Cálculos Trabalhistas - Gisele Mariano Da Rocha - 2014

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    Sumrio

    SumrioFolha de rostoFicha catalogrficaCrditosSobre a autoraDedicatriaAgradecimentosPrefcioIntroduo1. Definio das Verbas Salariais1.1. Salrio mnimo1.2. Salrio mnimo regional1.3. Salrio-base1.4. Piso salarial1.5. Salrio profissional1.6. Salrio normativo1.7. Salrio1.8. Remunerao1.9. Salrio-utilidade ou in natura

    1.9.1. Reflexo no salrio rural, caso seja fornecida moradia sem o contrato da habitao1.10. Salrio-hora e jornada mensal1.10.1. Frmulas de clculo do salrio-hora1.11. Salrio-dia1.12. Remunerao varivel salrio comissionado1.13. Salrio complessivo2. Jornada de Trabalho2.1. Banco de horas2.2. Regime de tempo parcial2.3. Horas desobreaviso2.4. Regime deprontido2.5. Escala de revezamento

    2.6. Turnos ininterruptos3. Hora Extra3.1. Formas de apurao do nmero de horas extras3.1.1. Formas de clculos3.2. Mdia de horas extras3.2.1. Formas de clculos3.3. Adicionais de hora extra3.3.1. Frmulas de clculos3.4. Composio do valor de hora extra3.4.1. Formas de clculos3.5. Reflexos de horas extras3.5.1. Sobre as frias

    3.5.2. Sobre o 13 salrio3.5.3. Sobre o aviso-prvio3.5.4. Sobre o repouso semanal remunerado3.5.4.1. Frmula prtica para encontrar o reflexo sobre o RSR4. Repouso Semanal Remunerado - RSR4.1. Formas e frmulas de clculos para o RSR5. Hora Noturna5.1. Horas noturnas do trabalhador rural5.2. Horrio reduzido5.2.1. Formas para apurar o nmero de horas noturnas5.3. Adicional noturno e valor da hora noturna5.3.1. Formas e frmulas de clculos6. Adicional de Insalubridade6.1. Formas e frmulas de clculos

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    7. Adicional de Periculosidade7.1. Formas e frmulas de clculos8. Dcimo Terceiro Salrio ou Gratificao Natalina8.1. Dcimo terceiro salrio integral8.2. Dcimo terceiro salrio proporcional8.3. Primeira parcela8.3.1. Formas e frmulas de clculos da primeira parcela8.4. Segunda parcela8.4.1. Formas e frmulas de clculos da segunda parcela9. Frias9.1. Frias proporcionais

    9.2. Frias indenizadas na resciso do contrato de trabalho9.3. Remunerao das frias9.4. Um tero (1/3) constitucional9.5. Abono pecunirio de frias9.6. Frmulas de clculos10. Adicional por Tempo de Servio11. Prmios, Abonos e Gratificaes12. Participao nos Lucros13. Auxlio-alimentao14. Vale-transporte15. Salrio-famlia15.1. Frmula de clculo

    16. Salrio-maternidade17. Ajuda de Custo18. Adicional de Transferncia19. Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS20. Verbas Rescisrias20.1. Aviso-prvio20.2. Acrscimo sobre o FGTS Multa Rescisria20.3. Indenizao por tempo de servio20.3.1. Forma e frmula de clculo20.4. Indenizao do empregado estvel decenal20.5. Direitos na despedida do estvel provisrio20.6. Indenizao do artigo 9 da Lei 6.708/79 e Lei 7.238/8420.7. Multa do artigo 477 da CLT20.8. Multa do artigo 467 da CLT20.9. Indenizao na resciso de contrato com prazo determinado21. Seguro-desemprego22. Descontos Obrigatrios na Folha de Pagamento22.1. Contribuio sindical dos empregados22.2. Contribuio fiscal - Imposto de Renda22.3. Contribuio previdenciria - INSS23. Contribuio Previdenciria Patronal24. Contribuinte Individual25. Empregados Domsticos

    25.1. Diaristas26. Sentenas Trabalhistas26.1. Sentena lquida26.2. Sentena ilquida26.3. Liquidao de sentena por clculo27. Marco Prescricional dos Clculos28. Atualizao de Dbitos Trabalhistas28.1. Correo monetria28.2. Tabela nica para atualizao e converso de dbitos trabalhistas28.2.1. Forma de proceder atualizao pelos ndices da Tabela nica28.3. Tabela de fatores de atualizao e converso de dbitos trabalhistas FACDT28.4. Juros de mora

    28.4.1. Formas de clculos29. O FGTS nas Aes Trabalhistas

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    30. Contribuies Fiscais e Previdencirias nas Aes Trabalhistas30.1. Contribuies previdencirias30.1.1. Atualizao das contribuies previdencirias30.1.2. Contribuio previdenciria do empregado30.1.3. Contribuio do prestador de servios sem reconhecimento de vnculo empregatcio30.2. Incidncia do Imposto de Renda nos Dbitos Trabalhistas30.2.1. Exemplo de clculo de Imposto de Renda nas aes trabalhistas30.2.2. Imposto de Renda sobre indenizao por danos morais e materiais nova competncia da Justia do Trabalho31. Algumas Dicas Prticas para Proceder aos Clculos Trabalhistas31.1. Converso do sistema horrio para o sistema decimal31.2. Exemplo de apurao para contagem de horas extras, inclusive as intrajornadas, considerando uma jornada de 8 hora

    com uma hora de intervalo32. Sites para Consultas, Atualizao de ndices e Informaes33. ConclusoObras ConsultadasAnexo AAnexo BAnexo CAnexo D

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    Folha de rosto

    GiseleMarianodaRocha

    ClculosTrabalhistas

    PARA ROTINAS, LIQUIDAODE SENTENASE ATUALIZAO DE DBITOS JUDICIAIS

    QUINTA EDIOrevista e atualizada

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    Ficha catalogrfica

    R713c Rocha, Gisele Mariano da

    Clculos trabalhistas para rotinas, liquidao desentenas e atualizao de dbitos judiciais / GiseleMariano da Rocha. 5 ed. rev. atual. Porto Alegre:Livraria do Advogado Editora, 2014.

    150 p.; 21 cm.

    ISBN 978-85-7350-152-0

    1. Clculo trabalhista. 2. Salrio. 3. Liquidaoda sentena. 4. Dbito trabalhista. I. Ttulo.

    CDU 331.2

    ndice para catlogo sistemtico

    Clculo trabalhistaSalrioLiquidao da sentenaDbito trabalhista

    (Bibliotecria responsvel: Marta Roberto, CRB-10/652)

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    Crditos

    Gisele Mariano da Rocha, 2014

    Capa, projeto grfico e diagramaoLivraria do Advogado Editora

    Gravura da capaStock.xchng

    RevisoRosane Marques Borba

    Direitos desta edio reservados porLivraria do Advogado Editora Ltda.

    Rua Riachuelo, 130090010-273 Porto Alegre RS

    Fone/fax: [email protected]

    www.doadvogado.com.br

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

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    Sobre a autora

    GISELE MARIANO DA ROCHA graduada em Cincias Contbeis e servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 4

    Neste livro aplica a experincia e os conhecimentos adquiridos na rea de Execuo de SentenVara de Trabalho, como instrutora em cursos sobre certido de clculos trabalhistas e na Se

    Clculos Trabalhistas do TRT4, onde atualmente trabalha.

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    Dedicatria

    Dedico esta edio a Stella,a estrelinha da minha vida!

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    Agradecimentos

    Meu carinho para Carlos Roberto Muller, pela dedicao e apoio, e um agradecimespecial a todos os que, de alguma forma, colaboraram com seus conhecimentos e sugestes

    reviso deste livro, pelo desprendimento, dedicao e amizade, especialmente a Ana GCherubini, Simone Mariano da Rocha, Sandra Mara Bom Nunes e aos colegas da SeClculos Trabalhistas do TRT4.

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    Prefcio

    Foi com grande satisfao que aceitei o convite, e o desafio nele contido, de prefaciar a p

    obra, abalizado pela experincia acumulada em quase duas dcadas de envolvimento com o DiTrabalho, nas condies de Acadmico, Advogado Militante e, finalmente, Magistrado, aestreitos laos de amizade mantidos com sua autora.

    Clculos Trabalhistas para Rotinas, Liquidao de Sentenas e Atualizao de Dbitos Jupor sua objetividade e simplicidade, diante das inmeras dvidas que comumente cercam a mrepresenta uma prodigiosa e frutfera tentativa de auxiliar os operadores do Direito na resolsuas dvidas bsicas e cotidianas, de forma rpida e didtica, acerca da matria.

    Cabe elogiar, por meritrio, a didtica e a metodologia utilizadas, voltada anlise simplifcompreensvel da composio da base de clculo das rubricas que compem os principais sociais arrolados, de forma exemplificativa, no artigo 7 na Carta Constitucional deconsiderando, como a prpria refere na nota introdutria, a necessidade imperiosa nconjuntura socioeconmica de nosso pas, seja para evitar injustias com o empregado, se

    revenir problemas com rgos governamentais, seja ainda para evitar futuras demandas jugarantindo segurana nas relaes de trabalho.(grifo nosso)

    Assim, h que se ter em mente que o manual que se anuncia, como o prprio termo denotar, se trata de um acompanhamento prtico e necessrio, ao alcance de todos os sujeitosenvolvidos com a atividade produtiva laboral, e no apenas operadores do Direito, sem qpretenso de esgotar a matria, o que representaria objetivo inalcanvel diante da complexidaque esta se reveste em uma sociedade marcada pela fluidez das relaes e pela velocidade alteraes.

    Mais uma vez, parabenizo a autora pela iniciativa e pela clareza que pautaram seu tagradecendo-a, enquanto destinatrio de sua obra, pela contribuio doutrina juslaborista.

    Porto Alegre, maro de 2003.

    Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa

    Juiz do Trabalho

    Professor Universitrio

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    Introduo

    Este livro trata dos principais direitos trabalhistas garantidos pela atual legislao, focaliza

    apenas os aspectos que embasam os clculos das verbas devidas atravs das diversas interprdoutrinrias, como tambm a metodologia utilizada na elaborao de um laudo de liquidsentena trabalhista.

    Ao longo da histria, a evoluo das relaes trabalhistas vem evidenciando a importconhecer os direitos referentes s relaes de emprego e sua aplicao durante a vigncia do de trabalho, uma vez que o no cumprimento das obrigaes implica penalidades previlegislao.

