Arte Como Sistema Cultural

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Arte como sistema cultural:Os sinais ou elementos simblicos - o amarelo de Matisse, o talho Ioruba, as formas ovais dos Abelam da Nova Guin - que compem um sistema semitico que podemos chamar de esttico, tm uma conexo ideacional com a sociedade em que se apresentam. Elas fazem sentido porque se relacionam com uma sensibilidade que elas mesmas ajudam a criar.A participao no sistema particular que chamamos de arte s se torna possvel atravs da participao no sistema geral de formas simblicas que chamamos de cultura.Falar sobre arte unicamente em termos tcnicos, por mais elaborada que seja a discusso, no o suficiente para entend-la.O sentimento que um povo tem pela vida expresso nas artes, religio, cincia, comrcio, poltica, direito.No podemos deixar que o confronto com os objetos estticos flutue, opaco e hermtico, fora do curso normal da vida social. Eles exigem que os assimilemos.Segundo geertz, o processo de atribuir aos objetos de arte um significado cultural, sempre um processo local. Ao observar uma obra de arte, podemos compreender algo sobre o artista e tambm sobre a sociedade em que vive.Ainda segundo Geertz a arte um setor da cultura, e uma teoria da arte , portanto, uma teoria da cultura. Uma teoria semitica da arte dever ento debruarse sobre a existncia desses sinais dentro da prpria sociedade. Essa abordagem esttica chamada de semitica - cujo objetivo seja explicar o signifcado de determinados indicadores - no pode ser uma cincia formal como a lgica ou a matemtica e sim uma cincia socil como a histria ou a antropologia. Poderamos mesmo argumentar que ritos, mitos e a organizao da vida familiar ouda diviso do trabalho so aces que refletem os conceitos desenvolvidos na pinturada mesma forma que a pintura reflete os conceitos subjacentes da vida social.Ele exemplifica com os estudos de Baxandall sobre a arte do Piero della Francesca (do cuatrocentto) e depois fala da poesia Islmica.Diz que a capacidade de um homem para distinguir uma certa forma, ou uma relao entre formas, ir influenciar a maneira como ele examina um quadro. Trata-se da bagagem intelectual com a qual ele ordena sua experincia visual. Essa bagagem varivel e culturalmente relativa.Ele fala dos costumes da dana e da avaliao (fazer estimativas de quantidades, volumes, propores, utilizadas no comrcio). Os agrupamentos de formas em Botticelli, por exemplo, foram organizados segundo conhecimentos da bassa danza, obtendo assim uma resposta maior do pblico.Geertz prope que os poderes analticos da teoria semitica - sejam esses os de Peirce, Saussure, Lvi-Strauss, ou Goodman - no sejam utilizados em uma investigao de indicadores abstratos, e sim numa investigao que os examine em seu habitat natural, ou seja, o universo cotidiano onde so nomeados, vistos, escutados e criados. Tampouco se defende a negligncia pela forma. Mas que, ao invs de buscar a raiz das formas em alguma verso atualizada da psicologia acadmica, busque-se no que o prprio Geertz chama de "Histria social da imaginao" - ou seja as construes e destruies simbcas como reflexo da busca humana por sentido em meio ao contexto que encontra-se inserido.Indicadores e smbolos, transmissores de significado, desempenham um papel na vida de uma sociedade, e isso que lhes permite existir. Significado surge com o uso.A nossa habilidade de responder inteligentemente motivos artsticos no menos um artefato cultural que os objetos e instrumentos inventados para "sensibiliz-la".A arte e os instrumentos para entend-la so feitos na mesma fbrica. Por exemplo, o uso que o ocidente faz das obras de "primitivos", deixando de lado o valor que essas obras possuem em seus prprios termos, contribuiu para acentuar uma ausncia de conhecimento (muita gente considera uma escultura africana como um Picasso do mato)