r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da...

108
. ;, r@~ k ~4 do ~-n:;e/k. ~kd Pl3~-PlJ.dfi. EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ( ADI 3951 - 2/800 1111111111111111111111111111111111111111111 ·---------•----- ~~-- -- - _ _J SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Coordenadoria dP Processamento Inicial 10/09/200711:23 144420 1111111111111111111111 IIIII IIIII IIIII 1111111111111111111111111111 · ..... ___..____ --~----- ------~ O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, serviço público dotado de personalidade jurídica, regulamentado pela Lei 8906, com sede no Edifício da Ordem dos Advogados, Setor de Autarquias Sul, Quadra 05, desta Capital, por meio de seu Presidente (doe. 01), vem, nos termos do artigo 103, VII, da Constituição Federal, ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de liminar, - contra as seguintes expressões contidas na nova redação do artigo 218 do Código de Trânsito, conferida pela Lei federal 11.334, de 25 de julho de 2006: "imediata" e "apreensão do documento de habilitação" (doe. 02); verbis: "Art. O art. 218 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em r~~ovi?s de trânsito rápido, vias arteriais e demais vi~ O)J .A

Transcript of r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da...

Page 1: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

. ;,

r@~ k ~4 do ~~ ~-n:;e/k. ~kd

Pl3~-PlJ.dfi. EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

( '·

ADI 3951 - 2/800 1111111111111111111111111111111111111111111

·---------•----- ~~-- -- -_ _J

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Coordenadoria dP

Processamento Inicial 10/09/200711:23 144420

1111111111111111111111 IIIII IIIII IIIII 1111111111111111111111111111 ·.....___..____ --~----- ------~

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do

Brasil, serviço público dotado de personalidade jurídica, regulamentado pela Lei 8906,

com sede no Edifício da Ordem dos Advogados, Setor de Autarquias Sul, Quadra 05,

desta Capital, por meio de seu Presidente (doe. 01), vem, nos termos do artigo 103, VII,

da Constituição Federal, ajuizar

ação direta de inconstitucionalidade,

com pedido de liminar, -

contra as seguintes expressões contidas na nova redação do artigo 218 do Código de

Trânsito, conferida pela Lei federal 11.334, de 25 de julho de 2006: "imediata" e

"apreensão do documento de habilitação" (doe. 02); verbis:

"Art. 1º O art. 218 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de

1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima

permitida para o local, medida por instrumento ou

equipamento hábil, em r~~ovi?s de trânsito rápido,

vias arteriais e demais vi~

O)J .A

Page 2: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

..

-

r@~ k ~4 clü ~~ ~,rtõe/ho d#:x/,e,7tfZÍ

'PIJ~ - ,gz;_ d7. I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20%

(vinte por cento):

Infração - média;

Penalidade - multa;

li - quando a velocidade for superior à máxima em mais

de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):

Infração - grave;

Penalidade - multa;

Ili - quando a velocidade for superior à máxima em mais

de 50% (cinqüenta por cento):

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa [3 (três) vezes}, suspensão imediata do

direito de dirigir e apreensão do documento de

habilitação." (NR)

As expressões fustigadas e destacadas são

inconstitucionais por vulnerarem o artigo 5°, incisos LIV e LV da Constituição Federal;

devido processo legal e direito de defesa.

As expressões normativas impugnadas, introduzidas pela

nova lei, inexistentes na redação anterior, permitem que sem processo legal e sem

• direito de defesa seja suspenso imediatam~nte o direito de dirigir, apreendendo-se, de

pronto, o documento de habilitação.

Quando em exame a matéria na Comissão de Estudos

Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil, o eminente Conselheiro Fernando

Neves, bem se pronunciou sobre a questão, destacando a inconstitucionalidade

normativa: ~

Page 3: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-.

-

r@~ k ~4 do. ~~ 'Wo~~kd

PlJ~_,g)_çfX

"Comparando a redação antiga e a atual do artigo 218,

IL do Código de Trânsito, verifico que a alteração

promovida pela Lei 11.334, de 2006, teve por finalidade

introduzir a expressão imediata na penalidade pertinente

à infração gravíssima. Antes a penalidade prevista era a

de suspensão do direito de dirigir, agora é a suspensão

imediata do direito de dirigir, além da apreensão do

documento de habilitação.

Ou seja, passou-se a punir imediatamente, sem o devido

processo e sem contraditório, garantias que, a meu ver,

também se aplicam, em regra, à providências cautelares,

salvo quando necessitarem ser imediatamente

determinadas para evitar dano irreparável, presente o

bom direito.

Não afasto a possibilidade de alguma providência

cautelar ser imposta em situações específicas, se

necessária. Mas, não posso aceitá-la como regra, pois, aí,

penso que estarão sendo atingidas garantias

constitucionais, como bem ponderado no expediente

encaminhado pelo ilustre Presidente da Seccional

paulista. "

Ofensivas, sem margem para dúvidas, as expressões

atacadas. Atentam contra o devido processo e ao direito de defesa.

Liminar

Impõe-se a concessão de liminar. As expressões

impugnadas têm potencialidade lesiva expressiva. Ao permitir que a autoridade policial~

Page 4: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

..

, ,

'@~ k ~{> do. ~~ ~-n4efk,&~

Pl3~ - Pi?. dF. possa, no ato de aplicação da multa, suspender o direito de dirigir, com a apreensão do

documento de habilitação, dão margem a toda sorte de abusos, em prejuízo para a

população. Urgência e critérios de conveniência exigem a suspensão imediata da

produção de efeitos das expressões atacadas.

Pedido

Por todo o exposto, pede o autor seJa suspensa

e liminarmente a produção de efeitos das expressões "imediata" e "apreensão do

documento de habilitação", contidas na nova redação do artigo 218 do Código de

Trânsito, conferida pela Lei federal 11.334, de 25 de julho de 2006.

Pede, ao final, seja declarada a inconstitucionalidade das

expressões "imediata" e "apreensão do documento de habilitação", contidas na nova

redação do artigo 218 do Código de Trânsito, conferida pela Lei federal 11.334, de 25

de julho de 2006.

Requer seJa citado o Advogado-Geral da União, nos

termos do artigo 103, § 3°, da Constituição Federal, para defender o ato impugnado.

Requer, outrossim, sejam oficiados o Presidente da

República e do Congresso Nacional para prestarem informações no prazo legal.

Protesta pela produção de provas porventura admitidas

(art. 9°, §§ 1 ° e 3° da Lei 9.868).

Dá à causa o valor de mil reais.

em dos Advogados do Brasil

Page 5: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

..

-

W~ k ~4 do ffi~ ~,m;e//w ~dRA<d

'Pl3~-~-çf7.

PROCURAÇÃO

Por meio do presente instrumento, o Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil, serviço público dotado de personalidade jurídica,

regulamentado pela Lei 8906, com sede no Edifício da Ordem dos Advogados, Setor de

Autarquias Sul, Quadra 05, desta Capital, representado por seu Presidente, Dr. Cezar

Britto, brasileiro, casado, advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção

do Estado de Sergipe, sob o nº 1190, nomeia e constitui seu bastante procurador o Dr.

Marcelo Rocha de Mello Martins, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB DF sob

o número 6541, com escritório na SAS, Q. 06, Ed. Belvedere, sala 601, em Brasília,

Distrito Federal, para o fim de o representar, como autor, em ação direta de

inconstitucionalidade a ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal, impugnando

das expressões "imediata" e "apreensão do documento de habilitação", contidas na nova

redação do artigo 218 do Código de Trânsito, conferida pela Lei federal 11.334, de 25

de julho de 2006; podendo para tanto assinar petição inicial, recorrer, requerer o que

entender devido e ainda substabelecer com ou sem reservas.

Brasília, 29 de agosto de 2007. -----

m dos Advogados do Brasil

Page 6: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

~-· ..

-

••

,, 11

· Poc. o1

Ata da Sessão Ordinária do Consclho!Pleno ÔVl~~~vrr¼ do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 13/02/2007

Posse da Diretoria e dos Conselheiros Federais eleito~=1riêõíõ"'"2001120t0---------·-·- ----­(1.958ª Sessão - 7r Reunião)

Data: 1º de fevereiro de 2007, 9 horas. Local: Sede do Conselho Federal da OAB, Plenário.

SAS Quadra 05 - Bloco M - Lote 1, Brasília.

Presenças: do Presidente Roberto Antonio Busato, dos membros da Diretoria eleita para o triênio 2007/201 O, integrada pelos advogados Raimundo Cezar Britto Arag~o (Presidente), Vladimir Rossi Lourenço (Vice-Presidente), Cléa Anna Maria Carpi da Rocha (Secretária-Geral), Alberto Zacharias Toron (Secretário-Geral Adjunto) e Ophir Filgueiras Cavalcante Junior (Diretor-Tesoureiro), dos Conselheiros Federais eleitos Cesar Augusto Baptista de Carvalho, Renato Castelo de Oliveira e Tito Costa de Oliveira (AC), Marcelo Henrique Brabo Magalhães, Marilma Torres Gouveia de Oliveira e Romany Roland Cansanção Mota (AL), Cícero Borges Bordalo, Guaracy da Silva Freitas e Jorge José Anaice da Silva (AP), Eloi Pinto de Andrade, José Alfredo Ferreira de Andrade e Oldeney Sá Valente (AM}, Durval Julio Ramos Neto, Luiz Viana Queiroz e Marcelo Cintra Zarif (BA), Jorge Hélio Chaves de Oliveira, Paulo Napoleão Gonçalves Quezado e Valmir Pontes Filho (CE), Esdras Dantas de Souza e Marcelo Henriques Ribeiro de Oliveira (DF}, Agesandro da Costa Pereira, Gladys Jouffroy Bitran e Luiz Antonio de Souza Basílio (ES), Daylton Anchieta Silveira, Felicíssimo José de Sena e Wander!i Fernandes de Sousa (00), José Brito de Souza, Raimundo Ferreira Marques e Ulisses César ·Martins de Sousa (MA), Almino Afonso Fernandes, Francisco Eduardo Torres Esgaib e Ussiel Tavares da Silva Filho (MT), Geraldo Escobar Pinheiro e Lúcio Flávio Joichi Sunakozawa (MS), João Henrique Café de Souza Novais e Paulo Roberto de Gouvêa Medina (MG), Maria A velina Imbiriba Hesketh e Frederico Coelho de Souza (PA), Delosmar Domingos de Mendonça Junior, José Araújo Agra e José Edísio Simões Souto (PB), Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Manoel Antonio de Oliveira Franco e Romeu Felipe Bacellar Filho (PR), Octavio de Oliveira Lobo, Ricardo do Nascimento Correia de Carvalho e Sílvio Neves Baptista (PE), Willian Guimarães Santos de Carvalho, Marcus Vinicius Furtado Coelho e Reginaldo Santos Furtado (PT), Carlos Roberto Siqueira Castro, Nelio Roberto Seidl Machado e Técio Lins e Silva (RJ}, Adilson Gurgel de Castro, Wagner Soares Ribeiro de Amorim e Sérgio Eduardo da Costa Freire (RN), Luiz Carlos Levenzon e Luiz Carlos Lopes Madeira (RS}, Gilberto Piselo do Nascimento, Orestes Muniz Filho e Pedro Origa Neto (RO), Alexander Ladislau Menezes, Ednaldo Gomes Vida! e Francisco das Chagas Batista (RR), Anacleto Canan, Gisela Gondin Ramos e José Geraldo Ramos Virmond (SC), Norberto Moreira da Silva e Raimundo Hermes Barbosa (SP), Carlos Augusto Monteiro Nascimento, Jorge Aurélio Silva e Miguel Eduardo Britto Aragão (SE) e Júlio Solimar Rosa Cavalcanti, Manoel Bonfim Furtado Correia e Dearley Kuhn (TO), e dos Membros Honorários Vitalícios · José Cacalcanti Neves, Mário Sérgio Duarte Garcia, Hermann Assis Bacta, Marcelo Lavenere Machado, Ophir Filgueiras Cavalcante, Emando Uchoa Lima, Reginaldo Oscar de Castro e Rubens Approbato Machado. Ausências justificadas: dos

• Conselheiros Federais Luiz Filipe Ribeiro Coelho (DF) e Aristoteles Atheniensc (MG). Verificado,,

I

Page 7: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

.. Ordem dos Advogados ,.;.-.

conselho Fed'8rnl CONFERE COM O OHIGI 1 ----·----...... _____________ _,_ ______ ---- ..

Brasflla-DF, • (p O" 1--1,...,...-lff

iF h:ou ar·:;vi \J-:tda cQpi.3 r:::si st(.3d.3 Sti:\ lo Resist:ro ,11Jmero ! 1

quorum legal, o Presidente Roberto Antonio Busato, às 9 horas, deflarou aberta a;1AAA~q,~stinada à posse do Presidente'. da ~iretoria e d~: ~onselheiros Federais_ do jConselho FedM'~J2~~rdem dos Advogados do Brasil eleitos para o tnenio 2007/201 O, e conv1doa--para-eompoi:-a--Mesa-D.ir.etoraa. ______ _ Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, Ministra Ellen Gracie, os Membros Honorários Vitalícios presentes, os Presidentes Seccionais Florindo Silvestre Poersch (AC), Omar Coelho de Mello (AL), Aristófanes Bezerra de Castro Filho (AM), Saul Venâncio de Quadros Filho (BA), Hélio das Chagas Leitão Neto (CE), Estefânia Ferreira de Souza de Viveiros (DF), Miguel Ângelo Cançado (GO), Francisco Anis Faiad (MT), Ângela Serra Sales (PA), José• Mário Porto Júnior (PB) e Henri Clay Santos Andrade (SE), a Presidente Maria Adélia Campello Rodrigues Pereira (IAB), o jurista Fábio Konder Comparato, o Presidente da UIA, advogado Paulo Lins e Silva, e os Conselheiro Oscar Argollo (CNJ) e Sérgio Al.berto Frazão do Couto (CNMP), anunciando a presença do Bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Manuel Inglês Pinto, do Presidente da Federação Argentina de Colégios de Advogados, Carlos Alberto Andreucci,

A Presidente da Caixa de Previsão Argentina de Colégios de Advogados, Hector Perez Catela, do W Presidente da Ordem de Advogados de Cabo Verde, Arnaldo Pina: Pereira Silva, do Presidente do

Conselho Consultivo da Associação Americana de Juristas, Beinusz Smukler, da representante do Colégio de Advogados do Uruguai e Delegada do COADEM, Amparo Paciello, do Ex-Presidente do Colégio de Advogados do Paraguai, Julio Balbi..ili, do Representante da Ordem dos Advogados Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais do Colégio de Advogados da R~púb]ica Dominicana, Pedro Biandino, e do Membro d.o Colégio de Advogados do Uruguai, Eduardo Lapenne. S.Ex3; após, concedeu a palavra à Ministra Ellen Gracie, que parabenizou o trabalho realizado pela Presidência no triênio encerrado e desejou uma gestão de sucesso ao Presidente Cezar Britto; indicando o trabalho que deveria ser realizado em prol da celeridade da Justiça, em parceria da OAB com o Poder .Judiciário. O Presidente agradeceu a presença da Ministra Ellen Gracie, que deixou o Plenário para presidir a solenidade de abertura do Ano Judiciário. S.Exª, então, proferiu discurso interno de transmissão de cargo, formulando agradecimentos e boas-vindas à nova gestão e renovando os votos de sucesso dirigidos ao futuro Presidente, citou o nom~ dos novos membr-0s da Entidade •. pedindo aos empossandos que acompanhassem a leitura do compromisso regulamentar, em segµida firmado pelo Presidente eleito,

• e declarou empossados os Conselheiros Federais e os membros da Diretoria, assim composta: • Raimundo Cezar Britto Aragão (Presidente), Vladimir Rossi Lourenço (Vice-Presidente), Cléa

Anna Maria Carpi da Rocha (Secretária-Geral), Alberto Zacharias Toron (Secretário-Geral Adjunto) e Ophir Filgueiras Cavalcante Junior (Diretor-Tesoureiro). O advogado Cezar Britto, após, recebeu do Membro Honorário Vitalício Roberto Antonio Busato o cartão de identidade de Presidente da Entidade e proferiu discurso ressaltando a sua honrosa. missão d~ manter altiva, firme e corajosa a função desempenhada pelo Presidente da Instituição. S.Exª agradeceu a votação realizada. no dia anterior e ressaltou a importância da manutenção da unidade da OAB em defesa da cidadania e da advocacia. Depois de determinar a distribuição de três minutas de provimento para apreciação. do Conselho Pleno, versando sobre a ampliação das comissões. perm'1nentes do Conselho Federal, dentre elas a de defesa das prerrogativas, sobre a criação da assessoria jurídica nacional e da ouvidoria-geral da Entidade, o Presidente encaminhou formulários aos Conselheiros Federais, de

2 .1

Page 8: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

;.

~Ordem Cios Advogados do Brasít' conselho Federal

CONFERE COM O ORiGINAL erasma-Df,_<? e, º°' 1 ~ '.\-

r----·----·----------- ----------- ,----...