    Por outro lado, a prtica tem comprovado que atentar o aspecto social reverte em benefcioempregador, uma vez que o empregado satisfeito retribui com lealdade e eficincia.

    Conhecer as incidncias salariais, em uma relao de emprego, uma necessidade impeatual conjuntura socioeconmica de nosso pas, seja para evitar injustias com o empregado, sprevenir problemas com rgos governamentais, seja ainda para evitar futuras demandas ju

    garantindo segurana nas relaes de trabalho.A legislao e a jurisprudncia regulamentam as relaes de emprego, e as normas coletiv

    sua vez, regulamentam as disposies peculiares a cada categoria profissional e tm foradesde que sejam benficas ao trabalhador e no entrem em choque com a Constituio FedeConsolidao das Leis do Trabalho, entre outras, pois, do contrrio, prevalecer a lei hierarquicsuperior. Convm ressaltar que qualquer alterao no contrato de trabalho poder ser ncontrariar o art. 468 da CLT, o qual s considera lcitas as alteraes que no resultarem em prpara o empregado.

    Enfim, neste livro, encontram-se os procedimentos utilizados na elaborao dos clculos rea cada verba trabalhista especfica, de forma fundamentada e prtica.

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    1. Definio das Verbas Salariais

    importante que se faa distino entre as definies das verbas salariais, pois nelas

    embasam os clculos trabalhistas.

    1.1. Salrio mnimoSalrio mnimo o valor mnimo, fixado por lei, abaixo do qual nenhum trabalhador que t

    em horrios e condies normais poder ser remunerado, conforme estabelece o inciso IV do aConstituio Federal/88 e outros dispositivos legais, como o art. 76 da CLT.

    O salrio mnimo poder ser complementado com salrio em espcie, podendo tambalcanado atravs de comisses ou de tarefas, no caso desses tipos de contrato. Porm, no msesses valores no chegarem ao mnimo, obrigao da empresa complement-lo. Por outro que ser independente dos adicionais (noturno, insalubridade, periculosidade) e das horas ex

    empregado que fizer jus a esses direitos dever ganhar mais do que o salrio mnimo.

    1.2. Salrio mnimo regional

    O salrio mnimo regional foi institudo pela Lei Complementar n 103/2000, art. 1, seg

    qual os Estados e o Distrito Federal podem estabelecer, mediante lei de iniciativa do Poder Exum piso salarial para aqueles empregados que no o tenham definido por lei federal, conveacordo coletivo de trabalho. Essa lei possibilitou a regionalizao dos pisos salariais, com acima do Salrio Mnimo Nacional, sendo levada em conta a realidade socioeconmica unidade da federao. O Salrio Mnimo Regional no pode ser confundido com o Salrio Nacional, uma vez que este continuar sendo fixado por lei federal, nacionalmente unificado, sde piso salarial nos estados onde no h o piso regional.

    1.3. Salrio-base

    O salrio fixo contratado, tambm chamado de salrio contratual, pago diretamenempregador, podendo corresponder ao valor do salrio mnimo, ou ser superior a ele, oequivaler ao piso salarial da categoria profissional.

    1.4. Piso salarial

    o valor mnimo que um trabalhador de determinada categoria profissional pode

    geralmente delimitado por leis ou normas coletivas da categoria.

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    1.5. Salrio profissional

    um parmetro salarial estabelecido por leis que regulamentam atividades profi

    especficas, tais como mdicos (Lei 3.999/61), engenheiros (Lei 4.950-A/66), advogad8.906/94), dentistas (Lei 5.081/66) etc.

    1.6. Salrio normativo o valor salarial estabelecido em sentena normativa, convenes ou acordos coletiv

    trabalhadores de determinada categoria.

    1.7. Salrio

    composto pelo salrio-base, que a parte fixa, mais a parte varivel, constituda por par

    natureza salarial, tais como comisses, adicionais, percentagens, gratificaes, dirias para (quando ultrapassarem 50% do salrio-base) e abonos; enfim, a contraprestao direta do paga pelo empregador.

    Essa definio adotada para salrio, geralmente, delimita as verbas salariais utilizadas nos trabalhistas de 13 salrio, FGTS, RSR, indenizaes etc.

    1.8. Remunerao

    Em regra, no feita distino entre os significados de salrio, proventos e remunconsiderados sinnimos. Na legislao e em grande parte do material pertinente, inclusive, falremunerao numa referncia base de clculo para verbas trabalhistas.

    Entretanto, para alguns tcnicos, a remunerao classificada como genrica, enquanto o sespecfico e, se este a contraprestao paga diretamente pelo empregador (salrio-base + adicaquela inclui inclusive as gorjetas pagas por terceiros, as dirias para viagens (quando no exca 50% do salrio contratual), os adicionais de transferncia e outras verbas eventualmenteEntendimento apresentado na Smula 354 do TST diz que as gorjetas pagas por terceiros int

    remunerao, porm no servem de base de clculo para as parcelas de aviso-prvio, RSR, anoturno e horas extras. As gorjetas aqui referidas so as pagas por terceiros com liberalidadecobradas em notas fiscais sob forma de percentagem e repassadas ao empregado. O mais haencontrar remunerao relacionada a proventos de natureza salarial, de modo que no convinflexvel quanto aos conceitos. O importante no saber distinguir tais conceitos, madiferenciar seu significado na prtica, na medida em que as gorjetas pagas por terceiros, os adde transferncia e outras verbas eventuais no servem de base para clculos trabalhistas. Pindependentemente da abordagem encontrada, importa conhecer a natureza das parcelas salarisaber as que servem de base para os clculos trabalhistas.

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    1.9. Salrio-utilidade ou in natura

    Salrio-utilidade ou in natura o mesmo que salrio em espcie e refere-se ao fornecim

    alimentao, moradia e outras utilidades pelo empregador. Pode fazer parte tanto do saltrabalhador que ganhe salrio mnimo como dos salrios maiores, desde que no ultrapercentual de 70%, j que 30% devero ser pagos em dinheiro, de acordo com o pargrafo art. 82 da CLT. Contrapondo-se a esse artigo, existe jurisprudncia (Smula 258 do TST) prece

    que os percentuais fixados em lei relativos ao salrio in naturaapenas concernem s hipteseso empregado percebe salrio mnimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade.

    Se houver desconto do valor das espcies no salrio, o valor respectivo serve para complemsalrio e, se o empregador no descontar, integrar o salrio ou remunerao para todos oslegais: horas extras, 13 salrio, frias, adicionais etc. e incidir contribuies previdenciriase o FGTS.

    Dispe o art. 458 da CLT:

    Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio, para todos os efeitos lealimentao, habitao, vesturio ou outras prestaes in natura que a empresa, por fcontrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum ser permpagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas. 2 no sero considerados como salrio, para os efeitos previstos neste artigo, as seutilidades:- vesturio, equipamentos e outros acessrios fornecidos ao empregado e utilizados no trabalho para a prestao dos respectivos servios;- educao em estabelecimento de ensino prprio ou de terceiros, compreendendo os

    relativos a matrcula, mensalidade, anuidade, livros e material didtico;- transporte destinado para o deslocamento at o trabalho e retorno, em percurso servido outransporte pblico;- assistncia mdica, hospitalar e odontolgica, prestado diretamente ou mediante seguro sa- seguros de vida e de acidentes pessoais;- previdncia privada. 3 a habitao e a alimentao fornecidas como salrio-utilidade devero atender aos fins destinam e no podero exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salrio contratu8.860/94).

    4 tratando-se de habitao coletiva, o valor da habitao do salrio-utilidadecorrespondente ser obtido mediante a diviso do justo valor pelo nmero de coocupantesvedada, em qualquer hiptese, a utilizao da mesma unidade residencial por mais famlia.A Smula 367 do TST tem a seguinte redao sobre salrio in natura:I - A habitao, a energia eltrica e veculo fornecidos pelo empregador ao empregado,

    indispensveis para a realizao do trabalho, no tm natureza salarial, ainda que, no veculo, seja ele utilizado pelo empregado tambm em atividades particulares.

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    II - O cigarro no se considera salrio utilidade em face de sua nocividade sade.

    Em se tratando de empregado rural, ou rurcola, existe legislao especfica que rege o seu de trabalho. A Lei 5.889/73, que estatui as normas reguladoras do trabalho rural, estabepercentuais de at 20% para moradia e de 25% para alimentao, invertendo os percentucomparao ao urbano.

    A Lei 9.300, de 29 de agosto de 1996, altera a Lei 5.889/73, incluindo em seu art. 9 o 5seguinte redao:

    A cesso pelo empregador, de moradia e de sua infra-estrutura bsica, assim comdestinados produo para sua subsistncia e de sua famlia, no integram o salrio do trabrural, desde que caracterizados como tais, em contrato escrito celebrado entre as partestemunhas e notificao obrigatria ao respectivo sindicato de trabalhadores rurais.Assim, na forma da lei, quando o empregador rural fornecer moradia, se houver em suas m

    contrato dessa natureza, estar descaracterizado o salrio em espcie, e o valor salarial perm

    inalterado.1.9.1. Reflexo no salrio rural, caso seja fornecida moradia sem o contrato da habitao

    a) Valor integrar o salrio:Piso salarial . . . . . . . . . . . . . R$ 500,00Moradia (20%) . . . . . . . . . . . R$ 100,00Salrio mensal . . . . . . . . . . . R$ 600,00

    b) Para que o valor da moradia no integre o salrio, deve constar no recibo de pagamdesconto:

    Piso salarial . . . . . . . . . . . . . R$ 500,00Desconto da moradia (20%) . R$ 100,00Saldo lquido de salrio . . . . R$ 400,00

    1.10. Salrio-hora e jornada mensal

    Para a apurao de qualquer verba salarial, necessrio conhecer o valor do salrio-hora

    conhecer o valor da hora, fundamental saber qual a jornada mensal do trabalhador, poirelao direta entre elas. A jornada, referida no art. 7, XIII, da CF/88, de 220 horas mensais usual, limitando a jornada semanal em 44 horas que, divididas pelos 6 dias teis, resultam emhoras-dia x 30 dias (includos os dias de repouso) = 220 horas. Para clculos especficos dsemanais dentro da jornada de 220 horas, so considerados somente os 6 dias teis; os dias de esto inseridos apenas na jornada mensal. Muito comum tambm a jornada mensal de 180 qual corresponde a 6 horas dirias, assim como a de 120 horas, e outras que devemconvencionadas nas normas coletivas da categoria do empregado.

