A Apostila Cemig Na Escola - 20-03-2012

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  • Programa de Educao Ambiental CEMIG nas Escolas

    A Natureza da Paisagem: Energia Recurso da Vida

    Capacitao do Educador

    Belo Horizonte, 2013

    Ningum pode construir em seu lugar as pontes que precisars passar para atravessar o rio ningum,

    exceto voc.

    Nietzsche

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    NDICE

    1. OBJETIVO DA APOSTILA ........................................................................................ 3 TEMA 1- DESPERTANDO O INTERESSE PARA A PARTICIPAO .............................. 4 1.1. Objetivo do Curso .................................................................................................... 4 1.2. Contedo Programtico ........................................................................................... 5 1.3. O repasse de Orientaes ao Educador ................................................................. 6 1.4. Aes Preliminares a Serem Adotadas Pelo Educador ......................................... 7 1.5. Levantamento Energtico Pelo Aluno - Carga ....................................................... 7 1.6. Dicas Prticas ........................................................................................................... 8 1.7. Racionalizar o Uso da Energia .............................................................................. 14 1.8. Metodologia de Curso ............................................................................................ 16 1.9. Divulgao Interna das Aes ............................................................................... 17 1.10. Conscientizao e motivao do Pessoal ............................................................ 18 1.11. Clculo do Custo do Consumo ............................................................................. 18 1.12. Formas de reduzir o consumo de energia eltrica ............................................... 19 1.13. Segurana Nas Instalaes Eltricas.................................................................... 19 1.14. O que Racionalizao? ....................................................................................... 22 1.15. Racionalizao no : ............................................................................................ 22 1.16. Porque Racionalizar: .............................................................................................. 23 1.17. Os Benefcios Desse Curso ................................................................................... 23 TEMA 2 USO EFICIENTE DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE ..................................... 24 TEMA 3 PANORAMA ENERGTICO ........................................................................... 25 3.1. Desafios para o Sculo XXI ................................................................................... 25 3.2. Estrutura da Capacidade Instalada de Gerao de Eletricidade no Brasil ......... 26 TEMA 4 OFICINA DE CONCEITOS .............................................................................. 27 4.1. Ambiente ................................................................................................................. 27 4.2. Educao Ambiental .............................................................................................. 27 TEMA 5 ELETRICIDADE .............................................................................................. 28 5.1. O caminho da Eletricidade ..................................................................................... 29 5.2. Custo da Oferta da Eletricidade ............................................................................ 29 5.3. Consumo de Eletricidade e o Valor do Desperdcio ............................................ 30 5.4. Valor pago Concessionria ................................................................................ 30 TEMA 6 CEMIG NAS ESCOLAS - EDUCAO AMBIENTAL ................................. 32 6.1. Princpios da Educao Ambiental ....................................................................... 32 6.2. A Conservao de Energia sob o enfoque da Educao Ambiental ................. 33 TEMA 7 FORMAS DE GERAO DE ENERGIA ELTRICA ...................................... 34 7.1. Energia Hidreltrica ................................................................................................ 34 7.2. Termeltrica ............................................................................................................ 35 7.3. Nuclear .................................................................................................................... 36 7.4. Energia Elica ......................................................................................................... 38 7.5. Energia Solar .......................................................................................................... 38 7.5.1 A Energia Solar no Brasil ...................................................................................... 39 8. FUGIR DO APAGO, O DESAFIO DA ENERGIA ABUNDANTE ........................... 40 TEMA 8 O PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL - LIVROS .............................. 43 8.1. Material Didtico ..................................................................................................... 43 TEMA 9 - ENERGIA E ALGUMAS PARTICULARIDADES E CURIOSIDADES. ............. 45 9.1. Eletricidade Esttica, aquela que no se move .................................................... 45 9.2. A Eletricidade Presente nas Nuvens ..................................................................... 45 9.3. Distncia da Tempestade....................................................................................... 46 9.4. Peixes Eltricos ...................................................................................................... 46 TEMA 10 - EXERCCIOS ................................................................................................. 47 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 59

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    Programa de Educao Ambiental

    CEMIG NAS ESCOLAS

    A Natureza da Paisagem Energia Recurso da Vida

    1. OBJETIVO DA APOSTILA

    Fornecer subsdios aos educadores capacitados, por meio da metodologia de

    Educao Ambiental A Natureza da Paisagem.

    II. Estruturao da Apostila

    O material didtico est composto em partes, conforme abaixo:

    Principais palestras ministradas durante o curso de capacitao.

    Respostas a perguntas, usualmente realizadas por alunos, alm de sugerir atividades

    e ferramentas para a adoo de conceitos de combate ao desperdcio de energia

    eltrica e gua em sala de aula.

    Textos que permitem o aprofundamento dos temas abordados: educao ambiental,

    meio ambiente, energia, produo e consumo de energia eltrica, conservao de

    energia e desenvolvimento sustentvel.

    Exerccios que so realizados durante o curso.

    Fichas para acompanhamento e avaliao da Metodologia A Natureza da Paisagem

    ENERGIA RECURSO DA VIDA.

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    TEMA 1- DESPERTANDO O INTERESSE PARA A PARTICIPAO

    Apresentao

    Existem dois caminhos para se conservar: a vertente humana e a vertente

    tecnolgica. Na primeira vertente, o cidado recebe informaes que o induzem a

    mudanas de hbitos, atitudes e futura mudana de comportamento; j na segunda

    vertente, novas tecnologias reduzem o consumo de energia numa instalao, sem

    comprometer o produto final. (ELETROBRS, p. 11 2006)

    Existe cada vez mais a necessidade de se ter energia para o progresso da

    humanidade. Entretanto, no adianta produzir energia eltrica a partir de fontes

    renovveis para ser desperdiada durante seu uso final.

    De que serve uma lmpada eficiente que fica ligada o dia todo? Ou ainda uma

    lmpada eficiente que fica acesa em locais onde no h ningum? Conclui-se da que

    o uso de tecnologias eficientes constitui-se em apenas uma parte da soluo, a outra

    parte o uso eficiente da energia por parte dos consumidores conscientes. Ou seja,

    uma pessoa bem informada tende a evitar o mximo do desperdcio da energia

    eltrica em casa ou no trabalho.

    Assim, trabalhando o cliente, ou seja, a educao de cidados conscientes no uso da

    energia eltrica significa reduzir o desperdcio pelo lado da demanda, preservando o

    meio ambiente para as geraes futuras.

    Neste cenrio, a CEMIG, prope-se a realizar um trabalho educativo no universo com

    diversas faixas representativas de clientes de energia eltrica. So jovens e adultos

    de vrios nveis de escolaridade, formando um ambiente propcio para a realizao do

    trabalho de conscientizao e dos hbitos de consumo relativo ao uso da energia

    eltrica.

    [..] A experincia internacional aponta para a concluso de que as medidas de

    educao e de treinamento, tipicamente, resultam em reduo de consumo de

    energia da ordem de 5% aps o perodo de um ano, a partir do incio de sua

    implementao, a um custo inferior a 1% de custo total de um Programa de Gesto

    Energtica Global. (ELETROBRS, p. 17; 2005a)

    1.1. Objetivo do Curso

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    Contribuir para a formao continuada de educadores, do ensino fundamental e

    mdio, instrumentaliz-los como multiplicadores dos conceitos de educao ambiental

    e de atitudes anti-desperdcio de energia eltrica, junto aos seus alunos.

    A capacitao baseia-se na aplicao de instrumental terico e prtico definido pela

    metodologia de educao ambiental, tendo como objetivos:

    Estimular o tratamento da temtica ambiental, com enfoque interdisciplinar,

    para a aquisio de uma compreenso global e equilibrada dos problemas

    ambientais;

    Difundir conceitos e prticas que contribuam para o combate ao desperdcio e

    em especial o desperdcio de energia eltrica, como prtica de conservao do

    meio ambiente;

    Possibilitar a organizao de aes educativas, sociais e ecologicamente

    responsveis, capazes de gerar mudanas em prol da qualidade de vida de

    todos.

    1.2. Contedo Programtico

    Energia e Combate ao Desperdcio

    Meio Ambiente e Educao Ambiental

    Panorama Energtico Brasileiro;

    Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica PROCEL;

    Principais Conceitos;

    Educao Ambiental;

    Cidadania;

    Energia;

    Ambiente;

    Qualidade de vida;

    Conservao e uso eficiente de energia;

    - Consideraes tcnicas sobre energia eltrica:

    Gerao, transmisso e distribuio;

    Conceituao: Potncia, Tenso, etc.;

    Cuidados com a energia eltrica (segurana);

    Consumo de energia eltrica;

    Leitura do medidor (explicando a conta de energia);

    Segurana nas instalaes eltricas;

    Dicas de conservao de energia.

    - Apresentao da Metodologia A Natureza da Paisagem Energia Recurso da

    Vida.

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    Princpios

    Etapas de Implementao

    Material Didtico

    - Elaborao de uma minuta de um Plano de Ao para a escola.

    O contedo dos mdulos contempla:

    a) - Conhecimentos bsicos e tcnicos, que possibilitem ao treinando, o

    entendimento dos benefcios da energia eltrica a partir da subestao de

    entrada dos prdios ao interruptor, chaves, motores, lmpadas, etc.

    b) - Gerenciamento do uso da energia, com o objetivo de evitar o desperdcio e

    reduzir custos para a Famlia.

    c) - Leitura do medidor de energia de sua casa e entendimento de contedo da

    conta de energia.

    1.3. O repasse de Orientaes ao Educador

    Objetivos:

    Propor, implementar e acompanhar medidas efetivas de utilizao racional de

    energia, bem como controlar e divulgar as informaes mais relevantes;

    Promover anlise das potencialidades de reduo de consumo de energia;

    Estabelecer metas de reduo;

    Acompanhar o faturamento de energia eltrica e divulgar os resultados

    alcanados, em funo das metas estabelecidas;

    Orientar quanto aquisio de equipamentos mais eficientes;

    Controlar o consumo de energia em casa;

    Analisar os resultados, visando reduo da fatura e do consumo kWh;

    Divulgar os resultados e ajustes das metas e objetivos.

    Adotar medidas administrativas eficazes, com ateno inclusive s pequenas

    economias que somadas devem proporcionar uma economia global

    significativa de energia;

    Criar, quando possvel, um oramento para o custeio de novos equipamentos,

    tendo como base as medidas saneadoras adotadas e a respectiva economia

    obtida;

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    Propor aos pais a aprovao e destinao de recursos para melhorar a rede

    interna da casa, considerando que quando da construo das casas no houve

    a preocupao com a segurana das instalaes eltricas e com o nvel de

    iluminamento dos cmodos, onde os estudantes tm de fazer leitura noturna

    prejudicando suas vises.

