Aprender sin fronteras; UNESCO sources; Vol.:98; 1998

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 7

I D E A S Y O P I N I O N E S . . .

2. . . . . .

INCÓMODAAnn BixMujer de negociosMoosejaw, Saskatchewan (Canadá)

Su tema central titu-lado Bioética: ante todo, la dignidad, debióser difícil de preparar, puesto que se trata deun tema eminentemente sensible y político.Por otra parte, me sentí incómoda después deleerlo. No es que encontrara chocantes algu-nas de las posiciones, sino que me pareció quelas entrevistas a los miembros del Comité In-ternacional de Bioética (CIB) dejaban filtraralgunas corrientes subyacentes más bien pre-ocupantes.

Esos expertos son mayoritariamente cien-tíficos que tienen intereses particulares: con-tinuar su investigación libremente. Su campode experimentación suele situarse más en loslaboratorios que en lo que podríamos llamar"la gran experiencia de la vida". En mi opi-nión, recibir un premio Nobel de la Paz deQuímica no significa que uno esté más cuali-ficado para debatir sobre los orígenes y la dig-nidad de la vida humana. Y no me tranquilizael saber que el Comité cuenta en su seno conun gran número de juristas.

Pero no se confundan: no soy una reac-cionaria contraria al progreso científico. Soyuna atea, partidaria del aborto. Pero creo pro-fundamente que, si se quiere alcanzar una éti-ca universal en lo referente a la genética, hayque reunir a la mayor diversidad posible deopiniones. ¿Por qué no se convoca a los jefesreligiosos de todas las confesiones, para ayu-dar a conseguir una definición clara de lo quees la dignidad humana? ¿Y por qué no tam-bién a militantes de los derechos humanos quetengan una experiencia práctica en la luchacontra el racismo y la discriminación?

Ampliar el debate es mucho más que unasimple "dosificación de fuerzas políticas, co-rrientes ideológicas y grupos de interés", con-tra la que se defiende Noëlle Lenoir, presi-denta del CIB. Son decisiones demasiadoimportantes para dejarlas sólo en manos delos científicos, juristas y representantes gu-bernamentales.

La señora Lenoir no es convincente cuan-do afirma que el CIB es una "estructura

abierta" y que las ONG y grupos de interéshan expresado "puntos de vista propios sobreeste tema". En realidad, han participado enlos debates de su propio patrón y dentro dellímite de sus recursos. Dejándolos a un lado,se radicalizan sus posiciones. Y estoy pensan-do concretamente en los pueblos autóctonos,cuyos intereses no están representados ni porlos científicos ni por los representantes gu-bernamentales. De hecho, mi país, Canadá,fue quizás el único que se hizo eco de sus pre-ocupaciones dentro del Comité.

UNA SANAAPORTACIÓNThierno Madju BahFederación Guineana de Asociaciones y Clubes UNESCOConakry (Guinea)

Leí con verdaderoplacer los números 93 y 94 de su revista. Fue-ron para mí una sana aportación, sobre todoel tema central sobre bioética, ya que estudiobiología en la Universidad de Conakry.

Los demás miembros del Club UNESCOcon los que comparto la revista me hablarontambién de lo beneficiosa que les resulta sulectura.

TOMA DE CONCIENCIAMariela Peña SeguiBibliotecariaCamagüey (Cuba)

Tuve oportunidad deleer algunos números de Fuentes y he queda-do maravillada nuevamente como cada vezque leo una publicación de la UNESCO. Sonmuy interesantes los temas que trata y soncapaces de sensibilizar a la gente de todo elplaneta sobre los problemas de África, de lasmujeres, de los niños "sin derechos", por ejem-plo.

UN PUNTODE PARTIDAEduardo Armijos GutiérrezPresidente de la Asociación Ecuatoriana de Posgraduadosen Ciencias AgropecuariasLoja (Ecuador)

El envío periódico dela publicación Fuentes nos da pautas para de-batir con racionalidad sobre hechos históri-cos, que con urgencia debemos enfrentar.

CALIDAD YOBJETIVIDADMichel TernovskyEspecialista en ciencias de la educaciónNiza (Francia)

Permítanme que lesexprese mi admiración por la calidad y la ob-jetividad que demuestran en la elección y eltratamiento de los temas que abordan.

Fuentes UNESCO

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P R I M E R P L A N O

3. . . . .

N u n c a a n t e s l o s g r a n d e s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n

e s t a d o u n i d e n s e s h a b í a n m o v i l i z a d o t a n t o s p e r i o d i s t a s n i

d e d i c a d o t a n t o t i e m p o a u n a c o n t e c i m i e n t o c o m o p a r a c u b r i r

l a s s u p u e s t a s e x t r a v a g a n c i a s d e l p r e s i d e n t e C l i n t o n . P e r o , a l

m i s m o t i e m p o , u n m o v i m i e n t o d e a u t o c r í t i c a s e h a i n i c i a d o .

A l g u n o s d e e s t o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n c o n s i d e r a n e s t a

m o v i l i z a c i ó n e x c e s i v a , y a m e n u d o j u z g a n i m p r u d e n t e e l

t r a t a m i e n t o q u e s e l e h a d a d o . A d e m á s , c o m i e n z a n a

d e n u n c i a r a l p r i n c i p a l p r o m o t o r d e d i s t u r b i o s : I n t e r n e t .

" I n t e r n e t h i z o e s t a h i s t o r i a , y e s t a h i s t o r i a h i z o I n t e r n e t " ,

e s c r i b í a M i c h a e l K i n g s l e y e n l a e d i c i ó n e s t a d o u n i d e n s e d e

T I M E d e l 2 d e f e b r e r o p a s a d o . " C l i n t e r n g a t e . . . e s a I n t e r n e t

l o q u e e l a s e s i n a t o d e K e n n e d y f u e a l o s i n f o r m a t i v o s d e

t e l e v i s i ó n . I n t e r n e t l l e g a a l a m a y o r í a d e e d a d e n c a l i d a d d e

f u e r z a i n f o r m a t i v a o , d i r í a n a l g u n o s , d e f a r s a i n f o r m a t i v a " .

P o r u n l a d o , u n e j é r c i t o d e p e r i o d i s t a s , a r m a d o d e u n o s

r e c u r s o s d e i n v e s t i g a c i ó n e x t r a o r d i n a r i o s , a c t ú a g u i a d o p o r u n

c ó d i g o d e b u e n a c o n d u c t a , y e n p a r t i c u l a r, p o r l a s i g u i e n t e

n o r m a : u n h e c h o s ó l o e s p u b l i c a b l e u n a v e z q u e h a s i d o

c o r r o b o r a d o p o r, a l m e n o s , d o s f u e n t e s f i a b l e s e i n d e p e n d i e n -

t e s . P o r o t r o l a d o , u n " i n t e r n a u t a " , s o l o , s e n t a d o f r e n t e a s u

c o m p u t a d o r, c o n e c t a d o a l a r e d , a c t ú a a m e n u d o s i n e l m á s

m í n i m o s e n t i d o d e l a é t i c a , y c o n v e n c i d o d e q u e t o d o s e

p u e d e d e c i r, i n c l u s o u n s i m p l e r u m o r. Y l o i n c r e í b l e e s q u e

e l " e n a n o " i m p o n e s u s c o n d i c i o n e s . E l ' i n t e r n a u t a ' t o m a l a

d e l a n t e r a e n l a c a r r e r a d e l a i n f o r m a c i ó n , y l o s g r a n d e s m e -

d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d i c e n a h o r a q u e , a g o t a d o s e n s u i n t e n -

t o f r e n é t i c o d e n o q u e d a r s e a t r á s e n l a b ú s q u e d a d e n o t i c i a s

e x c l u s i v a s , a l g u n a s v e c e s h a n t o m a d o c a m i n o s d u d o s o s .

F u e r z a o f a r s a . L a f u e r z a h a s i d o c o m p r o b a d a . L a f a r s a e s t á

e n t e l a d e j u i c i o . L o c i e r t o e s q u e f r e n t e a l p o d e r c r e c i e n t e

d e I n t e r n e t , l o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n t r a d i c i o n a l e s a p e n a s

c o m i e n z a n a a d o p t a r u n a n u e v a p o s i c i ó n .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (33-1) 45 68 16 73.Fax: (33-1) 45 68 56 54.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

EN TELA DE JUICIO

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

APRENDERSIN FRONTERAS

Portada:©Panos Pictures/Penny Tweedie

R e n é L E F O RT

Informe Mundialsobre la Comunicación• ¡URGE INNOVAR!. . . . . . . . . . . . . . . 18

Patrimonio• MUY FLEXIBLE . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Cultura•LIBROS PERIÓDICOS. . . . . . . . . . . . . 22

Educación•EL RETORNO DE LOS MAYAS. . . . . . 23

( V e r p p . 1 8 - 1 9 e l a r t í c u l o s o b r e e l ú l t i m o I n f o r m eM u n d i a l s o b r e l a C o m u n i c a c i ó n ) .

En la cibergalaxia.

No se requierenecesariamente

una aula.

La nueva "civilización delbambú".

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T E X T O S E I M Á G E N E S

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4. . . . . .

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45684300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http://www.unesco .org/pu-blishing.

LIBROS

PINTURAS MURALESConflictos o indiferencia,condiciones climáticas, defectostécnicos, restauraciones pocorespetuosas: las pinturas mura-les de los monasterios budistasde Camboya están en peligro.Este libro de arte (en francés)magníficamente ilustrado,

"rasga el velo del olvido" y hace"renacer los esplendores deantaño" con el fin de contribuir,como señala en la introducciónNouth Narang, ministro deCultura y Bellas Artescamboyano, "no sólo asensibilizar a los camboyanossobre las bellezas de su propiopatrimonio, sino también adespertar el interés de colabora-dores dispuestos a ayudarnos".Además de las reproduccionesde pinturas murales, frisos ybatientes de las pagodas, este"deber de memoria" incluyetambién textos explicativos quesitúan las obras en su contextocultural, social y religioso.Los artistas beben de tresfuentes de inspiración: la vidadel Buda y las virtudes quepracticaba; la mitología ydentro de ella la epopeya delReamker (versión camboyanadel Ramayana, que relata lavida de Rama, una de lasencarnaciones de Visnú); y lavida cotidiana, con sus fiestastradicionales y reales.

• Peintures murales desmonastères bouddhiques auCambodge, de Jacqueline yGuy Nafilyan. ÉditionsMaisonneuve et Larose/ÉditionsUNESCO, 1997. Precio: 240 FF.

OBRASREPRESENTATIVAS

LA POESÍA CUBANA"Ya yo me enteré, mulata,mulata, ya sé que diseque yo tengo la narisecomo nudo de cobbata".Nicolás Guillén "encontró en elritmo y la estructura del son,género musical con elementosespañoles y africanos, el modoesencial de su manera poética",convirtiéndose en el "más altorepresentante de la poesíasocial y negrista", expresa eldirector de la AcademiaCubana de la lengua, SalvadorBueno, en sus "Apuntes sobre lapoesía en la Cuba del siglo XX"que introducen esta obra.En efecto, esta nueva selecciónrecoge los nombres másrepresentativos de la poesía

cubana y permite pasar por lasdiferentes épocas y génerospoéticos. Bueno abarca bien laépoca: desde los "empeñosrenovadores en la provincia" delos poetas matanceros yorientales como Agustín Acosta(1886-1979) hasta los queproclaman su adhesión alproceso revolucionario que viveel país, los "novísimos" (1966),como Miguel Barnet (1940) yNancy Orejón(1944), sinolvidar a los poetas jóvenes delGrupo Orígenes (1944-1956),encabezado por José LezamaLima (1910-1976)."Con el mismo fuego los poetascubanos de este siglo han forja-do sus obras de muy distintasmaneras... pero con unos y conotros, este árbol siempre verdede poesía descubre un paisaje

digno de colocarse al lado delos mejores que se levantan enlas letras de nuestro idioma",concluye Bueno.• Con un mismo fuegoPoesía Cubana, selección deAitana Alberti. ColecciónUNESCO de Obras Representa-tivas. Ediciones UNESCO/LITORAL, 1997. Precio: 160 FF.

REVISTAS

REVISTA INTERNACIONALDE CIENCIAS SOCIALESEl nº 154 (en inglés y francés),el segundo número dedicado ala antropología, se propone"explorar nuevos horizontes".Como explica Michael Herzfeld,de la Universidad de Harvard,todos los artículos muestran,más allá de su diversidadtemática -de la etnoeconomía ala cosmología, pasando por lasfronteras espaciales, sociales yculturales-, "cómo la antropolo-gía, a través de sus investigacio-nes críticas, preserva laposibilidad de cuestionar lalógica universal de la'globalización' y de denunciarlos estrechos fundamentoshistóricos y culturales en los quese basa, permitiendo escucharotras voces"; en resumen, cómopuede esta disciplina ayudar a"conseguir esa comprensión dela persona a la que sólo sepuede acceder cuando lascertezas tambalean".

