Aditivos de compatibilidade e agentes de acoplamento

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Aditivos de

compatibilidade e

Agentes de acoplamento

V. J. Garbim

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Conteúdo

POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS ...................................................................................................... 2

ADITIVOS DE COMPATIBILIDADE E AGENTES DE ACOPLAMENTO .................................................... 2

Introdução.................................................................................................................................... 2

Interação entre materiais ............................................................................................................. 3

Aspectos teóricos gerais ................................................................................................................ 5

O fenômeno da incompatibilidade polimérica................................................................................ 6

Outros fatores determinantes na morfologia e propriedades das blendas ...................................... 7

Agentes de compatibilização e agentes de acoplamento................................................................ 9

Agentes de acoplamento ............................................................................................................ 11

Interação entre polímero e carga ................................................................................................ 11

Mecanismos da adesão de interface polímero / carga ................................................................. 12

Eficácia do agente de acoplamento ............................................................................................. 13

Modificação superficial da matriz polimérica ............................................................................... 14

AGENTES COMPATIBILIZANTES E AGENTES DE ACOPLAMENTO .................................................... 14

COMUMENTE COMERCIALIZADOS ............................................................................................... 14

Importante ................................................................................................................................. 20

Bibliografia ................................................................................................................................ 20

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POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS

ADITIVOS DE COMPATIBILIDADE E AGENTES DE ACOPLAMENTO

Introdução

A versatilidade de aplicação e facilidade de processamento para produção de artigos com materiais

termoplásticos proporcionam idealizações impares, se comparado a outros tipos de materiais.

Projetos e desenvolvimentos de peças e artigos, principalmente de engenharia, exploram ativamente

as mais intrínsecas características dos polímeros termoplásticos levando até a produzir fusões entre

plásticos de natureza físico-químicas completamente diferentes, muitas vezes incompatíveis a uma

primeira análise. Somado a essa busca incessante de resultados técnicos dia-a-dia mais severos,

segue ainda as leis e regulamentos de proteção ambiental com rigorosos controles sobre os rejeitos

industriais, sobressaindo os de produção e processamento.

A administração dos rejeitos torna-se muito cara, seja destruindo tais descartes por incineração ou

via deposito em aterros sanitários. Este custo/descarte leva os empresários a assimilarem uma

consciência ambiental cada vez mais assegurada. Deste modo, financiando pesquisas ou criando

artifícios de redução de desperdícios, promovendo forte esforço em políticas de reciclagem,

tornando aquilo que em recentes épocas passadas era considerado lixo em gordas e significativas

cifras monetárias.

A sede de novas misturas de termoplásticos pelos engenheiros somados à descoberta estimulante

dos reciclados pelos donos de negócios, conduz ao desenvolvimento de compostos termoplásticos

singulares. Estes aplicados na compatibilização entre materiais plásticos virgens de diferentes

naturezas, no reaproveitamento de reciclados, sendo estes em combinação ou adição em compostos

virgens. De qualquer forma, um extremo cuidado deve ser observado, para que se obtenham

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melhores resultados sem prejuízo das propriedades dos artefatos finais, nem dos processos

produtivos.

Para buscar tais resultados, lança-se mão de aditivos específicos adicionados aos compostos

termoplásticos normalmente chamados de aditivos de compatibilidade para determinados fins.

Noutras aplicações se usa os agentes de acoplamento. Os dois tipos serão tratados de forma sucinta

nas páginas seguintes.

Interação entre materiais

Dois ou mais materiais termoplásticos diferentes, quando colocados juntos com objetivo de uni-los,

podem apresentar diversas respostas de compatibilidade como:

- Podem apresentar excelente compatibilidade entre si ocorrendo perfeita interação, que

numa analise final, tornam-se como se fossem um único material.

- Podem apresentar certa semi-compatibilidade entre si, ocorrendo interação incompleta.

Percebe-se que em alguma instância, partes dos materiais se compatibilizam bem e parte

não, mostrando certo grau de separação entre si.