    1.4. Aes Preliminares a Serem Adotadas Pelo Educador

    1 - Avisar aos pais, que a partir da data x, o seu filho far um levantamento dos

    equipamentos eltricos existentes na residncia;

    2 Solicitar aos pais o emprstimo de faturas de energia e de gua;

    3 Informar que o aluno levar para casa material de orientao;

    4 Identificar com cada aluno, as dificuldades encontradas para a realizao desse

    trabalho;

    Com relao a tempo disponvel:

    Considerando:

    A heterogeneidade dos alunos em relao ao grau de instruo e origem;

    A terminologia desconhecida;

    Desenvolver os mdulos sequencialmente, com foco nas diferenas

    individuais. Assim, ao aluno ser facultado o avano progressivo de acordo

    com o seu grau de conhecimento.

    Levantar os ganhos obtidos at o momento com a racionalizao de energia.

    1.5. Levantamento Energtico Pelo Aluno - Carga

    Para conhecer o desempenho energtico das instalaes necessrio realizar com

    certa periodicidade, um levantamento que permita verificar a potncia e as condies

    de operao dos diferentes equipamentos: lmpadas, TV, ar condicionado, motor

    de bomba dgua, micro-ondas, chuveiro eltrico, geladeira, computador,

    ventilador, mquina de lavar roupa, secador de cabelo, etc.

    A potncia se encontra nas placas ou impressas nos aparelhos. Os consumos

    previstos dos equipamentos podem ser obtidos atravs de informaes de

    fabricantes, na tabela contida nesta apostila e medio das instalaes. Outra forma

    comparar o consumo dos diversos equipamentos similares, tais como ar

    condicionado, bombas, etc., com as mesmas potncias e caractersticas de operao

    existentes nos diversos setores. Formulrio apropriado.

    Da anlise, calcula-se, em percentagem, a participao de cada equipamento, tanto

    em kWh quanto em reais, no consumo global. O resultado dar uma primeira ideia

    dos pontos que devem merecer maior ateno na tentativa de reduo de gastos,

    observando o fato de que nem sempre os equipamentos que apresentam maior

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    participao no consumo global sero os passveis das primeiras aes, no s pelas

    possveis dificuldades nas alteraes, como pelos investimentos necessrios para tal.

    Em alguns casos, a simples mudana de hbito do funcionamento de determinados

    equipamentos como, por exemplo: vai sair desliga a luz ou aparelho em uso, etc. j

    reduz, em reais, o custo do uso de energia.

    1.6. Dicas Prticas

    41 Dicas Prticas Para Voc Economizar Energia e Proteger o Planeta

    1. APRENDA A COZINHAR EM PANELA DE PRESSO

    Acredite... D pra cozinhar tudo em panela de presso: Feijo, arroz, macarro,

    carne, peixe, etc... Muito mais rpido e economizando 70% de gs.

    2. ANTES DE COZINHAR, RETIREM DA GELADEIRA TODOS OS INGREDIENTES

    DE UMA S VEZ.

    Evite o abre-fecha da geladeira toda vez que seu cozido precisar de uma cebola, uma

    cenoura, etc...

    3. COMA MENOS CARNE VERMELHA

    A criao de bovinos um dos maiores responsveis pelo efeito estufa. No piada.

    Voc j sentiu aquele cheiro pavoroso quando voc se aproximou de alguma fazenda

    de criao de gado? Pois : metano, um gs inflamvel, poluente, e mega

    fedorento. Alm disso, a produo de carne vermelha demanda uma quantidade

    enorme de gua. Para voc ter uma ideia: Para produzir 1 kg de carne vermelha so

    necessrios 200 litros de gua potvel. O mesmo quilo de frango s consome 10

    litros.

    4. COMPRE UM VENTILADOR DE TETO

    Nem sempre faz calor suficiente pra ser preciso ligar o ar condicionado. Na maioria

    das vezes um ventilador de teto o ideal para refrescar o ambiente gastando 90%

    menos energia. Combinar o uso dos dois tambm uma boa ideia. Regule seu ar

    condicionado para o mnimo e ligue o ventilador de teto.

    5. USE SOMENTE PILHAS E BATERIAS RECARREGVEIS

    certo que so caras, mas ao uso em mdio e longo prazo elas se pagam com muito

    lucro. Duram anos e podem ser recarregadas em mdia 1000 vezes.

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    6. LIMPE OU TROQUE OS FILTROS O SEU AR CONDICIONADO

    Um ar condicionado sujo representa 158 quilos de gs carbnico a mais na atmosfera

    por ano.

    7. TROQUE LMPADAS INCANDESCENTES POR FLUORESCENTES OU LED

    Lmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente. Assim,

    voc economizar 136 quilos de gs carbnico anualmente.

    8. ESCOLHA ELETRODOMSTICOS DE BAIXO CONSUMO ENERGTICO

    Procure por aparelhos com o selo do Procel (no caso de nacionais) ou Energy Star

    (no caso de importados).

    9. NO DEIXE SEUS APARELHOS EM STANDBY

    Simplesmente desligue ou tire da tomada quando no estiver usando um

    eletrodomstico. A funo de Standby de um aparelho usa cerca de 15% a 40% da

    energia consumida quando ele est em uso.

    10. MUDE SUA GELADEIRA OU FREEZER DE LUGAR

    Ao coloc-los prximos ao fogo, eles utilizam muito mais energia para compensar o

    ganho de temperatura. Mantenha-os afastados pelos menos 15 cm das paredes para

    evitar o superaquecimento. Colocar roupas e tnis para secar atrs deles ento, nem

    pensar!

    11. DESCONGELE GELADEIRAS E FREEZERS ANTIGOS DE 15 EM 20 DIAS

    O excesso de gelo reduz a circulao de ar frio no aparelho, fazendo que gaste mais

    energia para compensar. Se for o caso, considere trocar de aparelho. Os novos

    modelos consomem at metade da energia dos modelos mais antigos, o que subsidia

    o valor do eletrodomstico a mdio/longo prazo.

    12. USE A MQUINA DE LAVAR ROUPAS/LOUA S QUANDO CHEIAS

    Caso voc realmente precise us-las com metade da capacidade, selecione os

    modos de menor consumo de gua. Se voc usa lava-louas, no necessrio usar

    gua quente para pratos e talheres pouco sujos. S o detergente j resolve.

    13. RETIRE IMEDIATAMENTE AS ROUPAS DA MQUINA DE LAVAR QUANDO

    ESTIVEREM LIMPAS

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    As roupas esquecidas na mquina de lavar ficam muito amassadas, exigindo muito

    mais trabalho e tempo para passar e consumindo assim muito mais energia eltrica.

    14. TOME BANHO DE CHUVEIRO at em 10 a 15 minutos

    E de preferncia, rpido. Um banho de banheira consome at quatro vezes mais

    energia e gua que um chuveiro.

    15. USE MENOS GUA QUENTE

    Aquecer gua consome muita energia. Lave loua ou roupas com gua morna ou fria.

    16. PENDURE AO INVS DE USAR A SECADORA

    Voc pode economizar mais de 317 quilos de gs carbnico se pendurar as roupas

    durante metade do ano ao invs de usar a secadora.

    17. NUNCA DEMAIS LEMBRAR: RECICLE NO TRABALHO E EM CASA

    Se a sua cidade ou bairro no tem coleta seletiva, leve o lixo at um posto de coleta.

    Existem vrios na rede Po de Acar. Lembre-se de que o material reciclvel deve

    ser lavado (no caso de plsticos, vidros e metais) e dobrado (papel).

    18. REDUZA O USO DE EMBALAGENS

    Embalagem menor sinnimo de desperdcio de gua, combustvel e recursos

    naturais. Prefira embalagens maiores, de preferncia com refil. Evite ao mximo

    comprar gua em garrafinhas, leve sempre com voc a sua prpria.

    19. COMPRE PAPEL RECICLADO

    Produzir papel reciclado consome de 70 a 90% menos energia do que o papel

    comum, e poupa nossas florestas.

    20. UTILIZE UMA SACOLA PARA AS COMPRAS

    Sacolinhas plsticas descartveis so um dos grandes inimigos do meio-ambiente.

    Elas no apenas liberam gs carbnico e metano na atmosfera, como tambm

    poluem o solo e o mar. Quando for ao supermercado, leve uma sacola de feira.

    21. PLANTE UMA RVORE

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    Uma rvore absorve uma tonelada de gs carbnico durante sua vida. Plante rvores

    no seu jardim ou inscreva-se em programas como o SOS Mata Atlntica ou Iniciativa

    Verde.

    22. COMPRE ALIMENTOS PRODUZIDOS NA SUA REGIO

    Fazendo isso, alm de economizar combustvel, voc incentiva o crescimento da sua

    comunidade, bairro ou cidade.

    23. COMPRE ALIMENTOS FRESCOS AO INVS DE CONGELADOS

    Comida congelada alm de mais cara consome at 10 vezes mais energia para ser

    produzida. uma praticidade que nem sempre vale a pena.

    24. COMPRE ORGNICOS

    Por enquanto, alimentos orgnicos so um pouco mais caros, pois a demanda ainda

    pequena no Brasil. Mas voc sabia que, alm de no usar agrotxicos, os orgnicos

    respeitam os ciclos de vida de animais, insetos e ainda por cima absorvem mais gs

    carbnico da atmosfera que a agricultura "tradicional"? Se toda a produo de soja e

    milho dos EUA fosse orgnica, cerca de 240 bilhes de quilos de gs carbnico

    seriam removidos da atmosfera. Portanto, incentive o comrcio de orgnicos para que

    os preos possam cair com o tempo.

    25. ANDE MENOS DE CARRO

    Use menos o carro e mais o transporte coletivo (nibus, metr) ou o limpo (bicicleta

    ou a p). Se voc deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixar de emitir 700

    quilos de poluentes por ano.

    26. MANTENHA SEU CARRO REGULADO

    Calibre os pneus a cada 15 dias e faa uma reviso completa a cada seis meses, ou

    de acordo com a recomendao do fabricante. Carros regulados poluem menos. A

    manuteno correta de apenas 1% da frota de veculos mundial representa meia

    tonelada de gs carbnico a menos na atmosfera.

    27. QUANDO TROCAR DE CARRO, ESCOLHA UM MODELO MENOS POLUENTE

    Apesar da dvida sobre o lcool ser menos poluente que a gasolina ou no, existem

    indcios de que parte do gs carbnico emitido pela sua queima reabsorvida pela

    prpria cana de acar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Em

    cidades como So Paulo, onde no horrio de pico anda-se a 10 km/h, no faz muito

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    sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.

    28. USE O TELEFONE/NET FONE OU A INTERNET

    A quantas reunies de 15 minutos voc j compareceu esse ano, para as quais teve

    que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone/NET

    FONE ou Skype pode poupar voc de stress, alm de economizar dinheiro e poupar a

    atmosfera.

    29. PROTEJA AS FLORESTAS

    Por anos os ambientalistas foram vistos como "eco-chatos". Mas em tempos de

    aquecimento global, as rvores precisam de mais defensores do que nunca. O papel

    delas no aquecimento global crtico, pois mantm a quantidade de gs carbnico

    controlada na atmosfera.