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    Aqui cabem algumas observaes importantes: quase todas as abordagens exemplificaticomo parmetro a jornada de 220 horas. Dentro da jornada mensal de 220 horas considornada diria de 7 horas e 20 minutos, que corresponde ao quociente 7,33resultante de 220h

    englobando os sbados como jornada anloga aos outros dias da semana e computando assemanais remuneradas. Apenas para a contagem da quantidade de horas trabalhadas qefetivamente, consideradas 8 horas de segunda a sexta e 4 horas aos sbados.

    necessrio utilizar como divisor o nmero decimal 7,33, equivalente a 7:20 horas, pomquinas de calcular esto reguladas para o sistema numrico decimal, diferentemente do

    horrio. Explicaes mais detalhadas sobre o assunto no captulo 30.1.220h 30 dias = 7,33h dia (inserido o RSR)44h semanais 6 dias teis (segunda a sbado) = 7,33h dia

    Levando-se em conta que os meses no tm o mesmo nmero de dias, e que os dias da sem

    relao aos dias do ms, so variveis, foi elaborada a seguinte jornada mensal em relao trabalhadas, apenas para exemplificar a jornada legal de 220 horas:

    24 dias = 4 semanas (44h) de 6 dias teis = 176h+ 4 domingos (RSR) x 7,33h = 29,32h

    + 2 dias x 7,33h = 14,67h________________________________________________________________________30 dias = 220 h

    1.10.1. Frmulas de clculo do salrio-hora

    O valor da hora calculado dividindo-se o salrio mensal, composto do salrio-base + parc

    natureza salariais, pelo nmero de horas da jornada mensal; dividindo-se o salrio semanal poroutro nmero de horas da jornada semanal; e o salrio dirio por 7,33, 6h ou outro dependendo do nmero de horas dirias da jornada.

    Salrio Mensal 220 horas (divisor 220) Salrio Mensal 180 horas (divisor 180) Salrio Semanal 44 horas ou outro divisor convencionado

    Salrio Dirio 7,33 horas, ou 6 horas, ou outro horrio

    1.11. Salrio-dia

    Sempre so considerados 30 dias para o clculo de trabalho-ms. Para encontrar o valor

    divide-se o salrio mensal por 30, o salrio semanal divide-se por 44 (horas), e o valor

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    multiplica-se por 7,33 (7:20h), em se tratando de jornada de 220h. Quando se tratar de diferente, sero utilizados outros divisores e multiplicadores.

    1.12. Remunerao varivel salrio comissionado

    Forma de remunerao pela qual o empregado recebe um percentual sobre o trabalho que e

    ou sobre a venda que intermedeia. Aos que percebem esse tipo de remunerao so asse

    garantias de salrio, o qual no pode ser inferior ao mnimo ou ao salrio normativo da catego7, inciso VII, da CF/88). Tambm lhes so devidos os repousos semanais remunerados e os calculados pela mdia de sua remunerao mensal. No ms em que as comisses no atingsalrio mnimo, ou o piso da categoria, dever haver complementao pelo empregador.

    Em relao s horas extras devidas, os comissionados tero direito apenas ao valor dos respadicionais, porque as horas trabalhadas, mesmo que excedentes jornada normal, so consiremuneradas pelas comisses (Smula 340 do TST).

    Exemplo de clculo para adicional de horas extras no salrio dos comissionados cuja normal seja 220 horas.

    Total de horas trabalhadas: 260h (divisor) Horas extras: 40h Valor das comisses: R$ 1.200,00

    Valor da hora . . . . . . . . . (R$ 1.200,00/260h) = R$ 4,62Adicional de hora extra . . (R$ 4,62x 50%) = R$ 2,31Adicional de horas extras (R$ 2,31 x 40 h.e.) = R$ 92,40

    1.13. Salrio complessivo

    Esta terminologia caracteriza um tipo de pagamento incorreto, no qual as verbas devempregado so englobadas num nico valor. Mesmo que ultrapasse o montante devidpagamento considerado nulo perante a Justia do Trabalho (Smula 91 do TST), e o empainda fica sujeito autuao pelas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego.

    O 2 pargrafo do art. 477 da CLT estabelece que, no instrumento prprio de resciso ou requitao, qualquer que seja a causa ou forma de dissoluo do contrato deve ser especif

    natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo vlida a qapenas em relao s parcelas devidamente detalhadas.

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    2. Jornada de Trabalho

    A jornada de trabalho corresponde ao tempo que o empregado fica disposio do empregaO art. 7, inciso XIII, da Constituio Federal, preceitua que a durao normal da jorn

    trabalho no exceder a 8 horas dirias e 44 semanais (referindo-se jornada mensal de 220hfacultada a compensao de horrios mediante acordo individual escrito (salvo norma cole

    sentido contrrio), acordo ou conveno coletiva de trabalho. Algumas categorias profissionornada reduzida, como bancrios, telefonistas, trabalhadores em turno ininterrupto de revezcuja jornada de 6 horas dirias e 180 horas mensais. Existem ainda jornadas esregulamentadas para mdicos, dentistas, jornalistas e algumas outras profisses.

    No esto enquadrados no regime de durao do trabalho, conforme preceitua o art. 62 da Cempregados que exeram atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trdevendo tal condio ser anotada na Carteira de Trabalho e no registro de empregados, eexeram cargos de confiana, como gerentes, diretores e chefes de departamentos, com gratpela funo.

    So computadas na jornada diria as horas in itinere,ou seja,o tempo despendido pelo emem conduo fornecida pelo empregador para o trajeto de ida e volta ao local de trabalho dacesso ou no servido por transporte pblico regular; o tempo gasto quando da incompatibilihorrios de incio e fim de jornada com os horrios do transporte pblico regular; e ainda existe transporte pblico regular em parte do trajeto, mas o mesmo feito por conduo da eneste caso, as horas in itinere computadas limitam-se parte do trajeto que no servtransporte pblico regular (Smula 90 do TST).

    Entre duas jornadas dirias de trabalho haver um perodo mnimo de 11 (onze) horas conspara descanso (art. 66 da CLT), so os intervalos interjornadas.

    Quanto aos perodos de intervalo intrajornada, dispe o artigo 71 da CLT que, quando a durtrabalho contnuo exceder a seis horas, ser obrigatria a concesso de um intervalo para repalimentao de, no mnimo, uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrintervalo no poder exceder a duas horas. Nas jornadas que no excederem a seis horultrapassarem quatro horas de trabalho, ser obrigatrio um intervalo de quinze minutos;ornadas de at quatro horas, o intervalo no obrigatrio.

    Nos servios permanentes de mecanografia, a cada noventa minutos de trabalho corresponrepouso de dez minutos, no sendo deduzidos da durao normal de trabalho (art. 72 da CLT).

    Os intervalos de descanso interjornadas ou entre jornadas, assim como as intrajornadas, ncomputados na jornada de trabalho, porm, caso no sejam respeitados, sero consideradoextras.

    2.1. Banco de horas

    O excesso de horas em um dia pode ser compensado com a diminuio em outro, segundo

    redao dada ao 2 do art. 59 da CLT. As empresas, por meio de acordo ou conveno cpodero deixar de pagar horas extras por um perodo de at um ano (12 meses), podendo faz

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    compensao, desde que esta no exceda o limite mximo de 10 horas dirias e 44 horas semanA lei faculta a compensao de horrios e a reduo da jornada mediante acordo ou con

    coletiva de trabalho, consentindo que o empregador opte por outro horrio alternativo, desde no ultrapasse 2 horas suplementares dirias, perfazendo no mximo 10 horas dirias e 44 seEssa flexibilizao permite que, nos momentos de pouca atividade das empresas, haja uma redornada sem reduzir os salrios dos empregados, ficando um crdito em horas para os perodos

    a atividade acelerar, ou vice-versa. Se o sistema for implantado em um perodo de muita ativiornada aumentada ser compensada com folgas ou reduo em outra poca, desde que de

    perodo de um ano.De acordo com a Smula n 85 do TST, nos casos em que no forem devidamente atend

    formalidades legais para a adoo do regime de compensao de jornada e este for descaractisso no implicar pagamento dobrado sobre as horas excedentes jornada normal diria, deno se extrapole a jornada semanal, sendo devido em relao s mesmas apenas o resadicional. Isso significa que, sobre as horas excedentes dirias destinadas compensao, presque j tenham sido pagas como normais, ser devido apenas o adicional a elas correspondehiptese de essas horas ultrapassarem a jornada semanal, devero ser pagas comoextraordinrias (valor da hora normal + adicional). A mesma smula dispe tambm que a prde horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensao de jornada.

    Quando houver resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao daextras trabalhadas, o trabalhador tem direito ao pagamento dessas horas, calculadas sobre o vremunerao na data da resciso.

    2.2. Regime de tempo parcial

    Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja durao no exceda a vintehoras semanais (art. 58-A da CLT).O salrio a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial ser proporcional sua

    em relao aos empregados que cumprem, nas mesmas funes, tempo integral.Para os empregados j contratados, a adoo do regime de tempo parcial ser feita mediant

    manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociao coOs empregados sob regime de tempo parcial no podero prestar horas extras.

    2.3. Horas de sobreaviso

    O regime de sobreaviso caracteriza-se pelo tempo que o empregado permanece em sua

    casa, aguardando, atravs de algum aparelho de comunicao eletrnica, ser chamado a qmomento para o servio. A durao da escala de sobreaviso de 24 horas, no mximo, sereferidas horas remuneradas com acrscimo de 1/3 sobre o salrio-hora normal. O entendimeno regime de sobreaviso ainda controvertido nos tribunais, por falta de disposiesOriginalmente, na legislao trabalhista, esse regime foi previsto para os servios ferro

    conforme art. 244, 2, da CLT, mas, por analogia, aplicado a empregados de outras atividadDiante da ausncia de legislao especfica, decorrem divergncias quanto ao crit

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    remunerao, destacando-se trs correntes interpretativas:a) a que considera que em todo o perodo de sobreaviso o empregado est a servio do empaguardando ordens, e que, portanto, todo este perodo deva sofrer acrscimo, razo de 1/3salrio normal, mesmo sem ter trabalhado;b) a que entende que o simples fato de estar de sobreaviso no significa que o empregado tempo todo disposio do empregador. Neste caso, somente as horas efetivamente trabsero remuneradas com o respectivo adicional (1/3);

    c) a que considera que, alm do tempo de sobreaviso disposio do empregador, peloempregado faz jus remunerao de 1/3 do salrio normal, ele dever perceber o valor dextras pelas horas efetivamente trabalhadas.

