Atlas Climático ibérico.pdf

download Atlas Climático ibérico.pdf

of 80

Transcript of Atlas Climático ibérico.pdf

  • IATLAS CLIMTICO IBRICO

    IBERIAN CLIMATE ATLAS

    ATLA

    S C

    LIM

    TIC

    O IB

    RIC

    O - IB

    ERIA

    N C

    LIM

    ATE

    ATLA

    S

    9 788478 370795

    ISBN: 978-84-7837-079-5

    PVP: 15,00 E(IVA incluido)

    El atlas climtico constituye un medio de presentar, de forma grfica, una sntesis de los conocimientos re-ferentes al clima de un pas o de una regin, que se destina a un gran abanico de usuarios. El presente Atlas Climtico pretende describir las principales caractersticas climatolgicas de la Pennsula Ibrica donde se incluyen las Islas Baleares, conforme a lo acordado entre los Servicios Meteorolgicos de Portugal (IM, I.P.) y de Espaa (AEMet). Por criterios de continuidad geogrfica y climtica, en esta edicin no se incluyen las Islas de Macaronesia (Archipilagos de Madeira, Azores y Canarias). La informacin bsica utilizada en la elaboracin del Atlas ha sido la de las normales climatolgicas (valores medios) correspondientes al perodo 1971-2000. Los elementos climticos que constan en este volumen son la Temperatura del Aire y la Precipitacin, tomando como base los datos de observacin de estaciones meteorolgicas y pluviom-tricas de las redes nacionales de Portugal Continental y Espaa (Continental e Islas Baleares).

    O atlas climtico constitui um meio de apresentar, na forma grfica, uma sntese dos conhecimentos refe-rentes ao clima de um pas ou de uma regio, que se destina a uma gama alargada de utilizadores. O pre-sente Atlas Climtico pretende descrever as principais caractersticas climatolgicas da Pennsula Ibrica onde se inclui as Ilhas Baleares, conforme acordado entre Servios meteorolgicos de Portugal (IM, I.P.) e de Espanha (AEMet). Por critrios de continuidade geogrfica e climtica, nesta edio no se incluem as Ilhas da Macaronsia (Arquiplagos da Madeira, dos Aores e das Canrias). A informao de base utiliza-da na elaborao do Atlas foi a das normais climatolgicas (valores mdios) correspondentes ao perodo 1971-2000. Os elementos climticos que constam neste volume so a Temperatura do ar e a Precipitao, tendo por base os dados de observao de estaes meteorolgicas e postos udomtricos das redes nacio-nais de Portugal Continental e Espanha (Continental e Ilhas Baleares).

    A climate atlas is composed of graphically information relating to the climate of a country or region, where this information is to be used for a wide range of different users. This Climate Atlas is intended to describe the main climatological characteristics of the Iberian Peninsula, including the Balearic Islands, as agreed by the meteorological services of both Portugal (IM, I.P.) and Spain (AEMet). For reasons of geographical and climatic continuity, this edition does not include the Macaronesian Islands (Archipelagos of Madeira, the Azores and the Canary Islands). The basic information used to produce this Atlas was, in general, taken from climate normals concerning 1971-2000 period. The climate elements included in this volume are air temperature and precipitation, based on the observation data of meteorological stations and udometric stations within the national networks of Mainland Portugal and Spain (Mainland and Balearic Islands).

    GOBIERNODE ESPAA

    MINISTERIODE MEDIO AMBIENTEY MEDIO RURAL Y MARINO

    GOBIERNODE ESPAA

    MINISTERIODE MEDIO AMBIENTEY MEDIO RURAL Y MARINO

  • ATLAS CLIMTICO IBRICOTEMPERATURA DEL AIRE Y PRECIPITACIN (1971-2000)

    ATLAS CLIMTICO IBRICOTEMPERATURA DO AR E PRECIPITAO (1971-2000)

    IBERIAN CLIMATE ATLASAIR TEMPERATURE AND PRECIPITATION (1971-2000)

  • ATLAS CLIMTICO IBRICOTEMPERATURA DEL AIRE Y PRECIPITACIN (1971-2000)

    ATLAS CLIMTICO IBRICOTEMPERATURA DO AR E PRECIPITAO (1971-2000)

    IBERIAN CLIMATE ATLASAIR TEMPERATURE AND PRECIPITATION (1971-2000)

  • El presente Atlas ha sido elaborado por el Departamento de Produccin de la Agencia Estatal de Meteorologa de Espaa (rea de Climatologa y Aplicaciones Operativas) y por el Departamento de Meteorologia e Clima, Instituto de Meteorologia de Portugal (Diviso de Observao Meteorolgica e Clima).

    El tratamiento de interpolacin y el cartografiado de la variable precipitacin y de la clasificacin de Kppen han sido realizados por Andrs Chazarra. El tratamiento de interpolacin y el cartografiado de la variable temperatura han sido realizados por Sofia Cunha y lvaro Silva.

    Los cuadros y tablas de valores normales de precipitacin han sido confeccionados por Celia Flores Herrez. Los cuadros y tablas de valores normales de temperatura han sido confeccionados por Vanda Pires, Jorge Marques y Lusa Mendes.

    Los textos han sido redactados por Andrs Chazarra, Antonio Mestre Barcel, Vanda Pires, Sofia Cunha, Manuel Mendes y Jorge Neto.

    La coordinacin tcnica del Atlas ha sido llevada a cabo por Antonio Mestre Barcel y Lus Filipe Nunes.

    La coordinacin de relaciones bilaterales AEMET-IM para el proyecto ha sido llevada a cabo por Gemma Snchez y Carlos Direitinho Tavares.

    La coordinacin de la edicin de la publicacin ha sido llevada a cabo por Miguel ngel Garca Couto de la Unidad de Documentacin de AEMET.

    O presente Atlas foi elaborado pelo Departamento de Produccin da Agncia Estatal de Meteorologia de Espanha (rea de Climatologa y Aplicaciones Operativas) e pelo Departamento de Meteorologia e Clima (Diviso de Observao Meteorolgica e Clima), do Instituto de Meteorologia Portugal.

    A interpolao e a cartografia do elemento precipitao, assim como a classificao de Kppen foram realizados por Andrs Chazarra. A interpolao e a cartografia do elemento temperatura foram realizadas por Sofia Cunha e lvaro Silva.

    Os quadros e tabelas de valores normais de precipitao foram elaborados por Celia Flores Herrez. Os quadros e tabelas de valores normais de temperatura foram elaborados por Vanda Pires, Jorge Marques e Lusa Mendes.

    Os textos foram elaborados por Andrs Chazarra, Antonio Mestre Barcel, Vanda Pires, Sofia Cunha, Manuel Mendes e Jorge Neto.

    A coordenao tcnica do Atlas foi da responsabilidade de Antonio Mestre Barcel e Lus Filipe Nunes.

    A coordenao das relaes bilaterais AEMET-IM, para o projecto, foi da responsabilidade de Gemma Snchez e Carlos Direitinho Tavares.

    A publicao foi da responsabilidade Miguel ngel Garca Couto da Unidad de Documentacin da AEMET.

    This Atlas has been produced by the Production Department of the State Meteorological Agency of Spain (Climatology and Operative Applications Section) and by the Department of Meteorology and Climatology of the Institute of Meteorology, Portugal (Diviso de Observao Meteorolgica e Clima).

    The interpolation processing, mapping of variable precipitation and the Kppen classification have been carried out by Andrs Chazarra. The interpolation processing and the mapping of variable temperature have been carried out by Sofia Cunha and lvaro Silva.

    The charts and tables of normal values of precipitation have been drawn up by Celia Flores Herrez. The charts and tables of normal values of temperature have been drawn up by Vanda Pires, Jorge Marques and Lusa Mendes.

    The texts have been written by Andrs Chazarra, Antonio Barcel, Vanda Pires, Sofia Cunha, Manuel Mendes and Jorge Neto.

    Technical coordination of the Atlas has been carried out by Antonio Mestre Barcel and Lus Filipe Nunes.

    Coordination of bilateral relations AEMET-IM for the project has been carried out by Gemma Snchez and Carlos Direitinho Tavares.

    The publication has been carried out by Miguel ngel Garca Couto of the AEMET Documentation Unit.

    Catlogo General de publicaciones oficiales:http://www.060.es

    Edita: Agencia Estatal de MeteorologaMinisterio de Medio Ambiente y Medio Rural y Marino

    Instituto de Meteorologia de Portugal

    NIPO: 784-11-002-5ISBN: 978-84-7837-079-5Depsito Legal: M-11.237-2011

    Imprime: Closas-Orcoyen S. L.

    Impreso en papel reciclado al 100% totalmente libre de cloro.

  • 7NDICE / NDICE / TABLE OF CONTENTS

    PRLOGOPRLOGOFOREWORD ........................................................................................................................................................ 9PRESENTACINAPRESENTAOPRESENTATION.................................................................................................................................................. 11INTRODUCCIN/SUMARIOINTRODUO/SUMRIOINTRODUCTION/SUMMARY ........................................................................................................................... 131. CLIMA1. CLIMA1. CLIMATE ...................................................................................................................................................... 15

    1.1. CLASIFICACIN DE kPPEN PARA LA PENNSULA IBRICA1.1. CLASSIFICAO DE kPPEN PARA A PENNSULA IBRICA1.1. kPPEN CLIMATE CLASSIFICATION FOR THE IBERIAN PENINSULA .................................. 15

    2. OBSERVACIONES METEOROLGICAS2. OBSERVAES METEOROLGICAS2. METEOROLOGICAL OBSERVATIONS ..................................................................................................... 19

    2.1. OBSERVACIONES EN PORTUGAL2.1. OBSERVAES EM PORTUGAL2.1. OBSERVATIONS IN PORTUGAL....................................................................................................... 192.2. OBSERVACIONES EN ESPAA2.2. OBSERVAES EM ESPANHA2.2. OBSERVATIONS IN SPAIN ................................................................................................................ 21

    3. METODOLOGA3. METODOLOGIA3. METHODOLOGY ......................................................................................................................................... 23

    3.1. NORMALES CLIMATOLGICAS3.1. NORMAIS CLIMATOLGICAS3.1. CLIMATE NORMALS ......................................................................................................................... 233.2. CARTOGRAFA3.2. CARTOGRAFIA3.2. CARTOGRAPHY ................................................................................................................................. 24

    4. TEMPERATURA4. TEMPERATURA4. TEMPERATURE ........................................................................................................................................... 255. PRECIPITACIN5. PRECIPITAO5. PRECIPITATION........................................................................................................................................... 55REFERENCIASREFERNCIASREFERENCES ..................................................................................................................................................... 79

  • 9FOREWORD

    Today I have the honour of presenting the first edi-tion of the Iberian Climatic Atlas, an initiative that has been present for more than half a century within the realm of the Meteorological Services of Spain and Por-tugal.

