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COMISSÃO ORGANIZADORA

Direcção da CTOC, representada por:

António Domingues de Azevedo – presidente;Armando Pereira Marques – vice-presidente;

Jaime Soares dos Santos – vogal

Comissão de História da Contabilidade da CTOC, representada pelos seus três membros:

Lúcia Lima Rodrigues – presidente;Joaquim Fernando da Cunha Guimarães – vogal;

Leonor Fernandes Ferreira – vogal

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Índice

Programa ..........................................................................................6

Resumo das comunicações Luca Pacioli, La Partida Doble y Renacimiento - Jorge Tua Pereda ........................................................................9 A Contabilidade e o Negócio dos Escravos na “Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão” - Ofélia Maria Machado Pinto ....................................................11 Contabilidade do Vinho do Porto: O Período Pombalino - Isabel Gomes Oliveira ...............................................................13 A Contabilidade Pública na Época do Marquês de Pombal - Delfi na Rosa da Rocha Gomes .................................................15 A Profi ssão de Contabilista em Portugal - Joaquim Fernando da Cunha Guimarães ................................17 Estudo da História da Contabilidade: Evolução e Perspectivas em Portugal - Leonor Fernandes Ferreira e Ana Rita Faria ..........................19 Aula do Comércio: Primeiro Estabelecimento de Ensino Técnico de Contabilidade - Lúcia Lima Rodrigues ...............................................................21 A Importância de Portugal na História da Contabilidade no Brasil - António Lopes de Sá .................................................................23

Comissão de História da Contabilidade da CTOC Constituição e objectivos .............................................................27 Regulamento ................................................................................29 Relatório de actividades de 2007 ................................................33 Anexo 1 ......................................................................................37 Anexo 2 ......................................................................................38 Plano de actividades para 2008 ...................................................39 Ficha de inscrição ........................................................................41

Alguns Acontecimentos Importantes na Evolução da Contabilidade e da Profi ssão ..................................................43

Resumos curriculares ....................................................................59

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Programa

8:00 - 9:00 h Recepção e entrega da documentação

9:00 - 9:30 h Sessão de abertura Direcção da CTOC e Presidente da Comissão

de História da Contabilidade da CTOC

9:30 - 10:45 h Conferência inaugural Tema: Luca Pacioli, La Partida Doble

y Renacimiento Conferencista: Professor Doutor Jorge Tua

Pereda

10:45 - 11:00 h Pausa para café

11:00 - 12:30 h 1.º Painel - A CONTABILIDADE NO PERÍODO POMBALINO

Moderador: Mestre Joaquim Fernando da Cunha Guimarães

Tema 1 - A Contabilidade e o Negócio dos Escravos na “Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão”

Oradora: Mestre Ofélia Maria Machado Pinto

Tema 2 - Contabilidade do Vinho do Porto: O Período Pombalino

Oradora: Mestre Isabel Gomes Oliveira

Tema 3 - A Contabilidade Pública na Época do Marquês de Pombal

Oradora: Professora Doutora Delfi na Rosa da Rocha Gomes

12:30 - 14:00 h Intervalo para almoço

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14:00 - 15:30 h 2.º Painel - A PROFISSÃO, O ENSINO E A INVESTIGAÇÃO DA CONTABILIDADE

Moderador: Professor Dr. Hernâni O. Carqueja

Tema 1 - A Profi ssão de Contabilista em Portugal Orador: Mestre Joaquim Fernando da Cunha

Guimarães

Tema 2 - Estudo da História da Contabilidade: Evolução e Perspectivas em Portugal

Oradoras: Mestre Ana Rita Faria e Professora Doutora Leonor Fernandes Ferreira

Tema 3 - Aula do Comércio: Primeiro Estabelecimento de Ensino Técnico de Contabilidade

Oradora: Professora Doutora Lúcia Lima Rodrigues

15:30 - 15:45 h Pausa para café

15:45 - 16:00 h Biblioteca “Família Dória” - Agradecimento público pela doação de obras literárias à CTOC

16:00 - 17:15 h Conferência de encerramento Tema: A Importância de Portugal na História da

Contabilidade no Brasil Conferencista: Professor Doutor António Lopes

de Sá

17:15 - 17:30 h Sessão de encerramento Direcção da CTOC e Comissão de História

da Contabilidade da CTOC

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Luca Pacioli, la Partida Doble y Renacimiento

Jorge Tua Pereda

Luca Pacioli fue un típico hombre del Renacimiento. Matemático ilustre y primer divulgador de la contabilidad por partida doble, aprendió con y fue buen amigo de destacadas fi guras renacentistas: Piero della Francesca, Leon Battista Alberti, los Rompiasi, Leonardo da Vinci, etc. Por ello, el estudio de su persona y de su obra no puede desvincularse del entorno y la época del Renacimiento. Es en este contexto donde su fi gura cobra todo su carácter y autenticidad.

Pacioli es conocido y reconocido en el mundo de la Contabilidad, pero también lo es por expertos en matemáticas, geometría, arquitec-tura, estética, perspectiva... y, por descontado, historia del arte, No en vano cultivó la matemática, con carácter teórico pero también des-de su aplicación a todas estas disciplinas, incluido el cálculo comer-cial. Escribió, además de la conocida “Summa”, varios libros sobre algebra, junto con otras “curiosidades”, como “De ludis in Genere”, sobre juegos, o “de Viribus Quantitatis”, relativo a peculiaridades y características asombrosas de las series numéricas.

Una de sus principales aportaciones es “De Divina Proportione”, so-bre el segmento aureo, tan utilizado en las artes (arquitectura, escul-tura, pintura...e, incluso, música). El libro fue ilustrado con dibujos de Leonardo Da Vinci, con quien mantuvo no solo una relación de trabajo sino también de amistad. La divina proporción es un tema fas-cinante, relegado tal vez a un segundo plano en nuestros días, pero que cautivó a los sabios del renacimiento por su sorprendente presencia en la naturaleza, lo que la convertía en el canon de estética deseable, en la medida en que respondía a las leyes naturales. En estas circunstan-cias, resulta inevitable que la divina proporción tenga también conno-taciones esotéricas, como pone de manifi esto el conocido “Código Da Vinci”. Pero no fue tanto Leonardo como Pacioli el que se ocupó de este tema en sus escritos, sin perjuicio de que el más grande genio del Renacimiento, Leonardo, utilizara el segmento aureo en sus obras.

Por otro lado, el nacimiento de la partida doble no habría sido posi-ble sin un Renacimiento económico, previo al Renacimiento artístico

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y cultural, caracterizado por el nacimiento de una nueva clase social, la de los grandes mercaderes, y por otras cuestiones, tales como los nuevos modelos de asociaciones y compañías mercantiles, la forma-ción de amplias redes bancarias, la creación de nuevos instrumentos de crédito y tráfi co fi nanciero, el establecimiento de posibilidades re-gulares de seguro marítimo, la institución de consulados de comercio y órganos de representación y defensa de los mercaderes nacionales en el extranjero, etc.

Este es el entorno, económico e intelectual, en el que se desarrolla la partida doble, y en el que también se mueve su principal divulgador, Fra Luca Pacioli.

En este marco, el contenido de la conferencia se ocupa de:

• Recopilar y exponer todo cuanto se conoce de la vida de Pacioli, con especial referencia a su inserción en el Renacimiento y a su re-lación con algunas de las principales fi guras del mismo (Piero della Francesca, Leon Baptista Alberti, Leonardo da Vinci, etc).

• Sintetizar las características y principales aspectos técnicos de la concepción que sobre la partida doble tenía Pacioli, a través del análisis de los correspondientes capítulos de su “Summa”.

• Evidenciar el carácter renacentista y multidisciplinar de Pacioli, a través del análisis de otras de sus obras, especialmente “De Divina Proportione”.

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A Contabilidade e o Negócio dos Escravos na “Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão”

Ofélia Maria Machado Pinto

A Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão (CGGPM), criada por Alvará Régio de 7 de Junho de 1755, tinha o privilégio da ex-clusividade da navegação, comércio por grosso e de escravatura com as capitanias do Grão-Pará e Maranhão, por um período de 20 anos, contados a partir da expedição da primeira frota. Paralelamente, a Companhia benefi ciava também de isenções fi scais e de muitos outros privilégios, que foram sendo sucessivamente alargados pelo Rei.

As frotas da Companhia carregavam para o Brasil produtos ma-nufacturados, ferramentas, utensílios, alguns géneros alimentícios, medicamentos e escravos, trazendo açúcar, café, cacau, especiarias, madeiras, algodão, matérias corantes, tabaco, atanados e couro. Os postos mais importantes de abastecimentos e trocas eram Bissau, Cacheu, Cabo Verde, Costa da Mina, Angola, Pará, Maranhão, Per-nambuco, Paraíba, ilhas da Madeira e dos Açores.

Uma das razões essenciais para a criação da Companhia foi a neces-sidade premente de se abastecer o Brasil de mão-de-obra escrava, essencial para a implementação da política de desenvolvimento da agricultura e da indústria daquele território, bem como da alegada incapacidade da mão-de-obra alternativa: os índios.

A análise das fontes primárias disponíveis no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, organizadas num fundo constituído por 217 livros, permite constatar o carácter de pura mercadoria atribuída a estes seres humanos. A importância deste negócio para a Companhia pode ser verifi cada pela quantidade de escravos transaccionados, tipo e proveniência, e diver-sos gastos adicionais suportados (incluindo direitos alfandegários pagos nos postos onde eram adquiridos, alimentação, vestuário, alojamento, escravos mortos durante a viagem ou já em território brasileiro) e pelo rendimento decorrente da sua venda em solo brasileiro.

A contabilidade da CGGPM revela a existência de uma verdadei-ra multinacional, cujos procedimentos instituídos, apesar de pode-

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rem ser considerados arcaicos à luz das actuais condições são, na verdade, quando devidamente contextualizados, verdadeiramente notáveis. As rotinas contabilísticas da empresa assentavam em dois livros principais (diário e razão), escriturados de acordo com o méto-do da Partida Dobrada, complementados por diversos livros auxilia-res, que se foram multiplicando à medida que o negócio da empresa (“giro mercantil”) se intensifi cava e adoptava um crescente nível de complexidade.

A análise das fontes primárias revela a existência de um precioso case study, mostrando que a Contabilidade é uma testemunha dos aconte-cimentos mais marcantes da nossa história.

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Contabilidade do Vinho do Porto: O Período Pombalino

Isabel Gomes Oliveira

Os vinhos, ao longo de toda a história de Portugal e da Europa, tive-ram um papel fundamental e ainda hoje se mantêm como um ponto de referência sobre o nosso País. De todas as regiões, aquela que mais se salientou e maior atenção mereceu por parte dos governantes foi, sem dúvida, a região do Alto-Douro, hoje a Zona Demarcada dos Vinhos do Porto, dos vinhos generosos ou, como o povo os apelida, os vinhos “fi nos”.

Este estudo analisa a aplicação do método das partidas dobradas na Real Companhia Velha (designada na altura de Companhia Geral da Agricul-tura das Vinhas do Alto Douro), no período de 1756-1777, e em outras empresas de vinho do Porto, para as quais obtivemos informação.

