CRISE DE 1929 A Grande Depressão && LeMA MATERIAIS DIDÁTICOS.
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1ª Guerra Mundial (1914 – 1918)Ascensão estadunidense
• A Primeira Guerra Mundial foi um conflito entre potências imperialistas que
disputavam territórios e influências.
As duas alianças conflitantes:
Tríplice Aliança (1882): Tríplice Entente (1907):
Alemanha França
Áustria-Hungria Inglaterra
Itália Rússia
Entra na Guerra somente em 1915, mas do lado da Entente
Sai da Guerra em 1917 devido à Revolução
Bolchevique
Os EUA entram na Guerra do
lado da Entente
Vencedores
Crescimento da Indústria dos EUA:• Desde o final do século XIX, os EUA já eram o
país que tinha a maior produção industrial do mundo.
• Durante a 1ª Guerra, com a produção européia voltada para o setor bélico, os EUA proveram os países da Entente com os seus produtos.
• Após a Guerra, com a Europa destruída e com a sua capacidade industrial muito reduzida, os EUA mantiveram e ampliaram suas vendas para essa região, muitas vezes emprestando recursos para que os países europeus, enfraquecidos economicamente, pudessem importar seus produtos.
• Na década de 1920, os EUA eram responsáveis por cerca de 45% da produção industrial do planeta.
Reconstrução da Europa
• Ao mesmo tempo que os EUA cada vez produziam mais, também enviavam recursos para os europeus, principalmente Inglaterra e França, que aos poucos foram recuperando sua capacidade produtiva.
• A procura pelos produtos estadunidenses foi diminuindo, porém, contrariando a lógica, a produção norte-americana ampliava-se.
• A Europa recuperou não só sua capacidade de produção visando o mercado interno, mas, em meados da década de 1920, os países europeus começaram a disputar mercados com os EUA.
Comprar é patriótico
• Inibi-se a idéia de poupar nos EUA;• Há um forte incentivo ao consumo para estimular a
produção;• A queda das importações européias fez com que boa
parte da produção norte-americana ficasse armazenada. A oferta era muito superior à procura: Superprodução.
• Mesmo assim o ritmo da produção não foi reduzido.• Produtores agrícolas armazenaram seus produtos para
poder aumentar seus preços, porém, muitos tiveram que hipotecar suas terras para pagar a armazenagem.
• Os estadunidenses começam a comprar ações das empresas, fazendo com que o valor dessas ações aumentasse. Contudo esse aumento era ilusório, tendo em vista que o mercado estava retraído.
Concentração de Renda e de Empresas
• Os conglomerados ou corporações que dominavam várias empresas, denominados holdings, se expandiam nos EUA: apenas 200 holdings dominavam cerca de 38% do capital da empresas.
• A concentração de renda era também um fator que agravaria a situação, tendo em vista que milhões de pessoas, desfavorecidas, ficavam fora do mercado.
• No início de 1929, entre 15 e 30% da produção industrial estadunidense deixou de ser vendida por falta de compradores.
Manifestações em frente a bolsa de valores de Nova York
Pobreza e fome no período da Crise
• Com a superprodução e a falta de compradores, as empresas têm seus produtos sendo desvalorizados.
• No campo, a armazenagem teve um resultado diferente do esperado: fez com que os preços dos produtos agrícolas baixassem, levando vários agricultores à falência.
• A especulação desenfreada na bolsa de valores teve conseqüências desastrosas: o valor das ações começou a baixar.
• Em outubro de 1929, desesperados, acionistas tentaram vender suas ações.
• Contudo havia mais vendedores do que compradores.• No dia 24 de outubro de 1929, a baixa foi catastrófica: várias
pessoas perderam tudo. O episódio ficou conhecido como CRASH da Bolsa de Valores de Nova York.
• A crise se espalhou pelo mundo: Começo da Grande Depressão. Os efeitos da crise seriam percebidos até 1933.
• 4000 bancos faliram, 85 mil empresas fecharam as portas só nos EUA. Cerca de 14 milhões de pessoas ficaram sem emprego.
