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    Caminho Francs

    Os Caminhos de Santiago

    na Galiza

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    TextosManuel Rodrguez

    CoordenaoAna B. FreireRosa Garca

    Documentao:

    albergues e serviosPilar CuaRosa FernndezAna B. FreireRosa GarcaCoroni Rubio

    FotografiaArquivo da S.A. de Xestindo Plan XacobeoTono Arias

    Assistncia tcnicaDpto. de Arquitectura daS.A. de Xestin do Plan Xacobeo

    RevisoDori AbunCarla Fernndez-RefoxoCarmo IglesiasAlfonso Salgueiro

    Traduo para o portugusInterlingua Traduccins S.L.Paulo FariaCristina Lzico

    Reviso e actualizaoCarraig Linguistic Services

    Desenho e maquetagem

    Permuy Asociados

    ImpressoLITONOR

    D.L.: C 3911-20093 O Caminho Francs

    O Caminho Francs o itinerrio jacobeu com

    maior tradio histrica e o mais reconhecido

    internacionalmente. O seu traado atravs do norte

    da Pennsula Ibrica acabou definitivamente fixado

    em finais do sculo XI graas ao labor construtivo e de

    promoo de monarcas como Sancho III o Maior e

    Sancho Ramrez de Navarra e Arago, assim como de

    Alfonso VI e seus sucessores. As principais vias desteCaminho em Frana e Espanha foram descritas

    com preciso em 1135 no Codex Calixtinus,

    livro fundamental do acervo jacobeu.

    O Livro V deste cdice constitui um

    autntico guia medieval da peregrinao

    a Santiago. Nele se especificam as

    etapas do Caminho Francs desde

    as terras gaulesas e se informadetalhadamente sobre os santurios do

    trajecto, a hospitalidade, as gentes,

    a comida, as fontes, os costumes locais, etc.

    Tudo est escrito com a sntese e clareza necessrias

    a uma resposta prtica a um desejo concreto:

    a peregrinao a Santiago.

    Este guia, atribudo ao clrigo francs Aymeric

    Picaud, evidencia o desejo poltico e religioso em

    promover o santurio compostelano e facilitar

    o acesso at ele, mas tambm demostra a

    existncia de uma procura deste tipo de

    informao. Quando se confecciona este livro,

    o Caminho Francs e as peregrinaes

    alcanam o seu mximo apogeu e o Caminho

    Francs a maior afluncia se exclumos o

    momento actual. Santiago converte-se na

    meta de peregrinos procedentes de todo omundo cristo. Sucederia isto com tal

    intensidade que um embaixador muulmano

    O Caminho Francs

    Codex Calixti

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    Triacastela SarriaTriacastela (665 m), ponto final de uma das ltimas etapas doCaminho Francs estabelecidas por Aymeric Picaud (s. XII),conserva uma estrutura urbana articulada em funo destarota. O topnimo parece proceder de trs castros. Da IdadeMdia conserva a abside romnica (s. XII) da igreja deSantiago. A nave, a fachada e a torre-campanrio deste edifcio

    so do sculo XVIII. Triacastela teve hospital e, inclusivamente,priso para peregrinos, dos quais se conservam vestgios.

    Durante o perodo de construo da catedral de Santiagoalguns peregrinos recolhiam pequenas pedras calias numacanteira de Triacastela, ainda em uso e visvel desde o caminho,e levavam-nas at aos longnquos fornos de cal de Castaeda(Arza), ao servio das obras da baslica compostelana.

    sada de Triacastela, o Caminho bifurca-se. Pode-se

    continuar directamente at Sarria atravs de uma cadeia develhas aldeias de grande tradio jacobeia A Balsa, San Xil,Montn, Pintn, Calvor e San Mamede do Camio e umapaisagem rural de exuberante beleza e com mostras nicasde vegetao autctone.Igreja de Santiago de Triacastela

    Mosteiro de Samos

    No entanto, outros peregrinos preferem desviar-se em direco a sul,buscando a hospitalidade dos monges do mosteiro beneditino deSamos, que mantm viva a antiga hospedaria. A etapa em direco localidade de Samos (530 m) oferece no s o desfrute do antigomosteiro, como tambm o das belas paisagens que atravessa o rio

    Sarria e o de aldeias como San Cristovo, Renche e San Martio.O mais caracterstico da arquitectura popular da zona encontra-se aqui.

