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JULHO DE 1954N.° 2024— ANO XLIX

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osCRUSTÁCEOS

S crustáceos perten-cem a uma classe

de animais articuladosque compreendem as la-gostas, carangueijos, si-ris, etc, que todos vocêsconhecem.

Nesta página vão de-senhados crustáceos de formasestranhas que vivem, reprodu-zem-se e morrem. Vemos, porexemplo, o primeiro à esquerda,carangueijo existente na Ocea-nia, que sobe nos coqueiros, ànoite, para comer cocos; e todosos demais, cada qual mais estra-nho em sua forma, parecendo de-senhos fantásticos de um artistafebril.

Nos crustáceos, em geral acabeça é ligada, por um certonúmero de anéis, ao tórax, paraconstituir o céfalo-tórax. Têmum par de olhos e um par deantenas.

O desenvolvimento desses ani-mais é processado, em geral, pormetamorfoses, ou mudanças deestado e de aspecto, muito com-plicadas.

Os crustáceos vivem a maiorparte do tempo no mar ou naágua doce dos rios e lagos.

Apenas um reduzido númerode espécies pode viver no arúmido. .

A carne da maior parte doscrustáceos, cozida, é saborosa emuito apreciada para comer, edaí a procura que têm esses habi-tantes do mar.

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Lições <£ ViWÍMeus netinhos:

OV,'??* acontecimentos que tiveram lugar entre estudantes doColégio Mihtar e da Escola Técnica Nacional, dois dos maisimportantes estabelecimentos de ensino da Capital Federal, devem serum motivo de alerta para o espírito de vocês.

Aquelas cenas lamentáveis, que, felizmente, já são coisa do passa-do, devem, apesar disso, estar presentes, pelas suas dolorosas conseqüên-cias, na lembrança de todos os meus netinhos, para que de futuro evitema criação de circunstâncias capazes de dar origem a molentendidosiguais.

Deve haver, entre os estudantes união, harmonia, fraternidade e camaradagem.Os colégios ginásios, institutos, são viveiros de onde sairão os oa-tr.otas de amanhã, todos amando o Brasil com o mesmo ardor todosansiando ser bons, prestativos e valorosos. 'As desinteligências, rivalidades, implicâncias, entre irmãos -e to-dos os brasileiros sao irmãos por sentimento e tradição — não têm cabi«mento, e muito menos entre aqueles que, pela idade, não devem estarainda envene Vos pelo ódio e pela violênciaA crise lamentável, passou. Que permaneça, porém, a lembrançados seus tnstes resultados, como um aviso, uma advertência a todos vo-ces, de todos os estabelecimentos de ensino do Brasil.

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A CICAR./. th GAlfJWA

ACABAM de nascer os pintinhos. Brancos como casulos de algodão, pretos e luzidios

como o veludo, dourados como espigas de milho.Mamãe galinha conta-os: — um, dois, três... dez... Falta um ! — diz, pensativa.Logo em seguida, no entanto, surge a cabecinha do décimo primeiro por entre a cas-

ca do ovo entreaberto. Parece uma bolinha de seda côr de cobre. A galinha ajuda-o adesvencilhar-se e contempla-o amorosamente. Em seguida, muito feliz, abre as asas pro-tetoras sobre a numerosa prole.

Os pequenitos estão aflitos para conhecer o mundo. Por isso, não sossegam.Mamãe, que somos nós ?Vocês são pintinhos.E por que aquele que

está lá no fundo do galinhei-ro é tão grande ?

Aquele não é um pin-to, meus filhos, é um pato.

E aquilo ali» o que é ?— disse um pintinho,

E' uma nogueira...E o que faz ?

Dá nozes, fruto muito apreciado pelos meninos.E que são meninos, mamãe ?

A galinha não respondeu imediatamente. Ficou a meditar por algum tempo. Não sa-bia como descrever um menino com exatidão. Depois respondeu:

Na realidade, são uns pintinhos também, mas sem bico nem penas...Naquele momento, aproximam-se da nogueira dois meninos, filhos dos dono da casa.

Olhem ! Aqui estão dois meninos — acrescentou Mamãe-Galinha, indicando-os,satisfeita por poder ilustrar com exemplo vivo a lição que acabava de dar aos filhos.

Então o. casulos de seda se agruparam para vêr, cheios de admiração, os grandes pin-tos sem penas nem bico. De repente, uma cigarra que se achava por perto, começou a can-

tar. A galinha arrepiou as pe-nas, dando mostra de irritação.

Mamãe ! Mamãe ! —gritou o último dos recém-nas-cidos, indicando com o bico acigarra que entoava uma ale-gre melodia. — E isto, o que é?

E' uma louca que nãofaz outra coisa senão cantar etrocar de roupa — respondeuMamãe-Galinha, que, é bomesclarecer aqui, era pouco pru-dente na linguagem que usavacom relação a certos seres...— E' uma preguiçosa !

E, para que os filhinhosnão ficassem olhando a cigar-ra, decidiu dar uma volta pelogalinheiro.

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O TICO-TICO IULHO. 1954

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|\J OITES após, o pintinho côr de cobre, queera o mais mimado pela mamãe, feriu

uma das patinhas. Como chorou o pobrezinho!Tristeza maior sentiu nos dias seguintes,

quando seus irmãosinhos, acompanhados daMamãe-Galinha, passeavam felizes pelo ter-reiro, ou mais longe, enquanto êle tinha queficar sozinho e pensativo, no leito de palha,sob a sombra da nogueira. A mãe certamentepreferia fazer-lhe companhia, mas, como po-dia abandonar os outros filhos por causa de umsó ? A única coisa que podia fazer era pensarconstantemente nele, trazendo-lhe compridasminhocas e grãos de milho saborosos.

O pequenito, entretanto, se aborreciaUm dia, em que êle se achava mais

triste ainda, ouviu um leve ruido na árvore. O pintinho olhou para cima e viu a cigarra.Bom dia, senhora ! — disse cordialmente. .Bom dia, pequeno ! Que fazes aí sozinho ?Tenho uma patinha ferida e não posso andar. Se a senhora soubesse como estou

aborrecido !Queres que te faça companhia ?E como poderia distrair-me ?.. — disse, lembrando-se das palavras que tinha

ouvido da mãe. A cigarra, então, pôs-se a cantar. Sua melodia era repleta de luz, sol, es-perança... Enquanto a cigarra cantava o pequenino enfermo sentia que nova alegria nas-cia no mais profundo do seu coração. Que maravilha ! Já não sentia a dor do ferimen-to, tão poderoso é o efeito do canto nas criaturas sensíveis ! E quando Mamãe-Galinha che-gou, trazendo-lhe um tenro broto, êle lhe disse com resolução, indicando a cigarra:

Dê-lho a ela, mamãe ! — e em seguida acrescentou: — Se soubesse como foi boae gentil comigo ! Além disso, prometeu-me que me fará companhia até que eu fique com-pletamente curado. Então Mamãe-Galinha, vendo as coisas pelos olhos do filho, convidoua cigarra a que descesse ao chão. Quando esta se aproximou deu-lhe o broto e, fazendo-lhe uma reverência, disse:

Permita-me quelhe ofereça este manjar.A cigarra aceitou o pre-sente muito sensibilizada.Estava feliz por haver en-contrado uma família tãosimpática e amável. Porsua parte a galinha sen-tiu um profundo remorsopor ter feito um juízo tãopouco lisonjeiro com rela-ção à cigarra, que agoradava prova de ser boa eamiga, e prometeu a simesma nunca mais julgaros outros com prevenção,e sim com tolerância ebondade.

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JULHO. 1954 O TICO-TICO

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Desta vez a coisa foi séria e Tamarindo, Carapetão e Simplicioforam mandados passear. Acabavam de sair da iábrica, quando vi-ram um estúdio cinematográfico. I

— Está pra nós ! — disse Tamarindo. — Vamos entrar e ganhardinheiro ! Dinheiro e fama !