. . _ _ _ . l . . _ 1jó00~~ó.1~, md1caçao das suas areas de atuaçao, para o incremento das patt1c1paçoes na~3~1íW11JiJ;j:)es e nas , demais atividades da Entidade. S.Ex3, enfim, discorreu sobre atuàçfurpoHti-ca-chr·-gestão;-fazendo-,--··--· em seguida, a entrega dos diplomas e dos cartões de identidade aos Conselheiros Federais, que assinaram, juntamente com S.Ex3, o termo de posse. O Presidente, após, anunciou a criação das comissões de combate à morosidade judicial e de combate ao crime organizado e obteve a aprovação do Conselho Pleno quanto à prorrogação do mandato, por sessenta dias, dos atuais inregrantes do Conselho Auditor Federal do Fundo de Pensão Multipatrocinado da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB Previ. Feito o registro do aniversário, naquela data, do Conselheiro. Federal Marcus Vinicius Furtado Coelho (Pl), que recebeu as congratulações da Mesa Diretora, o Presidente solicitou o encaminhamento, pelas Delegações, do expediente previsto no art. 67 do Regulamento Geral, para a composição das Câmaras e do Órgão. Especial, cujas reuniões haviam sido convocadas para aquele tarde, e concedeu a palavra ao Conselheiro Federal Jacinto Nelson de Miranda Coutinho (PR), que discorreu sobre a urgente questão envolyendo o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3836, ajuizada pelo Conselho Federal perante o Supremo

• Tribunal Federal, tratando dos poderes de investigação criminal do ,Ministério Público, nos termos da Resolução nº 13, do CNMP .. A Secretária-Geral, por solicitação do Conselheiro Federal Alberto Zacharias Toron (SP), fez a leitura da nota técnica dirigida ao STF, expedida pelo Conselho Nacional do Ministério Públi.co a propósito do assunto, que mereceu o pronunciamento do Conselheiro Sérgio Alberto Frazão do Couto (CNMP), do Membro Honorário Vitalício Rubens Approbato Machado, dos Conselheiros Alberto Zacharias Toron (SP), Durval Julio Ramos Neto (BA) e Valmir Pontes Filho (CE), do Membro Honorário Vitalício, Marcello Lavenere Machado, dos Conselheiros Ussiel Tavares da. Silva Filho (MT), Alexander Ladislau Menezes (RR) e Nelio Roberto Seidl Machado (RJ) e do Membro Honorário Vitalício Ernando Uchoa Lima, ratificando o Plenário, em conseqüência,.a decisão outrora adotada pelo Conselho Pleno. Usaram da palavra, em seguida, os Conselheiros: - Paulo Roberto de Gouvêa Medina (MG), que rendeu homenagens aos novos membros da Diretoria e, a propósito da discussão envolvendo a matéria discutida nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3695, ajuizada pelo Conselho Federal no STF, discorreu sobre a reforma do Código de Processo Civil, solicitando a atenção da Entidade quanto ao tema, com sugestão de esclarecimento da sociedade no sentido de que o advogado não criava dificuldades para a simplificação do proces~o. Sobre a matéria ofereceram. pronunciamento os Conselheiros Marcus Vinicius Furtado Coelho ·(PI) e Frederico Coelho de ·Souza (PA), o Membro Honorário

.Vitalício Marcello Lavenere Machado e o Conselheiro. Luiz Carlos Leyenzon (RS). A Presidente Estefânia Ferreira de Souza de Viveiros (DF), com a palavra, após, saudou os membros da nova Diretoria e versou sobre o papel conjunto da OAB/Distrito Federal com o Conselho Federal, sobretudo no âmbito da defesa das prerrogativas do advogado. Manifestaram-se, também, os Conselheiros: - Marcelo Henrique Brabo Magalhães (AL), que registrou a realização da primeira etapa do concurso de juiz substituto no Estado do Alagoas, após doze anos de espera, e encaminhou ao conhecimento do Plenário pleito formulado pela Associação Nacional dos Advogados da União -ANAUNE, acatado pelo Presi~ente, no sentido de que o Conselho Federal dirigisse oficio ao Presidente da República, recor:nendando que recaísse sobre membro de uma das carreiras da AGU a escolha do Advogado-Geral da União, se verificada a substituição do atual mandatário, no contexto da formação do novo Ministério. - Geraldo Escobar Pinheiro (MS), que parabenizou os integrantes

3

Page 9: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-'

10 ,A

da Diretoria e, em nome dos advogados do Estado do Mato Grosso do Sul, consignou as congratulações à Diretoria e aos Conselheiros Federais da Gestão 2004/2007. S.Exª também registrou a participação de trinta e oito advogados sul-mato-grossenses e de membros da OAB/MS prestigiando a posse dos novos membros da Entidade. - Marilma Torres Gouveia de Oliveira (AL), que encaminhou à Mesa Diretora a indicação do Estado do Alagoas para sediar a XX Conferência Nacional dos Advogados e registrou a participação da grande delegação de advogados alagoanos que haviam comparecido para prestigiar a cerimônia de posse. Após registrar que outras candidaturas para sediar a próxima Conferência haviam sido anunciadas, o Presidente determinou il distribuição da 6ª edição do Estatuto da Advocacia e da OAB/Legislação Complementar, totalmente atualizada, comunicou a realização das sessões das Câmaras e do Órgão Especial no período vespertino, encaminhou aos presentes o calendário de sessões de 2007 e, fez a entrega da carteira de identidade de Membro Honorário Vitalício ào advogado Roberto ·Antonio Busato. O Presidente, em seguida, depois de comunicar a inauguração; após ,.os ,trabalhos, na ante-sala do auditório do Edifício-sede, do retrato do Membro Honorário Vitalício Roberto Antonio Busato na Galeria dos Ex-Presidentes, bem como o pré-lançamento do livro de sua autoria, "Questão de Ordem", agradeceu as presenças e declarou encerrada a ·ses~ãQ, ãs 12 hora,s, do que, para constar, eu, Cléa Carpi da Rocha, Secretária-:-Geral, mandei. lavrl:J,r <,t presente. ata, que, conferida, segue assinada por mir., e pelo Sr. Presidente, depois deaprqvad~.pelo. Conselho rleno do Conselho Federal da Ordem

dos Advogados do Brasil. . _ :=:7·.--,·. :.--.·-,: .

' " "

< --; • • ~ o • l

~/ÍL!-_ '-=,c-:+--tt---...,_""'""~ -H' '---'" r--------------------------------

i da Rocha i1fl nnrrn nt õt,"fl nê "f TIRI~~ I" onrllMl"\tfr !r.~ Ydl:!!Y U!: ~1.aU :\JC. !. 1 IJI..UiJ t u~unth ! -1

_,! CRS S04 BL. A Lofa 07/00 (Av.w3 sul). ; fül.223-4508/Fax 225-6602 - Brasili:rOF

' i -------- ---- --- .

Page 10: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Lei nº 11.334 Página 1 de 2 / /

Lei:

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.334, DE 25 DE J_ULHO DE 2006.

~

Dá nova redação ao art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, alterando os limites de velocidade para fins de enquadramentos infracionais e de penalidades.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Art. 1º O ªr.:t:, 218 da Lei nºJl,50~. de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permítida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:

1 - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento):

Infração - média;

Penalidade - multa;

li - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):

Infração - grave;

Penalidade - multa;

Ili - quando a velocidade for superior à ·máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento): · · · ·

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação." (NR)

Art. 2º Esta Lei entra ·em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de julho de 2006; 185º da Índep~n'dênbia e 118º 'da R~~üblica.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz Bastos Márcio Fortes de Almaieda

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 26.7.2006

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11334.htm 6/9/2007

Page 11: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Lei nº 11.334

-

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11334.htm

Página 2 de 2 /;};

A

6/9/2007

Page 12: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

w~ k ~4o4 do- ffi~ Yfo,m;e/k. ~de,Jta,/

re~-~-ef7.

CERTIDÃO

Certifico que o Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na Sessão Plenária realizada no dia 07.08.2007, apreciando a Proposição 0057/2006/COP, decidiu determinar o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, em face da nova redação do artigo 218 do Código de Trânsito, conferida pela Lei Federal nº 11.334, de 25 de julho de 2006. Brasília, 03 de setembro de 2007. ------------------------------------------

13 -~

Page 13: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

S. T.F. 102.002

TERMO DE RECEBIMENTO, REVISÃO, AUTUAÇÃO E REGISTRO DE PROCESSO

ESTES AUTOS FORAM RECEBIDOS, REVISTOS, AUTUADOS E REGISTRADOS EM MEIO MAGNETICO NAS DATAS E COM AS OBSERVAÇÕES ABAIXO:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3951 2 PROCED. : DISTRITO FEDERAL -QTD. FOLHAS : 13 QTD. VOLUMES· 1 RELATOR(A): MIN. MARCO AURÉLIO. DISTRIBUIÇÃO EM 10/09/200?

OTD. APENSOS: O JUNTADAS· O DATA DA ENTRADA: 10-09-2007

COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO INICIAL,

ANALISTA JUDlClÁRIO

Page 14: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

-TERMO DE CONCLUSAO

Faço estes autos conclusos ao(a) Exmo(a) Sr(a) Ministro(a) Relator(a).

Supremo Tribunal Federal, j O de de 2006.

Coordenadoria de Processamento Inicial

',

~f ~1n7t;d~ ,,n1sH~ MARCO AURELIO

Recebi de em:

1 o sn 2001

Page 15: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,

'

A ÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.951-2

RELATOR REQUERENTE(S) ADVOGADO(A/S) REQUERIDO(A/S) ADVOGADO(A/S) REQUERIDO(A/S)

MIN. MARCO AURÉLIO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL MARCELO ROCHA DE MELLO MARTINS E OUTRO(A/S) PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO CONGRESSO NACIONAL

DECISÃO

1. Esta ação direta de inconstitucionalidade tem como objeto as expressões "imediata" e "apreensão do documento de habilitação" contidas na nova redação do artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro, modificad pela Lei nº 11.334/2006. A racionalidade própria ao dir ciona no sentido de aguardar-se o julgamento definitivo.

2. Aciono o dispo to no rtigo 12 da Lei nº 9. 868/99. Providenciem as informações, a mani estação do Advogado-Geral da União e o parecer do Procurad r-Geral a República.

3. Publiquem.

Brasília, 1 de 2007.

Ministr RÉLIO

S T F 102.002

. " .,, 1/

Page 16: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE RECEBIMENTO

Aos 26 dias do mês de setembro de 2007 foram-me entregues estes autos por parte do Gabinete do Ministro M urélio. Seção de Processos do Controle Concentrado. Eu/_ ..... · i.;----"'---'------7-f"---~--r­

Analista Judiciário, lavrei este termo. E eu~~~~-;2:.:::::::::::::::2::===7-f/ Coordenadora de Processamento do Plenário.

TERMO DE JUNTADA

Ao 1° dia do mês de outubro de 2007 junto a estes autos a cópia do Ofício nº 5581/R ao Presidente da República, solicitando

Seção de Processos do Controle Concentrado. Eu, -:,~alista Judiciário, lavrei este termo. E eu,

2:::::::~:::;;~::::::z:.=::::::::z:... __

1 Coordenadora de Processamento do

Page 17: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

S T F 102.004

Of · nº ssi 1 /R

Ao Excelentíssimo Senhor LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Presidente da República

Brasília, ;) ~ de lJllliJyn }:j[,0 de 2 O O 7 •

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3951. REQUERENTE: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil REQUERIDOS: Presidente da República

Congresso Nacional

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

A fim de instruir o processo referido, solicito a Vossa Excelência informações, de acordo com o artigo 12 da Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, sobre o alegado na petição cuja cópia segue anexa.

Respeitosamente,

/jpuf

Page 18: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

/' /(

j> i ·., ,_

Guia: 5015 / 2007

Pac. Oficio

5581/R COM CÓPIA DA PETIÇÃO INICIAL (ADI Nº 3951) 0,055

Supremo Tribunal Federa) Seção de Expedição

Remessa Portaria

Destinatário Recibo j

~Y~tl~~;1g ,7~i:it~~,~~1 ,, ' '"<;~ REPÚBLICA , ,,.)ot.(;,-· _r,_:·-'-' t: './ •.· PRAÇA DOS TRES PODERES .{i'J/?,-:,' PALACIO DO PLANALTO \.1:::,:- . ZONA CÍVICO-ADMINISTRATIVA 70150-900 BRASÍLIA /

Brasília, 28/09/2007

Page 19: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE JUNTADA

Ao 1 ° dia do mês de outubro de 2007 junto a estes autos a cópia do Ofício nº 5582/R ao Presidente do Senado Federal, solicitando

de Processos do Controle Concentrado. Eu, , Analista Judiciário, lavrei este termo. E eu, -----__,,..,....___,,..____,,_

'-==='--'!:::::..~,,,e=.~::..::=~-' p/Coordenadora de Processamento do

Page 20: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

S T F 102.004

67ufv;cemw @~ cff~d

Of. nº 65'~2, /R

Brasília, ,,J~ de 6)UÍll"JY7 k:flO de 2007.

A Sua Excelência o Senhor Senador RENAN CALHEIROS Presidente do Senado Federal

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3951 REQUERENTE: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil REQUERIDOS: Presidente da República

Congresso Nacional

Senhor Presidente,

A fim de instruir o processo referido, solicito a Vossa Excelência informações, de acordo com o artigo 12 da Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, sobre o alegado na petição cuja cópia segue anexa.

/jpuf

Atenciosamente,

Ministro R

Page 21: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Í /,

Guia: 5014 / 2007

Pac. Oficio

5582/R COM CÓPIA DA PETIÇÃO INICIAL (ADJ Nº 3951) 0,060

Supremo Tribunal Federal Seção de Expedição

Remessa Portaria

Destinatário

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL,

Recibo

PRAÇA J?OS TRÊS PODERES / ZONA CIVICO-ADMINISTRATIVA, / 70165-900 BRASÍLIA -

Brasília, 28/09/2007

-..:;, -.

Page 22: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO

Certifico e dou fé que o despacho de fls. 16 foi publicado no Diário de Justiça, do dia 02 de outubro de 2007 (terça-feira). Seção de ~?cessos do _Controle Concentrado, em 02 de outubro de 2007. Eu, ~~• ~ !=: , Analista Judiciário, lavrei a presente. E eu, ------'-~---=-, ____ ,.PJ Coordenadora de Processamento do Plenár-·o, a subscrevi.

TERMO DE JUNTADA

Aos 08 dias do mês de outubro de 2007 junto a estes autos o PG Nº 161904/07 do Presidente da República, prestando informações. Seção de Processos do Controle Concentrado. E~, Analista Judiciário, lavrei este termo. E eu,,

t'/ Coordenadora de Processamento do Plenário, o ~ev:

Page 23: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

_J -,

Mensagem nº °f ~ 4 Í ~PREMO TRIBUNAL FEDERAL i coordenadoria de

Processamento Inicial 05/10/2007 18:33 161904

1111111111111111111111 IIIII IIIII 111111111111111111111111111111111 -~----~ l, ___ ._ ------

Excelentíssima Senhora Presidente do Supremo Tribunal Federal:

Para instruir o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº

3951, tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência as informações em anexo, elaboradas pela

Advocacia-Geral da União.

Brasília, O$ de ~ de 2007.

A Sua Excelência a Senhora Ministra ELLEN GRACIE NORTHFLEET Presidente do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Page 24: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

PROCESSO Nº 00400.004364/2007-31 ORIGEM : STF- Ofício nº 5581/R, de 28 de setembro de 2007. ASSUNTO: Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3951.

Despacho do Advogado-Geral da União

Adoto, nos termos do Despacho do Consultor-Geral da União, para os fins e efeitos do art.

4º, inciso V, da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, as anexas INFORMAÇÕES Nº

AGU/GV-16/2007 elaboradas pelo Consultor da União Dr. GALBA MAGALHÃES VELLOSO.

Brasília, 05 de~ de 2007.

JOSÉ ANíà/J10 DIAS TOFFOLI Advog~<l9-Geral da União

Page 25: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Despacho do Consultor-Geral da União nº 352/2007

PROCESSO Nº 00400.004364/2007-31 e 00400.003712/2007-52 ORIGEM : STF- Ofício nº 5581/R, de 28 de setembro de 2007. ASSUNTO : Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3951. RELATOR :Ministro Marco Aurélio

Senhor Advogado-Geral da União,

Estou de acordo com as INFORMAÇÕES Nº AGU/GV-16/2007 elaboradas pelo

~ Consultor da União Dr. GALBA MAGALHÃES VELLOSO.

À consideração.

Brasília, O~e ou o de 2007.

IOR

..,.-

Page 26: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

INFORMAÇÕES N. AGU/GV- 16/2007 PROCESSO: 00400.004364/2007-31 ASSUNTO: Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3951 REQUERENTE: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil -

CFOAB REQUERIDOS: Exmo. Sr. Presidente da República

Congresso Nacional

1-

Excelentíssimo Senhor Consultor-Geral da União,

Trata-se de

"Ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de liminar,

contra as seguintes expressões contidas na nova redação do artigo 218 do Código de Trânsito, conferida pela Lei Federal 11.334, de 25 de julho de 2006: "imediata" e "apreensão do documento de habilitação" (doe. 02); verbis:

Art. lº O art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:

I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento): Infração - média; Penalidade - multa; II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): Infração - grave;

Page 27: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

• II -

Penalidade - multa; III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de· 5 0% (cinqüenta por cento): Infração - gravíssima; Penalidade - multa [3 (três) vezes}, suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. " (NR)

As expressões fustigadas e destacadas são inconstitucionais por vulnerarem o artigo 5°, incisos LIV e LV da Constituição Federal; devido processo legal e direito de defesa.

As expressões normativas impugnadas, introduzidas pela nova lei, inexistentes na redação anterior, permitem que sem processo legal e sem direito de defesa seja suspenso imediatamente o direito de dirigir, apreendendo-se, de pronto, o documento de habilitação."

A requerente, concentrada na penalidade guerreada, omitiu toda

a Seção II, do Código Nacional de Trânsito (Arts. 281 a 290, parág. único),

que trata do julgamento de autuações e penalidades, e dos recursos cabíveis,

com o que, por si só, derruba as alegações concernentes às disposições

constitucionais supostamente vulneradas:

"Seção II

Do Julgamento das Autuações e Penalidades

Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível

Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:

I - se considerado inconsistente ou irregular; II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação

da autuação. (Redação dada pela Lei nº 9.602, de 1998)

Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade.

§ 1 º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo será considerada válida para todos os efeitos.

2

Page 28: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,. '1

§ 2° A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições ·· consulares de carreira e de representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.

§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, à exceção daquela de que trata o § 1° do art. 259, a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento.

§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da penalidade. ancluído pela Lei nº 9.602, de 1998)

§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu valor. (Incluído pela Lei n º 9.602, de 1998)

III - O artigo 283 foi vetado por motivos que mostram o zelo para

com a Constituição Federal, conforme mensagem nº 1.056, de 23 de setembro

de 1997:

IV-

''Art. 283. Da notificação prevista no artigo anterior deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que nunca será inferior a trinta dias contados da data da imposição da penalidade.

Parágrafo único. No caso de penalidade de multa, a data estabelecida neste artigo será a data para o recolhimento de seu valor.

Razões do veto:

''A disposição estabelece que o prazo para apresentação do recurso tem como marco inicial a data da imposição da multa, quando é princípio assentado no Direito que o prazo para a defesa deve-se iniciar da notificação efetiva ou presumida do infrator.

Da forma que está redigida a norma legal restringe o direito de ampla defesa assegurado pela Constituição (art. 5°. LV)."

Prossegue a Lei em comento:

"Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por cento do seu valor.

3

Page 29: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

. \ \(·-~ ,

Parágrafo único. Não ocorrendo o pagamento da muli'lls_no praia estabelecido, seu valor será atualizado à data do pagamento, pelo mesmo número de UFJRfixado no art. 258.

Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.

§ 1 º O recurso não terá efeito suspensivo. § 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o recurso ao órgão

julgador, dentro dos dez dias úteis subseqüentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o fato no despacho de encaminhamento.

§ 3 º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que impôs a penalidade, de oficio, ou por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.

Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor.

§ 1 º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o estabelecido no parágrafo único do art. 284.

§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de correção dos débitos fiscais.

Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicílio do infrator.

Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a penalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessários ao julgamento.

Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da publicação ou da notificação da decisão.

§ 1 º O recurso será interposto, da decisão do não provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento, pela autoridade que impôs a penalidade.

§ 2º No caso de penalidade de multa, o recurso interposto pelo responsável pela infração somente será admitido comprovado o recolhimento de seu valor.

Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será apreciado no prazo de trinta dias:

I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou entidade de trânsito da União:

a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cassação do documento de habilitação ou penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;

4

Page 30: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

3\

b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;

II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.

Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso L quando houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus próprios membros.

Art 290. A apreciação do recurso previsto no art. 288 encerra a instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades.

Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH"

V - Por outro lado, no que concerne à expressão "suspensão

imediata" do direito de dirigir, a consulta aos bons dicionários, nos verbetes

próprios, indicará que suspensão tem um caráter intrinsecamente provisório,

em consonância com a possibilidade dos recursos tratados no item anterior. E

a apreensão do documento de habilitação consiste tão somente na

concretização da suspensão do direito de dirigir.