- Podem apresentar total incompatibilidade entre si, não acontecendo nenhuma interação.

Percebe-se facilmente a presença de duas fases distintas.

O fato de existir semi-compatibilidade ou mesmo incompatibilidade entre os materiais não significa

que estes não possam ser misturados em determinadas condições de temperatura, pressão e com

aditivos adicionados em conjunto na mistura.

É necessário que se entenda alguns conceitos básicos sobre compatibilidade e miscibilidade, que

serão explicados abaixo:

- Compatibilidade não é a mesma coisa que miscibilidade.

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- Polímeros compatíveis não necessariamente têm que ser miscíveis.

- Polímeros miscíveis são normalmente compatíveis.

Alguns exemplos de materiais gerais:

- Óleo e Água: são materiais imiscíveis e incompatíveis = mistura opaca;

- Álcool e Água: são materiais miscíveis e compatíveis = mistura transparente;

- PA e PU : são materiais imiscíveis porém, compatíveis = mistura opaca.

O que geralmente caracteriza materiais poliméricos imiscíveis e incompatíveis?

- Estrutura molecular diferente;

- Peso molecular diferente;

- Diferente polaridade;

- Alta energia interfacial (ex. óleo e água)

- Duas fases, que podem provocar:

- Delaminação;

- Inchamento na saída do molde;

- Esponjamento.

O que geralmente caracteriza materiais poliméricos miscíveis e compatíveis?

- Estrutura molecular similar;

- Peso molecular similar;

- Polaridade similar,

- Fase única;

- Nenhuma reação energética de interface (ex. Álcool e Água).

O que geralmente caracteriza materiais poliméricos compatíveis e imiscíveis?

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- Diferente estrutura molecular;

- Peso molecular diferente;

- Boa interação;

- Duas Fases;

- Baixa energia de interface.

Aspectos teóricos gerais

Compostos termoplásticos com polímeros incompatíveis entre si, como os compostos reciclados (PET

+ PE ou PA + PE), sempre despertaram o interesse dos engenheiros de materiais plásticos. Isso

acontece porque se observava a possibilidade de explorar, num mesmo composto, propriedades

opostas, que de certa maneira se completam. Obter excelente tenacidade em materiais com altas

temperaturas de fusão, combinado com boa resistência à flexão em baixas temperaturas (como é o

caso PET + PE), é um bom exemplo dessas propriedades.

Então, uma das preocupações dos pesquisadores era encontrar um material que pudesse ser

reciclado. Com passar do tempo, apresentaram-se muitas soluções possíveis. Tornou-se, então,

perfeitamente possível combinar polímeros totalmente diferentes adicionando à mistura aditivos

compatibilizantes, criando assim compostos termoplásticos inovadores com propriedades gerais

superiores.

Um aditivo compatibilizante é um conjunto de ingredientes compatíveis com diversos componentes

poliméricos de naturezas diferentes. Este proporciona uma perfeita miscibilidade entre tais

componentes. Um copolímero em bloco, cuja natureza de blocos é solúvel em cada componente da

blenda de dois outros polímeros, é um bom exemplo desses aditivos. Os polímeros da blenda,

inicialmente incompatíveis, ficam aderidos graças ao copolímero em bloco, como o SEBS.

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Outro exemplo de aditivo compatibilizante é dado por um polímero que ofereça natureza química

compatível com a de um dos polímeros da blenda. Esse, por meio de tratamento como graftização

(enxertia) de um elemento químico, contendo grupos reativos, ou ainda a copolimerização com um

outro polímero, contendo também grupos reativos, proporciona compatibilidade com o segundo

polímero da blenda. Exemplo deste tipo de aditivo é o LLDPE-g-MAH (polietileno linear de baixa

densidade graftizado com anidrido maleico). O LLDPE é perfeitamente solúvel em polímeros iguais a

ele, e que ainda pode reagir, devido a grupos amínicos com a poliamida..

