o de l cruce de los env íos p o r la f rontera y cuyas normas de seguridad son menos estrictas que las de las empresas estadounidenses. E n q u i n t o lugar, con fre­cuencia surgen desacuerdos entre los choferes y los agentes aduanales, p o r

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asuntos tan diversos como pueden ser las normas de seguridad, los t rámi tes o la ap l i c ac ión de los reglamentos.

Si b i e n los oficiales estadounidenses trabajan en instalaciones m u c h o mejores, que mit igan algunos de estos problemas (por e jemplo, las condi­ciones c l imát icas ) , las tensiones que padecen son peores, pues cargamentos son objeto de u n escrutinio m u c h o mayor para tratar de reducir el n ú m e r o de envíos y entradas ilegales. E n los puentes, el personal resulta insuficiente, deb ido a la escasez de recursos; la falta de personal generada p o r la dismi­n u c i ó n de l n ú m e r o de aspirantes y la tardanza en hacer nuevas contratacio­nes p o r el per iodo de capac i t ac ión requer ido ; y la frecuente ro tac ión de per­sonal, p r o d u c t o de las condiciones adversas en la frontera , pues los oficiales aduanales pref ieren permanecer solamente p o r periodos cortos en la f r o n ­tera y trasladarse a puertos m á s agradables. Así , muchos puertos de la f r o n ­tera operan a 70% de su capacidad p o r la escasez de personal que resulta de l efecto sumado del m e n o r n ú m e r o de nuevas contrataciones y de las incapa­cidades, vacaciones y programas de capac i t ac ión que se realizan en sitios ale­jados de l lugar de trabajo a fin de c u m p l i r con los nuevos requisitos de segu­r i d a d . A s i m i s m o , las a u t o r i d a d e s aduanales d e b e n l levar a cabo negociaciones, a m e n u d o difíciles, c o n los sindicatos de oficiales aduanales, que son part icularmente fuertes en los Estados Unidos , sobre asuntos tales c o m o los calendarios de trabajo, la r o t a c i ó n de empleados, las condiciones laborales y los procedimientos para la p r e s e n t a c i ó n de quejas.

E n resumen, la vert iente t écn ica se ocupa de facil itar la entrada de los productos legales y contro lar las transacciones ilegales y las violaciones a la ley, así c o m o de atender las demandas sindicales y responder a las presiones externas de ciertos grupos de in terés que buscan aumentar los m é t o d o s de c o n t r o l , al mi smo t i empo que otros pres ionan para que se agilice el proce­so de entrada, rela jando dichos mecanismos.

La vertiente de intereses en la administración aduanal (asuntos relativos a las agencias aduanales, los transportistas, las empresas y los ciudadanos)

A d e m á s de los administradores, existen en ambos lados de la frontera otros ac­tores que t ienen intereses en el comercio y en las aduanas, sean directos —los actores "primarios", como son los agentes aduanales, los camioneros y los trans­portistas^— o indirectos —los oficiales estatales, los grupos corporativos acos­tumbrados a manejar sus propias transacciones, las cámaras de comercio, las c o m p a ñ í a s involucradas en el comercio transfronterizo y los grupos de ciuda­danos afectados por la interrelación de los asuntos comerciales y los de contro l (la p roh ib i c ión de las drogas, e l contrabando y la inmigrac ión ilegal).

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E n M é x i c o , todas las importaciones deben pasar a través de u n agente o apoderado aduanal antes de que se presenten ante la Of ic ina General de Aduanas. Este sistema, que lleva m u c h o t i e m p o en uso, fue aceptado e i n ­c lu ido en e l p ro toco lo de l T L C A N , cuando se n e g o c i ó el Tratado, y só lo unos cuantos agentes aduanales de los Estados U n i d o s h a n conseguido su certi­ficación en M é x i c o . Las importaciones suelen llegar a bodegas prop iedad de mexicanos ubicadas en el lado estadounidense de la f rontera o a em­presas aduanales cuyos d u e ñ o s son grupos familiares con relaciones de tra­bajo establecidas en ambos lados de la f rontera , en d o n d e las m e r c a n c í a s que van a importarse pueden ser contabilizadas, revisadas y registradas en los formatos adecuados. E n M é x i c o , las empresas aduanales constituyen u n g r u p o compacto y m u y fuerte. La m a y o r í a son miembros de la Asoc iac ión de Agentes Aduanales ( A A A ) . Durante nuestras entrevistas, varios agentes nos c o m e n t a r o n que, con el paso de los a ñ o s , se h a n convert ido en "aseso­res" de los exportadores y compar ten con ellos la responsabilidad de las transacciones (como "co-responsables"); t a m b i é n nos d i j e r o n que, en reali­dad, la mayor parte de l trabajo efectivo de a d m i n i s t r a c i ó n aduanal se hace en sus oficinas y que son ellos quienes mane jan el comerc io de manera con­t inua y garantizan su tránsi to p o r la f rontera , pese a la constante ro tac ión del personal y a los reglamentos gubernamentales .

E n 1996, las facultades, requisitos y responsabilidades del apoderado aduanal — u n t i p o d i ferente de agente que trabaja para u n a empresa es­pec í f i ca ( como u n a m a q u i l a d o r a ) — se especif icaron tanto como los de los agentes aduanales. E l apoderado aduanal n o s ó l o puede realizar los trámi­tes aduanales directamente en el d o m i c i l i o de la empresa, sino que no tiene que ser de nac iona l idad mexicana, c o m o se exige a los agentes aduanales. Más a ú n , estos nuevos reglamentos autor izan u n nuevo t i p o de apoderado aduanal para realizar las transacciones aduanales, a saber, el agente adua­nal de la C á m a r a . Dado que las empresas locales en M é x i c o ahora pueden acudir d irectamente a la c á m a r a de comerc io de la que sean miembros (que están organizadas b á s i c a m e n t e p o r sector y n o p o r u b i c a c i ó n , como en los Estados U n i d o s ) , quienes e laboraron esta l eg i s l ac ión probablemente pre­t e n d í a n que este cambio constituyera u n paso m á s hacia la l ibre compe­tencia. Las pr incipales benef ic i a r í a s de esta i n n o v a c i ó n t e n d r í a n que haber sido las p e q u e ñ a s y medianas empresas, p e r o d u r a n t e la ú l t ima r o n d a de entrevistas que llevamos a cabo, en agosto de 1996, n o encontramos n i n ­g ú n caso e s p e c í f i c o en el que esta m o d i f i c a c i ó n a los reglamentos hub iera l legado a o í d o s de las empresas deseosas de ent rar en el mercado de los Es­tados U n i d o s o de agentes de nac iona l idad estadounidense que quis ieran expandir sus operaciones al t e r r i t o r i o mex icano .

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E n c o m p a r a c i ó n con sus contrapartes mexicanas, la o rgan izac ión de los agentes estadounidenses no constituye u n g r u p o tan cerrado. Esto se debe e n parte a que en los Estados Unidos , a d i ferencia de M é x i c o , los exporta­dores p u e d e n contratar u n agente para que t rami te e l paso de sus produc­tos, pero n o es tán obligados a el lo. Las c o m p a ñ í a s de agentes aduanales de los Estados Unidos presentaron una o p o s i c i ó n u n á n i m e a las c láusulas de l T L C A N que les p r o h i b e n operar en t e r r i t o r i o mexicano, mientras que los agentes mexicanos sí pueden operar en e l lado estadounidense. A f i r m a b a n que con e l lo se otorgaba a los agentes mexicanos el m o n o p o l i o del manejo de las transacciones aduanales en la f rontera , pues las empresas estadouni­denses t i e n e n que contratar a u n agente aduanal mexicano o b ien contar c o n u n apoderado aduanal que trabaje en M é x i c o . Por su parte, la respues­ta de los mexicanos en la f rontera fue que estas operaciones aduanales dan a las autoridades mexicanas el c o n t r o l sobre las importac iones que se re­qu ie re para proteger e l mercado i n t e r n o , especialmente en lo relativo a garantizar e l abasto de ciertos productos esenciales (e.g., productos al imen­ticios b á s i c o s ) , a u n costo que prote ja a los consumidores . Los agentes adua­nales, así c o m o las autoridades federales y estatales, so s t en ían que n o era posible i gnorar las fuertes as imetr ías entre las dos e c o n o m í a s y que el T L C A N d e b í a b r i n d a r algunos beneficios a las contrapartes mexicanas. Puntos de vista opuestos como éstos sirven para i lustrar la comple ja s i tuac ión que vive la f rontera , en donde existen todo t i p o de intereses e spec í f icos , formales e informales , que durante m u c h o t i e m p o h a n basado su existencia en el de­recho a gravar las transacciones de productos y servicios en la f rontera .

Los transportistas y los camioneros son otros dos grupos clave. E l p r i n ­c ipa l in te ré s de los pr imeros es, p o r supuesto, llevar las m e r c a n c í a s a su des­t i n o de la manera m á s e c o n ó m i c a y r á p i d a posible, y cualquier p rob lema que retrase la entrega de sus envíos lo res ienten de i n m e d i a t o en el bols i l lo . Los choferes son quienes m á s a m e n u d o deben esperar largas y calurosas (o heladas) horas en la carretera para p o d e r cruzar la f rontera , pero los pro­pietarios de los camiones y los transportistas t a m b i é n padecen tales demo­ras. Cuando esto ocurre , los costos de la gasolina y el equ ipo se incremen­tan para los pr imeros y el aumento de los costos de a lmacenamiento y de los seguros recae sobre los segundos. C o m o ya se m e n c i o n ó , las c o m p a ñ í a s me­xicanas de transporte de corta distancia t i enen el m o n o p o l i o de los envíos a través de la f r o n t e r a (esto se observa, sobre todo , en Laredo y Nuevo La-redo) . Los choferes mexicanos consideran que los requisitos de cont ro l y de escrupulosa i n s p e c c i ó n que les i m p o n e n los oficiales aduanales de los Esta­dos U n i d o s const i tuyen u n a f o r m a permanente de acoso, pero los choferes estadounidenses t a m b i é n enfrentan problemas al cruzar hacia el t e r r i t o r i o

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mexicano . 3 La molestia que provocan estos retrasos ha llevado a que en oca­siones los choferes de ambos lados de la f ronte ra b loqueen los puentes. Si b i e n a p a r t i r de enero de 1996 supuestamente se d i o la autor izac ión para que los camioneros, tanto mexicanos como estadounidenses, l levaran mer­c a n c í a s a su destino ú l t imo , a finales de 1997 a ú n s e g u í a en vigor el conve­n i o que pospuso la ap l i cac ión de esta medida , deb ido a la opos i c ión en am­bas partes de la f rontera , sin que hasta ese m o m e n t o se percibiera signo a lguno de d i s tens ión (aunque, desde entonces, la opos i c ión se ha dado p r i n c i p a l m e n t e en los Estados Unidos ) . 4

Si b i e n los actores principales son similares en ambos lados de la f r o n ­tera, e l paralel ismo es m e n o r entre los actores secundarios, es decir, los o f i ­ciales estatales, las empresas (en part icular , los grandes grupos corporativos, acostumbrados a manejar d irectamente sus transacciones), las c á m a r a s de comerc io y los grupos de ciudadanos. E n t é r m i n o s generales, aun cuando las autoridades estatales de l lado mexicano expresan de manera bastante abierta sus demandas para que se m o d i f i q u e n los mecanismos de c o n t r o l f ronte r i zo , su peso pol í t i co es m u c h o m e n o r que el de sus contrapartes es­tadounidenses. De igual fo rma , las op in iones sobre c ó m o facilitar la r á p i d a t r ami t ac ión de los envíos var ían m u c h o entre los distintos clientes. Los grandes grupos empresariales (e.g., las c o m p a ñ í a s de Monterrey , las em­presas automotrices y las maquiladoras transnacionales ubicadas en M é x i c o y otras grandes c o m p a ñ í a s en diversas partes de los Estados Unidos) cuen­tan c o n procedimientos propios , ya establecidos. Estos grupos h a n sido q u i ­zá los pr incipales beneficiarios de l Tra tado y los m á s aptos para reduc i r las demoras en la f rontera .

La dicotomía entre objetivos y operaciones

En a ñ o s recientes, las relaciones centro-periferia dent ro de l sistema aduanal e x p e r i m e n t a r o n cambios en ambos pa í s e s . E n M é x i c o , durante el gob ie rno de Salinas, la Of i c ina General de Aduanas fue integrada de manera m á s efectiva a la S e c r e t a r í a de Hacienda , en d o n d e se a m p l i a r o n sus responsa­bil idades c o m o u n i d a d normat iva y supervisora (es decir, se le d io mayor au tor idad para d e f i n i r l ineamientos y normas generales para la r e g u l a c i ó n de las transacciones aduanales y para supervisar el c u m p l i m i e n t o de u n a m u l t i t u d de detallados reglamentos aduanales). As imismo, se o t o r g a r o n mayores facultades a las oficinas de aduanas de la f rontera para tomar de-

3 E l Mañana de Nuevo Laredo, 17 de agosto de 1996. 4 La Jornada, 10 de m a y o de 1997.

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cisiones relativas a la in te rpre tac ión de dichas normas y reglamentos estata­les, con respecto a determinados art ículos . E l admini s t rador estatal ahora tiene acceso directo a la Of ic ina General de Aduanas de la c iudad de Méxi­co para dar so luc ión a cualquier p rob lema i m p o r t a n t e que surja. Sin em­bargo, de acuerdo con la nueva leg i s lac ión, las oficinas fronterizas deben ser supervisadas m á s de cerca p o r las oficinas regionales de aduanas, esta­blecidas en e l i n t e r i o r de l pa í s . E n 1995, M é x i c o t en ía 46 oficinas estatales de aduanas y ocho oficinas regionales, todas ellas dependientes de la Of i ­c ina General de Aduanas. Pese a estos avances, los agentes aduanales y los empresarios que ut i l i zan los distintos puentes sostienen que los oficiales es­tatales de aduanas a ú n n o cuentan con la au tor idad suficiente para resolver los problemas importantes en la f rontera y que, de hecho, es poco lo que rea lmente ha cambiado en las operaciones cotidianas.

El Servicio de Aduanas de los Estados U n i d o s t a m b i é n ha exper imen­tado u n a r e o r g a n i z a c i ó n , la cual n o ha sido consecuencia de l T L C A N sino de ajustes internos y, p r inc ipa lmente , de la iniciat iva de Gore, "Reinventemos e l Gob ierno" , cuyos p r o p ó s i t o s son reduc i r el t a m a ñ o de l gob ierno federal y lograr la de scent ra l i zac ión y la d e s r e g u l a c i ó n . E n este nuevo sistema, el n ú m e r o de puertos (301) sigue siendo el mi smo, pero el sistema de ges t ión de campos fue radicalmente modi f icado , al e l iminarse el n ive l reg ional de a d m i n i s t r a c i ó n . E n el nuevo esquema, se crearon veinte centros de ges t ión aduanal ( C G A ) como nivel ú n i c o de a d m i n i s t r a c i ó n entre los 301 puertos y las oficinas centrales en Wash ington . 5 Si b ien , de acuerdo con los nuevos re­glamentos, cada puer to tiene l iber tad absoluta para adminis t rar las opera­ciones aduanales locales, los C G A son responsables de supervisar las activi­dades aduanales en los puertos que es tán bajo su j u r i s d i c c i ó n y de i n f o r m a r sobre ellas a las oficinas centrales. Esto t iene el p r o p ó s i t o de crear u n siste­m a de a d m i n i s t r a c i ó n que responda de manera m á s eficaz a las situaciones y necesidades que se presentan en cada puer to de entrada.

C o m o puede verse, tanto el sistema estadounidense c o m o el mexicano h a n exper imentado u n proceso de d e s c o n c e n t r a c i ó n , c o m o u n a de las va­rias medidas adoptadas para facil itar el comerc io . 6

5 T rea sury , U S Cus toms Service, People, Processes, and Partnerships: A Report of the Reorgani­

zation Study Team & Transition Management Team, C o m m i s s i o n e r , U S C u s t o m s Service, U S Go­

v e r n m e n t P r i n t i n g O f f i c e , s e p t i e m b r e de 1994, p . 3 1 . 6 Por e j e m p l o , e n Texas esto s i g n i f i c ó e l c a m b i o de u n sistema e n e l q u e cada p u e r t o i n ­

f o r m a b a al c o m i s i o n a d o r e g i o n a l y a c u d í a a las of ic inas reg iona les e n H o u s t o n , a u n sistema des­

c e n t r a l i z a d o q u e consta de tres á r e a s de g e s t i ó n a d u a n a l (AGA), a saber, la d e l este de Texas, la

d e l sur de Texas y la d e l oeste de Texas-Nuevo M é x i c o . D e a c u e r d o c o n estos nuevos convenios ,

e l CGA p a r a e l este de Texas fue u b i c a d o e n H o u s t o n , m i e n t r a s q u e e l CGA p a r a e l sur de Texas

se a s i g n ó a L a r e d o . E l t e rcer CGA, e n E l Paso, pe r tenece a o t r a r e g i ó n , q u e h o y e n d í a se des igna

c o m o el CGA p a r a e l oeste de Texas y N u e v o M é x i c o .

