AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO, SP · AO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE...
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AO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO, SP
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO , por seu Núcleo Especializado de
Defesa do Consumidor (NUDECON), pelo Defensor Público e Defensora Pública que o
coordenam e esta subscrevem, com lastro no artigo 5º, inciso LXXIV e art. 134 da
Constituição Federal, artigo 5º, inciso II da Lei nº 7.347/1985, Lei nº 8.078/90, artigo 4º,
inciso XI da Lei Complementar Federal nº 80/1994 e artigo 5º, inciso VI, alínea ‘d’ da Lei
Complementar Estadual nº 988/2006, vem, perante V. Excelência, propor a presente
AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face das empresas:
AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S/A , inscrita no CNPJ sob o n.º
29.309.127/0001-79, com sede na Avenida Brasil, 703, Jardim América, São Paulo/SP, CEP
01431-000;
BRADESCO SAÚDE S/A , inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 92.693.118/0001-60, com endereço
na Avenida Ipiranga, nº 210, 2º/4º/13º andar, República, São Paulo/SP andar, República,
São Paulo/SP – CEP: 01046-010;
CENTRAL NACIONAL UNIMED – COOPERATIVA CENTRAL, sociedade cooperativa,
inscrita no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda (“CNPJ/MF”)
sob o nº 02.812.468/0001-0, com sede na Alameda Santos, nº 1827, andar 3 – CJ 31 e 32,
andar 4 – CJ 41 e 42, andar 5 – CJ 51 e 52 e andar 16 – CJ 161 e 162, Cidade e Estado de São
Paulo/SP, CEP: 01418-102;
Rua Boa Vista, 150, mezanino, centro. São Paulo - SP 1
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NOTRE DAME INTERMÉDICA SAÚDE S.A ., pessoa jurídica de direito privado,
regularmente inscrita no CNPJ/ME sob o nº 44.649.812/0001-38, com sede na Av. Paulista,
nº 867, Bairro Bela Vista, CEP 01311-100, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo/SP;
PREVENT SENIOR PRIVATE OPERADORA DE SAÚDE LTDA. (“PREVENT SENIOR”),
sociedade empresária limitada inscrita no CNPJ/MF sob n 00.461.479/0036-93, com sede
na Rua Lourenço Marques, n. 158, Vila Olímpia, São Paulo/SP, CEP 04547-100;
SUL AMÉRICA SEGUROS SAÚDE S/A , inscrita no CNPJ nº 86.878.469/0001-43, com sede
na Rua dos Pinheiros, nº 1673, Pinheiros, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP
05422-012;
a serem citadas da presente ação nas pessoas de seus respectivos representantes legais,
aduzindo em seu favor as razões de fato e de direito que abaixo expõe:
I.- DOS FATOS
A Organização Mundial de Saúde, em 11 de março de 2020, declarou que a
contaminação com o coronavírus (COVID-19) caracteriza-se como pandemia, significando o
risco potencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, sem
limitação a locais que já tenham sido identificados como de transmissão comunitária. (DOC
1)
A Portaria nº 188/2020 (DOC 2) do Ministro de Estado da Saúde declarou
Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN).
O Governo do Estado de São Paulo, por sua vez, decretou no dia 22 de março de
2020 quarentena em todo o estado em decorrência da pandemia do COVID-19 (Decreto nº
64.881/2020 - DOC 3) e no dia 6 de abril foi anunciada pelo governador a prorrogação da
quarentena até o dia 22 deste mês, com a publicação no dia 7 do Decreto 64.920/2020
(DOC 4). Esses decretos visam restringir a circulação de pessoas no estado, determinando o
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fechamento de vários estabelecimentos comerciais e recomendando que a circulação de
pessoas se dê estritamente dentro do necessário.
Além disso, são notórias as declarações prestadas à imprensa por autoridades
vinculadas ao Ministério da Saúde de alerta sobre o risco de crescimento exponencial de
casos confirmados nas próximas semanas. É dizer: o crescimento exponencial, inclusive
com óbitos, já é declarado oficialmente como inevitável, de modo que o isolamento social é
medida de diminuição de danos às pessoas e ao sistema de saúde.
As medidas de distanciamento são recomendadas e adotadas em âmbito nacional e
internacional para que o alastramento das infecções e a consequente necessidade de
internações sejam diluídos no tempo, de forma a não sobrecarregar o sistema de saúde,
tanto pública quanto privada.
No entanto, apesar dessas medidas restritivas de circulação, é certo que haverá
um pico de casos. Serão, portanto, inúmeras as ações individuais semelhantes ao
objeto da presente ação, caso uma solução, que ora se busca, não venha a ser dada de
forma preventiva e concentrada .
Também já é de conhecimento, com base nas experiências de outros países,
que a internação no caso do COVID-19 pode durar até 20 dias em casos graves, 1
restando provado que o tempo máximo de 12h para a internação nos casos em que
ainda há carência é completamente insuficiente e desarrazoado .
A par desse fato, existe a concreta dificuldade e demora no diagnóstico em razão de
a doença ser muito pouco conhecida no mundo científico, inexistindo certeza quanto à
manifestação de todos os sintomas. Há falta de testes disponíveis e mesmo quando ele é
feito a demora no resultado é uma realidade.
1 https://brasil.elpais.com/brasil/2020-04-02/o-que-ja-se-sabe-ate-agora-sobre-o-novo-coronavirus-no-brasil.html. Acesso em 06.04.2020.
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Além desse cenário atual, é certo que existe uma recorrência de ações judiciais
em face de operadoras de plano de saúde que versam sobre negativas de liberação
de tratamento médico fundadas em suposta carência contratual de 180 dias, mesmo
em casos de emergência e urgência, em que, como se verá, limita-se a 24 horas, nos
termos da lei .
A própria FENASAÚDE traz em sua página na internet o seguinte: “Em casos
indicados, isto é, de maior gravidade, o beneficiário terá direito a internação caso tenha
contratado cobertura para atendimento hospitalar (segmentação hospitalar) e desde que
tenha cumprido os períodos de carência, se houver previsão contratual.” (DOC 5)
Vejamos alguns exemplos de ações extraídos do Tribunal de Justiça em face de
grandes operadoras que atuam no estado:
1) AMIL
“Alega que foi acometida de uma grave hemorragia vaginal em 12 de janeiro
do presente ano, o que resultou no seu encaminhamento para a realização de
procedimento cirúrgico de urgência, dado que o sangramento não estancava
com a exclusiva ministração dos fármacos pertinentes.
Contudo, em que pese a expressa determinação médica para a realização do
tratamento indicado de forma urgente, houve a recusa da Empresa Agravante
para o cobrir sob o pretexto de exclusão em razão do não implemento do
prazo de carência, razão pela qual ajuizou os Autos principais, no qual houve
o deferimento da tutela antecendente antecipada, nos termos do relatório
supra, objeto da insurgência da Recorrente.
(...)
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Verifica-se o “fumus boni iuris” com a pertinente prescrição médica indicada
pelo Profissional Médico atribuído ao cuidado da Autora, o qual apontou de
forma indubitável tratar-se de procedimento de urgência, diante do grave
quadro clínico da
Neste sentido, deve ser lembrado o teor da Súmula n° 103 deste E. Tribunal
de Justiça:
É abusiva a negativa de cobertura em atendimento de urgência e/ou
emergência a pretexto de que está em curso período de carência que não seja
o prazo de 24 horas estabelecido na Lei n. 9.656/98.
Não obstante, a presença do perigo de dano ou o risco à saúde da Autora é
evidente, pois se trata de hemorragia que não foi contida com a simples
aplicação dos medicamentos necessários, ou de outras medidas menos
invasivas, sendo certo que inibir a realização da intervenção médica poderia
levar a Requerente a sofrer graves sequelas, ou ainda, ao óbito”. (TJSP,
Agravo de Instrumento nº 2020807-12.2020.8.26.0000, 2ª Câmara de Direito
Privado, Relator Penna Machado, 30 de março de 2020).
2) BRADESCO SAÚDE
“Segundo o relatório médico (fls.60/61), o paciente havia sido internado em
regime de urgência, sendo constatado o quadro grave de câncer relatado.
A parte autora comprovou a progressão da doença desde o primeiro
atendimento até o óbito de Francisco pelos relatórios médicos anexos (fls.
59-67).
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A parte ré não alegou nem demonstrou existência de doença preexistente, de
conhecimento do paciente.
A apólice (fls. 308/370) indicou, em seu item 6.1 “a”, o prazo de carência de
24 horas para cobertura de atendimento de urgência e emergência (fls. 329).
(...)
Então, reconhece-se tratar-se de causa afeta à emergência e uma vez
ultrapassado o prazo de 24 horas, é obrigatória a cobertura de atendimento.
(...)
Portanto, tendo em vista que a assinatura da Apólice se deu no dia 26 de
fevereiro de 2016 e a internação de Francisco ocorreu no dia 05 de maio de
2016, embora não cumprido o período de carência contratual, não há falar
em negativa de cobertura, dada a constatação de emergência.
Ademais, ainda quanto ao tema, pelo tempo de internação e procedimentos,
decidiu o Colendo Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. AÇÃO DE
COBRANÇA DE DESPESAS MÉDICO HOSPITALARES. PROCEDIMENTO DE
EMERGÊNCIA. LIMITAÇÃO DA INTERNAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO.
DESCABIMENTO. SÚMULA 302 DO STJ. SENTENÇA E ACÓRDÃO
REFORMADOS. IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA QUE SE IMPÕE. AFERIÇÃO
DO PERÍODO PELO QUAL PERDUROU A SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.
NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A jurisprudência pacífica
desta Casa dispõe que "a cláusula contratual que prevê prazo de carência
para utilização dos serviços prestados pelo plano de saúde não é considerada
abusiva, desde que não obste a cobertura do segurado em casos de
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emergência ou urgência" (AgInt no AREsp 1.269.169/SP, Rel. Ministro Luis
Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 11/9/2018, DJe 18/9/2018). 2.
Outrossim, o prazo de internação não se limita às 12 (doze) primeiras horas,
segundo estabelece a redação da Súmula 302 do STJ: "é abusiva a cláusula
contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do
segurado". 3. A modificação da conclusão delineada no acórdão recorrido, no
sentido de que PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO Apelação Cível nº 1003864-78.2016.8.26.0063 -Voto nº 2088 11
a situação de emergência subsistiu de 11 a 20/2/2006, e o acolhimento da
tese da agravante, de que a circunstância de urgência se deu apenas no dia
11/2/2006, demandariam necessariamente o revolvimento dos fatos e das
provas dos autos, atraindo, assim, o óbice disposto na Súmula 7 do STJ.4.
Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp 1796795 / RJ, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/06/2019,
DJe 25/06/2019)”. (TJSP, Apelação Cível nº 1003864-78.2016.8.26.0063, 3ª
Câmara de Direito Privado, Relatora Maria Salete Corrêa Dias, 9 de setembro
de 2019).
3) CENTRAL NACIONAL UNIMED
“A necessidade da internação do autor em caráter de urgência restou
devidamente comprovada pelas guias de solicitação de fls. 20/21 e 54, o que
não foi impugnado pela ré…
Comprovada a situação de urgência/emergência da internação e
procedimento cirúrgico do autor, mostra-se abusiva a recusa da ré em
custear o tratamento sob fundamento de incidência do prazo de carência
prevista em contrato.
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A Lei nº 9.656/98 estabelece em seu artigo 12, inciso V, alínea “c”, que o
prazo máximo de carência para atendimentos de urgência ou emergência
será de 24 horas:
´c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a cobertura dos casos de
urgência e emergência;´
A respeito, este Egrégio Tribunal de Justiça editou a Súmula nº 103:
´É abusiva a negativa de cobertura em atendimento de urgência e/ou
emergência a pretexto de que está em curso período de carência que não seja
o prazo de 24 horas estabelecido na Lei nº 9.656/98´
(...)
Repita-se: a recusa era totalmente injustificável em face da urgência
caracterizada, vez que decorrido o prazo de 24 (vinte e quatro) horas
previsto em lei, denotando a atitude reiterada de operadoras de plano de
saúde na negativa de cobertura de procedimentos necessários no momento
em que o consumidor se encontra mais fragilizado.
A ré, diga-se, não impugna a situação de urgência em seu apelo, mas insiste
na cobertura por apenas 12 horas com base na Resolução da CONSU nº 13.
Sua alegação não prospera porque a aplicação de normas administrativas
deve ser pautada pelo disposto na Lei nº 9.656/98 e nos princípios da boa-fé
e lealdade processual, especialmente porque não é permitido aos órgãos
reguladores estabelecer restrições não previstas em lei, em detrimento do
consumidor.