Efeitos da Crise pelo MundoA URSS foi o único país a não sofrer
com a Crise
Comandada por Stalin, a URSS estava desenvolvendo sua
economia pelos Planos Qüinqüenais.
Os EUA que haviam emprestado mais de 7,4 bilhões de dólares para
bancos europeus, pediram o pagamento desses empréstimos.
Dessa forma, os europeus diminuíram ainda mais suas
importações de produtos estadunidenses, além do que, a
retirada desses recursos da Europa provocou a falência de vários bancos europeus. Indústrias ligadas a esses
bancos fecharam.
O comércio internacional caiu
em 25%
No Brasil, o café entrou em crise, porque os EUA
eram os maiores compradores do café brasileiro.
Destruição de café para melhorar o preço
• A situação era calamitosa e o Governo Hoover pretendia resolver o problema com medidas liberais, ou seja, assumindo uma postura passiva, optando pela não intervenção.
• Em 1933 foi eleito o democrata Franklin Delano Roosevelt, que adotou ideais econômicos de intervenção do Estado.
• Essas idéias eram baseadas nas do inglês John Maynard Keynes, um economista que defendia o investimento por parte do Estado na economia, visando dinamiza-la.
• Apoiado nas idéias de Keynes, Roosevelt cria o NEW DEAL (Novo Acordo)
• O Governo mandou o Banco Central (Federal Reserve) conceder empréstimos ilimitados aos bancos.
• Ordenou a desvalorização do dólar e a emissão de papel moeda.
• Concedeu empréstimos para os agricultores, livrando-os das hipotecas.
• O Governo concede benefícios aos estados para a criação do seguro desemprego.• Os empregados recebem aumento de salário, aumentando assim sua participação no mercado interno.• Os salários mínimos são fixados, assim como o período da jornada de trabalho. O trabalho das crianças é proibido.• Os sindicatos foram legalizados.• Foi ampliado o sistema de previdência social.• Para combater o desemprego, o Governo investiu em obras públicas.• Até 1941 foram criadas mais de 8 milhões de novas vagas.• Esses trabalhadores construíram e reformaram mais de 2500 hospitais, 6000 escolas.
A Grande Crise e suas conseqüências
• A Crise do liberalismo levou à expansão e ao fortalecimento das idéias ditatoriais que estavam se desenvolvendo na Europa:– Consolidação do Fascismo na Itália;– Favorecimento à ascensão do Nazismo na
Alemanha.
Crise Atual:
Crise do Capitalismo
Concorrência da União Européia, da China e do
Japão
Busca da redução dos custos, levando a produção para o
mercado consumidor
Diminuição da oferta de empregos e baixa do poder aquisitivo.
Dificuldade dos estadunidenses em arcar com suas hipotecas, o que
acaba na retomada do imóvel pelos bancos financiadores.
Os bancos têm tido perdas irreversíveis, além de alguns já terem falido
Bancos sem recursos = menos créditos no mercado
Medidas tomadas pelo governo dos EUA para conter a Crise atual:
• Empréstimos ilimitados para recuperar o capital dos bancos.
• Política de ampliação de créditos para a posterior quitação das hipotecas e recuperação do setor imobiliário
Semelhanças: Crise do Capitalismo e intervenção do Estado na Economia.
Crise Grega• Grandes empréstimos internacionais (principalmente de bancos alemães e
franceses) destinados à Grécia.• País pequeno, com apenas 11 milhões de habitantes.• Economia secundária na Europa.• Gastos governamentais, aumento de salários do funcionalismo público, de pensões,
dentre outras.• A dívida, aproximadamente por volta de 300 bilhões de euros, é extremamente alta.• Parcelas dessa dívida deviam ser pagas até maio de 2010.• Auxílio internacional, em um plano de investimentos de cerca de 110 bilhões de
euros na Grécia.• Condições para o recebimento desse auxílio:
– Aumento de impostos pelo governo grego;– Congelamento e redução de salários do funcionalismo público e de pensões;– Aumento da idade para se aposentar, visando reduzir as pensões que sobrecarregam a
economia grega;– Essas medidas geraram sérias manifestações populares, confrontos com a polícia e
instabilidade na Grécia.• Receios em relação à expansão dessa crise:
– Países como Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, passam por problemas semelhantes ao grego, sendo que têm desenvolvido medidas econômicas que geram déficits orçamentais elevados.
