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7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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t
I
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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E N ESTE NUMERO D E
José M .
a
Solé Mariño
>s sesenta anos aei 11:
la
Guerra Civil Rusa
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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A Ñ O V I I
N U M . 7 6
PORTADA: El 14 de abril d e 1 9 3 1 y c o m o
r e s u l t a d o
d e
u n a s E l e c c i o n e s M u n i c i p a l e s
a d v e r s a s
a la
Monarquia ,
e l r e y D o n
Alfon-
s o
XIII salía
d e l
p a í s
y s e
p r o c l a m a b a
l a
II República española. (Alfonso XIII, repre-
sentado como Gran Maestre d e la Orden d e l
Toisón d e O r o . Cuadro d e Servando Carri l lo.
( S a l ó n d e P l e n o s d e l C o n s e j o d e E s t a d o ) .
EL LEGADO D E
MCLUHAN: L a vida y
e l
p e n s a m i e n t o
d e
u n a d e l a s
p e r s o n a l i d a d e s
m á s
c o n t r o v e r t i d a s
d e
nuestro t i empo,
e l
s o c i ó l o g o ,
r e c i e n t e m e n t e
fal lecido, Marshal l
McLuhan.
€ TIEMPO DE HISTORIA 1 9 8 0
Prohibida la reproducción d e textos,
fotografías o dibujos, n i aun citando
s u procedencia.
TIEMPO DE HISTORIA n o devol-
verá
l o s
originales
q u e n o
solicite
previamente,
y
tampoco mantendrá
co r r espondenc i asob re lo s mismos.
MARZO
1 9 8 1 1 5 0
P E S E T AS
P á g s .
A L F O N S O X I I I :
E L
F I N A L
D E U N
R E I N A D O ,
p o r C a r l o s S a m p e l a y o 4 - 1 1
P O L E M I C A P E R I O D I S T I C A E N L A G U E R R A
D E L A
I N D E P E N D E N C I A ,
p o r
F e r n a n d o D í a z -
P l a j a 1 2 - 1 9
L A A Y U D A E X T E R I O R U . S . A . , D E S D E L A
P O S T G U E R R A
A 1 9 6 3 , p o r
J a v i e r F i s a c
S e c o
2 0 - 3 1
E N E R O D E 1 9 2 1 : A L O S S E S E N T A A Ñ O S D E L
F I N D E L A
G U E R R A C I V I L R U S A ,
p o r
J o s é
M .
S o l é M a r i n o 3 2 - 4 9
A L B E R T S 0 B 0 U L : P R O T A G O N I S T A S Y T E S -
T I G O S
D E L A
R E V O L U C I O N F R A N C E S A ,
p o r
M a r í a R u i p é r e z
y
M a n u e l P é r e z L e d e s m a 5 0 - 6 9
E L L E G A D O D E M C L U H A N , p o r R o m á n G u -
b e r n 7 0 - 7 9
P R O S A
D E
G U E R R A
D E
M I G U E L H E R N A N -
D E Z ,
R E C U P E R A D A ,
p o r
A n t o n i o G a r c í a
A p a r i c i o 8 0 - 8 5
R E C U P E R A C I O N
D E U N
E S C R I T O R S I L E N C I A
D O :
B L A S C O I B A Ñ E Z , p o r F u l g e n c i o C a s -
t a ñ a r 8 6 - 9 7
E S P A Ñ A 1 9 5 1 : S e l e c c i ó n d e t e x t o s y g r á f i -
c o s p o r D i e g o G a l á n y F e r n a n d o L a r a . . . 9 8 - 1 1 1
S O M B R A S M O R A L E S
E N L
C O R T E
D E L R E Y
S O L
L A R 0 C H E F 0 U C A U L D , p o r J u a n A r a n -
z a d i 1 1 2 - 1 2 5
L A S T R I B U S D E « L A T R I B U » , p o r D o n a t o
N d o n g o - B i d y o g o 1 2 6 - 1 2 7
A N D A L U C I A , U N A I D E N T I D A D R E C O B R A -
D A , p o r
J u a n M a n u e l
d e l a
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E l
f inal
d e u n
Reinado
Carlos Sampelayo
M
UCHO
se ha
escrito sobre
la
caída
de
Alfonso XIII arrimán-
dose siempre
el
«ascua
a la
sardina» ideológica
del
escritor.
Al medio siglo de aquel destronamiento, si se contemplan los
hechos
sin
pasión,
se
puede llegar
a una
conclusión irrebatible:
Si el
rey no hubiera aceptado complaciente la Dictadura del primer Primo
de Rivera, habría terminado su s días en el trono, al que había accedido
el 17 de
mayo
de 1902,
jurando
una
Constitución.
Primo de Rivera fue una especie de enfermera de la monarquía, impi-
diendo
que se
acercara
a la
enferma ningún elemento nocivo capaz
de
interferir el tratamiento. Pero la enfermera en su celo llegó a ser más
nociva de aquellos elementos, y la enferma decidió cambiarla como
heroico remedio de salvación, alegando sofisticadamente que aquella
enfermera
se le
había impuesto,
no la
había contratado
la
monarquía;
que había sido como el dragón a la puerta de la cueva de la princesa no
dejando acercarse a nadie.
EL VIRUS ABSOLUTISTA
E n
realidad
n o se
sabe
si el rey
colaboró
en el
levantamiento
d e l
dictador
en 1923 .
Pero
lo
que sí se
advierte
a l
conjugar
la
historia
es la
inclinación
d e l
m o n a r c a
a l
absolut ismo,
aunque algunos d e s u s defensores, como e l
conde
d e
Romanones, trataran
d e
justificar
lo
contrario.
O
como
el
general Berenguer,
q u e llama a la dictadura «experiencia políti-
ca» de don
Alfonso, cuando
la
verdad
e s q u e
durante
e s a
«experiencia política» tuvo
m e -
n o s preocupaciones d e gobierno, y pudo der
sarrollar c o n m á s libertad s u afición a los
deportes. Seis años
de no
ocuparse
d e
políti-
c a ,
rodeado
d e s u s
amigos
s in
aspiraciones
d e
ella, confiado
el
país
a
Primo,
q u e ,
todo
h a y q u e
decirlo,
f u e ,
además
d e
enfermera,
u n a
hermana
de la
caridad compar ado
con e l
otro «salvador
d e
España»
q u e
habría
de ve-
n i r
después.
Alfonso XIII
no era la
princesa cautiva
por e l
dragón, porque durante toda
su
historia
po-
l í t ica había cambiado d e dragonci l los a l
primer berrido,
y no le
habría sido difícil
cambiar este otro si lo hubiera creído incon-
veniente para su tranquilidad. Los recursos y
habilidades
d e
aquel
re y
er an característicos
de su
personalidad para capear temporales
políticos, aunque
el
dragón
d e
turno fuera
d o n
Antonio Maura,
el
c onseje ro mejor oído.
Tras la caída e n desgracia de l dictador, sólo
el general Berenguer le quedaba al rey como
lenitivo pa ra
s u
descanso.
N o
de seaba volver
a l
diálogo
con los
antiguos políticos demó-
cratas monárquicos,
y
mucho menos
e m '
prenderlo co n elementos oposicionistas, lo
cual podría haber sido
u n a
«tabla
d e
salva-
ción».
El se
creía querido
d e l
pueblo
y no
quiso dialogar
co n
nadie, tanto
de un
lado
como d e otro d el espectro político d e enton-
ces.
Al decidir atraerse a l f in a personalidades
nuevas
d e
talante tradicionalmente monár-
quico
y a e r a
tarde. Casi todos
se
habían
h e -
c h o republicanos o navegaban e n torno a la
República.
E l
destierro
f u e
para
é l una sor -
presa, aunque fuera profetizado po r los anti-
guos políticos monárquicos, entre los que ,
como Sánchez Guerra, deseaban
q u e
aban-
donara
el
trono, acusándole
d e
violador
d e
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E l G a n i n e t e d e C o n c e n t r a c i ó n N a c i o n a l d e m a r z o d e 1 9 1 8 . ( D e izquierda a derecha: Pidal (Marina), Alba (Inatrucclón Públ ica), conde d e
R o m a n o n e s ( G r a c i a y Just i c ia) , Maura (Pres idencia) , e l R e y , Dato (Eatado) , marqué» d e A l h u c e m a » ( G o b e r n a c i ó n ) , G o n z á l e z - B e a a d a
(Hacienda) , Cambó (Fomento) , general Marina (Guerra) . )
l a s
leyes
q u e
albergaba
la
Consti tución.
O s-
sorio
y
Gallardo
se
t i tuló «monárquico
s in
rey», pensando ademá s q u e , a u n después d e
la herencia confiada a l infante d o n Juan , l a
monarquía había desaparecido para siem-
p r e .
E L
REPUBLICANISMO DURANTE
EL
REINADO
Alfonso XIII
se r ió
duran te toda
su
vida
de los
republicanos, y n o e r a para menos, ya que la
figura señera d e l o s mismos f u e desde los
años mozos d e l r e y , Alejandro Lerroux, c u -
y o s contubernios con los gobiernos monár-
quicos conocía
m u y
bien.
El
mismo líder
re -
publicano manifestaba que é l e r a « la encar-
nación de la República desde los comienzos
d e l reinado d e Alfonso XIII».
N o enterado, pues, de l a categoría d e verda-
deros intelectuales q u e an i maba el proceso
republicano a l comenzar la década de los 30,
creyó fácil contener
e l
movimiento.
S i n e m -
bargo, d e ent re s u s fieles políticos monár-
quicos sólo un o— ta n «infiel» co mo todos los
demás— le inspiró confianza: d o n José S á n -
chez Guerra, quien realizó e l acto m á s inusi-
tado
d e
toda
la
historia política universal:
¡acudir a la cárcel para consultar a los pre-
sos ¡Para pedirles ayuda a aquellos líderes
republicanos
en e l
intento
d e
sostener
la mo-
narquía L a figura d e l viejo político reves-
6
tido
d e
levita
y
chistera entrando
en la pr i -
sión sole mne y tenebroso parece u n a secuen-
c ia de Fellini. Quería el rey incluso q u e d o n
José le pidiera a los republica nos encarcela-
d o s u n a
contención
d e s u s
masa s hasta
qu e se
celebraran elecciones legislativas. Pero n i
eso se
atrevió
a
proponerles Sánchez Guerra.
El r ey
hizo como
que le
apesadumbraba
la
negativa republicana
a
cooperar. Todo
e r a
u n poco surrealista.
D e todas maneras d o n Alfonso trató d e q u e
aquel viejo conservador formara Gobierno
c o n u n a
posible lista
ya
formada, pero inclu-
yendo e n ella a García Prieto y Romanones,
q u e s e l l amaban monárqu i cos - l i be ra l e s .
Eran paños calientes para
u n
pueblo
y a m o -
vido. Por e so la s elecciones del 12 de abril
consti tuyeron
m á s
bien
u n
re ferén dum sobre
la
persona
d e l r e y .
¿Había fingido
la
suble-
vación d e Primo d e Rivera, saltándose a la
torera lo s preceptos constitucionales? ¿Era
u n monarca absolutista? Todavía antes d e
aquel d ía H envió d o n Alfonso emis ario s c o n -
fidenciales a los l íderes republicanos q u e a n -
t e s habían sido monárquicos, para atraérse-
lo s
abandonando
su
postura.
S e
comprome-
t ía a
perdonarles. Aquellos
ex
monárquicos
—Alcalá Zamora, Miguel Maura, Sánchez
Guerra hijo, Ossorio
y
Gallardo, etc.—
c on -
testaron hasta c o n sarcasmos. Profetizaron
q u e t ras l a consult a electoral e l rey no podr ía
seguir tomand o parte e n l a s regata s náuticas
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—Jas políticas y a estaban agotadas— y t e n -
dría q u e abandonar e l trono.
A
pesar
d e l
triu nfo arrol lador
de la
oposició n
a la
monarquía,
e l rey
estaba
m á s
tranquilo
a l
recibir
a l
jefe
de l
Gobierno,
q u e
éste
a l in-
dicarle lo grave de su si tuación. Romanon es
e n s u s memorias explica asimismo l a cal ma
desconcertante d e l monarca e se d ía , cuando
el conde estaba seguro de que e l reinado d e
Alfonso XIII hab ía llegado
a su f in .
Para
él
haber perdido
l a s
elecciones rotundamente
en su feudo d e Guada l a j a ra , t r ad i c i ona l -
mente cacicado
en su
bene ficio, constitu ía
e l
síntoma m á s seguro. E n s u l ibro Historia de
cuatro días habla de qu e se podía haber utili-
zado
la
violencia para obstruir
e l
cambio
d e
régimen. Pero añade: «Este último camino
implicaba e l der ramamiento d e sangre y Al-
fonso XIII esta ba res uelto a que, por é l , no se
vertiera u n a sola gota».
Pero el duque d e Maura y otros monárqu icos
d e a l curn ia pre tenden q u e s e convoquen
elecciones generales a Cortes constituyentes
antes
de que se
vaya
e l rey. En
Recuerdos
de
m i
vida
lo
justifica
e l
duque:
« E l
nuevo
R é-
gimen, fuese el qu e fuese, nacería allí y no en
la calle y ante esas Cortes y n o ante e l previ-
sible motín, declinaría d o n Alfonso s u s pode-
r e s cuando el resultado de la consulta al país
lo
requiriera así».
E l
p r i m e r C o n s e j o
d e l
Directorio Militar.
C o n e l R e y y e l
g e n e r a l
Primo d e R i v e r a a p a r e c e n l o s generales Cavalcant i , Mayandia ,
Federi co Berenguer , Saro , Dabán, Rulz d e l Portal , Navarro, H e r -
m o s a , R o d r í g u e z P e d r é , V a l l e s p i n o s a , G ó m e z J o r d a n a y Musiera.
L l e g a d a
d e
Alfonso XIII
a
Parí s ,
e n
visi ta oficial , durante
la
Dictadura
d e
Primo
d e
Rivera.
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E l R e y d e E s p a ñ a , c o n Primo d e Rivera y E d u a r d o A u n ó s p r e s i d i e n d o u n a r e u n i ó n d e l S e n a d o , d u r a n t e e l Direct orio Civi l , hac ia 1 9 2 7
LA
REALIDAD
E l único realista — e n sentido d e realidad—
era e l conde d e Romanones, quien se valió
d e l
odontólogo
de l
monarca, doctor Flores-
El 14 de f e b r e r o d e 1 9 3 1 , tras la d imis ión d e l g e n e r a l D a m a s o
B e r e n g u e r , s e abre la última crisis d e l G o b i e r n o d e l a Monarquía .
El d ibujante Echea ve ía a s i a l o s c a n d i d a t o s a la P r e s i d e n c i a . ( E n
la car i catura pueden ident i f i carse a Gabrie l Maura, Sant iago A l-
b a , F r a n c i s c o C a m b ó , e l c o n d e d e Bugal lal , García Prieto, e l
c o n d e d e R o m a n o n e s , S á n c h e z d e Toca, entre otros) .
t á n
Aguilar, para
que le
llevara
u n a
nota
q u e
empezaba as í :
«Señor: E l conde d e Romanones me ha l l a -
mado para q u e c o n toda urgencia transmita
a Vuestra Majestad l a s pa labras q u e v a n a
continuación: lo s sucesos d e esta madru gad a
(se refiere a la del 14) hacen temer a los mi -
nistros,
q u e l a
act i tud
d e l o s
republicanos
puede encontrar adhesiones e n elementos
d e l Ejérci to y fuerza pública q u e s e nieguen
e n
momentos
d e
revuelta
a
emplear
l a s a r -
m a s
contra
lo s
perturbadores,
se
unan
a
ellos
y se conviertan e n sangrientos los sucesos.
(...)».
Fue la
pr imera
vez que se le
habló
a l r ey con
claridad. L a nota la leyó él a las siete de la
mañana y l lamó seguidamente a l subsecre-
tar io d e Gobernación para preguntarle s i
había mucha gente en la Puerta del Sol en ase
momento. Sabía, como buen madrileño,
q u e
el
popular enclave urbano había s ido
p o r
t radición
el
termómetro polí t ico
d e
Espa ña.
El
subsecretario
le
contestó afirmativamen-
te, y el re y le pidió q u e l a guardia civil despe-
jara la plaza. Pero después f ue el subsecreta-
r i o quien llamó a l rey para decirle que e l ca -
pitán
q u e
mandaba
el
retén
d e
aquella fuerz a
e n Gobernación se negaba a cumpl i r la or -
d e n .
— E s l o q u e m e
quedaba
p o r
saber —dijo
e l
todavía monarca.
O
próximo Concuiyo
f/e
Beflezd
ef que re ván ó dicnufar el hlu/o
l(^Pt\aJendajM^onfejo^^^
8
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El último Gobierno d e l a Monarquía d e D o n Alfonso XIII, presidido p o r e l Capi tán General d e l a Armada Juan Bautista Aznar. Almirante
Rivera (Marina), co nd e
d e
R o m a n o n e s ( E s t a d o ) , m a r q u é s
d e
Hoyos (Gobernación) , general Dámaso Berenguer (Guerra) , Juan Ventosa
(Hacienda) , Juan d e l a Cierva y P e ñ a f i e l ( F o m e n t o ) , m a r q u é s d e Alhucemas (Gracia y J u s t i c i a ) , J o s é G a s c ó n y Marín (Instrucción
Públ i ca) , duque d e Maura (Trabajo), conde d e Bugal la l (Economía) .
D os horas después ya tuvo conciencia de lo
gravísima
que e ra su
situación. Sigue rela-
tando Romanones la entrevista de los minis-
tros con el rey el mismo día 14 a las nueve d e
la mañana: «Entramos y , s in preámbulos,
Don
Alfonso abordó inme di at am en te
e l
tem a
electoral, subrayando
la
derrota. Aznar
in -
tentó echar agua al vino y d o n Alfonso le in-
terrumpió diciendo: —
Déjese
d e
consuelos.
( . . . ) » .
En e sa
entrevista Romanones pone
e n
labios
del rey
alguna pulla contra
el ex
monárquico
Alcalá Zamora, pero a l parecer no fue ve r -
d a d .
A primera hora de la tarde, Romanones se
L o s p r o c e s a d o s d e l Comi té revolucionario republ i cano. D e i zquierda a derecha: Alvaro d e Albornoz, Alcalá-Zamora, Largo Cabal lero,
F e r n a n d o d e l o s Ríos , Casares Quiroga y Miguel Maura.
9
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El rey Alfonso XIII a s u l l e g a d a a P a r í s , e l 1 6 d e abril d e 1 9 3 1 ( A l a d e r e c h a d e l a f o t o g r a f í a , e l mariscal Petain).
entrevista
c o n
Alcalá Zamora
e n
casa
d e M a -
rañón. Previamente
lo s
dirigentes republi-
canos habían acordado q u e s u portavoz p i -
diera l a salida d e España de l r ey acto segui-
do, y s i se iba a
depositar
la
gobernación
de l
Estado
e n
manos
de la
República,
el
acto
s e
realizara antes d e ponerse el sol e se mismo
d ía .
Tras
la
entrevista
el
conde
v a a
Palacio.
«La
conversación
c o n D o n
Alfonso
no la
olvida ré
mientras viva», dice
en su
libro,
y
co ntinúa
m á s adelante: «A l escuchar D o n Alfonso q u e
había
u n
ministro
q u e
sostenía
q u e s e
podía
resist i r , exclamó: Y o n o
q u i e r o r e s i s t i r » .
Luego
lee el rey a los
presentes,
m u y
sereno,
u n
Manifiesto
a los
españoles pergeñ ado
p o r
el duque d e Maura.
Este dice después
e n
Recuerdos
d e m i
vida
que e l r ey
quiso
q u e
fuera
e l
Consejo
d e M i -
nistros quien traspasara lo s poderes al Co-
mité Revolucionario, para proceder
dentro
de la
máxima legalidad. Pero éste
ya
estaba
reunido
e n
Gobernación constituido como
Gobierno Provisional
de l a
República,
de s -
confiado
de l a
«máxima legal idad»
q u e a
destiempo trataba
d e
observar.
ADIOS
AL REY
D e ocho y cuarto a nueve menos cuarto salió
e l rey de
Palacio
po r é l
túnel
d e l
Campo
de l
Moro, puerta casi secreta
de la
gran mole
real, q u e abandonaba para e l resto de sus
días. De ello no s e enteraron lo s ministros d e
la ya
República hasta
la
madrugada
de l d ía
siguiente.
El de la
Gobernación creía
que e l
rey iba a
salir
a l
dest ierro
c o n
toda
«su
fami-
lia» cua ndo y a hacía horas q u e había part ido
p o r m a r
hacia Marsella.
E s o
indica
e l des -
control
q u e
hubo
en los
primeros momentos
en e l
comet ido
de los
bisoños gobernantes
republicanos.
S e
puso
u n
radio
a l
Príncipe Alfonso
por s i
e ra e l
crucero
e n q u e
navegaba
el ex
sobera-
no, y de l
barco contestaron afirmativamen-
te , añadiendo: «Tan pronto desembarque
d o n
Alfonso
e n
Marsella será izada
l a b a n -
dera republicana».
D e
esta manera ter minó
e l
anterior reinado.
Fueron mucha s
l a s
causas
y l a s
personas,
e n -
cauzadas
p o r e l
republicanismo,
q u e
contri-
buyeron a su extinción. E n real idad la go-
bernación
d e l
país quedó abandonada antes
10
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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M A D R I D D I A 1 7 D E
A B R I L D E I
H U M E R O S U E L
10 C E N T S I A B C
D I A R I O I L U S T R A -
D O . A Ñ O V I C E -
S I M Ü S E P T I M O
H . ' 8 . 8 3 3 * * *
R E D A C C I O N Y A D M I N i m t A C I O N C A L L E DK U U R A N O . M U »
P A I S
H# * 4 * 1 t i trate M I ¿ K m m . n l . - f » , 1
+ f r u M U w i t 4 t I m i l w C j M f f * J * m .
a u l i o i . g r a n a / A t t i
U » elecciones celebrados el domingo m e revelon claramenio qoe no
¡ en g o h o y e l am o r d e m i pueblo . Mi conciencio m e d ice q u e e s e desv io n o
será definitivo, porque procuré siempre servir a España, puesto e l único
a f á n e n e l interés público hoita e n l a s m á s criticas coyunturos.
U n R ey puede equivocarse, y sin d u d o e r r é y o a l g u n a v e t p e r o sé
bien q u e nuestra Patrio s e mostré e n todo momento generosa an te la s cu l -
p a s s i n malicio.
Sov e l R ey de todos lo s espoñoles, y t am b i én un español . Hal lar ía m e -
dios sobrados para mantener
m is
reg ias prerrogat ivas,
e n
ef icaz forcejeo
c o n
q u i en es la s combaten . Pero , resuel tamente, qu iero apar tarme d e cu an t o s e o
l an za r a u n compatr io ta contra o t ro en fratricida guerra civil. N o renuncio a
m n g j n o d e m i s derechos, porque m á s q u e míos s on depósi to acumu lado
p o r l a Historia, d e cuya custodio h o d e p ed i r m e u n d t a cuento riguroso.
E sp er o o conocer la au tén t ica y ad ecu ad a ex p r es i ó n d e l a conciencio
colectiva, y mientras habla lo noción suspendo del iberadamente e l ejercicio
d el Poder Reol y m e a p a r t o d e España, reconociéndola os / como único se -
ñ o r a i e s u s destinos.
También ahora creo cumplir
el
d e b e r
q u e m e
dicto
mi o mor a lo
Patria.
Pido o Dios q u e I o n hondo como yo lo sien tan y l o cumplan lo s d e m á s e s
pañoles.
Notó
d d
Gobierno
El i M v U m de Hoatado IrcMo o nh$ma h o r a do i .
«El U.w«H» m. J W p o - i m f a b o » a lo dr»u yo"¿«' PO* «*•«*• *• o
1
0
Bofbó" otin cuando
la*
w(um»wa> .cep«.o«aU»
m
ir.no 0- Afane
- i.
WIHWK'3" «oyo . .
ftcGwv r bo»lo el b ,-igue kbremo*. im nutptoo tíos, de i
Portada d e «ABC» d e l 1 7 d e abril d e 1 9 3 1 , c o n e l m e n s a j e d e A l -
fonso XIII a l o s e s p a ñ o l e s .
de que los republicanos tomaran l a s riendas
d e
ella.
La llegada d e Alfonso XIII a París tuvo gran
eco en la
prensa francesa.
U n
periódico,
E x-
celsior, aseguraba paladinamen te q u e l a re s -
tauración de la monarquía e n España sería
cosa d e poco tiempo, porque en los anuncia-
d o s
comicios
a
Cortes constituyentes triun-
faría otr a vez el régi m e n tradicional español,
dado el cariño q u e el pueblo sentía por e l rey.
Asimismo, periódicos británicos lloraban el
destronamiento y esperaban q u e e l error se
subsanase. Claro q u e había muchos medios
d e
comunicación contrarios
a
este parecer.
Mucho antes
de la
República comenzó
a de -
caer aquel reinado. Alfonso XIII dijo en su
mensaje dirigido
a
España
a l
despedirse:
«Un r ey puede equivocarse y, s in duda, erré
y o alguna vez , pero sé bien q u e nuest ra P a -
t ria
se
mostró
e n
todo momento generosa
con las
culpas
s in
malicia».
Pero n o e r a sólo haber aceptado o ins pirado
el golpe d e Estado primorriverista la única
culpa d el rey. Eso en f in de cuentas n o habr ía
sido motivo suficiente para q u e e l pueblo le
rechazara. Habría sido motivo para renun-
ciar
a l
trono, pero
n o
para hundir
a la mo-
narquía.
F u e u n
agotamiento total
de los
es -
pañoles, los oídos sordos
a las
quejas,
l o p r o -
blemático
e n
conceder audiencias,
q u e si con
gran dificultad se concedían e r a c o n unos
protocolos imposibles
d e
guardar para
u n
ciudadano normal. Eran algo como l o s q u e
s e g u a r d a n a l e m p e r a d o r d e l J a p ó n . E n
cuanto
a la
política seguida siempre desde
Gobernación, había n
d e
t riunfar siempre
e n
elecciones amañadas a gusto d e Palacio los
conservadores o liberales monárquicos todo
l o m á s , d o s part idos q u e odiaban a l eleme nto
obrero y sus repre sentan tes social istas o re-
publicanos,
con los que no
hablaban jamás.
Alfonso XIII
n o
habló nunca,
e n
todo
el rei-
nado, c o n u n socialista de su país. Y cua ndo
recibió e n Palacio a Unamuno —nádie m á s
alejado d e l social ismo— la aristocracia se
escandalizó. Ningún otro prohombre incon-
forme
con la
monarquía
f u e
recibido
p o r d o n
Al fonso du ran t e
s u
j e f a t u r a
d e l
Es tado .
Quizá también Gumersindo Azcárate mere-
c ió e sa gracia, pero n o estamos seguros.
Y aquellos políticos conservadores y libera-
le s
monárquicos
q u e
tanto favoreció,
le vol-
vieron la espalda a la hora d e abandonar e l
trono. Sólo tres, García Prieto, Romanones
y
Gabriel Maura, fueron
a
Palacio
a
despedir-
le. La masa d e lambi tones d e todos los reyes
n o estaba presente. E s a masa a la que lo que
menos le importa es la propia persona del
rey . • C. S.
E l R e y D o n Alfonso XIII a s u l l e g a d a a M a r s e l l a , e l 1 5 d e abril d e
1 9 3 1 . C o m e n z a b a s u exi l io, e n e l q u e morirla — e n R o m a — el 28
d # f e b r e r o d e 1 9 4 1 .
11
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Polémica periodística
en la Guerra
de la
Independencia
Fernando Díaz
Plaja
:V:Í
mm
v
;
* B M — a i
i 2 •
wm •
Kvi * 1 v?. * W íy¡?
«•El Duelo», grabado d e G o y a . ( P i n a c o t e c a d e l Estado. Munich).
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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*::* faMi 'V ¿:; 4 f e •:;:J
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¿
MsP?$?3flH» *•> "-i":-: -VWíí •-••: •••• ¿k&V ,,- ' f m t & m m '""" '"" f i ,|P m ¿ m m w - M
W- '
:;
vx '
;
:' ' l:*'© -s .i.v 'It'-
1
•• £ ... •*
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í$i| •••: $ ISÉPi ,• • :$: tlP '̂ "; ¿§# •.: - • v"> >>> Wf|£ *•:•: ' "' ? &ffé&MBBBy¡6rfgÉHH
í '
;
; ' Á f S | í a p i ; ^ í é
7 S 7 7 l / w periódico de Valencia da cuenta de la situación de la cam-
paña:
«Hoi han salido los regimientos de Castilla y Guardias españolas y dos
trenes
de
artillería volante.
La
división
de
Villacampa
ha
marchado
también
de la
posición
que
tenia. Todo esta
en
movimiento. Presto
habrá tempestad pues esta tarde
ha
venido
ya los
frailes
a
exhortar
a los
soldados». («Gazeta Estra ordinaria
de
Valencia»
del 10 de
1811).
«¡He aqui una ocupación muy propia de los ministros de un Dios de
paz ». («Gazeta
de
Madrid», 26-X-1811).
La
primera obligación
del
periodista
en la
guerra
es
leer
lo que
dice
el
enemigo para rebatirlo;
si se
presenta fácil
la
tarea
no
importa repro-
ducir su s textos; con ellos conseguimos preparar mejor el golpe polé-
mico.
Al
periódico afrancesado
«La
Gazeta
de
Madrid» dirigido
por
José Marchena
no le
importa citar crónicas enemigas para emplear
mejor
la
sátira. Frailes
en las
murallas, frailes belicosos; ¡qué cosas
se
ven en esta España que intentamos civilizar y poner a la altura de
Europa
t | ^ M
H A
guerra
de la
inde
I J 9 pendencia española v ió
nacer
al
lado
de la
guerra
campal la del papel. Silba-
b a n l a s balas y silbaban los
artículos. Si la misión de las
primeras e r a terminar con e l
enemigo físicamente
l a
labor
de la
segunda
e r a
acabar
con
su espíritu, con su moral.
La forma típica de e sa lucha
se
refleja
en el
ejemplo
q u e
hemos visto m á s arr iba . S e
coge
u n
texto enemigo
y se
analiza utilizando
l a s
armas
de la ironía, de la burla, pero
sobre todo de la lógica. Esto
h a
ocurrido
e n
todas
l a s gue -
rras y la nue str a civil de 1936
n o f u e u n a
excepción.
Lo cu -
rioso de la de la Independen-
cia es el respeto con que s e
reproducían esos textos c o n -
trarios aunque fuera
con la
intención
d e
contradecirlos.
C on
algu na excepción
que he
registrado al cotejar los tex-
to s reproducidos con e l or i -
ginal,
en
general
se
permite
decir a l adversario lo que
opina para rebatir después
su s
teorías. Normalmente
esas notas
d e
censura apare-
cen a p ie de página tras la
llamada respectiva, pero
yo
m e h e
permitido intercalar-
las en e l texto para hacer
m á s fácil la lectura.
P o r ejemplo: «E l Redactor
General», de Cádiz, lee una
proclama d e l Mariscal Soult
dirigida a los andaluces y ex-
tremeños y la publica en su
número del 8 de abril d e
1812 anotando, una a una , lo
q u e considera falsedades
concretas
y
conducta gene-
ra l
odiosa. Resulta
a s í una
curiosa discusión entre dos
personas separadas p o r m u -
chos kilómetros
y
mucha
sangre. E l sistema general-
mente empleado consiste
e n
devolver
d e
entrada
lo s
adje-
tivos de los enemigos:
«Españoles
de
Andalucía
y
Extremadura:
lo s
aconteci-
mientos q u e s e h a n sucedido
e n estos últimos años hasta
e l d ía de hoi , deben ya s in
duda haber abierto vuestros
ojos para conocer
la
verda-
dera situación é Ínteres d e
vuestro pais».
Los franceses solo dominan
e n España el escaso terreno
q u e pisan; y esto entre mi l
peligros, zozobras y dificul-
tades, amenazados
de un
exército siempre vencedor, y
d el
odio implacable
de
toda
u n a nación generosa, que
jamás cejará en e l camino
comenzado, y que consti-
tuida ya por sus Cortes em -
pieza la lucha c o n nuevo es-
fuerzo, segura de acabar con
su s enemigos. Esta es la ver-
dadera situación de España;
y su
Ínteres
n o
puede
ser
otro
q u e guerra y venganza con-
tra sus
invasores
(I).
.. .
contestarán
los de
Cádiz.
Soult hablará luego de los
revolucionarios que han des -
trozado el paí s. ¿Quién inició
la guerra? responden los
otros.
«Ya hoi
podéis juzgar
si los
atolondrados
y
revoluciona-
rios q u e soplaron en la bella
y pacífica España e l fuego d e
la revolución».
Estos atolondrados deben
ser los
franceses
que con su
perfidia nos han obligado a
I)
Para
un a
mejor comprensión
el
texto de los patriotas irá siempre en
cursiva.
13
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Núm.° 53. I
10
I 197
EL REDAC TOR GENERAL.
Cádiz martes
6
de
agosto
de
1811.
O k o c w
p r l a
:
> u i a Í »
Gcfc de
d f i t
el tríenle corone
D .
Junn Sopruní», coman-
danie del 4.? bolollon He Voluntarios. Parada* c» cuerpo* áe ta guarnición. Hon-
da:
Voluntarios. Bafto*
:
M í I i c í m . | > ' / a | v ^
: ;
y g J g | ' J I h g
C a b e c e r a d e u n per iódico «patr iota» .
D I A R I O
D E
MADRI D
D E L
VIÉRN'ES
33 DE
MARZO
D B
t i l®.
Compjñeros
Mí-
tires.
rr
Quarmta horai
ea la
iglttis
JC ia
Comefrío* G.róñiwJ,
Observ. Meteorológicas de antes d . ayer . Afee. Astr. de hoy.
Ept at. ITírm^t. I B-rcrr.: . | At^fcra. [El t
9
di U Lu*¿. ,»
7detóm.| 7 V *>• 1» « il.iOu-fud ' u. y D. S*W ¿I Sol á las $ J
;sdeldi2.ii4 *. c - j s p i I{1. Ou su¿-ou. y L .| y $3 m. y se po-
| d e l a i . | 9 " i . o . j . ó p . | |
Ouesi
j D. | | jne á U i d y 7-
m - M M i
C a b e c e r a d e u n p e r i ó d i c o « a f r a n c e s a d o » .
N'iím.
4f .
44*
GAZETA
M A D R I D
DEL MARTES 10 DE MAYO DE 180^
C a b e c e r a d a l a «GAZETA D E MADRID», d a l 1 0 d e m a y o d e 1 8 0 8 .
tomar la s armas para no He-
xarlas hasta acabar con ellos.
«¿Cuál
es el
resultado
de su
locura? Destruidas
l a s
forta-
lezas, asoladas la s provincias,
desbaratados, prisioneros
o
dispersos los exércitos, la
tierra cubierta d e sangre... y
todavía ho i que la suerte d e
la s a rmas h a decidido mas la
disputa, a u n o s hablan de le-
vantar exércitos, q u e n o s a -
b e n formar, n i conducir,...
¿para qué? para
q u e
sean
arrollados
en el
campo
d e
batal la s in presentar á los
veteranos imperiales».
Está locura fu e de los france-
ses; y cierto q u e bien ca ra les
h a costado: 3000 d e ellos c o n
su sangre y s u s cadáveres
h a n servido d e estiércol á
nuestros campos, pagando
d e este mod o u n a parte de su
inmensa deuda.
Como en Bailen, Zaragoza,
Tamames , S a n Payo, L a
Bisbal, E l Bruch, Talavera,"
Albuhera...
El
general Soult
se
empeña
en
l lamar a los españoles a la
razón: «aun muertos vues-
tros hijos en la s batallas,
eriales vuestras campiñas y
perdido s vuestros bienes
h a y
n o
obstante entre ellos quien
grita:
¡A las
armas ¡Extraña
malicia o estupidez ».
Se irrita el pat r iota: « L a
vuestra, infames esclavos
d e l aventurero corso, pues
q u e n o s hacéis cargo de co-
rrer
a las
armas para defen-
dernos
d e
vuestra crueldad
y
creístes
q u e n o s
dejaríamos
c o b a r d e m e n t e a h e r r o j a r
como los otros pueblos de l
continente».
El general francés sigue p i-
diendo
el
cese
de la con-
t ienda y acusa a los patrio-
t a s , como se usaba a menudo
en e l
Madrid josefino,
d e
«forzar
a
nuevas víctimas
a
inmolarse sobre el a l t a r de la
anarquía». Para quienes es-
taban orgullosos de su nueva
organización política este
e r a u n insulto: «Bien sabéis
q u e n o h a y
anarquía entre
nosotros
y
harto
o s
duele
nuestra inmortal Constitu-
ción. L a s víct imas que se
inmolan es a la pat r ia y por
la
l ibertad;
s u s
manes
se sa-
ciarán c o n vuestra sangre».
Soult alude luego
a los
casti-
g o s q u e experimentará u n a
«nación española q u e olvida
y pierde l a s primeras virtu-
des y toda idea d e moralidad
y justicia; el bello carácter
q u e h a
m a n i f e s t a d o
a l
mundo se borra y n o queda-
r í a vestigio si los verdade ros
españoles sometidos al go-
bierno d e S.M.C. no le con-
servasen co n aquella pureza
que la historia t a n justa-
mente h a consagrado».
L a referencia a los afrance-
sados gracias a los cuales n o
habrá
«
Delenda» para todo
e l
país indigna a l cronista g a -
ditano. Para é l esos «buenos
españoles» so n «los infames
traidores q u e h a n abando-
14
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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nado la causa de la nación
dignos d e tener p o r apolo-
gista a l bandido Soult».
Siguen frases
d e
propagan-
d a :
«Por
u n
francés
q u e
muere perecen veinte espa-
ñoles»; ironiza su contrario
«Muy átrasado d e cuentas
está
e l
señor Soult»
y
cuan-
d o , terminando su arenga, el
milita r francés advier te
a los
andaluces y extremeños que
si permanecen tranquilos sin
tomar parte
en la
contienda
«e l
exército imperial
os sos-
tendrá
y
hará valer vuestros
derechos», el cronista pa -
triota no da crédito a sus
ojos: «¿Ultrajando
s u s
dere-
chos pretendéis hacerlos va -
ler?
Vos y
vuestro
a m o , ¿ n o
los
habéis violado todos
e n -
trando
e n
España?
L o s
espa-
ñoles n o h an menester d e
vuestra humillante protec-
ción q u e consiste en apiarar-
les
como brutos, desollarlos
y
comer
de su
substancia.
H a n mostrado que no ha i
poder bastante
a
insultar
impunemente a u n a gran
nación;
y
está acaso
m u y
cerca el d ía que llenado la
medida de la venganza, d en
un ejemplo terrible a las ge-
neraciones venideras».
(El
Redactor General. Cádiz,
miércoles 8 d e abril d e 1812).
Invirtamos ahora lo s térmi-
nos de la polémica. El texto
h a aparecido en «El Redac-
to r General d e Cádiz» y
quien lo reproduce anotan-
do , criticando, rebatiendo
s u s ideas, es la «Gazeta d e
Madrid». Quien habla p r i -
mero e s ahora el Patriota;
quien le contesta es el Afran-
cesado.
Esta
vez no se
trata
de un
artículo s i no de un a carta de
Córdoba, 3-XII-1809, inter-
ceptada a l enemigo y que el
diario
d e
Marchena comenta
a su
gusto.
E l
f i rmante
a d -
vierte pud o enviar otr a cart a
anterior porque...
«a
quien
se la
confié
me la
devolvió, n o hab iéndose
atrevido
a
pasar
p o r
miedo
de los
exércitos
q u e
ocupan
la
Mancha»
y el
redactor
d e
la
Gazeta
lo
aprovecha para
mostrar al guerrillero como
enemigo de la paz pública:
«¿A
quienes tuvo miedo?
¿a
lo s españoles o a los france-
ses? Si era algún pobre traji-
nero estoi seguro
que se vo l -
vería p o r miedo de sus hu -
manos conpatr io tas . Los
franceses n o hacen la guerra
a los españoles desarmados
q u e buscan su vida s in hacer
daño a nadie; pero lo s espa-
ñoles,
lo s
nuestros (subra-
yado con sorna) a todos los
miran como enemigos; y
cuando se trata d e robar n o
distinguen d e nacionaes».
Sigue el texto patriota y el
c o n t r a t e x to a f r a n c e sa d o
como
u n
rápido intercambio
verbal. A propósito de la ba-
talla d e Ocaña:
«A l principio cuando vi-
m o s a l
exército venir
de re-
tirada («Diga Vuestra m e r -
ced huyendo) n o s asust amos
bastante
y
creímos
que la
cosa no e ra más de l o que
después hemos visto». (To-
davía no lo han visto Vmds,
todo)... «No se canse V m d .
España está llena d e traido-
res...
si los
generales
h an
vendido a l ejército es regula r
que lo paguen como mere-
cen». (Este
es el
recurso
o r-
dinario.
E n
Tudela
n o
pudi-
Fernando VII»».
p o r
G o y a . ( M u s e o
d e l
Prado)
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m o s resistir a Jos franceses
porque nuestro general e r a
u n traidor. E n Somosierra
cedimos el paso a l Empera-
d o r p o r l a traición d el picaro
S . Juan. Hasta la villa y cor te
d e
Madrid
se
entregó porq ue
hubo traidores. E s cosa p o r
cierto bien singular... noso-
tros n o podemos vernos li -
bres d e traidores; y los fran-
ceses
n o h a n
tenido todavía
n i u n o
siquiera
y eso que en
su
exército
h a y
soldados
d e
diferentes naciones. ¿ E n q u é
consistirá esto?
¿Si los
fran-
ceses q u e s o n t a n malos, se -
r á n e n esta parte mejores
q u e nosotros?).
E l
corresponsal sigue dando
l a s razones de la derrota y el
antagoni s t a s igue i roni -
zando sobre ella:
«Nos h an asegurado que los
franceses pasaban de cien
m il hombres y as í no es ex-
traño q u e n os hayan venci-
d o» . (N o eran tantos ni con
mucho pero pronto pasarán.
Este
es el
efecto ordi nari o
del
miedo, aumentar el número
de los enemigos. Como esto
e ra en la Mancha, los moli-
n o s parecían gigantes y los
rebaños ejércitos).
L a
acotación aquí, aparte
d e
u n a evocación literaria q u e
hace pensar en que la r e -
dactó Marchena, está hecha
c o n habilidad política. L a
alta cifra
d e
combatientes
franceses
no se
acepta
p o r -
q u e entonces la victoria h u -
biera sido d e menos mérito
pero tampoco se desmiente
de l todo porque conviene
q u e s e
sepa
q u e
Francia
puede enviar
e se
número
si
quiere. De la misma manera
aprovechará otra réplica
para recordar
a los
patrio tas
insurrectos
q u e n o
sueñen
con la
ayuda extranjera.
«Ese cobarde d el emperador
d e
Austria...
va a
hacer
una
p az vergonzosa y a dexarnos
en las
astas
del
toro».
(El em-
perador d e Austria h a hecho
lo que le dicta la prudencia.
Resolverse a perder u n brazo
p o r salvar todo el cuerpo).
«.. . El
otro
de
Rusia,
c on
quien contábamos desde u n
principio, no se ha movido y
Dios sabe cuando se move-
rá» . (N o será t a n pronto.
Bueno fuera q u e s e metiese
e n u n a guerra, solo p o r hacer
causa común
con la
junta
d e
Sevilla
y los
empecinados).
N o f u e t a n pronto pero f ue y
la campaña d e Rusia, con su
sangría
d e
hombres
y
mate-
rial sirvió eficazmente
a la
causa patriota. Pero
e s o
está
todavía a m á s d e d o s años
vista. Mientras tanto la Ga-
zeta tiene a veces buenos
golpes
d e
humor aprove-
chando
la
exageración
e n e -
miga. Como ante este
p á -
rrafo d e l cordobés:
«Lo que
aquí sentimos
son
los
pobres prisioneros
d e
Ocaña... dicen
q u e
esos
m a l -
vados les quitaron los vesti-
d o s para hacerles entrar e n
Madrid cubiertos d e andra-
jos y que vmds, creyesen
que e l
exército anda desnu-
d o» .
(¿Dónde habrán
c o m -
prado
lo s
franceses tantos
harapos y arrapiezos (sic)
para vestir en un instante
30.000 hombres? ¿Si les ha-
brán dado también alguna
cosa d e brujería para poner-
le s aquellas caras d e hamb re
y d e miseria con que e l d ía
siguiente
de la
acción
les vi-
m o s
ent rar
en
Madrid?).
M á s
adelante
se
plantea
u n
problema
qu e la
propaganda
de los dos bandos h a discu-
tido muchas veces
en ese
tiempo. L o s franceses y na -
turalmente
los
afrancesados
sostienen q u e l a s guerras
deben de se r limpias, claras
y
precisas.
Q u e
cuando
l a ba -
talla termine
y se
entregue
u n ejército derrotado, se en-
« H o m b r e c o n l o s b r a z o s e x t e n d i d o s » , g r a b a d o d e G o y a . ( M u s e o B o y m a n s - v a n B e u n i n g e n .
Rotterdam).
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tregüe también
el
país
e n -
tero
y se
firme
la paz . Así ha-
b ía ocurrido e n Prusia, e n
Austria,
en
Italia. Pero
en
España
la
idea
d e l
patriota
respaldad
po r e l
gobierno
e r a m u y
distinta.
L a
inva-
sión había herido
a
todos
y
cada
u n o y
contra ella, cual-
quier método
e r a
bueno
y lí-
cito.
Si
alguien
se
rendía
lo
hacía po r su cuenta y riesgo
pero
el
resto
de los
esp añoles
seguía luchando
s in
descan-
so . Las palabras dadas no te -
nían valor porque
e l ene-
migo n o merecía ninguna
caballerosidad.
Así el pa-
triota cordobés quiere
q u e
e n Madrid ayuden a escapar
a los
prisioneros
d e
Ocaña
aunque su rendición tenga
comprometida
su
palabra
« L o q u e
importa sobretodo
e s q u e
nuestros amigos
d e
Madrid hagan quanto p u e -
d a n
para
q u e l o s
prisione ros
se escapen y vuelvan a l exér-
cito...
q u e
juren,
n o
importa;
q u e
estos jurame ntos
s o n p a -
labras que s e lleva e l viento;
y a un traidor, traidor y m e -
dio».
Escándalo d e l redactor de la
Gazeta: «(Esto ya es cosa
m u i
seria
y
merece algo
m á s
que l a rechifla y la ironía.
¿ E s
esta
la
disciplina
y los
principios d e l honor q u e t r a -
t a n d e
inspirar
a los
exérci-
tos?
¿ E s
esta
la
moral
q u e
predican lo s que dicen q u e
defienden
la
causa
de la
reli-
gión?... Los que hablan y
piensan
d e
este modo
no son
españoles y nosotros renun-
ciamos para siempre
a su
hermandad
q u e n o s
deshon-
ra )» .
E l último párrafo de la car ta
cordobesa e s típico de un es -
tado psicológico
d e
guerra.
L os
enemigos,
e n
principio,
dicen sólo falsedades. Oírlas
sólo tiene interés como
e le -
mento cómico: «Diganos
v m d . l a s ment i ras que los
franceses esparcen
en esa
parte para q u e n o s riamos;
porque aqui
ya
sabemos
a
q u e atenernos».
L a carta interceptada venía
dirigida
a don
Antonio
M a r -
tínez Izquierdo, calle Mayor
en Madrid y a esa noticia la
«Gazeta»
le
pone
u n
colofón
q u e causa u n repeluzno a l
europeo
q u e h a
vivido,
la ex-
periencia e n u n a ciudad
ocupada
p o r
alguien cuyas
ideas
n o
comparte.
L a
nota
sarcást ica de l periódico d e
Madrid dice
as í : «El
autor
d e
esta carta
n o
sabía
que su
amigo había sido enviado a
Bayona tres meses hacía
p o r
profesar
t a n
santos princi-
pios». (Gazeta d e Madrid,
7-XI-1810).
Volvamos a l campo contra-
r io . Los periodistas de la
«Gazeta
de la
Regencia»
e n
Cádiz
h a n
obtenido otra
carta interceptada; esta vez
es de un ministro del go-
bierno
d e
José
I.°, la
réplica
i r á
también
e n
este caso tras
cada párra fo q u e despierte l a
indignación
o la
hilaridad
d e l
redactor. Dice
e l
afrance-
sado D . Pablo Arrivas a su
rey:
«Señor.
L a
capital
de V.M.
está tranquila
(Ni la
capital
de V .M.
está tranquila
ni
tampoco está la conciencia
d e quien lo dice.) ... «sería
mejor
y m u y
útil,
s i e l nú-
mero d e tropas... lo permi-
tiese, ocupar
ese
punto
m u y
17
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importante p o r s u situación
y corta distancia de la capi-
tal».
(Aqui viene a confesar
que le faltan al rey intruso
tropas en Madrid, en la
Mancha y en la Alcarria
para apoderarse
de un pun-
to tan importante; que por
consiguiente no han entra-
do en España los grandes
refuerzos
con que
amena-
zan...)
Quiere
el
periodista
combatir d e esta manera e l
recelo d e q u e aquellas noti-
cias fueran ciertas;
al fin y al
cabo
la
figura
de
Napoleón
v
su
«grande armée» estaba
presente en todas l a s con-
ciencias españolas; tras e l
odio había mucho respeto.
Sigue
la
acusación
d e
todas
l a s
guerras;
lo s
enemigos
ma ta n a los prisioneros. «El
general Belliard h a puesto a
m i
disposición quatro
b a n -
didos
que s e han
cogido
en
Orozco
c o n s u s
armas para
que los haga juzg ar inmedia-
tamente y as í será».
«Bandidos, llama este trai-
dor a los
desgraciados
her-
manos suyos q u e defienden
la causa de la patria y como
fiel executor de las iras de
Napoleón, ofrece que los
hará ahorcar
q u e
esto quiere
decir juzgar en e l vocabula-
r io de l nuevo código de san-
gre...» También se habla
mucho
de la
resistencia
o b s -
tinada
d e
Cádiz.
« E l
patri ota»
precisa co n cierta chulería
lo s términos (Si, obstinada
será la resistencia d e Cádiz
cuando haya de tratar en su
defensa; hasta ahora y van
d o s
meses, nadie
la ha
ofen-
dido ni se atreve a ofenderla
y así no tiene a quien resis-
t i r ) .
M ás
abajo
las
noticias
del se-
ñ o r
Arrivas permi ten
al
redac-
t o r gaditano ahond ar en el he-
cho , totalmente cierto, de la
libertad
con que se
movían
p o r
España
lo s
generales
franceses obedeciendo órde-
n es directamente del Empe-
rador
y no )as de) rey
José
d e
quien, en principio, depen-
dían.
«V.M. sabrá la s órdenes del
Emperador para
q u e a d e -
m á s d e entregar al pagador
general d e l exército e l pro-
ducto
d e
todas
l a s
contribu-
ciones ordinarias
y
extraor-
dinarias, se exijan diez m i-
llones a la provincia d e B u r -
gos». (Aqui se descubre que
el
gran tirano dispone dentro
de los estados q u e cedió a su
hermano y s in consenti-
miento ni noticia de este fan-
tasma coronado, de la suerte
y
la
hacienda
de sus pue -
blos)... «debo añadir
a V.M.
que e l
general Louisson
n o
contento co n haber arrui-
nado a la Rio ja, resentido d e
la
orden
de V.M. , ha
escrito
al Emperador asegurándole
q u e e n
aquellas provincias
había d o s años que no s e pa -
gaban n i aun las contribu-
ciones ordina rias
y q u e
creí a
que lo mismo sucedía a las
<v
m
m
- * * •
\m
*v
mm
a
t
i
M
f
% pW
Entrada d e N a p o l e ó n e n Madrid ( e l 5 d e d i c i e m b r e d e 1808). Cuadro d e A . Carnicero , e n e l M u s e o R o m á n t i c o d e Madrid.