    30. INFORME-SE SOBRE A POLTICA AMBIENTAL DA EMPRESA QUE VOCE

    CONTRATA

    Seja o banco onde voc investe ou o fabricante do shampoo que utiliza, todas as

    empresas deveriam ter polticas ambientais claras para seus consumidores. Ainda

    que a prtica esteja se popularizando, muitas empresas ainda pensam mais nos

    lucros e na imagem institucional do que em aes concretas. Por isso, no olhe

    apenas para as aes que a empresa promove, mas tambm a sua margem de lucro

    alardeada todos os anos. Ser mesmo que eles esto colaborando tanto assim?

    31. DESLIGUE O COMPUTADOR

    Muita gente tem o pssimo hbito de deixar o computador de casa ou da empresa

    ligado ininterruptamente, s vezes fazendo downloads, s vezes simplesmente por

    comodidade. Desligue o computador sempre que for ficar mais de 2 horas sem utiliz-

    lo e o monitor por at quinze minutos.

    32. CONSIDERE TROCAR SEU MONITOR

    O maior responsvel pelo consumo de energia de um computador o monitor.

    Monitores de LCD so mais econmicos, ocupam menos espao na mesa e esto

    ficando cada vez mais baratos. O que fazer com o antigo? Doe a instituies como o

    Comit para a Democratizao da Informtica.

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    33. NO ESCRITRIO, DESLIGUE O AR CONDICIONADO UMA HORA ANTES DO

    FINAL DO EXPEDIENTE

    Num perodo de 8 horas, isso equivale a 12,5% de economia diria, o que equivale a

    quase um ms de economia no final do ano. Alm disso, no final do expediente a

    temperatura comea a ser mais amena.

    34. NO PERMITA QUE AS CRIANAS BRINQUEM COM GUA

    Banho de mangueira, guerrinha de bales de gua e toda sorte de brincadeiras com

    gua so sem dvida divertidas, mas passam a equivocada ideia de que a gua um

    recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientao, as

    crianas. No deixe que seus filhos brinquem com gua, ensine a eles o valor desse

    bem to precioso.

    35. NO HOTEL, ECONOMIZE TOALHAS E LENIS

    Use o bom senso... Voc realmente precisa de uma toalha nova todo dia? Voc to

    imundo assim? Em hotis, o hspede tem a opo de no ter as toalhas trocadas

    diariamente, para economizar gua e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias j est

    de bom tamanho. O mesmo vale para os lenis, a no ser que

    voc faa xixi na cama.

    36. PARTICIPE DE AES VIRTUAIS

    A Internet uma arma poderosa na conscientizao e mobilizao das pessoas. Um

    exemplo o site Clickrvore, que planta rvores com a ajuda dos internautas.

    Informe.

    37. INSTALE UMA VLVULA NA SUA DESCARGA

    Instale uma vlvula para regular a quantidade de gua liberada no seu vaso sanitrio:

    mais quantidade para o nmero 2, menos para o nmero 1!

    38. REGUE AS PLANTAS NOITE

    Ao regar as plantas noite ou de manhzinha, voc impede que a gua se perca na

    evaporao, e tambm evita choques trmicos que podem agredir suas plantas.

    39. FREQUENTE RESTAURANTES NATURAIS/ORGNICOS

  • 14

    Com o aumento da conscincia para a preservao ambiental, uma gama enorme de

    restaurantes naturais, orgnicos e vegetarianos est se espalhando pelas cidades.

    Ainda que voc no seja vegetariano, experimente os novos sabores que essa onda

    verde est trazendo e assim estar incentivando o mercado de produtos orgnicos,

    livres de agrotxicos e menos agressivos ao meio ambiente.

    40. V DE ESCADA

    Para subir at dois andares ou descer trs, que tal ir de escada? Alm de fazer

    exerccio, voc economiza energia eltrica dos elevadores.

    41. EVITE IMPRIMIR DESNECESSARIAMENTE

    Para cada 40 Kg de papel, uma rvore cortada...

    1.7. Racionalizar o Uso da Energia

    Como Racionalizar O Uso Da Energia

    a) Proposio de medidas de uso racional de energia Do levantamento e da anlise do custo de energia, resultam medidas corretivas a

    serem adotadas que podem ser implementadas em funo de um cronograma de

    aes.

    b) Necessidade de Pequenos Investimentos O regime de funcionamento a que so submetidos os equipamentos eltricos, seja

    pelo prprio uso, por negligncia ou obsolescncia, faz com que seu desempenho

    fique comprometido durante sua vida til. Para evitar tais deficincias, necessria a

    implantao de um programa de manuteno.

    Uma das solues possveis para contornar este tipo de problema ser atravs de

    instalao de equipamentos eficientes.

    Consumo Mdio de Energia Eltrica dos Aparelhos

    Fonte: Eletrobrs, PROCEL, www.eletrobras.gov.br/procel

    Aparelhos Eltricos Potncia Mdia Dias de Uso

    no Ms Mdia Utilizao

    Diria Consumo

    Mdio Mensal

    Watts (Kwh)

    ABRIDOR/AFIADOR 135 10 5 min 0,11

    APARELHO DE SOM 3 em 1 80 20 3 h 4,8

    AQUECEDOR DE AMBIENTE 1550 15 8 h 186

    AQUECEDOR DE MAMADEIRA 100 30 15 min 0,75

    AR-CONDICIONADO 7.500 BTU 1000 30 8 h 120

    AR-CONDICIONADO 10.000 BTU 1350 30 8 h 162

  • 15

    AR-CONDICIONADO 12.000 BTU 1450 30 8 h 174

    AR-CONDICIONADO 15.000 BTU 2000 30 8 h 240

    AR-CONDICIONADO 18.000 BTU 2100 30 8 h 252

    ASPIRADOR DE P 100 30 20 min 10

    BOILER 50 e 60 L 1500 30 6 h 270

    BOILER 100 L 2030 30 6 h 365,4

    BOILER 200 a 500 L 3000 30 6 h 540

    BOMBA D'GUA 1/4 CV 335 30 30 min 5,02

    BOMBA D'GUA 1/2 CV 613 30 30 min 9,2

    BOMBA D'GUA 3/4 CV 849 30 30 min 12,74

    BOMBA D'GUA 1 CV 1051 30 30 min 15,77

    BOMBA AQURIO GRANDE 10 30 24 h 7,2

    BOMBA AQURIO PEQUENO 5 30 24 h 3,6

    CAFETEIRA ELTRICA 600 30 1 h 18

    CHURRASQUEIRA 3800 5 4 h 76

    CHUVEIRO ELTRICO 3500 30 40 min ** 70

    CIRCULADOR AR GRANDE 200 30 8 h 48

    CIRCULADOR AR PEQUENO/MDIO 90 30 8 h 21,6

    COMPUTADOR/ IMPRESSORA 180 30 3 h 16,2

    CORTADOR DE GRAMA GRANDE 1140 2 2 h 4,5

    ESCOVA DE DENTES ELTRICA 50 30 10 min 0,2

    ESPREMEDOR DE FRUTAS 65 20 10 min 0,22

    EXAUSTOR FOGO 170 30 4 h 20,4

    EXAUSTOR PAREDE 110 30 4 h 13,2

    FERRO ELTRICO AUTOMTICO 1000 12 1 h 12

    FOGO ELTRICO 4 CHAPAS 9120 30 4 h 1094,4

    FORNO RESISTNCIA GRANDE 1500 30 1 h 45

    FORNO RESISTNCIA PQ 800 20 1 h 16

    FORNO MICROONDAS 1200 30 2O min 12

    FREEZER VERTICAL/HORIZONTAL 130 - - 50

    FRIGOBAR 70 - - 25

    FRITADEIRA ELTRICA 1000 15 30 min 7,5

    GELADEIRA 1 PORTA 90 - - 30

    GELADEIRA 2 PORTAS 130 - - 55

    GRILL 900 10 30 min 4,5

    Aparelhos Eltricos Potncia Mdia Dias de Uso

    no Ms Mdia Utilizao

    Diria Consumo

    Mdio Mensal

    Watts (Kwh)

    LMPADA FLUORESCENTE 11 30 5 h 1,65

    COMPACTA - 11W

    LMPADA FLUORESCENTE 15 30 5 h 2,2

    COMPACTA - 15 W

    LMPADA FLUORESCENTE 23 30 5 h 3,5

    COMPACTA - 23 W

    LMPADA INCANDESCENTE - 40 W 40 30 5 h 6

    LMPADA INCANDESCENTE - 60 W 60 30 5 h 9

    LMPADA INCANDESCENTE -100 W 100 30 5 h 15

    LAVADORA DE LOUAS 1500 30 40 min 30

    LAVADORA DE ROUPAS 500 12 1 h 6

    LIQUIDIFICADOR 300 15 15 min 1,1

    MQUINA DE COSTURA 100 10 3 h 3,9

  • 16

    MICROCOMPUTADOR 120 30 3 h 10,8

    MOEDOR DE CARNES 320 20 20 min 1,2

    MULTIPROCESSADOR 420 20 1 h 8,4

    OZONIZADOR 100 30 10 h 30

    PANELA ELTRICA 1100 20 2 h 44

    PIPOQUEIRA 1100 10 15 min 2,75

    RDIO ELTRICO GRANDE 45 30 10 h 13,5

    SAUNA 5000 5 1 h 25

    SECADOR DE CABELO GRANDE 1400 30 10 min 7

    SECADOR DE CABELOS PEQUENO 600 30 15 h 4,5

    SECADORA DE ROUPA GRANDE 3500 12 1 h 42

    SECADORA DE ROUPA PEQUENA 1000 8 1 h 8

    TORNEIRA ELTRICA 3500 30 30 min 52,5

    TORRADEIRA 800 30 10 min 4

    TV EM CORES - 20" 90 30 5 h 13,5

    TV EM CORES - 29" 110 30 5 h 16,5

    VENTILADOR DE TETO 120 30 8 h 28,8

    VENTILADOR PEQUENO 65 30 8 h 15,6

    1.8. Metodologia de Curso

    O objetivo capacitar, fornecer informaes e sugerir ao educador atividades tericas

    e prticas, de modo a formar multiplicadores e atingir um grande nmero de pessoas.

    O pblico alvo contempla os prprios educadores, os pais de alunos e a

    comunidade, possibilitando o envolvimento de todos num processo de resoluo de

    problemas.

    A metodologia contempla trs etapas: Participao no curso e 2

    acompanhamentos das atividades propostas em classe (aps 4 meses e aps

    8 meses) e a de avaliao dos resultados alcanados.

    O curso contempla as etapas: sensibilizao para o tema; repasse de

    informaes tericas; realizao de oficinas para a construo do

    conhecimento; sugestes prticas nas escolas; apresentao do material

    didtico e das demais ferramentas da Metodologia e de como us-los.

    Por ser um programa de Educao Ambiental integrador, devendo ser inserido no

    currculo escolar como tema transversal, nos diversos nveis de escolaridade.