Entraram, de fato e foram falar ao Diretor. Tamarindo se apre-sentou como sendo técnico com todos os cursos, entendido em cine-ma como o professor Peri Patético. E disse logo que tinha planos,muitos planos... U-ma bê-lê-za !

— Ja que o senhor é mesmo o tal — disse o Diretor, — vamos fa-zer um grande filme: "A História de Cleópatra e Marco Antônio".Está feito? — Combinado! — gritou Tamarindo. — Isto é pintoDará um cineasta como eu !

Deram-lhe um gabinete especial. E começaram os estudos, ar-ranjos, combinações, preparativos... Tamarindo fremia... E osartistas? Aí é que pegava o carro ! Tinham todos entrado em férias.Nenhum queria trabalhar !

Então Tamarindo decidiu:— Você, sêo Carapetão, vai ser o tal Marco Antônio. E o nosso

pequeno Simplicio terá outro papel, mais importante ainda...Os ajudantes não sabiam o que dizer, coitados. Se o "chefe" or-

denava...

Afinal, tudo acertado, chegou o dia da filmagem. Aprontaramos cenários, puseram a postos os operadores, Tamarindo agarrouo megafone, o Diretor acendeu um charuto e... ia começar a "ro-dada"...

^WPT^^SMÍ Wl Ü—- j^jSdíflSf^

... quando, a um sinal de Tamarindo, apareceram Marco Antônio E> como se aquii0 íosse 0 resuitado de uma praga o fim da his-e Cleópatra, de braços dados. Foi, não há dúvida, um sucesso, mas tória foi igual ao de tantos outros: Tamarindo corrido, enxotadosucesso negativo, daqueles de que ninguém «costa, ameaçado de uma bela surra.

O Diretor quase enguliu o charuto (Continua)

O TICO-TICO JULHO - 1954

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^J^&Á ^_r^VaWIá

í_í»a ou,f_Zer uma visita. Zé Bacorinho - disse donaLeitoa ao -lho- Enquanto eu estiver ausente, é-pre-aso teres juízo! Não deves brincar no rio. E não devesandar na lama. E não deves apanhar chuva. E não deves...

„ u°na ,Leitôa disse mais uma porção de "não de-ves isto e uma porção de coisas que Zé Bacorinhonão devia fazer.

tul^i

E não devia fazer, porqueeram coisas perigosas. Podiamter más conseqüências.Eu sei, minha mãe —disse êle. - Pode ir descan-cada.

Posso, mesmo?Pode...Dona Leitôa, então, foi fazer

asua visita. E o filho ficou en-tão como queria: sozinho!E mal ficou só, logo

esqueceu o que tinhaprometido à mãezinha.

E saiu, dando puloscontente da vida. E foi para a beira do rio'i*r^<—^--_$_'^_ri-~'>-»do capim molhado, jogou pedrinha no rio" Sr^er aqS __%_

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casa, Ítl-^_^^J^ *>--* e correu para

íi^___r^_i_^-s___^«metido na cama, quietinho, quietinho.... Ja la elogiar o comportamento donino, quando ouviu um espirro.

Zé Bacorinho - que devia se chamarZe Desobediente, ou Zé Feio - estavana cama, mas doente, muito doente, comfebre, tremendo, com dôr de cabeça...Uona Leitoa logo compreendeu tudo-oração de mãe não se engana, nãose engana...E foi assim gue a desobediência maisuma vez foi punida, a desobediênciaessa coisa tão feia que até Deus castiga

ISTO ACONTECEU...NO ANO 1745, NA BATALHA

DE F0NTEN0I

Nesta batalha, ganha em 11de Maio de 1745 pelos france-ses, que lutaram contra os in-gleses, aliados com os holan-deses e austríacos, sucedeu umfato que se tornou famoso.

0 exército inglês havia sidobastante castigado quando oDuque de Cumberland teve aidéia de unir em uma poderosacoluna a infantaria anglo-ale-mã e atacar em fileiras cerra-cas contra o e-ército francês.

Esta espécie de batalhão triangular, que logo ficou célebre, avançava,espalhando a morte por onde queria. Quando a coluna estava a ape-nas cinqüenta passos dos guardas franceses, os oficiais se cumpri-mentaram e Lord Hay, saindo das filas, disse, tirando antes seuchapéu:

Senhores da guarda francesa, disparai vossos fuzis.O Conde de Anteroche, porém, adiantou-se e respondeu em voz

alta.Depois de vós, senhores ingleses. Jamais atiramos primeiro.

Esta intempestiva cortesia custou cara aos franceses: uma tre-mentia descarga terminou sua primeira linha de atiradores.

AO CELEBRE PINTOR DAVID, QUANDO EXPUNHA UMDE SEUS QUADROS

Em uma sala de arte expunha David os seus quadros. Uma tar-le, o pintor, confundido entre os visitantes, viu que havia um grandenúmero de pessoas admirando uma de suas melhores telas. Em dadomomento notou que um indivíduo, que pela aparência denotava serum cocheiro de praça, tinha uma atitude desdenhosa ao olhar a suairelhor obra, e interrogou-o:

JULHO — 1954

• Vejo que nao Itie ãgradãesTêquadro?É verdade que não.

Entretanto, diante dele se detém a multidão.Não sei porque o faz. Observe você que ignorante deve ser oartista que pintou o cavalo com a boca coberta de espana * que, to-davia, nao tem bridão.David não contestou. Porém, quando o salão fechou, "limpou" aespuma.

ENTRE HENRIQUE IV DA FRANÇA E TRÊS DOS SEUSMINISTROS

Henrique IV, desejando tornar conhecido a um embaixador es-trangeiro, que o visitava, o caráter de seus diferentes ministros, dis.<.>que o faria em pouco tempo e para isto usou o seguinte pretexto.Chamou um após o outro, todos três ministros e lhes disse:Esta viga aqui ameaça ruir. 0 que me aconselhas fazer?

Vijleroi, sem siquer levantar os olhos, aconselhou que fosse sub*-tituida.Jeamin, em seguida a cuidadosa inspeção, declarou que não via

nada de anormal, mas. que em todo caso, era prudente chamar uniespecialista, que aconselharia o melhor.Sully, que foi o último a ser consultado, respondeu bruscamente:

Sir, quem o atemorizou desta maneira? Esta viga durará mai*do que o senhor e do que eu.

QUANDO OS FRANCESES INVADIRAM O CANADA

Em uma das expedições que os franceses fizeram ao que mai<tarde se chamou Canadá, um oficial foi aprisionado por um selvagemque lhe tirou o relógio. O francês, conduzido ao chefe dos peles vri-melhas, pediu que fizesse com que o selvagem lhe devolvesse a jóia.pois para êle era uma inestimável recordação de família. Que emtroca lhe daria qualquer outra coisa que possuía. O selvagem foi cha-mado pelo chefe que o fez ciente do desejo do francês. Então, o s<l-vagem tirou dentre suas roupas o relógio e com ar de indiferença,disse: '"Não o quero mais. O bichinho morreu"'.

Na verdade, o relógio, que o pele vermelha havia tomado por umser vivo. não fazia mais o tic-lac por falta de corda.

O TICO-TICO

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A VERDADE _. A _ A ^T^, TTT,T^v_^ ,_sobre a CARANGUEJEIRAnos laboratórios, bastandopara isso usar uma campânu-Ia ou um funil de vidro. Re-querem, entretanto, as caran-guejeiras, um mínimo de cui-dados especiais: um recipientecom água sempre limpa; ali-mentação (insetos ou mesmocarne crua) uma a duas vezespor semana, e um banho desol duas a três vezes por mês.Assim, poderão viver de 5 a 6anos, proporcionando aos es-tudiosos observações muitíssi-mo curiosas.

Observamos, por exemplo,que uma fêmea com a bolsa deovos não vacila em destruí-lose sugá-los, se deixada comfome ou sede. Processando-sea eclosão, por outro lado, ecomo a produção sobe a váriascentenas, os filhotes vão se en-tredevorando, havendo que se-pará-los.