A negativa da ré, portanto, mostra-se totalmente abusiva e afronta a boa-fé
objetiva que deve nortear o cumprimento dos contratos, colocando o
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consumidor em situação de vulnerabilidade, em especial em ocasião em que
sua saúde se encontra debilitada.
(...)
… a interpretação das cláusulas restritivas de direito nos contratos de plano
de saúde deve ser relativa, tendo em vista, em especial, a natureza do bem
jurídico tutelado na relação contratual, qual seja, a preservação da vida do
paciente, sendo que, em casos excepcionais de tratamento de urgência e/ou
emergência, permite-se afastar o prazo de carência contratual a fim de
resguardar os direitos fundamentais à saúde, à proteção da vida e da
dignidade do segurado.” (TJSP, Apelação Cível nº
1060140-13.2019.8.26.0100, 1ª Câmara de Direito Privado, Relatora
Christine Santini, 31 de março de 2020).
4) NOTREDAME INTERMÉDICA SISTEMA DE SAÚDE S.A
“Com efeito, transcorridas vinte e quatro horas da contratação e uma vez
demonstrada a situação inicial de emergência ou urgência, INEGÁVEL no
caso relatado na inicial, o plano de saúde deve cobrir todo o atendimento que
o beneficiário necessitar até cessar o risco á [sic] vida.
É bem verdade que a Resolução CONSU nº 13, de 1998, traz norma limitativa
desse tipo de atendimento, garantindo cobertura de urgência e emergência
até as primeiras 12 (doze) horas do atendimento.
Todavia, a espécie normativa que trata da questão é norma hierarquicamente
inferior à Lei nº 9.656/98 e, portanto, não pode, sob o pretexto de
regulamentá-la, criar limitações que não foram estabelecidas legalmente. Em
outras palavras, compete à lei, e não aos regulamentos, decretos, portarias,
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instruções e resoluções indicar as condições para aquisição ou restrição de
direitos.
Logo, a limitação de cobertura imposta pelo contrato, com fundamento na
Resolução nº 13, não pode prevalecer, posto que contraria a Lei nº 9.656/98,
a qual garante a cobertura de atendimento para os casos de emergência e de
urgência, sem dispor sobre qualquer limitação
(...)
Não se olvide, ainda, que a matéria versada nestes autos é regida também
pela Lei nº 8.078/90, uma vez que se trata de fornecimento de serviços
médicos. E, em se tratando de contrato tipicamente de adesão, cumpre
repelir da avença toda e qualquer cláusula que implique em contrariedade à
boa-fé e ao equilíbrio contratual, notadamente diante da tutela privilegiada
que o legislador constitucional dedicou aos bens envolvidos nos serviços
prestados pela recorrente (vida, saúde, integridade física, etc), os quais tem
primazia sobre qualquer interesse patrimonial envolvido”. (TJSP, Apelação
Cível nº 1000119-86.2017.8.26.0635, 5ª Câmara de Direito Privado, Relator
Erickson Gavazza Marques, 31 de março de 2020).
5) PREVENT SENIOR
“A hipótese versa sobre situação emergencial, referente à necessidade de
internação de urgência do autor diagnosticado com Hepatopatia Crônica
(cirrose), conforme ficha de internação de fls. 57 e declaração médica de fls.
69, mas que foi recusada pela ré, sob o argumento de existência de carência e
doença preexistente.
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(...)
Nos casos de atendimento de urgência e emergência, não é permitida a
adoção de qualquer restrição por parte da empresa de plano de saúde, eis
que a questão de carência deve ser abstraída diante da possibilidade de
lesões irreparáveis ao paciente.
(...)
No caso dos autos, portanto, não há que se falar em período de carência,
tendo em vista o quadro do autor de hemorragia digestiva alta por varizes de
esôfago associado à encefalopatia hepática, necessitando de internação de
urgência no Pronto Socorro nos dias 02/09/17 e 25/09/17, com diagnóstico
de Hepatopatia Crônica (fls. 57/60, 69 e 61).
De ser anotada a abusividade da recusa de atendimento da empresa ré em
hipóteses de urgência/emergência, seja pelo disposto no artigo 12, V, “c”, da
Lei nº 9.656/98, seja pela regra contida no artigo 51, IV do Código de Defesa
do Consumidor. Há súmula deste E. TJ/SP nesse sentido: Súmula nº 103:
`É abusiva a negativa de cobertura de atendimento de urgência e/ou
emergência a pretexto de que está em curso período de carência que não seja
o prazo de 24 horas estabelecido na Lei n. 9.656/98.`” (TJSP, Apelação nº
1014367- 95.2017.8.26.0008, 8ª Câmara de Direito Privado, Relator Pedro de
Alcântara da Silva Leme Filho, 31 de outubro de 2018).
6) SUL AMÉRICA SEGURO SAÚDE S.A
“Segundo se infere, em 24 de maio de 2017 o autor firmou contrato de plano
de saúde com a operadora ré. Em 9 de outubro 2017, compareceu ao hospital
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credenciado á ré, queixando-se de fortes dores na região abdominal. Após
primeiro atendimento emergencial foi constatada a necessidade de
realização de cirurgia de “herniorrafia umbilical” em caráter de emergência,
o que foi rejeitado pela ré, ante o não escoamento do prazo de carência
contratual.
Com efeito, transcorridas vinte e quatro horas da contratação e uma vez
demonstrada a situação inicial de emergência ou urgência, INEGÁVEL no
caso relatado na inicial, o plano de saúde deve cobrir todo o atendimento que
o beneficiário necessitar até cessar o risco á [sic] vida. É bem verdade que a
Resolução CONSU nº 13, de 1998, traz norma limitativa desse tipo de
atendimento, garantindo cobertura de urgência e emergência até as
primeiras 12 (doze) horas do atendimento.
Todavia, a espécie normativa que trata da questão é norma hierarquicamente
inferior à Lei nº 9.656/98 e, portanto, não pode, sob o pretexto de
regulamentá-la, criar limitações que não foram estabelecidas legalmente. Em
outras palavras, compete à lei, e não aos regulamentos, decretos, portarias,
instruções e resoluções indicar as condições para aquisição ou restrição de
direitos.
Logo, a limitação de cobertura imposta pelo contrato, com fundamento na
Resolução nº 13, não pode prevalecer, posto que contraria a Lei nº 9.656/98,
a qual garante a cobertura de atendimento para os casos de emergência e de
urgência, sem dispor sobre qualquer limitação.
(...)
Não se olvide, ainda, que a matéria versada nestes autos é regida também
pela Lei nº 8.078/90, uma vez que se trata de fornecimento de serviços
médicos. E, em se tratando de contrato tipicamente de adesão, cumpre
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repelir da avença toda e qualquer cláusula que implique em contrariedade à
boa-fé e ao equilíbrio contratual, notadamente diante da tutela privilegiada
que o legislador constitucional dedicou aos bens envolvidos nos serviços
prestados pela recorrente (vida, saúde, integridade física, etc), os quais tem
primazia sobre qualquer interesse patrimonial envolvido. Não há, portanto,
qualquer fundamento que sustente a recusa da ré, logo, forçoso reconhecer
que a negativa da operadora do plano de saúde de custear a internação e
demais procedimentos prescritos ao autor constitui ato ilícito indenizável”.
(TJSP, Apelação Cível nº 1065641-19.2017.8.26.0002, 5ª Câmara de Direito
Privado, Relator Erickson Gavazza Marques, 31 de março de 2020).
Como se pode ver, apesar da existência de súmula deste Tribunal e de
jurisprudência pacificada a respeito, as operadoras de plano de saúde seguem
insistindo em negar ao paciente que ainda não cumpriu a carência ou limitar o prazo
de internação a 12h quando há recomendação médica.
Portanto, o manejo da presente tutela coletiva se faz essencial para a
racionalização da prestação da tutela jurisdicional, evitando-se, assim, o
ajuizamento de inúmeros casos individuais que viriam a comprometer a celeridade e
funcionalidade do Sistema de Justiça, salvaguardando a vida e a saúde de milhares e de
usuários de planos de saúde privado e também de usuários do próprio sistema público de
saúde, como será justificado a seguir, dando, assim, concretude ao disposto nos art. 5º,
caput , e 6º, caput , da Constituição Federal, verbis:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
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inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: [...]
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
II.- DA LEGITIMIDADE ATIVA
A Defensoria Pública, na esteira do que preceitua o artigo 134 da Constituição
Federal, é a instituição incumbida da densificação dos direitos fundamentais. Assim, em seu
principal, mas não único mister está a proteção e promoção de todo o corpo de direitos
humanos previsto na Carta Magna e em qualquer outro ato normativo, aí incluídos os
tratados internacionais.
Seguindo a imposição da Carta Maior, a Lei Complementar nº 80 de 1994, que
organiza a Defensoria Pública da União e prevê normas gerais para as Defensorias
estaduais, tida, assim, pois, como norma geral da Defensoria, descreve em seu artigo 4º
todo o rol de atribuições da Instituição, em especial, a defesa de interesses do consumidor
lesado.
“Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
...
XI - patrocinar os direitos e interesses do consumidor lesado; ”
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Em invejável avanço legislativo e social, o Estado de São Paulo e, por conseguinte
seu povo, em 09 de janeiro de 2006 foi presenteado com a Lei Estadual 988, que cria e
organiza a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, tendo, como atribuições, o extenso
rol do artigo 5º.
Eis, em breve pincelada, algumas das atribuições que por ora são pertinentes:
“Artigo 5º - São atribuições institucionais da Defensoria Pública do Estado,
dentre outras:
...
III - representar em juízo os necessitados, na tutela de seus interesses
individuais ou coletivos, no âmbito civil ou criminal, perante os órgãos
jurisdicionais do Estado e em todas as instâncias, inclusive os Tribunais
Superiores;
...
VI - Promover:
...
b) a tutela dos direitos humanos em qualquer grau de jurisdição, inclusive
perante os sistemas global e regional de proteção dos Direitos Humanos;
...
d) a tutela individual e coletiva dos interesses e direitos do consumidor
necessitado;
...
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g) ação civil pública para tutela de interesse difuso, coletivo ou individual
homogêneo; ”
Não bastando o claro texto da Lei Estadual, que mune a Instituição Autora de
amplíssimas prerrogativas e atribuições, houve por bem o Congresso Nacional alterar a Lei
7347 de 1985, que apesar da idade encontra-se atual em seus propósitos, inserindo entre
os legitimados para a propositura de Ação Civil Pública a Defensoria Pública. Eis, pois, o
texto atual do artigo 5º da referida Lei, alterado pela Lei 11.448 de 2006:
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a
ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública; (grifamos e negritamos)
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de
economia mista;
V - a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos
da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao
meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.
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E, salvo melhor Juízo, a Defensoria Pública encontra-se no estreitíssimo rol dos
legitimados universais, ou seja, daqueles que não precisam provar pertinência temática. É
que, ante seu amplo rol de atribuições, em especial previstas na lei estadual paulista, pouca,
ou nenhuma, coisa escapa da possibilidade de atuação da Defensoria Pública.
No presente caso, e isto será melhor aclarado no correr da peça, a atuação vem a
beneficiar e amparar, inegavelmente, a população hipossuficiente, os consumidores
lesados, todos aqueles que tiveram sua dignidade atingida. Indiretamente, os usuários do
SUS também serão beneficiados, com a redução da sobrecarga sobre o sistema público,
aumentando a quantidade de leitos disponíveis e favorecendo grande contingente da
população brasileira, carente de recursos financeiros, que tem na rede pública a única
alternativa para obtenção de tratamento médico, diante da atual pandemia.
Assim, a legitimidade ativa resta demonstrada, não havendo, pois, qualquer óbice
processual neste ponto.
III.- DOS DIREITOS TUTELADOS
A recusa das operadoras de plano de saúde em garantir a continuidade do custeio da
internação por urgência ou emergência, quando há recomendação médica, em especial
decorrente de diagnóstico/suspeita de COVID-19 é injustificada, principalmente no atual
cenário de pandemia.
Necessário reconhecer que se trata de situação de emergência, nos termos do art.
35-C, I, da Lei nº 9.656/98:
Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendimento nos
casos: (Redação dada pela Lei nº 11.935, de 2009)
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I - de emergência, como tal definidos os que implicarem risco
imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente,
caracterizado em declaração do médico assistente; (Redação
dada pela Lei nº 11.935, de 2009)
(...)
Parágrafo único. A ANS fará publicar normas regulamentares
para o disposto neste artigo, observados os termos de
adaptação previstos no art. 35. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Com efeito, a recusa de continuar o tratamento pode levar ao óbito ou a lesões
irreparáveis.