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Joachim Murat. mariscal d e Francia y r e y d e Ñapóles . (1767-1815) .
trópico). («Gazeta
de la Re-
gencia». Cádiz, 17-1V-1810).
L as
últimas írases están
p i -
diendo a gritos el dibujo
humorístico c o n l a s caras
alargadas
y las
narices
g i-
gantes
q u e
eran costumbre
en la caricatura de la época.
L a
alusión
a la
cédula
i ro -
niza sobre la manía legisla-
tiva
(en
grandísima parte
bien intencionada)
de
José
I
v la
referencia
a la
filan-
tropía e s burla típica del
mundo francés
de l
XVIII
d e
donde provenían
lo s
minis-
tros
de l r ey
José
(... y
much os
de los que en e l
mismo Cádiz
estaban elaborando la Cons-
titución
d e l
reino...).
S o n pocos pero creo que re -
veladores ejemplos de la
gran importancia
q u e
tuvo
en
España
la
propaganda
impresa en la guerra de la
Independencia. Como
en la
campal jugaron e n ella po r
ambo s lados la astucia, la es-
trategia,
la
táctica,
la sor-
presa
y el
golpe inesperado.
S u violencia f u e grande y ya
q u e s u s
autores
n o
podían
matar físicamente
a l ene-
migo, al menos intentaron
acabar con l a confianza en la
causa respectiva
y la
fama.
No se
mataba
a l
individuo
pero se intentó asesinar su
buen nombre.• F . D.-P.
demás». Se lo ponían fácil al
redactor gadi tano: (Aqui
vemos
q u e
respeto,
n o
digo
obediencia tienen
l o s
gene-
rales franceses al hermano
de su
emperador
a
quien
re-
curren c o n chismes para que
lo s
autorice
en sus
iniquida-
des y
extorsiones. Bien saben
estos generales hasta donde
llega
la
autoridad
de
este
rey
de
burla
a
quien solo acom-
pañan
en
comitiva armada
quando
lo
llevan
a
paseo
por
esas provincias, enseñándole
como
un
saltimbanqui
que
vende felicidad
e n
cédulas
y
palabras d el conjunto filan-
«¿POR QUE?-, grabado d e G o y a . d e l a s e r l e « L o s d e s a s t r e s de la Guerra». (Museo
d e l Prado).
19
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L a
"AYUDA' exterior
U.S. A .
Javier Fisac Seco
T TNO délos momentos más difíciles por los que pasó el programa
U de «ayuda» al exterior de los Estados Unidos fu e superado
por la victoria electoral del general Eisenhower, en 1952. Su pro-
grama político
se
apoyó,
con
fuerza,
en la
ayuda
al
exterior, conver-
tida
en un
poderoso instrumento para mantener
la
continuada
ex-
pansión de la hegemonía norteamericana sobre el mundo bajo in -
fluencia imperialista occidental.
Enla fotograf ía aparece e l g e n e r a l E i s e n h o w e r ( s e p t i e m b r e d e 1 95 2) , c u a n d o e r a | e f e d e l a s f u e r z a s d e l a O TA N. A s u d e r e c h a . e l
general Marshal l (inspirador
d e l
P lan
d e
A y u d a
q u e
t o m ó
s u
nombre) ,
y a la
i zquierda
d e
E i s e n h o w e r ,
e l
e n t o n c e s p r e s i d e n t e
d e
l o s Estados Unidos, Harry Truman, y s u s e c r e t a r i o d e E s t a d o , D e a n A c h e s o n .
20
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I .
desde
la
postguerra
a 1963
UPERADA la situación
sociopolíticamente c r í -
tica en que se encontraba la
Europa capitalista, y m u y
especia lmente Francia y
Gran Bretaña, cuando tras la
II Guerra la Europa occiden-
t a l
estaba deshecha,
s in
fuerza frente
a los
ejércitos
soviéticos
que se
encontra-
b a n a g r i l l a s de l Elba y el
Danubio, la política exterior
d e Estados Unidos se reor-
ganizó, inspirada por la
nueva política exterior d e
J . Foster Dulles, s ecr eta rio
d e Estado, aumentándose la
ayuda que se prestaba a
otros países, como Corea del
S u r y China nacionalista.
La etiquetación d e «ayuda»
a la concesión de un emprés-
tito por el que se pagaba u n
interés convenido y por el
que se
toman medidas para
s u posterior amortización, e s
un
descarado eufemismo.
Esta «ayuda», q u e s e presta,
generalmente, e n condicio-
n e s onerosas , perseguía
apuntalar, afianzar
y
forta-
lecer posiciones políticas d e
u n carácter claramente he-
gemónico.
E s
ésta
l a más po-
derosa razón
de los
Gobier-
n o s d e
Estados Unidos para
pedir q u e s ea continuada y
aumentada;
y
Kennedy
n o
pudo escapar
a
esta necesi-
d a d
imperativa
d e
mantener
la
posición hegemónica
d e
los EEUU d e Norteamérica.
Esta ayuda, diversificada
en
varios conceptos, f u e pres-
tando, cada
vez
mayor aten-
ción, a la ayuda específica-
mente militar. Entre el 1 de
julio de 1945 y el 30 de junio
de 1962 la
ayuda exterior
norteamericana alcanzó las
siguientes cifras e n millones
d e dólares:
tfJ NO ORIENTE
YUD
NORTE MERIC N
e * m i l l o n e s o e o o l a r e s
200
E C O N O M I C
M I L I T R
ORIENTE MEDIO Y
SUR DE SI
21
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EUROPA
Alemania Occ iden ta l
Austr ia
B é l g i c a - L u x e m b u r g o
Berl ín
D i n a m a r c a
E sp a ñ a
Franc ia
H o la n d a
I n g l a t e r r a
I r l a n d a
I s l a n d i a
I ta l i a
N o r u e g a
Polonia
Por tuga l
Suecia
Yugos lav ia
R e g io n a l (1)
Económica
4.047.5
1.173,8
739.5
1 3 1 . 0
300.3
1.173.6
5.175,6
1.228,6
7.668.2
1 4 6 , 2
7 0 , 2
3.463.3
349,8
522.6
1 5 2 . 1
1.08,9
1.703,0
7 1 8 . 4
28.872,7
Militar
9 5 1 , 9
1.256,4
605,3
537,7
4.262,4
1.252,8
1.045,0
2.292,5
797,0
336,6
693,9
1.908,6
15.939,8
Total
4.999,4
1.173.8
1.995.9
1 3 1 , 0
905,6
1.711.3
9.438,0
2.418.4
8.713,2
1 4 6 , 2
7 0 , 2
5.755,8
1.146.8
522.6
488.7
1 0 8 , 9
2.396.9
2.627,0
44.812,5
EXTREMO ORIENTE
Económica
Militar
Total
B i r m a n i a
9 5 , 4 9 5 , 4
Camboya 248 ,6 8 5 , 9 334,5
Corea
3.431,4. 2.002,2 5.433,6
C h in a n a c io n a l i s t a
2.051,6 2.376,7
4.428,3
Filipinas 1.334,4 4 1 8 , 8
1.753,2
I n d o c h in a ( a n t e r i o r
a 1954)
825 ,6 70 9, 6 1.535,2
Indonesia 670,0
670,9
Ja p ó n
2.660,7 1.033,1
3.693,8
Laos
2 9 1 , 9
1 6 9 , 8
4 6 1 , 7
Malaca
2 3 , 2
2 3 , 2
T a i l a n d i a 3 8 6 , 1 4 1 7 , 8 753,9
V ie tn a m
1.609,3
742,4 2.441,7
S.A.T.O 1,8 1,8
Regional
A | W
4 1 , 9 4 6 1 , 1
503,0
13.743,2 6.4 17, 3 22. 160 ,5
22
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ORIENTE MEDIO
Y
S U R D E ASIA
Totalconómica
Arabia Saudí
Chipre
Grecia
Irán
Iraq
Israel
J o r d a n i a
Líbano
R . A . U
Siria
T u r q u í a
Yemen
C . E n t . O
Afgani s t án
Cei lán
India
Nepal
Paki s t án
C u e n c a
d e l
Indus . P royec t o pa ra
e l d e s
a r r o l l o d e l r í o
Regional
El p r e s i d e n t e d e i o s E s t a d o s U n i d o s , g e n e r a l E i s e n h o w e r (a la d e r e c h a d e l a fotograf ía) , y s u s e c r e t a r i o d e Estado, John Fostcr
Dul l es , e n 1 9 5 8 .
23
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LATINOAMERICA
Económica
Militar
Total
Argen t i na
596,5
4 4 , 0
640,5
Bol ivia
254,9
3 , 5
258,4
Brasi l
1.736,8
2 1 5 , 9
1.952,7
Chile
675,6 6 2 , 2 737,8
Col ombi a
360,7
4 7 , 8
408,5
Costa Rica
8 9 , 1
0 , 8
8 9 , 9
Cuba
4 1 , 5
10 ,6
5 2 , 1
E c u a d o r
1 1 3 , 1
2 5 , 2
1 3 8 , 3
E l S a l v a d o r
3 9 , 6
1,1
4 0 , 7
G u a t e m a l a
1 5 8 , 2
4 ,4
1 6 2 , 6
Hai t í
9 4 , 6
6 ,2
1 0 0 , 8
H o n d u r a s
4 3 , 0
2 , 3
4 5 , 3
J a m a i c a 8 , 8 8 ,8
México
760,7
6 ,2
766,9
N i c a r a g u a
6 5 , 1
3 ,8
6 8 , 9
P a n a m á
9 9 , 9
0 ,9
1 0 0 , 8
P a r a g u a y
5 7 , 9
1 , 4 5 9 , 3
Perú
3 8 1 , 7
8 3 , 6
470,7
R e p ú b l i c a D o m i n i c a n a
3 9 , 3 6 , 1
4 5 , 4
U r u g u a y
5 8 , 7
2 9 , 5
8 8 , 2
Venezue l a
220,9
5 2 , 9
273,8
Ind i a s Occ i den t a l e s
2 2 , 5
—
2 2 , 5
G u a y a n a b r i t á n i c a 3 , 5 3 ,5
H o n d u r a s b r i t á n i c a s
2 , 4
2 ,4
S u r i n a m
3 , 4
3 ,4
Regional
262,0
7 ,4
269,4
6.195,5
6 1 6 , 1
6.811,6
Distribución de l a s fuerzas arm adas norteamericanas en e l exterior y número de la bases principales d e
lo s Estados Unidos fuera d e l país.
24
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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NOTAS PARA TODOS
L O S
CUADROS
1) En los gastos regionales van incluidos los programas multilaterales para
regiones determinadas.
En
Europa
se
incluye
la
OTAN.
2) Ha
habido ayuda
de
carácter militar,
no
especificada
por su
carácter
de
secreta.
3) En esta suma se incluye ayuda a organizaciones internacionales.
25
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Durante la Administración
demócrata
de l
presidente
Kennedv,
se
nombró
u n a
/
9
Comis ión in tegrada
p o r
banqueros, militares, econo-
mistas, políticos, aboga dos y
empresarios
con la
finalidad
d e hacer u n estudio inme-
diato
de la
ayuda militar
y
económica para establecer si
el
nivel
v
distribución
de es -
to s
programas
e r a u n a
apor-
tación material
a la
seguri-
dad de los
EEUU
y si
estaba
dirigida
d e
manera especí-
fica hacia metas alcanzables
d e estabilidad política en los
países
d e
influencia imperia-
lista. L a Comisión, dirigida
po r e l general Lucius D. Clay,
elaboró u n informe en el que
revisaba el programa d e
ayuda al exterior, partiendo
de la
siguiente considera-
ción: «Las enm ien das
a la ley
sobre
el
Desarrollo Interna-
cional de 1961, fueron bene-
ficiosas, especialmente
la
enmienda Hockenlooper ,
q u e
requiere
la
suspensión
de la ayuda a los países q u e
expropien
los
intereses
d e
propiedad privada nortea-
mericana
s in una
compensa-
ción adecuada
y la
estipula-
ción
q u e
prohibe conceder
ayuda a los países comunis-
t a s , salvo en circunstancias
extraordinarias».
E l
informe
de la
Comisión
Clay se convirtió en uno de
los argumentos m á s podero-
so s para reducir d e u n a m a-
nera radical
el
volumen
de la
ayuda a l exterior. Antes d e
s e r dado a conocer, el presi-
dente
de la
subcomisión
d e
Operaciones
en el
Exterior
de la Cámara d e Represen-
tantes. Otto
E .
Passman,
declaró
q u e e r a
necesario
27
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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GASTOS E N 1 9 6 3 - 6 4
(Presupuesto c.ámtmstratí\>o}
1963 1964 1963 1964
C
I
U
Í
S
p q r g aflcs fiscales
(Datos oficiales).
3 0
2 5
2 0
15
1 0
MILES
DE
M l L L O N S S
D E
D O L A R E S
e u d a s a c c f f o p)
1 9 5 8 1 9 5 9 1 9 6
1 9 6 1
1 9 6 2
3 0
25
20
1 5
1 0
L a s reservas o r o d e l o s Estados Unidos y las deudas a corto plazo, e n
teoría convertibles e n o r o e n cualquier momento, c o n acreedores
extranjeros . ( L a s reservas o r o , hasta diciembre de 1962; l a s deudas,
hasta octubre).
reducir
en
2.400 millones
d e
dólares lo s cálculos presi-
denciales sobre el presu-
puesto de la ayuda a l exte-
rior,-
q u e
entonces
e ra de
unos 4.900 millones d e dóla-
r es , posteriormente rebaja-
d o s en unos 500 millones, lo
cual anunciaba e l propósito
28
d e dejar en la mitad aproxi-
madamente lo que se había
insistido en que e ra l o mí -
nimo posible para atender
l a s obligaciones y compro-
misos de los EEUU. Según
Passman, e r a absolut amente
n e c e s a r i o « m o s t r a r a l
mundo q u e n o vamos a se-
guir siendo unos pazgua tos ».
L a Comisión Clay reco-
mendó
q u e
fueran introdu-
cidas reformas
y se
hicieran
reducciones, d e unos 500 mi -
llones d e dólares para empe-
za r ; pero s in perder d e vista
q u e muchos de los países q u e
recibían ayuda «son nues-
tros aliados y algunos perte-
necen a alianzas con l as cua-
le s estamos asociados». E s-
to s países, añad e, son los que
reciben ahora,
la
mayor
parte
de la
ayuda exterior
d e
los EEUU, pero también
cuentan co n m ás d e d o s m i -
llones d e hombres arma dos y
listos para cualquier necesi-
d a d
urgente.
Si
bien
s u s
ejér-
citos son , en cierto modo, d e
naturaleza estática, a menos
q u e surja u n a guerra gene-
r a l ,
ayudan, materialmente,
a
fortalecer
al
mundo (capi-
talista) libre mientras las
fuerzas militares convencio-
nales sean necesarias.
P u -
diera s e r m á s conveniente
reducir nuestro propio p r e -
supuesto d e defensa antes
q u e interrumpir el apoyo
q u e hace posible esta apor-
tación.
Queda también
u n a
finali-
d a d importante, a l a qu e est a
Comisión prestó atención
a l
advertir
q u e h a y
países
« cu -
y a s fuerzas militares actua-
les son valiosas en su mayor
parte
p o r
razones
d e
seguri-
d a d interna. A un cuando
pertenecen
a
alianzas
con l as
cuales estamos asociados,
creemos
que e l
nivel actual
d e apoyo a estas fuerzas, p a r -
t i c u l a r m e n t e c o n a r m a s
complicadas, n o puede ser
considerado como esencial
para la seguridad d e l mundo
libre. Para estos países q u e
poseen considerables recur-
s o s propios, h a llegado el
momento d e adoptar reduc-
ciones en la ayuda militar y
económica».
E n general, el informe hace
la s siguientes recomenda-
*
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 29/128
ciones:
« N o
podemos dejar
esta región
(la
oriental)
del
mundo s i n u n a referencia
especial a Indonesia. Por ra -
zones
d e
población, recurs os
y posición geográfica es de
especial preocupación para
el mundo libre. N o vemos
cómo
se
puede conceder
ayuda
a
esta nación
p o r
par te
d e l o s
países
de l
mundo libre a menos q u e
ponga s u casa e n orden,
ofrezca mejor trato
a los
acreedores y empresas ex-
t ranjeras
y se
abstenga
d e
part icipar en aventuras in-
ternacionales. . .». Para
e l
Congo,
y d e
hecho para todo
el
mundo africano, estima
la
Comisión que los EEUU h a n
concedido m á s ayuda de la
q u e
pudiera considerarse
re -
comendable,
y h a
llegado
la
hora
de que los
países
de la
Europa occidental «sopor-
ten la mayor parte d e u n a
ayuda necesaria».
Respecto
a
Italia,
a
pesar
d e
su s
problemas especiales,
debería destinar partid as del
presupuesto
a la
ayuda,
a la
expansión
de l
volumen
y la
liberación
de las
condicione s
en que s e
presta,
a s í
como
qu e el
Canadá aume nte
e l vo-
lumen
de la
ayuda,
que e l
Reino Unido rebaje lo s tipos
d e
interés
y
aumente
el vo-
lumen
de su
ayuda
a los pa í -
se s
independientes
y en es-
tado
d e
desarrollo,
que Ale-
mania eleve
el
volumen
de la
ayuda, q u e Francia suavice
l a s
condiciones fuera
d e
Africa y que e l Japón t a m -
bién suavice
la s
condicio-
nes... «La experiencia nos
hace dudar—continúa
el in-
forme— de la capacidad d e
la
A.I.D. para movilizar
el
potencial human o
d e
alta
ca -
lidad
que e s
necesario para
desarrollar bien
y
superv isar
como es debido todos los
programas
d e
ayuda técnica
e n marcha, p o r u n total
aproximado
de 380
millones
d e dólar es anual es. Reco- ofrecen a la vez unos ingre-
mendamos
que los
nuevos
so s
considerables
e n
dólares
pro gra mas queden radical- procedentes de los gastos d e
mente reducidos hasta
q u e
nue stro personal
y
unas
po-
la
totalidad
de los
progr a- sibilidafles sustanc iales
d e
m a s actuales s e a objeto d e empleo para la mano d e obr a
u n a
revisión compl eta.. .». local.
«L a
Comisión
h a
examinado
L a
ayuda
co n
tales propósi-
la
ayuda económica
y
mili-
t o s
debería
se r
considerada
t a r q u e l o s Esta dos Unidos com o costo d e defensa y en
prestan
a
ciertos países
a
consecuencia
no se
debería
cambio d e bases. E n muchos presta r ayuda económica d e
casos,
el
costo práctico
p a -
ning una clase.
S e
deberían
rece excesivo, part icu lar - hacer todos lo s esfuerzos p o-
niente allí donde la s base s sibles p o r reducir la ayuda a
Genera l Luc ius 0 . C l a y . C o n s e j e r o e s p e c i a l d e l pres idente Kennedy sobre la s i tuac ión
d e Berlín .
29
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El g e n e r a l E i s e n h o w e r y Richard Nixon. e l evan s u s b r a z o s e n s e ñ a l d e victoria, durante la C o n v e n c i ó n c e l e b r a d a e n C h i c a g o el 11 de
julio d e 1 9 5 2 . P o s t e r i o r m e n t e s e r í a n e l e g i d o s , r e s p e c t i v a m e n t e , P r e s i d e n t e y V i c e p r e s i d e n t e d e l o s E s t a d o s U n i d o s . ( E n l a f o t o -
graf ía ,
e n
c o m p a ñ í a
d e s u s
r e s p e c t i v a s e s p o s a s ) .
países extranjeros a cambio
d e
estos derechos, especial-
mente a España y Portugal,
q u e h a n
sido
ya
compen sadas
m á s q u e suficientemente., p o r
otra parte, lo s intereses de la
seguridad de los Estados
Unidos requieren e l mante-
nimiento d e nuestro p r o -
grama
d e
ayuda mili tar
d u -
rante algunos años más , s i
bien debería s e r reducido
progresivamente a medida
q u e l a capacidad económica
d e quienes la reciben mejore.
P o r
últ imo,
se
llega
a
esta
conclusión: Nuestro examen
d e lo s
programas
d e
ayuda
de los
Estados Unidos
al ex-
t ranjero y la consideración
q u e se l e s presta e n este in -
forme s e h a n asentado en el
criterio riguroso d e su valor
para la seguridad d e nue stro
país
y del
mundo libre.
N o
n o s expresaríamos como e s
debido d e haber dejado d e
tener e n cuenta los intereses
adicionales d e nue stro país y
d e
nuestro pueblo
en e l p ro-
pósito y efecto d e estos p r o -
gramas. . . P o r esta razón, d e -
seamos señalar q u e l a nece-
sidad para e l desarrollo de la
ayuda y el interés de los Es-
tados Unidos e n proporcio-
narla, continuaría incluso
en e l caso d e q u e mañana
mismo hubieran quedado
resueltas
la
guerra fría
y to-
d a s nuestras mayores dife-
rencias políticas con los co-
munistas. Esto no se debe
sólo a tratarse d e algo q u e h a
llegado a se r par te d e l a t r a -
d i c i ó n n o r t e a m e r i c a n a ,
como
es el
mostrar preocu-
pación p o r l o s sufrimientos
de los que son menos afortu-
nados
q u e
nosotros. Esto
e s
as í , n o sólo porque redunda
en beneficio d e nues t ro p r o -
p io
interés nacional,
a l ase-
gurar mercados para nues-
t r a producción v fuentes se -
guras para el abastecimiento
d e l a s materias primas nece-
sarias. Por ser e l deseo del
pueblo de los Es tados U n i -
d o s e l vivir en un mundo q u e
s s a próspero y esté en p az ,
creemos nosotros ( los auto-
r es d e este informe), q u e esas
30
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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naciones
que s e
esfuerzan
se-
riamente p o r fomenta r su
propio desarrollo, deberían
recibir nuestra ayuda y la de
nues t ros asoc iados pa ra
crear
y
mantener
l a s
condi-
ciones q u e desembocan e n
u n p ro g re so e c o n ó mic o
constante
v en un
bienestar
social mejorado dentro del
marco de la libertad políti-
ca» . S i una
constante
de to-
dos los Gobiernos norte-
americanos viene siendo la
d e
mantener
u n a
política
ex -
terior q u e garantice su posi-
ción hegemónica y p o r tanto
el control sobre lo s países
q u e están sometidos a la es-
fera
d e
influencia
d e l
impe-
rialismo, otra cosa
m u y d i s -
t in ta son los criterios y m é -
todos d e aplicación d e esta
«ayuda» según sean demó-
cratas
o
republicanos quie-
n e s gobiernen. Si los gobier-
n o s demócra tas se vienen ca -
racter izando
e n
política
ex -
terior, p o r s u mayor libera-
lismo
a l a
hora
d e
exigir
a los
gobiernos extranjeros cier-
t o s cambios en la fo rma d e
dominación m á s propensos
hacia formas democráticas,
l o que ha
hecho
m á s
fáciles
lo s
cambios políticos
que s e
h a n producido, e n concreto
c o n Cárter, lo s republicanos
s e h a n caracterizado po r su
apoyo a las líneas duras,
como ocurrió c o n Nixon-
Kissinger,
s in i r más
lejos.
E l
triunfo
d e
Reagan traerá,
necesariamente, u n cambio
en l a política exterior d e
EEUU q u e abr irá u n a nueva
época, ajustada a las necesi-
dades
d e l
imperialismo para
poder afrontar
u n a
crisis
ge-
neralizada d e l sistema capi-
talista, recurriendo a un en -
durecimiento
en las
f o r m a |
d e
dominación
a la que no
escapa rá Europa, como ya se
viene constatando con e l
triunfo electoral de l a s dere-
chas europeas. • J . F. S.
D e izquierda a d e r e c h a , l o s e x p r e s i d e n t e s T r u m a n y E i s e n h o w e r , y e l e n t o n c e s p r e s i d e n t e K e n n e d y , d u ra n t e l o s f u n e r a l e s c e l e b r a -
d o s e n T e j a s e n m e m o r i a d e S a m Rayburn, q u e f u e p r e s i d e n t e d e l a C á m a r a d e R e p r e s e n t a n t e s d e l o s Estados Unidos (1961) .
31
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A los sesenta años del f in
Enero
de 1921
::
y . " * '
v % v i
•i-í si:-
ü
¡m
m
»f®S
ACE
ahora sesenta años,
en los
inicios
de 1921,
finalizaba
la gue-
rra
civil rusa.
A los
iniciales intentos contrarrevolucionarios
apoyados
por los
países occidentales para derribar
al
naciente
poder soviético, seguirá la obligada aceptación de la realidad del fortale-
cimiento del nuevo régimen. Solamente comparable en este siglo al
apasionamiento despertado
en
Europa
por la
guerra civil española,
el
conflicto interno ruso anima
y
divide durante tres años
a la
opinión
pública y a los gobiernos de los países democráticos. De hecho, la guerra
civil servirá
en
definitiva
de
forja para
el
sentimiento patriótico soviético,
fortaleciendo
al
régimen
y, a
otro nivel, haciendo posible
la
creación
del
Ejército Rojo, forina más visible del expansionismo estaliniano que, a
mediados del año 1945, ocupará alguno de los centros más vitales del
continente europeo.
V.
'' í:
...
• K
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8
íi ijifri iilf11 v • •
ííí.,> -
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m .
3
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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N i c o l á s
II y el
zarevi tch
c o n l a s
c u a t r o g r a n d e s d u q u e s a s , r o d e a d o s
por la
Guardia Imperial
e n e l
p a r q u e
d e
Tsarkoie Se lo .
S o n l o s
úl t imos d ias d e l a monarquía rusa .
La paz de Brest-Litovsk:
lo s
inicios
de la
intervención extranjera
I \ ESDE lo s primeros momentos de la re-
\ j volución rusa , e n febrero de 1917 , g ru-
p o s
decisorios civiles
y
mil i tares
de la Ale-
mania e n guerra intentan aprov echar a l m á -
ximo
u n a
situación única
q u e
puede resultar
d e enorme utilidad e n varios aspectos. Por
u n a parte, la convulsión revolucionaria n o
puede dejar de tener consecuencias a m u y
corto plazo sobre la organización y la moral
d el ejército ruso, cuyos altos mandos son
ahora puestos en ent redicho por l a amplia
base, compue sta
p o r
miembros
d e l a s
clases
aparentemente beneficiadas p o r e l cambio
revolucionario. Otro aspecto
de la
cuestión
no es menos importante q u e e l debilita-
miento militar: se t ra t a d e l fundamental
tema económico. Casi agotada
por la
dura-
ción
d e u n a
guerra
d e
cerco, Alemania precisa
tanto proveedores seguros d e materias p r i -
m a s como mercados d e colocación d e p r o -
ductos manufacturados y terreno propicio
para la inversión d e capitales excedentes. L a
inmensa Rusia,
con su
organización trasto-
cada aparece ahora como u n inmenso y
aprovechable campo pa ra todas estas activi-
dades.
S in embargo, el Gobierno Kerenski m a n -
tiene s u s compromisos con los aliados y no
ret ira a Rusia de la guerra. L os meses q u e
median entre
l a s d o s
convulsiones revolu-
cionarias v a n a observar, pues, toda u n a
larga serie
d e
intentos alemanes para provo-
c a r u n vuelco en la situación. E l acceso d e
Lenin
a
Petrogrado
a
través
d e
Alemania será
el factor externo determinante d e esta acti
T
tud de los mandos germanos, decididos a
destruir
el
débil ensayo
d e
democracia
d e
corte socialdemócrata
a l a
europea
que in -
tentan
los
grupos moderados instalados
en el
poder en Rusia. Elevado Lenin al poder p o r
la fuerza d e l empuje bolchevique y la debili-
d a d y desunión d e s u s oponentes políticos, la.
situación se viene a clarificar rápida mente.
Lenin necesita u n a tregua para iniciar e l ca-
mino de la revolución, a s í como inmediatos
auxilios económicos ante
la
catastrófica
si-
tuación q u e presenta el país, lo que hace pe -
ligrar
la
supervivencia
d e l
sistema recién
implantado.
A pesar de los intentos de los aliados p o r
mantener a Rusia dentro d e l conflicto, los
bolcheviques se inclinan ante l a s presiones
alemanas.
De
esta forma,
a u n a
serie
d e
acuerdos d e p a z f i rmados con los países limí-
trofes
e n
lucha,
lo s
delegados soviéticos
aceptarán
en la
ciudad polaca
d e
Brest
L i-
tovsk l a s condiciones alemanas, tras u n a s e -
r ie de hechos confusos y contradictorios q u e
3 3
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 34/128
M a r z o d e 1 9 1 7 . T r o p a s r e v o l u c i o n a r i a s a b a n d o n a n P e t r o g r a d o p o r ferrocarril. H a c a í d o e l régimen zari s ta y e l Gobierno Provi s ional s e
h a h e c h o c a r g o d e l poder .
e n muchos momentos parecieron hacer peli-
grar la consecución d e l tratado, firmado f i-
nalmente
e l d ía 3 de
marzo
de 1918. Por é l ,
Rusia, a cambio d e u n a p a z q u e necesita d e-
sesperadamente, es despojada d e unos terri-
torios q u e totalizan u n a ci fra n o inferior a l
millón
y
medio
d e
ki lómetros cuadr ados,
con
unos sesenta millones
d e
habi t an tes
e n
total.
S e
añade además
el
reconocimiento
de la
independencia ucraniana, colocando
a la re-
gión bajo mando directo alemán, ejercido
p o r medio d e autoridades locales encabeza-
d a s p o r e l
hetmán Skoropadski , gobernante
títere
de los
ocupantes
(1).
Alemania,
e n
posición
d e
fuerza, pero
t a m -
bién precisando urgentemente la paz en el
Este, ofrece
a
cambio
d e
estos sacrificios
y
servidumbres polí t icas
y
económicas
la po-
sibilidad
de que los
bolcheviques inicien
su
programa
d e
nacionalizaciones
e
inicial
es -
tablecimiento
d e l
sistema social
y
econó-
mico previsto
en
teoría
po r lo s
ideólogos
de l
nuevo poder. D e esta forma, hasta noviem-
bre de 1918 ,
cuando
la
derrota alemana
marque el final de la guerra e n Europa, la
economía rusa está casi totalmente
e n m a -
n o s d e Alemania, q u e ocupa importantes
fracciones
d e
terri torio
de la
República
so-
viética.
La
intervención
extranjera
L a
posibilidad
d e
intervención
p o r
par t e
d e
lo s
países occidentales había aparecido
in -
1) Ver:
•Los ucranianos•,
en
TIEMPO
DE
HISTORIA,
.núm. 68. Julio de 1980.
mediatamente después
d e s e r
conocidos
los
decretos
d e
nacionalización
d e
todas
las in-
versiones extranjeras dentro d e Rusia. E l ge -
neral Foch preconiza, y a desde finales d e
1917, la creación d e u n
cordon sanitaire
c o n
la final idad d e evitar el contagio y expans ión
de la
revolución.
E n
base
a
estas
d o s
causas,
la s
potencias occidentales adop tan,
en el ve-
rano de 1918, la firme determina ción d e d e s -
t rui r e l régimen soviético a través de la
ayuda q u e prestarán a l a s fuerzas contrar re-
volucionarias
q u e
actúan
ya en e l
interior
d e
Rusia.
E n
esas fechas, tropas británicas
y
francesas
h a n
desembarcado
en e l
norte
d e
Rusia, mientras norteamericanos, japoneses
e
incluso italia nos hacen acto
d e
presencia
e n
el
extremo oriente.
Es e l
comienzo
d e l
cerco
que e l
mundo capi-
tal ista
va a
t ra t a r
d e
extender durante
los
siguientes tres años c o n e l propósito d e asfi-
xiar y hacer inviable l a existencia de un ré -
gimen q u e representa lo s principios m á s t e -
midos po r l a s burguesías dominantes en Oc-
cidente.
L a
demostración
de la
posibilidad
efectiva
q u e u n a
revolución tiene para
p r o -
ducirse,
y que los
hechos
d e
Petrogrado
h a n
demostrado
de la
forma
m á s
palpable,
va a
ser el
fan tasma
q u e
vuele sobre Europa,
q u e
en los
primeros meses
de la tan
deseada
p a z
conocerá
en su
propia carne
la
l lama
de la
revolución
(2).
Moscú enarbola ahora
l a an -
torcha
de la
revolución mundial. Mientras
s u
propio territorio va a se r desgarrado po r l a
2) Ver: *No\ iembre de 1918», en TIEMPO DE HISTO-
RIA, núm. 50. Enero de 1979.
34
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guerra civil
con
intervención extranjera,
los
acontecimientos d e signo revolucionario q u e
sacuden a la Europa central mantendrán
viva durante algún tiempo —centrado en el
año 1919— la
esperanza
de la
consecución
de
e s a
revolución mundial
q u e
empuja
a a m -
plias capas de l proletariado europeo, y que
aliviarían a la Rusia bolchevique de su soli-
taria posición ante el mundo. Los sucesos
revolucionarios d e Alemania y Austria; el
temporal éxito de l o s estallidos sociales ins-
titucionalizados
d e
Baviera
y
Hungría; todo
ello, par a las extensas capas sociales burgu e-
sas , no es más que un efecto de l o s aconteci-
mientos de Rusia. P o r ello, n o cabe m á s q u e
u n a enérgica acción para terminar definiti-
vamente
con la
causa
d e e s a
temida agita-
ción
q u e
amenaza
la
existencia mis ma
de los
sistemas demoliberales.
A lo largo d e toda la guerra civil —entre
septiembre de 1918 y enero de 1921— los
aliados
no van a
apor tar
en
ningún momento
material humano a uti l izar directame nte e n
la lucha, sino que su ayuda se concretará e n
la
aportación
d e
gran cantidad
d e
capi tales,
provisiones, armamento y municiones. Esta
acti tud, que les permite u n a total interven-
ción
s in
caer
en un
protagonismo físico
d i-
recto, se mantendrá a lo largo de las sucesi-
vas y compleja s vicisitudes p o r q u e atrave-
sará
la
conti enda civil rusa.
La
contención
d e
la revolución, unida a aspectos m á s concre-
tos y
tangibles, tales como
la
recuperación
d e
los
bienes
y
capitales depositados
en
Rusia
además d e l acceso al inmenso mercado q u e
representa
el
país
e n
total dislocación,
m a n -
tendrá
a s í
erguidas
l a s
armas hasta
que e l
triunfo final de los bolcheviques determine
la definitiva situación.
El
reparto
d e
influencias:
la insubordinación
de las
tropas aliadas
Desde
lo s
primeros momentos
de la
inter-
vención van a delinearse d e forma m u y c o n -
creta l a s diferentes zonas d e influencia q u e ,
sobre
el
territorio ruso,
se
repar ten
l as po -
tencias interesadas. La Gran Bretaña, la
primera potencia mundial
d e l
momento,
se
reserva el Cáucaso, deb ido a s u s yacimientos
d e
petróleo
y a su
.condición
d e
zona
m á s
cercana a su colonia de la India. Los británi-
cos pasan también a ejercer s u control sobre
la región del Don y , más al norte, sobre e l
litoral báltico. Francia, p o r s u pa rte , escoge a
Ucrania, donde se habían localizado l a ma-
y o r parte de los capitales q u e e l Gobierno d e
París había concedido e n emprésti to al ré-
gimen zarista, y q u e representaban funda-
mentalmente
el
ahorro
d e
amplios sectores
de la
pequeña burguesía francesa,
q u e
ahora
presionaba a su Gobierno para tratar de re-
cuperarlos. Añade además Francia
la
penín-
sula
d e
Crimea
y
grandes zonas
d e
Polonia
a
su sector d e influencia.
Japón aprovecha, por su parte, la circuns-
tancia para establecer u n a sólida cabeza d e
puente
en el
extremo oriental, frente
a sus
costas, alrededor de l gran puerto d e Vladi-
vostock.
Son los
inicios
de l
gran expansio-
nismo nipón, que en los años siguientes h a -
b r á d e
extenderse sobre
el
territorio chino.
Los Estados Unidos, fieles a su aislacionismo
y
dirigidos
po r l a
política pacifista
de Wil -
s o n , aportan simbólicamente, al igual q u e
Italia, algunas tropas, pero su presencia n o
tendrá
la
menor importancia
en e l
desarrol lo
de los acontecimientos. De hecho, la ayuda
aliada será e n todo momento, a lo largo del
conflicto, d e carácter dudoso, insuficiente y
disperso.
Francia
y
Gran Bretaña nunca llegarán
a
unificar posiciones para
u n a
acción común
El Kaiser Guil lermo II r e c i b e a l h e t m á n S k o r o p a d s k i , c a b e z a d e l
Gobierno t í tere q u e l a o c u p a c i ó n a l e m a n a h a i n s t a l a d o e n Ucra-
n i a e n l o s p r i m e r o s m e s e s d e l a ñ o 1 9 1 8 .
35
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fortalecedora
d e l
bando
a l q u e
apoyan. Gran
Bretaña respalda
a l
democrático general
Denikin, mientras Francia sostiene de la
forma m á s evidente a l monárquico y reac-
cionario Wrangel.
A
esta disensi ón básic a
se
unen
lo s
repetidos actos
d e
insubordinación
p o r par te de l a s fuerz as enviada s a Rusia. Los
soldados
se
encuentran cansados
d e u n a
larga lucha
d e
cuatro años
y
ahora prote stan
ante su obligada participación en un con-
flicto ajeno.
P o r
otra parte,
el
factor ideoló-
gico también hace notar s u presencia. M u -
chos soldados occidentales mantienen p o s -
turas políticas q u e , e n conciencia, le s impi-
d e n
ayudar
a l
aplas tamiento
d e u n
régimen
con e l que se
sienten identificados.
P o r p e r -
tenencia
a las
de nomin adas clases populares
concienciadas, o p o r pura convicción políti-
c a ,
gran cantidad
d e
antiguos combatientes
en la
primera guerra
no ven en e l
poder
b o l -
chevique
m á s q u e a u n
enemigo
de las
tradi-
cionales clases poseedoras,
y p o r
ello
no es-
t á n dispuestos a intervenir — si bien n o d i -
rectamente en la lucha— c o n s u presencia e n
u n a victoria m á s d e l gran capital.
M a p a d a Rusia duranta la guarra civi l . E n a l c a n t r o , a l territorio
d o m i n a d o p o r l o s b o l c h a v i q u a s . Al norte , l a s o f e n s i v a e d a l a a
f u e r z a s a l i a d a s
y d a l
general Mil lar. Sobra
a l
Bál t i co ,
e l
g e n e r a l
Yudenich acosa Petrogrado. A l Esta , la p r e s e n c i a d e i almirante
Kolchak, la Legión Chaca y l o s c o s a c o s b l a n c o s . E n a l S u r , l o s
al iados respaldan, primero
a
Denikin
y
Krasnov;
y m á s
tarda,
al
general Wrangel .
3 6
El P r e s i d e n t e d e l o s Estados Unidos Woodrow Wi l son (1856-
1924), verdadero árbitro d e l a pol í t i ca internacional tras e l final d e
la
Gran Guarra
y
p r o f e t a
d e l
n u e v o o r d e n m u n d ia l , b a s a d o
e n
gran medida e n u n utópico ideal i smo.
E n l o s primeros meses de la intervención,
tanto
en e l
sector norte como
en e l del sur , se
suceden la s negativas violentas a la estancia
d e l a s
fuerzas expedicionarias enviadas
a los
frentes
d e
batalla
co n
ánimo disuasorio
h a -
c ia los bolcheviques. L a s fuerzas bri tánicas y
norteamericanas
se
verán afectadas
por e l
desorden, pero don de se hará m á s evidente l a
contradicción entre
los
altos
y los
bajos nive-
les de la
tropa será
e n e l M a r
Negro. Allí,
l a
marinería
de los
bu ques franceses surtos
e n
el
puerto
d e
Odesa
se
subleva negándose
a
entrar
e n u n a
lucha,
n o
solamente conside-
rada ajena a sus intereses, sino en muchos
casos contraria a sus convicciones. Como
consecuencia
d e
esto, Franci a
se
verá obliga-
d a , — e n
abril
de 1919— a
retirar definitiva-
mente
de la
zona
a sus
fuerzas navales.
E l
Gobierno
d e
París
n o
tiene
el
menor interés
e n provocar disensiones sociales dentro d e
su s
fuerzas arm adas , suficientemen te politi-
zadas
y a
dentro
de la
convulsa Europa
de l
momento. Lenin, comentando estos hechos,
escribirá: «Tan pronto como
l a
burguesía
in -
ternacional levanta
la
mano contra nosotros,
s u s
propios obreros
la
golpean
con e l
puño ».
Optimista y esperanzado análisis d e unos
hechos q u e , p o r aislados, n o s o n menos s in -
tomáticos
d e
toda
u n a
nueva situación
creada en e l continente tras la finalización d e
la
destructora primera guerra mundial,
y de
l a q u e
constituyen
u n a
entre tantas otras
se-
cuelas.
Intervencionistas,
pacifistas, pragmáticos
S in
embargo
no es
momento
d e
euforia para
lo s
dirigentes soviéticos,
ya que ese año de
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Kerenski , jefe d e l Gobierno ruso durante la pr imera etapa d e l a R e v o l u c i ó n , a c o m p a ñ a d o p o r s u Estado Mayor. Cuando l o s a c o n t e c i -
m i e n t o s d e o c t u b r e e n t r e g u e n e l p o d e r a l o s b o l c h e v i q u e s , m a r c h a r á al exi l io junto c o n s u s c o l a b o r a d o r e s m á s Íntimos.
1919 marcará los momentos m á s sombríos
de la guerra para el poder revolucionario.
Será cuand o
el
propi o Lenin llegue
a
afirmar
q u e hubiesen bastado unos cuantos cientos
d e miles d e hombres para hundir s in remi-
sión
a l
régimen comunista
e n
Rusia.
A
fine s
de año es
necesario aceptar
ya e l
fracaso
d e
las experiencias bávara y húngara, y sola-
mente l a s repetidas tentativas d e p a z lleva-
d a s a
cabo
por e l
presidente norte ameri cano
parecen ayudar a levantar la situación de los
dirigentes soviéticos.
Wilson, partidario de una finalización del con-
flicto, n o cesa d e intentar el arreglo bajo
cualquier forma admisible p o r ambos b a n -
d o s .
Tras
el
fracaso
d e u n a
misión enviada
al
propio Moscú, el presidente norte americ ano
propone la convocatoria d e u n a conferencia
entre todos
los
part ic ipantes
en la
guerra.
Esta reunión, q u e tendría lugar en la Isla d e
los Príncipes, sobre e l Bosforo, se verá t a m -
bién frus trad a ante
la
negativa
d e los
genera-
le s blancos, influidos p o r u n a Francia q u e n o
admite la menor concesión a los bolchevi-
ques. L a única solución posible par a la victo-
riosa Francia d e Clemenceau es la victoria
total sobre los revolucionarios, y por ello n o
acepta d e ningún modo cualquier solución
pactada.
E n
Londres,
los
partidarios
de l
cese
de la in-
tervención
y de las
hostilidades están enca-
bezados por el propio primer ministro Lloyd
George, q u e gradualmente se va aproxi-
mando a las tesis d e Wilson, y alejándose p o r
tanto de l a s mantenidas por e l Gobierno
francés. Pero por e l momento, los más pode-
rosos hombres
d e
negocios
y
financieros
es-
t á n interesados e n u n a pro fun da penetración
económica e n Rusia, y su decisión prevale-
cerá durante el tiempo necesario. Winston
Churchill y Lord Curzon encabezan dentro
del ámbito político el part ido de los más de-
cididos intervencionistas. Radicalizada la
situación,
la
opinión pública inglesa sufre
también
en su
seno
u n a
división similar
a la
q u e enfrenta a los distintos sectores del
cuerpo político.
Wilson,
c o n u n a
evidente lucidez, había
af i rmado
a
favor
de la
pacificación: «Tratar
d e detener u n movimiento revolucionario
p o r medio d e ejércitos regulares, e s emplear
u n a escoba para detener u n a gran marea».
Pero e n definitiva, el prag mat ismo vendrá a
decir la úl t ima palabra. Ya a principios de l
año 1920 ,
visto
el
desarrollo irreversible
d e
la
guerra,
q u e
indica
la
victoria
d e l
bando
bolchevique y la derrota indudable de los
contrarrevolucionarios a pesar d e contar con
la ayuda exterior, los bri tánicos abrirán las
primeras puertas a interesantes intercam-
37
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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Primero d e M a y o d e 1 9 1 7 . L o s m a r i n o s s e m a n i f i e s t a n e n l a c iudad s iber iana d a Vladivostok. E s l a pr imera Fiesta d e l T raba j o c e l e b r a d a
bajo e l s i g n o r e v o l u c i o n a r i o . T o d a v í a l o s b o l c h e v i q u e s n o h a n a s a l t a d o e l poder .
bios comerciales
c o n u n
Gobiernó ruso
d e -
seoso
d e
salir
d e su
a is lamiento .
E l
final
de la
guerra civil n o hará m á s q u e facili tar, u n a ñ o
m á s tarde, la progresiva institucionalización
d e l a s
relaciones comerciales
— y m á s
tarde
políticas—
d e
Rusia
co n lo s
países occident a-
l e s , q u e f inalmente s e h a n dado cuenta de la
conveniencia
d e
unas relaciones pacíficas,
q u e l e s ofrecen mayores beneficios, e n lugar
d e in tentar u n dominio económico p o r m e -
d io d e l a lucha armada. Tras esta toma d e
posición,
el
sistema soviético
s e
estabiliza
definitivamente, después
d e
haber sobrevi-
vido
a
todos
lo s
ataques lanzados
en su co n -
t r a .
La
sociedad rusa
y la
guerra civil:
e l
comunismo
d e
guerra
Destruidas
l a s
esperanzas
d e
implantación
e n
Rusia
d e u n
sistema socialdemócrata
d e
signo burgués,
lo s
sectores
d e
clase media,
predominantes sobre todo
e n l a s
ciudades
aunque
m u y
exiguos numéricamente,
s e v a n
a
mantener
e n u n a
apar tada
y
temerosa
e x -
pectativa ante
lo s
hechos revolucionarios.
S in
órganos
d e
expresión propios,
a l se r co n -
fiscada
la
prensa burguesa, este sector será
e l
primero
e n
sufrir
lo s
embates
d e l a
nueva
situación. S o n nacionalizadas l a s empresas
privadas, la banca y los emprést i tos a l Esta-
d o , l o q u e
priva
a la
burguesía
d e s u s
fuentes
d e
poder.
L a s
clases medias,
q u e a l o
largo
d e l
siglo
X IX
habían representado
la
oposi-
ción
a l
régimen zarista
y
habían encontrado
su
expresión
p o r
medio
d e l
partido socialre-
volucionario, legítimo heredero
de la
intelli-
guentsia decimonónica,
s e v e n
ahora supe-
radas
p o r
otro revolucionarismo mucho
m á s
avanzado, y q u e n o permite la existencia d e
zonas sociales
q u e
simbolicen otras solucio-
n e s a u n a
nueva situación. Ante
la
guerra
civil, pues,
la
postura
de la
burguesía
n o
puede s e r o t ra que la de la abstención. P r e -
sionada
p o r e l
temor
a los
bolcheviques,
n o
puede
s in
emb argo apoyar
a l a s
fuerzas
c o n -
trarrevolucionarias,
q u e
representan aque-
l lo
contra
l o q u e
había luchado durante
g e -
neraciones.
L a s
libertades obreras, bandera
d e
lucha
d e
los
revolucionarios
d e
octubre,
v a n a
sufrir
severos recortes como consecuencia
de la
guerra civil.
L a
necesidad
d e u n
a l to
a u -
mento de la productividad obliga a l a s auto-
r idades
a
adop ta r
u n a
serie
d e
medidas
q u e
están
e n
absoluta contradicción
c o n lo s
prin-
cipios enunciados p o r l o s líderes revolucio-
narios.
C o n
ello,
l a s
condiciones
d e
t rabajo
so n
afectadas
e n
forma negativa respecto
a
salarios, horas d e trabajo, nivel d e produc-
ción obligatorio,
y
otras notas definitorias,
tales como la desaparición d e l derecho d e
huelga. Solamente la situación d e guerra,
q u e viene e n cierta medida a j ustifica r estos
radicales cambios
d e
dirección, unida
a la
real convicción revolucionaria
de la
mayor
par te
d e l
proletariado industrial ruso —que
38
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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El día 3 de marzo d e 1 9 1 8 s e firma l a p a z d e Brest-Li tovsk, entre e l Imperio a l emán y la Rusia revolucionaria , q u e v i e n e a perder c o n ello
extensos terr i tor ios . E n l a i m a g e n , la d e l e g a c i ó n s o v i é t i c a .
constituye e n este momento la clase social
m á s homogénea— impide q u e este decisivo
sector
se
levante, salvo
e n
casos
m u y
concre-
tos y
aislados, con tra
l a s
autoridades soviéti-
cas , aduciendo u n a clara traición a los fines
por lo s que había luchado sirviendo como
cuerpo material
de la
revolución
y
apoyo
d e
la minoría bolchevique q u e había logrado
encaramarse
a l
poder.
Burgueses
y
obreros suponen fracciones
so -
ciales de fundamental importancia e n esos
decisivos momentos. Pero d e hecho, la in-
mensa mayoría de la población d e l antiguo
Imperio Ruso está compuesta
p o r
campesi-
n o s . Desaparecidos d e escena lo s grandes
propietarios, so n ahora lo s campesinos d e
nivel medio los que en las zonas rurales m a r -
can la tónica de la situación. L a reforma
agraria, decretada po r e l nuevo Gobierno, n o
puede llevarse a cabo debido a dificultades
técnicas
d e
incomunicación
d e
amplias
zo -
nas y de falta d e personal administrativo c a -
p a z para desempeñar lo s cargos necesarios
para
la
gigantesca obra.
P o r
todo ello,
la si-
tuación se mantiene inmutable para u n a
gran mayoría de la población rural, base
tradicional de la sociedad rusa.
Será este sector, una vez más , e l que reciba
con mayor dureza la s consecuencias d e unos
acontecimientos a los que apenas h a contri-
buido
y que , s in
embargo,
s e h a n
provocado
en su nombre. L a mortandad, unida a las
miserias materiales
q u e
toda guerr a prod uce
contribuyen
a
alejar
a l
campesinado ruso
d e
l a s nuevas autoridades, q u e organizan rápi-
damente requisiciones
d e
alimentos
d e
forma obligatoria y que a cambio n o ofrece n
ningún tipo d e compensación concreta. Con
todo,
la
actitud pasiva
d e l
campesinado será
uno de los factores clave para la derrota d e
las fuerzas contrarrevolucionarias, que s i
bien p o r u n a parte representan el tradicional
continuismo,
p o r
otra anulan
lo s
iniciosde
la
reforma agraria, ejercen la s mismas violen-
cias que los bolcheviques y además están
apoyados —nota psicológica importante—
p o r
fuerzas extranjeras.
L a
extensa clase
campesina, futuro foco d e perturbaciones
para el Gobierno soviético, vendrá a ser de
nuevo manipulada en interés d e quienes e n
momento s concretos dominen por las arm as
lo s distritos n o urbanizados.
La guerra civil señala también lo s primeros
pasos
d e u n a
institución
q u e ,
hasta
h o y
mismo, marca y a indeleblemente la vida d e
lo s ciudadanos soviéticos. S e t ra ta de l m e r -
cado negro. Desde
los
inicios
de la
revolu-
ción, la falta d e a l imentos s e hace notar g ra -
vemente en l a s ciudades. L os t ransportes y el
intercambio carecen
d e
seguridad,
lo qu e fa -
vorece la aparición de un nuevo nivel de in-
termediarios, situados al margen de los ca-
nales legales,
q u e
hacen posible
la
adqui-
sición d e bienes d e consumo a u n a población
sometida a constantes restricciones d e todo
tipo.
