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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP POLO DE APOIO PRESENCIAL GUAICURU SERVIÇO SOCIAL Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II ANTONIA DALVA C. DE SOUZA - RA 423306 ARIONALDO GOMES CHAMORRO - RA 7928699895 JANAINA DE OLIVEIRA ALMEIDA - RA 438407 PRISCILA ROSA DE SOUZA - RA 416993 REJANY DA SILVA - RA 407717 Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

POLO DE APOIO PRESENCIAL GUAICURU

SERVIÇO SOCIAL

Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II

ANTONIA DALVA C. DE SOUZA - RA 423306ARIONALDO GOMES CHAMORRO - RA 7928699895

JANAINA DE OLIVEIRA ALMEIDA - RA 438407PRISCILA ROSA DE SOUZA - RA 416993

REJANY DA SILVA - RA 407717

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como

requisito para conclusão da disciplina “FHTMSS IIl”,

sob orientação da professora-tutora à distância Profª

Ms Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes.

Campo Grande/MSAbril/2014

Introdução

Neste relatório vamos abordar questões contemporâneas e desenvolver nosso senso

critico, pois trabalhamos questões como humilhação social e invisibilidade publicam e

buscaram identificar esses fenômenos em nosso dia a dia.

A desigualdade, a miséria e a má distribuição de renda são fatores que acompanham

nossa história, uma classe burguesa que detêm o poder e a classe operária, que vende sua

força de trabalho para sobreviver.

É nesse sentido olhar para a minoria, tirar um tempo, sair da nossa zona de conforto

para observar o que acontece em volta, a psicologia social neste relatório busca nos fazer

entender o lado dessa classe que se tornam invisível a sociedade e vão perdendo sua

identidade e dignidade.

O método utilizado foi leitura dos textos sugeridos em nossa atividade prática

supervisionada, e escolher um segmento de trabalhadores que desenvolvam um trabalho

considerado desqualificado, escolhemos os catadores de material reciclável aqueles que catam

os materiais nas ruas.

Vamos desenvolver uma pesquisa buscando reportagens e imagens que tragam

informações a respeito deste tema, para que possamos visualizar os conceitos trabalhados

fazendo uma correlação da teoria e da pratica.

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A Relevância do Movimento de Reconceituação para o Serviço Social

Durante décadas têm-se buscado através de reformulações teóricas e práticas uma

nova visão sobre a reconceituação do Serviço Social. O Serviço Social se constitui num

processo que articula conservação e renovação.

Inserido na transformação capitalista e em sua ideologia, busca ações voltadas à

comunidade, embora seja entendido como uma práxis precisa atuar para alcançar novas

mudanças no contexto democrático.

Aos desafios, leva-se em conta que não se têm apropriado ou não estão se apropriando do referencial teórico com qualidade para uma análise teórica-crítica da sociedade na sua historicidade, o que vem impossibilitando a previsão, projeção e, a realização de um trabalho que seja uma ruptura com práticas conservadoras. Fica como desafio, a necessidade de uma dinâmica de transformação das relações sociais vinculando ao processo resistência à ordem dominante, promova a cidadania e a democracia e produza análises concretas para que a própria reconceituação seja questionada, pois ela tem como pressuposto, ser um movimento na tradição critica (Faleiros; 2004).

O profissional de Serviço Social tem sua trajetória marcada por análises críticas em

suas diferentes fases, isso determina sua luta existencial relacionada à sua atuação.

Ainda que sua base fosse a atividade assistencial, o processo de reconceituação do

Serviço Social não aconteceu de imediato, mas iniciou-se a partir de questionamentos e

reflexões conceptivas a cerca de seu conteúdo metodológico.

Para se discutir e tentar responder a esses questionamentos, foi promovido o Encontro

de Araxá em MG (1967) reunindo 38 Assistentes sociais docentes e não-docentes produzido

pelo centro brasileiro de cooperação e intercâmbio de serviços sociais (CBISS). Tendo como

objetivo repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia.

