CARTA ANUAL Anual de...bilhões do ano anterior; a superação das metas de acréscimo de ligações...

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MISSÃO: Prestar serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, com excelência e sustentabilidade, contribuindo para universalização e melhorando a qualidade de vida.

2020 Ano Base 2019

CARTA ANUAL De Políticas Públicas e Governança Corporativa


1

Sumário

Mensagem da Administração da Embasa .................................................................. 2

Identificação Geral da Sociedade ............................................................................... 5

1. Políticas Públicas ............................................................................................. 7

1.1. Interesse público subjacente às atividades empresariais ..................................... 7

1.2. Políticas Públicas ............................................................................................. 11

1.3. Metas relativas ao desenvolvimento de atividades que atendam aos objetivos .. 15

1.4. Recursos para custeio das Políticas Públicas ................................................... 25

1.5. Impactos econômico-financeiros da operacionalização das Políticas Públicas ... 29

1.6. Estruturas de controles internos e gerenciamento de riscos .............................. 31

2. Governança Corporativa ................................................................................ 38

2.1. Estrutura Organizacional .................................................................................. 38

2.2. Planejamento Estratégico e Processos ............................................................. 39

2.3. Investimentos ................................................................................................... 41

2.4. Atividades desenvolvidas ................................................................................. 42

2.5. Estrutura de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance ..................... 44

2.6. Gestão de Riscos ............................................................................................. 45

2.7. Controles Internos ............................................................................................ 47

2.8. Compliance ...................................................................................................... 50

2.9. Políticas e práticas de governança corporativa ................................................. 56

2.10. Descrição da composição e da remuneração da administração ......................... 59

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Mensagem da Administração da Embasa

Considerando o desafio de universalizar o acesso à água tratada e ao serviço

de esgotamento sanitário, o ano de 2019 foi bastante crítico para o setor de

saneamento. Os debates em torno dos projetos que visam alterar a lei federal

nº 11.445/2007 (marco regulatório do saneamento básico em vigor) deixaram

claro que as empresas estaduais de saneamento terão que investir fortemente

em desenvolvimento institucional no intuito de cumprirem seu papel com maior

eficiência e eficácia, bem como, deverão buscar alternativas e novos arranjos

para o financiamento de seus empreendimentos.

O planejamento estratégico realizado para o ciclo 2016-2019 definiu metas e

visão a serem atingidas através de estratégias concebidas com base numa

avaliação criteriosa e dinâmica dos cenários interno e externo. Não obstante os

avanços alcançados no período, a instabilidade causada no setor no ano de

2019, em função das discussões inconclusas sobre as alterações do marco

regulatório, ensejou o adiamento da elaboração do planejamento estratégico

para o novo ciclo, concomitante à ampliação do plano em vigor por mais um

ano, agregando-se a ele novos desafios a serem enfrentados em 2020 com

base nas oportunidades e ameaças já postas e, com efeito, no curto prazo.

No intuito de enfrentarmos todos os desafios presentes e futuros, e de modo

alinhado à nossa visão, que é a de sermos uma empresa de excelência no

setor, buscamos adequar o nosso sistema de gestão ao Modelo de Excelência

na Gestão (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Investimos em

capacitação do corpo gerencial e funcional e concebemos práticas gerenciais

para o atendimento aos requisitos do referido modelo. Visando reconhecer os

avanços obtidos e coroar os esforços realizados em 2019, tivemos dez

unidades regionais participando do Prêmio Nacional da Qualidade em

Saneamento (PNQS), que se baseia nos critérios de excelência do MEG. Nove

unidades foram premiadas, demonstrando que nossa caminhada rumo à

excelência está bem pavimentada.

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Entre os nossos principais resultados positivos obtidos em 2019, destacamos:

o aumento de 7% da receita líquida, que foi de R$ 3,1 bilhões ante R$ 2,9

bilhões do ano anterior; a superação das metas de acréscimo de ligações de

água e de esgoto, sendo 93.829 e 45.191 novas ligações, respectivamente; e a

retomada do crescimento dos volumes faturados de água e esgotamento, em

decorrência de melhorias operacionais.

Outro destaque foi o avanço significativo em nossa carteira de contratos de

programa. Encerramos o ano com 167 novos contratos, totalizando 175

contratos vigentes, que oferecem segurança jurídica para a Embasa continuar

prestando seus serviços e realizando investimentos, além de garantir aos

municípios (poder concedente) a existência de instrumentos contratuais em

que metas de cobertura e qualidade na prestação dos serviços são pactuadas

e avaliadas periodicamente.

Com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, baseado nos requisitos

da Norma ISO 14.001, iniciada em novembro, vamos aprimorar nossa gestão e

desempenho ambiental. Somam-se a isso outras frentes de trabalho, como

monitoramento e controle dos reservatórios, o estudo da disponibilidade hídrica

do Aquífero São Sebastião, que abastece grande parcela do nordeste do

Estado, além de nossa participação na elaboração do Plano de Mitigação e

Adaptação às Mudanças do Clima em Salvador, iniciativas que vão nos permitir

adotar as melhores estratégias e investimentos para uso eficiente dos recursos

hídricos, garantindo segurança hídrica a médio e longo prazos.

Dentre os desafios a serem vencidos, o da sustentabilidade econômico-

financeira é um dos mais complexos. A conjuntura macroeconômica do país

não vem permitindo que os ajustes tarifários cabíveis e necessários sejam

aplicados e, por outro lado, a expansão dos nossos serviços vem ocorrendo

em áreas periféricas e de baixa densidade populacional, o que tem resultado

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no aumento do custo marginal de exploração dos serviços. Tal contexto nos

impele a buscar maior produtividade e eficácia em nossos processos, esforço

que vem gerando uma curva ascendente em nossa margem Ebitda que, em

2019, manteve-se acima dos 20%.

A evolução da nossa gestão econômico-financeira, bem como do desempenho

dos processos em geral, têm resultado em excedentes econômicos crescentes

que vêm sendo utilizados em investimentos para reposição de ativos e

ampliação da cobertura dos serviços. Dos 461 milhões de reais investidos em

2019, 60% são recursos próprios.

Em síntese, estes são alguns dos resultados alcançados em 2019 que refletem

o esforço diário do nosso acionista majoritário, o Governo do Estado, dos

gestores, empregados e parceiros da Embasa em prol da melhoria da

qualidade de vida dos baianos e do desenvolvimento do Estado, compromissos

maiores de nossa empresa e que serão detalhados nas próximas páginas.

Diretoria Executiva e Conselho de Administração

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Salvador, 17 de dezembro de 2020.

CARTA ANUAL DE

POLÍTICAS PÚBLICAS E GOVERNANÇA CORPORATIVA

Em conformidade com o artigo 8º, incisos I e VIII, da Lei Federal nº 13.303, de

30 de junho de 2016; com o artigo 13, incisos I e VIII, do Decreto Federal nº

8.945, de 27 de dezembro de 2016, e com o artigo 4º, inciso II, do Decreto

Estadual nº 18.470, de 29 de junho de 2018, o Conselho de Administração

subscreve a presente Carta Anual de Políticas Públicas e de Governança

Corporativa da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A - Embasa,

referente ao exercício social de 2019.

Identificação Geral da Sociedade

CNPJ 13.504.675/0001-10.

NIRE 29300012271.

Sede Social 4ª Avenida, nº 420, Centro Administrativo da

Bahia, Cep. 41.750-002, Salvador, Bahia.

Tipo de Estatal Sociedade de economia mista.

Acionista Controlador Governo do Estado da Bahia.

Tipo Societário Sociedade de Economia Mista Estadual.

Tipo de Capital Fechado.

Abrangência de Atuação Regional / Estadual.

Setor de Atuação Saneamento Básico.

Diretor Financeiro e Comercial Cláudio Britto Villas Boas

Telefone: 71 3372-4871

Email: [email protected]

mailto:[email protected]

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Auditores Independentes Atuais da Empresa

KPMG Auditores Independentes

Responsável Técnico: Hildebrando Oliveira Abreu Filho, CRC BA 029520/O-7

Contatos: (71) 3273-7350 / [email protected]

Conselheiros de Administração subscritores da Carta Anual de Políticas

Públicas

Cícero de Carvalho Monteiro - Presidente. CPF nº 245.164.145-20

Abelardo de Oliveira Filho - membro. CPF nº 096.009.905-06

Carlos Eduardo Gabas - membro. CPF nº 067.194.598-05

Edmon Lopes Lucas - membro. CPF nº 041.126.285-87

Iêda Aparecida de Moura Cagni - membro. CPF nº 820.132.251-72

Luciane Rosa Croda Stenzel - membro. CPF nº 597.348.255-34

Rogério Costa Cedraz - membro. CPF nº 642.163.305-68

Administradores subscritores da Carta Anual de Governança Corporativa

Rogério Costa Cedraz - Presidente CPF nº 642.163.305-68

Gervásio Prazeres de Carvalho - Diretor de Gestão Corporativa CPF nº 118.740.315-68

Cláudio Britto Villas Boas - Diretor Financeiro e Comercial CPF nº 065.352.245-20

César Silva Ramos - Diretor Técnico e de Planejamento CPF nº 615.523.305-59

Rita de Cássia Sarmento Bonfim - Diretora de Empreendimentos CPF nº 405.895.875-87

Carlos Ramires Magalhães Brandão - Diretor de Operação da RMS CPF nº 248.635.305-44

José Ubiratan Cardoso Matos - Diretor de Operação do Interior CPF nº 452.920.195-34

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1. Políticas Públicas

1.1. Interesse público subjacente às atividades empresariais

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - Embasa é uma sociedade

de economia mista de capital autorizado, pessoa jurídica de direito privado, a

qual o Estado da Bahia é o acionista majoritário e possui 99,70% do capital

total da companhia. O capital autorizado, conforme Estatuto Social é de R$ 5,7

bilhões, representado por 800 milhões de ações nominativas, sendo 520

milhões de ações ordinárias e 280 milhões de ações preferenciais. As ações

preferenciais não têm direito a voto, mas oferecem a seus titulares dividendos

iniciais, não cumulativos, de 6% ao ano, sobre o lucro líquido do exercício. A

composição acionária atual, de acordo com o capital integralizado, está

apresentada na tabela a seguir.

Acionistas Quantidade de ações

Ordinárias % Preferenciais % Total %

Estado da Bahia 415.735.513 99,99 224.715.751 99,15 640.451.264 99,70

Sociedade de Previdência Complementar da Dataprev

0 0 523.147 0,23 523.147 0,08

Particulares - pessoa jurídica

0 0 33.490 0,01 33.490 0,01

União 35.281 0,01 360.682 0,16 395.963 0,06

Município 0 0 294.343 0,13 294.343 0,05

Departamento Nacional de Obras Contra a Seca

(Dnocs) 0 0 125.113 0,06 125.113 0,02

Particulares - pessoa física 117 0 208.854 0,09 208.971 0,03

Outros órgãos federais 0 0 61.050 0,03 61.050 0,01

Em tesouraria 0 0 313.863 0,14 313.863 0,05

Total 415.770.911 100 226.636.293 100 642.407.204 100

Composição dos Acionistas

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A Embasa foi criada em 11 de maio de 1971, pela lei estadual nº 2.929, quando

aconteceram as primeiras iniciativas em saneamento básico no país. O Plano

Nacional de Saneamento (Planasa), primeira iniciativa federal no sentido de

instalar serviços de água e esgoto em cidades que experimentavam franco

crescimento no Brasil, previa a implantação de um organismo em cada estado

que centralizasse as ações no setor de saneamento.