VI - Quanto à natureza imediata da suspensão, decorre do caráter

provisório e preventivo dessa providência, sendo que mediata é a cassação

definitiva do direito de dirigir, após proferida a defesa e formulados os

recursos, naturalmente inviáveis no meio da via pública ou à margem de

rodovia.

VII- O caráter preventivo e imediato da suspensão, provisória como já

vimos, só poderia ter como alternativa o absurdo, qual seja o estímulo ao

dolo eventual, compelido o agente à liberação de temerário infrator passível

de autoria de tragédia imediatamente em seguida.

5 ef

Page 31: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

/

VIII- Por isso mesmo é que as medidas preventivas, presentes 'êm todo

o direito pátrio, são sempre imediatas, e muitas vezes concedidas inaudita

altera pars, para lhes garantir a eficácia.

IX - Não é demais lembrar a própria possibilidade de prisão

preventiva, no interesse de sociedade e do processo, independentemente da

presunção constitucional de inocência.

X - Sublinhe-se que além dos recursos previstos no Código Nacional

de Trânsito, havendo a garantia de submissão de qualquer matéria ao

Judiciário, não há como falar em violação do devido processo legal e do

direito de defesa, com os quais não são incompatíveis as medidas preventivas

destinadas à defesa de todos, em situação de gravidade extremamente

preocupante, a ponto de no último mês de julho o Vaticano ter difundido

documento intitulado "Os Dez Mandamentos do Trânsito", divulgado no dia

18 deste mês de setembro, pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil,

no Anexo III da Câmara dos Deputados, com apoio do Contran e do

Denatran.

XI - Pelo não acolhimento da Ação, descabida, pela ausência de

quaisquer pressupostos, a concessão de liminar.

Brasília, 1 ° de outubro de 2007.

:::::=Q__c º <.::._ --::,,.~

GALBA VELLOSO

Consultor da União

6

Page 32: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE JUNTADA

Aos 11 dias do mês de outubro de 2007 junto a estes autos o PG Nº l 64878/2007 do Senado Federal restan-do · for a ões. Seção de Processos do Controle Concentrado. Éu, , •

1

z,alista Judiciário, lavrei este termo. E~ --t-~~-:,"'----:7""-"""#''

~ / oordenadora de Processamento do Plená ·B/4 sub

Page 33: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

·•

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

OFÍCIO N9 040/2007-PRESID/ADVOSF

Senhor Ministro,

Brasília, 1 O de outubro de 2007.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Coordenadoria de

Processamento Inicial 10/10/2007 18:30 164878

11111111111111111111111111111111 IIIII IIIII IIIII 111111111111111111

De ordem do Excelentíssimo Senhor Presidente do

Congresso Nacional i e atendendo solicitação constante do

Ofício nº 5582/R, de 28 de setembro de 2007, encaminho a

Vossa Excelência as informações destinadas a instruir a

Ação Direta de Inconstitucionalidade n9 3.951,

apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados

do Brasil.

Respeitosamente,

A Sua Excelência o Senhor Ministro MARCO AURÉLIO MD. Relator da ADI nº 3.951 Supremo Tribunal Federal NESTA

·Senado Federal - Anel<o 1 - 249 •andar - Brasília - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 34: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

e

\

. fr/#J;.~, (Q) SENADO FEDERAL ~ ADVOCACIA

t

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N2 3.951 REQUERENTE: CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL REQUERIDOS: PRESIDENTE DA REPÚBLICA E CONGRESSO NACIONAL

Informações prestadas em cumprimento ao art. 12 da Lei nº 9.868/1999, nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.951, tendo por objeto o art. 218 da Lei ng 9.503, de 23/09/1997, com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.334, de 25/07/2006.

Senhor Advogado-Geral,

A ADI em tela insurge-se contra o art. 218 da Lei nº 9.503,

de 23/09/1997 ("Institui o Código de Trânsito Brasileird'), com a redação dada

pelo art. 1º da Lei nº 11.334, de 25/07/2006. Diz a norma:

Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:

1 - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento): Infração - média; Penalidade - multa;

11 - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): Infração - grave; Penalidade - multa;

Ili - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento): Infração - gravíssima; Penalidade - multa (3 (três) vezes), suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.

:·senado Federal - Ane><o 1 - 249 andar - Brasília - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 35: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

\

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

Alega o Requerente que as expressões destacadas em

negrito - que constituem o objeto específico da impugnação - violariam o art.

5º, incs. LIV e LV da Constituição Federal, a seguir:

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

É o relatório.

PRELIMINAR: NÃO-CONHECIMENTO DA AÇÃO QUANTO À IMPUGNAÇÃO

AO TRECHO "APREENSÃO DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO'

Exige o art. 3º, inc. 1, da Lei nº 9.868/1999:

Art. 3º. A petição indicará: 1 - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a ·cada uma das impugnações;

Decidiu, a respeito, o Supremo Tribunal Federal:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO ABSTRATA E GENÉRICA DE LEI COMPLEMENTAR. IMPOSSIBILIDADE DE· COMPREENSÃO EXATA DO PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Argüição de inconstitucionalidade de lei complementar estadual. Impugnação genérica e abstrata de suas normas. Conhecimento. Impossibilidade. 2. Ausência de indicação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido com suas especificações. Não observância à norma processua f -

2

-Senado ·Federal - Anexo 1 - 249 andar - Brasil,ia - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: advosl@senado,g v.br

Page 36: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

• \

/

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

seguinte trecho:

Conseqüência: inépcia da inicial. Ação direta não conhecida. Prejudicado o pedido de concessão de liminar.1

Extrai-se do Voto do Em. Relator Min. Maurício Corrêa o

Não se deu o Requerente ao m1rnmo trabalho · de tecer qualquer comentário, ainda que à guisa de fundamentação, por menor que seja, à exaustiva lista de normas de que se compõem os atos visados, restando a irresignação à referência fugaz da totalidade de seu conteúdo. Não · me parece recomendável nem tampouco admissível que esta Corte, a despeito de sua sobrecarga de atribuições, este Plenário, com pauta congestionada, tenha que se debruçar sobre cada uma das disposições, enfrentando-as uma a uma, pelo simples fato de haver a parte manifestado intenção impugnatória do tipo abstrato e genérico. Ademais, é regra comezinha de processo que a petição inicial indicará o fato e os fundamentos jurídicos do pedido com suas especificações (CPC, art. 282, Ili e IV) , o que não ocorreu na espécie.

Ajunte-se a manifestação do Em. Relator Min. limar

Galvão no julgamento da medida cautelar na ADI nº 2.439:

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica em considerar que a formulação de pedido genérico em sede de controle abstrato de constitucionalidade, sem a explicitação da causa de pedir, ainda que se trate de causa de pedir aberta, impede o exame da ação direta. Nesse sentido, entre outros precedentes, a ADI 1708, Rei. Min. Marco Aurélio, D.J. de 13.03.98; e ADI 1.775, Rei. Maurício Corrêa, D.J. de 18.05.2001.2

No presente caso, o Requerente, data venia, não indico4

qual seria o vício do trecho "apreensão do documento de habilitaçãd'. Ú 1 ADI n2 1.775 - DJ 18/05/2001. 2 DJ 14/09/2001.

3

·'senado Federal - Ane><o 1 - 249 andar - Brasllfa - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 _ e-mail: [email protected]

Page 37: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

• \

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

é-.7~·­( -- 38

~ ,-

""'-- . -~--Nem tampouco o parecer do Em. Conselheiro Federal da

OAB, transcrito na peça inicial, indica contrariedade ao supracitado trecho

normativo: a insurgência ali verificada diz respeito à inclusão da palavra

"imediata" logo após a palavra "suspensãd' - esta última já constava da

redação anterior do art. 218 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O trecho

"apreensão do documento de habilitaçãd' é mencionado, no estudo, apenas

en passant.

Outrossim, uma eventual declaração de

inconstitucionalidade do trecho em tela seria ineficaz, já que a norma original

do art. 218 do Código - que seria automaticamente repristinada - também

previa o "recolhimento do documento de habilitaçãd' para a infração

qualificada como gravíssima. E a impugnação em tela foi claramente dirigida

contra a atual redação do artigo, trazida pela Lei nº 11.334/2006.

Sendo assim a presente ação, também sob este prisma,

não poderá ser conhecida, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal:

CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: EFEITO REPRISTINATÓRIO: NORMA ANTERIOR COM O MESMO VÍCIO DE INCONSTITUCIONALIDADE. 1. - No caso de ser declarada a inconstitucionalidade da norma objeto da causa, ter-se-ia a repristinação de preceito anterior com o mesmo vício de inconstitucionalidade. Neste caso, e não impugnada a norma anterior, não é de se conhecer da ação direta de inconstitucionalidade. Precedentes do STF. li. - ADln não conhecida.3

Pelo exposto, preliminarmente, ao que nos parece, a ação

direta não poderá ser conhecida quanto ao trecho "apreensão do docume;;;;J

de habilitaçãd' constante do art. 218 do CTB. !t/ 3 ADI nº 2.574- Unânime- DJ 29/08/2003.

4

·senado Federal - Anexo 1 - 249 andar - Brasrna - DF - CEP 70165-900 -Te!.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 38: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

, . •

\

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

MÉRITO

\

- - ..,-,- ,,.

No mérito, a propósito da medida de apreensão do

documento de habilitação vale dizer que:

a) está inserida no poder de polícia da Administração

Pública. As sanções derivadas do poder de polícia, conforme leciona HEL Y

LOPES MEIRELLES, "são impostas e executadas pela própria Administração

em procedimentos administrativos compatíveis com as exigências do

interesse público. "4

Prossegue o mestre:

O que se requer é a legalidade da sanção e sua proporcionalidade à infração cometida ou ao dano que a atividade causa à coletividade ou ao próprio Estado. 5

b) é prevista em diversas outras circunstâncias do Código

de Trânsito Brasileiro, por exemplo nos arts. 162 {dirigir com carteira de

categoria diferente da exigida para a situação), 165 {dirigir alcoolizado), 170

(dirigir ameaçando pessoas ou outros veículos);

c) é medida que, face à peculiaridade do sistema de

trânsito e suas implicações, atende sobremaneira ao interesse público

~ envolvido, especialmente no que se refere à incolumidade das pessoas, de

seu patrimônio e também do patrimônio público.

Já com relação à palavra "imediata' existente após a

palavra "suspensãd' - constante do art. 218, inc. Ili do CTB e igualmente

impugnada -, observa-se, pela leitura da justificação do projeto de lei que /7 afinal resultou na Lei nº 11 .334/2006, bem como da leitura dos pareceres; 1 . . o· : Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 24ª edição, pp. 123/124. J·

Idem, p. 124. / 5

•Senado Federal - Anex.o 1 - 249 andar - Brasfl.ia - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 39: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

\.

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

parlamentares lavrados no processo legislativo, que o objetivo da mencionada

lei não foi subtrair do condutor o direito ao processo administrativo e à ampla

defesa.

Os textos parlamentares, de fato, não tratam

especificamente dessa situação; antes evidenciam que a intenção do

legislador foi proceder à unificação de vias para fins infracionais e à

racionalização da gradação das sanções, à vista de indicados equívocos na

redação original do art. 218 do CTB6•

A penalidade de suspensão do direito de dirigir, vale dizer,

continua regida pelo que dispõe o art. 265 do mesmo Código de Trânsito

Brasileiro, a seguir:

Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa.7

Sendo a questão, pois, solucionável mediante mera

interpretação harmônica da legislação ordinária, não parece haver ensejo à

atuação constitucional do Supremo, nesta sede de controle abstrato.

CONCLUSÃO

Por todo o exposto parece-nos que a presente ação direta

não poderá ser conhecida quanto ao trecho legal "apreensão do documen~:,(} de habilitaçãd', existente no art. 218, inc. Ili do CTB. é;/

6 Does. anexos. 7 Grifamos.

Í

( 6

· Senado Federal - Ane><o 1 - 249 andar - Brasrna - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 40: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

SENADO FEDERAL ADVOCACIA

E no mérito afigura-se, data venia, improcedente no que

se refere à impugnação de tal trecho e também da palavra "imediata", tendo

em vista, neste último caso, a inexistência de inconstitucionalidade constatada

pela dicção do art. 265 do mesmo Código de Trânsito Brasileiro.

São estas as considerações que submetemos à elevada

análise de V .Sª.

Brasília/DF, 1 O de outubro de 2007

ANTÔ RC US/NHO SOUSA Diretor da Coordenadoria de Processos Judiciais

Aprovo. Encaminhe-se ao Senhor Presidente do Congresso

Nacional, como sugestão destinada ao atendimento da solicitação contida no

Ofício nº 5582/R, de 28 de setembro de 2007, do Senhor Ministro Marco

Aurélio, Relator da ADI nº 3.951 /STF.

Brasília, 1 O de outubro de 2007.

7

'Senado Federal - Anexo 1 - 249 andar - Brasrna - DF - CEP 70165-900 -Tel.: (61) 3311-4750 - Fax: (61) 3311-2787 - e-mail: [email protected]

Page 41: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

A .

I .,; .~

CAMARADOSDEPUTADOS PROJETO Dit° LEI Nº 6.872-C, DE 2002

(Do Sr. Beto Albuquerque)

Dá nova redação ao art. 218 da Lei nº 9.503, de 23/09/1997, que institui o Cpdigq de -Trânsito,_. B._rasileiro, alterandq:,os_ limites de velocidade para fins de enquadramentos infracionais e de. penalicjades; tendo pareceres: da Comissão de Viação e Transportes, pela ·aprovação (relator: DEP. GONZAGA PATRIOTA); da Comissão dlf Finanças e Tributação, pela não implicação da matéria com aumento.ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e. orçamentária (relator: DEP .. LUIZ CARREIRA); e da Comissão de· C6nstitUição e Justiça ... e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica·legislativa, contra os votos dos Deputados Edmar Moreira, lnaldo Leitão . ~ Aloysio Nunes Ferreira. (relator: DEP. PATRUS ANANIAS).

;j,,' :·

DESPACHO: 'i"' .

ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54); E DE CONSTT"ITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE R~DAÇÃO (ART. 54). 2)

' .. ~. ~: ~

APRECIAÇÃO.: . __ r··., Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24, li ; ...

Page 42: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

1

2

=

1

1 1

1

?

SUMÁRIO

1 - Projeto inicial

11 - Na Comissão de Viação e Transportes: - parecer do relator - parecer da Comissão ..

111- Na Comissão de Finanças e Tributação: - parecer do relator - parecer da Comissão

IV - Na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação: - parecer do relator -- parecer da Comissão

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1° O art218 da Lei 9.503, de 23 de novembro de 1997, , passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art 218° Transitar em velocidade superior à maxrma permitida para o tocai, medida por instrumento ou equipamento hábil, em

rodovias, vias de trânsito râpido, vias arteriais e demais vias:

1. quando a velocidade for superior à máxima em até vinte por cento:

Infração - média

Penalidade - multa

li. quando a velocidade for superior à máxima em mais de vinte por cento até cinqüenta por cento: • ·

-:cinqüenta por cento: . '

}, '. '

Ili.

Infração - grave

Penalidade - multa

quando a velocidade for superior à máxima em mais de

1 nfração - gravíssima

-1

~- 1 ,•. ·i J

Page 43: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

\lliFi:

Penalidade - multa {três vezes). suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação." (NR) · , .. ,,· , · · .. ,

• .,J

Art. 2° Esta Lei entra ení vigor na data sua publicação. _ , , 1.i .1. J • ., .1, ,

JUSTIFICAÇÃO tr 1

" , ~ 'Ó.Cóãigo de Trânsito Brasileiro foi um avanço importante na

conscientizàçâo dôs cidadãos brasileiros.

, O rigorismo necessário como instrumento coativo ao abuso

e descumprimento das nonnas legais de trânsito é elemento, no mundo inteiro,.

eficaz na·âdóção de padrão de conduta por parte dos cidadãos.

~ . , . '' , É indispensável. por isso, qÚe haja fiscalização e sejam

autuados todos' àciueles que infringem normas de- trânsito, muito especialmente

no desrespeite aos limiteS de velocidade fixados e explicitados pelas placas regulamentares instaladas ao longo das vias.

' .

Entretanto, há de se exigir. que a penalidade seja

proporcional à falta cometida.

Penso, com a experiência d_e ex - Secretário Estadual d~ Transportes do Rio Grande do Sul. que será. intetigente e justo promover-se a a~eração que ora proponho; Como parlamentar; agora, me é dado o poder de

---·- ... ,._J. • - - -

pro!!'ev~. ~elhorias .no Código de Trânsito Brasilei~., ç,nde pude perceber não está o mesmo coerente. . .....

No caso de desrespeito aos limites de velocidade. do ponto de vistâ-1ntraclomal; 1

o .CódigÔ de Trânsito Brasileiro adotou somente ~ conceitos

grave!e gravíssimo e, inju~tificadamente: não admitiu ó ci>metimento, neste caso, . ·' ~

d~ infração média. · · ~ '

. ~· ._ . . . . __ .. Atualmente, ultrapassar·. o limite de velocidade máximo (~, • , ~ ·, 1 .,.. • .... • _ , , , ·~.' - i 1

permitido em rodovias em até vinte por cento ~se de infração grave e acima

de vint~ por cento do máximo permitido é a,nsiderada infração "gravíssima": Do ponto de vista legal, é uma distorção atribuir infrações e penara.ar igualmente

cóndutores que estejam, uns a 97 Km/h e outros a 140 Km/h ou mais. Hã

desproporção evidente. ·

3

Page 44: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

1 4

Por i$$0,'. além de introduzir o conceito de infração ·média

{infração menor - multa menor), no caso de ulb'apassagem ao limite máximo de

velocidade em até vinte por cento (hoje é grave) em rodovias, vias expressas, laterais · e demais vias, venho · distinguir com maior ênfase· o que seja grave e

gravíssimo para ser mais justo no rigorismo de aplicação das penalidades de multas respeitando a proporção da falta cometida ·

Só é razoável considerar grave a infração que ultrapasse em ~ ~. . ' ' , ,

vinte por cento até cinqüenta por cento o litnit~. máxim~ ~nnitido e seria gravíssimo tudo o que ultrapassar: os cinqüenta por cento. ..

..,. _,,.,

Exemplificando: numa _rodovia ,onde_ o limite máximo seja de 80 Km/h, estariam em i~ção medi~ (hoje é grave) aqueles que estivessem

H)te 87 & 96 Km/h e em infração grave (hoje é gravíssima) aqueles que se ~nduzissem entre 97 e 120 Km/h. Somente ;sén~:iÍ,qúâdrado. como de fato é, em infração' gravíssima o ·âbuso que se· evide•ni~H~i ~H?veiocidades superiores, neste caso, aos 120·Kmlh. · .... ,, . ).·f' '

Não se trata de abrandar a penalidade e sim dar dimensão

concreta .à infração cometida. Só pode ser grave e gravíssimO o que na prática for

correspondente.

