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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 2

Relatório e Contas 2014

Índice

I. Relatório de Gestão 3

Principais Indicadores 4

Órgãos Sociais 6

Resumo da Actividade 7

Enquadramento Macroeconómico 8

Áreas de Negócio 9

Funções de Controlo Interno 11

Áreas de Suporte 14

Capital Humano 16

Análise Financeira 17

Declaração sobre a Política de Remuneração do Banco Privado Atlântico - Europa S.A 23

Informação Quantitativa Sobre Remunerações 28

Proposta de Aplicação de Resultados 30

II. Demonstrações Financeiras 31

III. Notas às Demonstrações Financeiras 37

IV. Parecer da Auditoria 96

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3BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014

I. Relatório de Gestão

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Principais Indicadores

(m Euros)

Actividade 2011 2012 2013 2014

Activo Líquido Total 298.808 326.182 427.300 572.726

Volume de Negócios (1) 307.336 237.691 446.366 611.371

Crédito a Clientes 25.017 49.786 74.218 114.828

Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 240.179 411.825

Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 98.107 37.230

Garantias 808 808 4.553 14.532

Crédito Documentário 4.477 5.158 29.309 32.995

Volume de Negócios por Colaborador 6.147 3.256 4.555 5.879

Rácio de Transformação (2) 11,1% 43,4% 80,1% 66,3%

Rácio Crédito Vendido/ Crédito a Clientes 0% 0,4% 0,1% 0,1%

Rácio Provisões/ Crédito a Clientes 1,7% 1,6% 3,4% 3,7%

Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039

Comissões Líquidas 1.178 816 1.248 2.217

Resultados de Reavaliação Cambial eActivos Avaliados ao Justo Valor 216 836 587 1.209

Resultados de Activos FinanceirosDisponiveis para Venda - 813 5.930 4.890

Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.051

Produto Bancário 6.725 12.200 19.719 20.405

Produto Bancário por Colaborador 135 167 201 196

Cost to Income 114,1% 81,5% 71,5% 65,5%

Resultado do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754

ROA -0,5% 0,2% 0,5% 0,7%

ROE -3,1% 1,5% 4,7% 7,7%

Capitais Próprios 45.927 48.450 50.085 57.619

Fundos Próprios Base 45.215 44.435 46.099 47.279

Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.837 14.298 21.520

RWA 122.488 135.465 178.728 269.005

Rácio de Solvabilidade 36,9% 32,8% 25,8% 17,6%

Número de Clientes 446 732 1.443 1.922

Número de Colaboradores 50 73 98 104

Número de Colaboradores em Formação 11 18 22 25

(1) Crédito, garantias e recursos totais de clientes

(2) Calculado de acordo com a instrução 23/2011 do Banco de Portugal

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

(m Euros)

Volume de Negócios

(m Euros)

Produto Bancário

(m Euros)

Resultados Líquidos

(m Euros)

Rácio de Transformação

(m Euros)

Colaboradores vs Custos Colaboradores

411.825

37.230

162.315

2011 2012 2013

307.336

237.691

446.366

611.371

2014

Recursos de Clientes On Balance Recursos de Clientes Off Balance

240.179

98.107

108.080

146.098

35.841

55.752

251.312

25.72230.302

Crédito a Clientes e Garantias

2011 2012 2013 2014

Rácio de Crédito Líquido / Recursos de BalançoRácio de Transformação (1)

11,1%

43,4%

80,1%

66,3%

10,0%

33,8% 31,0% 27,9%

2011 2012 2013 2014

ColaboradoresCustos com Pessoal por Colaborador (m Euros)

9373

98104

5064 66 60

2011 2012 2013 2014

33

104

Colaboradores em Formação Horas Formação / Colaborador Colaboradores

25

52

98

22

58

73

1814

50

11

2011 2012 2013 2014

Resultado do Exercício

3.754

2.189

701

(1.403)

2011 2012 2013 2014

2.774

3.9516.449

5.750

8.646

11.073

8.039

12.366

6.725

12.200

19.719 20.405

Margem Financeira Margem Complementar

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Órgãos Sociais

Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas

Presidente Revisor

Carlos José da Silva KPMG & Associados, SROC, S.A.

representado por Vitor Manuel da Cunha Ribeirinho

Vice-Presidente

Baptista Muhongo Sumbe (cessou funções a 31.12.2013) Suplente

Miguel Pinto Douradinha Afonso

Presidente da Comissão Executiva Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

André Navarro (cessou funções a 24.03.2014)

Diogo Cunha (iniciou funções a 25.03.2014)

Assembleia GeralAdministradores Executivos

Augusto Baptista Presidente

Graça Proença de Carvalho Paulo Manuel da Conceição Marques

Vice-Presidente

Conselho Fiscal António Assis de Almeida

Presidente Secretário

Mário Jorge Carvalho de Almeida Rute S. Martins dos Santos (cessou funções a 13.03.2014)

Manuel da Silveira Botelho (iniciou funções a 25.03.2014)

Vogais Efectivos

Fernando Augusto de Sousa Ferreira Pinto

Maria Cândida de Carvalho Peixoto Secretário da Sociedade

Vogal Suplente Efectivo

João Maria Francisco Wanassi Rute S. Martins dos Santos (cessou funções a 13.03.2014)

Manuel da Silveira Botelho (iniciou funções a 28.03.2014)

Suplente

Manuel da Silveira Botelho (iniciou funções como Secretário da Sociedade Efectivo a 28.03.2014)

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Decorridos cinco anos desde a sua fundação, o ATLANTICO Europa mantém o seu compromisso de ser um banco sólido, rentável, eficiente e capitalizado.

A actividade bancária em 2014 cresceu de forma sustentada, tendo-se verificado uma evolução positiva dos principais indicadores financeiros da instituição. O resultado líquido do Banco situou-se nos 3,754 milhões de Euros, apresentando um aumento de 70% face ao ano anterior, atingindo o Banco uma rentabilidade dos capitais próprios de 7,7%. Durante este ano, as prioridades estratégicas do Banco centraram-se no aumento da base de clientes Particulares, Empresas e Institucionais, na consolidação da oferta de produtos e serviços, no controlo sistemático dos custos, na optimização dos sistemas de segurança e na qualidade operacional.

O ano de 2014 fica ainda marcado pela obtenção de licenças bancárias para abertura de sucursais na Namíbia e em Moçambique, países africanos em crescimento acelerado e com posicionamento estratégico, dado a sua ligação com mercados onde o ATLANTICO já está presente - Portugal e Angola. Com este passo, o ATLANTICO Europa afirmou a sua identidade multi-nacional e reforçou a sua posição como plataforma de desenvolvimento internacional da marca ATLANTICO. No mercado doméstico, o Banco foi ao encontro das necessidades dos clientes através da oferta de produtos e serviços inovadores personalizados e de valor acrescentado. Os clientes Particulares, residentes e não residentes, beneficiaram de uma oferta de depósitos a prazo com taxas de remuneração competitivas, aconselhamento financeiro e soluções de investimento personalizadas. Os clientes Empresas beneficiaram de soluções especializadas de Trade Finance, gestão de tesouraria e concessão de crédito para apoio do seu processo de internacionalização.

O ano de 2014, ficou igualmente marcado pelo alargamento da rede de parceiros institucionais. Comprometido com os seus clientes, o ATLANTICO Europa procurou conquistar a sua confiança, pautando a sua actuação por um conjunto de valores e princípios que incluem o sigilo bancário, a segurança das operações, a inovação e o rigor. Com o objectivo de se tornar uma referência na banca digital, o ano 2014 contou com um forte investimento tecnológico, que incluiu a optimização das infra-estruturas informáticas e culminou com o desenvolvimento do novo site institucional e da funcionalidade de abertura de conta online, disponível para clientes residentes e não residentes. Em 2014, o ATLANTICO Europa manteve também a sua aposta na diversidade cultural e académica dos seus colaboradores, da qual se orgulha. Neste sentido, e com intuito de acompanhar a crescente actividade bancária, mantendo o seu nível de qualidade, o Banco reforçou a sua equipa em 2014 e atingiu um total de 104 colaboradores, tendo continuado a investir na sua formação através da realização de 28 acções de formação e participação de 17% da equipa em Pós-Graduações promovidas pelo Banco. De salientar ainda que o desenvolvimento do negócio bancário foi acompanhado pelos processos de controlo interno, de compliance e de uma rigorosa gestão de riscos. O ATLANTICO Europa cumpriu escrupulosamente as responsabilidades impostas pelo regulador Europeu e Português, superando os níveis dos principais rácios financeiros estabelecidos. Por fim, uma palavra de especial agradecimento a todos os accionistas, clientes, colaboradores e parceiros, que contribuem para o desenvolvimento do ATLANTICO Europa, um Banco de raiz Africana, que queremos que se torne cada vez mais internacional.

Resumo da Actividade

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

O ano de 2014 foi marcado pelas divergências económico-financeiras e correspondentes políticas monetárias dos Bancos Centrais dos EUA e Zona Euro, com os investidores a voltarem a privilegiar os activos de risco norte-americanos.

Na Zona Euro, após a recuperação bolsista em 2013, os principais índices registaram valorizações modestas no passado ano. Esta falta de interesse foi justificada pela incerteza quanto à evolução da actividade económica e por expectativas dos agentes económicos pouco encorajadoras, a aguardar por maiores certezas quanto ao rumo económico na região, nomeadamente se as políticas tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) colocarão a Europa no caminho do crescimento.

Em Portugal, o PSI-20 registou em 2014 uma das piores performances mundiais, tendo perdido quase 30% do seu valor, pressionado pelo colapso do Grupo Espírito Santo, cujos efeitos se alastraram às outras cotadas, tais como a Portugal Telecom e a restante banca. O abrandamento externo e uma deflação ao longo do ano conduziram a um crescimento económico modesto em Portugal (est. 0,85%), sendo na sua maioria explicado pela recuperação do consumo interno. O ano ficou ainda marcado pela conclusão do programa de ajustamento financeiro em Portugal, com o governo a decidir não recorrer a uma linha de crédito cautelar, justificando a decisão com o regresso em pleno do país aos mercados de dívida primária.

O BCE decidiu cortar as taxas de juro de referência em Junho (0,25% para 0,15%) e novamente em Setembro para 0,05%. Foram ainda decididas outras medidas acomodatícias não convencionais, tais como, a redução das taxas de depósitos junto do BCE para um valor negativo (-0,20%), novos empréstimos de médio e longo prazo a taxas reduzidas (TLTRO – levadas a cabo em Setembro e Dezembro) e início de dois programas de compra de dívida titularizada: um focado em covered bonds e outro em asset backed securities, com o intuito de suportar o crescimento e mitigar progressivamente o risco de deflação.

Nos EUA, o ano de 2014 começou com as yields dos Treasuries a subirem para perto dos 3%, dada a expectativa de redução gradual do programa de compra de activos do Fed. Com efeito, o Banco Central foi reduzindo gradualmente os USD 85 Bn de compras mensais, tendo estas terminado em Outubro. Por outro lado, o facto das expectativas inflacionistas indicarem que no médio prazo a inflação continuará contida e as ligeiras revisões em

baixa do crescimento em 2014 contribuiram para o desempenho menor do que o antecipado das taxas de rentabilidade da dívida pública norte-americana. As yields nos títulos de dívida na Europa continuaram a registar novos mínimos históricos ao longo de toda a curva reflectindo as expectativas de baixas taxas de inflação e uma política monetária expansionista do BCE.

Perante a maior divergência entre as políticas monetárias nos dois lados do Atlântico, começou a assistir-se a um gradual alargamento dos spreads entre os Treasuries e o Bund, que no final do ano se situava em 163 bps, mais 55 bps do que no início de 2014.

O USD Index registou a maior valorização dos últimos 15 anos (12,79%), com o mercado a antecipar o retomar da normalização da política monetária nos EUA durante o próximo ano. No caso do EUR/USD, o crosse depreciou cerca de 14% dos 1,4000 em Maio para 1,2100. Relativamente às moedas emergentes o movimento foi semelhante, destacando-se a divisa russa, que se desvalorizou 85% face ao USD, em consequência da grave crise que assolou o país após a queda dos preços do petróleo e das tensões geopolíticas na Ucrânia, que resultaram em sanções económicas severas dos EUA e União Europeia.

No mercado das matérias-primas, o ano foi bastante atribulado, especialmente no mercado petrolífero. Nos últimos meses de 2014, o petróleo sofreu perdas significativas nos dois principais mercados, com o excesso de produção e a valorização do USD a pressionar as cotações, empurrando-as para mínimos de vários anos. O aumento da produção de shale oil nos EUA e o retomar da produção em países como Iraque e Líbia, numa altura em que a economia mundial sofre um abrandamento do ritmo de crescimento, conduziram à queda em cerca 50% do preço da matéria-prima em 2014.

O Ouro, depois de um arranque do ano promissor, com os preços a subirem 18% até perto dos USD 1.400 por onça, assistiu ao sentimento dos investidores a deteriorar-se, com os preços a regressarem até perto do ponto de partida, justificado pelas alternativas de activos financeiros em alta (nomeadamente acções), a valorização do USD e a redução da liquidez por parte do Fed. O volume de ETF’s associados ao ouro manteve a tendência de queda, para mínimos de 6 anos, e no mercado físico o consumo chinês ficou muito abaixo do verificado no ano anterior, bem como o indiano que foi condicionado por restrições fiscais.

Enquadramento Macroeconómico

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Banca Particulares

O ano de 2014 veio confirmar a agência da Avenida da Liberdade, como o centro de negócios do segmento Affluent. No decurso do seu segundo ano de actividade, numa zona emblemática e estratégica de Lisboa, esta força comercial concentrou os seus esforços na captação de recursos dos actuais clientes, disponibilizando uma oferta de soluções de investimento com valor acrescentado, quer ao nível das poupanças de médio/longo prazo, quer no acompanhamento dos projectos familiares dos clientes, com forte enfoque no investimento imobiliário para clientes não residentes em Portugal.

O número de clientes registou uma subida de 33%, atingindo os 1.366 clientes, dos quais 63% residem em Angola, 35% em Portugal e 2% noutros países.

Graças ao profundo conhecimento dos gestores da realidade angolana e dos interesses dos seus clientes em geral, esta base de clientes não residentes, foi responsável pelo incremento do volume de crédito em 45%, alicerçado fundamentalmente no produto Crédito à Habitação. Fruto de uma forte dinâmica de captação e retenção de recursos, sustentada na variada oferta de produtos de Depósitos a Prazo, Depósitos Indexados e de Produtos Estruturados, os recursos totais registaram um crescimento de 113%.

Em 2014, a adopção de sistemas tecnológicos de vanguarda nas operações de caixa, nas tarefas de rotina dos gestores e, particularmente, no processo de abertura de contas particulares, foi igualmente determinante no desempenho global deste segmento, trazendo maior solidez na simplificação e rentabilidade dos processos e na manutenção do elevado rigor.

No segmento de Private Banking, 2014 registou a consolidação dos níveis do serviço, assente numa abordagem patrimonial global com oferta de produtos e serviços financeiros e não financeiros, e numa lógica de arquitectura aberta com total independência, permitindo aos nossos clientes o acesso aos principais agentes e mercados de capitais internacionais, e ao apoio necessário à gestão dos seus interesses pessoais, patrimoniais ou empresariais.

Tendo como pilares o aconselhamento financeiro especializado e independente, com a garantia de segurança, transparência e confidencialidade em todos os momentos, reforçámos, em 2014 a proposta de valor do Private Banking do ATLANTICO Europa: qualidade de serviço, dentro dos princípios da abordagem de banca de relação, com soluções de investimento e financiamento exclusivas, adequadas ao perfil de risco, ciclo de vida e necessidades específicas de cada cliente. Para alcançar este objectivo, aumentámos a equipa de gestores de cliente, mantendo a exigência dos níveis de qualidade técnica e o rigor na formação dos princípios e valores inerentes à nossa proposta de valor.

O reconhecimento do valor acrescentado do nosso serviço e a nossa capacidade de construir soluções tailor made, permitiram o crescimento da base de clientes Private, em 30%, e dos recursos sob gestão. Durante 2014, mantivemos um enfoque na construção de soluções de investimento e de financiamento para clientes não residentes, e procurámos alargar a base de clientes residentes através de uma oferta especializada, assente numa dinâmica relacional diferenciadora e na disponibilização de soluções de investimento personalizadas e independentes.

Áreas de Negócio

Banca de Empresas

O ano de 2014 fica marcado por um contexto de extrema competitividade na banca comercial Portuguesa, com os bancos a demonstrar agressividade ao nível dos spreads das operações de crédito dos clientes de melhor risco, numa tentativa clara de  defesa de níveis de Produto Bancário consentâneos com as capacidades instaladas, bem como de melhoria do nível de risco das carteiras de crédito. Apesar do contexto competitivo, o ATLANTICO Europa aumentou significativamente a sua base de clientes Empresas, crescimento que foi acompanhado por um aumento substancial do nível dos recursos captados mas também do crédito concedido, tendo mantido o foco na captação de clientes com relação com o mercado angolano ao nível dos fluxos comerciais e de investimento.

A captação de novos recursos superou o incremento de crédito concedido a clientes, evidenciando a manutenção de uma política de concessão de crédito selectiva e conservadora, bem como o

esforço do Banco no desenvolvimento de uma base de clientes diversificada, do ponto de vista de utilização do conjunto de produtos e serviços disponibilizados pelo Banco. O crescimento do volume de negócio foi acompanhado por um crescimento sólido e sustentado quer da margem financeira, quer da margem complementar, sendo de destacar o contributo do negócio de Trade Finance, actividade de importância estratégica para o ATLANTICO Europa e principal foco da actividade comercial da Banca de Empresas.

Para 2015, iremos manter o foco estratégico no apoio aos negócios de Trade Finance dos nossos clientes, concentrando-nos em encontrar soluções adequadas às suas necessidades específicas e colocando à sua disposição o conhecimento que dispomos do mercado angolano, mantendo o esforço de melhoria contínua da qualidade do serviço prestado aos nossos clientes.

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Banca Institucional

Para a Banca Institucional do ATLANTICO Europa, o ano de 2014 foi um ano de consolidação de actividade. Foram desenvolvidas diversas iniciativas comerciais de prospecção de mercado e captação de clientes institucionais, com foco no continente africano. Estes esforços resultaram no aumento do número de clientes e contrapartes de relacionamento e no aumento expressivo da captação de recursos, que atingiu 236 mn Euros no final de 2014. A destacar, registamos a colocação do primeiro depósito estruturado junto de investidores institucionais e o aumento da actividade de banca correspondente e Trade Finance. O ATLANTICO Europa continuou a alargar o número de instituições com quem tem RMAs trocados, e actualmente conta com uma rede abrangente em qualquer um dos continentes.

Em 2014, foi ainda realizada a primeira emissão de papel comercial colocada pelo ATLANTICO Europa junto de investidores institucionais – uma emissão de 3 mn Euros com uma procura de 9,250 mn Euros, mais de 3x oversubscribed. Em termos de representações, o ATLANTICO Europa, em coordenação com o ATLANTICO em Angola, promoveu a segunda edição das ATLANTICO Meetings em Washington na semana das reuniões anuais do FMI, contando com a presença de 100 convidados, entre os quais vários clientes e contrapartes.O ATLANTICO Europa esteve representado nas reuniões anuais do Export Import Bank of US, no Africa Financial Services and Investment Conference, onde foi orador, e no SIBOS 2014, evento anual promovido pela Swift . Foi também anfitrião da delegação comercial de Singapura em Portugal.

Asset Management

Durante o ano de 2014, a actividade do Asset Management do ATLANTICO Europa, desenvolvida através da sua subsidiária sedeada no Luxemburgo, centrou-se na finalização da estruturação dos meios e recursos da sociedade, por forma a conseguir corresponder às exigências dos seus clientes/investidores, cumprindo com as melhores práticas em termos de governance e controlo interno.

Prosseguiu-se também com a preparação da actividade relativamente ao Fundo Angola Growth Fund, que será um fundo centrado em investimento para a África Subsariana e não exclusivamente em Angola, como inicialmente delineado, e ao fundo Atlantico Investment Strategies, que funcionará como uma plataforma de gestão, para diversos clientes institucionais. Estes clientes terão o seu património segregado através do investimento em sub-fundos.

A Atlantico Asset Management tem como objecto a constituição e gestão de fundos de investimento alternativos, com foco no investimento na África Subsariana. O ano centrou-se também no reforço da relação com os diversos stakeholders, por forma a suportar o crescimento previsto para os próximos anos.

Para a realização das actividades de gestão de fundos de investimento, o modelo de negócio é suportado por um rigoroso processo de investimento aliado a uma exigente gestão de risco. A sociedade conta com um modelo de governação em linha com as melhores prácticas, composto por um Conselho de Administração, Comité de Investimento, Comité de Assessoria, Controlo Interno e uma equipa de gestão local.

A Atlantico Asset Management tem uma licença que lhe permite a gestão de todo o tipo de fundos de investimento alternativos.

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Gestão do Risco

O Conselho de Administração é responsável por definir, implementar e rever periodicamente um sistema de controlo interno adequado à natureza, dimensão e complexidade da actividade do ATLANTICO Europa, devidamente alinhado com o seu perfil de risco, tendo por objectivos assegurar:

• A continuidade do negócio e a sobrevivência da instituição através de uma eficiente afectação de recursos e execução das operações, da efectiva monitorização e controlo dos riscos, da prudente avaliação de activos e responsabilidades, e da segurança e controlo de acessos nos sistemas de informação e comunicação;

• A existência de informação, contabilística e de gestão, de

natureza financeira e não financeira, completa, fiável e tempestiva, que suporte a tomada de decisão e os processos de controlo;

• O cumprimento das disposições legais, das directrizes internas e das regras deontológicas e de conduta no relacionamento com os clientes, as contrapartes das operações, os accionistas e os supervisores.

As funções chave do sistema de controlo interno – gestão do risco, compliance e auditoria interna – encontram-se dotadas de meios humanos e materiais suficientes para o cumprimento da sua missão, apresentando a independência, estatuto e efectividade necessárias ao correcto exercício da actividade.

Estando o ATLANTICO Europa num processo de crescimento da sua actividade comercial, a gestão de risco representa um pilar central na implementação da sua visão e estratégia. A função de gestão do risco no ATLANTICO Europa é responsabilidade do seu Conselho de Administração, sendo o Departamento de Risco a estrutura orgânica responsável pela sua assessoria e pela implementação operacional do sistema de gestão do risco nas suas diversas vertentes. Este sistema de gestão do risco assenta num conjunto integrado de políticas e processos, que incluem procedimentos, limites, controlos e sistemas, com o objectivo de identificar, avaliar, monitorizar, controlar e reportar, em permanência, todos os riscos relevantes para a actividade desenvolvida no Banco.

Os objectivos do Departamento de Risco passam assim, fundamentalmente, por: acompanhar a adequação e eficácia da gestão do risco nas várias actividades, promover as medidas necessárias à sua melhoria e evolução, avaliar e monitorizar todos os riscos relevantes controlando o seu enquadramento nos limites e perfis estabelecidos internamente ou que resultem de imposições legais, validar periodicamente os modelos, as metodologias de avaliação e as estruturas de reporte interno ou externo estabelecidas, zelando pela qualidade da informação de base neles considerada, e também por documentar adequadamente os processos associados à sua área intervenção.