Então, desta breve explanação podemos resumir dizendo que os aditivos compatibilizantes são

adicionados aos compostos poliméricos para promover incrementos nas propriedades das blendas

de polímeros incompatíveis, buscando somar as boas propriedades de cada elemento polimérico do

composto, de forma a atender as especificações de engenharia desejadas, no produto final.

O fenômeno da incompatibilidade polimérica

Em um entendimento mais detalhado do fenômeno da incompatibilidade entre polímeros vale-nos

traçar aqui um paralelo dizendo que: quando tentamos misturar dois polímeros diferentes, estes não

são normalmente, compatíveis, formando o que é chamado de duas fases. Cada uma se mostra

individual e separado do outro. Podemos comparar o efeito da tentativa de mistura entre a água e o

óleo.

A razão deste fenômeno é que o sistema inteiro não pode interagir com um bom nível de energia

interfacial, formando então as fases individuais de cada material. Sendo assim, a energia de ligação

G é igual a 0 (zero).

Termodinamicamente isto é descrito pela Lei de Fase de Gibbis, que diz:

G = H + T. S

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Onde: H é a entalpia livre da mistura;

S é a entropia livre da mistura;

G é a energia de ligação da mistura;

T é a temperatura no ato da interação;

Logo, para se obter uma blenda polimérica de materiais incompatíveis, seja fase única ou fase

contínua, (miscibilidade completa), a energia livre de Gibbis “ G” tem que ser negativa. Isto somente

pode ser obtido quando a entalpia livre da mistura “ H” é negativa, caso em que as forças

magnéticas atrativas prevalecem entre as moléculas a serem misturadas. Também é obtido quando

“ S” for positiva o que permite que a maior parte das pequenas moléculas presentes tornam-se

aptas a formar um sistema muito desordenado provocando significativo aumento da entropia na

blenda.

Blendas poliméricas que apresentam diretamente completa miscibilidade são extremamente raras.

Pode ser destacado o exemplo do material chamado Noryl produzido pela GE Plastics que é uma

blenda de PS com PPO.

Também, o fato de existir duas fases separadas, imiscíveis ou incompatíveis, nas blendas poliméricas

não é necessariamente uma situação tecnicamente ruim. A tecnologia de tenacificação dos

termoplásticos de engenharia é praticamente baseada em se adicionar e incorporar polímeros

macios (borrachosos) incompatíveis ou parcialmente compatíveis numa matriz plástica vítrea,

cristalina ou semicristalina, fazendo com que a incompatibilidade não seja um impessílio. Com isso se

consegue melhores níveis de resistência ao impacto dos artefatos plásticos finais.

Outros fatores determinantes na morfologia e propriedades das

blendas

a) Temperatura, Pressão e Composição.

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As relações da termodinâmica determinam que numa blenda de diversos componentes a morfologia

(da blenda) tende a um ponto de equilíbrio termodinâmico.

Em muitos casos o equilíbrio termodinâmico não é fator predominante. A morfologia da blenda sofre

influencia de forças externas no ato da mistura, como o grau de cisalhamento de cada componente e

ou a razão de cisalhamento destes (e também da blenda). Isso é provocado por extremas pressões e

temperaturas durante o processamento da blenda, por exemplo, pelo processo de mistura em

Banbury ou extrusão.

b) Proporções e Razão de Viscosidade.

A proporção de cada componente na blenda, bem como a razão de viscosidades destes, permitirá

prever que num sistema de dois componentes se a fase contínua será ou não estabelecida.

A proporção entre componentes e sua razão de viscosidade determinará a fase contínua da blenda.

Deduz-se então, que se torna fácil para um polímero formar fase contínua, se este for de baixa

viscosidade e se encontrar em altas concentrações na blenda. Por outro lado, também é possível

para o segundo polímero, de menor concentração e menor fase, ser contínuo, se sua viscosidade for

extremamente baixa na blenda.

c) Energia Interfacial.

Numa blenda contendo aditivo compatibilizante a energia interfacial entre os dois polímeros

principais certamente é afetada e fortemente influenciada por grupos reativos. Estes grupos são os

que promovem a compatibilização energética entre tais polímeros principais da blenda.