Na época, menos de 50% dos habitantes das zonas urbanas brasileiras

contavam com serviços de abastecimento de água e menos de 25%

dispunham de sistemas de esgotamento sanitário. A ausência de recursos

financeiros, planejamento, e a burocracia eram os principais entraves para que

a oferta dos serviços acompanhasse o crescimento da demanda.

Inicialmente, caberia à Embasa desenvolver projetos, construir, ampliar e

reformar diversos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário

em todo o Estado, enquanto a Companhia Metropolitana de Água e Esgoto

(Comae) e Companhia do Saneamento do Estado da Bahia (Coseb) iriam se

ocupar respectivamente, da operação dos sistemas de Salvador e região

metropolitana e do interior baiano. Em 1975, no entanto, essas companhias

foram extintas e seus serviços incorporados à Embasa, que passou a prestar

os serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

Atualmente, a empresa presta serviços de fornecimento de água tratada, coleta

e tratamento de esgoto sanitário, reafirmando seu compromisso com o

desenvolvimento sustentável, em consonância com a macroestratégia do

Governo do Estado: a universalização do acesso ao saneamento.

A Embasa, como executora da Política de Saneamento do Estado da Bahia,

foca seu atendimento na população urbana de sua área de concessão;

entretanto, seus serviços atingem uma considerável parcela da população rural

localizada na periferia das localidades urbanas e, principalmente, dispersa ao

longo dos diversos sistemas integrados.

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De um total de 417 municípios do Estado da Bahia, a Embasa passou a

atender 368 em 2019, com serviços de abastecimento de água (88% do

Estado) e 106 com serviços de esgotamento sanitário (25% do Estado),

totalizando mais de 3 milhões de ligações ativas e faturadas.

Com sede localizada em Salvador, as ações da Embasa são descentralizadas

por meio de 19 unidades regionais, sendo 6 em Salvador e Região

Metropolitana e 13 no interior do Estado. Essa estrutura é composta por 227

escritórios locais, responsáveis pela operação, manutenção, faturamento,

cobrança dos serviços e interação direta com os usuários, comunidade e

titulares.

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Em 2019, a Embasa passou a operar 453 sistemas de abastecimento de

água, dos quais 174 são sistemas integrados (atendem diversas localidades

pertencentes a um ou mais municípios) e 279 são locais. Em relação aos

sistemas de esgotamento sanitário, passou a operar 134, sendo 13 integrados

e 121 locais.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS), ano-base 2019, 80,11% da população dos municípios atendidos pela

Embasa possuía abastecimento de água e 36,07% era atendida com

esgotamento sanitário. Quando analisado especificamente o índice de

cobertura das áreas urbanas dos municípios atendidos pela Embasa, o

resultado para serviços de água é de 94,54% e para esgoto é de 48,34%.

Os índices de atendimento da região nordeste foram de 74,21% da população

com rede de abastecimento de água e 36,24% com rede de esgotos. No

cenário nacional, no mesmo período, o atendimento com rede de

abastecimento de água era de 83,62% e de 53,2% com coleta de rede de

esgotos, sendo que desses, 46% são tratados.

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1.2. Políticas Públicas

A aprovação da Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes

nacionais para o saneamento básico e para a politica federal de saneamento

basico, posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, impôs

novos desafios para os estados e municípios brasileiros, os quais passaram a

se estruturar para atender às exigências legais, com vistas à universalização

do acesso aos serviços públicos de saneamento básico, especialmente, os de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário, convergindo com o

objetivo principal das políticas públicas, que é o de promover o bem estar da

sociedade, influenciando diretamente na saúde, dignidade da pessoa humana,

qualidade de vida, expectativa de vida, bem como nos aspectos sociais e

econômicos. Dessa forma, a prestação dos serviços pela empresa de

saneamento deve atender às demandas da sociedade com eficiência, eficácia,

qualidade e equilíbrio econômico-financeiro.

A Lei Estadual nº 11.172/2008 institui princípios e diretrizes da Política

Estadual de Saneamento Básico - “conjunto de princípios, diretrizes, planos,

programas e ações a cargo dos diversos órgãos e entidades da administração

direta e indireta do Estado da Bahia, com o objetivo de proporcionar condições

adequadas de salubridade ambiental à população, especialmente por meio do

acesso à água potável e aos demais serviços públicos de saneamento básico,

bem como o controle social de sua execução, podendo ser implementada

através da cooperação e coordenação federativas” - bem como disciplina o

convênio de cooperação entre entes federados para autorizar a gestão

associada de serviços públicos de saneamento básico, dentre outras

providências.

A Embasa desempenha o papel de prestadora regionalizada atendendo a 367

municípios do Estado da Bahia, através de Contratos de Programa celebrados

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com estes, na vigência de gestão associada, autorizada por convênio de

cooperação entre entes federados ou por contrato de consórcio público. O

estabelecimento de convênios de cooperação entre os municípios e o Estado,

mostra o compromisso dos entes municipais em delegar a prestação dos

serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário para a

Embasa, uma vez cumpridas as exigências da Lei Federal nº 11.445/2007, e

possibilita que a empresa continue administrando estes serviços até que sejam

firmados os contratos.

O primeiro passo no processo de contratualização é a formalização de

convênios de cooperação para a gestão associada dos serviços públicos de

abastecimento de água e esgotamento sanitário entre o município e o Estado

da Bahia, seguido da elaboração de plano municipal de saneamento básico -

essencial para obtenção de recursos financeiros na esfera federal, realização

de estudos de viabilidade técnica e econômico-financeira e de audiências e

consultas públicas.

Em 2019, dos 367 municípios operados pela Embasa, 318 possuíam convênio

de cooperação, sendo que 40 novos convênios foram assinados ao longo do

ano. A carteira de contratos de programa da Embasa evoluiu fortemente no

período, fruto das flexibilizações regulatórias derivadas de medidas provisórias

e do esforço corporativo que melhorou o fluxo interno de todo o processo de

contratualização, chegando a 175 municípios com contratos assinados, entre

novos municípios a serem operados e renovações.

A manifestação do interesse público deve estar compatível com o objeto social

da empresa, ao passo que a sua persecução à atuação empresarial, por meio

do atendimento de políticas públicas, consoante à sustentabilidade econômico-

financeira.

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Desta forma, a Embasa somente atenderá políticas públicas que:

não contrariem preceitos socioambientais, morais e éticos;

estejam alinhadas com as Leis Federais nos 11.145/2007 (Política

Nacional do Saneamento Básico) e 13.303/2016 (Lei das Estatais) e

Lei Estadual nº 11.172/2008 (Política Estadual de Saneamento Básico);

sejam compatíveis com o seu objeto social;

não coloquem em risco a sustentabilidade financeira da empresa; e,

sejam formalizadas por meio de norma, regulamento ou instrumento

específico.

Com a missão de prestar serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário, a Embasa vem ampliando os índices de cobertura nos municípios sob

sua concessão, mediante aumento da capacidade dos sistemas existentes e

da implantação de novos em localidades ainda não atendidas. Os desafios do

saneamento básico no Estado da Bahia são grandes, dada sua extensão

territorial e as condições climáticas adversas, fato que influencia diretamente os

níveis dos mananciais. Todavia, os investimentos feitos pela Embasa têm

permitido desenvolver estratégias e ações para garantir a continuidade do

abastecimento de água para a população do Estado.

As ações do Programa Água para Todos (PAT), do Governo do Estado da

Bahia, executadas por meio da Embasa desde janeiro de 2007, contemplaram

672 obras de abastecimento de água, perfuração de 607 poços, além da

elaboração de projetos de sistemas de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário e ações de desenvolvimento institucional. Neste

período, a população beneficiada com o abastecimento de água saltou de 9,6

para 11,7 milhões de pessoas.

No período de 2016 a 2019, 463 localidades foram beneficiadas, 13% acima

da meta; 153 poços foram perfurados, 1,3% acima da meta; 441.286 ligações

de água foram realizadas, 10,3% acima da meta; 07 barragens, 40% acima da

meta.

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Para ampliar o acesso ao esgotamento sanitário em toda a Bahia, desde

janeiro de 2007, a Embasa realizou através do PAT, 188 obras de

esgotamento, beneficiando 2,6 milhões de pessoas.

No período de 2016 a 2019, 98 localidades foram beneficiadas com a

construção de sistemas de esgotamento sanitário, o que representa

aproximadamente 68% da meta estabelecida, bem como 302.154 ligações de

esgoto foram realizadas, o que representa aproximadamente 84% da meta

estabelecida. Esse desempenho foi influenciando pelo fato da redução de

recursos disponibilizados pelo governo federal, além de que, conforme a

cobertura é ampliada, aumenta a dificuldade de incremento de novas ligações,

pois as áreas remanescentes exigem intervenções de alta complexidade e

maiores custos, incorporando poucas ligações novas aos sistemas.

Das 132 barragens em operação, que compõem os sistemas de abastecimento

de água da Embasa, 27 se enquadram na Política Nacional de Segurança de

Barragens - PNSB (lei federal nº 12.334/2010), para as quais, a Embasa deu

continuidade em 2019 à implementação dos Planos de Segurança de

Barragens, com previsão de conclusão até 2022, conforme cronograma

acordado com o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão

que recebe anualmente um relatório acerca da segurança dessas barragens.

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No que diz respeito à disponibilização de água à população, a meta de novas

ligações para o ano foi superada, chegando a quase 94 mil. Houve discreta

melhora operacional, com redução nas intermitências (interrupções da

distribuição de água) tanto em quantidade de economias afetadas quanto no

tempo em que o serviço ficou interrompido. Um dos fatores que contribuiu para

garantir o abastecimento foi a maior utilização de águas subterrâneas, cujo

aumento registrado foi de 7% em 2019.

Também foi possível uma ampliação no volume disponibilizado à população,

que ficou em torno de 16,34 m3/mensais por economia, embora ainda esteja

abaixo da referência nacional, que é 19,69 m3/mensais. Não houve melhora

significativa nos índices de perdas na distribuição e por ligação, que são os

maiores desafios operacionais e que vêm sendo tratados corporativamente

pela Unidade de Redução e Controle de Perdas desde janeiro de 2019.

1.3. Metas relativas ao desenvolvimento de atividades que atendam

aos objetivos

A Embasa, por meio dos indicadores estratégicos, orientados à visão e aos

objetivos estratégicos da organização, monitora e avalia o atendimento às

políticas públicas. A seguir, uma breve descrição acerca do desempenho dos

indicadores, definidos em seu Planejamento Estratégico:

O Acréscimo de Ligações de Água, principal indicador relacionado à

universalização do acesso à água, ultrapassou a meta estabelecida para 2019

em 15%. Os empreendimentos concluídos que se destacam na contribuição

para estes resultados foram nas unidades de Feira de Santana, Paulo Afonso,

Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista. Entre as dificuldades

enfrentadas no período, que também impactaram no desempenho, está a

rescisão contratual das empresas terceirizadas responsáveis pela execução de

ligação de água e extensão de rede de distribuição em Camaçari e Candeias.

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Acréscimo de Ligações de Água 2019 2018 2017

Meta 81.324 108.482 125.000

Desempenho 93.829 104.281 116.687

Com relação ao indicador Acréscimo de Ligações de Esgoto, a execução do

planejamento de expansão de redes, retomada e conclusão de

empreendimentos e ações para regularização de ligações clandestinas de

esgoto contribuíram para o resultado apurado em 2019. Ainda que o

desempenho tenha superado a meta para o ano, foi o menor desde 2017. Essa

tendência se deve à redução de recursos disponibilizados pelo governo federal,

além de que conforme a cobertura é ampliada, aumenta a dificuldade de

incremento de novas ligações, pois as áreas remanescentes exigem

intervenções de alta complexidade e maiores custos, incorporando poucas

ligações novas aos sistemas.