No caso da carência para cobertura de emergências, a Lei nº 9.656/98 é clara ao
fixar que o prazo é de, no máximo, vinte e quatro horas da celebração do contrato:
Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência
dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o
desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I a IV deste
artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura
definidas no plano-referência de que trata o art. 10, segundo
as seguintes exigências mínimas: (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - quando fixar períodos de carência:
(...)
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c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a cobertura
dos casos de urgência e emergência; (Vide Medida Provisória
nº 1.665, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº
2.177-44, de 2001)
O Conselho de Saúde Suplementar (CONSU), por meio de sua Resolução nº 13, de 03
de novembro de 1998, restringiu a cobertura dos planos de saúde em hipóteses de
internação às primeiras 12 (doze) horas.
Essa restrição, necessário apontar, não merece ser validada pelo Poder Judiciário,
uma vez que restringe a responsabilidade da operadora de planos de saúde e cria uma
obrigação desproporcional ao consumidor em momento de extrema vulnerabilidade.
É importante ressaltar que a regulamentação administrativa está subordinada aos
limites legais existentes, não podendo afastar a aplicação da lei em determinados casos, se
essa hipótese não está expressamente prevista em uma lei.
Nesse sentido, o Código de Defesa do Consumidor entende que são nulas de pleno
direito:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
(...)
IV Estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
(...)
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§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
(...)
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza
do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
Por sinal, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já se manifestou em diversas
oportunidades reconhecendo a ilegalidade da restrição da cobertura de internação
hospitalar para casos de emergência a 12 horas.
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação Cominatória e Indenizatória
com pedido liminar. Plano de saúde. Decisão que deferiu a tutela de
urgência para determinar que a Empresa Ré mantenha o Agravado
internado, pelo período que for necessário ao tratamento da doença
acometida pelo Autor, menor impúbere, sob pena de incidência de
multa diária. Prescrição médica para o tratamento. Recusa de
tratamento médico de caráter de urgência fundada em vigência de
período de carência contratual. Descabimento da negativa. Aparente
abusividade. Inteligência da Súmula nº 103, deste Egrégio Tribunal de
Justiça. Necessidade caracterizada. Presença dos requisitos
indispensáveis à concessão da tutela pleiteada. Decisão mantida.
RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP – Agravpo de instrumento nº
20008693-41.2020.8.26.0000 – 2ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des.
Penna Machado – Data do julgamento: 25/03/2020)
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Ementa: Apelação. Plano de saúde individual/familiar. Recusa de
cobertura para tratamento em pronto-socorro e internação com
cuidado de neurocirurgia a paciente portador de hidrocefalia, criança
de nove anos, ao motivo de fluência de período de carência. Sentença de
procedência. Inconformismo da parte ré. Não provimento. Sentença
mantida por seus próprios fundamentos (artigo 252, RITJSP). 1.
Caracterizada a situação de urgência, fixada por relatório médico,
indevida a recusa de cobertura se já transcorrido o prazo máximo de 24
horas da adesão ao contrato – artigo 12, inciso V, alínea "c", e artigo
35-C da Lei 9.656/98. Aplicação da Súmula nº 103 deste E. Tribunal e da
Súmula 597 do STJ. 2. Orientação jurisprudencial pacífica a reconhecer
dano moral indenizável em virtude de negativa indevida de cobertura
por parte das operadoras de planos de saúde em situações urgentes e
emergenciais, em especial considerada a idade da usuária. Dano moral
configurado, ante a angústia e sofrimento extremos infligidos à pessoa
dos autores. Arbitramento em R$ 10.000,00 (dez mil reais),
proporcional ante a particularidade do caso retratado. 3. Recurso de
apelação da ré desprovido. (TJSP – Apelação nº
1048068-20.2017.8.26.0114 – 9ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des.
Piva Rodrigues – Data do julgamento: 25/03/2020)
O entendimento se encontra consolidado, tendo originado a Súmula 103 do TJSP:
Súmula 103: É abusiva a negativa de cobertura em atendimento de
urgência e/ou emergência a pretexto de que está em curso período
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de carência que não seja o prazo de 24 horas estabelecido na Lei n.
9.656/98.
Não é outro o entendimento do Egrégio Superior Tribunal de Justiça sobre a
questão, cristalizado no enunciado da súmula nº 597 , litteris:
A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de
emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado
o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
(Súmula 597, STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/11/2017, DJe
20/11/2017).
Especificamente para os casos do COVID-19, já há um precedente recente no
Distrito Federal, no qual o juízo concedeu a liminar para
determinar às Rés que prestem atendimento de urgência e de
emergência aos beneficiários de seus planos de saúde, sem
exigência de prazo de carência, exceto o prazo de 24 (vinte e
quatro) horas, previsto no art. 12, V, "c", da Lei nº 9656/98, em
especial para aqueles com suspeita de contágio ou com resultados
positivos pelo novo coronavírus. (TJDF, Ação Civil Pública nº
0709544-98.2020.8.07.0001, 15ª Vara Cível de Brasília, Juiz Joao
Luis Zorzo, 2 de abril de 2020). (DOC 6)
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Assim, a internação por tempo ilimitado é medida necessária para a preservação da
saúde e da vida dos consumidores usuários de planos que estejam em situação de urgência
ou emergência, em especial aqueles que estejam sob suspeita ou já tenham tido o
diagnóstico do COVID-19 e que possuem indicação médica de internação, não podendo as
requeridas recusar custear o tratamento sob a alegação de ainda estarem em período de
carência.
IV.- DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Discute-se nesta ação o direito fundamental da população à saúde.
Aguardar o julgamento definitivo da presente ação seria dar azo a danos definitivos,
irreparáveis.
No caso especificamente do CoronaVírus, os esforços para contenção da expansão
de pessoas infectadas pelo COVID-19 e para tratar aquelas com suspeita ou diagnóstico são
imediatos, sendo que a demora em uma ou duas semanas poderá trazer um cenário de
catástrofe irreparável.
A probabilidade do direito fora cabalmente evidenciada na fundamentação jurídica
acima deduzida.
De outro lado, o risco de dano é iminente, tendo em vista que a ausência de
tratamento adequado às pessoas, em especial àquelas que contraíram o novo coronavírus
já levaram à morte mais de 75,973 pessoas no mundo . 2
Assim, comprovados os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil,
pede-se a antecipação dos efeitos da tutela, para que as Requeridas sejam compelidas a
promover a imediata liberação para seus segurados do tratamento médico prescrito,
2 https://google.com/covid19-map/?hl=en . Acesso em 07.04.2020
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independentemente do cumprimento do prazo de carência de 180 dias, quando atestada
pelo médico responsável a situação de urgência ou emergência, sob pena de multa diária de
R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de eventual responsabilização cível por danos
morais e materiais; a partir do dia do recebimento da citação/intimação do decisório
emanado deste E. Juízo.
Subsidiariamente , pede-se a antecipação dos efeitos da tutela, para que as
Requeridas sejam compelidas a promover a imediata liberação para seus segurados do
tratamento médico prescrito, independentemente do cumprimento do prazo de carência de
180 dias, quando atestada pelo médico responsável a situação de urgência ou emergência
nos casos de contágio ou suspeita de contágio pelo novo coronavírus , sob pena de multa
diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de eventual responsabilização cível por
danos morais e materiais; a partir do dia do recebimento da citação/intimação do decisório
emanado deste E. Juízo.
Requer-se, desde já, o afastamento dos óbices previstos nos artigos 1º e 2º da Lei
8437/92, por inconstitucionais, eis que agressores ao direito à efetividade da tutela
jurisdicional e da isonomia no presente caso.
V-. DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer-se:
a) a concessão da tutela de urgência, inaudita altera parte , a fim de
que seja ordenado às Rés:
a.1) que promovam a imediata liberação para seus segurados do
tratamento médico prescrito, independentemente do cumprimento do prazo de carência de
180 dias, quando atestada pelo médico responsável a situação de urgência ou emergência,,
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sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de eventual
responsabilização cível por danos morais e materiais;
a.2) subsidiariamente, que promovam a imediata liberação para seus
segurados do tratamento médico prescrito, independentemente do cumprimento do prazo
de carência de 180 dias, quando atestada pelo médico responsável a situação de urgência
ou emergência nos casos de contágio ou suspeita de contágio pelo novo coronavírus , sob
pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de eventual
responsabilização cível por danos morais e materiais;
a.3) que criem canais de atendimento prioritário para os Órgãos do
Sistema de Justiça – via email, telefone e whatsapp – a fim de viabilizar o contato
extrajudicial para a solução de casos individuais que se amoldem à situação acima elencada
e cuja liberação não tenha sido efetuada voluntariamente, a serem informados nos autos no
prazo de 3 dias, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
a.4) em caso de não atendimento da solicitação feita por meio do
canal de atendimento prioritário mencionado no item anterior, que haja majoração da
multa diária para R$ 30.000,00 (trinta mil reais), sem prejuízo de eventual
responsabilização cível por danos morais e materiais;
b) a citação das Rés para que compareçam à audiência de conciliação
ou mediação que Vossa Excelência venha a designar, e, restando frustrada, que seja
oferecida resposta, caso queiram, no prazo de 15 dias;
c) a advertência de que o descumprimento injustificado da ordem
pode gerar eventual processo crime com base no artigo 330 do Código Penal brasileiro em
face do responsável pela empresa, tudo já na antecipação de tutela, para dotar de ampla
eficácia a r. decisão e coibir o descumprimento injustificado por parte das Rés;
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d) a citação das Requeridas para, querendo contestar a presente
ação;
e) a intimação do Ministério Público do Estado para acompanhar
a presente ação;
f) após a instrução probatória, seja a presente ação julgada
procedente, confirmando-se a medida liminar requerida, para:
f.1) que as Requeridas promovam a imediata liberação para seus
segurados do tratamento médico prescrito, independentemente do cumprimento do prazo
de carência de 180 dias, quando atestada pelo médico responsável a situação de urgência
ou emergência, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de
eventual responsabilização cível por danos morais e materiais;
f.2) subsidiariamente, que as Requeridas promovam a imediata
liberação para seus segurados do tratamento médico prescrito, independentemente do
cumprimento do prazo de carência de 180 dias, quando atestada pelo médico responsável a
situação de urgência ou emergência nos casos de contágio ou suspeita de contágio pelo
novo coronavírus , sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de
eventual responsabilização cível por danos morais e materiais;
g) a condenação das Requeridas ao pagamento de honorários
advocatícios à Defensoria Pública, com a destinação dos valores ao FUNDEPE.
Outrossim, informa da previsão legal contida no artigo 186 § 1º, do atual Código de
Processo Civil, bem como artigo 128, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 80/1994,
quanto a necessidade de intimação pessoal, bem como da contagem em dobro dos prazos,
devendo ser observadas ainda todas as demais prerrogativas previstas na referida lei
orgânica da Defensoria Pública.
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Requer-se que o processamento da presente ação se dê independentemente do
recolhimento de quaisquer custas pelos autores, por gozarem da ampla isenção conferida
pelo artigo 87 do Código de Defesa do Consumidor e pelo artigo 18 da Lei da Ação Civil
Pública.
Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em direito, em
especial pela prova documental suplementar, prova testemunhal e pericial, estudo social,
além de outras provas que se fizerem necessárias.
Declara-se, para os fins do art. 319, inc. VII, do CPC, que a autora não tem interesse
na audiência de conciliação e/ou mediação.
VI.- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
São Paulo, 7 de abril de 2020
Luiz Fernando Baby Miranda
Defensor Público do Estado de São Paulo
Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor
Estela Waksberg Guerrini
Defensora Pública do Estado de São Paulo
Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor
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07/04/2020 Organização Mundial da Saúde classifica novo coronavírus como pandemia | ONU Brasil
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Organização Mundial da Saúde classi�ca novocoronavírus como pandemiaPublicado em 11/03/2020 Atualizado em 12/03/2020
TAMANHO DA LETRA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11) a doençaprovocada pelo novo coronavírus COVID-19 como uma pandemia. A decisão foianunciada pelo chefe da agência, Tedros Ghebreyesus, em Genebra.
Tedros disse que queria deixar uma mensagem bem clara: “os países ainda podemmudar a trajetória desta pandemia”.
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07/04/2020 Organização Mundial da Saúde classifica novo coronavírus como pandemia | ONU Brasil
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Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Foto: OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11) a doença provocada pelonovo coronavírus COVID-19 como uma pandemia. A decisão foi anunciada pelo chefe da agência,Tedros Ghebreyesus, em Genebra.
A doença, que surgiu no �nal do dezembro, na China, está presente agora em 114 países. Segundo ochefe da OMS, nas últimas duas semanas, o número de novos casos diários fora da China aumentou13 vezes. E a quantidade de países afetados triplicou.