Com base na consulta de diversa documentação existente em ar-quivos históricos, verifi camos que a companhia pombalina utilizou, desde 1756, o método das partidas dobradas no registo das suas ope-rações, sendo mantidos três livros principais (para além de outros complementares): memorial, diário e razão. Apresentamos ainda os primeiros balanços da Companhia e demonstramos a forma como calculava os resultados e distribuía dividendos aos seus accionistas.

Concluímos que a estrutura organizativa e o sistema contabilístico eram efi cazes no controlo das operações. Contudo, como era típico da época, o balanço não era tão completo como é hoje, não apre-sentando o imobilizado e respectivas amortizações. O sistema con-tabilístico era baseado nos débitos e créditos e não nos conceitos de activo, passivo e resultado. No entanto, existia a conta Capital e eram apurados resultados anualmente, o que, de acordo com a leitura que efectuamos a artigos portugueses e estrangeiros, com estudos de em-presas também do século XVIII, não era vulgar, mesmo em empresas que utilizavam o método das partidas dobradas.

Palavras principais: Vinho do Porto, companhia pombalina, Mar-quês de Pombal, método das partidas dobradas, memorial, diário, razão e balanço.

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A Contabilidade Pública na Época do Marquês de Pombal

Delfi na Rosa da Rocha Gomes

Este estudo, elaborado no âmbito da tese de doutoramento, analisa a adopção e institucionalização das partidas dobradas no Erário Régio português, e a subsequente difusão do método para as colónias por-tuguesas, sob a liderança do Marquês de Pombal, no período 1750 a 1777. O Erário Régio foi a primeira organização governamental a adoptar o método das partidas dobradas, o que constituiu um passo decisivo na institucionalização desta técnica no País e nas colónias. A análise da mudança contabilística no Erário Régio ocorre no contex-to de reformas similares implementadas em outros países europeus.

Para estruturar o amplo processo de transferência de técnicas e práticas contabilísticas de diferentes países europeus para Portugal é adoptado um conjunto de cinco questões propostas por Jeremy (1991), para a transferência internacional de tecnologia, e aplicadas à difusão da contabilidade por Carnegie e Parker (1996). A estas cinco questões foi adicionada uma nova questão para analisar especi-fi camente a transferência de práticas contabilísticas para as colónias portuguesas. Baseado em fontes de arquivo, este estudo adopta a Te-oria Institucional, mais especifi camente o “Novo Institutionalismo” tal como desenvolvido em Powell e DiMaggio (1991), no quadro da Transferência Internacional de Tecnologia, incidindo na iden-tifi cação e análise das pressões institucionais que infl uenciaram os desenvolvimentos da contabilidade em Portugal entre 1750 e 1777, principalmente a adopção das partidas dobradas no Erário Régio e a sua difusão para o império português desde o seu estabelecimento em 1761 até 1777.

O estudo identifi ca as pressões-chave exercidas sobre e pelo Erá-rio Régio, as quais resultaram na adopção de práticas contabilísticas específi cas. O estudo confi rma que entidades ligadas ao Estado são mais propensas a exercerem pressões coercivas com vista a atingir os objectivos defi nidos. Reforça a ideia da importância da contabili-dade como sistema de valores racionais através dos quais a estrutura organizacional é legitimada, bem como a importância do Estado no processo de institucionalização das práticas contabilísticas. No caso

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português salienta-se também a importância de actores individuais que, como poderosos agentes de mudança, tomam decisões-chave que infl uenciam a institucionalização de práticas contabilísticas.

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A Profi ssão de Contabilista em Portugal

Joaquim Fernando da Cunha Guimarães

A presente comunicação baseou-se num artigo que elaborámos com o mesmo título, o qual foi motivado pelo facto de em duas referências à profi ssão de contabilista em Portugal, na Revista de Contabilida-de e Finanças, os autores terem ignorado a existência da Câmara os Técnicos Ofi ciais de Contas (CTOC) e dos Técnicos Ofi ciais de Contas (TOC).

Com efeito, nos termos do art. 6.º (“Funções”) do Estatuto da CTOC (ECTOC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novem-bro, o TOC deve assumir a responsabilidade pela regularidade téc-nica, nas áreas contabilística e fi scal, bem como assinar, com o repre-sentante legal das entidades, as respectivas declarações fi scais e as demonstrações fi nanceiras e seus anexos.

Perante tal “provocação”, julgamos oportuno efectuar uma resenha histórica da profi ssão, culminando com referências à CTOC.

Assim, a primeira referência conhecida à profi ssão, então designada de “Guarda-Livros”, consta dos Estatutos da Aula do Comércio, de 19 de Abril de 1759, confi rmados por Alvará de 21 de Maio do mes-mo ano, criados pelo Marquês de Pombal.

Posteriormente, o primeiro Código Comercial, de 8 de Junho de 1833 (“Código Ferreira Borges”) também contemplou a profi ssão de contabilista com aquela designação de “Guarda-Livros”.

Entretanto, o Código Comercial, de 23 de Agosto de 1888 (“Código Veiga Beirão”), ainda em vigor, deixou de efectuar referências à pro-fi ssão, o que suscitou diversas contestações, das quais destacamos a do distinto contabilista Ricardo José de Sá.

De seguida, a profi ssão passou a designar-se “Técnico de Contas”, mantendo-se a não referência à mesma no Código Comercial e, pos-teriormente, no Código das Sociedades Comerciais, este último apro-vado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro.

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Apesar de Álvaro Dória atribuir a Ricardo de Sá a origem da designação de “Técnico de Contas”, referenciando um pequeno livro sob o título “Carta a sua Alteza Real o Sereníssimo Senhor Duque de Bragança a respeito do novo Código Comercial”, constatamos que este documento não refere essa expressão mas a de “Guarda-Livros”, pelo que, até à data, ainda não conseguimos saber quem, pela primeira vez, utilizou a expressão “Técnico de Contas”, o que sugere investigação futura.

Por outro lado, a profi ssão passou a estar contemplada pela primeira vez na legislação fi scal, com a designação de “Técnico de Contas”, no Código da Contribuição Industrial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 45 103, de 1 de Julho de 1963. No entanto, com a revogação deste Código, a partir de 1 de Janeiro de 1989, através da entrada em vigor do actual Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC), aprovado pelo Decre-to-Lei n.º 442-B/88, de 30 de Novembro, essa referência foi suprimida.

Com a publicação do primeiro Estatuto da então Associação (actual “Câmara”) dos Técnicos Ofi ciais de Contas, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 265/95, de 17 de Outubro, a profi ssão passou a designar-se de “Técnico Ofi cial de Contas”, sendo que a palavra “ofi cial” resulta do facto de a profi ssão se considerar de “interesse público”, designa-ção esta que se mantém no actual ECTOC.

Paralelamente, relevamos a utilização da designação “Perito Contabi-lista”, normalmente associada à peritagem em tribunais (“peritagens contabilísticas”), a qual não se encontra regulamentada, mas que é exercida, indistintamente, por TOC, Revisores Ofi ciais de Contas (ROC), economistas e outros profi ssionais.

Assim, desenvolvemos os principais factos históricos e actuais da profi ssão de contabilista em Portugal, de acordo com aquela multifa-cetada designação e enquadramento.

Finalmente, sugerimos que, aproveitando a revisão estatutária em curso, a CTOC passe a designar-se “Ordem dos Contabilistas”, clarifi cando e alargando as respectivas responsabilidades e funções estatutárias.

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Estudo da História da Contabilidade:Evolução e Perspectivas em Portugal

Leonor Fernandes Ferreira

Ana Rita Faria

O reconhecimento da História da Contabilidade como área merece-dora de estudo é relativamente recente, embora as origens da Con-tabilidade remontem a período relativamente longínquo. A prática de invocar a longa história e o passado da Contabilidade tem sido utilizada para promover o enobrecimento do estatuto da profi ssão de Contabilista e a legitimação da Contabilidade enquanto disciplina académica.

O objectivo deste trabalho é realçar a importância dos estudos da História da Contabilidade, para a qual o papel institucional e dos profi ssionais, professores e investigadores tem sido decisivo.

Depois de uma breve resenha de obras estrangeiras de História da Contabilidade, publicadas até meados do século passado, o trabalho identifi ca os precursores da História da Contabilidade em Portugal, nomeadamente Jaime Lopes Amorim, Gonçalves da Silva e Martim Noel Monteiro. Apresentam-se e comentam-se as obras destes distin-tos autores de língua portuguesa, salientando-se os seus contributos mais relevantes na área da História da Contabilidade. Esta análise surge contextualizada no tempo e no espaço.

Em seguida, sistematiza-se e descreve-se o conjunto de actividades que, no passado recente, têm concorrido para o desenvolvimento do estudo da História da Contabilidade em Portugal e no resto do mun-do. Dá-se especial ênfase a aspectos ligados ao ensino da História da Contabilidade e à disseminação do conhecimento nessa área, real-çando-se o papel das associações académicas e de profi ssionais. Nos congressos, encontros e outros eventos, cada vez mais frequentes, o número de apresentações e participantes multiplica-se e estes for-mam já uma comunidade assinalável e uma rede de interesses vinca-dos. Em Portugal, este movimento recebeu acolhimento e incentivo

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por parte das associações profi ssionais, que proporcionaram espaços de debate e apoiaram fi nanceiramente estudos de História da Con-tabilidade. Como resultado desta intensa actividade, verifi cou-se o aumento do número de publicações, em revistas nacionais e interna-cionais, o que contribuiu para que a História da Contabilidade por-tuguesa adquirisse visibilidade no plano internacional.

Os esforços, os trabalhos e as iniciativas individuais, hoje relativa-mente menos frequentes, cederam lugar a estratégias que, consciente ou inconscientemente, traçaram o desenvolvimento da História da Contabilidade como disciplina académica.

O trabalho termina com considerações sobre possíveis evoluções e desenvolvimentos do estudo de História da Contabilidade em Por-tugal e sobre a relevância e o potencial de investigação desta área do saber.

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Aula do Comércio: Primeiro Estabelecimento

de Ensino Técnico de Contabilidade

Lúcia Lima Rodrigues

Nesta apresentação faz-se um resumo das principais conclusões de quatro artigos sobre a Aula do Comércio que foram publicados em revistas científi cas internacionais. A investigação foi levada a cabo por três investigadores, Lúcia Lima Rodrigues, Delfi na Gomes e Russell Craig tendo sido patrocinada pela Câmara dos Técnicos Ofi -ciais de Contas. O estudo desta Escola é importante, não só por ter sido pioneira, mas também porque permitiu formar um conjunto de profi ssionais que haveria de sustentar o desenvolvimento económico do País no período pombalino.

Num primeiro artigo, argumenta-se que foi durante a sua estada em Londres que o Marquês de Pombal começou a pensar na necessidade de criar a Aula do Comércio. A carta do Marquês de 1742 discute matérias acerca das quais os comerciantes necessitavam instrução, proporcionando evidência empírica que o levou a pensar na gre-lha curricular da Aula do Comércio em Londres. Na capital inglesa coleccionou uma grande variedade de livros acerca de matérias co-merciais, desenvolveu uma rede de contactos com pessoas que eram conhecedoras de matérias económicas e educacionais e aumentou os seus conhecimentos frequentando aulas e conferências.