Acréscimo de Ligações de Esgoto 2019 2018 2017

Meta 39.913 66.479 95.000

Desempenho 45.191 64.189 94.346

O Índice de Reclamações de Comunicação de Problemas, que mede a

relação do total de ocorrências/insatisfações registradas pelo cliente para cada

1 mil ligações ativas de água e/ou esgoto e tem apuração por tipo de operação:

água, esgoto e comercial, obteve desempenho positivo, com redução das

insatisfações de aproximadamente 20 pontos em relação à meta projetada

para 2019 e de 33 pontos em relação aos dois anos anteriores, o que

demonstra os avanços nos processos de execução, controle, fiscalização e

acompanhamento dos serviços. A redução das solicitações referentes a

vazamento de água, manutenção de esgoto e de hidrômetros contribuiu

diretamente para o resultado alcançado.

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Embora o resultado do Índice de Serviços Realizados no Prazo em 2019,

tenha sido inferior à meta projetada para o ano, o desempenho foi superior ao

registrado no ano anterior, mesmo com o aumento de quase 8% nas

demandas de serviços. Isso demonstra a evolução da gestão dos serviços de

campo, com destaque para os serviços comerciais e o atendimento às

demandas de esgotamento sanitário.

O Indicador de Eficiência da Cobrança Global, que mede a eficácia do

processo de arrecadação total, composto pela arrecadação do faturamento do

ano e de anos anteriores, embora desde 2017 não esteja atingindo a meta, tem

demonstrado um comportamento linear, obtendo cerca de 98% de

desempenho em relação à meta estabelecida, demonstrando que os trabalhos

de recuperação de débitos realizados registraram sensível avanço, mesmo

diante da conjuntura econômica adversa.

Eficiência da cobrança global (%) 2019 2018 2017

Meta 93,50 93,06 92,30

Desempenho 92,24 92,20 92,23

Índice de Reclamações e Comunicação de Problemas 2019 2018 2017

Meta 257,23 257,23 313,87

Desempenho 236,94 270,50 270,77

Índice de Serviços Realizados no Prazo

(%) 2019 2018 2017

Meta 92,02 92,02 82

Desempenho 90,05 89,96 91,02

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O número de Contratos de Programa firmados passou de apenas 02 em

2018 para 166 em 2019, 67% acima da meta estabelecida para o período.

Esse salto de desempenho se deu em função das flexibilizações regulatórias e

da melhoria no processo interno de contratualização. Com a assinatura de 40

novos convênios em 2019, a Embasa passou a ter 318 municípios com

Convênio de Cooperação, o que representa 86% do total de municípios

operados.

O Indicador Cumprimento dos Prazos dos Empreendimentos que mede o

prazo de implantação dos empreendimentos na Embasa, obteve um melhor

desempenho se comparado com o ano de 2018, decorrente, sobretudo, do

saneamento da base de empreendimentos, com o encerramento de 16 termos

de compromisso e contratos de financiamento, fruto das melhorias

implementadas na gestão dos empreendimentos. No entanto, em 2019 não

atingiu a meta, principalmente pela necessidade de relicitar alguns contratos de

obra, que provocaram o replanejamento dos empreendimentos e

consequentemente, a extensão dos prazos de conclusão, além de atrasos em

processos de desapropriações por via judicial e na liberação de licenças

ambientais e alvarás.

Número de novos

contratos de programa

firmados

2019 2018 2017 2016 2015-2007

Meta 100 60 35 15 -

Desempenho 166 2 0 0 6

Número de novos

convênios de cooperação

assinados

2019 2018 2017 2016 2015-2007

Meta 82 108 211 148 -

Desempenho 40 44 136 30 72

19/62


As metas de longo prazo deste indicador impõem uma tendência de redução

significativa no tempo de execução dos empreendimentos. A meta deste

indicador para 2024, por exemplo, é 1,23 vezes o prazo inicial do

empreendimento, sendo essa redução prevista, reflexo esperado da aplicação

da metodologia de gestão nos novos empreendimentos, principalmente.

O Índice de Qualidade das Obras, que avalia o atendimento dos requisitos de

desempenho pré-definidos para cada obra, em cinco módulos: gestão, saúde e

segurança do trabalho, ações ambientais, ações sociais e qualidade da obra

sob a ótica da operação, possui um papel fundamental na tomada de decisão,

já que possibilita a identificação e correção de fatores que interferem

diretamente nos resultados e prazos das obras, tais como pendências de

regularização fundiária, cumprimento de normas técnicas, gestão, meio

ambiente, saúde e segurança do trabalho, comunicação com partes

interessadas, dentre outros fatores. Em 2019, foram realizadas 11 avaliações

externas e 260 autoavaliações. O desempenho desse indicador foi de 88%

ante a meta estabelecida em 85% para o ano. Em função das oportunidades

de melhoria observadas durante as avaliações realizadas entre os anos de

2017 e 2019, a Embasa pretende revisar os critérios dos módulos de ações

sociais, de gestão e de saúde e segurança do trabalho em 2020.

Cumprimento dos Prazos dos Empreendimentos 2019 2018 2017

Meta 2,04 2,16 2,24

Desempenho 2,11 2,27 2,09

Índice de Qualidade das Obras (%) 2019 2018 2017

Meta 85% 80% 75%

Desempenho 88% 87% 86%

20/62


Em relação ao Cumprimento do Orçamento de Investimentos, indicador que

mostra o avanço entre os investimentos realizados e os previstos para cada

período, apesar dos esforços envidados para acelerar a execução dos

investimentos, a meta não foi alcançada. Entre os motivos estão problemas na

captação de recursos, a exemplo do cancelamento dos contratos de

financiamento com o Banco do Nordeste (BNB) em função de ajustes nas

condições das garantias contratuais; atrasos em obras e na perfuração de

poços e problemas com regularizações e desapropriações fundiárias. Outras

dificuldades foram relacionadas à adaptação às exigências trazidas pelo novo

Regulamento Interno de Licitações e Contratos (RILC), em atendimento à Lei

das Estatais, que impactaram as etapas de elaboração de termo de referência,

licitação e contratação.

O Índice de Perdas na Distribuição, ao contabilizar o volume total perdido de

água, o indicador aponta o nível de eficiência do sistema nos seus aspectos

operacionais (perdas reais, como vazamentos) e comerciais (perdas aparentes,

como fraudes e submedição), por isso consiste em um dos principais

indicadores monitorados por todas as empresas de saneamento. Mesmo com o

aumento da meta em relação ao ano de 2018, em função de ajustes no cálculo

do indicador, em 2019, a mesma não foi alcançada. É notório que nos últimos

anos o volume de perdas vem crescendo à medida que há incremento no

número de ligações e na extensão de rede e também porque as ações da

empresa voltadas à redução das perdas reais ainda carecem de

potencialização.

Cumprimento do Orçamento de Investimentos

(%) 2019 2018 2017

Meta 100 100 100

Desempenho 49 77 60

21/62


Índice de Perdas na Distribuição

(%) 2019 2018 2017

Meta 45,8% 43,7% 42,4%

Desempenho 46,5% 44,3% 44,2%

O Índice de Perdas de Ligação, no que tange ao parâmetro para apuração,

foi reformulado em 2018, tornando a meta para 2019 mais factível, no entanto

a mesma não foi alcançada no período.

Índice de Perdas por Ligação 2019 2018

Meta 277,55 263,90

Desempenho 291,8 274,90

A Abrangência das Intermitências, indicador que demonstra o percentual de

economias que sofrem interrupção no fornecimento de água durante o ano,

alcançou em 2019, um resultado positivo, em razão de ações de melhorias

operacionais nos sistemas críticos.

Abrangência das intermitências

(%) 2019 2018 2017

Meta 19,64 23,26 26,92%

Desempenho 18,5 19,75 22,15

O Tempo Médio de Abastecimento, indicador que demonstra, em horas, o

tempo médio de abastecimento de água nas áreas de atendimento, em 2019,

embora tenha superado o desempenho de 2018, ficou muito próximo mas não

alcançou a meta prevista para o período.

Tempo médio de abastecimento

(horas) 2019 2018 2017

Meta 21,76 21,76 21,76

Desempenho 21,38 21,32 21,06

22/62


Nos últimos três anos, os resultados obtidos referentes ao Índice de Eficiência

de Caixa, indicador que simula o resultado de caixa no período, considerando

além das entradas e saídas realizadas, as contas vencidas e não pagas,

superaram a meta estabelecida para o período, o que mostra a evolução na

saúde financeira da Embasa. Os fatores que mais impulsionaram o

desempenho em 2019 foram: crescimento da arrecadação de água e esgoto

em R$ 172 milhões (6%); aumento dos resgates de depósitos judiciais em R$

10,6 milhões (102%); incremento das receitas financeiras em R$ 6,1 milhões

(31%); queda nos desembolsos destinados à serviços de terceiros em R$ 134

milhões (12%); e redução em tributos, na ordem de R$ 24,4 milhões (7%).

Índice de eficiência de caixa 2019 2018 2017

Meta 1,169 1,141 1,086

Desempenho 1,204 1,200 1,181

Para a Despesa de Exploração dos Ativos, indicador que mede a eficiência

dos custos utilizados para movimentar a base de ativos, o resultado de 2019

sofreu aceleração, pressionado pelas políticas de combate e controle das

perdas físicas e de recuperação de ligações inativas, além das acelerações

das despesas comerciais e administrativas. Em que pese o fato das despesas

de exploração terem sofrido uma aceleração de 1,4% em relação ao ano

anterior, ressalta-se que o desempenho ficou marginalmente abaixo do

projetado para o ano.

Despesa de exploração dos ativos (%) 2019 2018 2017

Meta 14,69 13,59 13,76

Desempenho 14,20 14,06 13,38

23/62


Apesar do resultado alcançado do indicador Giro dos Ativos, que mede a

capacidade que a base de ativos da empresa tem de gerar receita operacional,

em 2019 ser semelhante ao desempenho no ano anterior, é importante

ressaltar que a capacidade dos ativos em gerar receita foi prejudicada pela

concessão de 4,7% do índice de reajuste tarifário, frente a uma inflação do

setor de saneamento de 6,6%. Soma-se a isso, a não concessão, pela agência

reguladora, do ganho real de tarifa de 3,29% pactuado em 2017. Ainda assim,

a capacidade dos ativos em gerar receita operacional em 2019 foi 15%

superior em relação ao registrado em 2017.

Em 2019, o indicador Rentabilidade dos Ativos apresentou um desempenho

inferior à meta, pelas mesmas razões que motivaram o comportamento da

Margem Ebitda, conforme texto a seguir.

Por proporcionar uma visão da eficiência operacional, permitindo análises

comparativas com outras empresas correlatas, assim como refletir a

capacidade da empresa de gerar caixa, a “Margem Ebitda” passou a integrar o

portfólio de indicadores estratégicos da Embasa em 2018. É importante

salientar que, tanto para o Ebitda quanto para o cálculo de sua margem,

desconsideram-se os efeitos das receitas e custos de construção.

Giro dos Ativos (%) 2019 2018 2017

Meta 18,13 17,14 17,76

Desempenho 18,16 18,21 15,75

Rentabilidade dos Ativos (%)

2019 2018 2017

Meta 3,41 3,42 -

Desempenho 3,17 4,56 3,29

24/62


Apesar da Margem Ebitda ter apresentado desaceleração em relação ao ano

anterior, esse resultado já era esperado em função do aumento dos gastos

com iniciativas para redução e controle de perdas físicas e recuperação de

ligações inativas.