Oito anos depois (1978) realizou-se o encontro de Sumaré (RJ), objetivando a

cientificidade do Serviço Social. Este encontro registra o deslocamento da perspectiva

modernizadora da arena central do debate e da polêmica e a disputar seus espaços e

hegemonia com ressonância nos foros de discussão, organização e divulgação da categoria

profissional. O desafio que ficou foi de discutir a construção do objeto do Serviço Social

mediante um enfoque dialético que incorpore uma dupla perspectiva: a da ciência e a dos

modos de produção das formações sociais e das conjunturas políticas.

Estes foram os principais marcos da trajetória de luta para a renovação do Serviço

Social, trazendo em sua essência uma vertente modernizadora.

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A arma mais importante de uma sociedade unida é a cidadania. E é nesta palavra que

esta definida toda a luta de Renovação do Serviço Social que continua até os dias de hoje, mas

sempre com perspectiva nova, uma visão renovadora, sempre apartidária, com cunho social de

luta pelo menos favorecido.

A Importância dos Seminários para o Serviço Social

Durante a ditadura militar foram realizados dois seminários de teorização do serviço

social, o seminário de Araxá (MG), e o seminário de Teresópolis (RJ). O documento de Araxá

do ponto de vista de uma apresentação cientifica o D.A, difere um processo discursivo

essencialmente filosófico, apoiando-se sobre a filosofia neotomista. Em que os valores

básicos são os mais importantes.

O D.A. e uma visão do que era o serviço social da época (1967), no relatório dos E.R.

o D.A. como o todo foi considerado válido, suas ideias foram validas mais alguns aspectos

foram omitidos. No entanto o D.A. ficou meio inseguro nas suas formulações sugeriu-se então

a necessidade de reformulação, na qual era necessário criar novos processos, e métodos do

Serviço Social. O documento de Araxá fala sobre como é importante a participação da

população, pois essa deveria ter consciência dos problemas sociais, para que todos pudessem

contribuir, de alguma maneira, para projetos de desenvolvimento institucionalizado pelo

governo. Para que isso acontecesse era necessário que o Serviço Social preparasse novos

métodos. No D.A. foram discutidos o questionamento e reflexões da profissão do Serviço

Social. Na qual há um processo de revisão e critica em relação, a teoria e os métodos da

profissão. Para que pudessem ser criados novos métodos, que articule as lutas da população,

buscando uma transformação.

Com relação às funções que o Serviço Social possui, e suas competências ele fala

sobre algumas: atuação no processo de criação e reforma e adequação das politicas sociais,

facilitando o acesso da população ao que ela necessita. Atuar junto aos grupos humanos de

acordo com as diferentes situações de espaço e tempo. Pode-se perceber que nesse momento o

Serviço Social começou a atua com certas ideologias como da “promoção” e do

desenvolvimento em que buscava novas perspectivas para uma ação profissional.

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O seminário de Teresópolis foi realizado em 1970, alguns documentos foram

discutidos pelos assistentes sociais tais como: introdução a metodologia, teoria do diagnostico

e da intervenção em Serviço Social. Foram criadas bases para a reformulação do Serviço

Social, um deles foi a teoria metodológica do Serviço Social, este documento teve muita

influencia nos anos seguintes, e foram muito utilizados pelas Escolas de Serviço Social, após

analisar o trabalho os participantes, dividiram-se em dois grupos: A e B.

O grupo A correspondia principalmente ao preenchimento dos cadernos didáticos, o

que diz respeito a analise dos cadernos didáticos, houve certos números de variáveis tais

como: em relação às funções do Serviço Social, este documento nos apresenta um modelo em

que nos deparamos com fenômenos e variáveis, define fenômeno como um fato social ora se

fenômeno e fato social a variável também é, exemplo disso e a subnutrição ora e fato, ora e

variável.

Já o grupo B estudou conhecimento cientifico que embasam a política profissional do

Serviço Social, aplicação da metodologia à nível de planejamento, a nível de administração,

para a pratica consideram-se básicas para o Serviço Social, conhecimento de filosofia,

psicologia, sociologia, antropologia, política social e economia. O D.T. estudou a realidade

social unicamente sob o ângulo das necessidades humanas, também seria necessário

considerar as potencialidades, os equipamentos e as possibilidades.