Sendo de visão muito restri-ta, as caranguejeiras portam-se diante daquilo que lhes pa-rece alimento, de maneira bas-tante interessante. Executam,inicialmente, uma série de mo-vimentos rápidos, com as per-nas, para sentir, pelo tato,onde está a vitima. Isto porqueas aranhas possuem nas patasum órgão chamado "lirifor-me" porque constituído porpequenas fendas, recobertaspor delicada membrana, emcujo interior existem prolon-gamentos de células senso-riais. Reconhecida a presa, acaranguejeira lança-se sobreela, crava-lhe as quelíceras —apêndices preorais, termina-

QUEM não já viu, cheio de

horror, as feias e erro-neamente temíveis aranhascaranguejeiras?

Sim, erroneamente temi-veis, porque na realidade ascaranguejeiras são quasi queinofensivas, pois a sua morde-dura não é fatal, causando,embora fortes dores.

Os zoólogos, deram-lhe osmais feios nomes, tais como:" Acanthoscurria sternalis ","Gramostola actaen", "Pam-

phobeteus piracicaben-sis", etc., seguindo, aliás, a no-menclatura adotada interna-cionalmente.

Têm esses aracnídeos o chãopor habitat, sendo encontra-dos, por vezes, nas árvores.Suas tocas, sob pedras ou ma-deiras apodrecidas, são fácil-mente reconheciveis, devido àabertura circular que possu-em, cuidadosamente revestidapor uma teia acinzentada.

Essas teias são elaboradascom tenuíssimos fios produzi-ios pelas glândulas sericíge-nas e que vão ter às fiandei-ras, em número de quatro aseis e localizadas na parte pos-terior do abdome.

Além da teia, servem-se asaranhas do fio para envolveros seus ovos, para forrar os ni-nhos e, o que é mais interes-sante, para se transportaremde um ponto a outro.

É muito comum, nos diasquentes de verão, avistarem-se nas matas as fêmeas com abolsa de ovos presa debaixodos palpos, gozando as delíciasde um banho de sol.

São fáceis de criar em cati-veiro, nas salas de aulas ou

RAIMUNDOGALVÃO

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O TICO-TICO IVLHO, 1951

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dos em garras — injetando oveneno que irá atuar* comofermento digestivo.

Digno de menção é que asaranhas não "comem" suasvítimas, mas sugam-nas, e detal forma que, ao fim de algu-mas horas, de um inseto sórestará uma bolinha de quiti-na, ou seja da substânciamembranosa que revestia seucorpo.

Após a captura da vítima, aaranha inicia o trabalho deforrar todo o chão com teia,descrevendo um movimentorotativo bastante lento, numexcesso de asseio para com orepasto que irá fazer.

Excessivamente bélico-sas, basta que se ponham duasdelas em contato para que seempenhem em luta de vida ede morte. Atacam-se de frçn-te, porém, as queliceras bemabertas e em riste. Entrela-çam os palpos e o primeiro parde patas e permanecem imo-bilizadas, numa posição carac-terística ,por vários minutos,cada qual à espera de um des-cuido da outra para que sejaaplicado o golpe mortal. Têmcomo ponto vulnerável o cefa-lotorax. Não sendo atingidoeste ponto, ao fim de algunsminutos de luta, separam-sesem maiores rancores, cadaqual reconhecendo na outrauma valorosa adversária.

O pavor que sentimos dian-te de uma caranguejeira vem,talvez, dos nossos índios, quea denominavam "nhanduas-sú" e lhe devotavam grandegrande respeito. Todavia, mui-to embora Vellard tenha con-signado a morte de um ho-mem por picada de aracnídeo,é quasi certo que não foi poruma caranguejeira, mas tal-vez por uma "Latrodectusmactans", espécie das maisperigosas da América do Sul.

( ÓLEO DE OVO ^V AMarca Registrada _^** """^v.

Cabelos sedosos

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ifcp-* ( <L-'^)1 Exija o legítimo de ^*Wi O LEGÍTIMO CARLOS BARBOSA \

__IOLEuW LEITE que traz o nome È

bo_tlOS |ARB0SA LEITE

I»l IICOIOVO

— Como conseguesandar sempre tãobem disposto? To-dos sabemos quetens tido bastantesrevezes na vida...

— Ê facílimo. £mais fácil do quevocês pensam. Bastaaceitar o impossível,passar sem o indis-pensável e suportaro intolerável. Depoistudo é fácil.

Na escola de Be-Ias Artes, o profes-sor surpreendeu umaluno da classe depintura • fumar umgrande charuto, oque era proibidopelo regulamento.

Bravo, rapai!Que grande pincel !Que vais pintar comele?

E o aluno sem seperturbar:

Nuvens.

Estou convencido de que hei-de ser um granderorador.

Um grande orador ? Tu, que mal sabes Jalar o por-tuguês! . . .

£ que tem isso ? Cicero não sabia uma palavra de:português e foi um dos maiores oradores do mundo.

FICHÁRIO DO ESTUDIOSO

Este é um dosretratos paracolar numa daifichas, no lu-gar que lhecompetir.Para isto, leiaas legendas eveja qual lhepertence.

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ALMIR. TAMANDARÉ:

JULHO, 1954 O TICO-TICO

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AS BOTINAS MILAGROSAS

LEONOR POSADA

___________*_. ^*^*C" ¦>¦ / / C--V •*-*: lTj^----~Jê^L_- ÁaJ Cx*»*-**". ~~--

Qd ^

QUANDO os dois rapazes reuniram as duas botinas, verificaram que formavam um par e que, apesar de

usadas, ainda poderiam prestrar algum serviço.Deixemo-las aqui. Algum tropeiro passará e levará para casa esse par de botinas, aproveitando-as

bem. Que alegria para êle !Tive uma idéia, disse o outro. Vamos pôr um sapo em cada uma... Aqui há tantos!...

Depois, esconder-nos-emos atrás do moita e veremos a cara do homem quando as calçar... Quesusto há-de levar !!. . .

Mas o outro retrucou:Nada, meu caro. Isso não. Por que zombar dos pobres? Olhe: em lugar de sapos, por que não colo-

camos algum dinheiro?A surpresa será melhor e que de bênçãos não nos virão ! Que achas ?

Tens razão. Façamos o que dizes.E os dois rapazes apanharam as botinas e, dentro delas, puseram todas as moedas que possuíam.Depois, colocaram-nas junto a um marco de pedra. Em seguida, atravessaram o caminho e se esconde-

ham na moita. De lá, sem serem vistos, poderiam ver a sorte das botinas ...Não foi longa a espera.Puxando um magro burrico, em cujas cangalhas se viam umas poucas hortaliças, veio chegando um tro-

peiro.Parecia triste. Descalço, mos limpo, êle puxava o animal com desânimo.Certo, alguma coisa grave lhe doía no coração. E os rapazes ouviram :

Que esrirão ainda e que pouco levo para vender... Ainda se vender tudo, bom será ... Mas... Comome doem os pés... Já se foram as minhas botinas... E onde arranjar dinheiro para comprar outras ? Lá emcasa ...

10 O TICO-TICO JULHO — 1954

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E um suspiro fundo saiu do coração do pobre homem.Estou tão cansado !...

Olhando o marco de pedra, resolveu parar um pouco. Ao se sentar, deu com o par de botinas.Encherem-se-lhe os olhos de luz.

Umas botinas ! Mas isto é um milagre ! Achar aqui, no mato, um par de botinas ainda boas ? FoiDeus quem mas enviou... E elas porecem que me servem bem... Mas isto é um milagre ! ... Meu Deus,que bom !

E, feliz, abaixou-se, apanhou as botinas e dispôs-se a calçá-las.

Quando, porém, tomou uma delas e a virou para nela meter o pé, as moedas com que os rapazes a en-cheram começaram a cair.

Que ? Dinheiro ? Mas, é mesmo o bom Deus que se amerceia de mim, dando-me tudo isso paraacudir lá em casa...