Também impactou o fato da não concessão integral do ajuste e do Índice de

Reajuste Tarifário (IRT) pactuado com a agência reguladora (Agersa) em 2017,

implicando uma perda acumulada de variação nominal de tarifa de 5,87% além

da aceleração das despesas comerciais e administrativas em relação ao

exercício anterior - não obstante o fato de o indicador conseguir superar a meta

de 18,79% da margem Ebitda para o período, graças aos esforços para

redução e controle de custos, aplicada pela metodologia de gestão matricial de

despesas implantada pela empresa desde 2017.

2019 2018 2017 2016 2015

Ebitda

(R$ milhões) 541.180 727.021 523.752 395.567 433.128

Margem Ebitda

(%) 17,44 25,05 19,71 16,46 19,71

O indicador Cumprimento do Plano de Capacitação, que demonstra o

percentual do número de capacitações realizadas em relação ao número de

capacitações programadas, em 2019 superou a meta em 45%. O resultado se

deu em função do aumento das ofertas de treinamento, sendo quase 10 mil

oportunidades de treinamento e 493 turmas, ante as 7 mil oportunidades e 350

turmas em 2018, para atender aos seguintes programas: Plano de

Desenvolvimento Individual (PDI), Segurança do Trabalho, Capacitação em

Gestão Comercial, Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT) e

Demandas Estratégicas. Capacitações que não estão previstas no Plano, ou

quando não atingem o público mínimo de 20 pessoas, são atendidas por outras

modalidades de treinamento.

25/62


1.4. Recursos para custeio das Políticas Públicas

Em 2019, a Embasa investiu 461 milhões em infraestrutura e serviços, sendo

60% de recursos próprios e o restante em recursos externos, podendo esses

últimos serem onerosos (obtidos por meio de financiamentos com pagamento

de juros) e não onerosos (não são passíveis de devolução ou de pagamento de

juros). Por meio do PAT, a Embasa destinou 52% de seus investimentos para

ações voltadas à universalização do acesso à água tratada e à melhoria na

prestação dos serviços. Os aportes incluíram, ainda, iniciativas para uso

sustentável dos recursos hídricos, como reaproveitamento da água de lavagem

de filtros e decantadores em estações de tratamento de água e a elaboração

do projeto de reuso indireto do efluente tratado, na estação de Camaçari.

Investiu ainda 42% em esgotamento sanitário e 28% em desenvolvimento

institucional.

Cumprimento do Plano de Capacitação (%) 2019 2018 2017

Meta 100 95 94

Desempenho 145 124 111

26/62


Com recursos destinados aos serviços de abastecimento de água, as principais

obras realizadas em 2019 foram:

ampliação e melhoria do sistema R-23 de Salvador/Lauro de Freitas,

com investimento de R$ 77 milhões, beneficiando uma população de

231 mil;

ampliação do sistema integrado de Machadinho Norte/Camaçari,

com investimento de R$ 42 milhões, beneficiando uma população de

81 mil;

ampliação da captação/elevatória de água bruta em Rio Jacumirim,

com investimento de R$ 469 mil, beneficiando uma população de 3

milhões;

ampliação da vazão da reversão da barragem de Santa Helena para

a Barragem do Joanes II, com investimento de R$ 4,6 milhões,

beneficiando uma população de 3 milhões;

ampliação da produção do sistema de Entre Rios, com investimento

de R$ 2,7 milhões, beneficiando uma população de 32 mil;

obras de extensão de rede, substituição de adutora e setorização no

sistema integrado de Itaparica, com investimento de R$ 1,08 milhão,

beneficiando uma população de 5 mil.

Com recursos destinados aos serviços de esgotamento sanitário, as principais

obras realizadas em 2019 foram:

ampliação do sistema de Feira de Santana - bacia do Subaé (2ª

etapa), com investimento de R$ 37 milhões, beneficiando uma

população de 34 mil;

ampliação do sistema de Camaçari - PAC II, com investimento de R$

27 milhões, beneficiando uma população de 24 mil;

27/62


adensamento do sistema de Camaçari, com investimento de R$ 4,4

milhões, beneficiando uma população de 19 mil;

adensamento do sistema de Candeias, com investimento de R$ 1,2

milhão, beneficiando uma população de 465;

ampliação de rede de interceptor do sistema de Arraial D’Ajuda, com

investimento de R$ 1,05 milhão, beneficiando uma população de 19

mil;

adensamento e melhorias no sistema de Luís Eduardo Magalhães

(fase 3), com investimento de R$ 9,2 milhões, beneficiando uma

população de 22 mil.

Os valores informados neste item para os investimentos representam a

totalidade dos recursos envolvidos em cada empreendimento englobando

todos os contratos celebrados ao longo da execução até a conclusão deles,

incluindo valores repassados pelos órgãos financiadores, as parcelas de

contrapartida e recursos próprios da Embasa.

Nos últimos quatro anos, a Embasa investiu R$ 10,4 milhões em estudos,

inspeção, manutenção e recuperação estrutural das barragens sob sua

responsabilidade, incluindo obras de melhorias na barragem de Santa Helena

na ordem de R$ 3,8 milhões. Entre 2020 e 2023, está previsto o aumento no

valor que será investido para a continuidade das obras de recuperação,

implantação de sistemas de alerta, elaboração de planos de segurança das

barragens, além da implantação do monitoramento telemétrico dos níveis das

barragens e de alguns afluentes.

Desde 2014, a Embasa mantém parceria com o Fundo Estadual de Combate e

Erradicação à Pobreza (Funcep), para ampliar a rede de abastecimento de

água na zona rural. Em 2019, os investimentos totalizaram R$ 24 milhões

28/62


(oriundos de ambas organizações), resultando na conclusão de 21 sistemas,

que beneficiaram 30 mil habitantes de 23 municípios, implantação de 197,6

quilômetros de rede/adução, execução de 5.930 ligações e realização de

diversas ações socioambientais junto às comunidades. Com as entregas, o

termo de compromisso firmado em 2014 foi encerrado no segundo semestre de

2019, atingindo 103% do previsto. Já o segundo termo, de 2017, teve a meta

ampliada e a vigência estendida para julho de 2021.

A cooperação técnica com o Instituto Interamericano de Cooperação para a

Agricultura (IICA) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com valor de

investimento de R$ 19,3 milhões até 2022, registrou importantes avanços em

2019. Entre eles estão a conclusão de estudos hidrogeológicos sobre o

Aquífero São Sebastião e para melhoria da qualidade de água da Represa

Joanes I, além da elaboração de projeto para ampliação do Sistema de

Esgotamento Sanitário (SES) de Camaçari e Dias D´Ávila. A Embasa segue

em negociação de parceria com o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW

Entwicklungs Bank) para a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário

(SES) de Camaçari e Dias D´Ávila e para a implantação da Estação de

Tratamento de Esgoto (ETA) Norte, com recursos na ordem de 80 milhões de

euros.

Em 2019, em relação à assistência financeira recebida pelo Governo, a

Embasa recebeu do Governo Federal (OGU), por meio de termos de

compromisso, para investimento na ampliação e implantação de sistemas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário no âmbito do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC 1 e 2) um valor de R$ 51,9 milhões; R$ 85,5

milhões referentes aos benefícios fiscais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica

(IRPJ) obtidos pela Embasa por meio de laudo constitutivo emitido pela

Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em março de

2015. O benefício é válido até dezembro de 2024.

29/62


O benefício consiste em manter na companhia o valor correspondente aos

percentuais do IRPJ devido sobre o lucro de exploração, para aplicação em

investimentos que ampliem sua capacidade produtiva. Em outubro de 2019, o

benefício de 30% foi suspenso conforme a portaria nº 2.154 do Ministério de

Estado do Desenvolvimento Regional; e por fim R$ 7,3 milhões valores

recebidos do governo estadual para investimento na ampliação e implantação

de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, totalizando o

valor de R$ 144,8 milhões.

1.5. Impactos econômico-financeiros da operacionalização das

Políticas Públicas

Em 2019, com um valor do orçamento de investimento em infraestrutura e

acesso aos serviços de água e de esgotamento sanitário, 50% superior ao do

ano anterior, o desempenho apurado foi abaixo do projetado. No entanto, o

valor executado no período, de R$ 461 milhões, foi próximo ao executado em

2018 (R$ 477 milhões - valor nominal), o que denota o esforço da organização

em beneficiar a população com acesso à água e esgotamento sanitário,

reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um direito

humano e tem, entre os impactos positivos, saúde e melhor qualidade de vida

da população, desenvolvimento socioeconômico, segurança hídrica e

valorização dos imóveis.

A análise da situação econômico-financeira da empresa é realizada por meio

dos indicadores de desempenho econômico, financeiro, comercial, de

rentabilidade e de endividamento.

Em relação ao período, destacam-se:

os resultados do Índice de Eficiência de Caixa, 3% acima da meta

estabelecida;

30/62


o endividamento em 27%, abaixo das demais empresas de saneamento

estaduais, que registraram em média 47%;

1/3 do Ebtida suficiente para cobrir a dívida líquida da empresa, o que

sinaliza uma capacidade elevada de alavancagem financeira;

receita operacional líquida e receita operacional bruta com uma

aceleração média de 9% nos últimos 05 anos superiores, com

superação de 7% em relação aos montantes de 2018;

rentabilidade dos ativos 12% acima da meta estabelecida.

Esses resultados demonstram que a empresa vem evoluindo em relação a sua

sustentabilidade econômica-financeira. Em contrapartida, o resultado líquido,

que demonstra o excedente econômico gerado pela empresa sofreu uma

redução de 13% em relação ao ano anterior, em função do aumento em 32%

das despesas comerciais e 24% das despesas administrativas.

31/62


Outro ponto de atenção, refere-se às perdas por inadimplência, as quais

registraram 35% no período, superando a evolução da receita operacional

liquida que foi de 7%, provocando o aumento nas despesas comerciais e

comprometendo a lucratividade da empresa.

1.6. Estruturas de controles internos e gerenciamento de riscos

A Embasa adotou o “Modelo de Três Linhas de Defesa“ do Instituto de

Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil), como referência na estratégia para

implantação de um sistema de gerenciamento eficaz de riscos e controles

internos.

Por meio desse Modelo, são definidas responsabilidades e limites para as

áreas e/ou funções, bem como o relacionamento entre as partes.

1.6.1. Estrutura de controles internos

A estrutura de controles internos da Embasa interage com as atividades

realizadas pela auditoria interna, governança, gestão de riscos, compliance,

ouvidoria interna e Comitê de Conduta e Integridade. Tem como objetivo

envolver a estrutura organizacional, nos níveis estratégico, gerencial e

http://www.matera.com/blog/post/o-que-e-gestao-de-riscos

32/62


operacional, inserida em um ambiente no qual se busca desenvolver a cultura

voltada para o controle e a mitigação dos riscos, em conformidade com a

legislação vigente e o sistema normativo interno.

A Unidade de Auditoria Interna (PAD), identificada como 3a linha de defesa,

tem como responsabilidade, por meio de suas gerências, aferir a efetividade

dos processos da empresa, adotando uma abordagem de Auditoria Baseada

em Risco - ABR, Controle Interno (Governança) e Compliance (GRC), em

adequação às normas internas e requisitos legais.