554 L A W R E N C E S. G R A H A M Y J O S É L U I S M É N D E Z FIXXXIXA

La dicotomía entre facilitación y control

A u n cuando durante los a ñ o s noventa se h a n llevado a cabo varias reformas tendientes a facil itar el comerc io creciente, todavía existen factores que siguen obs t ruyéndo lo en la f rontera . Algunos de ellos son cícl icos y depen­den de la tasa de cambio entre el peso y el dó lar ; cuando el p r i m e r o es tá sobrevaluado, las hileras de camiones que se d i r igen al nor te son m á s largas; cuando se devalúa , las filas que van hacia el sur se incrementan . Otros re­sul tan de las presiones p o r establecer m é t o d o s de c o n t r o l f r o n t e r i z o m á s efectivos, ya que las transacciones ilegales de productos y personas que ocu­r r e n a lo largo de la f ronte ra s iempre h a n a c o m p a ñ a d o al comerc io legal. Para los Estados Unidos los problemas son el tráfico de drogas y la i n m i ­g r a c i ó n ilegal; para M é x i c o , el contrabando. Dichos problemas h a n hecho que e l c o n t r o l de los cruces siga siendo u n a func ión esencial de los oficiales aduanales, lo que, na tura lmente , provoca demoras.

Vista desde esta perspectiva, la o p e r a c i ó n "Hard Line", que fuera dise­ñ a d a para promover la po l í t i ca de p r o h i b i c i ó n de envíos de drogas a los Es­tados Unidos , no es sino u n o de los muchos intentos de ese pa í s p o r dar res­puesta al p rob lema de l c o n t r o l en la f rontera . A u n cuando muchos de nuestros entrevistados insist ían en que los mayores envíos de drogas se ha­cen con m á s frecuencia p o r aire o p o r las zonas remotas de la vasta f ronte­ra, la " O p e r a c i ó n L í n e a D u r a " ha venido a simbolizar la d e t e r m i n a c i ó n d e l Servicio de Aduanas de los Estados Unidos de garantizar en la m e d i d a de lo posible que los cargamentos que en t ren en el pa í s no l leven sustancias ile­gales. Es a q u í donde el conf l i c to entre faci l i tar el comercio y cont ro la r la f rontera adquiere u n a relevancia insoslayable. E n su estudio sobre la fronte­ra, Ramos demuestra que la infraestructura y las t e c n o l o g í a s de i n s p e c c i ó n no h a n logrado seguir el paso de l i n c r e m e n t o de l comercio , que c o m e n z ó en 1986. 7 C o n el mayor v o l u m e n comercia l generado desde que el T L C A N en t ró en vigor, e l e n d u r e c i m i e n t o de las inspecciones ha provocado pro­longadas demoras, así c o m o la d e t e n c i ó n de los camiones que cargan y des­cargan en los puertos de revis ión y enormes atascos en los puentes y calles de las ciudades fronterizas m á s populosas. Por otra parte, quienes defien­den la prác t i ca de aplicar estrictas medidas de i n s p e c c i ó n a f i rman que en estos puertos principales se ha presentado el suficiente n ú m e r o de inc i ­dentes relativos a cargamentos c o n drogas provenientes de M é x i c o como para jus t i f icar la permanenc ia de tal vigi lancia.

7 J o s é M a r í a Ramos , La política antidrogas y comercial deEUA en la frontera con México, T i j u a ­

na, E l C o l e g i o de l a F r o n t e r a N o r t e , 1995.

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A d e m á s de i m p e d i r el paso de drogas, las demoras t a m b i é n son resul­tado de los esfuerzos p o r evitar la entrada ilegal de personas a los Estados Unidos . Estas medidas son responsabilidad del Servicio de I n m i g r a c i ó n y Natura l i zac ión ( S I N ) , que n o depende del Departamento de l Tesoro, como e l Servicio de Aduanas, sino de l Departamento de Justicia. Desde hace t iem­p o , estas dos dependencias (y muchas otras, como el Depar tamento de Transporte) han c o m p a r t i d o las instalaciones portuarias , aunque n o siem­p r e de manera coordinada . 8 Sin embargo, en lo que se refiere a la ope­r a c i ó n aduanal, los controles de i n m i g r a c i ó n que aplica el S I N t ienen poca re l ac ión con el paso de l comercio . Si b i e n , en el pasado, e l n ú m e r o de puentes en los puertos era insuficiente, lo que h a c í a que para el paso tanto de cargamentos como de personas se ut i l izaran los mismos espacios, las re­cientes inversiones destinadas a ampl iar las instalaciones físicas y a la cons­t rucc ión de nuevos puentes h a n c o n t r i b u i d o en m u c h o a separar estos dos m u y diferentes tipos de transacciones fronterizas. N o obstante, el incre­m e n t o del comercio hacia el nor te , aunado a los requisitos m á s estrictos que impuso el Congreso para evitar el paso de drogas, cont ro la r la i n m i g r a c i ó n i legal e i m p e d i r la entrada de productos que hayan estado expuestos a sus­tancias contaminantes y q u í m i c o s tóx icos , hace que los m é t o d o s de c o n t r o l cont inuamente afecten los asuntos comerciales, con el consecuente aumen­to de las demoras en la f rontera . A l reconocer tanto estas dificultades como las discrepancias entre ambas jur i sdicciones burocrá t i ca s , en 1996 se puso e n marcha en Nogales el esquema de "ges t ión por tuar i a integrada" para me jorar la c o o r d i n a c i ó n entre las dependencias fronterizas y, en part icular , entre los servicios de Aduanas y de I n m i g r a c i ó n . L a s e l ecc ión de la c iudad de Nogales f o r m a parte de u n proyecto p i l o t o , que abarca el nor te y el sur de la f rontera , en esa á rea , resultado de las fuertes presiones que se ejercie­r o n en ambos lados de la misma para que se redujera la intens idad de los conflictos y los cuellos de botel la . La idea es que, de tener éx i to este pro­yecto, el concepto de ge s t i ón por tuar i a integrada se apl ique t a m b i é n en otros puntos .

N o obstante, las situaciones m á s difíciles se suscitan en aquellos casos en los que el tráf ico de au tomóv i l e s y la i n s p e c c i ó n de documentos de los habitantes locales se aunan al tráfico de camiones, en los puentes y entradas en los que el t ráns i to de pasajeros es m á s pesado. Quizás este p r o b l e m a se haya agravado en fecha reciente, a pa r t i r de que la revis ión de la documen­tac ión se hizo m á s estricta y que, p o r tanto , los oficiales revisan los camiones y cargas de la misma manera c o m o l o hacen con los a u t o m ó v i l e s y personas.

8 Ibid., p p . 44-56.

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A estas dificultades se suma la escasez de personal de l S I N , la cual hace i m ­posible que se abran todos los puentes cuando así se requiere , ya que exis­te u n acuerdo entre el Servicio de Aduanas y el S I N en el que se establece que ambas dependencias deben tener el mismo n ú m e r o de oficiales en los puentes para pasajeros, lo que significa que el p r i m e r o n o puede abr i r m á s puentes que el segundo, aunque disponga de m á s personal . Esto se ha tra­duc ido en largas hileras de autos que avanzan lentamente p o r los puentes de pasajeros, casi a d ia r io y durante muchas horas. 9 Nuestros entrevistados mexicanos re i teradamente se r e f i r i e r o n al trato a m e n u d o r u d o y ofensivo de los oficiales de la f rontera y a los intentos p o r impedir les entrar en los Es­tados Unidos , pese a que muchos de ellos t ienen residencia en ciudades fronterizas y que, p o r motivos empresariales, de comerc io , de trabajo y de servicios urbanos, necesitan pasar constantemente p o r esos puestos de con­t r o l . E n su o p i n i ó n , tal host igamiento se debe a la p r e p a r a c i ó n cuasi m i l i t a r que t i enen dichos oficiales ( lo cual, s e g ú n ellos, l o cor robora la presencia de veteranos o antiguos custodios de cárce les a los que se ident i f icó como empleados federales que trabajaban en la f ronte ra ) .

Se han escrito varios trabajos sobre la "mi l i tar izac ión" de los servicios de Aduanas y de I n m i g r a c i ó n en la f rontera , como el de D u n n , 1 0 pero si en nuestro trabajo de campo pud imos constatar varias manifestaciones de esta tendencia, t a m b i é n es impor tan te subrayar que el lo n o significa que la f r o n ­tera realmente es té siendo vigilada p o r los mil itares . E n los meses de mayo y j u n i o de 1997, las tensiones aumentaron luego de varios incidentes ocu­rr idos en Cal i fornia , cuando desde el lado mexicano se h i c i e r o n disparos contra los oficiales fronterizos, y resul tó h e r i d o u n o de ellos. T a m b i é n se de­n u n c i ó que en mayo de 1997 el personal m i l i t a r que patrul laba la f rontera ases inó a tiros a u n j o v e n mexicano, en Texas. Poco t i e m p o d e s p u é s , j u n t o con la not ic ia sobre la c r e a c i ó n de varios grupos de trabajo fronterizos , la prensa mexicana d i o a conocer que e l Congreso estadounidense h a b í a ele­vado a diez m i l el n ú m e r o de mil i tares que p o d r í a n ser l lamados a la f r o n -

9 C o m o A r r e ó l a y C u r t í s s e ñ a l a n , e l t r á n s i t o a t r avé s de l a f r o n t e r a s i e m p r e h a s ido m a y o r hacia los Estados U n i d o s y los e m b o t e l l a m i e n t o s son m á s c o m u n e s e n esa d i r e c c i ó n que e n sen­t i d o c o n t r a r i o ( A r r e ó l a y C u r t í s , op. cit.). P o r l o t a n t o , a l pa recer se t r a t a de u n f e n ó m e n o an­t i g u o y g e n e r a l i z a d o a l o l a r g o de l a f r o n t e r a . P o r l o q u e se r e f i e r e a los p a t r o n e s q u e se pre­sentan e n los p u e r t o s T i juana-San D i e g o y M e x i c a l i - C a l e x i c o , v é a s e R i c h a r d S i n k i n , "Free T r a d e a n d B o r d e r E c o n o m i c I n f r a s t r u c t u r e . T h e Case o f M e x i c a l i T w o " , e n Pau l B e n t l e y Gans-ter y E u g e n i o O . V a l e n c i a n o ( c o m p s . ) , The Mexican-US Border Regions and the Free Trade Agree­ment, I n s t i t u t e f o r R e g i o n a l Studies o f t h e C a l i f o r n i a s , San D i e g o State U n i v e r s i t y , 1992, p . 88.

1 0 T i m o t h y J . D u n n , The Militarization of the US-Mexico Border, 1978-1992. Low-intensity Con­flict Doctrine Comes Home, A u s t i n , U n i v e r s i t y o f Texas at A u s t i n Press, 1996.

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tera . 1 1 A u n cuando la prensa de los Estados Unidos t a m b i é n c u b r i ó amplia­m e n t e dichos sucesos, la in te rpre t ac ión e impor tanc ia que se da a los mis­mos var ía m u c h o en el n o r t e y el sur de la f rontera . Como p u d o observarse, algunas autoridades federales de los Estados Unidos consideran que la m i ­l i tar ización de la f rontera es u n a manera de contro lar en f o r m a m á s efecti­va la entrada ilegal de sustancias o de personas. Subrayan que, mientras que e n M é x i c o los puestos de i n s p e c c i ó n secundarios no generan protestas p o r parte de los residentes locales y es posible garantizar u n me jor c o n t r o l , a m e n o r costo, puesto que son menos las carreteras en uso, en los Estados U n i d o s la s i tuación es la contrar ia . Por su parte, muchos de nuestros entre­vistados en ambos lados de la f ronte ra consideran que operaciones tales co­m o la " L í n e a D u r a " son m á s que nada s imból icas y que en rea l idad n o son m u y eficaces para reduc i r el t ráns i to i legal . E n su o p i n i ó n , éstas son resul­tado de l enojo de los grupos m á s crít icos de los Estados Unidos y de l in ten­t o de las autoridades p ú b l i c a s p o r responder de manera palpable a dichas presiones, pero , lejos de atacar en f o r m a efectiva los problemas generados p o r la i n m i g r a c i ó n y las drogas, lo que hacen es obstaculizar el comerc io f r o n t e r i z o e in ternac iona l y agudizar las tensiones en la r e g i ó n . 1 2

E n el lado mexicano el p r i n c i p a l p rob lema es el contrabando y, p o r tan­t o , las autoridades nacionales realizan inspecciones cuidadosas para ver i f i ­car que las cantidades y tipos de productos correspondan a los que se i n d i ­can en el manifiesto y que e s tén correctamente etiquetados, e ident i f icar los productos de baja cal idad o las m e r c a n c í a s que h a n presentado problemas e n el pasado. Para estas ú l t imas existe una alerta permanente (i.e., una "alerta operat iva") . E n ocasiones, sobre todo cuando se sabe con anticipa­c i ó n que es tá p o r llegar u n gran cargamento con problemas, el administra­d o r local decide aplicar la alerta a todos los productos contenidos en él , lo cua l puede requer i r muchas horas de i n s p e c c i ó n .

S e g ú n varios de nuestros entrevistados, el contrabando y la c o r r u p c i ó n siguen p r e s e n t á n d o s e en la f rontera . U n p r o b l e m a que en fecha reciente se h a agudizado es el de la entrada i legal de armas a M é x i c o , muchas de las cuales t e r m i n a n en manos de gente relacionada con el narcot rá f i co . E n re­sumen, los oficiales de ambos lados de la f rontera es tán p o n i e n d o m á s aten­c i ó n a las transacciones ilegales y ah í radica el d i l ema de conci l iar u n me jor c o n t r o l f ronter i zo c o n u n comerc io l ib re de restricciones.

11 La Jornada, 14, 18, 20 y 21 de j u n i o de 1997. 1 2 V é a s e , p o r e j e m p l o , D u n n , op. cit., p . 175, as í c o m o los i n f o r m e s sobre las protestas d e l

g o b e r n a d o r B a r r i o , de C h i h u a h u a , y d e las ONG locales p o r l a " m i l i t a r i z a c i ó n " de l a f r o n t e r a

(La Jornada, 24 de j u n i o de 1 9 9 7 ) .

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Tipos de puertos y comunidades fronterizas

A u n q u e se trata de u n tema m u y comple jo , nuestro estudio nos p e r m i t i ó comprender me jor la f o r m a en que el surg imiento de las regiones e c o n ó ­micas transfronterizas ha i n f l u i d o en las relaciones entre M é x i c o y los Esta­dos Unidos . Este f e n ó m e n o está creando u n a nueva real idad, en la que la in tegrac ión e c o n ó m i c a y social reg ional debe armonizarse con las fronteras pol í t icas , las dependencias oficiales y las autoridades pertenecientes a dos gobiernos soberanos que operan en el mismo espacio f ís ico. Como h a n de­mostrado varios especialistas, 1 3 las subregiones fronterizas se han venido de­sarrol lando desde hace bastante t i empo . E n fecha reciente, Pradil la ident i ­ficó cuatro corredores e c o n ó m i c o s , que ofrecen u n marco adecuado dentro del cual podemos situar nuestros c inco puertos (Nogales, E l Paso, Laredo, Hida lgo [ M c A l l e n ] y Brownsvi l l e ) : 1 4

1) Pací f ico : Mexicali-Tecate-Tijuana-San Diego-Los Angeles-San Francisco.

2) Oeste: Hermosil lo-Nogales-Tucson-Phoenix-Albuquerque-Denver. 3) Centro : C h i h u a h u a - C i u d a d J u á r e z - E l Paso-Dallas/Fort Worth-Saint

Louis-Detroit . 4) Gol fo : Torreón-Sa l t i l lo-Monterrey-Matamoros-Reynosa-Nuevo

Laredo-Piedras Negras-Ciudad A c u ñ a - L a r e d o - S a n Antonio-Aust in-Houston-Dal las /Fort Worth-Kansas City-Saint Louis-Chicago.

Ident i f icar las subregiones y corredores es u n a tarea in t r incada y difícil que no vamos a e m p r e n d e r aqu í . Las redes e c o n ó m i c a s y sociales constituyen u n f e n ó m e n o complejo y muy cambiante. Sin embargo, consideramos que se­ría posible c o m p r e n d e r el desarrollo de dichas subregiones si presentamos los patrones de e spec ia l i zac ión de l comerc io que se observan en los p r i n c i ­pales puertos terrestres de las regiones fronterizas de l oeste, centro y este. Para este trabajo, el cor redor de l Golfo que presenta Pradi l la debe subdivi-dirse en los que h a n l legado a convertirse en corredores comerciales espe­cializados, que ya ex i s t ían antes de la entrada en v igor de l T L C A N , pero cu­ya e spec i a l i zac ión se a c e l e r ó a pa r t i r de ese m o m e n t o . E n Monterrey , las rutas se d iv iden en tres ejes principales : 1 ) Monterrey-Nuevo Laredo-Lare-do-San Antonio-Aust in-Dal la s /For t W o r t h , para m e r c a n c í a s que recorren

1 3 R o g e r D u n b i e r , The Sonoran Desert, T u c s o n , U n i v e r s i t y o f A r i z o n a Press, 1968; J.W. H o u -se, Frontieron the Rio Grande, O x f o r d , C l a r e n d o n Press, 1982.

