4Normas Do SUS e Conduta Ética

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Normas do SUS e Conduta Ética XI FEMESC – FRAIBURGO - 2008

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Normas do SUS e Conduta Ética XI FEMESC – FRAIBURGO - 2008

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Normas do SUS e Conduta Ética

Normas sanitárias x

Ética

Oswaldo Cruz – 1904Revolta da Vacina - RJ

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Normas do SUS e Conduta Ética

SUSConstituição Federal

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado , garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem àredução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

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Normas do SUS e Conduta ÉticaSUS Constituição Federal

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também , por pessoa física ou jurídica de direito privado.

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Normas do SUS e Conduta ÉticaSUSConstituição Federal

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único , organizado de acordo com as seguintes diretrizes:I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade.

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Etapas na criação do SUS

- Incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde -Decreto nº 99.060, 7 março 1990- Fundação do SUS – Lei Orgânica da Saúde - Lei nº8.080, 19 setembro 1990- Controle social (participação da população)- Lei nº8.142 - 28 dezembro 1990- Extinção do INAMPS - Lei nº 8.689 – 27 julho 1993

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Normas do SUS e Conduta ÉticaSUS

Princípios ideológicos ou doutrinários- Universalidade- Integralidade - Eqüidade

Participação??Princípios organizacionais

- Descentralização- Regionalização- Hierarquização

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Normas do SUS e Conduta ÉticaSUS

UNIVERSALIDADEUtilitarismo: Proporcionar o " maior bem-estar para o

maior número possível de pessoas” . (Bentham)

INTEGRALIDADEAtendimento em todos os níveisHá médico para todos? Há vagas para todos?

EQÜIDADEEqüidade: Proporcionar " a cada um conforme suas

necessidades ".

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SUSCaracterísticas

Difícil decisão ética sobre como distribuir recursos disponíveis, com coexistência de diferente s princípios e valores. (pluralismo moral – individual x coletivo)

Políticas públicas sanitárias de priorização de recursos mesclam os dois princípios – maximização dos benefícios (utilitarista) e eqüidade.

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A justa priorização de recursos deve ser explícita.

Não é fácil determinar os valores da maioria dos membros de uma comunidade.

Por mais falível que seja, a representação da comunidade é o único processo que se tem àdisposição para se chegar a algum consenso sobre o problema. (Karl Popper)

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Código de Ética Médica

� Art. 2°- O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zel o e o melhor de sua capacidade profissional.

� Art. 3°- A fim de que possa exercer a Medicina com h onra e dignidade, o médico deve ser boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.

� Art. 4° - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfe ito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito d a profissão.

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Código de Ética Médica

� Art. 8° - O médico não pode, em qualquer circunstânci a, ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restriçõ es ou imposições possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.

� Art. 11 - O médico deve manter sigilo quanto às informações confidenciais de que tiver conhecimento no desempenho de suas funções. O mesmo se aplica ao trabalho em empresas, exceto nos casos em que seu silêncio prejudique ou ponha em risco a saúde do trabalhador ou da comunidade.

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Código de Ética Médica

Art. 19 - O médico deve ter, para com os colegas, re speito, consideração e solidariedade, sem, todavia, eximir- se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos àComissão de Ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina.

Art. 21 - Indicar o procedimento adequado ao pacient e, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no País.

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Código de Ética MédicaArt. 57 - Deixar de utilizar todos os meios disponív eis de

diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do paciente.

Art. 81 - Alterar prescrição ou tratamento de pacien te, determinado por outro médico, mesmo quando investid o em função de chefia ou de auditoria, salvo em situa ção de indiscutível conveniência para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsáve l.

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Código de Ética Médica

� Art. 86 - Receber remuneração pela prestação de serv iços profissionais a preços vis ou extorsivos, inclusive de convênios.

� Art. 87 - Remunerar ou receber comissão ou vantagens por paciente encaminhado ou recebido, ou por serviç os não efetivamente prestados.

� Art. 88 - Permitir a inclusão de nomes de profission ais que não participaram do ato médico, para efeito de cobrança de honorários.

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Normas do SUS e Conduta ÉticaCódigo de Ética Médica

� Art. 94 - Utilizar-se de instituições públicas para execução de procedimentos médicos em pacientes de sua clínic a privada, como forma de obter vantagens pessoais.