Os documentos de Araxá, e de Teresópolis, serviram para estudo de profissionais que

se reuniram em seminários. Foi através do estudo desses documentos, que podemos dizer que,

o Serviço Social, preocupa-se com as questões que colocam em jogo sua existência ou

sobrevivência.

A Corrente Positivista dentro do Serviço Social

Primeiramente temos que entender o que foi o positivismo para saber a influencia

desta dentro do Serviço Social. O positivismo destaca-se dentro do campo da filosofia, é a

visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de

alguma fonte externa, mas sim confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são

diretamente acessíveis pela observação, ou seja, o positivismo evita responder: por que, ao

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que, para que, quando, onde, não se atentando a reflexões, críticas e construções sobre o

problema da sociedade.

A moral positivista é muito rigoroso, baseada na realidade do altruísmo, na existência

do altruísmo no cérebro humano. No positivismo não se trata de socializar o capitalista. A

propriedade é necessária, devendo, entretanto, compreender o seu dever. O capital é de

formação social, só tem significado social. Perante o positivismo, todas as religiões têm a

mesma finalidade e todos os benfeitores da humanidade, quaisquer que forem as suas crenças,

são merecedores de gratidão.

O Serviço Social, em sua evolução, muito ambicionou introduzir em sua prática o

instrumental do método científico. Ressalta Kruse que a presença dessa corrente no Serviço

Social fez que a profissão passasse a se preocupar mais com o “como” do que com o “quê”,

acentuando-se consequentemente a sua tendência à neutralidade. Sobre isso acrescenta:

“É difícil avaliar a influencia do positivismo lógico sobre o Serviço Social, mas em uma primeira estimativa devemos destacar como positivo sua ânsia por buscar novos métodos, por definir claramente os conceitos, por investigar seriamente, por atuar com eficiência e como negativo, sua incompreensão do propósito e da inocência ideológica.” (Kruse, 1970, p. 37)

O postivismo aparece no Serviço Social em oposição ao conhecimento que se baseava

na subjetiva interpretação pessoal da situação-problema verificada no psicologismo filosófico.

Busca esta perspectiva uma maior eficiência e objetividade na maneira profissional de

proceder. Na década de 60, afirma Kruse que razões políticas e ideológicas fizeram que o

Serviço Social começasse a sair da tutela do positivismo lógico e passasse a se envolver nas

mudanção sociais. Nesse contexto, começam a emergir outras correntes filosóficas, que

apresentam, de maneira explícita, seu compromisso ideológico.

A Corrente Fenomenológica no Serviço Social

Nesta busca de renovação dos esquemas operativos do Serviço Social, alguns de seus

profissionais procuram assumir em suas proposições, como orientação metodológica, uma

atitude fenomenológica.

O método fenomenológico vem ao encontro de carências reais, cada vez mais

presentes, no campo da abordagem do fenômeno humano e social resultantes de uma

importância que evidencia como intrínseca à própria essência do que se convencionou

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denominar de método científico. Essa importância do chamado método científico, no que se

refere ao estudo dos fenômenos humanos, estaria ligada ao fato de que tal método fundamenta

nos sistemas naturais e não no comportamento humano.

A fenomenologia possibilita um novo olhar sobre aspectos tradicionais que imprimiam

formas conservadora à profissão. Nesse sentido, a fenomenologia fomenta novas discussões

sobre a prática profissional rediscutindo a pertinência de inovações, ou melhor, de renovação.

Tais discussões tem como marco o contexto dos Seminários de Sumaré (1978) e do

Alto da Boa Vista (1984) e busca-se por meio das discussões e documentos ali apresentados

destacar novas teorizações sobre um resgate do trabalho do assistente social.

Apresentando propostas que remonta a teóricos que discutem essa perspectiva que,

com significativa preocupação, se negam a apoiar-se em teorias positivistas ou marxistas,

buscando, por isso, um novo caminho, ou como se apresenta “uma nova roupagem”, a

roupagem fenomenológica para a compreensão do Serviço Social em sua vertente renovadora.