    Since the seventies, both countries have been producing interesting publications in this area, but equivalent informa-tion from the neighbouring country had not been gathered. This existed despite the excellent neighbourly relations and cooperation established in 1981 within the framework of the Agreement between the Government of Spain and the Government of the Republic of Portugal for scientific and technical cooperation in the field of Atmospheric Sciences.

    In recent years Spanish-Portuguese collaboration has been encouraged to enable this Iberian Climatic Atlas Project to be brought to a successful conclusion. What has been crucial in this process was the creation of the Iberian Centre for Climate Services, CISCLIMA, set up by way of an agreement signed in June 2010 which in-cluded in its Working Plan the publication of the atlas which is now being launched. It is a climatological atlas for the normal series of precipitation and temperature from 1971 to 2000, taking as a basis the observation data from meteorological stations and rainfall gauge posts of the national networks of Portugal (Continen-tal) and Spain (Continental and Balearic Islands). Ac-companying the temperature and precipitation maps, a Kppen classification for the Iberian Peninsula is pre-sented as well as precipitation and temperature graphs in the form of climagrams. The execution of the project has been carried out in parallel by the two institutions.

    The publication is accompanied by a digital me-dium which includes, in addition to the digital ver-sion of the print publication, a digitalised collection of maps, data from the stations and data from the pre-cipitation and temperature normals, which are avail-able for public use.

    This project was conceived by the two Meteorologi-cal Services as work in progress on which they will continue to work jointly in order to add other meteoro-logical variables and different statistics. In subsequent versions the aim is to include the archipelagos of Maca-ronesia (Canary Islands, Azores and Madeira).

    In summary, this publication is particularly note-worthy because of the strength of the meteorology used and because of the quality of the climatological data that underlies it. I wish to express my satisfaction with this publication, the result of a joint effort by the Me-teorological Services of Spain and Portugal that we are bringing to fruition in this work, a valuable example of our excellent cooperative relationship.

    Ricardo Garca HerreraPresident of AEMET

    PRLOGO

    Com estas palavras tenho a honra de apresentar o primeiro resultado do Atlas Climtico Ibrico, inicia-tiva que tem estado presente desde h mais de meio sculo nos planos dos Servios Meteorolgicos de Es-panha e Portugal.

    Desde os anos setenta, ambos pases tm vindo a editar interessantes publicaes nesta matria, mas que no recolhiam informao equivalente do pas vizinho. Isto, apesar das excelentes relaes de vizi-nhana e cooperao, consagradas em 1981 no marco do Acordo entre o Governo de Espanha e o Governo da Repblica de Portugal para a cooperao cientfica e tcnica no campo das Cincias da Atmosfera.

    Nestes ltimos anos impulsionou-se a colabora-o hispano-lusa para levar a bom temo este Projecto do Atlas Climtico Ibrico. Neste processo foi crucial a criao de um Centro Ibrico de Servios do Clima, CISCLIMA, mediante acordo assinado em Junho de 2010, que inclua no seu Plano de Trabalho a publi-cao do atlas que agora v a luz. Trata-se de um atlas climatolgico para as sries normais de precipitao e temperatura de 1971 a 2000, tomando como base os dados de observao de estaes meteorolgicas e postos pluviomtricos das redes nacionais de Portugal (Continental) e de Espanha (Continental e Ilhas Balea- res). Acompanhando os mapas de temperatura e pre-cipitao, apresenta-se uma classificao de Kppen para a Pennsula Ibrica e grficos de temperatura e precipitao no modo de climogramas. A realizao do projecto foi levada a cabo de maneira paralela en-tre ambas instituies.

    A publicao completa-se com um suporte digital no qual se incluem, alm da verso digital da publi-cao impressa, a coleco digitalizada de mapas, os dados das estaes e dados normais de precipitao e temperatura, disponveis para a sua utilizao pelo pblico.

    Este projecto foi concebido por ambos Servios Meteorolgicos, como algo vivo no qual seguiro tra-balhando conjuntamente para adicionar outras vari-veis meteorolgicas e diferentes estatsticas. Ser objec-tivo das prximas verses a incluso dos arquiplagos da Macaronsia (Ilhas Canrias, Aores e Madeira).

    Em resumo esta publicao um produto estim-vel pela solidez da metodologia utilizada e pela qua-lidade do dado climatolgico que subjaz na mesma. Quero expressar a minha satisfao por este publi-cao fruto do esforo comum dos Servios Meteo-rolgicos de Espanha e Portugal que materializamos nesta obra, um exemplo valioso das nossas excelentes relaes de cooperao.

    Ricardo Garca HerreraPresidente da AEMET

    PRLOGO

    Con estas palabras tengo el honor de presentar el primer resultado del Atlas Climtico Ibrico, iniciati-va que ha estado presente desde hace ms de medio siglo en los planes de los Servicios Meteorolgicos de Espaa y Portugal.

    Desde los aos setenta, ambos pases han venido editando interesantes publicaciones en esta materia, pero que no recogan informacin equivalente del pas veci-no. Ello, a pesar de las excelentes relaciones de vecin-dad y cooperacin, consagradas en 1981 en el marco del Acuerdo entre el Gobierno de Espaa y el Gobierno de la Repblica de Portugal para la cooperacin cientfica y tcnica en el campo de las Ciencias de la Atmsfera.

    En estos ltimos aos se ha impulsado la colabo-racin hispano-lusa para llevar a buen fin este Proyec-to de Atlas Climtico Ibrico. En este proceso ha sido crucial la creacin de un Centro Ibrico de Servicios del Clima, CISCLIMA, mediante acuerdo firmado en Junio de 2010, que inclua en su Plan de Trabajo la publicacin del atlas que ahora ve la luz. Se trata de un atlas climatolgico para las series normales de precipitacin y temperatura de 1971 a 2000, toman-do como base los datos de observacin de estaciones meteorolgicas y puestos pluviomtricos de las redes nacionales de Portugal (Continental) y de Espaa (Continental e Islas Baleares). Acompaando a los mapas de temperatura y precipitacin, se presenta una clasificacin de Kppen para la Pennsula Ibrica y grficos de temperatura y precipitacin a modo de cli-mogramas. La realizacin del proyecto se ha llevado a cabo de manera paralela entre ambas instituciones.

    La publicacin se completa con un soporte digital en el que se incluyen, adems de la versin digital de la publicacin impresa, la coleccin digitalizada de mapas, los datos de las estaciones y los datos de normales de precipitacin y temperatura, disponibles para su utilizacin por el pblico.

    Este proyecto se ha concebido por ambos Servicios Meteorolgicos, como algo vivo en el que seguirn trabajando conjuntamente para aadir otras variables meteorolgicas y diferentes estadsticos. Ser objetivo de prximas versiones la inclusin de los archipilagos de la Macaronesia (Islas Canarias, Azores y Madeira).

    En resumen esta publicacin es un producto es-timable por la solidez de la metodologa utilizada y por la calidad del dato climatolgico que subyace en la misma. Quiero expresar mi satisfaccin por esta publicacin fruto del esfuerzo comn de los Servicios Meteorolgicos de Espaa y Portugal que materiali-zamos en esta obra, un ejemplo valioso de nuestras excelentes relaciones de cooperacin.

    Ricardo Garca HerreraPresidente de AEMET

  • 11

    PRESENTATION

    In recent years climate variability and climate change, which are evidenced by the occurrence of ex-treme phenomena and the change of the average condi-tions observed, principally where temperature and pre-cipitation are concerned, are having a significant impact on the socio-economic sectors, activities and well-being of the populations of almost all of the globe.

    In this context the requirements placed on the na-tional meteorological services by the socio-economic sectors and by companies are increasing in the areas of applications and climate services, as recognised at the Third World Climate Conference (Geneva, 2009).

    A Climatic Atlas, by providing an excellent over-view of a regions climate, constitutes a valuable and indispensable vehicle for transmitting climate informa-tion to support the socio-economic development of the geographical regions that it covers. This is because it is responding, by way of updating the description of the climate, to some of the more pressing requirements. It is also an important reference tool for monitoring vari-ability and climate change.

    The Climatic Atlas of the Iberian Peninsula, by treating the Peninsula as a single territorial entity, is a unique and innovative document, from both a national and European outlook. The Atlas will support the ac-tivities of various public and private entities as well as the citizens of Portugal and Spain.

    In addition, this Atlas reflects the cooperation exist-ing between the two National Meteorological Services of the Iberian Peninsula, The Institute of Meteorology of Portugal and the State Meteorology Agency of Spain. The cooperation is based, in the area of climate, on the creation of the Iberian Centre of Climate Services (CIS-CLIMA) along with the signing of its Statutes in Lisbon in 2010, and whose first result takes shape in the Ibe-rian Climate Atlas (1971-2000).

    I am taking this opportunity to express my satisfac-tion with the publication of this first edition of the Ibe-rian Climate Atlas, a living document that will extend the geographical area covered to the entire territory of both countries so that in the future it will include infor-mation relating to the insular regions of the Canaries, Azores and Madeira.

    Adrito Vicente SerroPresident of the Board (IM, I.P.)

    APRESENTAO

    A variabilidade climtica e as alteraes clim-ticas, atravs da ocorrncia de fenmenos extremos e da modificao das condies mdias observadas, fundamentalmente no que respeita temperatura e precipitao, tm tido impacto significativo, nos lti-mos anos, nos sectores socio-econmicos, nas activi-dades e no bem estar das populaes, em praticamen-te todo o globo.

    Neste contexto, tm aumentado os requisitos co-locados pelos sectores socio-econmicos e pelas so-ciedades aos servios meteorolgicos nacionais, nas reas das aplicaes e dos servios de clima, conforme recentemente reconhecido na Terceira Conferncia Mundial do Clima (Genebra, 2009).

    Um Atlas Climtico, sendo uma excelente sinopse do clima de uma regio, constitui um valioso e indis-pensvel veculo de transmisso de informao de cli-ma para apoio ao desenvolvimento socio-econmico das regies geogrficas a que respeita, respondendo atravs de caracterizao atualizada do clima a alguns dos mais prementes requisitos colocados, sendo ain-da um importante instrumento de referncia para o acompanhamento da variabilidade e das alteraes climticas.

    O Atlas Climtico da Pennsula Ibrica, tratando a Pennsula como uma nica entidade territorial, um documento nico e inovador, quer no panorama na-cional, quer no europeu, e ir servir de suporte s acti-vidades de vrias entidades pblicas e privadas, assim como dos cidados de Portugal e Espanha.

    Este Atlas espelha, ainda, a cooperao existen-te entre os dois Servios Meteorolgicos Nacionais da Pennsula Ibrica, o Instituto de Meteorologia de Portugal e a Agncia Estatal de Meteorologia de Es-panha, firmada, na rea do clima, atravs da criao do Centro Ibrico de Servios de Clima (CISCLIMA) e da assinatura dos seus Estatutos em Lisboa (2010), cujo primeiro resultado surge sob a forma do Atlas Climtico Ibrico (1971-2000).