E, rápido, apanhou a outra botina. Nova chuva de moedas...O pobre tropeiro, tonto, não sabia se as apanhava, se calçava as botinas ou se agradecia a Deus tanta

coisa boa junta...Por fim, querendo dar expansão à imensa alegria, correu para o burro e, segurando-ihe o focinho ami-

go, deu-lhe um grande beijo e um apetitoso molho de alface, dizendo:Toma, meu amigo. Estou feliz. Não sei a quem agradecer, senão a Deus. Beijo-te, porque és

meu companheiro de lutas, porque bem mereces que eu também te agradeça...E, feliz, tocou o animai que, também satisfeito, se pôs a trotar ao som do assobio alegre do tropeiro.

OS meninos olharam-se. Depois, um deles baixou os olhos, triste.

— Nada, meu caro. Nada de tristeza. Fiquemos felizes também. Tua proposta foi impensada e própriade um folgazão... Mas, és um menino bom... Esquece a proposta dos sapos.

Gozemos a alegria de termos dado alegria e alguém...

E se foram.

;*^ " /fa*~. -*-—— /tc«—,

JULHO - 1054 O TICO-TICO 11

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GENTE QUE NÃO VAI AO BARBEIRO

Vj ¦ I à l V/P (.i\*AV "^A -r-^ " Esta fui eu que dei, pelo Natal. Não é

L>—5 <_-__-—^ _§Kr\\ _jr«> \"i— Ah! Seu Juca! Que frio danado /,, lÉüu i-—tem feito! - /'r .r~r «v*-1 , (\^i fa/ 5 O^A y^^\\ //Á :>'¦"[ J IX~

/ t-frár /im/

fahui

— O Roldão está muito queimado... Olhe sócomo êle era ai vinho...

CURIOSIDADES

O segundo mais importante porto de mar da Ve-nezuela é Puerto Cabello. À cidade foi dodo

este pitoresco nome, porque as águas do seu portosão usualmente tão calmas que os navios ali atraca-dos, figuradamente, poderiam ser ancorados por umcabelo...

— E então? Não estou elegante?

Os chineses acreditam que a sede do intelecto éno estômago e consideram que o lado esquerdo docorpo é o lugar de honra. Eles contam com cincoelementos: a terra, o fogo, a água, o ar e o éter; ecinco pontos cordiais: Norte, Sul, Leste, Oestee Centro.

n /) TICO TICO) 1111.110. 1954

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ãmeMióu dtfãaberConselho de Mao-

mé: Usa de teus di-reitos no todo ou emparte, mas semprecom honradez.

Joaquim GonçalvesLedo não deve seresquecido dos brasi-leiros. Êle traba-lhou, extraordinária-mente, para que oBrasil alcançasse, co-mo de íato alcançou,a Independência.

Ainda que pareçaincrível, existem noBrasil mais de 58 fá-bricas de gravatas.

A soma dos angu-los internos dumquadrilátero valequatro ângulos retos.

O deserto de Ata-«ama, no Chile, a-presenta esta singu-laridade: nele, Ja-mais chove.

O primeiro parquezoológico do Brasilfoi instalado na ilhado Governador, pelaimperatriz d. Leo-poldina.

A primeira derro-ta sofrida por Ani-bal foi a de Zama,às portas de Carter-go, por Sclpião, o a-fricano.

1ULH0, 1954

"Gangusuma" erao nome do chefe dosnegros no Quilombodas Falmas.

O Laboratório Pi-rotécnico, instaladona Estrada Real deiSanta Cruz, nas cer-canias da Corte, noSegundo Reina-do, destinaVa-se afornecer munições epetrechos bélicos à&fortalezas do Impéri-rio.

A princesa Mariada Gloria, filha deD. Pedro I, retornouao Brasil em compa-nhia de sua madras-ta, em virtude denão mais se consor-ciar com o principeD. Miguel, seu tio.

Pedro II usou dopoder moderador" na" questão religiosa "entre a maçonaria ea igreja, comutandoem prisão simples apena de prisão comtrabalhos impôs-ta aos Bispos do Pa-rá e de Olinda.

Em março passado,foi comemorado ocentenário da ilumi-nação a gás, no Riode Janeiro, iniciativaque se deveu a Iri-neu Evangelista, vis-conde de Maná.

Funcionamem nosso país 1860Bancos e Caixas Eco-nômicas.

O atual DistritoFederal chamava-se,até a República, Mu-nicipio Neutro, desdea instituição do atoAdicional à Consti-tuição do Império.

Acatando a deci-são arbitrai do presi-dente da Suiça, em1900, a França reco-nheceu o direito doBrasil à posse de to-do o território quevai de Araguari aoOiapoque.

Foi depois da mor-te trágica de d. Luizde Vasconcelos, no-imeado isoviernadorgeral do Brasil, que opaís, foi pela primei-ra vez dividido emcapitanias.

Segundo a astrolo-gia, o signo Leo(leão) corresponden-te ao mês de julho,confere coragem evalor aos que nascemdurante o períodoque a êsse signo cor-responde, e que vaide 21 de julho a 22de agosto.

Colombo tentou fa-lar com Fernando eIsabel durante 10anos.

Os árabes foram oprimeiro povo domundo a usar o ca-nhão em suas guer-ras.

•A antiga Capital

de Santa Catarinaera Desterro.

0 TICO-TICO

O Estado do Vatl-cano tem soberania,dada pelo Tratado deLatrão, assinado em11 de fevereiro dei1929. E% portanto,do nosso tempo.

•Espontâneo, es-

plèndldo, estranho,esterno, esplendor,espoliar: são pala-vras que não têm X.Escrevem-se com S.

>_A *¦ \

Prmrr\

Uma das provasda potência e da fôr-ça do vapor dágua,são os pulos que dãoas tampas das chalei-ras, quando, no fogo,a água ferve.

O arquipélago deFernando de Noro-nha, hoje TerritórioFederal, tem umaárea de 27 quilôme-tros quadrados e umapopulação dumas.700 pessoas. Possuiimportantes jazidasde fosfato de cal esuas terras são fér-téis. Ali existe cria-ção de gado.

•Madagascar é a

prosódia correta.Quem nasce em Mia-dagáscar é Malgaxe.

•Foi em _.? de De-

zembro de 1640 quePortugal alcançoulibertar-se do Jugoespanhol >— fato que,naturalmente, muitainfluiu no Brasil.

•Que são as dunas ?

Pequenos montes ecolinas de areia quese formam ao longodas praias pela açãodos ventos frequen-tes e fortes na dlre-ção da terra.

Na antiga Roma,os homens que se-distinguiam por suasvirtudes e seu amorà pátria recebiamcoroas feitas com ra-mos de loureiro.

Luisiànla, nos Es-tados Unidos, temeste nome em home-nagem ao Luiz XVI.da França.

Também se dá àVia-Latea o nome deCaminho de San-tiago.

•Você não fala no

telefone. Você fala,isto sim, ao telefone.quer dizer: Junto aêle, perto dele, pró-ximo dele. . . "Notelefone" significaria"dentro" do tele-fone, o que, eviden-temente,/ seria extra-ordinário...

Paleontologia é aciência que tratados fósseis — restos,vestígios de animaise vegetais.

E' curiosa a deno-minação dada às rôs-cas de ferro que aper-tam rebites e parafu-sos: chamam-se por-cas.

E dá-se o nome deburras ao cofres, oque é também curió-so e faz muita genteachar graça.

Petrarca foi umdos grandes poetasda Itália, uma dasglórias do mundo ei-vilizado.