1 4 E m i l i o P r a d i l l a , Territorios en crisis. México 1970-1992, M é x i c o , U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a M e t r o p o l i t a n a , 1993.

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grandes distancias en camiones o ferrocarri les ; 2) Monterrey-Reynosa-Hi-dalgo-McAllen-San A n t o n i o o H o u s t o n , para productos frescos, y 3) M o n -terrey-Matamoros-Brownsville-Houston, para los productos industriales. L a r u t a Saltillo-Piedras Negras/Eagle ?ass-San A n t o n i o es en real idad secun­dar ia y s e g u i r á teniendo poca u t i l i d a d hasta que se mejore la carretera Sal­tillo-Piedras Negras.

Nogales-Nogales. Si en su or igen fue u n a sola c iudad cortada p o r la l í n e a d i ­visoria, hoy en d í a las dos Nogales t i enen identidades diferentes, como re­sultado de una f rontera ahora r í g i d a y claramente de l imitada por muros de concreto y alambrados electrificados. La c o m u n i d a d m á s grande de las dos es Nogales, Sonora, con u n a p o b l a c i ó n de 105 m i l 900 habitantes, mientras que su gemela, en Ar izona , só lo t iene 19 m i l 500. Por el puer to de Nogales pasa la m a y o r í a de los productos frescos que ent ran en los Estados U n i d o s desde M é x i c o , a lo que se suma el creciente tráf ico de automóvi le s ensam­blados en las plantas estadounidenses ubicadas en Sonora. Son dos los p r i n ­cipales puntos de entrada: la ant igua r u t a c i tadina, que pasa por los subur­bios de Nogales, y una nueva, m á s grande, que cruza p o r el oeste.

Pese a la actual división entre las dos Nogales, en t é r m i n o s ambientales ambas f o r m a n parte de una sola á r e a urbana . De hecho, los problemas de salud p ú b l i c a que se padecen en Nogales, Ar izona , se deben a que, al tener dos sistemas independientes de aguas residuales y drenaje, no es posible ata­car los males comunes que generan los desechos sin tratar y los contami­nantes. A la fecha, dada la t o p o g r a f í a de la zona, e l drenaje na tura l de las dos ciudades corre de l lado mexicano de la f ronte ra hacia el lado estadou­nidense. Deb ido al exceso de p o b l a c i ó n , que vive en asentamientos i r regu­lares de las colonias circundantes, u n alto porcentaje de los desechos y las aguas residuales m a l tratadas se i n t r o d u c e en los d e s a g ü e s y drenajes de No­gales, Sonora. A l ser ésta u n a r e g i ó n s e m i á r i d a , en las é p o c a s de lluvias se p r o d u c e n graves problemas de fugas e inundaciones y, dado que el drena­j e n a t u r a l corre hacia Nogales, Ar i zona , el lado estadounidense de la f r o n ­tera en ocasiones se i n u n d a de desechos y aguas residuales sin tratar. Los problemas de salud consecuentes son m u y graves. E l caso que con m á s fre­cuencia se refiere en Nogales, Ar izona , es la alta inc idencia de lupus, que se­g ú n las autoridades locales es la mayor de l m u n d o y es tá directamente rela­c ionada c o n los problemas de salud p ú b l i c a que se padecen.

Pero los problemas de salud n o son las ú n i c a s dificultades a las que de­be hacerse f rente . Dado que en esta zona n o existe una barrera natura l que separe los terr i tor ios de los Estados U n i d o s y M é x i c o , resulta m u y difícil apl icar controles fronterizos que p u e d a n reduc i r las transacciones ilegales de m a n e r a eficaz, pese a que és ta es u n a r e g i ó n p o r la que se i n t r o d u c e n a

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los Estados Unidos envíos de drogas y d i n e r o en efectivo, así como carga­mentos de p e q u e ñ a s armas y explosivos, con destino a M é x i c o , que son fá­c i lmente adquir idos en el mercado estadounidense. A esto debe añad i r se la i n m i g r a c i ó n ilegal a los Estados Unidos . E l tráf ico u r b a n o fronter izo con­siste tanto de vehícu los como de peatones. E n v i r t u d de l permanente pro­b lema que representan los intentos for tu i tos p o r atravesar los puntos de en­trada de la f rontera , ya sea en veh ícu lo o a p ie , la vigi lancia y la in specc ión en busca de documentos ilegales son constantes. E n u n incidente del que fuimos testigos cuando nos mostraban las instalaciones de las aduanas e i n ­m i g r a c i ó n , u n i n d i v i d u o — p o r causas desconocidas— s ú b i t a m e n t e se salió de la fila en la que se estaban revisando los documentos y corr ió hacia las re­jas para tratar de cruzarlas, pero fue atrapado p o r tres o cuatro agentes que se lanzaron sobre él desde varios flancos y lo la s t imaron durante la captura.

Si b i e n existen varias maquiladoras en Nogales, Sonora, la vida eco­n ó m i c a de las dos Nogales depende de las transacciones fronterizas. Las ventas minoristas locales generan algunos ingresos, pero el v o l u m e n real en t é r m i n o s de tráfico y ganancias se deriva de l transporte de m e r c a n c í a s — a l i ­mentos frescos y productos terminados en M é x i c o , en el caso del comercio que va al nor te (por e jemplo , tomates y a u t o m ó v i l e s ) , y componentes em­pleados en la industr ia maqui ladora , en el caso de l comerc io que va al sur. Este comercio en dos direcciones genera ingresos locales, ya sea en la fo rma de cuotas y servicios relacionados con el env ío de m e r c a n c í a s o de cobros p o r e l hospedaje, a l i m e n t a c i ó n y bebidas que consumen los viajeros.

E n 1996, las importaciones de los Estados U n i d o s que pasaron p o r el d i s tr i to de Nogales ascendieron a 7 059 834 725 d ó l a r e s , y las exportaciones a M é x i c o tota l izaron 4 656 041 959 d ó l a r e s . 1 5 Entre los distritos aduanales que se ex t i enden a lo largo de la f rontera , Nogales ocupa hoy el cuarto l u ­gar, en d ó l a r e s , en el tráfico que va tanto en d i r e c c i ó n nor te como en d i ­r e c c i ó n sur. 1 6

1 5 Dal las Strategic T r a d e C e n t e r , O f f i c e o f Strategic T r a d e , U n i t e d States Customs Ser­vice , "1996 S o u t h e r n B o r d e r I m p o r t S u m m a r y " , Dal las , Dal las Strategic T r a d e Cente r , 1997, m i m e o .

1 6 D a d o q u e las cifras d e l c o m e r c i o f r o n t e r i z o v a r í a n m u c h o , d e b e m o s t e n e r e n m e n t e que las q u e a q u í m e n c i o n a m o s , recabadas p o r e l Servic io de A d u a n a s de los Estados U n i d o s , son p o r d i s t r i t o y n o p o r p u e r t o e n l o i n d i v i d u a l . C u a n d o h a b l a m o s d e l d i s t r i t o de Nogales nos r e f e r i m o s a t o d o e l c o m e r c i o q u e pasa p o r los p u e r t o s u b i c a d o s e n l a r e g i ó n de A r i z o n a y q u e c o r r e s p o n d e n a l C e n t r o de G e s t i ó n A d u a n a l de T u c s o n . N o obs tante , d a d o que los o tros puer­tos (San L u i s , L u k e v i l l e , Sasabe, N a c o y D o u g l a s ) e n r e a l i d a d t i e n e n u n a i m p o r t a n c i a m e n o r y que l a p r i n c i p a l r u t a de c o m u n i c a c i ó n se e n c u e n t r a e n e l d i s t r i t o de Nogales , estas cifras o fre­cen u n a i d e a a p r o x i m a d a d e l v o l u m e n de c o m e r c i o q u e se m u e v e a t r a v é s de las dos Nogales .

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Ciudad Juárez-El Paso. A diferencia de los puertos localizados al oeste y al es­te de C i u d a d J u á r e z y E l Paso, estas ciudades gemelas constituyen hoy en d í a u n a r e g i ó n metropo l i t ana con una activa vida e c o n ó m i c a , a la que se suman las transacciones fronterizas que genera el cruce d iar io de productos , servi­cios y personas, de u n pa í s al o t ro . E n t é r m i n o s de p o b l a c i ó n , estas ciudades representan la mayor c o n c e n t r a c i ó n urbana de la f rontera México-Es tados Unidos , c o n 789 m i l 500 habitantes en C iudad J u á r e z y 515 m i l 300 en E l Pa­so. Si b i e n la r eg ión Tijuana-San Diego abarca u n a e x t e n s i ó n m á s grande, lo que hace ú n i c a s a C iudad J u á r e z y E l Paso es e l grado de in tegrac ión de su e c o n o m í a urbana y su desarrollo como centros carreteros, ferroviarios y aé­reos para el comercio que va hacia el n o r t e y hacia el sur, así como al este y oeste de la f rontera . E n t é rminos de cruces fronterizos , este p u n t o de con­tacto es m á s notable en los cuatro puentes que u n e n a las dos ciudades: los puentes m á s antiguos del centro de la c iudad (en los que el tránsito tiene u n solo sentido y son para uso exclusivo de veh ícu lo s y peatones), el puente de l a Avenida de las A m é r i c a s ( u n puente l ib re p o r e l que c i rcu lan camiones y a u t o m ó v i l e s ) y el puente Zaragoza ( u n puente de peaje que cuenta con lo ú l t i m o en instalaciones y la mayor capacidad para el t ráns i to de camiones de carga que recorren grandes distancias, en d i r e c c i ó n n o r t e o sur) .

A u n cuando los embotel lamientos en los puentes son innumerables , c o n largas filas de a u t o m ó v i l e s y camiones varados, a q u í la s e p a r a c i ó n en­t r e el t ransporte f o r á n e o y el tráf ico loca l es m u c h o mayor , p o r la posi­b i l i d a d de elegir entre los diversos puentes. Los peatones y los v e h í c u l o s se concentran en las á rea s céntr icas de la c iudad ; los camiones locales, que t ransportan sus cargas a las maquiladoras de C iudad J u á r e z y cruzan de nue­vo la f r o n t e r a para llevar los productos terminados a E l Paso, encuentran que el acceso a las zonas urbanas adyacentes es m á s fácil p o r e l puente de las A m é r i c a s , y los camiones que v ienen de puntos distantes pueden evitar e l congest ionamiento de los otros puentes y agilizar las inspecciones u t i l i ­zando el cruce de Zaragoza, siempre que e s tén dispuestos a pagar el peaje correspondiente .

En C i u d a d Juárez-E l Paso, los problemas que se der ivan de la o p o s i c i ó n entre la demanda de c o n t r o l mediante inspecciones y la demanda de que se faci l i te el comerc io son similares a los que se observan en otros puntos. Sin embargo , la ac t i tud que prevalece en favor de faci l i tar e l comercio y pro­mover las actividades e c o n ó m i c a s y los negocios, en la mayor zona metro­po l i t ana , ha generado una inc l inac ión hacia la s o l u c i ó n de los problemas, p o r la cual las tensiones presentes en otros puntos fronterizos pueden ser minimizadas . M u c h o de el lo se debe al d i n a m i s m o de las e c o n o m í a s locales de E l Paso y C i u d a d J u á r e z . E n el caso de la p r i m e r a , la existencia concu­r r e n t e de empresas de transporte, u n sistema carretero b i e n desarrollado,

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l ínea s ferroviarias y u n aeropuerto in ternac iona l , aunada a una i m p o r t a n t e base m i l i t a r y amplias á reas de venta al m e n u d e o , b r i n d a n u n soporte eco­n ó m i c o estable de l lado estadounidense. E n el caso de Ciudad J u á r e z , la c o n c e n t r a c i ó n de maquiladoras y la creciente product iv idad del lado mex i ­cano genera una oferta constante de nuevos trabajos que dan empleo a m i ­les de personas y p r o p o r c i o n a n u n a fuente c o n t i n u a de ingresos, s i tuac ión inusual para la gran mayor í a de las comunidades que se ext ienden a lo lar­go de la f rontera . Casi todas las quejas se re f ieren a las inspecciones, pues quienes cruzan diar iamente los puentes, de y hacia sus trabajos, son objeto de u n a constante veri f icación de sus documentos de c i u d a d a n í a y de los re­gistros de sus vehículos . Sin embargo, p o r la o t ra parte, los camioneros p o r lo general o p i n a n que los agentes aduanales de ambos lados de la f r o n t e r a t i enen m á s d i spos ic ión a faci l i tar el comerc io . Esto es cierto tanto en el ca­so de los cargamentos destinados a la indus t r i a maqui ladora de C iudad J u á ­rez y las partes enviadas a M é x i c o para que sean ensambladas al sur de la f rontera , como en el caso de los productos terminados que se envían a los diversos mercados de A m é r i c a de l N o r t e . Nuevamente, esto se debe en gran m e d i d a a la faci l idad de poder separar el tráf ico que cruza la f rontera , p o r los varios puentes. Asimismo, a q u í es m u c h o m á s notable la e spec ia l izac ión del personal aduanal que en e l resto de los cruces que visitamos, aun cuan­do en el lado estadounidense haya escasez de especialistas en clas i f icación y, en el lado mexicano, de inspectores de puertos. Por o tra parte, t a m b i é n , aunque existen muchos problemas urbanos que requieren de a t e n c i ó n y las demandas de servicio de los ciudadanos a m e n u d o sobrepasan la capacidad de los agentes aduanales para responder a ellas, la infraestructura urbana, en su con junto , es m u c h o me jor y la d i sponib i l idad de recursos para los pro­yectos locales es m á s abundante que en cualquier o t ro p u n t o de la f ronte­ra. E n t é r m i n o s generales, p o d r í a m o s decir que la ac t i tud favorable a la so­luc ión de problemas que se ha adoptado f rente al comercio , la i n s p e c c i ó n y el c o n t r o l es m u c h o m á s positiva y n o existe el ambiente confl ict ivo que tan a m e n u d o encontramos en los otros cruces.

Los datos comerciales m á s recientes (hasta agosto de 1997) hablan de la i m p o r t a n c i a de l d i s tr i to de E l Paso. Este d i s t r i to ocupa el segundo lugar en cuanto al v o l u m e n de comerc io que cruza la f rontera . En 1996, las i m ­por tac iones de los Estados U n i d o s s u m a r o n 13 764 370 975 d ó l a r e s , y las importac iones de M é x i c o ascendieron a 12 538 483 525 d ó l a r e s . 1 7 De nue­vo, si b i e n estas cifras dan u n a idea aprox imada de l v o l u m e n de comerc io que se mueve a través de E l Paso y C i u d a d J u á r e z , debemos recordar que en

Dal las Strategie T r a d e C e n t e r , op. cit.