    Aproveito a oportunidade para manifestar a mi-nha satisfao pela publicao desta primeira edio do Atlas Climtico Ibrico, um documento em evo-luo, que estender a rea geogrfica a que se refere a todo o territrio dos dois pases, com incluso no futuro de informao para as regies insulares das Canrias, Aores e Madeira.

    Adrito Vicente SerroPresidente do Conselho Directivo (IM, I.P.)

    PRESENTACIN

    A lo largo de los ltimos aos la variabilidad climtica y el cambio climtico, que se constatan en el acaecimiento de fenmenos extremos y en la modificacin de las condiciones medias observadas, fundamentalmente en cuanto a la temperatura y a las precipitaciones se refiere, vienen teniendo un impac-to significativo en los sectores socioeconmicos, en las actividades y en el bienestar de las poblaciones de prcticamente todo el globo.

    En este contexto vienen aumentando los requi-sitos planteados a los servicios meteorolgicos na-cionales por los sectores socioeconmicos y por las sociedades, en las reas de las aplicaciones y de los servicios del clima, tal y como se reconoci en la Ter-cera Conferencia Mundial del Clima (Ginebra, 2009).

    Un Atlas Climtico, al ser una excelente sinopsis del clima de una regin, constituye un valioso e indis-pensable vehculo de transmisin de informacin del clima para dar apoyo al desarrollo socioeconmico de las regiones geogrficas que abarca, dado que respon-de, por medio de la caracterizacin actualizada del clima, a algunos de los requisitos ms apremiantes que se plantean, adems de ser un importante instru-mento de referencia para el seguimiento de la variabi-lidad y del cambio climtico.

    El Atlas Climtico de la Pennsula Ibrica, al tratar la Pennsula como una nica entidad territorial, es un documento nico e innovador, tanto en el panorama nacional como en el europeo, que servir de soporte a las actividades de varias entidades pblicas y privadas, as como a los ciudadanos de Portugal y Espaa.

    Asimismo, este Atlas refleja la cooperacin exis-tente entre los dos Servicios Meteorolgicos Na-cionales de la Pennsula Ibrica el Instituto de Meteorologa de Portugal y la Agencia Estatal de Me-teorologa de Espaa que se basa, en el rea del cli-ma, en la creacin del Centro Ibrico de Servicios del Clima (CISCLIMA) junto con la firma de sus Estatu-tos en Lisboa en 2010, y cuyo primer resultado toma forma en el Atlas Climtico Ibrico (1971-2000).

    Aprovecho esta oportunidad para expresar mi sa-tisfaccin por la publicacin de esta primera edicin del Atlas Climtico Ibrico, un documento en evolu-cin que extender el rea geogrfica comprendida a todo el territorio de ambos pases, de modo que en el futuro incluir informacin relativa a las regiones insulares de Canarias, Azores y Madeira.

    Adrito Vicente SerroPresidente del Consejo Directivo (IM, I.P.)

  • 13

    INTRODUCTION/SUMMARy

    A Climatological Atlas is composed of graphically information relating to the climate of a country or re-gion, where this information is to be used for a wide range of different users.

    Climatological Atlases are considered essential for the socio-economic development of geographical regions they cover. For this reason the World Meteorological Organization (WMO) has established rules governing the drafting and publication of Climatological Atlases, recommending that these publications aim to meet the needs of a large number of different users, and yet still serve as a basis for the creation of regional atlases.

    Regarding the geographical unit of the Iberian Peninsula, there are obvious advantages to drafting a Climatological Atlas for this region, covering both Portuguese and Spanish territories. As such, this Cli-matological Atlas is intended to describe the main climatological characteristics of the Iberian Peninsula, including the Balearic Islands, as agreed by the mete-orological services of both Portugal (IM, I.P.) and Spain (AEMet). For reasons of geographical and climatic con-tinuity, this edition does not include the Macaronesian Islands (Archipelagos of Madeira, the Azores and the Canary Islands).

    The basic information used to produce this Atlas was, in general, taken from climate normals (average values) concerning 1971-2000 period, in accordance with the recommendations of the WMO. Climate normals are used as basis for classifying the climate of a given region, supporting policy and management decisions within various socio-economic areas, such as urban planning, agriculture and forestry, energy and transport, tourism and the environment, among others.

    Normal values are also used as a reference to iden-tify climatic anomalies (differences between observed and average values), where these values are relevant to monthly and seasonal monitoring of the climate.

    The climate elements included in this volume are air temperature and precipitation, based on the obser-vation data of meteorological stations and pluviometric stations within the national networks of Mainland Por-tugal and Spain (Mainland and Balearic Islands).

    Spatial distribution of average values of air tempera-ture and precipitation are presented in maps, produced by Geographical Information Systems. Also tables and graphs are presented for average and extreme values of both elements.

    For each of the two climate elements, air tempera-ture and precipitation, the following maps are provided:

    Annual, seasonal and monthly average for mean air temperature.

    Annual, seasonal and monthly average for maxi-mum air temperature.

    INTRODUO/SUMRIO

    O Atlas climatolgico constitui um meio de apre-sentar, na forma grfica, uma sntese dos conhecimen-tos referentes ao clima de um pas ou de uma regio, que se destina a uma gama alargada de utilizadores.

    Os Atlas Climatolgicos so considerados funda-mentais para o desenvolvimento socioeconmico das regies geogrficas a que respeitam, por isso a Orga-nizao Meteorolgica Mundial (OMM) estabeleceu regras com vista elaborao e publicao de Atlas Climatolgicos, recomendando que estes satisfaam as necessidades de grande nmero de utilizadores e ainda que sirvam de base elaborao de Atlas regionais.

    Face unidade geogrfica que a Pennsula Ibrica representa, torna-se evidente a vantagem de um Atlas Climatolgico da Pennsula Ibrica, para os territrios continentais de Portugal e de Espanha. Desta forma, o presente Atlas Climatolgico pretende descrever as principais caractersticas climatolgicas da Pennsu-la Ibrica onde se inclui as Ilhas Baleares, conforme acordado entre Servios meteorolgicos de Portugal (IM, I.P.) e de Espanha (AEMet). Por critrios de con-tinuidade geogrfica e climtica, nesta edio no se incluem as Ilhas da Macaronsia (Arquiplagos da Madeira, dos Aores e das Canrias).

    A informao de base utilizada na elaborao do Atlas foi, em regra, a das normais climatolgicas (va-lores mdios) correspondentes ao perodo 1971-2000 segundo as recomendaes da OMM. As normais cli-matolgicas so utilizadas como informao de base na classificao do clima de uma determinada regio, sustentando decises polticas e de gesto, em vrios domnios scio-econmicos como o planeamento ur-bano, a agricultura e florestas, a energia e transportes, o turismo e o ambiente, entre outras.

    Os valores normais so tambm utilizados como referncia para determinao das anomalias climti-cas (diferenas para os valores mdios), cujos valores so relevantes na monitorizao mensal e sazonal do clima.

    Os elementos climticos que constam neste volu-me, so a Temperatura do ar e a Precipitao, tendo por base os dados de observao de estaes meteo-rolgicas e postos udomtricos das redes nacionais de Portugal Continental e Espanha (Continental e Ilhas Baleares).

    Apresenta-se assim a cartografia dos valores m-dios da temperatura do ar e da precipitao, com recurso a Sistemas de Informao Geogrfica (SIG), assim como tabelas e grficos com valores mdios e extremos para os dois parmetros.

    Para cada elemento climtico, temperatura do ar e precipitao, apresentam-se as seguintes cartas:

    Mdia mensal, sazonal e anual da temperatura mdia;

    Mdia mensal, sazonal e anual da temperatura mxima;

    INTRODUCCIN/SUMARIO

    El Atlas climatolgico constituye un medio de presentar, de forma grfica, una sntesis de los co-nocimientos referentes al clima de un pas o de una regin, que se destina a un gran abanico de usuarios.

    Los Atlas Climatolgicos se consideran funda-mentales para el desarrollo socio-econmico de las regiones geogrficas a las que se refieren, por eso la Organizacin Meteorolgica Mundial (OMM) ha es-tablecido reglas para elaborar y publicar Atlas Clima-tolgicos, recomendando que respondan a las necesi-dades de un gran nmero de usuarios y tambin que sirvan de base para elaborar Atlas regionales.

    Frente a la unidad geogrfica que la Pennsula Ibrica representa, es evidente la ventaja de tener un Atlas Climatolgico de la Pennsula Ibrica, para los territorios continentales de Portugal y de Espaa. De esta forma, el presente Atlas Climatolgico pretende describir las principales caractersticas climatolgi-cas de la Pennsula Ibrica donde se incluyen las Islas Baleares, conforme a lo acordado entre los Servicios Meteorolgicos de Portugal (IM, I.P.) y de Espaa (AEMet). Por criterios de continuidad geogrfica y climtica, en esta edicin no se incluyen las Islas de Macaronesia (Archipilagos de Madeira, Azores y Canarias).

    La informacin bsica utilizada en la elaboracin del Atlas ha sido, por norma general, la de las normales climatolgicas (valores medios) correspondientes al perodo 1971-2000 (segn las recomendaciones de la OMM). Las normales climatolgicas se utilizan como informacin bsica en la clasificacin del clima de una determinada regin, respaldando decisiones polticas y de gestin en varios mbitos socio-econmicos como la planificacin urbana, la agricultura y bosques, la energa y transportes, el turismo y el medio ambiente, entre otras.

    Los valores normales tambin se utilizan como referencia para determinar anomalas climticas (di-ferencias para los valores medios), cuyos valores son relevantes en el seguimiento mensual y estacional del clima.

    Los elementos climticos que constan en este vo-lumen son la Temperatura del Aire y la Precipitacin, tomando como base los datos de observacin de esta-ciones meteorolgicas y estaciones pluviomtricas de las redes nacionales de Portugal Continental y Espaa (Continental e Islas Baleares).

    Se presenta as la cartografa de los valores me-dios de la temperatura del aire y de la precipitacin, recurriendo a Sistemas de Informacin Geogrfica (SIG), as como a tablas y grficos con valores me-dios y extremos para los dos parmetros.

    Para cada elemento climtico, temperatura del aire y precipitacin, se presentan los siguientes mapas:

    Media mensual, estacional y anual de la tempe-ratura media.

    Media mensual, estacional y anual de la tempe-ratura mxima.