Neste enquadramento, a actividade do Departamento de Risco engloba, entre outras, as seguintes iniciativas:

• Garantir a identificação tempestiva dos riscos, com particular enfoque nas alterações ao perfil de risco decorrentes de novos produtos e mercados geográficos ou de mudanças significativas no padrão de comportamento de diferentes factores de risco e exposições em carteira;

• Efectuar a avaliação dos riscos com base em análises

quantitativas e qualitativas, utilizando fontes de informação fidedignas e métodos de cálculo robustos e consistentes;

• Realizar regularmente testes de esforço, com vista a avaliar a robustez e resiliência do Banco em contextos económicos adversos;

• Monitorizar e reportar os riscos através do estabelecimento de limites prudentes e indicadores de alerta para os principais riscos da Instituição, incorporando essa informação em relatórios periódicos de informação de gestão, e da concepção e implementação de planos de continuidade de negócio incidindo sobre os sistemas de informação, as infra-estruturas físicas e os recursos humanos;

• Assegurar a operacionalização das estruturas internas subjacentes à produção e validação dos reportes prudenciais, no sentido do cumprimento dos prazos e da conformidade com os requisitos estabelecidos pelas diferentes entidades de supervisão.

Para assegurar a devida aceitação e monitorização do risco no ATLANTICO Europa realizam-se reuniões regulares de dois Comités, nas quais o Departamento de Risco é parte integrante: o Comité de Crédito e o Comité ALCO, nas quais se promovem a análise e a monitorização das principais exposições, e se assegura a decisão consciente e informada sobre a aceitação de novas exposições ao risco para o Banco.

Em 2014, o perfil de risco do ATLANTICO Europa manteve-se alinhado com o definido no ano anterior. A evolução da actividade, apesar do envolvimento macroeconómico adverso, potenciou um incremento significativo do balanço ao longo do exercício, tendo o Banco mantido os critérios de prudência subjacentes à aceitação de risco e efectuado um esforço comercial de alargamento das suas fontes de captação de recursos.

Funções de Controlo Interno

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 12

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Este posicionamento possibilitou manter os níveis de incumprimento em valores mínimos, significativamente abaixo da média de mercado nos vários segmentos de negócio, bem como um incremento da quantidade e nível de diversificação das fontes de captação de recursos e de financiamento quer em termos de maturidades, quer em termos de contrapartes, reduzindo consequentemente o risco de concentração no balanço.

O modelo de governance da gestão do risco não sofreu igualmente alterações face ao ano anterior, mantendo-se quer as responsabilidades e atribuições, quer a tipologia de interacções com outras unidades de estrutura, internas e externas.

Procedeu-se, contudo, a um aperfeiçoamento do nível de formalização das políticas, processos e mecanismos de gestão do risco e de reporte no sentido de os adequar à evolução perspectivada para os anos subsequentes, e alinhando-os com os objectivos estratégicos traçados.

A implementação do novo enquadramento prudencial de Basileia III, consubstanciado particularmente ao nível dos novos requisitos de reporte regulamentar de Common Reporting (COREP) e Financial Reporting (FINREP) foi um dos principais desafios do departamento em 2014, tendo obrigado a uma revisão e actualização extensiva das ferramentas de avaliação e acompanhamento dos diferentes riscos e a um reforço dos

procedimentos e ferramentas tecnológicas para suporte à gestão e exploração de informação.

Para 2015, o ATLANTICO Europa perspectiva continuar a reforçar o nível de formalização dos processos de gestão do risco e a robustecer as ferramentas de identificação, avaliação, monitorização e reporte existentes.

Considerando a estratégia para a evolução da actividade, e atendendo aos objectivos de alargamento dessa mesma actividade para outras geografias, torna-se mais relevante a importância de assegurar que o seu sistema de gestão do risco se encontra definido de forma transversal, baseando-se num perfil de risco que englobe os actuais e novos factores de risco a que estará exposto, abrangendo metodologias e ferramentas adequadas para a modelização, quantificação e reporte sobre os níveis de solvabilidade e liquidez da instituição, de uma forma consolidada.

Nesse contexto, o Banco irá manter o investimento na melhoria das metodologias e ferramentas de gestão do risco, prevendo-se, entre outras, iniciativas para assegurar o adequado alinhamento e a incorporação de novos requisitos de Basileia III, em particular na dimensão de reporte regulamentar (COREP e FINREP), e iniciativas para reforçar os mecanismos de monitorização e quantificação do risco, com especial enfoque no risco de liquidez e no risco operacional.

Auditoria

A função de auditoria interna no ATLANTICO Europa desempenha uma actividade permanente, independente e objectiva, que visa auxiliar o Conselho de Administração na monitorização dos sistemas de controlo interno através da avaliação sistemática das áreas de maior risco, da eficácia da sua gestão e adequabilidade dos procedimentos de controlo de maior relevância.

Durante o exercício de 2014, a área de Auditoria Interna continuou a executar e a desenvolver programas de revisão com o objectivo de examinar e avaliar a adequação e a eficácia das diversas componentes do sistema de controlo interno inerentes ao negócio e estrutura do Banco. O processo de monitorização compreendeu acções e avaliações de controlo com enfoque nos principais processos do Banco e, como oportunidade, identificação de deficiências no sistema, quer do ponto de vista da concepção, quer na implementação e utilização.

O plano de auditoria para este exercício foi devidamente orientado para o risco das actividades e dos sistemas, tendo as

deficiências identificadas pela auditoria interna, assim como as consequentes recomendações, sido oportunamente registadas, devidamente documentadas e reportadas. Foi atribuída uma importância chave aos processos e procedimentos associados a tarefas e áreas core, e as áreas onde o nível de concentração dos diferentes tipos de risco é superior.

Ao longo de 2014 foram ainda implementadas rotinas de controlo desenvolvidas com a periodicidade necessária, associadas a áreas cujo controlo é efectuado de forma sistemática.O ATLANTICO Europa empreendeu diversas acções de auditoria ao longo de todo o ano de uma forma continua e gradual, através de análises transversais ou apenas a pontos críticos de controlo em determinados processos, quer da vertente de negócio quer da vertente de suporte às operações.

No final de 2014, o ATLANTICO Europa avaliou novamente os principais riscos, garantindo a adequação do plano para o exercício de 2015 aos resultados retirados dessa avaliação.

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13BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Legal e Compliance

A área de Legal e Compliance compreende o apoio jurídico interno e a função de compliance.

No âmbito dos serviços jurídicos, a área assume-se como um a equipa de assessoria da administração e de apoio à actividade do Banco, pautando-se por princípios de objectividade, rigor, clareza de discurso, tempestividade na resposta, colaboração e trabalho de equipa.

Em 2014, foi desenvolvido um conjunto de iniciativas relevantes para a actividade do Banco, das quais se destacam a produção de várias informações sobre alterações do ambiente regulatório e outros temas de interesse, e a divulgação regular de uma newsletter jurídica.

No âmbito da actividade de compliance, a qual é exercida de forma autónoma e independente, a equipa tem como função garantir que a Instituição actua de acordo com as leis, regras, normativos internos, acordos nacionais e internacionais que pautam a actividade do Banco, evitando o risco da Instituição incorrer em sanções de carácter legal ou regulamentar e em

prejuízos financeiros ou de ordem reputacional, decorrente do incumprimento das leis, regulamentos, códigos de conduta e demais normativos aplicáveis à actividade.

Em 2014, deu-se continuidade à cuidadosa monitorização de clientes e conhecimento da actividade dos mesmos, bem como das operações, e controlo no âmbito da prevenção de branqueamento de capitais e combate ao financiamento de terrorismo, agindo em observância dos princípios de “better regulation” e em conformidade com o estipulado no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008, no sentido da detecção de eventuais situações de risco, e com um objectivo comum de tornar o sistema de controlo interno do Banco mais sólido e mais integrado no seu funcionamento.

A formação dos nossos colaboradores é prioridade e factor essencial para a continuidade das regras e normas instituídas, e por esse motivo, a aposta na formação de todos os colaboradores do Banco, desde os recém-admitidos aos já existentes, com um foco na actualização e divulgação de alterações legislativas relevantes para a actividade do Banco, é contínua.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 14

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Mercados Financeiros

Operações

Sistema de Informação

O ano de 2014 constituiu mais um período desafiante, num contexto macroeconómico cuja direccionalidade foi altamente influenciada pela actividade dos bancos centrais, que no seu âmbito de intervenção deram origem a novos paradigmas ao nível da gestão financeira global.

Neste enquadramento, a área de Mercados Financeiros procurou com sucesso focar a sua actividade na implementação da estratégia de negócio estabelecida, contribuindo de forma determinante para a diversificação da oferta do banco, aumento das operações realizadas com clientes e contrapartes, gestão

das taxas activas e passivas e gestão contínua da carteira de investimento proprietária.

Manteve-se uma postura conservadora no que concerne à política de gestão da liquidez no balanço, com vista a garantir uma posição confortável e sustentada por forma a suprir as necessidades operacionais da instituição. Mediante uma gestão dinâmica do portfolio proprietário, enquadrada pelas directivas decorrentes da política de gestão de risco estabelecidas, foi possível assegurar a concretização dos objetivos traçados no que respeito ao binómio risco/retorno.

Em 2014, ao nível operacional, confirmou-se a tendência verificada em anos anteriores, de forte crescimento do número de operações efectuadas pelos clientes, destacando-se nesta evolução, as linhas de serviço de pagamentos e banca correspondente (com um incremento médio mensal de 40%) e Trade Finance, em particular, na actividade de confirmação de cartas de crédito. O ano foi também marcado pelo início da actividade do Banco, na gestão de emissões de papel comercial para clientes do segmento Corporate, em mercado primário, abrindo assim espaço para a dinamização comercial desta linha de negócio.

Fruto do crescimento da actividade, verificou-se a necessidade de redimensionar a equipa de Operações do Banco, com o objectivo de reforçar a capacidade de resposta nas áreas de actividade que registaram maior crescimento, bem como a manutenção

do investimento ao nível de sistemas, visando, acima de tudo, a automatização dos principais processos operacionais, com os consequentes ganhos de produtividade e mitigação do risco operacional. Ao nível de projectos estruturantes, destaque para a participação activa do Banco nas sessões de formação promovidas pelo Banco de Portugal e pela Interbolsa, relativas à implementação do projecto TARGET2 Securities, acompanhando desta maneira, o desenvolvimento desta importante iniciativa a nível Europeu. Ainda no âmbito de projectos relevantes em que o Banco participou em 2014, de salientar também, o projecto lançado pelo Banco de Portugal de implementação da plataforma GOPM – Gestão de Operações de Política Monetária que irá substituir o actual sistema SITEME, para a condução dos leilões de política monetária e gestão dos activos de garantia.

O ano de 2014 foi um ano estruturante para a equipa de Tecnologias do ATLANTICO Europa, tendo sido a área que mais cresceu em termos de recursos humanos. Este crescimento permitiu uma especialização em três núcleos de trabalho chave:

• Sistemas de Apoio ao Negócio - focado no suporte ao nosso core bancário e na automatização de processos que permitem criar eficiências e reduzir o erro humano. Em 2014, destacamos a actividade de automatização da leitura de informação de ficheiros referentes a cartões de crédito e execução automática de operações cambiais.

• Infraestrutura e Segurança - focado na gestão do serviço do dia-a-dia do Banco. No ano de 2014, este núcleo esteve concentrado no projecto de migração da infraestrutura,

que consistiu na mudança de todos os servidores do nosso ambiente principal e do nosso ambiente de disaster recovery para a cloud, na mudança de operadores de telecomunicações, na criação de um portal de serviços e na implementação de novos sistemas de monitorização e na aquisição de novos sistemas de segurança.

Este projeto permitirá ao Banco (1) usufruir da flexibilidade de um ambiente cloud, racionalizando custos em servidores e eliminando a necessidade de sistemas de armazenamento ou backups; (2) aumentar a segurança no acesso à plataforma de digital banking; (3) tornar maior capacidade de crescimento do ATLANTICO Europa e dar resposta às novas geografias - Namíbia e Moçambique; (4) racionalizar custos de telecomunicações; e (5) melhorar o nosso serviço de IT.

Áreas de Suporte

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15BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Marketing

Durante o ano de 2014, a área de Marketing do ATLANTICO Europa esteve focada no desenvolvimento de acções de consolidação e crescimento da oferta de produtos e serviços do Banco, bem como nas actividades diárias de gestão e comunicação da sua marca.

Em termos de actividades concluídas em 2014, destacamos a reformulação da oferta de Depósitos a Prazo, que incluiu o lançamento de um novo depósito com pagamento mensal de juros, as acções de dinamização da colocação de Cartões de Crédito e o desenvolvimento, em conjunto com a equipa de Tecnologias, do novo site institucional do ATLANTICO Europa e

da funcionalidade da abertura de conta online. Durante o ano, a oferta de produtos e serviços voltou a crescer, com destaque para o cartão de crédito em que a colocação do produto aumentou 72% e o montante de transações 120%. Ainda durante 2014, esta área deu início ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, nomeadamente o Cartão de Débito ATLANTICO Mastercard, a funcionalidade de Pagamento de Serviços e Carregamentos, o produto de Crédito ao Consumo, uma conta à ordem remunerada, novas plataformas de digital banking e protocolos com empresas (como proposta de valor para o produto cartão de crédito).

Como actividades deste núcleo para 2015, destacamos os projectos de abertura das novas sucursais na Namíbia e Moçambique, o planeamento e testes do ambiente de Disaster Recovery e uma auditoria de segurança.

• Desenvolvimento de software - criado em 2014 com o objectivo de aumentar a flexibilidade e independência tecnológica do Banco e permitir um maior controlo de custos. Desde a sua

criação, este núcleo esteve focado na melhoria dos canais de comunicação com o Cliente. Em conjunto com a área de Marketing, desenvolveu o novo site institucional do Banco, com a funcionalidade de abertura de conta online, e um protótipo de plataforma web para negociação de cambiais. Deu ainda início ao projecto de desenvolvimento de plataformas de online banking para a Namíbia e Portugal e de plataformas de mobile banking, nomeadamente para ambientes iOS e Android.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 16

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

O ATLANTICO Europa nasceu sob a insígnia de ser “Diferente pelas Pessoas”, acreditando que só com uma Equipa sólida, capacitada, inovadora e multicultural pode assegurar um serviço de excelência aos seus Clientes e ser reconhecido como uma referência no sistema financeiro.

Em 2014, o Banco manteve a tendência de crescimento sustentável do nº de colaboradores. Cinco anos após o lançamento do Banco, a equipa é hoje constituída por 104 pessoas.

Este crescimento orgânico reflete a contínua aposta na criação de oportunidades profissionais assente no reforço das Equipas com quadros qualificados e capacitados para dar resposta aos desafios a que o ATLANTICO Europa se propõe e às exigências dos mercados em que opera.

Com uma média de idades de 35 anos, a Equipa ATLANTICO Europa é o resultado da aposta no potencial de jovens talentos, assente numa estrutura de quadros séniores com um conhecimento profundo do sector bancário e mercados financeiros.

Como instituição global que somos, as nossas equipas são caracterizadas pela sua diversidade cultural. Trabalham connosco profissionais de 4 continentes e originários de 11 países diferentes, contribuindo para enriquecer o conhecimento organizacional sobre os mercados, adoptando abordagens inovadoras e diferenciadoras junto dos Clientes.

Por estarmos convictos que o conhecimento é o único activo inesgotável e que gera desenvolvimento sustentável, em 2014 foram realizadas 28 acções de formação que corresponderam a 3.450 horas de formação. Foram ainda promovidos programas de formação e desenvolvimento que levaram a que cerca de 17% da equipa participasse em Pós-Graduações promovidas pelo Banco. Em paralelo, demos continuidade aos “Programas de Iniciação à Banca” programas de Estágio que visam capacitar jovens recém licenciados para o exercício de uma actividade em Banca. Recebemos em 2014, 13 estagiários.

Materializando o compromisso de ser um parceiro estratégico no que concerne à formação e desenvolvimento de futuras lideranças, actuantes no sistema financeiro Angolano, em 2014 mantivemos a dinamização da oferta de estágios e programas de formação dirigidos especificamente a jovens talentos Angolanos que têm visto no ATLANTICO Europa uma ponte para o mercado de trabalho em Angola.

No ano em que comemoramos 5 anos de existência orgulhamo-nos de já ter contribuído para a formação de 60 jovens talentos Angolanos, a grande maioria hoje quadros do Banco Privado Atlântico em Angola ou Portugal.

No âmbito da Iniciativa “Melhores Empresas para Trabalhar”, iniciativa promovida pela consultora Accenture em parceria com a revista Exame, finalizamos o ano de 2014 sendo considerados como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal, um reconhecimento que reflecte o nosso investimento continuo no desenvolvimento das nossas pessoas e na implementação de práticas que nos permitem fazer mais e melhor.

Evolução n.º de Colaboradores

Distribuição dos Colaboradores por Género

Distribuição dos Colaboradores por Faixa Etária

Capital Humano

36

4650

73

98104

0

20

40

60

80

100

120

2009 2010 2011 2012 2013 2013

54%Masculino

46%Feminino

0

10

20

30

40

50

60

28

< 30 anos

51

30-40

17

40-50

8

> 50 anos

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17BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

O ano de 2014 foi um ano de forte crescimento da actividade para o ATLANTICO Europa, o qual, se caracterizou por:

• Resultados positivos atingem os 3.754m Euros;• variação homóloga positiva do número de clientes em 33%;• crescimento da carteira de crédito com prudência face aos constrangimentos económicos de Portugal, essencialmente focado

nas operações que se relacionam com comércio internacional;• acréscimo das operações de Trade Finance com clientes Corporate e Institucionais em 50%, face o ano de 2013;• investimento na capacitação técnica de jovens quadros;• diminuição do rácio cost-to-income.

(m Euros)

Principais Indicadores 2011 2012 2013 2014

Activo Liquido Total 298.808 326.182 427.300 527.726

Volume de Negócios (1) 307.336 237.691 446.366 611.371

Crédito a Clientes 25.017 49.786 74.218 114.828

Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 240.179 411.825

Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 98.107 37.230

Garantias 808 808 4.553 14.532

Crédito Documentário 4.477 5.158 29.309 32.955

Volume de Negócios por Colaborador 6.147 3.256 4.555 5.879

Rácio de Transformação (2) 11,1% 43,4% 80,1% 66,3%

Rácio Crédito Vendido/ Crédito a clientes 0% 0,43% 0,14% 0,14%

Rácio Provisões/ Crédito a clientes 1,7% 1,6% 3,4% 3,7%

Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039

Comissões Líquidas 1.178 816 1.248 2.217

Resultados de Reavaliação Cambial e Activos Avaliados ao Justo Valor 216 836 587 1.209

Resultados de Activos FinanceirosDisponíveis para Venda - 813 5.930 4.890

Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.051

Produto Bancário 6.725 12.200 19,719 20.405

Produto Bancário por Colaborador 135 167 201 196

Cost to Income 114,1% 81,5% 71,5% 65,5%

Resultado do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754

ROA -0,5% 0,2% 0,5% 0,7%

ROE -3,1% 1,5% 4,7% 7,7%

Capitais Próprios 45.927 48.450 50.085 57.619

Fundos Próprios Base 45.215 44.435 46.099 47.279

Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.837 14.298 21.520

RWA 122.488 135.465 178.728 269.005

Rácio de Solvabilidade 36,9% 32,8% 25,8% 17,6%

Número de Clientes 446 732 1.443 1.922

Número de Colaboradores 50 73 98 104

Número de Colaboradores em Formação 11 18 22 25

(1) Crédito, garantias e recursos totais de clientes

(2) Calculado de acordo com a instrução 23/2011 do Banco de Portugal

Análise Financeira

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 18

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Análise de Resultados

O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2014 com um resultado positivo antes de impostos de 5.285 milhares de Euros, representando uma melhoria de 43% face aos resultados de 2013.

A seguir, descrevemos de uma forma sucinta as diversas rubricas da Demonstração de Resultados:

(m Euros)

Demonstração de Resultados 2011 2012 2013 2014 var. absoluta var. %

Juros e Proveitos Equiparados 3.869 8.948 11.499 12.275 777 7%

Juros e Custos Equiparados (1.095) (2.498) (2.852) (4.236) (1.384) 49%

Margem Financeira 2.774 6.449 8.646 8.039 (607) -7%

em % do Produto Bancário 41,2% 52,9% 43,8% 39,4%

Comissões Recebidas 1.282 928 1.398 2.402 1.004 72%

Comissões Pagas (104) (112) (151) (185) (35) 23%

Resultados de Activos Financeiros 1.396 (13) 3.806 7.896 4.091 107%

Resultados Cambiais (1.180) 1.663 2.712 (1.791) (4.503) -166%

Outros Resultados de Exploração 2.557 3.285 3.308 4.044 736 22%

Produto Bancário 6.725 12.200 19.719 20.405 686 3%

Custos com Pessoal (3.841) (4.667) (6.471) (6.206) 265 -4%

Outros Custos Operacionais (3.831) (5.200) (7.173) (6.500) 673 -9%

Amortizações (351) (736) (653) (658) (5) 1%

Custos de Estrutura (8.023) (10.603) (14.297) (13.364) 933 -7%

Resultados Operacionais (1.298) 1.597 5.423 7.041 1.618 30%

Provisões para Riscos de Crédito (378) (347) (1.724) (1.757) (32) 2%

Resultado Antes de Impostos 1.676 1.250 3.698 5.285 1.587 43%

Impostos do Exercício 273 (549) (1.509) (1.530) (21) 1%

Correntes (87) (300) (670) (2009) (1.339) 200%

Diferidos 360 (249) (839) 479 1.318 -157%

Resultado Líquido do Exercício (1.403) 701 2.189 3.754 1.565 72%

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19BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

(m Euros)

Margem Financeira

(m Euros)

Margem Complementar

(m Euros)

Produto Bancário

(m Euros)

Custos de Estrutura

O Produto Bancário aumentou 3,5% face a 2013.

A Margem Financeira tem vindo a apresentar deste 2011 um crescimento contínuo, reflexo de uma política de gestão de liquidez activa e de um incremento do crédito concedido, mantendo os padrões de risco. Em 2014, a margem financeira decresceu 7% em relação ao período homólogo, representando 39,4% do produto bancário, consequência da politica de gestão de carteira própria seguida em 2014.

A Margem Complementar aumentou 11,7% face a 2013, reflectindo uma maior actividade de carteira própria e da actividade bancária. As comissões líquidas aumentaram 78%, com principal contributo das comissões de serviços bancários e crédito documentário.

Os custos de estrutura reduziram 5%, principalmente em resultado de:

• Outros Custos Operacionais – reduziram 9%, decorrentes da implementação de medidas de controlo de custos no ano corrente;

• Amortizações - aumentaram 1%, em linha com a aquisição de equipamentos de escritório, informáticos, softwares e o edifício sede do banco;

• Custos com pessoal – diminuição de 4,1% face a 2013, resultado de renegociações de contratos de seguros e das rescisões ocorridas durante o ano de 2014 ( 23 rescissões vs 30 admissões) , O custo médio com pessoal por Colaborador reduziu 10% em relação a 2013.

2011 2012 2013 2014

2.774

3.9516.449

5.750

8.646

11.073

8.039

12.366

6.725

12.200

19.719 20.405

Margem Financeira Margem Complementar

6.206

6.500

658

2011 2012 2013

8.023

10.603

14.29713.364

2014

6.471

7.173

653

4.667

5.200

736

3.841

3.831

351

Custos com Pessoal Outros Custos Operacionais Amortizações

2011 2012 2013 2014

12.275

(4.236)

11.499

(2.852)

8.948

(2.498)(1.095)

3.869

2.774

6.449

8.646 8.039

Juros e Proveitos Equiparados Juros e Custos Equiparados

2011 2012 2013 2014

Comissões Recebidas Res. de Activos Financeiros Resultados Cambiais Outros Res. de Exploração

(1.180) (1.791)

3.806

2.712

3.308

1.398

3.951

11.073

12.366

2.557

1.3961.282 2.402

7.896

4.044

5.750

1.663

3.285

928

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 20

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Análise do Balanço

O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2014 com um Activo Líquido Total de 572.726m Euros e um Capital Próprio de 57.619 m Euros representando um aumento de 15% face ao período homólogo.