    As segunda e terceira etapas referem-se ao acompanhamento das atividades

    desenvolvidas nas escolas. Quando ocorrem apresentaes das atividades escolares,

    troca de experincias, esclarecimentos de dvidas existentes e repasse de

    informaes suplementares.

  • 17

    A ltima etapa corresponde a uma avaliao crtica dos resultados alcanados e da

    necessidade de aprimoramento das estratgias de aprendizagem, com certificao do

    Educador e premiao do Educador de maior xito.

    1.9. Divulgao Interna das Aes

    Para obter xito este programa dever considerar os seguintes itens:

    Instrues escritas: natural que muitas instrues e ordens sejam

    transmitidas oralmente na jornada diria, mas para uma ao contnua e de

    ampla repercusso, recomendvel dar instrues por escrito;

    Aes concretas: o programa no pode se constituir somente de intenes,

    mas sim de aes concretas e especficas;

    Responsabilidades definidas: cada uma das aes deve ter responsveis

    diretos, pois o programa exige a atuao do Educador e Educando. Devem ser

    definidos responsveis locais, cabendo ao Educador uma superviso global;

    Comprometimento com os objetivos: um programa tmido em objetivos obter

    resultados pobres. A efetiva reduo de energia exige iniciativa, criatividade e

    compromissos;

    Reviso peridica: o programa dever ser dinmico, em funo das inovaes

    tecnolgicas e de novas circunstncias;

    Participao: ningum deve ficar alheio ao programa, tanto no processo da sua

    elaborao, como no seu desenvolvimento;

    Divulgao: devem ser divulgados periodicamente os resultados obtidos,

    comparando-os com situaes anteriores e de certa forma incentivando os

    responsveis diante de funcionrios da Escola, pais e colegas.

    Distribuio de listas de recomendaes gerais para reduzir o consumo tais

    como: desligar mquinas e aparelhos que no estejam sendo usados,

    apagar luzes de ambientes desocupados, alm da disseminao de uso

    adequado da energia. O pilar comportamental atua na conscientizao de

    toda a comunidade, demonstrando a importncia da economia e da

    racionalidade no uso da energia eltrica, por meio de distribuio de kits

    educacionais compostos por folhetos, adesivos, cartazes, etc.

    Alm dessas aes, sero alavancadas outras para divulgar o programa, reforando o

    trabalho de conscientizao da importncia de uso racional de energia, as quais so

    descritas abaixo:

    Participao em matrias/notas em jornais do municpio, entrevistas s

    diversas mdias internas e externas;

    Teatros;

  • 18

    Chamada iniciativa individual para que cada pessoa da casa ou da Escola

    possa contribuir de forma atuante com apresentao de sugestes;

    Convocao para um concurso que estimule sugestes;

    Difuso de informaes, em particular de exemplos concretos que resultam em

    sucesso;

    Implantao do programa, sem necessidade de responsabilizar as ineficincias

    ou incapacidade de situaes anteriores;

    1.10. Conscientizao e motivao do Pessoal

    Com o objetivo de estabelecer uma unidade na comunicao de modo que a

    mensagem possa chegar com maior eficincia ao pblico, alinhamos os pontos

    bsicos a serem desenvolvidos.

    Como fazer a leitura do medidor de energia eltrica?

    Voc deve comear a leitura pelo relgio da direita, verificando onde est o ponteiro.

    Este nmero corresponder UNIDADE.

    A segunda leitura ser realizada no relgio imediatamente esquerda daquele que

    voc acabou de ler. Este no corresponder DEZENA.

    As prximas leituras obedecero mesma lgica acima descrita, correspondendo

    CENTENA, UNIDADE DE MILHAR, DEZENA DE MILHAR e assim por diante.

    1.11. Clculo do Custo do Consumo

    Como calcular o custo do seu consumo de energia eltrica?

  • 19

    Multiplicando o total do consumo pelo valor da tarifa de energia eltrica da sua

    localidade, voc obtm o custo estimado da conta de energia da sua casa ou escola.

    Neste exemplo o custo referente ao consumo seria igual ao produto do Consumo

    mensal multiplicado pelo valor da tarifa, ou seja,

    Custo= 195 kWh x R$ 0,35 = R$ 68, 25

    Como a tarifa de energia eltrica refere-se a kWh = 1.000 Wh, devemos

    expressar o consumo nesta mesma unidade => Consumo = 195 kWh

    1.12. Formas de reduzir o consumo de energia eltrica

    - Como reduzir consumo sem perder conforto, ou seja, praticar a conservao

    de energia?

    Basta voc conhecer os aparelhos e os usos que mais consomem energia e procurar

    usar a energia de forma mais inteligente.

    Recomendam-se mudanas de hbitos como:

    Ligar televiso, ar condicionado e computador ao mesmo tempo;

    Usar ar refrigerado quando o ventilador resolve;

    Levar 10 minutos com o chuveiro eltrico ligado, quando o banho pode ser de

    cinco minutos, caso voc o desligue quando for se ensaboar;

    Usar ar condicionado com janela ou porta aberta;

    1.13. Segurana Nas Instalaes Eltricas

    Alm de filmes e vdeos sobre segurana sero feitas recomendaes, tais como:

    - Ao trocar as tomadas da casa desligue o disjuntor (chave que fica junto ao relgio)

    para no tomar choque;

    - No deixar fios eltricos soltos pela casa, quintal ou onde pessoas desavisadas

    possam tocar neles;

    - Se estiver no terrao da casa ou prdio e esse for prximo de rede eltrica fazer o

    possvel de criar isolamento (parede ou rede de algodo) para evitar que toquem os

    fios da rede da Cemig;

    - No banheiro, no mudar a resistncia de vero para inverno e vice-versa com o

    mesmo ligado (desligar o disjuntor);

    - Na rua ao perceber fios partidos pendentes de postes, no tocar e avisar a Cemig.

    Segurana nas Instalaes em Casa O Que Segurana nas Instalaes de uma Casa?

  • 20

    Segurana nas instalaes de casa pode ser entendida como os conjuntos de

    medidas que so adotadas visando evitar acidentes para proteger a integridade da

    famlia.

    So duas as causas:

    I. Ato inseguro o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que est fazendo. Exemplo

    de atos inseguros: ligar tomadas de aparelhos eltricos com as mos molhadas,

    mudar a resistncia do chuveiro eltrico durante o banho e outros.

    II. Condio Insegura a condio do ambiente caseiro que oferece perigo e ou risco de acidente.

    Exemplos de condies inseguras: instalao eltrica com fios desencapados,

    equipamento eltrico em precrio estado de manuteno (liquidificador com base

    trincada e fios soltos), emprego de materiais inadequados nas instalaes eltricas,

    tomadas ou Ts com fios descobertos, etc.

    Eliminando-se as condies inseguras e os atos inseguros possvel reduzir os acidentes e suas consequncias.

    Como minimizar os acidentes em casa? A melhor maneira de minimizar os custos acidentes e consequncias a preveno.

    O acidente pode trazer inmeros prejuzos famlia de consequncias imprevisveis.

    Crianas tm sido vtimas de graves acidentes eltricos em casa por descuido dos

    pais. Muitas ficam com sequelas para o resto de suas vidas.

    Para evitar que acidentes eltricos aconteam em suas famlias recomenda-se:

    Choque eltrico pode matar. Entretanto, comum as pessoas minimizarem as

    causas, os efeitos e as consequncias de um choque, que no precisa ser "forte" para

    provocar a morte.

    Dados estatsticos apontam para um ndice de falecimentos em 20% dos acidentes

    que envolvem choques eltricos.

    Os exemplos de choques ou bitos provocados por energia eltrica so os mais

    diversos. Crianas que soltam pipas perto da rede eltrica ou colocam o dedo em

    tomadas e pessoas que roubam cabos eltricos esto entre os casos comuns, mas os

    deslizes no param por a. Instalaes mal feitas e equipamentos irregulares so,

    muitas vezes, causas de diversos tipos de acidentes fatais.

    Instalao segura

    Planejar e executar uma instalao eltrica segura no complicado e nem to

    custoso quanto muitos podem imaginar - seja em instalaes novas ou antigas.

  • 21

    Inicialmente, preciso contratar um profissional capacitado para executar a tarefa -

    tendo em vista que parte dos acidentes ocorre durante a obra e envolve os "curiosos"

    que se pem a fazer uma instalao eltrica -, e utilizar produtos fabricados segundo

    as normas tcnicas vigentes no pas. Para amenizar o risco dos choques eltricos,

    alguns componentes no podem faltar, como o fio terra - proteo bsica e essencial

    contra choques eltricos -, dispositivos diferenciais residuais (DR's), que interrompem

    a alimentao do sistema eltricos em caso de fuga de corrente, e tomadas 2P+T

    (com dois polos e mais o contato para o fio terra), que devem ser instaladas em

    imveis novos ou nas reformas dos usados.

    "Embora sejam aparentemente simples, as instalaes eltricas exigem ateno e

    conhecimento para saber o que podem acarretar e como evitar acidentes, pois

    qualquer falha pode oferecer perigo. Entretanto, podemos estimar que cerca de

    80% das residncias possuem instalao eltrica inadequada". Vale lembrar que uma

    parte significativa dos incndios tem como causa o mau uso da eletricidade. E as

    principais causas acidentes eltricos esto relacionadas a fiao com defeitos na

    isolao, sobrecargas nos condutores e conexes com problemas.

    importante a indicao do responsvel tcnico pelas instalaes, para aumentar a

    segurana das pessoas e evitar acidentes, muitas vezes, fatais. A IT n47 baseia-se

    na NBR 5410 - norma que rege este tipo de instalao - e regulamentos da Cemig.

    Cuidados em casa

    Os cuidados comeam na obra, que deve respeitar uma distncia mnima da rede

    eltrica pblica. Dentro de casa, o contato indevido com a eletricidade ou aparelhos

    eltricos pode causar ainda queimaduras ou incndios. Por isso, as boas condies

    dos equipamentos e a tomada correta para cada plugue so recomendadas. A

    limpeza e o reparo dos equipamentos devem ser realizados com os mesmos

    desligados e importante no fazer uso de benjamim, que pode se incendiar devido a

    uma sobrecarga eltrica, alm de consumir energia eltrica em excesso.

    gua e eletricidade no combinam. Assim, indicado que se mantenha qualquer

    aparelho longe de pias, banheiras, superfcies molhadas, mesmo desligados. Se um

    aparelho cair na gua, preciso deslig-lo da tomada antes de recuper-lo; cabos e

    fios devem ser mantidos fora das reas de circulao de pessoas e livres de leo e de

    gua. As tomadas externas devem ser especficas para este uso (grau de proteo

    adequado) ou necessitam de coberturas resistentes chuva.

    Cuidados com as crianas

    As crianas so alvo de srios acidentes com eletricidade. Algumas dicas para evitar

    estas ocorrncias so, em primeiro lugar, orient-las para que fiquem longe e no

  • 22

    toquem em qualquer instalao ou aparelho eltrico, bem como no deixar os

    equipamentos ao alcance delas. Colocar um protetor plstico nas tomadas impede

    que elas coloquem os dedos nos orifcios, evitando choques.