  • 14

    Mdia mensal, sazonal e anual da temperatura mnima;

    Mdia sazonal e anual do nmero de dias com temperatura:

    Mnima 0 C (dias de geada)Mnima 20 C (noites tropicais)Mxima 25 C (dias quentes)

    Mdia da precipitao total mensal e anual;Mdia sazonal e anual do nmero de dias, com

    precipitao:

    0,1 mm 1 mm 10 mm 30 mm

    Media mensual, estacional y anual de la tempe-ratura mnima.

    Media estacional y anual del nmero de das con temperatura:

    Mnima 0 C (das de helada) Mnima 20 C (noches tropicales)Mxima 25 C (das clidos)

    Media de precipitacin total mensual y anual.Media estacional y anual del nmero de das con

    precipitacin:

    0,1 mm 1 mm 10 mm 30 mm

    Annual, seasonal and monthly average for mini-mum air temperature.

    Annual and seasonal average for the number of days regarding:

    Minimum air temperature 0 C (frost days)Minimum air temperature 20 C (tropical

    nights)Maximum air temperature 25 C (hot days)

    Monthly and annual average of total rainfall.Annual and seasonal average for the number of

    days with precipitation amounts:

    0.1 mm 1 mm 10 mm 30 mm

  • 15

    1. Clima

    La palabra clima procede del griego klima que de-signaba una zona de la Tierra limitada por dos latitudes, que estaba asociada a la inclinacin de los rayos sola-res y, por extensin, a las caractersticas meteorolgicas predominantes. El clima corresponde a una sntesis del tiempo atmosfrico, en que el estado de tiempo atmos-frico se refiere al conjunto de las condiciones meteo-rolgicas, en un momento dado y en un lugar concreto.

    En la definicin ms comn, el clima se refiere a las condiciones medias del tiempo y ms concretamen-te, a la descripcin estadstica en trminos cuantitati-vos de la media y de la variabilidad de las magnitudes relevantes relativas a perodos de tiempo suficiente-mente largos.

    As, clima, en un sentido restringido puede defi-nirse como una sntesis de las condiciones meteoro-lgicas, o ms concretamente, como la descripcin estadstica de las caractersticas del estado del tiempo durante un perodo de tiempo desde pocos meses has-ta millones de aos. El perodo clsico es de 30 aos, adoptado por la OMM. Esas cantidades, designadas elementos climticos, suelen ser variables observa-das en la superficie terrestre como la temperatura y la precipitacin (Glossary InterGovernmental Panel on ClImate ChanGe o IPCC, 2009).

    Clima, en sentido amplio, es el estado del sistema climtico, que presenta una variabilidad interna en una amplia gama de escalas de tiempo y depende de factores externos: naturales, como erupciones volc-nicas, variaciones solares; antropognicos, como al-teraciones en la composicin qumica de la atmsfera y de la superficie terrestre.

    En el clima los fenmenos interesan por su du-racin o persistencia y por su repeticin y se carac-terizan por valores medios, variaciones y probabili-dades de producirse valores extremos, en relacin a los diversos elementos climticos. Por eso, el clima se caracteriza por valores medios, mximos, mni-mos, cuantiles, distribuciones de probabilidad, etc., de las magnitudes ms adecuadas para efectuar esa sntesis.

    De esta forma, en este Atlas, ms que caracterizar el clima, se describe el estado climtico que, en este caso concreto, se refiere al perodo de 1971-2000.

    1.1. ClasificacindeKppenparalaPennsulaIbrica

    Para delimitar los distintos tipos de clima de la Pennsula Ibrica se ha utilizado la clasificacin cli-mtica de Kppen. A pesar de que esta clasificacin se defini hace unos 100 aos, sigue siendo una de las clasificaciones ms utilizadas en estudios climatol-gicos de todo el mundo.

    La clasificacin de Kppen define distintos tipos de clima a partir de los valores medios mensuales de precipitacin y temperatura. Para delimitar los distin-tos climas se establecen intervalos de temperatura y precipitacin basados principalmente en su influencia sobre la distribucin de la vegetacin y de la activi-dad humana (essenwanGer, 2001).

    Originariamente formulada por Wladimir Kppen en 1900, la clasificacin de Kppen pas por suce-

    1. Clima

    A palavra clima provm do grego Klima que de-signava uma zona da Terra limitada por duas latitudes a qual estava associada inclinao dos raios solares e, por extenso, s caractersticas meteorolgicas pre-dominantes. O clima corresponde a uma sntese do tempo atmosfrico, em que o estado do tempo atmos-frico se refere ao conjunto das condies meteorol-gicas, num dado instante e num dado local.

    Na definio mais comum, o clima, refere-se s condies mdias do tempo e mais rigorosamente, descrio estatstica em termos quantitativos da m-dia e da variabilidade das grandezas relevantes relati-vas a perodos de tempo suficientemente longos.

    Assim, clima, num sentido restrito pode ser defi-nido como uma sntese das condies meteorolgi-cas, ou mais precisamente, como a descrio estatsti-ca das caractersticas do estado do tempo durante um perodo de tempo desde poucos meses at milhes de anos. O perodo clssico de 30 anos, adoptado pela OMM. Essas quantidades, designados elementos climticos, so geralmente variveis observadas su-perfcie da Terra como a temperatura e a precipitao (Glossary Intergovernmental Panel on Clima-te Change ou IPCC, 2009).

    Clima, em sentido lato, o estado do sistema cli-mtico, o qual apresenta uma variabilidade interna numa ampla gama de escalas de tempo e depende de foramentos externos: naturais, tais como erupes vulcnicas, variaes solares; antropognicos, tais como alteraes na composio qumica da atmosfera e da superfcie terrestre.

    No clima os fenmenos interessam pela sua durao ou persistncia e pela sua repetio e so caracterizados por valores mdios, varincias e pro-babilidades de ocorrncia de valores extremos, rela-tivamente aos vrios elementos climticos. O clima , por isso, caracterizado por valores mdios, mxi-mos, mnimos, quantis, distribuies de probabili-dade, etc., das grandezas mais adequadas para efec-tuar essa sntese.

    Desta forma, neste Atlas, mais do que caracterizar o clima, descreve-se o estado climtico que, neste caso concreto, se refere ao perodo 1971-2000.

    1.1. Classificao de Kppen para a Pennsula Ibrica

    Para a delimitao dos distintos tipos de clima da Pennsula Ibrica utilizou-se a classificao climtica de Kppen. Esta classificao apesar de ter sido de-finida h cerca de 100 anos, continua a ser uma das classificaes mais utilizadas em estudos climatolgi-cos de todo o mundo.

    A classificao de Kppen define distintos tipos de clima a partir dos valores mdios mensais da precipi-tao e da temperatura. Para a delimitao dos distin-tos climas estabelecem-se intervalos de temperatura e precipitao baseados principalmente na sua influn-cia sobre a distribuio da vegetao e da actividade humana (Essenwanger, 2001).

    Originalmente formulada por Wladimir Kppen em 1900 a classificao de Kppen passou por suces-

    1. Climate

    The word climate comes from the Greek word Klima which described areas of the Earth between two latitudes, which were associated with a specific angle of the sun, and by extension to predominant meteorological characteris-tics. Climate corresponds to a collection of atmospheric weather conditions, in which the state of the atmospheric weather refers to a collection of meteorological conditions, at a given point in time or location.

    In the most common definition, climate refers to average weather conditions and more specifically to the statistical description in quantitative terms of the average and variations over a sufficiently long period of time.

    As such, climate, in a more exact sense, can be de-fined as a synthesis of meteorological conditions, or more precisely, as a statistical description of the char-acteristics of weather conditions over a given period of time, from a few months to millions of years. The classic length of time used is 30 years, adopted by the WMO. These quantities, described as climate elements, are generally variables observed at the surface of the Earth, such as temperature and precipitation (Glossa-ry Intergovernmental Panel on Climate Change or IPCC, 2009).

    Climate, in more simple terms, is the state of a cli-matic system, which presents internal variations within a wide range of time-scales and is dependent on exter-nal forces: natural forces, such as volcanic eruptions and solar variations; anthropogenic forces, such as changes in the chemical composition of the atmosphere and the Earths surface.

    Within the study of climate, such phenomena are considered in terms of their duration or persistence as well as their repetitive nature. The various climate ele-ments are characterised by average values, variance and probability of occurrence of extreme values. Climate is, therefore, characterised by average, maximum and minimum values, quantities, distribution of probability etc., of the most suitable elements for carrying out this synthesis.

    This Atlas, more than simply characterising climate, describes the state of climatic conditions which refer specifically to the period 1971-2000.

    1.1. Kppen Climate Classification for the Iberian Peninsula

    In order to identify the different types of observed climate within the Iberian Peninsula, the Kppen Cli-mate Classification system was applied. This classifica-tion system, although created almost 100 years ago, continues to be one of the most widely used classifica-tion systems for climate studies in the world.

    The Kppen climate classification system defines distinct types of climate using average monthly values for precipitation and air temperature. In order to iden-tify different climates, air temperature and precipitation ranges were established, based mainly on their influence on the distribution of vegetation and human activity (Essenwanger, 2001).

    Originally formulated by Wladimir Kppen in 1900, the Kppen Climate Classification System went

  • 16

    through various modifications by Kppen himself, and by other climatologists. In this Iberian Atlas, the scheme proposed by Kppen in his latest version from 1936 is used, also known as the Kppen-Geiger Classi-fication System, which the only amendment being that the air temperature limit separating temperate climates C and D was chosen as 0C, in accordance with Rus-sel, Trewartha, Critchfield and other authors (Essen-wanger, 2001), instead of 3.0C, used in the original classification. This scheme is identical to the one used in the climate classification of the National Atlas of Spain (2004) and in the updated global classification recently published by Peel et al. (2007). In Portugal, it is the first time that IM has applied the Kppen-Geiger Classification, since it previously followed Kppens original methodology.

    The defining of climate zones is carried out by ap-plying map algebra techniques to the grids of monthly average air temperature and precipitation, which were previously calculated for the air temperature and pre-cipitation maps of the Iberian Atlas.

    The results of this classification show the following types of climate present in the Iberian Peninsula and the Balearic Islands:

    a) Dry Climates - Type B

    The delimitation of arid climates (type B) was car-ried out by defining 3 different intervals in relation to annual precipitation patterns, in order to include the fact that winter rainfall is more effective in the devel-opment of vegetation than the summer period, due to reduced levels of evaporation.

    P = 20 (T+7): precipitation spread out throughout the year;

    P = 20 T: dry summer (70% or more of annual rainfall is concentrated in the Autumn/Winter);

    P = 20 (T+14): dry winter (70% or more of annual rainfall is concentrated in the Spring/Summer).

    where P represents total annual rainfall in mm and T is the average annual temperature in C. In the Iberian region only the first two cases are observed.

    Kppen distinguished between two sub-types of climate B: sub-type BS (steppe) and the sub-type BW (desert), in line with whether or not the annual rainfall reaches half the maximum value previously established to delimit type B climates.