    O mosteiro de Samos est considerado como um dos mais antigos doOcidente, j que as suas origens remontam ao sculo VI. A primeiracomunidade monstica seguia o iderio asctico dos monges coptasdo deserto, reforada pela Regra de So Frutuoso. Em finais do sculo

    VIII, Samos educa o futuro rei Alfonso II o Casto, impulsor da difusodo sepulcro de Santiago que durante o seu reinado foi descoberto.

    Com a adopo da Regra de So Benito, em 960, o mosteiro ocupa-seda hospitalidade aos peregrinos e constri nas suas imediaes, porvolta do ano 1000, a singular capela do Salvador, conhecida como acapela do Cipreste devido grande rvore desta espcie,superando os mil anos de vida, que se encontra mesmo ao lado.

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    Albergu

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    Durante a Idade Moderna, a fora econmica ecultural do mosteiro de Samos potencia umagrande renovao arquitectnica. Neste processoperde-se a igreja romnica, que deu lugar a umgrandioso templo do sculo XVIII. Da obramedieval resta apenas uma portada interior.

    O claustro menor do mosteiro, iniciado em finais dosculo XVI, popularmente conhecido como o das

    Nereidas pela singular fonte barroca situada na suaparte central. Em 1685 inicia-se o grande claustro,um dos maiores de Espanha, e cuja construo duraat 1746. No centro deste espao, levanta-se umaesttua do erudito Padre Feijoo, que residiu nestemosteiro vrios anos, desde finais do sculo XVII.Dentro do grande conjunto de retbulos da igrejamonstica destaca-se o maior, realizado entre 1781e 1785 pelo escultor galego Jos Ferreiro.

    Tanto sigamos o itinerrio de Samos como o deSan Xil, o lugar de encontro ser Sarria (453 m),a localidade mais povoada do Caminho Francs naGaliza, com mais de sete mil habitantes. Em Sarriafaleceu em 1230 o rei Alfonso IX, fundador desta vilae de Triacastela, quando peregrinava a Compostela.

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    Torreo do castelo medieval. Sarria

    Ponte da spera. Sarria

    J nesta localidade, desde a singular rua Maior se observa,ao fundo e no alto, a nica torre conservada do castelo medievalda vila. Nas imediaes deste torreo celebra-se trs vezes cadams uma popular e concorrida feira, um escaparate de produtostradicionais da zona.

    Do passado medieval sarriano subsistem a igreja de San Salvador,romnica e com fachada gtica do sculo XIV, e o convento deA Magdalena (actualmente de Padres Mercedarios), fundadoa princpios do sculo XIII como hospital de peregrinos pordois religiosos italianos da Ordem dos Bem-aventurados

    Mrtires de Cristo, tambm peregrinos. O edifcio actual,com um pequeno mas formoso claustro e umainteressante igreja, mistura diversos estilos deconstruo ss. XV-XVIII.

    Para alm do hospital de A Magdalena em Sarria,funcionaram outros nesta zona, como o de Santo Antn(s. XVI), fundao de don Dins de Castro, que atendiaos peregrinos quando voltavam de Santiago, e o de

    San Lzaro. No entanto, tambm esto documentadosoutros em Aguiada (Calvor), O Carballal (Vilar deSarria), Santa Mara (Orto) e Goin.

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    Claustda M

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    De Sarria sai o peregrino definitivamente atravs da velha pontede A spera, a caminho da igreja de Santiago de Barbadelo, qual se chega depois de percorrer uns 4 km, e aps cruzar uma

    das mais formosas carballeiras carvalhal do trajecto. Estaigreja romnica, que pertenceu a um pequeno mosteiro, destacatanto pela sua estrutura como pela singularidade dos seus capitis.

    Cruzando entre contnuas massas arbreas, prados e terras delavragem, atravs de trajectos que anunciam vestgios de antigascaladas, o Caminho entra no municpio de Paradela.Nas proximidades da aldeia de Ferreiros situa-se a igreja romnicade Santa Mara (s. XII), com uma escultrica portada de tripla

    arquivolta e tmpano lobulado, e um pequeno mas interessantealbergue de peregrinos que assoma junto a outra bela carballeira.

    As Cortes outra das parquias de Paradela cruzada pelo Caminho.O seu solar acolheu o mosteiro de Santa Mara de Ribalogio. A suaigreja original, conhecida agora como Santa Mara de Loio, foi acasa me da Ordem de Santiago da Espada, fundada em 1170 na

    Sarria Portomarn

    Igreja de Santiago de Barbadelo

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    Estremadura com o nome de freylesde Cceres. comunidade guerreira deCceres juntaram-se os cnegos regulares de Loio,o que explica a dupla condio de clrigos e cavaleirosque ostentavam os membros da Ordem de Santiago.