Como já comentado acima, o aditivo compatibilizante é um polímero em que, na sua estrutura,

encontra-se enxertado um elemento químico ativo. Basicamente, a parte polimérica deste aditivo é

compatível com um dos componentes da blenda e o elemento químico ativo interage com o outro

polímero da blenda. Este fato modifica a relação energética interfacial entre os componentes

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poliméricos principais, o que pode provocar também alteração e aproximação da razão de

viscosidade, sendo este um fator positivo para melhor miscibilidade da mistura.

Agentes de compatibilização e agentes de acoplamento

Para um melhor entendimento do exposto acima, e sendo até um pouco redundante, podemos

interpretar esclarecendo da seguinte forma:

Os agentes ou aditivos compatibilizantes podem ser classificados como:

- Não Reativos;

- Reativos.

Entendemos como agentes compatibilizantes não reativos copolímeros que não contém em suas

estruturas grupos reativos. Exemplos destes são, como já mencionado, os copolímeros em bloco,

como o SEBS ou o KRATON G, cuja estrutura é composta por blocos de polímeros que chamaremos

de Polímero S, e blocos de polímeros B.

Quando usamos este material como agente compatibilizante, em um composto contendo polímeros

principais incompatíveis (seja A o polímero principal que é incompatível com o outro polímero

principal P), percebemos o seguinte fato: os blocos S do agente serão solúveis no polímero principal

A, e os blocos B se solubilizarão no polímero principal P. Isto produz assim uma perfeita interface

compatibilizante na blenda dos polímeros principais A + B.

O KRATON G e o SEBS são excelentes agentes compatibilizantes para blendas de PE + PS, por que são

praticamente solúveis em ambos os polímeros principais da blenda.

Agentes compatibilizantes reativos são polímeros graftizados com ingredientes reativos. Também

podem ser os próprios produtos químicos reativos, no caso de agentes de acoplamento.

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Explicando mecanismo de compatibilização, podemos dizer que a reatividade destes agentes está

baseada na presença de grupos polares reativos, que tendem a interagir com outros grupos reativos

contidos num dos polímeros principais da blenda. A parte polimérica do dito produto é solúvel com o

outro polímero principal (da blenda), proporcionado então as devidas ligações covalentes

(compatibilização) entre os polímeros principais A + P.

Alguns agentes compatibilizantes não reativos são:

- SEBS, SSBS, EPDM, etc.

Alguns agentes compatibilizantes reativos são:

- LLDPE-g-MAH (polietileno linear de baixa densidade graftizado com anidrido maleico).

- EVA-g-MAH (etileno vinil acetato graftizado com anidrido maleico)

- PE-g-MAH (polietileno graftizado com anidrido maleico).

- EPDM-g-MAH (etileno / propileno / dieno graftizado com anidrido maleico).

- PP-g-MAH (polipropileno graftizado com anidrido maleico).

- EMA (etileno metil acrilato)

- EEA (etileno etil acrilato)

- EBA (etileno butil acrilato)

- Terpolímero de SBS-g-MAH (estireno / butadieno / estireno graftizado com anidrido maleico

ou com ácidos acrílicos)

- Outras poliolefinas graftizadas com anidrido maleico ou ácidos acrílicos insaturados.

Para exemplo de uso, podemos citar a adição de PP-g-MAH como agente compatibilizante da blenda

de PA e Nylon com PP reciclado. Na mesma, uma boa ligação covalente é necessária para se

conseguir propriedades mecânicas apreciáveis.

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Agentes de acoplamento

Tecnicamente entendemos como agente de acoplamento um tipo especial de aditivo usado em

composições poliméricas. Este aditivo tende a produzir elevado grau de interação entre o polímero e

as cargas contidas num composto, principalmente as inorgânicas.