    Kppen distinguished between hot climates (letters h, BSh and BSk) and cold climates (letter k, BSk and BWk) concerning the average annual temperature, if these are above or below 18C, respectively.

    BWh (hot desert) and BWk (cold desert)

    There are small areas in the southeast of the Iberian Peninsula, in the Spanish provinces of Almeria, Murcia and Alicante, coinciding with minimum rainfall values for the Peninsula.

    BSh (hot steppe) and BSk (cold steppe)

    In Spain, this is widespread in the southeast of the Peninsula and the Ebro Valley, and less in the southern central plateau region, Extremadura and the Balearic Islands. In Portugal this covers only a small region of Baixo Alentejo, in the district of Beja.

    b) Temperate Climates Type C

    The average temperature in the coldest months in type C climates is between 0 and 18C.

    sivas modificaes pelo prprio Kppen e por outros climatologistas. No presente Atlas Ibrico seguiu-se o esquema proposto por Kppen na sua ltima reviso de 1936, conhecida tambm como a classificao de Kppen-Geiger, com a nica ressalva de que o limite de temperatura que separa os climas temperados C e D, se escolheu como sendo 0 C, conforme propos-to por Russel, Trewartha, Critchfield e outros autores (Essenwanger, 2001), em vez de 3,0C utilizados na classificao original. Este esquema igual ao uti-lizado na classificao climtica do Atlas Nacional de Espanha (2004) e na classificao actualizada a n-vel mundial publicada recentemente por Peel at al. (2007). Em Portugal a primeira vez que o IM aplica esta classificao de Kppen-Geiger, j que a que a an-terior seguia a metodologia original de Kppen.

    A delimitao das zonas climticas realizou-se aplicando tcnicas de lgebra de mapas s grelhas das mdias mensais de temperatura do ar e da pre-cipitao que foram previamente calculadas para os mapas de temperatura e precipitao do Atlas Ibrico.

    O resultado da classificao mostra os seguintes tipos de clima presentes na Pennsula Ibrica e Ilhas Baleares:

    a) Climas Secos - Tipo B

    A delimitao dos climas ridos (tipo B) realiza-se definindo 3 intervalos diferentes conforme o regime anual de precipitao, de forma a ter em conta que a precipitao do Inverno mais efectiva para o desen-volvimento da vegetao do que a poca estival ao ser menor a evaporao.

    P = 20 (T+7): precipitao repartida ao longo do ano;

    P = 20 T: Vero seco (70% ou mais da precipi-tao anual concentra-se no semestre Outono-Inverno);

    P = 20 (T+14): Inverno seco (70% ou mais da precipitao anual concentra-se no semestre Pri-mavera-Vero);

    onde P a precipitao total anual em mm e T a temperatura mdia anual em C. Na regio ibrica ocorrem unicamente os dois primeiros casos.

    Kppen distingue entre dois subtipos de clima B, o subtipo BS (estepe) e o subtipo BW (deserto), con-forme a precipitao anual atinge ou no a metade do valor limite estabelecido anteriormente para delimitar os climas de tipo B.

    Kppen distingue ainda as variedades quente (le-tra h, BSh e BSk) e fria (letra k, BSk e BWk) de acordo com a temperatura mdia anual, se esta est acima ou abaixo de 18C, respectivamente.

    BWh (deserto quente) e BWk (deserto frio)

    Localizam-se em pequenas reas do sueste da Pe-nnsula Ibrica, nas provncias Espanholas de Alme-ria, Mrcia e Alicante, coincidindo com os mnimos pluviomtricos peninsulares.

    BSh (estepe quente) e BSk (estepe fria)

    Em Espanha estende-se amplamente pelo sueste da Pennsula e vale do Ebro e, em menos extenso, na meseta sul, Estremadura e Ilhas Baleares. Em Portugal abrange apenas uma pequena regio do Baixo Alente-jo, no distrito de Beja.

    b) Climas Temperados - Tipo C

    A temperatura mdia do ms mais frio nos climas tipo C est compreendida entre 0 e 18C.

    sivas modificaciones del propio Kppen y de otros climatlogos. En el presente Atlas Ibrico se ha se-guido el esquema propuesto por Kppen en su ltima revisin de 1936, conocida tambin como clasifica-cin de Kppen-Geiger, con la nica salvedad de que se eligi como lmite de temperatura para separar los climas templados C y D los 0 C, conforme proponen Russel, Trewartha, Critchfield y otros autores (es-senwanGer, 2001), en vez de los 3,0 C utilizados en la clasificacin original. Este esquema es igual al uti-lizado en la clasificacin climtica del atlas naCIo-nal de esPaa (2004) y en la clasificacin actualizada a nivel mundial publicada recientemente por Peel et al. (2007). En Portugal es la primera vez que el IM aplica esta clasificacin de Kppen-Geiger, ya que la anterior segua la metodologa original de Kppen.

    La delimitacin de las zonas climticas se realiz aplicando tcnicas de lgebra de mapas a los cam-pos medios mensuales de temperatura y precipitacin que haban sido previamente calculados para los ma-pas de temperatura y precipitacin del Atlas Ibrico.

    El resultado de la clasificacin muestra los si-guientes tipos de clima presentes en la Pennsula Ib-rica e Islas Baleares:

    a) Climas Secos - Tipo B

    La delimitacin de los climas ridos (tipo B) se realiza definiendo tres intervalos diferentes conforme al rgimen anual de precipitacin, para tener en cuen-ta que la precipitacin del invierno es ms efectiva para el desarrollo de la vegetacin que la del verano, al ser menor la evaporacin.

    P = 20 (T+7): precipitacin repartida a lo largo del ao;

    P = 20 T: verano seco (el 70% o ms de la preci-pitacin anual se concentra en el semestre otoo-invierno);

    P = 20 (T+14): invierno seco (el 70% o ms de la precipitacin anual se concentra en el semestre primavera-verano);

    donde P es la precipitacin total anual en mm y T es la temperatura media anual en C. En la regin ibrica se observan nicamente los dos primeros casos.

    Kppen distingue entre dos subtipos de clima B, el subtipo BS (estepa) y el subtipo BW (desierto), se-gn la precipitacin anual alcance o no la mitad del valor establecido anteriormente para delimitar los cli-mas de tipo B.

    Kppen distingue tambin las variedades clida (letra h; BSh y BSk) y fra (letra k; BSk y BWk) se-gn la temperatura media anual est por encima o por debajo de los 18 C, respectivamente.

    BWh(desiertoclido)yBWk(desiertofro)

    Se localizan en pequeas reas del sureste de la Pennsula Ibrica, en las provincias espaolas de Al-mera, Murcia y Alicante, coincidiendo con los mni-mos pluviomtricos peninsulares.

    BSh(estepaclida)yBSk(estepafra)

    En Espaa se extienden ampliamente por el su-reste de la Pennsula y valle del Ebro y, en menor ex-tensin, en la meseta sur, Extremadura e Islas Balea-res. En Portugal slo abarca una pequea regin del Baixo Alentejo, en el distrito de Beja.

    b) Climas Templados - Tipo C

    La temperatura media del mes ms fro en los cli-mas tipo C est comprendida entre 0 y 18 C.

  • 17

    Kppen distinguishes between sub-types Cs, Cw and Cf, in line with whether a particularly dry period is seen in summer (Cs), in winter (Cw), or if there is no dry season (Cf ). Sub-type Cw does not exist in the Iberian Peninsula or the Balearic Islands.

    There is a third variation, depending on whether the summer is hot (average temperature in the hottest month above 22C, letter a), temperate (average temperature in the hottest month below or equal to 22 C, and with four months or more with average temperatures above 10C, letter b), or cold (average temperature in the hot-test month below or equal to 22C, and with less than four months of the year with an average temperature above 10C, letter c).

    Csa (temperate with dry or hot summer)

    This is the type of climate which covers most of the Iberian Peninsula and the Balearics, occupying approxi-mately 40% of its surface. This covers the majority of the southern central plateau region, and the Mediter-ranean coastal regions, with the exception of the arid zones in the southeast.

    Csb (temperate with dry or temperate summer)

    This covers the majority of the northeast of the Pe-ninsula, as well as almost all of the west cost of Main-land Portugal, and numerous mountainous regions within the Peninsula.

    Cfa (temperate with a dry season and hot sum-mer)

    This is mainly seen in the northeast of the Peninsu-la, within an area of medium altitude which surrounds the Pyrenees and the Iberian mountains.

    Cfb (temperate with a dry season and temperate summer)

    Located in the Cantabrian Mountain, in the Iberian mountain ranges, as well as part of the northern central plateau region and a large part of the Pyrenees, with the exception of areas of high altitude.

    c) Cold Climates Type D

    The average temperature for the coldest month in type D climates is lower than 0C, and the average tem-perature of the hottest month is higher than 10C. In-tervals considered for the subtypes and varieties of type D climates are similar to those for type C climates.

    Dsb (cold with temperate and dry summer) and Dsc (cold with dry and fresh summer)

    These are located in small areas of the mountainous regions at higher altitudes in the Cantabria Mountains, the Iberian Mountain Ranges, Central Ranges and the Sierra Nevada.

    Dfb (cold without dry season and temperate sum-mer) and Dfc (cold with a dry season and fresh summer)

    Also seen in areas of higher altitude of the Pyrenees and in some small areas at high altitude in the Cantab-rian and Iberian Mountain Ranges.

    d) Polar Climates - Type E

    The average temperature for the hottest month in a type E climate is below 0C. Kppen defines two sub-types: ET (tundra: the average temperature for the hottest month is higher than 0C) and EF (glacial: the average temperature for the hottest month is lower than 0C). Climate sub-type EF is not found in the Iberian Peninsula.

    Kppen distingue os subtipos Cs, Cw e Cf con-forme se observa um perodo marcadamente seco no Vero (Cs), no Inverno (Cw), ou se no h uma esta-o seca (Cf). O subtipo Cw no existe na Pennsula Ibrica nem nas Ilhas Baleares.

    Existe ainda uma terceira variante conforme o Ve-ro quente (temperatura mdia do ms mais quente superior a 22C, letra a), ou temperado (temperatu-ra mdia do ms mais quente menor ou igual a 22C e com quatro meses ou mais com temperatura m-dia superior a 10C, letra b), ou frio (temperatura mdia do ms mais quente menor ou igual a 22C e com menos de quatro meses com temperatura mdia superior a 10C , letra c).

    Csa (temperado com Vero seco e quente)

    a variedade de clima que abrange uma maior extenso da Pennsula Ibrica e Baleares, ocupando aproximadamente 40% da sua superfcie. Estende-se pela maior parte da metade sul e das regies costei-ras mediterrnicas, com excepo das zonas ridas da parte sueste.