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este di s tr i to existen otros puertos m á s p e q u e ñ o s (Columbus , Santa Teresa, Fabens y Presidio) . 1 8

Nuevo Laredo-Laredo y Colombia-Laredo. Si el á r e a de E l Paso constituye u n i m p o r t a n t e conducto de l comercio Méx ico-Es tados Unidos , ésta palidece f rente al v o l u m e n que cruza p o r el d is tr i to de Laredo (en la r e g i ó n def ini­da como sur de Texas, d i s tr i to cuyos puertos presentan sus informes co­merciales al C G A de Laredo) . Las estadíst icas de 1996 c o n f i r m a n la asevera­c ión de que el sur de Texas, que comprende los puertos situados desde D e l R í o hasta Brownsvil le , en la costa de l Gol fo , es p o r m u c h o la r e g i ó n m á s i m p o r t a n t e de comercio terrestre, a todo lo largo de la f rontera . E n 1996, dichas cifras tota l izaron 32 511 697 278 d ó l a r e s en importaciones de los Es­tados U n i d o s y 29 445 973 567 en importac iones de M é x i c o . 1 9 E n compara­c i ó n con el resto de las importaciones que h i c i e r o n los Estados Unidos en 1996, p o r d i s t r i to aduanal de entrada, Laredo o c u p ó el s é p t i m o lugar, des­p u é s de Los Angeles, la c iudad de Nueva York, De t ro i t , San Francisco, Nue­va Orleans y Chicago, en ese o r d e n . 2 0 Por o tra parte , en la clasi f icación na­c iona l p o r v o l u m e n de importaciones , Laredo ocupa el d e c i m o s é p t i m o lugar y Nogales el t r i g é s i m o p r i m e r o . 2 1 Sin embargo, a di ferencia del caso de Nogales y E l Paso, a q u í los datos deben ser desagregados p o r puertos p r i n ­cipales, dado que, si b i en las dos Laredo const i tuyen el p u e r t o terrestre m á s i m p o r t a n t e de toda la f rontera , t a m b i é n se mueve u n considerable v o l u m e n de comercio a través de H i d a l g o (McAilen-Reynosa) y de Brownsville-Mata-moros . N o obstante, debe tomarse en cuenta que a este respecto las esta­díst icas presentan datos contradictorios , s e g ú n la fuente que se consulte. En nuestra o p i n i ó n , la m á s confiable es la i n f o r m a c i ó n que p r o p o r c i o n a e l Centro Es t ra tég i co de Comerc io de Dallas sobre las importac iones p o r valor para el C G A de l sur de Texas. S e g ú n esta fuente , los pr incipales puertos p o r v o l u m e n de comerc io de entrada son Laredo , con 20 677 741 894 dó la re s ; H i d a l g o , con 3 603 965 085; Brownsvil le, con 3 465 906 275; Eagle Pass, con 2 950 390 262, y D e l R í o , con 942 049 360 d ó l a r e s . Para nuestro estudio ele­gimos Laredo , E l Paso e H i d a l g o para hacer el trabajo de campo en 1995 y,

1 8 A l i g u a l q u e e n e l caso d e l d i s t r i t o de Nogales , las cifras p a r a e l d i s t r i t o oeste de Texas-

N u e v o M é x i c o ( q u e c o r r e s p o n d e a todos los p u e r t o s de esta r e g i ó n q u e t r a n s m i t e n sus datos

a l C e n t r o de G e s t i ó n A d u a n a l de E l Paso) son casi i d é n t i c a s a las d e l p u e r t o E l Paso-Ciudad J u á ­

rez , ya q u e n i n g u n o de los o t ro s p u e r t o s que c o m p r e n d e e l d i s t r i t o de E l Paso c u e n t a c o n ar­

terias p r i n c i p a l e s o c o n la i n f r a e s t r u c t u r a a p r o p i a d a y necesar ia p a r a m a n e j a r grandes v o l ú ­

m e n e s de c o m e r c i o . 1 9 Dal las Strategic T r a d e C e n t e r , op. cit, 20 ídem. 2 1 ídem.

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en 1996, a ñ a d i m o s Nogales y Brownsvil le , e hic imos nuevas visitas a Laredo y E l Paso.

Estos datos resultan úti les para de f in i r u n p e r f i l de las dos Laredo , pues revelan el hecho de que la base e c o n ó m i c a de estas dos ciudades depende casi exclusivamente de los ingresos derivados de su func ión como puntos de transferencia del comercio hacia e l nor te y hacia el sur. A l igual que en los casos de Nogales y E l Paso, la mayor c o n c e n t r a c i ó n de p o b l a c i ó n se en­cuentra en el lado mexicano de la f rontera . Nuevo Laredo cuenta c o n 218 m i l 400 habitantes, mientras que la p o b l a c i ó n de Laredo asciende a 122 m i l 900. Si, en este caso, t a m b i é n existen maquiladoras en Nuevo Laredo y t ien­das de menudeo en Laredo ( tanto en el centro de la c iudad c o m o en los centros comerciales de las afueras), la fuente p r i n c i p a l de ingresos provie­ne de l transporte, las transacciones aduanales y los servicios prestados a los camioneros y transportistas que l levan sus cargamentos hacia el nor te y ha­cia el sur, p o r carretera y f e r roca r r i l . A esta base e c o n ó m i c a , c o m o ocurre con E l Paso, deben agregarse los bancos locales, dado que éstos t i enen u n a activa par t i c ipac ión en las transacciones comerciales y at ienden u n alto por­centaje de la cl ientela mexicana.

M á s que cualquier o t r o centro u r b a n o de la f rontera , desde hace m u ­cho t i empo las dos Laredo d e s e m p e ñ a n u n papel impor tan te en el comer­cio entre los Estados U n i d o s y M é x i c o . Esto ya era así desde antes de que el T L C A N entrara en vigor, pero , c o n el aumento de l comercio en los ú l t imos tres años , son las ciudades que h a n exper imentado el mayor incremento de l comercio terrestre con d i r e c c i ó n n o r t e y sur, en v i r t u d de su u b i c a c i ó n ge­ográf ica . La p r i n c i p a l r u t a carretera que corre hacia el centro de M é x i c o y, al nor te , hacia los Estados U n i d o s y de ahí a C a n a d á , pasa p o r este p u n t o , a lo cual se suman las importantes vías ferroviarias que llevan de l sur de Te­xas al centro de M é x i c o .

A consecuencia d e l v o l u m e n c o m e r c i a l que m a n e j a n , las dos L a r e d o poseen la mayor c o n c e n t r a c i ó n de agencias aduanales de toda la f rontera y, como complemento de ellas, t a m b i é n existen importantes c o m p a ñ í a s trans­portistas locales y f o ránea s . Pero, si b i e n estas dos ciudades cuentan con una importante c o n c e n t r a c i ó n de personal v inculado al comercio , su infraes­t ructura física es insuficiente para atender en f o r m a eficaz el creciente vo­l u m e n comercial . Muchos residentes quisieran responsabilizar de esto a sus respectivos gobiernos nacionales, p o r n o proporc ionar fondos destinados a la cons t rucc ión de nuevos puentes y cruces que alivien los congestionamien-tos. Sin embargo, la respuesta n o radica solamente en edificar nuevas y apro­piadas instalaciones aduanales y puentes que at iendan el creciente tráfico.

A pr inc ip ios de los a ñ o s noventa , durante la ge s t ión de Salinas, los go­biernos federales de ambos pa í s e s conv in ie ron en construir u n nuevo puen-

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te en el á rea de Laredo, a unos 32 ki lómetros al oeste de la ciudad. E l puente se cons t ruyó en C o l o m b i a , en u n a p e q u e ñ a f ran ja de t e r r i t o r i o pertene­ciente al estado de Nuevo L e ó n , y n o así en t e r r i t o r i o tamaulipeco, que alberga todos los puertos de entrada p o r t ierra , desde el este de Nuevo La-redo hasta Matamoros . Para los Estados Unidos este asunto n o ten ía mayor impor tanc ia , dadas las ventajas que esta acc ión p r o m e t í a para las relaciones interestatales, y f u e r o n pocas las personas que c o m p r e n d i e r o n que en los estados mexicanos la i d e n t i d a d reg ional t iene tanto peso como lo t iene en los Estados Unidos . Así , en M é x i c o , el asunto desde u n p r i n c i p i o fue m o t i ­vo de una intensa r iva l idad pol í t ica . Los grupos de in terés de Nuevo Lare­d o y Tamaulipas lo s int ieron como u n a amenaza directa a su a c t u a c i ó n de muchos a ñ o s en el comerc io entre M é x i c o y los Estados Unidos . A l n o con­tar con u n centro indus t r i a l tan grande e i m p o r t a n t e c o m o Monter rey , los ingresos estatales y locales de Tamaulipas se derivan en gran med ida de la o p e r a c i ó n de sus ciudades colindantes con los Estados Unidos , como p u n ­tos fronterizos de comercio y asiento de maquiladoras. N o es de sorprender, p o r tanto, que al construirse en Co lombia instalaciones de p u n t a y desa­rrollarse una infraestructura física para el manejo r á p i d o de los envíos pro­venientes de l nor te y de l sur, los grupos de Nuevo Laredo vieran en el puen­te de Co lombia u n a amenaza contra sus intereses e c o n ó m i c o s . A l desviar el tráfico de camiones hacia Co lombia y evitar que cruzara p o r el centro de La-redo , toda la r e d e c o n ó m i c a de agentes aduanales, empresas camioneras y c o m p a ñ í a s locales de transporte , que fuera creada a l o largo de muchos a ñ o s , ser ía cercenada de u n a parte fundamenta l de l comerc io . La dec i s ión t é c n i c a de constru i r el puente de C o l o m b i a p a r e c í a correcta, dado que fa­ci l i taría el t ráns i to r á p i d o de l comerc io con destino al n o r t e y al sur y evita­r í a el congest ionamiento u r b a n o en la f rontera , pero los grupos de interés de las dos Laredo ve ían la s i tuac ión de manera m u y di ferente . Fue así que, hasta mediados de 1996, dichos grupos i m p i d i e r o n el uso de l puente de Co­l o m b i a , pese a la e n o r m e p r e s i ó n que e jerc ieron el Servicio de Aduanas de los Estados Unidos , algunas autoridades federales y los grupos e c o n ó m i c o s externos al á r e a de Laredo , que deseaban resolver las excesivas demoras de l comerc io en e l cruce de Laredo. Sin embargo, cuando Salinas t e r m i n ó su mandato , en m e d i o de enormes e s c á n d a l o s púb l i co s , casi nadie en M é x i c o quiso volver a tocar el tema de l puente de Colombia . L a f ami l i a Salinas es de Nuevo L e ó n y en sus acciones pol í t icas en M o n t e r r e y y en el resto de l es­tado h a b í a par t i c ipado u n a r e d de grupos estatales y locales que ahora se hallaba m u y debi l i tada p o r la r e a c c i ó n contra el ex presidente en el nuevo gob ierno . Así , c o n e l cambio de presidente y de gobernador , el caso Co­l o m b i a se d e j ó de lado y el puente fue p r á c t i c a m e n t e o lv idado. N o obstan­te, al entrar en v igor e l T L C A N y aumentar e l tráfico en la p r i n c i p a l arteria

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que enlaza a San A n t o n i o y Monterrey , ciudades que conectan con el inte­r i o r de los Estados U n i d o s y M é x i c o , se re in ic i a ron las discusiones sobre c ó m o facilitar el comerc io y acabar con las demoras en el tránsi to p o r la f rontera . La o p c i ó n de tomar rutas alternativas, p o r los otros puertos i m ­portantes , n o resultaba atractiva para muchos de los nuevos actores de l comercio entre M é x i c o , los Estados Unidos y C a n a d á , pues ellos q u e r í a n ut i l izar la ru ta terrestre m á s directa para el tráfico de camiones y ferroca­rriles, que pasa p o r las dos Laredo.

Hacia mediados de 1996 las cosas empezaron a cambiar. U n nuevo go­bernador t o m ó p o s e s i ó n en Nuevo L e ó n , tras la renuncia de Sócra te s Rizzo en el mes de abr i l , provocada p o r u n e s c á n d a l o púb l i co , y voces importantes de la c o m u n i d a d empresarial de Monter rey y San A n t o n i o empezaron a ha­cerse oír a p r o p ó s i t o de la f o r m a en que las instalaciones de Co lombia po­dr ían ser me jor utilizadas. Sin embargo, esas discusiones permanec ieron en el p lano teór ico hasta el 13 de agosto de 1996, cuando los camioneros mexi­canos in ic i a ron u n a huelga en las dos Laredo y b loquearon totalmente el trá­fico en d i recc ión nor te y sur. Esta n o era la p r i m e r a huelga con la que los ca­mioneros protestaban p o r las rigurosas inspecciones que se h a c í a n en las aduanas estadounidenses y las demoras que provocaban para los cargamen­tos enviados al nor te , pero el resultado sí fue m u y di ferente . E n los Estados Unidos , la nueva d irectora de l C G A vio en esa huelga la o p o r t u n i d a d para de­mostrar a los grupos empresariales de los Estados Unidos y M é x i c o que las instalaciones de Co lombia realmente p o d í a n resolver el cuello de botel la que p a d e c í a el tráfico de camiones en Laredo y emi t ió u n a o r d e n para que éste fuera desviado hacia Colombia , evitando así la huelga en Laredo, con la c o o p e r a c i ó n de los oficiales aduanales del lado mexicano. L a tarde siguiente, nosotros e s t á b a m o s en Monterrey , luego de haber salido la tarde anter ior de Laredo r u m b o a M o n t e r r e y p o r la nueva autopista, cuando l legaron las no t i ­cias de que se h a b í a r o t o la huelga y que las instalaciones de Co lombia ha­bían demostrado ser m á s que adecuadas para el manejo de los envíos con destino al nor te y al sur. Las autoridades comerciales de M o n t e r r e y estaban muy impresionadas p o r el gran v o l u m e n de camiones y cargamentos que po­dían ser atendidos en Colombia , con u n m í n i m o de demoras.

A ú n queda m u c h o p o r hacer para aliviar las tensiones que provoca en las dos Laredo e l hecho de que estas ciudades vayan a ser dejadas atrás a medida que u n mayor n ú m e r o de camiones se desvíe p o r Colombia . E n Mé­xico debe construirse u n a nueva carretera que conecte directamente a Colombia c o n la autopista a M o n t e r r e y y, p o r o t ra parte , los agentes adua­nales que operan en este puer to , de l lado mexicano, deben trabajar en re­molques, sin n i n g u n a de las facilidades urbanas con las que cuentan en Nuevo Laredo. As imismo, a ú n falta que se o to rguen licencias a nuevos agen-

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tes aduanales. A la fecha, los especialistas en el r amo se encuentran casi ex­clusivamente en Nuevo Laredo, en donde existen alrededor de 350 agentes aduanales con l icencia para operar en el t e r r i t o r i o de Tamaulipas, mientras q u e en Co lombia só lo hay u n p u ñ a d o de agentes con l icencia para trabajar e n la j u r i s d i c c i ó n de Nuevo L e ó n . Sin embargo, la s i tuación ahora se ha ma­ne jado con razones técnicas , a r g u m e n t á n d o s e que las demoras que o c u r r e n e n Laredo pueden resolverse empleando en f o r m a m á s efectiva las instala­ciones de Co lombia y que n o existe r a z ó n alguna para pensar que los puen­tes de Laredo e x p e r i m e n t a r á n u n a d i s m i n u c i ó n drás t ica de tráf ico. Todos los puentes son necesarios y si los esfuerzos ahora se enfocaran en c ó m o u t i ­l izar los dos puentes de Laredo, en c o m b i n a c i ó n con el tercer puer to de Co­l o m b i a , p o d r í a dividirse m á s eficazmente el tráfico de camiones que v ienen de lejos, el de trayectos cortos, el automovi l í s t ico , que consiste b á s i c a m e n t e de turistas, y el ferroviar io . Así como el puente Zaragoza, en E l Paso, ha ser­v i d o para resolver muchas de las demoras de los camiones de trayectos lar­gos en esa á rea , así t a m b i é n p o d r í a hacerlo el puente de Co lombia , en La-r e d o , especialmente para los envíos que pueden ser autorizados con a n t i c i p a c i ó n , mediante el p rograma de dispensa de hacer fila y las opciones q u e se ofrecen a las c o m p a ñ í a s grandes para emplear empaques sellados. S in embargo, tanto e l tráf ico ferroviar io como la m a y o r í a de los veh ícu lo s s e g u i r á n pasando p o r Laredo, dado que es ah í donde deben hacerse los trá­mites necesarios. Por o t ra parte, las p e q u e ñ a s y medianas empresas segui­r á n r e q u i r i e n d o de los servicios especializados de los agentes de Laredo pa­r a obtener la au tor i zac ión de sus envíos .

Reynosa-Hidalgo-McAllen. Los contrastes entre las dos Laredo y e l cruce Rey-nosa-Hidalgo-McAllen son enormes. Si b i e n el v o l u m e n de l comerc io es m u c h o m e n o r , la e spec ia l i zac ión de este puer to en productos agr í co la s , au­nada a la s e p a r a c i ó n f ís ica de Reynosa y M c A l l e n , las dos ciudades p r i n c i ­pales, crea u n c l ima de trabajo m u y di ferente . E l lado estadounidense de l cruce, en Hida lgo , presenta u n congest ionamiento m í n i m o ; en las cercaní­as existen unos cuantos edificios de agencias aduanales, varias tiendas de ali­mentos y una ampl ia á r e a de bodegas, en donde los productos frescos pue­d e n ser procesados r á p i d a m e n t e para enviarlos de nuevo a los mercados estadounidenses. Sin embargo, Reynosa y M c A l l e n son dos comunidades su­m a m e n t e distintas, cada u n a de las cuales t iene u n a base e c o n ó m i c a dife­rente . Reynosa, con u n a p o b l a c i ó n de 265 m i l 700 habitantes, ha desarro­l l ado u n a considerable indus t r i a maqu i l adora y es u n i m p o r t a n t e centro de procesamiento de gasolina y re f inac ión de p e t r ó l e o . M c A l l e n t a m b i é n t iene su p r o p i a base e c o n ó m i c a independ iente y, aunque es m u c h o m e n o r que la p r i m e r a , c o n 84 m i l habitantes, es u n a de las comunidades ag r í co l a s en las

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tierras bajas del Valle del R í o Grande que ha desarrollado instalaciones tu ­rísticas, especialmente para visitantes estadounidenses que aprovechan su c l ima cá l ido durante el inv ierno . En lo que se refiere a las aduanas, las transacciones fronterizas son b á s i c a m e n t e de temporada y se dedican al procesamiento de frutas y verduras mexicanas destinadas al mercado esta­dounidense. Si b i en el v o l u m e n de productos frescos sigue en t a m a ñ o al de Nogales, el f lu jo de tráf ico y la naturaleza de las transacciones son m u y dis­tintos. A u n cuando en Nogales t a m b i é n se observa u n ciclo m u y marcado en los envíos de productos agr íco la s a los Estados Unidos , su u b i c a c i ó n en u n i m p o r t a n t e corredor hacia la costa mexicana de l Pací f ico , en donde , a d e m á s de los productos agr íco la s , existen diversas plantas ensambladuras de a u t o m ó v i l e s y atractivos hoteles costeros, contr ibuye a que el tráfico ha­cia e l n o r t e y hacia el sur sea m á s estable.