Os agentes de acoplamento podem ser aditivos químicos ou polímeros, quimicamente modificados

por materiais reativos. Quando adicionados aos compostos poliméricos, produzem grande força

adesiva entre as partículas da carga e as moléculas poliméricas, funcionando como elemento de

interface. Logo teremos um conjunto polímero + agente de acoplamento + carga inorgânica.

Um exemplo é o emprego dos TITANATOS ou EVA, modificado com anidrido maleico para melhorar a

força de adesão no acoplamento da alumina tri – hidratada ao polímero de EPDM. O objetivo é

promover ao composto certa resistência a inflamabilidade, sem perder as propriedades mecânicas

finais do produto.

Interação entre polímero e carga

A interação ou a intensidade da força de adesão entre o polímero e a carga em um composto, pode

facilmente ser avaliada através de testes de resistência à ruptura. Verificando os resultados da

comparação do teste no polímero puro e o composto, se tem a seguinte afirmação: se a tensão de

ruptura conseguida do composto carregado mostrar-se superior àquela do polímero puro, significa

que a matriz polimérica transferiu parte de suas tensões internas (no ato da solicitação) para as

partículas da carga. Como a resistência à ruptura das partículas da carga é superior a do polímero, os

resultados de tal propriedade mecânica também apresentam melhora.

A transferência das tensões acontece justamente na região onde o polímero faz contato com a carga,

na região de interface polímero / carga.

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Numa analise mais profunda, podemos entender que quando a força adesiva na interface polímero /

carga é suficientemente alta e o composto é solicitado a esforços externos, provocando tensões

internas, ocorre certa deformação longitudinal, Esta deformação ocorre no sentido da força

solicitante e entre a carga e a matriz polimérica. Também há a fricção entre os elementos do

composto polímero / carga.

Deste raciocínio percebemos facilmente a fundamental importância da força adesiva polímero /

carga nas propriedades mecânicas do artefato final.

A força adesiva é substancialmente influenciada pelas características físico – químicas das cargas

(como natureza química, pureza, área superficial, tamanho de partículas, atividade superficial

específica, etc). Também é influenciada pela constituição da matriz polimérica, natureza química,

conformação molecular, eletronegatividade, viscosidade, distribuição do peso molecular, etc.

Outro fator essencial está nos processamentos de mistura do composto. É de extrema relevância

uma perfeita incorporação e dispersão das cargas no polímero, pois se torna de primordial

importância o total envolvimento das partículas da carga pela matriz polimérica. Dessa forma,

consegue-se o mais amplo contato superficial possível, polímero / carga.

Mecanismos da adesão de interface polímero / carga

Diversos são os mecanismos pelos quais pode ocorrer a adesão entre polímero / carga, alguns

naturais, como atração eletrostática em que acontece uma interação magnética entre os materiais.

Também se pode citar a ancoragem mecânica. Acontece quando moléculas poliméricas penetram em

certas micro-cavidades existentes na superfície das partículas da carga, o que oferece alguma

resistência ao destacamento. Também, por interdifusão, quando as partículas da carga são pré-

revestidas por materiais poliméricos polares reativos. A adsorção, das partículas da carga pelo

polímero, onde a matriz polimérica produz uma finíssima camada cristalina, (tenacificada, devido ao

processamento de incorporação) sobre a superfície da carga. Esta camada apresenta resistência ao

rompimento, e por fim, a ligação química.

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A ligação química promovida por agentes de acoplamento, adicionados ao composto polímero /

carga é o mais eficiente mecanismo de adesão, pois basicamente funciona como uma ponte de

interface polímero / carga. Também é dependente da quantidade e tipo das ligações químicas

existentes.

A modificação da superfície das partículas da carga, normalmente carga inorgânica, por agentes de

acoplamento, conduz a uma melhor união (soldagem) química do polímero / carga. Este fato

modifica a energia superficial da carga, permitindo alto grau de envolvimento da carga pelo

polímero.

Eficácia do agente de acoplamento

Uma das principais e mais eficaz família de agentes de acoplamento, normalmente indicados, é a

família dos silanos.