Até esta quarta-feira, foram registrados mais de 118 mil casos e 4.291 mortes no mundo. Ghebreyesusa�rmou que “milhares de pessoas estão lutando pela vida em hospitais” e que “nos próximos dias esemanas, espera-se que o número de casos, de mortes e de países afetados suba ainda mais.”
O diretor-geral disse que a OMS está acompanhando o vírus 24 horas por dia e está “profundamentepreocupada com os níveis alarmantes de contágio e de falta de ação.”
Tedros explicou que a palavra pandemia “não é usada de forma fácil ou sem cuidados.” E que é umtermo que “se for usado erroneamente pode causar medo e desistência de lutar contra o vírus, levandoa sofrimentos e mortes desnecessárias.”
Avaliação
O chefe da OMS esclareceu que a pandemia “não muda a avaliação da OMS sobre a ameaça, aquiloque a agência tem feito ou o que os países devem fazer” para vencer a COVID-19.
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Esta é a primeira vez que uma pandemia é decretada devido a um coronavírus. A OMS repetiu o pedidode “ação urgente e agressiva.”
Para Tedros, não é su�ciente olhar para os dados globais. De todos os casos mundialmente, mais de90% foram noti�cados em apenas quatro países. Depois da China, os países mais afetados são Itália,Coreia do Sul e Japão. Neste momento, Coreia do Sul e China têm “epidemias em declíniosigni�cativo.”
Em todo o mundo, 81 nações ainda não tiveram qualquer caso. Cerca de 57 países con�rmarammenos de dez casos.
Tedros disse que queria deixar uma mensagem bem clara: “os países ainda podem mudar a trajetóriadesta pandemia”.
Larga escala
Se detectarem, testarem, tratarem, isolarem, acompanharem os casos e mobilizarem as pessoas paraa resposta, os países com poucos casos podem prevenir focos da doença.
Mesmo os países com grandes focos e transmissão em larga escala podem inverter a situação, dissea OMS. Vários países já mostraram que o vírus pode ser reprimido e controlado.
OMS classi�ca novo coronavírus como pandemiaOMS classi�ca novo coronavírus como pandemia
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Segundo o chefe da OMS, “alguns (países) estão lidando com falta de capacidade, outros com umafalta de recursos e alguns com falta de vontade.”
Ele disse que os governos de todo o mundo devem preparar seus hospitais e proteger e treinar seustrabalhadores de saúde.
A�rmou ainda que “todos os países devem conseguir um equilíbrio entre proteger a saúde, minimizar ainterrupção econômica e social e proteger os direitos humanos.”
Medidas
Desde a terça-feira, a Itália está observando uma quarentena após ser declarada pelo governo uma“zona vermelha” pelo alto risco de contaminação com a nova cepa do corononavírus.
Segundo agências de notícias, milhares de pessoas estão contaminadas no país.
Nos Estados Unidos, o governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, declarou estado deemergência no �m de semana após o condado de Westchester ter sido identi�cado como um foco denovas infecções. A decisão foi anuncia dias após a Califórnia ter declarado emergência pela COVID-19.
Nesta quarta-feira, a sede da ONU fechou suas portas para as visitas guiadas e pediu à metade dosfuncionários que trabalhe de casa pelo menos três vezes por semana para tentar conter o vírus.
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www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-188-de-3-de-fevereiro-de-2020-241408388 1/2
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃOPublicado em: 04/02/2020 | Edição: 24-A | Seção: 1 - Extra | Página: 1
Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 188, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2020
Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional(ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novoCoronavírus (2019-nCoV).
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II doparágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pelaOrganização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020;
Considerando que o evento é complexo e demanda esforço conjunto de todo o Sistema Únicode Saúde para identificação da etiologia dessas ocorrências e adoção de medidas proporcionais e restritasaos riscos;
Considerando que esse evento está sendo observado em outros países do continenteamericano e que a investigação local demanda uma resposta coordenada das ações de saúde decompetência da vigilância e atenção à saúde, entre as três esferas de gestão do SUS;
Considerando a necessidade de se estabelecer um plano de resposta a esse evento e tambémpara estabelecer a estratégia de acompanhamento aos nacionais e estrangeiros que ingressarem no país eque se enquadrarem nas definições de suspeitos e confirmados para Infecção Humana pelo novoCoronavírus (2019-nCoV); e
Considerando que a situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controlee contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, resolve:
Art. 1º Declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional conforme Decreto nº7.616, de 17 de novembro de 2011;
Art. 2º Estabelecer o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV)como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional.
Parágrafo único. A gestão do COE estará sob responsabilidade da Secretaria de Vigilância emSaúde (SVS/MS).
Art. 3º Compete ao COE-nCoV:
I- planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas durante a ESPIN,nos termos das diretrizes fixadas pelo Ministro de Estado da Saúde;
II- articular-se com os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS;
III- encaminhar ao Ministro de Estado da Saúde relatórios técnicos sobre a ESPIN e as açõesadministrativas em curso;
IV - divulgar à população informações relativas à ESPIN; e
V - propor, de forma justificada, ao Ministro de Estado da Saúde:
a) o acionamento de equipes de saúde incluindo a contratação temporária de profissionais, nostermos do disposto no inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993;
b) a aquisição de bens e a contratação de serviços necessários para a atuação na ESPIN;
c) a requisição de bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, nos termos doinciso XIII do caput do art. 15 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990; e
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07/04/2020 PORTARIA Nº 188, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2020 - PORTARIA Nº 188, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2020 - DOU - Imprensa Nacional
www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-188-de-3-de-fevereiro-de-2020-241408388 2/2
d) o encerramento da ESPIN.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ HENRIQUE MANDETTA
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.
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Ficha informativa
DECRETO Nº 64.881, DE 22 DE MARÇO DE 2020
Decreta quarentena no Estado de São Paulo, no contexto da pandemia do COVID-19 (NovoCoronavírus), e dá providências complementares.
JOÃO DORIA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,Considerando a Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, por meio da qual o Ministro deEstado da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) emdecorrência da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus;Considerando que a Lei federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ao dispor sobre medidaspara o enfrentamento da citada emergência, incluiu a quarentena (art. 2º, II), a qual abrange a“restrição de atividades [...] de maneira a evitar possível contaminação ou propagação docoronavírus”;Considerando que, nos termos do artigo 3º, § 7º, inciso II, da aludida lei federal, o gestor local desaúde, autorizado pelo Ministério da Saúde, pode adotar a medida da quarentena;Considerando que nos termos do artigo 4º, §§ 1º e 2º, da Portaria MS nº 356, de 11 de março de2020, o Secretário de Saúde do Estado ou seu superior está autorizado a determinar a medida dequarentena, pelo prazo de 40 (quarenta) dias;Considerando o disposto no Decreto federal nº 10.282, de 20 de março de 2020, em especial o rolde serviços públicos e atividades essenciais de saúde, alimentação, abastecimento e segurança;Considerando a recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus, instituído pelaResolução nº 27, de 13 de março de 2020, do Secretário de Estado da Saúde, que aponta acrescente propagação do coronavírus no Estado de São Paulo, bem assim a necessidade depromover e preservar a saúde pública;Considerando a conveniência de conferir tratamento uniforme às medidas restritivas que vêmsendo adotadas por diferentes Municípios,Decreta:Artigo 1º - Fica decretada medida de quarentena no Estado de São Paulo, consistente emrestrição de atividades de maneira a evitar a possível contaminação ou propagação docoronavírus, nos termos deste decreto.Parágrafo único - A medida a que alude o “caput” deste artigo vigorará de 24 de março a 7 deabril de 2020.Artigo 2º - Para o fim de que cuida o artigo 1º deste decreto, fica suspenso:I - o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais e prestadores deserviços, especialmente em casas noturnas, “shopping centers”, galerias e estabelecimentoscongêneres, academias e centros de ginástica, ressalvadas as atividades internas;II - o consumo local em bares, restaurantes, padarias e supermercados, sem prejuízo dos serviçosde entrega (“delivery”) e “drive thru”.§ 1º - O disposto no “caput” deste artigo não se aplica a estabelecimentos que tenham por objetoatividades essenciais, na seguinte conformidade:1. saúde: hospitais, clínicas, farmácias, lavanderias e serviços de limpeza e hotéis;2. alimentação: supermercados e congêneres, bem como os serviços de entrega (“delivery”) e“drive thru” de bares, restaurantes e padarias;3. abastecimento: transportadoras, postos de combustíveis e derivados, armazéns, oficinas deveículos automotores e bancas de jornal;4. segurança: serviços de segurança privada;5. comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada porempresas jornalísticas e de radiofusão sonora e de sons e imagens;
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07/04/2020 Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64881-22.03.2020.html 2/3
6. demais atividades relacionadas no § 1º do artigo 3º do Decreto federal nº 10.282, de 20 demarço de 2020.§ 2º - O Comitê Administrativo Extraordinário COVID19, instituído pelo Decreto nº 64.864, de 16de março de 2020, deliberará sobre casos adicionais abrangidos pela medida de quarentena deque trata este decreto.Artigo 3º - A Secretaria da Segurança Pública atentará, em caso de descumprimento destedecreto, ao disposto nos artigos 268 e 330 do Código Penal, se a infração não constituir crimemais grave.Artigo 4º - Fica recomendado que a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo selimite às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercício de atividadesessenciais.Artigo 5º - Este decreto entra em vigor em 24 de março de 2020, ficando revogadas asdisposições em contrário, em especial:I - o inciso II do artigo 4º do Decreto nº 64.862, de 13 de março de 2020;II - o artigo 6º do Decreto nº 64.864, de 16 de março de 2020, salvo na parte em que dá novaredação ao inciso II do artigo 1º do Decreto nº 64.862, de 13 de março de 2020;III - o Decreto nº 64.865, de 18 de março de 2020.Palácio dos Bandeirantes, 22 de março de 2020.JOÃO DORIAGustavo Diniz JunqueiraSecretário de Agricultura e AbastecimentoPatrícia Ellen da SilvaSecretária de Desenvolvimento EconômicoSergio Henrique Sá Leitão FilhoSecretário da Cultura e Economia CriativaRossieli Soares da SilvaSecretário da EducaçãoHenrique de Campos MeirellesSecretário da Fazenda e PlanejamentoFlavio Augusto Ayres AmarySecretário da HabitaçãoJoão Octaviano Machado NetoSecretário de Logística e TransportesPaulo Dimas Debellis MascarettiSecretário da Justiça e CidadaniaMarcos Rodrigues PenidoSecretário de Infraestrutura e Meio AmbienteCelia Kochen ParnesSecretária de Desenvolvimento SocialMarco Antonio Scarasati VinholiSecretário de Desenvolvimento RegionalJosé Henrique Germann FerreiraSecretário da SaúdeJoão Camilo Pires de CamposSecretário da Segurança PúblicaNivaldo Cesar RestivoSecretário da Administração PenitenciáriaAlexandre Baldy de Sant’Anna BragaSecretário dos Transportes MetropolitanosAildo Rodrigues FerreiraSecretário de EsportesVinicius Rene Lummertz SilvaSecretário de TurismoCelia Camargo Leão EdelmuthSecretária dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaJulio SersonSecretário de Relações InternacionaisAntonio Carlos Rizeque Malufe
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07/04/2020 Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64881-22.03.2020.html 3/3
Secretário Executivo, Respondendo pelo Expediente da Casa CivilRodrigo GarciaSecretário de GovernoPublicado na Secretaria de Governo, aos 22 de março de 2020.