E l
mercado negro, actuando dentro
d e
ámbitos marginales, pero contando
en oca -
siones c o n sospechosos contactos con los n i -
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El
gene ral zar i s ta Korni lov , ca be za
d e l
f r a c a s a d o
pu tsch
contra
e l
Gobierno provi s ional e n s e p t i e m b r e d e 1 9 1 7 . Morirá e n acc ión
ból ica mientras dirige l a s o p e r a c i o n e s d e l o s e j é r c i t o s b l a n c o s
e n l o s f r e n t e s d e Ucrania.
veles oficiales
d e
intercambio,
i r á
convir-
tiéndose e n u n a forma t a n utilizada como la
legal para e l cotidiano aprovisiona miento d e
los
habi tantes
de la
Unión Soviética.
E l
denominado comunismo
d e
guerra como
sistema económico estará vigente hasta
la
finalización
d e l
conflicto civil. Básica ment e
s u s fines están dirigidos hacia u n a reorgani-
zación
de la
industria,
u n
aumen t o
de l r en -
dimiento laboral y el aprovisionamiento e f i -
caz de l a s ciudades y de l ejérci to. L as medi-
d a s
tendentes
a la
instauración
d e
este régi-
m e n terminarán p o r minar defini t ivamente
cualquier forma d e intereses privados que l a
legislación previa emanada
d e l
poder
b o l -
chevique hubiera permitido sobrevivir.
Siberia:
E l
fracaso
de los
intentos políticos
d e
Organización Antibolchevique
E n septiembre de 1918 tiene lugar en la c iu-
d a d
siberiana
de Ufa la
unificación
de dos
rudimentarios Gobiernos q u e s e habían f o r -
mado en la zona ante el triunfo bolchevique
sn Petrogrado. U n a única estructura capaz
d e
hacer frente
a los
nuevos poderes
c o -
mienza a organizarse, dominada po r lo s so -
cialrevolucionarios, expulsados
d e l G o -
bierno
po r lo s
soviéticos.
E l
denominado
Frente
de la
Constituyente,
localizado
en la
ciudad d e Omsk, se considera represent ante
de los
intereses
d e
todo
el
pueblo ruso,
e n
base a la formación d e u n a Asamblea —
D u -
ma—autodeclarada «depositaría
d e
todo
el
poder civil
e n
Rusia».
E l
carácter autono-
mista
d e
esta organización, política
y
militar
al mismo tiempo, n o tardará e n demostrarse
palpablemente. Siberia pretende, aprove-
chando
lo s
confusos momentos
q u e
vive
e l
antiguo Imperio, dejar de ser e l gran espacio
vacío
y
explotado
q u e
t radicionalmente
h a
constituido. Estas ansias autonomistas vana
colocarse
a l
lado
de los
intentos contrarrevo-
lucionarios para conseguir la derrota de los
bolcheviques.
Y
como
en
tantos otros movi-
mientos auto nomis tas
o
independentista s,
e s
la burguesía acomodada l a que pretende h a -
cerse
con e l
control total. Par a ayudar la
en la
consecución d e estos fines, u n a voluntad p o -
pular contraria al Gobierno central —ahora
revolucionario— parece
ser el
mejor apoyo
en el
camino
de l
autogobierno.
Un factor nuevo viene a sumarse a l a c o m -
pleja situación
en la
zona.
Es la
Legión
C h e -
coslovaca. Creada po r e l Gobierno Kerenski
a base d e prisioneros d e guerra checos y eslo-
vacos decididos
a
luchar contra
su
opresor
el
Imperio Austrohúngaro,
la
Legión toma,
a
fines
de 1918, el
camino
de l
Extremo Oriente
con la
final idad
d e
embarcar hacia
su
país.
Pero
la s
autorida des al iadas,
d e
acuerdo
c o n
el
líder checo Masaryk, deciden
q u e
esta
formación militar sirva
d e
apoyo
a las
fuer-
z a s contrarrevolucionarias e n Siberia. D e
esta forma,
lo s
soldados centroeuropeos
p a -
sarán a ejercer u n a decisiva influencia sobre
lo s acontecimientos que s e sucederán en la
zona
a lo
largo
de los
meses siguientes.
En la
ciudad
d e
Omsk, sede
d e l
Gobierno
presidido p o r u n Directorio civil, y nido, a l
mismo tiempo,
d e
intr igas políticas
y
milita-
re s , de traficantes y espías, lo s altos mandos
conservadores instigan al almirante K o l -
chak para
q u e
mediante
u n
putsch
ponga
f in
a l
sistema instituido.
D e
hecho, dada
l a con-
fusa situación
y
debido también
a los
mane-
j o s militares, ía s autoridades civiles no lo-
gran dominar
la
situación,
y
todo
el
mundo
espera el ascenso de los mil i tares al poder.
En la noche del 17 de noviembre de 1918, el
4 0
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almirante Kolchak, ministro de la Guerra
d el Directorio, asume l a s funciones d e jefe
supremo d e todas l a s fuerzas terrestres y
marít imas.
Los
militares conservadores,
apoyados por los grandes hombres d e n e -
gocios siberianos, alcanzan
d e
esta forma
el poder directo, p o r medio d e l prestigio del
almirante Kolchak,
q u e
mediante
e l
golpe
viene a «instaurar u n régimen d e orden tras
el aplastamiento de los podridos políticos».
Es el f in de las esperanzas e n u n a organiza-
ción política civil
q u e
sirviese
d e
recambio
a l
poder bolchevique en el caso d e q u e l a s fuer-
zas
contrarrevolucionarias consiguiesen
la
victoria final en la gu err a civil q u e comie nza
a
perfilarse.
L a
presión
de l a s
potencias occi-
dentales, q u e obliga al almirante Kolchak a
definirse hacia posiciones seudoliberales, n o
es suficiente para contrarrestar e l impulso
de la s
formaciones
m á s
reaccionarias,
q u e
vienen a protagonizar lo s hechos en e l esce-
nario siberiano.
Pero la degradación social q u e reina en la
retaguardia impide q u e l o s éxitos que en e l
frente obtienen
l a s
fuerzas
d e
Kolchak
y la
Legión Checa
se
t raduzcan
e n
realidades
permanentes. N i siquiera la matanza de la
familia Romanov, produci da en la ciudad d e
Ekaterinemburgo el 17 de julio de 1918, ha-
b ía
sido suficiente,
a
pesar
d e
toda
su in-
mensa repercusión, para conseguir organi-
z a r d e algún modo la ofensiva contrarrevo-
lucionaria
e n
Siberia.
C o n
todo, este frente
siberiano será
e l m á s
protegido
por los
alia-
dos a lo largo de la guerra.
El fin del
Frente Siberiano
A
pesar
de los
apoyos europeos, cuyas poten-
cias n o ocultan su intención d e reconocer a
Kolchak como Regente Supremo d e Rusia, el
frente siberiano n o logra obtener nunca la
cohesión necesaria para aprovechar los re-
sultados de hechos militares afortunados,
como la ofensiva sobre Moscú, e n abril d e
1919. Los
jefes
de
gobierno
d e l a s
potencias
aliadas y de l Japón inducen e n esos momen-
tos a l general Denikin, q u e opera en e l fre nte
sur , a reconocer a Kolchak como jefe supre-
mo, en
dirección
a
unificar
la
lucha antibol-
chevique. Pero la aceptación d e Denikin n o
fortalecerá e n absoluto el poder d e Kolchak,
cuando
ya su
ofensiva sobre
la
antigua capi-
ta l retrocede apresuradamente ante la ines-
perada reacción
d e l
Ejército Rojo, dirigido
personalmente
p o r
Trotski.
En el otoño de 191$, las fuerzas comunistas,
a pesar de su precaria situación, logran e m -
El general blanco Denikin, jefe supremo d e l o s Ejércitos d e l S u r
d e
Rusia . Meses antes
d e l a
derrota final entregará
el
mando
y
partirá hacia e l exilio . Considerado como la mentalidad m á s d e -
mocrática d e l o s genera les b lancos, fa l lece e n l o s Estados Uni -
d o s e n e l a ñ o 1 9 4 7 .
pujar a l a s fuerzas blancas d e Siberia y obli-
gan a l
propio Kolchak
a
abandonar
su
capi-
t a l de
Omsk, mientras
ya
destacamentos
ro -
j o s
ocupan
los
arrabales
de la
ciudad.
L a
situación se hunde defini t ivamente cuando
la s fu erza s revoluc ionarias to man posiciones
a lo largo de l a línea d e l Transibe riano, has ta
entonces controlado exclusivamente por los
ejércitos blancos. Amparado
por l a
Legión
Checa, Kolchak se traslada a la ciudad d e
Irkutsk,
e n
manos ahora
d e u n
comité revo-
lucionario, q u e acabará p o r entregarlo a las
nuevas autoridades bolcheviques. Abando-
nado
p o r s u s
fuerzas
en la
desbandada,
el al-
mirante
e s
condenado
a
muerte
y
ejecutado
e n febrero de 1920.
Tras estos hechos, e l frente siberiano se des-
morona rápidamente. E l poder bolchevique
domina sobre todo el extenso territorio,
mientras en e l extremo oriente prosigue el
reembarque d e l a s fuerzas aliadas. Sola-
mente se mantendrá,
durante poco
más d e
d o s años, u n a República d e l Extremo Orien-
t e ,
organizada
y
amparada
por e l
Japón,
es-
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tablecída c o n e l ánimo d e proteger intereses
económicos nipones en el continente asiáti-
co .
Pero, apa rte
d e
esta cuestión marginal,
e l
predominio rojo
e s en
toda
la
extensión
d e
Siberia indiscutible y definitivo. L a unidad
d e fines y d e mandos q u e dirigen a l Ejército
Rojo, comandado
d e
forma inflexible
p o r
León Trotski, será e l factor fundamental e n
la s
situaciones
d e
e nfrentam iento contra
las
fuerzas blancas, debilitadas p o r u n a reta-
guardia corrompida
y p o r u n a
falta total'de
ideales
d e
organización.
La
acti tud
de la po-
blación, cada v e z m á s opuesta a las arbitra-
riedades
de los
contrarrevolucionarios
q u e
n o ofrecen opciones positivas, será también
u n
factor determinant e
a la
hora
d e
intentar
u n análisis d e l a s causas de l hundimiento del
frente blanco.
L os
frentes
d e l
Norte:
Yudenich ante Retrogrado
L a presencia aliada en e l extremo norte d e
Rusia, iniciada
e n
marzo
de 1918, se
tras-
luce
d e
forma política
en la
formación
d e
rm
|| (ta
w m w r
rn w
w
9 tu» um um
.uno*
mito
wkyimww
m u
Mira»
i)IIIUIImiMTU
IW1H
m W l
^
Carteles publicados
p o r l o s
bolcheviques atacando
la
acc ión
d e
l a s
fuerzas blancas , cons ideradas como representantes
de l r é -
gimen derrocado.
TÉ:-
m* v
El
general Yudenich dirige
la
ofensiva blanca sobre Petrograoo.
Fracasada
s u
maniobra
po r la
reacc ión
d e l
Ejército Rojo, deberé
abandonar definit ivamente
e l
intento.
u n Gobierno Supremo de la Rusia d e l Norte,
controlado
e n
principio
p o r l o s
socialdemó-
cratas
y m u y
pronto dirigido,
p o r
medio
d e
u n
golpe similar
a l de
Kolchak
e n
Siberia,
por los
militares conservadores encabezados
por e l
general Miller,
q u e
reúne
en su
mando
los
poderes civil
y
militar. Mientras
e s apo-
yado por los británicos, q u e operan desde sus
bases d e Murmansk y Arcángel, Miller so-
porta
lo s
ataques
de l a s
fuerzas rojas. Pero
tras la retirada de los ingleses, que le dejan
solo ante
el
em pu je soviético, Miller
s e m a n -
tiene difícilmente hasta febrero de 1920, en
q u e
embarca hacia Noruega junto
c o n s u s
m á s próximos colaboradores. D e esta forma ,
junto a la desaparición d e l fren te siberiano,
el Ejército rojo tiene la s manos libres para
actuar sobre
el
sector
s u r d e l
país, dirigido
p o r Denikin y Wrangel.
Otro general
d e
prestigio, Yudenich, respal-
dado
por l a
Gran Bretaña
y por e l
Gobierno
de la nueva República d e Estonia, había
formado
e n
Reval
u n
Gobierno
d e l
Noroeste
d e Rusia. L a s intrigas políticas, repetidas e n
todas
la s
formaciones gubernamentales
o r -
ganizadas
p o r l o s
contrarrevolucionarios,
se
reproducirán en la capital estoniana, d e -
jando a Yudenich m u y poco margen d e a c -
tuación eficaz
en su
intento
d e
ocupación
d e
la capital rusa, Petrogrado, en e l otoño d e
1919.
Cuando
se
presenta
la
amenaza
d e u n
acuerdo entre bolcheviques
y
estonianos,
lo
q u e anularía su única plataforma d e actua-
ción, el general decide lanzarse a l a taque d e
la
ciudad. Tras
u n
avance fácil,
y
estabili-
zado e l frente en los suburbios de la capit al,
el
abandono
de los
voluntarios procedentes
d e Estonia junto a la acti tud de l a s fuerzas
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británicas,
q u e s e
l imitan
a
mantener
en la
costa báltica buques
d e
observación, detie-
n e n s u avance.
Pero l a sensación d e peligro p o r parte bo l -
chevique e s acuciante. El propio Lenin d e -
cide abandonar
la
ciudad, pero
e s
disuadido
p o r Trotski, que en su célebre tren blindado
llega a l frente y consigue q u e s u Ejército
Rojo expulse a las tropas blancas hasta m á s
allá
de l a s
fronteras rusas.
A
punto
d e
lograr
su
triunfo,
es el
fracaso definitivo
de los in-
tentos revolucionarios en e l sector norte d e
Rusia. Termina la aventura d e Yudenich
cuando embarc a con los restos de sus fuerz as
y toma el camino d e la úl t ima ret irada que le
llevará a las costas alemanas.
E l
frente
Sur:
lo s voluntarios d e Denikin
Inmediatamente después d e producido e l
asalto bolchevique
al
poder, grandes fuerzas
militares se habían reunido en la zona del
Cáucaso con la finalidad d e organizar desde
allí u n a fuerte resistencia, q u e cont aba desde
el principio con e l apoyo caluroso de los alia-
dos . Un
amplio grupo
d e
generales monár-
quicos
y
reaccionarios
s e d a n
cita
en e l Sur :
Krasnov, Memontov y el mismo Kornilov,
cuyo fracas ado golpe contra
el
Gobierno
K e-
renski parece haber sido la señal d e alerta
para
los
altos jefes militares opuestos
a l
cambio revolucionario. E n m u y pocas sema-
nas la situación se clarifica, debido a la
muerte física
o
política
de los
mandos
m á s
prestigiosos.
E l
general Denikin,
c o n
posi-
ciones políticas d e entre l a s m á s democráti-
cas , accede al poder y dirige la formación d e
u n
ejército
d e
voluntarios
a l
mismo tiempo
q u e emite ambiguas declaraciones acerca
del
futuro
d e
Rusia,
u n a v e z
l iberada
del
dominio bolchevique.
E l denominado Ejérci to d e l S u r d e Rusia
consigue enseguida la part icipación de las
fuerzas cosacas, q u e intentan d e esta forma
obtener para su pueblo u n a alta autodeter-
minación.
A
part i r
d e l
centro directivo
s i-
tuado
en la
ciudad
d e
Ekaterinodar,
l a s
fuer-
z a s
blancas
d e
Denikin obtendrán
en los
primeros meses decisivas victorias sobre el
Ejército Rojo, q u e n o h a terminado todavía
d e
organizarse.
L o s
contrarrevolucionarios
ocupaban
la s
ciudades claves
d e
Kiev
—la
capital ucraniana—, Jarkov y Tsaritsin, la
futura Stalingrado.
El
aspecto político será también
uno de los
motores de la evolución d e l frente de l Sur .
Denikin personalmente n o demuestra m u -
c h o
interés
en la
restauración
d e u n a
monar-
quía encabezada
p o r
algún miembro super-
viviente
de la
familia Romanov.
El
Gran
D u -
q u e Nicolás, t ío del zar y ex generalísimo d e
lo s Ejércitos rusos, ahora refugiado en Cr i -
m e a , reúne e n esos momentos e n torno a su
persona a todos aquellos q u e esperan ver la
resurrección de la monarquía autocrát ica.
Pero por e l momento, Denikin prefiere esta-
blecer u n principio d e dictadura mil i tar, si
bien atemperada por l a existencia d e u n e m -
brión
d e
Asamblea legislativa
y de un Con-
sejo especial
d e
Gobierno.
D e
hecho, aunque
en los círculos políticos d e Ekaterinodar, d e
L e v
Bronstein —Trotski— (1879-1940), comisario
d e
Guerra
d u -
rante e l conflicto civil. Forjador d e l Ejército R o j o , s u figura mítica
está estrechamente l igada a l a s v icis i tudes d e la Revolución, q u e
n o p u ed e co n ceb irse s i n s u decisiva aportación personal.
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El almirante Kolchak encabeza l a a fuerzaa blancaa q u a oparan
e n Siberia e Intentan la toma d e Moecú.
Sebastopol y d e Odesa se habl e cada vez con
mayor insistencia d e l proyecto d e u n a Cons-
titución para
los
terri torios denominados
li-
berados, Denikin mantiene firmemente el
mando único y los poderes absolutos en su
mano, apoyado
p o r u n a
burguesía nada
p r o -
clive a posturas democráticas.
L a s
ciudades dominadas
p o r l a s
fuerzas
blancas
de l sur
ofrecen
e l
mismo aspecto
q u e
las de Siberia y el extremo oriente e n donde
los generales contrarrevolucionarios han s i -
tuado s u s bases d e operaciones y sus centr os
administrat ivos.
E n
Odesa
y
Sebastopol,
la
corrupción alcanza a todos lo s niveles, favo-
recida
por l a
existencia
d e s u s
respectivos
puertos, entrada d e todos los aprovisiona-
mientos q u e l o s aliados envían como contri-
bución a la cruzada antibolchevique e n q u e
se ha n empeñado. P o r otr a parte, la pose sión
d e
importantes reservas
d e l o r o
nacional
El Gobierno de l a R eg en c ia d e Rusia, constituido en la c iudad d e Omsk bajo l a p res id en c ia d e l almirante Kolchak, proclamado y
reconocido como jefe supremo d e to d a s l a s fu erza s q u e luchan contra e l poder bolchevique.
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El
almirante Kolchak pasa revista,
e n
Omsk,
a la
Leg ión Checa , acompañado
po r e l
capitán Gaida.
La
aparente fortaleza
de l¡
organización blanca e n Siberia n o tardarla e n demostrar s u verdadera debilidad.
ruso presta
a l
Gobierno
d e
Denikin
u n a
espe-
cial potencia,
que en los
primeros mome ntos
se
traduce
e n
espectaculares victorias,
q u e
llevan
al
Ejército
d e l S u r
hasta
m u y
cerca
d e
u n Moscú ya amena zado desde el Este po r l a s
fuerzas de Kolchak, én la primavera de 1919.
Es e l
momento
d e
mayor peligro para
el ré-
gimen bolchevique,
c o n s u s d o s
centros
n e u -
rálgicos
en
riesgo
d e
caer
e n
manos
de las
fuerzas enemigas,
y a q u e l a s
ofensivas sobre
Moscú vienen
a
coincidir —aunque
no de
manera programada— con e l ataque de Yu-
denich contra Petrogrado.
Pero
la s
fuerzas blancas,
y con
ellas
lo s
alia-
dos , no alcanzan a darse cuenta de l a oportu-
nidad
d e l
momento
y
dejan pasar
u n a o c a -
sión que a la larga se revelaría como única.
La
unificación
de l
mando sobre
lo s
territo-
rios
y
ejércitos dominados
po r lo s
blancos,
que los aliados pretenden entregar a Kol-
chak, hace q u e Denikin acepte u n papel se-
cundario dentro
d e l
esquema general,
a pe-
s a r de l a s protestas de la Asamblea de l Sur ,
q u e n o quiere admitir la existencia de un
mando superior radicado
e n
Siberia.
De he-
cho, lo que aparenta ser e l definitivo cam ino
hacia
la
victoria final
de los
blancos,
no es
m á s q u e e l
inicio
de un
imparable declive.
A
part ir d e esos momentos, todas l a s operacio-
n e s estarán decididas po r e l Ejército Rojo, y
tanto
en e l
frente
d e l
Este como
en e l de l S ur ,
se producirá e l mismo esquema q u e refleja
u n retroceso y a nu nca detenido. S i bien, en el
Sur , e l
f ren te
se
mantendrá durante
m á s
t iempo q u e e n Siberia, en poder de los bol-
cheviques, definitivamente desde
la
ejecu-
ción d e Kolchak.
Sur:
E l general Wrangel
y e l
colapso
d e l
frente
del
e l eran exilio
pesar de la fue rte ayuda aliada, q u e afluye
a los puertos d e l m a r Negro en forma d e
armas, municiones
y
mercancías,
la s
fuerzas
d e Denikin n o pueden soportar el empuje d e
lo s
rojos.
Al
mismo tiempo, partidas
d e
anarquistas asolan
el
territorio ucraniano,
apoyando
e n
unos momentos
a los
blancos
y
e n
otros
a los
bolcheviques,
y
contribuyendo
en
definitiva
a la
total confusión
de la
situa-
ción. La ya legendaria figura d e l bandido
Machkno,
e l m á s
conocido
d e
todos
lo s
jefes
anarquistas, personalizará durante mucho
tiempo
lo s
momentos
q u e
vive
el
país baj o
la
presión d e varios e jércitos, y sacudido por la
revolución,
la
contrarrevolución,
la
guerra
civil y la invasión extranjera. Tiempos espe-
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El
general francés Janin
y el
británico Knox
s e
reúnen
c o n
Kolchak poco antes
d e q u e e l
almirante fuese entregado
a la s
fuerzas
bo l c he v i que s p o r s u s mismos a l iados , checos y f r anc e s e s . El fusi lamiento d e Kolchak pone f in a la s acc iones bé l i cas en e l frente
siberiano.
cial men te difícil es pa ra l a s grandes min orías
d e judíos ucranianos que , a l calor de los
acontecimientos,
so n
sometidos
a
sangrien-
t o s progroms, dentro de la larga tradición
antisemítica d e l pueblo ruso.
El general Denikin, incapaz d e hacer frente a
la
situación, marcha
al
extranjero
y
deja
al
barón Wrangel
el
mando
d e l a s
fuerzas
del
S u r . Moscú ya está perdido irremisiblemen-
te, y los
débiles esfuerzos
d e
Wrangel sola-
mente hacen posible la exhibición de la gran
diferencia d e fuerzas entre los dos conten-
dientes. E l Ejército Rojo, libre de l as trabas
que l e presentaba hasta entonces la invasión
polaca, se lanza a fondo contra e l S u r . Wran-
gel es reconocido como Jefe Su pre mo de Ru-
sia por el Gobierno francés, pero no por el
británico, pero esto n o impide d e hecho q u e
sucesivamente sean abandonados todos
los
puertos esenciales. Caen Kiev y Odesa, tradi-
cional nido d e contrabandis tas y conspira-
dores,
que en los
años
de la
guerra civil habían
vivido s u s días d e mayor esplendor. Acorra-
lado
en la
península
d e
Crimea, Wrangel
se
ve obligado a embarcar en el puerto de Se-
bastopol en el mes de noviembre de 1920,
junto co n todos lo s refugiados procedentes
d e multi tud d e lugares d e l antiguo Imperio
q u e tienen la suerte d e hallar sitio e n alguno
de los navios q u e están fondead os en l os mue -
lles.
Ciento veintiséis barcos transportarán
a lo
largo d e m u y pocos días a unas ciento c i n -
cuenta m il personas, q u e consti tuirán el
grueso de la emigración rusa blanca q u e d u -
rante
lo s
años posteriores
se
expandirán
p o r
lo s países de la Europa central y occidental.
La
mayoría
d e
estos emigrad os, pertenecien-
tes a las clases burguesas, urb an as e ilustra-
d a s , formarán verdaderas colonias co n ca -
racterísticas propias
en
Praga,
e n
Berlín,
e n
París y la costa del sur de Francia- Y ser án
retratados l i terariamente po r l a pluma d e
uno de ellos, el novelista Wladimir Nabokov,
verdad ero prototi po de este exten so gru po d e
desarraigados apátridas, muchos
de l o s cua-
les terminarán pasando, empujados por la
segunda guerra mundial, al otro lado del
Oceáno, para establecerse en los Estados
Unidos.
Tras
el
hundimiento
d e l
frente
s u r ,
caen
u n o
tras otro todo s los Gobiernos menores que , a l
amparo
de los
aliados,
se
habían formado
e n
la zona de Rusia lindante con Turquía e Irán .
A la evacuación británica del Cáucaso sigue
la ocupación soviética d e Georgia, Azerbaid-
j an y Armenia. Y a pesar de que l as revuel tas
locales no terminarán hasta d o s años m á s
tarde, los bolcheviques pueden considerar
que , en l as primeras semanas del año 1921
—hace ahora sesenta años—
se
produce
la
Frunze. u n o d e l o s «historíeos»» d e la Revolucton q u e perecerá e n
i a s purgas es ta lmianas d e l o s años treinta. En s u honor, l a A c a -
demia d e Guerra soviética lleva s u nombre.
46
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El
General Barón Wrangel, jefe
d e l a s
fuerzas blancas
en e l
frente
s u r
tras
la
marcha
d e
Denikin. Bajo
s u
mando, tendrá lugar
la
gran
huida d e refugiados a través d e l o s puertos d e l M ar Negro.
cheviques, empeñados e n ella desde los pr i -
meros momentos
de la
revolución.
Desde u n a perspectiva técnica, la debilidad
d e l a s
fuerzas blancas
se
denota desde
el
principio de la guerra, comparada a la rígid a
y
eficiente actuación
d e l
Ejército Rojo,
q u e
contribuye
d e
forma decisiva
a la
creación
de l pat riot ismo soviético, for jad o a través d e
la
lucha contra
el
enemigo contrarrevolu-
cionario apoyado p o r países extranjeros.
Este patriotismo, adormecido bajo
la
dicta-
dura estaliniana, resurgirá vigorosamente
en junio de 1941, cuando lo s ejércitos alema-
n es invadan el territorio soviético, y será u n a
de l as principale s bazas utilizad as p o r Stalin
para evitar
la
desmembración
d e l
país
y la
derrota subsiguiente.
M u y interesante resulta también, a l intentar
u n a aproximada síntesis de l as causas de la
derrota, la posición política d e l o s m ás altos
jefes blancos. D e hecho, la mayor parte d e
todos los cuadros d e mando s o n totalmente
hostiles a la política y a los políticos. Y por
supuesto, nunca llegarán a comprender las
ansias autonomistas
de l as
diferentes nacio-
nalidades,
que en un
principio
les
apoyan
esperando
v e r
cumplidos
s u s
deseos, pero
q u e n o
tardan
en
conocer
la
realidad
de l pen -
samiento reaccionario y uniformizador d e
lo s generales contrarrevolucionarios. Esta
final toma
d e
conciencia
d e
ucranianos,
d e
cosacos, de georgianos y d e tantos otros g r u -
po s étnicos, ven drá e n definitiva a coadyu var
a l fracaso blanco ante el empuje perfecta-
mente organizado de los bolcheviques.
Rusia a principios de 1921:
organización y reconstrucción
A lo largo de l o s años d e gue rra civil, e l pode r
bolchevique h a debido hacer frente, tanto a
u n conflicto interno con participación ex-
tranjera, como a u n a invasión exterior p o r
parte d e u n a Polonia expansionista q u e
aprovecha
la
debilidad
de su
antigua domi-
nadora para ocupar importantes zonas d e
Ucrania. En los meses centrales de 1920, la
reacción soviética
s in
embargo empu ja
a los
polacos hasta la s mismas puertas d e Varso-
via, que se
salva
del
ataque —dirigido
por el
general Tujachevski— gracias a la interven-
ción
d e
fuerzas aliadas encabezadas
por el
general francés Weygand.
A pesar d e estos continuos avatares q u e p o -
nen en peligro la existencia misma de l régi-
m en , l o s dirigentes bolcheviques mantie nen
e n
alto
el
liderazgo
de la
revolución mundial
e
inspiran todo tipo
d e
movimiento revolu-
cionario que se produzca fuera d e s u s fronte-
r a s ,
hasta
el
momento
en que e l
pragma-
tismo de quienes prefieren la consolidación
de la revolución e n Rusia se opone a l pensa-
miento de los partidarios de Trotski, q u e
propugna po r e l contrario el mantenimiento
de la idea de la revolución mundial. De he-
cho , e l país, desangrado y exangüe, n o puede
permitirse ser ya el inspirador d e transfor-
maciones exteriores q u e solamente pueden
suponerle a la larga desventajas materiales
debidas a la lógica reacción de l as potencias
burguesas,
de l as que
precisa para sobrevi-
vi r .
D e
esta forma , ter mina n
lo s
movimientos
re -
volucionarios e n toda la Europa central, y las
posturas pragmáticas suceden a l idealismo
utópico de los primeros momentos de euforia
revolucionaria. Desde u n a perspectiva lógi-
ca , Rusia —país agrario y retrasado— n o sería
capaz
d e
dirigir transformaciones sociales
dentro d e otros Estados, como la misma
Alemania,
con
estr ucturas industriales
y por
tanto diferentes y desconocidas para los ru-
sos .
Cuando
ya
finaliza
la
guerra civil,
se
48
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observa
el fin de la
etapa
d e
expansión
del
revolucionarismo. Es el momento d e l reco-
gimiento
y de la
preocupación
po r l o s p ro -
blemas
m ás
próximos,
q u e e n
esas circuns-
tancias
se
centran
en
varios puntos concre-
t o s :
organización
de la
reconstrucción,
nueva dirección de la economía, y ordena-
miento definitivo de la sociedad rusa. Y, so-
b r e todo, consolidación de l poder soviético
como superestructura y base d e l nuevo Es-
tado.
En l as primeras semanas de l año 1921 , esta-
blecido el Gobierno soviético como único
poder legal sobre todo el te rrito rio ruso, va a
enfrentarse
a
unas condiciones morales
y
materiales q u e , dada su magnitud, afectarán
decisivamente a todo su de sarrollo posterior
durante décadas. E l país y s u población h a n
sido durame nte castigados po r l a guerra, d e -
vastado u n o y diezmada la otra en l as sucesi-
v as operaciones bélicas, q u e h a n dañado a
la s
zonas
m á s
ricas.
L os
niveles
d e
produc-
ción en todos lo s sectores descienden a un
grado m u y inferior a l alcanzado en 1914,
mientras el descontento de la población, so-
b r e
todo entr e
e l
campes inado , crece ante
las
condiciones
d e
vida
q u e
debe soportar.
S o-
lamente la férrea dictadura encabezada p o r
Lenin, funcionando p o r medio d e u n a nume-
rosa y creciente burocracia, y apoyada d e
forma determinante por la acción de la poli-
c ía secreta - l a Cheka- y por el entusiasmo
revolucionario d e l proletariado, será capaz
d e mantener el sistema e introducir a l país
por e l camino de la industrialización.
Institucionalmente, los bolcheviques había n
quemado etapas dura nte
la
guerra,
en su in-
tento p o r lograr u n a formalización del régi-
m e n
surgido
po r e l
golpe
d e
octubre.
S i-
guiendo esta línea, ya en julio de 1918 es
aprobado
por el
Congreso
de los
Soviets
u n
proyecto d e Constitución para el pueblo ruso
y el
Estado soviético.
S e
t ra ta
de un
texto,
q u e estará vigente hasta 1936, que recoge y
enuncia todos lo s principios clásicos de la
teoría
de la
izquierda europea
d e l
siglo
XIX,
y q u e
viene definitivamente
a
anular
l a p re -
sencia social d e todas la s clases anterior-
mente privilegiadas en favor de l teórico p r o -
tagonismo
de los
amplios sectores
de l t r a -
bajo asalariado. Dentro
de l
aparato estatal,
los bolcheviques, aú n s i n contar en absol uto
con la mayoría, se adueñan d e todo el poder ,
mientras
s u s
oponentes,
lo s
mencheviques,
so n
silenciados
e
ignorados, incluso
en sus
figuras m á s prestigiosas q u e representaban
el continuismo —ahora superado— de la vieja
y
tenaz tradición revolucionaria
d e l
pueblo
ruso,
a la qu e
pertenecieron tan tas figuras
d e
la vida literaria, siempre entroncada con la
difícil realidad d e l desarrollo de la historia
d e Rusia. (3) .
En los años siguientes, la nueva política eco -
nómica — la NEP—, junto c o n u n a gradual
aper tura
a l
exterior, interesado
en los
recur-
sos de l inmenso país, harán posible u n a casi
increíble recuperación, realizada a costa d e
enormes sacrificios soportados
por el pue-
blo . Hoy, a los
sesenta años
d e
estos hechos,
puede intentarse ya , desde perspectivas dife-
rentes,
u n a
aproximación
al
análisis
de los
resultados de un proceso revolucionario q u e
h a n
configurado
la
realidad
de l
mundo
d u -
rante este siglo.
•
J.M.S.M.
(3) Ver:
«Los novelistas rusos ante
la
Revolución»
TIEMPO DE HISTORIA, núm. 56. Julio de 1979.
Imagen d e l último Gobierno ruso blanco bajo la pres idencia d e Wrangel. S o n l a s s e m anas f i na l e s d e l a ñ o 1 9 2 0 e n Crimea. La guerra
civil está viviendo s o de s e n l ac e .
4 9
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Albert Soboul:
Protagonistas
y
testigos
de la
Revolución Francesa
María Ruipérez
Manuel Pérez Ledesma
Desde hace veinte años, todo estudio de la Revolución Francesa
tiene
que
referirse inevitablemente
a las
obras
de
Albert Soboul.
Y no
sólo
a su
libro
de
síntesis
del
período
(Précis d'histoire
de la
Révolution fran^aise),
publicado
en 1962,
sino también
a sus investigaciones sobre diversos aspectos del proceso revolucionario,
en especial sobre la participación popular en el mismo. Desde
la tesis presentada en la Sorbona sobre L es
sans-culottes
parisiens en Tan
11,
hasta
su
último libro, Problémes paysans
de la
révolution, 1789-1848,
Albert Soboul, siguiendo el consejo
de su
maestro, Georges Lefebvre,
ha
dedicado especial atención
a la «historia vista desde abajo», por los participantes anónimos
o escasamente conocidos, y muchas veces despreciados
u olvidados, en el proceso revolucionario. Al lado de estas
investigaciones, Soboul—profesor de Historia de la
Revolución Francesa en la Sorbona desde la muerte de
G.
Lefebvre—
ha
dedicado numerosos trabajos
a la
defensa
de las
concepciones
de lo que él
mismo llama «historiografía
social clásica
de la
Revolución Francesa» —representada
por
Jaures o por Lefebvre, y cuyo parentesco con el análisis histórico
de carácter marxista es evidente—, frente a las corrientes revisionistas
o críticas de esta tradición. Sobre estos dos grandes temas
—las nuevas interpretaciones
de la
Revolución
y su
contraste
con la línea historiográfica en que el mismo Soboul se inserta,
y el papel de las masas populares en el proceso revolucionario—
versó
la
larga conversación
que con él
sostuvimos
el
verano
pasado
en
París.
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T- KOVüE
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« d'«p jrand nonata de raejeu: Huflai ^ i o u umiuzialií ̂ m mcntaut a r i s m r c* utusunr kr ¿rxivfnu»* * .
í ^ rn o u x ; a p a n r ffc«ucre4Vlur5c ck caaos < < d r fu u k . Ir gouvcnmr kvt donaa aakcu d n w b m , la i « c du gconroetif a n c por.ee en tnanplie par fo-U 1- v w t .
4c s parokt Ar f t t t , & krgui i iv i ro t cuv) cem «Tcntcna fureut car**, il £u<
tircr
n & « e cxpoiec pendant ptioí iin ) a n : t d k l c t ¿ la n o uagKf.ie , d'jíi: k
>. : -»on A < y y p M HÍ drsaiíx (raid un e foulr íhooacus ¿«ss, u \ i c ahotuiuablc rrrn ao n ac r i n o s árttefidaos j .
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F I N
La toma d e la Bastilla ( e l 14 d e julio d e 1789), e n u n a imagen d e Epinal. (París, c o l . privada).
Tiempo
d e
Historia.—Como todos lo s proce-
sos históricos de primera importancia, la Re-
volución Francesa
ha
suscitado
un
gran
nú-
mero de interpretaciones divergentes, y ha
dado origen a diversas polémicas entre las dis-
tintas visiones
de la
misma.
Ya en el
siglo
XIX,
mientras muchos historiadores
la
considera-
ba n como «una revolución de la miseria»,
otros la definían como «una revolución de la
abundancia». ¿A qué se debía, y cómo apare-
ció esta primera disparidad de opiniones?
A .
Soboul.—El problema
de la
naturaleza
d e
la Revolución Francesa se planteó desde los
primeros estudios históricos sobre la misma,
en la época de la Restauración d e 1815-30;
pienso, p o r ejemplo, en las obras d e Thiers o
d e
Mignet
d e
comienzos
de la
década
d e
1820 . En
este momento,
en la
época
de los
gobiernos ultras y de la oposición liberal,
Thiers y Mignet, hombres de la burguesía
liberal consideraban a la revolución como u n
movimiento
d e l
Tercer Estado,
en
especial
de su capa superior, la burguesía. Era , po r
tanto, u n a revolución liberal, cuyo estu dio se
concebía como
u n
a r m a
d e
combate contra
la reacción ultra. Después de 1830 se produjo
un
cambio general
d e
perspectivas, debido
al
cambio
en l as
condiciones
de la
época
y a la
aparición
d e u n a
nueva generación
d e
inte-
lectuales, cuyo principal representante en el
terreno
de la
historia
f u e
Michelet. Para
M i-
52
chelet, el gran actor de la Revolución no fue
el
Tercer Estado
en s í ,
sino
el
pueblo;
e l Pue-
b lo , con mayúsculas, a l que Michelet no se
molestó e n definir co n precisión. L a causa
esencial
de la
revolución
se
encontraba para
él en las
condiciones materiales
d e
vida
d e
la s
masas populares,
po r l o que
Michelet
la
definió como
« la
revolución
de la
miseria».
Y
esta visión h a dominado e n gran medida e n
la historiografía francesa hasta fines del si-
g lo XIX, aunque el análisis avanzó m á s g r a -
cias a la obra d e Tocqueville, E l Antiguo R é -
gimen
y la
Revolución. Tocqueville insistió
sobre todo en la situación de los campesi nos,
y en los dos grandes problemas con que se
enfrentaban
lo s
campesinos:
e l
problema
d e
la
adquisición
d e
tierras,
el
problema
de la
tierra, e s decir, la necesidad d e u n a reforma
agraria; y aú n m ás importante, el problema
de la
feudal idad,
de los
derechos feudales.
E n
u n a
página clásica
de su
libro, Tocqueville
insiste
en el
peso
d e
estos derec hos feudales
y
e n
todo
el
odio
q u e s e
había amasado entre
lo s
campesinos
e n
contra
de l
sistema.
Toda esta visión d e u n a revolución de la mi-
seria f u e trastocada p o r Jean Jaurés, q u e a
comienzos d e siglo, en 1901, empezó a publi-
ca r s u Historia socialista de la Revolución
Francesa.
S e
discutió mucho
en
aquel
m o -
mento el significado d e l calificativo «socia-
lista» incluido
en el
título
de l
libro. Para
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Jaurés
e r a u n a
historia socialista porque
se
dirigía,
en
primer lugar,
a l a s
masas popula-
res , y
además porque
la
Revolución Frances a
era e l
comienzo
de un
proceso
q u e
debía
conducir necesariame nte a la sociedad socia-
lista; la revolución burguesa e r a sólo u n a
etapa
en
este proceso inevitable. Pero
lo que
nos
interesa ahora
es el
cambio
d e
perspec-
tiva q u e supone la obra d e Jaurés frente a
Michelet. Para Jaurés, la revolución e ra e l
resultado
de la
prosperidad,
de la
riqueza,
esencialmente de la prosperidad burguesa. A
lo
largo
de l
siglo XVIII
la s
capas burguesas
habían alcanzado
u n
alto nivel intelectual
a
través de l desarrollo de la filosofía de las
luces;
y
todo este desarrollo estaba e c o n -
tradicción con las estructuras aristocráticas,
q u e privilegiaban el nacimiento y no la for-
tuna,
q u e
privilegiaban
el
ocio frente
a la
actividad productiva. Había entonces
u n a
perfecta contradicción entre l a s estructuras
institucionales d e l Antiguo Régim en y la rea-
lidad francesa, y la revolución de 1789 fue la
consecuencia de esta contradicción.
U N
C O N F L I C T O
D E
CLASES
T. de
H.—Pese a ello, existían también muchos
rasgos comunes en la interpretación de estos
historiadores clásicos del proceso revoluciona-
rio...
A. S.—Por supuesto. Desde lo s primeros es -
tudios sobre
la
Revolución Francesa, desde
Thiers
y
Mignet,
se ha
definido
a la
revolu-
ción como
u n
conflicto
d e
clases. Baste
re -
cordar
que , en una
carta célebre, Marx atri-
buye
la
paternidad
de la
teoría
de la
lucha
de
clases
a
estos historiadores,
en
concreto
a
Augustin Thierry,
u n
historiador
d e l
grupo
de
Guizot, Thiers
y
Mignet. Este
es el
tema
central par a Thiers, como pa ra Tocqueville
o
para Taine, aunque este último dedique
su
obra
a
denigrar
a las
clases populares;
y es,
p o r supuesto, el tema central para Jaurés. E l
otro tema sobre
e l que
insisten estos histo-
riadores
es el
tema
de la
necesidad histórica:
a
part ir
de un
cierto número
d e
datos,
d e
factores, los acontecimientos de la revolu-
ción se desarrollaron d e forma totalmente
necesaria,
s in
posibilidad
d e
cambio.
La re -
volución liberal de 1789, el compromiso q u e
la
burgues ía intentó llevar
a
cabo
con la
aris-
tocracia, basado
en el
ter reno político
en una
monarquía constitucional y en e l terreno
económico
en el
rescate
de los
derechos
feu -
dales,
y no en su
abolición pura
y
simple,
fracasó. Y fracasó, p o r u n a parte , po r la nega-
tiva de la aristocracia a abandonar s u s privi-
legios,
y p o r
otra
por la
negativa
d e l o s c a m -
pesinos a aceptar el sistema d e rescate de los
derechos feudales, sistema
q u e n o
mejoraba
su
condición, como
se
demostró
m á s
tarde
e n
las
zonas europeas domin adas
p o r
Napoleón
en l a s que s e
intentó aplicar esta fórmula
( p o r
ejemplo,
en e l su r de
Italia
o en el Du-
cado
d e
Varsovia),
s in
ninguna ventaja para
lo s
campesinos. Sobre
la
base
de esa
doble
negativa —negativa de la aristocracia a todo
compromiso político
y
social, negativa
de los
campesinos
a l
rescate
de los
derechos feuda-
les—
la
revolución continuó. Tenemo s
la cos-
tumbre
d e
insistir
en la
importancia
de las
masas populares urbanas; pero creo
que se-
r ía
necesario altera r
la
perspectiva
y
escribir
u n a
historia
de la
Revolución Francesa,
al
menos desde
el
verano
de 1789
hasta
el ve-
rano
de 1792 o la
primavera
de 1793,
desde
la
óptica
de l a s
masas campesinas.
Son las re -
vueltas campesinas l a s que empujaron a la
Revolución Francesa hacia adelante. Ahora
bien,
a
part ir
d e
esta doble negativa todo
se
encadenó
d e u n a
manera necesaria:
la
nega-
tiva de la aristocracia a todo compromiso
trajo consigo la emigración, y p o r consi-
guiente la contra-revolución, la declaración
de guerra, y frente a la guerra, el estableci-
miento
d e u n a
dictadura revolucionaria.
Grabado qu 0 representa al rey Lula XVI, to ca d o c o n al gorro frigio
revolucionarlo y brindando po r la naci ón. (Biblioteca Nacional d e
Parla).
53
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H a y
entonces
u n a
necesidad histórica
q u e
determina todo
el
proceso.
Si
insisto sobre estas
d o s
características
—la
Revolución Francesa como
u n o d e l o s
episo-
dios m á s agudos y dramáticos de la lucha d e
clases,
y la
necesidad histórica
q u e
rige
su
desarrollo—
e s
por que estos
d o s
aspectos
ca -
racterizan a lo que yo llamo «historiografía
social clásica
de la
Revolución Francesa»,
q u e v a desde Thiers y Mignet, y desde Toc-
queville
y
Michelet, has ta Jaur és,
y
tras
él los
historiadores universitarios —evidente-
mente
c o n
matices diferenciales
e n
cada
u n o
d e
ellos—, como Aulard, Mathiez
y
sobre
todo Georges Lefebvre, q u e h a insistido m u -
c h o e n s u s
estudios
en el
papel
d e l
campesi-
nado
en la
revolución.
L O S
H I S T O R I A D O R E S
R E V I S I O N I S T A S
T. de H.—Pero frente
a
esta interpretación,
en
la s últimas décadas han aparecido varias co -
rrientes discrepantes. Para empezar,
la
línea
de
Palmer y Godechot, que consideraba a la Revo-
lución Francesa como un elemento de una «re-
volución atlántica»
más
amplia...
A .
S.—En efecto,
a
par t i r
de la
década
d e
1950, han
aparecido varios traba jos
d e
histo-
riadores anglosajones
y
franceses,
a los que
vo llamaría «historiadores revisionistas». E s
evidente
q u e l a
historia
no es
inocente,
y que
los
historiadores tampoco
son
inocentes:
quiero decir
c o n
esto
q u e l o s
historiadores
viven
en su
siglo,
en su
época,
y
escriben
la
historia e n función d e s u s convicciones. E n
este sentido la corriente revisionista se de -
sencadenó
en los
años
de la
«guerra fría»,
y
apareció como u n a tentativa de los historia-
dores anglosajones, apoyados
p o r
algunos
franceses,
p o r
rechazar
de la
historia
de la
revolución francesa,
y de la
historia
e n
gene-
r a l , toda explicación basada en los conflict os
sociales, en la lucha d e clases. Dicho d e otra
forma,
su
tentativa
se
inscribe
en un con-
texto ideológico
y
político
m u y
preciso,
en el
q u e s e
trataba
d e
oponer
la
revolución
del
mun do occidental, calificada como liberal, a
la revolución de l mundo oriental, y e n espe-
cial
a la
Revolución Rusa. Creo
q u e h a y q u e
insistir mucho
en el
contexto histórico
y
polí-
tico
si se
quiere com pre nde r este intento,
q u e
comenzó en 1954 con un artículo d e l histo-
riador Palmer,
en e l qu e
señalaba
el
caráct er
«atlántico»
y
occidental
de la
Revolución
Francesa. Para Palmer,
a
fines
d el
siglo
X -
VIII se produce u n ciclo d e revoluciones
atlánticas, l a s m á s i mportantes de las cuales
son la
Revolución Americana
y la
Francesa,
junto a l a s que aparecen tentativas revolu-
cionarias e n otros países, como Irlanda o
Suiza. Todas ellas
se
producen
en un con-
texto atlántico
u
occidental caracterizado
por e l
liberalismo. Esta tesis niega
ló s
carac-
teres sociales de la Revolución Francesa, in-
sist iendo fundame ntalmen te
en sus
caracte-
re s
geográficos,
y
niega también
los
aspect os
peculiares, franceses, nacionales, de la Revo-
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La jornada d e l 20 d e junio d e 1792 . (París. Museo Carnavalet).
54
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Danton, Marat y R obes p ie r re . (Ve rs a ll es , c o l Lambinet ) .
lución Francesa, integrándola
en el
contexto
m á s
general
de
Occidente. Debo decir
q u e
este intento ha tenido un escaso éxito e n
Francia: aunque J . Godechot aceptó inicial-
mente la tesis de Palmer, en especial en su
libro sobre
La
Grande Nation, rápidamente
abandonó esta concepción,
q u e n o h a
tenido
ningún éxito
en
Francia.
T. de H.—Ahora bien, al lado de Palmer apare-
cieron también
en los
años
50
otras críticas
a
la
concepción clásica
de la
Revolución Fran-
cesa; po r ejemplo, la crítica de Cobban. ¿Qué
opi na
usted
de
ella
?
A. S.—Podríamos definirla como una se -
gunda tentativa revisionista, m á s ambiciosa
que l a
anterior.
S u
origen está también
e n
1954, el mismo añ o en q u e Pal mer publicaba
su libro, pero no tuvo ninguna relación con
él . En este a ñ o Alfred Cobban pronunció u n a
conferencia sobre
E l
mito
de la
Revolución
Francesa.
N o
intentaba decir
que l a
Revolu-
ción Francesa no hubiera existido, sino q u e
la interpretación que l os historiadores fran-
ceses
de la
escuela clásica daban
d e
ella
e ra
falsa. Cobban,
a m i
juicio
u n
sofista, esgri-
m í a d o s series d e argumentos contra la in-
terpretac ión clásica.
P o r u n
lado,
la
interpre-
tación clásica definía
a la
revolución como
antifeudal, cuando
en 1789 ya no
había
f eu -
dalismo en Francia. P or otro, la caracteri-
zaba como burguesa y capitalista; pero si se
analizan la s capas sociales q u e intervinieron
en la revolución, no se las puede definir
—dice Cobban— como «burguesas», en el
sentido preciso
d e l
término,
e s
decir,
en el
sentido
d e
empresarios,
d e
gente
q u e
dirige
la banca, el comercio o la industria, y es
evidente
que e l
capitalismo todavía
no es-
taba establecido en Francia.
T. de
H.—¿No
es
demasiado duro
el
califica-
tivo de sofista?
A . S.—He dicho q u e Cobban es un sofista,
porque
m e
parece
q u e
juega
con las
pala-
bras. E s evidente q u e e l feudalismo de 1789
no e ra e l
feudalismo medieval clásico;
d e
todas formas,
la s
imposiciones feudales,
u n o
de los aspectos fundamentales del feudalis-
m o, existían d e forma m u y clara y que se
puede medir, aunque variaban mucho d e
u n a
región
a
otra,
e
incluso dentro
de una
región, o dentro de un señorío. Si no hubie-
r a n existido los señoríos y las imposiciones
feudales no se comprender ían l a s revueltas
agrarias de 1789, que son esencialmente a n -
tiseñoriales, antifeudales,
q u e s e
plasman
en
«la guerra contra lo s castillos». Pienso s i m -
plemente q u e cuando se define e l feudalismo
habría
q u e
hablar
d e
«feudalismo
d e
Antiguo
Régimen»; no se trata d e l feudalismo medie-
val , basado en el vasallaje, en l as relaciones
d e
hombre
a
hombre, sino
d e l
feudalismo
en
el
sentido económico
de l
término, basado
en
las exacciones po r e l propietario feudal, po r
el señor, sobre el t rabajo d e l campesino, en
forma d e corveas, o sobre la riqueza del
campesino, e n forma d e derechos e n metá-
5 5
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Cuchilla d e guillotina y escal era para subir a l cadalso , conserva-
d a s e n l a Conserjería d e París.
lico
o d e
exacciones sobre
la
cosecha. Estas
exacciones son una realidad q u e hemos p o -
dido medir en diversas regiones d e Francia,
aunque este tipo d e estudios h a n sido desde-
ñados normalmente porque exigen
una i n -
vestigación
m u y
precisa
y
cálculos extrema-
damente largos.
E n
cuanto
a l
segundo
a r -
gumento, según el cual no se t ra ta de una
revolución burguesa,
es un
argumento espe-
cioso.
E s
cierto
q u e n o h a n
sido
la s
capas
burguesas,
en el
sentido
m á s
estricto
del
término,
l a s q u e h an
dirigido
la
revolución,
sino gentes
de
profesiones liberales; pero
esto no es obstáculo para q u e pudieran a s u -
m i r l o s ideales burgu eses. N o e s necesario ser
u n
burgués,
en el
sentido
m á s
estrecho
del
término, para asumir
lo s
valores burgueses.
(Lenin n o e r a u n trabajador manual, no e ra
u n obrero).