EL CORREO DE LA UNESCO¿La medicina trata al paciente ocombate la enfermedad? ¿Elpaciente es una entidadindividual totalmente autónomao forma parte de un entornosociocultural? ¿La enfermedadse debe únicamente a laintrusión de un agente foráneoo es la señal de "una armoníarota que el cuerpo procura a lapostre restablecer con auxilio dela medicina"?Bajo el título Medicina ysabiduría, el número de febrerodel Correo cede la palabra amédicos, psicoterapeutas yantropológos que intentanresponder a esas preguntas. Lasrespuestas son en ocasiones

contrapuestas, según latradición o la doctrina queexpongan, pero ofrecen unpanorama de las prácticasmédicas: del tratamiento de lasenfermedades psicosomáticasque se inspira en el pensamien-to budista, a la "figura central"

que representa el curanderotradicional africano, pasandopor el tratamiento "global" de laenfermedad en la medicinachina.

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H E C H O S Y G E S T O S

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5. . . . . .

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Su especialidad son las gam-bas con salsa picante. Su otra

especialidad son las convergen-cias morfológicas de especies ve-getales de origen filogenético di-ferente, que viven en condicionesclimáticas parecidas; dicho deotro modo: el estudio de las con-diciones de adaptación de lasplantas a su entorno. Con 55 años,la botánica chilena GloriaMontenegro es una de las cuatroganadoras del Premio HelenaRubinstein para las mujeres y laciencia, organizado con laUNESCO.

El premio, dotado con 20.000dólares, le fue entregado el 7 deenero, igual que a sus tres com-pañeras: la bioquímica nigeriana

Grace Taylor, la bioquímica fran-cesa Pascale Cossart y lamicrobióloga coreana Myeong-Hee Yu. En total, el jurado, for-mado por 13 personalidades cien-tíficas mundiales, habrá estudia-do 94 candidaturas.

"De pequeña me gustaba ob-servar la naturaleza, hacer pre-guntas y comprender. Era muycuriosa". Después de estudiar bo-tánica y ciencias naturales, en los

GAMBAS Y HIERBASDE GLORIA MONTENEGRO

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años 70, la joven científica em-pieza a estudiar las plantas queutilizan las poblaciones indíge-nas. "En aquella época, poca gen-te se interesaba por los pueblosindígenas, los ecosistemas, elmedio ambiente".

Ahora, Gloria Montenegro esuna especialista reconocida mun-dialmente. Da clases en la Uni-versidad Católica Pontificia deChile y ha sido presidenta de laSociedad Chilena de Botánica.Trabaja especialmente en la pre-servación de algunas especiesvegetales silvestres e introduceprogramas de recuperación en zo-nas destruidas por el fuego odesertizadas por la sobrepredaciónde animales o de insectos.

"Creo que las científicas sonmás sensibles tanto a los proble-mas de la gente -a causa de sufunción maternal- como al medioambiente. Y sentimos la necesi-dad de estar cerca de la gente,así como de comunicar y, por con-siguiente, de hablar con sencillez".

"Desarrollar una actividadcientífica es un verdadero desafíopara una mujer, porque ademáshay que asumir las responsabili-dades familiares y domésticas".

En efecto, la botánica es tam-bién madre de dos hijos y abuelade cuatro. "Mi marido ha sido muycomprensivo. También es cientí-fico y entendía perfectamente quedebía cuidar de los niños cuandoyo tenía que estar fuera dos se-manas para ir a la montaña".

El premio, instaurado este año,se otorgará cada dos años para re-compensar a mujeres que se ha-yan distinguido en medicina, fí-sica, química, biología, zoología,botánica, investigación agroali-mentaria o ciencias medioambien-tales.

Nadia KHOURI-DAGHER

P odría ser el título de uncómic: "Las aventuras del

guardián de los arrecifes". En él,la vida de numerosos seres vivosestá pendiente de las hazañas deun joven e intrépido submarinis-ta. Su misión es proteger los co-rales en el sur de Asia. Nada pue-de detenerle: ni las explosionescon dinamita de los pescadores,ni las bestias de púas que nadanpor las aguas turbulentas.

Este superhéroe es un jovenexperto británico de 30 años.

Jason Rubens, diplomado en ges-tión litoral y con siete años de ex-periencia en la Sociedad de Ex-ploración del Medio Ambiente, sedefine como un simple "investi-gador de ciencias sociales, al quele interesa el medio ambiente".

Él coordina en el sur de Asiala Red Global de Vigilancia de losArrecifes de Coral, creada por laComisión Oceanográfica Intergu-bernamental (COI) de la UNES-CO, el Programa de las NacionesUnidas para el Medio Ambientey la Unión Mundial para la Na-turaleza.

Jason Rubens vive en Colom-bo y recorre Sri Lanka, India ylas Maldivas con el fin de con-tratar voluntarios: desde biólo-gos marinos hasta sociólogos

JASON RUBENS,GUARDIÁN DE CORAL

que trabajan con los pescadores.Pero las dificultades empiezancuando se trata de formarlos.Además de que faltan recursoseconómicos, a menudo es difícilrecoger y comparar informaciónsobre los arrecifes. A pesar de queexisten técnicas simples para me-dir la densidad de los corales y lacantidad de peces, "es más fácilobtener información de los arre-cifes que de la gente", señala. Porejemplo, el comercio creciente depeces para acuarios reduce algu-nas veces el número de peces quese alimentan de algas, que se dis-putan con los corales el espaciodel arrecife.

"Hay cosas que simplementedeberían estar prohibidas, comoexcavar o dinamitar un arrecife.¿Pero dónde hay que fijar los lí-mites de la pesca? ¿Cualquier ex-plotación de los corales es mala?Es difícil responder sin datos amedio plazo".

Por eso Rubens está elabo-rando un "manual socioeco-nómico" sobre la vigilancia de losarrecifes. "Me encanta el subma-rinismo, pero no entré en esteproyecto por eso. Primero me in-teresé en los hábitats naturales,la fauna y la flora", explica, re-cordando los años que pasó tra-bajando en las selvas de Ugandahabitadas por chimpancés y en laszonas boscosas litorales de Tan-zania. "Allí fue donde vi las con-tradicciones que existen entre lanecesidad de preservar un sitionatural y el hecho de que la vidade las poblaciones dependa, amenudo, de la predación de esosrecursos. Son unos fenómenoscientíficos y humanos muy com-plejos, y esto es lo que los haceapasionantes".

Amy OTCHET

• El 12 de enero, el directorgeneral nombró a la ex jefa deEstado islandesa, VIGDISFINNBOGADOTTIR, presidentade la Comisión Mundial de Éticasobre los Conocimientos

Científicos y Tecnológicos. Antetodo se encargará de asesorarle"sobre el mandato y lacomposición de la comisión, yde proponer una veintena depersonalidades de medios

científicos, jurídicos, filosóficos,culturales y políticos". El pasadonoviembre, la ConferenciaGeneral de la UNESCO solicitóla creación de esta comisión,con el fin "de fomentar una

reflexión ética multidisciplinariay multicultural sobre (algunas)situaciones de riesgo para lassociedades, debidas a losavances de las ciencias y de lastecnologías".

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LA RADIO PUEDE SER UN INSTRUMENTOEDUCATIVO PARA LAS POBLACIONESMÁS AISLADAS. AQUÍ, EN MONGOLIA(Foto © S. Nowak).

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T E M A C E N T R A L

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7. . . . . .

Querido lector, ¿cuándo aprendió ustedpor última vez ? No sé qué le parece

a usted, pero yo estoy seguro de que su res-puesta será la misma que la mía: "estoyaprendiendo". Tengo ganas de decir queesto es lo que hace "Aprender sin Fronte-ras" (LWF, de las siglas inglesas deLearning Without Frontiers). Quizás estaexplicación no le satisfaga si lo comparacon Médicos sin Fronteras o Reporterossin Fronteras, ya que las fronteras a las quese refiere LWF son los obstáculos delaprendizaje: no solamente las barrerasgeopolíticas, sino también las del tiempo,la distancia, las lenguas, las situacioneseconómicas y socioculturales, y las que seencuentran en nosotros mismos.

Yo aprendo cuando escribo. Esto mehace reflexionar, hurgar en mi memoria.Trabajo en una habitación en la que se pue-den consultar libros y periódicos. Veo agente con la que hablar. Pulso un teclado.Aparecen las primeras líneas. Probable-mente habrán evolucionado cuando el ar-tículo esté terminado. Reflejan mi pensa-miento en un momento dado. Pero puedocambiar de opinión. Por ejemplo habréhablado con alguien, habré aprendido algo

"APRENDER SIN FRONTERAS"El aprendizaje debe dirigirse a personas de necesidades tan variadas y tan cambiantes quela enseñanza tradicional no puede conservar su monopolio: cualquier oportunidad de intercambio,por cualquier medio, puede ofrecer posibilidades de aprender que tengan numerosas finalidades(ver más adelante). Peter Kempadoo aprovecha su trayectoria cosmopolita para compartirsu experiencia de autosuficiencia con los campesinos de Zimbabwe (p. 9). Paradójicamente,la desastrosa herencia de Mozambique en materia de educación debería ayudarle a hacer tabla rasa delas antiguas cadenas (p. 10). En Estados Unidos, unos colegiales utilizan Internet para enriquecerse conlos conocimientos de sus compañeros de todo el mundo (p. 11). Gracias a una radio comunitaria,campesinos filipinos han aprendido a duplicar el rendimiento de sus arrozales (p. 14). En Bangladesh,unos niños ven con ojos nuevos su cultura, a través de la fotografía (pp. 12-13), y el aprendizaje de lalectura se convierte en cosa de familia en los Países Bajos (p. 15). Y cuando no se sabe leer ni escribir,el multimedia puede ser una herramienta de formación profesional, como en América Central (p. 16).

nuevo, al teléfono, en clase, en el trabajo,durante una reunión de barrio, de los me-dios de comunicación, de la web o duranteuna ceremonia.

Ayer aprendía hablando con AdamaOuane sobre este artículo, lo que íbamos aescribir, cómo diríamos que LWF no es unautopía, que no todo son medios de comu-nicación, que no todo es enseñanza a dis-tancia, que es una realidad, que existe aquí,que es lo que usted es, querido lector, yque usted puede involucrarse en el momentoque guste.

COMPART IREs posible gracias a su entorno. A usted leestimulará el hecho de estar en relación conpersonas que tienen las mismas cosas queaprender. Con ellas, usted forma una co-munidad de aprendizaje. En realidad, us-ted puede formar parte de varias comuni-dades de esas, porque existen distintos gru-pos de personas que tienen varias cosas queaprender. Así, puede usted asistir a clasesy, unas horas más tarde, tomarse un té enla terraza de un café y discutir sobre lo queha visto en la televisión o leído en los pe-riódicos, que le ha hecho reflexionar. A lo

mejor usted está lejos de mí, pero el hechode que yo le imagine donde está usted, leconvierte, de forma muy efímera, en miem-bro de una de mis comunidades de apren-dizaje.

A pesar de que habíamos decidido abor-darlo de otra manera, en seguida voy a lla-mar a Adama Ouane, a mandarle por faxesta parte de texto y a pedirle que reflexio-ne sobre ella y continúe. Él me enviará loque haya escrito y seguramente haremosotros intercambios: seguiremos aprendien-do. Otras personas trabajarán en este textoy continuaremos los intercambios. Y paraacabar, usted aprenderá porque nosotrosaprendemos. Esto es "Aprender sin Fron-teras".

Aprendemos a lo largo de toda la vida,desde que nacemos hasta que morimos. Lofundamental es ahora aprender a aprender.Lo que nos han enseñado los sistemas edu-cativos estructurados, pronto queda supe-rado en un mundo cambiante. Esto es apli-cable tanto al África rural como a las afue-ras de París, desde donde escribe mi cole-ga Jan Visser. Podemos intercambiar ideascara a cara, por intermedio de Internet opor fax. Pero lo que aprendemos también

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T E M A C E N T R A L

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T O D O E S U N P R E T E X T O P A R A A P R E N D E R ( F o t o U N I C E F / R . S o m a z z i ) .

puede pasar a través del redoble de un tam-bor o del sonido de una cora que evoca unalucha por la libertad. Se aprende en escue-las o medersas; también en los ritos de ini-ciación que nos colocan frente a la com-plejidad de la vida, como describió demodo tan real Amadu Hampaté Ba en sucélebre novela Amkoulel. Aprender es algoque se construye sobre lo que se ha apren-dido antes. El efecto acumulativo no tienelímites.

Aprender sin fronteras, pues, dista deser una utopía o una mera colección deexperiencias anecdóticas. Romper los obs-táculos a la adquisición del saber es unapráctica extendida en las ciudades, laschabolas y las zonas rurales de África. Enlas zonas muy pobres y apartadas, se utili-zan generadores para compensar la falta deelectricidad y antenas parabólicas hechascon cualquier cosa por los herradores, paracaptar imágenes del mundo entero. Lospastores fulanis, en el curso de sus largastranshumancias solitarias, han convertidoel magnetófono en su inseparable compa-ñero, al igual que su célebre bastón multiu-sos y sus alforjas.

CREAC IÓNHan añadido el magnetófono a la radio y alos demás medios de comunicación comu-nitarios -en especial la prensa rural-, lo queles da acceso a unos conocimientos útilespara desarrollar nuevos estilos de vida. Loutilizan para volver a escuchar las epope-yas de los tiempos inmemoriales y grabarsu propia voz, sus propias creaciones lite-rarias. En realidad, les permite ampliar sumemoria, multiplicar el volumen de tex-tos y de poemas que componen en la sole-dad de las sabanas, cruzando ríos, lagos ytorrentes en busca de pastos.