    As pipas so grandes vils das crianas quando se trata de energia eltrica, pois a

    linha pode conduzir a eletricidade at a criana; por isso empinar pipas prximo

    rede eltrica ou tentar recuper-las em postes ou rvores pode ser fatal. A linha deve

    ser sempre de algodo e nunca feita com materiais metalizados ou com cerol que

    tambm conduzem eletricidade. preciso orientar as crianas para que no entrem

    em estaes de energia ou subam em torres de transmisso. Vale lembrar que, em

    alta tenso, basta uma simples aproximao para receber a descarga eltrica.

    Informao

    O quadro de luz ou caixa de fora deve conter fusveis ou disjuntores que

    interrompem a energia nos casos de curto-circuito ou sobrecargas. Por isso,

    importante saber onde ficam e como funcionam para deslig-los em caso de

    emergncia. Em instalaes eltricas mal feitas, no caso de sobrecargas, a energia

    poder no ser interrompida, os aparelhos podem ser queimados e um incndio

    iniciado. Deve-se, ento, desligar os aparelhos e, em seguida, a chave geral.

    Caso o fusvel se queime, nunca se deve colocar moedas ou objetos metlicos em

    seu lugar. recomendado trocar o fusvel por outro semelhante. No caso de

    disjuntores, basta rearm-los. Se o problema persistir, necessrio chamar um

    profissional qualificado. Nas instalaes antigas, o cuidado deve ser redobrado, pois

    elas no foram dimensionadas para as cargas eltricas dos tempos atuais.

    1.14. O que Racionalizao?

    Uma nova atitude, uma forma de usufruir de tudo o que a energia eltrica pode

    proporcionar;

    Eliminao de desperdcios. Este o primeiro passo, ou seja, no jog-la fora;

    Ter em mente que, ao utilizar energia, devemos gastar apenas o necessrio,

    buscando o mximo de desempenho com o mnimo de consumo;

    atitude moderna, aplicada no mundo desenvolvido como medida lgica e

    consciente de utilizao de energia.

    Sabe-se que a conscincia ambiental est se tornando fator de qualidade;

    1.15. Racionalizao no :

    Racionamento;

  • 23

    Perda de qualidade de vida, conforto e segurana proporcionados pela energia

    eltrica;

    Comprometimento da produtividade ou desempenho dos rgos pblicos;

    Atitude mesquinha de economia ou poupana.

    1.16. Porque Racionalizar:

    Maximiza os investimentos j efetuados no sistema eltrico;

    Reduz custos para o pas e para o consumidor;

    Amplia, no tempo, os recursos renovveis e no renovveis ainda disponveis;

    Contribui, decisivamente, para minorar os impactos ambientais;

    Induz modernizao das entidades;

    Melhora a competitividade internacional dos produtos fabricados no Brasil,

    tanto a nvel de produtos de consumo como de bens durveis;

    Enfatiza valores fundamentais, especialmente em um pas em

    desenvolvimento, que no pode desperdiar seus recursos, com nfase para a

    energia eltrica, intensiva em capital.

    necessrio que o pessoal adquira o grau de formao e conhecimento adequado a

    comear por aqueles que mais podem influir na economia de energia por operarem

    com equipamentos de maior consumo em casa e na Escola.

    1.17. Os Benefcios Desse Curso

    a) Para o Aluno e Escola:

    Entender a conta de energia;

    Entender a importncia da energia em sua vida;

    Economia de energia em sua casa / escola;

    Reduo na conta de energia;

    Melhoria das instalaes;

    Aumento do nvel de iluminncia em casa e na escola;

    Possibilidade de seccionamento de circuitos eltricos em vrios ambientes;

    Adequao do sistema de ar condicionado;

    Criao de rotinas de manuteno dos equipamentos de casa e da escola;

    Estabelecimento de metas de consumos especficos;

    Estabelecimento de um novo hbito de consumo.

    b) Para a Concessionria:

    Reduo de demanda no horrio de ponta do sistema;

    Reduo de inadimplncia;

    Relao custo benefcio favorvel.

  • 24

    TEMA 2 USO EFICIENTE DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE.

    Utilizar a energia de maneira racional, com parcimnia e na medida das

    necessidades, significa reduzir o consumo de energticos, sem abrir mo de suas

    vantagens.

    Adotando uma postura moderna, alinhada com a conservao do meio ambiente

    eliminamos o desperdcio e caminhamos para o desenvolvimento sustentvel,

    apoiados na inovao tecnolgica, na maximizao da eficincia dos equipamentos e

    aparelhos, na valorizao dos saberes locais e regionais e no adiamento do

    esgotamento dos recursos naturais, ainda disponveis.

    O combate ao desperdcio de energia eltrica se traduz em um processo de mudana

    de atitude, em que a reduo do consumo energtico no provoca perda de qualidade

    ou perda de conforto.

    A Conservao de Energia pode ser entendida como a fonte de produo de

    energia mais barata e limpa que existe, pois no provoca impactos ao Meio Ambiente.

    Esta prtica se baseia em consumir somente o necessrio e maximizar utilizar

    equipamentos eficientes.

    A CEMIG em parceria com o Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    desenvolve programas educativos, dentre os quais, o Programa de Eficincia

    Energtica AGENTE CEMIG, com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre os

    impactos financeiros nas tarifas de energia eltrica decorrentes do consumo irregular

    e do desvio de energia.

    Conhecendo a importncia existente desse assunto, conclui-se que investir em

    eficincia energtica um ato mais simples que investir na gerao de energia.

    PROCEL e o Programa de Educao Ambiental - A Natureza da Paisagem

    Em 30 de dezembro de 1985, por meio da Portaria Internacional n 1877, os

    Ministrios das Minas e Energia e da Indstria e Comrcio, consideram que levando

    em conta o elevado potencial de conservao de energia eltrica no pas; a

    necessidade do uso racional de energia e o peso da energia eltrica no balano

    energtico nacional (um tero do consumo total da energia), resolveram instituir o

    Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica PROCEL, com a finalidade

  • 25

    de interagir as aes visando a conservao da energia eltrica no Pas [...].

    (COSTA, 2006, p. 84)

    O PROCEL - Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica objetiva

    promover a racionalizao do consumo de energia eltrica, visando eliminar seu

    desperdcio e reduzir investimentos do setor eltrico.

    O Programa utiliza recursos da Eletrobrs e da Reserva Global de Reverso - RGR -

    fundo federal, constitudo com recursos das concessionrias.

    TEMA 3 PANORAMA ENERGTICO

    3.1. Desafios para o Sculo XXI

    A poupana interna do Brasil, para gerar os recursos expanso do sistema eltrico,

    insuficiente, dada a necessidade de 7 bilhes por ano, para investimentos no

    perodo de 2000 a 2015. Cada ponto positivo do PIB nacional exige um aumento de

    1,6 % do consumo de energia eltrica.

    As usinas termeltricas, de construo mais rpida que as hidreltricas, podem ser

    uma soluo para o setor eltrico nacional, se utilizadas de forma complementar. Uma

    hidreltrica de 1 milho de kW necessita em mdia seis anos, da construo da

    barragem at a produo de energia; a termeltrica de mesma potncia, movida a gs

    natural entra em operao em 30 meses, metade do tempo.

    A hidreltrica tem investimento elevado, o que no ocorre na termeltrica, mas o

    custo de operao relevante durante todo tempo, pela necessidade da compra de

    combustvel.

    O desperdcio de energia eltrica de cerca de 12% do total consumido, no Brasil.

    Considerando a tarifa mdia de R$0,30/kWh jogou-se no lixo at 2005 em torno de R$

    10,9 bilhes.

    O desperdcio de energia decorre de dois tipos de perda de energia:

    Perdas tcnicas - decorrente do processo de transmisso e distribuio;

    Perdas comerciais decorrente de ligaes clandestinas (gatos), fraudes,

    autorreligao;

    Muita gente pensa que a gua nasce na torneira, sem saber, por exemplo, que a

    captao de gua em muitos casos j alcana mais de 150 km de distante do local de

    consumo.

  • 26

    A falta de chuva em algumas partes do Brasil, em 2000/2001, comprometeu a

    disponibilidade de energia das usinas hidreltricas das regies obrigando o governo a

    promover o racionamento entre maio/01 a fevereiro/02. importante salientar que a

    hidroeletricidade participa na matriz energtica do Brasil com 35,6%. A mdia

    mundial de participao hdrica na matriz energtica de 6%. A gua, no Brasil, como

    vemos, tem papel preponderante como bem energtico.

    Pelo Tratado de Kyoto imprescindvel a reduo a emisso de gases a nveis de

    1990 subtrados de 5,2%, no perodo 2008 a 2012 buscando reduzir a emisso de

    gases do efeito estufa.

    3.2. Estrutura da Capacidade Instalada de Gerao de Eletricidade no Brasil

    MATRIZ ENERGTICA 2010 / BRASIL

    Fonte: ANEEL- Agncia Nacional de Energia Eltrica, 2010

    * 1 MW= 1.000 kW

    Alm de filmes e vdeos sobre segurana sero feitas recomendaes, tais como:

    - Ao trocar as tomadas da casa desligue o disjuntor (chave que fica junto ao relgio)

    para no tomar choque;

  • 27

    - No deixar fios eltricos soltos pela casa, quintal ou onde pessoas desavisadas

    possam tocar neles;

    - Se estiver no terrao da casa ou prdio e esse for prximo de rede eltrica fazer o

    possvel de criar isolamento (parede ou rede de algodo) para evitar que toquem os

    fios da rede da Cemig;

    - No banheiro, no mudar a resistncia de vero para inverno e vice-versa com o

    mesmo ligado (desligar o disjuntor);

    - Na rua ao perceber fios partidos pendentes de postes, no tocar e avisar a Cemig.

    TEMA 4 OFICINA DE CONCEITOS

    4.1. Ambiente

    compreendido como todo e qualquer espao, seja ele natural ou construdo pelo

    homem, no qual ocorrem as interaes que permitem a vida. Um conjunto de

    condies que afetam a existncia, desenvolvimento e bem estar dos seres vivos.

    Estas interaes estabelecem uma independncia entre os seres vivos e, tambm

    destes com os elementos abiticos, como por exemplo, o ar, o clima, etc. Por

    consequncia desta interdependncia, qualquer prejuzo ao meio ambiente

    compromete as formas de vida nele existentes.

    4.2. Educao Ambiental

    Processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida,

    visando gerar maior conscincia de conduta pessoal, assim como favorecer a harmonia

    entre seres humanos.

    Processo de formao do cidado a partir da problematizao da realidade, propondo

    a construo de novos valores e atitudes durante a aprendizagem.

    "Processo educativo orientado para a resoluo dos problemas concretos do meio

    ambiente, uma participao ativa e responsvel de cada indivduo e da coletividade"

    (Tbilisi - Gergia-CEI).

  • 28

    TEMA 5 ELETRICIDADE

    Eletricidade a energia eltrica, independente da fonte ou da forma como foi

    gerada.