    2.4. Regime de prontido

    Regime de sobreaviso no pode ser confundido com regime de prontido. No regime de sob

    o empregado fica em sua residncia, enquanto, no de prontido, ele permanece na sede da emescala de prontido no pode exceder a 12 horas e s pode ser contnua quando houver alimentlocal; o regime de prontido pago na razo de 2/3 do salrio normal, enquanto no de sobreavrazo de 1/3.

    2.5. Escala de revezamento

    Dependendo da natureza da atividade, o trabalho em domingos e feriados conside

    necessidade imperiosa ou convenincia pblica, necessitando de autorizao prvia do MinisTrabalho, sendo que muitas atividades tm autorizao permanente.As empresas que, em funo do ramo de atividade, precisarem trabalhar aos domingos e f

    devem elaborar uma escala de revezamento (sujeita fiscalizao pelas Delegacias RegioTrabalho), de maneira que a cada 6 dias trabalhados exista ao menos um dia de repouso e que asemanas, no mximo, um recaia em domingo. J no comrcio, o prazo mximo para que o emusufrua um domingo de folga de 3 semanas (MP 388, de 05.09.2007).

    O Repouso Semanal Remunerado (RSR) de 24 horas, adicionado ao intervalo de 11 horaduas jornadas, corresponder a um perodo de descanso de 35 horas, obrigatoriamente.

    2.6. Turnos ininterruptos

    Algumas empresas, alm dos domingos e feriados, necessitam trabalhar 24

    ininterruptamente, por isso tambm devem adotar uma escala de revezamento.

    Na maioria das casos em que h sistema de turnos ininterruptos, as jornadas so alteradas, ono so fixos, e os dias de RSR no recaem sempre em domingos, sendo a jornada

    normalmente, de 6 horas, salvo negociao coletiva contrria. Em outras situaes, so trabtrs turnos com jornadas fixas de 8 horas, porm o dia de descanso no coincide com o doming

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    As escalas sempre devero considerar essas variaes, de forma que sejam respeitintervalos entre as jornadas e os repousos semanais.

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    3. Hora Extra

    considerada hora extra a hora trabalhada que extrapola a jornada legal de trabalho d

    semanal. A prorrogao da jornada de trabalho vem disposta no art. 59 da CLT, com alteraart. 7 da CF/88, e regulamentada por legislao complementar.

    A durao do trabalho, para a maioria dos trabalhadores, de 8 horas dirias e 44 horas se

    conforme art. 7, XIII, da CF/88. Para a contagem da quantidade de horas trabalhadas na jor220 horas mensais so, efetivamente, consideradas as 8 horas de segunda a sexta e 4 hosbados, diferentemente das abordagens anteriores, cuja jornada diria observada era de 7:20 h

    A jornada diria poder ser acrescida de, no mximo, duas horas, mediante contrato escrito partes ou acordo coletivo da categoria, devendo o empregador pagar, obrigatoriamente, comextras as horas trabalhadas que excederem a jornada normal.

    Nos casos de compensao de horrio, no poder ser ultrapassado o limite de duas horassuplementares, sob pena de pagar o adicional sobre o tempo excedente.

    No sero descontadas nem computadas como jornada extraordinria as variaes de hor

    registro do ponto, as quais no excederem cinco minutos, observando-se o limite mximominutos dirios ( 1 do art. 58 da CLT, com redao da Lei 10.243/01).

    Tambm so considerados horas extras o tempo de intervalo obrigatrio intrajornada para re repouso e o perodo mnimo legal entre duas jornadas, quando no respeitados; as horas de pou in itinere, quando ultrapassarem a jornada legal; e ainda as horas noturnas excedentes quinobservncia do horrio reduzido.

    pacfico, na legislao e na jurisprudncia, que os adicionais de hora noturna, de periculoinsalubridade incidam sobre as horas extras. Contudo, h muita divergncia quanto fo

    estabelecer o valor da hora sobre o qual incidiria o adicional de hora extra. Uma corrente sustea referncia s horas extras tem relao com o nmero de horas trabalhadas alm da jornada nno com o valor dessas horas e que, portanto, todos os adicionais de natureza salarialcalculados sobre o valor da hora normal para evitar o efeito cascata: adicional sobre adicionoutra corrente entende que o adicional de hora extra deve recair sobre o valor da hora noacrescida das parcelas de natureza salarial. Hoje, em razo das fundamentaes jurdicas enconos enunciados do TST, essa questo est praticamente superada, especialmente pelo estabeleSmula 264 e pela nova redao da Orientao Jurisprudencial n 47 da SDI, nos seguintes termbase de clculo da hora extra o resultado da soma do salrio contratual mais o adici

    insalubridade, que vem corroborar a segunda interpretao.

    3.1. Formas de apurao do nmero de horas extras

    Para calcular o nmero de horas extras dirias, deve-se somar o nmero de horas trabalhadae deduzi-lo da jornada normal diria.

    Para o clculo do nmero de horas extras mensais, no caso de um empregado que trabalhe smesma quantidade diria, no existe dificuldade: basta multiplic-las pelo nmero de dias dter-se- a quantidade mensal, inclusive com integrao nos RSR (Repousos Semanais Remun

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    Nesse caso, para um resultado mais exato, considerado o nmero de dias do ms: 28, 30 ou calcular o horrio suplementar efetivamente trabalhado, multiplica-se o nmero de horasdirias pelo nmero de dias teis no ms.

    Exemplo: Um empregado que trabalha todos os dias das 6h s 18h, com 1h30min de intervo almoo, labora 2h30min extras por dia. Esse clculo pode ser equacionado da seguinte forma

    Das 6h s 18h = 12h trabalhadas

    diminuir 1h30min de intervalo = 10h30mindiminuir 8h da jornada normal = 2h30min de horas extras2,5 horas extras x 30 dias = 75 horas extras mensais (j com integrao no RSR).

    Pode acontecer de o horrio no extrapolar as horas normais dirias, mas extrapolar o

    normal semanal, limitado pelo art. 7, XIII, da CF/88. Assim, por exemplo, o empregado que tde segunda-feira a sbado durante 8 horas dirias, trabalha 48 horas semanais, j que:

    6 dias x 8h = 48h.Subtraindo-se das 48h trabalhadas as 44h normais, tm-se 4 horas extras semanais.

    3.1.1. Formas de clculos

    Horas Extras Dirias =horas trabalhadas no dia jornada diria normal;

    Horas Extras Semanais =

    horas trabalhadas na semana jornada semanal normal;Horas Extras Mensais =

    horas extras dirias x 30 dias (j com integrao nos RSR);Horas Extras Mensais =

    horas extras dirias efetivamente trabalhadas +as horas correspondentes ao RSR (obtidas dividindo o montante dessas horas extras pelo n

    dias teis do ms e multiplicado pelo nmero de domingos e feriados existentes no ms).

    Exemplo:40 horas extras trabalhadas no msRSR = 40 horas extras 25 dias teis =1.6 hora extra/dia x 5 dias (4 domingos e 1 feriado) =

    8 horas de RSR40 horas extras mensais + 8 horas RSR =

    48 horas (total de horas extras no ms)

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    3.2. Mdia de horas extras

    Para o cmputo das horas extras quando a quantidade de horas extras diria no for fixa eclculo dos direitos a que o empregado faz jus, relativos ao dcimo terceiro salrio, frias, integrao no RSR, necessrio obter-se a mdia de horas extras.

    H diversos procedimentos para os clculos, mas de consenso que, para obter a mdia

    perodo, mesmo que no tenha havido trabalho em horrio extraordinrio durante todos os mesmo, o nmero de horas extras dever ser dividido pelos dias teis do respectivo perodo.

    O mtodo mais simples para apurar a mdia mensal, quando o empregado cumpre horas exhorrios variveis ou em dias alternados, somar as horas efetivamente trabalhadas no ms elas pelo nmero de dias teis do respectivo ms. Quando se tem como ponto de partida anmero de horas extras trabalhadas na semana, deve-se determinar a mdia diria, dividindo-odias teis semanais; a multiplicao dessa mdia diria por 30 resultar na mdia mensal.

    Outra frmula bastante utilizada para encontrar a mdia mensal a multiplicao do nm

    horas extras semanais pelo nmero de semanas que compem o ms. Para efeito desse clculopossui 4,2857 semanas (30 dias do ms 7 dias da semana). Assim, a mdia de horas extras mde um trabalhador que cumpra 4 horas suplementares na semana, multiplicado por 4,2857 semigual a 17,14 horas.

    importante ressaltar que esses clculos devero ser utilizados somente nos casos em quepossvel ter acesso a cartes-ponto ou a quaisquer outros documentos de controle de horpossibilitem a correta e precisa contagem da jornada diria efetivamente trabalhada, garantindveracidade ao resultado final.

    3.2.1. Formas de clculosMdia Diria de Horas Extras =

    horas extras trabalhadas no ms nmero de dias teis no ms.Mdia Diria de Horas Extras =

    horas extras trabalhadas na semana 6 dias teis da semana.

    Mdia Mensal de Horas Extras =mdia diria de horas extras x 30 dias.

    Mdia Mensal de Horas Extras =horas extras trabalhadas na semana x 4,2857 (n de semanas no ms = 30 dias/mdias/semana).

    Mdia de Horas Extras no Perodo (mensal ou anual)

    Somam-se as horas extras dos meses em que houve servio extraordinrio e divide-se pelo de meses do perodo a calcular

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    3.3. Adicionais de hora extra

    O adicional de hora extra o acrscimo, em percentagem, calculado sobre a hora trabalhextrapola o horrio normal. O adicional sobre a hora extra habitual integra o salrio para todosinclusive sobre as verbas rescisrias.

    Seu valor obtido multiplicando-se o salrio-hora pelo percentual estabelecido. A perce

    mnima do adicional de hora extra, conforme o art. 7, XVI, da CF/88, de 50% sobre o valor normal e de 100% nas horas extras trabalhadas em domingos e feriados, embora existam percdiferenciados, estipulados em dissdios e convenes coletivas de trabalho de diversas caprofissionais.

    Alguns dissdios de categorias estabelecem que a jornada diria poder ser prorrogada at de 12 horas em casos de necessidade, ou para terminar servios inadiveis, estipulando um acde 50% nas duas (2) primeiras horas extras do dia e de 100% nas horas excedentes a essas.