Las oportunidades de aprender, de crearconocimiento y de reconocer el valor de latradición abundan. Fíjense en Tombuctú,por ejemplo. Los anglosajones la percibencomo una ciudad imaginaria de alguna re-gión apartada, tan lejana que se diría queya no forma parte de la Tierra. Sin embar-go, vengo de Malí, donde hemos habladosobre la creación de un telecentro comuni-tario de diferentes funciones, precisamen-te en Tombuctú y en otros cinco lugaresdel país. Esos centros pilotos abrirán un ac-ceso a Internet. Ofrecerán servicios públi-cos de educación, sanidad, agricultura,medio ambiente, cría de ganado y pesca.

También servirán para el desarrollo de laartesanía, de las pequeñas empresas y dela autonomía de las mujeres. El centro deTombuctú aprovechará las actividades delCentro Cultural Ahmed Baba, permitien-do el acceso instantáneo y mundial a losarchivos y célebres manuscritos de la Uni-versidad Sankoré, una de las más antiguasdel mundo. El pasado y el futuro se en-cuentran. También es eso "Aprender sinFronteras".

Dado que interesa a toda la UNESCO,este programa requiere un esfuerzo inter-disciplinario. Un reducido núcleo de per-sonas que gestionan un presupuesto infe-rior a 100.000 dólares anuales, se encarga

de la coordinación. Otros, de distintos sec-tores de la Organización, como los de In-formática y Educación Básica, contribuyenal mismo con sus propios medios. Pero"Aprender sin Fronteras" es demasiadoamplio para ser sólo una actividad de laUNESCO. Pertenece al mundo. Y todo elmundo debe participar en su desarrollo. Senecesitan un enfoque, compromiso, ima-ginación y habilidades prácticas para ac-tuar sobre el terreno, seriedad para ver másallá de los éxitos del pasado, voluntad deaprender creando nuevas modalidades deaprendizaje y, por encima de todo, colabo-raciones. Así pues, el programa pretendeante todo fomentar el intercambio en tor-no a tres ejes. El primero consiste en pro-vocar un cambio de perspectiva, crear un

nuevo estado de ánimo; gracias a publica-ciones y reuniones -reales y virtuales- y,sobre todo, detectando las experienciasinnovadoras. La página web de LWF -http://www.education.unesco.org/lwf- es unaherramienta de primer orden para que cadacual pueda aprender de la experiencia deotro y pueda unirse a nosotros. Se puedeacceder a un amplio abanico de páginas decolaboradores.

La segunda gran preocupación es laexploración del potencial tecnológico. Setrata de algo más que de instalar máqui-nas. Lo más importante es saber cómo uti-lizarlas para crear unas modalidades deaprendizaje adecuadas al contexto actual.Para esto es necesario concentrarse en unaspecto del saber que dé poder a las perso-nas y las lleve a colaborar.

VA L O RLa tercera preocupación es dar a conocerla diversidad. Los avances más interesan-tes se producen allí donde la gente tiene elvalor de salirse de los caminos trillados.En algunas circunstancias, es más fácil con-templar el mundo del aprendizaje con nue-vos ojos. Es lo que ocurre, por ejemplo, enMozambique, donde la parte esencial de lainfraestructura educativa desapareció du-rante la guerra civil. Es triste, pero tam-bién es una oportunidad para reconstruirde manera distinta. Lo paradójico es quemuchos países industrializados pueden in-novar menos que Mozambique, porque tie-nen las manos atadas por sus éxitos delpasado.

En la UNESCO, LWF funciona desdeenero de 1996. Dos años más tarde, es to-davía demasiado pronto para valorar su efi-cacia. En estos momentos una cosa es evi-dente: las ideas causan efecto. Falta lo másdifícil: cambiar las prácticas. Para ello, esnecesario reformar los sistemas educativostradicionales. Las escuelas tienen que con-vertirse en instituciones claves para prepa-rar a las nuevas generaciones a aprender alo largo de toda su vida. Esto requiere nue-vas actitudes, nuevas capacidades del pro-fesorado, del alumnado y de las adminis-traciones. También necesita el compromi-so de un amplio abanico de colaboradores.Queda mucho por hacer; mucho por apren-der. También es esto "Aprender sin Fron-teras".

Jan VISSER y Adama OUANESector de Educación

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Me crié en una plantación de caña deazúcar de Guyana y aprendí a satis-

facer mis necesidades sólo con mis diezdedos. Sabía fabricarme los muebles y co-serme la ropa. El herrero, los curtidores,el zapatero, todo el mundo aprendía sobrela marcha".

Actualmente, Peter Kempadoo, queenseña los principios de Gandhi, repartesu tiempo entre Londres y el pueblo deMatsheshe, situado en la árida región deMatabelandia, al sur de Zimbabwe. Duran-te una visita que realizó a ese lugar en 1989,le pidieron que colaborara en un programaalimentario de urgencia para niños. Cuan-do volvió al cabo de varios meses, el jefedel pueblo le dio un terreno para que seinstalara y sentara las bases de lo que hoyes un proyecto de desarrollo rural integralen plena expansión. A su vez, él ofrecióesta "experiencia práctica" a la UNESCO,al incorporarse al programa "Aprender SinFronteras".

A sus 71 años habla de su misión conenergía, entusiasmo y humor, tomando desu infancia los principios fundamentales dela autosuficiencia, que en su opinión es lariqueza de toda persona de pueblo. Se crióen una comunidad asiática donde los pre-ceptos cristianos de sus padres se mezcla-ban con la cultura hindú tradicional.

F E L IZ P ERO S IN UN C ÉNT IMO"A mi padre le gustaba ayudar a los de-más. Pero no teníamos ni un céntimo yhabía que dar de comer a la familia. Mimadre, india, se encargó de nuestro apren-dizaje. Si hubiera sido por ella, nos ha-bríamos hecho ricos. Y es que mi padre erade aquellos hombres que, si llamaban a lapuerta a medianoche y le decían 'arrégla-me el coche', lo hacía y añadía: '¡Vete enpaz!' Mi madre decía: 'Pídele cinco dóla-res'. Nunca acumulamos dinero, pero éra-mos una familia muy feliz".

Cuando llegó a Londres a comienzosde los años 50, Peter Kempadoo encontrótrabajo en el Servicio Mundial de la BBC.Como disponía de pocos recursos para for-marse, visitaba asiduamente la bibliotecalocal, donde primero leyó literatura clási-ca y después, cuestionando su catolicismo,obras de religión y de filosofía comparati-va. A través de la Iglesia católica entró en

contacto con la Sociedad Fabian (sociedadsocialista británica fundada en 1884), don-de se familiarizó con el movimiento en fa-vor de la liberación de las colonias.

Cuando su primera esposa abandonóGuyana para reunirse con él en Londres,Kempadoo obtuvo un empleo estable en elinstituto de sondeos Gallup, antes de en-contrar una casa de campo que acogiera unafamilia cada vez más numerosa. Aprenderpor la práctica se convirtió en la norma de

vida de sus 14 hijos (5 de ellos adoptivos)y su mujer era el "genio" que dirigía sueducación en casa. Actualmente dispersapor todo el mundo, la tribu cuenta con unprofesor, un productor de televisión y va-rios escritores, pues la escritura es una vo-cación familiar desde que se publicó la pri-mera novela de Peter Kempadoo, GuyanaBoy, en los años 50.

Después de muchos años viajando conmisiones de desarrollo rural de las Nacio-nes Unidas y tras la muerte de su mujer en1986, se fue a Sudáfrica a visitar PhoenixFarm, el proyecto de Gandhi que se en-cuentra en Durban, que pone en práctica elconcepto de "sarvodaya" (la mejora delmarco de vida y el bienestar para todos),basado en los conceptos de autenticidad,amor, compasión y no violencia.

Tres años más tarde llega a Zimbabwe,conocedor por experiencia de las transfor-maciones que el colonialismo causó en lavida de los pueblos africanos. "Escomprensible que exista una amalgama deculturas. En Zimbabwe, la gente no llevael vestido tradicional sino ropa moderna y

mucha sabe hablar inglés. El país cono-ció una colonización inhumana, muy dis-tinta a la de Kenya o el África occidental.Se arrojó a Matabelandia a una poblaciónarrancada de valles fértiles, que se reins-talaba en una tierra incapaz de producirmás que una agricultura que no alcanza-ba el umbral de subsistencia".

Pero Kempadoo rechaza la cólera: "Másvale encender una vela que estallar en laoscuridad". Entonces introdujo el cultivode soja en Matsheshe y al mismo tiempofomentó pequeñas lecherías para produciryogures. También surgieron cultivos dehortalizas y viveros. Las mujeres son lasque llevan todas estas actividades, señala."Los hombres se pasaban el rato peleán-dose sobre la Biblia alrededor de una bo-tella de ron. Las mujeres tenían que man-tener la cohesión familiar. Ellas eran lasque trabajaban. Vinieron a verme y me dije-ron: ¿por qué no creamos un programa?"

POR E TAPASEl programa de Matsheshe lo gestionan lasmujeres del pueblo y los jóvenes. La cons-trucción de cocinas y de viviendas ha per-mitido descubrir las técnicas de la albañi-lería. Las mujeres han aprendido la reco-gida del agua de lluvia y la agrosilvicul-tura. Pero lo principal es que los niños hancrecido adquiriendo esos conocimientos.Más tarde, han formado un grupo para lan-zarse a una empresa aún más ambiciosa,después de recibir una unidad de radio dela filial canadiense de la Asociación de Ra-diodifusión de la Commonwealth. Perotienen un problema: la falta de electrici-dad. "Todo hay que hacerlo por etapas",recuerda Kempadoo. Así, los jóvenes hanaprendido a construir paneles solares."Ahora podemos pasar a la fase siguien-te: el diseño de programas de calidad".Para Kempadoo, "la radio forma parte delaprendizaje informal a través de la prác-tica. No se contentan con escuchar pasi-vamente".

A pesar de la lentitud del cambio, suéxito se debe a su capacidad de distinguirlo posible, a su comprensión profunda delmodo de conseguirlo y a su inalterablepaciencia.

Sarah McNEILL, Londres

R e t r a t o

UNA LLAMA INEXTINGUIBLEEs guyanés, vive entre Londres y un pueblo de Zimbabwe y enseña los principios de Gandhiy la autosuficiencia: Peter Kempadoo tiene la pasión de los creadores y la paciencia de los sabios.

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E L 5 8 % D E L A SI N F R A E S -T R U C T U R A SE S C O L A R E SF U E D E S T R U I D OD U R A N T E L AG U E R R A C I V I L( F o t o ©R i c c a r d oP o l a s t r o ) .

En Mozambique, la guerra civil ha he-cho tabla rasa del anterior sistema edu-

cativo. En la provincia de Nampula, al nortedel país, igual que en el resto, los avancesexperimentados en el campo de la educa-ción formal después de la independencia(1975) se han visto casi reducidos a la nada.Más de la mitad de las infraestructuras es-colares han sido destruidas y los índicesde matriculación bruta en primaria pasa-ron del 95% en 1981 al 59% en 1988. Losíndices netos siguen siendo muy bajos:35% para los niños y 28% para las niñas."De cada 1.000 alumnos que entran en laescuela en Nampula, se calcula que sólo48 acabarán la primaria", escribe Jan Visser,de la UNESCO, en un informe reciente. Lamitad de los que lo consiguen abandonanmás tarde por falta de infraestructuras.

En el segundo país más pobre del mun-do (90 dólares por habitante en 1994, se-gún el Banco Mundial), el sistema padeceuna excesiva centralización, unos currí-culos inadecuados, la falta de material pe-dagógico y el bajo nivel de cualificacióndel profesorado, añade el informe. Unacuarta parte del mismo nunca ha recibidouna educación formal y más de la mitadsólo ha disfrutado de una enseñanza pri-maria durante seis años y después de unsolo año de formación profesional. Lamayoría de las escuelas están recargadas,funcionan según un sistema de rotación yen ellas los alumnos se sientan en el suelo.

I D E A S P O B R E SEs cierto que la red de escuelas se ha re-construido en parte. A nivel nacional, sunúmero pasó de 3.381 a 5.165 entre 1993y 1996. Según Helena Taipo, directora delGabinete para la Promoción del Empleo,"todos los distritos de la provincia de Nam-pula poseen de nuevo una escuela". Perolas barreras que impiden el acceso a la edu-cación formal son tan numerosas que noes posible contentarse con las respuestasclásicas ofrecidas antes de la guerra. ParaZacarias Ivala, delegado del Instituto Peda-gógico de Nampula, la pobreza de las ideasque han inspirado el sistema nacional deeducación es el problema número uno. Cuan-do se creó después de la independencia,explica, los mozambiqueños pensaban quesus dirigentes innovarían. La experiencia

M o z a m b i q u e

VOLVER A EMPEZAREn la provincia de Nampula todo está por reconstruir, empezando por el sistema educativo.Pero cuidado con reproducir los errores del pasado.

ha demostrado lo contrario. En un paísdonde el 80% de la población vive de laagricultura, "los individuos, a menudo pro-cedentes de comunidades rurales, entranen la escuela para encontrar la 'civiliza-ción'. Como antes de 1975, salen de elladesarraigados. Después de cinco años deprimaria saben leer y escribir. Están con-vencidos de haberse 'civilizado' y tienenla sensación de haber cortado con su co-munidad. No pueden aportarle nada por-que han olvidado todo lo que la tradiciónles enseñó. Mientras nuestro sistema noencuentre mecanismos que permitan quelos alumnos adquieran una auténtica ca-pacitación, adaptada a su entorno, esta-remos equivocados". Para Ivala, crecer enla ignorancia de si mismo constituye el peorde los analfabetismos.

