António Salvado e o seu certificado poético da vida

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António Salvado e o seu certificado poético da vidade Maria de Lurdes Gouveia da Costa BarataSeparata da revista Gil Vicente, N.º 4, IV Série, Janeiro/Dezembro, 2003.Editora Cidade Berço, 2003

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  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    Maria de Lurdes GORveia da Costa Barata

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    Separata da revista Gil Vicente.N4 ' IV S "'.- .= , / tl1.eJaneiro / Dezembro 2003

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  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    ANTONIO SALVADOE 0 SEU CERTIFICADO POETICO DA VIDA

    A escrita deixa fios de vida e de hist6ria, retem a cultura, pretende ser urn testemunho domundo, de um mundo que se partilha pelo sentidopossfvel oferecido pela linguagem cono-tativa e pelo espaco aberto da construcao de sentidos. Torna-se referencia de vida, da vida,de uma vida, como no caso de Ant6nio Salvado, que faz da escrita uma resposta de viven-cia - Respostas ao que vi amei chorei / moldam meus versos letras peregrinas(

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    porem 'l'io ,mn!t"iSi~te:A l t n i c o so l q u e f e r v e

    . ',~ .IiJiOSmais 1 L ' L i i . O S Dil'to:m.etlll 'lM.P er lsse, e ~oo~'a ,g lUarda um~, f t c l e U d ~ d l e 'teim~~!:!Ja f :SC'LiIa. , r e ' i l ; e r - a n d , t ' l ' - fl J s e r n p r e : ~ f t d e U ~

    d a - d g t)1J1~ g ua rd ou prolm ::S lS a. j a !pa13v:m J r J : ~ 1 pe rmanec id a , I 0 reilO'!O p~r:p~ tR i tr a reg!l't:':~SM'~So' PQ r en'garIl9'~lo.a ~ ' ) W , e . i ' ~ , 1 i I a iI,:" 'Orli!': ' l]enl~i ll1-I7), rnnna C : : : C 1 J r r i n u i ) l O : a ii:t"'>~~v'-tra~S.o d n liJgaFpo6t i 'C~. po r'(p JeI a s eeu ta ( J . q u i n o o [Je 1 1 1 h , ! I, g W " n ( ibfdt.wl.), 0 c~IH;g el'lUe-6t:I contr,.,l, I ! i i motte epa ra Il)4 ru lh 8IJ: ~ ~tl~lm'i 'a dn v i d a , 0 poem~ fimlll de C~H.{fhxid()r i f f prit : !N!! 'nf(J {:1996}. {~eL\!l,t,~untiOlii (p.99 ) 1 ; t1 t r ~ s l i . : t ! ! : t f i n i ~ ia s , i n i. c j a ,- :: ! . c ~ 1 1 I i " i 1 D ~ : i 1 J : ] , e o m '0 v e r s o ~ ~Mt'LI (::a!J!L,tl i l : ' o c l l l i . s : 8J .iI I rnDlt~:o,'conot[lJ'!oo (l ~i ,gM mm'tl com a tiiega ti V idade I!;;]fj, de,r~spJ; !m; do odio, d! l8 g~er,.a.r;,.da f i ' l l s ( 1 .ll~Z d e g ~ 6 r 1 a . s , [ n .I s i : 1 s ' t~muar1aisid o f . i J o f r i m g ~ ' ~ o . ]j:1~uzindo i: i morte fi~l~l.u H e c : i " p a d a nessa ne -g,atividnrlc_ ~l\Ot,eliit'!;:;rill;"$~ 4lU~ h 4 1,l.1:J1a,o!~. p o . ! r i t i Ya: lilO P lZ lu ULim n e [ . i : t i [ l ; ! p e ~ n u J timu 'V~S d a~himo. estiiiJlC'in 1;:!l;tIIJ] ' r e f e r i ; ' J 1 ' C ' i , " l a o ca nt,!:); d esv end a ,r...io s de sui/lIes ~db.>i1;se tnda ! : I I ~f!te.P e r ,d m . , E l i :'Jira;ves d~e s c r t t a e I lg l i i a im e r H e p o s i c jo r lc ru r - & e ceetra a merte - C O lm j l l J !l ]t t' iS e r n . i g 3 1 , -t l . a : s de {to:w.emas I ,a,~'Il:[l['dnrn SM Jrp re 0 g esto do ace-FIB 1 que os 1i:l~'i:f p C c J A B U f T I j ' ao sereme.~G:ri[os:' (~( 'Vo']t i i l l~ '" Os, t:H~.$,!P , . 4 l ) 1 ~ ~ ba 'YGnuo liUiD aI:ttt~l\][rr.:.ii'l:'k!I d Q ~m lm f i J l i : ! : O 'oa 'v ida.fJs]caif 0 imJ[~J!t(! da t'l.H~l1i3da CThJi~}i0 \~ E a. ' :~ifl! l 0 t ~~npQ de ixa d ie 1m ' tempr.h) (~Ae \H(J)} , Ol.~d J . i ~ " l : ;

