8c_IGFSE_Igualdade de Género dos FE_ Estudos de caso_2013
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA
DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS,NO PERODO
DE PROGRAMAO 2007-2013
Boas Prticas de Igualdade de Gnero nos
Fundos Estruturais
-Estudos de Caso
(Anexo IX ao Relatrio Final)
Entidade Adjudicante: Instituto de Gesto do Fundo Social Europeu, I. P. (IGFSE)
Entidade Proponente: Centro de Estudos Sociais (CES)
Equipa de Investigao:
Virgnia Ferreira (Coord.)
Rosa Monteiro
Mnica Lopes
Hernni Veloso Neto
Lina Coelho
(Com a colaborao de SaraPortovedo e Jos Pedro Arruda)
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Ficha Tcnica
O presente Estudo foi elaborado para o IGFSE pela seguinte equipa:
Coordenao global: Virgnia Ferreira
Coordenao executiva: Rosa Monteiro
Equipa tcnica: Mnica Lopes, Hernni Veloso Neto, Lina Coelho
Trabalhos de Inquirio Sara Portovedo e Jos Pedro Arruda
Julho 2013
CESCentro de Estudos Sociais
Colgio de S. Jernimo, Apartado 3087
3000-995 Coimbra
email: [email protected]://www.ces.uc.pt/
O texto da exclusiva responsabilidade das/os autoras/es
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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NDICE
Boas Prticas de Igualdade de Gnero nos Fundos Estruturais
- Estudos de Caso
I. Roteiro dos estudos de caso ............................................................................................................. 2
II. Breve sntese das boas prticas de igualdade de gnero em projetos apoiados pelos FE.............. 7
III. Quadros-resumo ........................................................................................................................... 11
IV. Sinopses dos estudos de caso ....................................................................................................... 25
1. Bero de Emprego ............................................................................................................................. 26
2. Hospital de Cuidados Continuados de lhavo .................................................................................... 36
3. Inovar em Igualdade.......................................................................................................................... 42
4. Projeto Zero Soma pela diferena e Implementao dos Planos do Municpio e do Concelho de
Oeiras para a Igualdade de Gnero ................................................................................................. 51
5. Programa para Agressores de Violncia Domstica (PAVD) e Vigilncia Eletrnica dos Agressores 62
6. Opo Ave.pt ..................................................................................................................................... 72
7. Agir + - Programa Integrado de Apoio ao Empreendedorismo Feminino ......................................... 84
8. GAPI 2.0 Gabinetes de Valorizao do conhecimento .................................................................... 94
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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I. Roteiro dos estudos de caso
O roteiro dos estudos de caso prosseguiu um conjunto de passos e recorreu a diferentes tcnicas
de inquirio:
1. Breve sinopse do caso a estudar, a partir da informao disponvel na base de dadosconstruda (a partir do sistema de informao FSE e FEDER) e da consulta ao sitede cadaorganizao, bem assim como do inqurito por via eletrnica s organizaes e dasentrevistas individuais;
2. Entrevistas focalizadas individuais com dirigentes e tcnicos/as das organizaesestudadas;
3. Anlise documental (linhas definidoras do projeto selecionado como boa prtica; relatriosde execuo; relatrios de avaliao interna e externa; produtos; materiais de divulgao,etc.);
4. Entrevistas com beneficirios/as e entidades parceiras;
5. Sntese individualizada de cada entidade/projeto estudado;
6. Validao junto da entidade promotora;
7. Concluses;
8. Elaborao do relatrio final de caracterizao da boa prtica.
Princpios de seleo de boas prticas
Tendo por base o Instrumento de Apoio Identificao de Boas Prticas no Domnio da Igualdade
de Gnero nas Empresas desenvolvido no mbito do projeto Dilogo Social e Igualdade nas
Empresas (CITE, 2008)1
, pode sinalizar-se um conjunto de princpios de seleo de boas prticasnos domnios da igualdade de oportunidades e de gnero: (i) participao (envolvimento de
beneficirias/os); (ii) adequao (considerao das necessidades identificadas); (iii) utilidade
(criao de ganhos e de valor acrescentado); (iv) acessibilidade (conhecimento e acesso prtica);
(v) transferibilidade (aplicvel a outras realidades organizacionais); e (vi) sustentabilidade
(continuidade no tempo). Assim, luz destes critrios, uma boa prtica dever ser participada,
1CITE (Coord.) et al. (2008). Guio de auto-avaliao da igualdade de gnero nas empresas. Lisboa: CITE.
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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adequada, til para o pblico-alvo e para a organizao promotora, acessvel, transfervel e
sustentvel a mdio ou longo prazo.
Figura 1 Princpios de seleo de boas prticas
Especificando mais detalhadamente, considermos que uma boa prtica do ponto de
vista da igualdade de gnero deve obedecer aos seguintes quesitos:
1. incorporao da perspetiva de gnero no diagnstico feito, nomeadamente nadefinio da situao de partida e na considerao do potencial impacto dasmedidas nos homens e nas mulheres;
2. estabelecimento de metas para erradicar as situaes de desequilbrioencontradas;
3. alocao de recursos calibrada em funo das necessidades de cada um dos
sexos;
4. participao de mulheres ao longo de todo o desenvolvimento da interveno(agentes implicados; beneficirios/as);
5. integrao de expertise em igualdade de gnero em todas as fases do projeto;
6. estabelecimento de parcerias com organizaes de combate s desigualdades degnero;
PRINCPIOSDESELEODEBOASPRTICAS
NOSDOMNIOSDAIGUALDADEDEGNERO
(i) participao
(ii) adequao
(iii) utilidade
(iv) acessibilidade
(v) transferibilidade
(vi) sustentabilidade
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- pblico central e local;
- privado lucrativo e no lucrativo.
Proposta de estruturao dos estudos de Caso
Designao:
Identificao da Entidade:
1. Sinopse inicial: Breve apresentao da organizao
- Natureza jurdica
- Ramo de atividade
- mbito geogrfico de atuao
- Misso, objetivos e valores organizacionais
- Breve retrospetiva histrica
2. Caracterizao da Organizao numa Perspetiva de Gnero
- Estrutura orgnica e funcional
- Perfil das/os colaboradoras/es (caracterizao sociodemogrfica e socioprofissional)
- Prticas de prestao de contas e responsabilizao (sistema de gesto, indicadores degesto, mecanismos de controlo, etc.)
- Participao de mulheres e homens na gesto quotidiana e estratgica da organizao(representatividade e mecanismos organizacionais de participao dos membros das
organizaes e da populao destinatria no processo de definio de polticas e finalidadesda organizao)
- Efetividade da organizao no que toca incorporao/mainstreaming e disseminao/empowermentda igualdade entre mulheres e homens
- Aspetos positivos e debilidades da organizao na rea da igualdade de gnero
3. Caracterizao do/s projeto/s em que se insere (m) a (s) prtica (s)
- Enquadramento do projeto na ao estratgica da empresa
- Diagnstico de suporte elaborao (motivos de criao)
- Impacto do projeto na organizao (dados qualitativos e quantitativos)
4. Identificao da (s) prtica (s)
- Designao e descrio
- Objetivos
- Data da criao
- Destinatrias/os
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- Parceiros envolvidos
- Indicadores para monitorizao/avaliao
5. Conceo e implementao da (s) prtica (s)
- Ideia subjacente
- Problema (s) a que d resposta
- Solues testadas e implementadas
- Recursos envolvidos (ex: humanos, financeiros, equipamentos)
- Dificuldades e obstculos sentidas na conceo
- Dificuldades e obstculos sentidas na implementao
6. Resultados e valor acrescentado da (s) prtica (s)
- Descrio do valor acrescentado (organizao/empresa, parceiros e beneficirias/os)
- Acompanhamento da concretizao (plano de avaliao)
- Principais vantagens atribudas
7. Potencial de transferibilidade e sustentabilidade da (s) prtica (s)
- Possibilidade de transferibilidade (dentro e fora da organizao/empresa)
- Dependncia da prtica relativamente a pessoas e equipas
- Dependncia da prtica relativamente disponibilidade de recursos
Anexos:
Lista de documentos consultados
Pessoas entrevistadas
GUIES DE ENTREVISTA
Conhecer a perspetiva dos destinatrios finais das boas prticas em estudo essencial a uma
metodologia de quarta gerao, cujo trao fundamental integrar multi-atores dos processos
analisados. Assim os objetivos das entrevistas com beneficirios e entidades parceiras foram os
seguintes:
a) Entrevistas com beneficirias/os do projeto/prtica Tipo de relao com a entidade promotora
Atividades do projeto em que esteve diretamente envolvida
Caracterizao da natureza e grau de participao
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Vantagens e desvantagens reconhecidas prtica sob escrutnio
Perceo do papel da entidade promotora na promoo da Igualdade de Gnero (a nvelinterno e externo)
Perspetivas de futuro quanto a parcerias com a organizao promotora
b) Entrevistas com entidades parceiras Atividades do projeto em que esteve diretamente envolvida
Deciso de participao (como tomou conhecimento; iniciativa, )
Participao nas vrias fases do projeto
Relaes prvias entre as entidades promotora e parceira (parcerias anteriores,protocolos de colaborao, relaes informais entre colaboradores/as )
Experincia prvia no desenvolvimento de atividades relacionadas com a Igualdade deGnero (mbito, contedos, impactos)
Opinio sobre o modo como o projeto est a ser/foi conduzido
Dificuldades sentidas no decorrer da implementao do projeto
Impacto do projeto (na organizao; pessoalmente - aprendizagens, ; resposta anecessidades locais)
Objetivos e atividades da entidade promotora do projeto
Ao da entidade promotora em prol da igualdade entre mulheres e homens a nvel local
Perspetivas de futuro para as atividades em que a organizao est/esteve envolvida noprojeto (com que recursos e meios)
Perspetivas de futuro quanto a parcerias com a organizao promotora
Perspetivas de futuro quanto a atividades no domnio da igualdade de gnero pelaprpria instituio
No final da sinopse de cada estudo de caso, pode consultar-se a lista de documentos analisados e
de pessoas entrevistadas.