– O da Grécia chegou a 13,6% de seu PIB.– Retirada de recursos de um mercado para socorrer outro.
• E o Brasil?– Segundo especialistas, as condições sólidas da economia brasileira atual permitem que a
crise européia seja facilmente contida no Brasil.
Esquema da Crise de 1929
EUA Europa
Produtos industrializados
Em meados da Década de 20 aEuropa recuperaSua produção!
Mesmo assimOs EUA continuamAmpliando a produção
(Enem – Mec) Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um arquivo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, e foi publicado na época de uma eminente crise financeira no Brasil.
Deu no que deu. No dia 29 de novembro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova York, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu quase a metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores – cerca de 25% da população ativa – entre 1929 e 1933. a construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome.Gazeta Mercantil, 5 jan. 1999.Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção:a) questionar a interpretação da crise.b) comunicar sobre o desemprego.c) instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de valores.d) relacionar os fatos passados e presentes.e) analisar dados financeiros americanos.
Questões de Prova:UFPel 2006
Os dados do gráfico estão relacionados(a) à crise da monocultura de exportação no Brasil, associada à crise capitalista internacional, que, internamente, favoreceu a Revolução de 1930 e, externamente, a Revolução Russa.(b) à importância inglesa no comércio internacional, à queda da Bolsa de Valores de Nova York (crise econômica de 1929) e à crise econômica e política na República Velha, que favoreceu a formação da Aliança Liberal.(c) ao período do Estado Novo, quando ocorreu a queda da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, impossibilitando o principal importador de café brasileiro de consumir esse produto.(d) à desvalorização do preço do café e à ampliação das quantidades exportadas, que compensaram as perdas financeiras. (e) à crise da cafeicultura, à Revolução de 1930, ao início da industrialização brasileira e ao suicídio de Getúlio Vargas.(f) I.R.
Furg 2004Sobre a Crise da Liberal-Democracia, no período do Entre-Guerras (1918-1939), é válido afirmar-se:A) A vitória dos países liberais na I Guerra trouxe uma segurança no sistema político, daí a perpetuação deste regime, apesar das ameaças do crescimento do regime totalitário “socialista” e “fascista”.B) A Grã-Bretanha, mesmo vitoriosa na guerra, encontrou sérios problemas, teve sua indústria em crise, mas apesar da retração do mercado europeu, conseguiu grande prosperidade econômica com o New Deal, lançado pelos trabalhistas.C) A França, melhor preparada, com a eleição da Frente Popular, conseguiu impedir o desenvolvimento da crise em 1929, fez várias reformas para os trabalhadores e contou com a ajuda dos patrões que promoveram os investimentos e a ampliação dos meios-deprodução.D) Os Estados Unidos tornaram-se o modelo de desenvolvimento, enfrentando a primeira crise em 1920/21 resultante da retração do mercado de exportações, mas viveu um período de “falsa prosperidade”, isolando-se com a política republicana e evitando a intervenção do governo na economia até 1932.E) A Primeira Guerra Mundial causou uma grande transformação nos valores e na estética, desenvolvendo o racionalismo e o realismo, mas negou uma participação e ascensão social e política das mulheres, apesar de sua forte participação na guerra e na economia.
Furg 2005 Os dois últimos anos da década de vinte, marcados fundamentalmente pela Crise Mundial de 1929, são caracterizados por vários fatores que levaram à derrocada do modelo oligárquico típico da República Velha no Brasil. Dentre esses fatores podem-se citar:I – a ruptura oligárquica entre paulistas e mineiros;II – a formação de uma dissidência no seio da oligarquia paulista representada pelo Partido Democrático;III – a busca por uma ampliação de participação política das chamadas oligarquias periféricas;IV – a consolidação dos princípios do liberalismo clássico como única alternativa aos fenômenos advindos da citada crise econômica e social;V – a formação de uma candidatura oposicionista representada pela Aliança Democrática Nacional.Estão corretas:A) I, II e III.B) I, III e V.C) III, IV e V.D) II, III e IV.E) I, III e IV.