A constituição estrutural desses produtos químicos apresenta parte orgânica e inorgânica. A parte

orgânica interage com a matriz polimérica, unindo-se fortemente a ela. Já a parte inorgânica, se liga à

carga, proporcionando um perfeito acoplamento polímero / carga.

Excelentes resultados do uso de silanos como agente de acoplamento são principalmente

conseguidos quando cargas de base silicatos, com características superficiais reativas são usadas. Por

exemplo, sílicas, fibras de vidro, mica em pó, etc. Bons resultados, porém, inferiores, são mostrados

quando os silanos são empregados em compostos contendo cargas de menor atividade superficial,

como carbonato de cálcio, talco, caulim, alumina hidratada, negro de fumo, etc.

Vale lembrar que é muito importante adicionar o silano diretamente à carga, homogeneizando-o

perfeitamente. E somente depois incorporar a carga silanizada ao polímero. Este cuidado melhora

sobremaneira a eficácia do acoplamento polímero / carga.

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Outro tipo de agente de acoplamento que também pode ser usado são os titanatos, estes

apresentam menor eficiência que os silanos, mostrando somente uma ligeira melhora na resistência

ao impacto.

Modificação superficial da matriz polimérica

Resultados muito interessantes de acoplamento polímero / carga são conseguidos por meio da

modificação superficial da matriz polimérica através de tratamento (graftização) desta. Materiais

contendo grupos polares reativos como anidrido maleico ou ácidos acrílicos.

É de muito boa prática também, o emprego de sistemas híbridos. Sejam empregados silanos, como

aditivos para tratamento das cargas, e agentes a base de polímeros modificados por anidrido maleico

ou ácidos acrílicos. Esta combinação resulta em compostos com propriedades mecânicas ainda

superiores.

AGENTES COMPATIBILIZANTES E AGENTES DE ACOPLAMENTO

COMUMENTE COMERCIALIZADOS

Abaixo, na tabela 1, são mostrados alguns agentes compatibilizantes e agentes de acoplamento nas

suas aplicações específicas. A tabela 2 contém as principais características técnicas destes, bem como

nomes comerciais e produtos similares de fabricantes distintos.

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Polímero a ser aditivado

Finalidade de uso do aditivo

Código do aditivo

indicado

Teor Adicion.

ABS

Melhorar a resistência ao impacto em baixas temperaturas.

EL.01 8 a 10 %

Melhorar a resistência ao impacto em peças de uso geral.

EL.01 EL.02

8 a 10 %

Agente de acoplamento de cargas minerais como: carbonato de cálcio, alumina trihidratada, hidróxido de magnésio.

FS.100

5 a 8 % sobre a qtde. carga

Melhorar a fluidez e processabilidade EL.03 3 a 7 %

Poliamida 6 (PA 6)

Melhorar a resistência ao impacto em peças de uso geral.

FS.105 EL.02 EL.03 EL.04

3 a 15 %

Melhorar a resistência ao impacto em baixas temperaturas.

FS.105 FS.110

10 a 20 %

Para super resistência ao impacto. FS.105 FS.110

20 a 25 %

Melhorar processabilidade. EL.05 3 a 10 %

Poliamida 6,6 (PA 6,6)

Melhorar a resistência ao impacto em peças de uso geral.

SU.12 EL.02 EL.03 EL.04

3 a 15 %

Melhorar a resistência ao impacto em baixas temperaturas.

FS.105 FS.110 FS.100 SU.22 SU.12

10 a 20 %

Para super resistência ao impacto. FS.100 FS.110

20 a 25 %

Melhorar a processabilidade EL.05 3 a 10 %

Blenda de PA + ABS

Melhorar a compatibilidade entre os polímeros e a resistência ao impacto.

FS.115 5 a 10 %

Policarbonato (PC)

Melhorar a resistência ao impacto. EL.03 5 a 10 %

Blenda de PC + ABS

Melhorar a resistência ao impacto para peças de uso geral.