E n este caso, la o p e r a c i ó n aduanal sigue procedimientos m u c h o m á s rut inar ios y padece m u c h o menos los problemas que se presentan en No­gales y Laredo , a saber, el contrabando y las drogas en Nogales, y el con-gestionamiento p r o d u c i d o p o r el elevado y c o n t i n u o tráfico de camiones en Laredo. M á s a ú n , dada la f o r m a en que es tá d i s t r ibu ida la p o b l a c i ó n en el Valle d e l R í o Grande, la c o n s t r u c c i ó n de u n nuevo puente , a unos 24 kiló­metros al este de Progreso, entre M c A l l e n y H a r l i n g e n , n o ha generado to­dos los problemas que p r o v o c ó el puente de Colombia , fuera de Laredo. D i ­cho puente ha sido b i en rec ib ido , en t é r m i n o s generales, como u n med io que o f r e c e r á vías alternativas a los productos agr í co la s , con el que se agili­zarán las transacciones y evitarán las demoras que p u e d e n ser tan d a ñ i n a s para los productos frescos.

Matamoros-Brownsville. A diferencia de las otras comunidades y puertos estu­diados en esta invest igac ión, Brownsvil le es u n p u e r t o que cumple diversos p r o p ó s i t o s , pues c o m b i n a todos los medios de transporte : carretero, ferro­viario, a é r e o y m a r í t i m o . Por su u b i c a c i ó n co l indante c o n Matamoros , estas dos comunidades c o n f o r m a n otra vasta á r e a urbana c o m ú n en la f rontera Méx ico-Es tados Unidos . Matamoros , con u n a p o b l a c i ó n de 266 m i l 100 ha­bitantes, es e l p r i n c i p a l p u e r t o de entrada a M é x i c o desde las tierras bajas del Val le de l R í o Grande. Es una c o m u n i d a d bull iciosa, situada en una re­g ión de i m p o r t a c i ó n de a l g o d ó n y cr ía de ganado, cuyo comercio local es tá centrado en las a r te san ía s y las bodegas, a d e m á s de que, como ocurre en el resto de la f rontera , existen en la c iudad varias maquiladoras . Brownsvil le, con u n a p o b l a c i ó n m e n o r , de 99 m i l habitantes, e s tá m u y imbr icada con Matamoros , tanto e c o n ó m i c a como h i s t ó r i c a m e n t e . C o m o puer to m a r í t i m o de la r e g i ó n y p u n t o de entrada p r i m o r d i a l de las costas estadounidense y mexicana de l Gol fo , Brownsvil le canaliza al ex ter ior los productos agr íco la s

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d e l Val le de l R ío Grande y los productos comerciales mexicanos. Es, asi­m i s m o , e l asiento de una p e q u e ñ a indus t r i a camaronera y está m u y v incu­lada c o n las playas cercanas de l sur de la Isla de l Padre.

Desde hace m u c h o t i empo , las autoridades de ambas localidades h a n trabajado de manera conjunta , c o m o lo demuestra su estrategia c o m ú n pa­r a el desarrollo e c o n ó m i c o de las ciudades, a fin de atraer empresas i m p o r ­tantes a u n a r e g i ó n fronter iza que ofrece u n fácil acceso a los mercados i n ­ternos de los dos pa í ses . Si b i en las dos ciudades presentan áreas en las que l a infraestructura urbana es déb i l , sus gobiernos locales y comisiones de de­sarrol lo t i enen u n concepto general sobre aquel lo que debe emprenderse para lograr u n crec imiento u r b a n o que sea b e n é f i c o para ambas c o m u n i ­dades y u n a estrategia para contrarrestar sus deficiencias.

E n l o que se refiere a las aduanas y al comerc io , la m a y o r í a de los pro­blemas p u e d e n ser manejados gracias a la d e t e r m i n a c i ó n de los dirigentes de las dos comunidades de trabajar en f o r m a con junta y porque compren­d e n que su futuro está estrechamente interrelacionado. A u n cuando el TLCAN h a provocado algunos cambios, la actividad comercia l de las dos ciudades es e n gran m e d i d a el reflejo de los patrones de desarrollo e c o n ó m i c o de largo plazo, mismos que se han transformado m u y poco a raíz del Tratado. Se h a n i n v e r t i d o importantes sumas para desarrollar la infraestructura de los puer tos m a r í t i m o s , pero a la fecha el comerc io con el que ya se cuenta pre­senta mayor potencia l de crec imiento que el nuevo comercio que pud ie ra generarse. A di ferencia de los grandes v o l ú m e n e s de comercio internacio­n a l que c i rcu lan p o r las dos Laredo hacia H o u s t o n y San A n t o n i o y de estos p u n t o s a otros mercados en el c o r a z ó n de los Estados Unidos y C a n a d á , el c o r r e d o r en el que están situados Brownsvil le y Matamoros no t e n d r á el mis­m o potenc ia l de e x p a n s i ó n hasta que se construyan mejores carreteras y ví­as de c o m u n i c a c i ó n que u n a n m á s eficazmente la costa de l Golfo de Méxi­co c o n los Estados Unidos . Ac tua lmente , el tráf ico m a r í t i m o con M é x i c o se canaliza en su mayor parte a través de H o u s t o n y de ahí a los principales puertos de l Gol fo mexicano, mientras que el comerc io in terreg iona l , que prov iene de l centro y nor te de M é x i c o , suele c ircular m á s a m e n u d o p o r ca­r re te ra y a través de las dos Laredo , d i rectamente hacia H o u s t o n . En v i r t u d de t o d o esto, n o es de sorprender que n i a las autoridades locales n i a los empresarios les entusiasmara la propuesta de l Servicio de Aduanas de los Es­tados Unidos para que, como so luc ión al congestionamiento de los dos puen­tes locales, el tráf ico de camiones de larga distancia, que hoy pasan p o r Ma­tamoros y Brownsvil le , se desviara hacia el nuevo puente de Progreso, a 24 k i l ó m e t r o s al oeste p o r la carretera a H a r l i n g e n . Dado que las principales fuentes de ingreso de las dos ciudades las genera el comerc io transfronter i-zo, la r e u b i c a c i ó n de los cruces de camiones al oeste de las mismas t endr í a ,

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en o p i n i ó n de los habitantes de Brownsville y Matamoros , repercusiones i n ­mediatas y directas.

E F E C T O S D E L C O M E R C I O E N LAS R E L A C I O N E S I N T E R R E G I O N A L E S

Las ciudades que se asientan en la f rontera de los Estados Unidos y M é x i c o no existen, sin embargo, en total ais lamiento. C o m o se vio cuando habla­mos de Laredo y Nuevo Laredo, dichas ciudades f o r m a n parte de culturas y d i n á m i c a s pol í t icas y e c o n ó m i c a s regionales m u y distintas, que inf luyen en las relaciones transfronterizas de las comunidades . A este respecto, debe­mos recordar que los Estados Unidos y M é x i c o t i enen en c o m ú n el hecho de poseer u n a diversidad de culturas regionales, que p o r lo general coinci­den con los l ímites estatales. Pero, si b i en existe u n a reconocida l i teratura sobre cada u n o de los estados del sistema federal estadounidense y sobre có­m o dichos estados se enmarcan d e n t r o de l par t i cu larmente comple jo con­j u n t o de relaciones intergubernamentales , tal l i tera tura dista m u c h o de ser tan completa en el caso de M é x i c o , n i suele atribuirse a los estados mexica­nos la misma impor tanc i a fuera de l pa í s .

Los gobiernos estatales de M é x i c o y los Estados U n i d o s son actores ca­da vez m á s importantes , pues tanto sus funcionar ios c o m o los grupos de i n ­terés c o n los que in te rac túan son m u y dist intos de los grupos y funcionarios federales que cont ro l an y regulan la f rontera . L a f ronte ra está conformada por cuatro estados estadounidenses —Texas, Nuevo M é x i c o , Ar izona y Ca­l i f o r n i a — y seis mexicanos —Tamaulipas , Nuevo L e ó n , Coahuila , Chihua­hua, Sonora y Baja California. Las as imetr ías entre ellos son enormes. Dos de estos estados — C a l i f o r n i a y Baja C a l i f o r n i a — se salen de los p a r á m e t r o s de l presente estudio, dado que nosotros nos hemos enfocado en los puertos por los cuales cruza la mayor parte de l comerc io terrestre norte-sur, a través de los ejes que enlazan a las regiones centrales de C a n a d á , los Estados U n i ­dos y M é x i c o . De los estados estadounidenses inc lu idos en nuestro análisis , Texas es, p o r m u c h o , el m á s i m p o r t a n t e en cuanto a t a m a ñ o y grado de c o n t r o l de l comerc io f ronter izo . Todos los puertos que se examinan en es­te estudio, salvo u n o (Nogales-Arizona), son parte de l estado de Texas.

E n lo que se refiere a los grupos a n t a g ó n i c o s que buscan facilitar o res­t r i n g i r el l ib re comerc io , el e lemento clave de l debate sobre la apertura de la f r o n t e r a para p r o m o v e r el comerc io o su c o n t r o l para proteger a los d i ­versos grupos estadounidenses, en el á m b i t o estatal, se deriva de la in jeren­cia de dichos estados en la r e g l a m e n t a c i ó n de la indus t r i a camionera y de l uso de las carreteras de esas entidades p o r los camioneros mexicanos. Dada la i m p o r t a n c i a de l comerc io terrestre que pasa p o r los puertos que com-

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p a r t e n Texas y Tamaulipas, el foco de las protestas contra los camiones y ca-mioneros mexicanos que ingresan a los Estados Unidos estaba en Texas; fue a h í d o n d e se presentaron las quejas m á s e n é r g i c a s c o n t r a los camiones y camioneros mexicanos que ent raban en e l t e r r i t o r i o estadounidense sin c u m p l i r con los reglamentos estatales sobre veh ícu lo s y conductores. Como resultado de esta protesta, que a l canzó su p u n t o m á s á l g i d o en los meses de n o v i e m b r e y d ic iembre de 1996, los Estados U n i d o s y M é x i c o pactaron u n acuerdo para suspender hasta nuevo aviso la l ib re c i rcu lac ión de camiones y camioneros.

Si, en los Estados Unidos , Texas tiene el p r e d o m i n i o entre las autor i­dades estatales en la vertiente pol í t ica de los intereses que inf luyen sobre el comerc io , el estado n o r t e ñ o m á s i m p o r t a n t e de M é x i c o es Nuevo L e ó n , cu­ya c iudad capital , Monterrey , es la tercera m e t r ó p o l i m á s grande de l pa í s ; s in embargo, su á r e a f ronter iza con los Estados U n i d o s es la m á s p e q u e ñ a , c o n una e x t e n s i ó n apenas suficiente para constru i r u n p u e r t o p r o p i o . Por e l contrar io , Tamaulipas, u n estado de t a m a ñ o medio , es el que cuenta con el mayor n ú m e r o de puertos con Texas, que abarcan desde Nuevo Laredo, al oeste, hasta Matamoros y su c iudad hermana , Brownsvil le , en la costa del Go l fo . Por su parte, Ch ihuahua y Sonora son estados de gran ex tens ión y son t a m b i é n cada d í a m á s importantes c o m o actores de la pol í t ica reg ional d e l nor te de M é x i c o . Si b ien , en el pasado, sus e c o n o m í a s regionales se cen­traban en la g a n a d e r í a , las maquiladoras y e l tur i smo, p o r lo que a las auto­ridades estatales n o les interesaba mayormente el comerc io f ronter izo , aho­ra la s i tuac ión es m u y di ferente . E l desarrollo de la agr icu l tura comercial y de la indus t r i a automotr iz en ambos estados ha hecho que a las autoridades les p r e o c u p e t a m b i é n fac i l i t ar el t r á n s i t o e n la f r o n t e r a . De igua l f o r m a , Coahui la , cuya u b i c a c i ó n es tratég ica le pe rmi t i r í a beneficiarse de l comercio norte-sur, ha carecido desde hace m u c h o de u n a carretera adecuada que u n a a Salti l lo y a Monclova con Piedras Negras, al oeste de Laredo. N o obs­tante, hoy en d ía , Saltillo y Monclova cuentan t a m b i é n con u n a industr ia au­t o m o t r i z , a d e m á s de la de l acero de Monclova , la cual ha acelerado su cre­c i m i e n t o e c o n ó m i c o y les ha dado u n lugar i m p o r t a n t e en las transacciones fronterizas . Así , c o n el c rec imiento e c o n ó m i c o que aumenta d í a con d í a en todos los estados n o r t e ñ o s de M é x i c o , el m o n o p o l i o casi to ta l del tránsi to que ha sido tan i m p o r t a n t e para los intereses e c o n ó m i c o s de Tamaulipas p o d r í a verse deshancado p o r el r i t m o de las transformaciones pol í t icas y e c o n ó m i c a s que vive M é x i c o , r i t m o que está v incu lado con la apertura de la e c o n o m í a y las pol í t icas nacionales, así c o m o p o r el proceso de descen­tra l izac ión que cada d ía da mayor in jerencia a los gobiernos estatales y a los capitales regionales. Es así que el in terés que t iene M o n t e r r e y en el puente de Co lombia , al oeste de Laredo, coincide con el in teré s de Saltillo y M o n -

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clova p o r tener una c o n e x i ó n directa con Piedras Negras, la cual evitaría el paso p o r Monter rey y el á r e a de Laredo y b r i n d a r í a una ruta m á s directa desde el centro de M é x i c o hacia los Estados Unidos y C a n a d á , vía Salti l lo, Monc lova , Piedras Negras y San A n t o n i o . De igual fo rma , las rutas carrete­ras hacia el nor te , de Ch ihuahua a E l Paso y de Sonora a Nogales, se enla­zan todas ellas con las rutas este-oeste y norte-sur que ofrecen o t ro acceso a los mercados de los Estados U n i d o s y C a n a d á .

Arizona (Nogales)/Nuevo México-oeste de Texas (El Paso), sur de Texas (Laredo, Hidalgo, Brownsville)

Las nuevas zonas de ges t ión aduanal ( Z G A ) , creadas en 1996 como resulta­do de la descentra l i zac ión de l Servicio de Aduanas de los Estados Unidos , i n t r o d u c e n u n matiz en este estudio de las transacciones fronterizas, en cuanto reflejan las verdaderas e c o n o m í a s regionales que se han ido desa­r r o l l a n d o en la f rontera , a lo largo de los a ñ o s . La p r i m e r a de ellas es A r i ­zona, cuyo centro de ges t ión aduanal ( C G A ) se localiza en Tucson (punto en donde el comercio norte y sur con M é x i c o se intersecta con las arterias ca­rreteras y ferroviarias del este y el oeste). A q u í , Nogales es el puer to de en­trada p o r el cual transitan los productos frescos y los vehículos que provie­n e n de la costa mexicana de l Pac í f ico . M u y diferentes son las condiciones físicas de la Z G A de l oeste de Texas /Nuevo M é x i c o , cuyo C G A ubicado en E l Paso refleja el alto v o l u m e n de comerc io que pasa p o r el corredor de E l Pa­so, a l o largo de lo que h i s t ó r i c a m e n t e se c o n o c í a en M é x i c o como el Paso del N o r t e , para desembocar, en el lado estadounidense, en el p u n t o en don­de convergen las principales carreteras y ferrocarri les que van del este al oeste. L a tercera Z G A es el sur de Texas, cuyo C G A se ubica en Laredo. En es­ta r e g i ó n se encuentran todos los puertos de l sur de Texas, desde De l R í o hasta Brownsvil le y, como ya se m e n c i o n ó l e s a través de esta zona p o r d o n ­de transita la mayor parte de los camiones de grandes recorridos, que van en d i r e c c i ó n nor te y en d i r e c c i ó n sur. Por ú l t i m o , la Z G A de l este de Texas, que incluye el estado de O k l a h o m a , es tá contro lada p o r el puer to m a r í t i m o de H o u s t o n , en d o n d e se h a l l a e l C G A , e i n c l u y e todos los otros puer to s m a r í t i m o s secundarios de l go l fo de Texas, que se ex t i enden desde Corpus Chri s t i hasta Orange, en la f r o n t e r a c o n Louis iana (excepto Brownsvil le , c o m p r e n d i d o en la Z G A del sur de Texas p o r ser u n puer to que cumple múl­tiples p r o p ó s i t o s y en el cual p r e d o m i n a n las transacciones terrestres).