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J&W-REeO, BOL/TO e AZ£iTOtVAAZEITONA,O BOLÃO FOI PESCAR NO HA' MEIA HORA QUE ESTOUY 1*° ^J^A^O^^OIJ^^-^ AQUI EAfNOA NÃO plsOuIVr7A'7£-=~::::=r^^—M WEM SIG?UER UMA PIABA. Y //// VAMOS AJUDA-LO A PESCAR UMA ^ . AJ//rCOISA QUE ELE NUNCA PESCOU- T* &f '~~\[~/f

^yhsXXOH/K, DE UM ~^~\ ÔBÁ/

PELO PESO DEVE SER UmJri/37 / C MERGULHO E PREN- ^r PEIXE MUITO GRANDE/ Ar) / s~\ / > DA"A NA pONTA DO ¦*• 3>——«—-i, -T»—^V JS3 / \ANZOL °0 BOLÃO. M ^ V M

U ~^? I

BOLÃO, VOCÊ QUER VER A BONECA ">^^•v-^~JU^ ^-^" EM FORMA DE SEREIA QUE O RE'CO-J^ADDn /\ C- D ;__ . RE'CO COMPROU PARA DAR DE PRE- YbUtUKKU' \ ^-^M^M^ ^-, SENTE À LILI ? __^—r^-_M

PESQUEI UMA <v /^^A^, jto-^i ^—^"c sereia *y C-^ ^-^y .^Bf /

\ \ 5^^'H^^ W^p(^0 AMOLEM^ fi+ %

14 o tico-tico JULHO — 1984

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Àmmmt\rtJAMES COOl

James Cook, navegador inglês, nasceu em 1728. Foi o expio-rador mais famoso do Oceano Pacifico, descobridor da NovaZelândia, das ilhas da Sociedade e das ilhas Sandwich, ouHawai, onde morreu, assassinado pelos nativos.

Foi considerado o tipo mais completo do marinheiro e donavegador e suas duas primeiras viagens tiveram, para a Geo-grafia e a História, capital importância.

l^.*M_tf__ÉNJMÍfflfei___TíiÍlfflii raSSBI I_^__raS^SIll^ii___ii SfflwtBI^/ffi3BL.ÉmWmll^mWr WmBL\W&zBk\\m\

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Na sua terceira expedição Cook comandava dois navios:o "Resolução" e a "Descoberta". Depois de passar um ano via-jando, viram os homens aves tropicais e, por meio de rede»,pescaram medusas brilhantes: sinais de terra próxima.

Em janeiro de 1778 Cook ruma para o norte. Certo dia,uma nuvem de canoas se aproxima, trazendo homens pequeni-nos, de nariz ciiato: são esquimós. Acompanham por algumtempo os veleiros, mas estes se afastam. A América ficou paratrás.

Agosto de 1778. Cook identifica, por entre a bruma, o es-tranho brilho das geleiras. Viaja mais um mês e o clima seabranda. Ao longe aparecem ilhas: o arquipélago de HaviaY.Os naturais da terra os recebem festivamente, como amigos.

JT V^Ámm \\\Â\W A4**m^\^iwè%Wwmm^^M áJSSSÊb^^Ê^ ÊÊmM S_B___fr^*_W_nr_^rCT*í;';'.1-. ^_3BHm_i_____7w^1h_)___»i_íiR_I ___%___?IÕNIískP^_IBk! mtaXm mmWW tâ$È

yuamto Cook decide partir, muitas cerimônias são realiza-das em sua homenagem. Os veleiros são apanhados por um tem-poral e o navegador odena a volta às ilhas. As praias estão, de-sertas. Começam a reparar os navios quando o inesperado acon-tece.

.—n—.^—__ _ ._

Esquecidos de todas as provas de amizade, os indígenasatacam. Nuvens de' flechas cruzam o ar. Os inglezes se defen-dem. Ferido por uma seta, James Cook não resistiu e veio amorrer. Deixou, porém, seu nome escrito nas páginas da His-tória.

JULHO — 1954 O TICO-TICO 15

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INDIO -\7IVER da caça e da pesca* é considerado ociosidadee o índio é censurado pela suavida indolente. No entanto, ébom notar que pescar e caçarcomo o silvícola faz, não é le-var vida indolente, porquepara isso êle fabrica instru-mentos com habilidade e in-teligência. E depois não foieducado, pois não sabe culti-var a terra. Todavia, é sabido— e o depoimento dos primei-ros colonizadores o prova —que o índio respeitou as árvo-res e só o branco invasor foiquem destruiu as florestas.

Faltou ao indígena o que ti-vemos: os ensinamentos daarte de plantar e colher. Avida primitiva, os fazia pro-curar a banana, o coco, o pai-mito, o mel e a mandioca, fà-cilmente apanhados. Mas seobservarmos nas habitações,taba, maloca ou aldeia de na-

FICHÁRIO DOESTUDIOSO

mmm fe_^

mma^maámmamWí rn^mi

Destaque o retrato e cole-o noseu espaço na ficha. Se nio estánas fichas de hoje, deverá estarnas que serão publicadas em ou-trás edições.

PorSEBASTIÃOFERNANDES

tivo encontraremos muitaconstrução e criação originais.Assim também as mil varie-dades de instrumentos e en-feites, colares, tangas, tacape,cocares e outros objetos deuso, com harmonia de cores eformas tudo de inspiraçãoprópria, sem os figurinos vin-dos do estrangeiro, como é há-bito entre os brancos, que sósabem copiar...

Quantos remédios que to-mamos, são de origem índia,preparados contra febres eaplicações contra mordedurasde bichos ! E na arte interes-santíssima dos oleiros, seusvasos, potes, panelas, morin-gas, botijas e gamelas de bar-ro e tabatinga cobertos de mo-tivos pintados a genipapo ouurucum. Na sua música háritmos estranhos, produzidospor instrumentos como flau-ta, buzinas, ganzás e maracáse ainda os passos inéditos paraas danças nos momentos dealegria e tristeza.

Na organização da família,enquanto a mulher fica nataba e prepara os alimentos,frutos, folhas, raízes, caça epesca, o homem só permanecena maloca para preparar ins-trumentos guerreiros.

Têm sempre recursos demanutenção e sobrevivência— na paz ou na guerra.

Mesmo sem forma definidade governo, têm um chefe —o cacique.

Sem religião, têm eles umDeus — Tupan.

Tudo nos leva a admirarainda mais os sábios mestres,os verdadeiros donos da terra.

iaamm^a^r^aa^tnam,a^^ata^,nlmam^m^^^^^^^^^^^^0^t0t0^^^^^^

FICHÁRIO DOESTUDIOSO

RIO BRANCO1 ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^1

Destaque êste retrato e co-le-o no lugar que lhe compe-te, na ficha respectiva. Vejaqual a legenda que lhe per-tence.

a*^>^AAAAAAa«^AM_t^_a%»*l^M^_M_MaM__MWaM_a^_M_MM^M^^^^^^^

RETRATOS _2ffl| ^

PREUSS W^fSó CriançasCinelandia — RIO.

a^A__a^aM_^__tA^^MA__>^MMNa«t>AlA__a^^a)^A^^^A^AA_<V*«__kVS^MW^1

TOSSE 7mWm\ B\W*^^ a^^S^ÀWm

JmW m\J m. * ^\.fl_ ^MmW

CODEINOLNUNCA PALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DK EFEITO SEGURO.PREFERIDO POB TODOS PORSER O REMÉDIO QUE aUTVIA

ACALMA B CURA.Infalível contra resfrtado*. asma

• brouqulte*.

16 O TICO-TICO JULHO, I95t

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-*^^^J**«-*_VS^.«_-«»-__W_-*_ W*_s«'N^*«__^*-»l'^-',*^__*»«_l^*»^-^.^*-^^*>^^''

AVENTURAS DE ZE MACACO^-T-.—^-u-i «*lj-U-L_rU_V-Vj-U-LrM-C__rU_^_^L^^ i*_______--_>^-_^^-"^>^^^^l»»»<- _«S____-«%.--'-_»-_>-M-«-_^l_»__^WS________*l»_^

Estava Zé Macaco muito importanteem repouso, quando Faustina v«io dizer queo procuravam.

Era o grande inventor Sistemático Tormentoso, professor defísica e de violino na Academia de Pendotiba, que queria vender seunovo invento: o liqüidificador a jato.

Wm\' gSüff __ .Ifcá^Antes de soltar as notas, Zé Macaco, que

também é inventor, e sabe como são essascoisas..

... resolveu fazer uma provazinha. Seguiu as instruções, colocou noliqüidificador as doses certas de vitamina, mandou Faustina sair deperto e ligou a estrovenga !

O negócio girou, girou, girou... esaiu pela janela, deixando o casal desa-pontado.

Faustina ficou sem asfrutas e o refresco, da-nada da vida...