    3.3.1. Frmulas de clculos

    Valor de adicional de hora extra =Salrio-hora normal R$ 2,22 x 50% = R$ 1,11Valor do adicional de hora extra em domingo trabalhado =

    R$ 2,22 x 100% = R$ 2,22Valor de adicional de hora extra no ms =R$ 2,22 x 40 horas extras trabalhadas/ms =

    R$ 88,80 x 50% = R$ 44,40

    3.4. Composio do valor de hora extra

    Obtm-se o valor de hora extra somando-se o valor da hora normal ao adicional sobresuplementar trabalhada, de forma que, multiplicando-se o nmero de horas extras trabalh

    perodo pelo valor da hora + o adicional estabelecido, resulte no montante do valor de horas eperodo. A hora extra composta do salrio-base ou contratual, acrescido de todas as parcelas se adicionais previstos em lei, acordos, convenes ou outros instrumentos normativos.

    3.4.1. Formas de clculos

    Valor da hora extra:Salrio-hora + Adicional de 50%Salrio-hora (R$ 10,00) x 1,50 = R$ 15,00

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    Valor da hora extra em domingo:Salrio-hora (R$ 10,00) + Adicional de 100% = R$ 20,00

    Valor horas extras-dia:Salrio Mensal + 50% 220 horas x horas extras ao dia

    Valor horas extras-ms:

    N horas extras no ms x valor-hora normal + 50%Salrio Mensal x 1,5 220h x nmero de horas extras trabalhada

    3.5. Reflexos de horas extras

    Os valores devidos pelas horas de servio suplementar integraro os clculos de FGTS, fr

    salrio, RSR, aviso-prvio, gratificaes semestrais e indenizao por antiguidade.

    A incidncia sobre o FGTS assegurada pelo art. 15 da Lei 8.036/90, Decreto 99.684/90Instruo Normativa n 5, de 26.06.96, DOU 26.06.96.

    3.5.1. Sobre as frias

    O art. 142 da CLT, capute 5, reconhece o reflexo das horas extras no pagamento de friaincidncia de 1/3 constitucional. Para efeito do valor, apura-se a mdia mensal das horas extrasmeses do perodo aquisitivo, ou dos meses trabalhados se no completou um ano, multiplipelo valor da hora extra da poca da concesso de frias ou resciso de contrato.

    3.5.2. Sobre o 13 salrioSegundo a Smula 45 do TST, a remunerao do servio suplementar habitualmente p

    integra o clculo da gratificao natalina prevista na Lei 4.090/62. Como a lei no dhabitualidade, h entendimentos no sentido de que esta deva ser caracterizada pelo trabalho menos, 6 meses, considerando o perodo de um ano, ou de 50% do perodo trabalhado, se for inum ano. Para efeito de valor, apura-se a mdia de horas extras trabalhadas considerando o perano civil, multiplicando-a pelo valor da hora de dezembro ou do ms da resciso, acrescen

    percentual correspondente.3.5.3. Sobre o aviso-prvio

    Deve ser encontrada a mdia de horas extras dos ltimos 12 meses trabalhados, ou dos

    trabalhados no caso de o empregado no ter ainda completado um ano de servio, multiplipelo valor da hora extra no ms da resciso.

    3.5.4. Sobre o repouso semanal remunerado

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    No clculo do repouso remunerado, so computadas as horas extras habitualmente pr(Smula 172 do TST). O reflexo das horas extras sobre o repouso corresponder ao nmdomingos e feriados existentes no ms, multiplicados pela jornada extraordinria diria; parahoras de reflexo sobre o RSR fiquem inseridas na totalidade de horas extras mensais, as horadirias devem ser multiplicadas por 30. Se o nmero de horas extras for varivel, necessriomdia diria, para possibilitar estes clculos.

    3.5.4.1. Frmula prtica para encontrar o reflexo sobre o RSR

    Considerando que o ms teve 25 dias teis e 5 dias entre domingos e feriados e que um trablaborou 2 horas extras por dia, os clculos so os seguintes:

    2 horas extras dirias x 5 domingos = 10h RSRTotal de horas extras efetivamente trabalhadas noms = 50h 25 dias teis x 5 dias domingos e

    feriados = 10 horas (reflexo sobre RSR)50 x 5 25 = 10 horas s/RSR

    Para obter o valor:

    Valor da hora extra x 10h de reflexo RSRValor das horas extras trabalhadas noms 25 dias teis x 5 domingos e feriados

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    4. Repouso Semanal Remunerado - RSR

    um direito constitucional, previsto no art. 67 da CLT, que assegura a todo empregado um r

    semanal remunerado de 24 horas, preferencialmente aos domingos, embora abranja tambmferiados, civis e religiosos, conforme o art. 70 da CLT.

    O valor do RSR corresponde a uma diria da remunerao, includas as horas extras, gratif

    gorjetas e adicionais. Via de regra, na remunerao de quem recebe por ms, quinzena ou semest includo o pagamento dos RSR.Nas atividades em que no for possvel, em virtude das exigncias tcnicas das emp

    suspenso do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos e quando o empregado no tiver, aoum dia de descanso na semana, far jus ao recebimento do RSR de forma dobrada: um pagporque a ele faz jus sem trabalhar (geralmente includo na remunerao mensal); outro,trabalhou. Essa vantagem, porm, no tem sido concedida pela jurisprudncia, se o empregaseu descanso em outro dia da semana, porque a CF/88 prev o descanso semanal rempreferencialmente aos domingos, mas no obrigatoriamente.

    O pagamento do trabalho aos domingos e feriados remunerado com acrscimo de 100%, o valor do RSR acaba sendo triplo, porque os dias de repouso j esto includos na remumensal. Existe jurisprudncia sobre o assunto (Smula 146 do TST).

    Na forma do art. 6 da Lei 605/49, regulamentado pelo art. 11 do Decreto 27.048/49, s sero repouso quando o empregado cumprir toda a jornada correspondente; se houver falta injusdurante a semana, no ser devido o pagamento do RSR. H controvrsias quanto a esse entendmas decises tm sido favorveis ao desconto, no sentido de que no h perda do direito aofolga, mas da remunerao a ele correspondente.

    De acordo com a Smula 172 do TST, no clculo do RSR so computadas as horashabitualmente prestadas (ver item Reflexos de Horas Extras).

    4.1. Formas e frmulas de clculos para o RSR

    Empregado que recebe por ms quando o valor relativo aos RSR no foi includo na remun

    divide-se o valor do salrio mensal pelo nmero de dias teis do ms e multiplica-se pelo nmdias de repousos existentes no respectivo ms, da seguinte maneira:

    30 dias 6 dias (domingos e feriados) = 24 dias teisRSR = Salrio R$ 2.400,00 24 = R$ 100,00

    RSR Mensal = R$ 100,00 x 6 = R$ 600,00Esse valor tambm pode ser obtido por meio de um percentual, utilizando a seguinte frmul

    RSR = 30 dias 6 dias (domingos e feriados) = 24 dias (24%)

    6 dias repouso 24% = 25 (25%)

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    RSR Mensal = Salrio R$ 2.400,00 x 25% = R$ 600,00

    Empregado que recebe por hora : obtm-se o valor do RSR multiplicando o valor da honmero de horas trabalhadas na jornada normal diria, ou pela mdia de horas trabalhadas na s

    RSR = Salrio hora x 7,33 horas

    Empregado que recebe por semana : o valor do RSR o resultado do valor da semana divid6.

    RSR = Salrio Semanal 6 dias teis

    Empregado que ganha por comisses, tarefas ou produo : se ele recebe por semana, divproduto da semana por seis e ter-se- o valor do RSR; se recebe por quinzena ou ms, divproduto por 15 ou 30 dias, respectivamente.

    RSR do comissionista =

    Valor das comisses no ms dias teis do msRSR do empregado por produo ou tarefa =

    Produo no ms dias teis do ms

    RSR do Professor que recebe por hora-aula : um caso particular de remunerao do repous

    professor que recebe por hora-aula. Segundo a Smula 351 do TST e o art. 320 da CLT, o prque recebe o salrio mensal com base em horas-aula tem direito ao acrscimo de 1/6 a ttulo dconsiderando-se, para esse fim, o ms com 4 semanas e meia. Os dias feriados no so consineste clculo.

    Valor da hora-aula = R$ 15,00Carga horria = 28 horas semanais x 4,5 semanas = 126 horasValor horas-aulas/ms = 126 x 15,00 = R$ 1.890,00

    Valor Mensal do RSR = (1.890,00 6 ) R$ 315,00A maioria das frmulas de clculos supracitadas refere-se ao valor correspondente a um

    repouso (RSR). Para saber o valor mensal, deve-se multiplicar o valor do RSR pelo nmdomingos e feriados existentes no ms.

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    5. Hora Noturna

    A Constituio Federal, art. 7, IX, garante a remunerao do trabalho noturno superior do

    So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua csocial, remunerao do trabalho noturno superior do diurno. Para o trabalho urbano, o artigCLT considera noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia s

    A hora noturna, alm de ser reduzida para 52 minutos e 30 segundos, deve ser remunerada comda hora normal acrescida de 20%.A durao legal da hora noturna, de 52 minutos e 30 segundos, uma fico jurdica que d

    levada em considerao no clculo das horas noturnas, constituindo vantagem suplementdispensar o adicional sobre as mesmas.

    Ainda de acordo com o artigo acima referido, para os horrios mistos, assim chamadoscompreendem horrios diurnos e noturnos, aplicam-se s horas de trabalho noturno as dispsuprarreferidas.

    5.1. Horas noturnas do trabalhador rural

    A hora noturna do setor rural difere da do urbano, no tocante a durao, adicional e horrio

    5.889/73, art. 7, que regulamenta o trabalho do rurcola, considera trabalho noturno o execut21 horas de um dia s 5 horas do dia seguinte, para a lavoura, e das 20 s 4 horas do dia seguina pecuria. E garante o adicional noturno de 25% sobre a remunerao da hora diurna.

    A lei supracitada e o Decreto 73.626/74 so omissos quanto reduo do horrio nottrabalhador rural; portanto, o horrio reduzido no aplicvel na atividade rural.

    5.2. Horrio reduzido

    A hora normal tem 60 minutos; na hora noturna reduzida, so considerados 52 minuto

    segundos. Dessa forma, das 22 horas at as 5 horas, o trabalhador urbano ter cumprido 7 horabeneficiado pelo horrio reduzido, seu trabalho equivaler a uma jornada de 8 horas nganhando 1 hora em cada perodo noturno trabalhado.

    Fazendo um comparativo entre a jornada diurna e a noturna em minutos, para demovantagem que o trabalhador obtm com a hora reduzida, tem-se:

    A hora normal tem 3.600 segundos (60 x 60)A hora noturna tem 3.150 (52 x 60 + 30)

    Diferena = 450 60 = 7min30s, ou 7,5 minutos por hora7 minutos e 30 segundos correspondem a 7,5 nos clculos, em funo do sistema nudecimal.