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07/04/2020 Decreto nº 64.920, de 06 de abril de 2020 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64920-06.04.2020.html 1/2
A
Ficha informativa
DECRETO Nº 64.920, DE 06 DE ABRIL DE 2020
Estende o prazo da quarentena de que trata o Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, e dáprovidências correlatas
JOÃO DORIA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,Considerando as recomendações do Centro de Contingência do Coronavírus, instituído pelaResolução nº 27, de 13 de março de 2020, da Secretaria da Saúde, eConsiderando a necessidade de conter a disseminação da COVID-19 e garantir o adequadofuncionamento dos serviços de saúde,Decreta:Artigo 1º - Fica estendido até 22 de abril de 2020 o período de quarentena de que trata oparágrafo único do artigo 1º Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020, como medida necessáriaao enfrentamento da pandemia da COVID-19 (Novo Coronavírus), no Estado de São Paulo.Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.Palácio dos Bandeirantes, 6 de abril de 2020JOÃO DORIAGustavo Diniz JunqueiraSecretário de Agricultura e AbastecimentoPatrícia Ellen da SilvaSecretária de Desenvolvimento EconômicoSergio Henrique Sá Leitão FilhoSecretário da Cultura e Economia CriativaRossieli Soares da SilvaSecretário da EducaçãoHenrique de Campos MeirellesSecretário da Fazenda e PlanejamentoFlavio Augusto Ayres AmarySecretário da HabitaçãoJoão Octaviano Machado NetoSecretário de Logística e TransportesPaulo Dimas Debellis MascarettiSecretário da Justiça e CidadaniaMarcos Rodrigues PenidoSecretário de Infraestrutura e Meio AmbienteCelia Kochen ParnesSecretária de Desenvolvimento SocialMarco Antonio Scarasati VinholiSecretário de Desenvolvimento RegionalJosé Henrique Germann FerreiraSecretário da SaúdeJoão Camilo Pires de CamposSecretário da Segurança PúblicaNivaldo Cesar RestivoSecretário da Administração PenitenciáriaAlexandre Baldy de Sant’Anna BragaSecretário dos Transportes MetropolitanosAildo Rodrigues Ferreira
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07/04/2020 Decreto nº 64.920, de 06 de abril de 2020 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64920-06.04.2020.html 2/2
Secretário de EsportesVinicius Rene Lummertz SilvaSecretário de TurismoCelia Camargo Leão EdelmuthSecretária dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaJulio SersonSecretário de Relações InternacionaisAntonio Carlos Rizeque MalufeSecretário Executivo, Respondendo pelo Expediente daCasa Civil Rodrigo GarciaSecretário de GovernoPublicado na Secretaria de Governo, aos 6 de abril de 2020.
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Orientações e esclarecimentos sobre a coberturade exames e tratamentos do coronavírus13 de Março de 2020 - FenaSaúde
Informações atualizadas até 27/03/2020.
A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) disponibiliza as orientações e os
esclarecimentos abaixo a respeito da cobertura de exames e tratamentos do novo coronavírus por
parte dos planos de saúde, segundo resolução normativa publicada pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar em 13 de março de 2020 e demais instruções emitidas por órgãos de saúde
competentes.
Nosso objetivo é auxiliar os bene�ciários a obter a melhor assistência diante da pandemia e contar
com as informações mais claras, seguras e �dedignas disponíveis no momento, sempre
acompanhando as orientações o�ciais e o desenrolar da doença no país.
Considerando que o conhecimento sobre a infecção pelo covid-19 ainda é um processo em
construção entre as autoridades sanitárias, tanto no Brasil, quanto no resto do mundo, é
importante ter presente que protocolos e diretrizes podem ser revistos a qualquer tempo pelos
órgãos públicos e regulatórios de saúde competentes.
As informações abaixo serão atualizadas de acordo com a evolução da doença e com eventuais
mudanças nas orientações das autoridades de saúde do país.
1- O exame especí�co para detecção do novo coronavírus, o covid-19, será coberto pelos planos de
saúde?
2- Todos os bene�ciários de planos de saúde terão direito a fazer o exame especí�co para detecção
do covid-19?
3- Em que situações o paciente se enquadra na de�nição de caso suspeito da doença?
4- Em que situações o paciente se enquadra na de�nição de caso provável da doença?
5- Qual a diferença entre transmissão local e transmissão sustentada ou comunitária?
6- Qualquer bene�ciário pode se dirigir a um laboratório para fazer o exame especí�co para
detecção do covid-19 a ser coberto pelos planos?
7- O que devo fazer se estiver com os sintomas do coronavírus? Devo ir direto a uma emergência
hospitalar?
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8- Onde o exame especí�co para detecção do covid-19 deve ser realizado?
9- Meu exame para o covid-19 deu positivo, ou seja, tenho o vírus. Os planos de saúde cobrem o
tratamento do novo coronavírus?
10- A ANS orienta a consultar minha operadora antes de me dirigir a hospitais ou outras unidades
de saúde. Onde e como consigo fazer isso?
11- Tenho uma cirurgia marcada pelo meu plano de saúde. Ela está mantida ou devo adiar?
12- Em razão da epidemia e das medidas de isolamento social, recebi orientação para evitar a ida a
ambulatórios, consultórios e hospitais. Há outras formas de ser atendido, já que tenho
procedimentos médicos de rotina para manter?
13- Alguns pacientes contaminados pela covid-19 estão sendo orientados a fazer isolamento
domiciliar. Em vários locais, as autoridades estão determinando outra medida de alcance geral:
quarentena. Qual a diferença entre isolamento e quarentena?
14 - Os prazos máximos para atendimento aos bene�ciários de planos de saúde mudam com o
cenário do coronavírus?
O exame especí�co para detecção do novo coronavírus, o covid-19, será coberto pelos planos de
saúde?
Sim, conforme protocolo e diretrizes de�nidas pelo Ministério da Saúde e de acordo com o
estabelecido na resolução normativa n° 453, de 12/03/2020, da Agência Nacional e Saúde
Suplementar (ANS).
O exame coberto obrigatoriamente pelos planos de saúde é o RT-PCR especí�co para detecção da
covid-19. A resolução da ANS não abarca outros tipos de exames, como testes rápidos (sorologia).
Fontes: Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar
Todos os bene�ciários de planos de saúde terão direito a fazer o exame especí�co para detecção
do covid-19?
Não. De acordo com a diretriz da ANS, a cobertura do exame especí�co pelos planos de saúde é
obrigatória apenas para casos classi�cados como suspeitos ou prováveis de doença pelo covid-19.
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No entanto, com o agravamento da situação da covid-19 no país e em razão da impossibilidade de
ampla testagem populacional, em 20/3, por meio da portaria n° 454, o Ministério da Saúde
declarou todo o território nacional como sendo de transmissão comunitária (veja mais detalhes
em item especí�co a seguir) da covid-19.
Nestes casos, os exames de detecção da doença são reservados apenas a pessoas internadas em
grave condição de saúde.
Fontes: Agência Nacional de Saúde Suplementar e Ministério da Saúde
Em que situações o paciente se enquadra na de�nição de caso suspeito da doença?
Conforme protocolo e diretrizes de�nidas pelo Ministério da Saúde, há dois tipos de grupos de
casos suspeitos.
O primeiro são pessoas com histórico de viagem para países com transmissão sustentada ou área
com transmissão local nos últimos 14 dias. O segundo são pessoas que tenham tido contato com
caso suspeito ou con�rmado para covid-19 nos últimos 14 dias.
No primeiro caso, a pessoa tem que apresentar ocorrência de febre (acima de 37,8° C) e pelo menos
um dos seguintes sinais ou sintomas respiratórios: tosse, di�culdade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival, di�culdade para deglutir, dor de garganta, coriza, dispneia
(falta de ar), saturação de oxigênio menor que 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz,
tiragem intercostal.
No segundo, a pessoa tem que apresentar ocorrência de febre (acima de 37,8° C) ou pelo menos um
dos seguintes sinais ou sintomas respiratórios: tosse, di�culdade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival, di�culdade para deglutir, dor de garganta, coriza, dispneia
(falta de ar), saturação de oxigênio menor que 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz,
tiragem intercostal.
Fonte: Ministério da Saúde
Em que situações o paciente se enquadra na de�nição de caso provável da doença?
Conforme protocolo e diretrizes de�nidas pelo Ministério da Saúde, são considerados prováveis
casos em que a pessoa tenha tido contato domiciliar com caso con�rmado por covid-19 nos últimos
14 dias.
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A pessoa tem que apresentar ocorrência de febre (acima de 37,8° C) ou pelo menos um dos
seguintes sinais ou sintomas respiratórios: tosse, di�culdade para respirar, produção de escarro,
congestão nasal ou conjuntival, di�culdade para deglutir, dor de garganta, coriza, dispneia (falta de
ar), saturação de oxigênio menor que 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem
intercostal.
Nesta situação, é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia
(dor muscular), artralgia (dor articular), dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo,
gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência (falta de
apetite).
Fonte: Ministério da Saúde
Qual a diferença entre transmissão local e transmissão sustentada ou comunitária?
A transmissão é local quando o paciente infectado com o covid-19 não esteve em nenhum país com
registro da doença. Neste caso, a doença foi contraída por meio de contato com outra pessoa
infectada fora do país. Foi desta forma que o covid-19 chegou ao Brasil.
A transmissão sustentada ou comunitária ocorre quando uma pessoa que não esteve em nenhum
país com registro da doença é infectada por outra pessoa que também não viajou.
A partir de 20/3, todo o território nacional passou a ser considerado em estado de transmissão
comunitária da doença.
Fonte: Ministério da Saúde (1) e (2)
Qualquer bene�ciário pode se dirigir a um laboratório para fazer o exame especí�co para
detecção do covid-19 a ser coberto pelos planos?
Não. Seguindo o estabelecido na resolução normativa n° 453, de 12/03/2020, da ANS, o exame
especí�co será feito apenas nos casos em que houver indicação médica para casos classi�cados
como suspeitos ou prováveis de doença pelo covid-19.
Mas, desde 20/3, quando todo território nacional foi considerado em estado de transmissão
comunitária, a orientação do Ministério da Saúde é realizar o exame especí�co para o covid-
19 apenas em casos graves de pacientes internados.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar e Ministério da Saúde
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O que devo fazer se estiver com sintomas do coronavírus? Devo ir direto a uma emergência
hospitalar?
Em 80% dos casos, os sintomas do coronavírus são leves, semelhantes a uma gripe.
Nestes casos, se você tem uma coriza e mal-estar momentâneo, a orientação da Organização
Mundial da Saúde é evitar sair de casa e aguardar. Alimente-se bem, mantenha-se hidratado e
durma bem. Analgésicos e antitérmicos ajudam a aliviar o mal-estar.
Se apresentar febre e tosse, não espere agravar: procure o seu médico do plano de saúde. Essa
orientação vale para sempre que o paciente estiver em dúvida quanto a seu estado de saúde.
Caso você tenha alguma di�culdade respiratória (falta de ar), com ou sem febre, o seu caso é
considerado grave! Procure imediatamente um serviço de emergência. Você será submetido a
alguns procedimentos e, havendo con�rmação da doença, será encaminhado a um hospital de
referência para tratamento.
Fonte: Ministério da Saúde
Onde o exame especí�co para detecção do covid-19 deve ser realizado?
O bene�ciário não deve se dirigir a laboratórios, hospitais ou outras unidades de saúde sem antes
consultar um médico e sua operadora de plano de saúde para informações sobre o local mais
adequado para a realização de exame ou para esclarecimento de dúvidas sobre diagnóstico ou
tratamento da doença (links para páginas de orientação e contato estão disponíveis abaixo).
Seguindo orientações das autoridades sanitárias, a coleta de material para o exame, quando for o
caso e se disponível, será feita em domicílio ou ambiente hospitalar, a �m de evitar contaminação
de outras pessoas.
Com a declaração, ocorrida em 20/3, de que todo o território nacional está em estado de
transmissão comunitária, a orientação do Ministério da Saúde é realizar o exame especí�co para o
covid-19 apenas em casos graves de pacientes internados.
Fontes: Agência Nacional de Saúde Suplementar e Ministério da Saúde
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Meu exame para o covid-19 deu positivo, ou seja, tenho o vírus. Os planos de saúde cobrem o
tratamento do novo coronavírus?
Importante registrar que não há tratamento especí�co para infecções causadas por coronavírus.
Em casos mais simples, pacientes infectados recebem medicação para aliviar os sintomas, como
analgésicos e antitérmicos, com indicação também de repouso e ingestão de bastante água e
líquidos, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
A cobertura do tratamento a pacientes diagnosticados com covid-19 já é assegurada a
bene�ciários de planos de saúde, conforme a segmentação (ambulatorial, hospitalar
ou referência) contratada.
Em casos indicados, isto é, de maior gravidade, o bene�ciário terá direito a internação caso tenha
contratado cobertura para atendimento hospitalar (segmentação hospitalar) e desde que tenha
cumprido os períodos de carência, se houver previsão contratual.
Fontes: Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar
A ANS orienta a consultar minha operadora antes de me dirigir a hospitais ou outras unidades de
saúde. Onde e como consigo fazer isso?
As empresas associadas à FenaSaúde disponibilizaram diversos canais de comunicação para
informar bene�ciários e prestadores, orientando empresas clientes e pacientes sobre como
proceder, bem como divulgando medidas de prevenção. Links para páginas de orientação e
contato estão disponíveis abaixo.
Tenho uma cirurgia marcada pelo meu plano de saúde. Ela está mantida ou devo adiar?
A Agência Nacional de Saúde Suplementar orientou operadoras de planos de saúde a adiarem
consultas, exames ou cirurgias que não se enquadrem em casos de urgência e emergência.