Las distancias constituyen también uninconveniente. "Algunos niños recorren 30km al día para ir y volver de la escuela.Cuanto más alto es el nivel de estudios,más aumentan las distancias". En cuantoa las niñas, en general no forman parte delviaje. "Lo fundamental es que estén biencasadas, explica Alberto Viegas, asesor dela Dirección Nacional de Planificación.Ellas se conforman con la formación delmarido. Si él es capaz de alimentarlas aellas y a su familia, la escuela pasa a unsegundo plano. Por eso habría que animar-las a estudiar, por ejemplo reservándolesplazas en las administraciones". Otro pro-blema son los idiomas. Para Viegas, es ur-gente instituciona-lizar la enseñanza en laslenguas maternas, en un país donde el portu-gués lo es sólo de algo más del 1% de la

población. La mayor parte de losmozambiqueños habla lenguas bantúes,emakua y koti en la provincia de Nampula."Imagínese el ejercicio que tienen que ha-cer, para pensar primero en esas lenguasy traducir al portugués, que suele ser sutercera lengua".

Sin contar los esfuerzos dispersos deONG locales y extranjeras, prácticamenteno existen infraestructuras de educación noformal y profesional. Mientras que el índi-ce de anafabetismo en la provincia siguesiendo más elevado que en el resto del país-60% para los hombres y 87% para lasmujeres (frente al 42% y al 77% a nivelnacional)-, por ahora sólo funciona un cen-tro de alfabetización de adultos. Ademásde la alfabetización hay otras muchas ne-cesidades. Por ejemplo, en una provincia

que, antes de la guerra, constituía la prin-cipal zona de producción agrícola, de pes-cado y de madera, a los campesinos les gus-taría aprender a comercializar sus productosy a obtener un crédito. Y no ha sido posible,en una economía dominada por el Estado.

"Es necesario combinar los esfuerzos,formales y no formales, para que la edu-cación religiosa, tradicional, familiar yescolar contribuyan a la formación de unmozambiqueño activo e implicado en lavida de la comunidad", concluye Viegas.Pero del dicho al hecho hay un buen trecho.Con el apoyo de los Países Bajos y de agen-tes locales y extranjeros, la UNESCO y lasautoridades están trabajando en ello y tienenque entregar su examen a mediados de 1998.

Filimone MEIGOS, Nampula

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O T R A S ( F o t o © D e r e c h o s r e s e r v a d o s ) .

Los alumnos de Linda Mason parecíanaislados del mundo, hasta que se equi-

pó con ordenadores conectados a Internetsu aula de ciencias de 4º de la escuela se-cundaria de Pease, situada en San Antonio(Texas, Estados Unidos). Sin menospreciarsu utilidad en la enseñanza de las cienciaspropiamente dicha, el mérito principal deesta conexión es poner en relación a losalumnos de Linda con otros colegiales detodo el mundo.

"¿Cuál es el índice de CO2 de vuestras

aulas? El nuestro es muy elevado". Estemensaje lo enviaron los alumnos de Lindacuando estudiaban su entorno en el marcodel proyecto "Global Laboratory", un cur-so internacional de iniciación a las teleco-municaciones. Está financiado por la "USNational Science Foundation" y fue crea-do por Boris Berenfeld, un científico y edu-cador de origen ruso, en TERC, un orga-nismo de investigación en educación que tie-ne su sede en Cambridge (Massachussets) yque participa en el programa "Aprender sinFronteras". Desde su creación en 1991,Global Lab ha llegado a más de 300 clasesde secundaria de una veintena de países.

COMPART IR Y COMPARARSu originalidad se debe a que utiliza lastelecomunicaciones para formar una comu-nidad mundial de alumnos. Con la ayudade instrumentos baratos, especialmentediseñados para el proyecto, los alumnosefectúan mediciones de varios elementosde su entorno: el aire, el suelo, la tempera-tura y la salinidad del agua, el pH, la in-tensidad de la luz y de los rayos UVA, elíndice de ozono y de CO

2. Cada clase abre

su propia web, que está conectada a la delproyecto (http://globallab.terc.edu/). Losalumnos usan la web para compartir y com-parar sus observaciones, exactamente igualque los científicos. Una vez adquiridos losconocimientos básicos, colaboran con suscondiscípulos de todo el mundo en la defi-nición y ejecución de sus propios trabajos.

Los de Linda midieron el índice de CO2

de su clase. Gracias a Global Lab, pudie-ron realizar una operación poco habitualen ese nivel educativo, pero normal entrelos científicos: solicitar ayuda a sus com-pañeros. Los alumnos de la escuela secun-daria Kennedy de Aiken (Carolina del Sur),

E s t a d o s U n i d o s

RED DE COLEGIALESPara analizar mejor su entorno, los alumnos trabajan a través de Internet con sus compañeros de otroscolegios. Esta bocanada de aire fresco les ha permitido, por ejemplo, mejorar la calidad de la atmósfera.

respondieron a su mensaje: "Hemos leídovuestro informe y tenemos el mismo pro-blema. Hemos registrado los índices deCO

2 de las caravanas donde se encuentran

varias de nuestras aulas. (Nuestro profe-sor) creía que eran más altos. ¡Nada deeso! Las aulas normales presentaban ín-dices más elevados. Para nosotros vienede los pasillos. Las aulas normales dan a

unos pasillos, mientras que las caravanasdan al exterior... Entre clases, el aire puropenetra en ellas, mientras que en las au-las normales se absorbe el aire viciado delpasillo".

Global Lab parte del principio de queel aprendizaje es un acto social. Los adul-tos siempre se han formado recíprocamentemediante el aprendizaje dentro de una co-munidad, de una cofradía e incluso duran-te cazas tribales. Con la llegada de las te-lecomunicaciones a la pedagogía, los alum-nos también se forman mutuamente. Pue-den llevar a cabo conjuntamente investi-gaciones concretas, que les permiten ad-quirir una experiencia tanto en lo socialcomo en lo referente al trabajo en común,difícil de obtener en la enseñanza tradicio-nal, y pueden situar sus observaciones lo-cales en un contexto global. Aprenden aelaborar, presentar y analizar la información.

Los alumnos de Linda Mason han trans-mitido sus observaciones a la comisiónescolar local, que envió cuatro inspectores.

"En cuanto sacamos nuestros datos y nues-tros gráficas, explica Linda, empezaron atomar notas". Los inspectores decidieronmedir el índice de CO2 con su material pro-fesional. "Llegó el momento glorioso, seregocija Linda: obtuvieron exactamente losmismos resultados que nosotros". Graciasa eso se reparó el sistema de aireación dela escuela y los alumnos de Linda experi-mentaron una honda sensación de éxito yde capacidad de actuación. "Estaban muyorgullosos de haber conseguido lo quenadie había obtenido en 17 años. Están tanacostumbrados al fracaso, que a vecescuesta convencerles de que hacen un buentrabajo".

Global Lab también enseña a los alum-nos que la colaboración a escala mundialrequiere de ellos un trabajo serio, no paralos profesores, sino para todos. Por ejem-plo, cuando los alumnos de una escuelasecundaria de Moscú constataron erroresen los datos que transmitían otras clasesdel Global Lab, enviaron el siguiente men-saje: "Todos los científicos pueden equivo-carse. Pero la falta de exactitud puede con-ducir a conclusiones erróneas. Éste es unode los problemas más importantes con losque topa la ciencia. Tenemos que superar-lo... Invitamos a todos aquellos que ten-gan ideas para mejorar la exactitud denuestros trabajos, a ponerse en contactocon nosotros".

U N S U E Ñ OGlobal Lab representa la culminación delsueño de Boris Berenfeld y de sus colegas:permitir que los alumnos de distintos paísesy culturas se comuniquen y aprendan juntos.

"Las comunidades de aprendizajetransnacionales hacen la educación másatractiva y moderna para los alumnos yles dan los mismos medios de aprender quetienen los científicos y los profesionales,señala Berenfeld. El inmenso potencial delas telecomunicaciones aplicadas a la pe-dagogía, se convierte en una realidadcuando permite que los alumnos adquie-ran unos conocimientos, una capacidad yunos comportamientos que les serán nece-sarios para vivir y trabajar en el sigloXXI".

Harvey Z. YAZIJIAN,Cambridge

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Rubeya Sarkar Rima tiene 13 años. Va a la escuela desde hace nueve años y

prepara su "matric", el equivalente delcertificado de estudios. Pero ya ha hechogala de su talento de fotógrafa: uno de susnegativos sobre la violencia doméstica levalió recientemente el segundo premio deun concurso regional organizado por elUNICEF. Este año, también ha sido selec-cionada para formar parte del jurado delprestigioso concurso mundial World PressPhoto.

Rabeya es uno de los 46 niños queapoya la agencia de fotografía DRIK, deDacca, la capital de Bangladesh, cuyo ob-jetivo es ofrecer una nueva visión sobre lasociedad y la cultura de este país. La agen-cia subvenciona su educación, les enseñalos principios de la fotografía, les propor-ciona una cámara y les anima a expresarsemediante la imagen. Algunos de estos ni-ños además tienen trabajitos: "15 de ellos,por ejemplo, venden flores en las calles deDacca, explica Shahidul Alam, el directorde DRIK. Todavía no tenemos suficientes

Simulacro decombatedurante

una fiesta(Foto ©

DRIK/RabeyaSarkar Rima).

Mis hermanasen la cocina(Foto ©DRIK/RabeyaSarkar Rima).

LA MIRADA DE LA INOCENCIAMientras se preparan para una profesión -la fotografía-, los niños de Bangladesh ofrecen una miradacándida sobre su propia cultura y, al mismo tiempo, les sueltan un par de verdades a los adultos.

cámaras fotográficas, así que las compar-ten".

Antes de entrar en ese proyecto, hacetres años y medio, Rabeya quería ser médi-co. "Yo era una alumna brillante y todo elmundo pensaba que mi carrera ya estabatrazada. No fue hasta mucho más tarde,

cuando empecé a comprender lo que po-día aportarme la fotografía, cuando deci-dí convertirla en profesión".

"Mi objetivo es, ante todo, plantearalgunas cuestiones en mi familia. Papá nopara de desvalorizar a mamá, repitiéndo-le sin cesar 'tú eres una mujer, ¿tú que vas

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Niña vendedorade agua

(Foto ©DRIK/RabeyaSarkar Rima).

En una fábrica de ropa, unas mujeres se despiojan durante el descanso(Foto © DRIK/Rabeya Sarkar Rima).

a saber ?' Mamá no quería casar a mihermana mayor tan joven; ahora los médi-cos dicen que, si tiene la salud tan delica-da, es por culpa de ese matrimonio precoz.Mamá no quiere repetir el mismo errorcon mi otra hermana, que tiene 15 años.Pero papá no escucha a nadie".

Rabeya también trabaja sobre su her-mano. "Mis padres siguieron teniendo hi-jos hasta conseguir un varón. A mí megustaría mostrar que, para mi hermano, lavida no es de ninguna manera la mismaque para nosotras. Él siempre tiene lomejor. Él se da cuenta... pero es un chicoy terminará siendo como mi padre. Ya estáen el camino. Sin duda necesitaré ocho odiez años para poder acabar con estetema".

Una de las repercusiones que más sedestacan en el proyecto es que los niños nose guardan los conocimientos adquiridos."Los comparten con sus compañeros y suentorno, explica Alam. Algunos enseñan asu madre a leer y escribir. Otros danclases de alfabetización dentro de su co-munidad".

Mientras continúa sus estudios, Rabeyaenseña fotografía y periodismo a otrosniños, últimamente en el apartado pueble-cito de Fandauk. "Era la primera vez queentraba en contacto tan directo con niñoshindúes. Realmente me cayeron bien. Siem-pre me habían contado cosas negativassobre los hindúes; en casa comen en unahabitación separada. Si pudiera abrir losojos de los demás..."

Sus padres no estaban muy contentosal ver que su hija seguía un camino tanpoco convencional. Pero el premioUNICEF les hizo reflexionar. Y además lafotografía le hace ganar dinero, que ella dacasi íntegramente a su padre. Lo cual no esun mal argumento...

Sue WILLIAMS

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La noche cae sobre Cabagan, pequeñaciudad de la provincia de Isabela, a 500

km al norte de Manila. Pieneta Antonio,una viuda de 48 años, echa una mirada alreloj del mercado y exclama: "¡Dios mío!Tengo que irme, mi clase empieza a lasseis". Recoge con prisa sus compras, sedespide de la vendedora y regresa a su casa,en Angancasilian. Ni siquiera oye como lavendedora grita: "¿Qué clase? ¿A su edad?"

No lejos de allí, en el pueblo de Cubag,Fernando Lago, un aparcero de 49 años,se sienta a la mesa en compañía de su es-posa, Segunda, que, esa noche, ha prepa-rado la cena más pronto que de costumbre.Los dos tienen un lápiz y papel a mano.