Balanço 2011 2012 2013 2014 var. absoluta var. %

Activo

Disponibilidades 145 228 182 160 (22) -12%

Disponibilidades em Bancos Centrais 2.947 5.844 11.970 6.298 (5.672) -47%

Crédito s/ Instituições Financeiras 105.319 68.831 118.111 184.840 66.729 56%

Crédito Concedido a Clientes (líquido) 24.745 49.410 74.009 114.467 40.458 55%

Activos Financeiros ao justo valoratravés de resultados 1.315 0 78 1.622 1.544 >1000%

Activos Financeiros disponíveis para venda 0 189.140 208.016 237.178 29.162 14%

Investimentos detidos até a maturidade 154.819 0 0 0 0 0%

Activos Intangíveis 712 527 448 837 389 87%

Outros Activos Tangíveis 849 4.467 4.670 21.010 16.339 350%

Investimentos em Filiais Associadas 55 315 1.074 1.572 498 46%

Activos por Impostos 1.225 988 387 731 344 89%

Outros Activos 6.675 6.431 8.356 4.012 (4.344) -52%

Total do Activo 298.808 326.181 427.300 572.726 145.426 34%

Passivo

Recursos de Bancos Centrais - 127.033 166.278 167.725 1.447 1%

Recursos de Clientes 224.842 88.312 95.992 173.767 77.775 81%

Recursos de Instituições de Crédito 26.470 58.549 108.490 156.002 47.512 44%

Passivos financeiros ao justo valoratravés de resultado - 827 226 239 13 6%

Provisões para riscos de crédito 165 302 1.630 2.646 1.016 62%

Passivos por Impostos 72 832 1.001 3.056 2.056 205%

Outros Passivos 1.332 1.876 3.598 11.672 8.074 224%

Total do Passivo 252.881 277.731 377.215 515.107 137.892 37%

Situação Líquida

Capital 50.000 50.000 50.000 50.000 - 0%

Outros Instrumentos de Capital 0 0 - - - 0%

Reservas de Reavaliação 0 1.822 1.268 5.047 3.779 298%

Reservas Livres (2.670) (4.073) (3.371) (1.183) 2.189 -65%

Resultado Líquido (1.403) 701 2.189 3.754 1.566 72%

Total da Situação Líquida 45.927 48.450 50.085 57.619 7.534 15%

Total do Passivo e da Situação Líquida 298.808 326.181 427.300 572.726 145.426 34%

Off Balance Sheet 25.722 35.841 98.107 37.230 (60.876) -62%

Garantias Prestadas 808 808 4.553 14.532 9.979 219%

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21BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Activo Passivos e Capitais Próprios

O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2014 com um activo líquido total de 572.726m Euros. Num enquadramento económico difícil, o Banco optou por uma política de gestão de liquidez mais activa, mantendo os padrões de risco moderado da instituição.

No final de 2014, o Crédito a Clientes representava 20% do Activo Total, estando 42% dos activos aplicados em Activos Financeiros e 33% em Disponibilidades em outras Instituições Financeiras.

A Carteira de Crédito cresceu 55% no ano de 2014, ascendendo a 114.467m Euros.

No final de 2014 os Recursos de Bancos Centrais representam 29,3% e os Recursos de OIC e Depósitos de clientes 57,6% do total do Passivo e Capitais Próprios.

O rácio cost-to-income diminuiu 6 p.p., continuando a tendência já iniciada em 2010. O indicador “Custos operacionais/Activo Liquido médio” teve uma ligeira redução em 2014 para 2,3%.O valor dos activos por colaborador aumentou 26 %.

2011 2012 2013 2014

Cost Income 114.1% 81.5% 71.5% 65.5%

Custo Operacional/ Activo Liquido Médio

2.7% 3.3% 3.3% 2.3%

Activos Totais por Colaboradores

5.976 4.468 4.362 5.507

No final de 2014, o crédito vencido ascendia a 0,14% do crédito concedido, valor idêntico a 2013. As provisões existentes visam cobrir, essencialmente, os Riscos Gerais de Crédito e o Risco País relativos aos créditos que não se encontravam totalmente colaterizados, ascendendo a 3,7% do crédito a clientes e apresentando uma variação homóloga positiva de 0,3 p.p..

Distribuição do Activo

Distribuição do Passivo e Capitais Próprios

Crédito a Cliente e Rácio de Provisões / Crédito a Clientes

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

0

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

3,5%

2,5%

1,5%

0,5%

25.017

2011

49.786

1,60%

3,36%

1,74%

2012

74.218

2013

114.828

2014

3,70%

Crédito a Clientes Rácio Provisões/Crédito a Clientes

33%Disponibilidadesem outras IF

20%Crédito a

Clientes

5%Participações,

imobilizado e outros

42%Activos

Financeiros

29%Recursos deBancos Centrais

27%Recursos de IF

3%Outros Passivos

10%Capital Próprio

31%Depósitos

de Clientes

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 22

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Capital

O Capital Próprio do ATLANTICO Europa ascendia a 57.619m Euros no final de 2014, o que corresponde a um aumento de 15% em relação a 2013.

Os principais factores que contribuíram para esta evolução são os seguintes:

• O resultado positivo do exercício de 2014 de 3.754m Euros, acréscimo de 1.566m Euros em relação a 2013;

• Acréscimo das reservas livres em 2.189m Euros;• Acréscimo das reservas de reavaliação em 3.779m Euros.

(m Euros)

Evolução do Capital Próprio 2012 2013 2014

Capital no Ínicio do Ano 45.927 48.450 50.085

Capital - - -

Outros Instrumentosde Capital

- - -

Reservas de Reavaliação 1.822 (554) 3.779

Reservas Livres - - -

Resultado Liquido 701 2.189 3.754

Capital no Fim do Ano 48.450 50.085 57.619

Rácios de Capital

O rácio de capital no final de 2014 ascendia a 17,7%, o que corresponde a uma diminuição de 8,1 p.p. face a 2013.A progressão negativa do rácio de capital reflecte o aumento dos requisitos de fundos próprios.

No final de 2014, os fundos próprios de base ascendiam a 47.505m Euros, representando um aumento de 3,05% em relação a 2013. Este aumento tem origem no acréscimo dos resultados do exercício em curso.

(m Euros)

Requisitos de Fundos Próprios

Rácio de Requisitos de Fundos Próprios

Os rácios estão de acordo com as normas do Banco de Portugal. Contudo, os dados referentes ao ano de 2014 estão apresentados de acordo com os novos requisitos de Basileia III.

(m Euros)

Fundos Próprios 2012 2013 2014

Capital Realizado 50.000 50.000 50.000

A crescer: - - -

Diferenças de Reavaliação de Activos Financeiros

2.478 - 4.882

2.478 - 4.882

A deduzir:

Resultados do Ano Anterior (4.073) (3.371) (1.183)

Resultados Provisórios do Exercício em Curso

- - -

Activos Intangíveis (527) (448) (837)

Diferenças de Reavaliação de Activos Financeiros

- (1.268) (4.978)

Impostos Diferidos de Activos não Aceites

(965) (82) (605)

(5.565) (3.901) (7.603)

Fundos Própros Base 46.913 46.099 47.279

Fundos Próprios Comple-mentares - Upper Tier 2

- - -

Total Fundos Próprios 46.913 46.099 47.279

Requisitos Totais 10.837 14.298 21.520

Activos Ponderadospelo Risco

135.465 178.728 269.005

Rácio de Requisitos de Fundos Próprios

34,6% 25,8% 17,6%

Tier I 34,6% 25,8% 17,6%

Tier II 0,0% 0,0% 0,0%

2012 2013 2014

Risco de Crédito Risco de Liquidação Risco de Posições Cambiais Risco Operacional

9.389

11.961

209

339

732

1.239

1.998

18.066

1.991

10.837

14.298

21.733

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Declaração sobre a Política de Remuneração do Banco Privado Atlântico - Europa S.A.

Introdução

1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 2.º, n.º 1 da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, constitui dever do órgão de administração ou, caso exista, da comissão de remunerações das instituições de crédito, submeter, anualmente, à apreciação e aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos membros dos respectivos órgãos de administração e fiscalização (doravante a “Declaração”), incluindo a informação prevista nesse diploma e bem assim a informação prevista no artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011.

2. Servindo esse propósito, a presente Declaração foi elaborada em conformidade com os referidos diplomas e bem assim com os princípios contemplados na recomendação da Comissão Europeia, de 30 de Abril de 2009, relativa às políticas de remuneração no sector dos serviços financeiros e às orientações sobre políticas e práticas remuneratórias publicadas pelo Committee of European Banking Supervisors (“CEBS”) posteriormente endossadas pela European Banking Authority (“EBA”).

3. Neste contexto, em cumprimento daqueles dispositivos, no quadro de reforço da transparência no processo de fixação de remunerações, o Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico – Europa, S.A. (doravante “ATLANTICO Europa” ou “Banco”) submete à aprovação da Assembleia Geral Anual de Accionistas a presente Declaração.

Normas estatutárias

1. O artigo 35.º dos Estatutos do Banco estabelece que as remunerações dos membros dos órgãos sociais sejam determinadas por uma comissão de remunerações composta por três accionistas e eleita em Assembleia Geral.

2. O mesmo artigo dos Estatutos da sociedade determina que as remunerações dos membros do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e por uma parte variável, traduzida numa participação que não exceda os 10% dos lucros do exercício. A remuneração fixa auferida pelos membros do Conselho de Administração pode ser diversa entre eles.

3. De acordo com os estatutos do Banco compete também à comissão de remunerações a fixação das condições de atribuição de reformas aos administradores executivos.

4. Releve-se que a totalidade das acções representativas do capital social do ATLANTICO Europa se encontra presentemente concentrada na esfera de um único accionista e, nessa medida, a Comissão de Remunerações não foi constituída e não se encontra em funcionamento.

Informação sobre a política de remunerações

A Política de Remunerações do ATLANTICO Europa reflecte o compromisso firme desta Instituição de convergir com as melhores e mais recentes práticas e tendências, nacionais e internacionais, de corporate governance no sector financeiro, direcionando-se para a criação de valor, a longo prazo, suportando a implementação de uma estratégia de crescimento sustentado e permitindo a convergência dos interesses dos membros dos órgãos sociais com os interesses societários. A consecução de tal objectivo - conformeadiante se detalhará - assenta em determinados vectores-chave legalmente reconhecidos como aptos para tais efeitos, como sejam:

• A atribuição de uma componente fixa representativa da parte significativa da remuneração global;• A sujeição da atribuição da componente variável da remuneração à prévia realização de processo de avaliação de desempenho,

num quadro plurianual, de acordo com os critérios de avaliação pré-determinados e mensuráveis;• O diferimento de uma proporção da retribuição variável por um período temporal que tenha em conta o ciclo económico do

Banco e os seus riscos de negócio;• A subordinação do pagamento da remuneração variável, incluindo da parte diferida, à manutenção da sustentabilidade da

situação financeira do Banco.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 24

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Princípios Gerais

1. Processo de definição da política de remuneração: A preparação da Política de Remunerações resulta de um processo participado pelo que integra pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, da área de capital humano (Gabinete de Capital Humano) da área de apoio jurídico (Gabinete Jurídico) e das unidades responsáveis pelas funções de controlo interno, assim como peritos externos.

Uma vez concluída a fase de elaboração da Política de Remunerações, a mesma foi submetida à aprovação do Conselho de Administração, na parte respeitante à remuneração dos Colaboradores e à aprovação da Assembleia Geral, na parterespeitante à remuneração dos membros do órgão de administração e do órgão de fiscalização.

2. Elementos que integram a componente variável: Tendo presente o disposto na alínea r) do n.º 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011 – que sujeita o pagamento de pelo menos 50% (cinquenta por cento) da remuneração variável através acções, instrumentos equivalentes ou outros instrumentos financeiros representativos de capital da Instituição – e atendendo ao facto do ATLANTICO Europa não dispor, em carteira, nem ser emitente, até à data, de instrumentos de tal natureza, nomeadamente em virtude da sua dimensão e estádio de actividade, tendo presente os princípios de adequação e proporcionalidade, a remuneração variável que possa vir futuramente a ser atribuída aos administradores executivos assenta na respectiva participação nos lucros da Instituição, dentro dos limites previstos nos estatutos do Banco, assim logrando compatibilizar os interesses objectivos dos administradores executivos com os interesses a longo prazo da Instituição. O ATLANTICO Europa reserva-se, contudo, no direito de, por deliberação do órgão social competente poder consubstanciar parte da remuneração variável em acções ou instrumentos financeiros, emitidos pela Instituição, em termos a regular oportunamente, sendo esse o caso. No que respeita ao diferimento do pagamento da remuneração variável, previsto no ponto 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011, de 20 de Julho, o mesmo terá lugar relativamente ao exercício de 2012, repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir em 2013.

Remuneração dos Membros Executivos do Órgão de Administração

1. Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho individualA avaliação de desempenho individual dos administradores executivos é efectuada pela Assembleia Geral.

2. Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseia o direito a uma componente variável da remuneraçãoA atribuição da componente variável da remuneração para os administradores executivos terá por referência, entre os demais factores aqui previstos, os seguintes critérios de avaliação, previstos na Política de Avaliação de Desempenho anexa à presente Declaração e que dela faz parte integrante:

• Concretização de objectivos individuais e institucionais relacionados com a actividade do Banco;• Dedicação, qualidade, capacidade de trabalho, conhecimento do negócio e contributo para a imagem e reputação da Instituição;• Real crescimento da Instituição;• Riqueza efectivamente criada para os accionistas;• Implementação de medidas com vista à protecção dos interesses dos clientes e dos investidores;• Sustentabilidade a longo prazo da instituição;• Extensão dos riscos assumidos;• Cumprimento das regras aplicáveis à actividade da Instituição.

3. A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim como os limites máximos para cada componenteA componente da remuneração fixa é, paga numa base de 14 meses/ano, determinada tendo por base o posicionamento competitivo do Banco face ao universo de empresas de referência nacional com características semelhantes a este.A remuneração fixa anual do conjunto dos Administradores Executivos representa pelo menos 70% da remuneração global anual.

Informação sobre a política de remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e fiscalização prevista no artigo 16 do Aviso 10/2011 do Banco de Portugal

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A componente variável da remuneração obedecerá aos limites que forem fixados anualmente pela Assembleia Geral do Banco, não devendo representar uma proporção superior a 30% (trinta por cento) da remuneração total. O somatório da remuneração variável que vier a ser atribuída, em cada ano, ao conjunto dos membros executivos do órgão de administração não pode exceder 10% (dez por cento) dos lucros distribuíveis do exercício, salvo em situações justificadas e reconhecidas pela Assembleia Geral, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e futuros.

5. Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimentoUma proporção correspondente a 40% (quarenta por cento) da remuneração variável será diferida por um período de 3 (três) anos face à data de atribuição.

6. O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimentoA remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do administrador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e futuros, o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais da legislação contratual e laboral nacional.

7. Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções, bem como a manutenção, pelos membros executivos do órgão de administração, das acções da instituição a que tenham acedido, e informações sobre a eventual celebração de contratos relativos a essas acções, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respectivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anualNão está prevista a atribuição de acções aos membros executivos do órgão de administração como forma de remuneração variável. Não obstante, os administradores são já detentores, por via indirecta, de participações no Banco, as quais foram adquiridas aquando da sua constituição.

8. Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercícioNão aplicável.

9. Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniáriosA atribuição de uma componente de remuneração variável aos administradores executivos é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos termos anteriormente descrita, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos administradores executivos, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.

10. A remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidosA remuneração variável é paga sob a forma de bónus de desempenho e é justificada pelo resultado da avaliação de desempenho de acordo com a Política de Avaliação de Desempenho.

11. As compensações e indemnizações pagas ou devidas a membros do órgão de administração devido à cessação das suas funções durante o exercícioO membro da Comissão Executiva André Navarro renunciou ao cargo com data de 24 de Março de 2014, não sendo devida qualquer compensação ou indemnização em virtude da referida renúncia e, por conseguinte, da cessação de funções.

12. Os instrumentos jurídicos previstos no artigo 10.ºNem os contratos celebrados com os administradores nem os estatutos da sociedade contemplam qualquer disposição que preveja o pagamento de qualquer compensação ou indemnização em caso de destituição do membro do órgão de administração ou em caso de resolução do contrato por acordo, sempre que tal resulte de um inadequado desempenho das suas funções. O que, complementado com as disposições legais previstas para a destituição dos administradores, permitem alinhar as práticas do Banco com o cumprimento das preocupações previstas no referido no artigo.

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

13. Os montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo com a instituiçãoNão foram efectuados pagamentos aos administradores executivos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo.

14. As principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, com indicação sobre se foram sujeitos a apreciação pela assembleia geralNão estão previstos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada.

15. A estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos pelas alíneas anteriores.Os administradores executivos são abrangidos no âmbito dos seguros contratados pelo Banco para os seus colaboradores. Sempre que justificável, sujeito a análise casuística, podem ser atribuídos benefícios específicos a administradores que se encontrem deslocados do seu país de origem.

16. A existência de mecanismos que impeçam a utilização pelos membros do órgão de administração de seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneraçãoNo início de cada mandato ou sempre que um novo administrador inicie funções, declara comprometer-se a abster-se de celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham como objecto ou efeito pretendido a mitigação dorisco inerente à variabilidade da remuneração fixada pela sociedade. Os actuais administradores não celebraram tais contratos.

Remuneração dos Membros não Executivos do Órgão de Administração

Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros do Conselho Fiscal não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respectivas funções.

Remuneração dos Membros do Órgão de Fiscalização

Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros do Conselho Fiscal não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respectivas funções.

Em caso de destituição por justa causa ou mesmo de resolução do contrato de administração com origem num inadequado desempenho de funções, não haverá lugar ao pagamento de qualquer compensação ou indemnização, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência.

Remuneração dos Colaboradores

1. Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho individualA avaliação de desempenho individual dos colaboradores e dirigentes (doravante “os Colaboradores”) é efectuada pelo Conselho de Administração.

2. Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a uma componente variável da remuneraçãoA atribuição da componente variável da remuneração dos Colaboradores terá por referência os critérios de avaliação detalhados na Política de Avaliação de Desempenho para cada categoria profissional.

3. A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim como os limites máximos para cada componenteA componente da remuneração fixa é estruturada por níveis, tendo em conta o grau de complexidade e o grau de responsabilidade associadas a cada função, sendo determinada pelo Conselho de Administração por referência aos níveis salariais pagos no mercado.

A componente da remuneração variável da remuneração não pode exceder uma proporção equivalente a 5 salários mensais de remuneração fixa, determinado em função da avaliação de desempenho do colaborador, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e futuros e o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.

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Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

4. O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimentoA remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do Colaborador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e futuros, tendo em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.

De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais da legislação contratual e laboral nacional.

5. Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercícioNão aplicável.

6. Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniáriosA atribuição de uma componente de remuneração variável aos Colaboradores é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos termos anteriormente descritos, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos Colaboradores, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.

Especificamente no que concerne aos Colaboradores que exerçam funções de controlo a avaliação do seu desempenho assentará única e exclusivamente no desempenho do Colaborador e da sua unidade orgânica – não sendo influenciado pela avaliação de desempenho financeiro da área de negócio em que as funções de controlo são desenvolvidas –, tendo em conta o cumprimento dos objectivos específicos associados às funções exercidas previstos na Política de Avaliações, nomeadamente o cumprimento das obrigações legais a que o ATLANTICO Europa se encontra sujeito (“compliance”), de gestão de riscos e de auditoria interna, em conformidade com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, ajustável face a todos os tipos de riscos, actuais ou futuros e atendendo ao custo dos fundos próprios e de liquidez necessários bem como aos objectivos corporativos alcançados pela Instituição.

30 de Março de 2015

O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 28

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Informação quantitativa sobre remunerações

Informação, elaborada de acordo com o art. 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, relativa à remuneração paga pela instituição no exercício de 2014.

Membros do Órgão de Administração

1. O montante anual da componentes fixa e variável da remuneração e o número de beneficiários

Beneficiários Remuneração variável (em Euros) Remuneração Fixa (em Euros)

Carlos José da Silva n.a n.a

Diogo Cunha (1) n.a 158.119

Graça Proença de Carvalho n.a 161.000

Augusto Baptista n.a 53.187

André Navarro (2) n.a 54.817

Total n.a 427.123

(1) Entrou em funções em 25/03/2014(2) Cessou funções em 24/03/2014

2. Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tiposNão aplicável, porquanto os membros do órgão de administração não auferiram remuneração variável.

3. O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes investidas e não investidasA regra do diferimento de remuneração foi aplicada a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável atribuída a partir de 2013. No entanto, este campo não é aplicável, porquanto os membros do órgão de administração não auferiram remuneração variável.

4. Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos colaboradoresNão aplicável.

5. O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeitaNo ano de 2014 foi efectuada a contratação do administrador Diogo Cunha.

Membros do Conselho Fiscal

Os membros do Conselho Fiscal não auferriam qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das respectivas funções.

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29BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Colaboradores

A informação a seguir indicada respeita ao agregado dos colaboradores do Banco que exerceram funções de Directores-Coordenadores, Directores, Sub-Directores, Directores-Adjuntos e colaboradores que exerceram funções de controlo interno.

1. O montante anual da componente fixa e variável da remuneração e o número de beneficiários

Nº de Beneficiários Remuneração variável (em Euros) Remuneração Fixa (em Euros)

35 273.355 1.616.912

2. Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tipos Montante global de remuneração pecuniária variável: 273.355,18 Euros.Não foi atribuída remuneração sob a forma de acções, instrumentos share-linked e outros tipos.

3. O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes investidas e não investidasA regra do diferimento de remuneração foi aplicada a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável atribuída a partir de 2013.Em 2014 foi diferido o pagamento de remuneração no valor de 111.418 Euros.

4. Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzidos em função do desempenho individual dos colaboradoresA regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e., repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.Em 2014 foi efetuado o pagamento de remuneração diferida relativa ao exercícios de 2013 no valor de 51.708,1 Euros.

5. O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeitaEm 2014 foram contratados 9 colaboradores.

6. O montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude da rescisão antecipada do contrato de trabalho com colaboradores, o número de beneficiários desses pagamentos, e o maior pagamento atribuído a um colaboradorEm 2014 foi paga a quantia de 88.000 Euros, em virtude da rescisão antecipada de 8 contratos de trabalho. Beneficiaram destes pagamentos 8 colaboradores, ascendendo o maior pagamento atribuído a 40.000 Euros.

Informação quantitativa agregada, discriminada por área de actividade, relativamente à remuneração dos Colaboradores

Área de Actividade Valor Global Pago (em Euros)

Banca de Investimento 242.019

Centro Atlântico 202.140

Banca de Empresas 259.607

Private Banking 193.070

Mercados Financeiros 142.471

Mercados de Capitais 76.236

Instituições Financeiras e Internacional 269.829

Controlo Interno 242.667

Áreas de Suporte 1.532.791

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 30

Relatório e Contas 2014 Relatório de Gestão

Proposta de Aplicação de Resultados

No exercício compreendido entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2014, o Banco Privado Atlântico Europa obteve um resultado positivo de 3.754.488,95 Euros.

O Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico Europa propõe:

• Que 10% do resultado positivo, no valor de 375.448,90 Euros, seja afecto à rubrica de “Reservas Legais”;• Que 75% do resultado positivo, no valor de 2.815.866,71 Euros, seja afecto à rubrica de “Resultados Transitados”;• Que 15% do resultado positivo, no valor de 563.173,34 Euros, seja distribuídos aos accionistas da Sociedade a título de dividendos.