Chamo a atenção, portanto, como alguém que defende a

rigorosa. permanente e eficaz fiscalização ·do respeito aos limites de velocidade

em ruas. avenidas e rodovias de nosso pais, que a melhor fonna de se. obter . adesão de consciência aos deveres no trânsito é ser justo·no enquadramento das

infrações e na aplicação de suas penalidades. · _:.- .,,

J ê''; O Código de Trânsito fixou pe~as multas para os

"' . ' \ . ' . infratores e. por isso mesmo, é inadmissivel que não haja tiai:r:nonia entre o fato. a

~ • . '1.., !/ ., , . '

infração e a multa, como é o caso que referi anterionnente.

Além do que estaríamos pá~ro~izando o· mesmo princípio pará· rodovias, vias expressas, arteriais e urbanas: : · .:,:72

' ·· 1

: - ,,..,,., '- '

l~J,. }.· '" .. t·':"-., •,li,•,:_ ,..

(

,

,_')

Page 45: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,.# ,., ..... -. ____ .....

5

A proposta

-\Art. 218° - Código de Trânsito Brasileiro

Como é hoje Como seria o novo enquadramento

Infração Penalidade ,.

Infração l Penalidade : 1 ,, . :• 1' 1

Ultrapassar o limite 1

de Y~!pciçjª~~--~ Infração Grave Ultrapassar o limite Infração Média ' .

atéioo/odo 1 Multa 120 UFIR 1 ematé20% Multa 80 UFIR permitido no local

1 l Ultrapassar o Jimite 1

1

. - . -- ..... ~

• ; ;-,... 4 ~- ) de velocidade~ 1 Infração Grave

Infração Gravíssima mais de 20% até Multa 120 UFIR Ultrapassar o limite 50%

de velocidade~ Multa 540 UFIR •'

1, / !

mais de 20% do Apreensão da Infração Gravíssima

Ultrapassar o limite permitido carteira Multa54QUFIR

de velóéidade fil!! l maisde50% Apreensão da ,.,.,

carteira

• Há diferença de tratamento entre rodovias "' o enquadramento seria igual ;rara

e vias urbanas rodovias; vias expressas e demais vias .

'~ 1

t4

SaN! das Sessõ~r-: .del maio de ~joJ f 2.

, . , '; / ......-\1 --.~ 1 _;../J--" ) ' . /

Deputad~ue

1 1

1 r

Page 46: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

':1

6

LEGISLACÃOCl'tADA ANl:XADA PELA COORDENAÇÃO DE ESTUDOS ti:GísLAnvos- CEDI

LEI Nº 9.503, DE 23 DE .SETEMBRO DE 1997 .

• i .. INSTITUI O CODIGO DE TRA.NSITO BRASil.EIRO.

CÓDIGO DE TR.ÂNSf.fô BRASILElR.O i

,l f , ........ ,.

-,--~ii:"l

····-················ -·········-···· ................... ·-·····--·-·· ................................ _ .. _ .. __ ...................... -............................... _ ............ ------··-·· CAPÍTl,'LO XV

DAS INFRAÇÕES ......... ··-.... -· .............. -········ ----....... ··-····. ···---· .. ~ .. ! .. ··--........ -··· ········· ............ ···--·· .. ········ ................ .

'

Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local. medida por instrumente ou equipamc:nto hábil:

I - em rodovias, vias de Srânsito mpido e vias arteriais: a) quando a velocidade for superior à máxima em até vinte por cento: Infração - grave;

1 ,.

Penalidade - multa; · · : · b) quando a velocidade for ~or àmáxima em mais de vinte por cento: Infração • gravíssima; . I

Penalidade.: multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir; II - demais vias: r a) quando a velocidade foi- superior à máxJma em-~ cinqüenta por cento: Infração • grave; ' . >· L r • , • • , •

Penalidade • multa; . b) quando a velocidade for superior à máxima em ·màis ôe 50% ( cinqüenta por cento): lnfração - g:raVissima; . Penalidade - multa (três ve?.CS) e suspensão do direito de dirigir; ) Medida aãministtativa - recolhimento do documento de habilitação.

Art. 219. Tnmsitar com o veículo em velocidade :inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a ~ retardando ou obstruindo· o trãmito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o pe:mlitam. salvo se estiver na faixa da cliiéttà:

lnfração - média; Penalidade - multa.

... ·•··· ·•·•· .......................................... ------····· ...... ·····--· ..... -········ ....................... ···-·· ....... -········· .. ··-···· ............. . ·····-··-··-............................... -.. -.............. _. _______ .............. ___ ........................................ --............ _ ................ --........................................ _ .. _ ................... . ' t • .,.,

Page 47: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

l

I ..

,.

,)

· COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

1 • RELATÓRIO •

O presente projeto de lei altera o art 218 da Lei nº 9.503/97, o qual considera infração "transitar em velocidade superior à máxima pennltida

para o local, medida por instrumento ou equipamento hábir.

O Código de Trânsito Brasileiro distingue a infração cometida em face das duas seguintes situações: 1 - quando ocorrida em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais; e li-Quando realizada nas·demais vias. Já o autor do projeto, propõe a eliminação dessa distinção.

· O projeto também altera as características das infrações e

as penalidades previstas no Código, confonne o excesso de velocidade praticado. Assim, propõe:

1. Sendo a vefocidade · superior à máxima em até vinte por

cento, a infração passaria a ser considerada média, em vez de grave. . -

2. Sendo a velocidade superior à máxima em acima de vinte por cento e até cinqüenta por cento, a infração passaria a ser considerada grave,

em vez de gravíssima. Para esses dois primeirçs casos. a penalidade seria multa. . - . - ,, ... ,..

3. Somente quando a vêtocidade fosse superior à rná>Cima em mais de cinqüenta por cento é que a infração seria considerada gravíssima e a penalidade corresponderia a multa (três vezes), suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.

li - VOTO DO RELATOR

Após examinar a presente proposta, devemos confessar que eta nos parece mais ob~etiva e acertada do que o dispositivo original do Código de

7

Page 48: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

1. 11

1 1!

!

; i 1

í

8

. ~nsito Brasileiro. Com efeito, não vemos por que razão o Código dá um

·-tratamento diferenciado. em termos de punição. entre as infrações de velocidade

praticadas em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais. e as mesmas infrações cometidas nas demais vias.

Parece-nos sobremaneira estranho que essa punição seja

mais rigorosa no primeiro grupo de vias ·do que no segundo. Na verdade, nada

pode garantir que o tráfego nas "demais vias" seja menos complicado e difícil do

que no outro grupo de vias. Por outro lado, constata•se que a circulação de

pedestres é normalmente menos intensa em rod?~SS~ vias de trânsito rápido e

vias arteriais. Assim, não faz sentido ser mai_s benevolente com os excessos de velocidade praticados nas "demais vias", como está mo~ndo o Código.

Em vista desses aspectos,- faz bem o autor do projeto em

unificar o tratamento necessário para o infrator, indistintamente, em todas as categorias de vias. .... :!_ ~. ·• ·;,. -

Quanto ao tipos dif~_r:,c:iados de infração e penalidade, que

estabelece o Código, relacionados aos e,ç~. 9~veJo_cidade praticados. quais sejam, em até vinte por cento acima do limite estabelecido, em mais de vinte por

cento, em até cinqüenta por cento, e em mais de cinqüenta por cento, vemos que,

necessariamente. deverão se~iustadós par~ ~se' alcançar uma maior objetividade, coerência e acerto· da lei de trânsito. É o'.-qüe taz:a-proposição em·

pauta. - ; . . .

' l Reconhecemos que devemos consideràr, por exemplo, que

. \ ' vinte por cento acima de sessenta quilômetros por hora significam setenta e dois

quilômetros por hora, o que equivale muitas vezes à velocidade a ser empregada,

por necessidade, para um veia.ato fazer. com segurar,~; ª!~ltrapassagem de

~utro que esteja trafegando a sessenta quI~~~- ~(1 · h~ra..., Em ·. taf caso, achamos justo esse excesso de velocidade ~9~fªP!!r'!~S-CC>ffl9 Jn~ média, como propõe o autor do projeto.

Para os demais casos de e~~ÇC?'dé_ ·yelocidàde; vemos que o projeto apresenta um escalonamento proporcional, com categorias de

infração e penalidades compatíveis e justas.. , . . .

(- .

,:,

,

Page 49: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

>

1-

• ' • - 1 .

! l .--:;:-· -­

,i\!

::r.::~ '

'-·f;.i•;

.. -~ 1 ·. -r·.

Pelo exposto. somo$ pela aprovação do PL nº 6872102.

missão, em -,,é iZ de ~$ . de 2002 .

1, . I

Ili ~ PARECER DA COMISSÃO

A ComiSsão de Viação e Transportes. em reunião ordinária -realizada· hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 6.872/02. nos termos do parecer do relator,4 Deputado Gonzaga Patriota; , ··'

I \ .:--t-'":, ~ .... • . •

. , Participaram da votação os seguintes Deputados: - Duflicf" Pisàneschi - Presidente, Márcio Matos e Paulo

Gouvêa - Vice-Presidentes, '.Ary 'Kara. Biseu Resende, Neutcn Uma, Pedro Fernandes, Affonso Camargo, · Beto Albuquerque. Chico da·. f'rincesa. Chiquinho Feitosa, Marcelo Teixeira, Pedro Chaves, João Cõset. Criando Fantazzini, Teima de Souza. Mário Negromonte •. Romeu. QueimZ. Philemon-·Rodrigues. Gonzaga Patriota e Norberto Teixeira -: titulares,· e Milton Barbosa/ Gustavo Fruet. Marcos Uma. Almir Sâ, Simão Sessim e João Sampaio - suplentes. - . . · -

,_

. . ..... ~

~ \ ~ .. .:; _.. - .:., ~

, , • , 1 : Sala da Comissão, em 27 de nove_mbro de 2002 .

·, ';,~·-;,;; . ~ ...., -Deputado DUÍUO rn:;,

Presidente

9

Page 50: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

" '

~

dai e:

'IU;~ ;ãd ~ F

10

~~LATÓRIO . · .· . ·· . ·· O presente Projeto de Lei rr2 6.872, de 2002, tem por objetivo alterar a graduação das penas aplicadas no âmbito do Código de Trânsito Brasileiro para as infrações de excesso de velocidade, adequando a intensidade da penalidade à gravidade da infração. Tal modificação opera por meio de nova redação ao art. 218 do Código (Lei n2 9.503, de 23de setenibro de 1997).

Com a nova redação dada pelo Projeto em análise, fica classificada como· de gradação média a ··itifrâção de .exceder a velocidade permitida em até vinte por cento; grave. exceder a,cimà de vinte por cento e até cinqüenta por cento e como gravíssima a infração de excêder a velocidade pennitida em mais de cinqüenta por cento. Todas essas infrações .continuam sendo punidas com multa., e a infração gravíssima ( acima de . cinqüenta por cento), punida com multa ( três vezes), suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação.

O Projeto de Lei já foi apreciado pela Comissão de Viação e Transportes, onde recebeu· parecer pela aprovação. Parecer esse aprovado unanimemente. · · ';. · ·

Nesta Comissão, o Projeto não recebeu emenda e é analisado quanto aos aspectos orçamentário e financeiro.

2. VOTO . ..·. :. . -. . .· . . · . . . .. Ttata~~eJ:<ieptt~~ projet6 ~~~.r4tjo11aliitt as ,penalidades aplicadas no âmbito do trânsito brasile~4-.-~io µ:npbca.-todavia, em ~ção de despesa para o­poder público, nem renúncia de receita que deva ser objeto de c~pensação.

- _, . ' (,

·o· Projêtó :(oi> ~_álí~db. ·qUànto · à Con.fonnidade com a legislação financeira, - em ~cial '-côí;ll ,- ,as Leis do .Plano· P.urian,ual, .de Diretrizes Orçamentárias, e elo Orçaip.~to, Anual ê · com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar ng 101;·.dr 2000). ·verificou-sé que o Projeto não ~ntratia a. legislação financeira .. vigçn~. :especialmente por não prever.a ocorrência de despesas ·. -orçain~ntárias da União, nem ~a~ de, rc:núncia de receita de ~za tributária.·

. . Não se identificbu, portanto,·. implicação entre o Projeto de Léi em· -; análise e a legislação financeüi em vigor no âmbito da União.

Por todo o · exposto, voto pela não implicação do Projeto de Lei nº 6.872, de 2002. em amrienfoPõü diminuição da reéeita ou da despesa pública, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária.

Sala dá Comissão, em J 4 de 4'\ 4 { O. de 2003 \ .... e.,/:

. -•~ ::; .. ' ~ \

· .. _ ,f, . . -.,· ..... •.n., .r r

-Deputad LUIZ CARREIRA Relator

-.

,

Page 51: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

• •

11

Ili - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Finanças e Tributação, em reumao extraordinária realizada hoje, concluiu, unanimemente, peta não impficação da matéria com aumento ou d.iminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei n2 6.872-A/02, nos termos· do parecer do relator, Deputado Luiz Carreira. . ~ r~.";, ~llQlf

,,

Estiveram prese~es os Senhores Deputados: • ·½._,, .. ;·,:.

Eliseu Resende, Presidente; Fábio Souto e Paulo Bernardo, Vice-Presidentes; Antonio Cambraia, Antonio Carlos Mendes Thame, Car1tto Merss, Cartos"Willian, Cezar Schirrner, Coriolano Sales, Félix Mendonça, Gonzaga Mota, Henrique Afonso, João Correia, João Leão, José Militão, José Pimentel, Jovino Cândido, Luiz Canos Hauly, Luiz Carreira, Manato, Max Rosenmann, Onyx Lorenzoni, Paudemey Avelino, Paulo Afonso, Pedro Novais, Professor lrapuan Teixeira~ Promotor Afonso Gil, Raul Jungmann, Roberto Brant, Vignatti, Wasny de Roure, Veda Crusius, Bismarck Maia. Delfim Netto, Francisco Domelles, Giacobo e Kátia Abreu .

• . y

Sala da Comissão, ~'!'..i4 de ju~ho de 2003.

Dep~~:ESENDE Presidente

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

1 - RELA TÓRIO

O Projeto de Lei em epígrafe modifica o artigo 218 da Lei nº

9.503/97, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, promovendo,

essencialmente, duas alterações:

Page 52: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

12

a) retira a dist_inção entre infrações cometidas em rodovias,

vias de trânsito rápido e vias arteriais, de infrações

cometidas nas demais vias; e

b) divide as infrações em média, grave e gravíssima,

quan~o se tratàr de trânsito em'·velocidade superior à

. máxirTla permitida_ no local.

O nobre autor argumenta qu~ embora reconheça a

necessidade do riQPr para- o c~mbate do abuso e descumprimento das normas

legais de trânsito, defende, por outro lado, a proporcionalidade da pena à infração

cometida. Acredita·naó ser justo punir da mesma forma condutores que, em uma

via onde a velocidade máxima 'é 80 Km, transitam entre 87 e 96 Km, ou entre 97 e ' -1

120 Km ou, ain~~~-:·acima de," 120 Km. Em razão. d!~to, ·- propõe penalidades

distintas. .

. A matéria é de competência conclusiva das comissões e foi .,

dí$tribuída às coniiss.oes dê Viação e Transportes, Finanças e Tributação ·e de ,,,

Constituição e Justiça e de· Redâção. . ,.

A primeira comissão, encarregada do mérito da matéria,

aprovou unanimemente o Projeto, rios tennos do parecer do relator Deputado

GONZAGA PATRIOTA, que considero•.- as \alterações propostas objetivas, . ' ..... "'"· . ~ . - -

coerentes e acer:tadas. ,--~ ' <~, ~>-- '·-!

A Comissão de Finanças e Tributação, a seu turno, •·

manifestou-se pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da

receita ou da despesa pública, tendo concluído o relator, Deputado LUIZ

CARREIRA, nao caber pronunciamento quanto a adequação financeira e

orçamentária.

Decorrido o prazo regimental neste Órgão Técnico, não

foram apresentadas emendas ao projeto. )..,

Page 53: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

'. '

..

li - VOTO DO RELATOR

Conforme determinà o Regimento Interno· desta Casa (art.

32, íll, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Redação se

pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do PL nº

6.872, de 2002. .

Os requisitos constitucionais formais reiativos à competência

legislativa da União e às atribuições do Co.ngresso Nacional foram obedecidos em

confom,idade com o que determina os artigos 22 e 48 da Constituição Federal.

A iniciativa do Deputado é legítima, unia vez que não se

trata de matéria de competência privatiya de outro Poder. Restam igualmente

obedecidos os requisitos constitucionais materiais .

Destaque-se, ainda; que a matéria está-. em inteiro acordo

com o ordenamento jurídico em vigor: no País, especialmente com a Lei

Complementar nº 95/98, alterada pela l~i Complementar nº 107/01, que dispõem

sobre as normas de elaboração das leis. _- ·_ ' ·

Há apenas a apo~tar um erro de redação no projeto

referente ao símbolo "º" que aparece no lugar do ponto final após a expressão

"Art. 218". Tal lapso certamente será corpgido por ocasião da redação final.

Isto posto, nosso voto é pela constitucionalidade,

juridicidade e boa técnica legislativa do. Projeto de Lei nº 6.872, de 2002.

Sala da Comissão, em J~ de .. ~qc:'$ J,:.: de 2003.

-~~ ~AH~-

Oeputad0 PATRUSÃNA~IAS Relator

13

Page 54: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

14

111- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, em reunião ordinária realizada hoje, opinou,· contra os votos dos Deputados Edmar Moreira, lnaldo Leitão e··· Aloysio Nunes Ferreira, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica· -1egislativa do Projeto de Lei nº 6.872-8/2002, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Patrus Ananias.

Estiveram presentes os-Senhores Deputados: !

-,'J. -Luiz Eduardo Greenhalgh - Presidente, Patrus Ananias e •

Juíza Denise Frossard - Vice-Presidentes, Alexandre Cardoso, Aloysio Nunes Ferreira, André de Paula, André Zacharow, Antonio Carlos Biscaia, Antonio Carlos Magalhães Néto, Antonio Cru:z, Àsdrubal Sentes, Bispo Rodrigues, Basco Costa, Colbert Martins, Darci· Coelho, Edmar Moreira, Edna Macedo, lldeu Araujo, lnaldo Leitão, João Paulo Gomes!da Silva, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Ivo Sartori, Júlio Delgado, Jurandir Bóia, Maurício • Rands, Mendes Ribeiro Filho, Mendonça·· Prado,, Osmar Serraglio, Pastor ,r Amarildo, Paulo Magalhães, Professor Luizinho,• Roberto Magalhães, Robson Tuma, Rubine'ui, Sandra Rosado, Sérgio Miranda,. Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Wagner Lago, Wilson Santiago, Zenaldo Coutinho,. Átila Lira, Coriolano Sales, Custódio Mattos, Dilceu Sperafico, Fátima Bezerra, Fernando de Fabinho, Itamar Serpa, João Alfredo, José Pim~f1!~1, Luiz Carlos Santos, Manato, Mauro Benevides, Ricar1.e de Freitas e W,ellington Roberto .