A medida visa liberar leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus, bem como evitar que
pessoas saudáveis frequentem unidades de saúde e possam vir a se contaminar.
Mas se o seu caso for de urgência ou emergência, nada muda: o procedimento deverá ser realizado
normalmente.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar
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Em razão da epidemia e das medidas de isolamento social, recebi orientação para evitar a ida a
ambulatórios, consultórios e hospitais. Há outras formas de ser atendido, já que tenho
procedimentos médicos de rotina para manter?
Durante a pandemia da covid-19, a orientação das autoridades de saúde é que o paciente evite a ida
a estabelecimentos de saúde. Agindo assim, ele reduz risco de se contaminar e, ao mesmo tempo,
permite que mais recursos médicos e clínicos sejam reservados para o atendimento de quem está
acometido pela doença.
Uma alternativa para quem precisa de atendimento é a telemedicina. O procedimento permite que
os médicos atendam pacientes à distância, por meio de recursos tecnológicos.
A telemedicina foi autorizada no país, em caráter excepcional, pelo Ministério da Saúde, por meio
da portaria n° 467, de 20/3/2020. A medida foi tomada em consonância com o Conselho Federal de
Medicina, que reconheceu a possibilidade e a eticidade da utilização da telemedicina enquanto
durarem as medidas de enfretamento ao coronavírus – a regulamentação em vigor data de 2002.
Em linhas gerais, a regulamentação prevê as seguintes modalidades de
telemedicina: teleorientação (orientação à distância); telemonitoramento (supervisão à distância)
e a teleinterconsulta (permite a troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio
diagnóstico ou terapêutico), atendimento pré-clínico, atendimento de suporte
assistencial, atendimento de consulta e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e
comunicação.
Fontes: Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina
Alguns pacientes contaminados pela covid-19 estão sendo orientados a fazer isolamento
domiciliar. Em vários locais, as autoridades estão determinando outra medida de alcance geral:
quarentena. Qual a diferença entre isolamento e quarentena?
Ambas são medidas de saúde pública, mas são diferentes.
No isolamento, há separação de pessoas, evitando a transmissão e propagação da infecção, mas não
há controle de entrada e saída do local. São recomendações para pacientes com síndromes gripais.
Preferencialmente, o isolamento é em domicílio, mas, em casos mais graves, pode ocorrer em
hospitais públicos ou privados. O prazo é de 14 dias, podendo se estender por até igual período,
dependendo da evolução da doença.
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Na quarentena, há restrição da movimentação das pessoas, podendo, em casos extremos, haver
policiamento e controle ostensivo. O objetivo é reduzir a transmissão comunitária. A quarentena
demanda um ato administrativo baseado em lei e pode ser adotada por prazo de até 40 dias ou
estender-se por mais tempo.
Tanto num caso quanto no outro, medidas de isolamento social são as únicas atitudes, até o
momento, capazes de conter a evolução da covid-19 e, consequentemente, reduzir o número de
mortes. Então, mais que nunca, �que em casa!
Fontes: Ministério da Saúde
Os prazos máximos para atendimento aos bene�ciários de planos de saúde mudam com o cenário
do coronavírus?
Sim. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a ampliação dos prazos
máximos de atendimento de bene�ciários em casos de realização de consultas, exames, terapias
e cirurgias que não sejam consideradas urgentes.
Os objetivos são garantir que as operadoras de planos de saúde priorizem atendimentos a
pacientes acometidos pela covid-19, reduzir a sobrecarga das unidades de saúde e evitar a
exposição desnecessária de bene�ciários ao risco de contaminação pelo novo coronavírus.
A medida passou a vigorar em 25/3, é válida em caráter excepcional e será reavaliada
periodicamente pela ANS, que poderá fazer novas alterações a qualquer tempo, caso necessário.
É importante ressaltar que os bene�ciários não serão prejudicados com a dilação destes prazos,
na medida em que �cam garantidos tratamentos de urgência e emergência, assim como os prazos
para casos em que os tratamentos não podem ser interrompidos ou adiados, por colocarem em
risco a vida do paciente.
Enquadram nesta condição e, portanto, não terão seus prazos de atendimento afetados:
relacionados a pré-natal, parto e puerpério; doentes crônicos; tratamentos continuados; revisões
pós-operatórias; diagnóstico e terapias em oncologia, psiquiatria e aqueles tratamentos cuja não
realização ou interrupção coloque em risco o paciente, conforme declaração do médico assistente
(atestado).
Veja neste link como �cam os prazos a partir de agora.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar
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Abaixo estão links para as páginas de cada uma das associadas da FenaSaúde que trazem
orientações a seus bene�ciários:
Allianz Saúde
Amil Assistência Médica Internacional
Grupo Bradesco Saúde
Care Plus Medicina Assistencial
Gama Saúde
Golden Cross
Itauseg Saúde
MetLife Planos Odontológicos
Grupo NotreDame Intermédica Saúde
OdontoPrev
Omint Serviços de Saúde
Porto Seguro - Seguro Saúde
Sompo Saúde Seguros
Grupo SulAmérica Saúde
Unimed Seguros Saúde
Para tirar outras dúvidas e saber mais sobre o coronavírus, consulte:
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Saúde Suplementar
Fiocruz
Organização Mundial da Saúde
Organização Pan-Americana de Saúde
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O Globo
Folha de S.Paulo
Folha de S.Paulo (2)
O Estado de S.Paulo
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comunicado Coronavírus fenasaude Orientações
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02/04/2020
Número: 0709544-98.2020.8.07.0001
Classe: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL
Órgão julgador: 15ª Vara Cível de Brasília
Última distribuição : 27/03/2020
Valor da causa: R$ 500.000,00
Assuntos: Contratos de Consumo
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos TerritóriosPJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Advogados
DEFENSORIA PUBLICA DO DISTRITO FEDERAL (AUTOR)
AMIL ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL S.A. (RÉU)
BRADESCO SAÚDE S/A (RÉU)
CENTRAL NACIONAL UNIMED - COOPERATIVA CENTRAL
(RÉU)
GEAP AUTOGESTÃO EM SAÚDE (RÉU)
SAUDE SIM LTDA (RÉU)
UNIMED FEDERACAO INTERFEDERATIVA DAS
COOPERATIVAS MEDICAS DO CENTRO-OESTE E
TOCANTINS (RÉU)
Outros participantes
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data daAssinatura
Documento Tipo
60625510 02/04/202014:42
Decisão Decisão
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Num. 60625510 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: JOAO LUIS ZORZO - 02/04/2020 14:42:48https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20040214424888400000057864464Número do documento: 20040214424888400000057864464
Poder Judiciário da UniãoTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOSTERRITÓRIOS
15VARCVBSB15ª Vara Cível de Brasília
Número do processo: 0709544-98.2020.8.07.0001
Classe judicial: AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL (65)
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DO DISTRITO FEDERAL
RÉU: AMIL ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL S.A., BRADESCO SAÚDE S/A,CENTRAL NACIONAL UNIMED - COOPERATIVA CENTRAL, GEAP AUTOGESTÃO EMSAÚDE, SAUDE SIM LTDA, UNIMED FEDERACAO INTERFEDERATIVA DAS COOPERATIVASMEDICAS DO CENTRO-OESTE E TOCANTINS
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Cuida-se de Ação Civil Pública ajuizada pela DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL emface desfavor da AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S/A, do BRADESCO SAÚDES/A, da CENTRAL NACIONAL UNIMED – COOPERATIVA CENTRAL, da GEAP AUTOGESTÃOEM SAÚDE, da SAÚDE SIM LTDA e da UNIMED FEDERAÇÃO INTERFEDERATIVA DASCOOPERATIVAS MEDICAS DO CENTRO-OESTE E TOCANTINS (UNIMED CENTRO-OESTE ETOCANTINS), contendo pedido de tutela provisória de urgência.
A Autora alega que os planos de saúde Réus negam atendimento de urgência e de emergência dentro doprazo de carência de 24 (vinte quatro) horas, argumentando que os beneficiários estariam em período decarência contratual de 180 (cento e oitenta) dias.
Sustenta que a situação atual é extremamente grave, diante da situação de pandemia vivenciada, além dorisco exponencial crescente de propagação e contaminação causadas pelo Covid-19, podendosobrecarregar todo sistema público de saúde, tece considerações acerca da necessidade de racionalizaçãodo sistema público de saúde, fazendo com que os beneficiários de planos privados de saúde, comsuspeitas de contágio ou atestadamente infectados, sejam por elas assistidos, a fim de que seja priorizado,no atendimento público de saúde, somente aquelas pessoas que não possuem amparo assistencial emplanos privados de saúde.
Requer, ao final, seja determinado aos requeridos que prestem atendimento imediato aos beneficiários deseus planos de saúde que estejam em prazo de carência contratual e necessitem de tratamento médico deemergência ou urgência, em especial para aqueles com suspeita de contágio ou com resultados positivospelo novo coronavírus, estabelecendo-se, para tanto, canais de atendimento prioritário para os Órgãos doSistema de Justiça – via e-mail, telefone e whatsapp – a fim de viabilizar o contato extrajudicial para asolução de casos individuais, ambos, sob pena de multa diária.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - MPDFT ofertou parecer favorável à concessão detutela provisória de urgência (ID 6060602).
É a síntese.
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Num. 60625510 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: JOAO LUIS ZORZO - 02/04/2020 14:42:48https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20040214424888400000057864464Número do documento: 20040214424888400000057864464
Passo a fundamentar e decidir.
Para concessão da tutela provisória de urgência, há a necessidade de preenchimento de pelo menos doisrequisitos, quais sejam: a probabilidade do direito e o perigo de dano, conforme se depreende do art. 300do Código de Processo Civil.
Existe nos autos elementos capazes de demonstrar a probabilidade do direito invocado pela parte Autora.
O art. 12, V, "c", da Lei nº 9.656/98 estabelece que:
“Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1ºdo art. 1º desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivasamplitudes de cobertura definidas no plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintesexigências mínimas:
(...)
V - quando fixar períodos de carência:
a) prazo máximo de trezentos dias para partos a termo;
b) prazo máximo de cento e oitenta dias para os demais casos;
”.c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a cobertura dos casos de urgência e emergência(g.n.)
Dispõe, além disso, o artigo 35-C, inciso I, da lei de regência dos planos de saúde que "é obrigatória acobertura do atendimento nos casos de emergência, como tais definidos os que implicarem risco imediatodevida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico assistente.” (g.n.)
A par disso, conforme bem destacado pela parte Autora e pelo Ministério Público, há entendimento do c.Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, no sentido de que
qualquer prazo de carência deveria ser afastado em casos de urgência ou emergência no tratamento de .alguma doença grave, tendo em vista a prevalência do direito à saúde sobre os demais
Nesse sentido:
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANODESAÚDE.EMERGÊNCIA. RECUSA NO ATENDIMENTO. PRAZO DE
CARÊNCIA.CLÁUSULA.ABUSIVIDADE.PRECEDENTES.SÚMULANº568/STJ. INCIDÊNCIA. 1.Esta Corte Superior firmou o entendimento de que o período de carência contratualmente estipuladopelos planos de saúde não prevalece diante de situações emergenciais graves nas quais a recusa decobertura possa frustrar o próprio sentido e a razão de ser do onegócio jurídico firmad . Incidênciada Súmula nº 568/STJ. 2. Agravo internon ão provido. (STJ. AgInt. no AREsp n. 858013/DF. TerceiraTurma. Relator Ministro Ricardo Villas Boas Cueva. Julgado em 09/08/2016)
(...)
APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE COLETIVO. APLICAÇÃO DO CDC. C IRURGIA DE EMERGÊNCIA. INTERNAÇÃO. NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO.DANO MORAL.
(...). 2. A cobertura, nos casos de urgência e emergência, não poderá ter período de carência superior a 24 (vinte e quatro) horas, art. 12, V, "c", da Lei 9.656/98. Além disso, a cobertura do
atendimento e internação, nos casos de emergência, é obrigatória, nos termos do inciso I, do artigo 35-C, da Lei 9.656/98, garantindo-se ao consumidor a proteção de sua saúde e de sua integridade
física. Precedentes do c. STJ.3. Segundo a Súmula 302 do STJ, é abusiva a cláusula de contrato de plano de saúde que limita o tempo de internação, uma vez que essa limitação restringe direitos
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Num. 60625510 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: JOAO LUIS ZORZO - 02/04/2020 14:42:48https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20040214424888400000057864464Número do documento: 20040214424888400000057864464
. (...)inerentes à própria finalidade do contrato . (Acórdão n.1172345, 07125818620188070007, Relator: CESAR LOYOLA 2ª Turma Cível, Data de Julgamento: 22/05/2019, Publicado no DJE:
04/06/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada. No mesmo sentido: Acórdão n.1159152, 07178754320188070000, Relator: ALVARO CIARLINI 3ª Turma Cível, Data de Julgamento:
20/03/2019, Publicado no DJE: 27/03/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.) e Acórdão n.849285, 20130310346460APC, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, Revisor: ALFEU MACHADO,
3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 11/02/2015, Publicado no DJE: 27/02/2015. Pág.: 233).