En otro lugar aun, en su casita de techode palma, Teresita Balacano se instala cer-ca de un radiocasete, que se trajo despuésde una estancia desmoralizante de un añoen Oriente Medio, como criada. Le ha pe-dido a su hija mayor que cuide de los máspequeños, porque no quiere que la moles-ten durante la hora que va a pasarse escu-chando el programa educativo de la radiocomunitaria DWRA. En otras muchas po-blaciones de los alrededores de las gran-des poblaciones agrícolas de Cabagan ySan Pablo, más de cien oyentes están sin-tonizando ese programa dedicado a la pre-vención de los parásitos y las enfermeda-des del arroz.

D I F ERENTEEsta hora de programa no se parece a nin-guna otra. Está compuesta por una clasede 25 minutos que imparten especialistasen producción, entomología y enfermeda-des del arroz, tras los cuales se planteandos o tres preguntas a los oyentes, que de-ben enviar sus respuestas a DWRA. En-tonces la emisora puntúa los "ejercicios".Al término de las ocho semanas del curso,los participantes que han aprobado recibenun diploma, y los mejores reciben premios:aparatos domésticos y otros utensilios.

Los programas se dirigen a personasque sólo han recibido una educación míni-ma. Fernando Lago y Teresita Balacano,por ejemplo, sólo realizaron estudios pri-marios. En cuanto a Pieneta Antonio, que hallegado hasta segundo curso de secundaria,declara orgullosa: "Mis vecinos y mis ami-gos se burlaron de mí cuando se enteraron

S E G U N D A YF E R N A N D O ,

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F i l i p i n a s

CUANDO LA RADIO SE RÍE DE LOS PARÁSITOSEn la provincia rural de Isabela, algunos agricultores consiguen duplicar el rendimientode sus arrozales gracias a una formación radiofónica concebida para ellos.

de que volvía a la escuela. Ahora vienen aconsultarme cada vez que tienen proble-mas en los arrozales". Y enseña su certifi-cado de participación en el cursoradiofónico y la medalla que le entregaroncomo "mejor alumna de su clase".

El curso lo organizaba la Universidadde Estado de Isabela (UEI) para DWRA,

que dispone de una emisora de 20 vatios.Ya se han hecho otros programas educati-vos sobre la conservación de los alimen-tos, la salud y la nutrición infantiles, loscultivos de hortalizas biointensivos y pri-meros auxilios.

Los programas de DWRA, por otrolado, han servido como modelo para otradocena de emisoras creadas en el marcodel proyecto piloto Tambuli, puesto enmarcha conjuntamente por la UNESCO yla agencia danesa de desarrollo DANIDA,que es el primero de Filipinas que ha for-mado una red de medios de comunicacióncolectivos (ver Fuentes, nº 89).

"Estos programas enlazan directamen-te con el triple objetivo que se ha marcadola UEI: formación, investigación y divul-gación", explica Ann Sablan, directora dela emisora, que también es profesora de launiversidad. Según ella, lo que los oyen-tes aprenden acaba teniendo, para la ma-yoría, unas aplicaciones prácticas.

Esta fórmula de enseñanza radiofónicase distingue de la normal en la medida enque los alumnos están matriculados oficial-mente, los temas se seleccionan en funciónde las necesidades de la comunidad deoyentes y los presentan especialistas.

A Sally Albano, una agricultora, la es-cogieron para presentar esos programas.Ella declara: "La mayoría de los agricul-tores no tenían ningún tipo de conocimien-tos sobre los medios modernos de luchacontra los parásitos. Rociaban sistemá-ticamente el arroz con plaguicidas en de-terminados momentos del crecimiento de

las plantas, sin preocuparse de saber sihabía insectos o no, lo cual hacía que sulucha fuera cara e ineficaz. Ahora sabenlo que significa un ‘umbral económico’ yotros términos técnicos que hasta enton-ces estaban reservados a los especialistas".Fernando Lago lo confirma: "Desde quesigo los cursos de la radio, prácticamentehe doblado mi rendimiento. Y me gastomucho menos en abonos y plaguicidas".Igual que él, numerosos agricultores hanmejorado su productividad.

Miguel Ramos, director ejecutivo de launiversidad, espera que se amplíen esoscursos radiofónicos. "Mientras esperamosque nuestro país disponga de un sistemade educación a distancia instituciona-lizado, hacemos lo posible para dar a losmiembros de nuestra comunidad que sólohan recibido una educación mínima, unasegunda oportunidad de adquirir conoci-mientos estructurados y prácticos, graciasal poderoso vehículo que constituye la ra-dio. ¿Quién sabe?, con un apoyo logísticoadecuado los cursos podrían preparar elterreno para una universidad abierta ennuestra región".

Louis N. TABING,Cabagan

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T E M A C E N T R A L

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Enseñar a leer y a escribir a un niño noes tan fácil. Cualquier maestro se lo

dirá. Muchos añadirán que no existe unmétodo único que garantice el éxito de to-dos. Pero pocas escuelas públicas dispo-nen de los recursos adecuados para ofre-cer a sus alumnos unos métodos adapta-dos a sus necesidades específicas. Los quese retrasan suelen acabar repitiendo, fra-casando o teniendo que seguir costososcursos de recuperación. Es lo que pasa so-bre todo con los hijos de familias de rentasmodestas o de inmigrantes.

En su apoyo viene el programaOverstap (en castellano, "pasar el relevo"),que agrupa a 13.000 alumnos de 450 es-cuelas neerlandesas, al dar mayor flexibi-lidad al sistema escolar, al sacar el proce-so de aprendizaje del recinto de la escuelay al implicar a las familias.

EN ALTA VOZLanzado a título experimental en cuatrocomunidades, en 1992-1993, Overstap seenmarca en la línea de Opstat, un progra-ma de enseñanza a domicilio dirigido a losniños de seis años. Se dirige a los alumnosde primer curso de elemental (de seis o sie-te años de edad) y a sus padres. Todas lasescuelas que participan en el programa tie-nen un elevado porcentaje (algunas hastael 100%) de alumnos pertenecientes a me-dios culturales distintos. "A los niños lesencanta Overstap", afirma Annemieke vanAarssen, maestra de la escuela primariaJules Verne de Utrecht.

La idea es simple: primero aprendenalgunas palabras y letras en la escuela.Después las repiten en casa, para reforzarel proceso de asimilación. La escuela pro-porciona a los niños y a sus padres mate-rial de lectura especial, correspondiente alo que el alumno ha aprendido en clase,que incluye una serie de ejercicios dondese hace hincapié en la lectura en voz alta.También proporciona un libro de imáge-nes que permite a los padres analfabetosparticipar en ese trabajo, discutiendo so-bre lo que ven con sus hijos.

"Hay diez libritos para leer en casa quetienen bonitas ilustraciones y colores vi-vos, diez libros que incluyen tareas y unlibro para leer a los niños, también dispo-nible en casete, explica Annemieke van

PA R A E L L O S , " E S I M P O R TA N T E S A B E R Q U EL E E R E N C A S A N O T I E N E N A D A D E

A B U R R I D O " ( F o t o © D e r e c h o s r e s e r v a d o s ) .

P a í s e s B a j o s

COSAS DE FAMILIACientos de escuelas neerlandesas invitan a los padres de alumnos, incluidos los analfabetos,a compartir con sus hijos, en casa, el placer de la lectura.

Aarssen. Los padres pueden quedarse conel libro de leer con los niños, pero devuel-ven los demás. Queremos conseguir que elalumno y uno de los padres trabajen en sucasa unos 30 minutos por semana. Una veza la semana, los niños llevan sus tareas ala escuela, lo cual estimula a los padres".Aproximadamente el 30 % de los alumnos

de su clase son originarios de países ex-tranjeros. Por eso el libro que se lee a losniños existe, por ejemplo, en turco, árabe,español e inglés.

La escuela invita a los padres cada vezque los niños cambian de libro -más o me-nos cada tres semanas- y les eneseña cómoutilizar el material complementario que vacon él. También se organizan otras activi-dades, como visitas a bibliotecas y presen-taciones de vídeos sobre los niños y la lec-tura.

Overstap hace algo más que aumentarel tiempo dedicado al aprendizaje y enri-quecer el vocabulario de los niños: incor-pora la lectura a la vida familiar. Anne-mieke van Aarssen ve en ello la razón desu éxito: "Es importante para los niños ypara sus padres el saber que, leer en casa,no tiene nada de aburrido. Es una formalúdica de aprender, que les da la maravi-llosa oportunidad de pasar juntos un rato

excepcional". También familiariza a lospadres con el mundo de la escuela y lespermite sentirse más cómodos en él.

Antes de implicarse en el programa,Annemieke van Aarssen, igual que todo elprofesorado que participa en él, siguió unaformación en la Fundación Averroes, unainstitución con sede en Amsterdam centra-da en el desarrollo de la pequeña infanciaen el marco familiar. Hasta este año, elGobierno neerlandés financiaba esta for-mación, pero ahora las escuelas tienen queasumir el costo por sí mismas.

"Los comienzos fueron difíciles, reco-noce Annemieke van Aarssen. No se sabíacómo iban a reaccionar los padres ni loshijos. El proyecto requiere mucho tiempoy esfuerzo: hay que perseguir a los padrespara recuperar los libros, convencerles deque vengan a la escuela para asistir a lasreuniones y motivarles cuando están allá.El primer año no vimos a muchos padres.Pero este año, más de la mitad se han des-plazado y han mostrado un enorme inte-rés".

INAGOTABLE¿Los niños protestan para hacer sus tareas?"Que va, les parece genial. Y no sólo a losalumnos que aprenden fácilmente, sinotambién a los que les cuesta".

"Mi madre me ayuda a hacer Overstap,explica con timidez Jeremy, uno de losalumnos de Annemieke van Aarssen. Nosinstalamos en la mesa de la cocina y hace-mos algunas tareas juntos. Me gusta elproyecto, pero después odio irme a lacama".

Sabah suele hacer sus tareas con suhermano de 11 años y se muestra inagota-ble con el libro que acaba de terminar. "Esla historia de un gigante que se va de viajepara ir a ver a una giganta, pero no le lle-va un regalo y entonces ella le da una bo-fetada". Ruveyda, Margaretha y Natasja,amigas inseparables, hacen sus tareas deOverstap juntas. "Es fácil y es divertido",declaran al unísono.

"El programa requiere tiempo, conclu-ye Annemieke van Aarssen, pero la inver-sión merece la pena".

Caroline BROEIJEN, Utrechtcon S. W.

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

T E M A C E N T R A L

16. . . . . .

Para qué sirve la educación, si no paraforjarse un futuro, es decir, ante todo

para poder ganarse el pan de cada día? Par-tiendo de este principio, el programa"Aprender sin fronteras" desarrolla un pro-yecto de educación alternativa en los seíspaíses de América Central -Costa Rica,Guatemala, Honduras, Nicaragua, Panamá,El Salvador-, que albergan a un total de casi30 millones de habitantes.

El objetivo es enseñar unas profesio-nes a unos adultos analfabetos, con el finde permitirles desarrollar una actividadeconómica independiente: fabricación deladrillos, de platos y de utensilios de cerá-mica, de muebles de bambú; aprendizajede nociones básicas de costura, electrici-dad, fontanería o carpintería, y tambiénproducción de hortalizas y de abonos na-turales. Los nueve módulos de formaciónestán pensados para ser asimilados por per-sonas que no dominen la lectura.

En cada uno de estos módulos, una cin-ta de vídeo presenta los gestos básicos quehay que ejecutar en cada etapa y elformador ofrece las explicaciones usandoel lenguaje cotidiano. Si no se dispone deaparato de vídeo, una casete ofrece tam-bién una descripción detallada de las dife-rentes etapas a seguir. Por último, un ma-nual recoge con fotografías y esquemas lastécnicas básicas, presentando una "pelícu-la" de todo el proceso de fabricación, algoasí como una receta de cocina: es difícilequivocarse.

F Á C I L E SLos módulos los elaboran en Costa Ricaprofesionales costarricenses que poseenuna experiencia en producción radiofónica,televisiva y gráfica, y que han pasado porel Centro de Formación de Radio Neder-land para América Latina. Los de fabrica-ción de cerámica y de ladrillos están aca-bados y se están probando. "El método esclaro, la técnica, sencilla y los objetos, fá-ciles de realizar. Además, las jarras y losplatos de alfarería gustan mucho a los tu-ristas", reconoce Deseña Rivas, una mu-jer de 21 años que nunca antes había toca-do la arcilla. "Es una manera de crearseun trabajo alternativo. Se puede trabajaren grupos, por ejemplo con amigos", ex-plica Martín Solís, un jardinero de 26 años,

L A A L F A R E R Í A R E L AT A D A A L O S A D U LT O S( I l u s t r a c i ó n t o m a d a d e l m a n u a l

" C r e a n d o c o n B a r r o " ) .

A m é r i c a C e n t r a l

RECETAS PARA SALIR ADELANTEEl vídeo, la imagen y el sonido sirven para enseñar profesiones prometedoras a adultos iletrados,siguiendo unos principios sencillos.

padre de familia, que ve en ello una formade mejorar sus ingresos.