    Logo:horrio normal = 60:00 minutos ... 22:00h s 5:00h = 7:00 horas

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    horrio noturno = 52:30 minutos ... 22:00h s 5:00h = 8:00 horasPara saber qual o nmero de horas noturnas de um empregado que trabalhe das 22 s 2 h

    manh, pode-se fazer a proporcionalidade, aplicando a seguinte regra de trs:Em 7 horas trabalhadas ele ganha 1 hora (60min)

    Em 4 horas trabalhadas ele ganhaX

    Logo, 4 x 60min 7 = 34,29 (minutos a que o trabalhador tem direito pelo benefcio

    noturna reduzida)

    Este resultado, em minutos, dever ser somado s horas noturnas inteiras trabalhadas; no eacima, o trabalhador faz jus a 4h e 35min, arredondados.

    Tambm pode-se dividir o nmero de horas-relgio trabalhadas por 52,50 (52,30) e mupor 60:

    3h 52,5 x 60 = 3,43

    (o resultado ser sempre no sistema decimal)Para fazer a converso dos minutos para horas-relgio, j que o nmero inteiro da hora per

    inalterado, vide captulo 30.

    Pode-se ainda achar a equivalncia entre hora reduzida e hora normal atravs do pecorrespondente a esta, acrescido hora reduzida:

    60 minutos 52,50 minutos = 1,142857

    logo, 7 horas noturnas + 14,2857% = 8 horasPara efeito de correlao entre o horrio noturno e o diurno, foi elaborado um quadro prticoHoras Noturnas Trabalhadas das 22 horas at:

    22:30 h equivale a 0,35 min. trabalhados (horrio reduzido)

    23:00 h 1:10 h

    23:30 h 1:45 h

    24:00 h 2:15 h

    0:30 h 2:50 h

    1:00 h 3:25 h

    1:30 h 4:00 h

    2:00 h 4:35 h

    2:30 h 5:10 h

    3:00 h 5:45 h

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    3:30 h 6:20 h

    4:00 h 6:50 h

    4:30 h 7:25 h

    5:00 h 8:00 h

    5.2.1. Formas para apurar o nmero de horas noturnas

    Para realizar corretamente esta operao, quando se tratar de trabalhador urbano, necessprimeiramente, seja encontrada a equivalncia entre as horas noturnas reduzidas e as horas nor

    Exemplo: Apurao do nmero de horas noturnas no ms, considerando trabalho noturno pem 4 dias semanais, no horrio das 17:00h de um dia a 1:00h do dia seguinte.

    N de horas noturnas dirias:3 horas (22:00 1:00h) x 1,142857 = 3,4285

    N de horas noturnas semanais: 3,4285 dirias x 4 dias = 13,71

    N de horas noturnas mensal: 13,71 semanais x 4,285714* = 58,76 (sistema decimal)N de horas noturnas mensal: 58:45 horas (sistema horrio)* 4,285714 representa o nmero de semanas do ms

    Aps efetuar a equivalncia entre as horas noturnas reduzidas e as horas normais, podem-se

    as seguintes frmulas para encontrar a quantidade de horas:

    Horas Noturnas Semanais:n de horas noturnas dirias x 6 dias teis/semana (sem integrao do RSR).

    n de horas noturnas dirias x 7 dias teis/semana (com integrao do RSR).

    Horas Noturnas Mensais:n de horas noturnas dirias x 30 dias (com integrao no RSR).

    n de horas noturnas dirias x n de dias teis/ms (sem integrao no RSR)n horas trabalhadas na semana x 4,285714 semanas do ms (includos os RSR).

    Horas noturnas mensais quando variveis:

    somam-se as horas noturnas trabalhadas no ms, dividindo-as pelos dias teis e multiplica30 (includos os RSR).

    5.3. Adicional noturno e valor da hora noturna

    Adicional noturno o acrscimo sobre as horas noturnas trabalhadas. O valor do adicencontrado atravs da multiplicao do percentual sobre o salrio-hora normal. O adicional de

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    trabalhador urbano de 20% e ao rural, de 25%, podendo seguir outra percentagem estipunormas coletivas de algumas categorias profissionais.

    O valor da hora noturna a soma do adicional mais o valor da hora normal.

    5.3.1. Formas e frmulas de clculos

    a) calcular sobre o valor da hora normal o percentual do adicional noturno:

    Adicional noturno urbano = Valor Hora Normal + 20%Adicional noturno rural = Valor Hora Normal + 25%b) encontrado o valor da hora noturna, multiplicar pela quantidade de horas noturnas traba

    em relao a estas, no caso de trabalhador urbano, deve ter sido feita a equivalncia entrnormais e reduzidas:

    Valor da Hora Noturna x quantidade de horas trabalhadas

    (a + b) Uma forma prtica de traduzir a hora noturna para a normal e, ao mesmo tempo, enc

    valor da hora noturna j com o adicional, aplicar o percentual 37,1428% sobre o produto do de horas noturnas pelo valor-hora normal. Esse percentual engloba o adicional noturno e o acsobre a hora reduzida.

    Hora normal = hora reduzida + 14,2857%Adicional noturno = valor hora normal + 20%

    Logo, 1,142857 x 1,20 = 1,371428 ou 37,1428%

    Exemplo:Horas noturnas trabalhadas: 7 horasValor da hora normal: R$ 5,00

    Valor das horas noturnas =(7h + 14,2857%) x (R$ 5,00 +20%) = R$ 48,00

    ou 7h x R$ 5,00 x 1, 371428 = R$ 48,00ou ainda 7h x R$ 5,00 + 37,1428% = R$ 48,00

    c) quando a hora noturna extrapolar a jornada normal, ser devido, alm do adicional no

    adicional de hora extra e, na esteira da forma anterior, basta acrescentar o valor correspondrespectivo adicional de hora extra, no caso, 50%, ou outro percentual:

    1,50 x 1,20 x 1,142857 = 2,05714 ou 105,71%

    7 horas x R$ 5,00 x 2,05714 = R$ 72,00

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    ou 7 horas x R$ 5,00 + 105,71% = R$ 72,00

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    6. Adicional de Insalubridade

    O adicional de insalubridade previsto no art. 189 da CLT e constante no art. 7, inc. XX

    CF/88, est relacionado com o tipo de servio que pode causar prejuzo sade do trabalhador ambiente onde labora.

    considerada insalubre a atividade exercida que, por sua natureza, condio, mtodo e

    trabalho, exponha o trabalhador a agentes nocivos a sua sade, acima dos limites de tofixados, em razo da natureza, da intensidade e do tempo de exposio aos seus efeitos. O tinsalubre est classificado de acordo com as normas previstas na Portaria n 3.214/78 do MinisTrabalho, quando o adicional de insalubridade for requerido atravs de processo judicial, necessria percia tcnica por profissional competente e devidamente registrado no MinistTrabalho e Emprego.

    Os empregados que trabalham em condies insalubres tm assegurada a percepo de adno importando o salrio que recebem (art. 192 da CLT).

    H trs graus de insalubridade: mximo, mdio e mnimo, correspondendo ao valor adici

    40%, 20% e 10%, respectivamente.A jurisprudncia consolidada do Tribunal Superior do Trabalho estabelecia o salrio mnim

    base de clculo do adicional de insalubridade, nos casos em que no houvesse previso deprofissional para a categoria do empregado, conforme a Smula n 17 do TST e ainda a antiga da Smula n 228 que estipulava: O percentual do adicional de insalubridade incide sobre omnimo de que cogita o art. 76 da CLT, salvo as hipteses previstas na Smula n 17.

    Em 9 de maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal editou a Smula Vinculante n 04seguinte teor: Salvo nos casos previstos na Constituio, o salrio mnimo no pode ser usad

    indexador de base de clculo da vantagem de servidor pblico ou de empregado, nem ser subpor deciso judicial.Para adequar a jurisprudncia trabalhista ao decidido pelo STF, o TST cancelou a Smula

    reformulou a Smula n 228, cuja redao passou a ser: A partir de 9 de maio de 2008, publicao da Smula Vinculante n 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridacalculado sobre o salrio bsico, salvo critrio mais vantajoso fixado em instrumento coletivo

    A partir de ento, surgiram divergncias a respeito da nova redao dada Smula 228 dexceto nos casos de categorias que possuem salrio profissional previsto em lei (mdicos, deengenheiros, advogados, etc.), sobre o qual o adicional calculado, e de algumas ca

    profissionais que possuem instrumento normativo fixando piso salarial para base de clinsalubridade.

    Diante da insegurana jurdica pela indefinio da base de clculo para o adicioinsalubridade, o Tribunal Superior do Trabalho tem se manifestado em vrios acrdocontinuidade do Salrio Mnimo como indexador, enquanto no for superada a inconstitucionpor meio de legislao.

    De forma que, nos casos em que no existe salrio profissional, a base adotada continua Salrio Mnimo, porm, deve-se atentar para o fato de que, a qualquer momento, podero surgdiretrizes a respeito dos critrios para este clculo, portanto, prudente sempre consurisprudncia no sitewww.tst.jus.br.

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    O adicional de insalubridade integra a remunerao do empregado para o clculo dos trabalhistas.

    Se um empregado trabalhar em servio insalubre e perigoso, dever optar ou pelo adiciinsalubridade, ou pelo de periculosidade, conforme lhe convier, pois estes no podem ser acum

    6.1. Formas e frmulas de clculos

    Adicional de InsalubridadeGrau mximo = Base de clculo x 40%Grau Mdio = Base de clculo x 20%

    Grau mnimo = Base de clculo x 10%

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    7. Adicional de Periculosidade

    O adicional de periculosidade pago ao empregado que trabalha em servios que oferecem

    vida. So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovaMinistrio do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem permanente com inflamveis ou explosivos, em condies de risco acentuado.

    A caracterizao e a classificao de insalubridade ou periculosidade, segundo normMinistrio do Trabalho, sero feitas por meio de percia a cargo de Mdico do Trabalho ou Engdo Trabalho, registrados no Ministrio do Trabalho.

    O empregado que trabalha em condies de periculosidade recebe um adicional de 30% salrio contratual, no incidindo esse percentual sobre outros adicionais, ou sobre gratifprmios e participao nos lucros da empresa.

    importante salientar que o adicional de periculosidade de 30% sobre o salrio-base.Em relao aos eletricitrios, o clculo do adicional de periculosidade dever ser efetuado

    totalidade das parcelas de natureza salarial.(Enunciado 191 do TST).