    Volt a unidade em que se mede a tenso em que a energia eltrica fornecida,

    normalmente 127 V ou 220 V.

    Watt - a unidade em que se mede a potncia de um aparelho ou mquina.

    Potncia a quantidade de energia necessria para que um aparelho ou mquina

    funcione de modo adequado; por exemplo, um secador de cabelo necessita de cerca

    de 500 W, uma bomba de gua consome cerca de 300W, ou uma televiso de 20

    polegadas precisa de 90 W.

    Ampre a unidade em que se mede a corrente eltrica.

    KWh - a unidade em que se mede o consumo eltrico de mquinas e das

    instalaes de uma residncia, fbrica, escola e outros prdios.

    Equivalncias:

    1.000 g = 1 Kg

    1.000 W = 1 kW => 1.000 kW = 1MW

    1.000 Wh = 1kWh => 1.000 kWh = 1MWh

  • 29

    5.1. O caminho da Eletricidade

    O caminho que a energia eltrica percorre desde o momento em que gerada nas

    usinas at o momento em que consumida nas residncias, nas indstrias, nos

    shoppings, nos teatros e cinemas, nas ruas, nas reas pblicas, nos hospitais, nas

    escolas, entre outras instalaes, est ilustrado no desenho abaixo:

    5.2. Custo da Oferta da Eletricidade

    O verdadeiro custo que gerado para que a energia eltrica esteja disponvel para

    consumo humano, seja nas cidades ou no campo, diz respeito s seguintes etapas:

    Etapa de Planejamento e Estudos

    Realizao de estudos e anteprojetos de engenharia, ambientais e financeiros,

    visando analisar a viabilidade, providenciar o licenciamento e a aprovao dos

    projetos pelos rgos competentes, bem como a obteno de financiamento do

    capital a ser investido.

    Etapa de Implantao da Usina Geradora de Energia e o transporte da energia

    gerada

  • 30

    Aquisio de terrenos para a construo da usina;

    Projeto de engenharia/aquisio de materiais e equipamentos;

    Construo da usina e montagem dos equipamentos;

    Construo de subestaes eltricas e das linhas de transmisso;

    Programas ambientais para reparar danos ambientais (sociais e ao ambiente

    natural).

    Etapa de Operao da Usina e das demais Instalaes

    Manuteno das instalaes e equipamentos.

    5.3. Consumo de Eletricidade e o Valor do Desperdcio

    - Comparao do Consumo e do Custo Final incorridos com o uso de diferentes

    lmpadas:

    Lmpada incandescente - LI

    Vida til = 1.000 horas

    Potncia = 100 W

    Preo = R$1,50

    Custo final = [preo da lmpada + (potncia x vida til da lmpada x tarifa do

    kWh)] =

    [R$ 1,50 + (100 W x 1.000h x R$ 0,35/ kWh)]

    = [R$ 1,50 + R$ 35.000 Wh/kWh] = R$ (1,50 + 35,00) = R$ 36,50

    Lmpada fluorescente compacta - LFC

    Vida til = 10.000 horas

    Potncia = 23 W

    Preo = 15,00 R$

    Custo final = preo da lmpada +(potncia x vida til da lmpada x tarifa do

    kWh) =

    R$ 15,00 + (23 W x 10.000 h x R$ 0,35/ kWh)

    = R$ 15,00 + R$ 80.500 Wh/kWh = R$ 15,0 0 + 80,50 = R$ 95,50

    5.4. Valor pago Concessionria

    Como verificar se voc paga concessionria de energia o equivalente ao que

    voc realmente consome

    Voc deve estimar o consumo de sua casa ou escola, assim:

    N

    o de horas de N

    o de dias Consumo

  • 31

    Utenslios/ Equipamentos Potncia (Watts)

    uso no dia (horas)

    de uso no ms (dias)

    Mensal de Eletricidade

    (Wh)

    06 lmpadas 100 05 30 15.000

    01 maq. lavar roupa 500 01 08 4.000

    01 ferro eltrico 500 02 04 4.000

    01 geladeira 120 8 30 28.800

    01 liquidificador 330 10 min 15 825

    01 televiso 90 05 30 13.500

    01 computador 250 02 20 10.000

    01 aparelho de som 150 01 30 4.500

    01 freezer 200 08 30 48.000

    01 chuveiro eltrico 4.000 15 min 30 30.000

    01 ar condicionado 2.200 08 20 352.000 *

    01 ventilador de teto 200 08 20 32.000

    01 micro-ondas 1.200 10 min 30 6.000

    Consumo Mensal 195.625 *

    * O total do Consumo neste exemplo no incluiu o uso de ar condicionado.

    Como a tarifa de energia eltrica refere-se a kWh = 1.000 Wh, devemos

    expressar o consumo nesta mesma unidade => Consumo = 195 kWh

    - Comparao dos Custos Finais

    Para o perodo de 10.000 horas de uso, so necessrias 10 lmpadas

    incandescentes de 100W, enquanto que no mesmo perodo necessrio

    apenas uma lmpada fluorescente compacta de 23W.

    10 x R$ 36,50 = R$ 365,00

    01 x R$ 95,50 = R$ 95,50

    - Quanto vale o desperdcio?

    R$ 365,00 - R$ 95,50 = R$ 269,50* O total do Consumo neste exemplo no

    incluiu o uso de ar condicionado.

  • 32

    TEMA 6 CEMIG NAS ESCOLAS - EDUCAO AMBIENTAL

    Os princpios fundamentais da metodologia do Curso: Energia Recurso da Vida

    esto alinhados aos princpios de Educao Ambiental.

    6.1. Princpios da Educao Ambiental

    - Totalidade e Interdependncia

    - Interdisciplinaridade

    - Local e Global

    - Processo Permanente

    - Mudana de Valores, Atitudes e Hbitos

    - Participao:

    - Cidad;

    - Do aluno no processo educativo;

    - Institucional/ Parcerias;

    Resumindo:

    TOTALIDADE E INTERDEPENDNCIA: Considerar o ambiente em seus aspectos

    naturais e construdos pelo ser humano, sabendo que h uma relao de

    reciprocidade entre eles.

    INTERDISCIPLINARIDADE: Exercitar o dilogo entre os saberes das diversas reas

    do conhecimento para construir uma compreenso integrada dos mltiplos aspectos

    do ambiente e das suas inter-relaes.

    LOCAL/GLOBAL: Estabelecer uma relao efetiva entre o processo educativo e a

    realidade imediata do educando, articulando os problemas ambientais locais s

    questes regionais e globais.

  • 33

    PROCESSO PERMANENTE: A educao ambiental constitui-se em um processo

    educativo contnuo de interveno na realidade e de construo de conhecimento e

    valores.

    MUDANAS DE VALORES, ATITUDES E HBITOS: Construir novos valores

    fundados no respeito e na solidariedade com todas as formas de vida com as quais

    compartilhamos a Terra, os quais devem orientar a mudana de atitudes e

    comportamentos na relao entre os seres humanos e destes com a natureza.

    PARTICIPAO CIDAD: Incentivar a ao individual e coletiva, permanente e

    responsvel, em direo resoluo dos problemas ambientais e a melhoria da

    qualidade de vida das populaes.

    PARTICIPAO DO ALUNO NO PROCESSO EDUCATIVO: Promover a ao dos

    educandos na organizao das suas experincias de aprendizagem, criando

    oportunidades de tomada de decises, valorizando suas iniciativas e capacidades.

    Processo educativo centrado no aluno.

    PARTICIPAO INSTITUCIONAL/PARCERIAS: uma aprendizagem coletiva de

    novas formas de solidariedade e de responsabilidade social. A multiplicao das

    necessrias transformaes, de novos conceitos e de posturas, facilitada pela

    atuao organizada de pessoas e instituies.

    6.2. A Conservao de Energia sob o enfoque da Educao Ambiental

    O combate ao desperdcio de energia eltrica alinha-se coerentemente s diretrizes

    da educao ambiental, possibilitando:

    A resoluo de problemas locais, regionais e globais, para a preservao do

    meio ambiente;

    A interveno e a participao dos cidados como agentes de mudana, nos

    seus espaos de atuao (residncia, escola, emprego, condomnios, etc.);

    Os indivduos a sintonizarem com uma causa e um objetivo comum;

    O favorecimento de benefcios para toda a coletividade;

    Auxlio na superao de crises, alm de trazer melhoria na qualidade de vida;

  • 34

    TEMA 7 FORMAS DE GERAO DE ENERGIA ELTRICA

    7.1. Energia Hidreltrica

    a energia proveniente das vazes e quedas dguas de um rio. Para aproveitar a

    energia das guas de um rio e transform-la em energia eltrica, constroem-se

    diques que represam os cursos da gua, acumulando-a num reservatrio.

    Quando se abrem as comportas da barragem, a gua represada conduzida, por

    grandes dutos para o local em que esto as turbinas. A gua passa a alta velocidade

    pelas hlices das turbinas fazendo-as girar. A partir do movimento de rotao das

    hlices, os geradores, acoplados s turbinas, transformam a energia mecnica da

    gua em eletricidade.

    A energia eltrica produzida levada atravs de cabos ou barras condutoras dos

    terminais do gerador at o transformador elevador, onde tem sua tenso (voltagem)

    elevada para adequada conduo, atravs de linhas de transmisso, at os centros

    de consumo.

    Em seguida, atravs de transformadores abaixadores, a energia tem sua tenso

    rebaixada a nveis adequados para o consumo.

    ESQUEMA DE PRODUO DE ENERGIA HIDRELTRICA

  • 35

    7.2. Termeltrica

    Uma usina termeltrica convencional pode ser definida como uma instalao cuja

    finalidade a gerao de energia eltrica, atravs de um processo que consiste de

    trs etapas.

    A primeira etapa consiste na queima de um combustvel fssil, como carvo, leo ou

    gs, que aquece a gua de uma caldeira e transforma-a em vapor.

    A segunda consiste na passagem deste vapor, em alta presso, por entre as hlices

    de turbinas, fazendo-as girar em grande velocidade. As turbinas, por sua vez,

    acionam os geradores eltricos a elas acoplados e produzem eletricidade.

    A terceira etapa trata de condensar o vapor e reconduzi-lo caldeira, completando o

    ciclo, que ser desta forma reiniciada.

    A energia eltrica produzida levada atravs de cabos ou barras condutoras dos

    terminais do gerador at o transformador elevador, onde tem sua tenso (voltagem)

    elevada para adequada conduo, atravs de linhas de transmisso, at os centros

    de consumo.

    Em seguida, atravs de transformadores abaixadores, a energia tem sua tenso

    rebaixada a nveis adequados para o consumo.

    Vantagens e desvantagens das centrais termoeltricas

    Vantagens:

  • 36

    Seu funcionamento no depende das condies meteorolgicas;

    O transporte dos combustveis fsseis para as centrais fcil e barato;

    Desvantagens:

    Emitem grandes quantidades de dixido de carbono na atmosfera;

    A utilizao do carbono e derivados de petrleo geram xido de nitrognio e

    enxofre.