� Art. 95 - Cobrar honorários de paciente assistido em instituição que se destina à prestação de serviços públicos; ou receber remuneração de paciente como complemento de salário ou de honorários.

� Art. 96 - Reduzir, quando em função de direção ou ch efia, a remuneração devida ao médico, utilizando-se de descontos a título de taxa de administração ou quai squer outros artifícios.

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Normas do SUS e Conduta ÉticaCódigo de Ética Médica

Art. 102 - Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por ju sta causa, dever legal ou autorização expressa do pacie nte.

Art. 118 - Deixar de atuar com absoluta isenção quan do designado para servir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites das suas atribuições e competência.

Art. 121 - Intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de outro médico, ou fazer qu alquer apreciação em presença do examinado, reservando sua s observações para o relatório.

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Conflitos de demandas

Gestor Médico

Relação médico-paciente ???

Paciente

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O Gestor – Queixas

- Negativa de atendimentos – 2º, 4º- Cobrança de complementação de honorários - 95- Cobrança de procedimentos não realizados - 87- Inclusão do nome de profissionais ausentes ao

procedimento - 88- Desrespeito à integralidade - 94- Existência de “filas paralelas” - 94

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O Médico - Queixas

Número insuficiente de requisições de exames e de AI Hs – 21, 57

Exames especializados só autorizados quando solicitad os ou endossados pelos especialistas – 21, 57

Dificuldade dos pacientes em agendar consultas – 4 a 6 meses (Ex: ortopedistas, oftalmologistas, endocrinologistas...) .

Hospitais de referência sem vagas ou recursos

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O Médico – Queixas

Número insuficiente de APACs – o paciente recebe atend imento inicial e depois não é fornecido o número necessário pa ra a continuação do tratamento – 8º, 21, 57

Encaminhamento de pacientes para Florianópolis, ou o utra cidade, para submeter-se a procedimentos que poderiam ser feit os na cidade de origem.

Tabela de procedimentos desatualizada – 21, 57

Remuneração irrisória – 3º, 86

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AUDITORIA MÉDICA – Res. CFM 1614/01

Encaminhamento de Prontuários Médicospara auditoria do SUS – 11, 102

Médico Auditor deve comunicar-se com oDiretor Clínico da Instituição e através destecom todos os médicos assistentes, paraviabilizar o seu trabalho - 19

Não fazer anotações no prontuário – 118

Auditores não escutam o médico - 118

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DESCENTRALIZAÇÃOREGIONALIZAÇÃO HIERARQUIZAÇÃO

XAmbulâncias

Consultas simples a 500 kmExames a 750 km

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Normas do SUS e Conduta ÉticaSUS barra esterilização junto com o parto

A cabeleireira C. atende a todos os requisitos para a ligadura de trompas. Dois filhos, mais de 27 anos – dois a mais do que o exigi do pela lei – e, hipertensa, suas gestações são de alto risco. Grávida de cinco meses, luta para que os médicos do S US aproveitem a cesárea a que se submeterá em breve e faça m a laqueadura. Mas o desejo de C. esbarra nas normas do SU S.Na rede pública, as mulheres só podem se submeter a esse procedimento 42 dias após o parto e somente após participação em u m grupo de planejamento familiar. Como estará amamentando, C. teme que ao se submeter a um novo procedimento cirúrgico o aleitamento seja interromp ido.“Além disso, depois da cirurgia, vou precisar me re cuperar fisicamente. Quem éque vai cuidar do meu bebê enquanto eu estiver conv alescendo dessa nova operação? Tenho outras duas filhas. Vai ser muito d uro para toda a família”, queixou-se. De acordo com o obstetra, o SUS deixou de fazer a l aqueadura junto com os partos para diminuir os índices de arrependimento. “Muitas mulheres pedem para fazer a esterilização, depois mudam de parceir o e voltam a querer filhos”, afirmou.

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Gestor resolve transferir pontos do médico responsável (cirurgião, por exemplo) pelo procedimento para membros da CCIH, para remunerar seu trabalho na comissão. Com isso, resolve um problema administrativo criando um problema ético (art. 96).

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Conflitos de demandas

Gestor

Médico Paciente

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A ética não serve para solucionar nenhum debate, embora seu ofício seja colaborar para iniciar todos eles.

Fernando Savater