Lisboa, 30 de Março de 2015

O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa

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31BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014

II. Demonstrações Financeiras

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 32

Relatório e Contas 2014 Demonstrações Financeiras

Balanços em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Montantes em Euros

2014

Activo Notas Activo bruto Provisões, imparidades e amortizações

Activo líquido 2013

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 3.1 6.457.994 - 6.457.994 12.151.878

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 3.2 38.193.190 - 38.193.190 31.558.462

Activos Financeiros Detidos para Negociação 3.3 1.622.083 - 1.622.083 77.680

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 3.4 237.177.754 - 237.177.754 208.015.640

Aplicações em Instituições de Crédito 3.5 146.715.589 (68.972) 146.646.617 86.552.657

Crédito a Clientes 3.6 e 3.15 115.619.273 (1.152.561) 114.466.712 74.008.765

Outros Activos Tangíveis 3.7 22.124.469 (1.114.836) 21.009.633 4.670.201

Activos Intangíveis 3.8 2.196.032 (1.359.131) 836.901 447.514

Investimentos em Filiais, Associadas e Entidades sob Controlo Conjunto 3.9 1.572.086 - 1.572.086 1.074.383

Activos por Impostos Correntes 3.10 126.713 - 126.713 261.362

Activos por Impostos Diferidos 3.10 604.682 - 604.682 125.810

Outros Activos 3.11 4.422.614 (410.919) 4.011.695 8.355.659

Total do Activo 576.832.479 (4.106.419) 572.726.060 427.300.011

Passivo e Capital Próprio Notas 2014 2013

Passivo

Recursos de Bancos Centrais 3.12 167.725.325 166.277.860

Passivos Financeiros Detidos para Negociação 3.3 238.547 225.872

Recursos de Outras Instituições de Crédito 3.13 156.001.541 108.489.723

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 3.14 173.767.164 95.992.296

Provisões 3.15 2.646.487 1.630.377

Passivos por Impostos Correntes 3.16 1.328.740 519.717

Passivos por Impostos Diferidos 3.16 1.727.544 480.934

Outros Passivos 3.17 11.672.022 3.598.254

Total do Passivo 515.107.370 377.215.033

Capital 3.19 50.000.000 50.000.000

Reservas de Reavaliação 3.20 5.047.139 1.267.916

Outras Reservas e Resultados Transitados 3.20 (1.182.938) (3.371.481)

Resultado Líquido do Exercício 3.20 3.754.489 2.188.543

Total do Capital Próprio 57.618.690 50.084.978

Total do Passivo + Capital Próprio 572.726.060 427.300.011

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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33BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Demonstrações Financeiras

Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Montantes em Euros

Notas 2014 2013

Juros e Rendimentos Similares 12.275.343 11.498.752

Juros e Encargos Similares (4.236.236) (2.852.308)

Margem Financeira 3.21 8.039.107 8.646.444

Rendimentos de Serviços e Comissões 3.22 2.401.932 1.398.172

Encargos com Serviços e Comissões 3.22 (185.195) (150.606)

Resultados de Alienação de Outros Activos 3.23 6.915 -

Resultados de Activos e Passivos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados 3.23 2.999.773 (2.124.604)

Resultados de Activos Financeiros Disponíveis para Venda 3.23 4.889.646 5.930.284

Resultados de Reavaliação Cambial 3.23 (1.790.699) 2.711.883

Outros Resultados de Exploração 3.24 4.207.571 3.307.551

Produto Bancário 20.569.050 19.719.124

Custos com Pessoal 3.25 (6.205.820) (6.470.972)

Gastos Gerais Administrativos 3.26 (6.664.067) (7.173.047)

Amortizações do Exercício 3.7 e 3.8 (657.824) (652.659)

Custos de Estrutura (13.527.711) (14.296.678)

Correcções de Valor Associadas ao Crédito a Clientes e a Valores a Receber de Outros Devedores (Líquidas de Reposições e Anulações) 3.15 (1.756.833) (1.724.435)

Resultado Antes de Impostos 5.284.506 3.698.011

Impostos Correntes 3.27 (2.008.889) (670.332)

Impostos Diferidos 3.27 478.872 (839.136)

Resultado Líquido do Exercício 3.754.489 2.188.543

Resultado por Acção Básico 0,0751 0,0438

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 34

Relatório e Contas 2014 Demonstrações Financeiras

Demonstrações do Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Montantes em Euros

2014 2013

Resultado Líquido do Exercício 3.754.489 2.188.543

Itens que poderão vir a ser reclassificados para a Demonstração de Resultados

Reavaliação dos Activos Financeiros Disponíveis para Venda 6.774.684 1.748.850

Impacto Fiscal (1.727.545) (480.934)

Resultado não Reconhecido na Demonstração de Resultados 5.047. 139 1.267.916

Rendimento Integral do Exercício 8.801.628 3.456.459

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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35BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Demonstrações Financeiras

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Montantes em Euros

2014 2013

Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais:

Recebimentos de Juros e Comissões e Outros Proveitos 13.939.461 13.469.616

Pagamentos de Juros e Comissões e Outros Custos (4.135.783) (3.317.931)

Pagamentos ao Pessoal e a Fornecedores (12.782.848) (11.933.379)

Outros (Pagamentos) / Recebimentos Relativos à Actividade Operacional 3.713.147 3.139.853

Resultados Operacionais Antes das Alterações nos Activos Operacionais 733.977 1.358.159

(Aumentos) / Diminuições de Activos Operacionais:

Aplicações em Instituições de Crédito (60.124.428) (21.419.467)

Crédito a Clientes (40.609.799) (24.432.673)

Outros Activos 4.446.836 (2.438.548)

(96.287.388) (48.290.688)

(Aumentos) / (Diminuições) de Passivos Operacionais:

Recursos de Bancos Centrais 1.411.527 39.255.529

Recursos de Outras Instituições de Crédito 47.271.347 49.933.792

Recursos de Clientes 77.765.629 7.991.951

Outros Passivos (1.278.923) (428.884)

125.169.580 96.752.388

Caixa Líquida das Actividades Operacionais 29.616.169 49.819.859

Fluxos de Caixa das Actividades de Investimento:

(Aquisições) e Alienações de Activos Tangíveis e Intangíveis (9.389.237) (427.499)

(Aquisições) e Alienações de Activos Financeiros Disponíveis para Venda (18.788.385) (14.655.875)

(Aquisições) e Alienações de Investimentos em Filiais, Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (497.703) (759.383)

Caixa Líquida das Actividades de Investimento (28.675.325) (15.842.757)

Aumento/ (Diminuição) Líquido de Caixa e seus Equivalentes 940.844 33.977.102

Caixa e seus Equivalentes no Início do Exercício 43.710.340 9.733.238

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Exercício (notas 3.1 e 3.2) 44.651.184 43.710.340

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 36

Relatório e Contas 2014 Demonstrações Financeiras

Demonstrações das Alterações no Capital Próprio para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013

Montantes em Euros

Capital Reservas dereavaliação

Outras reservas e resultados

transitados

Resultadolíquido do

exercícioTotal

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 50.000.000 1.821.688 (4.072.565) 701.084 48.450.207

Aplicação dos Resultados 2012:

Constituição de Reservas - - 701.084 (701.084) -

Reservas de Reavaliação - (553.772) .- - (553.772)

Resultado Líquido do Exercício - - - 2.188.543 2.188.543

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 50.000.000 1.267.916 (3.371.481) 2.188.543 50.084.978

Aplicação dos resultados 2013:

Constituição de Reservas - - 2.188.543 (2.188.543) -

Reservas de Reavaliação - 3.779.223 - - 3.779.223

Resultado Líquido do Exercício - - - 3.754.489 3.754.489

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 50.000.000 5.047. 139 (1.182.938) 3.754.489 57.618.690

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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37BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014

III. Notas às DemonstraçõesFinanceiras

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 38

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

1. Nota Introdutória

2. Políticas Contabilísticas

O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A. (“Banco”, “ATLANTICO Europa” ou “Instituição”) é uma sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituído em 22 de Junho de 2009, tendo iniciado a sua actividade em Agosto de 2009. A constituição do Banco foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Junho de 2009. As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem os resultados das operações do Banco para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013.

O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária.

As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 30 de Março de 2015.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2014 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Todos os montantes apresentados neste anexo estão expressos em Euros (com arredondamento às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho e de acordo com Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do Aviso nº 1/2005, existem as seguintes excepções com impacto nas demonstrações financeiras do Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;

ii) Provisionamento do crédito e contas a receber - são definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro (Nota 2.3. a). Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iii) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas na rubrica “Reservas de reavaliação”.

O Banco adoptou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para os exercícios que se iniciaram em ou após 1 de janeiro de 2013, conforme referido na nota 2.16. As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente na preparação das demonstrações financeiras do período anterior.

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39BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

2.2 Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira (IAS 21)

As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que opera (denominada “moeda funcional”), nomeadamente o Euro.

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Euros com base na taxa de câmbio em vigor.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

2.3 Instrumentos financeiros

a) Aplicações em instituições de crédito, crédito a clientes, valores a receber de outros devedores e provisões

Conforme descrito na Nota 2.1., estes activos são registados de acordo com as disposições do Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo, são registados pelo valor nominal, sendo os respectivos proveitos, nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com a taxa efectiva, quando se tratem de operações que produzam rendimentos por períodos superiores a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro, nº 7/00 de 27 de Outubro, nº 8/03 de 30 de Janeiro, e outras disposições emitidas por aquela entidade, o Banco constitui as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidosDestina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a entrada em incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosaDestina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

- Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;- Estarem em incumprimento há mais de:

• Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos• Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos• Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos

• Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos sobre um mesmo cliente, se o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

iii) Provisão para riscos gerais de créditoEncontra-se registada no passivo, na rubrica “Provisões”, e destina-se a fazer face a riscos potenciais existentes em qualquer crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é constituída de acordo com o disposto nos Avisos nº 3/95 de 30 de Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro e nº 8/03 de 30 de Janeiro.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales prestados:

• - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• - 0,5% no que se refere ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• - 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos termos da legislação em vigor, o reforço desta provisão não é aceite como custo fiscal.

iv) Provisão para risco paísDestina-se a fazer face ao risco de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

• Das participações financeiras;• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados

membros da União Europeia;• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia

abranja o risco de transferência;• Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de

Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco, de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, na Instrução nº 94/96, de 17 de Junho, e na Carta Circular sob a referência, 7/12/DSBDR de 07 de Março de 2012.

Uma vez que se trata de uma provisão específica, esta é classificada nas várias rubricas contabilísticas em que estão registados os activos que se enquadram na definição de risco país.

b) Activos financeiros disponíveis para venda (IAS 39)

Esta rubrica inclui:• Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação, nem como carteira de crédito;• Títulos de rendimento variável disponíveis para venda;• Suprimentos e prestações suplementares de capital em empresas cujas acções estejam classificadas como activos financeiros

disponíveis para venda.

Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado ou estimado de forma fiável, os quais permanecem registados ao custo, líquido de provisões. Adicionalmente, no caso das operações de papel comercial, na falta de preços de mercado, estas são valorizadas com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.

Os ganhos ou perdas resultantes de alterações no justo valor são registados directamente na rubrica de capitais próprios “Reservas de reavaliação”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício.

Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos, no caso das acções) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O IAS 39 identifica alguns eventos que considera como evidência objectiva de imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, nomeadamente:

• Dificuldades financeiras significativas do emitente;• Incumprimento contratual do emitente em termos de reembolso de capital ou pagamento de juros;• Probabilidade de falência do emitente;• Desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro devido a dificuldades financeiras do emitente.

Para além dos indícios de imparidade relativos a instrumentos de dívida acima referidos, são ainda considerados os seguintes indícios específicos no que se refere a instrumentos de capital:

• Alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emitente opera que indiquem que o custo do investimento pode não ser recuperado na totalidade;

• Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado do activo financeiro abaixo do seu custo de aquisição.

Com referência à data de preparação das demonstrações financeiras, o Banco avalia a existência de situações de evidência objectiva de imparidade que indiquem que o custo dos investimentos poderá não ser recuperável no médio prazo, considerando a situação dos mercados e a informação disponível sobre os emitentes.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida de capital próprio e reconhecida em resultados.

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo são revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos de capital próprio) classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de reavaliação por diferenças cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são registadas em resultados.

c) Activos financeiros detidos até à maturidade (IAS 39)

Esta rubrica inclui activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas, que o ATLANTICO Europa tem intenção e capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e são sujeitos a testes de imparidade. As perdas por imparidade reconhecidas em investimentos financeiros detidos até à maturidade são registadas em resultados do exercício.

Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição puder ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

d) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados e passivos financeiros de negociação (IAS 39)

Esta categoria inclui essencialmente títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos a partir de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles quecumpram os requisitos de contabilidade de cobertura.

Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, na rubrica de “Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas respectivas rubricas de “Juros e rendimentos similares”.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

e) Outros passivos financeiros (IAS 39)

Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo valor, acrescido dos custos directamente atribuíveis à transacção. Esta categoria inclui recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de crédito, recursos de clientes e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços.

Estes passivos financeiros são mensurados ao custo amortizado sendo utilizado o método da taxa de juro efectiva.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação e nas mensurações subsequentes. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.

Derivados de negociaçãoSão considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;• Derivados contratados com o objectivo de “trading”;• Derivados embutidos em instrumentos financeiros. Estes instrumentos são tratados separadamente sempre que os riscos e

benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal e desde que todo o instrumento não esteja contabilizado ao justo valor através de resultados.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício na rubrica de “Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. O justo valor positivo e negativo são registados no Balanço nas rubricas “Activos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros detidos para negociação”, respectivamente.

Contabilidade de coberturai) A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, o Banco prepara, no início da operação, documentação formal que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas pelo Banco;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

ii) Cobertura de justo valorAs variações do justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualifiquem como de cobertura de justo valor são registadas em proveitos e custos do exercício, bem como as variações de justo valor dos elementos cobertos. Estas valorizações são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados os activos e passivos. Quando a relação de cobertura deixa de cumprir com os requisitos definidos na norma, os valores acumulados de variações de justo valor até à data da descontinuação da cobertura, são amortizados por resultados pelo período remanescente do item coberto.

iii) Cobertura de fluxos de caixaAs variações de justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualificam para coberturas de fluxos de caixa, são reconhecidas em capitais próprios na parte efectiva. As variações de justo valor da parcela inefectiva das relações de cobertura são reconhecidas em custos ou proveitos. Os valores acumulados em capitais próprios são reclassificados para resultados nos períodosem que o item coberto afecta resultados.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos de contabilidade é descontinuada prospetivamente, sendo variações de justo valor do derivado registadas na situação líquida:

• Diferidas pelo prazo remanescente do elemento coberto;• Reconhecidas em custos ou proveitos, no caso do instrumento coberto se ter extinguido.

No caso da descontinuação de uma relação de cobertura de uma transacção futura, as variações de justo valor do derivado registadas em capitais próprios mantêm-se aí reconhecidas até que a transacção futura seja reconhecida em resultados.

iv) Efetividade de coberturaPeriodicamente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização da contabilidade de cobertura, de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

g) Justo valor (IFRS 13)

Conforme acima referido, os activos financeiros enquadrados nas categorias de Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Activos financeiros disponíveis para venda são registados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro é o preço pelo qual uma transacção ordenada de venda de um activo ou de transferência de um passivo seria concretizada entre participantes de mercado na data da balanço.

O justo valor dos títulos é determinado com base nos seguintes critérios:

• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos;• Preços (bid prices) difundidos através de meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg.

O justo valor dos derivados é determinado com base nos seguintes critérios:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos;• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e

modelos de valorização de opções.

2.4 Outros activos tangíveis (IAS 16, Aviso nº 1/2005 e IAS 17)

Encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”. As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes e registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, o qual corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, enquadrado nos seguintes intervalos:

Activos Total

Edifícios Próprios 50

Despesas em Edifícios Arrendados 20

Mobiliário e Material 8

Máquinas e Ferramentas 5-10

Equipamento Informático 3-4

Instalações Interiores 8-10

Material de Transporte 4

Equipamento de Segurança 8-10

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, nos termos da Norma IAS 36 – “Imparidade de activos”, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. As perdas por imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do exercício, caso em períodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do activo.

2.5 Activos intangíveis (IAS 38)

Esta rubrica compreende, essencialmente, custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do Banco. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual em média corresponde a um período de 3 anos. As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do exercício em que são incorridas.

2.6 Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto (IAS 28 e IAS 31)

Esta rubrica inclui as participações financeiras em empresas nas quais o Banco exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto. Estes activos são registados pelo custo de aquisição, sendo objecto de análises de imparidade periódicas. Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição pelas filiais.

2.7 Impostos sobre lucros (IAS 12)

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou dos prejuízos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

De acordo com o Artigo 14.º da Lei das Finanças Locais, os municípios podem deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).

A derrama estadual é devida pelos sujeitos passivos que apurem um lucro tributável superior a 1.500.000 Euros sujeito e não isento de IRC. A taxa da derrama estadual em 2013 foi fixada em 3% sobre o valor do lucro tributável superior a 1.500.000 Euros e até 7.500.000 Euros, e em 5% sobre o lucro tributável que exceda este último valor.

Em 2014, a taxa de derrama estadual foi fixada em 3% sobre o valor do lucro tributável superior a 1.500.000 Euros e até 7.500.000 Euros, em 5% sobre o lucro tributável entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros e em 7% sobre o lucro tributável que exceda este último valor.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário. A contribuição sobre o sector bancário incide sobre:

i) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos próprios de base “Tier I” e complementares “Tier II” e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:

• Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis sejam reconhecidos como capitais próprios;• Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;• Passivos por provisões;• Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;• Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes a operações passivas e;• Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização.

ii) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos passivos, com excepção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.

As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores são de 0,07% e 0,0003%, respectivamente, em função do valor apurado.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio. Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

2.8 Benefícios aos empregados (IAS 19)

As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores.

O ATLANTICO Europa não subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho em vigor para o sector bancário, estando os seus trabalhadores abrangidos pelo Regime Geral de Segurança Social. Por esse motivo, em 31 de Dezembro de 2014, o Banco não tem qualquer responsabilidade por pensões, complementos de reforma ou outros benefícios de longo prazo a atribuir aos seus trabalhadores.

Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade atribuídos aos trabalhadores pelo seu desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no exercício a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

2.9 Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data de balanço. Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

As provisões são desreconhecidas quando utilizadas ou quando a obrigação deixa de se observar.

2.10 Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e proveitos são reconhecidos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa de juro efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

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Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

2.11 Comissões

As comissões recebidas relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas na originação das operações, são reconhecidas como proveitos ao longo do período da operação. As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço, ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.

2.12 Outros rendimentos e receitas operacionais

Os rendimentos e receitas operacionais incluem, essencialmente, serviços prestados, nomeadamente, de apoio na estruturação e montagem de operações de financiamento em regime de subcontratação.

Os rendimentos associados a estes serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Outros resultados de exploração” ao longo do período da prestação do serviço ou, de uma só vez, caso se tratem de actos únicos.

2.13 Valores recebidos em depósito

Os valores recebidos em depósito, nomeadamente dos clientes, encontram se registados ao justo valor em rubricas extrapatrimoniais.

2.14 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação das demonstrações dos fluxos de caixa, o Banco considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

2.15 Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, foi necessária a realização de estimativas pelo Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras do Banco incluem as abaixo apresentadas.

As normas contabilísticas possibilitam, em algumas situações, tratamentos contabilísticos alternativos e os resultados reportados poderiam ser diferentes caso fossem adoptados tratamentos distintos. É convicção do Conselho de Administração que os critérios adoptados são os mais apropriados e as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco em todos os aspectos materialmente relevantes.

Determinação de Impostos sobre LucrosOs impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis do Banco sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado pelas Autoridades Fiscais.

Adicionalmente, o registo de activos por impostos diferidos é efectuado tendo por base projecções de resultados futuros elaboradas pelo Conselho de Administração do Banco. No entanto, os resultados reais poderão divergir dos estimados.

Determinação de Perdas por Imparidade em Activos FinanceirosNo que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e avales prestados, o Banco cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de Portugal. No entanto, sempre que considerado necessário, estas provisões são complementadas de forma a reflectir a estimativa do Banco sobre o risco de incobrabilidade associado aos clientes.

Esta avaliação é efectuada de forma casuística pelo Banco com base no conhecimento específico da realidade dos seus clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

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2.16 Adopção de novas normas (IAS/IFRS) ou revisão de normas já emitidas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014:

IFRS 13 – MENSURAÇÃO AO JUSTO VALOR A IFRS 13 proporciona uma fonte de orientação acerca da mensuração do justo valor, substituindo disposições que se encontravam dispersas em várias IFRS. Define justo valor como o preço pelo qual uma transacção ordenada de venda de um activo ou de transferência de um passivo seria concretizada entre participantes de mercado na data de balanço. A norma foi aplicada prospectivamente pelo Banco, não tendo a sua aplicação impactos significativos na mensuração dos seus activos e passivos.

IAS 1 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (APRESENTAÇÃO DOS ITEMS DO OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL) As alterações à IAS 1 apenas tiveram impacto na apresentação da Demonstração do Rendimento Integral, separando os itens que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados e os itens que não irão ser reclassificados para a demonstração dos resultados.

IAS 12 – EMENDA (RECUPERAÇÃO DE ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS)Esta emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada através da venda. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

IAS 19 – EMENDA (PLANOS DE PENSÕES DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS) (2011)Esta emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os ganhos/perdas actuariais passam a ser reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do “corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos activos do plano A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de juro única é registada como ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos com juros. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

IFRS 7 – EMENDA (2011)Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos a acordos de compensação e similares. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

As alterações às normas acima referidas não tiveram impactos significativos nas demonstrações financeiras apresentadas.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas pela União Europeia:

IFRS 10 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASEsta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz um novo efeito de controlo que implica a avaliação do poder, da exposição à variabilidade nos retornos e a ligação entre ambos. Um investidor controla uma investida quando esteja exposto (ou tenha direitos) à variabilidade nos retornos provenientes do seu envolvimento com a investida e possa apoderar-se dos mesmos através do poder detido sobre a investida (controlo de facto). A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOSEsta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IFRS 12 – DIVULGAÇÕES SOBRE PARTICIPAÇÕES NOUTRAS ENTIDADESEsta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 48

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS (2011)Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IAS 28 – INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS (2011)Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IAS 32 – EMENDA (2011)Esta emenda vem clarificar determinados aspectos da norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014. O Banco não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas ou interpretações nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013.

Adicionalmente, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram ainda emitidas as seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, as quais não foram ainda adoptadas pela União Europeia:

IFRS 9 – Instrumentos financeiros (emitida em 2009 e alterada em 2010 e 2013)A IFRS 9 (2009) introduziu novos requisitos para a classificação e mensuração de activos financeiros. A IFRS 9 (2010) introduziu requisitos adicionais relacionados com passivos financeiros. A IFRS 9 (2013) introduziu a metodologia da cobertura. O IASB tem presentemente um projecto em curso para proceder a alterações limitadas à classificação e mensuração contidas na IFRS 9 e novos requisitos para lidar com a imparidade de activos financeiros.

Os requisitos da IFRS 9 (2009) representam uma mudança significativa dos actuais requisitos previstos na IAS 39, no que respeita aos activos financeiros. A norma contém duas categorias primárias de mensuração de activos financeiros: custo amortizado e justo valor. A IFRS 9 (2010) introduz um novo requisito aplicável a passivos financeiros designados ao justo valor, por opção, passando a impor a separação da componente de alteração de justo valor que seja atribuível ao risco de crédito da entidade e a sua apresentação em Outro Rendimento Integral, ao invés de resultados. A IFRS 9 (2013) introduziu novos requisitos para a contabilidade de cobertura que alinha esta de forma mais próxima com a gestão de risco. A data em que a IFRS 9 se torna efectiva não se encontra ainda estabelecida mas será determinada quando as fases em curso ficarem finalizadas.