II. Breve sntese das boas prticas de igualdade de gnero em projetosapoiados pelos FE
Nos estudos de caso realizados, atravs dos quais procurmos dar visibilidade a boas prticas
implantadas no terreno, vale a pena enumerar as aes que se seguem, consideradas exemplares
luz daqueles requisitos:
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- Reforo da capacitao de organizaes em competncias prticas promotoras da igualdade
entre mulheres e homens, atravs da sensibilizao das pessoas que nelas trabalham;
- a criao da funo de provedoria da igualdade em empresas;
- a criao de comisses para a igualdade nos locais de trabalho (administrao local) que
assegurem a continuidade das aes de melhoria identificadas;
- a substituio de mulheres em gozo de licena por mulheres desempregadas em estreita
articulao com as entidades empregadoras, contribuindo para alargar as oportunidades de
emprego no mercado de trabalho;
- definio de referenciais internos de atuao (chamem-se ou no planos para a igualdade) tendo
em vista encetar um processo de mudana que torne a organizao e o seu modo de
funcionamento mais amigvel da conciliao das esferas da vida e da igualdade das mulheres e
homens que nela trabalham;
- disponibilizao de servios de apoio vida familiar que promovam o bem-estar de todos os
membros da famlia e evitem a sobrecarga de alguns;
- facilitao de acesso s condies indispensveis criao de emprego, prprio ou no, atravs
de aes diversas, nomeadamente de consultoria;
- apoio internacionalizao de iniciativas empresariais de mulheres, atravs da criao de redes
que ultrapassam o territrio nacional;
- visibilizao de casos de empreendedorismo feminino bem sucedido, em reas cientficas muito
feminizadas e tradicionalmente dissociadas da atividade econmica lucrativa, atravs da
atribuio de um prmio;
- controlo penal de agressores, atravs de processos de vigilncia eletrnica;
- capacitao de agentes estratgicos com interveno em casos de violncia de gnero e
domstica tendo em vista uma maior ateno institucional a quem pratica as agresses;
- sensibilizao de pblicos-alvo muito diferenciados, uns catalogveis como estratgicos e outros
no, expondo pela primeira vez muitas pessoas s anlises e s propostas de mudana para uma
sociedade com mais igualdade entre os sexos;
- recursos a narrativas adaptadas aos pblicos violncia no namoro no caso das populaes
jovens; direitos humanos no caso das populaes mais idosas;
- explorao das potencialidades de diferentes recursos multimdia, arte em funo dos
pblicos-alvo;
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- interveno pela produo participativa de arte, que facilita a superao de limitaes de
expresso verbal e abre o processo de interveno a mltiplos nveis e formas de comunicao.
Os estudos de casos permitiram-nos reforar algumas das concluses gerais do estudo:
- As medidas entendidas como inovadoras so, tendencialmente, aquelas que resultam de um
planeamento estratgico fortemente estruturado e participativo. A ideia de inovao, por parte
das entidades promotoras, est relacionada com o fornecimento de um servio que no existia
anteriormente e, em casos mais raros, com caratersticas inovadoras desse novo servio. So,
porm, de sublinhar outros aspetos de inovao que resultam da procura de caminhos
alternativos quer nas fases de diagnstico, quer nas fases de execuo e de avaliao dos projetos.
Recomenda-se que, para que esse investimento resulte, seja feito um planeamento rigoroso e
sistemtico, dotado de mecanismos eficazes de acompanhamento e monitorizao. Os programas-
piloto constituem um modelo virtuoso deste tipo de aplicao, sendo uma oportunidade para
calcular, programar e gerir os recursos necessrios a uma futura expanso da prtica.
- A sustentabilidade dos projetos aps o trmino dos financiamentos comunitrios depende
tambm, essencialmente, de uma planificao prvia cuidada e de uma eficaz gesto dos recursos.
As mais-valias, o know-how, os equipamentos e os recursos criados ou mobilizados, no mbito dos
projetos, todos contribuindo para a capacitao das organizaes e das pessoas que nelas
trabalham, tm maior probabilidade de se conservarem se demonstrarem a sua utilidade e
eficincia. A partir do momento em que, atravs de uma monitorizao e avaliao rigorosas, os
investimentos revelem os ganhos produzidos, o interesse pblico na manuteno destas iniciativas
poder contribuir para a sua sustentabilidade. Neste sentido, a contratao de entidades externas
e especializadas, para realizarem este acompanhamento e avaliao, tende a ser vantajoso para o
projeto.
- Os projetos analisados apresentam um potencial de transferibilidade elevado, j que
representam prticas e prestam servios que visam preencher lacunas e carncias na sociedade
portuguesa. As mais-valias produzidas, assim como as dinmicas e os processos necessrios sua
implementao, podem ter replicao noutras regies ou contextos com relativa facilidade. H, no
entanto, que ter em conta as especificidades de cada local ou regio, ou mesmo das pessoas
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III. Quadros-resumo
Nome e cdigo do
projeto + PO
Designao e descrio Tipologia Organizao mbito
geogrfico
Bero de Emprego
(001098/2011/122)
PO: PROEMPREGO (FSE)
Programa Bero de Emprego consiste na possibilidade de substituir as trabalhadoras
que se ausentam do servio por motivo de gozo da licena de maternidade, por
desempregadas beneficirias de subsdio de desemprego, durante o perodo da licena
acrescido de dois meses, sem custos para a entidade empregadora.
Conciliao
trabalho/
famlia
Fundo Regional
do Emprego
(FRE)
Regional (Regio
Autnoma dos
Aores)
Hospital de Cuidados
Continuados de lhavo
(CENTRO-09-0141-
FEDER-010044)
PO: POR Centro (FEDER)
O Hospital de Cuidados Continuados de lhavo consistiu na remodelao do antigo
edifcio do Hospital de lhavo para instalao de uma Unidade de Cuidados Continuados
para 55 utentes. Visava alargar o mbito da atividade da Santa Casa da Misericrdia e
criar maior capacidade de resposta s carncias na prestao de cuidados continuados
identificadas nos concelhos de lhavo e limtrofes.
Conciliao
trabalho/
famlia
Santa Casa da
Misericrdia de
lhavo
Regional
(Concelho de
lhavo e
limtrofes)
Inovar em Igualdade
(011576/2008/72)
PO: POPH (FSE)
O projeto Inovar com Igualdade tem como principal objetivo ajudar as empresas
aderentes a implementar modelos de organizao e prticas respeitadoras dos critrios
da Igualdade de Gnero e da Igualdade de Oportunidades, consistindo 1) Na elaborao
de um diagnstico das situaes relacionadas com a IG nas empresas aderentes, pela
deteo de problemas existentes nestas reas; 2) Na definio de solues, traando
um plano de ao por empresa; 3) No apoio implementao de aes corretivas e
preventivas.
Planos para
a Igualdade
Associao
Comercial e
Industrial de
Barcelos (ACIB)
Regional
(Concelhos de
Barcelos e
Esposende)
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Nome e cdigo do
projeto + PO
Designao e descrio Tipologia Organizao mbito
geogrfico
Plano Municipal de
Igualdade - Projeto Zero
(012160/2009/972) +
Implementao dos Planos
do Municpio e do
Concelho para a Igualdade
de Gnero(057645/2011/972)
PO: POPH (FSE)
Os dois projetos foram os pilares para a concretizao do plano para a igualdade do
Municpio de Oeiras.
O Projeto Zero procurou dar resposta s necessidades sentidas no diagnstico e
implementao de medidas de IG na CM de Oeiras. Integrou uma componente de
diagnstico interno e interveno formativa com quadros dirigentes. No plano do
diagnstico, foi feito um levantamento de prticas internas. Paralelamente, desenvolveu
uma interveno formativa com base na expresso artstica.A Implementao dos Planos do Municpio e do Concelho para a IG realizou um
diagnstico externo e desenhou Plano Municipal de Igualdade de Oeiras, integrando uma
componente interna (autarquia) e outra externa de interveno (concelho). Foi
concebido para dar seguimento s necessidades no colmatadas no primeiro projeto.
Planos
para a
Igualdade
Cmara
Municipal de
Oeiras
Regional
(Concelho de
Oeiras)
Vigilncia Eletrnica de
Agressores
(015446/2008/77);
Programa para Agressores
de Violncia Domstica
(015440/2008/77)
PO: POPH (FSE)
VEA - Programa de fiscalizao da proibio de contactos entre agressor e vtima de
violncia domstica.
PAVD - Programa que pretende promover, nos agressores conjugais, a conscincia e
assuno da responsabilidade pelo seu comportamento violento, bem como a
aprendizagem de estratgias alternativas ao mesmo, com vista diminuio da
reincidncia.