No segundo artigo apresenta-se a Aula do Comércio como fruto do período iluminista que Portugal estava a viver, que levou o Estado a intervir no ensino do comércio e da contabilidade. O plano de estu-dos da Aula do Comércio revela que o grau de formalidade da estru-tura do curso é surpreendente e não usual para a época. As matérias leccionadas ainda hoje se revelam como fundamentais na formação de qualquer contabilista. Também os métodos de ensino adoptados não poderiam estar mais actualizados: as “decúrias” da época são aquilo que hoje chamamos de “aulas tutoriais”.

No terceiro artigo faz-se a biografi a dos dois primeiros professores da Aula do Comércio: João Henriques de Sousa e Albert Jaquéri de

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Sales. Como principais características destes professores aponta-se o facto de ambos deterem considerável experiência que foi adquirida em diferentes partes do mundo, nomeadamente Inglaterra, Espanha, Argentina e Brasil. Apesar dos conhecimentos que detinham (que pode ser demonstrada através dos seus múltiplos escritos, nomeada-mente as “postilhas”) e da importância que tiveram na formação de uma profi ssão, quando a “Viradeira” aconteceu perderam populari-dade e não receberam a homenagem que, sem dúvida, mereciam.

No quarto artigo, os autores não tentam “provar a verdade” sobre o pioneirismo da Aula do Comércio porque isso seria “logicamente impossível” (é impossível conhecer totalmente o passado), mas antes, usando três tipos de protocolos (pesquisa empírica em arquivo, re-curso à opinião de peritos sobre esta matéria e convite ao público em geral e a outros académicos para desmentirem o pioneirismo) tentam contrariar tal hipótese. A evidência encontrada não permitiu falsifi -car a hipótese em investigação, ou seja, os resultados apontam para a elevada probabilidade de a Aula do Comércio portuguesa ter sido a primeira escola pública de negócios no mundo.

Se a Aula do Comércio foi a primeira escola pública de comércio, e se a aprendizagem deste tipo de ensino se faz hoje predominante-mente patrocinado pelo Estado, parece não haver dúvidas sobre o interesse desta iniciativa do Marquês de Pombal, da qual nos deve-mos orgulhar. De facto, a Aula do Comércio foi precursora e vários países seguiram o exemplo português, criando pouco tempo depois Academias de Comércio idênticas à escola portuguesa. Foi o que su-cedeu em Espanha (Cádiz, em 1799), ou em França (Academia de Comércio de Paris, 1820).

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A Importância de Portugal na História da Contabilidade no Brasil

António Lopes de Sá

As civilizações pré-colombianas foram prósperas mas, as europeias responsáveis, fi zeram-se pela evolução que gerou as grandes potên-cias americanas da actualidade.

Portugal tão fortemente infl uiu sobre o Brasil que nenhum dos ra-mos do conhecimento fi cou imune a tal participação.

A Contabilidade, levada com seriedade pelos portugueses, deixou profun-das marcas e por mais de três séculos teve infl uência decisiva na colónia.

No século XVI aportaram na Bahia os primeiros contadores sendo que em 1549, chegou Gaspar Lamego, o primeiro ofi cialmente nome-ado pela Coroa.

No século XVII consolidou-se a Casa dos Contos e no XVIII, por efei-to da reforma pombalina chegou ao Brasil um conjunto de normas contábeis; implantou-se, então, a partida dobrada no serviço real.

Os diversos ciclos económicos exigiram, cada um, especializações na aplicação contabilística sendo o primeiro o do pau-brasil, o segundo o da cana de açúcar e o terceiro, e mais exuberante, o do ouro e dia-mante (século XVIII).

No século XVIII já se adoptava no Brasil, por infl uência portuguesa, o avançado método das “Contas Gerais” e a Contabilidade Analítica de Custos já era aplicada por centros de produção de diamantes.

Forte infl uência cultural e educacional teve o livro de João Baptista Bonavie, vindo de Portugal.

As aulas de comércio já eram dadas em 1758 mas, ofi cialmente, só se instalaram com a vinda de D. João VI, sendo a primeira no Rio de Janeiro, em 1809 e a segunda no Maranhão, em 1811.

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O primeiro livro de Contabilidade escrito no Brasil, manuscrito, foi de autoria do português Francisco A. Rebelo que viveu em Vila Rica, dedicado a evidenciar contas da Real Fazenda.

Como a história de uma profi ssão é a da sua cultura, é possível afi r-mar que o Brasil deve aos contadores de Portugal, as suas raízes.

Adicionais infl uências ocorreram no tempo imperial, sempre ao sabor europeu e da ligação de D. Pedro II com as suas origens lusitanas.

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Comissão de História da Contabilidade da CTOC

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Constituição e objectivos

Constituição

A Comissão de História da Contabilidade da Câmara dos Técni-cos Ofi ciais de Contas, doravante designada por Comissão ou por CHC-CTOC, foi constituída em 10 de Abril de 2007, com base em deliberação da Direcção da CTOC de 10 de Janeiro de 2007, tendo a tomada de posse sido realizada em sessão pública, nesse mesmo dia, no Salão Nobre das instalações da sede da CTOC, Avenida Barbosa du Bocage, n.º 45, de Lisboa, sendo constituída, inicialmente, pelos seguintes três membros (art. 2.º do Regulamento):

A Comissão durará pelo prazo estabelecido pela Direcção da CTOC, podendo ser alargada para um máximo de cinco elementos por de-liberação da Direcção da CTOC, depois de ouvida a Comissão (art. 2.º do Regulamento).

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Objectivos

“Se os contabilistas dessem mais importância à história da disciplina e às relações da mesma com as disciplinas afi ns, já as fronteiras contabilísticas se tornariam menos imprecisas e já as defi nições de contabilidade seriam, porven-tura, menos desarmónicas do que são actualmente”, Gonçalves da Silva, Doutrinas Contabilísticas – Resumo e Críticas das Principais, Ed. Centro Gráfi co de Famalicão, Vila Nova de Famalicão, 1959, p.16.

O Professor Gonçalves da Silva considerou que só podemos perce-ber a evolução da Contabilidade e conhecer bem a Contabilidade actual se conhecermos o seu passado. De facto, o conhecimento his-tórico permite reduzir o risco de se efectuarem interpretações que podem ser inadequadas ou incompletas por não se ter em considera-ção a perspectiva histórica e por se assumir pressupostos simplistas sobre o contexto envolvente. Os desejos de documentar e explicar as mudanças na Contabilidade, identifi cando as suas causas, têm sido motivações importantes para a investigação em história da Contabi-lidade durante muitas décadas.

Assim, estudar o passado da Contabilidade é útil para entender e resolver problemas contabilísticos actuais. Considera-se que os fenó-menos contabilísticos actuais só podem ser totalmente compreendi-dos depois de se saber como surgiram estes fenómenos (mais do que ver a “fotografi a”, muitas vezes precisamos de ver o “fi lme” desde o seu início). Algumas peculiaridades contemporâneas têm a sua ori-gem em práticas passadas, o que faz com que só se entendam bem depois de se ver a evolução ao longo do tempo.

A Comissão tem objectivos científi cos e culturais e visa promover e divulgar a investigação em História da Contabilidade portuguesa, bem como dar a conhecer a CHC-CTOC junto de outras entidades nacionais e outras comissões congéneres estrangeiras que se dedicam ao estudo da História da Contabilidade (art. 3.º do Regulamento).

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Regulamento

Artigo 1.º(Constituição)

1. A Comissão de História da Contabilidade da Câmara dos Técni-cos Ofi ciais de Contas, doravante designada por Comissão ou pela abreviatura “CHC-CTOC”, exerce a sua actividade nas instala-ções da sede da Câmara dos Técnicos Ofi ciais de Contas (CTOC), sitas na Avenida Barbosa du Bocage, n.º 45, em Lisboa.

2. O funcionamento da Comissão rege-se pelo presente Regulamento.

Artigo 2.º(Composição e duração)

1. A Comissão é constituída por um Presidente e por dois Vogais designados pela Direcção da CTOC;

2. A Comissão poderá ser alargada para um máximo de cinco ele-mentos por deliberação da Direcção da CTOC, depois de ouvida a Comissão;

3. A duração da Comissão será estabelecida pela Direcção da CTOC.

Artigo 3.º(Objectivos)

1. A Comissão tem objectivos científi cos e culturais e visa promover e divulgar a investigação em História da Contabilidade portuguesa;

2. Compete à Comissão dar a conhecer a CHC-CTOC junto de ou-tras entidades nacionais e outras comissões congéneres estrangei-ras que se dediquem ao estudo da História da Contabilidade.

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Artigo 4.º(Membros-associados)

1. Todos os TOC e outras pessoas, individuais ou colectivas, interessadas no estudo e na investigação sobre História da Contabilidade portugue-sa podem candidatar-se a membros-associados da CHC-CTOC;

2. Podem ainda ser membros-associados da CHC-CTOC todos aqueles que não tendo nacionalidade portuguesa se interessem pela História da Contabilidade portuguesa;

3. A admissão de membro-associado da CHC-CTOC fi ca dependente da decisão de aprovação pela Comissão e da posterior ratifi cação pela Direcção da CTOC, e formaliza-se através do preenchimento de uma fi cha de inscrição, contendo, nomeadamente, informações curriculares da pessoa e sobre áreas de interesse em investigação em História da Contabilidade portuguesa.

Artigo 5.º(Reuniões)

1. A Comissão reunirá, pelo menos, quatro vezes por ano;2. A Comissão poderá realizar reuniões alargadas, sempre que for

julgado oportuno, com a participação de todos ou alguns dos mem-bros-associados em função dos objectivos e assuntos a tratar.

Artigo 6.º(Plano de actividades e orçamento)

A Comissão deverá elaborar, de acordo com o prazo defi nido pela Direcção da CTOC, o Plano de Actividades e o Orçamento anual, cuja execução fi cará dependente de prévia aprovação pela Direcção da CTOC.

Artigo 7.º(Relatório de actividades)

A Comissão elaborará anualmente o relatório de actividades que apresentará à Direcção da CTOC.

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Artigo 8.º(Disposições fi nais)

1. O presente Regulamento entra em vigor na data defi nida pela Di-recção.

2. O presente Regulamento poderá ser alterado sempre que for jul-gado conveniente.

Lisboa, 18 de Dezembro de 2007

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Relatório de actividades de 2007(Elaborado nos termos do art. 7.º do Regulamento da CHC-CTOC)

1. Introdução

Nos termos do art. 7.º do Regulamento da Comissão de História da Contabilidade da Câmara dos Técnicos Ofi ciais de Contas, doravan-te designada por CHC-CTOC ou por Comissão, vem apresentar o seu primeiro Relatório de Actividades.

2. Tomada de posse da CHC-CTOC

A criação da CHC-CTOC foi aprovada pela Direcção da CTOC, por deliberação de 10 de Janeiro de 2007 (acta n.º 51/07).

A tomada de posse da Comissão ocorreu em 10 de Abril de 2007, em sessão pública realizada no Salão Nobre das instalações da sede da CTOC, registando-se as intervenções do presidente da Direcção, António Domingues de Azevedo e, em representação da Comissão, da presidente, Lúcia Lima Rodrigues, tendo ambos referido os prin-cipais objectivos da Comissão.