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    nameadamerue , ,J j. 'O ~ d e F ~ U n O L ' r u o Sll '1hr;1_a:o~na p:mj:5,!l,g~l"Il i b.eilD;~, t.li'iil.Jll~...com e L e . : I ' I ! l e n ~ n : ; ;V'~J-etais q ue ceaeed era beleza e Rtimeflt,O. CQ!J:lO'~ru:l31l1.00;t:e illat;gadn.: 0 m~!. \Qeante .ID.;et:afi;i]) d egii2~ul!s; !~I:M !2 i8 nil filo Ord -B : r o g m a 'n . ] l : l J .h o ' I e come p ~ i [ ! i , d G tr igo O'iJ d ! 2 : e~1' l e i o I e b e b e ,lmftlte!'9Q d' agua. e doi s . d e vi,illlh(J* ( 4 . ' lM ' . 1 n h ! li ! , 0 extenso t:tJmi'M~'I!Ue:, pp,44-45l E . urna pnesia q~J:le lem ,~.e1tuber,SlI1da ve,geta] d~ BgiT'a Baixa" q ue Ftor Ai'gl l (20~i1~cuh. iv .~ qUallle' eXi4u! ' i~' l"'~~menre, 0 8~W de v i ver e (Ii acto d e e se rira apre~IiIJt8ITl.-se some rt..I1~]1aJ u L D ] _ i d r u f e ,q ue ~ umtado,a cresei r !l ler .i ll tl i [I J~e: ri i!or ~Otlt:rnliH-S(1 pur lima pi!i!lii:icip,,~io iitll 1 [1 :~ t= r ir u . i E . p o r q l l o ! Z VCiLl !e~creV"!e'nd{!l ' ! , 1 U : U m.lblndo { A minha ~ r g nh i ! 1 l : O . 0 (tJt1~m'(J r : :mu bu . .Iu~" p .5 ~ =e ~/:a pf.!!~.a"'r~.poetlea que fa z 3 ~~rW!meaom 0 QuDro , com , f ! , ,"'02: d o clUillor e d ! i i I J ~olidar iedad!e. com 0- protestnc com ~ s.:1[it"a.! a. que .na Ut~.~.marodn l~o ,fiuAlilt6nio S al\'a [to .. s~ d 1 2 w ! C ' : 1 urn hvro - QIJ:atfiras( imJl).vp~l~rq. ' ; : c 1 ! ! a b i Q . " - l. l !p i t1:1' l !ma~ (2 0 0 1 ) . =en1bor~ no~ t J ! J lTO~se tivesse jii d .e!~cl~{I1 estat e n c l i n c i _ S l S-B lmc . a e m a l , g u m ; poem as; No L i . v r o referidc, 3 f i~ l : r iU~ e s t : ' ignaJ m~fne'enntem-phulil ~.mAr[~' po~tL'~~ (p.I m : S~I.!I.;Oln~ 10uUh'a qrl1l.cdisse t ~1JandDI ,flju , i 'm]c. . ' \qumhad,a, jCOIll rises (rnvej~~) c~ll 'fu$:: /I "0 meu dlwiico dir ige-se I ItO cla re scm ] d~dgarrn I e L ' " a ~ O aozurra r d @ b bu r ros " . .

    A m . c L l : lr O O " iz ~ ~ a J . ) d o~ p .o e~~s e : D t l ~i,g'l.'l'rr.a.aranha C ' d o ~nn1 cnl tcia d i l J l 1 J c n ~ o n : : I J ,I) c a n t oe ,a , !illl!!l. u rd id ura , ~ ~.ecmo II : m ! 2 ! 1 ! I rI I. o r a d~ \/00 I I ! ; . :lli!ii3~ ~IJSLJ'Vi;J; to , ~Ori~CI alcandorada 1 I : : L ' i J j 'I!l]ii;gc'e a lnna d B es l tml~ ,Ii. ~ig~~ ~ !lhunailll lemeJllle r"ffere~:chid!:!i e tema f i n ' ! d am enta l d ie " fa r in~poem es an lG:l 'I,gg d e ' ( 0 0 1 1 l i l t ob ra , if: ' s : a : e r u l i z . 8 I 0 tttmlo 'potdco~ N u s fro nd o sa s e m l s t i e a s :ri;b~m ~ g f i : S I a ~ eu ora I' ~'"m t dgo rl~ d i : v i i l l l t J ~ ) '.A c ;igmE t~ ~ < 0 cor-PI) do "Ota'~ii01 -p .6); l u u J i . r t c i : a

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    uma voz nova e prenhe do alimento, urn alimento conotado para quem acredita nos frutosda pr6pria palavra: 0 estranho canto da cigarra acende ! a presen~a dos frutos, (

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    dum rnes de outubro caracterizado de sem ferir a luz Hio matizada (

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    Urna poetica do olhar esta presente nesta absorcao da Natureza, a que se exibe e a que eapenas promessa de manifestacao: Os olhos VaG contando / nao as arvores verdes / mas 0distante fruto. (

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    poeticas portadoras de urn espaco e urn tempo de ter sido: Sos na extensao os ecos da plant-cie: I em tudo 0mais 0 pranto I que a saudade feroz torna mais vivo I 0 coracao distante(

  • 5/10/2018 Ant nio Salvado e o seu certificado po tico da vida

    rigorosa, a teia de adjectivos, a originalidade vocabular, urn estilo peculiar que 0 marca edi tingue. Fica tambem por dizer 0 seu trabalho de tradutor e as suas actividades de ensafsta eorganizador de colectaneas. 0 tempo futuro devera preencher esta lacuna e dar Iugar justa itvasta obra deste poeta.

    Maria de Lurdes Gouveia da Costa BarataFevereiro de 2003

    201

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