Violncia
de Gnero
Direo-Geral
de Reinsero
e Servios
Prisionais
(DGRSP)
Nacional (com
Projetos-piloto
nas regies
Norte e Centro)
Opo Ave.pt
(058409/2011/73)
PO: POPH (FSE)
O Projeto Opo Ave.pt visa incutir uma nova cidadania, fundada num olhar mais atento,
sensvel e interventivo relativamente s problemticas inerentes Cidadania e Igualdade
de Gnero, Violncia Domstica e ao Trfico de Seres Humanos. Objetivos:
- Promover a transversalizao da dimenso de gnero, conjugar esta estratgia com
aes especficas, incluindo aes positivas, destinadas a ultrapassar as desigualdades
que afetam as mulheres em particular;
- Combater os esteretipos de gnero no mbito da defesa dos direitos humanos;
- Informar, sensibilizar, educar e formar profissionais no domnio da Violncia Domstica;
- Refletir sobre as realidades que caracterizam o trfico de seres humanos,
nomeadamente para fins de explorao sexual e laboral.
Violncia
de Gnero
Centro Social
de Parquia
de Polvoreira
Regional
(Concelhos de
Guimares e
Vizela)
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Nome e cdigo do
projeto + PO
Designao e descrio Tipologia Organizao mbito
geogrfico
Agir + - Programa
integrado de apoio ao
empreendedorismo
feminino
(058379/2011/973)PO: POPH (FSE)
O projeto AGIR + - Programa integrado de apoio ao empreendedorismo feminino -
visa contribuir para o empoderamento socioeconmico das mulheres portuguesas,
promovendo o potencial empreendedor feminino. Procurou fornecer os meios e as
bases necessrias concretizao de novos negcios e empresas, reforando as
competncias das empresrias ao nvel da gesto e liderana das suas empresas efavorecendo o acesso aos postos de tomada de deciso.
Empreendedo-
rismo Feminino
Associao
Portuguesa de
Mulheres
Empresrias
Nacional (mas
projeto incidiu na
Regio de Lisboa)
GAPI 2.0Gabinetes de
Valorizao do
conhecimento
(FCOMP-05-0128-
FEDER-005214)
PO: COMPETE (FEDER)
Atribuio de prmios a conceitos de negcio elaborados por mulheres, na lgica do
empreendedorismo feminino, no mbito do Concurso de Ideias Arrisca C.
A prtica em anlise enquadra-se no projeto GAPI 2.0, o qual decorreu entre abril
de 2009 e dezembro de 2011, com o apoio do Programa Operacional Fatores de
CompetitividadeCOMPETE, atravs do Sistema de Incentivos de Aes Coletivas
(SIAC).
O projeto teve como misso promover a valorizao do conhecimento gerado por
empresas, empreendedores e instituies do ensino superior e do sistema
cientfico, atravs do fomento do empreendedorismo de base tecnolgica e da
promoo e apoio na utilizao do Sistema de Propriedade Industrial junto dos
referidos agentes econmicos.
Empreendedo-
rismo Feminino
Instituto Pedro
Nunes (IPN)
Nacional (mas a
prtica estudada
foi na Regio
Centro)
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Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade
das atividades
Potencial de
transferibilidade
Bero de
Emprego
- Candidatura das entidades empregadoras ao
programa, com indicao dos perfis de competncias
requeridos para as trabalhadoras substitutas.
- Pr-Seleo pela Agncia para a Qualificao e
Emprego (AQE) das trabalhadoras beneficirias de
prestaes de desemprego com perfis de
competncias adequados s funes.
- Apresentao s entidades empregadoras de
trabalhadoras com perfil pretendido, cabendo-lhe a
seleo final da candidata.
- Colocao das trabalhadoras substitutas nos postos
de trabalho ocupados pelas trabalhadoras em
situao de licena por maternidade durante o
perodo de licena acrescido de 2 meses.
- Prtica de implementao simples, pouco
burocrtica e clere, nomeadamente o
processo de candidatura ao programa por parte
das entidades empregadoras.
- A adequao do perfil de competncia das
trabalhadoras substitutas s funes
desempenhadas , em geral, avaliado
positivamente.
- Relevncia da participao das entidades
empregadoras na seleo das trabalhadoras
substitutas.
As perspetivas para
futuro so de
continuidade,
atendendo aos seus
resultados positivos. O
facto de o programa
preexistir ao
financiamento do Pro-
Emprego revelador do
potencial de
sustentabilidade da
prtica.
transfervel para todo
o tipo de entidades
empregadoras. Com
procedimentos claros
pode facilmente ser
replicada mediante o
envolvimento dos
organismos
competentes.
Hospital
de
Cuidados
Continua-
dos de
lhavo
- Unidade de Cuidados Continuados com 55 camas;
acolhimento de mdia durao com 26 camas e de
longa durao com 29 camas.
- Servios de imagiologia, com radiologia, ecografia e
mamografia.
- Servios de medicina fsica e de reabilitao (dando
resposta a utentes internos/as e externos/as da
UCC).
Reforo de um servio de proximidade de
grande importncia para a populao no
domnio dos cuidados a pessoas dependentes.
Taxa de ocupao de 100% desde a sua
inaugurao atesta o valor acrescentado do
investimento. O carcter integrado do
equipamento o seu grande fator
diferenciador, a par da capacidade de resposta
da UCC propriamente dita (55 camas) que
superior de equipamentos semelhantes. A
Santa Casa de lhavo reforou assim a sua ao,
dando hoje resposta a mais de 500 pessoas de
forma direta (300 crianas, nas creches e pr-
escolar; 120 utentes no apoio domicilirio, 100
utentes de RSI, 55 de UCC). Outra das mais-
A sustentabilidade foi,
desde logo, assegurada
no estudo de viabilidade
financeira que a
entidade realizou
previamente, sinalizando
o montante mdio de 30
camas (mdia e longa
durao) como limiar de
sustentabilidade.
O potencial de
transferibilidade
elevado pelo carcter
integrado do
equipamento criado e
pela sua estratgia de
sustentabilidade. Prova
isso o facto de se ter
vindo a afirmar como
equipamento modelo,
acolhendo visitas e
interesse de outras
entidades no pas.
-
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPE TIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS ,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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valias inerentes ao servio a criao de postos
de trabalho na regio que, em grande parte, se
constituem em oportunidades de emprego
para mulheres com perfis de baixa
empregabilidade (mais de 45 anos, baixos
nveis de escolaridade, sem formao
profissional, e com pouca ou nenhuma
experincia profissional). A contrapartida desta
vantagem, porm, o reforo da segregaohorizontal das estruturas do mercado de
trabalho, pois este j um setor de emprego
extremamente feminizado.
Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade
das atividades
Potencial de
transferibilidade
Inovar em
Igualdade
As medidas adotadas, propostas pelas empresas
consultoras, foram negociadas com responsveis das
empresas no projeto, podendo ser reajustadas ou
alteradas:
- Criao de plano de reunies mensal conciliadora
com a vida pessoal e familiar;
- Organizao de formas de trabalho que promovam
a harmonizao da vida profissional e familiar;
- Criao de plano de formao modelo, conciliador
com a vida pessoal, familiar e profissional;
- Informao tratada por sexo nos processos de
Recrutamento e Seleo;
- Criao e divulgao de base de dados de
Relativamente s empresas, os aspetos mais
positivos foram: as formas de organizao do
trabalho e todo o envolvimento das pessoas, a
criao de uma base de formao e o trabalho
em parceria. De uma forma transversal, a
principal mais-valia do projeto a
sensibilizao e a consciencializao para a
igualdade de gnero, nas empresas. A um nvel
mais pragmtico, a criao da funo de
provedoria da igualdade tambm apontada
como uma virtude. Os/as provedores/as fazem
a ponte entre os diversos setores de pessoal
das empresas, possibilitando um maior
A ACIB mantem contacto
com as pessoas
destacadas para a
funo provedora da
igualdade de cada
empresa no sentido de
dar continuidade ao
plano, com atualizaes
regulares das prticas de
sensibilizao. Receia-se,
contudo, que a sua
sobrevivncia esteja em
risco sem o estmulo do
Apresenta um elevado
potencial de
transferibilidade, e
encarada como um
tipo de sensibilizao
que deve ser
implementado.
Contudo, necessrio
adequar ao pblico-
alvo a linguagem, a
forma de abordagem e
o tratamento a dar.
tambm crucial o
-
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS ,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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informao sobre creches, infantrios, lares de
idosos a quem colabora na empresa;
- Criao de bases de dados com todo o tipo de
servios de proximidade de ndole domstica
(arranjos de calado, lavandaria, engomadoria, entre
outros);
- Designao/nomeao de uma pessoa interna da
empresa que desempenha a funo de provedoria
da Igualdade de Gnero e de Oportunidades emantenha o contato com pessoal interno e com
entidades externas;
- Organizao de passeio, excurso ou visita
pedaggica para os filhos e filhas de pessoal ao
servio;
- Desenvolvimento de sesses informativas sobre a
situao da empresa a quem nela trabalha e que,
por diversos motivos, se possa ter ausentado;
- Integrao em aes de formao de mdulos
relacionados com a temtica da igualdade entre
mulheres e homens;
- Organizao de toda a informao interna da
empresa de modo a que os dados sejam
desagregados por sexo e que no faam nenhum
tipo de discriminao por sexo;- Criao de protocolos com servios de apoio para
filhos e filhas de trabalhadores e trabalhadoras
(creches, ludotecas, outras atividades).
envolvimento nos processos de tomada de
deciso e diagnsticos de necessidades. Para
alm disso, potenciam a continuidade do plano
nas empresas, garantindo o cumprimento dos
protocolos e organizando aes de formao
com alguma regularidade. Em suma, as
principais virtudes deste projeto passam por
uma sensibilizao estruturada e sustentada,
atravs da formao e pelo envolvimentoefetivo de trabalhadoras e trabalhadores.
financiamento externo,
seja comunitrio ou do
Estado, no pelo facto
de as atividades serem
exigentes em recursos,
mas pelo facto de estas
problemticas no
serem uma prioridade
para as empresas.
envolvimento de todos
os membros das
empresas.