• 1 • ,._'

Sala da Comissão, em 1 O de dezêmbi-o de 2003

Deputado LUI residente

,,

<'

Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal - Brasilia-DF . ' '

(OS:10075/2004)

Page 55: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

'~ 1 ' ..

..

• . t·•·-.. '.

' ..

~

--)

SEN,ADO FEDERAL .,__ . ,_..,.

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 28, DE 2004

(Nº 6.872/2002, na Casa de origem) Dá nova redação ao art. 218 da Lei PROJETO DE LEI ORIGINAL N!! 6.872, DE 2002

n2 9.503, de 23 de setembro de 1997; que institui o Código de Trânsito Brasileiro, al­terando os limites de velocidade para fins de enquadramentos infracionais e de pe­nalidade.

O Congresso Nacional decreta: Art. 112 O art. 218 da Lei n12 9.503, de 23 de se­

tembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte re­dação:

"Art. 218. Transitar em velocidade supe­rior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em ro­dovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:

1 - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por corto);

Infração - média; Penalidade - multa; li - quando a velocidade for superior à

máxima em mais de 20% (vinte por cento} até 50% (cinqüenta por certo);

Infração - grave; Penalidade - multa; Ili - quando a velocidade for superior

à máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento);

Infração - gravíssima; Penalidade - multa 3 (três) vezes, sus­

pensão imediata do direito de dirigir e apreen­são do documento de habitação."(NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Dá nova redação ao art. 218 de Lei n!! 9.503, de 23-9-1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, alterando os limites de velocidade para fins de enquadramento infracionais e de penâlidad_es.

O Congresso Nacional decreta: , ,. Art. 12 O art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de no­

v~mbro de 1997, passa a vigorar com a seguinte re­dação:

"Art. 218. Transitar em velocidade supe­rior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito, vias arteriais e de­mais vias:

1 - quando a velocidade for superior à ,. __ . ·, máxima em até vinte por cento; i. : < Infração - média; • Penalidade- multa.

li - quando a velocidade for superior à máxima em mais de vinte por cento até cin­qüenta por cento.

Infração - grave; Penalidade - multa; Ili - quando a velocidade for superior à

máxima em mais de ·cinqüenta por cento; Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes), suspen­

são imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação."(NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data sua pu-blicação. S f N A O O f E O t ~ ~ ,.

nSECRfl ARIA D~ ';!~.:~f'éri ~~~~~_G.1:L_

l,c'\I':,, -.w_..~..---<---· " - • , .A....-. ~

Page 56: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

i ..:; Justifica~o 1 . /

O Çódigo de Trâns~q:Brasileiro foi um avanço importante na conscientizáção dos cidadãos brasi-,. , leiros. .- · · · _,,,

O rigorismo necessário como instrumento coati­vo ao abuso e descumprimento das normas legais de trânsito é elemento, no mundo inteiro, eficaz na adoção de padrão de conduta por parte dos cidadãos.

É indispensável, por isso, que haja fiscalização e sejam autuados todos aqueles que infringem normas de trânsito, muito especialmente no desrespeito aos limites de velocidade fixados e explicitados pelas placas regulamentares instaladas ao longo das vias.

Entretanto, há de se exigir que a penalidade seja proporcional à falta cometida.

Penso, com a experiência de ex-Secretário Es­tadual dos Transportes do Rio Grande do Sul, que será inteligente e justo promover-se a alteração que ora proponho. Como parlamentar, agora, me é dado o poder de promover melhorias no Código de Trânsi~ to Brasileiro, onde pude perceber não está o mesmo coerente.

No caso de desrespeito aos limites de velocida­de, do ponto de vista infracional, o Código de Trânsito Brasileiro adotou somente os conceitos grave e gravís­simo e, injustificadamente, não admitiu o cometimento, neste caso, de infração média.

Atualmente, ultrapassar o limite de velocidade máximo permitido em rodovias em até vinte por cento trata-se de infração grave e acima de vinte por cento do máximo permitido é considerada infração "gravís­sima". Do ponto de vista legal, é uma distorção atri­buir infrações e penalizar igualmente condutores que estejam, uns a 97 Km/h e outros a 140Km/h ou mais. Há desproporção evidente.

Por isso, além de introduzir o conceito de infra­ção média (infração menor - multa menor}, no caso de ultrapassagem ao limite máximo de velocidade em até vinte por cento (hoje é grave} em rodovias, vias ex-

~ -. tl-

,.

I • -'t . "

pressas, laterais e demais vias, venho distinguir com maior ênfase o que seja grave e gravíssimo para ser mais justo no rigorismo de aplicação das penalidades de multas respeitando a proporção da falta cometida.

Só é razoável considerar grave a infração que ultrapasse em vinte por cento até cinqüenta por cento o limite máximo permitido e seria gravíssimo tudo o que ultrapassar os cinqüenta por cento.

Exemplificando: numa rodovia onde o limite máxi­mo seja de 80Km/h, estariam em infração média (hoje é grave} aqueles que estivessem entre 87 e 96Km/h e em infração grave (hoje é gravíssima) aqueles que se conduzissem entre 97 e 120Km/h. Somente seria enquadrado, como de fato é, em infração gravíssima o abuso que se evidenciaria em velocidades superiores, neste caso, aos 120Km/h.

Não se trata de abrandar a penalidade e sim dar dimensão concreta à infração cometida. Só pode ser grave e gravíssimo o que na prática for correspon­dente.

Chamo a atenção, portanto, como alguém que defende a rigorosa, permanente e eficaz fiscalização •··' do respeito aos limites de velocidade em ruas, aveni- -das e·_rodovias de nosso País, que a melhor forma de se obter adesão de consciência aos deveres no trân-sito é ser justo no enquadramento das infrações e na

• t :s ~

apl!éa~o de suas penalidades. -- "'"" j ~

t')1 .q C~digo de Trânsito fixou pesadas multas para

os:infratores e, pot isso .mesmo, é inadmissível que

não haja harmonia entre o fato, e iiifràção e a multa, " ... ,.. ., , . . . . ... - ~ .... ,,,. - ... ! . ' '-; . •.t. ., ~ ~-

como e o caso que referi anteriormente. • Alé,;.; do que

01

estarí~os p~d~hi~ndo o mes-' i. L: ~

mo princípio para rod9'!iª~" vi~~-~xpressas, arteriais

·~·'') ,:,;,~--- ... ,,· .. · ~ t,\. \. ~- ... 1 , J •

;\.cr·~,:~t~_,,: 1

. -., -' ~ . , 1C:.

Page 57: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

_j 7

j

..

'• .. ~ ' '

1 ~ : .-Jv

1,

!· •

li

:i ~ 1 , e_>

il 1!

. '--'

/ . '\.

So ·3

' ... ,, ,,

ArL 21r • Cidigo de Trãnsilo Brasileiro

l :

1 . : . Penalidade I Jnfra9i(> bifiação Penalidade ' . ; 1

Ultrapasaar o limite l-' I de veJocidade em Infração Gme Ultrapassar o limite lntc,çãoMédia

' '" . · até 20% do 1 Multa 120 UFIR 1 ematé20% Mula 80 UFfR

permitido no iocal 1 1 J

Ulnq,usar º lmilll I I

/

1 ' de wbcidade E lrr1,açãc,Gtave

1 Ullnlpassar o 1imi1e ! Inflação Gravisálla •

pia de 20% até I Mula 120 UFIR

1 1

iQI. 1

1 deve!oddade !m Mula 540 UAR l

Infração Gravíssima / mais da 2Qo/e da Apreensão da Ultrapassar o Imite permitido Mufla~UFIR carteira de velocidade !!D 'maisde§tm •eansãoda

l carl8ira

• Há dife1er.;a de1raiamento entre rodovias • o enquadramento seria igual ~

e vias ulba11as rodovias, vias e,cpressas e demais vias

----~ ~ -------------

Page 58: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

4

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA

LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Institui o Código de Trânsito Brasi-leiro. ·

Art. 218. Transitar em velocidade superior à má­xima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil:

1 - em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais:

a) quando a velocidade for superior à máxima em até vinte por cento:

Infração- grave; Penalidade - multa; b) quando a velocidade for superior à máxima

em mais de vinte por cento: Infração - gravíssima; •

-·.

Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir;

li - demais vias: a) quando a velocidade for superior à máxima

em até cinqüenta por cento: Infração - grave; Penalidade - multa; b) quando a velocidade for superior à máxima

em mais de 50% (cinqüenta por cento): Infração - gravíssima; Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do

direito de dirigir; Medida administrativa - recolhimento do docu­

mento dê habilitação.

(À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.)

Publicado no Diário do Senado Federal de 18- 05 - 2004

cl •

Secretaria Especial de Editoraçã_o e Publicações do Senado Federal - DF . OS:13469/ 2004

. 1

'· , .. 1 • . . 'r' .' ~ ~ . , .

1

'~ ,

')-

Page 59: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

! . 1

(

1-RELATÓRIO

Da COMISSÃO DE CONSTJTUJÇÃO, JUSTJÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2004 (nº 6.872/2002, na Casa de origem), que dá nova redação ao art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, alterando os limites de velocidade para fins de c;:miuadrdDltmlus infn1ciunais e de penalidades.

RELATOR: Senador GARIBALDI ALVES FILHO

Trata o Projeto de Lei da Câmara nº 28, ~e 2004 (PL 6.872, de 2002, na Casa de origem), de alteração a ser feita no art. 218 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no qual se encontram descritas as infrações por excesso de velocidade e as penalidades aplicáveis. A alteração proposta consiste na redefinição dos tipos de infração com base em novos patamares de velocidade estabelecidos.

De acordo com o projeto, as infrações por excesso de velocidade passariam a admitir três níveis de gravidade - média, grave, gravíssima -, associados a três patamares de velocidade,. também definidos pelo projeto. O primeiro patamar abrangeria as velocidades com até 20% de excesso em relação à máxima permitida na via; o segundo, aquelas que excedessem a má,~ima cm mais de 20% e até 50%; e o .tctcciro, os excessos superiores a 50%. Os, três patamares fixados aplicar-:se-iam indistintamente a todas as classes_ d'e vias. · · · ·

i';ilf ~.í'H}Q; lfl!;iQ!t,11\*"

CR/ff~"RIA Oi!~.~: ~Q .

~ ~-... . '-

~1~ ...... "'; ... ·· -~4 ---'"~ ,_ . .

Page 60: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

2

Em sua justificação, o autor do projeto considera desproporcional e equivocado o critério adotado pelo CTB, que pune da mesma forma um condutor flagrado ao trafegar a 97 km/h e outro_, a 140 km/h ou mais, numa via arterial com velocidade máxima fixada em 80 km/h. Para corrigir esse tipo de distorção, propõe um reescalonamento da gravidade das infrações, proporcionalmente ao excesso de velocidade cometido.

Distribuído com exclusividade a esta Comissão, não foram oferecidas emendas ao projeto.

II-ANÁLISE

A Constituição Federa] reserva à União a competência para legislar sobre trânsito e transporte (art. 22, XI), cabendo ao Congresso Nacional dispor sobre a matéria (art. 48). Nos termos do art. 61, é facultada aos parlamentares, individualmente, a apresentação de projeto de lei sobre o assunto, haja vista que sobre ele não incide a reserva de iniciativa de que trata o § 1 º do mesmo ~i go.

Em relação à técnica legislativa, o PLS nº 28, de 2004, · apresenta-se em conformidade . com as diretrizes . fixadas·-.. ria,t(tLéii · Complementar nº 95, de 1998,- que dispõe sobre a redação; a alt~ra'çãd.1ê;J! consolidação das leis, com as alterações promovidas pela Lei Coinp1ementai. nº 107, de 2001. ·

Quanto ao mérito, a iniciativa demonstra justa preocupação com o tratamento, considerado excessivamente rigoroso, que o CTB dispensa aos

· casos de desobediência aos límites de velocidade regulamentados.

De fato, não há na 1ei previsão de infração de natureza leve ou média associada a excesso de velocidade. Qualquer excesso praticado, por mais insignificante que seja, implica, no mínimo, infração grave. Segundo o art. 218, constitui infração grave transitar em rodovia, via de trânsito rápido ou arterial. a velocidades superiores à máxima permitida em até 20%, ou transitar, nas demais vias, a velocidades superiores à máxima pennitida em até 50%. Para qualquer velocidade acima desses limites - de 20% e de 50%, respectivamente, para um e outro grupo de vias-, a infração assume natureza gravíssima.

-

-

., ., }J-

,!,i,>;i:: . <

Page 61: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

.,.

-

Sc__

Critica-se no critério em vigor o descompasso existente entre o excesso de velocidade praticado e a natureza da infração correspondente. Em especial no que diz respeito às vias de hierarquia funcional superior, transparece absoluta intolerância com os pequenos excessos de velocidadG.­geraJmente cometido~ de forma involuntária ou até defensivamente. É o que ocorre, por exemplo, quando um condutor, para evitar situações de risco ou embaraços à circulação, altera momentaneamente o ritmo da marcha que vinha desenvolvendo, sem, todavia, acomodar-se num patamar de velocidade acima do )imite pemiitido. Naquele exato instante, pode ele ter sido indevidamente flagrado cometendo uma infração grave ou até gravíssima. Daí ser prudente admitir que extrapolar a velocidade máxima estabelecida pode, eventualmente, ser fruto de contingências do próprio trânsito, e não necessariamente um ato de indisciplina do condutor.

Ao contrário do CTB, o PLC nº 28, de 2004, não pretende ignorar a enorme diferença que existe entre trafegar numa via arterial a 97 km/h ou a 140 km/h (sendo de 80 km/h a velocidade máxima permitida), conforme exemplo utilizado pelo autor. Pela rt!grn .vigente, os dois condutores cometem exatamente o mesmo tipo de infração e sujeitam-se às mesmas penalidades. Conquanto seja evidente que ambos incorrem em desrespeito à regra de trânsito, é forçoso reconhecer que a ameaça à segurança do trânsito e o potencial de risco embutido na atitude de um e de outr~ são suficientemente distintos para ensejar punições també~ distintas e compatíveis com o nível de excesso de velocidade praticado. ·

. Ocorre que o critério vigente considera apenas dois intervalos de velocidades situadas acima da · máxima pennitida - o primeiro sendo o domínio em que as infrações são consideradas graves, e o segundo, o das infrações gravíssimas. Isso, naturalmente, restringe muito a possibilidade de se estabelecer uma relàção de proporcionalidade entre a falta cometida e a punição que é imposta ao infrator, resultando, na prática, em nivelamentos totalmente inaceitáveis como o do exemplo apresentado.

O projeto em análise tenta exatamente estabelecer, na medida do possível, tal proporcionalidade, graças à definição de três patamares de velocidades - e não apenas dois como faz o CTB -, cada um deles associado a detenninado tipo de infração - aí· incluídas as infrações de natureza média, não previstas no critério atual, seguidas pelas de natureza grave e gravíssima .

. ó_- ~ t.:. A ú Q IVº f~ H)· V. ,tt,

(r:'J'&- . " li;,, ~ Ih- iJt ·~

::•ARú~ ~ ~,,.···-~-@

.

~·~, ~ =---,...~~

3

Page 62: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

4

1

· Em essência, comparado ao disposto no ,çmjlj,tJ~nÃ!P~Í ·. va11tagem da proposta apresentadâ está cm promover o~ãgl~í$$,f(fõ·7tprogréssivo das infrações ( de média para grave e, daí, parà'>1<g~~~~ifüá') piirí-pàssu com o aumento das. velocidades. . <~~i)~.~iC:fr < : : · ·

. '7; ~~t,\fJ:t. ·;f:> ; •'. . ~ ..

_ Ca~~.POSê~~r,_· 9nª~m~nt~,_gµ~~clfr~~Jp.,;~r~v~ :a adoção de um critério único, vªUao ºat~ tpdas·1

~(via~, 1-~~d~~ên\ein,~~fo do tipo' ou 'classe . ··;;,iJ;t•;-}'';·:•·rW,i1-'': ;/,/11'\f/4,í•;,~/: · · _;;:~~fia~J J,>_;; · • · ~ ,

funcional. '!'~~°:,e~,· ~f~~-e. ia~n~sto, º .JP~~mt&i9~ffifPfº ~ado a questao e correto, haJa v1sté:l _ que, CQ111 .. a_. ílex1b~~}q~ae. 1~trp~uz1da pelos novos par~rnetros, ~es~pru-~w~- nê}~~s:idàde _dJ~~titJ~Õs_diferenciados segundo a

.. ) -:•l~·· "':,.·, .. •.,~ ~~i·/••·· ·.F_. ..... _._.,,,.,. ,.;;..._,l~ "'.···· ···

classe da via. Outrossim, admi_tç;-se que a. unificação dos. crit_érios vem •facilitar a. assimiláção da. norma pelos condutores e, conseqüentemente, favorecer a sua aplicação. · ·

III-VOTO

Diante do exposto, nçsso voto-·~ ;Re!a aprovação do Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2004. . -,:1l:.Nr• .

. --~-d~firi: 0 1·•,

Sala da Comissão, 31 de maio de 2096.,.1,:,:~}1'}_:~-- , .·-. ti:'· .tlM-. ·, . . ' . ,. . ~ ,,

- .·, ,li,_ .-' .. , .' .. ~,!<

'~f j

e

Page 63: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

-

S3

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA

PROPOSIÇÃO: P~ C Nº ,,:<g DE ,.,2004

ASSINAM O PARECER NA REUNIÃO DE 31 t OS I.ZOO(;., OS SENHORES(AS) SENADORES{AS):

1 2-MARIA 00 CARMO ALVES

~ORGEBORNHAUSEN

5-RODOLPHO TOURINHO . 1º--•--l 0 ~

6- TASSO JEREISSA TI

BLOCO DE APOIO AO GOVERNO (PT, PSB, 11', PL e PPS)

ALOJZJO MERCAOANTE 1-ANTONIO J0Ãd4'

EDU~DO ~!JPLIÇ::V 2- PAULO PA~'·:;

FERNÂNDO BEZERRA 3-SÉRGIO ZAMBIASI ..

4- PATRÍCIA SABOYA GOMES

1 S~MOZARILDO CAVALCANTl

7-MARCELO CRIVELI.A'2.3I 1-------J'----+-..,_->,,-+--+-...;:...---"':c;;----'<:l.,..<-A---'--

P M D B RAMEZ 1-LUIZ OTÁVIO

NEV SUASSUNA 2-{VAG0)15l

JOSÉ MARANHÃO 3-SÉRGIO CABRAL

ROMf!ROJUCÁ 4-ALMEIDA LIMA

AMIRLANOO 5-WELUNGTON SALGADO

PEDROSJMON 6-GARIBALOI ALVES FILHO ( R,& cd;gi POT r-------------"----------.--------------------i

JEFFERSON PÉRES 1-0SMAR DIAS

(1) O PTB deixou do integrar o Bloco·de Apolo ao Governo em 08Í06/2005. (21 O Senador Marcelo Crivella filiou-se ao PMR em 28.09.2005.

Atualizada cm: 17/05/2006.