    Csb (temperado com Vero seco e temperado)

    Abrange a maior parte do noroeste da Pennsu-la, assim como quase todo o litoral oeste de Portugal Continental e numerosas reas montanhosas do inte-rior da Pennsula.

    Cfa (temperado sem estaco seca com Vero quente)

    Observa-se principalmente no nordeste da Penn-sula, numa franja de altitude mdia que rodeia os Pi-renus e o Sistema Ibrico.

    Cfb (temperado sem estaco seca com Vero tem-perado)

    Localiza-se na cordilheira da Cantbrica, no Siste-ma Ibrico, parte da meseta norte e grande parte dos Pirenus exceptuando reas de maior altitude.

    c) Climas Frios - Tipo D

    A temperatura mdia do ms mais frio no clima tipo D, inferior a 0C e a temperatura mdia do ms mais quente superior a 10C. Os intervalos consi-derados para os subtipos e variedades do clima D so anlogos aos do clima tipo C.

    Dsb (frio com Vero seco e temperado) e Dsc (frio com Vero seco e fresco)

    Localizam-se em pequenas reas das regies mon-tanhosas de maior altitude da Cordilheira Cantbrica, Sistema Ibrico, Sistema Central e Serra Nevada.

    Dfb (frio sem estaco seca e Vero temperado) e Dfc (frio sem estaco seca e Vero fresco)

    Observam-se nas reas de maior altitude dos Pire-nus e em algumas pequenas reas de maior altitude da Cordilheira Cantbrica e do Sistema Ibrico.

    d) Climas Polares - Tipo EA temperatura mdia do ms mais quente no cli-

    ma tipo E, inferior a 0C. Kppen define dois sub-tipos: ET (tundra: a temperatura mdia do ms mais quente superior a 0C) e EF (glacial: a temperatura mdia do ms mais quente inferior a 0C). O subti-po EF no se encontra na Pennsula Ibrica.

    Kppen distingue los subtipos Cs, Cw y Cf con-forme se observa un perodo marcadamente seco en verano (Cs), en invierno (Cw), o si no hay una esta-cin seca (Cf). El subtipo Cw no existe en la Pennsu-la Ibrica ni en las Islas Baleares.

    Tambin hay una tercera variante conforme el verano es caluroso (temperatura media del mes ms clido superior a 22 C, letra a), templado (tempera-tura media del mes ms clido menor o igual a 22 C y con cuatro meses o ms con una temperatura media superior a 10 C, letra b), o fro (temperatura media del mes ms clido menor o igual a 22 C y con me-nos de cuatro meses con temperatura media superior a 10 C, letra c).

    Csa(templadoconveranosecoycaluroso)

    Es la variedad de clima que abarca una mayor ex-tensin de la Pennsula Ibrica y Baleares, ocupando aproximadamente el 40% de su superficie. Se extien-de por la mayor parte de la mitad sur y de las regio-nes costeras mediterrneas, a excepcin de las zonas ridas del sureste.

    Csb(templadoconveranosecoytemplado)

    Abarca la mayor parte del noroeste de la Pennsu-la, as como casi todo el litoral oeste de Portugal Con-tinental y numerosas reas montaosas del interior de la Pennsula.

    Cfa(templadosinestacinsecaconveranoca-luroso)

    Se observa principalmente en el noreste de la Pe-nnsula, en una franja de altitud media que rodea los Pirineos y el Sistema Ibrico.

    Cfb(templadosinestacinsecaconveranotem-plado)

    Se localiza en la regin cantbrica, en el Sistema Ibrico, parte de la meseta norte y gran parte de los Pirineos exceptuando las reas de mayor altitud.

    c) Climas Fros - Tipo D

    La temperatura media del mes ms fro en el cli-ma tipo D es inferior a 0 C y la temperatura media del mes ms clido es superior a 10 C. Los intervalos considerados para los subtipos y variedades del clima D son anlogos a los del clima tipo C.

    Dsb(froconveranosecoytemplado)yDsc(froconveranosecoyfresco)

    Se localizan en pequeas reas de alta montaa de la Cordillera Cantbrica, Sistema Ibrico, Sistema Central y Sierra Nevada.

    Dfb(frosinestacinsecayveranotemplado)yDfc(frosinestacinsecayveranofresco)

    Se observan en reas de alta montaa de los Piri-neos y en algunas pequeas zonas de alta montaa de la Cordillera Cantbrica y del Sistema Ibrico.

    d) Climas Polares - Tipo E

    La temperatura media del mes ms clido en el clima tipo E es inferior a 0 C. Kppen define dos subtipos: ET (tundra: la temperatura media del mes ms clido es superior a 0 C) y EF (glacial: la tem-peratura media del mes ms clido es inferior a 0 C). El subtipo EF no se encuentra en la Pennsula Ibrica.

  • 18

    ET (tundra)

    This is seen only in small areas on the highest plains of the Central Pyrenees, coinciding with the highest el-evations seen in the Cantabrian Mountains.

    Figure 1 shows a map detailing the Kppen-Geiger classification for the Iberian Peninsula and the Balearic Islands.

    ET (tundra)

    Observa-se unicamente em pequenas reas de co-tas mais elevadas dos Pirenus Centrais, coincidindo com as maiores altitudes da cordilheira.

    Na Figura 1 apresenta-se a carta da classificao de Kppen-Geiger para a Pennsula Ibrica e Ilhas Baleares.

    ET(tundra)

    Se observa nicamente en pequeas reas de alta montaa de los Pirineos Centrales, coincidiendo con las mayores altitudes de la cordillera.

    En la Figura 1 se presenta el mapa de clasificacin de Kppen-Geiger para la Pennsula Ibrica e Islas Baleares.

    Fig. 1. Clasificacin climtica de Kppen-Geiger en la Pennsula Ibrica e Islas Baleares. Classificao climtica de Kppen-Geiger na Pennsula Ibrica e Ilhas Baleares. Kppen-Geiger Climate Classification for the Iberian Peninsula and the Balearic Islands.

  • 19

    2. Meteorological observations

    Meteorological observations were used, and con-tinue to be used, to record meteorological conditions in each location, as well as any climatic changes, in order to classify the respective climates. In order to compare results between different regions, criteria and processes were defined across the networks of weather stations, in accordance with international standards, related to the time-space resolution of meteorological phenomena.

    2.1. Observations in Portugal

    The oldest meteorological observations in Mainland Portugal date back to the 18th century, with the oldest, in terms of continuous observations over a reasonable pe-riod of time, where results are published or accessible, being those of Jaques Pretorius in 1777-1785 in Lisbon, with others following in various other locations.

    Figure 2 shows an example of a record sheet for climatological data for the month of December 1897.

    2. Observaes meteorolgicas

    As observaes meteorolgicas foram e so uti-lizadas para registar as condies meteorolgicas de cada local e a sua evoluo, a fim de caracterizar os respectivos climas. Com vista comparao de resul-tados, entre diferentes regies, tornou-se necessrio definir critrios e procedimentos para as redes de es-taes segundo normas internacionais, relacionadas com a resoluo espcio-temporal dos fenmenos meteorolgicos.

    2.1. Observaes em Portugal

    As observaes meteorolgicas mais antigas em Portugal Continental datam do sculo XVIII, sendo as mais antigas, com continuidade, durante um pero-do razovel de tempo e com resultados publicados ou acessveis, as de Jaques Pretorius em 1777-1785 em Lisboa, s quais se seguiram outras em vrios locais.

    Na Figura 2 apresenta-se o exemplo de uma folha de registo de dados climatolgicos do ms de Dezem-bro de 1897.

    2. Observaciones meteorolgicas

    Las observaciones meteorolgicas han sido y son utilizadas para registrar las condiciones meteorolgi-cas de cada lugar y su evolucin, a fin de caracterizar los respectivos climas. Con vistas a la comparacin de resultados entre diferentes regiones ha sido nece-sario definir criterios y procedimientos para las redes de estaciones segn normas internacionales, relacio-nadas con la resolucin espacio-temporal de los fen-menos meteorolgicos.

    2.1. ObservacionesenPortugal

    Las observaciones meteorolgicas ms antiguas en Portugal Continental datan del siglo XVIII, siendo las ms antiguas, con continuidad, durante un pero-do razonable de tiempo y con resultados publicados o accesibles, las de Jaques Pretorius en 1777-1785 en Lisboa, a las que siguieron otras en varios lugares.

    En la Figura 2 se presenta el ejemplo de una hoja de registro de datos climatolgicos del mes de di-ciembre de 1897.

    Fig. 2. Hoja de registro de la antigua estacin D. Francisco Gomes-Faro, mes de diciembre de 1897.

    Folha de registo da antiga estao D. Francisco Gomes-Faro, ms de Dezembro de 1897.

    Record sheet for the former D. Francisco Gomes-Faro observation station, December 1897.

  • 20

    The first Meteorological Observatory in Portugal, created in Lisbon by the Old Polytechnic School, was the Infante D. Luiz Observatory, which operated regu-larly from 1 October 1854, under the direction of Mr Guilherme Pegado. By a Decree issued on 22 March 1911, higher education in Portugal was restructured, resulting in the creation of the Universities of Lisbon and Porto, with the Polytechnic School being converted into the Faculty of Sciences at the University of Lisbon, and the Meteorological Observatory became an auxil-iary establishment to the Faculty. By a Decree issued on 6 September 1946, it was renamed as the Infante D. Luiz Geophysical Institute of the University of Lisbon, which is the name still used to this date, and has pro-vided more than 150 years of meteorological observa-tions in the same location.

    From the date of the first meteorological records to the middle of the 20th Century, there were various net-works and meteorological observing stations, geograph-ically dispersed and created by various entities of the government at the time. In spite of this, these records are included in publications of the World Meteorologi-cal Organization.

    In light of the evident lack of efficiency provided by this wide dispersion of networks and observing stations, a restructuring of meteorological services within Portu-gal was ordered by governmental degree in 1946, which included the geophysical services, usually associated with meteorological activities. This resulted in the creation of the National Meteorological Service (NMS), designed to meet both internal requirements and external obligations both efficiently and cost-effectively.

    The creation of the NMS, established under De-cree-Law No. 35836, on August the 29th 1946, merged all the meteorological services previously existing on Mainland, which were divided between seven State bodies: The Secretariat for Civil Aviation, the Infante D. Luis Observatory and the Meteorological Service of the Azores (Ministry for Education), the Ministry of Defence, Navy and the Colonies, and the Directo-rate-General for Agricultural Services (Ministry of the Economy).

    At the start of the 1970s, the NMS network was broadened to increase monitoring capacity, and in 1977 the NMS was restructured and became the National Institute for Meteorology and Geophysics (INMG). Given the technical and scientific functions which it fulfilled, it intended to adapt its organic structure to new technologies as a result of experimental develop-ments occurring globally, as well as strengthening its role at a national level, through the creation of organic units designed to support socio-economic development in the country.