IFRIC 21 - TaxasO IASB emitiu, em 20 de Maio de 2013, esta interpretação com data efectiva de aplicação (de forma retrospectiva) para períodos que se iniciem em, ou após, 1 de Janeiro de 2014. Esta interpretação foi adoptada pelo Regulamento da Comissão Europeia n.º 634/2014, de 13 de Junho (definindo a entrada em vigor o mais tardar a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após 17 de Junho de 2014). Esta nova interpretação define taxas (Levy ) como sendo um desembolso de uma entidade imposto pelo governo de acordo com legislação. Confirma que uma entidade reconhece um passivo pela taxa quando – e apenas quando – o evento específico que desencadeia a mesma, de acordo com a legislação, ocorre.

O Banco está ainda a avaliar os impactos decorrentes da introdução desta interpretação.

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49BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3. Notas

3.1 Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Caixa 160.003 181.652

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal 6.297.991 11.970.226

Total 6.457.994 12.151.878

A rubrica Depósitos à Ordem no Banco de Portugal inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 1% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

3.2 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no País

Depósitos à Ordem 15.857.479 10.192.056

Outras Disponibilidades - 16.676

15.857.479 10.208.732

Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no Estrangeiro

Depósitos à Ordem 22.335.711 21.349.730

22.335.711 21.349.730

Total 38.193.190 31.558.462

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 50

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.3 Activos e passivos financeiros detidos para negociação

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de Activos Financeiros Detidos para Negociação e Passivos Financeiros Detidos para Negociação respeitam à reavaliação positiva e negativa dos derivados, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as operações acima referidas encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritos na Nota 2.3. f). Naquela data, o montante nocional e o valor contabilístico dos instrumentos financeiros derivados apresentam a seguinte desagregação:

2014 2013

MontanteNocional (1)

Valor de Balanço MontanteNocional

Valor de Balanço

Activos Passivos Activos Passivos

Mercado de Balcão (OTC)

Swap de Divisas 72.195.140 1.387.819 - 52.228.954 44.642 (194.680)

Opções Cambiais

Compradas 2.471.378 230.821 - 4.417.732 33.038 -

Vendidas (2) 6.743.577 - (235.104) 4.252.732 - (31.192)

Opções sobre Cotações

Compradas 1.564.945 3.443 - - - -

Vendidas (2) 1.564.945 - (3.443) - - -

12.344.845 234.264 (238.547) 8.670.464 33.038 (31.192)

Total 84.539.985 1.622.083 (238.547) 60.899.418 77.680 (225.872)

(1) No caso dos swaps foram considerados os valores activos

(2) Correspondente a derivados embutidos em depósitos de Clientes

A distribuição dos nocionais das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 por prazos residuais (em meses) apresenta o seguinte detalhe:

2014 2013

Até 3m 3m - 6m 6m - 12m 12m - 24m Total Até 3m 3m - 6m 6m - 12m Total

Mercado de Balcão (OTC)

Swap de Divisas 62.141.438 10.053.702 - - 72.195.140 50.828.954 1.400.000 - 52.228.954

Opções Cambiais

Compradas 58.068 82.366 2.059.138 271.806 2.471.378 - - 4.417.732 4.417.732

Vendidas 53.336 80.524 2.075.612 4.530.105 6.739.577 - - 4.252.732 4.252.732

Opções sobre Cotações

Compradas - 1.564.945 - - 1.564.945 - - - -

Vendidas - 1.564.945 - - 1.564.945 - - - -

111.404 3.292.780 4.134.750 4.801.911 12.340.845 - - 8.670.464 8.670.464

Total 62.252.842 13.346.482 4.134.750 4.801.911 84.535.985 50.828.954 1.400.000 8.670.464 60.899.418

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, todas as operações com instrumentos financeiros derivados foram contratualizadas com instituições financeiras, com excepção dos derivados embutidos.

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51BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.4 Activos financeiros disponiveis para venda

Em 31 de Dezembro de 2014 esta rubrica tem a seguinte composição:

Custo Amortizado Juros

Reserva de Justo Valor Valor deBalançoPositiva Negativa

Instrumentos de Dívida

Obrigações de Emissores Públicos Nacionais 21.380.035 478.187 173.821 - 22.032.043

Obrigações de Emissores Públicos Estrangeiros 146.586.115 888.949 6.445.262 (20.016) 153.900.310

Obrigações e Papel Comercial de Outros Emissores Nacionais

Dívida não Subordinada 24.469.381 274.232 66.216 (61.878) 24.747.951

Obrigações de Outros Emissores Estrangeiros

Dívida não Subordinada 35.828.320 497.851 1.087.161 (915.882) 36.497.450

Total 228.263.851 2.139.219 7.772.460 (997.776) 237.177.754

Em 31 de Dezembro de 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

Custo Amortizado Juros

Reserva de Justo Valor Valor deBalançoPositiva Negativa

Instrumentos de Dívida

Obrigações de Emissores Públicos Nacionais 98.136 759 2.714 - 101.609

Obrigações de Emissores Públicos Estrangeiros 154.859.018 1.001.539 1.755.679 (129.697) 157.486.540

Obrigações e Papel Comercial de Outros Emissores Nacionais

Dívida não Subordinada 24.768.064 46.338 - - 24.814.403

Obrigações de Outros Emissores Estrangeiros

Dívida não Subordinada 24.860.601 632.333 209.603 (89.449) 25.613.088

Total 204.585.819 1.680.969 1.967.996 (219.146) 208.015.640

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, de acordo com a análise efectuada pelo Banco, não foram identificados títulos com imparidade.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 52

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a distribuição dos Activos Financeiros Disponíveis para Venda por prazo residual era a seguinte:

2014 2013

Até 3 meses 12.679.134 15.889.765

De 3 meses a 1 ano - 6.515.522

De 1 ano a 5 anos 149.893.743 185.610.353

Mais de 5 anos 74.604.877 -

Total 237.177.754 208.015.640

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a distribuição dos Activos Financeiros Disponíveis para Venda por país era a seguinte:

2014 2013

Itália 139.307.150 168.687.194

Portugal 46.779.994 24.916.013

Holanda 28.872.013 8.672.004

Espanha 17.162.993 5.740.429

Luxemburgo 4.181.820 -

Namíbia 873.784 -

Total 237.177.754 208.015.640

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a distribuição dos Activos Financeiros Disponíveis para Venda por sector de actividade era a seguinte:

2014 2013

Sector Público - Estado 175.932.353 157.588.148

Energia 45.811.465 16.860.321

Produtos Florestais e Papel 7.095.942 4.936.623

Comunicações 5.333.283 11.263.493

Indústrias Transformadoras 2.001.010 -

Comércio por Grosso e a Retalho 1.003.701 6.413.913

Construção - 10.953.142

Total 237.177.754 208.015.640

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53BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.5 Aplicações em instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Aplicações em Outras Instituições de Crédito no País

Aplicações a Curto Prazo 96.424.677 86.107.790

Juros a Receber 3.490 3.952

96.428.167 86.111.742

Aplicações em Outras Instituições de Crédito no Estrangeiro

Aplicações a Curto Prazo 50.210.186 362.555

Outras Aplicações - 109.062

Juros a Receber 8.264 174

50.218.450 471.791

Empréstimos Vencidos - Instituições de Crédito no Estrangeiro 68.972 -

Imparidades para Risco País (nota 3.15) (68.972) (30.876)

50.218.450 440.915

Total 146.646.617 86.552.657

As Aplicações em Outras Instituições de Crédito (excluindo crédito vencido e juros a receber), em vigor em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresentavam um prazo de vencimento residual com a seguinte estrutura:

2014 2013

Até 3 meses 144.456.740 85.879.407

De 3 a 6 meses 2.000.000 -

De 6 meses a 1 ano 178.123 700.000

Total 146.634.863 86.579.407

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as aplicações a prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remuneradas a uma taxa média de 0,97% e 0,20%, respectivamente.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 54

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.6 Crédito a clientes

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Crédito não Titulado

Interno

Empresas

Desconto 7.989.047 4.562.908

Empréstimos 21.720.006 16.325.914

Contas Correntes Caucionadas 20.826.610 17.414.235

Descobertos em Depósitos à Ordem 1.931.526 223

Cartões de Crédito 10.918 9.001

Particulares

Crédito à Habitação 595.859 -

Empréstimos 550.769 858.836

Contas Correntes Caucionadas 510.000 510.000

Descobertos em Depósitos à Ordem 12.022 3

Cartões de Crédito 46.415 19.436

Ao Exterior

Empresas

Desconto 1.493.895 112.987

Empréstimos 47.532.340 26.083.338

Contas Correntes Caucionadas - 1.000.000

Descobertos em Depósitos à Ordem 197 1.844

Cartões de Crédito 2.901 (520)

Particulares

Crédito à Habitação 5.848.207 469.410

Empréstimos 5.382.320 6.635.355

Descobertos em Depósitos à Ordem 79.627 32.286

Cartões de Crédito 208.015 80.226

Créditos e Juros Vencidos 87.589 102.982

114.828.263 74.218.464

Juros e Comissões Associadas ao Custo Amortizado

Juros a Receber 1.504.084 932.003

Comissões a Receber 80.867 47.172

Receitas com Rendimento Diferido (793.941) (460.101)

791.010 519.074

Imparidades (nota 3.15)

Para Crédito e Juros Vencidos (10.149) (37.378)

Para Risco País (1.142.412) (691.395)

(1.152.561) (728.773)

Total 114.466.712 74.008.765

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, cerca de 33.791 m Euros e 17.316 m Euros de créditos concedidos a clientes, respectivamente, encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo no Banco.

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55BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica de Créditos e Juros Vencidos apresentava a seguinte antiguidade:

2014

Antiguidade do VencidoCrédito

Vencido Vincendo Total Provisão Associadaao Vencido

Até 30 dias - - - -

De 30 a 60 dias 59.584 1.000.000 1.059.584 1.209

De 61 a 180 dias 18.837 415.625 434.462 2.160

De 181 a 365 dias 8.714 - 8.714 6.326

Mais de 1 ano 454 - 454 454

Total 87.589 1.415.625 1.503.214 10.149

2013

Antiguidade do VencidoCrédito

Vencido Vincendo Total Provisão Associadaao Vencido

Até 30 dias 31.538 991.424 1.022.962 315

De 30 a 60 dias 30.764 985.565 1.016.329 19.452

De 61 a 180 dias 25.560 365 25.925 6.259

De 181 a 365 dias 15.120 - 15.120 11.352

Total 102.982 1.977.354 2.080.336 37.378

O movimento ocorrido nas provisões e nas imparidades nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é apresentado na Nota 3.15.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os 5 maiores clientes representavam cerca de 49% e 48% da totalidade da carteira de crédito, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais de vencimento do Crédito a Clientes (excluindo crédito e juros vencidos, juros e comissões associadas ao custo amortizado) apresentam a seguinte estrutura:

2014 2013

Até 3 meses 20.429.804 21.982.034

De 3 meses a 1 ano 29.275.723 14.895.136

De 1 ano a 5 anos 29.659.940 6.073.867

Mais de 5 anos 35.375.207 31.164.445

Total 114.740.674 74.115.482

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 56

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A composição da carteira de Créditos a Clientes, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, por sectores de actividade é a seguinte:

2014

Crédito sobre Clientes (1) Garantias Prestadas

CéditoVincendo

CéditoVencido

Total % Valor %

Residentes

Particulares 1.715.065 443 1.715.508 1,5 - -

Actividades Imobiliárias 13.015.602 - 13.015.602 11,3 12.061.392 83,0

Actividades Financeiras e de Seguros 12.017.616 - 12.017.616 10,5 51.027 0,4

Construção 10.267.063 - 10.267.063 8,9 991.253 6,8

Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos

-

Automóveis e Motociclos 8.097.239 - 8.097.239 7,1 - -

Actividades de Informaçãoe de Comunicação

6.575.024 - 6.575.024 5,7 - -

Actividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares

1.190.432 - 1.190.432 1,0 577.777 4,0

Actividades Administrativase dos Serviços de Apoio

585.535 - 585.535 0,5 - -

Indústrias Transformadoras 365.273 - 365.273 0,3 - -

Transportes e Armazenagem 187.825 - 187.825 0,2 - -

Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água

176.498 - 176.498 0,2 - -

Actividades de Saúde Humanae Apoio Social

- - - - 14.400 0,1

Não Residentes

Particulares 11.518.168 34.688 11.552.856 10,1 77.238 0,5

Actividades Financeiras e de Seguros 24.130.515 - 24.130.515 21,0 758.924 5,2

Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos

Automóveis e Motociclos 14.573.559 - 14.573.559 12,7 - -

Actividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares

7.600.396 52.458 7.652.854 6,7 - -

Actividades Imobiliárias 2.723.870 - 2.723.870 2,4 - -

Construção 994 - 994 0,0 - -

Total 114.740.674 87.589 114.828.263 100,0 14.532.011 100,0

(1) Exclui juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado.

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57BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

2013

Crédito sobre Clientes (1) Garantias Prestadas

CéditoVincendo

CéditoVencido

Total % Valor %

Residentes

Particulares 1.388.286 42.796 1.431.082 1,9 - -

Construção 10.151.548 - 10.151.548 13,7 - -

Actividades Imobiliárias 9.214.576 - 9.214.576 12,4 - -

Comércio por Grosso e a Retalho;Reparação de Veículos Automóveise Motociclos

8.234.819 31.538 8.266.357 11,1 - -

Actividades de Informaçãoe de Comunicação

6.400.000 - 6.400.000 8,6 - -

Actividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares

1.739.511 - 1.739.511 2,3 - -

Actividades Financeiras e de Seguros 1.690.977 - 1.690.977 2,3 2.731.280 60,0

Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água

362.555 - 362.555 0,5 --

Actividades Administrativas e dos Serviços de Apoio

238.294 - 238.294 0,3 - -

Actividades de Saúde Humanae Apoio Social

200.000 - 200.000 0,3 - -

Indústrias Transformadoras 80.000 - 80.000 0,1 - -

Não Residentes

Particulares 7.217.276 28.648 7.245.924 9,8 - -

Actividades Imobiliárias 17.783.339 - 17.783.339 24,0 631.756 13,9

Actividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares

8.300.281 - 8.300.281 11,2 31.347 0,7

Actividades Financeiras e de Seguros 1.000.000 - 1.000.000 1,3 - -

Comércio por Grosso e a Retalho, Repa-ração de Veículos Automóveise Motociclos

114.020 - 114.020 0,2 535.066 11,8

Construção - - - - 608.875 13,4

Actividades de Saúde Humanae Apoio Social

- --

- 14.400 0,3

Total 74.115.482 102.982 74.218.464 100,0 4.552.724 100,0

(1) Exclui juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 58

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 30 de Dezembro de 2014 o Banco celebrou um Contrato Promessa de Compra e Venda (CPCV) do edifício sede, até então arrendado, passando nessa data a deter a posse do imóvel. O Banco reconheceu nas rubricas de Imóveis de Serviço Próprio - Terrenos e Edifícios o montante de 16.342.106 Euros referentes ao valor de aquisição do imóvel e Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) no valor de 15.344.700 Euros e 997.406, respectivamente.

Adicionalmente, as obras no imóvel incorridas até essa data e registadas na rubrica Despesas em Edifícios Arrendados e respectivas amortizações acumuladas, foram transferidas para a rubrica de Edifícios.

3.7 Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido na rubrica de Outros Activos Tangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

Valor Bruto Amortizações Valor Líquido

Saldo em 31

Dez 13Aquisições Alienações

e abatesTransfe-rências

Saldo em 31 Dez 14

Saldo em 31 Dez 13

Amortiza-ções do

exercício

Alienaçõese abates

Transfe-rências

Saldo em 31 Dez 14

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31 Dez 14

Imóveis

Terrenos - 3.836.175 - - 3.836.175 - - - - - - 3.836.175

Edifícios - 12.505.931 - 4.041.703 16.547.634 - - - 463.121 463.121 - 16.084.513

Despesas em Edifícios Arrendados

4.079.275 2.428 - (4.081.703) - 262.375 202.829 - (465.204) - 3.816.900 -

4.079.275 16.344.534 - (40.000) 20.383.809 262.375 202.829 - (2.083) 463.121 3.816.900 19.920.688

Equipamento

Mobiliário e Material 936.545 21.431 - 40.000 997.976 343.202 115.257 - 2.083 460.542 593.343 537.434

Máquinas e Ferramentas 82.166 2.675 - - 84.841 16.795 9.155 - - 25.950 65.371 58.891

Equipamento Informático 27.326 357.366 - - 384.692 9.515 32.518 - - 42.033 17.811 342.659

Instalações Interiores 31.713 - - - 31.713 7.772 3.497 - - 11.269 23.941 20.444

Material deTransporte 125.000 - - - 125.000 59.895 31.250 - - 91.145 65.105 33.855

Equipamentode Segurança 96.968 - - - 96.968 10.358 9.981 - - 20.339 86.610 76.629

Outro Equipamento 1.289 - - 2.142 3.431 169 268 - - 437 1.120 2.994

1.301.007 381.472 - 42.142 1.724.621 447.706 201.926 - 2.083 651.715 853.301 1.072.906

5.380.282 16.726.006 - 2.142 22.108.430 710.081 404.755 - - 1.114.836 4.670.201 20.993.594

ActivosTangíveis em Curso

- 18.181 - (2.142) 16.039 - - - - - - 16.039

Total 5.380.282 16.744.187 - - 22.124.469 710.081 404.755 - - 1.114.836 4.670.201 21.009.633

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59BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, as aquisições ocorridas nas rubricas Despesas em Edifícios Arrendados e Mobiliário e Material corresponderam, essencialmente, a obras efectuadas na sede do banco e compra do respectivo mobiliário.

O movimento ocorrido na rubrica de Outros Activos Tangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi o seguinte:

Valor Bruto Amortizações Valor Líquido

Saldo em 31

Dez 12Aquisições Alienações

e abatesTransfe-rências

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31 Dez 12

Amortiza-ções do

exercício

Alienaçõese abates

Transfe-rências

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31 Dez 12

Saldo em 31 Dez 13

Imóveis

Despesas em Edifícios Arrendados

3.893.020 420.702 (234.447) - 4.079.275 295.424 201.398 (234.447) - 262.375 3.597.596 3.816.900

Equipamento

Mobiliário e Material 875.072 73.733 (12.260) - 936.545 239.792 105.308 (1.898) - 343.202 635.280 593.343

Máquinas e Ferramentas 81.070 1.096 - - 82.166 7.786 9.009 - - 16.795 73.284 65.371

Equipamento Informático 5.094 22.232 - - 27.326 4.378 5.137 - - 9.515 716 17.811

Instalações Interiores 13.023 14.928 - 3.762 31.713 4.613 3.159 - - 7.772 8.410 23.941

Material deTransporte 266.355 - (141.355) - 125.000 137.607 42.882 (120.594) - 59.895 128.748 65.105

Equipamentode Segurança 28.682 71.237 (3.468) 517 96.968 5.923 6.097 (1.662) - 10.358 22.759 86.610

Outro Equipamento - 1.289 - - 1.289 - 169 - - 169 - 1.120

1.269.296 184.515 (157.083) 4.279 1.301.007 400.099 171.761 (124.154) - 447.706 869.197 853.301

5.162.316 605.217 (391.530) 4.279 5.380.282 695.523 373.159 (358.601) - 710.081 4.466.793 4.670.201

ActivosTangíveis em Curso

517 3.762 - (4.279) - - - - - 517 -

Total 5.162.833 608.979 (391.530) - 5.380.282 695.523 373.159 (358.601) - 710.081 4.467.310 4.670.201

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 60

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.8 Activos intangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de Activos Intangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, as aquisições ocorridas nos Activos Intangíveis dizem respeito, essencialmente, ao investimento que o Banco está a efectuar nos seus sistemas de informação.

O movimento ocorrido nas rubricas de Activos Intangíveis durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi o seguinte:

Valor Bruto Amortizações Valor Líquido

Saldo em 31 Dez 13

Aquisições Alienações e Abates

Transfe-rências

Saldo em 31 Dez 14

Saldo em 31

Dez 13

Amortiza-ções do

Exercício

Alienaçõese Abates

Transfe-rências

Regulari-zações

Saldo em 31 Dez 14

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31 Dez 14

Activos Intangíveis

Software 1.309.886 211.087 - - 1.520.973 1.033.962 253.069 - - - 1.287.031 275.924 233.942

Outros Activos Intangíveis 170.500 - - - 170.500 72.100 - - - - 72.100 98.400 98.400

1.480.386 211.087 - - 1.691.473 1.106.062 253.069 - - - 1.359.131 374.324 332.342

Activos Intangíveisem Curso

73.190 431.369 - - 504.559 - - - - - - 73.190 504.559

Total 1.553.576 642.456 - - 2.196.032 1.106.062 253.069 - - - 1.359.131 447.514 836.901

Valor Bruto Amortizações Valor Líquido

Saldo em 31 Dez 12

Aquisições Alienações e Abates

Transfe-rências

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31

Dez 12

Amortiza-ções do

Exercício

Alienaçõese Abates

Transfe-rências

Regulari-zações

Saldo em 31 Dez 13

Saldo em 31 Dez 12

Saldo em 31 Dez 13

Activos Intangíveis

Software 1.183.176 126.710 - - 1.309.886 754.428 279.500 - - 34 1.033.962 428.748 275.924

Outros Activos Intangíveis 170.500 - - - 170.500 72.100 - - - - 72.100 98.400 98.400

1.353.676 126.710 - - 1.480.386 826.528 279.500 - - 34 1.106.062 527.148 374.324

Activos Intangíveisem Curso

- 73.190 - - 73.190 - - - - - - - 73.190

Total 1.353.676 199.900 - - 1.553.576 826.528 279.500 - - 34 1.106.062 527.148 447.514

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, as aquisições ocorridas nos Activos Intangíveis dizem respeito, essencialmente, ao investimento que o Banco está a efectuar nos seus sistemas de informação.

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61BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.9 Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o investimento em empresas filiais registado pelo seu custo de aquisição, corresponde a:

Participação efectiva (%) Custo de aquisição

2014 2013 2014 2013

Atlântico Europa Capital Lux Co 100 100 1.572.086 1.074.383

Total 1.572.086 1.074.383

A Atlântico Europa Capital Lux Co foi constituída em 30 de Julho de 2010, encontrando-se em fase inicial de actividade. O aumento ocorrido em 2014 na rubrica Investimento em Filiais corresponde à realização de suprimentos na empresa participada.