(3} O Partido Municipalista Renovador {PMR) passou a denominar-se Partido Republiçano Brasileiro (PRB), conforme certidão expedida pelo TSE em 27.03.2006. (4) Vaga cedida pelo eT- . . (5} O Senador. Gérson êamata afastou~ do exercicio do mandato em 0410512006 para assumir o cargo de Secretário de Estado no Estado do Espiri~o .Sauto-. ·

5

Page 64: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

6

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA

Constituição da República Federativa do Brasil 1988 .........................................................................................................................................

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •••••••• ........................................................................... 1.

XI - trânsito e transp0rte;

······································· ..................................................................................................... . Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta

para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

1 - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

U - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

Ili - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

IV - planos e programas r.acionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

V - /Imites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da Uniãá;

VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; ·

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;

VUI - concessão de anistia;

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Deten59ria Publica da União e . dos Territórios e organizáção judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal;

X · criação, transformação e extinção ae cargos, empregos e funções públicas; observado o que estabelece o art. 84, VI, b: (Redação dada pela Emenda Constttucíonal ,,~ 32, de 2001)

XI - criação e extinção de Ministéri·os e órgãos da administração pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional n;, 32, de 20011

XH - telecomunicações e radiodifusão:

XIII - matériá financeira, cambiaÍ e monetária, inst.tuições !inanceiras e sua~ operações:

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4°; 150, rt;, .153,.111; e 153, § 2P, 1. (Redação dada pela Emenda Constitucional nª 41, 19.122003) . • . .

(

, r• -.. -

-

\ ...

Page 65: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

-

~ ••••••••••••••••••••••••••••• 1 ••••••••••• " ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• •,~ • ..;.:"· •••••

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias caba a qualquer membro ou Comissão àa Câmara dos Deputados. do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, .10

Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores. ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos. na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 12 - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

1 - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

li - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aument~ de sua remuneração;

b} organização administrativa e judiciária. matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e péssoat da administração dos TerriMrios;

e) séTViaores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(Bedacão dada pela Emenda Constitucional nQ 18, de 1998)

d) organização do Ministério Púbfico e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios: ' · -

·' '

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI {Redação dada pela Emenda Constitucional n~ 32, de 2001)

f) militares das For~s Armadas; seti regim~ jurídi~o. provimento de cargos, promoções. estabilidade, remuneração, reforma e transferência~pata a réserva.(lnçluída pela Emenda Constitucional nº 16. de 1ªfilll 1

......................................................................................... ,, .................. ' ..................................... . LEI COMPLEMENTAR N!! 95, DE 26 OE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos norm::itivos QUP. men~1on:3.

. . . . . ..................... ................................................ ~•.•······ ................................ ······ .. ·········•· .. ··- ........................... ······ ·····

LEI COMPLEMENTAR N2 107, OE 26 DE ABRfl DE 2001

Altera a Lei Complementar n11 95, de 26 de fevereiro de 1998 .

.. ........ ... . ... . . ... . . ... .. ......... ....... .... . ............ ... ... . ... ........ .... .. .... . .. . .. . . . . . . ........ •-• .......................................... .

:-.... ··

- '

7

Page 66: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

8

DOCUMENTO ANEXADO NOS TERMOS DO ART. 250, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO

-RELATÓRIO

RELATOR: Senador GARIBALDI ALVES FILHO

1 ~ RELATÓRIO

Trata o Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2004 (PL 6.872, de 2002, na Casa de origem), de alteração a ser feita no art. 2 ~ 8 do Código <le Trânsito Brasileiro (CTD), no qual se encontram descritas as infrações por excesso de velocidade e as penal1dades aplicáveis. A alteração proposta consiste na redefinição dos tipos de infração com base em novos patamares de velocidade estabelecidos.

De acordo coin o projeto, as infrações por excesso de velocidade passariam a admitir três níveis de gravidade - média, grave, gravíssima -, associados a três patamares de velocidade, também definidos pelo projeto. O primeiro patamar abrangeria as velocidades com até 20% de excesso em relação à máxima pennitida na via; o segundo, aquelas que excedessem a máxima em mais de 20% e até 50%; e o terceiro, os excessos superiores a 50%. Qs três patamares. fixados aplicar-se-iam indistintamente a todas as classes de vias.

Em sua justificação, o autor do projeto considera desproporcional e equjvocado o critério adotado pelo CTB, que pune da mesma forma um condutor flagrado ao trafegar a 97 km/h e outro, a 140 km/h ou mais, mima via arterial com velocidade máxima fixaàa em 80 km/h. Para corrigir esse tipo de distorção, propõe um reescalonamento da gravidade das infrações, proporcionalmente ao excesso de velocidade cometido.

-· Distribuído com exclusividade a esta Comissão, não foram

oferecidas emendas ao projeto.

11-ANÁLISE

A Constituição · Federal reserva à União a competência para le~slar sobre trânsito e :transporte ( art. 22, XI), cabendo ao Congresso Nacio~al dispor sobre1a.m.atéria (8!1- 48). Nos tennos do art. 61, é facultada

.. '

'·-' . - . º{' '\'. ' .

.,

Page 67: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

e

1

1

aos parlamentares, individualmente, a apresentação de projeto de lei sobre o assunto, haja vista que sobre ele não incide a reserva de iniciativa de que trata o § l º do mesmo artigo.

Em relação à técnica legislativa, o PLS nº 28, de 2004, apresenta-se em conformidade com as diretrizes fixadas . na . Lei . Complementar nº 95, de 1998,· que dispõe sobre a redação, a alteraçãõ e.a/ consolidação das leis, com as alterações promovidas pela Lei Complementar·.· nº 107, de 2001.

Quanto ao mérito, a iniciativa demonstra justa preocupação com o tratamento, considerado excessivamente rigoroso, que o CTB dispensa aos casos de desobediência aos limites de velocidade regulamentados.

De fato, não há na lei previsão de infração de natureza leve ou média associada a excesso de velocidade. QuaJquer excesso praticado. por mais insignificante que seja, implica, no mínimo, infração grave. Segundo o art. 218, constitui infração grave transitar em rodovia, via de trânsito rápido ou arterial a velocidades superiores à, máxima permitida em .até 20%, ou transitar, nas demais vias, a velocidades superiores à máxima permitida em até 50%: Para qualquer velocidade acima desses limites - de 20% e de 50%, respectivamente, para um e outro grupo de vias-, a infração assume natureza

. gravíssima.

Critica-se no critério em vigor o descompasso existente entre o excesso, de velocidade praticado e a natureza da infração correspondente. Em espec~aL tlO que diz respeito às vias de hierarquia :funciona] superior, tran~parece. absoluta intolerância com os pequenos excessos de velocidade, geralmente cometidos de fonna involuntária ou até defensivamente. É o que ocorre, por exemplo, quando um conchltor, para evitar situações rle risco ou embaraço~ à circulação, altera momentaneamente o ritmo da marcha que vinha desenvolvendo, sem1. todavia, acomodar-se num patamar de velocidade acima do limite penn1tido. Naquele exato instante, ele. porle ter sido indevidamente flagrado cometendo uma infração grave ou até gravissima. Daí ser, prudente admitir que extrapolar a velocidade máxima estabelecida pode, eventualmente, ser fruto de contingências do próprio trânsito, e não necessariamente um ato de i11disciplina do condutor.

9

Page 68: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

10

Ao contrário do·: CTB,· o- PLC nº 28, de 2004, ·não pretende ignorar a enorme diferença que existe entre trafegar numa via arterial a 97 km/h ou a 140 km/h (sendo de 80 km/h a velocidade máxima permitida), conforme exemplo utilizado pe1o autor. Pela regra vigente, os dois condutores cometem exatamente o mesmo tipo de infração e sujeitam-se às mesmas penalidades. Conquanto seja evidente que ambos. incorrem em desrespeito à regra de trânsito, é . forçoso reconhecer que a ameaça à segurança do trânsito e o potendal <le risco embutido na atitude de um e de outro são suficientemente distintos para ensejar punições também distintas e compatíveis com o nível de excesso de velocidade praticado.

Ocorre que o critério vigente considera apenas dóis intervalos de velocidades situadas acima da máxima pennitida - o primeiro sendo o domítúo em que as infrações são consideradas graves, e o segundo, o das infrações gravissimas. Isso, naturalmente, restringe muito a possibilidade de se estabelecer uma relação de proporcionalidade entre a falta cometida e a punição que é imposta ao infrator, resultando, na prática, em nivelamentos totalmente jnaceitáveis como o do exemplo apresentado.

O projeto em análise tenta exatamente estabelecer, na medida do possível, essa proporcionalidade, graças à definição de três patamares de velocidades - e não apenas dois como faz o CTB-, cada um deles associado a um determinado tipo de. infração - aí incluídas as infrações . de natureza média, não previstas no CJ?tério atual~ seguidas pelas de natureza grave e gravíssima, Em essência, comparado ao dispósto no CTB, a principal vantagem da proposta apresentada está em r promover o agravamento progressivo· das infra~ões (de média para grave e, daí, para gravíssima) pnri­passu com o aumento das velocidades.

Cabe ·ol:>servar, ·finalmente~ que o projeto prevê a adoção de um critério único, vá]ido para todas as vias, indepe~dentemente do tipo ou classe funcional. Também nesse aspecto, o encaminhamento dado à questão é correto, . haja vista. : que; · com .. a flexibiJidade.· introduzida pelos novos parâmetros, desaparece a riecess1dade de critérios diferenciados segundo a classe da via_ Outrossim;· admite-se que a unificação do~ critérios vem facilitar a assimilação da ·norma pe)os condutores e, •:conseqüentemente, favorecer a sua aplicação.

')

-..

Page 69: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

e a

-! •

. \ ~ 11 .,

Ao concluir pe1a aprovação do projeto em todos os que~itos analisados, devemos apontar dois pontos passíveis de aperfeiçoamento. ~ ...

O primeiro deles diz respeito à ementa, cuja redação deveria explicitar de forma· concisa o objeto da lei. O texto constante da ementa ('"alterando os limites de velocidade para fins de enquadramentos infracionais e de penalidades'') não parece atender satisfatoriamente aos rcquísitos de concisão e clareza previstos no art. 5° da Lei Complementar nº 95, de 1997.

O segundo ponto vincula-se à redação dada ao caput do an. 218 do CTB pelo art. 1° do projeto. Visto que o projeto opta por estabe1~er critério único, baseado em parâmetros válidos para qualquer classe de. Vi~}

. . . . ' .,,~

não bá porque manter a discriminação de categorias tais como ~~rodovias, viãs àe trânsito rápido, vias arteriais e demais vias,,. Note-se que a discriminação de tais elementos no texto em vigor deve-se tão-somente à existência de critérios diferentes para cada grupo de vias. ..

De modo a sanar as falhas anteriormente apontadas, elaboramos duas emendas que, sem interferir no mérito da proposição origina[, introduzem no texto. da ementa e do art. l º as alterações que nos pareceram úteis ao aperfeiçoamento da proposição.

UI-VOTO

Diant~ do exposto, votamos favoravelmente à aprovação do Projeto de Lej da Câmara nº 28, de 2004: com as alterações decorrentes das emendas apresentadas a seguir:

EMENDANº -CCJ

. .

Dê-se à emen~ do Projeto de Lei da Câmara nº 28, de 2004, a seguinte redação:

"Altera o an. 21 & da Lei nº 9 .503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, poro redefinir as infrações por excesso de velocidade."

Page 70: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

12

EMENDANº -CCJ

Suprima-se do caput do art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, na fonna do art. lº do Projeto de Lei da Câmara nº 28; d~ 2004, a expressão uem rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriai'~le. demaisvias" ..

Sala da Comissão,

Publicado no Diário do Senado Federal, de 9-6-2006

Secretaria Especial de Edito~ção e Publicações do Sena~o Federal - Brasília - DF

(os: 13494/2006).

Page 71: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,. J

ADI Nº 3951

TERMO DE VISTA

Aos .li dias do mês de outubro de 2007 faço estes autos com vista ao Exmo. Sr. (lM'l'=do União. Seção de Processos do Controle

alista Judiciário, lavrei

...,,...,~a::::......,.,?=---=,,.~=------'J /coordenadora de

Page 72: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,,.

ºG-<.~,~~\4.º ~- .~\ ~ ~ JEj

r·· ------- -- --- -- ----'ª) :·-C_•,:"C::--;c~-!':..7~• -

' su~:0~:e~aTc~\~auc~AL FED~~~~I~ ./

Processamento Inicial 26/10/2007 18:28 175752

1111111 lllll lllll lllll lllll lllll 111111111111111111111111111111111

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3951

Requerente: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

Requeridos: Presidente da República

Relator:

Congresso Nacional

Exrrto. Sr. Ministro Marco Aurélio

Trânsito e Transporte. Lei federal nº 11.334/2006, que deu nova redação ao art. 218 do Código de Trânsito Brasileiro. Penalidades administrativas. Infração gravíssima. Impugnação das expressões suspensão _"iinediata" e "apreensão do documento de habilitação". ' . . Preliminar. Ausência de fundamentação adequada. Mérito. Incidência dos princípios da legalidade e da proporcionalidade. Exercício do poder de polícia. Observância das garantias do contraditório e da ampla defesa. Mànifestação pela constitucionalidade das expressões.

Egrégio Supremo Tribunal Federal,

O Advogado-Geral da União, tendo em vista o disposto no art.

103, § 3°, da Constituição da República, bem como na Lei nº 9.868/99, vem,

respeitosamente, manifestar-se sobre a presente ação direta de

inconstitucionalidade.

·rt·

Page 73: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,..,

, .. '

I - DA AÇÃO DIRETA

Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de

liminar, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,

tendo por objeto as expressões "imediata" e "apreensão do documento de

habilitação" introduzidas pela Lei nº 11.334, de 25 de julho de 2006, ao art.

218, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro. Eis o teor dos comandos

impugnados:

"LEI Nº 11.334, DE 25 DE JULHO DE 2006.

Dá nova redação ao art. 218 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, alterando os limites de velocidade para fins de enquadramentos infracionais e de penalidades.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço , saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. r O art. 218 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

'Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento): Infração - média; Penalidade - multa; II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): Infração - grave; Penalidade - multa; III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüentapor cento): Infração - gravíssima; Penalidade - multa (3 vezes), suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. '

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 2

Page 74: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

..

Art. 2~ Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação ".(Destacou-se o conteúdo impugnado).

O requerente sustenta, em resumo, que as expressões impugnadas

violariam o art. 5°, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, visto que,

segundo entende, permitiriam a suspensão imediata do direito de dirigir,

apreendendo-se, de pronto, o documento de habilitação, em nítido desrespeito

ao devido processo legal, ao contraditório e ao direito de ampla defesa.

Distribuído o feito ao Ministro Relator Marco Aurélio, imprimiu­

se o rito do art. 12 da Lei nº 9.868/1999 (fl. 16), após o que o Presidente da

República prestou informações (fls. 24/32), alegando, em síntese, que inexiste

* ofensa aos dispositivos utilizados como parâmetro de controle, uma vez que o

requerente omitiu toda a Seção II, do Código de Trânsito Brasileiro, parte em

que se encontra a previsão do direito de defesa e do contraditório, sendo nela

disciplinados o julgamento, as autuações e penalidades, bem como os recursos

cabíveis na espécie.

Destarte, menc10na que "quanto à natureza imediata da

suspensao, decorre do caráter provisório e preventivo dessa providência,

sendo que mediata é a cassação definitiva do direito de dirigir, após proferida

a defesa e formulados os recursos, naturalmente inviáveis no meio da via

pública ou à margem de rodovia" (fl. 31).

Na seqüência, o Congresso Nacional prestou informações,

sustentando, preliminarmente, o não conhecimento da ação em relação à

expressão "apreensão do documento de habilitação", na medida em que não

houve demonstração, na petição inicial, da existência de qualquer vício nesse

trecho.

ADI nº 3.951 -Rel. Min. Marco Aurélio 3

Page 75: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

No mérito, afirma que a apreensão do documento de habilitação -

além de se tratar de medida que atende o interesse público, especialmente no

que se refere à incolumidade das pessoas - está inserida dentro do poder de

polícia da Administração.

Vieram os autos, assim, para a manifestação do Advogado-Geral

da União.

II - PRELIMINAR

DA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA

Sustenta o Congresso Nacional que o requerente não indicou, na

peça inicial, o fundamento jurídico da impugnação à expressão "apreensão do

documento de habilitação". Acrescenta que a jurisprudência do Supremo é

uníssona em considerar que a formulação de pedido genérico em sede de

controle abstrato, sem a explicitação da causa de pedir, impede o exame da

ação direta.

Analisando a petição inicial, verifica-se que houve impugnação

genérica, tanto em relação à mencionada expressão, quanto ao termo

suspensão "imediata" do direito de dirigir. De fato, muito embora os incisos

,, LIV e L V do art. 5° da Carta de 1988 tenham sido citados, pelo requerente,

como parâmetro de controle, é forçoso reconhecer que nenhuma argumentação

detalhada foi desenvolvida, de modo a explicitar em que medida e de que

forma as expressões impugnadas violariam os corolários do devido processo

legal.

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 4

Page 76: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Com efeito, o requerente limita-se apenas, à fl. 3, a indicar que os

mencionados comandos normativos foram desrespeitados, sem, contudo,

realizar o cotejo analítico necessário entre eles e os princípios e regras

constitucionais. Posteriormente, transcreve, in totum, a manifestação da

Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil,

sem fazer qualquer comentário ou apontar os fundamentos jurídicos que

pudessem embasar o pedido.

Assim, verificam-se meras indicações de dispositivos ou, quando .

muito, argumentação genérica, mas sem densidade a permitir a compreensão

exata da causa de pedir.

A Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, que regulamenta o

processo e julgamento da ADI perante esse Supremo Tribunal Federal, ao

fixar os requisitos da petição inicial de ação direta de inconstitucionalidade,

dispõe:

seguinte:

"Art. 3°. A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;" (Grifou-se).

Por sua vez, o artigo 4 º da mesma sistemática legal determina o

"Art. 4°. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator." (Grifou-se).

Portanto, é ônus processual do requerente, na ação direta, a

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 5

Page 77: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

...

d~\BliN..q º(' p-,< :sr f_:;i. \ ~ w cu lº a: ' m ~ / .&1J

q\ _, ""-··

demonstração da existência de eventual inconstitucionalidade. Nesse sentido,-=...,/

deve indicar precisamente os dispositivos violados e, analisando-os, indicar

em que medida foram estes ofendidos, sob pena de a petição ser tida como

inepta, por ausência de fundamentação.