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Sonora (Nogales)-Chihuahua (Ciudad Juárez) -Nuevo Laredo (Colombia)-Tamaulipas (Nuevo Laredo, Reynosa, Matamoros)

C o m o es obvio i n f e r i r de lo antes d icho sobre los estados y las regiones eco­n ó m i c a s , el T L C A N parece estar reforzando algunos patrones de desarrollo que ya ex i s t ían en las subregiones fronterizas. E n c o m p a r a c i ó n con las ac­ciones que h a n e m p r e n d i d o los estados estadounidenses, en M é x i c o estos patrones al parecer n o h a n suscitado una intensa r iva l idad entre Sonora y C h i h u a h u a o entre és tos y Coahuila , Nuevo L e ó n o Tamaulipas. Dado que las rutas y el m o v i m i e n t o de los bienes y servicios sigue en gran medida u n eje norte-sur, p o r corredores claramente def inidos , el v o l u m e n de transac­ciones que realizan estos estados en d i recc ión este-oeste es m í n i m o .

Sin embargo, hoy en d í a n o ocurre lo mi smo en el caso de Nuevo La-redo y Tamaulipas, cuyas fronteras se c o n f o r m a r o n desde hace m u c h o t iem­p o y d i e r o n a la segunda el c o n t r o l de la f rontera este con Texas, salvo por la antes menc ionada franja de t e r r i t o r i o que se ext iende entre Tamaulipas y Coahuila , aprox imadamente a 32 k i l ó m e t r o s al oeste de Laredo. A u n cuando ya antes hablamos sobre las consecuencias de esta división de l trá­fico f ronter izo en el á r e a de Laredo, lo que ahora queremos destacar es có­m o esto inc ide sobre los intereses regionales rivales en M é x i c o .

Aprovechando los nexos que su fami l ia t en ía en Nuevo L e ó n , durante e l mandato de l presidente Salinas el gobierno estatal c o n s i g u i ó el apoyo del gob ie rno federal para inaugurar el nuevo puente en Co lombia , en esa pe­q u e ñ a franja t e r r i t o r i a l que pertenece a Nuevo L e ó n , esperando canalizar hacia d i c h o cruce la mayor parte de las exportaciones de Monterrey . Este puente t iene, p o r m u c h o , e l me jor equipo y e l mayor n ú m e r o de andenes para manejar e l tráfico de camiones de todos los cruces fronterizos , con ac­ceso directo a M o n t e r r e y y al centro de M é x i c o . Las nuevas instalaciones de l puente de C o l o m b i a se construyeron a pr inc ip ios de los a ñ o s noventa, en u n á r e a r u r a l al este de Laredo , de acuerdo c o n u n d i s e ñ o cuyo p r o p ó s i t o era evitar todos los cuellos de botel la de Laredo y prop ic ia r el transbordo fá­c i l y r á p i d o de cargamentos entre los camioneros mexicanos y estadouni­denses. Sin embargo, como ya se m e n c i o n ó , la a s o c i a c i ó n de agentes adua­nales de Nuevo Laredo c o n s i d e r ó que esta a c c i ó n cons t i tu ía u n a amenaza directa a su c o n t r o l de l comerc io f ronter izo y, mediante sus contactos con el gob ie rno estatal de Tamaulipas, en C i u d a d Vic to r i a , la a soc i ac ión l o g r ó bloquear el uso de l nuevo puente . Este puente se vio incluso como una " c o n s p i r a c i ó n " contra Nuevo Laredo . 2 2

El Mañana de Nuevo Laredo, 15 de o c t u b r e de 1995.

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A n t e esta s i tuación y dado que só lo existen cinco agentes aduanales en el puente de Colombia , la m a y o r í a de las empresas de Monter rey h a n pre­fer ido seguir ut i l izando los puentes de Nuevo Laredo, a d e m á s de que resul­ta u n poco m á s caro enviar los cargamentos a través de Colombia , pues los camiones deben desviarse 32 k i l ó m e t r o s hacia el oeste y d e s p u é s regresar a Nuevo Laredo, p o r una estrecha carretera de dos carriles, antes de p o d e r cont inuar hacia el sur.

Sin embargo, a mediados de 1996 la s i tuac ión en Nuevo Laredo se vol­vió intolerable . Dado que la mayor parte de los camiones de larga distancia que c i rculan entre M é x i c o , los Estados Unidos y C a n a d á pasan p o r este úni­co cruce y que no se ha logrado u n avance significativo para resolver el con-gest ionamiento en los puentes de Laredo-Nuevo Laredo, l l egó el m o m e n t o en que la s i tuación r e q u e r í a de u n a so luc ión técnica que diera respuesta a las necesidades comerciales. Cuando los camioneros mexicanos se pus ieron en huelga, el 13 de agosto, y b l o q u e a r o n tota lmente el tráfico hacia e l nor­te y hacia el sur, las autoridades de l puer to de Laredo o r d e n a r o n que los conductores ut i l izaran el puente de Colombia . La agi l idad con la que se t r ami tó el paso de los cargamentos en estas instalaciones y la capacidad que t e n í a ese solo puente para manejar el pesado tráfico de camiones, que an­te r io rmente pasara p o r Nuevo Laredo y fuera objeto de innumerables de­moras, d e j ó ver a muchos transportistas que h a b í a una alternativa para los o b s t á c u l o s al comercio y el tráf ico que encontraban en Laredo y Nuevo La-redo . Esa misma tarde, c o m o para reforzar d icha so luc ión técnica , el go­bernador de Nuevo L e ó n , Eugenio C l a r i o n d , d io a conocer u n convenio c o n el estado de Texas p o r el cual este ú l t i m o constru i r ía una vía directa en­tre la 1-35 y Colombia , a cambio de que Nuevo L e ó n construyera u n a me jor carretera en su lado de la f rontera , c o n u n enlace d irecto que atravesara el t e r r i t o r i o n e o l e o n é s , hacia la autopista Monterrey-Nuevo Laredo, y que evi­tara el congest ionamiento u r b a n o de Nuevo Laredo . 2 3

A l perc ib i r la pos ib i l idad de que el puente de Co lombia desviara el co­m e r c i o de Nuevo Laredo , los intereses locales de esta c iudad empezaron a cabildear para que se construyera u n nuevo puente en el t e r r i t o r i o de Ta-maulipas, inmedia tamente al este de Nuevo Laredo. Pero las autoridades d e l l ado estadounidense , que ya i n v i r t i e r o n fuertes sumas en las instala­ciones de Colombia , h a n mostrado poco interés p o r emprender u n nuevo proyecto en la r e g i ó n y, p o r tanto , abandonar el cruce de Colombia . Por el cont ra r io , dichas autoridades n o h a n dejado de promover su uso. E l efecto de d e m o s t r a c i ó n que se c o n s i g u i ó el 13 de agosto, al romperse la huelga de

E l Norte y E l Diario de Monterrey, 14 de agosto de 1996.

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los camioneros u t i l i zando el puente de Colombia , ha dado p o r resultado que cada d í a sean m á s los transportistas convencidos de que este puente re­presenta u n a o p c i ó n viable. N o sólo ya existe una carretera pavimentada de cuatro carriles que rodea a Laredo y va directamente a Colombia , sino que t a m b i é n existe u n á r e a c o m ú n de a lmacenamiento, cerca de la carretera Colombia-Laredo, en donde los camiones estadounidenses que v ienen de lejos pueden rec ib i r d irectamente los cargamentos de M é x i c o .

Si en otras partes de M é x i c o es posible observar práct icas corporativistas e ilegales en la pol í t ica y la admini s t rac ión , el s e ñ o r í o de este t ipo de relacio­nes es a ú n m á s patente en la tradic ión pol í t ica de Tamaulipas. Esto se debe a varias razones. E n p r i m e r lugar, siendo u n estado que co l inda con los Esta­dos Unidos , Tamaulipas fue considerado durante varios siglos como una re­g i ó n comercial e s t r a tég i camente situada para el comercio tanto norte-sur como este-oeste. A d e m á s de sus varios cruces hacia Texas (Roma, R ío Gran­de City, Hida lgo-McAl len , Progreso-Harlingen, y Matamoros-Brownsvil le) , Tamaulipas cuenta con varios puertos m a r í t i m o s en el Gol fo de M é x i c o . En tiempos de la Colonia , cuando Veracruz era el ú n i c o puer to m a r í t i m o auto­rizado, la costa nor te de Tamaulipas era u n o de los principales puntos de en­trada ilegal a M é x i c o . Y una vez que los Estados Unidos y M é x i c o se inde­pendizaron, el comercio ilegal s iguió l levándose a cabo, con la par t ic ipac ión de comerciantes de ambos p a í s e s . 2 4

E n segundo lugar, la f e d e r a c i ó n de trabajadores petroleros de l estado siempre ha const i tu ido u n a fuerza pol í t ica en Tamaulipas . Tras la naciona­l ización de la indus t r i a petrolera , en los a ñ o s t re inta , el sindicato a d q u i r i ó m u c h a fuerza y f o m e n t ó a ú n m á s los patrones po l í t i cos corporativistas que h a n caracterizado a todo el pa í s durante la mayor parte de l siglo X X . Hasta la d é c a d a de los ochenta, cuando menos, el s indicato t e n í a tal fuerza que era p r á c t i c a m e n t e a u t ó n o m o del Estado federal en el mane jo de sus asun­tos. Se consideraba p o r enc ima de la ley en muchos aspectos y, al igual que otros actores p o l í t i c o s de Tamaul ipas , f á c i l m e n t e p o d í a r e c u r r i r a la vio­lencia. Por e l lo Salinas se s intió amenazado al p u n t o de hacer encarcelar al p r inc ipa l d i r igente sindical , a finales de los ochenta. E n resumen, estas prác­ticas, con rasgos mafiosos, operan tras bambalinas en muchas á reas y afec­tan el comerc io y el transporte de cargamentos.

E n c o m p a r a c i ó n con Tamaulipas, los actores po l í t i cos de C h i h u a h u a y Nuevo L e ó n t i e n d e n a seguir patrones m á s modernos de o r g a n i z a c i ó n y conducta . E n el caso de l segundo, p o r e jemplo , los sindicatos suelen ser menos corruptos (aunque, al mi smo t i empo , son m á s propensos a ser con-

2 4 E d u a r d o A l a r c ó n C a n tú , Evolución y dependencia en el noreste. Las ciudades fronterizas de Ta­

maulipas, T i j u a n a , E l C o l e g i o de l a F r o n t e r a N o r t e , 1990.

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trolados p o r las empresas). N o obstante, debemos seña la r que las antiguas tradiciones en Tamaulipas, ligadas a u n a cul tura pol í t ica de contrabando y c o r r u p c i ó n , es tán siendo rechazadas y modificadas cada d í a con m á s fuer­za. 2 5 Las práct icas m a ñ o s a s t a m b i é n h a n estado presentes en otras partes de la r e g i ó n f ronter iza or ienta l y en ellas ha part ic ipado el lado estadouniden­se, en compl i c idad con grupos establecidos en estados cercanos pero n o fronterizos, como Louis iana y Flor ida .

San Antonio/Nuevo León-Houston/Tamaulipas

De manera paralela, y n o sin re l ac ión con los conflictos que se suscitan en­tre los intereses locales de Nuevo L e ó n y Tamaulipas, y entre Dallas, San A n ­ton io y H o u s t o n , poco a poco es tán c r e á n d o s e vincules transnacionales m á s fuertes entre las regiones rivales de ambos lados de la f rontera . Esto es par­t icularmente c ierto en el caso de M o n t e r r e y y San A n t o n i o , cuya p o b l a c i ó n es p r e d o m i n a n t e m e n t e de or igen mexicano. Estas dos ciudades h a n pro­movido iniciativas que, si b i en buscan su p r o p i o beneficio, t a m b i é n t i enden a fortalecer las relaciones entre ellas.

E n Aust in , luego de que se creara en 1983 la C o r p o r a c i ó n de Computa­doras y T e c n o l o g í a Microe lec t rón ica , el Greater Austin-San A n t o n i o Corr i -dor Counc i l e m p e z ó a promover el desarrollo de u n corredor industr ia l de 193 k i lómetros entre Aus t in y San A n t o n i o , a la m i t a d de l cual se encuentra la c iudad de San Marcos. E l Consejo af i rma que esta á r e a constituye u n a pro­metedora r e d de industrias de m i c r o e l e c t r ó n i c a y b i o t e c n o l o g í a , que cuenta con el apoyo de varios centros universitarios de invest igación ubicados en d i ­chas ciudades y es tá vinculada con la industr ia maqui ladora de la f rontera mexicana. 2 6 T a m b i é n las ventas al menudeo han crecido en esta zona, con la creac ión de u n gran centro comercial de d i s t r ibución directa de fábr ica , en San Marcos, que ahora los mexicanos visitan con frecuencia.

Resulta interesante que u n a de las ventajas que m á s se destaca es la pro­x i m i d a d de l c o r r e d o r a M é x i c o . A l sur de A u s t i n y San A n t o n i o , de l lado mexicano de la f rontera , se encuentran las ciudades industriales de M o n ­terrey y Salti l lo, en d o n d e residen casi seis mi l lones de personas. C o n la apertura de u n a autopista r á p i d a de acceso l i m i t a d o , que enlaza a M o n t e -

2 o A r t u r o A l v a r a d o M e n d o z a y N e l s o n M i n e l l o M a r t i n i , " P o l í t i c a y e lecc iones e n T a m a u ­lipas: la r e l a c i ó n e n t r e l o l o c a l y l o n a c i o n a l " , Estudios Sociológicos, v o l . 10, n ú m . 30, 1992, p p . 619-647.

2 6 J a p a n C o n s u l t i n g I n s t i t u t e , " I n f o r m e sobre l a l o c a l i z a c i ó n de l a i n d u s t r i a m a q u i l a d o r a e n M é x i c o " ( m i m e o . ) , 1986.

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rrey con la f rontera , los habitantes de Aus t in y San A n t o n i o pueden ahora llegar con faci l idad a estas ciudades gemelas. Los dirigentes estatales y las autoridades oficiales de los Estados Unidos consideran que esta á r e a se es­t á convir t iendo en u n catalizador de l l ibre comercio entre los dos p a í s e s . 2 7

H o y en d ía suele llamarse a esta r u t a "El Camino Real", n o m b r e que se d io a la carretera en t iempos de la Colonia , cuando esta á r e a conformaba u n a sola r eg ión pol í t ica . En 1989 se llevó a cabo la p r i m e r a Conferencia E c o n ó ­m i c a de El C a m i n o Real, patrocinada p o r la Texas Partners o f Amer ica , I n c . , y en esa misma é p o c a se real izaron varias plát icas sobre la cons t rucc ión de u n t ren r á p i d o que conectara a ambas ciudades, mediante la a m p l i a c i ó n y m o d e r n i z a c i ó n de la l í n e a ferroviar ia que corre p o r la carretera Interes-tatal-35. Paralelamente a estas iniciativas, cuando menos al p r i n c i p i o , el go­b i e r n o de Nuevo L e ó n consideraba la p r o m o c i ó n de l puente de Co lombia — e n la que se p r e v é u n espacio para la indus t r i a— como u n a p r i m e r a eta­p a de u n proyecto tendiente a crear u n corredor e c o n ó m i c o a lo largo de l ant iguo Camino Real, en el largo plazo. 2 8

Sin embargo, desde que se presentaron estos proyectos, la industr ia m i ­c r o e l e c t r ó n i c a de A u s t i n y San A n t o n i o n o se ha desarrollado al r i t m o es­perado y el proyecto C o l o m b i a ha enfrentado e s c á n d a l o s de c o r r u p c i ó n re­lativos al manejo de l proyecto y a las pol í t icas estatales rivales de Nuevo L e ó n y Tamaulipas. N o obstante, es poco probable que se olvide fác i lmen­te la idea de seguir p r o m o v i e n d o el cor redor y el puente de Colombia , así c o m o las conexiones entre las dos ciudades. Cuando realizamos nuestro se­g u n d o trabajo de campo, a mediados de 1996, las entrevistas que hic imos a las autoridades estatales y locales y a ciertos empresarios de M o n t e r r e y coin­c i d i e r o n con varias citas de és tos c o n u n g rupo de San A n t o n i o que busca­b a promover relaciones m á s estrechas entre estas dos ciudades.