A Gerência de Auditoria de Processos (PADP) é responsável pela condução

das atividades de Auditoria Baseada em Riscos (ABR) referente aos processos

da empresa, segundo o Plano de Contas e através da análise das contas de

maior materialidade, nível de riscos, achados de Auditoria Externa e órgãos de

controle externo, bem como a aferição das Demonstrações Financeiras.

A Gerência de Auditoria Especial (PADE) é responsável pela condução das

atividades de auditoria, também baseada em riscos, porém referentes a

processos eminentemente de engenharia, identificados na Cadeia de Valor da

empresa.

A Gerência de Controle Interno (PCOC) é composta por profissionais de áreas

complementares, como Administração, Economia, Engenharia e Direito, que

desenvolvem ações pertinentes ao acompanhamento e monitoramento do

cumprimento dos normativos internos, políticas e procedimentos, para garantir

razoável certeza acerca da confiança nos resultados apontados nas

demonstrações financeiras e dos processos que advêm das operações da

organização.

33/62


A unidade efetua o monitoramento da eficácia dos controles internos, por meio

da apuração do nível de conformidade operacional e regulatória, visando

auxiliar a organização a atingir os objetivos estratégicos e também subsidia a

elaboração/revisão de políticas e atualização dos procedimentos internos.

O sistema normativo da Embasa é continuamente atualizado, acompanhando

as alterações da legislação em vigor e a dinâmica dos processos internos,

objetivando a melhoria destes. O sistema normativo de governança é composto

pelo Estatuto Social, políticas, Código de Conduta e Integridade (CCI),

Regulamento Disciplinar Interno (RDI), Regulamento Interno de Pessoal (RIP),

Regimento Interno (RI) e demais normas, manuais e procedimentos internos de

processos.

Os controles internos também permeiam a área contábil-financeira da empresa.

Neste âmbito, a PCOC desenvolveu, implementou e vem aperfeiçoando,

constantemente, o Modelo de Análise Crítica de Custos (ACC), visando a

gestão dos processos operacionais e administrativos por meio de controles

financeiros adequados e eficientes.

Em termos de apoio tático e estratégico, a PCOC vem realizando o

acompanhamento e controle dos dados mensurados pelo COPAE (sistema

corporativo que administra as informações operacionais de água e esgoto),

contribuindo com a análise sobre as causas das divergências encontradas na

base de ativos. São ações desenvolvidas pela PCOC:

aperfeiçoamento do Modelo ACC, para obter o resultado do Ebtida e

da Margem Ebtida por agregado econômico (localidade, Escritório

Local, Unidade Regional, município);

34/62


apoio à implantação do “Indicador de Conformidade de

Lançamentos” (envolvimento da Gerência de Contabilidade de

Custos e Patrimonial - FCTC);

implantação da rotina de acompanhamento dos indicadores na parte

de lançamentos de volumes (envolvimento da Unidade de

Desenvolvimento Operacional - TDO);

definição dos critérios de rateio dos gastos indiretos.

Em relação aos controles adotados para assegurar a elaboração das

demonstrações financeiras, a Embasa utiliza indicadores para monitorar

desempenho e resultado, bem como afere regularmente a evolução no

atendimento a requisitos vinculados ao planejamento estratégico, que

consistem em mecanismos de controle detectivos de suma importância, por

sua função no curso do processo decisório, seja pelo Conselho de

Administração, Diretoria Executiva, corpo gerencial ou outras partes, para

gerenciar os riscos e aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas

estabelecidos sejam alcançados.

1.6.2. Estrutura de gerenciamento de riscos

A estrutura corporativa de gerenciamento de riscos, coordenada e

supervisionada, na Embasa, pela Gerência de Monitoramento de Riscos

(PCOR), tem, por principais atribuições, planejar, coordenar e realizar estudos,

mapeamento, análise, mensuração e classificação de riscos por

macroprocessos e processos, propondo ações para a mitigação, controle e

gestão de riscos.

Nesse âmbito, em outubro de 2019, foi aprovada, em reunião do Conselho de

Administração (Resolução nº 192/2019), a revisão da Política de Gestão

Integrada de Riscos Corporativos e Controles Internos (PGIRC), objetivando

35/62


adaptação de regras, diretrizes e responsabilidades, considerando as

alterações e incertezas do contexto empresarial frente à conjuntura e cenários

delineados para o setor de saneamento, para estruturar uma efetiva gestão

integrada de riscos corporativos e controles internos na Embasa.

Para esse fim, a Unidade de Controladoria (PCO), por meio da PCOR,

concebeu Modelo e Marco Lógico do Projeto, delimitando o contexto, conteúdo

e escopo, para a Gestão Integrada de Riscos Corporativos e Controles

Internos.

A Embasa, como ente da Administração Pública, necessita para todas as suas

contratações, proceder com a prévia licitação, como regra. Para tanto, deve

obedecer e observar todos os requisitos legais e recomendações/proibições de

órgãos de controle interno e externo. Com o advento da Lei Federal nº

13.303/2016 (Lei das Estatais), a forma de licitar serviços pela Embasa passou

por uma mudança, sobretudo procedimental, onde diversos requisitos, etapas e

documentação passaram a ser agregados ao processo licitatório. Dentre os

procedimentos adotados para facilitar a adesão e atendimento aos requisitos

legais, destaca-se a exigência da elaboração de Matriz de Riscos. Para esse

fim, a PCOR desenvolveu e testou Modelo-Padrão para Riscos Contratuais,

devidamente validado pelo Grupo de Trabalho de Gestão Integrada de Riscos

Corporativos, Controles Internos e Compliance (GT - GIRC).

Para assegurar a uniformização de linguagem e uma descrição estruturada dos

riscos corporativos, a PCO, por intermédio da PCOR, desenvolveu e

disponibilizou uma ferramenta - a Biblioteca de Riscos - enquanto conjunto de

instrumentos e dispositivos metodológicos e tecnológicos-, voltada à integração

sistêmica da gestão de riscos à gestão empresarial.

36/62


A Biblioteca de Riscos, possibilita uma abordagem estruturada e unificada para

a descrição objetiva e completa de riscos, em linguagem simples e apropriada,

com visão de portfólio, para a eficácia da ação comunicativa e potencialização

da ação estratégica. Busca conferir maior integridade e confiabilidade às

informações; melhor consistência na elaboração de matrizes de riscos; e

imprimir maior eficácia aos processos interativos e integrativos de comunicação

e consulta, de monitoração e controle e de registros e relatos de riscos; além

de configurar-se como mecanismo de aprendizagem organizacional no tema. O

conjunto de projetos incorporados na Biblioteca de Riscos, compõe um

inventário para a estruturação de um dinâmico Portfólio de Riscos

Corporativos.

Já se encontram incorporados e disponíveis na Biblioteca de Riscos - com

inventário do levantamento dos riscos identificados, para consultas e

atualizações -, projetos de descrição estruturada, contemplando: riscos

corporativos estratégicos (2017, revisão 2019); riscos de contratos de obras

(2019); riscos relacionados à Base de Ativos Regulatórios (2019); riscos

relacionados a Serviços de Redes e Ramais (2019); e riscos relacionados à

infraestrutura operacional (2019).

No que se refere à estrutura de governança da gestão integrada de riscos,

destaca-se a capacitação e preparação de 100 (cem) facilitadores de risco e a

incorporação destes na estrutura de governança prescrita na PGIRC revisada,

aprovada pelo Conselho de Administração em 2019.

1.6.3. Fatores de Riscos

Foram revisados, em 2019, os principais fatores de riscos (eventos de risco

estratégico) elencados e analisados em 2017, com potencial impacto na

atuação empresarial, podendo comprometer os resultados alinhados às

37/62


políticas públicas: maximizar a satisfação dos usuários titulares e acionistas; e

garantir a sustentabilidade econômico-financeira.

Foram considerados estratégicos 15 (quinze) Eventos de Riscos, devidamente

mapeados na Cadeia de Valor, de modo a promover uma visão de portfólio de

riscos, para uma adequada alocação de recursos e responsabilidades. A

Tabela e a Figura a seguir apresentam a descrição dos eventos de risco

estratégico e sua alocação nos Macroprocessos empresariais.

Nº EVENTOS DE RISCO ESTRATÉGICO

1 Perda da delegação em municípios com margem de contribuição positiva

2 Aceitação de municípios com margem de contribuição negativa

3 Comprometimento da qualidade da água

4 Intermitência ou desabastecimento da população

5 Dificuldade de manutenção da rede de água ou de esgoto

6 Extravasamento de esgoto com danos à saúde ou ao ambiente

7 Perdas em níveis elevados

8 Gastos elevados de operação

9 Paralisação da operação ou dos investimentos

10 Inadimplência elevada

11 Passivo de processos trabalhistas

12 Passivo de processos consumeristas

13 Passivos de processos cíveis

14 Passivo ambiental

15 Autossuficiência de clientes especiais e grandes consumidores

Eventos de Riscos Estratégicos alocados na Cadeia de Valor

38/62


2. Governança Corporativa

2.1. Estrutura Organizacional

A estrutura de tomada de decisão da Embasa, conforme definido em seu

Estatuto Social, é composta pelos órgãos de deliberação superior da empresa

que são: a Assembleia Geral dos Acionistas, como órgão máximo; o Conselho

de Administração, como órgão de deliberação estratégica e colegiada

responsável pela orientação superior da empresa; e a Diretoria Executiva,

como órgão executivo de administração e representação. O Conselho Fiscal é

o órgão permanente de fiscalização que se reporta diretamente à Assembleia

Geral dos Acionistas.

Em alinhamento à Lei das Estatais (lei federal nº 13.303/2016), desde 2018 o

Comitê de Elegibilidade e Avaliação, vinculado à Assembleia Geral, auxilia os

acionistas na escolha dos administradores e dos conselheiros fiscais. Cabe

destacar na estrutura organizacional da Embasa o Comitê de Auditoria

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Gestão da eficiência e disponibilidade operacional

Rel

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tes

Gestão

Patrimonial Suporte

Jurídico

Gestão

Suprimentos e

logística

Gestão

Financeira

Contábil e

Fiscal

Gestão de

Pessoas Gestão

Socioamb. Gestão TIC.

Governança Corporativa

Esgotamento Sanitário

Abastecimento de água 9

13

1

2

3 4 5 8

8 9 7

6 8 5

10

12

9

10

11

14

3

15

15

39/62


Estatutário, instância que ficará ligada ao Conselho de Administração, e que

prestará suporte no que diz respeito à qualidade das demonstrações contábeis

e à efetividade dos sistemas de controle interno e de auditorias interna e

independente.

Governança Corporativa

2.2. Planejamento Estratégico e Processos

O Planejamento Estratégico do ciclo 2016-2019, ainda vigente na Embasa,

tomou como premissas a Cadeia de Valor e a Gestão por Processos, de forma

a promover um maior alinhamento entre estratégias e processos. Por meio

desses, é possível entender como os processos se organizam e se relacionam

para gerar valor final entregue ao cliente, permitindo visualizar o cumprimento

da missão institucional e ter uma visão sistêmica e transversal em relação à

estrutura organizacional. Aliado a isso, estruturou a Sistematica de

40/62


Planejamento e Definição de Metas, visando garantir a comunicação entre as

etapas, pilares de gestão, ferramentas e processos, para que estes fluam de

forma integrada e sistemica, de forma a preparar a organização para enfrentar

os desafios impostos pelo cenário externo.

Para gerir o desempenho organizacional, a empresa utiliza além da ferramenta

Balanced Scored Card (BSC), instrumentos de analise de macro e

microambiente; levantamento e direcionamento das expectativas das partes

interessadas, dentre outros elementos direcionadores como identidade

organizacional, politicas publicas e diretrizes regulatorias.