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPE TIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS ,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade
das atividades
Potencial de
transferibilidade
Plano
Municipal
de
Igualdade
- Projeto
Zero
+ Imple-
mentao
dos
Planos do
Municpio
e do
Concelho
para a
Igualdade
de Gnero
De forma a apurar medidas adaptadas ao contexto
interno e externo, procedeu-se recolha de informao
junto da populao-alvo, sob a forma de aplicao de
inquritos por questionrio. Tambm se procedeu
anlise dos dados extrados do Balano Social 2009 e ao
levantamento e anlise das prticas internas promotoras
de igualdade e facilitadoras da conciliao entre a vida
pessoal, familiar e profissional. No plano externo, foi
aplicado um inqurito por questionrio a 147 entidades.
A estratgia de interveno foi sustentada em vrios
eixos/domnios, tais como: educao e emprego;
conciliao entre a vida pessoal/ familiar e profissional;
sade e ambiente; justia e violncia de
gnero/domstica; participao cvica; cultura e desporto;
organizaes da sociedade civil. Ao nvel do sistema de
funcionamento organizacional do municpio, foram
priorizadas medidas como o fomento dos servios de
apoio famlia dirigidos a dependentes, o incentivo
maior participao do pai na vida familiar, a incluso da
dimenso da IG na linguagem escrita e na comunicao
audiovisual, a incorporao da IG nos instrumentos
estratgicos e desenvolvimento de formao na rea da
igualdade de gnero. Ao nvel da educao, procurou-se
reforar a ao de Gabinetes de Insero Profissional,
bem como proceder a uma caracterizao das pessoas
desempregadas no Concelho. No domnio da sade e
ambiente foram promovidas aes para jovens sobre
A grande mais-valia deste plano a
conjugao das componentes interna e
externa. O municpio reconhece o papel
que pode desempenhar na promoo da
IG, definindo tanto uma orientao
estratgica para a rea como um plano de
ao que se sustenta nas sinergias locais e
no trabalho em rede. Alm do trabalho de
sensibilizao e de consciencializao da
comunidade para a importncia do
combate s desigualdades de gnero e
aos efeitos perversos que suscitam, a
autarquia, enquanto organizao e
sistema social de trabalho, procurou
desenvolver um referencial interno de
atuao, dando o exemplo para o exterior.
A maior vantagem, pelo menos para a
organizao, foi ter colocado o tema na
agenda, sobretudo no que diz respeito a
introduo dos princpios da IG na poltica
do municpio, e ter criado rotinas que
permitam uma ateno constante para
estas questes. De assinalar tambm a
conceo de relaes de gnero
subjacente que leva ao direcionamento
das aes para ambos os sexos, e, em
alguns casos, discriminando positivamente
Tem um potencial
intrnseco de
sustentabilidade, pois
tem uma componente
de avaliao para
atualizaes. O
reconhecimento social e
a mobilizao de
entidades locais criam
condies para isso.
Apostou-se em aes de
baixo custo que
dependem mais do
trabalho dos recursos
humanos do que de um
acrescento no
oramento da
organizao. As
responsveis pelo plano
no deixam de frisar a
ambio de se ir
atualizando o plano e de
incluir as medidas que
sejam necessrias.
A estratgia seguida e
a planificao
elaborada tm
potencial de
transferibilidade. A
demonstr-lo esto os
prmios recebidos,
mas, sobretudo, o
facto de haver procura
de outras entidades
para conhecer o
trabalho realizado e
para perceber como
podem percorrer um
caminho semelhante.
As ideias-chave
subjacentes ao plano
podem ser replicadas
em qualquer contexto.
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ESTUDO DE AVALIAO DA INTEGRAO DA PERSPETIVA DO GNERO NOS FUNDOS ESTRUTURAIS ,NO PERODO DE PROGRAMAO 2007-2013
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sade sexual e reprodutiva e aes para pessoal tcnico
de sade sobre cuidados a prestar em situaes de
violncia de gnero e domstica. Na questo da violncia
domstica, foi trabalhada a criao de uma rede de
acompanhamento de casos de violncia, integrada na
Rede Social de Oeiras. Na rea da participao cvica, a
interveno passou pela incluso da dimenso de gnero
no Banco Local de Voluntariado de Oeiras,
nomeadamente pela promoo da participao doshomens nesta estrutura.
Na cultura e desporto, foi proposta a criao de um
sistema de indicadores de gnero relativo aos projetos e
aes desenvolvidas pelo Municpio. Por fim, foram
pensadas medidas que favorecessem a promoo da
implementao de planos para a igualdade de gnero nas
organizaes sociais e nas empresas municipais e
comparticipadas, a formao de agentes na rea da IG, a
disseminao de boas prticas empresariais neste
domnio.
o sexo em minoria. O plano tambm veio
criar sinergias com entidades parceiras e
reforar o trabalho da Rede Social de
Oeiras. O envolvimento dos diferentes
agentes sociais internos e externos
tambm veio contribuir para que este seja
um plano participativo.
O trabalho positivo desenvolvido produz
os seus efeitos e ganha reconhecimentopor organismos externos, tendo o
Municpio de Oeiras sido distinguido com
uma Meno Honrosa no Prmio
Municipal Viver em Igualdade, binio
2012-2013, atribudo pela CIG e com ttulo
"Autarquia +Familiarmente Responsvel
2012", atribudo pelo Observatrio das
Autarquias Familiarmente Responsveis.
Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidad
e das atividades
Potencial de
transferibilidade
VigilnciaEletrnica
de
Agresso-
res;
Programa
para
Agresso-
res de
O programa experimental de Vigilncia Eletrnica paraAgressores de Violncia Domstica engloba sete atividades:
- experincia-piloto de controlo penal de agressores, que
contemplou a aquisio de servios de vigilncia eletrnica;
- implementao do Programa de Vigilncia Eletrnica para
Agressores, passando pela aplicao de dispositivos eletrnicos
de controlo distncia de medidas de afastamento de
agressores a vtimas, num total de 64 agressores;
- aes de sensibilizao e divulgao destinadas a
A interveno com agressoras/es deviolncia domstica visa promover no
apenas a proteo imediata da vtima ou a
punio de quem agride, mas promover
uma alterao nos padres de
comportamento das pessoas envolvidas,
reduzindo o seu mpeto violento. Assim,
esta interveno vocacionada para ganhos
a longo prazo, embora sem descurar a ao
A vigilnciaeletrnica provou
ser uma tecnologia
que garante maior
sustentabilidade
que outras medidas
(nomeadamente a
priso preventiva).
provvel que se
O potencial detransferibilidade dos
dois projetos era
intrnseco, na medida
em que foram
desenvolvidos
enquanto
intervenes piloto.
O facto de j estar
-
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Violncia
Domstica
(PAVD)
magistrados/as, agentes do sistema segurana interna, servios
prisionais e sociedade civil;
- produo e divulgao de materiais informativos, como
folhetos de divulgao do programa e da temtica dirigidos a
operadores judicirios e entidades pblicas e privadas
envolvidos na experincia piloto;
- conceo, desenvolvimento, acompanhamento e avaliao de
projetos, com vista possibilidade de alargamento da
experincia-piloto ao resto do pas;- aes de sensibilizao e divulgao para pessoal tcnico
A estruturao do PAVD previu:
- criao de instrumentos para assessoria aos tribunais e
avaliao de risco;
- conceo de orientaes dirigidas interveno
individualizada;
- formao tcnica especializada;
- conceo de um caderno psicoeducacional dirigido para a
interveno grupal;
- estabelecimento de uma estrutura de rede interinstitucional
de servios que intervm no mbito da violncia domstica ou
outras problemticas associadas;
- monitorizao interna do desenvolvimento do programa no
terreno;
- avaliao do impacto do programa a executar por umaentidade externa;
- cooperao de universidades na conceo do programa, na
avaliao do seu impacto e na formao e qualificao dos
profissionais da DGRS envolvidos na sua aplicao.
imediata necessria para proteger a vtima.
O PAVD, sendo uma interveno
fortemente estruturada e direcionada,
apresenta-se talvez como a melhor forma
de atingir este objetivo. Porm, a Vigilncia
Eletrnica dos Agressores, cujo objetivo
imediato proteger a vtima e fazer cumprir
a deciso judicial de proibio de contactos,
acaba tambm por dar um contributo nestesentido. Isto porque, durante o perodo em
que a/o arguida/o est a ser
monitorizada/o, abre-se uma possibilidade
de autorreflexo e de consciencializao,
numa fase em que a pessoa tem de
reorganizar a sua vida, afastada/o da/o
companheira/o. Alm disso, a prpria carga
simblica e psicolgica derivada do uso da
pulseira e de saber que est a ser vigiado/a,
acabam por ter um efeito no s inibidor,
mas tambm pedaggico.
mantenha mesmo
sem o apoio dos
fundos estruturais.