... e durante vários dias, de dia e de noite, avis-tavam lá em cima o liqüidificador, voando, comomisterioso disco voador.

JULHO, 1954 O TICO-TICO H7

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UM AUTOMÓVEL

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to O TICO-TICO

PARA RECORTARE ARMAR

Tj^ M primeiro lugar vocêA-/ terá que colar a pá-gina em cartolina de resis-tência média.

A seguir, recorta-secuidadosamente a figura, efeito isso dobram-se as ale-tas brancas, pelas linhas in-terrompidas.

Também pelas linhas in-terrompidas fazem - se do-bras (para dentro) no cor-po do automóvel, de modoque a parte do centro possaser colada nas aletas já do-bradas. Estas últimas do-bras serão para dentro oupara fora, conforme o caso.

Damos 4 rodas soltas.Caso você não as queirausar, desprese-as e o autoestará pronto.

Se, porém, quer que êlerode mesmo, quando lhe re-cortar as rodas presas tirefora o friso preto nas partesque vao ficar tocando ochão. Depois, por meio debarbantes com 2 nós, colo-que as 4 rodas que estão sôl-tas, justamente por cima dasoutras e o carro passará arodar.

JULHO — 1954 19

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tis COhO É QUE J-iErDE FA-E.1- ESTAFE.IJO_.C_. SENÃO HA ci.c_.BOV_.?

^^ÍA 'wmmmmmmWÊSÊÊ

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PATTTZ-O .COMO VOO F-_-_-t«-*--SS^FtUC__R_ .5EN__0 HA Ç__Ç__-iO__-S .

NO QUINTAL HA UMAPOU-ÇÂO DE LATAS EN -TERCAPAS. .QÜC REVlE.-DIO?

SE. EU ENCONTRAR A_CUM^LATA CHEIA OE MINHOCASSIR.VO-A COM MINHOCA E-TÜPO*

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GUE El-TC? UMA CACAt-OLA? ESTA' GARANTI _*__. ASEJ-ÃOFEIJC_-C--* ESTA CACAROLA PARECE-Me CHEIA

MINHOCAS MESMO ? «&¦ OAC.TUTÃb '^_—'

PUXA' MOEPAS PE OURO". E5T0UPICO.MILIONÁRIO! UM TESOURO

y~^&>Z A?£

PATRÃO .ESTA' AQU. UEHIOWE^WAKIOUTUDOTf-ncT. H-rw-Mr*F •SSo'? t.VOCE COM FS-ICTA.5£S.ST?S"?AL ¦**»• OHI*E ARP-ANJOOTAKTO

.n_5^ DINHEIRO*

HH ! UMA MOEDA DE OURO', COISA O-"-NUNCATIVE . UM BURAGO'. VA\ \E& UUEO PIPOCA ENCONTROU UM TESOURO 1

lÊÈwm mV^my^ Wàir II iMÊm

TUDO ESTA'Al'.MAS.DCHOJE EH DI--*0-_, NASFAÇO MAIS TEWOAt-A -AGORA SOU GEÂ-.INO

r ~j —AP06T0 QUE AQUI MA

TESOUROS.-VOU CAVATe-ATE' ENCONTRA-LO,

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O QUE . OSSOS E. MAIS OSSOS. MUNCAVi TAvnos. icrro ete_o_eo P'i-_-

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20 «_> TICO TICO IlILHO. 1954

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II CURIOSA ORIGEM Oi PfllJ.iifl...

CANDIDATOA palavra candidato significa, originária mente, "pessoa vestida de branco". Em la-

tim, "candidus" significa "alvo". Na antiga Roma, quando se realizavam ascampanhas para a obtenção de cargos políticos, aqueles que os desejavam obter, ves-tiam uma espécie de camisola, toda branca, para se distinguir dos demais, sendo cha-mados, por isso, "candidatus", ou pessoas vestidas de branco.

Daí nos veio a palavra candidato que significa alguém em campanha pela obten-ção de um cargo público ou de outra qualquer vantagem.

Desde que a pessoa se confessa desejosa de obter algo, é um candidato, está se can-didatando.

Hoje os candidatos não usam vestes especiais.A palavra

"cândido" é originada de "candidus". E' usada no sentido de branco, puro,limpo, em sentido figurado, e até no de inocente, ingênuo. De "cândido" vem "candu-

ra", por sua ver.

NO PRÓXIMO NÚMERO, ORIGEM DA PALAVRA CONGREGAÇÃO.1Uf.HO, 1954 O TICO-TICO 21

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QCIAC O CAMINHO ?QCIC VOCê GSCOUtCRtM

T^W^^U

S^ —riik fimSe você estivesse no ponto de saida, e quisesse atravessar, qual o caminho que esco-

lheria? Um trajeto, apenas, conduz da saída ao fim. Qual será êle? Aí está, sem dúvida,um passatempo divertido.

¦¦¦ O TICO-TICO JULHO — 1954

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B flB£_Xt-OTGj<^^i_r_t*^

A caravana ia movimentar-se. O local estava sendo muito visi-tado pelos Cara-sujas, e era melhor dar o fora. Então Gonçalinhoasumiu a chefia e partiram.

Animados com aquilo, os indios resolveram perseguir os intru-sos, até pô-los fora dos limites de seus domínios. Ali, só podia vivergente que tinha penas na cabeça )

Vendo que estavam sendo perseguidos, o mocinho traçou umplano para despistar os perseguidores. Deu ordens: cada carroça to-maria uma direção. E largaram.

Quando os Cara-sujas chegaram, encontraram tantas pistas,que ficaram indecisos. Para que lado, afinal, tinha seguido a cara-vana? Cara-suja não gosta...

. de caravana de cara pálida. — Vamos para todos os lados ! gri-tou Roque-Roque. O resultado, porém- foi triste' Trlste Para os in-dios, é claro. Náo demorou...

... e, seguindo as pistas, estavam voltando ao ponto de partida. E,na carreira em que vinham, esbarraram uns nos outros, chocaram-see foi um desastre !

Houve cabeças quebradas, gaios, aranhaduras, tonturas... Com ••• reuninao seus protegidos, seguiu o rumo escolhido, vlt iíuíjisso, é claro, amorteceu o ardor da perseguição à caravana de caras como sempre, cavalgando o seu inseparável Azaré.pálidas, e o mocinho... Agora, veremos o que fizeram -s Cara-sujas... (Continuo)

JULHO 1954 O TICO-TICO 3

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Fichdp?o> EstudiosoBRASILEIROS NOTÁVEIS\

O mais notável dos oradores bra-sileiros. Conhecedor excepcional duidioma e sumidade em jurisprudên-cia. Foi Ministro da Fazenda. Foiquem mais influiu na redação daConstituição Republicana de 1895.

Representou o país em Haia cominexcedivel brilho.

Homem de letras e engenheiro derenome.

LeRou à posteridade um dos maio-res livros brasileiros: "Os .ertões"

Membro da Academia Brasileirade letras. Militar.

Foi testemunha do drdma de Ca-Bodos.

Foi o proclsmador da Repúb-iea dosEstados Unidos do Brasil, seu pre-sidente provisório e primeiro presi-1 'dente efetivo. Oficial de artilharia..

Coronel por atos de bravura.Nasceu em Alagoas.

BRASILEIROS NOTÁVEIS\

Nas lutas sótre água, da pelejaparaguaia, seu nome se cobriu daglórias e essas glórias recaíram sô-bre o Brasil.

Era almirante e Marquês, Repre-senta as mais belas tradições do va-lor do nosso marinheiro.

E' a maior figura do romantismobrasileiro o mais notável dos prosa-dores da época.

Criou o romance lndlanista. es-crevendo "Iracema" e "O Guarani".

Nasceu em Mecejana.. no Ceará erepresentou o povo no parlamento.

Filho de notre familia quc outrosvultos notáveis deu à História, foio Patriarca da Independência, inte-ligéncia e ação sempre postas a ser-viço do Brasil.