    No meio de uma paisagem ampla e agradvel o trajecto descej at s ribeiras do rio Minho, nas quais assomam pela primeira

    e nica vez no Caminho Francs da Galiza as terras de cultivoda vide. Para entrar na localidade de Portomarn (380 m) necessrio cruzar a ponte construda a princpios dadcada de 1960 para superar a represa de Belesar,no Minho. Ao fundo, se o nvel das guas opermite, observam-se intactos os arcos daantiga ponte sobre o Minho. Tambm podemser visveis as runas do velho Portomarn,arrasado pelas guas, devido construo da

    represa, pese a ser uma das localidades maisformosas e ricas em patrimnio da Galiza.

    Alpo

    de Sa

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    O velho Portomarn estava formado pelos burgosmedievais de San Pedro e San Nicols e mantinha uma daspontes romano-medievais mais clebres do caminho.Desde meados dos anos sessenta, o novo Portomarnsurge aos olhos do peregrino ao final do actual viaduto.

    Ao novo lugar trasladaram-se unicamente partes de algumpao e as igrejas romnicas de San Pedro e de San Nicols

    (hoje de San Xon). Esta ltima foi construda em finais dosculo XII por uma oficina de discpulos do Mestre Mateo,autor do Prtico da Glria da catedral compostelana.A portada principal mostra justamente a influncia dofamoso Prtico compostelano, incorporando um programade inspirao apocalptica semelhante. No tmpano estCristo, emoldurado pelas arquivoltas onde se acomodamos vinte e quatro Ancios do Apocalipse com ctaras eoutros instrumentos, formando a corte do Juiz Supremo.

    Vista de Portomarn

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    San Nicols de Portomarn era igrejapertencente Ordem de So Joode Jerusalm, depois chamadaOrdem de Malta. Os monges destaordem protegiam este trecho doCaminho, a ponte e os dois hospitaisdo burgo de San Pedro. Para almdisso, cuidavam do hospital de San

    Nicols, fundado por dona Urraca.Este edifcio, hoje desaparecido, foiconstrudo em 1126 pelo mestrePedro Deustamben, chamado PedroPeregrino. Era um hospital de modelobasilical, com trs naves e abside nacabeceira, onde se situava a capela.

    No burgo de San Pedro havia outro

    hospital de peregrinos e umaleprosaria atendida pelos cavaleirosde So Lzaro, que prestava um dosservios hospitalrios e misericordiososmais relevantes do Portomarn medieval.Apesar das melhores terras de vinhedosterem desaparecido com a construo darepresa de Belesar, Portomarn continua aproduzir um dos mais reconhecidos licores

    de aguardente da Galiza, ao qual se dedicacada ano uma festa muito concorrida.

    Igreja de San Xon de Portomarn

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    Na continuao de Melide, Boente, com a sua igreja de Santiago,e Castaeda, so outras duas pequenas localidades com antigatradio jacobeia, a segunda sobretudo como lugar de instalaopara os fornos de cal empregue na construo da catedral de

    Santiago. As pequenas pedras que os peregrinos medievaistraziam desde as canteiras calias de Triacastela at aqui eramalgo mais que um smbolo de participao na referida empresade construo.

    Mais adiante o peregrino cruza o rio Iso por uma pequena pontede origem medieval que d acesso a outra significativa instalaoassistencial: o hospital de Ribadiso, o ltimo espao histrico quepermaneceu aberto no Caminho Francs ao servio do peregrino.

    O edifcio, imediato ao rio, foi restaurado e recuperado comoalbergue de peregrinos em 1993, conformando um espaoenvolvente de notvel beleza.

    Melide Arza

    O Caminho por Arzua

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    Na vila de Arza (388 m), o Caminho Francs recebe os peregrinos

    procedentes do Caminho do Norte. Nesta localidade, famosa pelagrande riqueza de queijos da comarca, o peregrino ainda hojepode encontrar diversos vestgios jacobeus, como a rua doCamio, a igreja de Santiago e, tambm, a capela gtica deA Magdalena, pertencente a outro desaparecido hospital.

    A partir de Arza perde relevncia a omnipresente vegetaoautctone galega. No entanto, isto no impede que se possadesfrutar na zona de uma variada oferta de turismo rural que tem

    na represa de Portodemouros e nas suas imediaes a sua principalreferncia (diversidade de alojamentos, museu do mel, rotas depedestrianismo, instalaes para desportos aquticos, etc.).