Presente também a existência de perigo de dano caso a tutela provisória de urgência não seja deferida, tendo em vista os graves danos que poderão resultar da ausência de tratamento adequado às pessoas
expostas ao coronavírus.
Assim, há, nos autos, elementos suficientes para concessão de tutela provisória de urgência.
Conclusão
Diante do exposto, CONCEDO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA postulada pela parte Autorapara:
a) determinar às Rés que prestem atendimento de urgência e de emergência aos beneficiários de seusplanos de saúde, sem exigência de prazo de carência, exceto o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, previstono art. 12, V, "c", da Lei nº 9656/98, em especial para aqueles com suspeita de contágio ou comresultados positivos pelo novo coronavírus;
b) determinar à Rés que estabeleçam canais de atendimento prioritário para os Órgãos do Sistema deJustiça– via e-mail, telefone e whatsapp –, especialmente para Defensoria Pública, Ministério Público eProcuradorias, a fim de viabilizar o contato extrajudicial para a solução de casos individuais.
Fixo o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para cumprimento da obrigação, contado da intimação pessoal,sob pena de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para cada recusa de atendimento.
Deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação.
Cite-se e intime-se a parte Ré, , para cumprir a presente decisão e contestar o feito no prazocom urgênciade 15 (quinze) dias úteis.
Concedo à presente decisão FORÇA DE MANDADO.
A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada napetição inicial.
As intimações da Defensoria Pública deverão ser enviadas ao Núcleo de Defesa do Consumidor –NUDECON, conforme requerido na inicial.
Int.
BRASÍLIA, DF, 2 de abril de 2020 12:09:14.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL32ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 11º andar - salas nº 1119/1121, Centro - CEP 01501-900, Fone: 21716223, São Paulo-SP - E-mail: [email protected]ário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
Fls. 1
DECISÃO
Processo Digital nº: 1029663-70.2020.8.26.0100
Classe - Assunto Ação Civil Pública Cível - Tratamento médico-hospitalar
Requerente: Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Requerido: Amil Assistência Médica Internacional LTDA e outros
Juiz(a) de Direito: Dr(a). FABIO DE SOUZA PIMENTA
Vistos.
Tratando-se de ação civil pública, abra-se vista ao Ministério Público
com urgência.
Após, tornem conclusos.
Intime-se.
São Paulo, 07 de abril de 2020.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL32ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 11º andar - salas nº 1119/1121, Centro - CEP 01501-900, Fone: 21716223, São Paulo-SP - E-mail: [email protected]ário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
ATO ORDINATÓRIO
Processo Digital n°: 1029663-70.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Ação Civil Pública Cível - Tratamento médico-hospitalar (COVID-19)
Requerente: Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Requerido: Amil Assistência Médica Internacional LTDA e outros
Ato Ordinatório
Vista ao Ministério Público.
São Paulo, 08 de abril de 2020.Eu, ___, Andrea Campmany Vieira, Escrevente Técnico
Judiciário.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL32ª VARA CÍVELPraça João Mendes s/nº, 11º andar - salas nº 1119/1121, Centro - CEP 01501-900, Fone: 21716223, São Paulo-SP - E-mail: [email protected]
CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO
Processo n°: 1029663-70.2020.8.26.0100
Classe – Assunto: Ação Civil Pública Cível - Tratamento médico-hospitalar (COVID-19)
Requerente: Defensoria Pública do Estado de São Paulo e outro
Requerido: Amil Assistência Médica Internacional LTDA e outros[ ]
[ ]Justiça PúblicaJustiça Pública[][]
CERTIFICA-SE que em 08/04/2020 o ato abaixo foi encaminhado ao
portal eletrônico.
Teor do ato: Vista ao Ministério Público.
São Paulo, (SP), 08 de abril de 2020
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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO
PAULO
Processo nº 1029663-70.2020.8.26.0100
AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S.A. AMIL , sociedade
anônima inscrita no CNPJ/MF sob o nº 29.309.127/0001-79, com endereço na Rua Arquiteto
Olavo Redig de Campos, 105, 6º ao 21º andares, Torre B, Vila São Francisco, São Paulo/SP, CEP
04.711-904, nos autos da ação coletiva acima indicada, ajuizada pela DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO Defensoria , ve a V.Exa., po seus advogados doc. 1),
requerer a CONCESSÃO DE PRAZO para que, caso desejem, as rés possam exercer o
contraditório prévio em relação ao pedido de tutela antecipada formulado às fls. 24/25, pelas
razões que passa a expor.
I – NECESSIDADE DE PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DAS RÉS:
DEMANDA SENSÍVEL QUE NÃO PODE NEGLIGENCIAR BALIZAS TÉCNICAS RELEVANTES.
PRECEDENTE DO STJ
1. A presente demanda tem contornos graves. Extremamente graves.
2. Em um dos momentos mais delicados da saúde brasileira, poderá impactar
severamente a prestação de serviços médicos no Estado de São Paulo, comprometendo a rede
privada e suplementar de saúde, indispensável para não sobrecarregar o Sistema Único e,
sobretudo, para o adequado atendimento daqueles que dela necessitam.
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3. Exatamente por isso, tomando ciência da propositura da ação, a AMIL vem, em
caráter de máxima urgência e com todas as vênias, requerer a esse MM. Juízo a concessão
de prazo para que, antes de decidir sobre os pedidos de antecipação de tutela, as corrés
possam trazer suas considerações a respeito do requerimento liminar formulado na petição
inicial.
4. No caso concreto, a concessão de prazo para justificação prévia:
i) caminha em linha com o maior prestígio conferido pelo CPC/15 ao princípio do
contraditório, que só deve ser afastado em hipóteses bastante singulares e em
que realmente não seja possível aguardar a prévia manifestação das partes;
ii) deriva da complexidade das pretensões, da relevância da matéria e da
indispensabilidade de uma visão mais abrangente possível sobre o objeto da
demanda; e
iii) será extremamente importante para que diversas questões técnicas, jurídicas
e econômicas possam ser adequadamente expostas pelas operadoras-rés,
contribuindo para a formação da convicção desse MM. Juízo.
5. Por certo, considerando a suspensão de prazos processuais determinada pelo
CNJ até o dia 30/04/2020, a AMIL adianta que não se opõe a que esse MM. Juízo opte por
estabelecer data fixa (v.g., 20/04/2020) para que se pronunciem as rés que venham a ter
conhecimento da demanda e considerem pertinente a oferta de considerações preliminares.
6. Com efeito, exemplo da pertinência do exercício prévio do contraditório pode-
se extrair da própria maneira absolutamente generalista e abstrata, data venia, como a
Defensoria trata na petição inicial os beneficiários dos planos operados pelas rés.
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7. Na forma da lei e das normas que a regulamentam, o sistema contempla balizas
e parâmetros para os atendimentos de urgências e emergências, os quais respeitam a critérios
vários, dentre eles a espécie de plano contratado. Ilustrativamente, os consumidores que
optam por contratar planos apenas ambulatoriais não se submetem ao mesmo regime
daqueles que contratam planos hospitalares, com direito a cobertura de internações, v.g.1
8. Desde logo é preciso dizer que a querela instaurada neste processo está
distante de se resolver com uma simples invocação dos precedentes citados na petição inicial,
decisões em que apenas se afirma que cláusulas contratuais que afastem a cobertura de
urgências e emergências durante a carência seriam abusivas.
9. A questão não é essa, mas outra e que pode ser assim sintetizada: ainda que
se trabalhe com a premissa de que tais casos precisariam ser cobertos, isso não significa que
se deva dar tudo a todos, tal como pretende a Defensoria Pública na inicial.
10. É necessário que os critérios fixados pelo Poder Executivo (e seus órgãos
normativos) precisamente para estas situações de urgência e emergência sejam observados,
em vez de descartados por completo, num fenômeno que significaria – sempre com todo o
respeito e acatamento – fixar por decisão judicial liminar nova política pública de impacto
colossal para todo um segmento regulado.
11. Em linha com tal distinção, confira-se logo aqui que a jurisprudência oferece
amostras de precedentes que, embora não neguem eficácia à jurisprudência quanto à
nulidade de cláusulas que excluam o atendimento de urgências e emergências, explicitam que
1 As distinções podem ser visualizas, por exemplo, na Resolução nº 13 do Conselho de Saúde Suplementar – CONSU, norma editada pelo Executivo em cumprimento à ordem constante do próprio art. 35 da Lei Federal nº 9.656/98, diploma citado pela Defensoria na ini ial: Pa ág afo único. A ANS fará publicar normas regulamentares para o disposto neste artigo, observados os termos de adaptação previstos no art. 35 . Co efeito, e sem prejuízo do aprofundamento que virá, o art. 2º da Resolução nº 13/98 do CONSU estabelece que A t. º O pla o a ulato ial deve á ga a ti o e tu a de u g ia e e e g ia, li itada at as p i ei as doze ho as do ate di e to , e ua to o a t. º, da es a Resolução, uida dos pla os hospitala es e p ev : A t. ° Os o t atos de plano hospitalar devem oferecer cobertura aos atendimentos de urgência e emergência
que evoluírem para internação, desde a admissão do paciente até a sua alta ou que sejam necessários à p ese vação da vida, ó gãos e fu ções .
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o regime de cobertura desses atendimentos não pode abstrair da aplicação dos parâmetros
legais a eles pertinentes.
12. O próprio Superior Tribunal de Justiça, após a edição da Súmula 597, já teve a
oportunidade de examinar a questão:
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA
CONTRATUAL DE PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. ESTABELECIMENTO DE
COBERTURA, PARA OS CASOS DE URGÊNCIA E DE EMERGÊNCIA, NO SEGMENTO
ATENDIMENTO AMBULATORIAL, LIMITADA A 12 (DOZE) HORAS. CONVERGÊNCIA
COM O TRATAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR. RECONHECIMENTO. A
COBERTURA OBRIGATÓRIA DOS PROCEDIMENTOS DE URGÊNCIA E DE
EMERGÊNCIA EM TODOS OS PLANOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE HÁ DE OBSERVAR,
NECESSARIAMENTE, A ABRANGÊNCIA DA SEGMENTAÇÃO EFETIVAMENTE
CONTRATADA. INAPLICABILIDADE DO ENUNCIADO N. 302 DA SÚMULA DO STJ.
RECURSO ESPECIAL PROVIDO ...)
3. Em regulamentação específica do art. 35-C da Lei n. 9.656/1998 e, em
consonância com a Resolução CONSU n. 13, que disciplinou a cobertura do
atendimento (obrigatório) nos casos de urgência e de emergência, sobreveio a
Resolução n. 387, posteriormente revogada pela Resolução n. 428, da Agência
Nacional de Saúde. Essas resoluções, é certo, ratificaram, in totum, a obrigação
de cobertura das operadoras de plano de saúde às situações de emergência e de
urgência, que, no segmento de atendimento ambulatorial, é limitada a 12 (doze)
horas. Caso ultrapassado esse espaço de tempo e haja a necessidade de
internação hospitalar (atendimento não coberto pelo plano ambulatorial), cessa
a responsabilidade da operadora, porém ela deverá zelar para que o paciente
seja conduzido para unidade hospitalar (da rede pública ou privada, indicada
pelo paciente ou familiar) no qual seja possível o prosseguimento do
atendimento hospitalar, se, no local, não houver condições para tanto.
4. A partir do tratamento legal e regulamentar da cobertura obrigatória dos
procedimentos de urgência e de emergência, afeta a todos os planos de assistência
à saúde, observada a segmentação de atendimento, pode-se concluir, sem
nenhuma margem de dúvidas, que o contrato celebrado entre as partes, o qual
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abrange, conjuntamente, as segmentações de atendimento ambulatorial e
hospitalar, observa detidamente as correlatas diretrizes legais. (....).
6. De todo modo, afigura-se absolutamente descabido inserir na segmentação
ambulatorial, que pressupõe justamente a não cobertura de internação e
atendimento hospitalar, as regras próprias dessa segmentação, em absoluta
revelia da lei.