O evento foi divulgado no site da CTOC através do texto junto a este Relatório (anexo n.º 1).

3. Reuniões

Após a tomada de posse, a Comissão reuniu de imediato, tendo deli-berado que de cada reunião seria lavrada a respectiva acta, visando, nomeadamente, construir o historial da Comissão, o que fi cou consa-grado no art. 5.º do Regulamento.

No ano de 2007 a Comissão realizou cinco reuniões, cujas ordens de trabalho constam do documento anexo n.º 2 e as respectivas actas encontram-se arquivadas para consulta.

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4. Regulamento

A CHC-CTOC elaborou a proposta do Regulamento aprovada em reunião da Comissão de 18 de Dezembro de 2007 (acta n.º 5), a qual foi ratifi cada em reunião da Direcção da CTOC de 3 de Janeiro de 2008 (anexo n.º 3).

5. Página da CHC-CTOC

A comunicação via Internet é cada vez mais importante, pelo que a Comissão está a trabalhar no sentido de criação de uma página para inclusão no site da CTOC, prevendo-se a sua conclusão em Fevereiro de 2008.

A página deverá conter o curriculum vitae em História da Contabili-dade dos membros da Comissão, informações gerais sobre História da Contabilidade, regulamento da CHC-CTOC, actividades, confe-rências/jornadas/congressos e links a outras comissões de História da Contabilidade. A associação de membros (membros-associados) a esta Comissão será efectuada com base num fi cheiro que será dispo-nibilizado nesta página e submetido por e-mail para apreciação pela CHC-CTOC, nos termos do art. 4.º do Regulamento. Foi, entretan-to, acordado que o menu, deveria conter, pelo menos, a seguinte in-formação (menus e sub-menus):

− Constituição e objectivos− Regulamento− Composição e membros− Actividades: reuniões da Comissão, publicações, relatórios, encon-

tros passados e encontros futuros− Inscrição: condições de inscrição e fi cha de inscrição− Informações: newsletter− Entidades protocoladas− Contactos− Links

A Comissão considera conveniente que a página seja preparada em português e inglês.

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6. Inventário da investigação efectuada em História da Contabili-dade em Portugal

Um dos primeiros trabalhos da Comissão será o de inventariar as dissertações de mestrado e as teses de doutoramento em História da Contabilidade, considerando-se como bom ponto de partida as infor-mações contidas no Portal Infocontab – o portal da Contabilidade em Portugal, em www.infocontab.com.pt. Será ainda efectuado um levantamento de todos os cursos de licenciatura e mestrado onde se leccionam temáticas de História e Teoria da Contabilidade, solicitan-do-se os respectivos programas.

7. Representações institucionais da CHC-CTOC

A CHC-CTOC recebeu o primeiro convite para a sua representação institucional na 5th Accounting History International Conference, realizada no mês de Agosto em Banff, Canadá. Lúcia Lima Rodrigues repre-sentou a Comissão, tendo sido acompanhada de Roberto di Pietra (Presidente da Societá Italiana di Storia de la Ragioneria), representan-tes da CH do Japão, China e do organismo internacional que agrega os historiadores de contabilidade, a Academy of Accounting Historians, dos E.U.A. Na circunstância, a presidente Lúcia Lima Rodrigues proferiu um discurso cujo texto foi analisado e destinado a arquivo da Comissão.

8. Protocolos

A Comissão iniciou trabalhos e efectuou diligências no sentido do estabelecimento de protocolos com entidades congéneres no País e no estrangeiro, tendo sido elaborado um modelo de protocolo.

9. Perspectivas futuras

No próximo ano o esforço de organização da CHC-CTOC manter--se-á, estando prevista a concretização de algumas das principais ac-tividades preconizadas no Regulamento.

Dentro das iniciativas, com o objectivo de criar ligações a nível in-ternacional, a Comissão, através da Direcção da CTOC, procurará

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celebrar protocolos com organizações homólogas a nível europeu e internacional, nomeadamente a Società Italiana di Storia della Ragio-neria (SISR), cujo interesse de colaboração foi já manifestado pelo colega italiano Roberto di Pietra, a Comisión de Historia de la Contabi-lidad da AECA, a Accounting History Association, Japão, e a Academy of Accounting Historians dos Estados Unidos.

No ano de 2008 serão emitidas newsletters para eventual publicação na Revista «TOC» e disponibilização para download no menu da Co-missão no site da CTOC.

O menu da Comissão no site da CTOC deverá ser disponibilizado quando a Direcção da CTOC deliberar nesse sentido, o qual será de actualização permanente, nomeadamente através das referidas news-letters.

A Comissão prevê a realização do “Primeiro Encontro de História da Contabilidade”, para Maio de 2008 aquando da realização do IX Prolatino em Portugal, de forma a aproveitar a vinda do Profes-sor Doutor António Lopes de Sá que irá participar nesse evento.

Lisboa, 15 de Janeiro de 2008

A CHC-CTOC,

Lúcia Lima Rodrigues - presidente

Joaquim Cunha Guimarães - vogal

Leonor Fernandes Ferreira - vogal

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Anexo 1

A Comissão de História da Contabilidade (CHC) entrou em fun-ções. No passado dia 10, no Salão Nobre da Câmara dos Técnicos Ofi ciais de Contas (CTOC), Lúcia Lima Rodrigues (presidente), Leonor Fernandes Ferreira (vogal) e Joaquim Cunha Guimarães (vogal) tomaram posse, dando assim início a mais um projecto que Domingues de Azevedo classifi cou como «muito importante para o futuro da profi ssão.»

«Quem não conhece o seu passado, difi cilmente compreenderá o seu presente e entenderá o futuro». Esta afi rmação do presidente da CTOC apresenta a justifi cação fundamental para esta nova aposta da Instituição que, «sendo uma entidade de domínio público, e falhadas outras soluções, não se podia alhear desta responsabilidade.» Do-mingues de Azevedo, que aproveitou a ocasião para traçar um breve perfi l sobre os três elementos da Comissão, lembrou que a iniciativa «pode agregar outras pessoas com crédito e valor reconhecidos.»

A CHC terá como tarefa desenvolver o estudo, investigação e com-pilação dos elementos relacionados com a História da Contabilidade, um domínio pouco explorado em Portugal, como fez questão de sa-lientar Lúcia Lima Rodrigues: «Ninguém conhece bem a sua pro-fi ssão se não conhecer a sua história. A Contabilidade portuguesa tem um passado riquíssimo. Só agora é que estamos a dar os pri-meiros passos para o conhecer melhor.» A presidente da CHC foi mais longe, garantindo que, com as investigações a desenvolver, será dada «maior visibilidade internacional à história da Contabilidade no nosso País. Há muitos arquivos à espera de serem desbravados e analisados.»

A Comissão é composta por Lúcia Lima Rodrigues, directora do Departamento de Gestão da Universidade do Minho e presidente do Conselho Editorial da Revista «Contabilidade e Gestão», Maria Leonor Fernandes Ferreira da Silva, docente da Universidade Nova de Lisboa, investigadora na área da História da Contabilidade e Jo-aquim Cunha Guimarães, docente da Universidade do Minho e pre-sidente do Conselho Fiscal da CTOC.

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Anexo 2

Ordens de trabalho das reuniões da CHC-CTOC - 2007

ACTA N.º DATA ASSUNTO

1 10/04/2007

1. Actas das reuniões;2. Informações;3. Tomada de posse da Comissão;4. Designação da Comissão;5. Génese da Comissão;6. Orçamento da Comissão;7. Regulamento de funcionamento da Comissão;8. Site da CTOC.

2 30/05/2007

1. Reanálise e aprovação da reunião anterior;2. Informações;3. Regulamento da Comissão;4. Site da CTOC;5. Actividade dos membros da Comissão;6. Protocolos;7. Divulgação da Comissão;8. Seminário/congressos/jornadas, etc.

3 28/06/2007

1. Reanálise e aprovação da reunião anterior;2. Informações;3. Regulamento da Comissão;4. Modelo de protocolo de colaboração;5. Actividades dos membros da comissão;6. Site da CTOC;7. Outros assuntos.

4 30/07/2007

1. Análise do projecto de Regulamento da Comissão;2. Menu da Comissão no site da CTOC;3. Newsletter da Comissão;4. Programa de actividades;5. Actividades dos membros.

5 18/12/2007

1. Leitura e Aprovação da Acta n.º 4, de 28 de Junho de 2007;

2. Regulamento da Comissão;3. Site da CTOC;4. Plano de actividades para 2008;5. Relatório de actividades de 2007;6. I Encontro de História da Contabilidade;7. Actividades dos membros da Comissão;8. Documentos para análise e arquivo.

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Plano de actividades para 2008(Elaborado nos termos do art. 6.º do Regulamento da CHC-CTOC)

• Manter actualizado o inventário das dissertações de mestrado e das teses de doutoramento em História da Contabilidade

o Escrever às escolas; o Pedir colaboração à Comissão de Inscrição; o Escrever aos autores.

• Implementar o site da CHC-CTOC o Preparar os conteúdos respectivos para inclusão no site da CTOC; o Combinar/dividir tarefas; o Defi nir periodicidade e condições de manutenção e actualização.

• Iniciar acervo de documentação histórica o Formação da Biblioteca da CTOC em História da Contabilidade; o Informar a Direcção acerca de obras de interesse para eventual

aquisição.

• Levantar lista dos cursos e disciplinas ou capítulos de História da Contabilidade no programa e saber quem lecciona/tem responsa-bilidade

o Escrever às escolas.

• Levantamento dos encontros nacionais e internacionais sobre his-tória da contabilidade

o Garantir presença da Comissão.

• Intensifi car as ligações nacionais o Apresentar a CHC-CTOC; o Levantamento de entidades com interesse pela HC; o Levantamento de entidades com documentação relevante sobre HC; o Estabelecer protocolos.

• Iniciar as ligações internacionais o Apresentar a CHC-CTOC; o Celebrar protocolos; o Participar em encontros.

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• Newsletter informativa o Numa primeira fase: na Revista «TOC» e no menu da Comissão

no site da CTOC. • Organizar encontros o Concretizar o I Encontro de História da Contabilidade.

• Colaborar em projectos de investigação sobre História da Conta-bilidade portuguesa

o Delimitar tipologia dos estudos; o Defi nir temas; o Procurar/seleccionar equipas.

• Incentivar a investigação em História da Contabilidade portuguesa o Inscrição como membros associados da CHC-CTOC de todos os

que investigam e gostam desta área da Contabilidade; o Apoiar os membros associados através da disponibilização de

contactos internacionais e identifi cação de base de dados e arqui-vos;

o Criar um conjunto de incentivos (como, por exemplo, estabele-cimento de prémios) à investigação nesta área que levem a um rápido aumento nos próximos anos.