    The INMG, became the Institute for Meteorology (IM), created in 1993, by Decree-Law No. 192/93, on 24 May, changing from the Ministry for Transports to the Ministry for the Environment and Natural Re-sources, and with a clearly defined central structure, which included regional delegations at the Azores and Madeira, as well as all meteorological centres and sta-tions across Portugal. In 1999, the IM came under the jurisdiction of the Ministry for Science and Technology (Decree-Law No. 474-A/99, dated 8 November). By the Resolution No. 36/2002 of the Ministers Council, from January the 23rd, the IM became a State Labora-tory, with a new organic law published in 2003, which was altered in 2007, when the Ministry came to be called the Ministry for Science, Technology and Higher Education. This organic law is still currently in force, under which the IM is the national authority in the areas of meteorology, climatology, seismology and geo-magnetism.

    In 1994, the IM carried out a process of creating digital records for all meteorological data from the net-work of classic stations, with data recorded since 1941,

    O primeiro Observatrio Meteorolgico em Por-tugal, criado em Lisboa pela Antiga Escola Politcnica, foi o Observatrio do Infante D. Luiz, que comeou a funcionar regularmente em 1 de Outubro de 1854 sob a direco do Doutor Guilherme Pegado. Por decreto de 22 de Maro de 1911 foi reestruturado o ensino superior em Portugal, com a criao das Universida-des de Lisboa e do Porto, tendo sido a Escola Politc-nica transformada na Faculdade de Cincias da Uni-versidade de Lisboa e o Observatrio Meteorolgico passou a ser um estabelecimento anexo Faculdade. Por decreto de 6 de Setembro de 1946, passou a ser designado Instituto Geofsico do Infante D. Luiz da Universidade de Lisboa, designao que at hoje se mantm, assim como as observaes meteorolgicas com mais de 150 anos no mesmo local.

    Desde os primeiros registos at meados do sculo XX, existiram vrias redes e postos de observao me-teorolgica, dispersos geograficamente e por vrias entidades dos governos de ento. Apesar deste facto, estes registos esto inscritos em publicaes da Orga-nizao Meteorolgica Mundial.

    Tendo em conta a pouca eficincia desta disper-so de redes e postos, foi decretada em 1946 uma reorganizao dos servios de meteorologia no terri-trio nacional, incluindo os servios de geofsica que tradicionalmente lhes estavam associados, unifican-do-os no Servio Meteorolgico Nacional (SMN), de modo a satisfazer com eficcia e economia de meios as necessidades internas e as obrigaes externas do Pas.

    Com a criao do SMN, institudo pelo Decreto-Lei n.35836, de 29 de Agosto de 1946, extinguiram-se os servios meteorolgicos do Continente, disper-sos em sete organismos do Estado: no Secretariado da Aeronutica Civil (Presidncia do Conselho), no Observatrio do Infante D. Lus e no Servio Meteo-rolgico dos Aores (Ministrio da Educao), nos Ministrios da Guerra, da Marinha e das Colnias e na Direco-Geral dos Servios Agrcolas (Ministrio da Economia).

    No incio da dcada de 1970, a rede do SMN foi am-pliada de forma a aumentar as capacidades de monitori-zao e em 1977 ocorreu a reestruturao do SMN com a sua transformao em Instituto Nacional de Meteoro-logia e Geofsica (INMG). Dadas as funes de carcter tcnico e cientfico que lhe foram atribudas, pretendeu-se adaptar a sua estrutura orgnica s novas tecnologias resultantes do desenvolvimento experimental, a nvel mundial, e reforando o seu papel, a nvel nacional, atra-vs da criao unidades orgnicas destinadas a apoiar o desenvolvimento scio-econmico do Pas.

    Em 1993 foi criado o Instituto de Meteorologia (IM) estabelecido pelo Decreto-Lei n. 192/93 de 24 de Maio, deixando o Ministrio dos Transportes para integrar o Ministrio do Ambiente e Recursos Naturais, apresentando uma estrutura central bem definida, da qual fazem tambm parte as delegaes regionais dos Aores e da Madeira, bem como todas as estaes e centros meteorolgicos espalhados pelo Pas. Em 1999 a tutela do IM passou para o Minis-trio da Cincia e da Tecnologia (Decreto-Lei 474-A/99 de 8 Novembro). Com a Resoluo do Conse-lho de Ministros n.36/2002 de 23 de Janeiro o IM passou a ser um Laboratrio de Estado, tendo sido publicada uma nova lei orgnica em 2003, a qual foi alterada em 2007, quando o Ministrio passou a de-signar-se da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior. Esta a lei orgnica actualmente em vigor, segundo a qual o IM a autoridade nacional nos domnios da meteorologia, climatologia, sismologia e geomagne-tismo.

    Em 1994 o IM realizou uma campanha de digi-tao de dados meteorolgicos da rede de estaes clssicas, tendo sido informatizados os dados das

    El primer Observatorio Meteorolgico en Portugal, creado en Lisboa por la Antigua Escuela Politcnica, fue el Observatorio del Infante D. Luiz, que empe-z a funcionar regularmente el 1 de octubre de 1854 bajo la direccin del Doctor Guilherme Pegado. Por decreto del 22 de marzo de 1911 fue reestructurada la enseanza superior en Portugal, con la creacin de las Universidades de Lisboa y de Oporto, habindose transformado la Escuela Politcnica en la Facultad de Ciencias de la Universidad de Lisboa y el Observatorio Meteorolgico pas a ser un centro anexo a la Facul-tad. Por decreto del 6 de septiembre de 1946, pas a ser designado Instituto Geofsico del Infante D. Luiz de la Universidad de Lisboa, designacin que se mantiene hasta el da de hoy, as como las observaciones meteo-rolgicas con ms de 150 aos en el mismo lugar.

    Desde los primeros registros hasta mediados del siglo XX, han existido varias redes y estaciones de observacin meteorolgica, dispersas geogrfica-mente y gestionados por varios organismos de los gobiernos del momento. A pesar de esto, estos regis-tros estn inscritos en publicaciones de la Organiza-cin Meteorolgica Mundial.

    Teniendo en cuenta la poca eficiencia de esta dis-persin de redes y estaciones, se decret en 1946 una reorganizacin de los servicios de meteorologa en el territorio nacional, incluyendo los servicios de geof-sica que tradicionalmente estaban asociados a estos, unificndolos en el Servicio Meteorolgico Nacional (SMN), para satisfacer con eficacia y ahorro de me-dios las necesidades internas y las obligaciones exter-nas del pas.

    Con la creacin del SMN, instituido por el De-creto-Ley n. 35836, del 29 de agosto de 1946, se extinguieron los servicios meteorolgicos del Conti-nente, dispersos en siete organismos del Estado: en la Secretara de la Aeronutica Civil (Presidencia del Consejo), en el Observatorio del Infante D. Luis y en el Servicio Meteorolgico de las Azores (Ministerio de Educacin), en los Ministerios de Guerra, Mari-na y Colonias y en la Direccin General de Servicios Agrcolas (Ministerio de Economa).

    A principios de la dcada de los 70, la red del SMN se ampli para aumentar las capacidades de monitorizacin y en 1977 se reestructur el SMN, transformndolo en Instituto Nacional de Meteorolo-ga y Geofsica (INMG). Teniendo en cuenta las fun-ciones de carcter tcnico y cientfico atribuidas, se pretendi adaptar su estructura orgnica a las nuevas tecnologas derivadas del desarrollo experimental, a nivel mundial, y reforzando su papel, a nivel nacio-nal, creando unidades orgnicas destinadas a apoyar el desarrollo socio-econmico del pas.

    En 1993 se cre el Instituto de Meteorologa (IM) establecido por el Decreto-Ley n. 192/93 del 24 de mayo, dejando el Ministerio de Transportes para integrarse en el Ministerio de Medio Ambien-te y Recursos Naturales, presentando una estructura central bien definida, de la que tambin forman parte las delegaciones regionales de las Azores y de Ma-deira, as como todas las estaciones y centros meteo-rolgicos esparcidos por el pas. En 1999 la tutela del IM pas al Ministerio de Ciencia y Tecnologa (Decreto-Ley 474-A/99 del 8 de noviembre). Con la Resolucin del Consejo de Ministros n. 36/2002 del 23 de enero, el IM pas a ser un Laboratorio de Estado, publicndose una nueva ley orgnica en 2003, que se modific en 2007, cuando el Ministerio pas a designarse de Ciencia, Tecnologa y Ense-anza Superior. Esta es la ley orgnica actualmente vigente, segn la cual el IM es la autoridad nacional en los mbitos de la meteorologa, climatologa, sis-mologa y geomagnetismo.

    En 1994, el IM realiz una campaa de digitaliza-cin de datos meteorolgicos de la red de estaciones clsicas, habiendo sido informatizados los datos de

  • 21

    including some records prior to 1930. The results were validated and archived.

    2.2. Observations in Spain

    In Spain, in the first half of the 18th Century, me-teorological observations were already being carried out, although in a very unsystematic fashion. The first organised observations were carried out between 1735 and 1739 by Francisco Fernndez Navarrete, sponsored by the Royal Academy of Medicine. It was only at the end of that century, however, that instrumental mete-orological observations were carried out with any degree of continuity. As such, at the Royal Astronomical Ob-servatory in Madrid, Pedro Alonso Salanova started to make systematic meteorological observations in 1786. From the 1790s onwards, these observations were car-ried out under the direction of Salvador Jimnez Coro-nado, with the participation of Jos Garriga, Jos de Larramendi, Modesto Gutirrez and Juan de Pealver. In Cadiz, on the other hand, air temperature monitor-ing started in 1786 at the Guardamarinas Academy, with meteorological instruments being transferred to the new San Fernando Observatory in 1791, which provided continuous data on temperatures from 1799 onwards, and on rainfall from 1805. Observations were also started before the end of the 18th Century in Barce-lona by Francisco Salv.

    Throughout the 19th Century, meteorological stations started to establish themselves, primarily, in provincial capitals, which were maintained by the Church or by various State institutions. However, the compilation of data from meteorological observations did not start until the middle of the century, when the Directorate General for Public Education (Royal Decree, issued 24 September 1851), stipulated that the Madrid Observatory would coordinate activities in this respect. A decade later, in 1860, a significant step was taken in developing an official meteorologi-cal observation network, with this issuing of a Royal Decree by Queen Isabel II, which charged the Gen-eral Commission for Statistics with the responsibility of compiling and publishing existing meteorological data. At that time, data from 21 meteorological ob-servatories was compiled. This number was gradually increased over the second half of the 19th Century, reaching 100 stations at the beginning of the 20th century. These first coordinated observations were car-ried out for purely scientific and statistical purposes and were not explored as a means of distributing or sharing information.

    observaes desde 1941, incluindo alguns registos anteriores a 1930, cujos resultados foram validados e arquivados.