EL.02 EL.03 EL.04

5 a 10 %

Tabela – 1: Orientação para uso de aditivos para modificação de termoplásticos

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Polímero a ser

aditivado

Finalidade de Uso do Aditivo

Código do Aditivo

Indicado

Teor Adicion.

PEBD e

PELBD

Como agente de acoplamento para o polímero com Fibra de Vidro

FS.116 2 a 5 %

Como agente de acoplamento para o polímero com: alumina trihidratada, carbonato de cálcio, hidróxido de magnésio e outras cargas minerais.

FS.117 FS.116

3 a 4 %

Como promotor de adesão a substratos.

FS.117 SY.10 SY.12

5 a 7 %

Para compatibilizar a blenda de PEBD ou PELBD com PA, EVOH e PET.

FS.117 SY.10 SY.12

5 a 7 %

PEAD

Como agente de acoplamento para o polímero com fibra de vidro.

FS.116 FS.118

2 a 5 %

Como agente de acoplamento para o polímero com: alumina trihidratada, carbonato de Cálcio, hidróxido de magnésio e outras cargas minerais.

FS.117 FS.116 FS.118 FS.103

3 a 4 %

Como promotor de adesão a substratos. FS.117 FS.118 SY.10

5 a 7 %

Para compatibilizar a blenda de PEAD com: PA, EVOH e PET.

FS.117 SY.10

5 a 7 %

PBT ou PET

(Poliésters)

Melhorar a resistência ao impacto em peças de uso geral.

EL.03 FS.100

5 a 15 % 20 a 25 %

Melhorar a resistência ao impacto em baixas temperaturas.

FS.105 EL.05

10 a 15 %

Para uma super resistência ao impacto. EL.05 15 a 25 %

Para melhorar a resistência do polímero fundido (Melt Strength).

EL.05 10 a 15 %

Para melhorar a nucleação. SY.015 10 a 15 %

Agente de compatibilização com PE e PP. EL.05 10 a 15 %

Tabela – 1: Orientação para uso de Aditivos para modificação de termoplásticos (continuação)

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Polímero a ser

aditivado

Finalidade de Uso do Aditivo

Código do Aditivo

Indicado

Teor Adicion.

Blenda de PBT + PC

Para uma super resistência ao impacto EL.05 10 a 20 %

Para melhorar a resistência ao impacto em peças de uso geral

EL.02 EL.04

5 a 15 %

Polipropileno

PP

Como agente de acoplamento, para o polímero com Cargas em geral

FS.200 FS.205

2 %

Como agente de acoplamento, para o polímero com: alumina trihidratada, carbonato de cálcio, hidróxido de magnésio e outras cargas minerais.

FS.200 FS.203 FS.205

4 %

Como modificador, para melhora a resistência ao impacto.

EL.07 10 a 20 %

Para compatibilizar a blenda de PP com: PA, EVOH e PET.

FS.200 FS.205 FS.203 FS.209

5 a 7 %

PVC (Rígido)

Como plastificante permanente. EL.0 5 a 10 %

Para melhorar a resistência ao impacto de artigos de uso geral.

EL.500 5 a 10 %

Para melhorar a resistência ao impacto em baixas temperaturas.

EL.500 5 a 15 %

Tabela – 1: Orientação para uso de Aditivos para modificação de termoplásticos (continuação)

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Importante

Sabemos que o universo de informações sobre aditivos de acoplamento de cargas aos compostos

plásticos, bem como de Compatibilizantes entre polímeros de naturezas diferentes, é bastante

grande, e ainda para nossa felicidade existem muitos fornecedores. Porém, o mais importante é

identificar a real necessidade do emprego destes aditivos e principalmente saber indicar, na

realidade prática, qual o tipo e suas dosagens precisas a serem adicionadas aos compostos, pois

indicações erradas poderão causar transtornos e perdas muitas vezes irreparáveis.

Em casos de dúvidas a melhor alternativa é consultar o apoio técnico especializado que oferecerá a

melhor sugestão, caso a caso.

Bibliografia

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