    TERMELETRICA

    7.3. Nuclear

    A usina trmica nuclear (ou termonuclear) difere da trmica convencional

    basicamente quanto fonte de calor, pois utiliza do urnio para aquecer a gua que

    circula no interior do reator.

    Uma Usina Nuclear possui trs circuitos de gua: primrio, secundrio e de gua de

    refrigerao. Esses circuitos so independentes um do outro; ou seja, a gua de cada

    um deles no entra em contato direto com a do outro.

  • 37

    No interior do vaso do reator, que faz parte do circuito primrio, a gua aquecida

    pela energia trmica liberada pela fisso dos tomos de urnio. O calor gua

    transferido para a gua contida no gerador de vapor, que faz parte do circuito

    secundrio. O vapor produzido utilizado para movimentar a turbina, a cujo eixo est

    acoplado o gerador eltrico, resultando ento em energia eltrica. A gua do circuito

    primrio aquecida at cerca de 305o C.

    O vapor condensado atravs de troca de calor com a gua de refrigerao. A gua

    condensada bombeada de volta ao gerador de vapor, para um novo ciclo.

    A energia eltrica produzida levada atravs de cabos ou barras condutoras dos

    terminais do gerador at o transformador elevador, onde tem sua tenso (voltagem)

    elevada para adequada conduo, atravs de linhas de transmisso, at os centros

    de consumo.

    Em seguida, atravs de transformadores abaixadores, a energia tem sua tenso

    rebaixada a nveis adequados para o consumo.

    7.4 Energia Elica

    A energia elica aquela obtida pela fora dos ventos.

    Sabe-se que a energia dos ventos vem sendo utilizada h milhares de anos, sendo

    inicialmente usada para mover embarcaes vela, para bombear gua e para moer

    gros. Hoje utilizada para gerar eletricidade.

    Produzir energia eltrica a partir do vento no Brasil pode ser um bom negcio. Prova

    disso est no interesse de algumas universidades em aprimorar tcnicas e

    equipamentos para esse setor, bem como na busca de investimentos para este fim.

    Especialistas afirmam que, em determinados locais, a energia elica mais

    competitiva do que outras formas, pois seu custo relativamente baixo e o retorno do

    investimento se d em curto prazo. Este tipo de energia pode ser gerado localmente,

    em pequena escala, de forma vivel.

    No atual estado da arte, as hastes dos geradores elicos medem cerca de 50 m de

    altura e suas ps tm comprimento de 25 m, fazendo com que haja necessidade de

  • 38

    grandes reas para sua implantao e provocando, com sua movimentao, um nvel

    de rudo bastante significativo.

    7.4. Energia Elica

    7.5. Energia Solar

    Os raios solares representam uma quantidade fantstica de energia constituindo-se

    em fonte energtica no poluente e renovvel.

    A questo consiste em descobrir como aproveitar essa energia de forma econmica e

    como armazen-la por meio de "baterias solares".

    A gerao de energia eltrica tendo o sol como fonte pode ser obtida de forma direta

    ou indireta. A forma direta de obteno de eletricidade acontece por meio de clulas

    fotovoltaicas (geralmente feitas de silcio), onde a irradiao solar transformada em

    energia eltrica.

    Para obter energia eltrica a partir do sol de forma indireta, constroem-se usinas onde

    so instaladas centenas de espelhos cncavos (coletores solares) que so

    direcionados para um determinado local.

    Estas usinas so implantadas em reas de grande insolao (reas desrticas, por

    exemplo), como o deserto de Mojave, na Califrnia (EUA), onde existe a maior

    central solar do mundo; ou como o deserto de Israel.

    Utiliza-se ainda painis termo receptores, que possuem tubulao de metal sendo

    percorrida por gua, para aquecimento domstico da gua.

  • 39

    Atualmente, a energia solar utilizada para o aquecimento de gua e de interiores de

    prdios, irrisria na maioria dos pases. Tambm pouco relevante a energia solar

    utilizada na indstria de eletrnica, como em pequenas calculadoras, por exemplo.

    Dentre os poucos pases que fazem uso intensivo deste tipo de energia: citam-se

    Israel, onde 70% das residncias possuem coletores solares, e Indonsia, onde

    milhares de casas so totalmente iluminadas por clulas fotovoltaicas.

    H alguns experimentos em estgio de aperfeioamento como prottipos de carros

    movidos energia shttp://www.ciesin.org/indicators/ESI/rank.htmlolar no Japo, na

    Alemanha e nos Estados Unidos.

    7.5.1 A Energia Solar no Brasil

    O Brasil se situa, a nvel mundial, em segundo lugar quanto energia solar incidente.

    Os baixos rendimentos das tecnologias para sua converso em calor ou eletricidade e

    os elevados investimentos iniciais constituem, no entanto, obstculos importantes

    para seu aproveitamento no pas.

    Em alguns casos, porm, em particular no meio rural, se atingem as condies de

    viabilidade econmica para sua utilizao na secagem de produtos agrcolas, no

    bombeamento d'gua e na gerao de eletricidade em pequena escala.

    No meio urbano, j existem dezenas de fabricantes que comercializam coletores

    planos para aquecimento de gua em hospitais, hotis, escolas e residncias.

    Para facilitar a disseminao dessa tecnologia no pas, houve um incentivo

    implantao de sistemas fotovoltaicos para gerar a energia necessria a estaes de

    telecomunicaes, situadas em lugares remotos, em diversos estados.

    Isto despertou o interesse pela implantao de projetos anlogos, visando o

    abastecimento de postos de sade no estado do Tocantins; e na experimentao de

    centrais eltricas solares, integradas Companhia Hidreltrica de rio So Francisco -

    CHESF e outras concessionrias da regio Nordeste.

    A energia solar a soluo ideal para reas afastadas e ainda no eletrificadas,

    especialmente num pas como o Brasil onde se encontram bons ndices de insolao

    em todo o territrio.

    Sites correlatos

    Yale Center for Environmental Law and Policy

  • 40

    8. FUGIR DO APAGO, O DESAFIO DA ENERGIA ABUNDANTE

    Por Procpio Mineiro

    Revista Ecologia e Desenvolvimento

    O fantasma da escassez de energia ainda ronda o pas e impe uma discusso sobre

    o modelo energtico brasileiro. Hoje, se questiona o predomnio das hidreltricas e se

    defende maior espao para a gerao trmica e as fontes alternativas energia solar,

    elica e da biomassa.

    O Brasil sofreu o impacto de um apago prolongado, em 2001, e desde ento tomou

    conta dos debates uma preocupao com a matriz energtica do pas, o conjunto de

    fontes capazes de fornecer eletricidade de modo seguro.

    Em suma, passou-se a questionar a quase exclusividade da gerao hidreltrica e a

    defender-se a necessidade de incorporar maior percentual de gerao trmica, a

    partir de combustvel fssil ou nuclear.

    O objetivo dar maior segurana ao sistema eltrico, no sentido de evitar eventuais

    quedas de produo de eletricidade em algum dos ramos produtores.

    As fontes alternativas tambm ocuparo espao maior na nova matriz eltrica, com a

    implantao do Programa de Incentivo s Fontes Alternativas-PROINFA, que tm

    como meta atender a 10% do consumo nacional j em fins de 2006, a partir da

    energia solar, elica e da biomassa.

  • 41

    O apago de trs anos atrs caiu do cu para justificar a necessidade de ampliao

    da gerao trmica no Brasil, considerada como menos adequada, por impor tarifas

    elevadas e poluir o ambiente, sobretudo quando utiliza carvo mineral ou leo diesel.

    Aguarda-se, de qualquer modo, que a termeletricidade ganhe maior espao na matriz

    eltrica em razo de compromissos e contratos j assumidos (o setor trmico est

    propondo responder por 25% a 30% do fornecimento, o que levaria reduo da

    produo hdrica).

    A expanso das linhas de transmisso ajuda a desenhar um quadro de desafogo, pois

    em breve ser possvel transportar energia de qualquer parte do pas para uma

    determinada regio assolada por crise. Falhas na interligao do sistema nacional

    conduziram ao apago de 2001, pois no se pde levar ao Sudeste e Nordeste a

    energia que sobrava no Norte e Sul.

    Diferentemente dos Estados Unidos e Europa, s voltas com limitaes na

    hidroeletricidade, o Brasil ainda pode duplicar sua gerao dessa modalidade,

    considerada a mais segura ambientalmente, e expandir as demais fontes limpas,

    como as ditas energias alternativas e naturais, oriundas da luz solar, dos ventos e da

    cana.

    Tcnicos, contudo, alertam que o pas ainda se encontra na enfermaria, em relao

    segurana do fornecimento. Apontam a necessidade de maiores investimentos em

    usinas e calculam que a retomada da economia acima de 5% ao ano fatalmente

    determinar racionamento de energia, devido ao crescimento do consumo industrial.

    O mundo tambm teme um apocalipse energtico, em mdio prazo, ante a marcha

    inexorvel para o esgotamento das reservas petrolferas, das quais depende a

    produo material e o conforto de boa parte da populao do planeta, especialmente

    nos pases desenvolvidos.

    As perspectivas de crise e a importncia determinante do petrleo no modelo de vida

    contemporneo resulta em soma explosiva sob diversos aspectos. O primeiro deles

    o agravamento das relaes dos grandes consumidores com os grandes produtores/

    exportadores, em especial os pases rabes.

    Os primeiros so pases ricos e militarmente dominantes, enquanto os segundos so

    fracos e tm conscincia de que vender caro seu produto a nica maneira de

    aproveitar a oportunidade para chegar ao desenvolvimento. A perspectiva de crise

    econmica criou, assim, um ambiente diplomaticamente deteriorado.

    Esse confronto, uma tenso surda ao longo do sculo XX, est explodindo em

    conflitos diretos nesta virada de milnio, com destaque para as duas guerras do

    Iraque e a do Afeganisto, pases estratgicos para a garantia do fluxo petrolfero ao

    Ocidente.

  • 42

    A propsito coube poca, a Ministra de Minas e Energia do Brasil, Dilma Rousseff,

    defender a posio de que a energia hidreltrica uma energia renovvel e, portanto,

    capacitada a receber os incentivos financeiros que a Conferncia codificou e que os

    pases ricos, j sem capacidade de expandir sua rede de gerao fluvial, queriam

    reservar apenas s fontes solar, elica e de biomassa.

    Essa argumentao, afinal reconhecida, tem amplas implicaes, sob os aspectos de

    financiamentos, custos de produo e de consumo, e ambientais.

    O mundo aproveita apenas 33% dos potenciais hidreltricos e gera 2.140 kWhora/ano

    de energia, suficientes para poupar cerca de 4,4 milhes de barris equivalentes de

    petrleo/dia.

    Mas os aproveitamentos so desiguais. Enquanto nos pases industrializados restam

    poucos potenciais para gerao, a frica explora apenas 7% de seu potencial; a sia,

    22%; a Amrica Latina, 33%; e o Brasil, 24%.