T. d e H.—¿Se puede seguir afirmando, por
tanto, y pese a las críticas de Cobban, que la
Revolución francesa
fue una
revolución
bur-
guesa
?
A. S.—A mi juicio, no se puede negar el ca-
rácter burgués y capitalista de la revolución
p o r d o s razones fundamental es. Por un lado,
la revolución acabó c o n toda la legislación
d el Antiguo Régimen q u e impedía el libre
desarrollo
de las
actividades productivas,
co n todas la s reglamentaciones q u e todavía
en 1789 regulaban la producción, en el cua-
d r o d e l mercanti l ismo y del colbertismo, con
5 6
l a s corporaciones o con l as aduanas interio-
r e s q u e impedían el establecimiento de l
mercado nacional, y permitió e l desarrollo
de
unas nuevas relaciones
d e
producción.
P o r otra parte, en el seno de las Asambleas
Nacionales, q u e n o estaban compuestas e n
su mayoría p o r capitalistas, había d e todas
formas u n a minoría extremadamente cons-
ciente
de l as
necesidades económicas:
p e n -
semos, p o r ejemplo, en Dupont d e Nemours,
diputado en la Asamblea Constituyente, q u e
emigró a los Estados Unidos y es el fundador
de la célebre multinacional actual. Fuera d e
la Asamblea Constituyente, existían también
grupos d e presión, m u y activos, q u e h an i n -
fluido
en la
Asamblea
en el
sentido
de los
intereses capitalistas: existía
el
grupo
d e
presión de los representantes de los puertos
comerciales atlánticos y mediterráneos, e s
decir, de los grandes intereses marítimos y
coloniales,
y
junto
a él lo que se
l lama
el
«Club Massiac»,
un
grupo formado
por los
representantes
de los
grandes plantadores
coloniales
d e
Santo Domingo, como Lameth,
q u e f u e diputado en la Constituyente; y esto s
d o s grupos d e presión obligaron a la Consti-
tuyente, p o r ejemplo, a n o reconocer l o s de-
rechos políticos
a los
hombres libres
de co -
lor, a los mulatos libres, q u e quedaron fuera
de la ciudadanía ( l o que provocó la revuelta
d e Haití y, f inalmente, la pérdida d e este
territorio).
T. de
H.—Probablemente
en
España
se
cono-
cen más las ideas de Franqois Furet y Denis
Richet, sobre todo tras la publicación en caste-
llano
de l
último libro
de
Furet, titulado preci-
samente Pensar
la
Revolución Francesa.
E n
e s e libro se recoge además u n a intervención
d e Furet en la fam osa polémica q u e surgió e n
Francia en los años 60 , a raíz de la aparic ión
de La
Révolution fran^aise, escrita
por am-
bos.
¿Cuál
es su
juicio
de
esta nueva línea
interpretativa, qu e parece haber tenido un gran
éxito en Francia en los últimos años?
A.
S.—Inicialmente, debo decir
q u e
Furet
y
Richet
son dos
ensayistas,
m á s q u e d o s
histo-
riadores
en el
sentido estricto
de
este térmi-
n o . Quiero decir q u e , s ea cual sea su penetra-
ción y s u sentido de la historia, n o h an hecho
investigaciones sobre el período, po r l o que
s u s puntos d e vista no se basan en trabajos
previos; s o n m á s bien reflexiones sobre la
Revolución Francesa, e incluso d e forma m á s
precisa, sobre lo s historiadores de la Revola-
ción Francesa. Furet y Richet h a n retomado
y perfeccionado l a s consideraciones de Cob-
ba n (no l as de Palmer) q u e niegan el caráct er
d e clase de la revolución. Toman de los histo-
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riadores
de la
Restauración,
d e
Thiers
y de
Mignet, l a idea d e u n a doble revolución: la de
1789, burguesa y liberal, y la de 1793, popu-
l ar y
dictatorial. Pero para Thiers
y
Mignet,
entre estas
d o s
revoluciones había
u n a
rela-
ción d e necesidad histórica, como antes h e
dicho. E n cambio, Furet y Richet niegan ese
carácter necesario: n o h a y u n a relación ló -
gica
y
necesaria entr e
u n a y
otra revolución,
sino sólo azar
y
continge ncia. Ellos insisten,
a
continuación,
en la
primera revolución
en
cuanto revolución liberal, caracterizada po r
la alianza entre la aristocracia y las capas
superiores del Tercer Estado, es decir, la
burguesía;
en
suma,
u n a
revolución
de las
élites
(un
tema
q u e h a
estado
m u y d e
moda
en los años 60 y a comienzos de los 70) que
fracasó como consecuencia de la incapaci-
d ad d e arbitraje de l r ey , de Luis XVI .
T . d e H.—¿Cómo valora usted estos análisis?
A. S.—Si se examina esta primera serie d e
temas desarrollados
p o r
Furet
y
Richet,
se
puede decir que es cierto q u e hubo u n a c o n -
vergencia en la segunda mitad del si-
g lo XVIII entre u n a élite aristocrática ilus-
trada
y u n a
élite burguesa ilustrada. Pero
quiero señalar
d o s
cosas.
E n
primer lugar,
que l as luces n o h an tenido u n a función u n i -
ficadora; u n a ideología n o tiene necesaria-
mente funciones unificadoras, como
se
puede demostrar pensa ndo
en el
marxismo
y
en las múltiples tendencias a q u e h a dado
lugar. L as luces fueron utilizadas p o r unas u
otras categorías sociales
co n
unos
u
otros
fines. Baste reco rdar el estudio d e Althusser
sobre Montesquieu, en e l que Althusser ex-
plica cómo h a sido utilizado Montesquieu
p o r
unos
y
otros,
po r l a
reacción aristocráti-
ca, por la
reacción parlame ntar ia
(que no se
puede identificar con l a anterior), por la
Asamblea Constituyente en 1789; y puedo
recordar q u e , para Marat, el hombre m á s
importante de l siglo n o f u e Rousseau ni Vol-
taire, sino Montesqui eu.
P o r
otro lado,
no ha
existido
u n a
élite unificada
en el
siglo XVIII;
existier on élites, s in duda c o n puntos de con-
vergencia, pero separadas po r l a barrera del
privilegio, que l a élite aristocrática nunca
quiso abandonar. E n cuanto a l a capacidad
de arbi t ra je del rey , era extraordinariamente
limitada; n o h ay m á s q u e v e r la s dificul tades
con que
tropezaron todos
lo s
intentos
de re-
forma desde
1760,
desde
l a s
reformas
d e
Turgot hasta
las de
Lomménie
d e
Brienne
e n
vísperas
de la
Revolución. Además, aunque
y o
creo
q u e
estamos confundidos
e n
cuanto
a l carácter d e Luis X V I —que no e ra t an es -
túpido como se suele decir, que no e ra un
La e jecución d e Luis XVI: «qu'un sang impur abreuve n o s sillons»
( q u e u n a sangre impura riegue nuestros surcos, d e La Marselle-
s a ) . Estampa popular. (París, Biblioteca Nacional).
imbécil—,
lo
cierto
es que se
trataba
de un
monarca profundamente convencido del ca-
rácter divino de su poder, y por eso su capa-
cidad d e arbi t ra je n o podía llevarle a tomar
partido a favor de la burguesía e n contra de
la aristocracia (de la misma forma que la
capacidad d e arbi t ra je de l presidente actual
de la
República francesa
n o
puede
i r m ás
allá
de los fundamentos d e l orden social actual).
E n resumen, para Furet y Richet se produce
u n a
revolución liberal,
de l as
élites,
q u e f r a -
casa
por la
incapacidad
d e
arbi t ra je
del rey,
y conduce finalm ente en 1792 a la entrada d e
la s
masas populares
en la
escena política
y al
establecimiento
d e u n a
dictadura jacobina.
T. de H.—Otro de los aspectos más criticados
de l análisis de Furet y Richet es el relativo al
papel de las masas populares, y en general al
sentido
y
características
de l
período jacobino.
¿En qué se
basan estas críticas?
A.
S.—Al ana li zar
la
dict adur a jacobina
y sus
relaciones
con e l
período anterior, ambos
au -
tores introducen la noción d e «dérapage»
(derrape, patinado d e l a s ruedas de un auto-
móvil); e s decir , abandonan la idea d e u n a
relación necesaria entre la revolución liberal
de 1789 y la
revolución popular
de 1793,
par a
introducir
la
contingencia
y el
azar.
M e p a -
rece
q u e
esta actitud significa,
en
primer
lu -
g a r ,
abdicar, negar
el
papel
d e l
historiador,
puesto que e l historiador debe buscar l a s
causas
q u e
explican
lo s
acontecimientos,
debe intentar explicarlos,
y u n a
explicación
5 7
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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LE M O N I T E U R
P A T R I O T E
¿m*
1K L \0jAm
El único número publicado d e l per iódico « L e Moniteur patrióte» d e Marat, 11 d e agos t o d e 1 7 8 9 . (Biblioteca d e Lyon)
p o r e l
azar
m e
parece
que es l a
negación
de
lo s objetivos d e l historiador. P o r otro lado, la
idea de l «dérapage» se basa en u n a concep-
ción somera y arbi t rar ia de l o que eran las
masas populares a l final de l Antiguo Régi-
men, y de l o que son en
general
la s
masas
populares. Según estos autores,
la s
masas
populares no se habrían movido m ás q u e a
par t i r
d e
fantasmas:
e l
complot aristocráti-
co , po r ejemplo. Yo no niego q u e e l «complot
aristocrático» fuera u n mito; pero lo cierto e s
q u e
hubo complots.
O el
fantasma
d e l
ardor
guerrero
de l o s
franceses, cuando
d e
hecho
l a s masas populares n o quisieron la guerra:
la guerra la querían la monarquía y los aris-
tócratas, p o r u n lado, y los girondinos, po r
otro.
E n
cambio,
n o
hablan
en
absoluto
d e
la s motivaciones económicas y sociales d e
l a s masas populares: de l problema de la t ie-
r r a y de l
feudalismo para
la s
masas campe-
sinas, o de los problemas de la vida cotidiana
— el problema del pan, de la carestía y del
hambre— para la s masas urbanas. Dicho d e
otra forma,
no se
buscan
l a s
motivaciones
d e
l a s
masas populares
en la
realidad social,
en
lo s
conflict os sociales, sino
en e l
terreno
de la
ideología. Pienso q u e esto no es un progreso,
sino u n retroceso en la explicación histórica.
L A S
M A S A S C A M P E S I N A S
Y L A R E V O L U C I O N
T. d e H.—Precisamente n os interesaría hablar
ahora
de l
papel
de las
clases populares
en el
proceso revolucionario. ¿En qué medida influ-
yeron
en el
desarrollo global
de la
revolución
?
A. S.—En principio, y aunque s ea u n a gene-
ralidad, conviene decir
que s in l as
masas
po -
pulares, la revolución n o habría sido l o que
fue . La
intensidad
de las
luchas sociales
y de
los conflictos d e clase, desde 1789 a 1794, o
incluso hasta la pr imavera de 1795, cuando
se producen la s últimas insurrecciones p o -
pulares ( l as de Germinal y Pradial del
año III) , su dramat ismo y agudeza se deben
a la intervención d e l a s masas populares. E s
evidente qu e si l as luchas políticas de 1789 se
hubieran limitado a la burguesía y a la aris-
tocracia, la revolución habría seguido u n
camino totalmente distinto.
P o r
ello,
es en la
situación económica y social de l as masas
populares, urbana s y campesinas, en e l Anti-
g u o Régimen, donde h a y q u e buscar el or i -
58
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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gen de los conflictos sociales q u e s e produce n
desde 1789 a 1795.
T . de
H.—Más
en
concreto, ¿cuál
fue el
papel
de las
masas campesinas, estudiadas
por Le-
febvre y también por usted en su último libro,
Problemas campesinos
d e l a
revolución?
A .
S.—Cuando
se
habla
d e l a s
masas popula-
res en e l proceso revolucionario, creo q u e
h a y u n a tendencia excesiva a examinar ú n i -
camente
l a s
masas urbanas,
y
esencialme nte
l a s
masas parisinas,
y
olvidar
a l
campesina-
do. Y esta actitud no es justa. En 1789 se
produjeron movimientos
d e
ambos sectores:
h a y
insurrecciones campesinas
e n
marzo,
mientras
la
pri mera insurrección parisina
se
produce
en
julio.
S e
habla siempre
del 14 de
julio, pero el movimiento comienza antes,
lo s
días
10 y 12 de
julio,
con la
quema
de las
oficinas
d e
consumos,
e n l a s q u e
había
q u e
pagar derechos pa ra
la
entrada
d e
produc tos
en
París, cosa
q u e
evident emente provocaba
el
encarecimiento
de los
bienes
d e
primera
necesidad en el interior de la ciudad. Esta
insurrección culmina
e l día 14, con la
toma
de la
Bastilla,
y se
reproduce
a
comienzos
d e
octubre, lo s días 5 y 6 de octubre, con la
marcha sobre Versalles. Normalmente
se
alude también
a l
movimiento campesino
d e
la
«Grande Peur»,
de la
segunda mitad
d e
julio y los primeros días d e agosto de 1789,
q u e
provocó
la
famosa reunión
de la
Asam-
blea Constituyente
en la
noche
del 4 de
agos-
to , en la que se
abolieron
lo s
derechos feuda-
les . Pero h a y q u e constatar q u e a partir d e
finales
de 1789, las
masas parisinas
n o
inter-
vinieron casi en e l desarrollo de l a revolu-
ción; p o r supuesto, intervienen en la política
cotidiana, pero
né en los
acontecimientos
clave,
no en
movimientos
d e
envergadura,
hasta el 10 de agosto de 1792. Es decir, d u -
rante el primer a ñ o d e l a revolución hay in -
tervenciones decisivas tanto
de l a s
masas
urbanas como campesinas; pero
en 1790, en
1791 y hasta la primavera de 1792 son los
campesinos quienes empujan la revolución
hacia adelante
e
impiden
su
estabilización.
Impiden
la
estabilización política, basada
en
la
monarquía constitucional,
e
impiden
la
estabilización económica
y
social, basa da
e n
el
rescate
d e l o s
derechos feudales.
T. de
H.—¿Cuáles fueron
lo s
motivos
de
estos
movimientos campesinos,
y en qué
medida
re -
percutieron
en el
desarrollo
del
proceso revolu-
cionario?
A.
S.—Todavía
no se ha
escrito
la
historia
d e
esta revolución campesina:
h a y u n a
breve
síntesis e n u n curso de la Sorbona d e Aulard;
h a y también páginas interesantes sobre el
tema
en la
obra
d e
Jaurés;
h a y
estudios
f u n -
damentales d e Lefebvre, e n especial s u m o -
nografía sobre
lo s
campesinos
de l
departa-
mento
d e l
Norte
y
varios artículos largos
d e
síntesis;
h a y
también
u n a
tesis
d e u n
profe-
sor de la Universidad d e Moscú, A. Ado, so-
Juicio d e Marat, ante e l Tribunal Revolucionario, e l 24 d e abril d e 1 7 9 2 . (París, Gabinete d e Estampas)
59
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b r e lo s
movimientos campesino s hasta
l a de-
rogación
de los
derechos feudales,
no
tradu-
cida
a ú n a l
francés. Pero todavía está
sin
hacer la historia completa de l as insurrec-
ciones campesinas, d e s u s variaciones en las
diversas regiones, d e s u s diversas motiva-
ciones. Porque l a s motivaciones varían de
unos movimientos
a
otros:
h a y l a s
motiva-
ciones antifeudales de la «Guerra contra los
castillos»; h ay l a s motivacion es ligadas a los
bienes comunales, o a la carestía de l o s g ra -
n o s
para
lo s
campesinos
q u e n o s o n
produc-
tores d e grano; h a y l a s mot ivaciones salaria-
le s para los jornaleros... E s decir, e l conjun to
d e motivaciones e s extremadamente c o m -
plejo, aunque
la
dominante
sea la
motiva-
ción antifeudal de la «Guerra contra l o s cas -
tillos», de la
jacquerie.
D e todos estos movi-
mientos, l o s m ás importantes son l as enor-
m e s jacqueries de la pr imavera de 1792, to-
davía m u y poco conocidas, en l as que milla-
res de campesinos marchar on en orden mili-
t a r contra los mercados y los castillos, y que
destruyeron finalmente el or den feudal ante s
d e q u e l a s
Asambleas revolucionarias
s a n -
cionaran mediante la legislación esta d e s -
trucción. Y h a y q u e constatar q u e l a legisla-
ción antifeudal adoptada p o r l a s Asambleas
revolucionarias, tanto po r l a Constituyente
como
po r la
Legislativa,
e
incluso
por la Con-
vención, siguieron siempre
a l as
revueltas,
y
no l as han precedido nunca; fue l a acción d e
la s masas campesinas l a q u e consiguió l a
abolición total
y
definitiva
d e l
régimen
f eu -
da l .
E n conjunto, la acción campesina es funda-
mental en los años 1790, 1791, y hasta el
verano de 1792 . Pero ya en la pr imavera d e
este último añ o h ay u n encabalgamiento e n -
t r e
estas grandes revueltas campesinas
y el
relanzamiento
d e l
movimiento urbano.
L A S L U C H A S U R B A N A S
X. de
H.—¿Cómo
y por qué se
produjo este
relanzamiento?
A . S.—El rela nzami ento se debió a dos facto-
res: el fa ctor nacional y el factor económico.
S e había declarado la guerra el 20 de abril d e
1792, se habían producido l a s pr imeras d e -
rrotas
y la
invasión
d e l
territorio francés,
y
esto d io lugar a u n sobresalto patriótico.
Pero
e n
este terreno quiero insistir sobre
todo
e n u n a
idea
q u e n o s e h a
desarrollado
nunca.
S e
habla siempre
de
«guerra
de la
Revolución»; pero se olvida q u e l a guerra d e
la
Revolución
f u e u n a
guerra revolucionaria,
es
decir,
q u e
tuvo
u n
c ontenido revoluciona-
r i o , q u e defendió objetivos políticos y socia-
les. Si se produjo u n sobresalto patriótico,
nacional, entre l a s masas francesas, y e n p a r -
ticular parisinas, en la pr imavera y el vera no
María Antonieta ante e l Tribunal Revolucionarlo. (París, Biblioteca Nacional).
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de 1792, fu e
porque
la
guer ra tenía par a ellas
u n contenido político m u y preciso: la victo-
r ia de la
coalición contra
la
Francia revolu-
cionaria significaba la vuelta a l Antiguo R é-
gimen. Este carácter político
y
social
de la
guerra,
q u e
explica
el
sobresalto popular
p a -
triótico, está constatado e n d o s episodios:
cuando en 1793 los austríacos se adueñaron
de Valenciennes, establecieron allí u n a J u n -
ta ,
compuesta
p o r
nobles emigrados bajo
el
control d el Estado Mayor austriaco, y esta
Junta se apresuró a abolir la venta d e bienes
nacionales, y a continuación estableció d e
nuevo los derechos feudales; e s decir, resta-
bleció
el
Antiguo Régimen.
P o r
otro lado,
e n
la zona d el oeste, y e n part icular en La Ven-
dée , dominada por e l ejército católico y rea l,
tras la sublevación vendeana, el Estado M a-
yor de este ejército restableció igualmente
los
derechos feudales
y l a s
formas
d e
domi-
nación
d el
Antiguo Régimen.
Junto al sobresalto patriótico, motivado p o r
estas causas, én la primavera de 1792 la cr i-
s is económica, la agravación de l a s condi-
ciones d e existencia, la carest ía, e l hambre,
influyeron
en el
relanzamiento
de la
agita-
ción de las masas urbana s. Es e l momento e n
q u e
comienzan
l a s
prédicas igualitarias,
p o r
ejemplo de los «enragés». Bajo esta doble
influencia se produce e l relanzamiento del
movimiento popular,
e n
part icular
e n
París,
q u e culmina con e l levantamiento parisino
del 10 de agosto de 1792 , que acabará con e l
derrocamiento
de l
monarca.
A
part i r
de
este
momento, el elemento esencial q u e empuja
la revolución no son la s masas campesinas,
sino l a s masas urbanas.
T. de H.—
El retraimiento
de los
campesinos
de
la s
luchas sociales
a
partir
de 1792, ¿se
debió
a
que ya
consideraban resueltos
su s
problemas
con la
abolición
del
régimen feudal?
A. S.—En cuanto a los campesinos, no se
puede decir que se encuentren ya satisfechos
en sus reivindicaciones, porque esto es de-
masiado simplista; pero e s cierto q u e como
secuencia d e s u s agitaciones, la Asamblea
Legislativa adoptó una ley en junio de 1792,
completada
p o r
otra
ley a
fines
d e
agosto
de l
mismo
año , por l a s que se
abolían
lo s
dere-
chos feudales a no se r que e l señor pudiera
mostrar el título d e enfeudación primitivo.
E n muchos casos este título n o existía, o h a -
b ía desaparecido como consecuencia de las
quemas
d e
castillos,
por lo qu e se
puede deci r
q u e a part ir d e l verano del 92 los derechos
feudales desaparecieron en la práctica. F i-
nalmente fueron abolidos
p o r
completo
p o r
la ley de 17 de junio de 1793, aprobada por l a
Convención bajo
el
dominio
de la
Montaña.
E n
este momen to
los
campesinos habían
o b -
tenido importantes satisfacciones; incluso
u n a parte de los campesinos pudieron c o m -
prar tierras, o ampl ia r s u s propiedades si ya
eran propietarios, por lo que se produjo u n a
disociación de los campesinos de los movi-
mientos populares. Muchos campesinos
propietarios pasaron
a
defender posiciones
d e orden, y se l imitaron a defender l a s p ro-
piedades q u e habían adquirido; y la masa d e
campesinos,
lo s
campesinos
s in
tierra,
si-
guieron manteniendo u n combate e n condi-
ciones difíciles,
u n
combate
d e
retaguardia,
hasta la s grandes revueltas campesinas d e
1848-49. P o r consiguiente, a part ir del ve-
rano de 1792 se puede decir q u e l a s masas
campesinas ya no intervienen, a no ser el
sector q u e mantiene u n combate d e reta-
guardia,
en el
proceso revolucionario.
T. de
H.—
El papel protagonista
de las
masas
urbanas
en
1792-94,
que fue
precisamente
el
tema
de su
tesis doctoral, plantea otro
de los
problemas más interesantes para el estudio de
la
Revolución:
el de la
naturaleza social
de
estas masas. En torno a él, la interpretación de
Soboul
se
opone sustancialmente
a la que ha-
bía
mantenido años antes Daniel Guerin.
¿Po-
dría explicarnos
la s
diferencias existentes entre
ambos análisis?
A.
S.—La posición
d e
Daniel Guerin
se re-
flejó en su obra L a lutte d e classes dans la
Premiére Republique. Bourgeois e t bras-
n u s ,
publicada
en 1946 .
Antes
d e
nada,
quiero llamar
la
atención sobre
e l
carácter
vago
d e
esta expresión
d e
«brazos desnu-
dos», q u e t raduce la situación de los t rabaja-
dores, pero q u e f u e empleada e n m u y raras
ocasiones
en la
ép oca. Aparece alg unas veces
en los textos d£ Babeuf, pero la expresión
habitual en la época es la de «sans-culottes».
Como sabéis,
m i
posición ante
la
obra
d e
Guerin e s clara: Quiero subr ayar , ante todo,
el
méri to
d e l
t raba jo
d e
Guerin,
q u e
volvió
a
poner e n cuestión u n cierto número d e p r o -
blemas,
y
obligó
a los
historiad ores universi-
tarios a precisar m á s s u s análisis. Pero D a -
niel Guerin, q u e n o e s u n historiador profe-
sional sino
u n
publicista,
y q u e e n
aquella
época
e r a
trotskista —aunque luego
h a e v o -
lucionado hacia l a s posiciones de l comu-
nismo libertario—, aplicó a la Revolución
Francesa la teoría de la «revolución perma-
nente», según la cual en e l interior d e cada
revolución se encuentra ya el embrión de la
revolución futura. D e acuerdo co n ello, en la
Revolución Francesa , q u e e r a u n a revolución
burguesa, la sans-culotterie representaba la
61
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Saint Just. (Dibujo p or C . Guérin).
vanguardia proletaria
de la
revolución socia-
lista.
E n m i
opinión,
se
t ra ta
de un
error
fundamental
d e
perspectiva, porque
los
sans-culottes n o representaban u n a v a n -
guardia proletaria, sino
u n a
retaguardia
a r -
tesanal, d e pequeños tenderos y artesanos,
ligada
a l a s
antiguas estructuras sociales
y
económicas. Aunque
e n
París existía,
a l
final
d e l
Antiguo Régimen,
u n
pequeño sector
d e
concentración capitalista, e n especial en el
textil,
e r a
extremadamente reducido,
y h a y
q u e
esperar
al
Primer Imperio para
que se
produzca la primera fase d e l proceso de in-
dustrialización capitalista e n Francia.
Pese
a
este error
d e
perspectiva, Guerin puso
el
acento sobre
u n
problema capital:
l a opo-
sición entre el comportamiento político d e
la s
masas populares
y las
tendenci as profun-
das de l a
burguesía revolucionaria, incluso
jacobina.
E s
decir,
el
antagonismo entre
la
práctica popular
de la
democracia directa,
por un
lado,
y la
práctica
de l a
democracia
representativa,
t a l
como
la
entendían
los ja-
cobinos y los seguidores d e Robespierre.
J A C O B I N O S
Y
S A N S - C U L O T T E S
T. de
H.—¿Cuáles eran
la s
diferencias sociales
entre estos
dos
sectores, sans-culottes
y
jaco-
te
binos,
que
tuvieron
un
papel fundamental
en
1793-94?
A.
S.—La sans-culotterie representaba
a las
masas populares, aunque
h a y q u e
precisar
q u e
esas masas
n o
eran homogéneas, sino
q u e existían múltiples matices diferenciales,
desde lo que se l lamaba el bas-peuple, el
menu-peuple,
el
petit-peuple, hasta
l a s
cap as
superiores
d e
tenderos
y
artesanos, desde
las
q u e s e pasaba d e forma insensible a la pe-
queña
y la
mediana burguesía.
N o
había,
p o r
tanto, homogeneidad,
e
incluso existían
c o n -
tradicciones
en e l
interior
de la
sans-
culotterie:
la
contradicción,
p o r
ejemplo,
e n -
tre el
artesano propietario
de su
pequeño
tenducho, q u e vivía d e l beneficio, aunque
este beneficio fue ra limitado , y los oficiales y
compagnons
q u e
empleaba,
q u e
vivían
del
salario.
D e
todas formas, artesanos
y c o m -
pagnons estaban unidos
en su
hostilidad
a la
concentración, a los grandes propietarios, a
los
ricos,
e tc . ;
estaban unidos
p o r s u s
condi-
ciones
d e
vida,
q u e
eran aproximadamente
la s
mismas,
o p o r s u s
convicciones ideológi-
cas , por e l apego a la propiedad basada en el
trábajo,
etc.; lo
cual
n o f u e
obstáculo para
q u e e n
algunas ocasiones
se
enfrentaran,
y a
q u e
unos vivían
d e l
beneficio
y los
otros
de l
salario.
Por su
parte,
los
jacobinos eran esencial-
mente gente de la pequeña y media burgue-
s ía . Se trata d e u n a categoría social rota y
contradictoria; p o r u n a parte, e n ciertos a s -
pectos,
se
encontraban ligados
a las
capas
superiores
de la
sans-culotterie, precisa-
mente
a
través
de los
grupos
d e
artesanos
y
tenderos, mientras
p o r
otro lado,
a
través
d e
la s
profesiones liberales, est aba n unid os
a la
burguesía
e n
sentido estricto, incluso
a un
nivel relativamente elevado.
De
nuevo
n o
n o s
encontramos
c o n u n a
categoría real-
mente homogénea. Creo
q u e s i
t ra tamos
d e
definir
al
jacobinismo
d e u n a
manera rigu-
rosa,
se
caracteriza
m á s p o r u n a
práctica
política
q u e p o r l a
pertenencia
a u n a
clase
social.
T . d e
H.—¿En
qué se
basó
la
alianza inicial
entre ambos sectores,
y su
alejamiento
e in-
cluso enfrentamiento posterior?
A .
S.—Entre unos
y
otros, entre jacobinos
y
sans-culottes, había evidentemente unidad
e n
algunos campos:
en su
común hostilidad
a l
feudalismo,
a la
aristocracia,
a l
Antiguo
Régimen; en la hostilidad d e ambos frente a l
exceso d e riquezas, reflejado perfe ctamen te
en e l pensamiento d e Robespierre, y p o r s u -
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n » i - f u
I ^ Í | | p Í ^
:
" W j¿ . Gu»_~- 9 m r ? h - « n ̂ í x
María Antonieta conducida a la guillotina. (Croquis d e David).
6 3
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puesto
en e l
pensamiento
d e
Rousseau,
del
q u e
todos
se
nutrieron.
D e
todas formas,
cuando
los
conflictos
se
precisaron, cuando
unos
y
otros
se
encontraron frente
a
frente,
y
e r a necesario tomar posiciories, éstas se acla-
raron. S e podría decir que la alianza f u n -
cionó
e n
plan negativo, contra
e l
adversario
— la
monarquía,
la
aristocracia,
los
girondi-
nos—, pero q u e n o funcionó e n plan positivo,
porque entonces los ideales diferían. Se pro-
dujo
así el
antagonismo entre
l a
democracia
directa, defendida por los sans-culottes, y la
democracia representativa, a l a que en defi-
nitiva apoyaban
lo s
jacobinos.
T. de H.—Al parecer, las diferencias funda-
mentales se referían a la actitud de unos y otros
ante
los
problemas económicos...
A. S.—En el terreno económico, el conflicto
se
produjo entre
la
reglamentación,
la
tasa-
ción, e s decir, todo l o q u e podía salvaguar-
d a r l a s fórmulas antiguas en la s que estaban
integrados los tenderos o los artesanos, q u e
le s protegían e n cierta medida (la tasación
permitía la obtención d e p a n a precio redu-
cido), frente
a la
libertad económica,
es de-
cir , la libertad d e empresa, la libertad d e
trabajo, la libertad d e beneficio. Si Robes-
pierre y los jacobinos se decidieron final-
mente
por l a
tasación
y la
reglamentación,
y
la s
aceptaron
e n la ley de 29 de
septiembre
d e
1793 , fue por obligación y a disgusto, preci-
samente para conseguir
la
alianza
con las
masas populares. Pero
e n s u s
convicciones
íntimas, los jacobinos n o eran partidarios d e
u n a
dirección autoritaria
de l a
economía;
la
prueba está
e n q u e
cuando
e l
gobierno
se
consideró estabilizado, tras la eliminación
Danton conducido
a l
patíbulo. Dibujo
d e
Wille. (Parit, Museo
Carnavalet).
64
Maximiliano
d e
Robespierre. (Escuela Francesa
d e
f inales
de l
siglo XVIII).
de la s fracciones, con la caída de los danto-
nistas
y los
hebertistas
en la
primavera
d e
1794, el
Comité
d e
Salud Pública comenzó
a
disminuir
el
control sobre
la
vida económi-
c a . E n
especial,
e l
comercio exterior,
q u e h a -
b ía sido nacionalizado y entregado a los
agentes nacionales a l final d e l verano y en el
otoño
de 1793, fue
devuelto
a las
empresas
privadas, y poco a poco fueron perdiendo
virulencia los ataques contra el gran comer-
cio en
París.
E s m u y
conocida
la
evolución
q u e s e
dibuja
en la
primavera
de 1794,
bajo
la
égida
d e u n
gobierno jacobino,
en
favor
d e
u n a
vuelta
a la
libertad económica.
Y h a y
q u e
constatar
q u e
tras
el
golpe
d e
Termidor,
cuando
se
abandonó
e l
Terror
y
des apareció
la
fuerza coactiva par a impon er
la
tasación
y
la reglamentación, todo el sistema s e h u n -
dió; y los
clubs
d e
jacobinos,
q u e ,
pese
a
todo,
pervivieron hasta
el
otoño
de 1794, no
defen-
dieron e n ningún momento la economía d i-
rigida.
P o r
todo ello
se
puede decir
que la
reglamentación sólo f u e aceptada por los j a -
cobinos como consecuenci a
de la
presión
p o -
pular, unida
a las
necesidades
de la
guerra,
a
la necesidad d e a rmar y alimentar a l ejércit o
de la
República, necesidad
q u e
obligaba
a l
gobierno
a
acudir
a la
requisición,
la
tasa-
ción y a todos lo s procedimientos autorita-
rios.
Creo
q u e
aquí
se
encuentra
el
punto central
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U n a caricatura d e Michelet, d e André Gilí. (Paria, Biblioteca Nacional)
d e l
antagonismo entre
el
jacobinismo
y la
sans-culotterie.
M e
parece
q u e e l
jacobi-
nismo
se
encontraba sumido
en
contradic-
ciones
de l a s que no
pudo librarse. Cuando
estaba en la oposición, y necesitaba el apoy o
popular para enfrentar se
con los
girondinos,
hacía concesiones a l a s peticiones d e demo-
cracia directa
de l a s
masas populares, como
65
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Jean Jaurét . de E . Kapp (1913). París. Castillo d e Vicennes, Mu
s e o d e l a Guerra.
lo demuest ran los primeros discursos de Ro-
bespierre; pero
a l
llegar
a l
poder volvió
a l
sistema
d e
democracia representat iva,
d e -
fendida
p o r
Robespierre
e n s u s
discursos
d e
la
primavera
d e 1794. Y lo
mismo ocurrió
e n
relación con la economía dirigida, de la que
y a hemos hablado.
T . d e H.—Teniendo en cuenta estos datos,
¿cuál
es su
juicio final sobre
el
jacobinismo?
A .
S.—Creo
q u e e l
jacobinismo
se
puede
d e -
finir como u n a práctica política, caracteri-
zada p o r u n gran realismo político, p o r u n
claro sentido
de l a s
necesidades nacionales,
p o r u n a
visión
m u y
clara
de la
necesidad
d e
u n a
alianza revolucionaria
con la s
masas
populares; pero q u e f inalmente se encontró
minado en su interior p o r s u s propias c o n -
tradicciones.
B A B E U F Y L O S I G U A L E S
T. de H.—Con la reacción de Termidor las
masas populares perdieron parte
de su con-
quistas anteriores
y se
vieron sometidas
a una
dura represión, que hizo difícil la continua-
ción de sus movimientos. De todas formas, la
agitación popular no desapareció, e incluso
buscó formas nuevas, como
la
«Conspiración
de los
Iguales», organizada
y
dirigida
por Ba-
beuf
qu e
pese
a su
fracaso
ha
pasado
a la
historia como
un
momento clave
del
período
revolucionario. ¿Por qué se ha otorgado tanta
importancia a este movimiento, y en especial a
su principal promotor?
A. S .—A mi juicio, la grandeza d e Babeuf se
encuentra
e n q u e f u e u n
teórico revoluciona-
r io ,
pero
u n
teó rico cuya teoría
f u e
sur giendo
a
part i r
de l a s
experiencias revolucionarias
vividas
por é l . Es
decir, para comprender
e l
pensamiento
d e
Babeuf
e s
ne cesario recons-
truir su recorrido ideológico e n función de su
existencia y de l a s experiencias vividas por é l
desde antes
de la
revolución. Babeuf vivió
l a
experiencia d e l movimiento popular, l a ex-
periencia de la dictadura jacobina y la expe-
riencia
de la
reacción
d e
Termidor. Conoció
la s
últimas insurrecciones populares
d e
Germinal y Pradial del año I I I , unas insu-
rrecciones
que se
produjeron
s in
estar
e n -
cuadradas
p o r l o s
jacobinos,
lo que la s
dife-
renció mucho de la insurrección del 10 de
agosto de 1792, o de la insurrección del 31 de
mayo de 1793, encuadradas p o r elementos
de un nivel político y social diferente a las
mas as populares, sobre todo jacobinos. A la
luz de lo que antes mencionábamos, del
abandono de la economía dirigida ^ l a mise-
r i a
popular
de l añ o I I I
—del invierno
d e
1794-95—, Babeuf,
a
pesar
d e s u s
críticas
anteriores
de la
dictadura jacobina (había
sido violentamente anti-robespierrista,
y
había reaccionado duramente contra
e l Te-
rror y la represión jacobi na de l a s tendencias
populares a u n a democr acia directa), revalo-
rizó
el
sistema
del añ o I I , y
sobre todo
el
sistema d e dirección económica. S u argu-
mentación era la siguiente: u n sistema d e
economía dirigida q u e había permitido
equipar y al imentar el Ejérci to de la Repú-
blica,
u n
ejército
d e m á s d e u n
millón
d e
hombres, podía extenderse también a l con-
junto d e l país; lo que se había hecho e n p e -
queño podía hacerse también e n grande. D e
aquí procedió s u apoyo posterior a este sis-
tema d e economía controlada y dirigida.
Si se examinan los fun dam ent os ideológicos
del pensamiento d e Babeuf, su punto d e p a r -
tida e r a l a crítica a la propiedad privada.
Este
e r a u n
tema bastante común
a l
final
del
Antiguo Régimen
y en los
primeros años
d e
la
revolució n. Ref lexio nando -sobre
é l , Ba-
beuf llegó,
en un
primer estadio
de su
evolu-
ción ideológica,
a
legitimar
l o q u e e n
aquella
época
se
l lamaba
la « Loi
agraire»,
e s
decir,.el
66
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reparto equitativo
de la
propiedad.
En el ve-
rano de 1791, en vísperas de l a s elecciones
para
la
Asamblea Legislativa, Babeuf escri-
b ió
varias cartas
a u n
fu turo diputado,
en las
q u e defendía esta «ley agraria». Pero m á s
tarde, baj o l a experiencia del sistema de eco-
nomía dirigida del año I I , comenzó u n a c r í -
tica d e l reparto igual d e propiedades: en un
texto del año I I I , Babeuf decía que «la ley
agraria n o podía durar m ás qu e un d ía ; a l d ía
I
i
I
;i
4
i,
/
Ü
i
J
15
I,
ííi
t
I
k
El a s e s i n a t o d e Jaures e n u n a imagen popular. (Castres, Museo Jaures).
67
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É P O Q U E 8 M É M O R A B L E S
D E L A
R É V O L U T I O N F R A ^ A I S E
Epocas memorables d e la Revolución Francesa. Imagen popular publicada p or Pellerin e n Epinal e n 1 8 4 7 . (París, Biblioteca Nacional.
G a b i n e t e
d e
Es tampas) .
68
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siguiente se reproduciría la desigualdad». E s
decir, si se reparte la propiedad e n lotes
exactamente iguales, resulta
q u e
unos traba-
j a n m á s q u e
otros, unos
se
reproducen
y
otro s
n o ,
algunos desaparecen mientras otros
permanecen,
e tc . , con lo
cual resurgirá
d e
nuevo
la
competencia,
y
f inalmente
l a con-
centración
d e l a
propiedad
e n
manos
d e
unos
pocos.
A
partir
d e
esta crítica
de l a
utopía
d e
la
«loi agraire», Babeuf desarrolló
s u c o n -
cepción
de la
comunidad
d e
bienes
y de t r a -
bajos, precisada en el «Manifiesto de los Ple-
beyos»
q u e
publicó
en e l
otoño
de 1795 en su
periódico
Le
Tribun
d u
Peuple.
T. de
H.—Usted
ha
escrito
en
varias ocasiones
que con Babeuf comienza un a nueva época en
el
pensamiento
y la
lucha social.
¿En qué se
basa esta afirmación? ¿Cuáles fueron
las no-
vedades de la doctrina babeuvista. respecto a
su s
precursores jacobinos
y
sans-culottes?
A. S.—Lo q u e determina la originalidad d e
Babeuf e s haber sido el pr imero q u e superó
la
contradicción
e n q u e s e
habían visto
e n -
vueltos jacobinos
y
sans-culottes
e n
relación
con e l derecho d e propiedad. Como antes h e
dicho, unos y otros, jacobinos y sans-
culottes, estaban
d e
acuerdo
en su
hostilidad
a la
propiedad basada
en el
beneficio
y en su
defensa d e u n a propiedad basada en e l traba-
jo . Por
ello querían mantener
la
propiedad
dentro d e límites estrechos: d e aquí la legis-
lación de los jacobinos, p o r ejemplo la ley
sobre el reparto igual de la herencia, incluso
e n
favor
de los
hijos ilegítimos,
l o q u e
traía
consigo
la
investigación
de la
paternidad
d e
forma retroactiva hasta
1789 (una ley
enor-
memente atrevida para
la
época,
q u e f u e
abolida
por la
reacción
d e
Termidor);
y t a m -
bién otra serie
d e
leyes sobre
el
reparto
d e
bienes nacionales e n pequeñas parcelas, ac -
cesibles
a
todos,
lo s
prés tamos
a los
volunta-
rios para la compra d e bienes nacionales, y
toda la legislación social de la Montaña d e s -
tinada
a
multiplicar
el
número
d e
pequeños
propietarios. Pero existía
u n a
contradicción
entre esta legislación
y el
mantenimiento
d e
la
libertad económica,
d e l
libre juego
de las
fuerzas económicas,
q u e
permitía
la
recons-
trucción de las grandes propiedades, lo que
obligaría
a
nuevas intervenciones
d e l
Esta-
do, y as í
constantemente.
S e h a
dicho
que , en
esta situación, el legislador sería u n nuevo
Sísifo, dedicado
a
empujar continuamente
su roca hasta la cumbre de la montaña, tras
lo
cual
l a
roca caería
d e
nuevo
y
Sísifo
t e n -
dría q u e volver a empezar indefinidamente
su
trabajo.
En el fondo, jacobinos y sans-culottes esta-
b a n d e
acuerdo
en la
función
q u e R o u -
sseau había atribuido
a l
Estado
en
unos
párrafos famosos
d e l
Contrato Social: «Res-
pecto a la igualdad, no hay que entender por
esta palabra
que los
grados
de
poder
y de ri-
queza sean absolutamente
los
mismos, sino
que, en cuanto al poder, que esté por debajo de
toda violencia
y no se
ejerza nunca sino
en
virtud
del
rango
y de las
leyes,
y en
cuanto
a la
riqueza,
que
ningún ciudadano
sea lo
bastante
opulento para poder comprar
a
otro,
y
ninguno
lo bastante pobre para ser constreñido a ven-
derse». «¿Queréis dar al Estado consistencia?
Acercad
lo s
grados extremos cuanto
sea
posi-
ble; no permitáis ni gentes opulentas ni pordio-
seros (...). Precisamente porque
la
fuerza
de las
cosas tiende siempre
a
destruir
la
igualdad
es
por lo que la
fuerza
de la
legislación debe tender
siempre
a
mantenerla».
L a
«fuerza
de las co-
sas»
d e q u e
habla Rousseau corresponde
evidentemente a las leyes económicas, es el
resultado
d e u n a
situación
en la que la pro-
piedad privada está limitada, pero donde, a
pesar d e todo, se mantiene la libertad eco-
nómica,
c o n
todas
su s
consecuencias;
p o r
ello
e l
legislador debe intervenir constante-
mente,
y d e
aquí
la
comparación
c o n
Sísifo.
Precisamente para romper esta contradic-
ción, Babeuf defendió
la
comunidad
de bie-
nes y de trabajos, y aquí está s u principal
originalidad.
T. de H.—Aparte
de
estas novedades
en el te-
rreno económico, ¿cuáles fueron las aporta-
ciones originales de Babeuf en el campo de la
estrategia política?
A.
S.—Al examinar
la s
teorías políticas
d e
Babeuf, conviene preci sar
q u e n o
sabemos
si
son la s
ideas precis as
d e
Babeuf
o las de Bu o-
narrotti,
q u e
publicó
en 1828,
cuan do estaba
exilado e n Bruselas, el libro sobr e L a Conspi-
ración de los Iguales. E s difícil definir la pa-
ternidad estricta.
D e
todas formas,
h a y
cosas
enormemente interesantes en e l texto d e
Buonarrotti
de 1828:
tras
el
fracaso
de las
insurrecciones populares, Babeuf
— o B u o -
narrotti— manifestó
co n
toda claridad
la
idea
de la
necesidad
d e u n a
etapa interme-
d i a ,
durante
la
cual
se
pondrían
e n
funcio-
namiento
l a s
nuevas instituciones,
p o r lo q u e
sólo tras esta etapa intermedia se entrega ría
l a
decisión
a l
pueblo.
L o s
textos
son
total-
mente claros
e n
este punto.
Y
precisamente
a
partir
d e
ellos esta idea pasó
a ios
escritos
d e
Marx, y a l Lenin d e E l Estado y la Revolu-
ción. • M . R. - M . P. L.
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E l
legado
de
McLUHAN
Román Gubern
espectacular atención concedida
por los
medios
de
comunica-
ción
a la
figura
de
Marshall McLnhan,
con
motivo
de su
falleci-
miento
en el
último
día del a fio
¡980,
ha
puesto
de
relieve algunas
de las grandes paradojas del que se puede ya denominar el «caso
McLnhan».
7 0
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N. T, 123^56, 46
I
M,E
t
HE
f
/RDl/Wj/ZCR0/GE/6Al,642
t
/LI/03/DL/S23/DR/Ll0
KB/A08B, B08E,('0̂ E,G0̂ E,II0'<E,H06B, r03B,I03B, I05H,K02B,O02E
f
Q06E,R03B,
T07E,U08E,X03E,X07E/RZ1/M1J/TSL0,TSL \/DR/F22/KB/AO3R,A08B,B06B,B0RB,
G08B,I0i B.K02B,L03B,M0? E,H02E,M02tí,M0?B.M02B,N02 B,N02B,N05E,N07E,
O0í»E,r06E,Q08B,V06B,V07K,X07B,X07E/RM1 /MIJ/ZCR0,WSR0/CE 621,762/Ll /O2
DL/S17/OR/Ll0/KB/B06E,C07E,E03E
f
G07E,H0í.E,H03E,H09B,J08B,J02E,J03E,
J0AB, K02E.K01
E,
K0AB,KO2E,N0¿»E, Q02E, f 0'4E,TO9B, V08E, V09E/RR1 /HÜ/WKRL/
DL/R?3/DR/L1l/KB/A08F, t06E
t
í'0OB, )09I-:.F07lí,K09B,K06E,l07B,J05D,J10B,
J0AB,K08B,L0hB,L01E,(.0'I-.,O0'jfc:,'j0fcK,S07E,:;03E
t
U09fc;,V06E,V0AK,W02t,X06B
RK1/MU/SCR0/GE/601, 12/D1./K17/KB/ A01E, A05E, AO7E.G05E, I06B,J03B,K03E,
K02E.R02E, S06E, T08E, V07B, W09E/Z(3L0/GE/6?2,
b 1 ?/Ll
/02/DL/H1 'j/DR/6
?*./
SF/NAS,?IK/KB/B10B,C08B,E05B,H06H,102B
1
L02B,N02B,O02B
Í
P07E,S05B,S07E,
T09B, W0ÍB,W07B,X0'̂ B, X.0?E/L;'1MU/SCL0/GE21 ,512/DR/I0'I/KB/A06B,C03B,
D10B, G0 3 B, H05 E, 10'. B, I
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B,
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X05E/LR1/MU/SCL0/GE/55?,521/DR/J13/SF/NAS,7SC/KB/E07B,M05B,O03E/LK1/
W"/SC .0/GE/S:
)
;'/nR/J12/IÍB/fi^9j¥iaa¿j2í*^íí^,:02F,S08E,V05n,X0^I ,>.0?E/
Para McLuhan, «...todos l o s invento» humanos, desde la rueda a la electricidad, n o s o n
m á s q u e pro longaciones técnicas d e l s istema nerv ioso , d e l a s facultades o de l equipa-
miento corporal humano». ( E n la fo to , u n a huella dactilar «descrita» p o r u n a computa-
dora Slemena).
H A
primera paradoja
ra -
I R dica en el hecho d e
q u e u n hombre cuya p r o -
ducción e s una especulación
teorética sobre fenómenos
culturales,
a
caballo
de la
psicología,
la
antropología,
la
sociología,
la
historia
y de
ot ras d i sc ip l inas acadé-
micas,
h a
conseguido
u n
status
d e
vasta popularidad
y d e
reconocimiento
d i -
vístico
de l que no han go-
zado científicos contempo-
ráneos
m á s
rigurosos
e in-
novadores, a veces inves-
tigadores d e áreas cultu-
rales vecinas
o
coincidentes,
tales como Walter Ben jam ín
o T. W.
Adorno,
lo s
psicó-
logos Jean Piaget o Wolfga ng
Kohler, lo s sociólogos Edgar
Morin
o
Paul
F.
Lazarsfeld,
o
el
francés Jean Baudrillard,
nombres
q u e
proba blemente
n o
dirían nada
a l
lector
m e-
d io de periódicos que co -
nocía e n cambio a McLuhan,
si n o a
través
de la
lectura
d i -
recta
de su
obra,
a l
menos
a
través d e divulgaciones t an
sintéticas como poco fiables
y popularizadas, cual el
aserto e l medio e s e l m e n -
saje. Naturalmente, la razó n
fundamental de l estrellato
público
d e
McLuhan derivó
de la atención y de l mimo
con que le trataron los me-
dios
d e
comunicación
d e
masas, justamente como
contrapart ida agradecida
a
la
apología mesiánica
d e
McLuhan a los modernos
mass media,
n o
empañada
p o r
ninguna crítica política
o
ideológica
a los
grandes
centros de la Industria Cu l -
tural capitalista.
De
este
modo, los media mimados
p o r
McLuhan hicieron
p r i -
mero
de é l una
estrella
d e
consumo —apareciendo
in-
cluso
e n u n a
jocosa
y
célebr e
escena
de l
film Annie Hall,
d e Woody Alien— y le rindie-
r o n u n sonado homenaje a la
hora
de su
muerte.
E s,
desde
luego,
u n
fenómeno atípico
para quienes trabajan en el
campo raramente goloso d e
la especulación teorética.
Pero acaso
u n a
segunda
ra -
zón de la
popularidad
d e
McLuhan derive justamente
d e
haber situado
su
obra
a l
margen
de las
corrientes
académicas establecidas,
o
i m p l í c i t a m e n t e c o n s i d e -
rad as «ortodoxas»,
en los es-
tudios d e comunicología.
McLuhan
no se
adscribió
ni
a l neokantismo, ni al neopo-
sitivismo,
ni al
funciona-
lismo,
ni a la
tradición empí-
rica
de la
sociología
n o r -
teamericana, ni a la semio-
logía,
ni al
campo
de las teo-
rías matemáticas
de la co-
municación... McLuhan, con
su
característico espíritu
d e
provocación,
se
erigió
en
funda dor aislado de una co -
rriente d e pensamiento, el
mcluhanismo,
q u e n o
deja
discípulos,
n i
puede dejar-
los . Su
cosmovísión
se
agota
e n s u
s u g e r e n t e o b r a -
mosaico, tejida po r un z ig -
zag de
observaciones
p e -
netrantes
y d e
agudos
co-
mentarios,
y se
cierra defini-
t ivamente
con su
muerte.
Es ,
para
lo s
historiadores
de las
teorías
de la
comunicación,
u n
personaje decididamente
incómodo
e
inclasificable,
u n a
especie
d e
arrogante
Robinsón Crusoe
de la co-
municología.