Visando a excelência da gestão, um dos alicerces de seu Planejamento

Estratégico, a Embasa implantou tanto nas áreas finalísticas quanto nas áreas

de suporte, o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), modelo de referência

em gestão organizacional, que tem como base os Fundamentos da Excelência

em Gestão, da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). Das dez unidades

regionais que participaram do Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento -

As Melhores em Gestão no Saneamento Ambiental, nove obtiveram

reconhecimento, sendo duas pelo atingimento do segundo nível - troféu Quíron

Prata, seis no nível I - troféu Quíron Bronze e uma obteve o reconhecimento de

finalista nível I.

Decorridos quatro anos de execução do ciclo 2016-2019 de seu planejamento

estratégico, a Embasa conquistou grande evolução no nível de maturidade

organizacional para a execução de projetos, atingimento de metas e

adequações impostas pelo cenário externo, como a entrada em vigor da Lei

das Estatais, a crise econômica no país e a pior estiagem dos últimos cem

anos na Região Metropolitana de Salvador em meados de 2017.

41/62


A revisão do planejamento estratégico prevista para 2019 não foi realizada em

função da revisão do marco regulatório, que implicará em prováveis mudanças

no cenário do saneamento. Dessa forma, a sua vigência foi alterada para 2020,

tendo as metas estratégicas revisadas e reprogramadas para um horizonte de

05 anos, em alinhamento aos requisitos legais, mantendo-se o Mapa

Estratégico atual.

Em relação aos indicadores estratégicos definidos no ciclo 2016-2019, 40%

não alcançaram a meta, o que significa que apesar dos esforços, novas ações

devem ser adotadas para que a empresa alcance a visão. Nesse sentido, é de

suma importância a atuação da empresa sob a ótica da Gestão por Processos,

de forma a promover saltos de desempenho dos processos atuais em direção à

visão.

2.3. Investimentos

Para executar as estratégias, os recursos financeiros devem ser assegurados

por meio do Plano de Investimentos da Embasa (PIE), instrumento corporativo

utilizado para compilar as decisões de destinações de recursos, onde estão

compiladas as decisões de investimentos de curto, médio e longo prazos em

abastecimento de água, esgotamento sanitário e desenvolvimento

organizacional. Possui alinhamento com o Plano Plurianual do Governo do

Estado da Bahia (PPA) e com os compromissos pactuados nos Contratos de

Programas celebrados com os municípios, os quais demandam um fluxo de

investimentos ao longo de 20 ou 30 anos para universalização dos serviços. O

controle dos níveis de execução é feito por meio dos indicadores de

Cumprimento do Orçamento de Investimento, Cumprimento dos Prazos dos

Empreendimentos e o Índice de Qualidade das Obras, acompanhados

periodicamente pela Diretoria Executiva.

42/62


Em 2019, a empresa revisou sua estratégia de investimento, visando garantir a

segurança operacional. Anteriormente, a organização estava mais voltada

para investimentos em expansão dos índices de cobertura, que se mantém

como foco, somado às ações da redefinição da estratégia.

Dessa forma, reforçou os aportes para redução e controle de perdas, para

modernização dos sistemas operacionais e para a reposição da base de ativos.

O valor investido no ano de R$ 461 milhões, possibilitou a conclusão de 54

obras. Apesar de manter o patamar de aporte realizado no ano anterior, o nível

de execução orçamentária foi de apenas 49%, o menor percentual desde 2016.

Entre as medidas tomadas para contornar esta situação, identificar gargalos e

acelerar os investimentos está a implementação da Gestão Matricial de

Investimento (GMI).

2.4. Atividades desenvolvidas

No ano de 2019, a Embasa obteve uma receita operacional bruta de R$ 3,4

bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões (72%) oriundos da prestação dos serviços de

abastecimento de água, R$ 912 milhões (27%) dos serviços de esgotamento

sanitário e R$ 48 milhões (1%) referentes a serviços acessórios tais como:

43/62


ligações e religações, elaboração de projetos e serviços de laboratório. A

Receita Operacional Líquida alcançou um montante de R$ 3,1 bilhões frente a

R$ 2,9 bilhões em 2018, sendo que tanto a receita operacional bruta quanto a

líquida superaram em aproximadamente 7% os montantes registrados em

2018.

O resultado obtido foi influenciado principalmente pelo aumento de novas

ligações de água e de esgoto, pelo reajuste tarifário de 4,70%, concedido pela

Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) a

partir de junho de 2019, e pela retomada do crescimento dos volumes

faturados de água e esgoto que registraram variação positiva de 2% e 3%, em

2019, respectivamente.

As receitas bruta e líquida apresentaram aceleração média de 9% nos últimos

cinco anos. A taxa de crescimento da receita operacional bruta alcançou seu

maior incremento (11%) em 2017, reflexo do reajuste tarifário ter contemplado

um incremento real de 2,89% agravado pela reestruturação da tabela tarifária,

que reduziu o consumo mínimo faturado de água de 10 m3 para 6m3.

O resultado líquido, que demonstra o excedente econômico gerado pela

empresa, em 2019 sofreu uma redução de 13% em comparação com o

resultado no ano anterior. Esse impacto negativo de R$ 44,6 milhões deu-se,

principalmente, em razão do aumento das despesas administrativas e

comercias, com destaque para os processos judiciais e perdas por

inadimplência.

A margem bruta ajustada (relação entre o lucro bruto e a receita operacional

líquida, sem considerar a receita e o custo de construção) mensura a

capacidade da atividade operacional da empresa gerar excedente econômico,

afastando da base de cálculo as receitas e despesas que não são geradas

pelos ativos operacionais.

44/62


O lucro bruto gerado em 2019 foi de R$ 1,1 bilhão, superior em 9% ao

registrado no ano anterior. Sua representatividade em relação à receita

operacional líquida também evoluiu, gerando uma margem bruta de 35,5%.

Isso ocorreu em virtude do crescimento da receita operacional líquida ter maior

incremento (7%) do que custos dos serviços prestados, tais como materiais e

serviços de terceiros (ambos com crescimento de 4%).

2.5. Estrutura de Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance

Diante do desafio de conciliar o cumprimento da função social do seu mandato

institucional a sua estrategia empresarial, a Embasa toma por base alem da

legislação e normas aplicaveis, modelos e padroes referendados, nacional e

internacionalmente, para adoção de boas praticas de governança, controles

internos, codigo de conduta e integridade, gestão e controle de riscos e

compliance.

A alta administração e os orgãos de governança tem a responsabilidade e o

dever de prestação de contas (accountability) sobre o estabelecimento dos

objetivos da organização, a definição de estrategias para o alcance dos

objetivos e a criação de estruturas e processos de governança, para melhor

gerenciar e controlar os riscos durante a realização desses objetivos.

A Embasa possui políticas e procedimentos internos para fortalecer a cultura

de integridade e mantém em sua estrutura a Unidade de Controladoria (PCO),

a qual é responsável por coordenar e supervisionar a implementação do

Programa de Compliance. Entre as ações realizadas em 2019, estão a revisão

da Política de Gestão Integrada de Riscos Corporativos e Controles Internos

(PGIRC), aprovada pelo Conselho de Administração e a constituição de grupo

de trabalho para avaliar a conformidade da empresa aos requisitos da Lei

Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD (Lei Federal nº 13.709/2018).

45/62


A PGIRC estabelece as regras, diretrizes e responsabilidades para estruturar

uma efetiva gestão integrada de riscos corporativos e controles internos na

Embasa, de forma a promover e disseminar uma cultura de conformidade e

atuação proativa; aperfeiçoar procedimentos e praticas; ampliar a capacidade

da rede de governança; apoiar os processos decisorios; e contribuir para a

sustentabilidade empresarial. Delimita-se, portanto, aos riscos corporativos e

controles internos, cujos objetivos devem estar alinhados aos objetivos

estratégicos e estatutários, vinculados aos resultados explicitados no

planejamento estratégico, de maximizar a satisfação de titulares, acionistas e

usuários e garantir a sustentabilidade econômico-financeira, no cumprimento

de sua missão.

A PGIRC incorpora os principios, valores, compromissos e objetivos

explicitados no Codigo de Conduta e Integridade, na Politica de Conformidade,

Integridade e Etica, na Politica de Sustentabilidade e no Planejamento

Estrategico.

Em parceria com a Unidade de Controladoria (PCO), o Grupo de Trabalho de

Gestão Integrada de Riscos Corporativos, Controles Internos e Compliance

(GT GIRC) da empresa, atua com um olhar estratégico, de forma consultiva,

por meio da análise dos riscos e simulação dos possíveis resultados negativos

ou positivos, de modo que se tenha uma visão de futuro sobre o que pode

atrapalhar ou alavancar o sucesso da organização.

2.6. Gestão de Riscos

Em 2018, foram desenvolvidas atividades com vistas à definição do modelo de

governança e de gerenciamento de riscos corporativos integrado com a

estratégia e o desempenho, e do sistema de Gestão Integrada de Riscos

46/62


Corporativos e Controles Internos (GIRC), baseados em referenciais

reconhecidos nacional e internacionalmente (Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa - IBGC, Tribunal de Contas da União - TCU, Controladoria Geral da

União - CGU, Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway

Commission - COSO, International Organization for Standardization - ISO,

Institute of Internal Auditors - IIA, etc.), com diretrizes para alinhamento da

gestão de riscos à gestão estratégica, considerando os riscos estratégicos, de

operação, de divulgação e de conformidade (compliance) e seus potenciais

impactos financeiros e reputacionais.

Em 2019, a Embasa, com base nesse trabalho desenvolvido em 2018,

elaborou um plano de ação para implementação de controles de processos

para os riscos residuais de não compliance. Entre eles estão as atividades de

gestão de contratos, cuja ação mitigatória foi a criação da Unidade de Gestão

de Fornecedores (TGF); a contratação por meio de licitação, cujos critérios

foram aprimorados no Regulamento Interno de Licitações e Contratos (RILC); a

comunicação com partes interessadas, a qual foi aprimorada em 2019 com a

realização de “media training” para diretores, superintendentes e gerentes de

unidades regionais; e processos que envolvem informações privilegiadas,

tendo como ações mitigatórias, entre outras, a aprovação da revisão da Política

de Segurança de Informação e adequação à Lei Geral de Proteção de Dados

Pessoais (LGPD).

Destaca-se, ainda, a criação e formatação de modelo e matriz de avaliação de

riscos contratuais, com adoção de critérios e parâmetros alinhados ao

Regulamento Interno de Licitações e Contratos (RILC); e a criação,

desenvolvimento e disponibilização da Biblioteca de Riscos, como ferramenta -

composta por um conjunto de instrumentos e dispositivos metodológicos e

tecnológicos -, voltada à integração sistêmica da gestão de riscos à gestão

empresarial. A Biblioteca de Riscos possibilita uma abordagem estruturada e

47/62


unificada para a descrição objetiva e completa de riscos, em linguagem simples

e apropriada, com visão de portfólio, para a eficácia da ação comunicativa e

potencialização da ação estratégica. Assim, além de assegurar a uniformização

de linguagem e uma descrição estruturada dos riscos corporativos, a Biblioteca

de Riscos busca: conferir maior integridade e confiabilidade às informações;

melhor consistência na elaboração de matrizes de riscos; e imprimir maior

eficácia aos processos interativos e integrativos de comunicação e consulta, de

monitoração e controle e de registros e relatos de riscos; além de configurar-se

como mecanismo de aprendizagem organizacional no tema. O conjunto de

projetos incorporados na Biblioteca de Riscos, compõe um inventário que

servirá de base para a estruturação de um dinâmico Portfólio de Riscos

Corporativos.