    7.1. Formas e frmulas de clculos

    Adicional de Periculosidade = Salrio Base x 30%Clculo de Salrio Mensal com PericulosidadeSalrio Base = R$ 600,00 + 30% = R$ 780,00

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    8. Dcimo Terceiro Salrio ou Gratificao Natalina

    O art. 7, inciso VIII, da Constituio Federal, estabeleceu a expresso dcimo terceiro

    para a gratificao natalina. Foi institudo pela Lei 4.090/62 e complementado pela Lei 4.Abrange, inclusive, o trabalhador avulso, o domstico e os aposentados, tendo como remunerao ou o valor da aposentadoria.

    Para efeito desse clculo, leva-se em conta o ano civil (janeiro a dezembro). O 13corresponde gratificao de 1/12 da remunerao devida em dezembro, por ms de serviocorrespondente. A frao igual ou superior a 15 dias de trabalho ser equivalente ao ms integr

    No clculo do 13 salrio, sempre ser integrado o tempo de aviso-prvio indenizado ou trabIntegram o dcimo terceiro salrio, alm do salrio contratual, as horas extras habitu

    prestadas, os adicionais, as gratificaes, enfim, todas as parcelas de natureza salarial pduodcimo.

    Poder ser requerido pelo empregado adiantamento da primeira parcela do dcimo terceconcesso das frias, desde que solicitado por escrito no ms de janeiro.

    8.1. Dcimo terceiro salrio integral

    O empregado que trabalha o ano todo, de janeiro a dezembro, faz jus ao dcimo terceiro

    integral: 12/12 (doze, doze avos), ou seja, uma remunerao integral do ano, devida conformedo ms de dezembro.

    13 integral = remunerao mensal

    8.2. Dcimo terceiro salrio proporcional

    O empregado que no trabalhou o ano todo, ou porque foi admitido no correr do ano, ou

    teve resciso de contrato sem justa causa, ou ainda porque houve meses em que faltou mais deinjustificadamente, ter direito ao dcimo terceiro salrio proporcional aos meses trabalhados Como exemplo, um empregado que foi admitido em 1 de outubro, em dezembro far jus a dcimo terceiro; o que foi admitido em 5 de janeiro, tendo rescindido o contrato em 18

    (computado o aviso-prvio), perceber 4/12 a ttulo de dcimo salrio, e o empregado que tcontrato vigorando de janeiro a dezembro, mas em maio faltou injustificadamente por 18 dias,a 11/12 de dcimo salrio.

    13 proporcional = remunerao mensal 12 meses x n de meses trabalhados

    8.3. Primeira parcela

    A primeira parcela deve ser paga at 30 de novembro do ano em curso, salvo se paga por

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    das frias. Essa parcela no sofrer descontos previdencirios e fiscais.O valor ser a metade da remunerao do ms anterior ao pagamento, de forma que, se for

    em abril por ocasio das frias, o valor corresponder a 50% do salrio de maro. A base sems anterior ou o ltimo salrio. Quando o empregado recebe remunerao varivel, paganovembro, a metade da mdia mensal dos valores recebidos at o ms de outubro.

    8.3.1. Formas e frmulas de clculos da primeira parcela

    Empregado Mensalista admitido em 27/06/2008(5 meses at novembro)Salrio Mensal R$ 600,00 12 meses = R$ 50,00 (1/12)13 salrio = 50,00 x 5 meses = R$ 250,00

    1 Parcela = 250,00 2 = R$ 125,00Salrio Varivel do empregado admitido em 12/08/2008(3 meses at outubro)

    Agosto . . . . . . . R$ 360,00Setembro . . . . . R$ 500,00Outubro . . . . . . R$ 440,00Total . . . . . . . . . R$ 1.300,00

    Mdia Mensal = 1.300,00 3 meses = R$ 433,331/12 da Mdia mensal = 433,33 12 = R$ 36,11

    13 salrio = 36,11 x 3 meses = R$ 108,331 parcela = 108,33 2 = R$ 54,17

    8.4. Segunda parcela

    A segunda parcela deve ser paga at 20 de dezembro do ano em curso, e seu valor corresp50% do salrio do ms de dezembro, se o empregado trabalhou de janeiro a dezembro. Nessasero descontadas as contribuies fiscais e previdencirias que incidem sobre o valor do

    terceiro salrio integral, ou seja, da primeira e da segunda parcelas.Se o empregado recebe remunerao varivel, dever ser feita a mdia do salrio mensal de

    a novembro, obtendo-se 1/11, ou do ms em que foi admitido at novembro, e o pagamento deste valor dever ser efetuado at 20 de dezembro. At o dia 10 de janeiro do ano seguempregador dever acertar a diferena correspondente a 1/12 da segunda parcela, pagacompensando o respectivo valor.

    Existem salrios compostos de parte varivel e parte fixa; nesses casos, utilizam-se critrios: para a parte varivel, procura-se a mdia dos meses trabalhados, divide-se pomultiplica-se pelo nmero de meses trabalhados, dividindo-se o resultado por 2; para a par

    encontra-se 1/12 do salrio de dezembro, multiplica-se pelo nmero de meses trabalhados, div

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    se por 2, ou simplesmente, 50% do salrio de dezembro quando o empregado trabalhou desde j8.4.1. Formas e frmulas de clculos da segunda parcela

    Empregado Mensalista que trabalhou o ano todo:

    2 parcela do 13 Salrio = Salrio de Dezembro 2Empregado mensalista que no trabalhou o ano todo:

    Salrio Dezembro - 1 parcela paga em novembroEmpregado com salrio varivel, cujo total dos salrios de janeiro a novembro foi R$ 4.400

    Mdia mensal = R$ 4.400,00 11 = R$ 400,00 (1/11)A 2 Parcela somada 1 Parcela dever totalizar R$ 400,00.Em dezembro, a comisso desse empregado foi de R$ 688,00.

    Total recebido no ano = R$ 4.400,00 + R$ 688,00 = R$ 5.088,00Mdia Mensal do ano = R$ 5.088,00 12 meses = R$ 424,00Valor do 13 pago em 20 de dezembro = R$ 400,00

    Diferena a receber at 10 de janeiro = R$ 424,00 R$ 400,00 = R$ 24,00.

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    9. Frias

    A cada 12 meses de vigncia do contrato de trabalho (perodo aquisitivo), o empregado tem

    a um perodo de frias com, pelo menos, um tero (1/3) a mais da remunerao, dentro do concessivo (12 meses aps o perodo aquisitivo). O perodo de gozo de frias de 30 diprejuzo da remunerao, na seguinte proporo:

    30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) dias; 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 11(onze) faltas; 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas; 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) fal130, incisos l a lV, da CLT).

    Observa-se que as faltas a serem consideradas so apenas as injustificadas, pois no acar

    reduo das frias as ausncias consideradas legais. No so considerados tambm, para esse e

    atrasos e as faltas de meio expediente, tampouco aquelas ausncias que, embora injustificadas,sido abonadas pela empresa.

    vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do empregado ao servio.Perder o direito a frias o empregado que, durante o ano (perodo aquisitivo): Permanecer em licena remunerada por mais de 30 dias; Deixar de trabalhar por mais de 30 dias, com percepo de salrios, em decorrncia de par

    parcial ou total dos servios da empresa;

    Pedir demisso e no for readmitido dentro de sessenta dias subsequentes a sua sada; Tiver recebido da Previdncia Social por acidente de trabalho ou auxlio-doena por maisdias.

    Nos casos de regimes de trabalho a tempo parcial, o empregado ter direito a frias apperodo de doze meses de vigncia do contrato de trabalho, na seguinte proporo:

    I dezoito dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, at vintehoras;II dezesseis dias, para a durao do trabalho semanal superior a vinte horas, at vinte

    horas;III quatorze dias, para a durao do trabalho semanal superior a quinze horas, at vinte hoIV doze dias, para a durao do trabalho semanal superior a dez horas, at quinze horas;V dez dias, para a durao do trabalho semanal superior a cinco horas, at dez horas;VI oito dias, para a durao do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.Na modalidade de jornada a tempo parcial, quando houver mais de sete faltas injustificadas

    o perodo aquisitivo, o perodo de frias ser reduzido pela metade (art. 130-A da CLT).

    O perodo de frias ser computado, para todos os efeitos, como tempo de servio.A lei faculta ao empregador o direito de marcar a poca das frias aos empregados, desde q

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    perodo concessivo no ultrapasse o limite de doze meses subsequentes data da aquisio. Apprazo, o pagamento das frias dever ser pago em dobro.

    Em determinados casos, as frias podero ser concedidas em dois perodos, nenhum dopoder ter menos de 10 dias corridos.

    9.1. Frias proporcionais

    O empregado ter direito a perceber o valor das frias proporcionais em todas as modalidresciso do contrato de trabalho, salvo, na despedida por justa causa.

    As frias proporcionais so calculadas na base de 1/12 por ms de servio ou frao superdias (computa-se como ms integral), de acordo com a proporcionalidade estabelecida no artCLT.

    O perodo de aviso-prvio integra o tempo de servio para efeito das frias, seja trabalhindenizado.

    9.2. Frias indenizadas na resciso do contrato de trabalho

    O empregado que for despedido por justa causa no ter direito a frias proporcionais. Tero

    ao seu recebimento apenas aqueles que forem despedidos sem justa causa, ou aqueles cujo cotermo se extinguir.

    Em relao s frias no gozadas, o empregado dever receber indenizao em qualquer resciso de contrato, sejam elas simples, quando dentro do perodo aquisitivo, ou em dobro, no ter ultrapassado o perodo aquisitivo, ou seja, mais de 12 meses aps o perodo aquisitivo.

    9.3. Remunerao das frias

    O pagamento das frias deve ser acrescido de um tero (1/3) sobre a remunerao

    conforme disposto no inciso XVII do art. 7 da CF/88. Todas as verbas constantes do salrio io clculo para o pagamento das frias.

    O clculo do valor das frias facilitado, j que o art. 142 da CLT diz que a remunerao se

    data da concesso, e a Smula 7 do TST dispe que a indenizao pelo no deferimento das ftempo oportuno ser calculada com base na remunerao devida ao empregado poca da reclou, se for o caso, da extino do contrato. Assim, no necessrio calcular o valor remunerao da poca e atualiz-lo.

    Se o empregador demorar dois anos para conceder as frias ao empregado, ele pagar com oda poca da concesso. Em caso de resciso, o salrio utilizado para o clculo ser o da rescis

    Quando o salrio for varivel ou por tarefa, ser feita a mdia do perodo aquisitivo; qusalrio for por percentagem ou comisso, ser apurada a mdia percebida pelo empregado no de aquisio do perodo de frias.