A Dialética no Serviço Social

Max relata que o homem é a história universal, sendo enfocado na luta com a natureza

em relação com outros homens, e é o centro da atenção no conjunto social.

Em relação ao kruse que defende tanto à reportação e a contribuição que o marxismo

passa a oferecer ao Serviço Social, que também se põe com respeito à concepção da prática

teórica de Althusser, onde muitos e/ou alguns autores do Serviço Social, tomou núcleo central

devido os reflexos feito sobre á prática profissional.

Althusser idealiza suas práticas teóricas de um produto ideológico em um

conhecimento teórico, sendo determinado em um trabalho conceitual, não restringiam dar-se

também na prática científica, mas também à prática-teórica pré-científica, onde seu

significado de prática ideológica em pré-história de uma ciência.

Na era Althusser em sua aplicação de métodos onde preconizado todos os tipos de

conceitos “a produção, troca de trabalho e tantos outros, o mesmo relata muito á respeito de

conhecimento seja ela atual ou nova”.

Como Max relata sobre o modo de produção que “a força produtiva juntamente focada

nas relações sociais do trabalho é a base da sociedade”.

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Max defende muito o homem, pois na era capitalista ele é visto como produto, pois no

capitalismo ele abrange as classes sociais, as dos ricos que são aqueles que dominam, e as dos

trabalhadores os dominados.

Se todos os recursos ditos por Althusser usado hoje no Serviço Social abrangeriam

muitos conhecimentos para o homem, usar todas as práticas na ajuda do homem perante a

sociedade, ter o conhecimento da realidade concreta na formulação da diagnóstica, conduto

sendo possível á mediante vários recursos teóricos mais abrangentes.

Através de orientações e várias trocas de informações, construirá um conhecimento

imediato da realidade de hoje, assim a realidade concreta representada no diagnóstico se torna

inteligível através da determinação de estrutura.

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Conclusão

A desigualdade social que nos acompanha a tanto tempo, pelo que estudamos parece

que desde que iniciou o processo capitalista o ser humano se transformou em uma cultura

crescente do ter. Isso nos afasta um dos outros e nos deixa cada vez mais egoístas.

Com uns tendo mais que os outros e em uma sociedade que é cada um por si, a

humilhação social é fato, podemos citar duas condições na humilhação social, uma política e a

humilhação que se internaliza e torna a pessoa se sentir fora desse mundo que eles observam

de fora e até preferem não serem notados para não sofrerem com a indiferença das pessoas.

O resultado de tudo é a invisibilidade publica o poder público parece que quer ajudar,

mas cria programas que não chegam a todos que precisam, a sociedade em sua maioria finge

que não vê aquelas pessoas que limpam os lugares por onde passam, retiram os lixos e ainda

contribuem retirando o que pode ser reciclado e estes trabalhadores preferem nem serem

notados para não sofrerem mais humilhação.

Mas devemos nos sensibilizar que somos iguais perante a Lei e temos nossos direitos e

deveres, segundo o Art.6º são direitos sociais, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,

a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma desta constituição.

Todos esses direitos citados acima é dever do Estado, porém, os profissionais não

conseguem chegar a essa totalidade de assistência por haver muita burocracia e obedecer um

sistema ainda considerado “engessado”.

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BibliografiaCASTRO, D. M. (08 de 09 de 2010). Acesso em 02 de 03 de 2014, disponível em Movimento de Reconceituação do Serviço Social: http://www.webartigos.com/artigos/movimento-de-reconceituacao-do-servico-social/46749/

CBCISS. (1988). Teorização do Serviço Social: Documento Alto de Boa Vista. Rio de Janeiro: Agir.

MACEDO, M. d. (1981). Reconceituação do Serviço Social. São Paulo: Cortez.

NETTO, J. P. (2011). Ditadura e Serviço Social: Uma análise do Serviço Scoal no Brasil pós-64. São Paulo: Cortez.

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