El proyecto arrancará a comienzos demarzo: una campaña de televisión y radioinformará en los seis países sobre la exis-tencia de clases alternativas, y está previs-to que varias televisiones y radios emitanlos módulos para permitir el aprendizaje adomicilio. En los pueblos y los barrios po-pulares de las ciudades, las ONG servirán

de enlace, ayudando a localizar a los ins-tructores y ofreciendo la infraestructuramaterial necesaria para la enseñanza: lo-cal, vídeo o televisor. En Costa Rica, ya seha establecido contacto con cerca de 200ONG locales o delegaciones de ONG in-ternacionales.

Los módulos de formación duran de 8a 12 semanas y la media es de un curso porsemana: están pensados para que puedaseguirlos un adulto que tenga el día ocu-pado (con un trabajo o una familia), comoMartín y Deseña. Se dirigen especialmen-te a los jóvenes y a las mujeres, y tambiénpueden condensarse e impartirse en un pe-ríodo más corto, por ejemplo si hay queformar a jóvenes desempleados.

"La enseñanza de un trabajo manualsolamente puede ser beneficiosa para los

jóvenes. Esto ya les permite escapar delvicio de la droga. Y la artesanía no estámal vista: al contrario, el turismo la harevalorizado", reconoce Martín Solís.

"Es una experiencia totalmente origi-nal, explica Amable Rosario, responsablepedagógico de Radio Nederland. Realmen-te hemos intentado sacar partido de lomultimedia, combinando lo audiovisual, elsonido y el material escrito. Y aunque lospaíses de América Central ya han traba-jado con la UNESCO en estrategias edu-cativas, es la primera vez que están uni-dos en torno a un proyecto de educaciónextraescolar".

"En varios países de la región, las es-cuelas aún no se han recuperado de laguerra y este proyecto también palía unagrave carencia educativa heredada de losconflictos", asegura Juan Chong, directorde la oficina regional de la UNESCO enCosta Rica.

Las pruebas han permitido comprobarque el método pedagógico se adaptaba aun destinatario iletrado que no tenía expe-riencia profesional, pero también han pues-to de manifiesto demandas específicas,como de consejos para saber cómo comer-cializar los productos fabricados.

H ISTOR IA DE ÉX I TOPorque una cosa es aprender una profesióny otra vivir de ella. Con el tiempo se podrájuzgar la eficacia de un proyecto destina-do no sólo a comunicar una técnica, sinotambién a generar ingresos. Y se podrá sa-ber cuántos hombres y mujeres habrán se-guido el ejemplo de Juan Méndez Álvarez,costarricense de 50 años, que se inició enla alfarería hace 18 años y ahora dirige unamicroempresa próspera. Él es quien abreel vídeo del módulo "Creando con barro".Es una historia de éxito viviente, destina-da a generar otras decenas o centenas demiles, en seis países donde las estadísticasnos dicen que siete de cada diez personasno consiguen una renta mínima.

Los resultados de las pruebas han sidotan satisfactorios que una parte del equipocostarricense irá a elaborar un material si-milar a Mozambique y a otros países afri-canos lusófonos.

N. K.-D.y Milena FERNÁNDEZ, San José

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REVISTA

TRIMESTRAL

DE EDUCACIÓN

COMPARADA

■ Últimos números:Nuevas Tecnologías de laEducación (n° 102 y 103)

Publicada por la Oficina Internacional de Educación y distribuida por Ediciones UNESCO.Suscripción anual: 180 FF. Precio de cada número: 60 FF.

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

" . . . C ada c u l t u r a e s una c on cha en l a queo ímo s vo c e s que no s d i c en l o que s omosy l o que f u imo s , l o que hemos o l v i dadoy l o que podemos s e r " . E s t a s po ca spa l ab ra s d e l e s c r i t o r mex i c ano Ca r l o sFuen t e s , que apa r e c en de s t a cada s en un

f o l l e t o t i t u l a d o D e l t e j i d o a l a s r e d e se l e c t r ón i c a s . . . LA CULTURA EN LAUNESCO , r e s umen l a v i s i ón de l aO rgan i za c i ón en e s t e ámb i t o . E l l a po s t u l aque l a "memor i a c o l e c t i v a e s ab i e r t a ye s t á v i va , que puede c on s t i t u i r l a ba s ede un f u t u r o en e l que t odo s l o spueb l o s , t o do s l o s i nd i v i duo s , pa r t i c i p enp l enamen t e en l a v i da de s u c u l t u r a y ene l d e sa r r o l l o d e s u s s o c i edade s " .

☞ Se c t o r d e Cu l t u r a

"Los AVANCES TECNOLÓGICOS convistas al siglo XXI" fue el tema de uncoloquio celebrado en la UNESCO losdías 15 y 16 de enero, organizado encolaboración con la AcademiaFrancófona de Ingenieros. Más de uncentenar de especialistas de 25 paísesdebatieron sobre las consecuenciastecnológicas y sociológicas de loslogros científicos -en especial en loscampos de la cultura, la comunicacióny la información-,así como sobre eldesarrollo de tecnologías energéticasrespetuosas con el medio ambiente.

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¿Internet matará o resucitará la prensa es-crita? ¿El servicio audiovisual público estácondenado a desaparecer ante la televisióncomercial? ¿Las agencias de prensa debenabrirse necesariamente a lo multimedia ydiversificar sus productos? ¿La oleadadigital nos obligará a arrinconar nuestroquerido transistor? En resumen: ¿cómo vaa reorganizarse el paisaje mediático ante lasnuevas tecnologías? La última edición delInforme Mundial sobre la Comunicaciónaborda el meollo de un tema que agita lasmeninges de todos los profesionales de losmedios de comunicación.

"El mundo de la comunicación pasa deuna economía de racionamiento y de con-trol organizado por los Estados, a una eco-nomía liberal, abierta a la abundancia dela oferta y a la pluralidad". El escenarioestá a punto. Ahora se trata de saber cómointerpretan su papel los actores clásicos dela escena mediática y si otros papeles lesvan a quitar el protagonismo.

C O M P E T E N C I A"En la mayoría de países, los periódicosatraviesan una grave crisis, que se carac-teriza por un retroceso general de la difu-sión, una pérdida de cuotas de mercadopublicitario, una escasez de lectores jóve-nes, una disminución de la influencia de laprensa en comparación con la radio, la te-levisión y, actualmente, los ordenadores",escribe el autor del informe, el catedráticoargelino Lotfi Maherzi. En los paísesindustrializados -salvo excepciones comoJapón, donde los periódicos son los reyes(¡72,7 millones de ejemplares vendidos cadadía en 1996!)- hay que cambiar de actitudpara conservar lo adquirido: utilizando lacompetencia (la imagen, el sonido y las re-des) en su provecho.

En los tiempos de la prehistoria de lasnuevas tecnologías de la información, al-gunos expertos consideraban Internet comoel sepulturero de la prensa escrita. Ahorason muchos los que opinan lo contrario:"aun siendo conscientes de que la ediciónelectrónica no es la solución milagrosa",piensan que "gracias a la red, la prensa es-crita podrá recuperar el lugar que le habíaquitado la televisión". Así, "cada vez másperiódicos del mundo abren servidores enInternet" para aumentar sus productos y

I n f o r m e M u n d i a ls o b r e l a C o m u n i c a c i ó n

¡URGE INNOVAR!Las nuevas tecnologías transforman los paisajes mediáticos,provocando una explosión de la oferta.

servicios de información tradicionales yseducir a los jóvenes lectores. "En agostode 1996 habría más de 1.500 periódicos yrevistas internacionales en línea, 1.400 deellos sobre la web. Algunos, como el NewYork Times, completan los textos y las fo-tografías con mensajes de audio. Otroscrean foros de debate con sus lectores".

En cuanto a las agencias de prensa, sereorganizan frente a la disminución de in-gresos por suscripciones de sus clientestradicionales. Este sector, muy concentra-do (los tres líderes tratan más del 80% dela información internacional) debe innovarsin cesar par reducir los costos ydiversificar productos y clientes. Algunasse especializan en un mercado donde nun-ca (o muy raramente) falta dinero: la in-formación económica.

También son numerosas las que se lan-zan "a la recogida, el tratamiento y la di-fusión de imágenes de actualidad destina-das principalmente a la televisión. Con eldesarrollo de las nuevas cadenas de saté-lite, los difusores, al no poder ya cubrirlos costos cada vez más altos de los repor-tajes, vuelven la mirada a los servicios queproporcionan las grandes agencias". Perocomo el mercado es jugoso (se prevé uncrecimiento del 50% en los próximos 10años), los candidatos van haciendo cola."El desarrollo de las nuevas tecnologíasen el campo de la transmisión de imáge-nes y la creciente demanda del mercadode la información, han llevado a algunasgrandes cadenas de televisión (como CNN)a crear su propia agencia".

P R O L I F E R A C I Ó NPor supuesto, la radiodifusión, el medio decomunicación más extendido por todos loscontinentes, "no escapa a las transforma-ciones tecnológicas. Se vislumbra una pro-liferación de avances: el multiplex, laminiaturización de los receptores, ladiversificación de las fuentes de energía,la modulación de frecuencia y la mejoraconsiderable de la facilidad de escucha",especialmente con el sistema de radiodigital Radio Data System (RDS), nacidoen los años 80 y operativo en varios paí-ses. Este sistema permite transmitir, al mis-mo tiempo que el programa principal enestéreo, señales auxiliares (identificación

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P L A N E T A

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L O S M E D I O S D EC O M U N I C A C I Ó NS E I N C O R P O R A NA L AC I B E R G A L A X I A ,U N U N I V E R S OP L A N E T A R I O YF R A G M E N T A D O( F o t o © S I P AP R E S S /M a l a n c a ) .

del emisor, información sobre el tráfico,etc.), que son descodificados por unos cir-cuitos integrados en el receptor normal.Más todavía: "la radiodifusión digital vaa eliminar la noción de frecuencia asocia-da a una emisora", gracias al sistema DAB(Digital Audio Broadcasting). Este siste-ma, que actualmente se está experimentan-do desde Dinamarca hasta México, pasan-do por China y muchos otros países, es mo-tivo de batallas industriales, ya que requiereenormes inversiones y una renovación delparque de receptores. Así que nada está de-cidido. "Los fabricantes no pueden vendergrandes cantidades de receptores DAB nide equipos conexos, sin programas intere-santes e innovadores para los usuarios".

" P r omove r un s i s t ema i n t eg rado dei nve s t i ga c i ón , d e f o rmac i ón , d ei n f o rmac i ón y de do cumen ta c i ón en e lc ampo de l o s c ono c im i en t o s s ob r e e lpa t r imon i o y e l d e sa r r o l l o c u l t u r a l e s " , e sl a vo ca c i ón de l a CÁTEDRA UNESCOc r eada en l a Un i v e r s i dad de L e t r a s , A r t e sy C i en c i a s Humana s de Túnez , a t eno r deun a cue rdo f i rmado e l 20 de ene ro po re s t a un i v e r s i dad , e l d i r e c t o r g ene ra l d el a UNESCO y l a Funda c i ón Ca t a l ana deG a s ( E s p a ñ a ) , q u e l a f i n a n c i a .

Después de cuatro años de trabajosdentro del Comité Internacional deBioética, la Conferencia General de laUNESCO adoptó por unanimidad, elpasado 11 de noviembre, laDeclaración Universal sobre ELGENOMA HUMANO Y LOS DERECHOSHUMANOS. La resolución de laConferencia General y la declaracióncuyo "mérito indiscutible, según eldirector general, radica en elequilibrio que establece entre lagarantía del respeto de los derechos ylas libertades fundamentales, y lanecesidad de garantizar la libertad dela investigación", pueden obtenerse enforma de folleto en inglés, árabe,chino, español, francés y ruso.

☞ U n i d a d d e B i o é t i c a

"G rano a g r ano s e l l e na e l g r ane ro " , d i c eun p r ove rb i o k i s ua j i l i . Una c o s e cha r i c aen d i v e r s i dad e s l a que ha r e c og i doÁ F R I C A " d e sde l o s a l bo r e s d e l ahuman i dad " . Ba j o e l t í t u l o Voz , v a l o re s yde sa r r o l l o : r e i n ven t a r e l Á f r i c a s ub saha -r i ana , un f o l l e t o en f r an c é s e i ng l é s ,r e l a t a s u h i s t o r i a y s u s v i c i s i t ude s , an t e sde p r e s en t a r uno s p r oye c t o s l l e vado s ac abo en e s e c on t i n en t e mú l t i p l e , c on l aUNESCO c omo c o l abo rado ra . E s t o sp r oye c t o s s e r e f i e r en a l a g ene ra l i z a c i ónde l a en s eñanza p r ima r i a , l a g e s t i ón de lmed i o amb i en t e , l o s " c amb i o sdemoc rá t i c o s y no v i o l en t o s " , l as a l vagua rda de l pa t r imon i o y de l at r ad i c i ón o r a l , y a " ha c e r o í r l a v o zso f o cada " .

Ahora les toca a los oyentes. La explo-sión de las nuevas tecnologías se traduciráen una ampliación de sus opciones de pro-gramas. La tendencia a la especializacióntemática de las emisoras (deportivas, mu-sicales, de información permanente, etc.)y a la descentralización (radios locales,comunitarias o regionales) va a acelerar-se. "Esta diversificación del paisajeradiofónico va a enriquecerse además gra-cias al enlace que ofrece el satélite". Eloyente podrá escoger en unos paquetes deprogramas y pedir servicios a la carta,como noticias del mercado bursátil en tiem-po real. "La frontera entre la radiodifusiónen el sentido clásico del término y los nue-vos servicios especializados o de pago viasatélite, se hace entonces vaga o insegura".