3.10 Activos por impostos correntes e diferidos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

2014 2013

Activos por Impostos Correntes

IRC a Recuperar - 139.347

Outros 126.713 122.015

126.713 261.362

Activos por Impostos Diferidos

Por Diferenças Temporárias 604.682 -

Por Prejuízos Fiscais - 125.810

604.682 125.810

Total 731.395 387.172

O detalhe e o movimento da rubrica de Activos por Impostos Diferidos são apresentados na Nota 3.27.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 62

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.11 Outros activos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Devedores e Outras Aplicações

Cauções 39.321 561.500

Sector Público Administrativo

IVA a Recuperar 90.776 -

Outros Devedores Diversos 3.978.070 7.593.785

4.108.167 8.155.285

Imparidades (Nota 3.15)

Devedores e Outras Aplicações (410.919) (117.873)

3.697.248 8.037.412

Outros Rendimentos a Receber

Por Serviços Bancários Prestados 11.037 37.511

11.037 37.511

Despesas com Encargo Diferido

Rendas 116.196 116.196

Seguros 144.760 112.584

Outras 42.454 35.898

303.410 264.678

Outras Operações a Regularizar

Operações Activas a Regularizar - 16.058

- 16.058

Total 4.011.695 8.355.659

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o saldo da rubrica de provisões para Devedores e Outras Aplicações refere-se a provisões constituídas para saldos por receber de Clientes por prestação de serviços de assessoria financeira.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo da rubrica Outros Devedores Diversos pode ser resumido como segue:

2014 2013

Outros Devedores Diversos

Entidades Relacionadas

Banco Privado Atlântico 2.731.584 4.324.297

Atlântico Europa SGPS 431.083 390.749

Atlântico Europa Capital 16.056 21.822

Outras

Adiantamentos por Conta de Investimentos Financeiros a Realizar 141.387 718.367

Contas a Receber por Serviços Prestados de Assessoria Financeira 541.957 2.016.361

Outros Devedores Diversos 116.003 122.189

Total 3.978.070 7.593.785

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63BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.12 Recursos de Bancos Centrais

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Recursos do Banco de Portugal

Depósitos 84.540.000 130.000.000

Juros a pagar 7.284 12.361

84.547.284 130.012.361

Recursos de outros Bancos Centrais

Depósitos 83.133.569 36.255.529

Juros a pagar 44.472 9.970

83.178.041 36.265.499

Total 167.725.325 166.277.860

Os recursos de outros Bancos centrais correspondem a tomadas de fundos junto do Banco Nacional de Angola.

Os Recursos em Bancos Centrais (excluindo juros a pagar), em vigor em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresentavam um prazo de vencimento residual com a seguinte estrutura:

2014 2013

Até 3 meses 121.184.374 166.255.529

De 3 meses a 1 ano 41.949.195 -

De 1 ano a 5 anos 4.540.000 -

Total 167.673.569 166.255.529

3.13 Recursos de outras instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Recursos de Instituições de Crédito no País

Mercado Monetário Interbancário 24.709.661 -

Recursos a Muito Curto Prazo - 7.251.106

Depósitos 12.784.213 6.634.101

Juros a Pagar 58.269 34.542

37.552.143 13.919.749

Recursos de Instituições de Crédito no Estrangeiro

Recursos a Muito Curto Prazo 6.118.277 28.326.880

Depósitos 62.611.849 25.956.585

Empréstimos 49.256.365 40.098.615

Juros a Pagar 462.907 187.894

118.449.398 94.569.974

Total 156.001.541 108.489.723

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 64

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos Recursos de Outras Instituições de Crédito (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:

2014 2013

Até 3 meses 81.795.154 56.454.103

De 3 meses a 1 ano 65.882.761 43.218.184

De 1 ano a 5 anos 7.802.450 3.400.000

Mais de 5 anos - 5.195.000

Total 155.480.365 108.267.287

Em 31 de Dezembro de 2014, os Recursos a Prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remunerados à taxa de juro média de 1,89% e 0,48%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2013, as taxas de juro médias ascendiam a 2,11% e 2,01% respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica Recursos de Outras Instituições de Crédito inclui saldos com partes relacionadas no montante de 46.588.743 Euros e 41.883.778 Euros, respectivamente.

3.14 Recursos de clientes e outros empréstimos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Depósitos à Ordem 78.140.901 40.137.358

Depósitos a Prazo 95.070.241 54.794.645

Operações de Venda com Acordo de Recompra - 724.482

Cheques e Ordens a Pagar 310.575 99.603

Juros a Pagar 245.447 236.208

Total 173.767.164 95.992.296

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:

2014 2013

Até 3 meses 118.683.437 71.195.665

De 3 meses a 1 ano 46.912.514 22.665.669

De 1 ano a 5 anos 7.925.766 1.894.754

Total 173.521.717 95.756.088 Em 31 de Dezembro de 2014, os Depósitos a Prazo em Euros e Dólares Norte Americanos eram remunerados à taxa de juro média de 1,53% e 1,02%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os 5 Clientes com maior volume de depósitos representavam cerca de 40% e 37% do total de Depósitos de Clientes.

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65BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.15 Provisões e imparidades

O movimento ocorrido nas Provisões e nas Imparidades durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

2014

Saldos em31 Dez. 13 Reforços Reposições e

anulações Utilizações Diferençascambiais

Saldos em31 Dez. 14

Crédito Concedido

Riscos Gerais de Crédito 791.989 1.582.278 (897.296) - - 1.476.971

Risco Op. Fora de Balanço 838.388 932.111 (600.983) - - 1.169.516

1.630.377 2.514.389 (1.498.279) - - 2.646.487

Imparidades:

Risco País

Crédito a Clientes 691.395 639.824 (188.807) - - 1.142.412

Aplicações em Instituições de Crédito

30.876 183.010 (144.914) - - 68.972

Crédito e Juros Vencidos 37.378 192.864 (218.280) (1.813) - 10.149

Devedores e Outras Aplicações 117.873 277.026 - - 16.020 410.919

877.522 1.292.724 (552.001) (1.813) 16.020 1.632.452

Total 2.507.899 3.807.113 (2.050.280) (1.813) 16.020 4.278.939

O movimento ocorrido nas Provisões e Imparidades durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi o seguinte:

2013

Saldos em31 Dez. 12 Reforços Reposições e

anulaçõesTrasnferên-

ciasOutros

MovimentosSaldos em31 Dez. 13

Crédito Concedido

Riscos Gerais de Crédito 302.310 539.819 (50.140) - - 791.989

Risco Op. Fora de Balanço - 842.991 (4.603) - - 838.388

302.310 1.382.810 (54.743) - - 1.630.377

Imparidades:

Risco País

Crédito a Clientes 460.140 296.844 (65.588) - (1) 691.395

Aplicações em Instituições de Crédito

- 30.876-

- - 30.876

Crédito e Juros Vencidos 21.015 39.367 (23.004) - - 37.378

Devedores e Outras Aplicações - 117.873 - - - 117.873

481.155 484.960 (88.592) - (1) 877.522

Total 783.465 1.867.770 (143.335) - (1) 2.507.899

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 66

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.16 Passivos por impostos correntes e diferidos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Passivos por Impostos Correntes

Estimativa de Imposto a Pagar 1.175.972 429.832

Tributação Autónoma 152.768 89.885

1.328.740 519.717

Passivos por Impostos Diferidos

Por Diferenças Temporárias 1.727.544 480.934

Total 3.056.284 1.000.651

3.17 Outros passivos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Credores e Outros Recursos

Sector Público Administrativo

IVA a Pagar - 81.534

Retenção de Impostos na Fonte 143.452 141.879

Contribuições para a Segurança Social 106.933 109.434

Cobranças por Conta de Terceiros 433 333

Credores Diversos

Fornecedores Conta Corrente 8.594.375 .1.365.761

Outros Credores 2.649 -

8.847.842 1.698.941

Encargos a Pagar

Por Gastos com Pessoal 1.632.810 1.530.804

Por Gastos Gerais Administrativos 443.449 218.504

2.076.259 1.749.308

Receitas com Rendimento Diferido

Outras 8.006 -

8.006 -

Outras Operações a Regularizar

Operações Passivas a Regularizar 739.915 150.005

739.915 150.005

Total 11.672.022 3.598.254

Em 31 de Dezembro de 2014 a rubrica Credores Diversos - Fornecedores Conta Corrente inclui um saldo de 7.679.878 Euros, correspondente ao valor por liquidar referente à aquisição do edifício sede do Banco (Nota 3.7). Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica Credores Diversos - Fornecedores Conta Corrente inclui um saldo de 833.877 Euros com o Banco Privado Atlantico, S.A., e totalmente liquidado no exercício de 2014.

Em 31 de Dezembro de 2014, o saldo da rubrica Encargos a Pagar - Por Gastos Com o Pessoal inclui 175.331 Euros correspondente a parte do prémio do exercício de 2012e 2013 cujo pagamento é diferido por 3 anos, conforme política de remunerações em vigor.

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67BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.18 Contas extrapatrimoniais

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2014 2013

Garantias Prestadas e Outros Passivos Eventuais

Garantias e Avales Prestados 14.532.011 4.552.724

Créditos Documentários 32.954.680 29.309.253

47.486.691 33.861.977

Activos Dados em Garantia 173.841.499 174.529.242

Garantias Recebidas 150.687.563 91.240.927

Compromissos Assumidos perante Terceiros

Linhas de Crédito Irrevogáveis 11.394.066 8.578.377

Responsabilidade Potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 50.322 38.062

11.444.388 8.616.439

Responsabilidades por Prestação de Serviços

Por Depósito e Guarda de Valores 35.334.472 98.106.650

Por Cobrança de Valores 1.896.007 -

37.230.479 98.106.650

Serviços Prestados por Terceiros

Titulos da Carteira de Clientes 35.334.472 98.106.650

Titulos da Carteira Própria 204.585.819 215.783.196

239.920.291 313.889.846

Total 660.610.911 720.245.081

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Banco dispunha de uma linha de crédito intradiário não utilizada junto do Banco de Portugal no valor de 1.000.000 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo da rubrica de Activos Dados em Garantia inclui:

• Títulos dados em garantia ao sistema europeu de bancos centrais, no montante de 173.724m Euros e 174.428m Euros, respectivamente, para obtenção de financiamento. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor atribuído pelo Banco de Portugal aos activos colaterizados ascendia a 168.081m Euros e 166.992 m Euros, respectivamente.

• Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemização aos Investidores, no montante de 116m Euros e 102m Euros, respectivamente.

3.19 Capital e outros instrumentos de capital

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:

2014 2013

Entidade Número de Acções Montante % Número de Acções Montante %

Atlântico Europa SGPS S.A. 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%

Total 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 68

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.20 Reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

2014 2013

Reservas de Reavaliação 5.047.139 1.267.916

Outras Reservas - Reserva Legal 288.963 70.108

Resultados Transitados (1.471.901) (3.441.589)

Total 3.864.201 (2.103.565)

Conforme deliberado na Assembleia Geral de 31 de Março de 2014, o resultado líquido do exercício de 2013, no montante 2.188.543 Euros foi aplicado da seguinte forma:

• 218.854 Euros, correspondentes a 10% do resultado foi afecto à rubrica de Reservas Legais• 1.969.689 Euros correspondentes a 90% do resultado foi afecto à rubrica de Resultados Transitados

De acordo com a legislação em vigor, o Banco deverá destinar uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício, à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não está disponível para distribuição, excepto em caso de liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentar o capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe da rubrica de Reservas de Reavaliação é como se segue:

2014 2013

Reservas de Reavaliação

Resultantes da Valorização ao Justo Valor de Activos FinanceirosDisponíveis para Venda (nota 3.4)

Instrumentos de Dívida 6.774.684 1.748.850

Títulos 6.774.684 1.748.850

Reservas por Impostos Diferidos

Resultantes da Valorização ao Justo Valor de Activos FinanceirosDisponíveis para Venda

Impostos Diferidos Passivos (nota 3.16) (1.727.545) (480.934)

(1.727.545) (480.934)

Total 5.047.139 1.267.916

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69BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

3.21 Margem financeira

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Juros e Rendimentos Similares

Disponibilidades em Bancos Centrais 3.434 10.671

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 8.638 11.203

Aplicações em Instituições de Crédito 606.297 414.727

Crédito a Clientes 6.056.097 4.172.058

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 5.600.877 6.890.093

12.275.343 11.498.752

Juros e Encargos Similares

Recursos de Bancos Centrais (919.089) (184.829)

Recursos de Outras Instituições de Crédito (1.905.459) (1.781.249)

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (1.411.197) (885.990)

Disponibilidades (491) (240)

(4.236.236) (2.852.308)

Total 8.039.107 8.646.444

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo da rubrica de Juros e Rendimentos Similares inclui cerca de 100m Euros e 48m Euros referentes a juros de operações que se encontravam vencidas com referência ao final de cada exercício.

3.22 Rendimentos e encargos com serviços e comissões

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

2014 2013

Comissões Recebidas

Por Garantias Prestadas Créditos Documentários Abertos 780.195 400.243

Por Serviços Prestados

Transferência de Valores 324.550 96.915

Operações de Crédito 809.416 447.772

Depósito e Guarda de Valores 113.902 116.428

Montagem de Operações 55.242 -

Anuidades 4.600 600

Gestão de Cartões 4.189 -

Por Operações Realizadas por Conta de Terceiros 86.143 118.465

Outras Comissões Recebidas 223.695 217.749

2.401.932 1.398.172

Comissões pagas

Por Compromissos Assumidos por Terceiros - (4.267)

Por Serviços Bancários Prestados por Terceiros (33.041) (29.527)

Outras Comissões Pagas (152.154) (116.812)

Total (185.195) (150.606)

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica Comissões Recebidas – Por Operações Realizadas Por Conta De Terceiros refere-se,essencialmente, a comissões cobradas pela assessoria na montagem e estruturação da aquisição de uma participação de capital.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 70

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica Comissões Recebidas – Por Operações De Crédito inclui o montante de 696.755 Euros e 374.200 Euros, respectivamente, referentes a comissões de abertura de crédito.

3.23 Resultados em operações financeiras

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Ganhos e Perdas em Operações Financeiras

Ganhos e Perdas de Reavaliação Cambial (1.790.699) 2.711.883

Resultados de Alienação de Outros Activos 6.915 -

Ganhos e Perdas em Activos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados 2.999.773 (2.124.604)

Ganhos e Perdas em Activos Financeiros Disponíveis Para Venda 4.889.646 5.930.284

Total 6.105.635 6.517.563

3.24 Outros resultados de exploração

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Outros Rendimentos de Exploração

Ganhos em Activos Não Financeiros - 1.013

Outras Receitas Operacionais 4.381.957 4.429.134

4.381.957 4.430.147

Outros Encargos de Exploração

Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (18.750) (34.244)

Quotizações e Donativos (14.582) (6.070)

Perdas em Activos Financeiros - (24.676)

Impostos Indirectos (45.864) (40.686)

Outros Encargos e Gastos Operacionais (95.189) (1.016.920)

(174.385) (1.122.596)

Total 4.207.572 3.307.551

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o saldo da rubrica Outras Receitas Operacionais inclui o montante de 3.094.468 Euros e 2.845.771 Euros, respectivamente, que corresponde essencialmente à remuneração obtida pelo Banco nos serviços prestados em regime de subcontratação ao Banco Privado Atlântico (Angola), S.A. Em 31 de Dezembro de 2013 o saldo da rubrica “Outros Encargos E Gastos Operacionais” respeita essencialmente a um serviço prestado pelo Privado Atlântico (Angola), S.A.

3.25 Custos com pessoal

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Remunerações dos Órgãos de Gestão e Fiscalização 447.659 534.450

Remunerações a Empregados 4.421.935 4.690.096

Encargos Sociais Obrigatórios 1.039.568 990.292

Outros Custos Com o Pessoal 296.658 256.134

Total 6.205.820 6.470.972

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71BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o número de efectivos ao serviço do Banco, distribuído pelas respectivas categorias profissionais, era o seguinte:

2014 2013

Administradores 3 3

Quadros Superiores 20 20

Quadros Técnicos e Administrativos 81 75

Total 104 98

3.26 Gastos gerais admnistrativos

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Gastos Gerais Administrativos

Com Fornecimentos

Água, Energia e Combustíveis 79.836 84.746

Material de Consumo Corrente 28.634 47.094

Publicações 7.111 30.196

Material de Limpeza e Higiene 883 2.086

Outros Fornecimentos e Serviços de Terceiros 33.918 43.115

Com Serviços

Rendas e Alugueres 1.827.984 1.742.388

Consultoria 1.807.326 1.783.854

Comunicações 932.558 996.742

Deslocações, Estadas e Representações 485.224 929.743

Publicidade e Edição de Publicações 389.422 423.858

Segurança, Vigilância e Limpeza 223.584 234.612

Informações 206.287 209.372

Auditoria Externa 121.294 62.839

Conservação e Reparação 116.431 138.377

Informática 92.682 48.329

Formação 90.977 77.854

SIBS 82.116 82.436

Outros Serviços de Terceiros 67.112 170.474

Seguros 32.605 28.923

Serviços Judiciais, Contencioso e Notariado 16.881 24.267

Mão de Obra Eventual 9.507 11.742

Estudos e Consultas 8.602 -

Transportes 3.093 -

Total 6.664.067 7.173.047

O saldo da rubrica Rendas e Alugueres inclui as rendas do contrato de arrendamento do edifício sede do Banco. A renda anual actual ascende a cerca de 1.350m Euros, actualizada de acordo com o nível de inflação. Este contrato foi revogado em 30 de Dezembro de 2014 com a celebração do contrato CPCV de aquisição do edifício (nota 3.7).

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 72

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Os honorários totais facturados e a facturar pelo Revisor Oficial de Contas, relativos ao exercício de 2014, ascenderam a 121.294 Euros, sendo detalhados conforme se segue:

Revisão Legal de Contas Anuais 29.705

Outros Serviços de Garantia de Fiabilidade 91.589

Total 121.294

3.27 Imposto sobre lucro

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos. As principais situações geradoras desses ajustamentos estão relacionadas com as Provisões, nomeadamente: (i) no âmbito do artigo 35º-A do Código de IRC não são aceites como custo fiscal do exercício as provisões para risco específico e risco-país no que respeita a créditos cobertos por direitos reais sobre bens imóveis, e (ii) de acordo com as disposições do artigo 34º do Código de IRC, não são consideradas como custo fiscal as provisões para riscos gerais de crédito.

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, nos exercícios de 2014 e2013, podem ser apresentados como segue:

2014 2013

Impostos Correntes

Do Exercício

Estimativa de Imposto a Pagar (1.667.913) (429.832)

Tributação Autónoma (152.768) (89.884)

Contribuição para o Sector Bancário (221.143) (128.209)

Correcções de Exercícios Anteriores 32.935 (22.407)

(2.008.889) (670.332)

Impostos diferidos

Por Diferenças Temporárias 604.682 -

Prejuízos Fiscais Reportáveis Reconhecidos / (Utilizados) (125.810) (828.196)

Alteração da Taxa de Imposto - (10.940)

478.872 (839.136)

Total (1.530.017) (1.509.468)

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73BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como segue:

2014 2013

Taxa deImposto Valor Taxa de

Imposto Valor

Resultado Antes de Impostos 5.284.506 3.698.011

Imposto Apurado com Base na Taxa Nominal 24,50% 1.294.704 26,50% 979.973

Contribuição para o Sector Bancário 4,18% 221.143 3,47% 128.209

Derrama Estadual 2,90% 153.093 2,37% 87.511

Tributação Autónoma 2,89% 152.768 2,43% 89.884

Imposto Corrente de Exercícios Anteriores 0,17% 8.891 0,61% 22.407

Reintegrações não Aceites Fiscalmente 0,12% 6.125 0,57% 20.909

Efeito da Alteração de Taxa nos Impostos Diferidos - - 0,30% 10.940

Outros Custos e Proveitos não Tributáveis 1,19% 63.046 0,35% 13.060

Imparidades e Provisões não Aceites Fiscalmente -5,18% (273.998) 5,17% 191.313

Benefícios Fiscais (Criação Líquida de Emprego) -1,19% (62.820) -1,62% (59.826)

Correcções de Exercícios Anteriores -0,62% (32.935) 0,68% 25.088

Total 28,95% 1.530.017 40,82% 1.509.468

Em 31 de Dezembro de 2014 o movimento dos Impostos Diferidos apresenta-se como se segue:

Saldo31/12/2013

Por Resultados Por Reservas Saldo31/12/2014

Custos Proveitos Aumentos Diminuições

Impostos Diferidos Activos

Prejuízos Fiscais Reportáveis 125.810 (125.810) - - - -

Provisões e Imparidades Tributadas - - 587.985 - - 587.985

Pagamentos Diferidos aColaboradores

- - 16.697 - - 16.697

125.810 (125.810) 604.682 - - 604.682

Impostos Diferidos Passivos

Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda

(480.934) (1.279.384) 26.692 3.133.492 (634.190) (1.727.544)

(480.934) (1.279.384) 26.692 3.133.492 (634.190) (1.727.544)

Total (355.124) (1.405.194) 631.374 3.133.492 (634.190) (1.122.862)

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), excepto quanto a exercícios de reporte de prejuízos fiscais, em que o prazo de caducidade é de seis anos. Deste modo, as declarações fiscais do Banco relativas aos anos de 2009 a 2014 poderão vir a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

A recuperabilidade dos activos por impostos diferidos encontra-se suportada por um plano de negócios elaborado pelo Conselho de Administração, de acordo com o qual o Banco irá gerar lucro tributável suficiente para recuperar a totalidade dos activos por impostos diferidos por prejuízos fiscais nos prazos legalmente definidos.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 74

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

4. Entidades Relacionadas (IAS 24)

Saldos com entidades relacionadasNos termos da IAS 24, são consideradas partes relacionadas do Banco, a Atlântico Europa SGPS, S.A. e suas participadas, o Banco Privado Atlântico (Angola), S.A. e os titulares de Órgãos Sociais do Banco, que se discriminam abaixo:

Conselho de AdministraçãoCarlos José da SilvaBaptista Muhongo Sumbe (em funções até 31/12/2013)André Navarro (em funções até24/03/2014)Diogo Baptista Russo Pereira da Cunha (em funções desde 25/03/2014)Augusto Costa Ramiro BaptistaMaria da Graça Ferreira Proença de Carvalho

Conselho FiscalMário Jorge Carvalho de AlmeidaFernando Augusto de Sousa Ferreira PintoMaria Cândida de Carvalho PeixotoJoão Maria Francisco Wanassi (com funções suplente a partir de 24/04/2013)

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75BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2014, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:

2014

BPA S.A.Atlântico

Europa SGPS, S.A.

AtlânticoEuropa Capital

SGPS, S.A..

AtlânticoEuropa Capital

LUX, S.A.R.L.

Atlantico AssetManagement,

S.A.R.L..

AdvisoryPartners,

S.A.R.L.

ÓrgãosSociais Total

Activos

Crédito a Clientes (Nota 3.6) - - - - 761 - 569 1.330

Investimentos em Filiais,Associadas e Entidades sobControlo Conjunto

- - - 1.572.086 - - - 1.572.086

Outros Activos (Nota 3.11) 2.731.584 431.083 16.056 - - - 13.866 3.192.589

2.731.584 431.083 16.056 1.572.086 761 - 14.435 4.766.005

Passivos

Recursos de Outras Instituições de Crédito (Nota 3.13) 46.588.743 - - - - - - 46.588.743

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (Nota 3.14) - - - 15.308 3.512 3.910 2.650.363 2.673.093

Outros Passivos (Nota 3.17) - - - - - - - -

46.588.743 - - 15.308 3.512 3.910 2.650.363 49.261.836

Capital Próprio

Capital (Nota 3.19) - 50.000.000 - - - - - 50.000.000

- 50.000.000 - - - - - 50.000.000

Proveitos

Juros e Rendimentos Similares (Nota 3.21) 217.019 - - - - - 194 217.213

Rendimentos de Serviços eComissões (Nota 3.22) 220.579 - - 344 - 20 20.583 241.526

Outros Resultados de Exploração (Nota 3.24) 3.094.468 - - - - - - 3.094.468

Resultados Cambiais 267.700 - - 93 - - 2.847 270.640

3.799.766 - - 437 - 20 23.624 3.823.847

Custos

Juros e Gastos Similares(Nota 3.21) 372.394 - - - - - 6.446 378.840

Custos com Pessoal (Nota 3.25) - - - - - - 447.659 447.659

Outros Resultados de Exploração (Nota 3.24) 379 - - - - - 45 424

372.773 - - - - - 454.150 826.923

Extrapatrimoniais

Créditos Documentários(Nota 3.18) 14.653.709 - - - - - - 14.653.709

Depósito e Guarda de Valores (Nota 3.18)(Nota 3.21)

- - - - - - 720.855 720.855

Total 14.653.709 - - - - - 720.855 15.374.564

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais encontram-se descriminadas no Relatório de Gestão. As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado à respectiva data.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 76

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2013, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os seguintes saldos com entidades relacionadas:

2013

BPA S.A.Atlântico

Europa SGPS,S.A.