O projeto inicial
teve continuidade,
com a extenso da
medida de VE s
restantes regies
de PortugalContinental. O
mesmo se pode
referir
relativamente ao
PAVD, uma vez que
se encontra em
curso o PAVD Mais.
projetada a sua
difuso a outras
regies de Portugal
Continental
demonstra o elevado
potencial de
transferibilidade que
cada um dos projetos
em anlise detinha.
-
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Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade das
atividades
Potencial de
transferibilidade
Opo
Ave.pt
- Interveno/Sensibilizao para a
igualdade de gnero pela arte, atravs da
produo de artefactos e a realizao de
exposies e concursos que premeiam a
criatividade;
- Criao de produtos pedaggicos
multimdia adaptados a diferentes
pblicos-alvo, atravs da mobilizao de
recursos locais e da participao dos
destinatrios no processo criativo;
- Sensibilizao baseada na informao
sobre como reconhecer uma situao de
violncia e de discriminao e como agir,
dando a conhecer direitos institudos e
recursos disponveis;
- Sensibilizao de jovens que frequentam
as vrias escolas envolvidas no projeto e de
utentes e pessoal ao servio nos vrios
equipamentos sociais tutelados pelo Centro
Social de Parquia de Polvoreira.
Ancoragem expresso local dos problemas sociais
abrangidos e a diversidade e dimenso dos pblicos-
alvo so mais-valias claras do projeto, que
amplificam outros contributos passveis de serem
identificados:
- Reforo da capacitao da organizao em
competncias prticas promotoras da igualdade
entre mulheres e homens, atravs da sensibilizao
das pessoas que nela trabalham;
- Aumento da motivao para dar continu idade a
projetos de interveno em prol da igualdade de
gnero;
- Extenso s temticas da violncia dos servios de
atendimento individualizado existente;
- Credibilizao e enriquecimento da imagem da
instituio na comunidade local;
- Dinamizao das parcerias entre instituies locais;
- Flexibilizao da tipificao sexual dos postos de
trabalho, atravs da polivalncia de mulheres e
homens a trabalhar na instituio.
- Iniciao de entidades parceiras em temticas
associadas igualdade de gnero resultou na
capacitao de vrios dos seus atores em algumas
vertentes da igualdade de gnero e violncia;
- Reforo das competncias sociais e interpessoais
da populao envolvida proativamente nas
atividades de conceo e exposio de artefactos de
sensibilizao para as diversas problemticas
(pessoal docente e no-docente, jovens e idosos).
A matriz de compromisso
entre as vrias instituies
parceiras potencia a
continuidade das
atividades,
nomeadamente, atravs
da participao do pessoal
tcnico envolvido no
projeto. Alm disso, a
entidade promotora gere
vrias respostas sociais,
atravs de cujos recursos
poder dar continuidade a
vrias atividades de
sensibilizao e de
interveno (Gabinete de
Apoio Psicoeducativo,
creche, centro de dia, ATL,
escolas apoiadas pela
Junta de Freguesia). As
parcerias estabelecidas
com o setor empresarial e
institucional (escuteiros,
escolas, etc.) podero ser
fonte de mobilizao de
recursos materiais e
outros.
Kit de recursos tcnico-
pedaggicos (com Blitz
A ideia subjacente
exposio dos Sapatos
para a Igualdade
(enquanto processo
participativo de
produo artstica)
transfervel para
qualquer temtica e
suporte artstico, j que
alarga a base de
comunicao e aumenta
a recetividade das
temticas.
Os recursos tcnico-
pedaggicos produzidos
constituem um suporte
indispensvel
replicao da
interveno em outros
contextos e com outros
parceiros. Garantido o
alargamento de algumas
atividades a, pelo
menos, outras turmas
nas escolas envolvidas,
recorrendo incluso
destas atividades no
plano curricular de
algumas disciplinas, dada
-
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- Capacitao individual de colaboradoras e
colaboradores da entidade promotora em termos de
literacia de direitos e deveres no campo da
igualdade de gnero.
Vantagens associada iniciativa:
- a interveno pela produo participativa de arte
proporciona formas criativas de produo de
conhecimento que ajudam a ultrapassar limitaes
de expresso verbal e abrem o processo deinterveno a mltiplos nveis e formas de
comunicao;
- o recurso a metodologias ativas, que passam pela
participao na elaborao de produtos, por parte
dos destinatrios e na sua integrao em dinmicas;
- o envolvimento do tecido econmico local,
designadamente o comrcio tradicional;
- a articulao das atividades com o patrimnio
imaterial local.
- diversificao dos contextos de interveno e das
parcerias: escolas, espaos de diverso noturna,
comrcio, entre outros.
Movie; documentrio;
curta-metragem; notcias;
registos de dinmicas) vai
ser entregue s escolas
dos dois concelhos de
interveno, criando assim
condies para a
continuidade de algumas
das atividades desensibilizao iniciadas.
a tendncia para isolar
as escolas da
comunidade, limitando
ao mximo a
interveno comunitria
no espao escolar. Os
cursos de natureza mais
prtica so os que
presentementeoferecem maior abertura
e flexibilidade curricular.
O merchandising
produzido no mbito do
projeto (pin Diga no
violncia no namoro, t-
shirts com vrias frases,
mscaras da
igualdade) continuar a
difundir as mensagens
do projeto.
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Projeto Solues testadas
e implementadas
Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade das
atividades
Potencial de
transferibilidade
Agir + REDEfemIntegrao aos nveis
local/regional/nacional e internacional em
redes temticas que alarguem as sinergias e
complementaridades.
GAT - Gabinete de Apoio Tcnico -
consultoria casustica, personalizada e face-
a-face, local e especializada s Empresrias
e Empreendedoras que permita a resoluo
de problemas da gesto dos negcios.
Funciona numa base itinerante, em locais
cedidos gratuitamente por parceiros da
APME.
Assess@ria, integrada nos PRE - Portais
Regionais do Empreendedorismo. A
assessoria on-line um interface de
resoluo de problemas das destinatrias
finais que necessitam de uma resposta
clere. Funciona em complementaridade
com o GAT, apenas para questes e dvidas
muito concretas.
ELA - Empreendedoras e Lderes em Aco
demonstrao e visibilidade de boas
prticas e do role model que as mulheres
empresrias e empreendedoras podem
desempenhar.
Seminrios Temticos, para divulgao de
ferramentas de apoio ao
empreendedorismo no feminino, sistemas
de incentivos, debate de ideias, numa base
A REDEfem constitui a ao claramente mais
inovadora do projeto. uma ideia simples mas
ainda ningum tinha pensado nela, produziu
um efeito de descoberta do ovo de Colombo
nas associaes parceiras. Presta um servio
importante s empresrias porque permite-
lhes divulgar as suas empresas nas lnguas que
quiserem, cabendo a cada associao traduzir
para a sua lngua local. Tem a vantagem de
tambm reforar as associaes, porque
contribui para fidelizar as suas associadas (as
no-associadas no esto contempladas, para
criar ncora ao movimento associativo). Cada
associao compromete-se a vender a ideia,
mas s tem vantagem nisso. A APME valida as
associaes. Estas no tm de estar filiadas em
nenhuma rede internacional, s tm de ser
associaes de mulheres.
Para a entidade promotora (APME) o projeto
permitiu profissionalizar algumas reas
adicionais dentro da associao e fazer uma
abordagem mais integrada da gesto dos
apoios ao empreendedorismo e a projetos com
viabilidade.
A REDEfem, em particular, uma ao com um
elevado potencial de suporte ao
empreendedorismo feminino, ao favorecer o
surgimento de redes, parcerias e negcios
entre as empresas associadas das vrias
As perspetivas para a
maioria das aes do
projeto so de
continuidade, atendendo
aos seus resultados
positivos. Contudo,
algumas aes no podem
continuar sem apoio na
cobertura de custos. A
REDEfem, o GAT e a
Assessoria e os seminrios
continuaro a ser
realizados. Os encontros
inter-regionais
provavelmente tambm,
ainda que com
adaptaes. J a Exportar
+ e a ELA dependem de
financiamento. Quanto
escola de
empreendedorismo,
tambm precisa de algum
financiamento, mas
requer sobretudo
condies de estabilidade
no sistema educativo.
Praticamente todas as
iniciativas tm potencial de
transferibilidade, na medida
em que podem ser replicadas
noutros contextos. A
REDEfem tambm
transfervel, contudo, far
mais sentido que a
transferibilidade seja mais
equacionada no sentido de
passar a abranger mais
regies do planeta e,
necessariamente, mais
microredes de empresrias
que se interligam e passam a
cooperar.
As atividades concretizadas
neste programa integrado de
promoo do
empreendedorismo feminino
tm um elevado potencial de
suporte ao desenvolvimento
da independncia econmica
das mulheres e de um perfil
empresarial, ao favorecer o
surgimento de redes,
parcerias e negcios entre as
empresas associadas das
vrias associaes parceiras, a
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regional.
Exportar + - Apoiar a capacidade
exportadora de empresas geridas e
lideradas por mulheres. Pretende-se a
realizao de misses comerciais
multissectoriais ao exterior.