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Ficha de inscriçãoMembro-associado da Comissão de História da Contabilidade

(Regulamento do CHC-CTOC, art. 4.º, n.º 3 do Regulamento)

1. Membro n.º __________ (a atribuir pela Comissão)

2. Nome (completo): ______________________________________

3. Morada: ______________________________________________ Código Postal: ______ - _____ Localidade: __________________

4. Contactos: Telefone: _____________________________________________ Telemóvel: ____________________________________________ E-mail: _______________________________________________ Site: _________________________________________________

5. Técnico Ofi cial de Contas n.º _______

6. Outras profi ssões (indicar todas as exercidas) ■ ROC n.º ______ ■ Docente do ensino superior com a categoria de ____________ estabelecimento(s) de ensino ___________________________ ■ Economista ■ Gestor ■ Director fi nanceiro ■ Outra (especifi que) ____________________________________

7. Habilitações académicas ■ Agregação Ano: _____ Universidade: _______________________________________ Área/Designação: _____________________________________ Título da lição: ______________________________________ ■ Doutoramento Ano: _____ Universidade: _______________________________________ Área/Designação: _____________________________________ Título da tese: _______________________________________

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■ Mestrado Ano: _______ Universidade: _______________________________________ Área/Designação: _____________________________________ Título da dissertação: _________________________________ ■ Licenciatura em (indicar data, designação e universidade) ________ _______________________________________________________ ■ Outra (especifi que): ___________________________________

8. Curriculum vitae em História da Contabilidade (comissões de trabalho, artigos publicados, comunicações, etc).Breve descrição (se julgar oportuno anexe CV completo sobre História da Contabilidade). _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________

9. Indique os seus principais motivos de interesse em candidatar-se a membro-associado da CHC-CTOC. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________

10. Indique de que modo julga poder e está disposto a colaborar/con-tribuir para a História da Contabilidade CHC-CTOC e apresente sugestões sobre as actividades a desenvolver pela Comissão. _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________

Membro-associado n.º _____Admissão aprovada pela CHC-CTOC em reunião de ______ (acta n.º __)Admissão ratifi cada pela Direcção da CTOC em reunião de ______ (acta n.º ___)Pela CHC-CTOC, Lisboa _____/____/____

_________________________________ _______________________________ (cargo na CHC-CTOC) (Assinatura)

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Alguns acontecimentos importantes na evolução

da Contabilidade e da profi ssão*

* Documento elaborado pelo vogal da Comissão de História da Contabilidade da CTOC, Joaquim Cunha Guimarães, incluído no seu artigo sob o título «História da Câmara dos Técnicos Ofi ciais de Contas - 10.º aniversário (1995-2005)», tendo por base o artigo sob o título «Corporativismo, libe-ralismo e a profi ssão contabilística em Portugal desde 1755», da autoria de Lúcia Lima Rodrigues, Delfi na Rocha Gomes e Russel Craig. Os destaques a negrito são da responsabilidade do autor.

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Data Acontecimento Importância

MONARQUIA ABSOLUTA CORPORA-TIVISTA

1755 Terramoto em Lisboa Destruição de muitos registos comerciais.

1755Criação da Junta de Comércio pelo Marquês de Pombal, através do Real Decreto de 30 de Setembro de 1755

Impulsionou a actividade comercial e indus-trial e melhorou o ensino do comércio.

1758

Publicado o que é considerado o primeiro livro na área da contabilidade, de João Bap-tista Bonavie, sob o título “Mercador Exacto nos seus Livros de Contas ou Methodo Facil para Qualquer Mercador e Outros Arrima-rem as suas Contas…”, em Lisboa

Elaborei artigo sob o título: “Os Primeiros Livros Portugueses de Contabilidade” dis-ponível no meu Portal Infocontab.

1759 Criação da Aula do Comércio

Os Estatutos da Aula do Comércio datam de 19 de Abril de 1759 e foram confi rmados por Alvará de 19 de Maio de 1759.Primeiro estabelecimento de ensino criado ofi cialmente em Portugal para o ensino da contabilidade.É considerado o primeiro estabelecimento de ensino do comércio e da contabilidade na Europa e talvez (facto ainda não confi rma-do) no mundo.É a primeira lei a fazer referência à profi s-são de “guarda-livros”.

1764

Publicado, em Turim (Itália), o que é con-siderado o segundo livro na área de Con-tabilidade, de autor anónimo, sob o título “Tratado sobre as Partidas Dobradas”.

Elaborei artigo sob o título: “Os Primeiros Livros Portugueses de Contabilidade” dis-ponível no meu Portal INFOCONTAB.

1770Primeira regulamentação da profi ssão conta-bilística

Por Carta de Lei de 30 de Agosto de 1770.Os Guarda-Livros teriam de se escrever na Junta do Comércio.Alguns empregos na administração pública só estavam disponíveis para os alunos da Aula do Comércio.

MONARQUIA LIBERAL

1833Primeiro Código Comercial Português, deno-minado Código Ferreira Borges, em home-nagem ao seu autor, José Ferreira Borges.

Os Guarda-Livros deviam inscrever-se na Junta de Comércio e ser graduados pela Aula de Comércio.

1838

A Profi ssão de “Guarda-livros” é reconhecida nas leis fi scais como uma das profi ssões libe-rais sujeitas à “décima” (carta de Lei de 7 de Abril de 1838)

Ser graduado pela Aula do Comércio e estar inscrito na Junta de Comércio já não era tão importante para poder ser considerado “guar-da-livros”, embora alguns empregos públicos continuassem a ser atribuídos a alunos da Aula do Comércio. A “décima” (uma décima parte do rendimento) é considerado o imposto em-brionário do sistema fi scal português.

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Data Acontecimento Importância

1885Criada a Associação Portuguesa de Conta-bilidade, por Alvará de 12 de Outubro de 1885

De acordo com Ricardo de Sá no seu livro “Verifi cações e Exames de Escripta”, Ed. Livraria Ferin, Lisboa,1912, teve vida efé-mera, não se sabendo o período de activi-dade.Ver meu artigo “Os Primórdios das Asso-ciações e das Revistas de Contabilidade em Portugal”, publicado na revista TOC n.º 78, de Setembro de 2006 e disponível no Portal Infocontab.

1888Novo Código Comercial, denominado Códi-go “Veiga Beirão”, em homenagem ao seu autor, Francisco António da Veiga Beirão.

Permite que os comerciantes e as empresas entreguem a contabilidade a qualquer pessoa, fazendo com que a competência para o traba-lho deixasse de ser considerada sob a forma de lei. A profi ssão de “Guarda-Livros” dei-xa de ser referida o que foi considerado um retrocesso.

1894

Criada a “Associação dos Empregados de Contabilidade”, por Alvará de 19 de Julho de 1894, também designada por “Associa-ção de Classe dos Empregados de Contabi-lidade”, e mais tarde designada por “Insti-tuto da Classe Commercial de Lisboa”.

De acordo com Ricardo de Sá no seu livro “Verifi cações e Exames de Escripta”, Ed. Livraria Ferin, Lisboa, 1912, esta Associa-ção também teve vida efémera e sucedeu à Associação Portuguesa de Contabilidade.

1897A Associação dos Empregados de Contabi-lidade publica o Boletim “O Commercio”

N.º 1, de 31 de Março de 1897 e o último deverá ter sido em Junho/Agosto de 1902. Posteriormente designado por “Boletim da Associação dos Empregados de Contabili-dade” e, fi nalmente, por “Boletim do Insti-tuto da Classe Commercial de Lisboa”. Po-derá ter sido a primeira publicação na área da Contabilidade.

DECLÍNIO DO LIBERALISMO E ASCENSÃO DO CORPORATIVISMO

1902Criada a Escola Prática Comercial Raul Dória no Porto, pioneira no ensino técnico comercial e da Contabilidade.

Foi uma das principais escolas nacionais do ensino prático da contabilidade e do comér-cio e encerrou no ano lectivo de 1963/64, após 62 anos de actividade.Elaborei um artigo sob o título “Centenário (1902-2002) da “Escola Prática Raul Dó-ria””, publicado na Revista «TOC» n.º 33, de Dezembro de 2002 e disponível no Por-tal Infocontab.

1908Publicado o primeiro número da revista “O Guarda-Livros” da Escola Prática Comer-cial Raul Dória no Porto

O n.º 1 data de 10 de Agosto de 1908 e foi publicado até ao n.º 84, de Março de 1914.

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Data Acontecimento Importância

1910Implantação da República. A Constituição é aprovada em 20 de Agosto de 1911

Portugal implementou medidas para se tornar um Estado moderno e republicano, tentando restabelecer a economia.

1911

As sociedades anónimas passam a ter que submeter as suas contas à fi scalização ofi cial por peritos contabilistas. Os directores não podem ser guarda-livros

Introdução do conceito de “responsabilida-de mutual” em relação a actos contabilísticos fraudulentos.Pelo Regulamento de 13 de Abril de 1911.

1911

Decreto (Lei de 27 de Maio de 1911, publi-cada no Diário do Governo n.º 12, de 29 de Maio de 1911) exige que a contabilidade seja executada por técnicos competentes e cria duas Câmaras de Peritos Contabilistas (uma no Norte e outra no Sul) para verifi car o re-lato fi nanceiro e examinar as contas

Retorno ao corporativismo Seriam atribuições das Câmaras:- Dar parecer e verifi car as contas que di-zem respeito ao balanço e relatório que de-vem ser apresentados às assembleias gerais das companhias e sociedades anónimas;- Proceder a exame nas escritas quando or-denado pelos respectivos juízes nos proces-sos comerciais, criminais e cíveis.As Câmaras não chegaram a ser constituí-das.

1912

Ricardo José de Sá (ou Ricardo de Sá) pu-blica no ano (1912) em que faleceu (1844-1912) o livro “Verifi cações e Exames de Escripta” considerado pelo próprio e no livro o primeiro livro português sobre a matéria.

Ricardo de Sá foi considerado um dos pri-meiros técnicos da contabilidade e da sua obra destaca-se o “Tratado de Contabilida-de”. Salienta-se, também, as suas críticas ao actual Código Comercial de 1988 por ter deixado de fazer referência à profi ssão de guarda-livros, ao contrário do seu anteces-sor (Código Comercial de 1833).Elaborei dois artigos sob o título “Ricardo de Sá e a “dívida” dos Técnicos de Contas”, pu-blicado na Revista «TOC» n.º 69, Dezembro de 2005 e “Ricardo de Sá - Um Homem da e para a Contabilidade”, comunicação efec-tuada nas III Jornadas de História da Con-tabilidade APOTEC em Fevereiro de 2006, ambos disponíveis no Portal Infocontab.

1916Publicado o primeiro número de “Revista de Contabilidade” da Escola Prática Co-mercial Raul Dória no Porto

Sucedeu à anterior revista, “O Guarda-Li-vros”. O n.º 1 foi publicado em 15 de Feve-reiro de 1916 e o último (n.º 24) em Feve-reiro de 1917.

DITADURA CORPORATIVISTA

1926Publicado o primeiro número, de Janeiro a Junho de 1926, da Revista de Comércio e Contabilidade.

Apenas foram publicadas seis números, to-dos no ano de 1926. A Direcção da Revista era composta por Francisco Caetano Dias e pelo escritor Fernando Pessoa que, na altu-ra, eram cunhados.

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Data Acontecimento Importância

1929Publicado o primeiro número do jornal “A Voz do Comercio” e terá sido publicado até Agosto de 1931

O Jornal tem o subtítulo “Quinzenário dos Contabilistas e Guarda Livros” e era pu-blicado pela “Associação dos Contabilistas e Guarda-Livros do Norte de Portugal”, constituída por alvará de 28 de Janeiro de 1928 e que deu lugar, por extinção em 1934, ao “Sindicato Nacional dos Contabilistas e Guarda-Livros do Distrito do Porto”.