    A

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    Neste trecho o Caminho interna-se de novo entreprados, carvalhos e eucaliptos que rodeiam pequenas

    aldeias, algumas com topnimos de ressonnciajacobeia: Calzada, Calle, Ferreiros, A Salceda, A Brea,Santa Irene singular igreja e fonte e A Ra, esta j sportas de Arca, capital do municpio de O Pino,o ltimo antes de Santiago.

    J no municpio de Santiago, e depois de passar pelasimediaes do aeroporto da cidade, o peregrinochega ao ncleo de A Lavacolla. Aqui os peregrinosde antigamente tinham por tradicional e higinicocostume lavar o corpo inteiro no riacho que passa pelolugar. Esta prtica da lavagem integral era frequentetambm em diversos hospitais do Caminho deSantiago, comeando pelos de Roncesvalles e Navarra.

    Arza Santiago de Compostela

    Capela de Santa Irene

    Peregrinos por Arca

    Deixando atrs Lavacolla, est j muito prximo o Montedo Gozo (380 m), uma pequena elevao a partir da qual os

    peregrinos tinham, pela primeira vez, a ainda distante visodas torres da catedral de Santiago, da o topnimo com oqual se conhece este lugar. Este monte, convertido desdeo Ano Santo Compostelano de 1993 em zona residencialpara peregrinos e visitantes e espao de desfrute eencontro, situa j o peregrino no incio do trecho urbanoque o levar s portas da catedral compostelana.

    Durante a primeira parte deste trajecto os peregrinosdemoravam-se, felizes, proclamando comorei da peregrinao o primeiro dogrupo que tinha chegado ao cimodo Monte do Gozo.

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    Capela de S

    Monu

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    1 CatedralPorta SantaPao de Xelmrez

    2 Pao de Raxoi

    3 Pousada dos Reis Catlicos

    4 Colgio de San Xerome

    5 Igreja de San Fructuoso6 Colgio de Fonseca

    7 Casa do Cabido

    8 Casa da Conga

    9 Casa da Parra

    10 Convento de San Paio de Antealtares

    11 Mosteiro de San Martio Pinario

    12 Igreja de San Martio Pinario

    13 Casa do Deo Posto do peregrino14 Pao de Vaamonde

    15 Pao de Bendaa

    16 Igreja de Santa M Salom

    17 Convento de San Francisco

    18 Convento do Carme

    19 Convento de Santa Clara

    20 Igreja e antigo hospital de San Roque

    21 Casa Gtica. Museu das Peregrinaes22 San Domingos de Bonaval.Museu do Povo Galego

    23 Centro Galego de Arte Contempornea

    24 Faculdade de Geografia e Histria

    25 Igreja da Universidade

    26 Igreja de San Fiz

    27 Convento e igreja de Madres Mercedrias

    28 Colgio de As Orfas

    29 Igreja de San Miguel dos Agros

    30 Igreja de Santa Mara do Camio

    31 Igreja de San Bieito do Campo

    32 Convento de Santo Agostio

    33 Colgio de San Clemente

    34 Capela Geral de nimas

    35 Capela de Santiago

    36 Igreja do Pilar

    37 Colegiada de Santa Mara a Real de SarCaminho Francs

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    Plano do Centro Histrico de Sa

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    Rede de albergues

    A partir de 1 de Janeiro de 2008, para aceder aosalbergues o peregrino dever comprar em cada umdeles uma senha-albergue (3 ), que d direitounicamente ao uso das instalaes em que foiadquirida e na data que figura no verso da mesma.No ser vlida em qualquer outra data nem em

    qualquer outro albergue. S se poder permaneceruma noite em cada albergue, com excepo dos doMonte do Gozo e de S. Lzaro, ambos em Santiago deCompostela, e o nmero de peregrinos acolhidos pordia estar limitado s camas de que cada instalaodispuser. A ordem de preferncia a do costume:peregrinos a p, a cavalo, de bicicleta e os que viajamcom carro de apoio.

    Uma vez adquirida a senha muito importante

    conserv-la at se abandonar o albergue, casocontrrio, os albergueiros podero pedir ao peregrinoque desocupe as instalaes. O albergue dever

    Da esquerda para a direita:albergues do Cebreiro, Triacastela, Sarria e Arzua

    deixar-se livre antes das 8 da manh para permitira sua limpeza. Este permanecer aberto das 13 ats 22 horas.