Encontros Inter-regionais. Trata-se de
replicar, ao nvel interno, os mesmos
objetivos de partilha e troca deexperincias, de aproximao a mercados
locais diferenciados e constituio de
parcerias comerciais numa lgica de
complementaridade por parte de empresas
geridas e lideradas por mulheres.
associaes parceiras, a uma escala nacional e
internacional. Apresenta a vantagem de
contribuir para a consolidao das prprias
associaes, ao promover a fidelizao das
associadas. Por outro lado, uma ao
sustentvel, uma vez que a sua dinamizao e
expanso assenta nos recursos j existentes nas
associaes.
uma escala nacional e
internacional.
-
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Projeto Solues testadas e implementadas Principais vantagens/
Valor acrescentado
Sustentabilidade
das atividades
Potencial de
transferibilidade
GAPI 2.0
Gabinetes
de
Valoriza-
o do
conheci-
mento
- Divulgao do concurso atravs de abordagem direta
junto de estudantes do ensino superior, apresentando
ideias de negcio protagonizadas por mulheres.
- Promoo do concurso em cursos em reas pouco
associadas ao empreendedorismo de base cientfica e
tecnolgica (por exemplo, cincias sociais e humanas),
e em geral mais feminizadas.
- Atribuio de prmios a ideias de carter inovador,
propostas por mulheres, que possam dar origem a um
plano de negcio ou a uma nova empresa. Aplicao
do incentivo financeiro no desenvolvimento da ideia.
- Prmio Igualdade, atribudo pela Secretaria de
Estado da Igualdade e pelo Ministrio da Cincia,
Tecnologia e Ensino Superior, no valor de 8 000 .
- Prmio ACIC, no valor de 4 000 (80h em
consultoria), para a elaborao do plano de negcios.
- Promoo da criao de equipas multidisciplinares
para a conceo de ideias de negcio, o que propicia a
atenuao do diferencial de gnero uma vez que os
vrios cursos tm composies diferentes. Por
exemplo, uma das equipas vencedoras constituda
por trs raparigas e dois rapazes, de reas diversas,
transversal a toda a UC (engenharia, jornalismo,
economia e antropologia).
- Atenuao do diferencial entre
mulheres e homens ao nvel da
criao de ideias de negcio;
- Reconhecimento da existncia de
um enorme potencial feminino ainda
por explorar;
- A perceo de que h alunas com
boas ideias e potencial para criar a
sua prpria empresa sai reforada
com estratgias proativas de
motivao destas pessoas. Passou a
haver maior conscincia de que
quanto maior o incentivo a esta
iniciativa, mais e melhores empresas
so criadas;
- Aposta no empreendedorismo
feminino aumenta o potencial de
criao de empreendimentos, o que
fundamental para quem trabalha
nestas reas;
- Diversidade das equipas torna-as
mais aptas para responder a
desafios.
O prmio dedicado a
ideias de negcio
promovidas por
mulheres sobreviveu
ao final do projeto. O
concurso mobiliza
recursos financeiros
que podem ser
mobilizados atravs de
patrocnios de
natureza diversa. O
facto de a iniciativa
perdurar ilustrativa
da sua
sustentabilidade.
facilmente transfervel, no s
para instituies vocacionadas
para o desenvolvimento em
cincia e tecnologia, mas para
outros agentes empenhados no
incentivo ao
empreendedorismo feminino,
como autarquias ou outro tipo
de associaes.
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IV. Sinopses dos estudos de caso
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1.BERO DE EMPREGO
Programa: PRO-EMPREGO - Programa Operacional FSE da RA dos Aores
Eixo: 1 Qualificao do Capital Humano, do Emprego e da Iniciativa para a Competitividade
Regional
Ao-tipo 1.2.2.2Job Rotationpara apoio maternidade
Designao da prtica: Programa Bero de Emprego
Identificao da Entidade: Fundo Regional do Emprego (FRE)
1. Sinopse inicial: Breve apresentao da organizao
- Natureza jurdica: Entidade Pblica Local
- Ramo de atividade: Administrao Pblica
- mbito geogrfico de atuao: Regional
- Misso, objetivos e valores organizacionais
A Direo Regional do Trabalho, Qualificao Profissional e Defesa do Consumidor (DRTQPDC) o
servio da SRTSS que tem por misso propor, executar e avaliar as polticas em matria de
empregabilidade, formao e qualificao profissional, trabalho e defesa do consumidor.
Integrado nesta Direo em 2011, o Fundo Regional do Emprego um organismo beneficirio do
Programa, a quem cabe a candidatura ao Pro-Emprego e a gesto financeira do projeto.
- Prticas existentes no domnio da igualdade de gnero
Para alm do estabelecido nas regras da administrao pblica, no existem medidas formalizadas
de promoo da igualdade de gnero e de conciliao da vida profissional, pessoal e familiar na
DRTQPCD. De uma forma geral procura favorecer-se a igualdade entre homens e mulheres e
conciliao daquelas esferas da vida, no se criando obstculos a esse nvel.
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- Projetos anteriores no domnio da igualdade
J havia experincia de medidas que contemplavam a discriminao positiva a favor de mulheres,
nomeadamente em programas de apoio criao de postos de trabalho que previam majoraespara a contratao de mulheres.
2. Identificao do projeto/da (s) prtica (s)
- Designao e descrio
Designao: Programa Bero de Emprego
A medida consiste na possibilidade de substituir as trabalhadoras que se ausentam do servio por
motivo de gozo da licena de maternidade, por desempregadas beneficirias de subsdio de
desemprego, durante todo o perodo da licena acrescido de dois meses, sem custos para a
entidade empregadora.
- Objetivos
- Aumentar taxas de participao e de atividade femininas atravs da reduo (temporria)
da taxa de desemprego.
- Atenuar os efeitos econmicos e funcionais sobre as empresas e organismos resultantes da
licena de maternidade das suas trabalhadoras.
- Promover condies de igualdade de gnero no acesso e na manuteno do emprego,
atenuando os fatores que constituem uma desvantagem contratao de mulheres.
- Potenciar melhores condies de (re)insero em meio laboral de mulheres.
- Contribuir para a produtividade social.
- Fomentar a aquisio de novas competncias por parte das trabalhadoras beneficirias.
- Fomentar a natalidade.
- Promover o mercado social de emprego.
- Data da criao
O Programa Bero de Emprego, regulamentado pelo Decreto Regulamentar Regional
n8/2008/A, de 7 de Maio de 2008 vem substituir o anterior programa de apoio substituio
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temporria de trabalhadoras beneficirias de subsdio de desemprego, regulado pelo Decreto
Regulamentar Regional n2/99/A, de 4 de Fevereiro.
- Destinatrias/os- Trabalhadoras em licena de maternidade.
- Desempregadas beneficirias de prestaes de desemprego.
- Entidades empregadoras:
- Empresas regularmente constitudas;- Servios e organismos dependentes da administrao pblica regional;- Servios e organismos localizados na Regio Autnoma dos Aores dependentes da
administrao pblica central;
- Servios e organismos dependentes da administrao local;- Instituies particulares de solidariedade social ou equiparados;- Associaes e cooperativas sem fins lucrativos.
- Parceiros envolvidos
Fundo Regional do Emprego um organismo beneficirio do Programa, a quem cabe a
candidatura ao Pro-Emprego e a gesto financeira do projeto. A responsabilidade da
implementao e acompanhamento do programa partilhada com mais trs organismos
pertencentes ou na dependncia da DRTQPDC: a Diviso de Programas para o Emprego (DPE), aAgncia para a Qualificao e Emprego (AQE) e a Inspeo Regional do Trabalho (IRT). Enquanto
ao primeiro compete a implementao do programa e a gesto das candidaturas das entidades
empregadoras, ao segundo cabe a colocao das trabalhadoras desempregadas e acompanhar o
desenvolvimento das suas atividades, e ao terceiro cabe o acompanhamento do programa, quer
informando as colocadas em matria de legislao laboral, quer fiscalizado a atividade. As
entidades empregadoras so importantes atores externos envolvidos na implementao da
prtica, sendo destinatrios e promotores da prtica.
- Indicadores para monitorizao/avaliao
Os indicadores fsicos, designadamente os de realizao e de resultados, esto contemplados no
texto da deciso do PRO-EMPREGO, e so os seguintes:
Indicadores de realizao do programa:
- N. de trabalhadoras beneficirias;
- N. de entidades empregadoras.
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Indicadores de resultado do programa:
- Nmero de trabalhadoras substitutas integradas no mercado de trabalho.
3. Conceo e implementao da (s) prtica (s)
A medida da substituio de trabalhadoras em situao de licena por maternidade por
trabalhadoras beneficirias de prestaes de desemprego precedeu a existncia do Pro-Emprego,
passando a ser autonomizada com o advento deste programa. A autonomizao de um programa
destinado substituio de trabalhadoras em situao de licena por maternidade por
trabalhadoras beneficirias de prestaes de desemprego surge na sequncia do Decreto
Regulamentar Regional n. 2/99/A, de 4 de Fevereiro, que estabeleceu o regime de ocupao de
trabalhadoras beneficirias de prestaes de desemprego. A vertente daquele diploma, relativa
substituio de trabalhadoras em situao de licena por maternidade, acabou por se destacar,
tendo ultrapassado todas as expectativas e tendo sido apontado vrias vezes a nvel comunitrio
como exemplo europeu de boas prticas. Trata-se, pois de uma interveno j testada na Regio e
com resultados positivos.