Esta profusión de ofertas aún va a trans-formar más los hábitos de los telespecta-dores. Gracias a las dos mamas tecnológi-cas de la televisión de mañana -digitaliza-ción/compresión y difusión por satélite-,todo el mundo podrá ver lo que quiera ensu pequeña pantalla: "la tecnología digital

permite multiplicar los paquetes de progra-mas y de servicios accesibles", como latelecompra y los videojuegos. Pero tambiénaquí persiste la incertidumbre sobre el com-portamiento futuro del consumidor. "¿Re-accionará ante la multiplicación de la ofer-ta? ¿Está dispuesto a suscribirse o a pa-gar programas cuando los pida? ¿Cuálserá el futuro de las cadenas generalistasfrente a la multiplicación de los paquetesdigitales?" Pero, una cosa parece segura.El paisaje televisivo presenta ahora una"doble oferta": los programas gratuitos ac-cesibles al gran público y los programas te-máticos de pago, destinados a quienes losescogen. "Esta fragmentación de la audien-cia se traduce en una reducción continua

de los ingresos por publicidad en las cade-nas generalistas tradicionales. En cambio,la audiencia y los ingresos por suscripcio-nes y publicidad de los servicios de peaje yde las cadenas temáticas van al alza". Deahí las batallas homéricas, las alianzas ylas contraalianzas a las que se libran losgrandes grupos audiovisuales, para asegu-rarse "el control del abonado y el acceso alos programas".

Frente a este gran desbarajuste, ¿cómovan a reorganizarse las relaciones entre eldinero, el poder y los medios de comuni-cación? ¿La entrada en la "cibergalaxia"va a "engendrar exclusión a gran escala yunas limitaciones que erosionarán la de-mocracia", o "pondrá en funcionamientootras capacidades para servir mejor a laciudadanía, a la solidaridad colectiva y alsentido de reparto del saber y del conoci-miento?" Son preguntas esenciales y muycontrovertidas, que aún no han acabado dehacer correr tinta o, mejor dicho, de hacervibrar las redes.

Sophie BOUKHARI

I n f o r m e M u n d i a ls o b r e l a C o m u n i c a c i ó n

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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¿Qué es lo que existe desde la época de losdinosaurios, puede crecer más de un metroal día y podría estar en su cocina? Piense enuna planta, en flautas africanas o en pandascomilones. Usted también puede comersela cosa en cuestión o utilizarla para cons-truir una casa que resista los terremotos.Pero guarde sus raíces por sus poderes cu-rativos, muy apreciados en China y enCamerún, por ejemplo.

El bambú es una planta tropical cierta-mente excepcional. Con sus 1.250 especiespertenecientes a 70 familias, existe en va-rios colores, formas y tamaños. Algunosbambúes no superan los 10 centímetros,otros se encaraman hasta los 40 metros.Desde la edad del bronce, sirve para fabri-car herramientas. Este material flexible yabundante se utiliza en China desde hace4.000 años para construir templos y vivien-das. El bambú se ha introducido en casi to-dos los aspectos de la vida de África, deAmérica Latina y, sobre todo, del surestede Asia. Pintores y poetas han elogiado du-rante mucho tiempo los beneficios de esaplanta, de la que se han fabricado tanto ins-trumentos musicales como utensilios decocina y muebles. Actualmente son losecologistas los que se entusiasman ante surápido crecimiento: algunas especies llegana madurar en uno o dos años, por lo que sonuna forma barata y eficaz de luchar contrala desertización y la erosión. No hay cifrasexactas sobre la superficie de los bosquesde bambú del planeta, pero, con 4,4 millo-nes de hectáreas, China parece poseer lamayor parte.

A pesar de su ilustre pasado y de suscaracterísticas físicas, los expertos estánpreocupados: "¿Es el fin de la edad de orodel bambú?" La pregunta estaba en la mente

P a t r i m o n i o

MUY FLEXIBLELa "civililzación del bambú" va de capa caída, pero podría prestarnuevos servicios si no se pierden sus técnicas de utilización.

de todos los asistentes a un seminario or-ganizado por la UNESCO, que se celebróen Ciudad Ho Chi Minh (Viet Nam) el pa-sado diciembre. Se buscaban las formas depromover y conservar las técnicas tradicio-nales de trabajo del bambú en la vida mo-derna.

Le ha llegado su hora al bambú, temenlos expertos, señalando los modelos dedesarrollo occidentales y la uniformizaciónque acompaña a la globalización. Las fun-ciones tradicionales del bambú se ven ame-nazadas por la llegada de productos deplástico baratos y por la atracción que ejer-cen la comodidad y el prestigio de las ca-sas de cemento. Sin embargo, estos espe-cialistas no pudieron contener su emociónante el renovado interés que suscita suplanta predilecta.

S E RV I R D E AY U D AChina encabeza la investigación, con uncentro que prepara nuevos tratamientoscontra los enemigos del bambú: termitas,gusanos y hongos. Según Pierre Clément,un arquitecto francés que participaba en elseminario, allí se llevan a cabo estudiosbotánicos y se invierten cantidades consi-derables para buscar nuevas aplicacionesy técnicas de construcción. "China sufreuna cruel carencia de materiales de cons-trucción. Le falta madera y no se puedeutilizar la tierra porque es necesaria parala agricultura". El bambú podría servir deayuda, igual que nuevas colas y técnicasde compresión para fabricar tabiques, sue-los y techos.

También puede servir para la produc-ción de papel. En India, por ejemplo, el bam-bú proporciona el 60% del papel y Viet Nampreve cultivar sus millones de hectáreas para

¿Qué m i s i ón puede de s empeña r l aEDUCAC IÓN BÁS I CA DE LOSADULTOS , e n un mundo c a ra c t e r i z adopo r una c r e c i en t e b i po l a r i z a c i ón , t an t oden t r o de l o s pa í s e s c omo en t r e e l l o s ?Ba j o e l t í t u l o L a edu ca c i ón pa ra t odo s enun mundo a do s v e l o c i dade s , un i n f o rme

pub l i c ado en l a s e r i e E du ca c i ón pa rat odo s : s i t ua c i ón y t enden c i a s ( en f r an c é se i ng l é s ) p r e s en t a d i f e r en t e s i nd i c ado r e sedu ca t i v o s y s o c i o e conóm i c o s d e 132pa í s e s en de sa r r o l l o .

☞ F o r o E d u c a c i ó n p a r a t o d o s

Expertos de una veintena de países asistieron a la reunión de Ciudad Ho Chi Minh (17-19 de diciembre).Especialmente recomendaron la creación de bases de datos sobre la diversidad genética de los bambúes yla preparación de un inventario sobre las técnicas tradicionales y modernas de cultivo, de conservación y de

utilización de este vegetal.Con la designación de "sitios del patrimonio bambú", los expertos esperan provocar, por una parte,

una toma de conciencia del público, y por otra, una modificación de la legislación fiscal, de manera que los

artesanos locales puedan beneficiarse de los mercados internacionales, al tiempo que mantienen vivas lastécnicas tradicionales.

LA REUNIÓN DE CIUDAD HO CHI

Rumania es, desde el 21 de enero, elquinto Estado parte de la Conveniosobre los BIENES CULTURALES ROBA-DOS O EXPORTADOS ILEGALMENTE.Este instrumento de 1995, elaboradopor el Instituto UNIDROIT a petición ycon el apoyo de la UNESCO, es uncomplemento de la de 1970 "sobrelas medidas que deben adoptarsepara prohibir e impedir laimportación, la exportación y latransferencia de propiedad ilícitas delos bienes culturales". Tras las deLituania, Paraguay, China y Ecuador,la adhesión de Rumania permite laentrada en vigor de esta convención apartir del próximo julio, comoinstrumento vinculante para esosEstados.

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

P L A N E T A

la exportación. La rica biodiversidad deÁfrica incluye especies raras como el"bambú relleno" (el tronco del bambú deAsia está vacío). Y Costa Rica ha encon-trado una forma de reducir las catástrofesprovocadas por los terremotos, utilizandola flexibilidad del bambú para amortiguarlos choques.

21. . . . . .

" T H E R U N N I N G S H O E "D E L G A L A R D O N A D O 0 - Y O U N G K W O N .

F R Á G I L E Q U I L I B R I O E N T R ET R A D I C I Ó N Y P R O G R E S O

( F o t o © G A M M A / A l a i n B u u ) .

" E l men sa j e de l MAHATMA GANDH Ipe rmane ce v i v o y e s má s a c t ua l quenun ca " , d e c l a r ó e l d i r e c t o r g ene ra l en e lc u r s o de una v i s i t a o f i c i a l a I nd i a , e l 30de ene ro , exa c t amen t e 50 año s de spué sde l a t r ág i c a de sapa r i c i ón de l apó s t o l d el a no v i o l en c i a .É l d emos t r ó " que e r a po s i b l e l u c ha rc on t r a l a i n j u s t i c i a r e s pe t ando l a v i da ,l o s d e r e cho s , l a i n t eg r i dad y l a d i gn i dadde l adve r s a r i o . É l e n s eñó que s ucon cep c i ón de l a no v i o l en c i a no s i gn i f i c apa s i v i dad e i nd i f e r en c i a , s i n o , po r e lc on t r a r i o , a c c i ón f ue r t e , c r ea t i v a yva l i en t e " , añad i ó F ede r i c o Mayo r,r e c o rdando que l o s i d ea l e s en ca rnado spo r Gandh i e r an t amb i én l o s d e l aU N E S C O .

Ciento sesenta CARTELES de 15países se presentaron en el SalónInternacional del Cartel y de las Artesde la Calle, celebrado en la UNESCOdel 6 al 16 de enero y organizado encolaboración con el ConsejoInternacional de Asociaciones deDiseño Gráfico (ICOGRADA). Con talmotivo se entregó el premio Savignacal "mejor cartel del mundo" alcoreano O-Young Kwon. Entre lasobras presentadas, se seleccionaron80 carteles para exponerlos endistintos países durante 1998.

"En el plano industrial, no cabe dudade que el bambú sobrevivirá, afirma Jérô-me Clément. El peligro proviene de la ci-vilización. En el sureste de Asia se hablamucho de la 'civilización del bambú', locual es paradójico, porque al ser un vege-tal, es perecedero. Pero a largo plazo, loque queda, no son tanto las estructurascomo las técnicas empleadas. La experien-cia se transmite a través de la cultura,igual que en una sociedad 'oral'. Actual-mente, estas técnicas se ven amenazadas.El bambú o se considera un material depobres, o se sobrevalora como una materianoble o exótica", añade Clément, en alu-sión a las obras de arte y a los mueblesespecialmente buscados en Japón.

Y los artesanos tradicionales quedanarrinconados. "Aquí hay que ir con cuida-do, explica Noriko Aikawa, jefe de la Sec-ción de Patrimonio Inmaterial de laUNESCO. En cuanto se habla de artesa-nía, la gente que se considera vinculada ala salvaguarda de la tradición y entiendeque los demás tendrían que adaptar su

estilo de vida, se pone en tensión, cuandoella misma disfruta de toda la comodidadmoderna. Es fácil -sobre todo para los hom-bres- decir que hay que utilizar el bambúen la cocina. Pero a lo mejor no es prácti-co. Por eso defendemos una adaptación dela tradición a la vida moderna".

Como señala el arquitecto MohamanHaman, no es tan difícil. Él cuenta que, ensu país natal, Camerún, las casas de bambúforman parte de una tradición de varios si-glos de antigüedad en el oeste del país, don-de esta planta crece abundantemente. Perolas cosas cambiaron después de la indepen-dencia: los funcionarios, muy respetados ybastante bien remunerados, empezaron adespreciar los materiales locales y a prefe-rir las casas de cemento, como en Europa yotros lugares. Y como el Gobierno pagaba,el dinero no era un condicionante. "Todo elmundo quería hacer como ellos. Sólo losancianos conservaban sus casas de bam-bú. Pero después de la devaluación de 1994,el Estado dejó de asumir el alojamiento delos funcionarios y todo el mundo comenzónuevamente a utilizar los materiales loca-les".

L L E G Ó E L M O M E N T OPara Mohaman Haman, llegó el momentode volver al bambú. Con la mejora de lossistemas de transporte, todo el país podríabeneficiarse. "En arquitectura, las estruc-turas de bambú permiten la instalación deelectricidad y de agua corriente. El proble-ma es que sólo los ancianos conocen toda-vía la técnica".

Haman trabaja en dos frentes. El pri-mero es la introducción de esa técnica en laEscuela Nacional de Ingenieros (no existeescuela de arquitectura), con la ayuda de laasociación CICAT (Cooperación Interna-cional para la Conservación y la Promocióndel Patrimonio Arquitectónico Tradicional).Paralelamente, sigue de cerca un proyectojaponés de parque de temática ecológica.Se le pidió que diseñara un restaurante de800 plazas que presentara la arquitecturatradicional de su país. Haman aprovechó laocasión y prevé que gente mayor, asistidapor un equipo de jóvenes, construya la es-tructura en Camerún. Después se enviarápor barco a su destino final, dando así untoque africano a una civilización del bam-bú que renueva su savia.