1929

Jaime Lopes Amorim, grande Mestre de Contabilidade do século passado (1891-1973), publica o livro “Lições de Contabilida-de Geral” que constitui um marco histórico na investigação contabilística em Portugal, posicionando a contabilidade numa perspec-tiva científi ca e ao nível do ensino superior

Elaborei o artigo “As “Lições de Contabili-dade Geral” de Jaime Lopes Amorim”, pu-blicado no livro “História da Contabilidade em Portugal. Refl exões e Homenagens”, pp. 293-306 e disponível no Portal Infocontab.

1932

Polybio Artur dos Santos Garcia, apre-senta na Universidade Técnica de Lisboa a sua tese de Doutoramento em Ciências Económicas e Financeiras, sob o título “A Unifi cação dos Balanços” para concurso de professor auxiliar da Universidade Técnica de Lisboa e que três anos mais tarde (1935) veio a ser publicada em livro.

É considerada a primeira tese de doutora-mento na área da Contabilidade em Portu-gal.

1933 Nova Constituição da República PortuguesaImplementação de medidas para controlar a economia.

1933Introdução do Estatuto do Trabalho Nacio-nal

Desaparecimento de todas as associações e sin-dicatos livres e substituição por um sistema de “Sindicatos Nacionais” controlados pelo Estado.

1933Primeira publicação da Revista de Contabili-dade e Comércio

A revista continua a ser publicada e é a mais antiga em actividade. O primeiro Director foi José Henriques Garcia e o actual é Her-nâni Olímpio Carqueja.Elaborei um artigo sob o título “70.º Ani-versário (1933 - 2003) da Revista de Con-tabilidade e Comércio” publicado na revista TOC n.º 44, de Novembro de 2003 e dispo-nível no Portal Infocontab.

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Data Acontecimento Importância

1933O Governo estabelece uma Comissão para es-tudar a regulamentação da profi ssão de guar-da-livros e contabilistas (diploma legal?)

O Governo de Salazar reconhece a necessida-de desta regulamentação.A Comissão elaborou um relatório que não chegou a ser publicado e era constituída por representantes do Ministério, do Instituto Su-perior de Ciências Económicas e Financeiras, da Associação Industrial Portuguesa, da Asso-ciação dos Comercialistas, e pela Associação dos Contabilísticos Diplomados pelos Institu-tos Médios e Cursos Equivalentes. Mais tarde integrou-se o Sindicato Nacional dos Contabi-listas e Guarda-Livros do Distrito do Porto.

1934Criação do Sindicato Nacional de Contabi-listas e Guarda-Livros do Distrito do Porto (SNCGDP)

Este Sindicato lutou pelo prestígio da profi s-são dos contabilistas e guarda-livros.

1936Obrigatoriedade de os contabilistas e guarda-livros possuírem a “carteira profi ssional” do SNCGDP

Esta “carteira profi ssional” torna-se essen-cial para exercer a profi ssão de contabilista e guarda-livros.

1938

Fernando Vieira Gonçalves da Silva (1904/1998), grande mestre de Contabili-dade do século passado, defende a sua tese de doutoramento na Universidade Técnica de Lisboa sob o título “A Regulamentação Legal da Escrituração Mercantil”, publica-da em livro no mesmo ano.

Publicou diversas obras. A tese de doutoramento contém um capítu-lo sobre,”Funções e Responsabilidades do Guarda-Livros”, defendendo a regulamen-tação da profi ssão e existência de um Sindi-cato ou Câmara de Contabilistas.Elaborei artigo sob o título «F. V. Gonçalves da Silva e as “Doutrinas Contabilísticas», publicado no Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 342, de Setembro de 2005 e disponível no Portal Infocontab.

1940

Proposta, datada de 8 de Novembro de 1940, de regulamentação da profi ssão pela Associação Académica do Instituto Comer-cial do Porto.

Esta proposta é um indicador importante do ambiente corporativista que se vivia na épo-ca. Esta proposta dividia os técnicos de conta-bilidade em três categorias:- Guarda-livros – técnico que tem a função de, por si ou conjuntamente com os seus auxiliares, executar todas as operações de escrituração;- Contabilista – Técnico cuja função consis-te em superintender, organizar, orientar e dirigir os serviços de contabilidade e admi-nistração dos organismos públicos e priva-dos;- Perito contabilista – Técnico que ter por função a fi nalização e verifi cação da conta-bilidade e factos gestivos dos organismos económicos.

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Data Acontecimento Importância

1943

O Governo dissolve o SNCGDP. Os Con-tabilistas e guarda-livros passam a fi car in-tegrados nos heterogéneos Sindicatos dos Empregados de Escritório

O controlo dos sindicatos por Salazar preju-dica os interesses dos contabilistas.

1945Fundação da Sociedade Portuguesa de Con-tabilidade

Em 27 de Junho de 1945, em Lisboa, cujo Estatuto foi aprovado por Alvará de 28 de Janeiro de 1946. A SPC teve actividade re-levante até ao fi m da década de 80.Embora não tenha sido extinta deixou de ter actividade desde essa data. Elaborei ar-tigo sob o título “A Sociedade Portuguesa de Contabilidade “Ressurreição” (ou não?)” publicado na revista TOC n.os 59 e 60, de Fevereiro e Março de 2005 e disponível no Portal Infocontab.

1949

A Sociedade Portuguesa de Contabilidade promove um conjunto de 16 palestras sob o título geral “Vantagens para a Contabi-lidade da Regulamentação Profi ssional dos Técnicos de Contas”

As palestras constam de um livro publicado em 1949 pela SPC.

1954Publicação do primeiro número do “Bole-tim das Sociedade Portuguesa de Contabi-lidade”

O n.º 1 foi publicado em Outubro de 1954 e o último (n.º 65) em Outubro/Dezembro de 1984, i.e., o Boletim foi publicado durante 30 anos. O primeiro director foi Hernâni de Barros Bernardo e o último Fernando da Conceição Lopes.

1956

Caetano Leglise da Cruz Vidal defende a sua tese de Doutoramento em Finanças pela Universidade Técnica de Lisboa, sob o título “Ensaio sobre um Planeamento Con-tabilístico Racional”, que seria publicada em livro no ano anterior.

É a segunda tese na área da Contabilidade e, concretamente, sobre normalização con-tabilística.

1963

Introdução do Código de Contribuição In-dustrial, pelo Decreto-Lei n.º 45103, de 1 de Julho de 1963, o qual exige que a tributação seja baseada no lucro real das empresas

Surge a necessidade de uma contabilidade mais rigorosa executada por “técnicos de contas” (nova designação). Estes desenvolvi-mentos levaram ao aparecimento dos Núcleos de Técnicos de Contas no Sindicato Nacional dos Empregados de Escritório.O art.º 52.º do CCI previa a regulamentação legal do exercício da profi ssão e, até à sua publicação, os técnicos de contas teriam de se inscrever na Direcção-Geral das Contri-buições e Impostos, o que veio a acontecer até ao início da inscrição na ATOC.

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Data Acontecimento Importância

1964

A Comissão de Contabilidade e Estatística do Centro de Organização de Escritórios do Sindicato Nacional dos Empregados de Escritórios do Distrito de Lisboa apre-senta um estudo denominado “Plano Geral de Contabilidade: Projecto – Contribuição para o Plano Contabilístico Português”.

É considerado o primeiro estudo sobre um plano geral de contabilidade.

1965

Camilo Cimourdain de Oliveira, decano dos professores universitários portugueses de Contabilidade (1912/…), obtém o dou-toramento pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, sob o tema “A Reintegração Acelerada como Incentivo Fiscal ao Investimento”, publicado em li-vro em 1964.

O professor teve um importante papel na redacção do Código da Contribuição Indus-trial, pois integrou o grupo de quatro espe-cialistas que elaborou o projecto do CCI, no qual a fi gura de “técnico de contas” passou a constar, pela primeira vez, de um norma-tivo fi scal.Elaborei artigo sob o título “Cimourdain de Oliveira - Sua Contribuição para a Conta-bilidade e a Fiscalidade”, publicado no livro “História da Contabilidade em Portugal – Refl exões e Homenagens” e disponível no Portal Infocontab.

1968Jaime Lopes Amorim publica o livro “Di-gressão Através do Vetusto Mundo da Con-tabilidade”.

Pode ser considerada a “cereja em cima do bolo” das suas publicações.

1968Primeira publicação do Jornal do Técnico de Contas e da Empresa

N.º1, de 10 de Junho de 1968. Foi publicada até ao n.º 457, de Dezembro de 2003.A extinção deveu-se a motivos de saúde e posterior falecimento em Dezembro de 2004 do seu Director desde o seu início, José Luís Lopes Marques.Elaborei artigo sob o título “O JTCE - 36 anos ao serviço da Contabilidade e do Téc-nico de Contas”, publicado na revista TOC n.º 47, Fevereiro de 2004 e disponível no Portal Infocontab.

1969

O Decreto-Lei n.º 49381, de 15 de Novem-bro de 1969, prevê a fi scalização das Socie-dades Anónimas e estabelece regras para a elaboração do Balanço e da Conta dos Re-sultados.

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Data Acontecimento Importância

1970

A Comissão Directiva da Secção Profi ssio-nal dos Técnicos de Contas do Sindicato Nacional dos Profi ssionais de Escritório do Distrito de Lisboa apresenta o “Plano de Contabilidade Nacional para a Empresa”

É considerado o segundo estudo sobre um plano de contabilidade nacional.

1970

A Direcção Geral das Contribuições e Im-postos nomeia a “Comissão de Estudos do Plano”, constituída por Rogério Fernandes Ferreira, Henrique Quintino Ferreira e Mário Martinho Pereira, ex-Técnicos da DGCI, visando a elaboração de um Plano Geral de Contabilidade

O Projecto do Plano foi elaborado entre 1970 e 1973 e apresentado neste último ano.

1970

Relatório da comissão estabelecida pelo Mi-nistro das Corporações de Previdência Social para estudar a regulamentação da profi ssão contabilística

Recomendou a mudança de designação para “técnicos de contabilidade” e a inscrição num “Sindicato Nacional de Técnicos de Contabi-lidade”.

1972Governo reconhece a profi ssão de revisor ofi -cial de contas, através da respectiva Câmara

Os Revisores Ofi ciais de Contas passaram a ter a sua profi ssão regulamentada pelo De-creto-Lei n.º 1/72, de 3 de Janeiro e a Câ-mara foi criada pela Portaria n.º 87/74, de 7 de Fevereiro.Elaborei artigo sob o título “Contributo para a História da Revisão de Contas em Portugal” publicado na revista Revisores & Empresas n.º 27, Outubro/Dezembro de 2004. e disponível no Portal Infocontab.