Ainda como ação estruturante da gestão integrada de riscos, em 2019, foi

implementado Plano de Capacitação, com a formação de 100 (cem)

facilitadores da gestão de riscos, contemplando representantes de todas as

diretorias e áreas da empresa. Esses facilitadores constam na estrutura de

governança de riscos, na PGIRC revisada e aprovada pelo Conselho de

Administração em 2019, reforçando a musculatura da 1ª linha de defesa dos

controles internos.

2.7. Controles Internos

Os controles internos são de suma importância para o fornecimento de

informações que suportam a tomada de decisões com vistas ao alcance dos

objetivos da organização.

Para a Embasa, o controle interno tem forte relação com o planejamento da

organização e refere-se ao conjunto de políticas, normas, procedimentos e

atividades estabelecidas na empresa, com o propósito de reduzir a

48/62


possibilidade de sofrer perdas e danos financeiros, econômicos e

socioambientais e desgaste da imagem institucional. Os controles servem

também para incrementar a qualidade das informações contábeis, financeiras e

gerenciais, bem como salvaguardar a conformidade com a legislação e a

regulamentação em vigor, encorajando a aderência às políticas definidas pela

direção, com o objetivo de evitar fraudes, erros, ineficiências e crises na

empresa.

Em 2019, a Gerência de Controle Interno (PCOC) coordenou a comissão

oficializada pelo Comunicado (Presidência da Embasa) nº 692/2019, composta

por empregados de diversas diretorias, envolvendo as áreas financeira,

contábil, de tecnologia da informação, técnica e operacional, com o objetivo de

definir os critérios de rateio a serem utilizados na apropriação dos gastos

indiretos pelos agregados da empresa e elaborar políticas, manuais e

procedimentos necessários à implantação desses critérios. O principal produto

do trabalho realizado pela referida Comissão foi a formalização dos critérios de

rateio, por meio da Resolução de Diretoria (RD) nº 036/2020, de 18 de janeiro

de 2020, contribuindo para diversos aspectos de controle e regulatórios.

Também realizou estudo para subsidiar a alta administração na tomada de

decisão, visando a convergência da base de ativos operacionais,

principalmente no que se refere à extensão de redes de abastecimento de

água, por meio do cruzamento de dados obtidos no sistema de controle

operacional (COPAE) e no sistema de gestão patrimonial (ERP/SAP),

apontados como fator de divergência da base de ativos da empresa.

Ainda em 2019, fomentou, junto à Gerência de Contabilidade de Custos e

Patrimonial (FCTC), a criação de um Indicador de Conformidade dos

Lançamentos (ICL), cujo objetivo principal foi monitorar, constantemente, as

áreas finalísticas, no lançamento correto dos seus gastos, contribuindo para

49/62


evitar erros de lançamento e, assim, uma apropriação mais próxima possível

da realidade, passando a fazer parte da cesta de mecanismos de controle

eficiente.

A PCOC participou ativamente na elaboração de uma proposta de mudança

dos critérios para criação e alteração do lançamento de sistemas de

abastecimento de água nos sistemas de controle operacional e contábil,

visando a uniformização dos conceitos e uma visão mais abrangente entre as

áreas envolvidas (controle interno, desenvolvimento operacional e

contabilidade de custos/patrimonial), atuando nas tratativas e

encaminhamentos dessa criação/modificação na empresa, de forma a

possibilitar a correta apropriação dos seus gastos. Apesar da Norma não ter

sido finalizada, por não estar suficientemente madura entre todas as áreas

envolvidas, esse trabalho e seus objetivos permanecem sendo perseguidos.

Trabalhou internamente junto às áreas operacionais, no âmbito da

demostração dos resultados financeiros por agregado de localidades

atendidas, como os Sistemas de Abastecimento, Municípios, Escritórios Locais,

Unidades Regionais, Superintendências e Diretorias Operacionais, fomentando

a cultura do controle financeiro e dos resultados por eles obtidos, como o

Ebitda, Margem Ebitda e Margem de Contribuição.

Além do apoio às diretorias operacionais (RMS e Interior), o Modelo ACC

(Análise Crítica de Custos) desenvolvido pela PCOC, vem constantemente

evoluindo e contribuindo com as mais diversas áreas da empresa, a saber:

Gerência de Relacionamento com Usuários (FCOR), na definição dos

custos e preços unitários para negociações dos contratos especiais;

50/62


Unidade de Relacionamento com Titulares e Entes Reguladores (PRT),

nas renovações dos contratos de concessão;

Gerência de Estudos Econômicos e Gestão de Investimentos (TESI),

nos estudos de cenários diante da possibilidade de modificação do

marco regulatório do saneamento básico no país (Lei Federal nº

11.445/2007 - Lei Nacional do Saneamento Básico);

Unidade de Tecnologia da Informação e da Comunicação (FTI) /

Unidade de Contabilidade e Tributos (FCT), na implementação do novo

critério de rateio definido pela empresa.

2.8. Compliance

Sendo o compliance um dos pilares da Governança Corporativa, a Embasa tem

o dever de manter seus processos e procedimentos em conformidade com os

parâmetros preestabelecidos (leis, normas, controles internos, dentre outros),

envolvendo suas partes interessadas no compromisso assumido com a

transparência e a ética.

Para atender às exigências legais, a Embasa iniciou a implementação, em

2019, do Programa de Compliance aprovado em dezembro de 2018, o qual

tem como guardiã a Unidade de Controladoria (PCO), responsável, em

conjunto com o Grupo de Trabalho de Gestão de Riscos Corporativos, Controle

Interno e Compliance, por zelar pela condução das ações estabelecidas no

programa.

As áreas Auditoria Interna (PAD), Universidade Corporativa da Embasa (UCE),

Gerência de Comunicação Social (PGCS), Procuradoria Jurídica (PPJ),

Gerência de Ouvidoria (PGOV) e Unidade de Gestão de Fornecedores (TGF)

são responsáveis por fornecer o suporte necessário ao Programa de

Compliance.

51/62


Os principais instrumentos legais que nortearam o programa foram:

Lei Federal nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 - Lei

Anticorrupção: dispõe sobre a responsabilização administrativa e

civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a

administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras

providências;

Decreto Federal nº 8.420, de 18 de março de 2015 - Regulamenta

a Lei Anticorrupção: prevê que os acordos de leniência conterão,

entre outras disposições, cláusula que verse sobre a adoção,

aplicação ou aperfeiçoamento de programa de integridade e

estabelece parâmetros para avaliação quanto à sua existência e

aplicação;

Lei Federal nº 13.303, de 30 de junho de 2016 - Lei das Estatais:

estipula que as empresas estatais adotarão regras e práticas de

gestão de riscos e controle interno que abranjam, dentre outros

requisitos, área responsável pela verificação de cumprimento de

obrigações (faz referência explícita à área de compliance) e de

gestão de riscos.

O Programa de Compliance foi preconizado em nossa Política de

Conformidade, Integridade e Ética (aprovada pela Resolução de Diretoria nº

843/17, de 25/10/2017), a qual estipula, em seu subitem 3.2: “A Politica de

Conformidade, Integridade e Ética deve promover Programa de Compliance,

que garanta a existência de mecanismos e procedimentos internos de

integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades, além da

aplicação efetiva do Código de Conduta e Integridade, políticas e diretrizes,

com o objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos

ilicitos”.

52/62


O Programa de Compliance da Embasa foi estruturado em “Pilares”, que

determinam o escopo de atuação e norteiam os esforços do Programa na

busca de seus objetivos. Os Pilares são:

1. Compromisso da Alta Administração;

2. Avaliação de Riscos de Não Compliance;

3. Controles Internos;

4. Código de Conduta e Integridade, Políticas e Procedimentos;

5. Treinamento e Comunicação;

6. Confiabilidade dos Registros Contábeis;

7. Canais de Denúncia;

8. Investigação Interna;

9. Due Diligence de Terceiros;

10. Monitoramento e Auditoria.

As diretrizes dispostas nos Pilares do Programa foram divididas em três níveis:

Nível Inicial: consiste em implementar ações que atendam a

legislação aplicável e as normas subscritas pela organização;

Nível Intermediário: ações que serão implementadas após a

organização reconhecer que precisa melhorar para promover a

percepção do valor de compliance, por meio de uma maior

efetividade, eficiência e sustentabilidade;

Nível Avançado: o estágio de maturidade em que a empresa busca

melhorar os seus processos, tendo a integridade incorporada no

negócio.

53/62


A construção do programa foi fruto de um trabalho conjunto, que contou com a

participação de gestores e técnicos das diversas áreas da empresa, sob

coordenação da Unidade de Controladoria (PCO), tendo como facilitadores, em

cada diretoria, os membros do Grupo de Trabalho de Gestão de Riscos,

Controles Internos e Compliance.

Para desenvolver o programa, foi realizada a identificação, análise e avaliação

dos riscos de não conformidade, observados a partir da descrição das

atribuições/atividades dispostas no Regimento Interno. Nesse levantamento,

foram utilizados os requisitos da Norma ABNT NBR ISO 31.000 e do Modelo do

Pacto Global da ONU. Seus pilares, por sua vez, obedecem o disposto no

Decreto Federal nº 8.420/2015.

Para a implementação do programa, a Embasa vem realizando ações com o

objetivo de prevenir, detectar e corrigir práticas inapropriadas ou em

discordância com as leis, normas, regulamentos externos e os subscritos pela

organização, além de dedicar atenção ao cumprimento das obrigações

apresentadas pela sociedade e ambiente regulatório, desenvolvendo políticas

orientativas e que exigem conduta ética e responsável de seus empregados e

demais colaboradores.

Em 2019, destacam-se as seguintes ações, realizadas pela Unidade de

Controladoria (PCO) ou sob sua coordenação/supervisão, com maior foco em

disseminação para os públicos interno e externo, e capacitação da força de

trabalho da empresa, atuando, fortemente, no Pilar nº 5 do Programa de

Compliance (Treinamento e Comunicação):

Workshop do Programa de Compliance para a Diretoria de Operação

da RMS;

54/62


Apresentação do Programa de Compliance para os “guardioes de

processos” da Cadeia de Valor da Embasa;

Videoconferências sobre o Programa de Compliance para as

Superintendências de Operação Norte e Sul, da Diretoria de

Operação do Interior;

Apresentação do Programa de Compliance para Unidades Regionais

da Embasa (Camaçari e Itaberaba) concorrentes ao Prêmio Nacional

da Qualidade do Saneamento (PNQS);

Disponibilização de 500 cartilhas do Programa às diversas áreas da

empresa;

Vídeo-aula sobre discriminação no ambiente de trabalho;

Comunicação do Programa de Compliance aos prestadores de

serviço, fornecedores, parceiros de negócios;

Curso de Compliance Básico e de Compliance Intermediário para 10

(dez) turmas (233 empregados);

Apresentação do Programa de Compliance da Embasa em eventos

externos:

Escola de Compliance, Governança e Inovação Profissional

(EGIP);

Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia

(Conder);

Faculdade Baiana de Direito;

Workshop Prefeitura 4.0 (União de Municípios da Bahia -

UPB);

Women Compliance Comitee (Associação Comercial da

Bahia).

Apresentação do Programa de Compliance aos novos contratados;

Treinamento, com instrutoria interna, para:

55/62


Unidade Regional de Pirajá (UMJ);

Gerência de Controle de Qualidade da Água e dos Efluentes

(TDOQ);

Gerência Socioambiental (ESAM).

