Andréa Fetzner X SEVA JUARA UNEMAT 2015

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Profa. Dra. Andréa Rosana Fetzner [email protected] Blog: http://arfetzner.blogspot.com.br/ Pesquisa: Gabinete de Pesquisa em Desenvolvimento Curricular estudo de propostas curriculares em redes organizadas em ciclos RJ POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: o currículo da escola organizada por ciclos de forma ção Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO Programa de Pós-Graduação em Educação/Departamento de Didática Escola de Educação Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo e Avaliação GEPAC X SEVA - 2015

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Pesquisa: Gabinete de Pesquisa em Desenvolvimento Curricular – estudo de propostas curriculares em redes organizadas em ciclos RJ

POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: o currículo da escola organizada por ciclos de formação

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Programa de Pós-Graduação em Educação/Departamento de Didática

Escola de Educação Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo e Avaliação – GEPAC

X SEVA - 2015

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ROTEIRO

Objetivo:

- Identificar princípios que

orientam a organização

escolar em ciclos de formação

e compreender seus desafios

curriculares e avaliativos.

Roteiro Tipologias de ciclos

Fundamentos dos ciclos

Fontes curriculares

Avaliação, aprovação e

reprovação e a difícil

compreensão da progressão

continuada

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TIPOLOGIAS DE CICLO Ciclos de alfabetização – durante o período inicial de

construção da leitura e escrita não há reprovação escolar. (Década de 80)

Ciclos de aprendizagem – enturmação dos alunos ainda pelo conteúdo assimilado em um determinado tempo (ciclo). Ex.: ciclos nos Parâmetros Curriculares Nacionais/1996 (junção de séries).

Ciclos de formação – a enturmação é pela idade, o aluno avança com sua turma, mas recebe atendimento para suas necessidades específicas. Experiências iniciais: Município de São Paulo (Gestão Paulo Freire), Escola Plural (BH), Escola Cidadã (POA).

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Ciclos de Formação - Fundamentação

teórica

Ditados populares:

Pau que nasce torto, morre torto.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que

fura.

No fio que corre o cedro, corre o machado.

PIAGET

VYGOTSKY

WALLON

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Vygotski:

relação entre desenvolvimento e aprendizado;

funções psicológicas superiores e a formação de conceitos;

mediação (o outro e a cultura);

zona de desenvolvimento proximal;

idades crises e idades estáveis.

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Wallon

O grupo infantil é indispensável à criança não somente

para sua aprendizagem social, mas também para o

desenvolvimento da tomada de consciência de sua

própria personalidade. A confrontação com os

companheiros permite-lhe constatar que é uma entre

outras crianças e que, ao mesmo tempo, é igual e

diferente delas.

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Reforma Langevin-Wallon

Todas as crianças, sejam quais forem suas origens familiares,

sociais, étnicas, têm direito igual ao desenvolvimento

máximo que sua personalidade comporta. Elas não devem ter

outra limitação além de suas aptidões.

Métodos pedagógicos: Devem apoiar-se em princípios científicos relativos ao

conhecimento do indivíduo e do meio em que ele se desenvolve.

A vida intelectual supõe a vida social.

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Wallon e a função da escola:

... a escola é justamente a instituição que tem por função

principal prover as atividades dos alunos dos meios que

lhe são necessários para realiza-las. E cabe ao mestre,

utilizando os métodos pedagógicos adequados, guiar a

criança de maneira que possa tirar o máximo proveito

dos meios que lhe são oferecidos e de seus recursos

próprios.

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Escola e etapas do desenvolvimento:

É necessário conhecer os comportamentos predominantes em

cada etapa de desenvolvimento e os objetivos a que eles visam,

bem como as prioridades adaptativas da criança, a fim de

melhor orientar a ação educativa e prevenir certas formas de

insucesso escolar.

À sucessão de idades corresponde a integração progressiva de

comportamentos.

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Fontes do currículo

Cultura

Epistemologia

Pedagogia

Filosofia

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Organização dos espaços tempos

escolares:

Identificação de práticas docentes cicladas (FETZNER,

2007): planejamento coletivo entre os anos escolares;

espaços de aprendizagem diferenciados voltados para dar conta das

necessidades de aprendizagem dos alunos;

incentivo das trocas de experiências entre alunos com saberes

diferentes;

práticas avaliativas coletivas para o conjunto da escola, focadas em

melhorar os processos (tanto de aprendizagem quanto de gestão);

Quando o currículo envolve a participação de professoras/es de

diferentes áreas, organização dos tempos escolares de forma menos

fragmentada em tempo, planejamento e avaliação.