6.1 Compreende-se, pois, que, nos casos de urgência e emergência, após o lapso
temporal de 12 (doze) horas, no qual se prestou todos os serviços médicos próprios
do segmento ambulatorial, a eventual necessidade de internação hospitalar, por
definição legal e regulamentar, refoge daquela segmentação ajustada. A
operadora de saúde, a partir de então, não mais se responsabiliza, exceto quanto
à obrigação de promover a remoção do paciente para unidade hospitalar (da rede
pública ou privada, indicada pelo paciente ou familiar) na qual seja possível o
prosseguimento do atendimento hospitalar, se, no local, não houver condições
para tanto.
6.2. A cobertura de internação hospitalar pressupõe a correlata contratação, com
proporcional contraprestação por parte do segurado. Se assim é, não há como se
exigir coberturas próprias de segmentação de atendimento não ajustada, do que
não decorre nenhuma abusividade contratual ou ilicitude, como quer fazer crer a
parte demandante.
7. O disposto no art. 12, II, a, da Lei n. 9.656/1998, que veda a limitação de tempo
para a internação hospitalar, e o teor do enunciado n. 302 da Súmula do STJ, que
dispõe ser abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a
internação hospitalar do segurado, referem-se, expressamente, à segmentação
hospitalar, e não à ambulatorial.
8. Recurso especial provido.
(STJ, REsp 1764859, 3ª T., Rel. Min. Marco Antonio Bellizze, j. em 06.11.2018)
13. Seguindo essa mesma linha:
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PLANO DE SAÚDE AMBULATORIAL. ATENDIMENTO
DE EMERGÊNCIA. INTERNAÇÃO EM UTI. LIMITAÇÃO DA COBERTURA. CLÁUSULA
CONTRATUAL EXPRESSA. ILICITUDE NÃO RECONHECIDA. SENTENÇA REFORMADA.
I. No plano de saúde ambulatorial a cláusula contratual que limita a cobertura de
internações, nos casos de atendimento de urgência ou de emergência, não
desponta, prima facie, abusiva ou nula de pleno direito.
II. Planos de saúde com a segmentação ambulatorial encontram respaldo no artigo
12, caput e inciso I, da Lei 9.656/98, e são regulamentados, por força desta mesma
lei, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.
III. De acordo com os artigos 6º e 21 da Resolução 387/2015, da ANS, e 2º da
Resolução 13/1998, do Conselho de Saúde Suplementar - CONSU, nos planos
ambulatoriais a garantia de cobertura de urgência e emergência é limitada às
primeiras doze horas do atendimento.
A limitação da internação, tal como disposta nas normas regulamentares e no
contrato, não traduz restrição arbitrária. Pelo contrário, está em consonância com
os caracteres do plano ambulatorial e é expressamente contemplada nas normas
da ANS que, em conformidade com o parágrafo único do artigo 35-C da Lei
9.656/1998, regulamentam a matéria".
(TJDFT, Ap. Cível nº 0007267-92.2016.8.07.0001, 4ª T.Cível, Rel. Des. James
Eduardo Oliveira, j. em 06.12.2017).2
2 No es o se tido: Operadora que, efetivamente, não está obrigada a autorizar, sem qualquer critério ou sem limite temporal, a internação de pacientes contratantes de planos ambulatoriais, sobretudo quando demonstra que ofereceu o produto completo, de acordo com o plano referência, e o consumidor optou por contratação mais enxuta e com preço bem mais baixo. Todavia, nos casos de urgência e de emergência, deverá, ao receber o paciente, prestar-lhe o atendimento necessário e adequado, seja em ambulatório ou por meio de internação, bem como autorizar a realização de todos os procedimentos imprescindíveis para a preservação da vida, órgãos e funções, até que possa ser realizada a sua remoção, com segurança, para hospital da rede pública, de modo que se torna inteiramente responsável pelo usuário do plano até que seja viabilizada a mencionada transferência. Interpretação da situação existente e das normas regulamentares atinentes à espécie com prestígio aos princípios da função social, da boa-fé e da cooperação, que devem estar presentes nas relações contratuais, com o intuito de reequilibrar-se a relação jurídica entre os demandantes. Indivíduo que, quando se sente mal, não possui capacidade de prever os desdobramentos dos problemas de saúde apresentados, ou seja, se necessitará de atendimento ambulatorial ou de internação hospitalar. Sua primeira opção, claro, é buscar o tratamento junto à rede credenciada do plano de saúde contratado. E, não é razoável que, em uma situação emergencial, seja impedido de receber o atendimento que preservará sua vida e sua saúde, em decorrência de limitações impostas pela operadora. Assim, uma vez mais, cabe destacar que a operadora não está obrigada a fornecer um serviço não contratado, ou seja, manter o consumidor, por tempo indeterminado internado. Não
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14. De resto, é certo que todas as operadoras enfrentarão – rectius: já estão
enfrentando – o grande desafio de, com base nos recursos que gerem atualmente3 (moldados
para uma realidade distinta daquela hoje experimentada), garantir o pagamento de médicos,
hospitais, testes e todos os demais serviços médicos em meio à maior pandemia de que se
tem notícia na história mundial recente. A despeito disso, mantém-se intacta em suas
obrigações e segue ofertando tudo quanto tenha sido pactuado ou lhe possa ser exigido.
15. A atividade securitária, lembre-se, é de importância ímpar para um país e sua
população. E o a o segu o não possa substituir as estruturas sociais, ele pode aliviar o
ônus; não pode e não deve assumir o papel do Estado de fazer frente aos desafios da
sociedade, mas pode ajudar a encontrar soluções adequadas .4
16. Todavia, como também é cediço, os sistemas de seguro dependem,
inexoravelmente, de um equilíbrio que lhes ofereça base. A AMIL, em última análise, é apenas
a gestora de um fundo mutual, ou seja, dos recursos reunidos por toda essa coletividade de
beneficiários. E é mediante a alocação desses valores que consegue garantir a devida
assistência médica a todos e promover o pagamento de seus inúmeros prestadores de
serviços em todo o País.
17. Portanto, se nesse período já dramático a AMIL e todas as operadoras terão de
arcar com uma alta sinistralidade totalmente imprevista, decorrente do grande acionamento
dos seguros de saúde num contexto de pandemia (que as onera sobremaneira, tendo em vista
que o aumento de custos não está refletido no volume arrecadado com as mensalidades), os
impactos serão ainda maiores se houver uma decisão judicial obrigando-a – de forma
por outra razão tem o direito de buscar vaga em hospital da rede pública e removê-lo, desde que possível e com toda a segurança, para que prossiga no tratamento, como prevê a Resolução 13 do CONSU" (TJRJ, AI nº 000416124.2018.8.19.0000, 20ªC.C., Rel. Des. Alcides da Fonseca Neto, j. em 13.06.2018). 3 A imprevisão poderá ser apurada em outro momento. 4 HOPPE, Kathrin. A importância do seguro para a sociedade. The Geneva Association – Risk & Insurance
Economics, p. 7. Disponível em < https://www.genevaassociation.org/>.
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indiscriminada e sem a observância das normas regulamentares – a cobrir qualquer urgência
ou emergência, a quem quer que seja, bastando a apresentação de um laudo médico.5
18. Em demanda de feições parecidas, pela qual se buscava garantir a manutenção
dos serviços essenciais de telecomunicações mesmo a consumidores que estivessem em
mora, o e. TJRS indeferiu, no último dia 07 de abril, pedido de antecipação de tutela formulado
por entidade de classe.
19. Na ocasião, ponderou, por exemplo, que a medida poderá inclusive
comprometer o fornecimento dos serviços (...) como um todo no Brasil, uma vez que sua
principal fonte de custeio é o pagamento por parte dos usuários, o que também merece ser
levado em consideração, a fim de evitar que uma decisão tomada em favor de alguns acabe
prejudicando a todos os consumidores .6
20. Ressalvou, ainda, que a prese te de isão ão prejudi a a i terposição de
eventuais pedidos individuais relativos à suspensão do pagamento das faturas em razão da
pa de ia, a sere a alisados asuisti a e te .7
21. A decisão se revela proveitosa principalmente no aspecto em que joga luzes
sobre as repercussões indesejadas das medidas de exceção, possivelmente perniciosas para
todo o sistema, com reflexos negativos para os seus próprios consumidores.
22. Pela envergadura do tema que está sob análise igualmente aqui, e pelos efeitos
que o acolhimento do pedido formulado pela Defensoria pode produzir, revela-se prudente,
5 Em rigor, trata-se de questão que demandaria adequado enfrentamento nos âmbitos deliberativos próprios. Ainda mais por avançar no sensível segmento dos planos de saúde, com tamanha envergadura e repercussão social, a intervenção judicial ora postulada invade a esfera de atribuição do Poder Legislativo, que, aliás, já se apressou em regular variadas questões de Direito Privado por meio do Projeto de Lei n° 1179, de 2020, que dispõe so re o Regi e Jurídi o E erge ial e Tra sitório das relações jurídi as de Direito Privado RJET o
período da pandemia do Coronavírus (Covid-19 . 6 TJRS, 17ª C.C., A.I. 5011984-85.2020.8.21.7000, Rel. Des. Giovanni Conti, proferida em 07.04.2020. 7 Idem.
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quando menos, abrir espaço para que as operadoras possam se manifestar sobre o pleito de
antecipação formulado na petição inicial.
23. E, a esse respeito, quanto ao periculum anunciado como apoio para o pedido
de antecipação, leve-se em conta que a concessão de prazo para a oitiva das rés de forma
alguma impedirá que, em eventuais ações individuais, sejam desenvolvidos juízos singulares
para as urgências de cada caso, como continuamente é feito.
II – CONCLUSÃO
24. Pelo exposto, a AMIL vem requerer a esse MM. Juízo que:
(i) conceda prazo razoável para que, querendo, as rés possam apresentar suas
considerações sobre o descabimento dos pleitos liminares. Registra-se, no
ponto, que, diante da suspensão dos prazos processuais ordenada pelo CNJ, a
ora peticionante não se opõe a que esse prazo seja estabelecido em data fixa
(v.g., até o dia 20/04/2020); ou
(ii) caso entenda cabível desde logo, já promova o pronto indeferimento dos
pedidos liminares, que poderão trazer danos substanciais para a assistência
médica privada no País.
25. Ainda, a AMIL se reserva no direito, de, oportunamente, apresentar
contestação no prazo legal, ou seja, em até 15 (quinze) dias de eventual audiência de
conciliação ou de mediação (art. 335, I, do CPC) ou no prazo estipulado por esse MM. Juízo,
caso opte pela não realização da mencionada audiência.
26. Por fim, requer-se a juntada dos instrumentos de mandato anexos (doc. 1),
postulando que todas as suas futuras intimações sejam promovidas exclusivamente em nome
do advogado SÉRGIO MACHADO TERRA (OAB/RJ 80.468), com escritório na Rua da
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Assembleia 77, 11º andar, Rio de Janeiro, CEP 20.011-001, e o seguinte endereço de e-mail:
Nestes termos, p. deferimento.
São Paulo, 09 de abril de 2020.
Sérgio Machado Terra OAB/SP 356.089
Willie Cunha Mendes Tavares OAB/SP 261.217
Márcio Fernando Elias Rosa OAB/SP 83.744
Bernardo Salgado OAB/RJ 217.432
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TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 13/04/2020 14:42 Certidão - Processo 1029663-70.2020.8.26.0100 Página: 1
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0147/2020, foi disponibilizado na página 566/578 do Diário da Justiça Eletrônico em 13/04/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima mencionada.
Advogado Defensoria Pública do Estado de São Paulo (OAB 999999/DP)
Teor do ato: "Vistos. Tratando-se de ação civil pública, abra-se vista ao Ministério Público com urgência. Após, tornem conclusos. Intime-se."
SÃO PAULO, 13 de abril de 2020.
Rick Shodi Shikai Coordenador
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL32ª VARA CÍVELPRAÇA JOÃO MENDES S/Nº, São Paulo-SP - CEP 01501-900Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
DESPACHO
Processo Digital nº: 1029663-70.2020.8.26.0100
Classe – Assunto: Ação Civil Pública Cível - Tratamento médico-hospitalar (COVID-19)
Requerente: Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Requerido: Amil Assistência Médica Internacional LTDA e outros
Juiz(a) de Direito: Dr(a). FABIO DE SOUZA PIMENTA
Vistos.
Fls. 58/67: aguarde-se manifestação do Ministério Público, inclusive sobre a
petição ora formulada.
Há de se ressaltar que, em razão da suspensão de prazos por este e. TJSP,
impossível se falar em concessão de prazo para manifestação, o que sobrestaria
indeterminadamente o prosseguimento do feito, o que não inviabiliza manifestação dos
interessados nestes autos.
Int.
São Paulo, 13 de abril de 2020.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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