Con la
particu-
laridad
de que , a
diferencia
de los
estudios universita-
rios, meticulosos, metódicos
y monográficos de la t ra -
dición académica,
que s e
p r e s t a n
m a l a u n a d i -
vulgación compacta,
s i n -
tética, digerible
y
atractiva,
toda
la
obra
d e
McLuhan
está escrita desde
el
nivel
d e
la divulgación m á s seduc-
tora
y c o n u n a
profusión
d e
fáciles eslogans
y de p ro -
vocadores paradigmas
—el
medio es el mensaje , l a aldea
71
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 72/128
WOODY
ALLEN
DIANE
KEATON
TONY
ROBERTS
' AN NIE
HAL
C A S I U N A H I S T O R I A D E A M O R
UN A
PRODUCCION JACK ROLLINS-CHARLES
H
JOFFE
Escrita
po r
WOODY ALLEN
y
MARSHALL BRICKMAN
•
Dirigida
po r
WOODY ALLEN
Producida
po r
CHARLES
H
JOFFE
•
COLOR United ArtlStS
A « Ccnp«<>y
«Lo»
media
mimados p o r McLuhan hicieron primero d e é l u n a estrella d e co n su m o —a p a rec ien d o in c lu so e n u n a jo co sa y célebre
e s c e n a d e l film «Annie Hall»», d e Woody Alien— y l e rindieron u n so n a d o h o m en a je a la hora d e s u muerte». (Cartel publicitario de la
película «Annie Hall»», e n l a q u e Marshall McLuhan Interpreta s u propio personaje).
global, los medios fríos y ca -
lientes— d e gran eficacia
publici taria y que se han in -
corporado
co n
extraordina-
r i a facilidad a l acervo social
d e conocimientos comunes a
grandes masas
d e
personas.
Creemos
q u e
este
es
otro
dato a retener para explicar
la extraña, p o r atípica, popu-
laridad
d e
este pensador
ca -
nadiense.
S in
embargo,
la
originali dad
d e McLuhan es sólo relativa,
y él
mismo
h a
reconocido
su
deuda hacia algunas contri-
buciones científicas previas
q u e h a n fundamentado los
pilares centrales de sus t eo-
rías, como las de Harold A.
Innis y d e Edvvard T . Hall.
Esto suele
s e r
normal
en la
trayectoria
d e
todo pensad or
o
científico
y no se
puede
convertir e n u n a recrimi-
nación hacia McLuhan. Por
otra parte, adoptando p u n -
tos de partida ajenos, llegó a
veces a desarrollos teóricos y
a conclusiones q u e reba-
saban ampliamente,
en au-
dacia
y
originalidad,
a los
72
elementos q u e tomó pres-
tados. De la s dos facetas q u e
se engloban en la teorización
d e
McLuhan
— la
historia
y
la
prospectiva
de la
comu-
nicación social—, es la pr i -
mera
l a q u e
arroja
u n
mayor
saldo
d e
deudas culturales,
mientras que la utopía futu-
rista
de la
arcadia electró-
nica debe m á s a s u s propias
facultades d e visionario, si
bien
t a l
utopía
e s
riguro-
samente consecuente con la
valoración d e aquellas p r e -
misas históricas previas.
Aclaremos
que la
formación
científica
de Me
Luhan
se
desarrolló dentro de los cá-
nones m á s tradicionales d e
l a s pautas académicas y
humanis t as anglosa jonas .
Nacido en Edmonton, en la
provincia canadiense de Al-
berta, el 21 de julio de 1911,
ya a los
diez años construía
receptores d e radio de de -
tección p o r galena, para pe-
netrar en la novísima ga -
laxia Marconi, q u e p r o -
porcionaba gratos progra-
m a s d e música a sus oven-
t e s . Este interés tempra-
n o p o r l a tecnología se plas-
m ó e n s u primera deci-
sión
d e
estudiar ingeniería,
m a t e r i a q u e t r o c ó f i -
nalmente por l a literatura
inglesa, q u e estudió en el
Trinity College
d e C a m -
bridge (Inglaterra). S u inte-
rés por la riqueza lingüística
y expresiva d e Joyce, p e r -
s o n a j e f r e c u e n t e m e n t e
evocado en sus ensayos, le
llevó a indagar en la s raíces
d e l
s imbol ismo l i terario
hasta llegar
a las
parodias
estilísticas
d e l
escritor isabe-
lino Thomas Nashe (¿1567-
1601 ?), cuyo talento satírico
había brillado desde
su pr i -
m e r libro, L a anatomía del
ab su rd o (1588). A l estudio d e
este escritor relativamente
p o c o c o n o c i d o d e d i c ó
McLuhan su tesis doctoral
(1942),
q u e n o
sería publi-
cada hasta 1970, cuando
McLuhan e r a ya una estrella
en el firmamento intelectual
anglosajón. LLiego ejercería
como profesor
d e
literatura
medieval y renacentista e n
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los
Estados Unidos
( U n i -
versidades d e Saint Louis
y d e Wisconsin) y en Ca-
nadá (Universidad
de La
Asunción, Windsor, Ontario,
y
Universidad
d e
Toronto).
Experto
en la
antigua
y
acreditada cultura literaria
highbrow, a mediados de los
años cuarenta
la
sensible
re -
ceptividad
d e
McLuhan
e m -
pezó
a se r
atraída
por los
nuevos fenómenos
de la cul -
tura d e masas, e n u n a civi-
lización cuyo ecosistema
cultural estaba
p o r
entonces
dominado
po r l a
radio,
p o r
los comics, por la publicidad
y por e l
cine. Baj o este nuevo
interés escribió
su
primer
li -
b r o , t i t u l a d o T h e M e -
chanical Bride. Folklore of
Industrial M a n , publicado
en 1951, y que en su
época
p a s ó t o t a l m e n t e i n a d -
vertido.
S in
embargo, este
texto, publicado
en
Buenos
Aires en castellano en 1967,
exhibe
ya la
perspicacia
y el
ingenio mcluhaniano
al de-
finir a nuestro automóvil, fe-
tiche de la sociedad in -
dustrial, como nuestra
« n o -
v ia
mecánica».
El año 1951 fue , pues, un año
clave
en la
inflexión
de la ca-
rrera«de McLuhan como in -
vestigador
y
pens ador . Antes
d e
escribir
L a
novia mecá-
nica —declararía años
de s -
pués
a
Er ic Norden—,
«equiparaba la revolución
industrial
al
pecado original
y los
medios
d e
comu-
nicación
d e
masas
a la caí-
da» . Con esta metáfora m o-
ralista, impregnada de fun -
damentalismo protestante,
McLuhan
se
autodescribía
m u y
bien como
el
erudi-
to elitista interesado ú n i -
camente
po r lo s
produc-
tos de la
alta cultura acadé-
micamente l eg i t imada
y
despectivo hacia
e se
Folklore
d e l hombre industrial. Pero
en 1951
conoció también
McLuhan al economista ca-
nadiense Harold A. Innis, au -
to r de textos t a n fundamen-
tales (y hoy tan poco valo-
rados) como
T h e
Bias
of
Communications
y
Empire
a n d
C o m m u n i c a t i o n ,
d e
donde McLuhan extraería,
como
él
mismo
h a
confe-
sado,
la s
ideas germinales
d e
L a
galaxia Gutenberg. Pero
antes, decididamente pola-
rizado
po r lo s
estudios
d e
comunicología, McLuhan
había recibido
u n a
beca para
el Seminario d e Cultura y
Comunicaciones de la Fun-
dación Ford. Para d a r salida
a los
materiales
d e
debate
y
d e
reflexión generados
en tal
seminario, McLuhan y el an-
tropólogo Edmond Carpen-
t e r
f u n d a r o n
l a
revista
e l ocuen t emen t e t i t u l ada
Explorat ions,
q u e
publicó
nueve números entre
1953 y
1959, en los qu e vieron la luz
interesantes trabajos sobre
comunicación verbal (oral
y
escrita), sobre comu nica ción
táctil
y
visual
y
sobre
los
nuevos lenguajes pro duci dos
por los
medios electrónicos.
U n a
selección
d e
estos
a r -
tículos
f u e
publicada
en el
libro Explorations i n C o m -
munication (1960), volumen
q u e
constituyó precisam ente
l a
p r i m e r a t r a d u c c i ó n
mcluhaniana en España, p o r
indicación m í a , traducción
q u e s u
editor barcelonés
ti-
tuló
E l
au la
s in
muros
(1968), por ser e l título d e
uno de los ar t ículos d e
McLuhan incluidos
en el li-
b ro , y
para
e l que
redacté
u n a
introducción
q u e
creo
f u e
exactamente esto,
la
primera «introducción»
a
McLuhan
en el
mercado
d e
lengua castellana.
Después
d e
esta estimulante
antología, q u e definía ya c la -
ramente la zona d e interés
teórico
d e
McLuhan, publicó
en 1962 uno de sus
títulos
fundamentales y qu e le harí a
famoso
de la
noche
a la ma-
ñana:
T h e
Gutenberg
G a-
laxy:
th e
Making
of Ty-
pographic
M a n ,
traducido
en 1969 al castellano con el
título L a Galaxia Gutenber g:
génesis
d e l
homo typogra-
phicus. Haciendo gala
d e
u n a
erudición abrumadora
y q u e
será característica,
McLuhan explicaba en su li-
b ro , con desparpajo y br i -
llantez, cómo
la
adopción
p o r
parte
de l
hombre
de la
tecnología comunicativa
del
alfabeto fonético le hizo p a -
s a r d e l estadio acústico al vi-
sual, estableció
u n a
orde-
nación lineal
y
secuencial
d e
la
comunicación, produjo
la
destribalización humana e
inició
u n a
revolución inte-
lectual
y
sensorial
q u e c u l -
minó
con la
aparición
de la
imprenta, matriz histórica
d e l homo typographicus. La
imprenta contribuyó
a ace-
lerar
el
declive
de la
comu-
nicación audiotáctil
en el
hombre, pero tuvo efectos
sociales gigantescos:
se po-
tenció
el
conocimiento cien-
tífico,
a s í
como
su
acumu-
lación y difusión; la cultura
se convirtió en mercancía,
susceptible de s e r producida
mecánicamente (creando
las
primeras cadenas
de mon-
taje), vendida, comprada
y
conservada; nació
la
noción
d e autor individualizado;
uniformó
y
codificó
las di-
versas lenguas nacionales,
reforzando
a la vez el
poder
político central; pero a la vez
la lectura privada creó la no-
ción filosófica
del Yo,
origen
d e l
individualismo occiden-
ta l , y la meditación aislada
de la
Biblia generó
la
discre-
pancia protestante... Toda
u n a
enorme estela
de con-
secuencias sociopolíticas
y
culturales derivó de la ins-
t aurac ión
de l a e ra gu -
tenbergiana.
A
McLuhan
le
preocupó especialmente la
mutilación
que e l
libro
im -
preso impuso
a su
capacidad
73
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d e
comunicac ión audio-
táctil, propia de la e ra preal-
fabética
y
tribal. Pero
h e
aquí que l a aparición de la
e l e c t r i c i d a d i n i c i ó
u n a
nueva revolución tecno-
lógica,
en l a que
Marconi
canceló
con su
invento
de la
radio la hegemonía de la e ra
gutenbergiana y abrió u n
proceso d e recuperación d e
la
vieja comunicación audi-
tiva.
Con su impresionante c a u -
da l de
citas
— L a
Galaxia
G u -
tenberg es práct icamente u n
collage d e citas ajenas inte-
ligentemente articulado
p o r
McLuhan—, este libro
b á -
sico
y
provocador hizo nacer
l o que en
adelante
se de-
nomi na rá
d e
modo irre-
versible el mcluhanismo.
Dijimos antes
q u e
McLuhan
n o
penetró
con su
libro
e n
u n a
zona teórica virgen
y
q u e algunas de sus obser-
vaciones cruciales proceden
d e
otros autores precursores.
Pero
no se ha
señalado,
e n
cambio, que e l teórico m a r -
xista húngaro Béla Balázs se
ocupó d e algunas de l a s ob -
sesiones mcluhanianas en
fecha t a n temprana como
1924, en su libro crucial De r
schitbare Mensch, oder
d ie
Xultur
d e s
Films
( E l
homb re
visible,
o la
cultura cinema-
tográfica). E n este libro a c u -
saba también Balázs
a la
imprenta,
c o n u n
acento
d i -
ferente
al de
McLuhan,
p o r
haber convertido
a l
rostro
El in terés d e McLuhan «por la riqueza lingüistica y axprasiva d a Joyca . personaje
frecu en tem en te ev o ca d o e n s u s e n s a y o s , l e l l ev ó a indagar e n l a s ra í ces d e l s i mbol ismo
literario...». ( E n la fotografía, e l escritor irlandés James Joyce).
74
humano
e n
invisible. Según
Balázs,
«el
espíritu visible
( d e l a e r a
p r e g u t e n b e r -
giana)
s e
convirtió
en el
espíritu legible y de la cul -
tura visual
se
pasó
a la cul -
tura conceptual». Pero,
c o n -
cordando esta
vez con Mc-
Luhan, Balázs admite
q u e
la
revolución
de los nue -
vos medios, y del cine m u y
en particular, h a devuelto a l
hombre
su
condición cultu-
r a l d e s e r
v i s ib le .
O b -
viamente McLuhan
no co-
nocía, pues no lo cita, a este
importante teórico precur-
s o r q u e
vino
a
ant icipar
p a r -
cialmente
y a
complementar
l a s
futuras tesis mcluha-
nianas.
Al clamoroso éxito de La Ga-
laxia Gutenberg siguió, dos
años después, su segundo (y
último) libro fundamental,
q u e
completó
y
perfeccionó
la s
aportaciones
de su vo-
lumen anterior: Unders-
tanding Media.
T h e E x -
tensions
o f M a n
(traducción
mexicana: L a comprensión
de lós
medios como
las ex-
tensiones
d e l
hombre, 1969).
La
tesis central
d e
este libro
e ra l a
afirmación
de que to -
dos los
inventos humanos,
d e s d e l a r u e d a a la
electricidad, n o s o n m á s q u e
prolongaciones técnicas
de l
sistema nervioso,
de l a s fa -
cultades
o de l
equipamiento
corporal humano, tesis q u e
había sido avanzada ya por
el antropólogo Edward T .
Hall e n T h e Silent Language
(1959).
Así. la
rueda
no es
m á s q u e u n p e r f e c c i o -
namiento
de la
función
de l
p ie , que ha permit ido el
desarrollo
d e
sistemas
d e
t r a n s p o r t e ( c a r r o s , f e -
rrocarr i l , automóvi l ,
a u -
topistas, etc.);
el
mart i l lo
n o
e s m á s q u e u n a
prolongación
del puño y de su capacidad
d e
impacto
h a n
derivado
los
proyectiles
de las
a rmas
d e
fuego;
el
cuchillo,
e l
hacha,
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la
sierra
y
otros instrumen-
t o s c o r t a n t e s s o n p r o -
longaciones
de los
dientes
y
de las uñas; la extensión del
oído
es el
telégrafo,
la
graba-
ción d e sonido (gramofónica
y
magnetofónica)
y la
radio;
la ropa y la vivienda son ex-
tensiones
de la
piel,
del
mismo modo q u e l a s m á -
quinas calculadoras
y c o m -
putadoras
son
extensiones
d e l
cerebro humano. Algu-
nas de estas extensiones h a n
desempeñado
u n
papel
c r u -
cial cu la historia de la co-
municación interpersonal y
social
y han
acarreado
c o n -
secuencias colectivas
t r e -
mendas.
Ta l ha
ocurrido
con
la escritura fonética, q u e
McLuhan retoma
de su
libro
anterior para completar
sus
puntos
d e
vista:
« E l
alfa-
beto —escribe esta vez Mc-
Luhan— significa poder
y
autoridad, amén
de un con-
trol indirecto sobre
la má-
quina militar.
E n
combi-
nación
con e l
papiro,
el al-
fabeto significó el fin de la
hegemonía
de los
templos
y
d e l monopolio cultural d e
lo s
sacerdotes.
E n
contrapo-
sición a la escritura preal-
fabética,
con sus
innume-
rable s signos
d e
difícil asimi-
lación,
el
alfabeto podía
ser
comprendido
en
unas pocas
horas.
E l
dominio
de un co-
nocimiento
d e
tanto alcance
y de un arte t a n complicado
como debió
ser la
escritura
prealfabética sobre objetos
t a n
duros como
el
ladrillo
y
la piedra, aseguraba a la
casta d e escribientes u n m o -
nopolio
de l
poder sacerdo-
ta l . El alfabeto, m á s fácil d e
aprender,
y el
papiro,
li -
viano, barato y transpor-
table, hicieron
que e l
poder
pasara
de la
clase sacerdotal
a l a
clase guerrera».
El
invento
d e l
alfabeto
se-
ñala el primer hito de las
tres grandes eras comuni-
cacionales en que se divide
la
historia
de la
humanidad:
la Era
Prealfabética,
la Era
T i p o g r á f i c a
y l a E r a
Electrónica. En la primera,
el hombre tribal vivía en
armonía sensorial
con la na-
turaleza, s in privilegiar a
ninguno
de sus
sentidos.
E l
invento
d e l
alfab eto fonético
destribalizó
al
hombre
y
creó al especimen llamado
«civilizado»,
a l
hombre
vi-
sual y lineal-secuencial, que
con e l
invento
de la
impre nta
impuso cuatro siglos de he-
gemonía visual. Finalmente,
en l a Era Electrónica, co-
locada bajo
la
hegemonía
audiovisual
de la
televisión,
se
produce
u n a
optimista
y
eufórica (para McLuhan)
simbiosis
de las
ventajas
d e
la s otras d o s Eras, en un p ro -
ceso d e r e t r i b a l i z a c i ó n
electrónica
y d e
nuevo equi-
librio sensorial. Esta es la
esencia
de la
cosmovisión
mcluhaniana, que i rá pe r -
feccionando y completando
sucesivamente
con su me-
táfora de la aldea global,
utopía electrónica
de una
•«Toda nueva tecnología necesita d e u n a nueva guerra». (Aforismo d e M e Luhan, escrito e n s u «juguete verboicónico» titulado ««Guerra
y P a z en la Aldea Global»).
7 5
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humanidad fe l iz re t r iba-
lizada
y
aldeanizada
po r
la abolición de las barreras
d e l
espacio
y del
tiempo
(instantaneidad y simulta-
neidad) q u e consiguen los
medios electrónicos. Natu-
ralmente, esta visión geo-
arcádica ignora
en
todo
m o m e n t o l o s s i s t e m a s
transnacionales
d e
domi-
nación comunicativa, los
oligopolios de la Industria
Cultural multinacional que ,
con el acopio d e datos apor-
tados
p o r
comunicólogos
críticos como Mattelart
o
Schiller, despedazan impla-
cablemente
el
opt imismo
d e
la aldea global mcluha-
niana.
E n Understanding Media
acuñó también McLuhan el
celebérrimo aforismo
e l m e -
d io es e l
mensaje. Este
c o n -
trovertido aserto, que fue e l
título
de l
primer capítulo
d e
su libro, n o carecía de ve-
«Leed
a
McLuhan; pero intentad luego
contarlo
a
vuestros amigos —dice
U m -
berto Eco—.
A s i o s
veré i s obl igados
a s e -
guir
u n
orden
y
despertaré i s
d e l a
aluci-
nación».
(En la
foto, Umberto
E c o ) .
racidad
ni de
oportunidad,
sobre todo ubicado
en la fe-
cha de su enunciación. En un
momento en que los estudios
sobre comunicación social
aparecían dominados por la
obsesión norteamericana del
content ana)ysis (análisis
d e
contenido), McLuhan r e -
cordó pertinentemente la
importancia de la relación
técnica
y
psicológica entre
el
mensaje y su destinatario, su
modo d e recepción y con-
sumo, cuyas consecuencias
psicosociales s o n enormes.
Todo el mundo sabía q u e n o
era lo mis mo leer un libro en
la
intimidad
q u e
conte mplar
u n programa de cine en u n a
sala llena, pero nadie había
formulado d e forma t an ca -
tegórica (y tan provocado-
r a )
esta diferencia esencial
q u e hace q u e cada medio ge-
nere efectos específicos
en
s u s destinatarios. Por eso ,
co n u n a enfática y extre-
mista subvaloración
de l con-
tenido,
o de lo que
tradicio-
na lmente se consideraba
como contenido
d e u n m en -
saje, McLuhan reivindica la
prioridad
de la
modalidad
comunicativa. L as lecciones
•
' %
« U n
medio cal iente
e s
—para McLuhan— aquel
q u e
ext iende
u n
único sentido
e n alta definic ión .
Alta definición
e s e l
e s t ado
d e
plenitud
d e
datos» .
(E l
objetivo
d e
este aparente Juego
d e
rayos luminosos ,
q u e
apar e c e
en la
fotografia,
e s l a
transmisión
d e
c om uni c ac i one s
c o n l u z
láser
p o r
f ibras
d e
vidrio f inas como cabellos.
El
experimento v iene desarrol lándose
e n l o s
laboratorios
S i e m e n s
d e
Munich).
76
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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c
O
« L a temperatura d e cada medio, para McLuhan, depende de l a densidad y riquexa
( d e f i n i c i ó n ) de l a Información transmitida y , en c o n s e c u e n c i a , d e l grado d e participación
d e s u destinatario. . . U na caricatura e s "baja definición", simplemente porque propor-
ciona poca Información visual. U n a fo tograf ía e s , vlsualmente, "alta definición*'».
q u e pueden extraerse d e este
aserto n o h a n sido ente-
ramente aprendidas
por los
profesionales de la comu-
nicación d e masas, q u e a r -
ticulan muchas veces sus
mensajes olvidándose de la
especificidad peculiar d e
cada medio. Por lo qu e atañe
a su
alcance conceptual,
las
cinco palabras de este te-
rrorista aforismo mcluha-
n iano der r ibaban
d e u n
irreverente plumazo la t ra-
dición teorética de los es-
tudios d e comunicología,
desde
el
famoso paradigma
d e
Harold
D .
Lasswell (quién
dice q u é , p o r q u é canal , a
quién y con qué efectos)
hasta el clásico circuito co-
municacional diseñado p o r
lo s ingenieros Claude E .
Shannon y Warren Weaver
(fuente - transmisor - señal -
r ecep t o r
-
des t ina tar io) .
Cuando McLuhan afirma
q u e e l medio es e l mensa je o
que «e l sentido —el con-
tenido— d e cualquier medio
d e comunicación es el recep-
tor», derriba d e golpe cuatro
décadas d e teorización sobre
la
comun icación social. Pero
el
provocador
y
asistemát ico
McLuhan n o siempre será
consecuente
con su
famoso
aforismo. Así , por ejemplo,
cuando años
m á s
t a rde
afi rme
q u e l a
guerra
d e
Viet-
n a m tuvo q u e terminarse
porque
los
norteamericanos
n o pudieron soportar ve r en
su s propios hogares, gracias
a la televisión, la muerte d e
s u s hijos o hermanos, se está
refiriendo a l contenido de l
mensaje
(la
muerte
de jó -
v e n e s n o r t e a m e r i c a n o s )
tanto como a la modalidad
de la
comunicación
(la te-
levisión doméstica).
L a consecuencia de l a fo-
rismo e l medio es el mens aje
es su posterior reformu-
lación ingeniosa en e l medio
es el masaj e. Este es el tema
de un sofisticado non-book
(así lo llamó McLuhan) titu-
lado
T h e
Médium
is the
Massage. A n Inventory of
Effects (1967), juguete
ver -
boicónico manufac turado
con la colaboración d e Quen-
t i n Fiore. Aquí se desarro-
l la de forma m u y gráfica
u n a especie d e vademecum
de la
cosmovisión comu-
n i cac i ona l mc l uhan i ana ,
i n i c i ándose a s í s u p r o -
ducción
d e
libritos secunda-
r ios o f r a n c a m e n t e d i -
vulgadores en relación c o n
su fundamental aportación
anterior,
q u e
constituye
el
corpus magnum de su ca-
r re ra . L a tesis masajista
p ropues t a e s t a
v e z p o r
McLuhan
es la
siguiente:
«Todos los medios n o s vapu-
lean minuciosamente. Son
ta n penetrantes en sus con-
secuencias personales,
po-
l í t i ca s , económi cas ,
e s -
téticas, psicológicas,
m o -
rales, éticas y sociales, q u e
n o dejan parte alguna d e
nuest ra persona intacta ,
inal terada, s in modificar. E l
medio es el masaje. Ninguna
comprensión de un cambio
social
y
cultural
es
posible
cuando no se conoce l a ma-
nera
en que los
medios
f u n -
cionan como ambientes».
J u s t a m e n t e , d e este c o -
nocimiento penetrante q u e
de la acción de los medios
tenía McLuhan derivó su
famosa tipología,
que los di-
vide
en
medios fríos
y ca-
lientes en su segundo capí-
tulo d e Understanding M e-
d i a . L a
temperatura
d e
cad a
medio, para McLuhan, de -
pende de la densidad y ri-
queza (definición) de la in-
formación transmitid a
v, en
77
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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«Ninguna comprens ió n d e u n cambio soc ia l y cultural e s pos ib le cuando n o s e c o n o c e la
manera e n q u e l o s medios funcionan como ambientes» . (En la fotografía, u n micropro-
c e s ador c apaz d e controlar las Instalac iones d e s e m áf or os e n t odas l a s s i t uac i one s d e
tráfico Imaginables).
consecuencia, d e l grado d e
par t ic ipación de su des -
tinatario. Dejemos
l a pa-
labra a McLuhan: «Hay u n
principio básico q u e d i s -
tingue u n medio caliente
como la radio d e u n o frío
como el teléfono, o u n medio
caliente como el cine de uno
frío como
la
televisión.
U n
medio caliente
es uno que
extiende u n único sentido en
'alta definición'. Alta defi-
nición es el estado d e pleni-
t ud de
datos.
U n a
fotografía
es , visualmente, 'alta defi-
nición'. U n a caricatura e s
'baja definición', simple-
mente porque proporciona
78
poca información visual. E l
teléfono es un medio frío, o
d e baja definición, porque el
oído recibe u n a escasa c a n -
t idad
d e
información.
Y la
palabra es un medio frío, o
d e b aja definición, porqu e el
oído recibe u n a escasa c a n -
tidad
d e
información.
Y la
palabra
es un
medio frío
d e
ba ja de f in ic ión , porque
ofrece t a n poco y tanto ha de
s e r c o m p l e t a m e n t e p o r
quien escucha. P o r otra p a r -
te, los
medios calientes
n o
dejan mucho para
ser l le-
nado
o
completado
por el
público.
L o s
medios
c a -
lientes son , po r l o tanto, b a -
jos en participación, y los
medios fríos altos en p a r -
ticipación
o
complemento
p o r parte de l público. Natu-
ralmente, en consecuencia,
u n medio caliente como la
radio tiene efectos
m u y
dife-
rentes sobre el usuario q u e
u n medio frío como el te-
léfono».
Este énfasis
en la
valoración
y en las implicaciones psico-
lógicas
de l as
características
técnicas
d e
cada medio,
u n i d o a l a p a r e n t e a p o -
liticismo d e l discurso teórico
d e McLuhan, allanó el ca-
mino
a
toda clase
d e
críticas
ideológicas, especialmente
de los comunicólogos eu -
ropeos, herederos e n dife-
rente medida de una t r a -
dición teórica marxista r ee-
laborada por la Escuela d e
Frankfurt . E n España, el tí-
tulo de un libro duramente
crítico de J . M. Bermudo, E l
macluhanismo, ideología d e
la
tecnocracia (1974), cons-
ti tuyó u n a etiqueta m u y g e -
n e r a l i z a d a e n l a s valo-
raciones de l pensador ca -
nadiense. E r a flagrante, po r
otra parte, el silencio d e
McLuhan sobre
la
domi-
nación económico-política
de los grandes medios d e
comunicación d e masas, e s
decir, sobre
el
imperialismo
y el
colonialismo comunica-
tivos en el mundo moderno.
Así como su silencio acerca
d e l consumismo y de la
alienación social inducidos
por l a publicidad comercial
vehiculada
p o r l o s
medios
d e
comunicación.
S u
ant imar-
xismo militante
le
llevaba
también a ignorar prác-
ticamente todo de l o s mo-
vimientos revolucionarios
c o n t e m p o r á n e o s . P o r
ejemplo, en u n a entrevista
q u e tuve con él en 1975, le
pregunté cómo valoraba la
influencia decisiva de un
arcaico mensaje gutenber-
giano
(e l
libro Portugal
y
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su
futuro,
de l
general
S p í -
nola)
en la
génesis
de la
revolución portuguesa d e
1974.
Dando muestras
d e
desconocer absolutamente
la
naturaleza
de l
Portugal
s a l a z a r i s t a - c a e t a n i s t a ,
McLuhan aventuró
la
expli-
cación d e q u e acaso la revo-
lución portuguesa f u e m á s
bien consecuencia de las
imágenes televisivas de las
crueles guerras coloniales.
Obviamente, McLuhan
n o
sabía
que en e l
Portugal
fas -
cista
— a
diferencia
de los
USA en la guerra d e Viet-
nam—
la s
«imágenes crue-
les»
de las
guerr as coloniales
estaban rigurosamente
su -
primidas de las telepantal las
estatales.
L as
aristas reac-
cionarias
d e
McLuhan eran,
desde luego, numerosas y
muchas
d e
ellas emergieron
chirriantemente
en
otro
d e
s u s
non-books,
el
juguete
verboicónico titulado W a r
a n d Peace in the Global V i-
llage (1971).
De
este libro
procede
el
escalofriante
a fo -
rismo «Toda nueva tecno-
logía necesita
d e u n a
nueva
guerra», tras
e l q u e
yace
agazapada
e
inconfesa
la ne-
cesidad
d e
expansión
eco-
nómica y d e beneficios, a l
precio que sea , de toda in -
dustria naciente
en el
mundo
capitalista.
El
carácter curiosamente
reaccionario
d e
este apóstol
d e l progreso y de l futuro
e l e c t r ó n i c o s e e n t r e -
mezclaba
con su
catolicismo
tardío y medievalizante. Al-
gunos biógrafos suyos seña-
l an que fue l a
influencia
del
escritor católico
G. K.
Ches-
terton,
a
través
de su
libro
What
is
Wrong with
the
World
( Q u é
funciona
m a l e n
e l mundo), l a que determinó
su conversión religiosa. E n
cambi o ,
en
n u e s t r o
e n -
cuentro en 1975, cuando le
inquirí sobre este asun to,
m e
d io una
explicación comple-
tamente diversa. S e había
puesto a estudiar, explicó,
lo s
textos filosóficos
d e
santo
Tomás
d e
Aquino para
d e s -
cubrir cuál e ra su teoría so-
b re l a
comunicación huma-
n a .
Cuando acabó
su pro-
longada lectura había
de s -
cubierto
q u e
santo Tomás
jamás se ocupó de ta l mate-
r i a , p e r o e n c a m b i o
McLuhan s e había c o n -
vertido al catolicismo, y no
tardaría
en ser
nombrado
asesor
de l
Vaticano
en
asun-
t o s de
comunicación social.
Tal vez la
crítica
m á s c a -
racterística y divulgada he-
cha a
McLuhan desde
la
inte-
lligentzia europea
de iz-
quierdas procede
d e U m -
berto
Eco, en su
texto
g r á -
ficamente titulado
El «co-
gito interruptus», incluido
en su
libro Apocalípticos
e
integrados ante
la
cul tura
d e
masas. En é l , otro estudioso
d e
santo Tomás
(la
tesis
doc -
toral
de Eco
versó sobre
las
ideas estéticas
d e l
santo)
c r i -
tica severam ente su metodo-
logía y forma d e argumen-
tación, pero concediéndole
algun a atenu ant e: «¿Es cien-
tíficamente productivo leer
a
M c L u h a n ? — e s c r i b e
Eco— . Cues t i ón emba-
razosa, porque
no se
puede
leer a la luz del buen sentido
académico a alguien que es -
cribe cánticos
a la
hermana
electricidad. ¿Habrá algo
fe -
cundo bajo este persistente
delirio intelectual?
( . . . ) aun-
qu e s e l a s
despache
en
forma
desordenada ,
l a s
buenas
junto
con l a s
malas,
l a s
ideas
s iempre l l aman
a
ot ras
ideas, a l menos para s e r refu-
tad as. Leed
a
McLu han; pero
intentad luego contarlo
a
vuestros amigos.
Así os ve-
réis obligados
a
seguir
u n
orden y despertaréis de la
alucinación».
La racionalidad cartesiana y
marxiana europea aceptó
mal l a
provocación teórica
mcluhaniana, lanzada
con
métodos ajenos
a los
propios
de la
ortodoxia académica.
E s
cierto
que en su
abiga-
rrado y zigzagueante m o-
saico especulativo la s ideas
buenas se codean con l a s m a-
las ,
como señaló
Eco , po -
niendo a la vez énfasis en los
reve ladores s i l enc ios d e
McLuhan. Pero
no es
menos
cierto
q u e
entre sofismas,
provocaciones
y
paradojas,
el
profeta
y hoy
estrella
fe -
n e c i d a
d e l o s
m e d i a
e l e c t r ó n i c o s h a p r o -
porcionado a la cultura oc-
cidental
u n a
ristra
de es-
t í m u l o s f e c u n d o s p a r a
ayudarnos
a
entender cómo
h a n
operado
u
operan
en el
tejido social
la s
diferentes
tecnologías comunicativas
creadas po r e l hombre. E s-
tudiemos, pues,
a
McLuhan,
pero estudiémoslo
a la luz de
u n a
racionalidad crítica
y
desde u n a sensibilidad po-
lítica que é l no poseyó.
R. G.
La aldea global, «utopia electrónica d e
u n a humanidad feliz retribalizada y alde-
anizada po r la abolición d e l a s barreras
d e l e s p a c i o y d e l tiempo (instantaneidad
y simultaneidad) q u e c o n s i g u e n l o s m e -
dios electrónicos». (POLO + POLO. Acua-
rela d e Michel Granger, 1976).
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Prosa
de
guerra
de
Miguel Hernández
recuperada
Antonio García Aparicio
/
OSÉ
Herrera Petere
es uno de los más
asiduos colaboradores
de
«Milicia Popular», el Diario del
5.°
Regimiento. Ya, en el N.° 2
escribe sobre las Compañías de Acero y firma «El Miliciano
Petere». Suya
es la
letra
del
Himno
del
Quinto Regimiento
y son
numerosos su s Romances. Nos encontramos, por tanto, con un testi-
go. En él teiiemos la confirmación de que el Miguel Hernández que
firma el artículo es el poeta.
S 85''
E
L libro de H. P. «Acero
de Madrid» obtuvo e l
Premio Nacional d e Litera-
tura en 1938. Reci entemente
h a sido reeditado p o r Laia.
En é l leemos: «Sin embargo,
alguien vigilaba, alguien
preveía... Algo q u e f u e como
el agua fina q u e convierte e n
acero e l hierro fundido de la
cólera popular, como
el
ag ua
de l Tajo. Algo sal ido d e l p r o -
letariado, d e l pueblo madri-
leño,
de su
Frente Popular:
El Quinto Regimiento. (...)
S e llamó a poetas, se l lamó a
escritores,
se
llamó
a
dibu-
jantes,
se
llamó
a
car télistas.
E n u n a
cola, como
u n
mili-
tante m á s , estaba el nuevo
poeta: Miguel Hernández».
En e l periódico diario d e este
Quinto Regimiento se da la
noticia de que e l 4 de d i -
ciembre de 1936, desde la
Emisora d e Milicias Popula-
res , a las siete y media de la
tarde, hablarán «e l cama-
rada Pietro Nenni, miembro
d el Comité ejecutivo de la
Segunda Internacional y Se-
cretario d e l Partido Comu-
nista italiano, y e l poeta M i-
g u e l H e r n á n d e z , de l a
Alianza
d e
Intelectuales
An-
tifascistas».
Poco después,
el 19 de
enero
de 1937 , en el N. ° 163 de «Mi-
licia Popular», Miguel
H e r -
nández,
«de la 1 .
a
Brigada
d e
Choque», escribe
u n
artículo
titulado «Los seis meses d e
guerracivil vistos
p o r u n m i -
liciano».
ICÍfl HMIflfli
1
DIARIO DIL 5° REGIMIENTO MIUCIAS POPI/HARE?
fiT
C a b e c e r a d e «Mil ic ia Popula r» , d ia r io d e l 5 . ° R e g i m i e n t o .
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7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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En el libro, publicado p o r
Hiperión, Marrast
y
Cano
Ballesta, recogen poesías y
prosas
d e
guerra
y
otros
t ex -
to s
olvidados.
En él
existe
u n a lista bibliográfica de las
obras sueltas
d e M . H .
publi-
cadas
e n
España durante
la
guerra civil. En t a l lista, q u e
elabora Robert Marrast,
n o
aparece dicho texto, ni otro
q u e , co n el m ismo contenido,
s e
hubiese titulado
d e
otra
forma. Completa
lo s
publi-
cados p o r esas fechas y reco-
gidos
en
dicho libro.
Al
lado
precisamente
d e
«Primeros
días
d e u n
combatiente»,
«Hombres
d e l a
Primera
Brigada móvil d e choque»,
«E l
pueblo
e n
armas»...
Antes
d e
transcribir dicha
prosa quiero precisar u n p a r
d e detalles desde el punto d e
vista textual. En l a Colec-
ción,
q u e l a
Editorial Hacer
d e Barcelona h a hecho d e
«Milicia Popular», diario d e l
5 .°
Regimiento, faltan tres
líneas
y
media.
S o n l a s
últi-
m a s d e l a s d o s pr imeras co-
lumnas. U n a d e ellas es fácil
d e
recomponer
p o r l o s
rest os
superiores
d e
le tras
q u e
quedan.
Las de la
primera
columna, n o ; pero el conte-
nido
e s
presumible.
P o r
otra
parte, la primera columna
repite u n a línea, pero a l no
estar
e n
lugar
d e
ninguna
otra
n o
afecta
a l
texto.
En e l
texto
se
contempla
la
sangre
d e
millares
d e c o m -
pañeros sembrados
en los
surcos barbecheros
d e Es -
paña entera. Y n o sembrada
e n
balde.
E l
f ruto
d e t a l
s iembra
e s
fortaleza
y
sere-
nidad;
es e l
odio impl acabl e;
e s austeridad, generosidad,
alegría d e vivir y morir p o r
u n a
causa noble.
E l
plomo,
la
metralla,
la
pólvora
c u r -
ten; y , si producen cicatrices
en e l cuerpo, d a n hierro y
firmeza
en la
decisión
d e
combatientes.
Recuerda
el
pintoresquismo
y
entusiasmo
de los
primeros
días de la guerra. Ingenuos y
generosos,
lo s
milicianos
caían y aprendían l o q u e e ra
la muerte ante la astuta bala
d e l
legionario;
se
insulta
y
escupe a la aviación facciosa.
E s sumamente expresivo e l
contraste
q u e
Miguel
H e r -
nández presenta. Ingenui-
d a d
f rente
a
astucia; trabuco
ta tarabuelo
o
estoque
c a r -
comido frente a la aviación;
insulto
y
salivazo frente
a
eficacia y muerte.. .
La
lección
la
asumió
e l
Quinto Regimiento. Miguel
Hernández
n o s
habla
de su
labor.
E l
análisis
d e l a s
ener-
gías malgastadas,
d e l
valor
desperdiciado, d e l fracasado
ardor,
le
sugieren
a l
poeta
miliciano
la
necesidad
del
R e p r o d u c c i ó n c o l e c t i v a d e l « G u e r n i c a » , d e P i c a s s o , e n e l b a r r i o d e S a n I s i d r o , d e O r i h u e l a ( d e d o n d e e r a n a t u r a l M i g u e l H e r n á n d e z ) .
8 2
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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H o m e n a j e a M i g u e l H e r n á n d e z , e s c u l t u r a o r i g i n a l d e J o s é G u t i é r r e z .
mando único q u e , c o n efica-
c ia
frente
a
heroísmo estéril,
haga caminar
co n
paso firme
q u e s e
contempla victorioso.
E l lenguaje e s plástico. S e
eligen lo s detalles significa-
tivos
c o n
fortuna.
L a s
figu ras
surgen fácilmente
e n l a p a n -
talla de la imaginación. E s
también vibrante.
L a
estructura
d e
todo
e l
texto
e s m u y
sencilla.
S e
parte d e l análisis de la reali-
d a d . T a l análisis y sus conse-
cuencias
s o n
presentados
c o n realismo. L a necesidad
de lo
deducido está presen-
tada c o n intención clara d e
convencer sobre aquello
q u e
se considera evidente; a l
mismo tiempo
se
empuja
a la
lucha inteligente y eficaz,
m á s
allá
d e
generosidades
estériles.
E l texto q u e presento está e n
consonancia
con la
Promesa
d e l Miliciano Popular. L a
transcribo
t a l
como aparece
en e l N.° 8 del
Diario,
el 4 de
agosto de 1936 . Considero el
texto
d e
importancia para
conocer
e l
espíritu
y
volun-
t a d d e
lucha
d e
Miguel
H e r -
nández
en e l
momento
de e s -
cribir
el
artí culo citad o. Dice
as í :
«Yo,
hijo
d e l
pueblo, ciuda-
dano
de la
República espa-
ñola, tomo libremente
la
condición d e miliciano del
Ejército
d e l
pueblo.
M e
comprometo ante
e l p u e -
b l o español y el Gobierno d e
la
República, surgido
de la
victoria
d e l
Frente Popular,
a
defender
c o n m i
vida
l a s
libertades democráticas,
la
causa d e l progreso y de la
p a z , a
exterminar definiti-
vamente el fascismo y a l le-
v a r c o n
honor
e l
título
d e m i -
liciano.
M e
comprometo
a
estudiar
l a s
ciencias militares
y a
cuidar escrupulosamente ,
previniéndolo
d e
todo dete-
rioro y posibilidad d e hurto o
extravío, e l material militar
d e
propiedad nacional
q u e
m e
fuere confiado.
M e
comprometo
a
guardar
y
hacer guardar
la
disciplina
m á s
r ígida, cumpliendo
con
exactitud todas l a s órdenes
d e m i s
jefes
y
superiores
j e -
rárquicos.
M e
comprometo
a
abste-
nerme
d e
actos deshonrosos
y a impedir q u e sean come-
tidos
p o r m i s
camaradas,
poniendo todo m i empeño e n
conducirme siempre correc-
tamente, con e l pensami ento
colocado en e l alto ideal de la
República democrática.
M e
comprometo
a
acudir
e n
defensa
de la
República
d e -
mocrática española a l p r i -
m e r l lamamiento del Go-
bierno, poniendo todo
mi e s -
fuerzo
y m i
vida
a l
servicio
d e l
régimen republicano
y
d e l pueblo.
%
Si falto a este compromiso
solemne voluntar iamente ,
q u e
caiga sobre
m í el
despre-
c i o d e m i s
camaradas
y m e
castigue la mano implacable
de la
ley».
Tras esta breve presentación
y ambientación, veamos y a
e l
texto
d e
Miguel Hernán-
d e z .
Dice
a s í :
L O S SEIS MESES
D E GUERRA CIVIL
VISTOS POR
U N MILICIANO
«Medio
a ñ o d e
lucha contra
el
fascismo
nos ha
dado
u n a
honda exper iencia
a los
hombres
de l a s
trincheras.
L a
sangre
d e
millares
d e
c o m p a ñ e r o s , l a d i a r i a
muerte
de los
mejores
h o m -
bres del 5 .° Regimiento, R e-
gimiento d e Madrid, de Es -
paña entera,
no ha
corrido
e n
balde
a
nuestro lado, sobre
nuestros pies, por los surcos
barbecheras.
E s a
sangre
h a
i d o
acumulando fortaleza
y
serenidad
d e
veteranos
de la
guerra e n nuestros puños y
nuestros fusiles; odios
im -
placables contra
los
verdu-
g o s d e
Italia
y
Alemania
y los
generalazos españoles, p a -
gados
a
ellos,
en
nuestro
s e n -
timiento; austeridad, gene-
rosidad, alegría
d e
vivir
y
morir p o r u n a caus a noble e n
nuestro corazón.
Aquí estamos, cada
d í a m á s
hechos al plomo, a la metra-
l la , a los
accidentes buenos
y
malos
de la
guerra; cada
d í a
m á s
curtidos
en la
pólvora,
c o n . m á s cicatrices en la
carne
y m á s
hierro
y
firmeza
8 3
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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LO S SEIS MESES D E GUERRA CIVIL
VISTOS
POR UN
MILICIANO
M
EDIO a ñ o d e lucha contra el fascismo
n o s h a dado u n a honda experiencia a
J los hombres d e l a s trincheras. La
sangré d e millares d e compañeros, la diaria
muerte d e l o s mejores hombres del 5.° Regi-
miento. Regimiento d e Madrid, d e España e n -
tera, n o h a corrido e n balde a nuestro lado,
sobre nuestros pies, por los surc os barbeche-
r o s . E s a
sangre
ha ido
acumulando fortaleza
y
serenidad
d e
veteranos
de la
guerra
e n
nues-
tros puños y nuestros fusiles; odios implaca-
bles contra lo s verdugos d e Italia y Alemania y
l o s generalazos españoles, pagado s a ellos e n
nuestro sentimiento; austeridad, generosidad,
alegría d e vivir y morir p o r u n a causa noble e n
nuestro corazón.
Aquí es tam os, ca da d ía m á s h ech o s al plomo, a
la metralla, a los accidentes buenos y malos d e
la guerra; cada d í a m á s curtidos en la pólvora,
c o n m á s cicatrices en la carne y m á s hierro y
firmeza
en la
decisión,
e n
nuestra decisión
d e
combatientes populares. ^
Salimos al aire de la guerra en los últimos
tiempos d e l m e s d e julio. Aquellos primeros
días d e lucha v an adquiriendo e n nosotros u n
sabor denso
y
sangriento cada
v e z
mayor.
Sonreímos al recuerdo d e l o s sucesos pr ime-
r o s , d e s u pintoresquismo dramático... Estalló
la sublevación, y el puebl o improvisó u n Ejérci-
t o , q u e s e
lanzó
por la
Sierra
y a los
demás
frentes entre compañeros
q u e , a
falta
d e u n
arma m á s ofensiva, llevaban al hombro un t ra -
buces tat arabue lo o u n estoque carcomido d é
vejez. El entusiasmo sustituyó al arma e n n u -
merosos casos,
y los
cuerpos caían bajo
la
astuta bala
d e l
legionario
y el
moro
p o r
puro
entusiasmo. N o s e sabía q u é cosa era la muer-
t e , en realidad, y el enemigo hallaba abundante
pasto para su i ra en los cuerpos d e l o s milicia-
n o s ,
ingenuos
y
generosos. Llegaba
la
avia-
ción facciosa sobre nosotros y la contemplá-
bamos s in resguardarnos d e ella. Insultándola,
escupiéndola, disparándola nuestros fusiles...
S u munición dejaba nuestros campos llenos
d e muertos y heridos.- La sangre vertida coti-
dianamente, inútilmente muchas veces,
n o s
f u e
aleccionando, moldeando, endureciendo,
en las tareas combativas. L a s patrullas s e f u e -
ro n convirtiendo e n compañías, la s compañí as,
l i h É ü á
El 5.°
Regimiento inició
u n a
labor
d e
prepara-
ción
y
dirección
d e l o s
milicianos,
q u e c o -
menzó a dar gloriosos frutos e n l o s campos d e
combate. S e dedicó, además de a la labor d e
adiestrar a los trabajadores en el manejo de l
fusil,
al
descubrimiento
d e
hombres
d e
mando,
q u e fueron surgi endo y cuajando en el calor d e
la lucha; a la creación d e batallones d e fortifica-
ciones, a la propagación d e folletos guerr eros,
a la exaltación d e l o s héroes d e l pueblo. Nues-
tros muertos, l o s q u e hemos enterrado en la
linea d e fuego, n o s h a n i d o indicando c o n s u
silencio, n o s h a n i d o trazando e l camino a s e -
guir. Hemos visto muchas energías malgasta-
d a s ,
mucho valor desperdiciado, mucho fraca-
sado ardor.
Y
hem os comprendido
e n
nuestra
marcha por las trincheras y los cuarteles la
necesidad
de l
mando único, déla obediencia
a
u n a sola v o z principal e n estos momentos d e -
cisivos;
a u n a | o l a
voluntad
q u e
evite derra-
mamientos Ejér-
cito Popular está levantado potentemente
ya, y
s u s
p aso s
s o n
cada
d í a m á s
firmes,
m á s
victo-
iosos.
MIGUEL HERNANDEZ
De la 1 .
a
Brigada d e choque
en la
decisión,
e n
nuest ra
d e -
cisión
d e
combat ientes
po -
pulares.
Salimos
al
aire
de la
guerra
en los
úl t imos t iempos
del
m e s d e
julio. Aquellos
p r i -
meros días
d e
lucha
v a n a d -
quir iendo e n nosotros un sa-
b o r
denso
y
sangriento cada
vez mayor. Sonreímos al re-
cuerdo
de los
sucesos prime-
ros , de su
pintoresquismo
dramático.. . Estal ló la su-
blevación
y e l
pueblo impro-
visó
u n
ejército,
q u e s e
lanzó
p o r
(falta aquí
l o q u e
podría
sust i tuirse p o r : «las calles d e
Madrid
y
después
fue a l a» )
Sierra
y a los
demás frentes
entre compañeros
que , a
fal ta
de un
a rma
m á s
ofensi-
v a ,
llevaba
a l
hombro
u n
t rabuco tatarabuelo
o un es-
toque carcomido
d e
vejez.
E l
e n t u s i a s m o s u s t i t u y ó
a l
a r m a e n numerosos casos, y
lo s
cuerpos caían, bajo
l a a s -
84
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tuta bala
d e l
legionario
y el
moro,
p o r
puro entusiasmo.
No se
sabía
q u é
cosa
e ra la
muerte,
en
real idad,
y el
enemigo encontraba abun-
dante pasto para
su i ra en los
cuerpos de los milicianos,
ingenuos
y
generosos.
Lle-
gaba la aviación facciosa so -
b r e nosotros y la contemplá-
bamos
s in
resguardarnos
d e
ella. Insultá ndola, escupién-
dola, disparándola nuestros
fusiles... S u munición dejaba
nuestros campos llenos
d e
muertos
y
heridos.
L a
sangre
vert ida cotidianamente,
i n ú -
tilmente muchas veces, nos
f u e
aleccionando, moldean-
d o ,
endureciendo,
en las ta -
reas combativas. L a s pat ru-
llas se fueron convirtiendo
e n
compañías,
l a s
compa-
ñías, e n batallones.
El 5 .° Regimien to inició u n a
labor
d e
preparación
y d i -
rección de los milicianos,
q u e comenzó a d a r gloriosos
frutos en los campos d e
combate. Se dedicó, además
de a la
labor
d e
adiest rar
a
los
t raba jadores
en e l ma-
nejo
d e l
fusil,
a l
descubri-
miento
d e
hombres
d e m a n -
d o , q u e
fueron surgiendo
y
cuajando en e l calor de la lu-
cha ; a l a
creación
d e
batallo-
n e s d e fortificaciones, a la
propagación d e folletos g u e -
rreros, a la exaltación de los
héroes
d e l
pueblo. (Estas
ú l-
t imas palabras
son l a s que
reconstruyo a part i r de los
restos superiores
de las le -
tras). Aparecie (la línea q u e
falta podría suponerse
as í :
«ron numerosos milicianos
u n a m a » )
ravillosa moral
guerrera. Nuestros muer-
t o s , l o s que
hemos enterr ado
en la línea d e fuego, n o s h a n
i d o
indicando
con su
silen-
c io , nos han ido
t razando
e l
camino
a
seguir. Hemos
visto muchas energías
m a l -
gastadas, mucho valor
d e s -
perdiciado, mucho fraca-
sado ardor.
Y
hemos
c o m -
prendido
en
nuestra marcha
p o r l a s trincheras y los cuar-
teles l a necesidad d e l mando
único,
de la
obediencia
a una
sola
v o z
principal
en
estos
momentos decisivos;
u n a
sola voluntad q u e evite d e -
rramamientos estéri les,
h e -
roísmo estéril.
E l
Ejército
Popular está levantado po-'
tentemente
ya , y sus
pasos
so n
cada
d í a m á s
firmes,
m á s
victoriosos».
MIGUEL HERNANDEZ
De la 1 .
a
Brigada d e choque.
A. G. A.
¿CON
F
RANCO
OCONT
FRANCO?
. •
•
¿Jo
i
,
*
EDITORIAL PLANETA
85
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A l e g o r í a s a t í r i c a d e V i c e n t e B l a s c o I b á ñ e z .