    Para obter o valor das frias integrais, acrescenta-se um tero (1/3) ao salrio da p

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    concesso ou da indenizao.Para obter o valor das frias proporcionais, toma-se a remunerao mensal da poca do pag

    (geralmente resciso), divide-se por doze e multiplica-se pelo nmero de meses trabalhados iou em frao igual ou superior a 15 dias, e acrescenta-se um tero (1/3).

    9.4. Um tero (1/3) constitucional

    Assegura a Constituio Federal (art. 7, XVII) o pagamento de um tero a mais do que onormal, por ocasio das frias, sejam elas integrais, proporcionais ou em dobro, gozaindenizadas.

    9.5. Abono pecunirio de frias

    facultado ao empregado converter um tero do seu perodo de frias em abono pecuni

    valor correspondente remunerao das frias j acrescidas de 1/3, conforme previsto no artCLT.Por exemplo: um empregado com direito a frias de 30 dias poder optar entre descansa

    perodo ou, no caso de requerer o abono pecunirio, descansar durante apenas 20 dias, dtrabalhar os outros 10 dias, pelos quais receber o valor correspondente ao salrio dos 10 diasadicional de 1/3, o chamado Abono Pecunirio de Frias.

    O abono dever ser requerido pelo empregado, por escrito, at 15 dias antes do trmino do aquisitivo. O pagamento do abono em questo dever ser discriminado no recibo de frias e mesma ocasio. J o saldo dos dias trabalhados dever ser pago junto com a folha de pagam

    ms competente.

    9.6. Frmulas de clculos

    Frias Integrais = Remunerao Mensal + 1/3

    Frias Proporcionais = Remunerao 12 x (n meses trabalhados) + 1/3

    Proporcionalidade das faltas no justificadas sobre as frias:

    Perodo do contrato de trabalho de 15.02.2008 a 19.10.2008 (8 meses), tendo 7 faljustificadas no perodo, resultando em 24 dias de frias (art. 130 CLT)

    Salrio R$ 480,00Valor das frias proporcionais correspondentes a 8/12 =R$ 480,00 30 dias = R$ 16,00 p/dia

    16,00 x 24 dias = R$ 384,00 12 meses = R$ 32,00 (1/12)R$ 32,00 x 8 meses = R$ 256,00 + 1/3

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    Abono Pecunirio de Frias:

    Salrio mensal = R$ 900,00 (R$ 30,00 dia)Valor dos 20 dias de frias gozadas:R$ 30,00 x 20 dias + 1/3 = R$ 800,00

    Valor do abono pecunirio:R$ 30,00 x 10 + 1/3 = R$ 400,00Frmula: Valor do salrio mensal 3 x 4 3

    O saldo dos 10 dias ser pago via folha de pagamento.

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    10. Adicional por Tempo de Servio

    Est previsto nas normas coletivas de determinadas categorias que a cada ano o trabalha

    direito a 1% de acrscimo sobre o salrio-base, dependendo das disposies normativaadicional tambm se denomina anunio, decnio, trinio, quinqunio, conforme o caso. Insalrio para todos os efeitos legais.

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    11. Prmios, Abonos e Gratificaes

    Os prmios so vinculados a comportamentos e resultados de ordem pessoal do empregad

    suplemento salarial conferido pela liberalidade do empregador, mas tambm podem estar delinas normas da categoria.

    O abono consiste num adiantamento em dinheiro, numa antecipao salarial ou num val

    concedido ao empregado. De acordo com o art. 457, 1, da CLT, integra o salrio, porm,houver habitualidade no pagamento, fica margem para interpretaes contrrias.As gratificaes, geralmente, esto vinculadas aos resultados positivos da empresa, e

    desempenho do empregado. Podem ser: ou ajustadas contratualmente, ou decorrentes da libedo empregador, ou constam das normas coletivas da categoria. Seu pagamento pode ser esporhabitual, em quantia fixa ou varivel, a todos ou a determinados empregados.

    Quanto natureza salarial dos abonos, prmios e gratificaes, se estas forem contratuais ehabitualidade, no existe dvida de que integram o salrio; quando, porm, o pagamento for emotivado por liberalidade e sem ajuste anterior, a doutrina entende que no existe natureza s

    porque esta pressupe periodicidade, uniformidade e habitualidade no pagamento.

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    12. Participao nos Lucros

    um valor distribudo aos empregados, referente a um percentual dos resultados positivos

    na empresa; no verba salarial e s ocorre quando h lucro.

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    13. Auxlio-alimentao

    O auxlio-alimentao fornecido de acordo com as determinaes da Lei n 6.321/76, que i

    o Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT), mesmo no sendo gratuito, no conssalrio-utilidade, tampouco incorpora a remunerao do empregado. H entendurisprudenciais que consideram este um pagamento de natureza indenizatria, e no salarial.

    Sempre que no observada a Lei n 6.321/76, aplica-se o disposto no Enunciado n 241 dSalrio-utilidade Alimentao: O valor para refeio, fornecido por fora do contrato de trtem carter salarial, integrando a remunerao do empregado, para todos os efeitos legais. O alimentao concedido espontaneamente pelo empregador integra o salrio do empregado. Mehaja acordo coletivo ou adeso ao PAT, o carter salarial no muda para os empregados que reo benefcio antes das novas regras, pois j havia sido incorporado ao salrio. O pagamento em cobrado (descontado) do trabalhador, considerado salrio-utilidade, integrando a base salaria

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    14. Vale-transporte

    Foi institudo pela Lei 7.418/85 e regulamentado pelo Decreto 95.247/87. Trata-se de um b

    fornecido pelo empregador, antecipadamente, para que o trabalhador possa se deslocar da respara o trabalho e vice-versa.

    O vale-transporte utilizvel nos meios de transportes coletivos pblicos: urbanos, intermu

    ou interestaduais com caractersticas de urbano.O vale-transporte, concedido na forma da lei, no se constitui em salrio, no sendo, ptributvel sob qualquer aspecto.

    O valor do vale-transporte ser rateado da seguinte forma:

    Trabalhador = desconta at 6% do seu salrio-baseEmpregador = o que exceder aos 6% do salrio-base do empregado.

    Por haver um entendimento de que ele deveria ser calculado sobre o salrio proporcional teis trabalhados, surgiram divergncias quanto base de clculo para esse benefcio. Mas, noMTb n 15/92 da Secretaria de Fiscalizao do Trabalho, prevalece a orientao de que a clculo o salrio bsico mensal, independentemente dos dias trabalhados, salvo disposio dem sentenas ou normas coletivas.

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    15. Salrio-famlia

    um benefcio da Previdncia Social devido ao empregado urbano e rural em atividade (ex

    domstico), ou avulso, que receba at um teto limitado pelo governo. Deve ser pago na propouma quota de valor fixo em relao a cada filho menor de 14 anos, ou invlido, mensalmenlimite de nmero de filhos. Tambm tm direito a ele, nas mesmas condies, o enteado e o

    sem recursos, quando o segurado for tutor. Esse benefcio tem caractersticas especiais por fuem regime de compensao, uma vez que o empregador paga o valor correspondente ao famlia aos empregados e depois o desconta do total das contribuies que deve recPrevidncia. Quando o pai e a me so segurados, o salrio-famlia devido aos dois.

    O valor do salrio-famlia fixo, reajustado periodicamente pelo governo; devido durantperodo do contrato e em qualquer tipo de resciso, no se caracterizando verba salarial. Se a aou demisso ocorrer no decurso do ms, o salrio-famlia ser pago na proporo dos dias trabPara o trabalhador avulso, a quota ser integral, independentemente do total de dias trabalhado

    O benefcio ser encerrado quando o(a) filho(a) completar 14 anos.

    O valor do salrio-famlia, desde 10/01/2013, de R$ 33,16, para quem ganha at R$ 646,R$ 23,36 para o empregado que recebe salrio de R$ 646,55 at R$ 971,78 (Portaria InterminMPS/MF n 15).

    15.1. Frmula de clculo

    Salrio-Famlia = Valor-quota x n de filhos menores

    de 14 anos ou invlidos

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    16. Salrio-maternidade

    um benefcio da Previdncia Social concedido a toda gestante e mes adotivas seg

    inclusive empregada domstica e trabalhadora avulsa. pago pelo INSS pelo perodo de 12durante a licena-maternidade, atravs da rede bancria conveniada ou empresa seguradadevida compensao do valor, conforme a Lei 10.710, de 05/08/03 (www.mpas.gov.br).

    O valor do salrio-maternidade corresponde a uma renda mensal igual remunerao da seTambm pago o 13 salrio relativo ao perodo de licena.Durante o perodo de licena, o empregador dever recolher o FGTS e pagar ao INSS

    relativo contribuio que lhe cabe sobre o salrio da segurada.

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    17. Ajuda de Custo

    Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, a ajuda de custo tem natureza indenizatria

    salarial; paga de uma s vez, para atender a certas despesas eventuais. As ajudas de cuscomuns so as relativas a transferncias e dirias para viagem, devendo ser levadas em coclculos somente para efeito de indenizao.

    As dirias para viagem so consideradas ajuda de custo quando no ultrapassam 50% do aps esse limite, passam a incorporar o salrio.

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    18. Adicional de Transferncia

    O adicional de transferncia um tipo de ajuda de custo, previsto no 3 do art. 469 da Cadicional de, no mnimo, 25% do salrio, enquanto durar a transferncia. O salrio a que sno especifica se salrio-base ou remunerao total, dando margem a divergncias, madefinies adotadas neste estudo sobre verbas salariais, fica bem claro que o adicional se resalrio-base mais as parcelas de natureza salarial.

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    19. Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS

    O FGTS foi institudo pela Lei 5.107/66. um direito constitucional direcionado aos emp

    urbanos e rurais, na forma do art. 7, III, da CF/88, disciplinado pela Lei 8.036/90 e pelo 99.684/90. Todo empregado admitido a partir da Constituio de 1988 tem direito aos depFGTS, obrigatoriamente, assim como aqueles que por ele optaram antes da CF/88. A finali

    criao desse benefcio foi substituir a indenizao por tempo de servio e eliminar a estabiliempregado.Consiste em um percentual incidente sobre a remunerao do empregado, o qual d

    depositado pelo empregador em uma conta especial da Caixa Econmica Federal, em nempregado, at o 7 dia de cada ms subsequente ao ms vencido. Este fundo tambm garamulta indenizatria em determinado