    O Brasil e os pases em desenvolvimento estariam comprometendo suas economias

    se aceitassem a excluso das grandes hidreltricas, porque abririam mo de uma

    fonte geradora de energia com baixos custos de instalao, operao e manuteno.

    Alm disso, as novas fontes so intermitentes, ou seja, no geram energia na mesma

    capacidade o ano inteiro.

    Dessa forma, ficou reafirmada a prioridade brasileira quanto energia gerada pelos

    rios. O Brasil, j desenvolve, atravs da Eletrobrs, o Programa de Incentivo s

    Fontes Alternativas de Energia Eltrica (PROINFA), cujo objetivo incluir no circuito

    comercial 3.330 MW de eletricidade gerada por pequenas hidreltricas e por fontes

    solar, elica e da biomassa, at final de 2006, e a partir desse ano, expandir essa

    participao para at 10% do consumo nacional.

    Isso significar, em termos ambientais, a reduo de emisso de dixido de carbono

    em 2,5 milhes de toneladas anuais.

  • 43

    TEMA 8 O PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL - LIVROS

    8.1. Material Didtico

    O material didtico/pedaggico composto por 6 livros, sendo 5 para alunos e 1 do

    educador. Cada item possui identidade e destinao especfica:

    Livro 1

    Indicado para alunos de 1 e 2 sries do ensino fundamental. Aborda a relao da

    natureza e

    o ser humano; os recursos naturais e o uso que fazemos deles; os impactos

    ambientais provocados pelo uso indiscriminado dos recursos naturais; a eletricidade,

    sua gerao e o conforto que ela proporciona; o desperdcio e suas consequncias;

    dicas de como usar eletricidade sem desperdcio; cuidados com o ambiente

    pequenos gestos de carinho com o planeta ao alcance de todos.

    Livro 2

    Adequado para alunos de 3 e 4 sries do ensino fundamental. Expe a relao do

    homem e natureza; a importncia da energia para os processos naturais como a

    fotossntese e o ciclo da gua; a presena da energia na fabricao dos produtos que

    consumimos; os recursos naturais como fontes de energia; os impactos ambientais

    provocados pelo uso indiscriminado dos recursos naturais; a histria da energia; a

    eletricidade, sua produo e o conforto que ela proporciona; horrio de vero; horrio

  • 44

    de pico de consumo de eletricidade; fontes alternativas de gerao eltrica; o

    desperdcio de eletricidade e como evit-lo.

    Livro 3

    Para alunos de 5 e 6 sries do ensino fundamental. Aborda as transformaes que

    ocorrem no ambiente; a necessidade da energia para as transformaes;

    fotossntese; cadeia alimentar; desperdcio de lixo; energia; ciclo da gua; recursos

    para gerao da eletricidade; cadeia da produo de eletricidade; potncia e

    voltagem; conforto que a eletricidade proporciona; uso de eletricidade com segurana;

    como se mede o consumo domstico; hbitos de consumo da eletricidade com

    desperdcio e hbitos de consumo sem desperdcio.

    Livro 4

    Para alunos de 7 e 8 sries do ensino fundamental. Aborda os conceitos de energia;

    tipos de energia: potencial e cintica; fontes primrias de energia; fontes renovveis e

    no-renovveis de energia; formas de energia; histria da energia; a eletricidade;

    cadeia energtica; impactos ambientais da gerao eltrica; matriz energtica; o setor

    eltrico brasileiro; horrio de pico de consumo; conceitos de potncia e tenso;

    cuidados com segurana; conceito de desenvolvimento sustentvel; aspectos sociais

    da distribuio de energia; dicas prticas de uso da eletricidade sem desperdcio;

    reciclagem e reaproveitamento tambm so formas de combate ao desperdcio.

    Livro 5

    Direcionado para alunos do ensino mdio. Apresenta os conceitos de energia; energia

    potencial e energia cintica; manifestaes de energia; formas de energia; fontes de

    energia: primrias/ secundrias; renovveis e no-renovveis; leis da energia e

    histria da energia; conceito de meio ambiente; energia e meio ambiente; impactos

    ambientais decorrentes da explorao dos recursos naturais para a produo de

    energia; o Choque do petrleo e suas consequncias; o atual modelo de

    desenvolvimento; o que vem a ser desenvolvimento sustentvel; iniciativas

    necessrias para o desenvolvimento sustentvel; matriz energtica mundial e matriz

    energtica brasileira; a energia eltrica; conceitos de eletricidade potncia, tenso e

    corrente; a gerao de eletricidade os diversos tipos de usinas; principais usina

    brasileiras; impactos ambientais da cadeia da eletricidade; fontes alternativas de

    gerao eltrica; curva de carga e horrio de pico de consumo; horrio de vero; o

    que o PROCEL e sua atuao; diferena entre racionamento e conservao;

    segurana no uso da eletricidade; dicas de uso sem desperdcio no mbito domstico.

    Livro do Educador

  • 45

    Subsidia os educadores de todas as reas e multiplicadores abordando os princpios

    e prticas metodolgicas do projeto. A questo ambiental; conferncias internacionais

    de meio ambiente e educao ambiental; princpios da educao ambiental; energia -

    tema gerador de mudanas; Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    PROCEL; etapas de implantao do PROCEL nas Escolas, Sistema de

    Acompanhamento e Avaliao; contedo e sugestes de atividades.

    TEMA 9 - ENERGIA E ALGUMAS PARTICULARIDADES E CURIOSIDADES.

    9.1. Eletricidade Esttica, aquela que no se move

    A eletricidade foi descoberta pelos gregos por volta de 600 A.C.

    Um homem chamado Tales descobriu que, ao esfregar um pedao de mbar com

    pano, este atraa pequenos objetos. (O mbar a seiva endurecida de certas

    arvores).

    A eletricidade que Tales e Gilbert testaram chama-se eletricidade esttica; por que ela

    no se movimenta.

    9.2. A Eletricidade Presente nas Nuvens

    Numa nuvem de tempestade, o ar em movimento provoca atrito entre minsculas

    gotas de gua e partculas de gelo, fazendo com que estas fiquem carregadas de

    eletricidade esttica.

    As partculas com carga positiva sobem para o topo da nuvem e as partculas com

    carga negativa afundam para a parte de baixo da nuvem. As cargas negativas da

    nuvem so fortemente atradas para o cho. Quando as partculas energizadas pulam

    de uma nuvem para outra, ou de uma nuvem para o cho, formam enormes clares,

    que conhecemos como relmpagos.

  • 46

    O relmpago , portanto energia em movimento, e quando ocorre provoca

    superaquecimento do ar, fazendo com que o ar exploda de to quente e fazendo

    estrondos, conhecidos como troves.

    Os relmpagos frequentemente atingem o primeiro ponto alto que alcanam em sua

    viagem para o cho. Assim, mais provvel edifcios altos sejam atingidos.

    Se voc olhar para as torres das igrejas ou para prdios altos, provvel que veja

    uma barra de metal descendo ao lado do edifcio. Trata-se de um para-raios, que

    geralmente feito de cobre, e que tem a funo de canalizar o relmpago para o

    cho, caso este atinja o prdio.

    Desta forma, a eletricidade que poderia atingir e danificar o prdio direcionado para

    a barra de cobre, que o conduz at o cho, com segurana.

    9.3. Distncia da Tempestade

    A luz viaja to rpido (cerca de 300.000 quilmetros/segundo). Precisamos esperar

    algum tempo at ouvir o trovo. Isso acontece porque o som viaja muito mais

    devagar do que a luz, s 330 metros por segundo.

    Durante uma tempestade, espere at ver o relmpago e comece a contar lentamente.

    Para cada contagem de trs, a tempestade esta mais ou menos um quilmetro de

    distncia.

    9.4. Peixes Eltricos

    Uma enguia eltrica usa clulas musculares modificadas nos lados de seu corpo para

    gerar eletricidade e responder a sinais eltricos.

    A enguia pode produzir choques eltricos repentinos e pesados de 500 volts, que

    podem matar um cavalo ou atordoar uma pessoa. Ela utiliza essa energia eltrica

    para capturar sua presa e afastar os inimigos. As enguias tambm emitem sinais

    eltricos de baixa voltagem, que as auxiliam a guiar-se pelo caminho e comunicar-se

    com outros peixes.

  • 47

    TEMA 10 - EXERCCIOS

    Exerccio n 1 - Impactos do Processo de Produo de Energia Relacione os aspectos abaixo referentes s principais formas conhecidas de gerao de energia eltrica:

    Hidrulica, Trmica (Derivados de Petrleo), Trmica (Biomassa), Nuclear, Elica e Solar

    1. O Brasil domina todas as etapas do processo (domnio de tecnologia). R.: 2. Pode ser implantada com maior facilidade que as demais junto aos centros consumidores. R.: 3. Utiliza fontes renovveis. R.: 4. No contribui significativamente para o aumento do efeito estufa. R.: 5. O tempo de construo da usina curto, quando comparado as demais. R.: 6. Apresenta atualmente o menor custo do kW produzido. R.:

  • 48

    7. Gera grande quantidade de emprego durante a fase de operao. R.: 8. Interfere quase sempre de forma negativa em atividades tursticas. R.: 9. Apresenta atualmente o maior custo do kW produzido. R.: 10. Necessita de grandes reas para a implantao da usina. R.: 11. A tecnologia a mais cara, atualmente. R.: 12. Utilizao de mo-de-obra informal e temporria. R.: 13. Contribui significativamente para o efeito estufa. R.: 14. Atualmente s acessvel como fonte complementar. R.: 15. Apresenta grande potencial de desarticulao da dinmica regional. R.:

    Exerccio 2 - Atividade - Leitura de texto:

    Que cultivar rvores faz bem para o meio ambiente, todas as crianas j sabem. Mas

    que elas podem ajudar a diminuir a conta de luz no fim do ms j no to bvio.

    Pesquisadores norte-americanos descobriram que as rvores plantadas ao lado das

    residncias podem diminuir o consumo de energia em 5%, desde que elas sejam

    plantadas na posio correta. Para o melhor benefcio, as rvores devem ficar

    posicionadas para oferecer sombra nos lados oeste e sul das residncias.

    A pesquisa envolveu o acompanhamento de 460 residncias na cidade de

    Sacramento, durante o vero. Estatsticas precisamente coletadas demonstraram que

    os ganhos vo alm da diminuio da conta de luz: o custo de carbono tambm

    diminudo com o cultivo das rvores.

    As pessoas j sabem h muito tempo que as rvores tm mltiplos efeitos para as

    pessoas, mas ns quantificamos esses benefcios pela primeira vez usando dados

    reais e colocamos valores nesses efeitos, justifica o pesquisador David Butry, do

    instituto NIST.

  • 49

    Segundo o estudo, rvores plantadas nos lados oeste e sul diminuem a conta de

    eletricidade em at 5%. Se elas estiverem no lado leste no h qualquer efeito mas,

    se as rvores forem plantadas no lado norte, elas podem de fato aumentar a conta de

    energia. [Estendendo as concluses da pesq