A. O.

P a t r i m o n i o

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

"Un i n s t r umen to de a c e r c am ien t o de l o spueb l o s y de r e cue rdo de l a ex i gen c i a del o s d e r e cho s de l a p e r s ona humana " : a s íd e f i n i ó e l p r o y e c t o d e M E M O R I A L D EGOREA l a c om i s i ón i n t e r na c i ona len ca rgada de p r omoc i ona r l o , que s er eun i ó en Daka r ( S enega l ) d e l 13 a l 15

de ene ro . D i s eñado po r e l a r qu i t e c t oi t a l i ano O t t a v i o d i B l a s i ( v e r Fuen t e s ,n º 95 ) , e l memor i a l e s t a r á ded i c ado al a s v í c t ima s de l t r á f i c o de e s c l a vo s . S el e van t a rá en un t e r r eno de 2 ,5 ha , en l ac o rn i s a o c c i d en t a l d e Daka r, f r en t e a l ai s l a d e Go rea , donde f ue ron emba r cado sl o s e s c l a vo s en l o s s i g l o s XV I I y XV I I I ,c on de s t i no a l a s Amé r i c a s .

Los espacios de expresión culturalpopular, donde se reúnenespontáneamente músicos,narradores, acróbatas y encantadoresde serpientes, van a considerarsePATRIMONIO ORAL DE LAHUMANIDAD. La UNESCO estápreparando un proyecto que pretendesalvaguardar esas reuniones efímeras,"ejemplos excepcionales de libertad yde diversidad de expresión cultural".En mayo próximo se presentarán alConsejo Ejecutivo de la Organizaciónpropuestas referentes a los criterios deselección y al tipo de acción aemprender para proteger esosespacios culturales.

22. . . . . .

En 20 países árabes, 23 diarios publican, elprimer miércoles de cada mes, en un suple-mento gratuito, una novela, un libro de poe-mas o una obra de teatro árabes, ilustradospor un artista. El proyecto Kitab fi Jarida(literalmente: un libro en un periódico) estácalcada de Periolibros, un proyecto de laUNESCO que, de 1993 a 1997, habrá rega-lado una obra literaria cada mes a cincomillones de lectores de América Latina, através de 26 periódicos (ver Fuentes, nº 76).

El objetivo es acercar la literatura a unpúblico que compra pocos libros, a menu-do por falta de recursos. Los colaboradoresson algunos de los periódicos más impor-tantes de la región: Al Ahram (Egipto); An-Nahar (Líbano); Al Alam (Marruecos); Al

Ayam (Palestina); As-Sahafa (Túnez). To-dos los países árabes, a excepción de Arge-lia y de Irak, participan en el proyecto.

Los autores son escogidos por una co-misión formada por escritores y críticos,como los poetas sirio Adonis y palestinoMahmud Darwich, el crítico tunecino Taw-fiq Baccar y la escritora argelina AhlamMostaganemi.

"La UNESCO no tiene la intención deimponer su criterio. Y el proverbio dice: 'lagente de la Meca conoce mejor sus valles'",manifiesta el poeta y escritor Chawki Abd

G O R E A , P U E RT O D E D E P O RTA C I Ó N( F o t o U N E S C O / D o m i n i q u e R o g e r ) .

P O R TA D A D E L N Ú M E R O D E N O V I E M B R ED E L D I A R I O K U W A I T Í A L R Á I A L Â M .

C u l t u r a

LIBROS PERIÓDICOSDesde noviembre de 1997, tres millones de lectores árabes recibencada mes una obra literaria con su periódico.

el Amir, responsable del proyecto en laUNESCO.

Las obras seleccionadas tienen que ha-ber sido aceptadas ya por el público. Lalista de autores para los próximos dos añosya está aprobada y, aparte de dos clásicos,incluye autores contemporáneos. Pero lasilustraciones son inéditas y permiten acer-car el público al arte contemporáneo.

Si la prensa occidental ha solido abrir-se a la novela y al relato en folletines, Kitabfi Jarida propone otras formas literarias,como la poesía y el teatro, que gustan mu-cho al público. En los países árabes, lascintas de poesía se venden en la calle y lospoetas recitan sus versos por televisión. Encuanto al teatro, representa un lugar dondese permite la libre expresión, bajo una apa-riencia de ficción.

U N A P R I M I C I AEl primer número de Kitab fi Jarida ho-menajeaba a El Mutanabi, gran poeta delsiglo X, tan conocido en la región comoShakespeare en Europa. En diciembre sepublicó una obra de teatro del sirioSaadallah Wannous y en enero, un relatodel premio Nobel egipcio Naguib Mahfuz.

El proyecto, que se dirige desde Beirut,cuenta con el apoyo del Gobierno libanés,de una fundación de los Emiratos ÁrabesUnidos y de una empresa kuwaití. Los pe-riódicos financian la impresión del suple-mento y recuperan su costo a través de lapublicidad y de un incremento de las ven-tas de ese día: "Las reacciones de los lec-tores son muy positivas y el día de ventade Kitab fi Jarida hay muy pocas devolu-ciones", explica Ahmed Yussef Al Qora'i,redactor jefe adjunto del diario Al Ahram.

"En la vida cultural y social del mun-do árabe, es la primera vez que los paísesárabes se unen en una iniciativa culturalcomún, declara entusiasmado Chawki AbdEl Amir. En un momento en que se hablamucho de las divisiones de la región, esteproyecto demuestra que hay más conver-gencia y acuerdo de lo que se imagina. Yyo estoy seguro de que esta primera ini-ciativa traerá otras en el futuro". De mo-mento, lo que importa es mantener a largoplazo esta iniciativa prometedora.

N. K. D.

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F U E N T E S U N E S C O N ° 9 8 / F E B R E R O 1 9 9 8

P L A N E T A

23. . . . . .

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Se-cretaria de redacción: C. Mouillère. Versión enespañol: L. Sampedro (París), L. García (Barcelo-na). Compaginación: G. Traiano. F. Ryan. Se-cretaría y difusión: D. Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

Aunque Juana Xilog desciende de una delas más grandes civilizaciones del mundo,ni sus tres hijos ni ella saben leer ni escri-bir. Ella sobrevive fabricando juipiles, esascamisas bordadas de vivos colores.

Hasta que se firmó el acuerdo de paz,hace poco más de un año, la escuela deGuatemala, el país de Juana, estaba reser-vada mayoritariamente a la población his-panohablante. Los manuales escolares es-tán muy alejados de la realidad cotidianade los mayas: ¿qué sentido tiene un semá-foro en rojo cuando no hay carreteras? Las

escuelas son escasas, sobre todo en las zo-nas rurales, donde el índice de analfabetis-mo ronda el 70% y sólo uno de cada cua-tro niños mayas llega a 6º curso.

En 1996, la UNESCO estableció unsistema educativo que se basa en la rique-za de la cultura y del folclor mayas. La pri-mera fase la financiaron las Países Bajos(1,8 millones de dólares). Ahora entra ensu tercer y último año y pretende experi-mentar grandes cambios. "La firma delacuerdo de paz nos facilitó en gran medi-da la labor, al transformar el contexto po-lítico y social, explica Katherine Grigsby,coordinadora técnica del proyecto. Antes,la educación de los mayas ni tan sólo seconsideraba un concepto".

El proyecto se lleva a cabo a través delConsejo Nacional de Educación Maya, queagrupa a una veintena de ONG. Coordina50 centros gestionados por el Estado, laalcaldía y la comunidad, los cuales ofre-cen clases en 12 de las 22 lenguas au-tóctonas. Con el profesorado, los padres ylos responsables de la comunidad y del Mi-nisterio de Educación, esos centros están

elaborando un nuevo programa escolar queincluya las matemáticas mayas -que sondistintas de la asignatura habitual-, litera-tura y música mayas, así como otras for-mas artísticas locales, medicina natural ytejido. Además, siguen el calendario maya.

La primera fase del proyecto ha permi-tido alfabetizar y proporcionar una educa-ción básica a cerca de 1.600 jóvenes, y for-mar a más de 70 formadores de maestros ya 250 educadores. También se ha imparti-do una formación continua a unos 40.000adultos que participan en la gestión de los

centros. Se anima a los miembros de la co-munidad a convertirse en educadores "noformales", por ejemplo para enseñarartesanía o contar a los niños historias sa-cadas de la tradición oral. "También hemosiniciado una investigación sobre la filoso-fía, la ciencia y la tecnología mayas, paraconocer más sobre las aspiraciones de lagente, la forma en que vive y en que apren-den sus hijos", explica Juan Chong, de laUNESCO.

El proyecto también pretende facilitarel acceso a la enseñanza superior. Para elloapoya la creación de una universidad mayay alienta a las demás a reconocer la aporta-ción de la ciencia y de la cultura mayas."El Ministerio de Educación ha creado unacomisión para la reforma de la educación,señala Katherine Grigsby. La fuerza delmovimiento maya ha movido a actuar atodo el mundo. Hemos recorrido muchocamino en poco tiempo..."

S. W.,A partir de Compte à rebours,Boletín informativo trimestral

sobre educación

Con s t e rnado po r e l c r e c i en t e número deNIÑOS IRAQU Í ES que abandonan l ae s cue l a (más de un m i l l ón , l o queequ i va l e a l 20% de l o s n i ño s en edade s c o l a r pa ra e l c u r s o 1996 -1997) , e ld i r e c t o r g ene ra l , F ede r i c o Mayo r, h i z o e l28 de ene ro un l l amado a l a c omun i dadi n t e rna c i ona l " pa ra que l o s n i ño s de e s eg ran pa í s no t engan que e s c oge r en t r el a e s c ue l a y l a c a l l e , pa ra que nopaguen po r l o s e r r o r e s d e l o s adu l t o s " .

"¿Qué significan el VIH, el sida y lasETS?" "¿Cómo se contrae el VIH?""¿Cuál es tu opinión sobre el sida?""¿Qué riesgo corres?" Estas preguntasy sus correspondientes respuestasfiguran en un folleto en inglés yfrancés destinado a los alumnos deentre 12 y 16 años. Está diseñadosegún métodos participativos y ademásincluye textos e ilustraciones quepueden adaptarse al contexto culturaly a la edad de los alumnos. Otrosdocumentos de esta serie tituladaEducación sanitaria en la escuelapara la PREVENCIÓN DEL SIDA Y DELAS ETS, se dirigen al profesorado y alos planificadores de programasescolares, y contienen instruccionesespecíficas sobre la forma de enseñar.

☞ Se c c i ón de Edu ca c i ón P r even t i v a

E d u c a c i ó n

EL RETORNO DE LOS MAYASEn Guatemala, la paz permite que esos pueblos indígenasconstruyan, por fin, un sistema educativo propio.

S Ó L O U N O D EC A D A C U A T R ON I Ñ O S M A YA SL L E G A A 6 º( F o t o ©G A M M A / M a r cD e v i l l e ) .

Page 24: Aprender sin fronteras; UNESCO sources; Vol.:98; 1998

DE ABÚ SIMBEL A ANGKOR será el tema de una exposición sobre las acciones de la

UNESCO en beneficio de la cultura, que tendrá lugar en Nueva York entre el 5 de marzo y el 15 de abril. Un

comité de expertos en COMUNICACIÓN Y DERECHOS DE AUTOR en la sociedad de

la información, en la que estarán representados 49 Estados europeos miembros de la UNESCO, se reunirá en

Montecarlo del 9 al 13 de marzo. Los desafíos políticos, tecnológicos y económicos del SERVICIO

PÚBLICO DE RADIOTELEVISIÓN centrará los debates del Consejo Intergubernamental

del Programa Internacional para el Desarrollo de la Comunicación (PIDC), en la Sede, del 24 al 27 de marzo.

En esta oportunidad será otorgado el Premio PIDC/UNESCO de la COMUNICACIÓN RURAL .

En el marco del PROGRAMA SOLAR MUNDIAL, se llevará a cabo en Bamako (Malí), del

25 al 28 de marzo, un seminario panafricano sobre sus estrategias y su financiación, para elaborar una lista

de proyectos prioritarios destinada a los proveedores de fondos. Filósofos, educadores y pedagogos se

reunirán en la Sede, los días 26 y 27 de marzo, con el fin de reflexionar sobre los procedimientos necesarios

para desarrollar los programas de FILOSOFÍA PARA NIÑOS. Numerosas personalidades del

mundo de la política y de la cultura se reunirán en Estocolmo (Suecia), del 30 de marzo al 2 de abril, en la

Conferencia Intergubernamental sobre las POLÍTICAS CULTURALES PARA EL

DESARROLLO. En el marco del Programa MOST, expertos e investigadores de los países de las dos

orillas del Mediterráneo se reunirán en la Sede, el 3 de abril, para debatir sobre las POLÍTICAS DE

EMIGRACIÓN EN EL MEDITERRÁNEO. Un coloquio organizado por el Programa

Hidrológico Internacional sobre las SEQUÍAS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE

se llevará a cabo en La Serena (Chile) del 6 al 9 de abril.

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicación)

El PRÓXIMO TEMA CENTRAL tomará la Ruta del Esclavo. Este proyecto de la UNESCO no

solamente pretende dar un lugar a la trata de negros en la memoria colectiva, acorde con su importancia

histórica, sino que el recuerdo preciso del pasado ayude al acercamiento de los pueblos afectados.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○A G E N D A○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

U N E S C OFUENTES