Em hipóteses semelhantes, essa Excelsa Corte já decidiu pelo não

conhecimento de ação, por não se justificar adequadamente o pedido,

conforme registram os seguintes arestos, verbis:

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - CAUSA DE PEDIR E PEDIDO - Cumpre ao Autor da ação proceder à abordagem, sob o ângulo da causa de pedir, dos diversos preceitos atacados, sendo impróprio fazê-lo de forma genérica. A flexibilidade jurisprudencial de outrora não mais se justifica, isso diante do elastecimento constitucional do rol dos legitimados para a referida ação. Acolhimento de representação apresentada por terceiro não legitimado, visando ao ajuizamento pelo Procurador Geral da República, há de fazer-se de forma criteriosa." (ADI nº. 1708/MT; Rel. Min. MARCO AURÉLIO; Julgamento: 27.11.1997; DJ de 13.3.1998). (Destacou-se);

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INÉPCIA DA INICIAL. É necessário, em ação direta de inconstitucionalidade, que venham expostos os fundamentos jurídicos do pedido com relação às normas impugnadas, não sendo de admitir-se alegação genérica de inconstitucionalidade sem qualquer demonstração razoável, nem ataque a quase duas dezenas de medidas provisórias em sua totalidade com alegações por amostragem. Ação direta de inconstitucionalidade que não se conhece. " (ADI nº 259/DF; Rel. Min. MOREIRA ALVES; Julgamento: 11.3.1991; DJ de 19.2.1993). ( Destacou-se).

Ante a ausência de fundamentação adequada, pugna-se pelo não

conhecimento da presente ação direta.

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 6

(r·

Page 78: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,...( I 1

III - DO MÉRITO

Segundo dispõe o art. 22, inciso XI, da Lei Maior, compete

privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte. Trata-se, portanto,

de competência privativa da União que somente pode ser delegada por meio

de Lei Complementar e em ponto específico da matéria, nos termos do

parágrafo único do mencionado dispositivo.

No exercício dessa competência, a União editou o Código de

Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de

1997, o qual tem validade sobre todo território nacional.

O conceito legal de trânsito está previsto no art. 1 º, § 1 º, do

referido Código, qual seja: "a utilização das vias por pessoas, veículos e

animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação,

parada, estacionamento e operação de carga ou descarga".

De acordo com a lição de Reiner Rozenstraten 1, "trânsito é o

conjunto de deslocamento de pessoas e veículos em vias públicas, dentro de

um sistema convencional de normas que tem por finalidade assegurar a

integridade de seus participantes".

O Código de Trânsito Brasileiro foi editado, portanto, com o

claro objetivo de reduzir o número de acidentes nas estradas e demais vias

brasileiras, garantindo, assim, a incolumidade e a integridade fisica das

1 ROZENSTRATEN, Reiner. A Psicologia do trânsito: Conceitos e Processos Básicos. São Paulo: EPU, 1988.

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 7

Page 79: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

('

_ 4,_?,.\!UPit.,q ~ IO _ . .,? ~· !<>-. '/ ,'!,\

J~1'j' 4"1,

i !!{ ( I 1t:: · ~,:;n, '"t: \ t:V · r·•·I ~¾ _ l,i./i

..... '6;:; '··-·-/' P-.,i ./

~.✓-

pessoas que nelas circulam, bem como o direito por ele assegurado em seu art.

1 º, § 2°, verbis:

"§ 2° O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito".

Com efeito, para se alcançar a meta proposta estabeleceu-se um

microssistema no qual foram previstos, além de infrações e suas respectivas

penalidades, conceitos e definições, procedimentos para a formação e a

reciclagem de condutores, habilitação, educação, engenharia, operação do

sistema viário, policiamento, fiscalização e recursos.

É cediço que o excesso de velocidade é um dos fatores que mais

contribui para tirar vidas no trânsito, sendo, por isso, imprescindível a sua

regulamentação. A propósito, cabe frisar que o Direito Administrativo é o

ramo do Direito Público do qual são extraídos os princípios básicos aplicáveis

à legislação de trânsito.

Feitas essas considerações, pode-se afirmar que, na espécie, dois

são os princípios que se sobressaem para o deslinde da controvérsia

normativa: o principio da legalidade e o da proporcionalidade. O primeiro

determina que toda e qualquer atividade da Administração deve ser autorizada

por lei. O segundo princípio, por sua vez, está relacionado ao excesso de

poder. Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho2:

2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 15 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2006. p. 30.

ADI nº 3.951 -Rel. Min. Marco Aurélio

Page 80: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

e

"O grande fundamento do princípio da proporcionalidade é o excesso de poder, e o fim a que se destina é exatamente o de conter atos, decisões e condutas de agentes públicos que ultrapassem os limites adequados, com vistas ao objetivo colimado pela Administração, ou até mesmo pelos Poderes representativos do Estado. Significa que o Poder Público, quando intervém nas atividades sob seu controle, deve atuar porque a situação reclama realmente a intervenção, e esta deve processar-se com equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao fim a ser atingido".

A mudança introduzida pela Lei 11.334, de 25 de julho de 2005,

ao art. 218 do CTB, decorre da junção dos dois mencionados princípios, visto

que, ao introduzir a infração média, o legislador distinguiu com maior ênfase o

que se entende por infração grave e gravíssima, respeitando, dessa maneira, a

proporção da falta cometida. Veja-se, a propósito, o que dispunha a redação

anterior do referido art. 218:

"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil:

I - em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais: a) quando a velocidade for superior à máxima em até vinte por cento: Infração - grave. Penalidade - multa. b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de vinte por cento: Infração - gravíssima. Penalidade- multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.

II - demais vias: a) quando a velocidade for superior à máxima em até cinqüenta por cento: Infração - grave. Penalidade - multa. b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de cinqüenta por cento: Infração - gravíssima. Penalidade- multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir. Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação". (Grifos apostos).

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 9

Page 81: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Com a alteração promovida pela Lei nº 11.334/06, a qual passou

a graduar as infrações apenas com base no limite de velocidade, sem se

considerar a espécie da via pública, o dispositivo 218 passou a ter a seguinte

redação:

"Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento): Infração - média; Penalidade - multa; II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento): Infração - grave; Penalidade - multa; III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento): Infração - gravíssima,· Penalidade - multa (3 vezes), suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. ' Art. 2°. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação". (Grifos apostos).

Como se percebe, a redação anterior do artigo 218 propiciava um

tratamento desproporcional para o excesso de velocidade. Com efeito, para um

limite de velocidade de 40 km/h, estando o condutor em uma via coletora, a

infração seria gravíssima (incidindo também a suspensão do direito de dirigir)

somente se ultrapassados os 60 km/h ( equivalentes a 50% de excesso e

desconsiderando-se o erro máximo admissível do equipamento medidor); por

outro lado, se ele estivesse em uma rodovia considerar-se-ia infração

gravíssima se ultrapassados os 48 km/h ( equivalente a 20% ). Permitia o antigo

diploma, pois, que se punisse, com mais rigor, um veículo a 50 km/h em uma

rodovia, do que aquele que trafegasse acima dos 60 km/h em frente a uma

escola (se ambos os locais tivessem um limite de 40 km/h).

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 10

Page 82: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Como decorrência dessa característica, tem-se que a medida

administrativa é imposta ao particular, conformando sua conduta segundo os

ditames emanados do Poder Público, ainda que contrariamente à sua vontade,

sendo que, se ele discordar e quiser se opor, deverá ir a juízo.

A esse respeito, confira-se a lição de Celso Antônio Bandeira de

"É natural que seja no campo do poder de polícia que se manifesta de modo freqüente o exercício da coação administrativa, pois os interesses coletivos definidos freqüentemente não poderiam, para eficaz proteção, depender das demoras resultantes do procedimento judicial, sob pena de perecimento dos valores sociais resguardados através das medidas de polícia, respeitadas, evidentemente, entretanto, as garantias individuais do cidadão constitucionalmente estabelecidas. "(Grifos do autor).

Na espécie, portanto, tem-se que, para atingir o fim a que colima,

o Poder Público estabeleceu, através dessas duas penalidades, limitações aos

direitos individuais, em razão da preservação do interesse público maior que é

o direito à segurança dos condutores, passageiros e pedestres e, em último

caso, o direito à vida.

Destarte, ainda sustenta o requerente que as penalidades de

suspensão imediata do direito de dirigir e de apreensão do documento de

habilitação, no caso de infração gravíssima, ofenderiam a garantia do devido.

processo legal, sob o aspecto da ampla defesa e do contraditório.

5 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 21 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2006. p. 800.

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 12

Page 83: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

r

A respeito da garantia da ampla defesa, é importante atentar-se

para o fato de que, de acordo com o artigo 265 do CTB - que não foi alterado

pela Lei nº 11.334/2006 - "as penalidades de suspensão do direito de dirigir

e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão

'fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo

administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa" (grifos

apostos).

Além do transcrito dispositivo, existe toda uma Seção, dentro do

Capítulo intitulado Do Processo Administrativo, destinada a disciplinar o

julgamento das autuações e penalidades, bem como dos recursos cabíveis,

conforme recorda as Informações do Presidente da República (28-31), o que,

por si só, demonstra que a afirmação do requerente, no sentido de não ser

garantido o contraditório e a ampla defesa, é inconsistente.

Sendo assim, fica evidente que foram asseguradas, no Código

Brasileiro de Trânsito, as condições necessárias para que o condutor possa

exercer as garantias do contraditório e da ampla defesa, na espécie,

posteriormente à prática do ato administrativo.

A propósito, acerca da legitimidade de se postergar as garantias

do contraditório e da ampla defesa, confira-se o ensinamento do jurista Celso

Antônio Bandeira de Mello6:

6 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 21 ed. São Paulo: Editora Malheiros, 2006. p. 111/112.

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 13

Page 84: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

'

Federal:

. -(~\ s !.1,\:4 .,. '\ ,:,•=·'- <. ...

t~ ('' \'l· • ...-~.,-\.

f '.'•/:,' / 'l; ç,~ \ t ~,; ; '""L \, , .. ,. .

~

'.PJ ~.- · vJ.. ~ /i'1 "' \ ! "á:J ~ .. "'- / $, .,,.,, . ..,___.,., F•,

~~ ~~ "Os princípios aludidos não devem ser tomados de maneira /à(/'º~'- -desatada que impeçam a adoção imediata de providências da mais extrema urgência requeridas insubstituivelmente para salvaguardar interesses públicos relevantes que, de outra sorte, ficariam comprometidos".

Sobre o assunto, veja-se a jurisprudência desse Supremo Tribunal

"CARTA ROGATÓRIA. Exequatur. Medida cautelar penal. Diligências para identificação e apreensão de bens. Proveito de infração penal Ciência prévia do paciente. Inadmissibilidade. Risco de frustração das diligências. Caso de contraditório diferido, retardado ou postergado, mediante embargos ou agravo. · Garantia de exercício pleno do direito de defesa. Ilegalidade. inexistente. HC indeferido. Inteligência do art. 5~ LVI da CF e da Resolução nº 9/2005, do STJ. É legítima, em carta rogatória, a realização liminar de diligências sem a ciência prévia nem a presença do réu da ação penal, quando estas possam frustrar o resultado daquelas." (HC nº 90485/SP, Rel. Cezar Peluso, julgamento 10/04/2007, DJ 08/06/2007).

Em decisão monocrática proferida nos autos do processo a que se

refere a ementa transcrita, o Ministro Relator Cezar Peluso consignou:

"Trata-se de cautelar que necessita ser efetivada sem a ciência ou a presença do paciente, porque poderia frustrar-se com sua prévia intimação, pondo em perigo a eficácia prática da medida. Por isso, não se aplica ao caso o precedente invocado pelo impetrante - HC-MC nº 89.171, Rei. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 02.08.2006) - porque o interrogatório dos pacientes, que era a diligência solicitada por meio da carta precatória, não se frustraria com a prévia intimação dos interessados, o que não guarda similitude com o presente caso. Isso não significa, todavia, que, tão logo realizada e documentada nos autos a diligência, não se deva assegurar ao interessado a possibilidade- de defesa, o contraditório diferido, retardado, ou postergado, a fim de fazer valer a regra contida no art So, inc. LIV, da Constituição da República. 'Entre nós, as medidas cautelares são, em regra, determinadas sem audiência do titular do direito restringido, de oficio ou em atenção a requerimento do Ministério Público, do

ADI nº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 14

Page 85: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,.,

---~ , . .ç'"' ~~'..!,, ,-"",-~)~\r .... 1·~.;;,.'4,f ('

.'s}?>~••"~<:;~ ~~~\ í' ·, í :J-2 'i\. <,"'1 t

ofendido ou representação da autoridade policial. As perfcf~t~ão ./ j~ realizadas também sem participação do investigado ou \Jê ;êa-o-C""" / advogado. A observância do contraditório, nesses casos, éfeità~":,~ .· depois, dando-se oportunidade ao suspeito ou réu de contestar a providência cautelar ou de combater, no processo, a prova pericial realizada no inquérito. Fala-se em contraditório diferido ou postergado' (FERNANDES, Antonio Scarance. Processo penal constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999, p. 60). 'Em situações que tais, de contraditório denominado posticipato, ou diferito, não há violação à garantia da bilateralidade da audiência, que, firme, se vê apenas diferida para momento ulterior à pronunciação de ato decisório liminar, prosseguindo-se regularmente no procedimento instaurado' (TUCCI, Rogério Lauria. Direitos e garantias individuais no processo penal brasileiro. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 194). 3. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. " (Destaco-se).

Ora, se inexiste inconstitucionalidade no diferimento do

'fl contraditório no processo penal, com mais razão justifica-se a possibilidade de

postergar o direito de defesa no processo administrativo disciplinado pelo

Código de Trânsito Brasileiro, conferindo-se, dessa maneira, efetividade às

normas nele previstas.

Enfim, conclui-se que as modificações implementadas pelo

mencionado diploma estão de acordo com a Carta vigente, pois conferiram,

através do exercício do poder de polícia em sentido amplo e da observância ao

princípio da proporcionalidade, o adequado rigor à sanção aplicada, sem que,

com isso, fossem desrespeitados o devido processo legal, a ampla defesa e o

contraditório.

ADinº 3.951 -Rei. Min. Marco Aurélio 15

Page 86: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

r •

IV - CONCLUSÃO

.. ~·.·.,;,, .. ; .·

. ·,f, ; /

f··: ,J :,.-3

Pelo exposto, manifesta-se o Advogado-Geral da União,

preliminarmente, pelo não conhecimento da ação e, no mérito, pela

constitucionalidade da Lei nº 11.334, de 25 de julho de 2006, que conferiu

nova redação ao art. 218 do Código de Trânsito Brasileiro.

São essas, Excelentíssimo Senhor Relator, as considerações que.

se tem a fazer em face do art. 103, § 3°, da Constituição Federal.

Brasília, de outubro de 2007.

Advogado-Geral da União

GRACEMARIAFO .. ESMENDONÇA · Secretária-G~ontencioso

RAF AELA DE OLIVEIRA CARV ALHAES Advogada da União

ADI nº 3.951 -Rel. Min. Marco Aurélio 16

Page 87: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE RECEBIMENTO

Aos 26 dias do mês de outubro de 2007 foram-me entregues estes autos por parte da Advocacia Geral da União com defesa (PG Nº

7 75? 7). Seção de Processos do Controle Concentrado. Eu, . • , , ~~lista Judiciário, lavrei este termo. E eu,

~~:....:.::::;::;.:~:2:::::::::::::.__,JCoordenadora de Processamento do

TERMO DE VISTA

Aos 29 dias do mês de outubro de 2007 faço esses autos com vista a Procuradoria Geral_ a ública. Seção de Processos do Controle Concentrado. Eu --t-<--+-::r---=--+--~f An ista Judiciário, lavrei este termo. E eu, _..5-:::::::::::...,~::::::::i...:=:;;c:.....-4-_, ~..toordenadora de Processamento do 1 -

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE RECEBIMENTO

Certifico o recebimento dos presentes autos, na ! Procuradoria-Geral da República, nesta data.

Brasília-DF, 29,'10/2007.

/

Page 88: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE DISTRIBUIÇÃO

Certifico a . distribuição do ADIN 3951 ao Procurador-Geral da República ANTONIO FERNANDO BARROS E SILVA nouzA, nesta data. U Brasília-DF, 31/10/2007. Distribuído por: ____ ,_· __ _

-, \

Page 89: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

;,

•• l

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

:233f;Oh Nº 4.490-PGR-AF AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.951-'2 REQUERENTE : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL REQUERIDO REQUERIDO RELATOR

: PRESSIDENTE DA REPÚBLICA : CONGRESSO NACIONAL : Min. Marco Aurélio

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALI­DADE. EXPRESSÕES "IMEDIATA" E "APREENSÃO DO DOCUMENTO DE HABI­LITAÇÃO" DO ARTIGO lº DA LEI Nº 11.334, DE 23 DE SETEMBRO DE 2006, QUE ALTEROU OS LIMITES DE VELOCI­DADE PARA FINS DE ENQUADRAMENTOS INFRACIONAIS E DE PENALIDADES PRE­VISTOS NO ARTIGO 218 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. O CTB DISCIP LI­NA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO REFERENTE ÀS AUTUAÇÕES E PENALI­DADES DO TRÂNSITO, E GARANTE O DE­VIDO PROCESSO LEGAL, A AMPLA DEFE­SA E O CONTRADITÓRIO. DEVIDO PRO­CESSO LEGAL APENAS POSTERGADO. CONSIDERAÇÃO DO PLANO OBJETIVO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. DIREITO À SEGURANÇA DO SISTEMA DE TRAFEGO QUE É OSTENTADO PELA COLETIVIDA­DE. RESTRIÇÃO AO DIREITO DE DIRIGIR QUE SE JUSTIFICA COMO MEDIDA EX­CEPCIONAL, PARA AUTUAÇÕES EM IN­FRAÇÕES DE NATUREZA GRAVÍSSIMA. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE ATENDIDO. PARECER PELA IMPROCE­DÊNCIA DO PEDIDO.

1. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil em impugnação às expressões "imediata" e "apreensão do documento de habilitação" do art. 1 ° da Lei 11.334, de 23 de setembro de 2006, que alterou os limites de velocidade para fins de J

Page 90: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ;ff:-:/,1,l ,~

( \;_✓ ..... \(,'i. i 'jj ( -i--C, 1 r,

ADI Nº 3.951 \~j,\ 2~ /} Á], \: ,,., .'---"" r,

enquadramentos infracionais e de penalidades previstos no art. 218 t"-Le:· 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.

2. Eis o teor do artigo que contém as expressões questionadas:

"Art. 1°. O art. 218 da Lei n.0 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

'Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:

1 - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento):

Infração - média; Penalidade - multa; 11 - quando a velocidade for superior à

máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinqüenta por cento):

Infração - grave; Penalidade - multa; Ili - quando a velocidade for superior à

máxima em mais de 50% (cinqüenta por cento):

Infração - gravíssima; Penalidade - multa [3 (três) vezes],

suspensão imediata do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação."'

3. O requerente alega que as expressões impugnadas violam os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, tratados no art. 5°, LIV e LV, da Constituição. Afirma que "as expressões normativas impugn,adas ( . .) permitem que sem processo legal e sem direito de defesa seja suspenso imediatamente o direito de dirigir, apreendendo-se, de pronto, o documento de habilitação" (fl. 3).

4. O Relator Ministro adotou o rito do art. 12 da Lei 9.868/99.

5. O Presidente da República prestou informações (fls. 24-32). Afirma que os arts. 281 a 290 do Código Nacional de Trânsito, ao tratar do julgamento das autuações e dos recursos cabíveis, preservam as garantias do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório no âmbito do procedimento administrativo relativo ao trânsito. Quanto à possibilidade de imediata suspensão do direito de dirigir, entende que tal previsão possui caráter provisório e preventivo, que visa resguardar a segurança no trânsito.