L O S E F E C T O S D E L C O M E R C I O E N L A R E G I Ó N F R O N T E R I Z A :

A L G U N O S H E C H O S E I M P R E S I O N E S

Consecuencias del aumento de la actividad comercial y económica en la frontera

L a f rontera ha exper imentado los efectos de l c rec imiento de l comerc io en diversos ámbi to s . De hecho, la r e g i ó n padece desde hace m u c h o problemas

2 7 W i l l i a m G. S m i t h , " T h e Aus t in-San A n t o n i o C o r r i d o r : A G l i m p s e o f Texas ' F u t u r e " , For­tune, 29 de e n e r o de 1990.

2 8 H i l d a Pa t r i c i a N e i r a y V í c t o r Z ú ñ i g a , "Efectos sociales d e l p r o y e c t o p u e n t e C o l o m b i a ; e l e m e n t o s para su e s t u d i o " , e n A l e j a n d r o D á v i l a y A r t u r o G a r c í a ( c o m p s . ) , La apertura comercial y la frontera norte de México, San L u i s P o t o s í , U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a de C o a h u i l a , 1.991.

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muy complejos. Dado que nuestro trabajo de campo se enfocaba en las aduanas, pud imos observar dichos problemas de manera indi rec ta y perci­b i r , a través de nuestros entrevistados, las diversas impresiones que se tiene sobre los asuntos fronterizos y sobre c ó m o éstos se i m b r i c a n con el comer­cio. En part icular , nuestra invest igación resalta cuando menos cuatro pro­blemas principales , que no pueden deslindarse de l comerc io y de los proce­dimientos aduanales, a saber, el desarrollo e c o n ó m i c o , la infraestructura, el medio ambiente y las tensas relaciones intergubernamentales .

Desarrollo económico. Las ciudades fronterizas obt ienen sus ingresos de varias fuentes e c o n ó m i c a s . E n el lado estadounidense, las ventas minoristas han si­do usualmente una fuente esencial de ingresos. Sin embargo, éstas fluctúan m u c h o de acuerdo con los vaivenes del t ipo de cambio. Cuando el peso me­xicano se deva lúa , las ventas en las tiendas de la f ronte ra se desploman. Los estudios sobre las ciudades fronterizas de la U n i ó n Europea y de la p rop ia á rea de l T L C A N sugieren que trastornos e c o n ó m i c o s como éste son de espe­rarse; c o n ellos desaparece el atractivo de las ventas al m e n u d e o en la f r o n ­tera, especialmente para los minoristas . 2 9 A la fecha puede ya observarse una c a í d a en las ventas al m e n u d e o en las comunidades medianas y peque­ñas situadas en el l ado estadounidense de la f rontera , l o que es tá afectando su base t r ibutar i a .

E n varios pueblos fronterizos de M é x i c o , las maquiladoras de or igen es­tadounidense y de otros pa í s e s —sobre todo de Asia— h a n crecido a tasas muy altas (con u n p r o m e d i o de crec imiento anual de 8% en el n ú m e r o de establecimientos y de 12% en empleo , durante el p e r i o d o 1975-1995). A di ­ferencia de lo que ocurre con las ventas minoristas de l lado estadouniden­se, las maquiladoras se benef ic ian con las devaluaciones de l peso, pues los costos de la m a n o de obra se reducen a ú n m á s . A u n q u e las plantas no f r o n ­terizas e s tán creciendo con m u c h a mayor rapidez, 3 0 las maquiladoras siguen estando concentradas en varios puntos fronterizos , c o m o son las de equipo de transporte , en C i u d a d J u á r e z , y las de bienes e l ec t rón icos , en Ti juana . Solamente en esta ú l t ima , e l empleo que o f rec ieron las maquiladoras en 1996 r e p r e s e n t ó 28 p o r c iento . 3 1

2 9 D a v i d J. M o l i n a , " A N o t e o n t h e I m p a c t NAFTA W i l l H a v e o n t h e B o r d e r E c o n o m i c Wal l s W h i c h H a v e C r e a t e d a D i s t o r t e d Service I n d u s t r y : T h e Case o f t h e Texas -Mexico B o r d e r " , e n Ganster y V a l e n c i a n o , op. cit., p . 36.

3 0 Ibid., p . 9. A l g u n a s p lantas se e s t á n m u l t i p l i c a n d o e n e l i n t e r i o r d e l p a í s , c o m o las de text i les , q u e se h a n r e u b i c a d o e spec ia lmente e n D u r a n g o , M o r e l o s y Y u c a t á n , m i e n t r a s que las de p r o c e s a m i e n t o de a l i m e n t o s se h a n ins ta l ado e n G u a n a j u a t o . Ibid., p . 12.

3 1 S m i t h y M a l k i n , op. cit.

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C o m o l o m e n c i o n a r o n varios de nuestros entrevistados, las plantas de ensamble h a n sido para M é x i c o u n a b e n d i c i ó n y, al mi smo t i e m p o , u n a m a l d i c i ó n . Por una parte, h a n generado empleo , exportaciones y divisas, pe ro , p o r la otra, han impl i cado pocos encadenamientos hacia a trás y h a n a t r a í d o hacia las ciudades fronterizas a u n n ú m e r o cada d í a mayor de per­sonas que n o pueden ser empleadas, que l legan a asentamientos irregulares (en los que, p o r e jemplo , n o d i sponen de viviendas adecuadas), d e m a n d a n servicios urbanos y pueden ser objeto de la m a n i p u l a c i ó n clientelista. Salvo p o r ciertos casos, como el de C i u d a d J u á r e z , las maquiladoras con frecuen­cia se rehusan a cooperar para solventar las necesidades de infraestructura que ellas mismas generan. A med ida que aumentan la p o b l a c i ó n flotante y e l desempleo urbano , los residentes de la f rontera viven u n i n c r e m e n t o de l a violencia y la del incuencia , ya sea en la f o r m a de robos, tráfico de drogas o contrabando. A u n cuando es posible que los grandes cargamentos de dro­gas n o puedan ser in t roduc idos p o r los puertos principales , se dice que T i -j u a n a , J u á r e z y Matamoros son el reducto de importantes grupos de narco-traficantes.

Infraestructura. Precisamente en la é p o c a en que la industr ia maqui l adora e m p e z ó a crecer de manera m á s d i n á m i c a , los recortes presupuestarios pro­vocados p o r la crisis mexicana de 1982 ob l i ga ron a postergar el mejora­m i e n t o de la infraestructura en la f rontera . C o m o se p r e v e í a , 3 2 la actividad e c o n ó m i c a estimulada p o r el T L C A N ha saturado a ú n m á s la infraestructura e n esta á rea . Las carreteras se encuentran en m u y malas condiciones, la v i­v ienda escasea, la r e c o l e c c i ó n de basura es deficiente y el agua potable es d i ­fícil de obtener. Sin embargo, qu izá lo peor de todo sea que las plantas de t ra tamiento de aguas residuales son insuficientes. Si b i en Nuevo Laredo y

J u á r e z son las ciudades en donde p a r e c í a n m á s agudas las deficiencias de i n ­fraestructura urbana, la a g l o m e r a c i ó n de personas en asentamientos i r re­gulares y la a c u m u l a c i ó n de basura, es en Nogales donde se presentan los problemas m á s graves de drenaje. E n cuanto a la o p e r a c i ó n aduanal , la O f i ­c ina de Aduanas de M é x i c o enfrenta serias dificultades de infraestructura, al padecer de una carencia de inmuebles adecuados, de l imitaciones en los andenes y de problemas en las á r e a s de a lmacenamiento, par t i cu larmente en Nuevo Laredo y Nogales.

De acuerdo con u n a e s t i m a c i ó n , la f r o n t e r a neces i t a r í a cuando menos ocho m i l mi l lones de d ó l a r e s solamente para p r o p o r c i o n a r servicios ade­cuados de agua potable, de t ra tamiento de aguas y de r e c o l e c c i ó n de basu-

3 2 A r t u r o Ranf la , " T h e Free T r a d e A g r e e m e n t a n d I n f r a s t r u c t u r e i n t h e N o r t h o f M é x i c o :

S o m e E l e m e n t s o f C o n s i d e r a t i o n " , e n Gans ter y V a l e n c i a n o , op. cit., p . 85.

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ra a todos sus habitantes. 3 3 O t r o estudio calcula que las mejoras necesarias a la infraestructura r equer i r í an de 16 m i l mi l lones , mientras que los fondos p ú b l i c o s que se asignan tanto al lado mexicano como al estadounidense as­c ienden solamente a tres m i l mil lones .

Dada la carencia de personal calificado y la l imi tac ión que impl i ca u n p e r i o d o de gobierno que só lo dura tres a ñ o s y n o es reelegible, los gobier­nos municipales nunca han llevado a cabo u n a p l a n e a c i ó n urbana de largo plazo. Así , con una p l a n e a c i ó n para periodos de apenas cuatro o cinco años , a lo sumo, rara vez se presentan proyectos de infraestructura y, cuando sí se hace, é s tos se l i m i t a n , en m a g n i t u d y alcance, a la o b t e n c i ó n de resultados inmediatos y tangibles. Sin embargo, algunas ciudades, como Matamoros, es tán creando consejos ciudadanos para que pres ionen p o r una p l a n e a c i ó n de largo plazo en esta zona.

Medio ambiente y calidad de vida. E l congest ionamiento creciente de auto­móvi les y camiones en los puentes y calles de las ciudades de la f rontera me­xicana es tá m a n i f e s t á n d o s e en la c o n t a m i n a c i ó n de l aire, que p o r supuesto no respeta las demarcaciones fronterizas (esto se o b s e r v ó part icularmente en las ciudades de J u á r e z y Matamoros ) . Los usuarios de las carreteras y puentes padecen esto y cada d í a aumenta t a m b i é n el r u i d o , j u n t o con el ca­lor y las emanaciones de m o n ó x i d o de carbono. T a m p o c o la c o n t a m i n a c i ó n del suelo y de l agua respeta los l indes. C o m o menc ionamos en nuestro per­fil de Nogales, Ar izona , el terreno ahí es tal que los detr i tos humanos fluyen hacia el lado estadounidense, desde las colonias de l lado mexicano. Pro­blemas similares afectan t a m b i é n al cruce Tijuana-San Diego y aunque estas ciudades h a n elaborado planes para constru i r nuevas instalaciones de agua y aguas residuales que resuelvan dichos problemas, a la fecha la demanda rebasa el suminis tro de nuevos servicios. O t r o e lemento que se a ñ a d e es la queja de que, cuando se inc rementan los mecanismos de c o n t r o l en los puentes fronterizos , los narcotraficantes y los inmigrantes ilegales buscan otros pasos p o r los que les resulta m á s fácil cruzar, dando ello p o r resulta­do que muevan sus operaciones a las colonias residenciales (la c iudad en la que este p r o b l e m a era m á s severo es Nogales, en d o n d e u n a alambrada ro­dea lo que alguna vez fue u n á r e a urbana c o m ú n y muchas casas que es tán j u n t o a la f r o n t e r a parecen ahora fortalezas armadas).

Fricciones entre los actores federales y locales en México y los Estados Unidos. En tér­minos generales, los residentes de la comunidades fronterizas de M é x i c o y

S m i t h y M a l k i n , op. cit.

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los Estados Unidos se han sentido ignorados p o r sus autoridades centrales, aunque esto sea qu izá m á s cierto en el caso de M é x i c o . Sin embargo, tam­b i é n en los Estados Unidos se t iene la i m p r e s i ó n de que, con tantos agentes b u r o c r á t i c o s que representan a las dependencias de l gobierno central y que c o n t r o l a n tal cantidad de asuntos, la capacidad de dichas comunidades pa­r a resolver sus propios problemas es m í n i m a .

Para empezar, só lo una p e q u e ñ a parte (2 o 3% en p r o m e d i o ) de l i n ­greso de los munic ip ios mexicanos proviene de fuentes controladas p o r ellos, ya sea porque sólo existen unos cuantos rubros a los que puedan apli­car impuestos (e.g., los prediales y algunos honorar ios p o r servicios) o por­que t i enen poca autor idad para recaudar los que les son atr ibuidos . 3 4 Para c u b r i r la mayor parte de sus gastos las localidades dependen de los gobier­nos federal —que recauda la mayor parte de los impuestos— y estatal —que dis tr ibuye muchos de los recursos provenientes ya sea del presupuesto na­c i o n a l o de la "par t i c ipac ión fiscal" (que obl iga al gob ierno federal a com­p a r t i r c o n los munic ip ios algunos de los impuestos recaudados). E n lo que se refiere a las comunidades fronterizas, 80% de los ingresos que generan las cuotas de peaje que se cobran en los puentes internacionales es enviado a l g o b i e r n o central . Sin embargo, cada d í a se i m p u g n a m á s la centraliza­c i ó n . S e g ú n observamos, los m u n i c i p i o s fronterizos enfrentan una deman­da creciente, con m u y poco apoyo de l gob ierno federal y de las empresas lo­cales, p o r lo que ahora los m u n i c i p i o s e s tán ex ig iendo mayor par t i c ipac ión e n las contr ibuciones que recauda el gob ie rno federal , así como u n mayor c o n t r o l de las fuentes de p e r c e p c i ó n fiscal en sus jur isdicciones .

E n el p r i m e r trimestre de 1995, los alcaldes de las ciudades fronterizas de M é x i c o se r e u n i e r o n en Nuevo Laredo para elaborar una estrategia co­m ú n a fin de elevar su par t i c ipac ión en dichos ingresos. E n el mes de j u n i o , este tema atrajo la a tenc ión nacional , cuando el alcalde de Ciudad J u á r e z , m i e m b r o de l P A N , inició una huelga de hambre para manifestar la urgencia que t ienen las autoridades municipales de la f rontera de disponer de esos i n ­gresos para aliviar el congest ionamiento en los puentes, ampl iar las instala­ciones y generar una base e c o n ó m i c a que pueda utilizarse para mejorar los servicios urbanos en la f rontera . Si b i e n la protesta fue local, és ta l legó a sim­bol izar la p r e s i ó n creciente que hay en M é x i c o para que se descentralicen las funciones de l gob ierno federal en la f rontera , de tal f o r m a que equipare la

3 4 J o s é L u i s M é n d e z , "E s tud io i n t r o d u c t o r i o " , e n D.S. W r i g h t , El estudio de las relaciones in­tergubernamentales, M é x i c o , F o n d o de C u l t u r a E c o n ó m i c a ( e n p r e n s a ) ; E n r i q u e C a b r e r o , " T e n ­denc ia s financieras y estrategias i n n o v a d o r a s e n las hac iendas m u n i c i p a l e s . U n a a p r o x i m a c i ó n m e t o d o l ó g i c a p a r a su e s t u d i o " , e n C a b r e r o ( c o o r d . ) , Los dilemas de la modernización municipal, M é x i c o , M i g u e l Á n g e l P o r r ú a , 1996.

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o p e r a c i ó n en el lado estadounidense. Cuando volvimos a visitar la c iudad, en j u n i o de 1996, se nos d i jo que el alcalde se encontraba en la ciudad de Méxi­co para discutir el asunto de las cuotas de peaje. 3 5 Debe señalarse que el i n ­cremento de las transferencias de l gob ierno federal a estas comunidades se dif icultó a ú n m á s por el hecho de que tres de las cuatro ciudades que visita­mos en 1996 eran gobernadas p o r el Part ido A c c i ó n Nacional .

Relaciones transfronterizas

En el caso de M é x i c o y los Estados Unidos , la c o o p e r a c i ó n en materia de po­líticas transfronterizas no ha sido sencilla. Esto se debe a varios factores, ta­les c o m o la existencia de dos burocracias gubernamentales independientes, con tradiciones jur íd ico-adminis tra t ivas diferentes, y la falta de confianza en la pro fe s iona l i zac ión o buena v o l u n t a d de las respectivas autoridades. La co­l a b o r a c i ó n entre los actores locales ha sido par t i cu larmente difícil de esta­blecer, pues las autoridades federales son las ún ica s const i tucionalmente autorizadas para actuar en el campo de las relaciones internacionales, a pe­sar de que los asuntos m á s triviales r e q u i e r e n de u n a acc ión conjunta , dado que la s o l u c i ó n a la mayor parte de los problemas que enfrentan estas co­munidades es de carácter transfronter izo .