86
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Recuperación
de un
escritor silenciado
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7 1
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V j c e n t e B l a s c o I b á ñ e z
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B l a s c o I b a ñ e z a p e l a b a a l s e n t i m i e n t o y a l e n t u s i a s m o p a r a r e a l i z a r l a « r e v o l u c i ó n r e p u b l i c a n a » , m a n t e n i e n d o e l r ac ioc in io
a l e j a d o d e l a po l í t i c a .
Fulgencio Castañar
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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P o r t a d a d e l a
««Historia d e l a
R e v o l u c i ó n
E s p a ñ o l a » , d e
B l a s c o , c o n p ró logo
d e P i Margnl l .
E N E L CUARTO D E ESTAR
Asistimos en los últimos años a u n relanza-
miento de la obra d e Blasco Ibáñez, opera-
ción
q u e ,
aunque concebida
c o n
fines mera-
mente comerciales, n o deja de s e r benefi-
ciosa pa ra
la
depauperada cultura española.
No es e l
revulsivo
m á s
indicado para salir
d e
la atonía e n q u e s e halla inmersa; s in embar-
g o ,
servirá para clarificar
la
valoración
q u e
desde
la
óptica
d e
nuestros días puede tener
u n a
narrat iva
que en e l
primer tercio
del s i-
g lo alcanzó tiradas masivas. D e todos es co-
nocido
q u e
durante
lo s
inacabables años
de l
franquismo tuvo
q u e
sufrir
la
mordaza
c o n
q u e s e
quiso acallar todo
lo
relacionado
con
Blasco, como h a n atest iguado familiares y
estudiosos
de su
obra.
E s
innegable
el
hecho
d e q u e a
finales
de los
«cuarenta» Aguilar
editó obras c o n e l at ract ivo d e «completas»,
cuya lujosa encuademación nada tenía
q u e
v e r c o n l a q u e
habían conocido anterior-
mente y , no hace falta decirlo, a precios d e
élite: tres volúmenes
q u e
engalanaban
b e -
l lamente
el
mueble
d e l
cuarto
d e
estar.
En e l relanzamiento actual h a ocupado u n
papel importante
la
labor dilusora
d e
RTVE,
Circe
a la que los
tecnócratas
h a n
asignado
la
misión d e atolondramiento colect ivo; l a s
adaptaciones —que
en t a l
medio suelen
s e r
sinóni
m o d e
manipulación—
q u e M u r O t i h a
real izado d e Cañas y Barro y d e La Barraca
h a n permit ido q u e unos entes ficticios con
l o s q u e Blasco tuvo algo q u e v e r llenasen
unas horas
d e l
ocio
de los
telepacientes,
a l
t iempo que l e s t ras l adaban a u n pasado q u e
muchos habrán creído medieval .
L a s
dudas
8 8
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sobre
s i lo que
ofrecía
la
pequeña pantalla
pertenecía
a l
escritor
o era de la
cosecha
de l
adap tador y e l interés suscitado hacia l a
obra
d e l
escritor valenciano
h a
servido para
q u e l o s
editores
se
frotasen
l a s
man os ante
l a
propaganda gratuita hecha en e l mismísimo
cuar to
d e
estar,
s i n
necesidad
d e
tocar
el
timbre.
A socaire d e esta actualidad hemos trazado
unas notas
con e l f in de que
contr ibuyan
a
desvelar algunos aspectos
de l a
obra
d e u n
escritor q u e supo captar, e n ocasiones, la
problemática de su t iempo, p o r l o q u e s u s
páginas pueden
s e r
útiles para conocer
el ser
y el
actuar
de los
españoles
d e
finales
de s i -
glo; en
otras prefirió narrar asuntos lejanos
en e l t iempo y/o en e l espacio, c o n l o q u e s u
novelar gana variedad
y
cosmopolit ismo,
pero pierde
la
fuerza subyugante
q u e
tenía
para
e l
lector
de su
t ie mpo cuand o analizaba
la
vida cot idiana, aunque
n o
s i e m p r e
le
acompañaba
la
misma calidad artística.
Blasco
n o
tiene
a ú n e l
ensayo crítico
q u e i n -
terprete
d e u n a
forma completa
y
desapasio-
nada su quehacer literario. S u obra h a sido
silenciada, cua ndo
n o h a
recibido menospre-
cio y olvido, p o r par te de l a crítica; no se le
incluye en los estudios dedicados a la narra-
tiva
d e l
siglo
X X
hechos
p o r E . d e
Nora
y
José Domingo y se pasa sobre s u obra como
gato escaldado sobre
e l
agua,
c o n u n p a r d e
párrafos, como sucede
en e l
caso
d e
Brown.
Acaso e l que su estética haya sido siempre
rezagada puede haber influido
e n
ello, pero
e n u n a línea similar habría q u e colocar a
muchos de los escritores d e l o s pr imeros d e -
cenios d e l siglo.
Carlos Blanco,
e n u n
libro
q u e h a
hecho
f o r -
tuna entre
lo s
estudiosos
de la
crisis
de f in d e
siglo, sitúa
c o n
propiedad
a
Blasco entre
los
componentes de la juventud d e l 98(1). E s
cierto
q u e s u
imagen dista mucho
d e l a q u e
se nos ha transmitido d e l «grupo del 98»,
porque
c o n
frecuencia
se ha
olvidado, quizás
m á s p o r
interés
q u e p o r
ignorancia,
lo que
fu e la juventud de l 98 , e tapa e n l a q u e tanto
lo s
llamados noventayo chistas como
e l
escri-
t o r
valenciano coinciden
e n u n a
postura
c r í -
tica contra
e l
sistema imperante
y e n u n a a c -
titud radical
q u e
abandonar ían poster ior-
mente. Luego, ciertamente, siguieron
r u m -
b o s m u y
diversos,
y a
Blasco Ibáñez
no se le
pudo asimilar
en esa
imagen modélica
c o n
q u e s e aureoló a los hombres de la l lamada
generación
d e l 9 8 e n l o s
años cuaren ta ,
cuando
se
intentó fertilizar
e l
desierto cultu-
(1 )
Carlos Blanco Aguinaga:
J uventud d e l 98,
2.
a
Ed .
Críti-
ca , Barcelona, 1978.
r a l q u e e r a
aquella España derruida
s in ad-
vertir q u e y a e n 1 9 2 7 Bergamín había consi-
derado
a la
l i tera tura
d e i o s
noventayochis-
t a s
como muer ta
y los
jóvenes
de la
Residen-
c i a d e
Estudiantes
l a
incluían entre
l o « p u -
trefacto».
S o n
grandes
l a s
diferencias
q u e h a y
entre
e l
autor
d e La Barraca y los
miembros
del 98,
como apun ta C . Blanco, frente a la sobriedad
expresiva d e l grupo, la exuberancia d e l Blas-
co ,
frente
a l
carácter contemplativo
l a
ener-
g ía
desbordante
d e l
hombre
d e
acción, frent e
a la s
t iradas raquíticas
l a s
ediciones
p o r m i -
llares;
s i n
embargo, tuvo
q u e
pesar
m á s e n
lo s
comisarios culturales
d e l
f ranquismo
e l
hecho d e q u e Blasco n o cediese n i un ápice d e
su filiación republicana en su madurez, pese
a que su
l i tera tura
se
edulcorase
m u y
pronto,
c o n l o q u e s u ra dica lism o juvenil nunca pud o
s e r
perdon ado como
u n a
«calaverada»
d e j u -
ventud, aparte d e q u e a ú n pervive e n deter-
minados sectores
d e l
prole tar iado
y
pequ eña
burguesía valenciana viva la influencia del
escritor;
y ,
sobre todo,
e n
unos momentos
e n
q u e
interesaba alejar
a l
pueblo
de la
política,
n o e r a m u y apropiado airear a u n escritor
q u e
había sido diputado
e n m á s d e
seis
o c a -
siones. Igua lmen te tuvo q u e pesar lo suyo e l
hecho
d e q u e
Blasco hubiese vivido abierta-
mente d e espaldas a la moral social en lo q u e
a la
vida conyugal
se
refiere —mom ento s
del
nacional-catolicismo
d e
trist e recuerdo pa ra
l a
Iglesia española—,
l o q u e
resalta
más s i lo
comparamos
con la
anodina vida erótica
d e
los de l 98 , que en
ocasiones llegarán
a
clar as
posturas misóginas
(2).
En e l
olvido hacia Blasco
p o r
par te
de la cr í -
tica pudo influir e l distanciamiento que e l
escritor
d e
La
Malvarrosa mostró hacia
la
«sociedad literaria» madrileña, a l a que no
se
incorporó
d e
lleno cuando residió
en la ca -
pital d e l reino; si bien participó e n cuantas
empresas culturales señalan
e l
deseo
de r e -
novación de los sectores progresistas de la
pequeña burguesía liberal, también
f u e p r o -
verbial
su
desdén hacia
la s
tertulias
d e
lite-
ratos donde
se
fabricaba parte
de la
gloria
y
el
ocaso
de l a s
f iguras
d e l
momento.
N o
olvi-
demos
q u e e n u n
país
t a n
centralizado como
el
nuestro
la
consagración pasa
por e l
meri-
diano
d e
Madrid.
P o r
otra parte,
si
tenemos
e n
cuenta
q u e e n
nuestro país
h a
predomi-
nado
u n a
crí t ica hecha desde
u n a
óptica
formal , aunque
s i n
grandes pre tensiones
científicas, n o será difícil comp rend er e l m e -
nosprecio hacia escritores cuyas
orientado-
(2 ) Estudio de Serrano Poncela incluidos en E l Secreto d e
Melibea. Taurus.
89
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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n e s
ideológicas, como apunta
R .
Bosch,
n o
coinciden con la s de l propio crítico.
A ú n n o está suficientemente aclarada l a p o -
sible influencia d e s u postura personal d e n -
t r o d e l
repu blicanismo español
d e
pri ncipios
d e siglo en su valoración como escritor; d e s -
conocemos
q u é
incidencia pudo tener
su po-
lémica
y
rivalidad política
c o n
Rodrigo
S o -
r iano
d e
cara
a s u
consagración como figura
señera de la l i teratura y como t a l reconocida
p o r l o s intelectuales madrileños entre los
q u e
ocupaban
u n
puesto
d e
honor
lo s
santo-
n e s d e l
republicanismo español
d e l
momen-
to ,
como Azcárate, Castrovido...
y
Galdós,
quien presidiría
u n
homena je
a
Soriano
en
1906 , cuando en Valencia ya se hostigaban
blasquistas
y
sorianistas.
E L PENULTIMO «SUISTA»
Todavía
n o s e h a
vertido mucha
lu z
sobre
lo
q u e
podemos considerar como
e l
período
prehistórico
d e
Blasco; esos añ os —inicios
d e
la década d e l o s «ochenta» d e l siglo pasa do—
en los que se
reaf i rma
u n a
vocación literaria
y a gestada e n s u s años juveni les a través de la
lec tura
d e
folletines
y
novelas
p o r
entregas;
años
en los que en su
interior
s e
produce
u n a
crisis
d e
conciencia
q u e l e
lleva
a l
aba ndono
d e l
hogar familiar
y a
adopta r
u n a
postura
pública
d e
rechazo
a l
sistema imperante;
años d e formación a l contacto con la vida
cultural
d e l
Ateneo valenciano
v d e
gozos
v
V Blasco Ibáñez
90
f rus t raciones ante l o s primeros escarceos
amorosos.
Como consecuencia de su formac ión literaria
s u s
primeros cuentos
y
novelas están rela-
cionados
con los
asuntos sentimentales,
h i s -
tóricos y legendarios q u e l lenaban la litera-
tura
d e
consumo
d e l
momento,
s in que se r e -
fleje e n ellos la estética q u e centraba l a po-
lémica
d e
aquellos años:
el
naturalismo;
c o n
l o q u e Blasco se muest ra como u n escritor d e
estética rezagada y despreocupado d e cues-
tiones teóricas, algo
q u e
pesará como
u n a
gran losa en su producción posterior.
A medida q u e aumenta su participación en la
política activa
s u
novelística
se
aleja
d e l c o n -
formismo moral
y
social
q u e
despiden
s u s
obras iniciales
e n l a s q u e
sigue pautas
del
q u e f u e s u
patrón, Fernández
y
González,
e n
su
escapada
a
Madrid, para pasar
a
conc ebir
la
l i te ratura como
u n
medio eficaz par a
la di-
fusión d e uno s ideal es políticos con los qu e se
siente totalmente identificado, aunque los
problema s concretos
lo s
plantee
a
través
de l
periodismo
o de l
folleto.
Si a
esta concepción
de la
l i teratura unimos
la
relativa apertura propiciada desde
1883
p o r
Sagasta —tan relativa
q u e
Blasco
t e n -
dría
q u e
poner tierra
p o r
medio,
e
incluso
m a r , e n
repetidas ocasiones
y
cuando prefi-
r i ó quedarse tuvo q u e soportar frecuentes
procesos acompañados
d e
encarcelamien-
tos— comprenderemos cómo Blasco
e n -
tronca
con la
orientación inicial
q u e l a n o -
vela p o r e n t r e g a s t u v o e n nues t ro pa í s
cuando allá
p o r 1 8 4 4
Ayguals
d e
Izco creó
la
narra t iva
d e
asuntos
y
preocupaciones
n a -
cionales
en lo
socio-político, siguiendo
m u y
de cerca la
técnica literaria
d e
Eugene
S u e .
S e
produce, pues,
en los
años «noventa»
u n a
reconversión de la entrega: vuelta a los o r í -
genes de los que se había separado a med ida
que la legislación d e imprenta, fruto d e l a s -
censo
a l
poder
d e l
moderan t i smo
d e
Narváez
y de los
grupos económicos
q u e l e
apoya ban,
había
id o
poniendo barreras
q u e e l
nego-
ciante de l a entrega, e l editor d e turno, i b a
superando
p o r
medio
d e
desvíos hacia cami-
n o s menos comprometidos, como e l senti-
mental
y e l
histórico; camino
q u e
resulta
casi obligatorio cuando
en 1853 se
crea
e l
«glorioso» cargo d e censor d e novelas con e l
f in
específico
d e
combat i r
e l
peligro
q u e s u -
ponía para
e l
hogar tradicional
t a n
nefastas
hojas semanales, según consta
en e l
preám-
bulo
de la ley.
M á s q u e l a dificultad para encontrar l a p ro-
ducción folletinesca d e Blasco — e l lector c u -
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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rioso puede consultarla casi en su totalidad
en la Biblioteca Nacional—, s u extensión y
sobre todo
la
baja cal idad
s o n
razones
q u e
pueden haber influido
en la
fal ta
d e u n
análi-
s is
serio
d e
esta
q u e
denominamos prehisto-
r i a de Blasco y también d e l folletín e n genera l.
L a
reciente publicación
d e
La
Araña Negra
h a
permitido
a l
lector actual
v e r l a s
relacio-
n e s q u e Blasco tiene con l a tradición de los
folletinistas españoles
q u e
imi taban
lo s pa -
so s
literarios
d e
Eugene
S u e .
Concretamente
relacionada
c o n
E l Judío Errante está tod a
la
fronda anti jesuít ica q u e vertebra la acción
d e
esta novela
y
numerosos detalles episódi-
c o s .
Pero quizás
s e a
mayor
la
influencia
d e
Ayguals
d e
Izco
e n
aspectos
d e
té cnica litera-
r i a ,
pues
d e l
escritor
d e
Vinaroz procede
la
combinación
de lo
propiamente novelesco
c o n u n en t ramado d e hechos históricos co mo
elementos axiales
de la
t rama;
a s í
podríamos
señalar numerosas concomitancias entre La
Araña Negra
y
María o la hija de un jornale-
ro, y sus continuaciones. L a conciencia de lo
artístico
q u e y a
posee
e l
joven novelista
le
lleva
a
prescindir
de los
farragosos recursos
extra-literarios
t a n
frecuentes
e n
María
y ,
sobre todo, a insertar lo s sucesos históricos
en la trama novelesca, como y a había hecho
Galdós,
s in
necesidad
d e
recurr i r
a la
copia
d e
documentos
que en e l
caso
d e
E l Palacio
de los Crímenes,
d e
Ayguals
d e
Izco, convier -
ten la novela en un aux il iar inest ima ble para
el historiador q u e quiera profundizar en el
conocimiento
de los
gobiernos
d e
Narváez
y
en la
revolución
de l 54 ,
pero
q u e , a l
mismo
tiempo, convierten a la novela, c o n mucho,
en la
peor
de la
trilogía
(3).
S in
embargo,
es
preciso resal tar
q u e
Blasco
v a
mucho
m á s
allá
d e l
reformismo político
d e
corte democrático
q u e
Ayguals propug-
naba en sus obras, consecuencia lógica de lo
q u e había sido la evolución de l a corriente
progresista
en los
casi cincuenta años
q u e
median entre
l a
publicación
d e
am ba s obras;
en e l últim o decenio d e l siglo X IX ya s e habí a
clarificado d e u n a forma nítida hasta dónde
podía llegar
e l
carácter revolucionario
d e
aquella burguesía liberal
q u e
aparec ía
e n
María, pues
u n a v e z
instalada
en l a s
esferas
d e l poder tras la «Gloriosa» y la Restaura-
ción
se
dedicó
a
conservar
l a
posición adqui-
rida
s in
intentar modificar
l a s
est ructuras
socio-económicas
d e l
país
y ,
princ ipalmente,
tras haber dejado a u n lado a l a s ma sas obre-
r a s q u e
habían colaborado
en e l
cambio
d e
régimen
en
sept iembre
de l 68 .
(3 )
Esta novela incluye
más de una
treintena
de
documen-
tos históricos.
Blasco representa
a los
sectores disconfor-
m e s d e l consenso alcanzado entre el Ejérci to,
Nobleza, Iglesia y Burguesía par a l a Restau-
ración Borbónica,
con l a
vuelta atrás
q u e
esto significaba, y s u novela quiere ser la
manifestación
d e e s a
disconformidad —cri-
t ica duramente
a los
sectores anterior mente
citados—, a l t iempo q u e presenta como a l -
ternativa u n a República democrática y fede-
ra l ; la
novela conlleva, además,
u n a
buena
dosis
d e
consolación para
lo s
seguidores
d e
Ruiz Zorrilla,
P í,
Salmerón...
en
unos
m o -
mentos
e n q u e
sent ían
el
desencanto como
consecuencia d e l a s frust radas intentonas
republicanas, tanto
po r l a v ía de l
pronun-
ciamie ntp como
p o r l a s
insurrecciones popu-
lares,
y s e
estaba produciendo
u n a
atomiza-
ción
de los
grupos republicanos.
L a
consolación, inherente
a l
folletín como
h a
visto Umberto
Eco , l a
expresa
a
través
d e
imágenes s imból i cas
d e
corte románt ico
—Sue
a l
fondo—
q u e
veremos después
e n
numerosas novelas sociales
co n e l f in de p ro -
yectar, cuando se colocan a l final de la obra,
e l
tiempo novelesco hacia
el
futuro hacién-
dolo coincidir
con e l
tiempo real
d e l
lector;
entre el las ocupa
u n
lugar importante
e l
fuego como elemento purificador
d e
cuyas
cenizas saldrá después
la
sociedad soñada.
«Ese incendio del cielo es la imagen del porve-
nir. El fuego todo lo purifica, y en la actualidad
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 92/128
resulta
el
único remedio.
(...) Un
fuego
que
todo
lo devore, un a inquisición qu e respete las per-
sonas, pero
qu e
convierta
en
cenizas todas
las
instituciones caducas de l presente... He ahí el
más
bello porvenir
de la
humanidad » (4).
PERIODISMO
AL
SERVICIO
DE LA REVOLUCION
«Nuestro diario viene a combatir lo existente, a
fustigar la horda de explotadores sin concien-
cia que la
restauración monárquica trajo
con-
sigo, a recordar que la situación presente debe
morir como nació,
por un
golpe revoluciona-
rio. Viene a trabajar, en la medida de sus fuer-
zas, por el triunfo de la República, co n todas
sus
naturales
y
lógicas consecuencias,
y, al
mismo tiempo, por sus condiciones editoria-
les, se
propone contribuir, aunque humilde-
mente,
a la
cultura
de
base popular»
(5).
Estas palabras tomadas de la presentación
d e l diario«El Pueblo» (1894-1906) nos po ne n d e
manifiesto cuáles serán algunas
de l a s
metas
q u e s e propone conseguir Blasco e n u n a
e tapa
q u e
será crucial
en su
vida.
E l
periódi-
co ,
expresión
d e l
ideario
y de l a s
intenc iones
d e l escritor, saldrá adelante gracias a l entu-
siasmo desbordante
c o n q u e s e
enfrenta
a las
múltiples dificultades q u e l e asedian s in ce-
s a r . E l
cariz populista
q u e
aparece
e n o c a -
(4 ) Blasco Ibáñez: La Araña Negra (2), ATE, 1975, pág.
556-557.
(5 )
« E l
Pueblo», 12-XI-1894, citado po r Pilar Tortosa en
La
mejor novela d e V.B.I.: su vida. Prometeo, Valencia
t
1977,
pág. 137.
El
m a t r i m o n i o B l a s c o I b a ñ e z .
siones e n s u s escritos tiene la contrapart ida
d e u n a
vida sacrificada
p o r
completo
a la d i -
fusión de «la idea», malviviendo a l acorde d e
la s
máquinas
d e
impresión para dedicarse
a
l a s
altas horas
de la
madrugada
a la
crea ción
literaria
q u e
también verá
la luz en las
pági-
nas de l diario e n e s a fórmula mercanti l ista
que e s e l
folletón.
Suele considerarse la co laborac ión en la
prensa de los escritores como u n a obra m e -
n o r ,
indigna
d e
f igurar
en los
volúmenes
d e
«obras completas», pese a que se le confiere
gran importancia
a la
hora
d e
configurar
la
personalidad l i teraria d e l escritor, como s u -
cede
en los
casos
d e
Sender, Delibes...;
c o n
Blasco sucede igual,
t a l vez
agravado
po r e l
hecho de ser su periodismo u n a fórmula d e
ataque
a
todo
« lo
existente», períf rasis
co n la
q u e s e
encubría todo
el
sistema establecido,
tanto
d e
valores morales como
d e
institucio-
n e s ; p o r esto h a s ido preciso tende r u n tupi do
velo sobre esta parte
de su
producción.
León Roca,
ya en 1970, en su
denodado inte-
ré s po r l a
obra
d e
Blasco Ibáñez,
d io a
cono-
c e r algunas preocupaciones fundamentales
q u e
llenaron
«e l
art ículo
d e l
día» durante
la
existencia d e l periódico, a l t iempo q u e e l a -
boraba
u n
índice
d e
títulos
y
fechas
de los a r -
t ículos publicados
po r e l
escri tor republi-
cano
en e sa
sección;
e l
l ibro
s e
insertaba
también
en la
lucha
p o r l a
normalización
d e
la lengua valenciana como vehículo de ex -
presión cultural tras
el
eclipse impuesto
p o r
la represión q u e siguió a la guerra civil. R e -
cientemente P . Smi th h a hecho u n a selec ción
d e
art ículos
q u e
viene
a
completar
la
visión
fragmentar i a q u e teníamos p o r l a s ci tas d e
León Roca
(6).
E l radicalismo inicial se va l imando e n algu-
n o s
aspectos
a lo
largo
de los
años
e n
proceso
paralelo
a l de l
republ icanismo
a lo
largo
d e
los «años noventa»; a s í vemos cómo en los
primeros momentos rechaza l a lucha legal a
q u e l e s quiere llevar Cánovas con e l f in de
q u e
par t i c ipen
en la
v ida par l amentar i a .
Blasco opone
la
revolución
en la
calle como
único medio para llegar a conseguir su meta
política, pues
e s
consciente
de la
anulación
de la labor legislativa po r l a mordaza de l
Gobierno
y d e
todo
lo
inmoral
q u e
tiene
el
par lamentar i smo
de su
t iempo
q u e
responde
a los intereses de los caciques y que es e l
t r i s te resul tado
d e l
poder económico
d e u n a
(6) El
libro
de P.
Smith Contra
la
Restauración
l o
publica
Nuestra Cultura en 1978; el de León Roca, Blasco Ibáñ ez,
Política
y
periodismo,lo había editado Ediciones
62 en 1970.
Posteriormente León Roca,
en
edición propia,
ha
recopilado
artículos Anti-Restauración y Pro-Re públic a.
9 2
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 93/128
V
Blasco Ibáñez
oligarquía capaz
d e
comprar
lo s
votos nece-
sarios (7).
N o e s preciso decir q u e s u claudicación e n
este sentido
le
permit i rá dejar
o í r s u
verbo
detonante
en l a s
sesiones
d e l a s
Cortes
e n u n a
larga serie d e legislaturas. N o obstante , s i-
g u e
manteniendo
su fe en una
«República
d e
carácter social», a diferencia d e l o s viejos re -
publicanos
q u e
sólo apu ntan
a u n a
mera
s u s -
titución institucional en la cúspide.
M u y
próximo
a la
ideología
de los
líderes
d e
W movimiento s obre ros — e n s u origen p o -
dríamos señalar posiciones q u e hacen refe-
rencia
al
bakunismo, aunque después pasa-
r í a a
posiciones afines
a l
par ti do socialista—,
Blasco analiza
e n
estos años
l a
si tuación
d e
la
vida política nacional
y
local desde
l a óp -
tica d e l proletariado; aplaude l a s presiones
de los
socialistas
q u e
rec laman
s u s
conceja-
lías
en
algunos municipios
de l a s que son
despojados e n base a excusas d e forma q u e
no s on más que e l
exponente
d e l
miedo
q u e
siente
la
sociedad burguesa ante
e l
apoyo
popular q u e respalda a los obreros, agudi-
zado ante e l pavor a los métodos violentos
q u e
emplean
e n
algunas regiones determi-
nados sectores d e l anarcosindical i smo, p á -
nico
q u e e s
aprovechado
p o r e l
Gobierno
para reforzar
l a s
medidas represivas.
C o n u n a
clarividencia
n o
frecuente
en los es -
critores de su época — la mayor ía d e extrac-
ción burguesa—, advierte a s u s lectores la
existencia d e u n a dicotomía fundamental e n
la
sociedad, burgue sía
-
proletar iado,
y
cóm o
el
Estado responde exclusivamente
a los in-
tereses de la minoría burguesa.
«E l
Estado actual
es
burgués,
y
como burgués
hostiliza
a la
clase trabajadora valiéndose
de
hipócritas procedimientos. El Estado actual
no perdona el momento de ahogar co n sangre
al
proletariado»
(8).
Si en sus
escritos encontramos ideas
a ú n v á -
l idas
h o y d í a , e n
ocasiones resul ta poco
zahori como cuando afirma q u e l a huelga
como «arma d e combate» está «próxima a
caer
en
desuso».
Critica
a l
PSOE
p o r s u
negativa
a la
colabo-
ración
con los
part id os burgueses radicales
y
republicanos, pues Blasco está convencido
d e q u e
únicamente
c o n u n a
burguesía
p r o -
gresista podrán mejorar l a s condiciones d e
la clase trab ajado ra. E s d e señalar q u e Pablo
Iglesias
en e sa
época —«años noventa»—
está radical izado
e n u n a
postura frontal
burguesía - proletar iado s in posibi l idad d e
(7 )
Conferí artículo «Cuánta asquerosidad», incluido
en el
volumen
de P.
Smith.
(8 ) Idem «L a Reforma» (pág. 95).
u n
entendimiento mínimo; Jaime Vera
lo
explica
p o r l a
necesidad
d e
organizarse
q u e
tenía
el
movimiento obrero,
y n o
será hasta
la
reacción maurista tras
lo s
acontecimien-
t o s de l a
Sem ana Trágica
de 1909 y e l
recru-
d e c i m i e n t o
d e l a
g u e r r a
d e
M ar ruecos
cuando
se
avenga
a la
colaboración —Con-
junción Republicano
-
Socia l ista—que just i-
fica como
u n a
exigencia
d e l
in terés nacional
— n o
sólo obrero— ante
lo s
rumbos
po r lo s
q u e
conduce
a l
país
la
Monarquía
en
aque-
llas fechas.
Singular interés puede tener
l a
postura
q u e
«El Pueblo» sostuvo durante
el
conflicto
c u -
bano d i ame t ra l men t e opues t a
a la de la
prensa burguesa q u e hacía especial hincapié
en la
necesidad
d e
defender
e l
honor nacio-
n a l . Blasco pondrá e n ent redicho e se honor
a l descubri r lo s hilos axiales d e u n entrete-
jido económico
q u e
obl igaba
a
llevar
a d e -
lante l a s acciones mil i tares. Ju nt o a l rechazo
de la guerra en s í y al tran sfon do económico
q u e l a
alienta late
e n s u s
art ículos mordac es
u n a
acusación tremenda contra
u n
sistema
q u e
manda
a
enfrentarse
c o n u n a
muerte
m á s q u e probable únicamente a los hijos d e
lo s
pobres, como
« u n
rebaño gris».
E l
frau de,
malos tratos,
la
penuria económica
en las re -
compensas,
la
falta
d e
víveres
y ,
sobre todo,
la
desigualdad entre burgueses
y
proletarios
serán algunos
de los
puntos cr í t icos
q u e
Blasco airee a la luz pública.
9 3
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 94/128
E n u n ferviente republicano no es de extra-
ñ a r q u e c o n motivo de l a guerra d e Cuba los
dardos lleguen hasta
el
Palacio Real;
si la
Monarquía , pese
a l
f racaso,
n o s e h a d e -
r rumbado —asegura—
h a
sido porque
e r a
precisamente u n a guerra «colonial»: «Cuba
está lejos
y e l
país
n o
conoce
la
verdad».
Pero Blasco Ibáñez
no se
queda exclusiva-
mente
e n
este nivel
d e
crítica política
— p a -
samos
p o r
alto
s u
controvertida posición
ante
la
cuestión
«
regional»—
s i n o q u e
refleja
también
con su
pluma otros campos
de la
vida españ ola como pueden se r e l a t raso en el
desarrollo científico,
la
penur ia
e n q u e s e
mueve e l profesorado que é l no lo reduce,
como
e l
dicho popular,
a l
maestro
d e
escue la
sino
q u e l o
hace extensible
a
todos
lo s
nive-
l e s ; ah í
está como botón
d e
mues t ra
e s e
cate-
drático d e Insti tuto q u e deja s u s lecciones d e
Filosofía para lanzarse
a los
ruedos
co n e l f in
d e
convertirse
e n u n
émulo
d e
Pedro Rome-
ro.
Conectada
c o n l a
postura
de l 98
está
su vi-
sión
de la
«Fiesta Nacional»;
s u s
a rgumentos
anti taurinos,
q u e n o s
parecen provenir
d i-
rec tamente
d e
Jovellanos, aunque Blasco
profundiza m á s a l h a b l a r d e l embru tec i -
miento
de los
españoles
a l
contacto
con la s
corridas,
n o
alcanzan
la
virulencia
q u e p o -
demo s observar en la obra d e alguno de sus
coetáneos como Eugenio Noel.
El ar te — y a n o n o s referimos a l de Cucha-
res— tendrá cumplidas páginas en e l diario,
principalmente cuando
e l
escritor hace
p e -
regrinaciones forzadas por la i ra de los go-
bernantes,
l o q u e
aprovecha para
d a r
infor-
mación sobre ciudades, iglesias, museos...,
algunos artículos integrarán
m á s
tarde
e l vo-
lumen
E n e l país d e l arte, y
otros serán
la
base para descripciones insertadas e n a l -
guna
d e s u s
novelas.
Como punto final queremos señalar
su
inte-
r é s por l a literatura francesa, especialmente
p o r
Zola
en los
momentos críticos
en que e l
autor d e
Germinal
se enf ren taba a l a s auto-
ridades francesas
en e l
caso Dreyfus; admi-
ración q u e s e reflejará en su obra narrativa
hasta
el
punto
d e
haber sido considerado
p o r
la
crítica como
el
Zola español.
E L
PAIS VALENCIANO
EN LA
NARRATIVA
D E
BLASCO IBAÑEZ
S i m u l t á n e a m e n t e
a
e s t e p e r io d i sm o
d e
combate
d e l q u e
acabamos
d e
trazar
u n b o s -
quejo superficial, Blasco
se
propone aden-
trarse
por l a
selva
de l a
l i tera tura
c o n m a -
yúsculas
y en vez de
seguir
l a s
pautas
q u e
marcaban
l a s
grandes figuras
d e l
momento
prefiere sintonizar , porqu e
se
adapta mejor
a
su
t emperamento
e
ideología,
con la
narra-
tiva
d e
Zola, pese
a la
polémica
q u e
levan-
tara
en la
década anterior
en
nuestro país
J u a n C a r l o s N a y a y A l v a r o d e L u n a , i n t e r p r e t e s d e l a v e r s i ó n t e l e v i s i v a d e « L a Barraca»», d e B l a s c o I b a ñ e z .
94
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
http://slidepdf.com/reader/full/tiempo-de-historia-076-ano-vii-marzo-1981-ocr 95/128
desde q u e l a Pardo Bazán iniciase la publi-
cación
en el
periódico
La
Epoca
de los
artícu-
lo s
sobre
el
natural i smo
q u e
recoge
el
volu-
m e n
La
cuestión palpitante. Blasco cree
desde
su
disconformidad
con e l
s is tema
i m -
perante
que l a
fórmula natural ista
e s
válida
para poner
al
descubierto, ante
u n a
sociedad
satisfecha
de s í
misma,
l a s
lacras
q u e
laten
en
determinadas áreas.
L a
capi tal
d e l
Turia
será
su
pri mer foco
d e
atención
y la
degrada-
ción
de la
nueva burguesía
s u
primer tema
q u e , p o r exigencias d e t i empo y material
para
el
diario,
i r á
desgranando
a l
compás
d e
los
primeros números.
Nace a s í u n a serie d e novelas, totalm ente in -
dependientes entre s í , q u e p o r ceñirse a la
vida
d e l
País Valenciano
h a n
sido considera-
d a s
como costumbristas
p o r
Montoliú,
V a l -
buena
y
otros;
s in
embargo, difieren
de lo
qu e e s e l clásico costu mbris mo d e l siglo X I X ,
pues si bien aparece e n ellas e l paisaje y , so-
b r e
todo, modos
d e
vida típicos
de los
secto-
r e s valencianos involucrados en l a acción
novelesca,
el
enfoque
de l a
temát ica
n o
tiene
nada que ve r con e l conse rvadu rismo ideoló-
gico expuesto
a
través
d e u n a
anécdota
id í -
lica y moralizante cua ndo no s e recurre a re-
cursos extr
al
i terar
io s
—que viene
a
decirnos
q u e
todo tiempo pasado
f u e
mejor.
E s
inne-
gable
q u e p o r
exigencias
de la
técnica utili-
zada acumula muchos detalles relacionados
V Blasco Ibáñez
con e l espacio, costumbres y expresiones
propias d e l lugar y t iempo e n q u e sitúa la ac-
ción,
p o r l o q u e
puede hacerse
a
través
de su
obra
u n
panorama
d e l
«costumbrismo
re -
gional
»
como
e l
real izado
p o r
Betoret
-
Paris ;
s in e mbargo, insist imos, su final idad e s m u y
distinta.
Frente a l a visión folklórica de los costum-
bristas, Blasco intenta
d a r u n a
visión
m á s
profunda de la real idad en toda la compleji-
d a d d e l en t r amado d e l a s relaciones huma-
nas y , lo que e s más
importante ,
con una va -
l iosa fundamentación histórica, aunque e n
ocasiones hace concesion es fáciles
a l
público
d e l
folletín.
S u
interés
po r lo
histórico
p e r -
mite a l lector d e h o y en t ra r e n contacto con
u n a
etapa crí t ica
de la
sociedad española
como
es la
crisis
de f in de
siglo, momento s
e n
q u e la
burguesía
n o h a
encontr ado todavía
el
camino idóneo para
la
industrial ización
y en
los que los
campesinos
se
aferran
a u n
tradi-
cionalismo q u e l e s impide afron tar c o n éxit o
la
modernización impuesta
po r e l
progreso
social.
Encont ramos e n este ciclo u n a gran variedad
d e
temas;
la
mayoría
d e
ellos encarnados
e n
asuntos
de la
vida rural, pues Blasco, tras
clavar
s u s
afi lados dard os
en la
burguesía
v a -
lenciana
en su
primera novela, buscará
n u e -
v o s lugares, ambientes y problemas —obse-
sión continua
a lo
largo
de su
vida—
con lo
q u e s e
aleja
as í de la
conflictiva vida local,
centro de su quehacer político, para cuya ex -
presión utilizaba
e l
periódico.
E n
Arroz
y
Tartana
hace un retrato acre de
la
burguesía local: una s vidas vacías, movidas
únicamente po r e l afán d e aparentar , y la de-
gradación
a que son
capaces
d e
llegar cuan-
d o ,
para mantenerse dentro
de la
esfera
so -
cial de los privilegiados, se recurre a cual-
quier tipo
d e
medios
s i n
tener
e n
cuenta
su
moral idad. L a lucha d e l hombre con la natu-
raleza será el motivo central e n diferentes
cuentos
y
novelas
en l a s que
Blasco presenta
a l
lector
la
vida
de ' o s
hombres
de la
costa
tanto en su lucha en al ta mar—marineros d e
cuerpo encallecido p o r e l t raba jo y alma e n -
durecida
p o r e l
sufrimiento— como
en la
costa misma , a h í está la gesta solitaria de l t ío
Toni —
Cañas
y
Barro
— incansable
en su
empeño p o r desecar lo s campos d e fango y
agua salada para convertirlos
e n u n m a r d e
arroz apostando a s í p o r u n a forma d e vida
moderna frente
a la
perpetuación
d e u n a o r -
ganización ancestral defendida p o r s u padr e.
L a
vida
d e l
interior
d e l
país valenciano
a p a -
rece desde otra perspectiva: la explotación
de l
hombre
p o r e l
hombre.
La
Barraca mues-
95
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t r a u n a
rebelión
de los
aparcero s frente
a los
amos, pésimamente dirigida, pues
en vez de
cent rar e l blanco en los propie tarios dirigen
s u violencia contra u n mi embro d e l mismo
campesinado; en la novela Entre Naranjos,
el
propósito
d e l
au t o r
e s
poner
a l
descu bierto
lo s entresi jos d e q u e s e vale e l caciquismo
para explotar económica
y
pol í t icamente
a l
campesinado.
L a pos tura d e Blasco se va modif icando e n
l a s
diferentes novelas
y n o d e u n a f r m a p r o -
gresiva.
S i en
Arroz
y
Tartana
h a y u n a
clara
postura ant iburguesa q u e aparece tanto e n
la concepción d e heroína degradada c o n q u e
aparece presentad a l a protagonista y su círcu-
lo
social como
en la
adjet ivación valora-
tiva q u e e n determinados pasajes se le es-
capa
a l q u e
pretende
s e r
fr ío nar rad or
y en la
i ronía empleada
e n
alguna ocasión como
e s
e l
planto
p o r e l
caballo difunto, sostén
del
honor familiar;
e n
La Barraca,
e n
cambio,
encont ramos u n retroceso en lo ideológico, lo
q u e n o e s obstáculo para q u e reconozcamos
l a
ext raordinaria cal idad
q u e
hace
d e
ella
u n a joya l i teraria. E n esta novela, según se
desprende
de su
lectura,
el
interés
d e l
autor
no se
cent ra
e n
plasmar unos hechos reivin-
dicat ivos d e l campesinado, sino qu e lo qu e le
at r ajo desde
e l
pr imer momento
a
Blasco
f u e
la posibi l idad d e crear u n mundo novelesco
poblado d e seres prim ario s capa ces d e llegar
a
ext remos
d e
violencia inusi tada empuja-
d o s p o r
pas i ones ex t r emas ;
a s í
pues ,
e l
mundo rural a t rae
a l
escri tor
p o r e l
primit i-
vismo c o n q u e puede presentar a s u s habi-
tantes just ificando
s u
conducta
m á s p o r r a -
zones literarias
— l a
estét ica natural ista
e s
factor decisivo—
q u e
como consecuencia
d e
u n análisis de l a re alid ad. Blasco Ibáñe z cifra
el
compor tamiento
de los
personajes
en sus
antecedentes morunos —recuérdese q u e l a
génesis de la obr a tiene raíce s lite rar ias en un
cuento d e l mismo escri tor t i tulado «Ven-
ganza moruna»—, c o n l o q u e quiere seguir
u n a concepción deter minist a de l a e xistencia
q u e e n e l escritor valenciano deriva de su
admiración
p o r l a
nar ra t iva
d e
Zola
q u e e n
La Barraca lleva hasta el ex t remo de que in -
cluso los hijos de lo s labradores , presiona dos
p o r l a sangre y e l odio q u e envenena sus vi-
d a s ,
tiñen
d e
violencia sangrienta
s u s
rela-
ciones con la familia Burrull hasta el punto
d e causar la muerte a l m á s pequeño de los
hijos.
E l
retroceso
lo
vemos
n o p o r l a
presen-
tación negativa d e l proletariado, sino p o r -
q u e l a idea-fuerza q u e impulsa a los aparce-
ros en su
lucha contra
lo s
amos
y que e l
aut or
desvía hacia Batiste y s u fam ilia —«la tie rra
9 6
para lo s t rabajadores»— e s condenada para
satisfacción de los propietar ios de la huerta,
l a burguesía de la ciudad d e l Turia, s in qu e se
abra esperanza alguna para l o s huer t anos a
quienes solamente l lega d e l mundo civili-
zado —además
de l a
explotación—
e l
detri-
tus de l a ciudad q u e convierten e n abono tras
u n penoso acarreo.
M á s nítida será su pos tura en Entre Naran-
jos , pues
su
alegato contra
e l
caciquismo
so -
brepasa a l mismo Costa llegando hasta l a
cúspide
d e l
poder central ;
l a
contradicción
entre ideología y práct ica en lo erótico sirve
para desenmascarar l a honorabi l idad de los
líderes
de la
defensa
de la
moral t radicional
al
t iempo
q u e s e
puede entrever
l a
conniven-
cia del poder político q u e , p o r supuesto, m a -
neja también l a s riendas económicas, con e l
estamento eclesiástico.
P o r s i tuar e l tiempo novelesco en los años d e
la Restauración y Regencia, e l carácter c r í -
tico de su obra atañe, d e u n a forma m á s o
menos directa, a l sistema canovista y a la
ideología conse rvado ra q u e l o sustenta.
S i n
embargo
n o h a y u n a
postura coherente
a
t ravés d e todas estas novelas, l o q u e n o s i n -
dica algo fundamental para entender
l a pe r -
sonal idad d e l escritor: Blasco, hombre d e
acción, concibe
a i
novelista como
u n
nar ra-
d o r d e historias m á s q u e como u n intelectual
q u e interpreta la real idad que le ha tocado
vivir.
L a
meta funda ment al será conmover
a l
lector median te la presentación d e unos p e r -
sonajes broncos
q u e s e
debaten acuciados
p o r
pasiones extremas
q u e e l
novelista,
d e -
miurgo omnisciente, crea siguiendo l a lógica
d e l
existir cotid iano. Blasco tiene concien cia
d e q u e h a y q u e diferenciar a l político de l
novelista,
a l
ag i t ador
d e l
creador
d e
belle za;
y esto es lo q u e le salva como literato, pue s e n
aquellas obras e n l a s q u e late d e u n a forma
m á s clara su preocupación polí t ica—tal es el
caso d e Entre Naranjos y mucho m á s claro se
ve en La
Catedral, novela
en la que se
puede
encontrar
u n
gran paralel ismo entre
su pos -
tura ante la cuestión religiosa y l a que por
esas fechas plant ea
en e l
Parlamento—
l a ca -
lidad artística decae, fenómeno q u e , p o r d e s -
gracia se ha repetido mucho entre lo s litera-
t o s españoles.
P o r otra parte queda m u y claro que s i l a ma-
y o r parte d e estas novelas s e cent ran en e l
mundo rural valenciano su t ra t amiento d e
lo s
campesinos responde
a u n
interés pura-
ment e estét ico
q u e l e
lleva
a
postergar valo-
r e s de l
campesinado para resal tar ,
e n c a m -
b i o , aquellos aspectos relacionados con e l
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E n t i e r r o d e V i c e n t e B l a s c o I b á ñ e z
primit ivismo
en que s e
movía
a
finales
de l
siglo —animalid ad a flor d e piel, cond icion es
ambientales nauseabundas, sexo, a lcoho-
lismo, agresividad...—
p o r
exigencia
de la es -
tética naturalista.
Blasco capta fríamente
la
belleza
d e l
paisaje
y el drama interno de l hombre q u e l o hab ita
y lo
transmite
p o r
medio
d e u n a
narrat iva
q u e será consumi da po r lo s pe queños propie-
tarios
q u e
votan
a l
político «revolucionar io»
como despecho ante
l a
forma
d e
gobernar
d e
u n a
oligarquía
m á s
atenta
a sus
propios inte-
reses
qu e a la
defensa
de e se
amplio sector
d e
l a s
clases medias
q u e
cada
d ía s e ve más
hundido
en la
escala social
y
sueña
con la
nonnata revolución burguesa.
Es en sus
novelas posteriores
a
este período
cuando Blasco
se
aleja
d e l
mu nd o valenciano
para cantar
en las
llamadas «novelas socia-
les»
la
epopeya moderna :
la
lucha
d e l
prole-
tariado frente
a la
burguesía
d e
finales
de s i -
glo y la desmitifícación de l soporte ideoló-
gico
y de la
fundamentación histórica
que l e
sirve d e soporte. S u estética se distancia de l
natural i smo
en un
intento
p o r
apresar
l a rea -
lidad social de l a que seleccionará diferentes
problemas,
c o n
desigual fortuna art íst ica,
pues,
e s u n o d e s u s
fallos,
a
veces
s u s
propósi-
tos son superiores a la calidad conseguida.
E n
estas obras llega
a su
c ima
e l
interés
d e ,
Blasco
p o r e l
proletariado
por lo q u e
exigen
u n análisis totalmente diferente d e l q u e h e -
m o s
ut i l izado
a l
t r a t a r
d e
bosquejar
en
esta
panorámica de terminados aspec tos de la
creación
de un
escri tor
q u e
sigue siendo
a l -
tamente polémico hasta
el
ext remo
de que
mientras
la
izquierda colabora
en la
erección
d e u n
monumento, pese
a
reconocer
l a s m ú l -
tiples contradicciones,
la
incapacidad
p a -
ra comprender e l problema de las nacio-
nalidades, sectores de la derecha lo dinami-
tan a los tres días. Al propio Blasco no l e hu -
biera extrañado
ta l
proceder acostumbrado
como estaba e n s u s años d e vida política a c -
tiva
a lo s más
violentos contratiempos.
S u
recuperación puede ayudarnos
a c o m -
prender
la
España
de la
Restauración
y los
primeros años de l presente siglo. E l que en -
t re su
producción haya mucha ganga
no ha de
s e r u n obs táculo insuperable; c o n f recuencia
se
necesi tan toneladas
d e
escoria para obte-
n e r unos gramos d e metal precioso.
En la
ajetreada vida
de l
hombre moderno
puede resultar m u y conveniente para su sa-
lu d
mental sentarse
en e l
cuarto
d e
estar
y
dedicar algún tiempo a la lectura; aunque
h a y
narradores actuales cuya obra
es , s in
duda, mucho m á s reconfortante po r el hál ito
d e
actual idad
q u e e n
ella palpita, para
ese
amplio sector
de l a
población española
q u e
confiesa n o leer nunca e l contacto con l a na -
rrat iva
d e
Blasco Ibáñez puede
s e r un
medio
m u y
eficaz para
su
familiarización
con la
lectura. • F. C.
9 7
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Concentración de productores salmantinos
1
e n
e l ' temp lo
d e S a n
Esteban
HESIMIOI
El
ICTO
LAS
«OTIIIIAIES
T
JOAMIUS MNVtKUQ
El
mensaje,
del
Sumo Pontífice
Tiái
la
jaito
que
halliis
ea I
iii demás shtcaus.
se
encneatra
ta U áadrin wcial católica"
* U •» » » • a » w K < a « a . * . i • • ( • • ' V f i • u i m « • < l > a n « r -
""•O. oan,, di V, mana»*. U*. ttrnie • U> «»••% «Ir
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I . t i l i a a . < % . i . - 4 , - u f t . , , . p r » • " I r i ñ o * — w r — n -
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de la
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el
mensaje
de P ío X I I
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EN PARIS
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EL
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Adelanto»,
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E L
M E N S A J E
D E L
S U M O P O N T I F I C E
Ciudad
d e l
Vat icano .—El texto íntegro
d e l
radiomen-
saje
q u e S u
Santidad
el
Papa
Pío XII
dirigió
e l do-
mingo
a las 13,50
horas
a los
tr abaj adore s españoles
e s
e l
siguiente:
«Amadísimos hijos, empresarios,
técnicos y trabajadores españoles,
reunidos
en
Madrid
y
provincias:
¡Qué hermoso espectáculo —de-
jadnos comenzar así— éste
de una
masa imponente
de
obreros, como
la vuestra, aclamando a Jesu-
cristo como
a su
verdadero reden-
tor
Porque
al
trabajador,
al
obre-
ro, al hombre de una vida áspera y
difícil, donde
lo s
problemas
de
hoy no alcanzan a hacer olvidar
las preocupaciones de mañana,
so n
muchos
los que se han
presen-
tado y se presentan, especialmente
en
estos últimos tiempos, enarbo-
lando
la
bandera
de la
redención.
Vosotros,
sin
embargo, seguís
afe-
rrados
a la
bandera
de
Cristo
y
confesáis abierta y solemnemente
con el
primer Papa,
sa n
Pedro:
no
hay que buscar la solución en
ningún otro, pues no se ha dado a
los
hombres otro nombre debajo
de l
cielo
por el
cual debamos
sal-
varnos.
A El, a su
Iglesia,
al
sucesor
¿le
Pedro, vosotros queréis permane-
cer fieles cueste lo que cueste: pero
lealtad
co n
lealtad
se
paga,
y
como
seguramente vosotros esperáis
de
Nos en
estos momentos
un a
pala-
br a sobre lo que la Iglesia puede
ofreceros para
la
seguridad
de
vuestra existencia
y la
satisfac-
ción
de
vuestras justas aspiracio-
nes, esa palabra, co n todo nuestro
afecto paternal,
os la
queremos
decir. Hela aquí, pues,
en
tres
puntos.
Nadie puede acusar a la Iglesia de
haberse desinteresado de la cues-
tión obrera
y de la
cuestión social,
o de no haberles concedido la im-
portancia debida. Pocas cuestio-
ne s habrán preocupado tanto a la
Iglesia como esas
dos,
desde
que
•' »;• .< v
.«-•?,\«-»M\±
T
$
r; . t i i
J ,
¿ ¿ CW-
hace sesenta años nuestro gran
predecesor, León XIII,
con su en-
cíclica «Rerum Novarum», puso
en las
manos
de los
trabajadores
la
carta magna
de sus
derechos.
La
Iglesia
ha
tenido
y
tiene cons-
ciencia plena de su responsabili-
dad. Sin la Iglesia, la cuestión so -
cial
es
insoluble.
No
olvidéis
tam-
poco
qu e
todo
lo
bueno
y
justo
que
halláis
en los
demás sistemas
se
encuentran
ya en la
doctrina
so -
cial católica.
Y
cuando ellos asig-
na n metal al movimiento obrero,
que la
Iglesia rechaza,
se
trata
siempre de bienes ilusorios que
sacrifican
la
verdad,
la
dignidad
humana,
la
justicia social
o el
verdadero bienestar de todos los
ciudadanos.
En su
historia
dos
veces milenaria,
la
Iglesia
ha te-
nido
qu e
vivir
en
medio
de las más
diversas estructuras sociales,
desde aquella antigua,
con su es-
clavitud, hasta
el
moderno
sis-
tema económico, caracterizado
por las
palabras capitalismo
y
proletariado.