~

Page 91: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

ADI Nº 3.951

;--'-·-·-

>"'.'.: 1~u · 1....._ /,i·b .,::; li, ,'-~ r' """•--.~ ... ""(~~ ...

IS?/ '•,. , \ iíiJ(.::ri-- '. \, n!

\~e."\ ./~. - - _3 , -- ~"" - .,

6. O Congresso Nacional, por sua vez, prestou informações (fls. 34-41). Sustenta a inépcia da inicial da presente ação visto que o requerente não fundamentou devidamente a inconstitucionalidade do trecho "apreensão do documento de habilitação". Em relação à suspensão imediata do direito de dirigir, alega que tal previsão não subtrai do condutor o direito ao processo administrativo e à ampla defesa, e ainda que se retirasse tal expressão do art. 218 do CTB, a previsão de suspensão subsistiria em outros artigos, como no 265 daquele Código.

7. A Advocacia Geral da União manifestou-se pela improcedência do pedido (fls. 58-73). Entende que houve impugnação genérica na petição inicial em relação a ambas expressões: "[d]e fato, muito embora os incisos LIV e L V do art. 5º da Carta de 1988 tenham sido citados pelo requerente, como parâmetro de controle, é forçoso reconhecer que nenhuma argumentação detalhada foi desenvolvida, de modo a explicitar em que medida e de que forma as expressões impugnadas violariam os corolários do devido processo legal" (fl. 61).

8. Sustenta a AGU que as expressões "imediata" e "apreensão do documento de habilitação" decorrem do exercício do poder de polícia no trânsito. Nesse sentido, afirma que o Poder Público estabeleceu, por meio dessas duas coordenadas, limitações aos direitos individuais, em razão da preservação do interesse público maior, que é o direito à segurança dos condutores, passageiros e pedestres e, em último caso, o direito à vida.

9. Aduz, por fim, a inexistência de violação aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, visto que o CTB disciplina o procedimento administrativo referente às autuações e penalidades do trânsito de modo a garantir ao condutor suas prerrogativas constitucionais, ainda que a ser exercidas posteriormente à prática do ato administrativo.

10. Inicialmente, cabe observar que a impugnação formulada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados, apesar de sucinta, delimita convenientemente a controvérsia constitucional. Traça o objeto sujeitado a controle, assim como aponta, convenientemente, o parâmetro para contraste. Pela rejeição da preliminar levantada pela AGU.

11. No mérito, a pretensão da requerente não merece prosperar.

12. É que o próprio Código de Trânsito Brasileiro disciplina, na Seção II, arts. 281 a 290, o procedimento administrativo referente às autuações e penalidades do trânsito, garantindo ao condutor suas prerrogativas constitucionais ao devido processo legal, à ampla defesa e ao ✓

Page 92: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

,

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

ADI Nº 3.951

contraditório, ainda que posteriormente à prática do ato preventivo suspensão do direito de dirigir.

13. Como ressaltado pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 434.059, de que decorreu a edição da Súmula Vinculante 5, as garantias consagradas no art. 5°, LV, da Constituição abrangem "o direito de manifestação (que obriga o órgão julgador a informar à parte contrária dos atos praticados no processo e sobre os elementos dele constantes), o direito de informação sobre o objeto do processo (que assegura ao defendente a possibilidade de se manifestar oralmente ou por escrito sobre os elementos fáticos e jurídicos contidos no processo); e o direito de ver os seus argumentos contemplados pelo órgão incumbido de julgar (que exige do julgador capacidade de apreensão e isenção de ânimo para contemplar as razões apresentadas)" 1

14. A suspensão do direito de dirigir e a apreensão do documento de habilitação não estão tratados na disposição legal como penas de aplicação sumária, sem fundamento em procedimento próprio. São, verdadeiramente, para a singular hipótese de imputação do cometimento de infrações de natureza gravíssima, medida de cautela, em que, flagrado o condutor em ato classificado como de altíssimo risco para a segurança coletiva, seja ele cautelarmente afastado, pelo Poder Público, do cenário público que é representado pela condução de veículos automotores.

15. A medida se coloca como indicação de que, para preservar o universo maior de usuários da malha viária, sujeitos com comportamento absolutamente fora dos padrões de segurança exigidos num plano dessa ordem - ainda que na esfera inaugural da apuração administrativa - devam ser preventivamente impedidos de exercer plenamente o direito de dirigir.

16. E isso se põe, e aqui o dado ignorado pela representação da OAB, em defesa do rol de direitos dos demais usuários das vias públicas de circulação de veículos.

17. Há um sistema de que a outorga do direito de dirigir é ape­nas parte. O controle de tráfego e de trânsito são esferas coordenadas pelo Poder Público, e, para servir à sociedade, devem estar habilitados a garantir a segurança do usuário. Nesse sentido, não se pode fazer o discurso da de­fesa de direitos fundamentais do alegado infrator sem que se ponha em consideração o pano de fundo em que as suas prerrogativas se inserem, ilustrado que está por uma extensa lista de direitos fundamentais outros, ainda que titularizados por agentes não identificados a priori. O âmbito de

1 RE nº 434.059, Relator Ministro G1LMAR MENDES, julgado em 7/5/2005. Informativo 505.

Page 93: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

ADI N°3.951

exercício do direito de dirigir se processa num cenário público, em que re­gras de convivência são imprescindíveis ao bom andamento do sistema. Sem isso, a segurança se põe em risco, segurança essa que é um direito dos demais integrantes do sistema.

18. Parece que aqui se tem a demonstração da cisão conceitua! pela qual passa a teoria dos direitos fundamentais, hoje. pensados também no seu plano objetivo, como uma organização em que os direitos funda­mentais são não só standarts de contenção, de cunho negativo, assumindo também o papel de verdadeiras sinalizações ao correto e ao apropriado atu­ar do Poder Público, numa feição concreta de ação e de promoção dos di­reitos. É de DANIEL SARMENTO a seguinte consideração2

:

" ... os próprios direitos fundamentais hoje não são mais concebidos dentro de uma perspectiva individualista. Neste pon­to, é de se destacar a importância do re­conhecimento doutrinário da chamada di­mensão objetiva dos direitos funda­mentais, que se liga à compreensão de que eles não só conferem aos particu­lares direitos subjetivos - a tradicional dimensão subjetiva -, mas constituem também as próprias 'bases jurídicas da or­dem jurídica da coletividade'. Como se sabe, a idéia da dimensão objetiva prende-se à visão de que os direitos fundamentais cristalizam os valores mais essenciais de uma comunidade 1.

política, que devem ser irradiados por todo o seu ordenamento, e atuar não só como limites, mas também como im­pulso e diretriz para a atuação dos Po­deres Públicos. Sob esta ótica, tem-se que os direitos fundamentais protegem os bens jurídicos mais valiosos, e o dever do Estado não é só o de abster-se de ofendê-los, mas também o de promo­vê-los e salvaguardá-los das ameaças e ofensas provenientes de terceiros. E para um Estado que tem como tarefa mais fundamental, por imperativo constitu­cional, a proteção e a promoção dos direi­tos fundamentais dos seus cidadãos, a garantia destes direitos torna-se

2 SARMENTO, Daniel. Colisão entre direitos fundamentais e interesses públicos. ln: SARLET, Ingo Wolfgang. (Coord.). Jurisdição e direitos fundamentais: anuário 2004/2005. vol. 1. Tomo II. Porto Alegre, livraria do Mvogado, 2006, p. 51-52. ~

Page 94: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

ADI N°3.951

:-­,,f!7'!ii,,.",

!~.. .• --...._, \_Ji.l• '\ ºí. '. ·,.,,\ ~; s \ t\ ,,,, i ºo , ·..-.\ !;;. l. º I ,," i e:,\ 6 I './•. ~::.~\- '<:i '\ .. ·~~,,,: .,' ~/·

também um autêntico inteiêsse:--/ público.

Ademais, com o reconhecimento, pela ordem jurídica brasileira, de direitos fun­damentais de titularidade transindividual, como o direito ao meio ambiente ecologi­camente equilibrado (art. 225, CF), esta convergência se acentua, pois nestes ca­sos o interesse da coletividade já é, por si só, direito fundamental, existindo plena identidade conceituai entre ambos."

19. A consideração de imediata suspensão do direito de dirigir -sem prejuízo do direito ao devido processo legal, e de seus consectários, pois sua postergação não lhe reduz a eficácia - serve à segurança do sistema, que é prioritariamente público. A invocação dessa medida apenas para infrações consideradas gravíssimas, nesse modo de pensar, é afinada com as classificações que o princípio da proporcionalidade demandam dos comportamentos estatais quando reduzem, ainda que aparentemente, o

: âmbito de direitos fundamentais.

20. Em suma, para casos tais, de singular significado para a proteção do sistema jurídico e do plano social a que este serve, medidas cautelares de restrição de direito são admitidas pela Constituição, desde que demonstrem justificativa legítima, propósitos identificáveis e conectados à limitação, assim como a restrição seja o meio mais apropriado de alcançar tais finalidades.

21. Nesse sentido, as expressões impugnadas não ferem as garantias do art. 5°, LIV e LV, da Constituição, pois o próprio CTB assegura o direito de manifestação (art. 282, § 4°), informação (art. 282, §§ 1 ° e 2°) e contemplação dos argumentos do autuado ( arts. 285 a 290).

TAHI-AMC

Ante o exposto, o parecer é pela improcedência do pedido.

Brasília, 14 de agosto de 2008

ANTONIO FERNAN PROCURAD

a~...-.. VA DE SOUZA LDA REPÚBLICA

Page 95: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE RECEBIMENTO

Aos 10 dias do mês de setembro de 2008 foram-me entregues estes autos por parte da Procuradoria Geral da República, com parecer pela im rocedência do edi Seçã e Processos do Controle Concentrado. E~ _ . -

1 nalista Judiciário, lavrei

este termo. E eu -------'s::-::1,,1"----+--' Coordenadora de Processamento do nário, o subscrevi.

TERMO DE CONCLUSÃO

" de setembro de 2008 faço estes autos conclusos ao Excelent ssimo Senhor Ministro Marco Aurélio. Eu,

---------, Maria das Graças Camarinha Caetano, cessamento do Plenário, lavrei este termo.

Gabinete do Ministro MARCO AURELIO

Recebido em:

1 O SET 2008

Page 96: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3.951

CERTIDÃO DE DATA

Certifico que, nesta data, recebi os autos do gabinete do Ministro Marco Aurélio com o despacho. Brasília, 4 de dezembro de 2008.

TERMO DE JUNTADA

Junto a estes autos o protocolado de nº 166873/2008 que segue. Brasília, 4 de dezembro de 2008.

Page 97: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

-

-

Í·-- ~~-;R-~M~-;R-1B~N~L -F;D~RA:-Coordenadona de

1 Processamento Inicial 26/11/2008 14:58 188873

11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 ·-. .... ___ .............,. ____________ ---------

r!J~ k ~4 ck ffi~ 'i?o~. cihkd

P,8~_PJJ.&

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3951

Gabinete dn Minishc MARCO AURELIO

Recebido em:

2 7 NOV 2008

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, devidamente qualificado nos autos, vem perante Vossa Excelência, por seu procurador abaixo assinado, requerer a juntada do instrumento de procuração anexo, para os devidos fins de direito.

Requer-se, ainda, que as futuras publicações e intimações no presente feito sejam realizadas em nome dos advogados: Maurício Gentil Monteiro e Rafael Barbosa de Castilho.

Nesses termos, Pede deferimento.

Brasília, 25 de novembro de 2008.

J

J,u;v-- . Rafa osa de Castilho

OAB/DF 19979

Page 98: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

. .,

W~ k ~ rio ffi~ ~~~kd

Pl3~-~.d7.

PROCURA CÃO

Por meio do presente instrumento, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, serviço público dotado de personalidade jurídica, regulamentado pela Lei nº 8.906/94, com sede no Edificio Ordem dos Advogados do Brasil, Setor de Autarquias Sul, Quadra 05, desta Capital, representado por seu Presidente, Raimundo Cezar Britto Aragão, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/Sergipe sob o nº 1190, com endereço profissional no SAS, Q. 05, Lote 01, Bloco M, desta Capital, nomeia e constitui como seus procuradores: Maurício Gentil Monteiro, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB/SE sob o nº 2435, Rafael Barbosa de Castilho, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB/DF sob o nº 19979, Isabel Belém Pontes, brasileira, solteira, acadêmica de direito, inscrita na OAB/DF sob o nº 5027-E e Juliana Vieira Barros, brasileira, solteira, acadêmica de direito, carteira de identidade nº 2576492 SSP/DF, todos com endereço profissional no SAS, Q. 05, Lote 01, Bloco M, Ed. Conselho Federal da OAB, Brasília, Distrito Federal, com os poderes da cláusula ad judicia, e os demais necessários para o foro em geral e para a defesa dos interesses do Outorgante em juízo, especialmente nos autos da ação direta de inconstitucionalidade nº 3951, podendo, ainda, substabelecer com ou sem reservas.

Brasília, 25 de novembro de 2008.

Cezar Britto Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

Page 99: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3.951

TERMO DE JUNTADA

Junto a estes autos a Informação nº 1674/GBMA e o despacho que seguem. Brasília, 4 de dezembro de 2008 .

Page 100: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

Informação n 9 1.674/GBMA

Petição/STF n 2 166.873/2008

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.951-2 PROCED.: DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S): CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ADV.(A/S): MARCELO ROCHA DE MELLO MARTINS E OUTRO(A/S) REQDO.(A/S): PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV. (A/S): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO REQDO. (A/S): CONGRESSO NACIONAL

Senhor Ministro,

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil requer a juntada de nova procuração, sem ressalva da anterior, à folha 6. Indica os nomes dos advogados Maurício Gentil Monteiro e Rafael Barbosa de Castilho para constarem das futuras publicações e intimações.

Registro que o processo se encontra concluso a Vossa Excelência com parecer do Procurador-Geral da União.

Respeitosamente,

Marce~ro do Val

\ Assessor

Page 101: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.951-2 DISTRITO FEDERAL

RELATOR REQUERENTE(S)

ADVOGADO(A/S)

REQUERIDO(A/S) ADVOGADO(A/S) REQUERIDO(A/S)

MIN. MARCO AURÉLIO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL MARCELO ROCHA DE MELLO MARTINS E OUTRO(A/S) PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO CONGRESSO NACIONAL

Petição/STF n 2 166.873/2008

1.

2.

DESPACHO

REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL -PROCURAÇÃO JUNTADA INTIMAÇÕES.

Juntem.

Eis as informações prestadas pelo Gabinete:

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil requer a juntada de nova procuração, sem ressalva da anterior, à folha 6. Indica os nomes dos advogados Maurício Gentil Monteiro e Rafael Barbosa de Castilho para constarem das futuras publicações e intimações.

Registro que o processo se encontra concluso a Vossa Excelência com parecer do Procurador-Geral da União.

3. Observem o que requerido quanto às intimações, ante a regularidade da representação processual.

4 . Publiquem.

Brasília, 27 de novembro de 2008.

Ministro Re

Page 102: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

\

:i\• RECEBIDO PARA PUBLICAÇÃO EM

O 5 DEZ 2008

Page 103: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

ADI Nº 3951

TERMO DE CONCLUSÃO

Faço estes autos conclusos ao Excelentíssimo Senhor Ministro Marco Aurélio. Brasília, 4 de dezembro de 2008.

~ Patrícia Maria Arru~tado Bicca-Mat. 1601

Gabinete do Miti.\s~• .) MARCO AUREUU

Recebido ern.

ü 4 DEZ 2008

Page 104: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

.Jl

1-

S T F 102.002

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.951/DF

TERMO DE JUNTADA,

JAo(s) 1º dia(s} do mês de junho de 2012, junto a

i autos o Manda.do de Intimação que segue.

Elizabeth Kienteca,

termo .

'T', . __ ecnica Judiciária, lavrei

i si

este

Page 105: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

STF 102.135

PODER JUDICIÁRIO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

MANDADO DE INTIMAÇÃO

Extraído da Pauta nº 24/2012, do Plenário, com publicação prevista no Diário da Justiça Eletrônico (Resolução nº 341/2007) de 1° de junho do corrente ano, na forma abaixo,

O ASSESSOR-CHEFE DO PLENÁRIO, DE ORDEM DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO A YRES BRITTO, PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,--------------------------------------------------------------------

MANDA

ao Oficial de Justiça, a quem este for apresentado, indo devidamente assinado, que, em seu cumprimento, INTIME o Presidente da República, na pessoa do Advogado-Geral da União, ou na de quem suas vezes fizer, que foi(foram) incluído(s) na Pauta do Plenário o(s) feito( s) constante( s) da Olistagem anexa.--------------------------------------

DADO E PASSADO nesta Assessoria do Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 31 de maio de 2012.

Assessor-Chefe

Page 106: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que me dirigi nesta capital ao Setor de Autarquias Sul,

Quadra 3, Lotes 5/6, Edifício Multi Brasil Corporate, 11 º andar, nesta

data, e, às l0h00min, procedi à INTl~ÇÃO da Secretária-Geral de

Contencioso da Advocacia-Geral da União, GRACE MARIA

FERNANDES MENDONÇA, que recebeu a contrafé e apôs seu ciente no

anverso deste mandado.

Brasília, 1 de junho de 2012.

FERNANDO DE S SA VALE Oficial de Justi

li

\

..

Page 107: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

.1

r

-

-

Re1ação de processos anexa ao Mandado de Intimação do PRESIDENTE DA REPÚBLICA, na pessoa do Advogado-Gerai da União, extraída da Pauta n~ 24/2012, do P1enário, com pub1icação prevista no Diário da Justiça E1etrônico de 01/06/2012.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.951 PROCED. RELATOR REQTE. (S)

ADV. (A/S)

ADV. (A/S) INTDO. (A/S) ADV. (A/S) INTDO. (A/S)

DISTRITO FEDERAL MIN. MARCO AURÉLIO CONSELHO FEDERAL ADVOGADOS DO BRASIL

.....

DA ORDEM

MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO OUTRO(A/S) RAFAEL BARBOSA DE CASTILHO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO CONGRESSO NACIONAL

Total de Processos: 1

1

1

DOS

E

Page 108: r@~ k do · Portugueses, José de Freitas, do 1º Vice-Presidente d.o Colégio. de Advogados da República Dominicana, Victor Gonzalez, do Embaixador e Presidente da Comissão de

&'~@~@~

&'~~ ?/~ck PJ">~ r@~4'U½

&'ecãock PJ">~ t/4, ?f~ ?f~ e~ ~ ~

ADI nº 3951

CERTIDÃO DE DATA

Certifico que, nesta data, recebi os autos do Gabinete do Ministro Marco Aurélio. Com 1 volume. Brasília, 11 de fevereiro de 2014.

Junto a estes autos o protocolado de nº 3704/2. ·14 que segue. Brasília, 11 de fevereiro de 2014 .