    2.2. Observaes em Espanha

    Em Espanha, j na primeira metade do sculo XVIII efectuaram-se observaes meteorolgicas, embora de forma muito irregular e pontual. As pri-meiras observaes organizadas realizaram-se entre 1735 e 1739 por Francisco Fernndez Navarrete, pa-trocinadas pela Real Academia de Medicina, mas s nos finais daquele sculo se iniciaram as primeiras observaes meteorolgicas instrumentais, com uma certa continuidade. Assim, no Real Observatrio As-tronmico de Madrid, Pedro Alonso Salanova come-ou a fazer observaes meteorolgicas sistemticas em 1786. A partir de 1790 estas observaes realiza-ram-se sob a direco de Salvador Jimnez Coronado e nelas participaram Jos Garriga, Jos de Larramen-di, Modesto Gutirrez e Juan de Pealver. Em Cdis, por outro lado, iniciaram-se observaes de tempera-tura do ar em 1786 na Academia de Guardamarinas, transferindo-se em 1791 os instrumentos meteoro-lgicos para o novo Observatrio de San Fernando, do qual se dispe de dados de temperatura, de forma continuada, desde 1799 e de precipitao desde 1805. Tambm se iniciaram observaes antes do final do sculo XVIII em Barcelona por Francisco Salv.

    Ao longo do sculo XIX foram-se estabelecendo de forma progressiva estaes meteorolgicas, lo-calizadas principalmente nas capitais de provncia, as quais eram mantidas pela Igreja ou por diversas Instituies do Estado. No entanto, a compilao das observaes meteorolgicas no se inicia antes de meados deste sculo, quando a Direco Geral de Instruo Pblica (Real Ordem de 24 de Setembro de 1851), determinou que o Observatrio de Madrid coordenaria as aces nesta matria. Uma dcada mais tarde, em 1860, d-se um impulso importante no desenvolvimento da rede oficial de observao meteo- rolgica, com a promulgao de um Decreto Real da rainha Isabel II, no qual se encomendava Junta Ge-ral de Estatstica do Reino, a direco dos trabalhos de compilao e publicao dos dados meteorolgi-cos j existentes. Nessa data compilavam-se os dados de um conjunto de 21 observatrios meteorolgicos; este nmero foi aumentando de forma gradual duran-te a segunda metade do sculo XIX alcanando-se a centena de estaes no princpio do sculo XX. Estas primeiras observaes coordenadas tinham um ob-jectivo puramente cientfico e estatstico e no eram exploradas para difundir informaes.

    las observaciones desde 1941, incluyendo algunos registros anteriores a 1930, cuyos resultados fueron validados y archivados.

    2.2. ObservacionesenEspaa

    En Espaa, ya en la primera mitad del siglo XVIII se efectuaron observaciones meteorolgicas, aun-que de forma muy irregular y puntual. Las primeras observaciones organizadas se realizaron entre 1735 y 1739 de la mano de Francisco Fernndez Navarrete, patrocinadas por la Real Academia de Medicina, pero hasta finales de ese siglo no comenzaran las prime-ras observaciones meteorolgicas instrumentales, con cierta continuidad. As, en el Real Observatorio Astro-nmico de Madrid, Pedro Alonso Salanova empez a hacer observaciones meteorolgicas sistemticas en 1786. A partir de 1790 estas observaciones se realiza-ron bajo la direccin de Salvador Jimnez Coronado y participaron en ellas Jos Garriga, Jos de Larramendi, Modesto Gutirrez y Juan de Pealver. En Cdiz, por otro lado, se iniciaron observaciones de temperatura del aire en 1786 en la Academia de Guardiamarinas, transfirindose en 1791 los instrumentos meteorolgi-cos al nuevo Observatorio de San Fernando, del cual se dispone de datos de temperatura, de forma continuada, desde 1799 y de precipitacin desde 1805. Tambin se iniciaron observaciones antes del final del siglo XVIII en Barcelona por obra de Francisco Salv.

    A lo largo del siglo XIX se fueron estableciendo de forma progresiva estaciones meteorolgicas, loca-lizadas principalmente en las capitales de provincia, mantenidas por la Iglesia o por diversas Instituciones del Estado. Sin embargo, la compilacin de las ob-servaciones meteorolgicas no comienza hasta me-diados de este siglo, cuando la Direccin General de Instruccin Pblica (Real Orden del 24 de septiembre de 1851) determin que el Observatorio de Madrid coordinara las acciones en esta materia. Una dcada ms tarde, en 1860, se da un impulso importante al desarrollo de la red oficial de observacin meteoro-lgica, con la promulgacin de un Decreto Real de la reina Isabel II, en el cual se encomendaba a la Junta General de Estadsticas del Reino, la direccin de los trabajos de compilacin y publicacin de los datos meteorolgicos ya existentes. En esta fecha se com-pilaban los datos de un conjunto de 21 observatorios meteorolgicos; este nmero ha ido aumentando de forma gradual durante la segunda mitad del siglo XIX alcanzndose el centenar de estaciones a principios del siglo XX. Estas primeras observaciones coordi-nadas tenan un objetivo meramente cientfico y esta-dstico y no se explotaban para difundir informacin.

    Fig. 3. Garita meteorolgica y pluvimetro de la estacin climatolgica de Viana do Castelo. Abrigo meteorolgico e udmetro da estao climatolgica de Viana do Castelo. Meteorological screen and rain gauge at the station of Viana do Castelo.

  • 22

    The creation of a Meteorological Service in Spain was the result of a Royal Decree issued on the 11th of August 1887, under the name of the Central Me-teorological Institute. Under this Royal Decree, its principal mission was to calculate and publicise the probable weather conditions at posts and provincial capitals. The first director of the Institute was Au-gusto Arcimis, appointed in March 1888. In 1911 the Central Institute changed its name to the Central Me-teorological Observatory and in 1920 to the Spanish Meteorological Service. This service was dependent on the Geographical Institute until 1932, when it became known as the National Meteorological Service. It kept this name until the creation of the National Meteoro-logical Institute in 1979, through Royal Decree, is-sued on 30 March, being then part of the Ministry for Transport, as a Directorate-General. Recently the former INM became the State Meteorological Agency. On 14 February 2008, Royal Decree No. 186/2008, issued on 8 February, was published in the Official State Journal, which approved the creation of the State Meteorological Agency (AEMET).

    In addition to the profound administrative changes which occurred, the network of meteorological stations in operation was progressively increased throughout the 20th Century, with a significant increase after 1910. As such, the number of stations forming part of the clima-tological network exceeded 500 in the 1920s, 1000 in the first years of the 1940s, and reaching over 5000 by 1970.

    Since 1985, a process of automation within the network was started, with the acquisition and installa-tion of Automatic Meteorological Stations, and recently the gradual automation of the secondary climatological network, with the creation of new Automatic Stations. Currently the AEMET meteorological observation net-work has 109 main stations, 766 automatic stations, 1 276 thermometric stations and 2 472 pluviometric stations.

    A criao de um Servio Meteorolgico em Es-panha ocorre por Real Decreto de 11 de Agosto de 1887 com a denominao de Instituto Central Me-teorolgico; segundo esse Real Decreto a sua mis-so principal consistiria em calcular e anunciar o tempo provvel aos postos e capitais de provncia. O primeiro director do Instituto foi Augusto Arcimis, nomeado em Maro de 1888. Em 1911 o Instituto Central passou a denominar-se Observatrio Cen-tral Meteorolgico e em 1920 Servio Meteorolgico Espanhol, que dependeu do Instituto Geogrfico at 1932, quando passou a denominar-se Servio Meteo-rolgico Nacional, nome que manteve at criao do Instituto Nacional de Meteorologia j em 1978, mediante Real Decreto de 30 de Maro, sendo de-pendente do Ministrio de Transporte, como Direc-o Geral. Recentemente o antigo INM transforma-se na Agncia Estatal de Meteorologia; no dia 14 de Fevereiro de 2008 publicou-se no Boletim Oficial do Estado o Real Decreto 186/2008, de 8 de Fevereiro, no qual se aprova o Estatuto da Agncia Estatal de Meteorologia (AEMET).

    A par das profundas mudanas administrativas que se foram sucedendo, a rede de estaes meteo-rolgicas em funcionamento foi-se ampliando pro-gressivamente ao longo do sculo XX, com um im-portante aumento a partir de 1910. Assim, o nmero de estaes da rede climatolgica ultrapassa as 500 na dcada de 20 e as 1000 nos primeiros anos da dcada de 40, alcanando-se um nmero superior a 5000 at 1970.

    A partir de 1985 inicia-se o processo de automa-tizao da rede de superfcie com a aquisio e ins-talao de Estaes Meteorolgicas Automticas e recentemente abordou-se tambm a automatizao progressiva da rede climatolgica secundria com a implantao de novas Estaes Automticas, de for-ma que actualmente a rede de observao meteoro-lgica da AEMET conta com 109 estaes principais, 766 estaes meteorolgicas automticas, 1276 esta-es termomtricas e 2472 estaes pluviomtricas.

    La creacin de un Servicio Meteorolgico en Es-paa tiene lugar por Real Decreto del 11 de Agosto de 1887 con la denominacin del Instituto Central Meteorolgico; segn ese Real Decreto su principal misin consistira en calcular y predecir el tiempo probable en los puestos y capitales de provincia. El primer director del Instituto fue Augusto Arcimis, nombrado en marzo de 1888. En 1911 el Instituto Central pas a denominarse Observatorio Central Meteorolgico y en 1920 Servicio Meteorolgico Espaol, que dependi del Instituto Geogrfico has-ta 1932, cuando pas a denominarse Servicio Me-teorolgico Nacional, nombre que mantuvo hasta la creacin del Instituto Nacional de Meteorologa ya en 1978, mediante Real Decreto del 30 de marzo, depen-diendo del Ministerio de Transporte, como Direccin General. Recientemente el antiguo INM se transfor-ma en la Agencia Estatal de Meteorologa; el da 14 de febrero de 2008 se public en el Boletn Oficial de Estado el Real Decreto 186/2008, del 8 de febrero, en el cual se aprueba el Estatuto de la Agencia Estatal de Meteorologa (AEMET).

    A la par de los profundos cambios administrativos que se han ido produciendo, la red de estaciones me-teorolgicas en funcionamiento se ha ido ampliando progresivamente a lo largo del siglo XX, con un im-portante aumento a partir de 1910. As, el nmero de estaciones de la red climatolgica supera las 500 en la dcada de los aos 20 y las 1 000 en los primeros aos de la dcada de los 40, alcanzando un nmero superior a 5 000 hasta 1970.

    A partir de 1985 comienza el proceso de automa-tizacin de la red de superficie con la adquisicin e instalacin de Estaciones Meteorol