    No caso de chegar algum peregrino commobilidade reduzida e o albergue ter a suacapacidade lotada, poder pedir-se a colaborao

    das pessoas j alojadas de forma a acomod-lonas instalaes.

    Em todo o caso, o peregrino e quantos se acercamao Caminho de Santiago dispem doutrasalternativas para o momento do seu descanso.Diversos centros religiosos e municipais atendemtambm o peregrino, sobretudo nos momentos demaior afluncia. Nos ltimos anos tambm temaparecido, ao longo das distintas rotas,

    uma moderna e variada rede de hotis e casas deturismo rural que diversificam os servios e atractivosdo Caminho.

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    ServiosCmaras Municipais

    Pedrafita do CebreiroPraa de Espaa, 2Tf.: 982-367103Fax: [email protected]

    TriacastelaPraa da Deputacin, 1Tf.: 982-548147Fax: [email protected]

    SamosPraa Espaa, 1Tf.: 982-546002Fax: 982-546122

    SarriaRua Maior, 14Tf.: 982-535000Fax: [email protected]

    www.concellodesarria.net

    ParadelaRua Cabaleiros de Santiago, n 15Tf.: 982-541101Fax: [email protected]

    PortomarnPraa Conde Fenosa, 1Tf.: 982-545070

    Fax: [email protected]

    MonterrosoPraa de Galicia, s/nTf.: 982-377001Fax: [email protected]/monterroso/index1.htm

    Palas de ReiAvda. Compostela, 28Tf.: 982-380001Fax: [email protected]

    MelidePraa do Convento, 5Tf.: 981-505003Fax: 982-506203

    [email protected]

    ArzaRua Santiago, 2Tf.: 981-500000Fax: [email protected]

    O PinoPedrouzo, s/n. ArcaTf.: 981-511002Fax: [email protected]

    Santiago de CompostelaPraa do Obradoiro, s/nPazo de RaxoiTf.: 981-542300Fax: 981-563864

    [email protected]

    Urgncias mdicas061

    Emergncias(de todo o tipo, gratuito e internacional)112

    Informaao Jacobeo

    O CebreiroTf.: 982-367025

    Posto de Informaao, SantiagoTf.: 902-332010Rua do Vilar, 30-32, [email protected]

    www.xacobeo.es

    Central de Reservasde Turismo Rural

    Tf.: [email protected]

    Postos de Turismo

    LugoPraa Maior, 27-29Tf.: 982-231361

    A CoruaDrsena da Maria, s/nTf.: 981-221822

    Santiago de CompostelaRua do Vilar, 30-32, rs-do-choTf.: 981-584081

    Turgalicia

    Tf.: 902-200432Fax: 981-542510

    www.turgalicia.es

    Urgncias

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    A descoberta do sepulcro do apstolo Santiagoo Maior, a princpios do sculo IX, gerou de imediatouma populosa corrente de peregrinao emdireco a este lugar, no qual hoje est acidade galega de Santiago de Compostela.Esta afluncia acabou por formar, desde os mais

    diversos pontos de Europa, uma densa rede deitinerrios conhecida, no seu conjunto, como oCaminho de Santiago, ou a Rota Jacobeia.

    Os momentos de maior apogeu daperegrinao produziram-se nos sculosXI, XII e XIII com a concesso de determinadasindulgncias espirituais. No entanto,esta corrente manteve-se, com maior ou menorintensidade, ao longo dos restantes sculos.Desde a segunda metade do sculo XX,o Caminho de Santiago vive um novo renascerinternacional que combina o seu tradicionalacervo espiritual e sociocultural com o seupoder de atraco turstica e como renovadolugar de encontro aberto a todo o tipo degentes e culturas.

    Tradicionalmente, os perodos de maior afluncia de

    peregrinos e visitantes no Caminho coincidem comos Anos Santos Compostelanos, que se celebramcada 6, 5, 6 e 11 anos, mas qualquer ano e momento

    idneo para realizar algum itinerrio desta rota e visitara cidade que tem como meta: Compostela.

    Os Caminhos de Santi

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    O Caminho de Santiago gerou ao longo dos seus doze sculos deexistncia uma extraordinria vitalidade espiritual, cultural e social.Devido sua existncia nasceu a primeira grande rede assistencial daEuropa e foram criados mosteiros, catedrais e novos ncleos urbanos.