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Os Ciclos e alguns de seus mitos O mito da negação dos conhecimentos escolares

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Mito da negação do livro didático

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O mito da não-avaliação.

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Avaliamos para quê?

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AQQjB0&url=http%3A%2F%2Fblog.baratocoletivo.com.br

%2Fblog%2Fvariedades%2Filusao-de-optica-parece-mas-nao-

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ALGORITMOS

74

+ 59

123

74

+59

1213

74

+59

115

74

+59

169

Fonte: KAMII e RABIOGLIO, Revista Pátio, número 41, p. 48

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Avaliação, aprovação, reprovação e

diferentes formas de organizar a escola

►Série: conjunto de conteúdos previstos para cada ano civil. ►Promoção continuada: o estudante não é RETIDO NA SÉRIE, mas avança para a série

seguinte com “dependências”, “recuperações de conteúdos em determinadas matérias”, “aulas de reforço” ou outras modalidades afins – “recuperar” o conteúdo

►Ciclos de formação: referência da enturmação na idade. ►Promoção continuada: o estudante é agrupado com pares em idade aproximada, de forma

independente do conteúdo anterior adquirido, atendido nas suas necessidades durante o ano escolar com planos didáticos de apoio, laboratórios, salas de integração e recurso que buscam transformar a didática, melhorar a mediação.

►Projetos de trabalho: enturmação sem referência em conteúdos anteriores ou idade, mas em interesses.

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Avaliação

Classificar (aprovar ou reprovar)

•Provas individuais

•Testes surpresa

•Prêmios e castigos

Registro da

avaliação:

Planilhas de notas e

boletins

Mediar

• Provas individuais e coletivas (participação dos estudantes na elaboração e correção das provas)

• Trabalhos individuais e coletivos, orais e escritos, diferentes formas de expressão.

Registro da avaliação

Cadernos de campo, fichas de registro

• Portfólios, dossiês.

• Planilhas de acompanhamento cotidiano (com ou sem a participação dos estudantes no preenchimento)

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Alguns desafios dos ciclos:

1. É possível ensinar a todos

como se fossem um?

2. A reprovação escolar é

construtiva na construção do

conhecimento?

3. Existe um único

conhecimento a ser

trabalhado na escola?

• Formativa (Fernandes)

• Regulação e melhoria das aprendizagens

Investigativa (Esteban)

• O que sabe quem erra?

• Emancipatória (Saul)

• Envolvimento compartilhado no acompanhamento do processo

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Concepção curricular dos ciclos:

EDUCAÇÃO COMO MOVIMENTO DE

COMPREENDER MELHOR A SI, AO SEU

GRUPO SOCIAL E AO MUNDO.

FETZNER, 2013.

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Por que dizer não à base curricular

comum? Está submetida à proposta de avaliação externa e privatização da educação,

engessa o currículo e reduz a escola;

É ineficiente para o fomento de um ensino relevante para melhor entendimento

de si, de seu grupo social e do mundo;

Fortalece o discurso de desqualificação da escola pública;

Atende à demanda dos empresários reformadores da educação;

O currículo do século XXI não pode reforçar a ideia de que o conhecimento “é

de um lado só” (branco, europeu, masculino, cientifico, verdadeiro);

É necessário reconhecer “as fontes curriculares” (epistemológicas, filosóficas,

pedagógicas e culturais);

A PROPOSTA CURRICULAR PRECISA SE DETER APENAS NA

AFIRMAÇÃO DE PRINCÍPIOS GERAIS e ser construída na escola.

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Recomendação de bibliografia: FETZNER, Andréa Rosana. A implementação dos ciclos de formação em Porto

Alegre: para além de uma discussão do tempo-espaço escolar. Revista Brasileira de

Educação. 2009, n. 40, v. 14, pp. 51-65. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n40/v14n40a05.pdf

FETZNER, Andréa Rosana. Ciclos & Séries: contextos e conceitos na discussão das

práticas curriculares e avaliativas. Revista educação em Foco. 2013, n.3, Vol. 17, pp. 13-33,

2013. Disponível em: http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2013/10/cap-011.pdf

PARO, Vitor Henrique. Progressão continuada, supervisão escolar e avaliação

externa: implicações para a qualidade do ensino. Rev. Bras. Educ. [online]. 2011,

vol.16, n.48, pp. 695-716. ISSN 1413-2478. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n48/v16n48a09.pdf

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Suassuna 1927-2014

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