AtlânticoEuropa Capital

SGPS, S.A..

AtlânticoEuropa Capital

LUX, S.A.R.L.

ÓrgãosSociais Total

Activos

Crédito a Clientes (Nota 3.6) - - - - 1.264 1.264

Investimentos em Filiais, Associadas e Entidades sob Controlo Conjunto - - - 1.572.086 - 1.572.086

Outros Activos (Nota 3.11) 2.807.166 431.083 16.056 - - 3.254.305

2.807.166 431.083 16.056 1.572.086 1.264 4.827.655

Passivos

Recursos de Outras Instituições de Crédito(Nota 3.13) 41.883.788 - - - - 41.883.788

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos(Nota 3.14) - - - 31.143 1.883.054 1.914.197

Outros Passivos (Nota 3.17) 833.877 - - - - 833.877

42.717.665 - - 31.143 1.883.054 44.631.862

Capital Próprio

Capital (Nota 3.19) - 50.000.000 - - - 50.000.000

- 50.000.000 - - - 50.000.000

Proveitos

Juros e Rendimentos Similares (Nota 3.21) 6.680 - - - - 6.680

Rendimentos de Serviços e Comissões (Nota 3.22) 144.863 - - 290 - 145.153

Outros Resultados de Exploração (Nota 3.24) 2.845.771 - - - - 2.845.771

2.997.314 - - 290 - 2.997.604

Custos

Juros e Gastos Similares (Nota 3.21) 214.014 - - - - 214.014

Custos com Pessoal (Nota 3.25) - - - - 447.659 447.659

Outros Resultados de Exploração (Nota 3.24) 1.002.654 - - - - 1.002.654

1.216.668 - - - 447.659 1.664.327

Extrapatrimoniais

Créditos Documentários (Nota 3.18) 20.378.029 - - - - 20.378.029

Depósito e Guarda de Valores (Nota 3.18)(Nota 3.21) - - - - 1.630.317 1.630.317

Total 20.378.029 - - - 1.630.317 22.008.346

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais encontram-se discriminadas no Relatório de Gestão. As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado à respectiva data.

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77BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

5. Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros

Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à atividade do Banco

A gestão dos riscos financeiros acompanha a cadeia de valor do Banco, tendo como base a definição prévia de um perfil de risco aprovado pelo Conselho de Administração do Banco que estabelece limites de exposição e níveis de tolerância, tendo em conta a estratégia definida e a regulamentação em vigor, suportando e direcionando um primeiro nível de gestão do risco ao nível das áreas comerciais.

Este primeiro nível de gestão do risco é depois complementado, na aceitação do risco, pela atividade da área responsável pela gestão do risco que, de forma independente e assegurando as boas práticas de segregação de funções, analisa as diferentes exposições, considerando o risco que lhes está inerente, e avalia os potenciais impactos sobre os níveis de liquidez e solvabilidade do Banco.

De forma complementar, é realizada uma monitorização permanente e sistemática da atividade, identificando os fatores de risco internos e externos que se revelem significativos e mensurando potenciais efeitos negativos que estes possam originar no balanço do Banco.

Procurando dar resposta aos requisitos de reporte identificados ao nível dos princípios das IFRS 7 referentes a instrumentos financeiros, procede-se de seguida a uma divulgação mais detalhada de alguns indicadores de risco associados à atividade do Banco: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, expondo-se de que forma estes são geridos e monitorizados. No caso específico do risco de crédito, incorporam-se as divulgações obrigatórias relativas ao apuramento da imparidade associada ao crédito a clientes, nos termos da Carta Circular nº 2/14/DSPDR do Banco de Portugal. Complementa-se esta divulgação com um subcapítulo específico sobre a valorização a justo valor do balanço do Banco.

Risco de crédito

O risco de crédito representa a possibilidade de ocorrerem perdas no valor do ativo do Banco, em consequência do incumprimento das obrigações contratuais, por motivos de insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou coletivas de honrar os compromissos estabelecidos.

Na perspetiva de assegurar um crescimento e evolução sustentada da sua carteira de crédito, o Banco, ao longo do ano de 2014 manteve as suas políticas de concessão de crédito e acompanhamento da evolução do crédito concedido.

Ao nível da concessão, a aprovação das operações de crédito manteve-se centralizada ao nível do Comité de Crédito da instituição, existindo uma delegação de poderes para um conjunto específico de operações de risco mais reduzido, desde que cumpram um conjunto de critérios pré-estabelecidos.

Não se verificaram alterações ao nível da política de concessão, mantendo-se o foco nas operações sustentadas na relação comercial entre Portugal e Angola, assegurando a existência de uma operativa transacional e de fluxos financeiros que assegurem o devidocumprimento do serviço da dívida, minimizando assim o risco de incumprimento.

Ainda ao nível da concessão, manteve-se o foco na diversificação da carteira de crédito, procurando assegurar que na atual fase de evolução e crescimento da atividade se mitiga o risco de concentração excessiva a determinados sectores económicos ou grupos de clientes, e no assegurar de um nível de cobertura significativo da exposição ao risco de crédito por garantias reais ou pessoais.

Manteve-se igualmente a política conservadora de assumir exposição a maturidades não superiores a dez anos, sendo exceção as operações de crédito hipotecário onde as maturidades médias se estendem a quinze anos. Ao nível do segmento de empresas, privilegia-se a concessão de linhas de crédito de curto prazo com possibilidade de denúncia, com períodos de renovação compreendidos entre seis meses e um ano.

Ao nível do acompanhamento do crédito concedido, o Banco procedeu ao reforço dos mecanismos de controlo e quantificação do risco de crédito, desenvolvendo e aperfeiçoando ferramentas de gestão, tais como o sistema de alertas para o risco de incumprimento, o modelo de quantificação da imparidade do crédito, ou o sistema de gestão e valorização das garantias recebidas.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 78

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A gestão do risco de crédito continuou assim a ser uma prioridade em 2014, desempenhando as ferramentas supracitadas e outras já existentes um papel preponderante quer no suporte à assunção de novos riscos quer no acompanhamento de riscos já assumidos.

Qualidade do crédito e nível de provisionamento

O processo de avaliação de risco de crédito acompanha diferentes partes da cadeia de valor do Banco, iniciando-se ao nível das áreas comerciais, através de uma análise cuidada do cliente e da operação, à luz das políticas de concessão de crédito e do perfil de risco definidos pelo Banco, periodicamente revistos e atualizados. Todas as propostas de crédito são submetida para apreciação da área de Risco, responsável pela análise e emissão de um parecer consultivo independente que serve de suporte à decisão de aprovação, responsabilidade do Comité de Crédito do Banco.

A monitorização e acompanhamento do crédito concedido é igualmente responsabilidade da área de Risco, que dispõe de um conjunto de mecanismos e ferramentas de controlo e mensuração do risco que permitem proceder a uma análise permanente dos clientes e respetivas operações, detetando sinais de alerta que possibilitam a identificação, de forma atempada, de situações que possam impactar a atividade regular do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição ao risco de crédito, por tipo de instrumento financeiro, tinha a seguinte composição:

2014

ActivoValor Contabilístico

BrutoProvisões e

Imparidades (1)Valor Contabilístico

Líquido

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.457.994 - 6.457.994

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - 38.193.190

Activos Financeiros Detidos para Negociação 1.622.083 - 1.622.083

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 237.177.754 - 237.177.754

Aplicações em Instituições de Crédito 146.715.589 (68.972) 146.646.617

Crédito a Clientes 115.619.273 (2.459.021) 113.160.252

Total do Activo 545.785.883 (2.527.993) 543.257.890

Garantias e Avales Prestados 14.532.011 (130.854) 14.401.157

Linhas de Crédito não Utilizadas 11.394.066 (149.048) 11.245.018

Créditos Documentários 32.954.680 (1.060.125) 31.894.555

Total Extrapatrimoniais 58.880.757 (1.340.027) 57.540.730

Total 604.666.640 (3.868.020) 600.798.620

(1) As provisões para crédito a clientes incluem provisões para riscos gerais de crédito (crédito concedido).

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79BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2013, a exposição ao risco de crédito, por tipo de instrumento financeiro, pode ser resumida da seguinte forma:

2013

ActivoValor Contabilístico

BrutoProvisões e

Imparidades (1)Valor Contabilístico

Líquido

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 12.151.878 - 12.151.878

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 31.558.462 - 31.558.462

Activos Financeiros Detidos para Negociação 77.680 - 77.680

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 208.015.640 - 208.015.640

Aplicações em Instituições de Crédito 86.583.533 (30.876) 86.552.657

Crédito a Clientes 74.737.538 (1.435.019) 73.302.519

Total do Activo 413.124.731 (1.465.895) 411.658.836

Garantias e Avales Prestados 4.552.724 (66.378) 4.486.346

Linhas de Crédito não Utilizadas 8.578.377 (88.933) 8.489.444

Créditos Documentários 29.309.253 (768.820) 28.540.433

Total Extrapatrimoniais 42.440.354 (924. 131) 41.516.223

Total 455.565.085 (2.390.026) 453.175.059

(1) As provisões para crédito a clientes incluem provisões para riscos gerais de crédito (crédito concedido).

No âmbito da actividade de concessão de crédito, em função da tipologia e do nível de risco de cada operação, o Banco impõe requisitos específicos aos clientes para a constituição de garantias. Considerando as operações em carteira em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 (excluindo juros e comissões associadas ao custo amortizado e provisões e imparidades), a distribuição por tipo de garantia recebida era a seguinte:

2014 2013

Tipo de Garantia Montante % Montante %

Colateral Financeiro 37.913.350 33% 23.890.600 32%

Colateral Real - Hipotecário 31.587.483 28% 11.719.190 16%

Colateral Real - Não Hipotecário - 0% 6.916.337 9%

Garantia Pessoal - Prestada por Estado ou Instituição Financeira

11.679.317 10% 441.551 1%

Garantia Pessoal - Prestada por Empresa ouParticular

10.091.450 9% 12.052.066 16%

Outras Garantias 7.673.881 7% 8.492.575 11%

Sem Garantias 15.882.782 14% 10.706.145 14%

Descontos de Cartas de Crédito 9.482.942 8% 4.675.896 6%

Outros 6.399.840 6% 6.030.249 8%

Total 114.828.263 100% 74.218.464 100%

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 80

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A carteira própria do Banco, composta por títulos de dívida, é também monitorizada de forma continuada no âmbito da gestão do risco de crédito. A 31 de Dezembro de 2014, a distribuição por grau de qualidade do crédito, segundo critérios estabelecidos no contexto do Regulamento nº 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, era a seguinte:

2014 2013

Grau de Qualidade do Crédito Exposição (1) Imparidade Exposição (2) Imparidade

1 - - - -

2 - - - -

3 182.937.024 - 168.904.560 -

4 29.657.481 - 16.807.402 -

5 - - - -

6 - - - -

N/D 24.583.249 - 22.303.678 -

Total 237. 177.754 - 208.015.640 -

(1) Considerando a classificação dos títulos emitida pela Moody’s, Standard & Poor’s e a Fitch, por esta ordem, de acordo com a disponibilidade de informação.(2) Considerando a classificação dos títulos emitida pela Standard & Poor’s.

Imparidade da carteira de crédito a clientes

No final de 2014 o total de crédito a clientes concedido ascendia a 173,7 M.€, dos quais 58,5M.€ correspondiam a exposição extrapatrimonial.

Igualmente nessa data o valor do crédito a clientes vencido há mais de 90 dias totalizava 27.987 €, o que equivalia a um rácio de 0,016% sobre a exposição total de crédito concedido.

O rácio de crédito em risco, para essa mesma data, ascendia a 0,84%, e o rácio de crédito vencido total a 0,16%.

Ainda que o conceito não tenha efeito direto nas demonstrações financeiras, pelo facto do relato financeiro ser efetuado segundo as Normas de Contabilidade Ajustada e não segundo as Normas Internacionais de Contabilidade, o Banco adota uma abordagem de quantificação de imparidade na gestão do risco de crédito, e apresenta, no presente relatório, as divulgações determinadas pelo Banco de Portugal na Carta Circular n.º 2/14/DSPDR.

Nesse âmbito, a estimativa de imparidade acumulada associada à carteira de crédito com referência a 31 de Dezembro de 2014 totalizava 1.816.781 €, o que corresponde a aproximadamente 1,58% do total de exposição patrimonial da carteira de crédito do Banco e cerca de 180% do valor de crédito em risco.

Descreve-se de seguida a abordagem de quantificação de imparidade adotada pelo Banco, bem como as divulgações determinadas na referida Carta Circular.

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81BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Abordagem de quantificação da imparidade

A metodologia compreende duas tipologias complementares de análise - análise individual e análise coletiva - consoante a avaliação da ocorrência de indícios de incumprimento e a quantificação das perdas seja efetuada caso a caso ou de forma agregada segundo uma tipificação prévia de clientes e operações (segmentos).

São assim alvo de análise individual todas as exposições de clientes, individualmente significativas, ou seja, que verifiquem pelo menos uma das seguintes condições:

• Operação de crédito superior ou igual ao threshold de operação em EUR ou valor equivalente noutra divisa (2,000,000 EUR);• Cliente com um volume global de exposição de crédito superior ou igual ao threshold de cliente em EUR ou valor equivalente

noutra divisa (5,000,000 EUR).

As operações que não sejam consideradas individualmente significativas, segundo este critério, são incluídas no contexto da análise coletiva.

Em ambas as abordagens é verificada a ocorrência de pelo menos um dos seguintes indícios ou evidências objetivas de incumprimento – triggers de imparidade:

• Trigger 1. Cliente que tenha observado pelo menos um dos triggers (2-13) de imparidade nos últimos 2 meses;• Trigger 2. Cliente com cheques devolvidos ou com inibição do uso de cheques no Banco de Portugal;• Trigger 3. Cliente com dívida ao Fisco e/ou Segurança Social em incumprimento ou com situações de penhora de saldos

superiores a 500EUR;• Trigger 4. Cliente com créditos renegociados em carteira – no Banco ou no sistema financeiro, segundo Central de

Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal (CRC);• Trigger 5. Cliente com crédito renegociado por dificuldade financeira do cliente ou que tenha sido incorporado em

Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI) - segmento de particulares;• Trigger 6. Cliente com ultrapassagem de crédito superior ou igual a 250 EUR por um período superior a 14 dias;• Trigger 7. Cliente com situação de crédito vencido de montante superior a 250 EUR por um prazo superior ou igual a 30 dias;• Trigger 8. Cliente com situação de crédito vencido na CRC, classificados em classe inferior ou igual a 2 (atraso inferior ou igual

a 60 dias) e montante superior a 250 EUR;• Trigger 9. Cliente com situação de crédito vencido na CRC, classificados em classe superior ou igual a 3 (atraso superior a 60

dias) e montante superior a 250 EUR;• Trigger 10. Clientes com situação de crédito abatido no sistema bancário, segundo CRC e montante superior a 250 EUR;• Trigger 11.1 Decréscimo superior a 20% no nível original de cobertura da operação por garantia real (e cobertura atual

<100%);• Trigger 12. Redução superior a 25% no volume de negócios face a período homólogo (segmento de empresas);• Trigger 13. Outros indícios não capturados nos triggers anteriores.

Na análise individual, caso se verifique a ocorrência de triggers de imparidade numa ou mais operações de um determinado cliente, todas as operações desse cliente são classificadas como revelando indícios, procedendo-se à avaliação e quantificação da respetiva perda incorrida.

Nessa quantificação, a estimação da perda por imparidade deve resultar na diferença entre o valor da exposição à data de referência e o valor presente dos cashflows estimados. A estimação dos cashflows é realizada caso a caso, em função do tipo e particularidades da operação, devendo ter-se em consideração, entre outros os seguintes efeitos: mitigação do risco por garantias reais ou pessoais, perspetivas de evolução do negócio ou de evolução do património, efeito de restruturações ou variações das características dos contratos.

De forma complementar, considerando os critérios de acréscimo na quantificação da imparidade, estabelecidos pelo Banco de Portugal nos termos da Carta Circular 2/14/DSPDR, são apurados potenciais valores de incrementos de imparidade a considerar.Caso não se verifique a ocorrência de nenhum dos triggers supracitados, as exposições são incluídas no contexto da análise coletiva, realizando-se nessa situação uma quantificação complementar.

No contexto da análise coletiva, as operações são classificadas, em função das suas características e perfil de risco, em segmentos aos quais são associados parâmetros de risco para posterior apuramento do valor da imparidade (2).

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 82

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Não existindo histórico de incumprimento representativo no Banco para calibração estatística de ponderadores de risco, a metodologia de definição destes ponderadores e consequentemente de quantificação coletiva da imparidade reflete a sensibilidade do risco subjacente às operações por parte das áreas que acompanham a carteira de crédito, procurando estabelecer-se padrões de significativa prudência face ao nível de incumprimento observado na carteira. Da mesma forma, por não se adotarem estimativas com base em histórico, não existe definição formal de um período emergente.

(1) A validação destes triggers exige atualização do valor dos colaterais, o que depende naturalmente do momento de revisão das avaliações. No caso de colaterais reais estas podem ser realizadas por avaliação externa ou por avaliação interna mediante informação de mercado. A valorização das garantias é assegurada com uma periodicidade mínima semestral.

(2) No modelo atualmente adotado consideram-se os seguintes critérios de segmentação, por tipo de cliente: Institucionais - residência e país de risco; Particulares - residência e relação património/endividamento; Empresas - residência e sector de atividade.

Na quantificação da imparidade, considera-se ainda o efeito de mitigação do risco por garantias recebidas, aplicando ainda, para o efeito, valores prudentes de haircuts por tipologia de colateral.

A decisão sobre o write-off de uma determinada operação de crédito é responsabilidade do Comité de Crédito do Banco, podendo este ser realizado numa situação em que se identifique evidência objetiva de incobrabilidade dos valores em dívida, no contexto de análise individual, ou sempre que a imparidade constituída cubra a totalidade da exposição.

Divulgações sobre os resultados de quantificação da imparidade

Apresenta-se de seguida um conjunto de quadros de divulgação dos resultados obtidos com a quantificação da imparidade acumulada da carteira de crédito com referência a 31 de Dezembro de 2014.

As divulgações apresentadas são as previstas no enquadramento regulamentar determinado pelo Banco de Portugal na Carta Circular n.º 2/14/DSPDR.

Importa notar que das divulgações previstas não se incluem neste relatório as referentes a: detalhe da carteira de restruturados por medida de reestruturação aplicada e movimentos de entrada e saída na carteira de crédito reestruturado por inexistência de reestruturações no período em análise, e também o detalhe do valor dos imoveis recebidos por dação,igualmente pela inexistência de situações dessa natureza.

Não se inclui também divulgação sobre a distribuição da carteira de crédito por graus de risco interno, pelo facto de estar em curso um projeto de redefinição dos modelos internos de classificação das operações de crédito que se prevê estar concluído no primeiro semestre de 2015.

Considerando a inexistência de histórico de incumprimento que possibilite a estimação de parâmetros de risco (PD e LGD), e tendo o Banco adotado estimativas prudentes que não refletem os valores de incumprimento efetivamente observados ou perspetivados, não se inclui igualmente o quadro de divulgação dos parâmetros de risco associados ao modelo de imparidade.

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83BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Detalhe das exposições e imparidade constituida por segmento:

Exposição a 31.12.2014 Imparidade a 31.12.2014

SegmentoTotal a

31.12.2014Exposição

On-BalanceExposição

Off-BalanceCrédito em

CumprimentoDo qual curado

Do qual reestruturado

Crédito emincumprimento (1)

Do qual reestruturado

Imparidade total

Crédito em cumprimento

Crédito emincumprimento

Institucional 33.792.598     68.994 33.723.604 33.792.598 - - - -      160.965         160.965 -

Empresas 125.090.331 101.559.258 23.531.072 125.090.331 -             146.000 - - 1.213.203 1 213.203 -

dos quais CRE 41.495.529 27.072.958 14.422.571 41.495.529 - - - - 177.772 177.772 -

Particulares 14.895.340 13.269.260 1.626.080 14.867.354 - - 27.987 - 442.613 432.863 9.750

dos quais Habitação 6.444.065 6.444.065 - 6.444.065 - - - - - - -

Total 173.778.629 114.897.512 58.880.757 173.750.283 - 146.000 27.987 - 1.816.781 1.807.031 9.750

Crédito em cumprimento, por nível de atraso verificado

Crédito em

incumpri-mento

Exposição Total Exposição Atraso em [0d; 30d] Atraso em ]30d;90d]Dias de atraso

>90

Imparidade Total

Imparidade, por nível deatraso verificado

SegmentoTotal a

31.12.2014On-balance

a 31.12.2014Off-balance a

31.12.2014Sub-Total Sem Indícios Com Indícios

Sem Indícios

Com Indícios

Sub-Total

Total a 31.12.2014

Atraso em[0d; 30d]

Atraso em]30d; 90d]

Atraso em>90d

Institucional 33.792.598 68.994 33.723.604 33.792.598 33.723.627                    - - 68.972  - 160.965   91.993  68.972 -

Empresas 125.090.331 101.559.258 23.531.072 125.090.331 98.423.081 26.614.792 371 52.087 - 1.213.203 1.210.530 2.672 0

dos quais CRE 41.495.529 27.072.958 14.422.571 41.495.529 29.007.850 12.487.679  - - - 177.772 177.772 - -

Particulares 14.895.340 13.269.260           1.626.080 14 867.354 11.926.990 2.932.837 251 7.275  27.987 442.613 430.199 2.664    9.750

dos quais Habitação

6.444.065 6.444.065 - 6.444.065 6.178.475 265.591 - - - - - - -

Total 173.778.269 114.897.512       58.880.757 173.750.283  144.073.698 29.547.629 662 128.334  27.987          1.816.781   1.732.723 74.308  9.750   

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 84

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Institucional Empresas - CRE Empresas - Outras Particulares - Habitação Particulares - Outros

AvaliaçãoNúmero de ope-rações

Montante *Imparidade

constituída *

Número

de opera-

ções

Montante *Imparidade

constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Individual 1 68.972 68.972 8  10.016.453 95.484 4 35.905.000   913.547 -             -         - 3          510.593     348.185

Colectiva 83 33.723.627 91.993 26 31.479.076    82.288 135 47.689.801 121.884 31 6.444.065 - 534 7.940.682 94.428

Total 84 33.792.598 160.965 34   41.495.529 177.772 139 83.594.801 1.035.431 31 6.444.065 - 537 8.451.275 442.613

Construção e Commercial

Real Estate

Actividades financeiras

e de seguros

Comércio por grosso e a retalho;

reparação de veículos automóveis

e motociclos

Actividades de consultoria,  

científicas, técnicas e similares

Actividades de informação e de

comunicação Outras actividades

Avaliação Montante *Imparidade

constituída *Montante *

Imparidade constituída *

Montante *Imparidade

constituída *Montante *

Imparidade constituída *

Montante *Imparidade

constituída *Montante *

Imparidade constituída *

Individual 10.016.453 95.484 24.198.972 122.531 - - 6.600.000 216.015 5.175.000 643.972 510.593 348.185

Colectiva 31.479.076 82.288 48.156.377 99.956 23.280.571 75.282 1.787.935 11.389 1.501.024 9.832 21.072.269 111.847

Total   41.495.529    177.772 72.355.348 222.487 23.280.571 75.282 8.387.935 227.404 6.676.024 653.804 21.582.862 460.032

Institucional Empresas - CRE Empresas - Outras Particulares - Habitação Particulares - Outros