La Iglesia nunca ha predicado la
revolución social, pero siempre y
en
todas partes, desde
la
epístola
de San
Pablo
a
Filemón, hasta
las
enseñanzas sociales
de los
Papas
en los
siglos
XIX y XX, se ha es-
forzado tenazmente po r conse-
guir que se tenga más cuenta del
hombre que de las ventajas eco-
nómicas
y
técnicas para
que
cuantos hacen de su parte lo que
pueden, vivan
un a
vida cristiana
y
digna deun
se r
humano.
Por eso
la
Iglesia defiende
el
derecho
de la
propiedad privada, derecho
que
ella considera fundamentalmente
intangible. Pero también insiste
en la
necesidad
de una
distribu-
ción más justa de la propiedad y
denuncia
lo que hay de
contrario
a la
naturaleza
en una
situación
social donde, frente
a un
pequeño
grupo
de
privilegiados
y
riquísi-
A
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vs.V.r
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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Admirables modelos de Primera
Comunión para niña? y niños, y t o -
d o s
complemento*.
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Prestigio
de
Sederías Carretas y Galerías Precia-
d o s
Solicite nuestro catálogo.
trios,
hay una
enorme masa popu-
lar empobrecida. Siempre habrá
desigualdades económicas, pero
todos los que de algún modo pue-
den
influir
en la
marcha
de la so-
ciedad, deben tender siempre
a
conseguir
un a
situación
tal que
permita
a
cuantos hacen
lo que
está en sus manos, no sólo el vivir,
sino
aun el
ahorrar.
So n
muchos
los
factores
qu e
deben contribuir
a una
mayor difusión
de la pro-
piedad, pero
el
principal debe
ser
siempre el justo salario. Vosotros
sabéis
muy
bien, queridos hijos,
que el
justo salario
y una
mejor
distribución
de los
bienes natura-,
les
constituyen
dos de las
exigen-
cias más apremiantes del pro-
grama social
de la
Iglesia. Ella
ve
co n
buenos ojos,
y aun
fomenta,
todo aquello
qu e
dentro
de lo que
permiten las circunstancias
tienda a introducir elementos de
contrato
de
sociedad
en el con-
trato
de
trabajo
y
mejore
la
condi-
ción general
de l
trabajador.
La
Iglesia exhorta igualmente
a
todo aquello qu e contribuya a que
las
relaciones entre patronos
y
obreros sean más humanas, más
cristianas
v
estén animadas
de
í
mutua confianza.
La
lucha
de
clases nunca puede
ser un fin so-
cial.
Las
discusiones entre patro-
nos y
obreros deben tener como
la
principal
la
concordia
y la
cola-
boración. Pero esta obra la pue-
de n llevar a cabo solamente hom-
bres
qu e
vivan
de la fe y
cumplan
su deber en la esperanza de Cristo.
Nunca fue fácil la solución de la
cuestión social, pero
las
indeci-
bles catástrofes de este signo la
ha n
hecho angustiosamente difí-
cil. La
reconciliación
de las cla-
ses, la
disposición
al
sacrificio
y
al respeto mutuo, la sencillez de la
vida,
la
renuncia
al
lujo exigida
imperiosamente
por la
actual
si-
tuación económica, todo eso y
tantas otras cosas, sólo
se
pueden
obtener
con la
ayuda
de la
provi-
dencia
y la
gracia
de
Dios.
Ser, pues, hombres de oración.
Ele\>ad vuestras manos
a
Dios
para
que por su
misericordia,
y a
pesar de todas las dificultades, se
realice
esa
gran labor.
Con
esta
ocasión
no
podemos menos
de di-
rigir algunas palabras
de
elogio
paternal a esas instituciones que
habéis creado
y
continuáis
creando
en
gran número,
con el
y>u'l VMINÍD
L a s n o v i c i s « l e 1 9 5 0
L o s novios d e 1 9 5 0 n o t i e ne n l o s o juor e s d e ropc perso-
n a l y d e lo
c a s o
q u e
p o s e í a n
l o s
novios
d e 1 9 0 0 .
Lo
p o c o
q u e
t e n e m o s
h o y n o
pode mos d i l a p ida r lo
y de cH«
q u e
PERSt l
e n
t o d o
e l
m u n d o a y u d e
o los
novias
d e 1 9 5 0 o
c onse r va r s u s r e duc idos a jua r e s , q u e pronto tendr ían q u e repo-
ne r se ,
s i , a l no
l a va r los
c o n
PERSlt.
se so
me t i e se n a l p r o c e d i m i e n t o
ó»
l a v a d o co -
r r i e n t e
o
b a s e
d e
a g e n t e s b l a n q u e a d o r e s
cáust icos y
d e
t r oba jo ma nua l .
PfcRSIL blanqueo
p o r e l
o x í g e n o
q u e
d e s p r e n d e ,
e l
cuol avivo también
l o s
tonos
d e l a s p r e n d a * d e color.
PRECIO
V.
MQV'ITI GÍANDI
PIAS
>*QUfT{
PÍAS. ©*••*
P R L V R R O P B L N C
Y
P R E N D S D E L I C D S
>
4
*»
v .
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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E N C A R N A C I O N
R .
A R I A S
EQUIPOS D E NOVIA, JUEGOS DE CAMA Y
MANTELERIAS, ROPA PERSONAL, BATAS,
BLUSAS Y PIJAMAS.
AVENIDA D E JOSE ANTONIO, 3 0
fin de educar a los jóvenes traba-
jadores, haciendo
de
ellos excelen-
tes
obreros especializados
y, al
mismo tiempo, cristianos conver-
tidos. No podríais hacer cosa me-
jor. La
Iglesia,
se
dice,
no
sabe
ayudar
al
hombre
en su
vida
te -
rrena. Nada
más
falso.
Os
basta
mirar
al
pasado
de
vuestra
que-
rida España. ¿Quién ha hecho
más que la
Iglesia para
que la
vida
familiar
y
social fuera
ah í
feliz
y
tranquila? Por lo que hace a la
solución
de la
actual cuestión
so -
cial, nadie ha presentado un pro-
grama
qu e
supere
a la
doctrina
de
la Iglesia en seguridad, consisten-
cia v
realismo.
Por eso es
tanto
mayor
su
derecho
a
exhortar
y
consolar
a
todos, recordándoles
que el
sentido
de la
vida terrena
está en el más allá, en la vida eter-
na .
Cuanto
más
vivamente
os pe-
netréis deesa verdad, tanto más os
sentiréis impulsados
a
colaborar
para un a solución aceptable de la
cuestión social. Siempre será
ver-
dad que lo más precioso qu e para
este
fin
puede
dar la
Iglesia
es un
hombre
que,
firmemente anclado
en la fe de
Cristo
y de la
vida eter-
na , cumpla, impulsado po r ella,
las
tareas
de
esta vida.
Esto
es lo que os
queríamos decir.
Una
palabra todavía, amadísi-
mos trabajadores españoles, para
aceptar
y
agradecer
el
homenaje
a
nuestra humilde persona.
Y en
cuanto a nuestra corresponden-
cia,
¿qué
os
hemos
de
decir?
Du-
rante todo el gran jubileo que
acaba
de
terminar, hemos visto
co n
nuestros propios ojos, hemos
tocado co n nuestras propias ma-
nos, el
fervor entusiasta
de l
pueblo
español
por el
Papa. Pero
los
pere-
grinos españoles, entre
los que os
recordamos, queridos trabajado-
res, especialmente a los que estu-
visteis en la clausura de la Puerta
Santa,
ha n
podido
ver, han po -
dido también experimentar,
el
amor que el Papa les reserva. "Es-
paña, por el Papa", era su grito
apasionado
e
incontenible,
al que
Nos hemos contestado con ma-
ternal amor:
"Y el
Papa,
por Es-
paña". Que Dios los bendiga, hijos
queridísimos,
y
bendiga igual-
mente
a
vuestra Patria
y a
vues-
tros dirigentes como
Nos, con
plena efusión de afecto paternal, a
todos
os
bendecimos.»
(Efe)
(Agencia «EFE», 13-III-1951.)
R E S I S T E N C I A
R O J A A L
N O R T E
D E
A N Y A N G
CUARTEL GENERAL D E L VIII
EJERCITO, 6 .— Las Fuerzas de las
Naciones Unidas h a n rechazado u n
a taque
c o n
morteros
y
pequeñas
a r -
m a s d e unos d o s pelotones a 16 kiló-
metros aproximadamente
a l
noreste
d e Kum yangj ang, después de dos ho-
r a s y media d e batalla en la madru-
gada de hoy .
L a s
vanguardias acorazadas encon-
traron trampas antitanques y c a m -
p o s minados, q u e fueron eliminados.
Fuerzas d e tanteo encontraron resis-
tencia moderada del enemigo a l
norte d e Anyang, antes de l a s tres d e
la
madrugada
d e h o y ,
hora local,
e n
cuyo momento e l enemigo hizo fuego
sobre l a s mismas . También se encon-
t r ó u n
campo enemigo
d e
minas
a l
s u r d e
Anyang,
que l a
fuerza explo-
radora eliminó, siendo atacada por e l
enemig o, cuyos efectivos se calculan
e n u n a
compañía.
Contra ligera resistencia, lo s porto-
rriqueños avanzaron hasta u n punto
situado a unos 16 kilómetros a l no-
reste d e Suwon. Fuerzas norteameri-
canas rechazaron u n a taque a las tres
de la madrugada ; se perdió algún te -
rreno a l norte y noreste d e Ichon, e n
u n
ataque desencadenado
a las
tres
y
diez
d e
esta mañana.
E l
enemigo,
e n
número indeterminado, hizo fuego
esporádico d e pequeñas armas c o n -
t r a
fuerzas
de los
Estados Unidos,
a
kilómetro y medio a l noroeste d e
Hoangsong, a las dos y media de hoy ,
6 d e
febrero. Artillería
y
morteros
aliados acabaron co n este fuego es -
porádico. Fuerzas amigas avanzaron
s u s posiciones hacia e l noreste d e
Wonju.
(Agencia «tFE», 6-111-1951.)
AVISO IMPORTANTE
El
Colegio Aismán iniciará
sus
chases
de ve -
rano ei 1.® de Julio, continuando cu internado
durante este período. Queda abierto
el
plazo
d e
admisión
d e
matr ícula , t anto para verano
como para el cu. o ordinario. Alumnos •inter-
nos,
medlopensit. stas, externos. Bachillerato.
Examen
de
Estado, clases especiales, Jardín
d e
la
infancia, Servicio
de
coches. Solicitad infor-
mes y folletos explicativos a
C O L E G I O A L A M A N
PINAR, C - TELEFONOS S5M97 y SSCtiS
¿ c w - r ¿ - > • % . ?
r¡.
¿ r ¿ - > ¿ j ¿ r ¿ ¿ i , 5 „ r j ) « r . n
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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O h e podido negarme — n i
p o r tener sueño, n i po r e s-
t a r
cansado,
n i p o r
invi-
tación anterior a u n teatro, n i
p o r hacer frío, n i po r versofobia,
n i por cafetorrabia— a asistir e n
el Café Varela d e Madrid a una
Sesión d e «Versos a mediano-
che» dedicada a la Navidad.
Asistir
v
hasta proloquiar
esa
Sesión
c o n
unas divagaciones.
N o h e
podido negarme como
n o
puede negar s u asistencia a un
cumpleaños e l representante del
padre de la criatura cuando e l
padre n o puede asistir y la ma-
d r e está imposibilitada. Porque
el
padre
d e
«Versos
a
mediano-
che» e r a e l Café «Levant e», de la
Puerta del Sol , ¡tan amigo m í o
Y la madre: «Alforjas d e poesía»,
d e l
Teatro
d e
Lara.
(Don Le-
vante
y
doña Alforjas tuvieron
va otra criatura: la del Café San
Bernardo. Y dentro d e poco su
prole i rá aumentando n o sólo
p o r Madrid, sino p o r provin-
cias.)
Resulta q u e e l Café Levante
pensó u n a noche para s u s aden-
tros: «Aunque v o y siendo m á s
viejo que la tos de e se camarer o,
quisiera antes d e morirme y
convertirme
en
inmobiliaria
o
e n
cafetería americana dejar
u n
último recuerdo
d e m i
turbulen-
c ia española. Pero ¿dónde en -
contrar quién quiera m i s peda-
zos?».
Era e l mismo problema q u e , n o
lejos
del
viejo Café
de la
Puerta
del Sol , se estaba planteando
u n a anciana y noble actriz, doñ a
Teatro
d e
Lara.
E l
Café
d e
Levante
m e
había
he-
c h o s u s confesiones a mí . Y como
conocía a l confidente d e Lara,
d o n Conrado Blanco, n o s pusi-
m o s d e acuerdo para concertar
e s a boda bíblica, como cuando
los pat riarcas centenarios se ca-
saban
y
tenían
hi jos con la be n-
dición
del
Señor. Doña Lara
apor tar ía su antiquísima gracia
por la declamación. Y don Le-
vante "su donjuanes co gusto p o r
la
libertad.
De la
coyunda entre
libertad v declaración fueron
í ' í V i V i V i V i V A V A V á V t V
R O M E A
H O Y 7 MAÑANA
PRBilNTACICW de
E m i l i o V e n d r c l l h i j o )
d/AlJGBlA QUE PAS8A*
RECTTAL
DE
CANCIONES
.«EL
GIRAVOLT
DE
MAIG»
naciendo esos crios aludidos:
«Varelita», «Bernardito...».
—¿Y qué vas a
hacer
t ú ,
Vareli-
t a ?
—Pues
ya lo ve,
«Versos
a m e -
dianoche».
— ¿ Y n o seria mejor, e n u n a
fiesta bohemia d e café, q u e d i e -
r a s mediasnoches c o n versos y
rellenas
d e
jamón?
— N o tengo Mecenas.
—¡Mecenas ¡Qué no mb re d e
ha mbr e poética Mecenas. ¿Por
q u é l a poesía y el hambre h a -
brán de ir unidos siempre hasta
en e l nombre d e s u s protectores?
—Porque e l hambre es la poesía
d e l mundo. S in hambre, no hay
genia l idad sobre la t ie r ra .
Hambre
y
Hombre sólo
se
dife-
rencian e n u n a sola letra. E n
chanto desaparece e l hambre : e l
hombre,
y s u s
invenciones;
d e -
saparecen,
se
convierten
en p ie -
dras,
en
marmolillos...
—Entonces, tú , Varelita, n o eres
par t idar io de l Plan Marshall
para España, e se nuevo mecenas
yanqui
q u e h a
surgido tras
la
guerra para calmar los rugidos
hambrientos d e Europa.
— La normalización de la eco-
nomía española p o r u n mecenas
resultaría
t a n
catastróf ica como
ha result ado para e l resto d e E u -
ropa. E n Europa desde e l Plan
PASE
SU S
VACACIONES
EN
\
Precios estancia, excursiones,
visitas,
etc . ,
TODO COMPRENDIDO,
3
días, desde
395 Ptr. 6
días, desde
630 Pts
8
días desde
740
pesetas.
J
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41 o 4 r\y * •
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7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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Marshall
s e
vive algo
m á s c ó -
modo, pero e l ímpetu y la poesía
se van agotando, trágicamente,
p o r momentos. Y a Europa no va
teniendo fuerzas n i para resistir
a u n
chino...
—Bien, Varelita. Entonces ¿es -
t á s d e acuerdo con e l ex -
presidente Hoover d e q u e «Nor-
teamérica
n o
puede
con su
ayuda económica crear
la s
fuer-
z a s espir i tuales d e Europa,
comprar las co n dinero»?
— T a n c o m p l e t a m e n t e d e
acuerdo que ya ve, siguiendo los
sabios consejos
d e m i
padre,
d o n
Levante, aquí estoy, engañando
a l
hambre
c o n
versos
a
media-
noche, desafiando impávido a l
estraperto. Pero seguro d e q u e
es te «hambre ve rs i f i cada»
puede trae r para España m á s r i -
queza q u e e l mismísimo I N I .
— E s m u y
extraño
lo que
dices.
7—Nada d e extraño. ¿Cómo n a -
ció e l
l lamado Movimiento
N a -
cional
e n
España?
—Si lo remonta usted a lo lejos,
nació
d e l
«hambre
d e
honra»
d e
unos poetas cuando en el 98 se
quedó España s in Imperio, s in
economía
y s in
vergüenza.
N a -
c ió de l
«hambre
d e
inmortali-
dad» d e u n Unamuno, de un
«hambre existencial». Nació
cuando a l llegar la República y
traer u n programa puramente
socialista y materialista usted
mismo, señor Giménez Caballe-
ro , d io un
grito
d e
rebelión
en su
genio d e España... Nació en un
Café entre versos e himnos . L a
Ballena alegre, c o n José Anto-
nio. Hoy la
gente
va
teniendo
y a
pavos, trolebuses, neutralidad,
Sociedades protectoras
d e j a r -
dines y hasta flores entre los
adoquines de la calle Alcalá. Y
hoy ya la
gente
no se
acuerda
d e
su s orígenes hambrientos y deli-
rantes, cuando en vez de ¡paz
pedía ¡victoria Y en vez de
¡tranquilidad clamaba ¡Impe-
r io Y ¡estacazos ... Pero ba st a d e
preguntas a mí . Ahora soy yo el
q u e quisiera preguntar a usted:
—Estoy a t u disposición, niño
prodigio. Pierino Gamba
de los
cafés, Gambita a la plancha.
—¿Qué opina usted
d e
nuestros
poetas?
—Opino
q u e v a n
siendo dema-
siados para poder opinar. V a
habiendo e n Madrid m á s poetas
q u e poetisas en el Uruguay. S i n
embargo, entre tantos poetas e s -
toy seguro q u e saldrá e l Poeta
c o n
mayúscula,
e l
nuevo vatici-
nador, e l augur. N o h a y q u e
desm aya r. ¡Paso libre
a
toda
in i -
ciativa poética, a todo versóma-
n o
— S í . E s
verdad.
E n
España
v a
habiendo m á s surt idores d e
poemas q u e d e gasolina. Este
mismo Café e s u n a estación d e
servicio. Puede cualquiera
re -
postar gratuitamente
y
seguir
adelante.
—Pues repostemos. ¿Pero esta
esencia tiene plomo o no?
— E s
aligera, ¡aligera Vamos
a
festejar la Navidad, e l Naci-
miento.
—¡Eterno tema poético, in -
menso tem a poético ¿Y qu é va a
vaticinar
es e
coro
d e
poetas?
¿La paz o l a guerra? ¿Este
m undo q u e muere entre desilu-
siones e injusticias o ese mun do
q u e v a a
nacer entre delirios
sangrientos?
—Esto yo no lo sé decir. Mi mi-
sión termina a l dar a la palanca
para
q u e
brote
el
chorro
de ve r -
sos . Y voy a darla, a h í v a la m a n -
g a .
Abra
el
tapón
de su
depósito.
¿Cuántos poemas pongo, cinco,
diez, veinte?
—Una noche
e s u n a
noche, lléna-
lo , Varelita. A ver s i me dura
para caminar hasta la eternida d
o por lo
menos hasta llegar
a
casa y acostar e l sueño q u e y o
mismo m e estoy produciendo.
¡Salga e l chorro d e versos Y
vaya de l caño a l coro d e poetas. O
d e l
coro
a l
caño.
Odiel». 9-1-1951.)
Ü J - c~J - Í TJ t V J r * C ?J - CT J -
c?'J
-
O .
•«• ¿• m s t j R\VJ" wTj *• k.rar ora r tTar R - w" 'J
LA
M O D A
EN
ESPAÑA
Rf VI S T A O » M O D A S S O C I I O A O A R U Y D I C O R A C I O N
B , p u « p » . i * . . . * ,
i , - | < l , II
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l a • l a
i i M . ( * ~ 4 > • * - ' * • 4 . 1 f . ' -
. i i
, | M » U M U
• V A N H t V M M . . . rAliU»
« i v t » ' * ' " • • V « M » . M I »
. . i r * « 1 » « > l l U ' W t
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I . . i . i . n j *
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ESPAÑA
1951
E L
PRIMER PREMIO (500.000 PESETAS)
A LA
MEIOR PRODUCCION CINEMATOGRAFICA
ESPAÑOLA
D E L A Ñ O H A
SIDO OTORGADO
A L A
PELICULA «DON |UAN»<
Familia provisional , de Colina y Berlanda; Pobre diablo , de Ri-
druejo y Crespo, y la adaptación de Hospital General ,
de Pombo Angulo, guiones premiados
PRESENTACION
DE LA
PELICULA BAGDAD ,
EN* EL
CAPITOL
Nuevos triunfos
d e
Ataúlfo Argenta
y
Narciso Yepes
en
París
M
París,
2 9 .
(Crónica telegráfica
d e
nuestro corresponsal.)
Al d ía s i -
guiente d e dirigir Ataúlfo Argenta u n concierto c o n l a orques ta de la
Sociedad de los Conciertos d e l Conservatorio, en e l Tea t ro de los
Cam pos Elíseos,
se
apresura
la
cr í t ica
a
celebrar
la
vuelta
d e l
maes-
t r o español, y René Dumesnil, e n « L e Monde», hace esta tarde u n
vehe ment e elogio
de su
maes t ro
e n
«WaterMusic»,
d e
Haendel ;
en e l
«Concierto
d e
Aranjuez»,
d e
Rodrigo,
y ,
singularmente,
en la
«Sin-
fonía fantástica»,
d e
Berlioz.
E r a e l
noveno concierto
q u e
Argenta
dirigía
e n
Francia.
L a
sala
d e l
Tea t ro
de los
Campos Elíseos estaba
repleta.
Se le
acogió com o
a u n a
figura familiar,
c o n
efusiv as mani-
festaciones
d e
cariño. Entre
lo s
españoles
q u e e l
público
e n
París
solicita
y
admira ,
m u y
pocos
h a n
conseguido
t a l
grado
d e
popular i -
d a d e n u n
sector determinado
de la
vida francesa.
A l
term inar cada
uno de l o s
tres númer os
d e l
programa ,
l o s
aplausos
y l a s
aclamacio-
n e s a l maes t ro d e Castro Urdíales reson aban c o n u n brío q u e n o suele
s e r f recuente e n esta clase d e festividades artísticas. En l o que se
refiere a Narc iso Yepes, a quien e l a ñ o pasado consagró la cr í t ica d e
París, dice René Dumesnil:
« N o s e
imagina
u n o q u e s e a
posible
arrancar efectos
m á s
var iados
n i de una
musicalidad
m á s
perfecta
de un
instrumento como
l a
gui tarra».
D o s
maestros
de l a
orquesta
francesa expresaron también
su
admiración desde
e l
escenario,
y
c o n igual entusi asmo q u e e l público, a Argenta y a Narciso Yepes.
Esta tarde, e l director español, a l f ren te de la orquesta d e l Conserva-
torio,
h a
impresionado algunos discos
y ,
ent re ellos,
« E l
a m or
b r u -
jo» , de Falla, cantado prodigiosamente po r l a mezzosoprano espa-
ñola
A n a
María
d e
Iriarte,
q u e h a
venido expresamente
a
París ,
y
cuyo éxito, celeb rado
en e l
mismo teatro
p o r u n
público idóneo,
le ha
valido
u n
contrato para
la
Semana Musical
d e
Cannes. Argenta,
q u e
sale mañ an a para Bolonia, dond e estrenará
e l
«Concierto galante»,
para violoncelo y orques ta , d e Joaquín Rodrigo, volverá el 14 de
marzo
a
París
con l a
Orquesta Nacional madrileña,
y
luego
de dos
actuaciones
en
Bruselas, dirigirá,
con l a
misma orquesta, otro
c o n -
cierto, el 20 de marzo, e n París. Además h a sido contratado para
dirigir
e n
mayo
u n
concierto
con l a
Orquesta Nacional france-
sa.—Luis CALVO.
Fallo
del
Concurso
cinematográfico
E l
jurado calificador
de l Con -
curso anual
d e
premios
a la pro-
ducción cinematográfica nacio-
n a l , convocado po r e l Sindicato
Nacional
d e l
Espectáculo,
y co-
rrespondiente
a l año 1950, los ha
concedido
a las
siguientes pelí-
culas:
Primero,
d e
500.000 pese tas,
a la
película titulada «Don Juan»,
producida
p o r
Chapalo Films.
Segundo,
d e
450.000 pesetas,
«Agustina d e Aragón», produ-
I N E
L V P I E S
ITriiiiil'te. 'M(uina a ó* Pirede»),
M\S\M. I>l\ II. IWITA R\l.lt>V
roa rl
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cida p o r CIFESA. Tercero, d e
400.000 pesetas, «Pequeñeces»,
producida
p o r
CIFESA. Cuarto,
d e
350.000 pesetas,
«L a
revolto-
s a » ,
producida
p o r
Interconti-
nent al Films. Quint o, d e 300.000
pesetas, «Brigada criminal»,
produc ida p o r Producciones
Iquino. Y sexto, d e 250.000 pese-
t a s ,
«Teatro Apolo», producida
p o r
Cesáreo González (Suevia
Films).
Recomienda
el
jurado, para
la
concesión
d e d o s
accésits
d e
150.000 pesetas,
a las
películas
« L a
honradez
de la
cerradura»
y
«Apartado
d e
correos 1.001»,
producidas, respectivamente,
p o r «Pecsa Films» y «Emisora
Films».
Se han
adjudicado
los
premios
correspondientes
a
películas
d e
corto metraje
a l a s que a
conti-
nuación se mencionan:
Primero, d e 35.000 pesetas, a
«Jaimas», presentada
p o r H e r -
m ic
Films. Segundo,
d e
30.000
pesetas, «Mayos en Albarracín»,
presentada
p o r
CIFESA. Terce-
ro , de
25.000 pesetas, «Bellezas
d e Ampurias», d e José María
Rosal
d e
Agullol. Cuarto,
d e
20.000 pesetas, «Los Juanelos»,
presentada
p o r l a
Jun ta
d e
Obras
d e l
Aeropuerto Transoceá-
nico d e Barajas. Quinto, d e
15.000 pesetas, «Misión
d e
reco-
nocimiento», presentada por e l
Estado Mayor Central d e l Ejér-
cito.
Y
sexto,
d e
10.000 pesetas,
«Los grupos nómadas»,
d e
Hermic Films.
E l
jurado confía
al
Sindicato
Nacional
d e l
Espectáculo,
con
lo s
asesoramientos
q u e
consi-
dere precisos,
el
reparto propor-
cional
de l 20 por 100 de
cada
premio entre el personal técni-
c o ,
artístico,
d e
figuración
y
obrero
q u e s e
hayan hecho
acreedores a esta distinción p o r
su
contribución
a l
éxito
de las
películas premiadas, determi-
nando
el
tanto
p o r
ciento
en que
cada u n o d e estos elementos
debe participar en la distribu-
ción
de la
cantidad señalada.
(*ABC», 30-1-1951.)
L o s p r e m i o s d e l c i n e e s p a ñ o l
(/¡va
toda
la
vida
dp la la
M Q U I N D C O S E H y B O R D R
mdé t*Ua>máAfuerte, más económica.
I '¿
M
CJ - C?J C?J *
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t v í *
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E n l a noche del 31 de enero, y durante el transcurso d e u n a cena en e l
Ritz madrileño,
se
verificó
e l
reparto
de lo e
Premies
d e
Cinematografía.
Presidieron e l Director General de Cine y Teatro, e l Jefe d e l Sindicato
Nacional del Espectáculo y e l presidente de la Subcomisión Reguladora de
Cinematografía.
L a
concurrencia
f u é
enorme.
U n
colega apunta: Hasta pagadas
l a s on-
ce estuvieron colocando ;nesas. Si e l cine espa ñol movilizase t an ta genie
a las
taquillas como
a las
cenas,
la
cosa estaba salvada.»
Finalmente fueron entregados lo s premios, distri buidos de la siguiente
manera: Primero. «Don Juan»; segundo, «Agusiina
d e
Aragón»; tercero.
«Pequeñeces»; cuarto
« L a
Revol tosi» ; quint o. «Brigada crimina l»; sexto.
«Teatro Apolo».
E n
nuestras fotografías, momento
e n
que e l guionista de «Don Juan»
señor Blanco, recoge, de manes del Director d e Cinematografía v Teatro
su
premio:
y
Annabella.
e l
suvo
del
Jefe
del
Siprti-a'r» Ni"
:
o n
a
j
del Es-
pectáculo. serter Jata
'«Las Provincias»,
de
Valencia, 6-11-1951.)
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ceptos, con la que nuestro cine, al
enrolarse en un magnífico y actua-
lísimo movimiento de l cine uni-
versal, se adentra en un terreno de
grandes posibilidades.
Esa
inten-
ción
ya
mereció
en
principio
nuestro elogio,
¡a
bondad
de la
producción cinematográfica —es
decir, considerada como película,
sopesando su s valores argumen-
tóles directoriales, interpretati-
vos, fotográficos...— nos la hace,
una vez vista, recomendable en
todos
lo s
sentidos. «Balarrasa»
merece verse po r todo. Porque no
sólo no desdice dentro de ese gé-
nero —género de suma trascen-
dencia—, afrontado por los nor-
teamericanos, sino que, insisti-
mos, en esa cosa qu e parecía pri-
vativa
de
ellos
la
simpatía
al
tratar
aspectos religiosos, nuestro cine
ha dado ahora un a nota más alta;
y hoy no queremos detenernos a
considerar
las
profundas razones
que lo han
determinado;
es
cosa
de
siglos...
Este es el cine qu e necesitábamos,
realizado
co n
absoluta dignidad
Si —con palabras de San Agus-
tín— a Dios se va también si-
guiendo los caminos de la belleza,
no es
menos cierto
que uno de los
caminos
más
finamente asequi-
bles
es
éste
qu e
pudiéramos llamar
de la simpatía qu e últimamente el
cine ha venido, si no a descubrir,
si a convertir en escurridiza pista
llena
de
sanas
y
confortadoras
tentaciones espirituales.
Es la de
la simpatía, pues, un a simpatía
arrolladora qu e llex'a tras sí la
atención de todos los espectado-
res,
embebecidos tanto
en el
juego
de las interesantes anécdotas
como en ese sentido nítidamente
cristiano qu e gotea sin cesar
—unas veces visiblemente, otras
escondido
en la
fronda
de una
trama pseudopolicial, siempre
exultante—
es esa
amplia, cauda-
losa
y
rica nota
de
simpatía,
de
gracia verdadera,
lo que
primero
hay que destacar en esta película,
muy interesante po r muchos con-
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19513
i» #** *» *»
W crudo realismo:
F E R N \ N D O f IRN4N j C M E Z
M A R I A R O S A S A L G A D O
L U I S P K E N D L S
E D U A R D O F A J A R D O
DINA STEN -MARUCHI FRESNO
JESÚS TORDEsitus
f r .
MMJOO MORAN MA$& B£SRI*TU4
uMIA CARA ALBA
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A
DOMINGO RIVAS
¿s- j ¡ H |
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CERARD TICHV
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ítf .> Cüi *
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Pí m \
BODAtaÉ^ÍW
\ $ r %
j O S C A N T O N I O
W \ 7 ; |
t í UVES CONDE >£ ' \ $
kt
Q
a«*en to y
VKFNTE ESfRIVÁ
L « í o
artística; ágil, sin que el interés
decaiga un solo momemto; con
un sentido claro y esperanzador,
realista de la vida y del mundo. Un
cine profundo y alegre; un a cinta
en suma, «Balarrasa», que nos
hace concebir por las realidades
qu e ofrece en todos los órdenes,
las más
halagüeñas esperanzas
respecto a la producción nacio-
nal.
Quede junto a esta afirmación, la
de que la dirección de «Balarra-
sa», debida a J. Nie\>es Conde; es
buena, como lo son la fotografía y
la música; como lo es la interpre-
tación, y aquí el elogio se ha de
derramar cálidamente sobre unos
cuantos nombres, el primero de
ellos,
y no
sólo porque encabece
el
reparto, el de Fernando Fernán-
Gómez, cuya expresividad, por
ejemplo, alcanza momentos de
gran emoción; María Rosa Sal-
gado, Manolo Morán, Eduardo
Fajardo, Dina Stein, Luis Pren-
des,
Bódalo, Tordesillas.
Y,
desde
luego, para el argumentista y
guionista: Vicente Escrivá.—E.
(«Las Provincias»,
de
Valencia, 6-11-1951.)
r
r. .
' - ¿ D ¿ r ¿ r ¿ ¿ r ¿ ¿ ¿ ~ r , ' ? > i
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W
v - J b
r V
i
Encontramos a l gran actor en su
camerino acompañado po r su
i lustre compañ ero y paisano E r -
nesto Vilches, ambos s o n cata-
lanes, d e Badalona y Tarragon a,
respectivamente.
—¿Podría decirme,
d o n
Enri-
que , a qué se
dedicó antes
de sa -
lir a escena?
— A
estudiar.
—Comenzó trab ajan do
e n
teatro
cata lán. ¿Recuerda
c o n q u é
obra?
—Con «Les joles
de la
Rosell».
—¿Cuándo comenzó
en
teatro
castellano
y
cuál
fue la
obra?
— E n l a
compañía
d e d o n
Anto-
n io
Tutau,
en e l
Novedades
d e
Barcelona,
y en el
drama
«La
campana
de la
Almudaina».
—¿Cuál hace co n mayor satis-
facción
y
admiración
a la
vez?
—«El abuelo»,
d e d o n
Benito
Pérez Galdós.
—¿Recuerda cuándo y en qué
compañía
se
presentó
en
Valen-
cia?
— E n e l Ruzafa c o n u n a compa-
ñ í a q u e hacía teatro castellano y
valenciano a la vez y en la que
figuraba
la
gran actriz
p o r m í
t a n
admirada Amparo Guillén
(madre d e Rafael Rivelles), y un
actor cómico graciosísimo, M a -
nolo Lloréns.
—¿En
su
larga
y
gloriosa carrer a
artística habrá obtenido gran-
d e s beneficios?
En el
homenaje
de hoy
a
Borrás
—Muchos
m á s d e l o s q u e h e m e -
recido.
—¿Cuál
h a
sido para usted
la
mayor satisfacción
q u e h a
reci-
bido?
—-Toda
m i
vida artística
en ge-
neral. Recuerdo
c o n
emoción
m i
nombramiento
d e
hijo predi-
lecto
d e
Badalona;
la
concesión
de la medalla d e o r o d e Barcelo-
na .
—¿Cuál
h a
sido
su
may or triunfo
escénico?
—Recuerdo u n «Alcalde d e Z a -
lamea» benéfico q u e hice e n
Madrid y que tenía p o r «adver-
sario»
a
Francisco Morano
q u e
hacía
e l
general.
S u
majes tad
e l
r e y Alfonso XIII n o s l lamó a su
palco
y n o s
obsequió
c o n
unas
pitilleras
d e
plata. Jamás podré
—¿La flojedad de l libro de a l -
guna obra , representada a
fuerza d e recomendaciones, le
proporcionó algún fracaso?
—Nunca.
—Cuente alguna anéc dota
q ue l e
acaeciera.
—Representaba
«E l
alcalde
d e
Zalamea» en el teatro Español
c o n Carme n Cobeña, y u n actor,
azorado,
m e
llamó secretario
e n
vez de
alcalde,
y
aunque
e n
aquellos instantes
n o m e
hizo
gracia, luego m e r e í bastante,
como había hecho e l público.
—¿Cómo transcurre su d ía en
Valencia?
—Como siempre, tranquilo
y
alegremente
y
recibiendo
las v i -
sitas
d e
buenos amigos valen-
cianos
q u e n o m e
olvidan.
—¿Qué le gusta m á s d e Valen-
cia?
—Toda ella:
n o
tiene desperdi-
c io . Su
cielo,
su luz , su
huerta
incomparable, jardín
d e
Espa-
ñ a , s u s
fiestas típicas
y e se ca -
rácter alegre
y
socarrón
de los
valencianos.
—Aparte
de su
arte, ¿qué otras
aficiones tiene?
—Luego
d e l
teatro, pues...
e l t e a -
t ro .
—¿Qué artistas
d e
teatro
o
cine
h a
admirado más?
— A
todos. Quiero recordar,
n o
obstante,
a
Morano
y
Tallaví,
desaparecidos prematuramen-
te , y a
María Guerrero.
Y de los
actuales,
a
Rivelles
y
Gui tar t ,
a
quienes además quiero como
a
hijos.
Y
Vilches,
a l q u e
admiro
en su
género
t a n
dist into
a l m í o .
—¿Cuál e s actualmente s u m a -
y o r
ilusión?
—Seguir haciendo teatro a l q u e
adoro.
Para d o n Enrique Borrás sigue
válido
a ú n
—¡ya
lo ve el
lector —
el
verso codiciado: «¡Juventud
divino tesoro ».
, ,
n
• • j F. T . G.
(«Las Provincias», de
Valencia, 6-11-1951.)
H « I I - i f A o i r « i i A > t ^ r U i 4 i ^ v i í 1 0 8 • » <
A Ci> A Cíta rj,-» Af¿>¿ r^ .% . r r
t
: «%<&•» t a r¿n
m
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a a r ¿ 5 at¿ta ' ¿ i -
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7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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19513
W W , W < W » ,
a»:*» '«a»:*»
QUE OCURRE EN N U E STR O TE TRO
T 7 AY público para todo. Una
i J.
de las más sorprendentes
consecuencias de esta épo-
ca de crisis mundial y de encare-
cimiento
de
vida
es que la
gente
tenga
ese
afán desbordado
de ir a
todos
los
espectáculos
sin
reparar
en los precios altísimos a que han
llegado muchos de ellos.
En los toros, para ver lidiar unos
novillos apaleados y sin puntas,
se
llenan
las
plazas hasta borbo-
tonear por arriba. El fútbol atrae
más espectadores qu e antes y se
llenan estádiums
de
ochenta
y
cien
mil
espectadores.
Los
teatros
donde cantan
y
bailan mujeres
bonitas se llenan, y frecuente-
mente algunas revistas han pa-
sado
de las mil
representaciones.
Hay
gente para todo menos para
el
teatro
de
«verso»,
o sea
para
las
comedias.
Salvo excepciones, las comedias
siguen considerándose de éxito si
llegan a las cien representaciones
«
verdad»,
o sea lo m
ismo
que ocu-
rría hace veinticinco años. Lo
normal es que una comedia bien
acogida no produzca llenos más
que en sus
treinta
o
cuarenta
pri-
meras representaciones
y
luego
vaya arrastrando
un a
sala desi-
gual hasta esas cien representa-
ciones. Parece como si la masa de
espectadores se hubiera cansado
de este tipo de espectáculo, ya que,
por las mismas razones que los
demás
han
multiplicado
su
públi-
co, las comedias debían durar en
el cartel quinientas o seiscientas
noches,
y no es así.
¿Se puede decir que es el género el
que ha dejado de interesar a la
gente? Basta co n echar un vistazo
a lo que ocurre en el extranjero
para contestar que no. En el resto
del mundo, donde este fenómeno
de multiplicación de espectadores
ha ocurrido lo mismo qu e aquí,
vemos que el teatro de «verso», o
sea las comedias, se ha benefi-
ciado en la misma proporción que
los demás de este síntoma de «re-
belión de masas». Las obras que
antes se daban cien veces en París
duran ocho
o
diez meses,
o un
año; las
verdaderamente excep-
cionales,
que
duraban antes toda
una temporada, ho y están en el
cartel dos y tres años. En los Esta-
dos Unidos pasa lo propio, hay
obras
que han
estado ocho años
en el
mismo escenario. Habrá,
pues, qu e pensar que se trata de un
fenómeno de desvío completa-
mente nacional
y
procurar adivi-
nar las
causas,
lo
cual
no es tan
fácil como parece.
Benavente,
en
estas mismas pági-
nas, apuntó certeramente cómo
una de
ellas puede
ser los
temas
A L A M O R H A Y Q U E M A N D A R L E A L C L E 6 I
Maravillosa comedieta d e l insigne maestro
D .
JACINTO BENAVENTE,
q u e
está devolviendo,
con e l más
puro sentido
de l hogar cristiano, la felicidad conyugal a cuantos- mat rim onio s desavenidos
acudieron a escuchar esta exquisita lección d e buen amor.
RAFAEL RIVELLES, MARI
CARRILLO. MARIANO AZAftA, AMPARO
MARTI,
LUISA RODRIGO y ANA M.' MORALES se superan a diario en l a mis genial|
interpretación.
S E DESPACHAN LOCALIDADES C O N SIETE DIAS D E ANTICIPACIONl
• A L A S " — A k » l i . M
r. , r . 4 r ¿ r ¿ • cj."» - ¿ « . r ¿ ¿. t 3 ¿ ¿ > tj> ^r,r>
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eminentemente teatrales que es-
tán vedados a nuestros autores.
Pero no es solamente eso lo que
retrae a los espectadores; hay más
razones, ninguna de ellas en par-
ticular decisiva, pero que al ser
conjuntadas pesan, indudable-
mente, sobre el ánimo de l posible
espectador que a la hora de cenar
lee la cartelera para decidir dónde
va a pasar dos horas entretenido.
U na de ellas es los dos entreactos.
La
gente está
ya
acostumbrada
a
que le
cuenten
las
historias
en el
«cine» sin interrupciones, y esto
de que en el teatro se interrumpa la
narración, saquen de situación al
espectador y lo tengan durante
diez minutos
en
unos pasillos
in -
hóspitos, es algo tan triste que
contribuye mucho a restar inte-
res, ya que el
espectador
no
está
muy
seguro
de que se
vaya
a
diver-
tir,
sentado
en su
butaca,
una
hora y media, pero, desde luego,
no le cabe la menor duda de que,
salvo en los estrenos, le esperan
veinte minutos seguros
de abu-
rrimiento, distribuidos en dos en-
treactos.
Hav la
tendencia
en el
mundo
a
r
suprimir
uno de
ellos, siempre
que
el
cambio
de
decorado
no im-
ponga
lo
contrario,
y es
cosa
de
tener en cuenta en nuestro país.
H O O L F O
T O R R I O
el toando y graciosísimo
autor, ha logrado r a M u -
lo más completo do pibU-
co y critica con
EL
PADRE GUAPO
La magistral creación cómica—rita
garantizada
y
continua,
en un
prodi-
gio do
ponderación
y
buen arta—da
loa
popularíamos
e
Inimitables
A U R O R A ^ V A L E R I A
N O
que desarrollan con la brillantes da
siempre
ra 11.
a
temporada—la
de las
bodas de plata como cabecera de
compaAia—ra el
T E A T R O
A L C A Z A R
rio del éxito constante.
r u b l l c * » * ; - H I J O S D f c V A L f c l U A . N O f £ * l / <
i *
r
á
T
A
?
áVAVAVáVAVAVA
v
áVA
T
AVáVáVáVéVAVá
f
áVá
Por
belleza,
por fu
actuada personalidad
jr p
maravillosa, triunfa clamorosamente
e i
por ra voz
* 9
m
Ñ
la famosa artista inglesa
HY
HAZELL
(a
cual tomará parte
en el
TÉ-ESPECTÁCULO
d e
esta tarde
Pero tampoco
es
éste
el
inconve-
niente qu e aparta de la taquilla a
los
posibles espectadores.
Con-
vendría estudiar si la culpa de este
des\>ío no reside principalmente
en los temas que muchos autores
llevan a escena. Con frecuencia
estamos viendo muchas come-
dias en las que no ocurre nada
extraordinario, conflictos de la
clase media, pequeño-burgueses,
completamente vulgares, anima-
dos por personajes qu e también lo
son. Nos aburrimos cuando nos
damos cuenta de que hemos ido a
ver en escena, y a oír hablar du -
rante do s horas, a un tipo de gen-
tes que llevamos toda la vida tra-
tando de evitar en nuestro trato
cotidiano. Nada de lo que dicen ni
nada de lo que les ocurre nos im-
T í f i m - C i " ' i V ; ¿ « " ¿ T i • r V -¿.1 ¿ r ¿ , i , . r ¿ 3 ¿ ¿ r ¿ T > . . t , n
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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porta.
El
hombre corriente nace,
estudia, se enamora, se casa, tiene
hijos,
a
veces está
a
punto
de se-
guir
el
camino
del mal,
termina
por no
seguirlo, entierro
a sus pa-
dres
y más
tarde
le
entierran
a él.
Pues bien, esto no es espectáculo,
y nos
tiene completamente
sin
cuidado*
Lo s
autores
se han
empeñado
en
que las
comedias terminan bien
cuando terminan
en
boda,
cuando
lo
único
qu e
termina bien
en ese caso es el tercer acto y se
sale pensando:
«S i
hubiera
dos
más, ya
veríamos».
Otra
de las
fórmulas
es la de la
pareja
que ha
decidido separarse
po r incompatibilidad de caracte-
res, lo
cual
es una
actitud
bas-
tante lógica, pero
lo s
autores
se
empeñan en que al final se recon-
cilien
y
pretendan hacernos creer
qu e
estas
do s
personas
de
caracte-
res incompatibles van a lle\'arse
bien después de esta reconcilia-
ción cuando todos sabemos
que
no es
verdad.
Que el
nieto ado/-e
a su
abuelito
es
entemecedor, pero
no es
espec-
táculo;
lo que
pudiera serlo,
en
todo caso,
es que lo
asesinara
con
un a cuchara; claro qu e esto se
llama drama.
Siempre hubo teatro de costum-
bres, pero
el
bueno traía siempre
alguna idea o algún personaje ex -
cepcional que le daba todo su va-
lor y le
prestaba todo
su
aliciente.
En Arniches, po r ejemplo, hay
personajes fabulosos:
la
solterona
de «Trévelez», el heroico tímido de
«Es mi
hombre»... Estos persona-
jes
magníficos,
que son
capaces
de convertir en extraordinario un
tema corriente, como, moderna-
mente, esos deliciosos viejos
su -
midos
en el
confín
de lo
real
y de lo
irreal
de
«Celos
de l
aire».
Esta y otras causas son las que,
probablemente,
ha n
originado
este empobrecimiento
de l
género,
este olvido
y
este desinterés
de los
espectadores, y tendrán qu e hacer
examen
de
conciencia
lo s
autores
de nuestros días antes de ponerse
a
escribir para saber
si lo que tie-
nen que
decir
al
público
les va
realmente
a
interesar
lo
bastante
para apartarles de otros espec-
táculos, ya que si lo que van a mos-
trarnos
es un
pequeño conflicto,
como
los que
ocurren todos
los
días
en
casi todas
las
familias,
no
deben
de
extrañarse
de que
sólo
acudan a interesarse por él esos
vecinos
de l
segundo
que se
preo-
cupan
por lo que les ha
ocurrido
a
los vecinos de l primero.
Queda
po r
analizar todavía
lo que
pesa
en
todo ello
la
calidad
de los
actores,
el
acierto
en la
distribu-
ción de los papeles, la puesta en
escena conjuntando
el
tono
y la
manera
de
actuar;
los
decorados,
trajes y muebles, y el atractivo fí-
sico de ellos y ellas, capítulo mu-
cho más
importante
de lo que
cree
mucha gente
de
teatro.
La
cosa
es
que hay que
hacer algo para
qui-
tar
esta pre\'ención,
qu e
impide
que las
gentes vayan regularmente
a ver
comedias
lo
mismo
que van
a ver
esas películas,
la
mayor
parte de ellas estúpidas, que nos
envían
de l
extranjero,
o
toda otra
serie
de
espectáculos,
que por nin-
gú n motivo merecen más aten-
ción ni más respeto.
Edgar NEVILLE
('ABC., 18-X-I950.)
S E A
T E C N I C O
E N
R A D I
0
— -
m.
N i
¡GANE
m á s
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su
tiempo Ubre
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E S T U D I A N D O
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7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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La
Rochefoucauld
Sombras morales
en la
Corte
de l Rey Sol
Juan Aranzadi
«Es tan
fácil engañarse
a si
mismo
sin
darse cuenta como difícil
engañar
a los
demás
sin que se den
cuenta».
( « M á x i m a »
N . ° 1 1 5 )
I I ACE 300
años
en la
noche
del 16 al 17 de
marzo
de 1680,
¡ I
moría
de un
violento acceso
de
gota
el
duque
de La
Roche-
foucauld tras recibir poco antes la extremaunción de manos de
Bossuet
Su
inmortalización
en la
memoria
de la
posteridad
se
debe
sin
duda a sus «Reflexiones o Sentencias y Máximas morales»; en ellas
sedimentó intelectualmente la experiencia que nos narra en sus «Memo-
rias» serena crónica de una agitada vida que se vio envuelta como
protagonista
en las
graves convulsiones
que
sacudieron
a
Europa
y a
Francia durante el siglo XVII.
LA EPOCA
L a
Ro chefoucauld padeció
e n
carne propia
los
dolores
del
difícil parto
del
Estado
m o -
derno
en la
Europa
del No-
roeste. Mientras el poder d e
lo s
Austrias decaía, Holanda
recogía
lo s
frutos
de
casi
u n
siglo
de
rebelión contra
E s-
paña
y la
revolución inglesa
d e
Cromwell hacía rodar
por
lo s
suelos
la
primera testa real
decapitada, Francia enfren-
taba durante la minoría de
Luis XIV la difícil herencia
política
de
Richelieu.
El Ab-
solutismo Monárquico
que e l
cardenal había conseguido
cimentar arruinando
a l pa r -
tido hugonote, doblegando a
la nocleza y s u s clientelas
provinciales, reprimiendo
las
revueltas populares
y
some-
tiendo toda Francia a una r ed
de intendentes centralizada
e n u n
ministeriado omnipo-
tente, se exponía al morir su
principal artesano
a l a s t en-
dencias centrífugas
que su
propia gestación había gene-
rado:
la s
exigencias fiscales
d e u n a
política exterior mega-
lómana
y l a s
consecuencias
económicas
de la
larga guerra
c o n
España sumieron
a l pue-
blo en la miseria y el descon-
tento, incitándole
a la
rebe-
lión; la s cortapisas centrali-
zadoras
y
absolutistas susci-
taron
l a s
protestas
del
Parla-
mento y de las provincias
contra
los
intendentes
y el
ministeriado;
y el
descon-
tento
de la
nobleza
la
lanzó
a
u n
hervidero
de
intrigas
y
complots
q u e n o
retrocedía
para satisfacer s u s intereses
n i
ante
la
alianza
con la bur -
guesía
y el
pueblo
ni
ante
el
pacto con e l enemigo extran-
jero. Minada p o r tantos y t an
diversos conflictos, la Regen-
cia de Ana de
Austria, inau-
gurada
en 1643
tras
u n a
buena cantidad de maquiavé-
licas intrigas
e n
torno
a l mo-
ribundo Luis XIII, n o estuvo
lejos de ver anegada l a Mo-
narquía bajo e s a compleja
mezcla de rebelión feudal de
lo s
nobles, revolución parla-
mentaria
de la
bui^uesía
y re-
vuelta popular q u e f u e bauti-
zada como
Fronde.
U n e
fronde
e s
tanto
u n a
honda
como u n tirachinas o tira-
gomas : entre
1648 y 165 2 fue -
r o n
varios
lo s
«tirachinas»
q u e apuntaron c o n variable
éxito contra
la
Regente
y su
ministro,
el
cardenal Mazari-
no. El 27 de agosto de 1648,
112
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al poco tiempo d e haber acep-
tado la reina u n programa d e
reformas elevado
por e l Par -
lamento
q u e
incluía
la
supre-
sión
de los
intendentes
y d i -
versas medidas d e control del
poder real,
el
pueblo
d e
París
se
lanza
a la s barricadas
para obtener la libertad d e
Broussel
y
otros magistrados
de la oposición q u e habían
sido detenidos p o r Mazar i no
con la intención de amedren-
ta r a l rebelde Parlamento: la
reina
se ve
obligada
a su
libe-
ración
y a
renovar
s u s
conce-
siones. Pero Mazarino
no se
resigna
y
prepara
la
revancha
de la Corte haciéndola sal
previamente
d e
París
d e
modo
clandestino para doblegar
después
a la
díscola ciudad:
t a l maniobra provoca la
F r o n d e p a r l a m e n t a r i a
(1649):
se
movilizan
l a s
mili-
cias burguesas y se coloca a
s u
cabeza
el
sector conspira-
tivo de la nobleza ligado p or el
pacto
de
Noisy (presidido
por
el príncipe d e Conti, su her-
mana la duquesa d e Longue-
ville
y el
marido
d e
ésta,
el
duque de La Rochefoucauld
— s u
amante—,yel coadjutor
de París, futuro cardenal de
Retz). Pero
el
Parlamento
n o
encuentra
su
Cromwell,
b u r -
gueses y nobles vacilan y d u -
d a n , l a s
milicias
n o
respon-
den y la Paz de
Reuil devuelve
a la
reina
su
poder
a
cambio
d e u n a
amnistía.