Orador, parlamentar e poeta.Tutor de D. Pedro II.. ,

T STO não é concurso. Trata-se de proporcionar ao leitor (estudioso) o meio de formar um interessai!--*- te fichário, mas que êle mesmo terá de organizar, com o auxílio de "O TICO-TICO". Nesta mesma edi-

ção, e nas seguintes, o leitor encontrará os retratos que deverá colar sobre as respectivas legendas, até com-

pletar as fichas, que devem ser coladas em cartolina, recortadas e arquivadas. Se não encontrar todos nestaedição, aguarde a próxima. Esta página, com outras fichas e novas legendas, será também publicada naspróximas edições.

24 O TICO-TICO IV1.HO. 10H4

^ >

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.

ÚLTIMA MODA NO CAMPO

"UM HOMEM PREVENIDO VALE POR DOIS..."

;><><><>C><><><><><><><><><><>^

TIÃOZINHO0 SANFONEIRO-MIRIM DA

MAUÁ

]yr O programa "Hora do Peque-

no Trabalhador", que está

apresentando aos domingos, das 11

às 12 horas, o Rádio Mauá conta

com a colaboração de interessan-

tes revelações infantis, futuros va-

lores artísticos do nosso país. Na

foto, "Tiâozínho — o sanfoneiro-

mirim" apresentando um dos seus

números de sucesso ao microfone

da PRH-8. Nesse programa, diri-

gido pela professora Eva Brayer,

todas as crianças com vocação ar-

tística têm sua oportunidade.

BWàU £^ Bm là^M^\ Jflh mmÊÊaWm ¦*¦¦¦-'.-'Bam^mm^amtmW mWÊ mmWB*\ . /fiü /[? *t ^Bj

Im IMmVTBmM

m m m Mallll/llllllll M .'¦' -BÂuB \

B^aB^aBmàâm\a\.m\\m\\mWâmBm B^T^BB

JULHO, 1954 O TICO-TICO

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aleta Bi r~

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COM este jogo você pode "bancar" o mágico com os colegas

Cole as duas tiras com as figuras em cartolina e recorte-as dei-xando a aleta B, sobre a qual deverá colar o rodapé de A, formandouma só tira. Dobre a grande tira pelas linhas interrompidas (vêr omodelo) e cole as extremidades em um papelão do tamanho de umdos retângulos, mas só nas extremidades.

Então, passando a mão de alto a baixo, aparecerão sucessiva-mente os diversos jogadores.26 o tico-tico JULHO — 1954

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"1 ' MINHA A<.€UOA DE OETETIV-I I uM CBIME.' NÃO S_. SAB_ QUEI^

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JULHO — 1954 O TICO-TICO

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»^>^><^^tM^^^>^^>^M>^>AMtMk«^^k^^At<VN^ prias, sem esforço, sempreocupações de lin-guagem e de caboti-nismo. Daí a simpatiaque se irradiava da suapalavra autorizada. Co-rajoso e bravo, êle pro-

.%^»AMtwM*tM«w<i>%*»»%w»*^^ testou, no O*ovcrno

MIGUELPEREIRASÁBIO E PATRIOTA

A/IIGUEL Pereira foi um¦*• •*¦ grande cientista brasi-leiro e, além disso, um pátrio-ta sincero e devotado. Com oseu amor ao povo da terra quetanto estremeceu, Miguel Pe-reira lutou bravamente emprol da saúde das populaçõesdo interior do Brasil, preconi-zãndo medidas sanitárias como objetivo de acabar com asmoléstias que vinham asso-lando os sertões, principal-mente a malária.

Miguel Pereira nasceu emSão Paulo a 2 de julho de 1871.Ingressou na Faculdade de'Medicina aos 19 anos. Tomouparte no combate da Arma-ção, no governo do marechalFloriano Peixoto, combatendoos revolucionários. Foi um doscomponentes da comissão en-carregada de debelar a epide-mia do "Cólera", irrompida noVale do Paraíba.

Depois de formado, fez con-curso para professor da Facul-dade de Medicina. Ganhandoo concurso, foi nomeado paraa cadeira de Patologia Inter-na.

Como professor, Miguel Pe-reira foi uma das glórias daFaculdade de Medicina. Osalunos o admiravam, os mes-tres o respeitavam. Foi ummestre perfeito e sua fama es-palhou-se pelo país inteiro.Êle transmitia aos seus discí-pulos, não somente os ensina-mentos científicos, mas tam-bém esse amor ao Brasil queera a corda sensível de seu co-ração. Falava com rara con-vicçâo, expondo idéias pró-

Hermes da Fonseca,em pleno estado de sitio, con-tra a reforma do ensino. Sus-penso da cátedra, recorreu aostribunais, saindo vitorioso.

Seus inimigos eram muitos.Inimigos gratuitos. Atacadopor eles, Miguel Pereira en-frenta-os sem receios. Só ti-

foi êle escolhido para saudaro outro mestre. Presidia a so-lenidade o senador Rui Bar-bosa. Foi nessa ocasião queMiguel Pereira pronunciouum discurso que ficou famo-so. Sua palavra eloqüentemostrou, a nu, o estado deabandono do nosso povo. Gri-tou por providências do Go-vêrno. Gritou pelo povo, pelascrianças, pelos homens, pelasmulheres.

O discurso de Miguel Perei-ra agitou o ambiente. Uns elo-giavam, outros atacavam. OBrasil vibrou de Norte a Sul.

Estava Miguel Pereira emplena batalha redentora,quando a morte o colheu re-pentinamente. Depois de trêsmeses de sofrimento, o gio-rioso sábio falecia a 23 de de-zembro de 1918. Caiu respei-tado por todos. Os que o com-bateram vieram lhe prestarhomenagens. É que viam navida do mestre um exemplo aseguir. Uma lição rara e altade patriotismo sadio e cons-trutor. O seu nome ficou comouma legenda luminosa de fée de confiança nas energias ena bravura do povo brasileiro.

AméricoP o I h a

nha um roteiro: servir ao Bra-sil, contra tudo e contra to-dos. Sofreu muitas decepções.Mas, a sua alma retemperadapela luta dominou-as. O ho-mem nasceu para a luta e êlenão se acovardava.

Miguel Pereira sentiu comoninguém os sofrimentos dopovo brasileiro, principalmen-te das populações do interior.Ergueu a sua voz para defen-dê-las e alertar o Governocontra o que vira pelo nossoterritório.

Quando o prof. Aloísio deCastro voltava de uma mis-são científica na Argentina,

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28 O TICO-TICO IVLHO. mi

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ooO4.RP0AD0R DEJACARÉSEl

encontrado com freqüência na ilha Marajó.No inverno, as águas crescem e alagam os ter-

renos facilitando a reprodução excessiva dos jacarés.E' necessário, então, que se orgonisem grupos de ca-bodos devidamente equipodos para caçá-los.

Em canoas e fazendo barulho, alguns caboclostangem os enormes sáurios para as margens secasonde, de machado em punho, outros desfecham o ata-que contra os animais, numa matança impiedosa. Ojacaré é, primeiramente, arpoado e arrastado paraterra; aí recebe violentas pancadas no cachaço atédesfalecer.

A multiplicação exagerada do jacaré causagrandes prejuízos aos rebanhos daquela região. Poresse motivo é que os fazendeiros promovem as caça-das coletivas.

O caboclo que se especializa na caça ao jacarénão perde em coragem e presença de espírito paraseus irmãos de penoso labor : o jangadeiro e o va-queiro nordestinos.

O couro do jacaré está largamente industriali-zado. Esse fato deu motivo a que se fizessem matan-ças desordenadas, quase extinguindo a espécie. Masfoi criada uma lei regulando o assunto.

Não obstante o aspecto repugnante do jacaré,o seu extermínio é motivado mais pelo prejuízo quecausa aos rebanhos, e não pelo perigo à vida dos ha-bitantes de Marajó.