Ano de

Produção

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

Número de opera-

çõesMontante *

Imparidade constituída *

2010 0     - - 0 - - - -      -         0     -              - 2   510.382 348.041

2011 0 - - 1 3.862.941 - 2 150.000 690 0    -      - 11 265.000 1.376

2012 0 - - 2 5.647.912 14.693 4 1.019.685 7.584 0      -      - 65   1.799.559    4.637

2013 2 832.024 2.395 4 1.255.631 8.359 16 18.595.075 19.877 3 324.725 - 200 1.987.860 11.238

2014 82 32.960.574  158.570 27 30.729.045 154.719 117 63.830.041 1.007.280 28 6.119.341 - 259      3.888.474 77.321

Total 84 33.792.598 160.965  34 41.495.529   177.772 139 83.594.801    1.035.431    31 6.444.065    - 537 8.451.27 5 442.613   

Detalhe da carteira de crédito por segmento e ano de produção:

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por segmento:

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por sector de actividade:

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85BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Construção e Commercial Real Estate Habitação

Imóveis Outros Colaterais Reais Imóveis Outros Colaterais Reais

Justo Valor Garantia Recebida Número Montante* Número Montante* Número Montante* Número Montante*

[ 0 ; 0,5 M€ [ 0 - 5 1.180.730 26 6.029.784 1 98.556

[ 0,5 M€ ; 1 M€ [ 0 - 2 1.311.756 2 1.106.691 0 -

[ 1 M€ ; 5 M€ [ 3 8.218.020 4 10.210.534 2 3.688.259 0 -

[ 5 M€ ; 10 M€ [ 0 - 0 - 0 - 0 -

[ 10 M€ ; 20 M€ [ 0 - 0 - 0 - 0 -

[ 20 M€ ; 50 M€ [ 0 - 0 - 0 - 0 -

[ 50 M€ ; ... [ 0 - 0 - 0 - 0 -

Total 3  8.218.020  11 12.703.020 30 10.824.734 1 98.556

Portugal Angola Luxemburgo China Outros

Avaliação Montante *Imparidade

constituída *Montante *

Imparidade constituída *

Montante *Imparidade

constituída *Montante *

Imparidade constituída *

Montante *Imparidade

constituída *

Individual 15.702.046 1.087.641 6.600.000 216.015  24.130.000     53.559                  -        - 68.972         68.972

Colectiva 62.081.893 188.242 47.152.624 176.366 503.500 3.851 13.078.471 6.629 4.460.764          15.506

Total 77.783.939 1.275.883 53.752.624 392.382 24.633.500 57.410 13.078.471  6.629 4.529.736 84.477   

Detalhe do valor de exposição bruta de crédito e imparidade, por geografia:

Detalhe do valor dos colaterais subjacentes à carteira de crédito dos segmentos de Corporate, Construção e Commercial Real Estate e Habitação:

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 86

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Rácio LTV dos segmentos de Corporate, Construção e CRE e Habitação

Segmento/Rácio LTV (1) Número de Imóveis Crédito em Cumprimento Crédito em Incumprimento Imparidade

Corporate - Outros

Sem Garantia Real ou Pessoal n.a.         16.060.992                                      -      699.433

Garantia Pessoal n.a. 25.086.866                                      -  79.547

Garantia Real 3 42.446.943                                      -      256.451

[ 0%  ; 60% [ 3 1.146.490                                      -      5.149

[ 60%  ; 80% [ 0 -                                      -      -

[ 80%  ; 100% [ 0 6.715.733                                      -      139

[ 100%  ; ... [ 0 34.584.721                                      -      251.163

Corporate - Construção e CRE

Sem Garantia Real ou Pessoal n.a. 2.537.773                                      -      7.921

Garantia Pessoal n.a. 7.650.545                                      -      104.745

Garantia Real 3  31.307.212                                      -      65.106

[ 0%  ; 60% [ 0 -                                      -      -

[ 60%  ; 80% [ 1 1.750.000                                      -      -

[ 80%  ; 100% [ 1 5.608.102                                      -      269

[ 100%  ; ... [ 1 23.949.109                                      -      64.837

Habitação

Sem Garantia Real ou Pessoal n.a.     - - -

Garantia Pessoal n.a. - - -

Garantia Real 30 6.444.065 - -

[ 0%  ; 60% [ 7 1.758.087 - -

[ 60%  ; 80% [ 18 3.842.537 - -

[ 80%  ; 100% [ 5 744.887 - -

[ 100%  ; ... [ 0                  98.556 - -

(1) Valores após a aplicação de haircut prudente sobre a avaliação mais actual (haircut médio de 20% em imóveis e 23,8% em outros).(2) Garantias pessoais recebidas incluem as prestadas por particulares ou empresas com as prestadas por instituições.

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87BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Risco de liquidez

O risco de liquidez representa a possibilidade da Instituição não poder satisfazer as suas responsabilidades quando estas se tornam exigíveis, por incapacidade de realizar os seus ativos em tempo útil ou de aceder a financiamentos externos em quantidade e a custos razoáveis.

O Banco tem processos internos para gestão do risco de liquidez que possibilitam a sua identificação, avaliação e controlo diário, contemplando procedimentos específicos para o acompanhamento dos vencimentos contratualizados das várias operações que compõem o seu balanço.

A implementação destes procedimentos é da responsabilidade da área de Risco, que é igualmente responsável pela produção de informação de gestão sobre o tema e pela sua posterior disponibilização, não apenas ao Conselho de Administração do Banco, mas também às áreas cuja atividade se encontra exposta ao risco de liquidez.

Além desta monitorização, o Banco promove também, a realização do Comité ALCO onde, entre outros temas, o risco de liquidez é analisado e avaliado de forma pormenorizada.

A 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros (não incluindo os juros a receber e as comissões associadas ao custo amortizado) apresentavam a seguinte composição:

2014

À vista Até 3meses

De 3 mesesa 1 ano

De 1 ano a5 anos

Mais de 5anos Vencido Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.457.994 - - - - - 6.457.994

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - - - - - 38.193.190

Activos Financeiros Detidos para Negociação - 1.373.971 79.649 168.463 - - 1.622.083

Activos Financeiros Disponíveis para Venda - 12.611.742 - 148.730.583 73.696.210 - 235.038.535

Aplicações em Instituições de Crédito - 144.456.740 2.178.123 - - 68.972 146.703.835

Crédito a Clientes 2.291.620 18.138.184 29.275.723 29.659.940 35.375.207 87.589 114.828.263

Total do Activo 46.942.804 176.580.637 31.533.495 178.558.986 109.071.417 156.561 542.843.900

Passivo

Recursos de Bancos Centrais 1.605 121.182.769 41.949.195 4.540.000 - - 167.673.569

Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 34.619 35.465 168.463 - - 238.547

Recursos de Outras Instituições de Crédito 31.663.612 50.131.542 65.882.761 7.802.450 - - 155.480.365

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 78.240.902 40.442.535 46.912.514 7.925.766 - - 173.521.717

Total do Passivo 109.906.119 211.791.465 154.779.935 20.436.679 - - 496.914.198

Gap de Liquidez (62.963.315) (35.210.828) (123.246.440) 158.122.307 109.071.417 45.929.702

Gap de Liquidez Cumulativo (62.963.315) (98.174.143) (221.420.583) (63.298.276) 45.773.141

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 88

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A 31 de Dezembro de 2013, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros (não incluindo os juros a receber e as comissões associadas ao custo amortizado) apresentavam a seguinte composição:

2013

À vista Até 3meses

De 3 mesesa 1 ano

De 1 ano a5 anos

Mais de 5anos Vencido Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 12.151.878 - - - - - 12.151.878

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 31.558.462 - - - - - 31.558.462

Activos Financeiros Detidos para Negociação - 35.140 42.540 - - - 77.680

Activos Financeiros Disponíveis para Venda - 15.868.064 6.500.850 178.456.956 5.508.800 - 206.334.670

Aplicações em Instituições de Crédito - 85.879.407 700.000 - - - 86.579.407

Crédito a Clientes 142.668 21.839.367 14.895.136 6.073.867 31.164.444 102.982 74.218.464

Total do Activo 43.853.008 123.621.978 22.138.526 184.530.823 36.673.244 102.982 410.920.561

Passivo

Recursos de Bancos Centrais - 166.255.529 - - - - 166.255.529

Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 194.680 31.192 - - - 225.872

Recursos de Outras Instituições de Crédito 13.765.284 42.688.819 43.218.184 3.400.000 5.195.000 - 108.267.287

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 40.361.779 30.833.886 22.665.669 1.894.754 - - 95.756.088

Total do Passivo 54. 127.063 239.972.914 65.915.045 5.294.754 5.195.000 - 370.504.776

Gap de Liquidez (10.274.055) (116.350.936) (43.776.519) 179.236.069 31.478.244 40.415.785

Gap de Liquidez Cumulativo (10.274.055) (126.624.991) (170.401.510) 8.834.559 40.312.803

A alocação das operações às bandas temporais nos mapas acima apresentados teve em consideração a maturidade residual de cada operação. Não se incluíram os fluxos de caixa contratuais projectados referentes aos juros associados aos activos e passivos financeiros do Banco.

Risco de mercado

O risco de mercado representa a possibilidade de existir uma depreciação no valor de instrumentos financeiros originada por variações nas condições de mercado e nos preços desses mesmos instrumentos.

O Banco considera um conceito de risco de mercado mais abrangente que engloba não apenas o risco de mercado normalmente associado à variação dos preços dos instrumentos financeiros, com impacto directo na valorização das posições do balanço, mas também o risco proveniente de movimentos nas taxas de câmbio inerente às posições cambiais geradas pela existência de instrumentos financeiros denominados em diferentes moedas – risco cambial – e o risco proveniente de movimentos nas taxas de juro resultando de desfasamentos no montante, nas maturidades ou nos prazos de refixação das taxas de juroobservados nos instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar – risco de taxa de juro.

Para qualquer uma destas categorias, o Banco incorpora processos de gestão do risco específicos que estabelecem a realização de iniciativas periódicas de monitorização da evolução dos factores de risco significativos e de reporte de potenciais impactos que sejam avaliados e mensurados.

Para o efeito, o Banco estabeleceu mecanismos de quantificação do risco que lhe permitem efectuar uma monitorização diária do risco de mercado e incluir temas específicos, sempre que se justifique, ao nível dos comités de Crédito e ALCO.

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89BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Risco cambial

Os saldos em diferentes divisas e as transações efectuadas em moeda estrangeira são monitorizados e controlados pelas áreas de Mercados Financeiros, Contabilidade e Controlo de Gestão e Risco.

A moeda estrangeira com maior expressão no balanço do Banco é o dólar norte-americano, sendo residual a exposição cambial e as transações efectuadas noutras divisas.

Em 31 de Dezembro de 2014, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:

2014

Moeda

EurosDoláres

Norte-Americanos

OutrasMoedas Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 6.408.747 39.942 9.305 6.457.994

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 2.322.824 31.848.488 4.021.878 38.193.190

Activos Financeiros Detidos para Negociação 1.387.819 234.264 - 1.622.083

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 199.148.354 38.029.400 - 237.177.754

Aplicações em Instituições de Crédito 11.932.517 133.920.724 793.376 146.646.617

Crédito a Clientes 83.364.806 31.101.906 - 114.466.712

Outros Elementos do Activo 27.832.697 327.389 1.624 28.161.710

Total do Activo 332.397.764 235.502. 113 4.826. 183 572.726.060

Passivo

Recursos de Bancos Centrais 84.547.284 83.178.041 - 167.725.325

Passivos Financeiros Detidos para Negociação 4.473 234.074 - 238.547

Recursos de Outras Instituições de Crédito 52.705.278 101.686.287 1.609.976 156.001.541

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 47.986.749 122.788.905 2.991.510 173.767.164

Outros Elementos do Passivo 89.511.614 (72.330.945) 194.124 17.374.793

Total do Passivo 274.755.398 235.556.362 4.795.610 515. 107.370

Total do Capital Próprio 57.618.690 - - 57.618.690

Total do Passivo + Capital Próprio 332.374.088 235.556.362 4.795.610 572.726.060

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 90

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2013, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:

2013

Moeda

EurosDoláres

Norte-Americanos

OutrasMoedas Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 12.114.215 25.777 11.886 12.151.878

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 3.617.346 27.329.135 611.981 31.558.462

Activos Financeiros Detidos para Negociação 67.384 10.296 - 77.680

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 199.343.635 8.672.005 - 208.015.640

Aplicações em Instituições de Crédito 25.670.785 58.482.911 2.398.961 86.552.657

Crédito a Clientes 41.965.384 32.043.381 - 74.008.765

Outros Elementos do Activo 15.086.249 59.376 687 15.146.312

Total do Ativo 297.864.998 126.622.881 3.023.515 427.511.394

Passivo

Recursos de Bancos Centrais 130.012.361 36.265.499 - 166.277.860

Passivos Financeiros Detidos para Negociação 215.670 10.202 - 225.872

Recursos de Outras Instituições de Crédito 35.421.118 74.630.000 438.605 108.489.723

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 29.963.251 63.560.465 2.468.580 95.992.296

Outros elementos do Passivo 54.106.321 (47.974.876) 116.328 6.247.773

Total do Passivo 247.718.721 126.491.290 3.023.513 377.233.524

Total do Capital Próprio 50.277.870 - - 50.277.870

Total do Passivo + Capital Próprio 297.996.591 126.491.290 3.023.513 427.511.394

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91BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Risco de taxa de juro

A gestão do risco de taxa de juro tem como objectivo minimizar o impacto de potenciais variações das taxas de juro nos resultados do Banco. Na definição de produtos e na contratação de operações é tido em linha de conta o perfil de maturidades do balanço do Banco, procurando alcançar-se um equilíbrio ao nível dos prazos contratualizados e das taxas e indexantes considerados, no sentido de adequar os spreads a propor face aos custos de financiamento incorridos pelo Banco. Adicionalmente, na monitorização do risco de taxa de juro, é avaliada a forma como variações no valor das taxas impactam o valor económico do balanço do Banco ou a sua margem de juros.

Em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com a metodologia utilizada na Instrução 19/2005 do Banco de Portugal, uma deslocação paralela da curva de rendimentos de 200 p.b. teria um impacto na situação líquida de -19,10% e um impacto acumulado de 11,97% da Margem de Juros, considerando que se exclui da análise os recursos do Banco Central Europeu e os respectivos investimentos dados como colateral.

Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro -8.866.274

Fundos próprios 46.424.394

Impacto na situação líquida / Fundos próprios -19,10%

Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano 962.621

Margem de juros 8.039.107

Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano em percentagem da MJ 11,97%

A gestão deste risco é igualmente um dos principais temas abordados no Comité ALCO, sendo esse o principal fórum de decisão sobre iniciativas de mitigação ou de alinhamento de estratégia na gestão do risco de taxa de juro.

Em 31 de Dezembro de 2014, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte composição:

2014

Sem Taxa Taxa Fixa Taxa Variável Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 160.003 6.297.991 - 6.457.994

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 38.193.190 - - 38.193.190

Activos Financeiros Detidos para Negociação - 1.622.083 - 1.622.083

Activos Financeiros Disponíveis para Venda - 228.860.795 6.177.740 235.038.535

Aplicações em Instituições de Crédito - 146.703.835 - 146.703.835

Crédito a Clientes 268.261 27.498.455 87.061.547 114.828.263

Total do Activo 38.621.454 410.983. 159 93.239.287 542.843.900

Passivo

Recursos de Bancos Centrais - 167.673.569 - 167.673.569

Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 238.547 - 238.547

Recursos de Outras Instituições de Crédito 31.663.611 123.816.754 - 155.480.365

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 78.451.477 95.070.240 - 173.521.717

Total do Passivo 110. 115.088 386.799.110 - 496.914.198

GAP (71.493.634) 24.184.049 93.239.287 45.929.702

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 92

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2013, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte composição:

2013

Sem Taxa Taxa Fixa Taxa Variável Total

Activo

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 181.652 11.970.226 - 12.151.878

Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 31.558.462 - - 31.558.462

Activos Financeiros Detidos para Negociação - 77.680 - 77.680

Activos Financeiros Disponíveis para Venda - 203.834.670 2.500.000 206.334.670

Aplicações em Instituições de Crédito - 86.579.407 - 86.579.407

Crédito a Clientes 108.143 4.929.351 69.180.970 74.218.464

Total do Activo 31.848.257 307.391.334 71.680.970 410.920.561

Passivo

Recursos de Bancos Centrais - 166.255.529 - 166.255.529

Passivos Financeiros Detidos para Negociação - 225.872 - 225.872

Recursos de Outras Instituições de Crédito 13.765.284 94.502.003 - 108.267.287

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 40.259.502 55.496.586 - 95.756.088

Total do Passivo 54.024.786 316.479.990 - 370.504.776

GAP (22.176.529) (9.088.656) 71.680.970 40.415.785

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93BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Justo valor

Na determinação do justo valor dos instrumentos financeiros, o Banco recorre sempre que possível a cotações de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, o justo valor é calculado com recurso a modelos baseados em determinados pressupostos que dependem do funcionamento dos instrumentos financeiros a valorizar. Em situações excepcionais, quando não é possível determinar de forma fiável o justo valor, os activos são valorizados ao custo histórico e sujeitos a testes de imparidade.

Relativamente à determinação do justo valor dos activos e passivos financeiros do Banco, importa realçar as seguintes considerações:

• “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”: dado o carácter de curto prazo destes activos, entende-se que o valor contabilístico é uma razoável estimativa do seu justo valor;

• “Aplicações e recursos de outras instituições de crédito” e “Recursos de Bancos Centrais”: o apuramento do justo valor pressupõe que as operações são liquidadas nas datas de vencimento e são actualizados os “cash-flows”, utilizando a curva de taxas formada nos últimos dias do ano. Tendo em conta as maturidades das operações e o tipo de taxa de juro aplicada, o Banco considera que a diferença entre o justo valor e o valor contabilístico daquelas operações não é significativa;

• “Crédito a clientes”: o Banco considera que, uma vez que as operações de crédito em carteira são recentes, e uma vez que não existe histórico de incumprimento ou uma ocorrência significativa de situações de crédito vencido, a diferença entre o justo valor e o valor contabilístico não é significativa;

• “Recursos de clientes e outros empréstimos”: para os depósitos com prazo inferior a um ano, assume-se o valor contabilístico como uma razoável estimativa do justo valor. As operações em carteira com prazos superiores a um ano não representamum peso materialmente significativo.

Em 31 de Dezembro de 2014 o justo valor dos instrumentos financeiros detidos pelo Banco foi aprovado como segue:

Tipo de instrumento Financeiro

Activosvalorizadosao custo de

aquisição

Instrumentos financeiros valorizados ao justo valor:

TotalCotações emmercados Activo

[Nível 1]

Técnicas de valorização baseadas em:

Dados de mercado[Nível 2]

Outros[Nível 3]

Activo

Activos Financeiros Detidos para Negociação - - 1.622.083 - 1.622.083

Activos Financeiros Disponíveis para Venda - 226.000.969 3.570.673 7.606.112 237.177.754

Passivo

Passivos Financeiros Detidos para Negociação - - 238.547 - 238.547

Conforme disposto na IFRS 13, os instrumentos financeiros estão mensurados de acordo com os seguintes níveis de valorização:

• Nível 1: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com cotações disponíveis (não ajustadas) em mercados activos e com cotações executáveis divulgadas por entidades fornecedoras de preços de transações em mercados líquidos.

• Nível 2: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização considerando maioritariamente parâmetros e variáveis observáveis no mercado. Inclui ainda instrumentos valorizados tendo por base cotações indicativas fornecidas por contribuidores externos ao Banco.

• Nível 3: Instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização considerando parâmetros ou variáveis não observáveis no mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento e preços fornecidos por entidades terceiras cujos parâmetros utilizados não são observáveis no mercado.

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 94

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

Desde Janeiro de 2014 que o Banco cumpre com o exposto no enquadramento prudencial de Basileia III, o qual promoveu um conjunto de ajustamento às regras de apuramento dos valores de fundos próprios, dos requisitos de fundos próprios e, consequentemente, dos rácios de solvabilidade.

Nesse enquadramento, com referência a 31 de Dezembro de 2014, importa divulgar os seguintes elementos:

Fundos Próprios - Basileia III Dez. 2014

Fundos Próprios 47.279

Fundos Próprios de Nível 1 47.279

Fundos Próprios Principais de Nível 1 47.279

Instrumentos de Fundos Próprios Realizados 50.000

Lucros Retidos de Exercícios Anteriores (1.183)

Outro Rendimento Integral Acumulado 4.882

Outros Activos Intangíveis (837)

Outros Ajustamentos Transitórios (4.978)

Impostos Diferidos Activos Não Aceites (605)

Fundos Próprios Adicionais de Nível 1 0

Fundos Próprios de Nível 2 0

Montantes das Posições em Risco Ponderadas (RWA) 269.005

RWA - Risco de Crédito (método padrão) 234.978

RWA - Risco de Posição, Cambiais e Mercadorias (método padrão) 9.146

RWA - Risco Operacional (indicador básico) 24.854

RWA - Ajustamento da Avaliação do Crédito (método padrão) 27

Activos Ponderados (RWA) 269.005

Rácio de Requisito de Fundos Próprios

Fundos Próprios Principais de Nível 1 17,6%

Fundos Próprios de Nível 1 17,6%

Rácio de Fundos Próprios Totais 17,6%

6. Fundos Próprios

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95BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA

Relatório e Contas 2014 Notas às demonstrações Financeiras

A título informativo, ainda que corresponda a um enquadramento prudencial distinto, apresentam-se em seguida divulgações sobre os níveis de solvabilidade do ATLANTICO Europa em exercícios anteriores, apurados segundo as regras de Basileia II, transposta para regulamentação nacional no contexto da Instrução n.º 23/2007 do Banco de Portugal.

Fundos Próprios 2009 2010 2011 2012 2013

Total Fundos Próprios 17.925 18.818 45.215 44.435 46.099

Fundos Próprios Base 17.885 18.759 45.215 44.435 46.099

Capital Realizado 18.000 18.000 50.000 50.000 50.000

Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital 1.250 4.000 - - -

Resultados do Ano Anterior - (1.175) (2.670) (4.073) (3.371)

Resultados Provisórios do Exercício em Curso (1.175) (1.495) (1.403) 0 0

Activos Intangíveis (190) (572) (712) (527) (448)

Diferenças de Reavaliação de Activos Financeiros - - 2.478 (1.268)

Impostos Diferidos Activos Não Aceites - - - (965) (82)

Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 40 59 0 0 0

Fundos Próprios de Referência para Limitesde Grandes Riscos 17.885 18.818 45.215 44.435 46.099

Requisitos para Fundos Próprios 1 .070 1 .400 9.799 10.837 14.298

Requisitos Risco de Crédito - Método Padrão 804 1.101 8.315 9.389 11.961

Instituições e Carteira Própria 424 566 6.733 1.794 2.540

Empresas 317 418 1.425 7.001 8.668

Carteira de Retalho 41 90 237 348

Outros Elementos 64 76 67 357 406

Risco de Liquidação 0 30 156 0 0

Requisitos de Fundos Próprios para Riscos de Posição, Cambiais e Mercadorias 0 4 253 209 339

Requisitos de Fundos Próprios para Risco Operacional 265 265 1.075 1.239 1.998

Activos Ponderados 13.370 17.449 122.488 135.465 178.728

Rácio de Requisito de Fundos Próprios 134,1% 107,5% 36,9% 32,8% 25,8%

Tier I 133,8% 107,2% 36,9% 32,8% 25,8%

Tier II 0,2% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0%

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BANCO PRIVADO ATLANTICO EUROPA 96

Relatório e Contas 2014

IV. Parecer da Auditoria

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