Por tanto , no t endr í a que sorprendernos e l hecho de que, cuando ha hab ido cierta c o o p e r a c i ó n , é s ta ha tomado la f o r m a de contactos directos entre los representantes de los dos gobiernos federales. U n o de los p r i m e ­ros temas que requ i r ió de la c o o p e r a c i ó n b inac iona l fue el suministro de agua, para lo cual desde 1944 ha estado operando la C o m i s i ó n Internac io­nal de L í m i t e s y Aguas. 3 6 Los acuerdos de c o o p e r a c i ó n binacional f r o n t e r i ­za en asuntos tales como el m e d i o ambiente datan de pr inc ip ios de los a ñ o s ochenta, cuando se firmó el A c u e r d o de L a Paz. E n dic iembre de 1996, e l presidente Zedi l lo propuso el X X I Programa Binac iona l Fronter izo , ten­diente a canalizar recursos para e l desarrol lo sustentable de esta r e g i ó n . E l p r o g r a m a reconoce que el c rec imiento ha excedido la capacidad de la i n ­fraestructura en la f rontera y crea nueve grupos de trabajo para atacar diver-

3 5 Esta s i t u a c i ó n t a m b i é n se h a p r e s e n t a d o e n los estados f r o n t e r i z o s . E n N u e v o L e ó n , al­g u n o s d i r i g e n t e s locales i n c l u s o p r o p u s i e r o n la i n d e p e n d e n c i a d e l estado y, si b i e n ta l de­m a n d a era b á s i c a m e n t e r e t ó r i c a y su ú n i c o p r o p ó s i t o e ra e j e rcer p r e s i ó n , c a p t ó la a t e n c i ó n de l a p r e n s a n a c i o n a l .

3 6 S t e p h e n P. M u m m e , " C o n t i n u i t y a n d C h a n g e i n U S - M e x i c o L a n d a n d W a t e r Re la t ions : T h e Po l i t i c s o f t h e I n t e r n a t i o n a l B o u n d a r y a n d W a t e r C o m m i s s i o n " , L a t í n A m e r i c a n P r o g r a m , W o o d r o w W i l s o n I n t e r n a t i o n a l C e n t e r f o r Scholars , Working Paper, n ú m . 77, 1 9 8 1 ; A r r e ó l a y C u r t í s , op. cit., p . 193.

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sos problemas. 3 7 A u n cuando se supone que, s e g ú n se especifica en el T L C A N , a lgunos de los recursos han de proveni r de l Banco de Desarrollo de A m é ­r i c a de l N o r t e , nuestros entrevistados nos c o m e n t a r o n que los recursos que h a otorgado dicha instancia n o h a n l legado a la f ronte ra sino en f o r m a su­m a m e n t e lenta.

N o obstante, la creciente urgencia de los problemas ha suscitado que se presenten peticiones ya sea de "mecanismos de c o o p e r a c i ó n transfronteri-zos", de "mayor a u t o n o m í a en la f r o n t e r a " o, incluso, propuestas de "terce­ros p a í s e s " . 3 8 Es claro que ha habido u n a c o o p e r a c i ó n transfronteriza local e n lo relat ivo a varios aspectos (por e jemplo , los acuerdos informales para fac i l i tar el cruce de pol ic ías , bomberos o hasta personal mi l i t a r , en situa­ciones de emergencia) , a tal grado que Bustamante habla incluso de una p o l í t i c a exter ior f ronter iza de factoi39 E n el á r e a Tijuana-San Diego, ambas ciudades es tán colaborando para construir u n a planta de tratamiento de de­sechos, con u n valor de 400 mil lones de d ó l a r e s , 4 0 mientras que, en otras zo­nas, la c o o p e r a c i ó n ha consistido b á s i c a m e n t e en el in tercambio de infor­m a c i ó n (por e jemplo , sobre el uso de l suelo) . 4 1 E n u n contexto m á s ampl io , los gobernadores de los estados fronterizos se h a n r e u n i d o en fo rma per ió­d ica desde hace algunos a ñ o s y, en su r e u n i ó n m á s reciente, a mediados de 1996, tocaron los temas relativos al m e d i o ambiente , la del incuencia , la i n ­m i g r a c i ó n y la infraestructura.

E n lo que se refiere a las aduanas, las diferencias en las tradiciones y p r á c t i c a s administrativas, así como la falta de confianza, h a n sido los p r i n ­cipales o b s t á c u l o s para una mayor c o o p e r a c i ó n . Sin embargo, el T L C A N con­t iene diversos mecanismos que p r e v é n la rea l izac ión de consultas per iód ica s ent re las autoridades aduanales de los Estados U n i d o s y M é x i c o . A este res­pecto , actualmente se es tá f o m e n t a n d o u n nuevo c l ima de c o l a b o r a c i ó n , enfocado en la re so luc ión de asuntos e spec í f i cos que ent ran en el campo de

37 El Nacional, 19 de d i c i e m b r e de 1996; L a w r e n c e H e r z o g ( c o m p . ) , Planning the Interna­

tional Border Metropolis: Trans boundary Policy Opinions for the San Diego-Tijuana Region, San D i e g o ,

U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a at San D i e g o , C e n t e r f o r U S - M e x i c a n Studies , 1986. 3 8 N i l e s H a n s e n , " T h e N a t u r e a n d S ign i f i cance o f B o r d e r D e v e l o p m e n t Pat terns" , e n L J .

G i b s o n y A . R e n t e r í a ( c o m p s . ) , The US and Mexico: Borderland Development and National Econo­

mies, B o u l d e r , Wes tv iew Press, 1985, p . 12; R a ú l F e r n á n d e z , The Mexican-American Border Region:

Issues and Trends, N o t r e D a m e , U n i v e r s i t y o f N o t r e D a m e , 1989, p . 45; J o s é M a r í a Ramos, Desa­

rrollo regional y relación transfronteriza, M é x i c o , INAP, 1996. 3 9 J o r g e A . B u s t a m a n t e , " A d m i n i s t r a c i ó n m u n i c i p a l y r e l a c i ó n b i l a t e r a l " , e n T o n a t i u h G u i ­

l l e n et al, El municipio y el desarrollo social en la frontera norte, r e p o r t e de i n v e s t i g a c i ó n , T i j u a n a ,

E l C o l e g i o de l a F r o n t e r a N o r t e , 1993. 4 0 S m i t h y M a i k i n , op. cit. 4 1 Car lo s G r a i z b o r d , " T r a n s b o u n d a r y Land-use P l a n n i n g : A M e x i c a n Perspective" , e n

H e r z o g , op. cit., p . 16.

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las instancias aduanales de ambos pa í se s . Es a q u í en donde d e b e r á n cen­trarse los esfuerzos futuros a fin de que puedan definirse las diferencias ade­cuadas entre los mecanismos e spec í f i cos elaborados de manera u n i f o r m e para la consulta de los representantes de las oficinas aduanales de M é x i c o y los Estados Unidos y los m u y distintos mecanismos de o p e r a c i ó n que se en­cuentran en Nogales, Laredo, E l Paso, Hida lgo (McAl len) y Brownsville. U n hecho m u y representativo fue el que constatamos cuando le pedimos a u n of ic ia l aduanal de Nogales, en el lado estadounidense de la f rontera , que le p id ie ra a su contraparte mexicano que v iniera a donde nos e n c o n t r á b a m o s ; la distancia que separaba los dos edificios era de unos cuantos metros , pero cuando intentó comunicarse c o n él p o r te lé fono , p r i m e r o , no c o n o c í a su n ú m e r o y, cuando lo aver i guó , n o fue posible que la otra persona contesta­ra la l lamada.

PERSPECTIVAS Y C O N C L U S I O N E S

Para resumir, la f rontera Méx ico-Es tados Unidos es una reg ión m u y hetero­g é n e a y compleja. Quienes viven en las comunidades fronterizas e s tán ex­per imentando , de muy diversas maneras, los efectos del mayor comercio que ha generado el T L C A N y las modificaciones a las polít icas fronterizas. Pero, da­do que estos patrones n o son uni formes , u n o de los objetivos de l presente trabajo era mostrar las diferencias entre los diversos puentes fronterizos.

E n t é r m i n o s generales, los efectos de l T L C A N en la f rontera n o parecen ser de l todo positivos. Pero, desde u n a perspectiva comparada, esto n o d e b e r í a sorprendernos, pues, cuando hace algunos a ñ o s la C o m u n i d a d Eu­ropea de l C a r b ó n y el Acero se t r a n s f o r m ó en una u n i ó n aduanera y, en diversas ampliaciones, se a d m i t i ó el ingreso de nuevos miembros en la C o m u n i d a d Europea, las comunidades fronterizas cuya p r i m e r a r a z ó n de existir eran las transacciones fronterizas padecieron u n severo desorden e c o n ó m i c o . Por el lo , aunque la r e g i ó n f ronter iza ha seguido creciendo en t é r m i n o s e c o n ó m i c o s y d e m o g r á f i c o s , estos cambios n o han sido siempre b ien recibidos p o r los residentes de la f rontera . Por el contrar io , es posible que el T L C A N haya c o n t r i b u i d o a aumentar las fricciones en esta á r e a bina­cional , m á s que a reducirlas .

E n M é x i c o , como se preve ía , la firma de l Tratado ha hecho que las ma­quiladoras n o ubicadas en la f rontera estén creciendo m á s r á p i d a m e n t e que las que se encuentran en esa r e g i ó n . Sin embargo, el r i t m o de crec imiento de las comunidades fronterizas y de l comercio que pasa p o r ellas ya ha supe­rado la capacidad de las mismas, así como la infraestructura con la que cuen­tan. Estas ciudades fronterizas ya es tán a u t o s o s t e n i é n d o s e como entidades

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d e m o g r á f i c a s y e c o n ó m i c a s que generan su p r o p i a inercia de desarrollo. 4 2 Si­guen constituyendo fuertes polos de a t racc ión, pero las autoridades locales apenas pueden controlar las presiones p o r u n a me jor infraestructura urba­na, que crecen a medida que empeoran los congestionamientos de tránsito y aumenta la p o b l a c i ó n y la actividad industr ia l . Por tanto, en la mayor í a de los casos, el p r o b l e m a que enfrentan M é x i c o y los Estados Unidos no radica en que las bases e c o n ó m i c a s de las comunidades se deb i l i t en porque la gente salga a buscar trabajo a otros sitios, sino en que ambos pa í se s puedan crear el ambiente apropiado para el aprendizaje m u t u o de las pol í t icas , que permi ta que los dirigentes y actores locales logren la a u t o n o m í a necesaria para resol­ver en f o r m a conjunta los problemas y preparar a sus ciudadanos en nuevas tareas e c o n ó m i c a s , a medida que van desapareciendo las antiguas maneras de gestionar las transacciones fronterizas.

E n el lado estadounidense existe una tendencia cada d í a mayor hacia la mi l i tar izac ión , en el sentido de una mayor presencia de personal , equipo, m é t o d o s y actitudes mil itares . E l éx i to de esta po l í t i ca para detener el co­m e r c i o i legal n o solamente se cuestiona, sino que és ta sin d u d a ha aumen­tado las fr icciones entre las ciudades fronterizas y d e n t r o de ellas. M á s allá de las transacciones y los cruces ilegales, la v ida de los ciudadanos legales en e l lado estadounidense de la f rontera se ha vuel to cada d í a m á s difícil y pro­b l e m á t i c a , especialmente si son de or igen mexicano .

Resulta difícil decir hasta q u é p u n t o el a u m e n t o de l comerc io legal ha p r o p i c i a d o e l i n c r e m e n t o de las operaciones ilegales. Ramos así lo a f i rma, p e r o sus evidencias o b i e n son a n e c d ó t i c a s o b i e n muestran u n p a t r ó n cí­cl ico en el breve p e r i o d o de su estudio. 4 3 C o n el i n c r e m e n t o de l comercio ta l vez se presenten ahora m á s intentos de e n c u b r i r las exportaciones ile­gales tras u n a clas i f icación legal. Nosotros p u d i m o s constatar, en efecto, que en los puertos oficiales de entrada con frecuencia o c u r r e n casos de con­f i scac ión de drogas que se presentan con u n a a u t o r i z a c i ó n legal para cruzar la f rontera . Y t a m b i é n ha cont inuado el contrabando , aunque la demanda de ar t ícu los ha cambiado radicalmente . N o obstante, muchos de nuestros entrevistados destacaron el hecho de que la mayor parte de la i n m i g r a c i ó n i legal y de l tráf ico de drogas sucede fuera de dichos puertos , en las vastas á r e a s abiertas y sobrepobladas que const i tuyen la mayor parte de la f ronte­ra. Ramos seña l a , acertadamente, que las po l í t i ca s se h a n equivocado al en­focar su a t e n c i ó n en las inspecciones, m á s que en e l consumo. 4 4

4 2 A r r e ó l a y C u r t í s , op. cit., p . 220. 4 3 Ramos , La política antidrogas y comercial de EUA en la frontera con México, op. cit, p . 40« 4 4 ídem.

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E n el presente trabajo hemos tratado de mostrar que existen varias ver­tientes pol í t icas , cada u n a de las cuales favorece una postura e spec í f i ca ha­cia el comercio , ya sea en el sentido de faci l i tar lo o de cont ro la r lo . Obliga­dos p o r la necesidad de p romover el desarrollo e c o n ó m i c o y, quizá , p o r ciertas presiones empresariales, los actores mexicanos de la vert iente técni­ca p o r lo general h a n relajado sus mecanismos de c o n t r o l y h a n trabajado para facil itar el comercio . A u n q u e persisten algunos problemas de corrup­c ión y de práct icas corporativistas, la p r e s i ó n ejercida p o r el comerc io pa­rece estar haciendo poco a poco de lado a los grupos fronterizos m o n o p ó -licos — c o m o los agentes aduanales— o a las subregiones estrechamente definidas — c o m o la de Laredo-Nuevo Laredo.

E n los Estados Unidos se h a n i n t r o d u c i d o importantes medidas ten­dientes a facil itar el comerc io , tales como el programa de dispensa de hacer f i la , las iniciativas de d e s c o n c e n t r a c i ó n y los experimentos de ge s t i ón inte­grada de los puertos. Sin embargo, al mi smo t i empo se h a n aplicado medi­das encaminadas a ejercer mayor c o n t r o l , en u n m o m e n t o en el que las ex­portaciones mexicanas a los Estados Unidos aumentan p o r la d i s m i n u c i ó n del precio de l peso. L a f ronte ra ha padecido estas medidas de diversas ma­neras y, como lo s e ñ a l a m o s , las tensiones han aumentado. N o obstante, el comercio t a m b i é n es tá e jerciendo sus propias presiones y, a m e d i d a que surgen nuevas demandas, se es tá prestando m á s a t e n c i ó n a las nuevas ideas y maneras de evitar los cuellos de botel la . Por una parte, M é x i c o poco a po­co es tá t ransf i r iendo m á s recursos a sus munic ip io s a fin de que tengan la capacidad y l iber tad para resolver sus propios problemas. Por la otra , se es­tán presentando nuevas ideas sobre c ó m o aliviar las presiones en la f ronte­ra, en lugar de l imitarse a construir m á s puentes e incrementar los meca­nismos de c o n t r o l . Así , p o r e jemplo , actualmente se estudia la c o n s t r u c c i ó n de u n a supercarretera norteamer icana que corra a lo largo de rutas y p u n ­tos de c o n t r o l autorizados en el i n t e r i o r de ambos pa í se s .

Sin embargo, al t i e m p o que los promotores de l l ib re comerc io propo­nen estas soluciones para evitar los cuellos de botel la , otros hacen u n a cam­p a ñ a para i m p e d i r que se sigan exper imentando soluciones y para obstacu­lizar la i n t e g r a c i ó n e c o n ó m i c a . Las fuentes de esta o p o s i c i ó n a u n a mayor in tegrac ión son, en p r i m e r lugar, la renuencia de muchos estadounidenses a i m p o r t a r a sus ciudades los problemas fronterizos ; en segundo lugar, el nacionalismo y el deseo de preservar la s o b e r a n í a , que n o c e d e r á n fácil­mente n i en los Estados U n i d o s n i en M é x i c o , y en tercer lugar, la gran des­confianza m u t u a entre las autoridades de ambos pa í s e s en lo que se refiere a las operaciones.

Resolver los diversos y complejos problemas de la f r o n t e r a que enfren­tan M é x i c o y los Estados U n i d o s n o es u n a tarea fácil. Sin embargo, só lo has-

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ta que estos y otros o b s t á c u l o s sean superados d e j a r á la r e g i ó n f ronter iza de estar abandonada a su p r o p i a suerte, aislada de l resto de M é x i c o y de los Es­tados Unidos . Hasta la fecha, el efecto que ha ten ido e l i n c r e m e n t o de l co­merc io n o ha sido sino agudizar lo que siempre fue u n a real idad para esa r e g i ó n que p a r e c e r í a ser el traspatio olvidado de los Estados Unidos y de M é x i c o . Me jora r las condiciones de vida en la f rontera , faci l i tar el cruce le­gal de las personas y los bienes, al t i empo que se c o n t r o l a n las actividades ilegales, son objetivos q u i z á difíciles pero n o imposibles de concil iar . L o c ier to es que n i n g ú n avance se rá posible en esta materia , en tanto M é x i c o o los Estados Unidos t ra ten de resolver las dificultades de manera unilate­r a l . La r e g i ó n f ronter iza se ha convert ido, así, en u n t e r r i t o r i o en el que la in terdependenc ia de ambos pa í se s es u n hecho con el que d í a a d í a debe convivirse.

T r a d u c c i ó n de LORENA MURILLO S.