A medida bero de emprego coerente com a ao do fundo regional de emprego e dos outros
organismos implicados na implementao do programa, considerando que uma das atribuies doorganismo que os tutela a Direo Regional do Trabalho, Qualificao Profissional e Defesa do
Consumidor exatamente trabalhar na concretizao das polticas de emprego, trabalho,
formao e qualificao profissional, acompanhando a execuo das medidas delas decorrentes.
- Ideia subjacente
Trs ideias base:
1. Potenciar melhores condies de (re)insero em meio laboral de mulheres, integrandotemporariamente no mercado de trabalho trabalhadoras beneficirias de prestaes de
desemprego.
2. Contrariar o estigma na contratao de mulheres.
3. Minorar os efeitos negativos para as entidades empregadoras das ausncias por
maternidade, enquanto fator limitador do acesso ao emprego.
- Problema (s) a que d resposta
1. Desemprego feminino e efeitos sociais negativos que esto associados.
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2. Discriminao no acesso das mulheres ao emprego.
3. Efeitos econmicos e funcionais sobre entidades empregadoras resultantes das ausncias
por maternidade das trabalhadoras.
A prtica assume um carter permanente e continuado, no visando resolver problemas pontuais
ou conjunturais.
- Solues testadas e implementadas
1. Candidatura das entidades empregadoras ao programa, com indicao dos perfis de
competncias requeridos para as trabalhadoras substitutas.
2. Pr-Seleo pela Agncia para a Qualificao e Emprego (AQE) das trabalhadoras
beneficirias de prestaes de desemprego com perfis de competncias adequados s
funes a desempenhar.
3. Apresentao s entidades empregadoras de trabalhadoras com perfil pretendido,
cabendo-lhe a seleo final da candidata.
4. Colocao das trabalhadoras substitutas nos postos de trabalho ocupados pelas
trabalhadoras em situao de licena por maternidade durante o perodo de licenaacrescido de 2 meses.
- Recursos envolvidos
Despesa total aprovada: 142.071,56 (2009 e 2011).
Cinco trabalhadores/as a tempo parcial distribudas pelos diversos organismos implicados na
implementao do programa.
- Dificuldades e obstculos sentidas na implementao
- Ao nvel da gesto do programa por parte da entidade responsvel, sobressai a dificuldade
em submeter a execuo em tempo til, que permitisse a sua validao a tempo de ser
considerada nos relatrios anuais de execuo do Programa, atendendo a vrios
constrangimentos. Isto conduziu a discrepncias entre os valores de execuo reais e os
valores de execuo reportados, particularmente os financeiros.
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- Dificuldades na gesto criteriosa da compatibilizao e ajustamento entre as competncias
da trabalhadora em licena e o perfil de competncias da trabalhadora temporria. Em
algumas situaes, residuais, no existem desempregadas inscritas com o perfil exigido
em reas mais tcnicas ou cientficas mais difcil encontrar pessoas com o perfil
requerido.
- Algumas beneficirias apontam como desvantagem o facto de o tempo de trabalho no
mbito deste programa ser contabilizado no prazo da prestao do subsdio de
desemprego, nos casos em que no se verifica a integrao posterior na organizao
acolhedora. Isto porque durante o perodo de substituio as possibilidades de procura
ativa de trabalho so limitadas.
4. Resultados e valor acrescentado da (s) prtica (s)
- Resultados
Relativamente aos indicadores de realizao e resultado do Programa, e para o perodo de 2008 a
2011, verifica-se que foram abrangidas pelo programa 803 trabalhadoras beneficirias de subsdio
de desemprego e 113 entidades empregadoras. Enquanto em relao ao primeiro indicadorencontramos uma execuo de cerca de 67% face meta prevista para aquele perodo, em
relao ao segundo o nvel de execuo de 63%.
Quadro 1. Indicadores de realizao e resultado do Programa Bero de Emprego
Indicadores de realizao Meta anualmdia
Realizao2008-2011
Taxa de concretizao
- N. de trabalhadoras beneficirias 300 803 67%
- N. de entidades empregadoras 45 113 63%
Indicadores de resultado Meta 2010 Meta 2013 Realizao 2008-2011
- Nmero de trabalhadoras substitutas integradasno mercado de trabalho
150 200 223
Neste domnio, importante ressalvar os custos com as trabalhadoras colocadas, no mbito deste
programa, em organismos da administrao pblica regional, so assegurados pelo Oramento da
Regio, pelo que no so contempladas neste indicador. Se considerarmos as mulheres colocadas
nestes organismos o nmero de beneficirias sobre para 1249.
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Se em relao execuo fsica os nveis de realizao so relativamente robustos, os nveis de
execuo financeira, considerando a despesa total aprovada at 2011 face ao custo total aprovado
at quele ano, muito baixa cerca de 11%. No entanto, estes nmeros no tm em
considerao as mulheres colocadas nos servios da administrao regional e local, cuja despesa
suportada pelos respetivos servios de acolhimento.
Em termos de objetivo ltimo do Programa Bero de Emprego, o da integrao das
trabalhadoras substitutas no mercado de trabalho, conforme consta no Relatrio Estratgico 2012
do Observatrio do QREN, salienta-se o facto de, at ao final de 2011, terem sido integradas no
mercado de trabalho 223 mulheres, tendo j sido ultrapassada a meta prevista para 2013. No
relatrio de execuo de 2010 pode ler-se que os resultados so muito interessantes, pois
levantouse um bloqueio contratao de mulheres e metade das desempregadas substitutas
acabam por ser contratados.
- Descrio do valor acrescentado (organizao/empresa, parceiros e beneficirias/os)
- Contributo considerado relevante para a promoo da (re)integrao das mulheres no
mercado de trabalho. Esta perceo partilhada por um conjunto significativo de entidade
empregadoras que dele beneficiam (segundo resultados de inqurito promovido pelaDRTQPDC), e pelas beneficirias auscultadas no mbito deste estudo.
- Melhoria de conhecimentos, competncias profissionais nomeadamente em reas ou
setores novos e consequente empregabilidade das beneficirias, reforada pelos/as
diversos/as intervenientes auscultados/as e pela maioria das entidades empregadoras
promotoras inquiridas pela entidade responsvel do pelo Programa.
- Conferido s trabalhadoras um acrscimo de retribuio durante o perodo de substituio,
pela receo de complemento das prestaes de desemprego que perfaz a retribuio
legal ou convencionalmente estabelecida para as funes exercidas.
- Integrao no mercado de trabalho de aproximadamente um tero das trabalhadoras
desempregadas que substituem trabalhadoras em licena por maternidade.
- Diminuio dos custos associados ao gozo da licena por maternidade para as empesas e
para as mulheres em licena. O recurso ao programa vem dispensar a burocracia e os
custos inerentes contratao de pessoa para substituir trabalhadoras em licena. Por
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outro lado, as presses sentidas pela trabalhadora grvida/em licena associadas ao
impacto da sua ausncia so atenuadas.
- Contributo para o acrscimo da produtividade das organizaes.
- Acompanhamento da concretizao (plano de avaliao)
- Registo de trabalhadoras e entidades empregadoras beneficirias;
- Inqurito de satisfao e impacto a entidades empregadoras beneficirias.
- Principais vantagens atribudas
- Prtica de implementao simples, pouco burocrtica e clere, nomeadamente o processo
de candidatura ao programa por parte das entidades empregadoras.
- A adequao do perfil de competncia das trabalhadoras substitutas s funes
desempenhadas , em geral, avaliado positivamente.
- Relevncia da participao das entidades empregadoras na seleo das trabalhadoras
substitutas.
- Sustentabilidade das atividades
- As perspetivas para o futuro deste programa so de continuidade, atendendo aos seus
resultados positivos. O facto de o programa preexistir ao financiamento do Pro-Emprego
revelador do potencial de sustentabilidade da prtica.
- A prtica transfervel para todo o tipo de entidades empregadoras (pblicas e privadas
lucrativas e no-lucrativas). O enquadramento e regulamentao do programa constam no
Decreto Regulamentar Regional n. 8/2008/A de 7 de Maio de 2008, e estabelecem
claramente os pressupostos desta interveno.
- Com procedimentos claros e sistematizados, esta prtica independe de pessoas e equipas
envolvidas neste Programa, podendo facilmente ser replicada mediante o envolvimento
dos organismos competentes.
- Esta prtica mobiliza recursos financeiros relativamente avultados, por envolver o
pagamento aos promotores dos custos associados integrao da trabalhadora
beneficiria do subsdio de desemprego (complemento das prestaes de desemprego a
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o Sandra Leonardes (Grupo Investacor)
o Nlia Viveiros (Associao de Juventude de Candelria)
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2.HOSPITAL DE CUIDADOS CONTINUADOS DE LHAVO
Programa: Programa Operacional Regional do Centro Mais Centro (FEDER)
Designao do Projeto: Hospital de Cuidados Continuados de lhavo
Designao da prtica:Respostas sociais integradas facilitadoras da conciliao entre esferas da
vida
Identificao da Entidade: Santa Casa da Misericrdia de lhavo
1. Sinopse inicial: Breve apresentao da organizao
- Natureza jurdica: Instituio Particular de Solidariedade Social (IPSS)
- Ramo de atividade: Sade e Solidariedade Social.