197425 de Abril de 1974 - «Revolução dos cravos» e queda de Marcelo Caetano

DEMOCRACIA LIBERAL EMERGENTE E NEO-CORPORATIVISMO

1974

O Ministério das Finanças – Secretaria de Estado de Orçamento, do 1.º Governo pós- -25 de Abril de 1974, nomeia, em Novem-bro de 1974, e por Despacho do secretário de Estado do Orçamento, de 27 de Feverei-ro de 1975 uma Comissão para o estudo de normalização contabilística das empresas, tendo o relatório sido apresentado em 8 de Agosto de 1975.

Esta Comissão pode ser considerada o embrião da Comissão de Normalização Contabilística, pois era constituída por re-presentantes das Associações, da DGCI, da Inspecção Geral de Finanças, de alguns estabelecimentos de ensino superior mais representativos e de sindicatos ligados à profi ssão.

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Data Acontecimento Importância

1974

A Sociedade Portuguesa de Contabilidade apresenta para discussão um Plano Portu-guês de Contabilidade, no seio de uma co-missão criada para o efeito.

Os boletins da SPC n.os 36 e 37 divulgam o texto do documento.

1974Proposta dos Técnicos de Contas do Sindica-to Nacional dos Empregados de Escritório.

Recomendava que a contabilidade das em-presas só pudesse ser executada por técnicos competentes (tais como “técnicos de contas”) com habilitações adequadas.

1974Criada a Câmara dos Revisores Ofi ciais de Contas

Pela Portaria n.º 87/74, de 7 de Fevereiro. Elaborei o artigo sob o título “Contributo para a História da Revisão de Contas em Portugal”, publicado na revista Revisores e Empresas n.º 27, de Outubro/Dezembro de 2004 e disponível no Portal Infocontab.

1975

Fundação em 3 de Março de 1975 da Asso-ciação Portuguesa de Contabilistas (actual APPC – Associação Portuguesa de Peritos Contabilistas)

Tem um papel importante na melhoria do en-sino superior em Contabilidade.

1977

Criação da Comissão de Normalização Contabilística pelo art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 47/77, de 7 de Fevereiro que aprovou o POC/77, prevendo-se a sua designação por Portaria do Ministro das Finanças

Só em fi nais de 1979 é que foram designa-dos os membros da CNC, representando Associações de Profi ssionais, Associações Empresariais, Confederação da Indústria e do Comércio, Estabelecimentos de Ensino Superior, DGCI, Inspecção de Finanças, Banco de Portugal, Instituto de Seguros de Portugal, etc.

1977

Fundação, em 8 de Março de 1977, da Câ-mara dos Técnicos de Contas (não ofi cial). Actual IATOC – Instituto para Apoio aos Técnicos Ofi ciais de Contas

Tenta lutar pela regulamentação da profi ssão dos técnicos de contas.De acordo com o actual Estatuto “os sócios fundadores vinham desenvolvendo, desde 1963, no âmbito da sua Secção Profi ssional inserida no Sindicato dos Trabalhadores do Escritórios e Serviços de Lisboa (hoje SI-TESE)…”

1977Fundação, em 16 de Março de 1977, da APOTEC – Associação Portuguesa dos Técnicos de Contas

Tenta melhorar o profi ssionalismo e o respeito pelos técnicos de contas.Mais tarde alterou a designação para Asso-ciação Portuguesa de Técnicos de Contabi-lidade (a palavra “Contas” foi substituída pela de “Contabilidade”).

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Data Acontecimento Importância

1977Início da publicação do “Jornal de Contabili-dade” da APOTEC - Associação Portuguesa de Técnicos dos Contabilidade

N.º 1, de Abril de 1977. O Jornal continua a ser publicado. O seu primeiro Director foi António Aires de Abreu e o actual é Severo Praxedes Soares.

1977Publicação do Plano Ofi cial de Contabilida-de (1.º POC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47/77, de 7 de Fevereiro.

Obrigatório para todas as empresas excepto banca, seguros e entidades públicas.

1980

É publicada a Portaria n.º 819/80, de 13 de Outubro, que defi ne as atribuições, a orga-nização e o funcionamento da Comissão de Normalização Contabilística

É composta por dois órgãos: o Conselho Geral e a Comissão Executiva.

1983

Rogério Fernandes Ferreira defende a sua tese de doutoramento em Organização e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, publicada em livro no ano seguinte pela Livraria Arnado de Coimbra.

A tese constituiu uma análise crítica ao Pla-no Ofi cial de Contabilidade.Elaborei artigo “Rogério Fernandes Ferrei-ra e a “Normalização Contabilística”, publi-cado no livro de “História da Contabilidade em Portugal – Refl exões e Homenagens” e disponível no Portal Infocontab.

1983Criação da Comissão de Normalização Con-tabilística

Emite normas de acordo com as directivas contabilísticas comunitárias e de acordo com as normas internacionais de contabilidade. O ano indicado (1983) não me parece estar correcto, pois a CNC foi criada pelo Decre-to-Lei n.º 47/77, de 7 de Fevereiro (primei-ro POC).

1985

A Câmara dos Técnicos de Contas (actu-al IATOC) publica o primeiro número do “Boletim Informativo da Câmara dos Téc-nicos de Contas”

N.º 1, de Fevereiro de 1985. O Boletim foi publicado até Abril de 1994 (n.º 72).

1986

Acórdão n.º 282/86 – Processo n.º 4/85, do Tribunal Constitucional, publicado no Diário da República n.º 260, I Série, de 11 de No-vembro, o qual declara a inconstitucionalida-de dos artigos 160.º do Código da Contribui-ção Industrial e 130.º do Código do Imposto sobre as Transacções, na parte respeitante à suspensão da inscrição dos técnicos de con-tas, por infracção dos artigos 18.º, n.º 2, 30.º, n.º 4 e 47.º n.º 1 da Constituição da República Portuguesa.

Pela primeira vez é reconhecido que os Téc-nicos de Contas exercem uma função de in-teresse público, sujeito a uma certa disciplina pública, tornando-os à lei co-responsáveis pelo cumprimento de algumas importantes obrigações fi scais.Dado que os Técnicos de Contas não estão organizados em associação pública, à qual o Estado pudesse devolver, no todo ou em par-te, o poder disciplinar profi ssional, tem de ser a própria Administração a exercer esse poder disciplinar.

1986

Em Março de 1986 entrou em funciona-mento os cursos de Estudos Superiores Es-pecializados nos Institutos Superiores de Contabilidade e Administação.

Revista de Contabilidade e Finanças n.º 1, Ano I, de Janeiro/Março de 1996, p. 5.

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Data Acontecimento Importância

1986

A Câmara dos Revisores Ofi ciais de Contas publica o n.º 1, de Abril de 1996, I Série, do “Boletim da Câmara dos Revisores Ofi ciais de Contas”.

A II Série do Boletim foi publicada a par-tir de Outubro/Dezembro de 1994. Pos-teriormente, a Câmara dos ROC passou a publicar a revista “Revisores & Empresas” (n.º 1, de Abril/Junho de 1998) que conti-nua a ser publicada.

1986Adesão de Portugal à Comunidade Económi-ca Europeia (CEE) a partir de 1 de Janeiro de 1986.

A adopção da IV e VII Directivas implicou alterações no POC.

1986

Início da reforma da tributação dos anos 80, com a introdução a partir de 1 de Ja-neiro de 1986 do Código do IVA, resultante da adesão de Portugal à então CEE.

O Código do IVA revogou principalmente o Código do Imposto sobre as Transacções (IT).

1986

Pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Se-tembro, em vigor desde 1 de Novembro do mesmo ano, é aprovado o Código das Socie-dades Comerciais, que revoga os artigos do Código Comercial relativos à regulamenta-ção das sociedades.

1986Início dos Cursos de Estudos Superiores de Especialização

Os cursos de Contabilidade passam a licen-ciatura.

1988

Em 21 de Maio de 1988 é constituída a APECA – Associação Portuguesa das Em-presas de Contabilidade e Administração, cujos associados são essencialmente empre-sas de contabilidade.

A APECA publica o “Boletim APECA” des-de Outubro de 1988.

1988A APECA publica o n.º 1 “do Boletim Infor-mativo da APECA”, de Outubro de 1988.

O Boletim designa-se actualmente “Boletim APECA” e o seu actual Director é Fernan-do Santos.

1989

As reformas fi scais introduziram novos có-digos (Código do IRC e Código do IRS), exigindo a tributação baseada no lucro real das empresas

Relativamente ao seu antecessor (Código da Contribuição Industrial) o Código do IRC apela ao apuramento do lucro tributável de acordo com a “teoria do incremento patri-monial”, numa base de “rendimento-acrés-cimo”, em que também relevam as variações patrimoniais positivas e negativas no âmbi-to dos artigos 21.º e 24.º, respectivamente, e num contexto de variação do património líquido no início e no fi m da tributação.

1989Aprovado o actual POC, pelo Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de Novembro, em vigor desde 1 de Janeiro de 1990.

Adaptação à 4.ª Directiva da UE pelo art. 6.º, n.º 1 e revogado o Decreto-Lei n.º 47/77 de 7 de Fevereiro (POC/77) e o n.º 2 do mes-mo artigo. Mantém em funções a Comissão Normalização Contabilísticas.

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Data Acontecimento Importância

1991

Em 12 de Junho de 1991, a Assembleia da República aprova, por unanimidade, uma autorização legislativa (Lei n.º 193/V) que autoriza o Governo a criar uma Associação dos Técnicos de Contas.

O Governo acabou por não utilizar a au-torização legislativa, pelo que a criação da Associação fi cou adiada.

1992

António Lopes de Sá, brasileiro e naturali-zado português, inicia a divulgação de uma nova teoria denominada “Neopatrimonia-lismo” baseada no “Patrimonialismo” do italiano Vincenzo Mazi, seguido em Portu-gal por Jaime Lopes Amorim, através da publicação do livro “Teoria Geral do Co-nhecimento Contábil” Ed. IPAT – Instituto de Pesquisa Augusto Tomelin.

António Lopes de Sá é o português que tem maior número de livros (mais de 180) e ar-tigos publicados.Elaborei um artigo sob o título “António Lo-pes de Sá e o “Neopatrimonialismo””, publi-cado Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 345, de Dezembro de 2005 e disponível no Portal Infocontab.

1994

Em Setembro de 1994 dá-se o arranque do mestrado em Contabilidade e Finanças Empresariais da Universidade Aberta, sen-do o primeiro na área da Contabilidade.

Revista de Contabilidade e Finanças n.º 1, Ano I, de Janeiro/Março de 1996, p. 5.

1994

A Câmara dos Técnicos de Contas (actual IATOC) promove a constituição da Coope-rativa “Protocontas” visando a publicação da revista “Eurocontas” (n.º zero, de Julho de 1994).

Publicada até ano n.º 62, de Novembro de 2000, foi distribuída gratuitamente aos Técnicos Ofi ciais de Contas até essa data e mediante um protocolo celebrado entre a Protocontas e a Direcção da CTOC. O primeiro Director foi Pombo Cruchinho e o último João Colaço. A revista terminou a sua publicação em virtude de ter expirado esse protocolo, tendo a CTOC passado a publicar, a partir de Abril de 2000 a Revista «TOC».

1994

Constituída a ADCES – Associação de Docentes de Contabilidade do Ensino Su-perior, por escritura pública de 22 de Ou-tubro de 1994.