Mazarino sabe
que le
debe
su
victoria
al
príncipe
d e
Condé,
q u e optó finalmente por la
Corte abandonando a los
«frondeurs»;
m a s
éste, lejos
d e
saber aprovechar
su
privi-
legiada situación,
se
deja
en -
redar
en los
manejos
de Ma-
zarino,
q u e
culminan
en su
detención junt o
a su
hermano
el
príncipe
d e
Conti
y el
duqu e
de Longueville: h a comen-
zado la
Fronde de los Prín-
cipes, q u e
tras diversas vicisi-
tudes culminará,
y a
mayor
d e
edad Luis XIV, en la
guerra
civil. Durante ésta, q u e dura
prácticamente todo
e l año
1652, la
nobleza
se
fracciona,
traiciona
v
cambia
d e
bando
c o n
p a s m o s a f a c i l i d a d ,
Condé se alia con los españo-
les
contra
el rey, el
Parla-
mento
de
París vacila hasta
decidirse p o r Condé y aban-
donarle
m á s
tarde,
l a s p ro-
vincias oscilan de un lado a
otro,
y
revueltas populares
radicales como l'Ormée de
Burdeos
(que
proponía como
e je m p lo l a r e p ú b l i c a d e
Cromwell)
se ven
integradas
e n u n a
lucha
de
facciones
q u e e n
ningún caso llegan
a
elaborar
u n
programa común
coherente. El resultado final
será
el
triunfo
de
Luis
XIV, el
retorno
d e
Mazarino,
el
forta-
lecimiento
del
absolutismo
y
la
inauguración
d e u n a
época
caracterizada por el duque d e
Saint-Simon como
« u n
largo
reinado
de vil
burguesía».
-
E L
HOMBRE
E n
medio
d e
esta vorágine
v i-
v ió Francisco VI de la Roche-
foucauld, hijo primogénito d e
Francisco
V y
cono cido co mo
príncipe de Marcillac hasta
q u e l a
muerte
de su
padre
e n
1650 le hizo heredar e l du-
M a r i e - M a d e l e i n e P i o c h e d e i a V e r g n e , c o n d e s a d e L a Faye t t e (1634-1693) . Cuad ro d e l a
E s c u e l a F r a n c e s a d e l s ig lo XVII . (Pa lac io d e C h a m b o r d ) .
114
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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U n e p i s o d i o d e l a g u e r r a d e l a F r o n d a . E l c o m b a t e d e l F a u b o u r g S t - A n t o i n e , l i b r a d o p o r C o n d e e l 2 d e julio d e 1 6 5 9 . ( G r a b a d o d e l a
é p o c a ) .
cado que le da el nombre co n
q u e h a
pasado
a la
historia.
La
tradición quiere
q u e l a
casa
de La
Rochefoucauld
provenga
de la
casa
d e
Lusi-
gnan, a la q u e la leyend a hace
descender
del
hada Melusina
mas s in llegar t a n lejos ni tan
alto, cuéntanse entre
su s as -
cendientes
m á s
cercanos ilus-
tres personajes
de las
armas
y
la s
letras,
l a s d o s
actividades
q u e llenarán la vida del vás-
tago nacido
el 15 de
septiem-
bre de 1613. En 1628 contrae
matrimonio c o n Andrée de
Vivonne, baronesa
d e Ch a-
taignerave,
que le
dará cinco
hijos
y dos
hijas;
a su
descen-
dencia
hay que
añadir,
por lo
menos,
el
hijo tenido
en 1649
p o r Mme. d e
Longueville,
q u e
«au su de
tout l'univers»
lo
e r a
también
de
nuestro
h o m -
b re .
E s
poco
l o q u e
sabemos
de su
educación primera, confiada
al
poeta
del
Poitou Julien
C o-
lardeau:
q u e
leyó
L'Astrée y
otras novelas, y poco m á s .
Hasta
1642, su
actividad
se
reparte entre
u n a
brillante
c a -
rrera militar,
que le
valió
la
propuesta d e Richelieu de
nombrarle mariscal
de
camp o
(propuesta
q u e
rechazó
por
fidelidad a la reina, enemis-
tada
con el
cardenal)
y las in-
trigas
de la
Corte,
e n
medio
d e
l a s cuales La Rochefoucauld
empieza pronto a ser víctima
de los
enredos femeninos:
s u
amistad con la reina (primero
amada
y
finalmente odiada
p o r
Richelieu,
y
víctima
de
lo s celos del rey tras su ro-
mántico idilio
con el
duque
d e Buckingham), c o n Mlle. d e
Hautefort (platónicamente
idolatrada
por el
monarca)
y
c o n M m e . d e
Chevreuse
(cómplice
de la
reina
e n
todas
s u s intrigas y blanco privile-
giado
de los
odios
de
Luis
*
XIII y su ministro), le hizo
caer
e n
desgracia
en la
Corte
y
le llevó a mezclarse en diver-
so s
complots
que le
valieron
la
cárcel
y el
exilio
d e
París.
F
F u e entonces, « en u n a edad
en que se
desean hacer cosas
extraordinar ias y deslum-
brantes», cuando estuvo a
punto,
p o r
exigencias
d e u n o
de
esos enredos,
de
secuestrar
a la
reina
y a
Mlle.
de
Haute-
fort: « N o encontraba nada
q u e lo
fuera
m á s
—extraordi-
nario y deslumbrante— q u e
arrebatar al mismo tiempo la
reina al rey, su marido, y al
cardenal Richelieu,
q u e
tenía
celos
de él, y
apartar
a
Mlle.
de
Hautefort
del rey, que es-
taba enamorado
d e
ella».
T a n
romántico paladín
n o
tardó
e n
toparse
con la
ingra-
titud y volubilidad femeni-
n a s : «Mme. de Chevreuse ol-
vidó
en su
exilio
lo qu e yo ha -
b í a
hecho
p o r
ella
t a n
fácil-
115
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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Luis I I d e B o r b ó n . p r i n c i p e d e Condé (1621-1686) .
mente como l a reina había
o l v i d a d o m i s s e r v i c i o s
cuando estuvo e n s u s manos
el recompensarlos». S u fideli-
dad a l a reina duran te l o s m a -
lo s tiempos de Richelieu le
había hecho concebir razo-
nables esperanzas cuando
aquélla accedió
a la
regencia;
n i t a n
siquiera
l a s
claras
pre-
ferencias
de la
regente
por
Mazarino le impulsaron a in-
gresar en la conspirativa Ca-
bale d e s Importants («yo es-
taba entre
s u s
amigos
s in
aprobar su conducta»), lo
cual
le
permitió sobrevivir
a
la detención del duque de
Beaufort y a la destrucción de
la Cabale q u e llevó a Mm e. de
Chevreuse de nuevo a l exilio
tras u n retorno sólo a él debi-
d o .
Incluso
se
puso
de
parte
del cardenal manteniendo el
Poitou
en paz
durante
l a s ba -
rricadas de París, p o r m á s
q u e Mazarino n o cumplió las
promesas realizadas de con-
cederle carta de duque y un
tabouret a su
esposa. Poco
d e s p u é s , j u s t i f i c a n d o
s u
cambio
de
bando,
el
príncipe
d e
Marcillac escribiría
en su
«Apología»: « H a hecho falta
que se le
haya declarado
al
cardenal enemigo del Estado,
antes
de que yo me
haya
de-
clarado su enemigo». A partir
de
entonces,
y al
margen
d e
momentos d e negociación y
componenda, La Rochefou-
cauld estará e n todos los con-
flictos frente a Mazarino... y
al lado de Mme. de Longuevi-
l le, que
aunque
p o r
aquella
época «estaba demasiado
ocupada
de los
encantos
d e
su
belleza
y de la
impresión
q u e l a s
gracias
de su
espíritu
causaban en todo el que la
veía como para conocer toda-
vía la
ambición»,
fue la qu e le
introdujo en el complot d e
N o i sy qu e
había
de
llevarle
a
cosechar u n nuevo fracaso,
felizmente lavado por l a am-
nistía real. Ambos amantes
consiguieron escapar
de la
116
arriesgada e increíble fili-
grana tejida p o r Mazarino
para detener a los príncipes:
durante
1650 La
Rochefou-
cauld
fue e l más
decidido
lu -
chador
por su
libertad,
pr i -
mero
e n
Bordeaux
con las
armas
en la
mano,
y
después,
vencido tras heroico comba-
te, en París con sus pactos y
artimañas desde su refugio
secreto
en
casa
de la
princesa
Ana de Gonzaga, po r la qu e se
sintió fuertemente atraído:
«tout arrive
e n
France»,
le
dijo irónico a Mazarino d u -
rante u n o d e esos extraños
contactos secretos entre e n e -
migos.
M m e . d e Longueville le arras-
tró al lado de su hermano, el
príncipe d e Condé, durante la
guerra civil
q u e
ella hizo todo
lo posible p o r provocar para
n o tener q u e acudir jun to a su
marido que la reclamaba. Y
aunque
en e l
fondo celebró
que e l
duque
de
Nemours
la
apartara de él, no supo evitar
unos celos q u e interfirieron
en el curso de la guerra; n o
obstante, La Rochefoucauld
fu e durante toda la guerra c i-
vi l e l más sólido apoyo d e
Condé, luchando jun to a él en
la trascendental jornada de
S a n Antonio, durante la cual
fu e gravemente herido. Redu-
cido a la impotencia, asistió
al motín popular q u e dividió
París, apartó de Condé la
gente de orden y favoreció la
entrada
de
Luis
XIV en la ca-
pital.
Con e l
final
de la
Fronde terminó
su
vida
de in-
trigante
y
conspirador.
En 1653 , mientras se recu-
pera de sus heridas e n Damvi-
lliers y «en la ociosidad en
q u e d e
ordinario deja
la des-
gracia»,
La
Rochefoucauld
comienza su s «Memorias»,
de la s qu e aparecerán en 1662
d o s ediciones piratas: hasta
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seis ediciones se harán e n
vida del autor s i n q u e éste lle-
gara
a
autorizar ninguna
ni
se decidiera a publicar l a au-
téntica,
q u e
sólo tras
su
muerte pudo ser exhumada.
En 1655 se
inicia
su
relación
con Mme. de La Fayette, q u e
cuenta entonces
2 5
años; esta
relación se irá haciendo cada
v e z m á s
estrecha
e
íntima,
co-
laborando
L a
Rochefoucauld
en algunas de sus novelas,
como «Zaide»
y «La
princesa
de
Cléves». Durante
la
estan-
c ia de Cristina de Suecia e n
París
se
convierte
en su as i -
d u o
acompañante
y
cultiva
a s im i sm o l a a m i s t a d d e
Mme. de
Sevigné.
De los jue-
gos y disputas de ingenio q u e
se desarrollaban en el salón
de Mme. de Sablé, a l que La
Rochefoucauld asistía
c o n
asiduidad, salieron l a s M á -
ximas,
cuya primera edición
holandesa, de 1664, también
pirata,
fu e
seguida
d e
cuatro
sucesivas ediciones autori-
zadas (1666, 1671, 1675 y
1678) que
contienen diversas
variantes, adiciones y supre-
siones.
Aunque en 1667 La Roche-
foucauld retoma
l a s
armas
para combatir junto al rey en
el sitio d e Lille, este moralista
aquejado
d e
gota,
q u e
había
recuperado
el
favor
de la
Corte en 1659, se dedicó prin-
cipalmente durante
s u s
últi-
m o s veinte años de vida a da r
la
razón
a su
enemigo,
e l car -
denal
de
Retz,
q u e
había
d i-
cho de é l :
«...desde
su
infan-
c ia
quiso mezclarse
e n
intri-
g a s ,
pero...
su
visión
no era lo
bastante amplia... tuvo siem-
pre un comportamiento irre-
soluto...
n o h a
sido nunca
guerrero, p o r m á s q u e fuera
gran soldado... hubiera hecho
mucho mejor conociéndose,
y
limitándose
a
pasar, como
m u y bien hubiera podido, po r
el
cortesano
m á s
educado
aparecido
en su
siglo».
E l año
1672 , durante el cual Mme. de
L a
Fayette enfermó
y se vio
obligada
a
retirarse, deján-
dole
en u n a
soledad agravada
por l a
muerte
de su
madre,
d e
su hijo Juan Bautista y del
hijo habido
c o n M m e . d e
Longueville,
fu e
particular-
mente aciago para
La
Roche-
foucauld, q u e c o n dolores d e
gota cada v e z m á s fuertes f a -
lleció ocho años
m á s
tarde.
En 1659
había dejado escrito
de sí
mismo: «Soy melancóli-
co. . . no soy excesivamente
abierto
con la
mayor parte
d e
los que
conozco... Poseo
in -
genio y n o tengo ninguna d i-
ficultad
en
decirlo...
La con-
versación
co n
gente honora-
ble es uno de los
placeres
q u e
prefiero...
Amo la
lectura
e n
general;
l a q u e m á s
aprecio
e s
aquella en la que hay algo que
pueda moldear
el
espíritu
y
fortificar
el
alma. Sobre todo,
hallo
u n a
extremada satis-
facción
e n
leer
con una pe r -
sona d e talento... L a ambi-
ción n o m e corroe... Soy poco
sensible
a la
piedad
y
quisier a
n o serlo en absoluto... Amo a
m i s
amigos,
y les amo de tal
modo
q u e n o
vacilaría
u n
momento e n sacrificar m i s
intereses a los suyos... Soy de
u n a estricta cortesía con la s
mujeres. Cuando poseen
u n
espíritu bien formado,
pre-
M a r i e
d e
R a b u t i n - C h a n t a l , m a r q u e s a
d e
Se v i g n é ( 1 62 6 - 16 9 6 ). C u a d r o
d e P .
Migna rd .
( G a l e r í a d e L o s Of ic io s . Flo renc ia ) .
117
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fiero
su
conversación
a la de
los hombres... Apruebo ex -
tremadamente
l a s
bellas
p a -
siones... Si yo , que conozco
cuanto
hay de
delicado
y
fuerte en los grandes senti-
mientos
del
amor, llego
a
amar alguna vez, será segu-
ramente
de
este modo; pero
tal y como soy, no creo q u e
este conocimiento
q u e
poseo
m e
pase nunca
del
espíritu
al
corazón».
MEMORIAS
De ser
sinceras
l a s
«Memo-
rias» (hipótesis
de la que a l -
gunas «Máximas» podrían
hacernos sospechar), nada
m á s cierto que l a disposición
de La
Rochefoucauld
a
sacri-
ficar
s u s
intereses
a los de sus
amigos: s o n numerosas las
ocasiones
en que la
amistad
(y el
amor)
le
dictan
e l com-
portamiento, si tuando
sus
imperativos p o r encima n o
sólo
de los
propios intereses
y
preferencias, sino también
p o r
encima
de la
razón
de Es-
tado entendida como ta l .
Pues
si
bien
la
mayor parte
d e
la s «Memorias» e s un por -
menorizado análisis (auto-
justificador) de todas y cada
una de l a s
intrigas
de la Cor-
t e , una detallada reconstruc-
ción
de los
movimientos,
es-
trategias, motivaciones
y ex-
pectativas
d e
cada personaje
de la Fronde, lo cual l a s c o n -
vierte
e n u n a
obra maestra
de
psicología aplicada,
no por
ello dejan
de
aparecer perió-
dicamente consideraciones
«objetivas»
y
desapasionadas
sobre
l o m á s
conveniente
para el país. Y a s í , después de
mostrar
su
memorial
de
agra-
vios contra Richelieu v cele-
brar
l a s
posibilidades perso-
nales que su muerte le abre,
n o
deja
de
reconocer
q u e
«esta pérdida
f u e m u y
perju-
dicial
al
Estado.. . Nadie
hasta
él
había conocido
t a n
bien todo el poder del Estado,
ni
había sabido restablecerlo
entero entre l a s manos del so-
berano».
E n
diversas ocasio-
nes se extiende sobre la «ce-
guera»
y los
eirores
d e
Condé,
sobre lo s perjuicios de la g ue-
r r a civil y su evitabiiidad...
pero ello
no le
impide olvi-
darse d e todo p o r fidelidad a
u n
amigo
o po r
seguir
a u n a
mujer capaz de sacrificar el
país a su capricho. Esta a p a -
rente inconsecuencia ejempli-
fica
m u y
bien
la
inmensa
d i s -
tancia existente entre esta
descu idada percepción
del in -
terés
d e l
Estado
y
algo
m í -
nimamente parecido
a una
teoría política: no hay en La
Rochefoucauld nada
ni
leja-
namente similar a las preo-
cupaciones teóricas de un
Hobbes
( q u e
reflexionaba
s o -
bre los
contemporáneos acon-
tecimientos ingleses) n i tan
siquiera
a l a s m á s
empíricas
de
Maquiavelo;
su
horizonte
esencial n o rebasa lo s límites
del
individuo
más que en l a
aristocrática dirección del
honor del propio linaje; no es
el
poder
en s í ,
sino
s u s
resor-
te s
psicológicos
lo que
anali-
z a . Igualmente estéril resulta
buscar algo
que se
parezca
a
u n a teoría de la historia: n i
t a n
siquiera
el
providencia-
lismo cristiano de su con-
A l e g o r í a
d e l
n a c i m i e n t o
d e l
De l f ín ,
e l
f u t u r o L u i s
X I V .
( P a r í s . G a b i n e t e
d e
E s t a m p a s ) .
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A l e g o r í a d e L u i s X I V c o n s u f a m i l i a . ( N o c r e t , Pa l a c i o d e V e r s a l l e s )
temporáneo Bossuet parece
tentar
a La
Rochefoucauld:
el
sentido
de la
Historia, como
el
interés
de la
sociedad,
le
traen finalmente s in cuidado;
historia y sociedad no son
más que e l escenario en e l que
se desenvuelve u n duelo m ú l -
tiple entre voluntades
y pa -
siones regidas por e l humor y
la
fortuna.
Por
supuesto,
el
pueblo
n o
hace
m á s
papel
que
el de comparsa: en la s «Me-
morias»
n o h a y m á s
prota-
gonistas de la
Fronde
que el
puñado
d e
nobles
q u e
tejen
y
destejen
s u s
alianzas;
el
sutil
análisis
de las
motivaciones
d e
cada
u n o d e
estos persona-
je s
contrasta
con la
nula
atención
a los
móviles
del
Parlamento parisino o la
Ormée
bordelesa; se diría q u e
el
cambiante humor
del pue-
b lo forma parte de la imprevi-
sible naturaleza
al
mismo
n i-
vel que la s
condici ones clima-
tológicas. N i política ni his -
toria. Pero tampoco épica; e n
todo caso, épica degradada
a
psicología e impregnada d e
moral. Quizá, ¿por
q u é n o ? ,
novela: l a s
«Memorias»
d e
La Rochefoucauld, o la con-
t inuación
d e
«Los tres
m o s -
queteros».
L A S « M A X I M A S
MORALES»
Apliqúese
a l
material empí-
rico
de las
«Memorias»
la
concepción
del
individuo
caído de los Padres de la Igle-
s ia
llevada hasta
s u s
extre-
m o s p o r l o s
jansenistas, pres-
cíndase d e Dios y de los efec-
to s transformadores de la
gracia, mézclese
la
resultante
c o n
sentencias varias
de Tá-
cito, Horacio, Ovidio, Séneca
y
Montaigne, añádase
el po-
deroso influjo de Gracián, y
se obtendrá algo m u y p r ó -
ximo
a las
«Máximas»
de La
Rochefoucauld.
U n a gran parte de l a s «Sen-
tencias» está dedicada a ilus-
trar, concretar, ejemplificar
y
desarrollar
el
aforismo
con
que se
abren: «Nuestras
vir-
tudes
n o s o n
casi siempre
m á s q u e
vicios disfrazados»
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C e l e b r a c i ó n y f e s t e j o s c o n m o t i v o d e l m a t r i m o n i o d e L u i s XIV y M a n a T e r e s a d e A u s t r i a , s e g ú n u n a e s t a m p a d e l s ig lo XVII . (Par ís ,
G a b i n e t e d e E s t a m p a s ) .
(e n otro lugar matizará: «Los
vicios entran
en la
composi-
ción
de l a s
virtudes como
los
venenos entran
en la
compo-
sición
de los
remedios»).
Y
a s í , p o r ejemplo, bajo l a c le-
mencia
de los
príncipes
n o
h a y m á s q u e
vanidad, pereza
y /o
temor,
la sinceridad « n o
e s m á s q u e u n a fina disimu-
lación para atraer
la con-
fianza ajena», la
aversión a
la mentira «es
habitualmente
u n a
imperceptible ambición
de
otorgar consideración
a
nuestros testimonios
y de
atraer
a
nuestras palabras
u n
respeto religioso»,
el
amor
a
la justicia
sólo esconde
el
«temor
a
sufrir
la
injusticia»,
«se suele hacer el bien para
poder hacer impunemente el
mal», pues
«el
bien
que he -
m o s recibido d e alguien
quiere
q u e
respetemos
el mal
q u e n o s hace»; cumplimos
nuestro
deber
n o p o r virtud,
sino porque «nos retienen la
pereza
y la
timidez»,
«lo que
parece
generosidad
no es con
frecuencia
m á s q u e
ambición
disfrazada, q u e desprecia los
pequeños intereses para aspi-
r a r a
otros mayores»,
l a hu-
mildad
suele
ser
«una fingida
sumisión de la que nos ser -
vimos para someter
a los
otros, u n artificio del orgullo
q u e s e rebaja para elevarse»,
tras
la liberalidad se
esconde
«la
vanidad
de dar , a la que
amamos
p o r
encima
de lo qu e
damos»,
y
tras
l a piedad,
«una hábil previsión
de las
desgracias
e n q u e
podemos
caer»
y el
concurso
q u e p o -
demos necesitar d e aquel a
quien socorremos; n o s c o n -
fiamos a los
demás
p o r
puro
«deseo de hablar de nosotros
mismos»
y
para mostrar
nuestros defectos del modo
q u e m á s n o s
conviene;
la
bondad
misma «no es por lo
común
m á s q u e
complacen-
c ia o debilidad», por lo cual
« n o e s
digna
de
alabanza
la
bondad d e quien n o tiene ca -
pacidad para
ser
malvado:
cualquier otra bondad
no es
casi siempre
m á s q u e
pereza
o
impotencia de la voluntad».
E n definitiva, todas l a s virtu-
des se reducen a
amor-propio
(interés, orgullo, egoísmo,
vanidad: nombres varios
d e
lo
mismo)
y
bajo ellas
n o h a y
otra cosa que e l incontrolado
movimiento
del humor y las
pasiones regido sólo
por la
imprevisible
fortuna:
«Las
virtudes
se
pierden
en el
inte-
ré s
como
lo s
ríos
se
pierden
en el
mar»
y n o
irían
muy le -
jos «si la
vanidad
no les hi-
ciera compañía»; llamamos
virtudes
a l a
«reunión
de d i -
versas acciones
y
diversos
in -
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Visita d e Luis XIV a la Academia d e Ciencias. Grabado d e Sebastian Leclerc. París, Bibl ioteca Nacional).
121
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tereses q u e l a fortuna o nues-
t r a habilidad sabe compo-
ner»; y n o h ay razón alguna
para atribuírnoslas, pues «la
fuerza y la debilidad del espí-
ritu están m a l l lamadas; n o
s o n , e n
efecto,
m á s q u e l a
buena
o la
mala disposición
de los
órganos
del
cuerpo».
N o somos nosotros l o s q u e
controlamos nuestras pasio-
n es ,
sino ellas
l a s q u e n o s g o -
biernan: « La durac ión d e
nuestras pasiones n o depende
d e nosotros más d e l o q u e d e -
pende la duración d e nuestra
vida», «hay en el corazón
hum a no
u n a
generación
per-
petua d e pasiones, d e modo
q u e l a ru ina d e u n a supone
casi siempre
el
estableci-
miento d e otra»; estas pasio-
n e s , «únicos oradores q u e
siempre persuaden», apare-
c e n siempre a pesar de los ve-
los de la piedad y del honor y
«engendran co n frecuencia
s u s contrarias: la avaricia
produce
a
veces
la
prodigali-
dad y la prodigalidad l a av a-
ricia;
c o n
frecuencia
se es
firme p o r debilidad y audaz
p o r timidez»; «el espíritu e s
siempre víctima de los enga-
ñ o s d e l corazón» y «si resis-
t imos a nuestras pasiones, e s
m á s p o r s u debilidad q u e p o r
nuestr a fuerza»; «cuand o
los
vicios n o s abandonan , n o s
pavoneamos
de ser
nosotros
quienes
los
dejamos»
y ,
llega-
dos a la vejez, «damos buenos
consejos para consolarnos d e
n o poder y a d a r malos ejem-
plos».
N o parece haber pasión m á s
fuerte q u e e l amor-propio o
al menos n o parece haberla
tal que él no se halle presente
e intente apañarla a s u favor:
él , «el más
grande
d e
todos
los
aduladores», «más hábil q u e
e l m á s hábil de los hombres
del mundo», d e inagotables y
desconocidos recursos,
m á s
ligado a nuestros gustos q u e a
nuestras opiniones, igualador
d e todos l o s hombres por el
orgullo (común a todos y que
sólo se diferencia p o r l o s me-
dios y la manera d e sacarlo a
la luz), cuya función parece
se r «ahorrarnos el dolor d e
conocer nuestras imperfec-
ciones»,
n o s
hace caer
e n
todo tipo d e contradicciones,
como
la de «no
poder conso-
larnos d e q u e nuestros e n e -
migos n o s engañen y nuest ros
amigos n o s traicionen, y es-
t a r s i n embargo satisfechos
d e engañarnos y t ra icionar-
n o s nosotros mismos». El es
el
padre
del
interés
q u e « h a -
b la todo tipo de lenguas y re-
presenta todo tipo
de
persona-
j e s , incluso el del desinteresa-
d o » , y q u e pone a su servicio
«todo tipo de virtudes y de vi-
c ios ».
¿Qué otra cosa que e l amor-
propio rige nuestras relacio-
n es co n lo s demás? Es él el
q u e hace q u e siempre tenga-
m o s «fuerza bastante para
soportar lo s males del próji-
mo» y que «el mal que
hace-
m o s n o n o s atraiga tanto
odio
y
persecución como
nuestras buenas cualidades»;
él está en el fondo de l resen-
timiento
q u e experimenta-
m o s ante quienes n o s resis-
timos a reconocer superiores,
y el que hace q u e haya «muy
poca gente
lo
bastante sabia
como para preferir la censura
que le es
útil
a la
alabanza
que le
traiciona»;
en la
socie-
d a d
humana «cada cual
quiere obtener
su
placer
y sus
ventajas a expensas de los
demás» , m a s pa radój ica -
mente «los hombres n o vivi-
r ían mucho t iempo e n socie-
d ad s i n o fueran unos y otros
víc t imas d e su s mutuos e n -
gaños».
Finalmente todo
se
reduce
a
la fortuna y el humor: «La
fortuna y el humor gobiernan
el mundo», dice La Roche -
foucauld. Pero añade algo
q u e convierte a ambos e n algo
t a n imprevisible y sin ley
como
el
azar: «Los caprich os
d e nuestro humor s o n a ú n
m á s extravagantes que los de
l a fortuna».
L a
vida humana
se le
antoja
a
La Rochefoucauld u n ciego,
infructuoso y contradictorio
intento
d e
poner
el
esquivo
azar a favor d e nuestro amor
propio.
L HOMM E HON NÉ TE
L a resistencia a reconocer el
desolador cuadro anterior e s
t a l q u e La Rochefoucauld re -
comienda irónicamente al
lector considerar
q u e l a s
«Máximas» so n verdaderas
de los
demás pero
no de é l : as í
conseguirá superar y confir-
m a r a l t iempo el escollo q u e
para el conocimiento supone
el amor propio. Pues en su
opinión
son de
carácter
m o -
ra l ,
m á s a ú n pasional los
obstáculos interpuestos en el
camino
de la
veracidad:
« No
tenemos
fuerza
suficiente
como para seguir toda nues-
t r a razón». Para L a Roche-
f ouc a u l d el p roblema e s
cuánta verdad somos capa-
ces de resistir: «Nunca nadie
h a emprendido la tarea de ex-
tender y conducir s u espíritu
t a n
lejos como pueda
i r» . En
ese viaje parece haber un l í -
mite claro: la muerte, la difi-
cultad
del
pensamiento para
afrontar la muerte: «Ni al sol
ni a la muerte se les puede m i -
r a r c o n fijeza». De ah í la
venda
en los
ojos
del
conde-
nado a l a pena capital (todos,
finalmente) y esa otra venda
espiritual
del
héroe
q u e es -
conde bajo el desprecio a la
muerte el temor d e en cararla;
pues aquí
n i tan
siquiera
el
amor propio viene
e n
nuestro
auxilio: « E s desconocer los
efectos del amor propio p e n -
s a r q u e pueda ayudarnos a
contar para nada co n lo q u e
debe necesariamente destruir-
lo».
Sintomático
p o r
demás
re-
122
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%
íí -vttwv /
Estampa d e Trouvin, de ta serie l lama da «los Departamentos» . París, Bibl iot eca Nacional)
sulta
que n i en
este punto
ex-
tremo,
q u e
tanto
se
presta
a
ello, comparezca
en la
pluma
de La Rochefoucauld el per-
sonaje al que la tradición m e -
dieval ponía bálsamo a la he-
rida: Dios
y la
religión
b r i -
llan literalmente
p o r su au -
sencia en l a s «Máximas». L a
Rochefoucauld sólo hace la
mitad
del
camino
co n lo s Pa-
dres de la Iglesia y los janse-
nistas a los qu e l lama en su
defensa ante l a s críticas a su
obra): la descr ipc ión del
hombre caído y sumido en la
abyección no se abre en su
caso a la gracia redentora q u e
posibilita
u n a
moral cristia-
n a .
Ningún precepto
de tal
moral ilumina
la s
páginas
d e
la s «Máximas». Y tampoco
brillan otras d o s «morales»
q u e l a Edad Media conoció:
la moral
d e l
héroe q u e c a n -
tara l a épica y la del amor
cortés que los trovadores d i -
fundieran ofreciendo cober-
tura literaria y esotérica a la
mística cátara. Aquel joven
q u e se soñó héroe corneliano
capaz d e raptar a la reina te -
n í a 2 3 años cuando el estren o
d e
E l Cid )
se complace en la
madurez derribando a los hé-
roes
de su
pedestal: «Excepto
p o r su gran vanidad, los hé-
roes están hechos como los
demás hombres», y lo que te-
nemos
p o r
grandes acciones
«son por lo general efectos del
humor y l a s pasiones. Así la
guerra entre Augusto y Anto-
n i o , q u e suele relacionarse
con su ambición p o r conver-
tirse e n dueños del mundo, n o
f u e quizá m á s q u e u n efecto
de los
celos».
E n
cuanto
al
amor,
l a s « M á -
ximas» guardan la escéptica
huella
d e u n a
experiencia
n i
m u y feliz n i capaz d e subli-
m a r místicamente la inevita-
b le
infelicidad,
u n a
experien-
c i a
simple
y
modestamente
lúcida, amarga
e
irónica-
mente lúcida: «Si se juzga el
amor p o r l a mayoría de sus
efectos, se parece m á s a l odio
q u e a l a amistad», «el amor
presta
su
nombre
a u n
infi-
nito número de comercios»,
«hay matrimonios buenos,
pero no los hay deliciosos»,
«apenas h a y pasión en la que
el
amor
a sí
mismo reine
t an
poderosamente como
en el
amor, y siempre se está d i s -
puesto
a
sacrificar
el
reposo
d e quien se a m a antes que a
perder
el
propio»,
«lo que ex-
plica q u e lo s amantes no se
aburran nunca d e estar j u n -
to s es q u e siempre hablan de
ellos», «estamos m á s cerca d e
amar
a l o s q u e n o s
odian
q u e
a l o s q u e n o s aman m ás d e l o
q u e queremos», «en el amor,
el engaño v a casi siempre
m á s lejos que la desconfian-
za» , « l a violencia q u e n o s h a -
cemos para permanecer fíeles
a quien amamos apenas vale
m á s q u e u n a infidelidad», «se
pasa c o n frecuencia del amor
a la ambición, pero apenas
se vuelve de la ambición a l
123
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Estampa d e Trouvin, de la serle d e «los Depart amentos ». París, Bibl io teca Nacional)
amor», « la comparación m á s
justa
q u e se
puede hacer
del
amor
es la de la
fiebre:
no te-
nemos
m á s
poder sobre
u n o
q u e
sobre otra,
sea por su v io-
lencia
o s u
duración». Fiebre
q u e
escapa
a
nuestro control
y
priva
p o r
ello
d e
toda virtud
o
mérito
a l a
fidelidad
y la in-
fidelidad, fiebre
q u e
esconde
c o n
frecuencia buenas dosis
d e amor-propio, el amor n o
parece escapar al diagnóstico
general
del
comportamiento
humano .
Si el
amor
n o n o s
transporta
a
otros mundos
ni
n o s
eleva sobre nosotros
mismos como
a
Tr is tán ,
quizá
se
deba
a la mujer. Id o -
latrada
por e l
amor cortés,
L a
Rochefoucauld
nos la p re-
senta
a m u y
distinta
luz: «la
coqueter ía
es el
fondo
del
humor
d e l a s
mujeres; pero
n o
todas
l a
ponen
e n
prácti-
c a , porque la coquetería d e
algunas
se ve
retenida
por el
t emor
o la
razón», «las muje-
r e s
creen
c o n
frecuencia amar
aunque n o amen: la ocupa-
ción
d e u n a
intriga,
l a e m o -
ción
d e
espíritu
q u e
produce
l a galantería, la inclinación
natural
al
placer
d e s e r a m a -
d as , y l a
pena
de
rehusar,
les
persuaden d e q u e tienen u n a
pasión, cuando
n o
tienen
m á s q u e
coquetería», «las
mujeres
n o
conocen toda
su
coquetería,
so n
menos capa-
ces d e superar s u coquetería
q u e s u pasión», « la inteli-
gencia
de la
mayor parte
d e
la s
mujeres sirve
m á s
para
fortificar
su
locura
q u e su r a -
zón», «hay pocas mujeres
honestas
q u e n o
estén cansa-
d as d e su oficio», « la mayor
par te d e l a s mujeres honora-
bles
s o n
tesoros escondidos
q u e
sólo están seguros porque
nadie los busca». Aquel a d o -
lescente
q u e
respiró
e n
L As-
trée
la
atmósfera
y a u n
tanto
desvaída
del
amor como
iti-
nerario místico inspirado
p o r
u n a mujer elevada a la cate-
goría
de Madonna
acabó
co-
laborando
co n Mme. d e La
Fayette,
q u e
despreció
el
amor
en su
vida para disec-
c io n a r lo e n s u s novelas
—«cette chose incommode»,
lo llamaba—, en la narración
d e lo s infortunios de la virtud
d e
La Princesse de Cléves
m á s
cerca
ya , a
pesar
d e u n a
cierta grandeza trágica,
de la
futura
Justine q u e d e l a p a -
sada Isolda.
Cierto
q u e L a
Rochefou-
cauld habla
e n
ocasiones
del
verdadero amor capaz in -
cluso
del
milagro
d e
curar
a la
mujer
de su
coquetería
y
competir victoriosamente c o n
el
amor propio; incluso llega
a
decir
q u e lo q u e
habitual-
mente llamamos amor n o es
sino degenerada copia del
verdadero. Pero n o puede d e -
cirse
q u e
fomente
el
optimis-
m o :
«ocurre
con e l
amor
ver-
dadero como
con la
aparición
d e l o s
espír i tus : todo
el
mundo habla
d e
ellos, pero
pocos l o s h a n visto».
Algo
a s í
pasa también
con la
amistad, pues
s i p o r u n a
parte « u n verdadero amigo e s
el mayor d e todos lo s bienes»,
p o r
otra
«si ya es
ra ro
el ver-
dadero amor,
a ú n lo es m á s l a
verdadera amistad».
Si
algún ideal positivo
h ay en
L a
Rochefoucauld,
n o
será
pues
por e l
camino
del
buen
cristiano
por e l que lo
encon-
traremos;
n i
tampoco
por el
del
héroe,
a l q u e en su
tiempo
todavía exaltan anacrónica-
mente Corneille
y
Racine,
o el
del
amor, trasladado
del in - *
cienso religioso
a la
lupa
p s i -
cológica
por la
entonces
n a -
ciente novela moderna.
S u
honnéte homme d e fugaz
aparición
en l a s
«Máximas»
pero
a l q u e en l a s
«Reflexio-
n e s diversas» d e postuma p u -
blicación se le dan prolijos
consejos
q u e
mucho deben
al
gracianesco «Oráculo
m a -
124
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nual», mira
co n u n o jo a l p a -
sado como exquisito aristó-
crata
y
perfecto corte sano
q u e
e s ,
pero enfoca
al
futuro
c o n
el otro, pues s u cimiento es el
saber
s in
t rabas
que e l
filó-
sofo moderno dice profesar:
la
lucidez
s in
censuras,
e n -
gaños
n i
concesiones
es el
principal
y
definitorio rasgo
de
este individuo emergente
capaz
d e
guiarse
co n su
solo
genio e ingenio por ese labe-
rinto lleno
d e
engaños, artifi-
cios
y
t rampas
q u e
constituye
la humana sociedad. L a in -
dependencia
el
respeto
y
u n a
prudente distancia
e s
decir
la
buena educación
s o n l o s
rasgos añadidos
q u e
l a
lucidez recomienda
s i
quiere hacerse
a u n o
mismo
y a los otros) la vida llevadera,
y hasta grata, e n esta jungla
agitada
por el
amor propio.
Quizá pueda
de ese
modo
h a -
llarse
la
improbable amistad,
mitigarse
la
inevitable herida
del
amor,
y
gozarse
en la lec-
tura
y la
conversación.
El
programa
n o
puede desde
luego competir
con e l
Paraíso
q u e l a Edad Media prometía,
la
Moderna renovó
y la Con-
temporánea difunde, pero
quizá
n o sea
mucho
m á s , n i
sobre todo esencialmente
d is-
tinto,
l o q u e l a
lucidez permi-
te. • J . A.
Francisco de la Rochefoucauld. ret rato d e juventud.
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Libros
Las
tribus
de «La
Tribu»
Donato Ndongo-Bidyogo
: • >
N uno de los capítulos de su manual sobre L i tera tura y praxis, que
a mi me parece importante para todo escritor Dieter Wetienshoff
saca a flote una perogrullada -é l mismo utiliza esa palabra- que casi nunca se
quiere asumir:
que un
libro
no es
sino
un a
mercancía
que el
escritor vende
al
editor
el
editor al librero el librero al público. Según esta inexorable ley, los libros que se
mantienen
en el
mercado
lo
hacen
por su
propia consistencia
por sus
inmanentes
normas espirituales por su mensaje por su calidad artística en suma. Como el escritor
conoce ya previamente todo este mecanismo se condiciona a la hora de elegir y/o
enfocar
el
tema
en
función
de su
adaptabilidad
al
organigrama mercantilista
del
editor
que, a fin de cuentas le catapultará a la gloria maná casi único con el que esperamos
alimentarnos los náufragos del diez por ciento.
. .
m w:w
O D O esto viene a cuen-
to
porque, después
d e
leer
L a
Tribu
(1), lo pr i-
mero que se me ocurrió f ue p re -
guntarme por su concepción: ¿una
reflexión sobre lo s avatares de los
«enviados especiales» en un acon-
tecimiento cualquiera, c o n Guinea
como pretexto? ¿Una descripción
de la caída de Macías y los albores
de la actual situación guineana, con-
lo s «enviados especiales» como
protagonistas? Leído desde cual-
quiera de las dos ópticas, resulta
u n
libro cautivador, palpitante
y en -
trañable, pero
e l
análisis
y sus con -
clusion es varían. El periodista M a -
nuel Leguineche, u n auténtico
«monstruo sagrado» de l género,
muestra
la s
bajezas inherentes
a
este oficio competitivo y castrador,
el del
«club
de las
cuatro
D: los
depresivos, los deslenguados, los
dipsómanos y los divorciados». U n
oficio e n e l qu e todo sirve, como e n
la guerra o en el amor—según s e
dice—, desde e l codazo al pisotón,
y en el que el atractivo desde fuera
1) LA
TRIBU Manuel Leguineche.
Ed. Ar-
gos Vergara Barcelona. 1980.
apenas e s compensado por las in-
comodidades materiales,
que l le -
gan a l hambre o al no dormir du
rante días; en el que la promesa d e
u na quimérica gloria n o resarce d e
la
general incomprensión
de los
protagonistas
de la
noticia,
que
pasa por e l desprecio para llegar
c on demasiada frecuencia a la
muerte. Leguineche describe una
situación y reflexiona sobre u n
mundo
q u e
conoce bien, pues
e s
s u
oficio,
es su
vida,
y por eso
mismo esa descripción y esa refle-
xión podrían haber tenido como
marco cualquier otro escenario,
Saigón
o
Stanleyvílle, Teherán,
Managua, Lisboa
u
Onitsha. ¿Por
q u é s e desarrolla la acción e n G u i -
n e a
Ecuatorial? Aquí enlazamos
con la segunda de las primeras
preguntas, y también con la pero-
grullada d e Wellenshoff: Guinea e s
u n
tema «caliente», política
y pe -
riodísticamente, u n tema atractivo,
todavía no manido, interesante
para la opinión pública española
quizá por una conciencia colectiva
d e
culpa. Leguineche
h a
declarado
que su primer escena rio para la ac-
ción de su relato f u e Teherán, con
e l sha
tambaleándose; luego
la
trasladó mentalmente
a la
Mana-
gua de la que huía Somoza, pero
que se decidió por e l Malabo q u e
intentó reconquistar «Papá M a -
cías», en vano y contra todo s e n -
tido histórico, después d e cinco
años
d e
haberla abandonado
a la
suerte de su viceministro de De -
fensa,
hoy
presidente
de la
Repú-
blica. La concatenación de las tres
evicciones, obvio es, acercaba e l
tema al lector español.
Desde una lectura guineana, pues ,
e l
libro, además
de se r
oportuno,
cobra un a nueva dimensión. Esas
pinceladas de colorido tropical in -
teresarán mucho a los lectores e s -
pañoles,
a
quienes Salgari,
K ip -
pling o Conrad caen m u y lejos. La,
a veces, minuciosa descripción d e
la s circunstancias históricas de l
país, de su primer presidente y sus
obras
y
milagros,
y de l
golpe
de
Estado, envueltas bajo la forma e s -
tilística
d e
crónica—cró nicas frus-
tradas, jamás transmitidas a Ma-
drid—, quizá ayuden a situar a l lec -
to r , como pretende e l «enviado
especial» Estanislao Cunill
en su
articulo d e documentación so -
126
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bre las circunstancias q u e desen-
cadenaron e l golpe. Pero le dan al
libro u n aire n o fácilmente c o m -
prensible, n i comprendido, para los
lectores s in sentido crítico, es de -
cir, sin sentido d e l humor. Y elgui-
neano, genéricamente, carece d e
ambos e n esta etapa d e transición
hacia no se sabe bien q u é , jalonada
por las mismas miserias heredadas
de l
«Gran Cabrón».
Por eso
creo
útil subrayar q u e este q u e comento
no es necesariamente un libro d e
historia, aunque contenga valiosos
elementos para el juicio histórico,
por lo qu e es inútil ir a buscar en él ,
sistemáticamente datos exactos
sobre
e l
desarrollo
de
todos
los
hechos, en e l tiempo o en e l espa-
cio. Es, ni más ni menos, la crónica
narrada de unos sucesos, el relato
d e unos acontecimientos pasados
por e l tamiz critico de un enviado
especial, Mario Molinos en la f ic-
ción,
e l
propio Leguineche
en la
realidad. Si al primero puede re -
prochársele
u n
cierto eurocen-
trismo en la visión de la realidad
guineana, s u incomprens ión
—atávica, inconsciente— de a l -
gunas situaciones,
de
algunos
personajes, d e l estado d e ánimo
de los habitantes de la ex colonia
española tras once años de una
inenarrable tiranía, a l segundo se le
puede acusar d e cierta improvisa-
ción, pues e l suyo es , en algunos
puntos especialmente sensibles,
u n libro escrito deprisa: una más
minuciosa investigación—exigióle
al autor d e l libro, disculpable en el
ficticio enviado especial— hubiera
podido evitar errores d e l tipo d e
«los fang en su avance arrojaron a
lo s bubis a la isla que los portugue-
s e s llamaron Formosa» (pág. 183) ,
cuando
la
realidad
es que e l
primer
encuentro entre ambos grupos é t -
nicos
fu e
como consecuencia
de la
colonización, ya bien entrado el s i-
g lo XX. Y algunas cosas más (2) .
2)
Cierto
es que
Leguineche
me
requirió
para qu e leyera su original pero un a serie de
circunstancias impidieron dicho propósito. Y lo
hago constar en favor de la probidad de l autor
de l libro aunque con éste entre mi s manos
deba señalar las fallas con honradez.
En cualquier caso, y mirando el li-
b ro
como unidad
(e s
decir, como
es y
nada
más) , e l
buen hacer,
el
oficio que se dice, d e Manuel Le-
guineche consi gue mantener
el in-
terés de l lector, desde la primera
página hasta la última, sobre dos
mundos
y dos
circunstancias
pe r -
fectamente entrelazados, y por
igual desconocidos por e l gran pú -
blico. Leguineche
h a
tenido
la osa -
día de abordar u n tema difícil y deli-
cado—no
e n
vano Guinea hasido,
y hasta cierto punto sigue siendo
«materia reservada»—,
y , hay que
decirlo, consigue
su
propósito
p le -
namente: informar y entretener a
lo s
lectores,
a sus
muchos lecto-
res ,
sobre
las dos
temáticas
aco -
metidas con e l mismo amor, po r -
que de la lectura de l libro se des -
prende u n profundo amor a la pro-
fesión periodística, u n profundo
amor
a l
pueblo guineano.
Claro
q u e
pudo haber iniciado
su
relato contando el original modo e n
que « la
tribu» emprendió
su
aven-
tura guineana aquella noche
del 9
de agosto e n Barajas. No lo ha he-
cho, y sus razones tendrá. Y si
desde
lo
anecdótico
e l
lector
q u e -
dará intrigado intentando averiguar
la
verdadera personalidad
de la vi-
ta l Cari Esplandiu o quién es Cán-
dido Planas, y así todos lo s «envia-
d o s
especiales»
y
hasta algún
d i-
rector d e periódico —ejercicio
siempre estimulante
en las
obras
en que la
realidad
ha
sido apenas
velada con una gasa transparen-
t e — , l o q u e desde e l primer m o -
mento se le ofrece es una perfecta
información, y a veces co n datos
inéditos, sobre
la
génesis, gesta-
ción, desarrollo y desenlace del
golpe
q u e
derribó
a
Macías
«El Ti-
gre»
y
devo lvió parte importante
d e
su soberanía al pueblo guineano.
Tengo
la
impresión personal
d e
q u e Leguineche ha huido delibe-
radamente de la ficción en su sen-
tido puro, para presentarnos
una
doble realidad dulcificada por la
amenidad estilística, pero cruda
por los hechos. D e modo qu e no es
u n libro d e aventuras, al estilo d e
Lartéguy o Lawrence Sanders, ni
u n a novela d e ambiente africano,
sino una hábil y original narración
d e vivencias humanas, c o n todo el
calor
y
toda
la
vitalidad
de un t ra-
bajo concebido como testimonio y
ejecutado c o n autenticidad. •
D. N.-B.
127
7/26/2019 Tiempo de Historia 076 Año VII Marzo 1981 OCR
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Libros
ANDALUCIA ,
U N A
IDENTIDAD RECOBRADA
A Y q u e comenzar diciendo
que ya e ra hora de que hu -
biera u n a Historia d e Andalu-
c ía ( * ) .
Porque hasta ahora,
la
única
existente, la de Joaquín Guichot,
data, nada menos, que de 1896 .
La exigencia de una Historia d e
Andalucía s e presentaba «como
u n a tarea insoslayable». Pero
junto a esa necesidad imperiosa
d e q u e hubiera una Historia d e
Andalucía a la altura de las circuns-
tancias —público y crítica históri-
ca—, no lo era
menos
la
obliga-
ción
d e
evitar
la
manipulación
h is -
tórica
e n la qu e han
caído algún
q u e otro manifiesto a l uso que c i r -
cula (?) por ahí .
Dividida
e n
ocho tomos,
de los
que ya han aparecido cuatro, esta
Historia d e Andalucía pretende
servir, según Domínguez Ortiz,
« n o para separar, sino para unir»;
quiere enseñar a los andaluces
«los orígenes de su situación»,
darles pistas para resolver a lgunos
d e s u s
problemas
y ,
sobre todo,
hacerles «conscientes de su un i -
versalidad».
L o s capítulos referentes al medio
geográfico Sesenta páginas
n o
están nada mal , pero para una re-
gión ta n extensa y variada desde
e l punto de vista geográfico resul-
m u y
útil
u n
vocabulario especifico
q u e
sirviera para subsanar
l a com -
prensible falta
d e
hábito ante
la
terminología árabe, po r ejemplo,
d e buena parte de los posibles fu -
turos lectores. Aunque e l historia-
dor o e l introducido e n temas h i s -
tóricos puede n prescindir d e estos
apéndices (y no todos), e l gran
público — a l q u e s e supone va d i -
rigida la obra—, no . Tras setecien-
ta s páginas d e lectura, considero
— y coincido c o n Domínguez O r-
t iz— q u e esta Historia no es erudi-
ta , pero sí es demasiado técnica
e n algunos aspectos. Por ejemplo,
la introducción sobre e l medio
geográfico, determinados aspec-
tos de la protohistoria andaluza o el
complejo mundo — e n muchos
sentidos— musulmán. A u n valo-
rando el esfuerzo realizado y las
dificultades q u e supondría seme-
jante intento, pienso q u e s e podía
haber hecho un esfuerzo mayor
e n
aras
de una
comprensión
más
generosa po r parte de un público
amplio
que no
está necesaria-
mente en un grado elevado de co -
nocimiento.
Independientemente de lo suma-
mente positivo q u e tiene la apari-
ción d e esta Historia d e Andalu-
c í a
u n hecho merece se r valo-
imagen contraria de lo que en rea-
lidad sucedió. D e hecho, l os cam-
bios o, si se quiere, la s noveda-
des , se hicieron sentir e n mayor
medida en las tierras d e l interior y
la
permanencia,
la
continuidad,
fue
m ás acusada en la Bética y en las
tierras d e Levante, al menos e n
lo s primeros tiempos». Y añade
m á s adelante: «La cultura ibero-
turdetana
se
mantuvo bajo
e l do -
minio
de
Roma
s in
cambios
s u s -
tanciales durante unos dos s i -
glos».
A l igual que las otras, esta desmit i-
ficación e s importante no sólo por
su valor intrínseco, sino por el
peso
q u e
genera
e l
análisis cientí-
fico
de los
hechos: desmontar
ideas falsas «elaboradas» desde
)osiciones apriorísticas —según
a época— de uno u otro signo. En
este sentido, resultan
m u y
acerta-
das las cuñas — c om o la que s i -
gue— queabundantementeinserta
el autor antes citado: «Las pala-
bras
d e
tstraDón
y oe los
otros
escritores
q u e
tratan
d e
Hispania,
limadas
su s
exageraciones,
t i e -
n e n
pleno valor histórico
lo
q u e puede sostenerse por e l
refrendo
d e l o s
datos objetivos
de la realidad arqueológica».
Igualmente para acabar co n ideas
trasnochadas y / o interesadas, e s
m u y interesante la desmitificación
que de la invasión árabo-bereber
hace Sánchez Martínez. Desmitifi-