- mbito geogrfico de atuao: Concelho de lhavo e limtrofes.
- Misso, objetivos e valores organizacionais
A ao institucional da Santa Casa da Misericrdia de lhavo, por fora da prpria missoorganizacional, diversificada e visa, de acordo com as suas unidades funcionais, os seguintes
objetivos:
- Objetivos Educativos: Promover o desenvolvimento pessoal e social da criana com base em
experincias de vida democrtica numa perspetiva de educao para a cidadania; Fomentar a
insero da criana em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas,
favorecendo uma progressiva conscincia do seu papel como membro da sociedade; Contribuir
para a igualdade de oportunidades no acesso escola e para o sucesso da aprendizagem;
Estimular o desenvolvimento global da criana, no respeito pelas suas caractersticas individuais,
incutindo comportamentos que favoream aprendizagens significativas e diversificadas;
Desenvolver a expresso e a comunicao atravs da utilizao de linguagens mltiplas como
meios de relao, de informao, de sensibilizao esttica e de compreenso do mundo;
Despertar a curiosidade e o pensamento crtico; Proporcionar a cada criana condies de bem-
estar e segurana, designadamente no mbito da sade individual e coletiva; Proceder
despistagem de inadaptaes, deficincias e precocidades, promovendo a melhor orientao e
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encaminhamento da criana; Incentivar a participao das famlias no processo educativo e
estabelecer relaes de efetiva colaborao com a comunidade;
- Objetivos Sociais: Desenvolvimento de interveno Social na comunidade local, pela prossecuo
de atividades de ao social; Detetar e encaminhar situaes de risco; Delinear estratgias que
permitam prevenir situaes de risco, atuando no meio familiar;
- Objetivos Formativos: Apoio populao ativa, atuando atravs de programas de promoo de
desenvolvimento profissional, social e cultural.
- Breve retrospetiva histrica
A Instituio foi fundada, em 1919, com a construo de um edifcio onde passou a funcionar um
Hospital, sem quaisquer apoios oficiais. Com as nacionalizaes decorrentes da Revoluo de 25
de Abril de 1974, o Hospital passou a ser administrado pelo Estado, que entretanto abandonou o
edifcio. Sem o seu imvel principal a Santa Casa Da Misericrdia de lhavo implementou, desde
1979/80, outras valncias de apoio populao, em espaos adjacentes ao Hospital. Oferece,
atualmente, resposta a 387 pessoas de forma direta, distribuindo-se as suas valncias por Creches;
Jardins de Infncia; Apoio Domicilirio; Imagiologia; Medicina Fsica e de Reabilitao; Rendimento
Social de Insero; Espao Snior; Unidade de Cuidados Continuados Integrados. Desde Novembro
de 2010 a Instituio conta com mais uma valncia de grande importncia, a Unidade de Cuidados
Continuados Integrados, construda no local onde funcionou o antigo Hospital (edifcio que estava
em estado de degradao), e que se destina, essencialmente, ao internamento de pessoas com
necessidades de cuidados de sade durante um determinado perodo de tempo.
- Prticas existentes/ Projetos anteriores no domnio da igualdade de gnero
A Instituio dispe de vrias valncias e atividades no mbito dos equipamentos para a promoo
da conciliao, nomeadamente Creches; Jardins de Infncia; Apoio Domicilirio; Imagiologia;
Medicina Fsica e de Reabilitao; Rendimento Social de Insero; Espao Snior; Unidade de
Cuidados Continuados Integrados. Um dos objetivos expressos em sede de candidatura para este
ltimo equipamento foi precisamente o de apoiar famlias e pessoas dependentes que necessitem
de medidas que facilitem a conciliao da vida profissional com a familiar, numa tica de
desenvolvimento social local. Ao nvel da gesto interna das pessoas a Santa Casa disponibiliza ao
pessoal ao servio (maioritariamente mulheres) servios de creche e infantrio. A IPSS possui um
contrato coletivo de trabalho no prosseguimento de uma estratgia de dilogo social.
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2. Identificao do projeto/prtica (s)
- Designao e descrio
Hospital de Cuidados Continuados de lhavo; projeto de remodelao do antigo edifcio do
hospital, para instalao de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) para 55 utentes,
procurando assim alargar o mbito da atividade da Santa Casa da Misericrdia de lhavo na rea,
de modo a criar maior capacidade de resposta s carncias manifestadas por parte da populao
residente no concelho e limtrofes.
A UCC uma unidade hospitalar que acolhe e trata doentes com patologias que necessitam de
tratamento e internamento prolongado, por vezes com necessidades de apoio em matria de
reabilitao, doentes com patologia no maligna de evoluo prolongada, doentes em fase
terminal ou paliativa e doentes crnicos de dor oncolgica. Visa tambm racionalizar o
funcionamento hospitalar de modo a obter ganhos significativos em termos de meios tcnicos,
pessoal e infraestruturas. A presena mdica assegurada por especialistas de Medicina Interna,
de Gerontologia, de Clnicos Gerais, de Medicina Fsica e de Reabilitao.
- Data da criao
O projeto arrancou em 2002, com uma requalificao arquitetnica. Foi inaugurada a UCC em
novembro de 2010.
- Destinatrias/os
Populao em geral do concelho e limtrofes, destinando-se a auxiliar diretamente pessoas em
condio ps-operatria ou pessoas com necessidade de uma recuperao mais prolongada, de
reabilitao procurando reduzir os transtornos para a famlia. Os e as utentes so referenciados/as
para a UCC pelas Equipas de Gesto de Altas do Hospital de Agudos ou pelas EquipasReferenciadoras dos Cuidados de Sade Primrios, que realizam o diagnstico da situao de
dependncia, mediante avaliao mdica, de enfermagem e social. Isto significa que a UCC d
resposta a utentes que podem vir de outras regies que no apenas a imediatamente anexa ao
concelho.
- Parceiros envolvidos
Cmara Municipal de lhavo.
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- Indicadores para monitorizao/avaliao
- Nmero de vagas preenchidas;
- Feedback e resposta dos utentes;
- Atividades paralelas desenvolvidas com os utentes.
3. Conceo e implementao da (s) prtica (s)
- Ideia subjacente
Ampliar a capacidade de resposta da IPSS no domnio dos cuidados a pessoas dependentes (curta
e mdia durao), apoiando assim as famlias. Criar um equipamento que reforasse a capacidade
da organizao, integrando vrias valncias j existentes numa mesma unidade com maior
funcionalidade e eficincia.
- Problema (s) a que d resposta
O desenvolvimento deste projeto de recuperao do edifcio e criao de uma UCC permitiu
ampliar a resposta da Sta. Casa da Misericrdia de lhavo aos problemas da populao, no domnio
da prestao de cuidados de sade, reabilitao, tratamento de doena crnica e internamento
temporrio de pessoas dependentes e suas famlias. Nessa medida, concorre para a resoluo de
problemas de conciliao das vrias esferas de vida das famlias com pessoas dependentes de
cuidados de sade e das prprias. Concorre tambm para o minorar da carncia de servios de
acolhimento de pessoas acamadas no concelho e na regio. Fazem parte do equipamento
estruturas que suportam outras valncias da IPSS como o caso dos servios de apoio
domicilirio.
- Solues testadas e implementadas
- Unidade de Cuidados Continuados com 50 camas; acolhimento de mdia (26 camas) e longa
durao (29 camas).
- Servios de imagiologia, com radiologia, ecografia e mamografia.
- Servios de medicina fsica e de reabilitao (dando resposta a utentes internos/as, e
externos/as.
- Recursos envolvidos (ex: humanos, financeiros, equipamentos)
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- Equipa da Santa Casa da Misericrdia de lhavo
- Cmara Municipal de lhavo (elaborao do projeto, candidatura, acompanhamento)
- UCC - Emprega mais de 50 pessoas e mobiliza tambm uma equipa de voluntariado de cerca de
40 pessoas.
- O montante final obtido para a construo do Hospital de Cuidados Continuados foi de
2.171.617,68.
- Dificuldades e obstculos sentidos na conceo e na implementao
- Dificuldades da SCMI em termos de meios (tcnicos e materiais) para elaborar a candidatura, que
foram supridas com a parceria com a Cmara Municipal de lhavo.
- Dificuldades na definio do prprio conceito de Unidades de Cuidados Continuados de Sade,
que foram supridas com o apoio da Administrao Regional de Sade e com uma visita aos EUA
onde visitaram equipamentos semelhantes ao que se pretendia conceber.
- Dificuldade, que se prolongava desde 2002, de obter financiamento para a criao do
equipamento com vrias candidaturas recusadas (por exemplo, ao Programa Sade XXI).
Dificuldade suprida com o apoio da Cmara Municipal de lhavo em procurar fontes definanciamento complementares. Acordo com Caixa Geral de Depsitos.
4. Resultados e valor acrescentado da (s) prtica (s)
- Descrio do valor acrescentado/ Principais vantagens atribudas
Reforo de um servio de proximidade de grande importncia para a populao no domnio dos
cuidados a pessoas dependentes, quer por motivos de sade (Unidade de Cuidados Continuados,
servios de medicina fsica e de reabilitao, de imagiologia e outro tipo de exames), quer a idosos
(servios de apoio domicilirio,). Taxa de ocupao de 100% desde a sua inaugurao atesta o
valor acrescentado do investimento. O carcter integrado do equipamento o seu grande fator
diferenciador, a par da capacidade de resposta