A ADCES publica, desde Janeiro de 1999, o Boletim Informativo “Contabilidade e Professores”, do qual fui responsável redac-torial do n.º 1, de Janeiro de 1999 ao n.º 16, de Outubro/Dezembro de 2002.

1995

Publicação do Estatuto (1.º Estatuto) da As-sociação dos Técnicos Ofi ciais de Contas, através do Decreto-Lei n.º 265/95, de 17 de Outubro

As empresas tributadas de acordo com os lu-cros reais passam a ser obrigadas a designar um técnico ofi cial de contas. Aparecimento da Associação dos Técnicos Ofi ciais de Contas (ATOC) e da designação de “Técnico Ofi cial de Contas” e inscrição obrigatória para se po-der exercer a profi ssão.Elaborei artigo “História da Câmara dos Téc-nicos de Contas – 10.º Aniversário” disponível no Portal Infocontab.

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Data Acontecimento Importância

1996

A APOTEC cria, em Junho de 2006, o Cen-tro de Estudos de História da Contabilida-de, constituído por um Conselho Executivo e um Conselho Científi co, composto por 24 membros (12 em cada órgão).

O Centro reúne pelo menos duas vezes por ano e, até à data, relevam-se a realização de três Jornadas de História da Contabilidade e a institucionalização de um “Prémio de História da Contabilidade – Martim Noel Monteiro” que vai na sua 10.ª edição. Elaborei artigo sob o título “História (Bre-ve) do Centro de Estudos de História da Contabilidade da APOTEC”, disponível no Portal Infocontab.

1998A Câmara dos Revisores Ofi ciais de Con-tas passa a publicar a revista “Revisores & Empresas”.

Publicada em substituição do “Boletim da Câmara dos Revisores Ofi ciais de Contas”.O primeiro Director foi José Vieira dos Reis e o actual é o Bastonário, António Gonçalves Monteiro.

1999Pelo Decreto-Lei n.º 367/99, de 18 de Se-tembro, é actualizada a organização da Co-missão de Normalização Contabilística.

As Directrizes Contabilísticas passam a ter efeito obrigatório.

1999Criação da Ordem dos Revisores Ofi ciais de Contas, pelo Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro.

A primeira Ordem na área da Contabilidade.Em “substituição” da Câmara dos Revisores Ofi ciais de Contas.

1999

A ATOC muda a sua designação para Câma-ra dos Técnicos Ofi ciais de Contas (CTOC). Novo Estatuto dos TOC aprovado pelo De-creto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro, em vigor a partir de 1 de Janeiro de 1999.

2000A Câmara dos Técnicos Ofi ciais de Contas, publica o n.º 1, de Abril de 2000, da Revista «TOC».

A revista continua a ser publicada e o seu Director desde o primeiro número, é o Pre-sidente da Direcção, António Domingues de Azevedo.

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Resumos curriculares

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Elementos biográfi cos dos oradores/conferencistas/moderadores(por ordem de intervenção)

Jorge Tua Pereda

Catedrático em Contabilidade e investigador em História da Con-tabilidade, este Professor na Universidade Autónoma de Madrid é autor de obras de referência como «El Concepto de la Contabilidade Através de sus Defi niciones», «Contabilidade y Desarrollo Económi-co – Un Reto Para el Siglo XXI», «El Plan General de Contabilidad y el Derecho Contable» e «Las Normas Internacionales de Informa-ción Financera». Tem ainda numerosos artigos escritos em revistas da especialidade.

Ofélia Maria Machado Pinto

Mestre em Contabilidade e Auditoria pela Universidade do Minho, é Licenciada em Contabilidade pela Universidade Lusíada e Investiga-dora em História da Contabilidade. Para além de formadora nas áre-as de Contabilidade e Análise Financeira, lecciona na Universidade do Minho – Escola de Economia e Gestão e na Universidade Lusíada (pólo de Vila Nova de Famalicão).

Isabel Gomes de Oliveira

É Mestre em Contabilidade e Auditoria, pela Universidade do Minho – Faculdade de Economia e Gestão. É Pós-Graduada em Fiscalidade em Auditoria Financeira, pela Price Waterhause Coopers – ISAG, e Licenciada em Gestão de Empresas, pela Universidade da Beira Interior. É docente no Centro de Estudos Superiores do Porto.

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Delfi na Rosa da Rocha Gomes

Doutorada em Ciências Empresariais, especialização em Contabili-dade. Licenciada em Gestão de Empresas e mestre em Contabilidade e Auditoria, ambos pela Universidade do Minho. É professora auxi-liar na Escola de Economia e Gestão da Universidade onde lecciona Unidades Curriculares de Contabilidade Financeira e História e Te-oria da Contabilidade. É ainda directora-adjunta da licenciatura em Gestão e vogal da Comissão Directiva do mestrado em Contabilida-de e do mestrado em Gestão das Unidades de Saúde. A sua principal área de investigação é História da Contabilidade, tendo já publicado nas revistas científi cas internacionais, The Accounting Historians Jour-nal e Accounting History.

Hernâni O. Carqueja

É um dos decanos da Contabilidade portuguesa. Professor associado convidado jubilado da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, instituição onde se licenciou. Leccionou no mestrado na Uni-versidade do Minho e também na Universidade de Lourenço Mar-ques, Universidade Livre e ISSE.Director da «Revista de Contabilidade e Comércio», uma publicação com periodicidade trimestral, que é uma referência para os profi ssio-nais desta área. São da sua autoria artigos sobre Contabilidade e a profi ssão de Técnico Ofi cial de Contas. É Técnico Ofi cial de Contas e Revisor Ofi cial de Contas.

Joaquim Fernando da Cunha Guimarães

Licenciado em Gestão de Empresas e mestre em Contabilidade e Auditoria, ambos pela Universidade do Minho. Revisor Ofi cial de Contas, Técnico Ofi cial de Contas e assistente-convidado da Univer-sidade do Minho com colaborações pontuais noutras universidades nacionais e estrangeiras. Na CTOC, é presidente do Conselho Fiscal, vogal da Comissão de História da Contabilidade e coordenador das

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reuniões livres das quartas-feiras em Braga. Exerceu diversos car-gos na Ordem dos ROC, sendo actualmente membro de júri de exa-mes de acesso à profi ssão. Exerceu funções na Comissão Executiva e no Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística. Autor de vários livros sobre matérias de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria/Revisão de Contas, nomeadamente sobre a História da Contabilidade em Portugal. Colaborador através da elaboração de artigos das revistas nacionais naquelas áreas. Proprietário do Portal Infocontab - O Portal da Contabilidade em Portugal ( www.infocon-tab.com.pt)

Leonor Fernandes Ferreira

Professora na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lis-boa. Doutorou-se em Gestão de Empresas, é MBA pela Universidade Nova de Lisboa, licenciada em Administração e Gestão de Empresas na Universidade Católica Portuguesa e em Economia na Universida-de Técnica de Lisboa. Tem sido docente em programas de formação para executivos, nomeadamente na Universidade Católica Portugue-sa, entre outros. No âmbito da consultoria empresarial, tem elaborado estudos de avaliação de empresas, viabilidade económico-fi nanceira, gestão contabilística e fi scalidade. É secretária da Mesa da Assembleia Geral da CTOC e vice-presidente do Júri do Exame de Avaliação Profi ssional. Desde 2007, é vogal da Comissão de História da Conta-bilidade.Colaborou em vários projectos de investigação e coordenou, em Por-tugal, a EU Research Training Network HARMONIA. É autora dos livros Financial Reporting in Portugal (Routledge, 1994) e Mo-delos de Avaliação de Empresas e Utilidade da Informação Conta-bilística (Ed. Universidade Lusíada, 2008), de diversos artigos e de capítulos em obras colectivas, nomeadamente em Accounting Regu-lation in Europe (MacMillan, 1999), Transnational Accounting (Pal-grave, 2001) e The Millers´ European Accounting Guide (Aspen, 2003). É membro do conselho editorial e revisor ad hoc das European Accounting Review, International Journal of Accounting, Auditing and Performance Evaluation, Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, Revista de Contabilidade da UFRJ e Con-tabilidade & Gestão, entre outras. Em 2007, e de novo em 2008, a

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Academy of Management (AoM) atribuíu-lhe o prémio Outstanding Reviewers Award - Management Education Division (em Filadélfi a e Los Angeles,respectivamente).

Ana Rita Faria

Licenciada em Gestão Financeira pela Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve e mestre em Ciên-cias Económicas e Empresariais pela Faculdade de Economia da mes-ma Universidade. Doutoranda em Gestão, especialidade Finanças e Contabilidade, na Universidade do Algarve. É professora adjunta na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, onde lecciona disciplinas de Contabilidade, sendo também coordenadora do Curso de Especialização Tecnológica em Técnico Especialista de Contabilidade. É membro do Conselho Científi co do Centro de Estudos de História da Contabilidade da Associação Por-tuguesa de Técnicos de Contabilidade. A sua investigação tem sido publicada em revistas nacionais, como o «Jornal de Contabilidade», a «Revista de Contabilidade e Comércio» e a Revista «TOC», e mais recentemente, na revista científi ca internacional Accounting History.

Lúcia Lima Rodrigues

Licenciada e mestre em Economia pela Faculdade de Economia do Porto. Doutorada em Ciências Empresariais, especialização em Contabilidade pela Universidade do Minho. É professora associada com agregação na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho onde é directora do Departamento de Gestão e directora do mestrado em Contabilidade. É presidente do conselho editorial da revista científi ca «Contabilidade e Gestão» da CTOC e editor for Eu-rope da revista científi ca internacional «Accounting History». É ain-da membro do conselho editorial de várias revistas internacionais. A sua investigação tem sido publicada em vários livros e revistas cientí-fi cas internacionais como Accounting, Auditing & Accountability Journal, Accounting Forum, The Accounting Historians Journal, Accounting History, Accounting Education: An International Jour-nal, Critical Perspectives on Accounting, The British Accounting Review, The International Journal of Accounting, Corporate Com-munication: An International Journal, Journal of Business Ethics,

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Journal of Human Resource Costing and Accounting, and Research in Accounting Regulation. É presidente da Comissão de História da Contabilidade da CTOC.

António Lopes de Sá

É doutor honoris causa em Letras, pela Samuel Benjamim Thomas University, de Londres e doutor em Ciências Contábeis pela Facul-dade Nacional de Ciências Económicas da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Considerado o «pai» do Prolatino, sendo a maior referência da Contabilidade brasileira. Tem um número superior a 11 mil arti-gos editados em jornais e revistas e mais de 170 livros publicados, no Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Itália, Espanha e Portugal. Foi reitor do Centro de Estudos Superiores de Con-tabilidade de Minas Gerais, presidente da Associação Científi ca Internacional de Contabilidade e Economia, presidente do Insti-tuto de Pesquisas Augusto Tomelin, do Complexo Universitário da União de Negócios e Administração, tendo sido agraciado com a medalha de ouro João Lyra, do Conselho Federal de Contabi-lidade (1999). É membro de diversas academias e professor em várias universi-dades. Algumas das suas obras mais emblemáticas: «Dicionário de Contabilidade» (9.ª edição), «Auditoria» (8.ª edição), «Perícia Con-tábil» (3.ª edição) e «Plano de Contas» (8.ª edição).

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