Apresentação do Programa de Compliance para a Superintendência de

Serviços de Água e Esgotamento Sanitário (MS), da Diretoria de

Operação da RMS;

Planejamento das ações de treinamento presencial em 2020, por meio

da realização de oficinas na RMS e no Interior do Estado, com instrutoria

interna.

Além das ações citadas, destacam-se também as seguintes atividades, no

âmbito do início da implementação do Programa de Compliance na Embasa,

em 2019:

Evento de benchmarking “1º Compliance Convida”, com a

participação de entidades externas, para troca de experiências em

relação a canais de denúncias e investigações internas;

Providências para padronização corporativa das atividades das

Comissões de Sindicância Preliminar com os procedimentos da

Comissão Permanente de Apuração de Falta Disciplinar;

Alinhamento e compatibilização das ações previstas na Matriz de

Gerenciamento de Riscos (Programa de Compliance) aos processos

da Cadeia de Valor da Embasa;

Reuniões de alinhamento e orientação com todos os guardiões dos

pilares do Programa de Compliance;

Homologação e análise de viabilidade da implementação, pelos

guardiões de processos, das ações de controle propostas na Matriz

de Gerenciamento de Riscos (Programa de Compliance);

56/62


Criação do Grupo de Trabalho para análise preliminar da

conformidade da Embasa à Lei Federal nº 13.709/2018 (Lei Geral de

Proteção de Dados Pessoais - LGPD) e propor processos,

procedimentos e políticas internas que assegurem o cumprimento da

legislação.

Ainda como ação prevista no Programa de Compliance, a Unidade de

Controladoria (PCO), por meio da Gerência de Controle Interno (PCOC),

desenvolveu, em 2019, no âmbito do Comitê de Conduta e Integridade, um

conteúdo de curso EAD de Conduta e Integridade, que tem por finalidade

promover a divulgação desse Código, de forma interativa a todos os

colaboradores da empresa, garantindo a disseminação por todas as áreas da

organização, fomentando maior integridade nas ações dos seus colaboradores

e na utilização dos recursos da empresa. O curso levará a palavra do

Presidente da Embasa, demonstrando o comprometimento da alta direção com

a integridade, a ética e a transparência.

2.9. Políticas e práticas de governança corporativa

A Embasa vem implementando, desde 2017, com base no disposto na Lei

Federal nº 13.303/2016 (Lei das Estatais), e no Decreto Estadual nº

18.470/2018 (que regulamentou a Lei das Estatais, no âmbito do Estado da

Bahia), diversas estruturas e práticas para aperfeiçoamento da sua governança

corporativa.

Nesse âmbito, a Embasa adequou a sua estrutura de governança corporativa,

conforme explicitado a seguir:

57/62


Adequação da estrutura do Conselho de Administração aos requisitos e

vedações definidos na Lei das Estatais (desde 2018);

Criação do Comitê de Elegibilidade e Avaliação, em 2018 - com a função

de verificar a conformidade do processo de indicação e de avaliação dos

administradores e conselheiros fiscais, com competência para auxiliar o

acionista controlador na indicação desses membros;

Criação do Comitê de Auditoria Estatutário, em formação - com a

finalidade, dentre outras, de supervisionar as atividades desenvolvidas

nas áreas de controle interno, de auditoria interna e de elaboração das

demonstrações financeiras da empresa;

Eleição periódica do representante dos empregados para o Conselho de

Administração da Embasa (desde 2018);

Criação da Unidade de Controladoria (PCO), com as Gerências de

Monitoramento de Riscos (PCOR) e de Controles Internos (PCOC),

visando efetuar a gestão e o monitoramento dos riscos e controles

internos, em nível corporativo, e implementar a gestão corporativa do

compliance na empresa (desde 2017).

Também foram elaboradas/revisadas as seguintes Políticas:

Política de Gestão Integrada de Riscos Corporativos e Controles

Internos (2017);

Política de Conformidade, Integridade e Ética (2017);

Política de Porta-Vozes para os Veículos de Comunicação (2018);

Política de Indicação dos membros do Conselho de Administração,

Diretoria Executiva e Conselho Fiscal (2018) - revisada em 2020;

Política de Distribuição de Dividendos (2018);

Política de Transações com Partes Relacionadas (2018);

Política de Divulgação de Informações Relevantes (2018);

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Revisão da Política de Segurança da Informação (2019);

Revisão da Política de Gestão Integrada de Riscos Corporativos e

Controles Internos (2019).

Além das Políticas internas supramencionadas, a Embasa elaborou ou

adequou diversos documentos, que passaram a fazer parte da sua rotina,

como requisitos de transparência da governança corporativa e gestão da

empresa:

Adequação e constantes revisões do Estatuto Social (última revisão em

maio/2020);

Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa - desde

2017;

Adaptação do Relatório de Administração ao modelo de Relatório

Integrado (Relatório de Administração e Sustentabilidade - RAS) - desde

2017;

Revisão e adequação do Código de Conduta e Integridade (2018);

Revisão e adequação do Regulamento Disciplinar Interno - RDI

(2018/2019).

Complementando todas essas ações, a Embasa vem realizando,

periodicamente, a capacitação dos seus agentes de governança, com

destaque para o curso de Melhores Práticas de Governança Corporativa, do

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC (referência nacional na

área e uma das principais no mundo em governança corporativa), realizado em

2019, para os membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal,

Diretoria Executiva, Comitê de Elegibilidade e Avaliação e Ouvidoria Interna da

empresa.

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2.10. Descrição da composição e da remuneração da administração

Conforme estabelecido em seu Estatuto Social, a Embasa possui como

estrutura de governança, a Assembleia Geral e os seguintes órgãos

estatutários: Comitê de Elegibilidade e Avaliação, Conselho Fiscal, Conselho

de Administração, Comitê de Auditoria Estatutário e Diretoria Executiva.

A Assembleia Geral e o orgão maximo, com poderes para deliberar sobre

todos os negocios relativos ao objeto da empresa.

O Comitê de Elegibilidade e Avaliação, é o órgão que tem como propósito

auxiliar os acionistas na verificação da conformidade do processo de indicação,

e de avaliação dos administradores e conselheiros fiscais. É composto por 03

(três) membros, eleitos e destituídos pela Assembleia Geral de Acionistas. Os

membros do Comitê de Elegibilidade e Avaliação não serão remunerados

cumulativamente pelas suas atribuições.

O Conselho Fiscal é um órgão permanente de fiscalização, de atuação

colegiada e individual. Além das normas previstas na Lei nº 13.303, de 30 de

junho de 2016 e sua regulamentação, aplicam-se aos membros do Conselho

Fiscal da empresa as disposições para esse colegiado previstas na Lei nº

6.404, de 15 de dezembro de 1976, inclusive àquelas relativas a seus poderes,

deveres e responsabilidades, a requisitos e impedimentos para investidura e a

remuneração. É composto por 05 (cinco) membros efetivos e igual número de

suplentes, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral, sendo que, pelo

menos 01 (um) membro deverá ser servidor público com vínculo permanente

com a administração pública indicado pelo controlador.

Definida pela Assembleia Geral Extraordinaria, realizada em 30 de abril de

2019, de acordo com o artigo 152 da Lei das Sociedades Anonimas (lei federal

no 6.404/76) e consoante o artigo 37 do Estatuto Social da Embasa, a

remuneração fixa mensal de R$ 2.250,00 (dois mil, duzentos e cinquenta

reais).

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O Conselho de Administração é a mais alta instancia administrativa,

responsavel pela deliberação estrategica e pela orientação superior da

empresa. É composto por 07 (sete) membros eleitos pela Assembleia Geral

(incluindo representantes do acionista majoritário, dos empregados e dos

acionistas minoritários), sendo, no mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de

membros independentes, equivalente a 02 (dois) componentes, podendo ser

considerado como membro independente o representante dos acionistas

minoritários desde que este cumpra os requisitos do membro independente.

Seguindo os mesmos preceitos do Conselho Fiscal, a remuneração fixa mensal

é de R$ 4.500,00 (quatro. mil e quinhentos reais), estabelecida em 2013,

abrangendo todos os trabalhos realizados, inclusive reunioes extraordinarias.

Desde setembro/2002, a Embasa remunera o Secretário do Conselho de

Administração, conforme deliberação do Colegiado, pelos trabalhos de realiza;

para o secretario do orgão, a remuneração e de R$ 1.950,00 (mil novecentos e

cinquenta reais), valor que vigora desde 2005.

O Comitê de Auditoria Estatutário é o órgão de suporte ao Conselho de

Administração no que se refere ao exercício de suas funções de auditoria e de

fiscalização sobre a qualidade das demonstrações contábeis e efetividade dos

sistemas de controle interno e de auditorias interna e independente. É

composto por 03 (três) membros independentes, desde que atendam aos

requisitos legais de independência, além de conhecimento técnico e

disponibilidade de tempo.

Estabelecida pela Assembleia Geral realizada em 29/06/2018, a remuneração

fixa mensal é de R$ 2.250,00 (dois mil, duzentos e cinquenta reais).

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A Diretoria Executiva é o órgão executivo de administração e representação,

cabendo-lhe assegurar o funcionamento regular da empresa em conformidade

com a orientação geral traçada pelo Conselho de Administração. A Sociedade

será composta de 07 (sete) Diretores, acionistas ou não, sendo: 01 (um)

Presidente, 01 (um) Diretor Técnico e de Planejamento, 01(um) Diretor

Financeiro e Comercial, 01 (um) Diretor de Gestão Corporativa, 01 (um) Diretor

de Empreendimentos, 01 (um) Diretor de Operação da Região Metropolitana de

Salvador e 01 (um) Diretor de Operação do Interior.

A remuneração mensal dos diretores e fixada pelo Decreto Estadual no

8.433/2003 e corresponde a um percentual calculado sobre o subsidio de

Secretario de Estado, sendo 90% para o dirigente maximo (Presidente) e 85%

para os demais diretores. Desde janeiro/2015, o subsidio de Secretario de

Estado e de R$ 19.359,50, (dezenove mil trezentos e cinquenta e nove reais e

cinquenta centavos) conforme o Decreto Legislativo no 2.036/2014. Sendo o

dirigente empregado de orgão ou entidade da administração direta, ou indireta

da União, Estado ou Municipio, ele podera optar entre a remuneração fixada no

decreto ou a do orgão ou entidade a que se achar, juridicamente, vinculado.

Dependendo do orgão ou entidade a qual e vinculado, o dirigente pode receber

remuneração variavel. Dos sete diretores da Embasa, seis são empregados de

carreira e tem direito ao Programa de Participação nos Resultados (PPR).

A remuneração dos membros estatutários é fixada anualmente pela

Assembleia Geral dos Acionistas, nos termos da legislação vigente, sendo

vedado o pagamento de qualquer forma de remuneração não prevista.

Subscrevem esta Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa,

os membros do Conselho de Administração, em reunião realizada em 17 de

dezembro de 2020.

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O Conselho de Administração da Embasa declara que aprovou, nesta data, a

Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa, referente ao

exercício de 2019, em conformidade com o inciso I do art. 8 da Lei

nº 13.303/16 e inciso XXXV do art. 61 do Estatuto Social da empresa.

Salvador, 17 de dezembro de 2020.

Cícero de Carvalho Monteiro Presidente do Conselho de Administração

Abelardo de Oliveira Filho Carlos Eduardo Gabas Membro Membro

Edmon Lopes Lucas Iêda Aparecida de Moura Cagni Membro Membro

Luciane Rosa Croda Stenzel Rogério Costa Cedraz Membro Membro

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