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JVLHO. 1954 O TICO-TICO 29

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NOS, ESTÃO Ale, MEIAS, n arn^o^oTr^ tt^aaap ^ A„,Ãr-, 'fSAwiESCOVA t TAMBÉM - CAMISAS, O AEROPORTO TOMAR O AVIÃO. ^Ç^$SAPATOS, PENTE } ESTA' TODO J ^~m+^ ^—— __--^^ .'1 '

MS] f||ftw\\XÕn_\RQPÔRTO... \- -^_ Í€\^lÍÊ\hIIBÍV

""/ CAVALHEIRO, DESCULPE-ME77 \\Jlv)

1 *m \ [ MAS O SEWNOK ESQUECEU m., 3/SUAS CALÇAS EM CJSA S s^ '

O TICO-TICO JULHO — 1954

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BORRACHA

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31JULHO — 1954 O TICO-TICO

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fiofÁM Õeí/A^MÕA

(VER ILUSTRAÇÕES NQ OUTRO LADO DA PAGINA)

f~\ Brasil é um dos principais pro-dutores de borracha do mundo.

E' a borracha uma de suas maiores

fontes inesgotáveis de riqueza.

Os vegetais dos quais é extraído

um látex que fornece a borracha,

são nativos no Brasil, principal-mente na bacia Amazônica, onde

encontram um perfeito habitat.

São cinco às espécies vegetais

no Brasil, que produzem o látex:

seringueira, maniçoba, mangabeira,

caucho e a maçaranduba.

A melhor borracha é a tirada

da seringueira ou hévea,-linda árvo-

re que se encontra com mais abun-

dância no Estado do Amazonas,

constituindo formidáveis seringais.

(~\ processo de extração do látex

chama-se sangria ou picada.O seringueiro, usando uma macha-

dinha bem afiada, rasga apenas a

casca da árvore, sem ofender o te-

cido lenhoso, desenhando uma es-

pinha, por onde corre a seiva (látex)

que é recolhida em uma tigela demetal, colocada rente ao chão, juntoao rasgão vertical.

Retirado o látex de várias tigelas

num balde, o seringueiro deve coagu-

lá-lo. Para essa tarefa, o látex é de-fumado com a fumaça de certas

plantas resinosas.

O látex, pela ação da fumaça vai

se coagulando até formar uma bola

do tamanho que o seringueiro quiser.E' a borracha assim obtida, devida-

mente separada de acordo com a

qualidade, enviada às fábricas onde

será transformada nos milhares de

objetos úteis ou aplicada em ou-

tros muitos em que ela se torna in-

dispensável.

II região do Brasil que mais se

destaca como produtora de

borracha é a norte, destacando-se os

Estados de:

1.° — Amazonas.

2.° — Pará.

O TICO TICO 1ULHO, 1954

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¦'" li. ii ——mm^mmmá-MJ ^^B

BONITOS LIVROSCom Ilustrações de Walter Trier,

"Dândi, o burrinho", de poucas pa-lavras e grandes idéias de faça-nhas... na série Historietas, a Me-lhoramentos apresenta a de n. 18,"Na cidade verde", de Hélia de Cer-queira Gonçalves, com desenhos deLouis Specker.

SOLUÇÃO

a solução naassim como o

CONCURSON.° 325

Recorte osnúmeros 7, 8.11,12, 13 e 14,e coloque-osnas seis ca-sas em bran-co de modotal que assomas, verti-cal, horizon-tal e em dia-gonal, sejamsempre 30.

Remeta asolução a"Nossos Con-iutsos", red.de "O Tico-.Tico" — RuaSen. Dantas,15 — 5." and.(ou CaixaPostal 880)com a sua as-sinatura(bem legível)e seu endere-ço • (comple-to). Aguarde

edição de Setembroresultado do sorteio.

!r DO

CONCURSO

N.° 322

Garotos danados ! Onde II se teriam metido? !

Biiii miiiiiiiii ru iiiiiiiiniiniiimimuuwi

QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS PORSORTE, PARA SAIR NO QUADRODE HONRA, OS SEGUINTES CON-CORRENTES QUE NOS ENVIARAMSOLUÇÕES CERTAS DOS DOIS

OLTDfOS CONCURSOS.

1 MalNEITON DOS SANTOSHermes — Distrito Federal.— DALVA VENTUROTTI MAR-TINS — Itapina. — Espirito Santo.— FRANCISCO ANTÔNIO O. Pe-REIRA — Rio — Distrito Federal.— JOANA PEREIRA DE SOUZA

S. Paulo — Est. de São Paulo.— CARLOS ILDEFOíNBO FILHOBotafogo — Rio — D. F.— ERNESTO MELCKER FILHO

— Cascadura — Rio — D. F.— MIRIAN CLAUDIA SORBEN —Petrópolis — Estado do Rio.— ALDENOR M. P. TOLEDO —•Cachoeira — Bahia.— REGINA-COELI MONTEIRO —Nilopolis — Estado do Rio.

10 — RUBEM FONSECA FIALHO —Belo Horizonte — Minas Gerais.

11 — MARIA APARECIDA NEVES —Lapa —Rio — D. F.

12 — CLEOMENES S. R. NUNES —Curitiba — Paraná.

13 — ORESTES RIBEIRO PRIMO —S. Gonçalo — Estado do Rio.

14 — PEDRO NOLASCO DOS REISCampo Grande — D. F.

15 — MÁRCIA MARIA BELEZA -Niterói — Estado do Rio.

16 — RUI BONELLI JR. — Santos8. Paulo.

17 — AUGUSTA P. CANCELA —Saúde — Rio — D. F.

18 — JÚLIO CÉSAR BOA MORTE —Três Corações — Minas Gerais.

19 — NILO DOS SANTOS PRATESBarra Mansa — Estado do Rio.

20 — LAÍS MOREIRA SILVEIRA —Grajaú — Rio D. F.

oTfi&fbMENSARIO INFANTIL

Propriedade da S. A. "O MALHO"Diretor: Antônio A. de Souza e SUva

Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)RIO DE JANEIRO

ASSINATURAS M(Sob registro postal) 12 números Cr$ 50,00Número avulso Cr 4,00 — Atrasado.. Cr* 5,00

OBSERVAÇÃOATENDENDO

a que as soluções enviadas pelos leito-res residentes nos Estados nos checam sempre oom

grande atraso, resolvemos, no seu próprio Interesse, mo-difiear a forma de sorteio dos nomes que devem apare-eer, cada mês, no Quadro de Honra.

Assim, o sorteio abrangerá sempre as soluções DOSDOIS ÚLTIMOS CONCURSOS.

WLHO, 1954 O TICO-TICO 31

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Ho^e eu nao temo partena hiStoV.a. Vou «oóconrá-lí

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IJULHO — 1954

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AVeNTüRASPel 1 si —\ f

fi_JMas, então, a flauta do faquir eramesmo mágica ! Aquilo era um colosso !E como o faquir estava dormindo, e não iatocar, quem ia tocar era êle !

Mais adiante, sempre com a flauta emprestada , encontrou uma corda comroupas secando e fez outra experiência: tocou um pouquinho e as roupas estendi-das começaram a dançar, empinadas na corda, não resistindo ao poder da flauta. Pa-recia dia de festa no arraial do Pendura-Saia ! Benjamim estava encantado !

Continuando a andar, Chiquinho e Ben-jamim passaram por perto de uma casa,onde um camarada gordinho, sentado àmesa, preparava-se para almoçar, feliz.

Só para ver o que acontecia, Chiquinhopegou a flauta mágica e começou a tocai-,devagarinho. Depois foi aumentando, au-mentando, aumentando, e aí, então.

____

... o gordinho teve a maior surpresa desua vida, vendo o macarrão se arripiartodo dentro do prato, e começar a dançar,tremelicando todo !

Não demorou muito, estava o gordi-nho todo enleado nas massas, e, botandoa boca no mundo, saiu na disparada, pelaporta a fora. Aí, avistou Chiquinho.

— Ah ! Foi você, com essa flauta mágica, seu peralvilho. seu mariola. seu vaidevinos, seu paspalhão, seu... Chiauinho botou sebo nas canelas e disparou na frente. A esta altura, já Benjamim tinha sumido na distância, é claro !

(Continua)GRAFICA PIMENTA DE MELLO S A. — RIO