    Pelo encontro entre gentes de to diversa procedncia que estarota propiciou, surgiu uma cultura baseada no intercmbio abertode ideias e correntes artsticas e sociais, assim como um dinamismosocio-econmico que favoreceu, sobretudo durante a Idade Mdia,o desenvolvimento de diversas zonas de Europa.

    A marca do Caminho e dos peregrinos a Compostela reconhecvelnuma infinidade de testemunhos pblicos e privados, em distintasmanifestaes de arte ou, por exemplo, nos mais de mil livros que

    nas ltimas dcadas se ocuparam, em todo o mundo, desta senda,obra e patrimnio de todos os europeus.

    As vias principais do Caminho de Santiago foram declaradasPrimeiro Itinerrio Cultural Europeu (1987) pelo Conselho deEuropa, Bem Patrimnio da Humanidade pela UNESCO nos seustraados ao longo de Espanha e Frana (1993 e 1998,

    respectivamente) e Prmio Prncipe de Astrias daConcrdia 2004, outorgado pela

    Fundao Prncipe de Astrias.

    Caminho de Europa

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    A Pennsula Ibrica formaria parte, segundo

    determinados textos antigos, das terras nas quaiso apstolo Santiago predicou o cristianismo. Apsmorrer decapitado na Palestina, por volta do ano 44 d.C.,os seus discpulos, segundo a tradio, trasladaram o seucorpo numa nave at Galiza, uma das terras hispnicasincludas na sua predicao.

    Os difceis tempos dos primeiros anos do cristianismoe o despovoamento de grande parte do norte peninsular

    teriam levado ao esquecimento do lugar de enterro.No entanto, por volta do ano 820 so descobertos unsrestos que as autoridades eclesisticas e civis consideraramcomo sendo os de Santiago o Maior. Sucede isto numperdido bosque galego e o acontecimento daria lugar aonascimento da actual cidade de Santiago de Compostela.

    Convertida na atractiva meta de uma peregrinao quelevava ao sepulcro do nico apstolo de Cristo enterradoem solo europeu, juntamente com So Pedro, em Roma,

    a Santiago chegaro, ao longo dos sculos, peregrinos detodas as procedncias e pelos mais diversos itinerrios.

    Galiza, o pas de Santiago

    40

    Devido grande diversidade de procedncias dos peregrinos,iro definindo-se sobre o solo galego seis itinerrios principaisde chegada de toda Europa.

    O itinerrio que alcana uma maior concorrncia e relevncia,tanto socio-econmica, como artstica e cultural, o denominadoCaminho Francs, que entra em Espanha, a partir de Frana,pelos montes Pirenus, e na Galiza pelo mtico alto de O Cebreiro.

    No entanto, outros cinco itinerrios conseguiram adquirir,mesmo assim, o seu lugar na histria das peregrinaes jacobeias.

    Caminhos jacobeus galegos

    Caminho Fra

    Caminho doVia da Prata

    Caminho PoRota do mare rio Ulla

    Caminho de

    Caminho Ing

    Caminho do

    Caminho Pr

    41 O Caminho Francs

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    So os Caminhos Primitivo e do Norte, quealcanaram relevncia nos primeiros tempos

    da peregrinao, com dois traados principaisque entram na Galiza pelas Astrias,procedentes do Pas Basco e Cantbria;o Caminho Ingls, seguido sobretudo pelosperegrinos que, partindo do norte de Europae as Ilhas Britnicas chegavam a portos comoos de A Corua e Ferrol; o CaminhoPortugus, que desde o sudoeste da Galizautilizavam os peregrinos procedentes dePortugal; e o Caminho do Sudeste, pelo qualse dirigiam a Santiago os peregrinos que,desde o sul e centro da Pennsula, seguiam apopular Via da Prata, entre Mrida e Astorga,para continuar, por terras de Ourense,em direco a Compostela.

    O Cebreiro. Caminho FrancsOseira. Caminho do Sudeste Via da Prata

    Compostela e credencial Corunha. Caminho Ingls

    Tambm se consideram itinerriosjacobeus, pela sua simbologia histrica,

    outros dois. So o Caminho de Fisterra-Muxa, utilizado por determinadosperegrinos medievais que, depois devenerarem a tumba apostlica,se sentiam atrados pela viagem atao cabo Finisterra, o extremo ocidentalda terra naqueles tempos conhecida,e a denominada Rota do mar de Arousae ro Ulla, que rememora o itinerrio peloqual, segundo a tradio, chegaramde barco Galiza os restos mortaisdo Apstolo (s. I).

    43 O Caminho Francs

    Caminho de